enquadramento demográfico da protecção social moçambique ... francisco_.pdf · • dois grandes...

30
Enquadramento Demográfico da Protecção Social em Moçambique: Dinâmicas Recentes e Cenários Prospectivos SEMINÁRIO ACÇÃO SOCIAL PRODUTIVA EM MOÇAMBIQUE: QUE POSSIBILIDADES E OPÇÕES? Maputo, 12 de Maio de 2010 António A da Silva Francisco 1

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Enqu

adra

men

toD

emog

ráfic

oda

Prot

ecçã

oSo

cial

emM

oçam

biqu

e:D

inâm

icas

Rece

ntes

eCe

nári

osPr

ospe

ctiv

os

SEM

INÁ

RIO

ACÇÃ

OSO

CIA

LPR

OD

UTI

VAEM

MO

ÇAM

BIQ

UE:

QU

EPO

SSIB

ILID

AD

ESE

OPÇ

ÕES

?

Map

uto,

12de

Mai

ode

2010

Antó

nio

Ada

Silv

aFr

anci

sco

1

RESU

MO

2

A via

bilida

de e

sus

tentab

ilidad

e do

s sis

temas

mod

erno

s de

pro

tecçã

o so

cial,

gera

lmen

te co

nside

rada

s em

funç

ão d

eme

canis

mos

finan

ceiro

s, nã

o de

pend

em u

nicam

ente

da r

obus

tez,

eficá

cia e

efic

iência

dos

sist

emas

eco

nómi

co-

finan

ceiro

s. En

tre o

s fac

tores

cruc

iais d

a pr

otecç

ão so

cial, o

s fac

tores

dem

ográ

ficos

ocu

pam

um p

apel

deter

mina

nte. E

stear

tigo

defen

de q

ue o

actu

al sis

tema

de p

rotec

ção

socia

l em

Moça

mbiqu

e co

nfron

ta-se

com

um

gran

de p

arad

oxo.

Enqu

anto,

por u

m lad

o, os

mec

anism

os de

prote

cção

socia

l con

sider

ados

relev

antes

circu

nscre

vem-

se pr

incipa

lmen

te ao

ssis

temas

finan

ceiro

s, po

r outr

o lad

o, ma

is de

dois

terço

s da

popu

lação

moç

ambic

ana

conti

nuam

exc

luído

s e se

m ac

esso

aos

meca

nismo

s fin

ance

iros,

tanto

forma

is (co

ntribu

tivos

ou

carita

tivos

) com

o inf

orma

is. E

m pa

íses

como

Moç

ambiq

ue,

um d

os p

aíses

da

Áfric

a Su

bsar

iana

ainda

num

a fas

e ini

cial d

a tra

nsiçã

o de

mogr

áfica

, ter

muit

o filh

os co

nstitu

i a so

lução

princ

ipal e

aind

a ma

is efi

caz

de p

rotec

ção

socia

l e a

pose

ntado

ria n

a ve

lhice

com

algu

ma d

ignida

de. P

rincip

al, p

orqu

een

quan

to as

soc

iedad

es n

ão fo

rem

capa

zes

de d

esen

volve

m ins

tituiçõ

es e

conó

mico

-finan

ceira

s, for

mais

e inf

orma

is,so

cialm

ente

inclus

ivas

e ex

tensiv

as a

todo

o p

aís, a

pro

tecçã

o so

cial c

ontin

uará

dep

ende

nte d

o sis

tema

de re

prod

ução

demo

gráfi

co a

ntigo

, bas

eado

em

relaç

ões

inter

-ger

acion

ais, d

e gé

nero

e lin

hage

iras,

visan

do g

aran

tir nív

eis fe

cund

idade

comp

ensa

dore

s da

elev

ada

morta

lidad

e. Ma

is efi

caz,

mas

não

nece

ssar

iamen

te ma

is efi

ciente

, do

ponto

de

vista

dafin

alida

de p

rincip

al da

rep

rodu

ção

huma

na –

gar

antir

a de

scen

dênc

ia do

s ind

ivídu

os e

das

ger

açõe

s, atr

avés

da

prev

ençã

o e

mitig

ação

de

risco

s no

cicl

o da

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, tais

com

o: ris

co d

e vid

a na

infân

cia (a

ntes

de u

m ou

cinc

o an

os d

eida

de),

doen

ças,

vulne

rabil

idade

e fal

ta de

apos

entad

oria

na ve

lhice

. É ce

rto qu

e a pr

otecç

ão so

cial d

emog

ráfic

a, em

torn

oda

elev

ada f

ecun

didad

e da m

ulher

, qua

ndo a

valia

da à

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s actu

ais pa

drõe

s inte

rnac

ionais

de se

gura

nça h

uman

a dign

a,ap

rese

nta-se

pre

cária

e in

capa

z de

liber

tar a

s pe

ssoa

s da

car

ência

, pob

reza

ou

indigê

ncia

extre

ma; p

rincip

almen

te em

perío

dos

de rá

pida

acele

raçã

o do

cre

scim

ento

popu

lacion

al. Is

to, p

or s

i só,

não

torna

a p

rotec

ção

socia

l dem

ográ

fica

totalm

ente

obso

leta,

mesm

o no

s pa

íses

com

econ

omias

des

envo

lvida

s e

em fa

ses

poste

riore

s à

trans

ição

demo

gráfi

ca.

Os p

aíses

des

envo

lvido

s enfr

entam

cres

cente

s pro

blema

s de

suste

ntabil

idade

de

seus

siste

mas d

e pr

otecç

ão so

cial, e

mpa

rte po

r raz

ões d

emog

ráfic

as. P

orém

, a na

turez

a dos

prob

lemas

demo

gráfi

cos e

m pa

íses d

esen

volvi

dos d

ifere

muit

o dos

prob

lemas

de

viabil

idade

e s

usten

tabilid

ade

enfre

ntado

s pe

los p

aíses

em

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inici

ais o

u int

ermé

dias

da tr

ansiç

ãode

mogr

áfica

; sob

retud

o pa

íses c

omo

Moça

mbiqu

e, co

m ba

ixo p

adrã

o de

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e sis

temas

finan

ceiro

s pre

cário

s, ac

essív

eisap

enas

a pa

rte lim

itada

da po

pulaç

ão.

1.In

trod

ução

•O

pres

ente

text

osu

rge

noâm

bito

dape

squi

sare

aliz

ada

pelo

Gru

pode

Inve

stig

ação

“Pob

reza

ePr

otec

ção

Soci

al”

(GdI

PPS)

doIE

SE,c

ompr

inci

palf

oco

note

ma

“Pro

tecç

ãoSo

cial

,Din

âmic

asD

emog

ráfic

ase

Des

envo

lvim

ento

Econ

ómic

o”.

•Pe

squi

sar,

defo

rma

sist

emát

ica

eac

tual

izad

a,so

bre

oco

ntex

tode

mog

ráfic

oe

soci

oeco

nóm

ico

dapr

otec

ção

soci

al.

•Ab

rires

paço

para

refle

xões

inte

ract

ivas

,tan

toco

mco

lega

sde

outr

osgr

upos

dein

vest

igaç

ãodo

próp

rioIE

SE.N

este

cont

exto

,oIE

SEor

gani

zou

este

sem

inár

ioso

bre

“Acç

ãoSo

cial

Prod

utiv

aem

Moç

ambi

que:

que

poss

ibili

dade

se

opçõ

es?”

com

aO

IT.

•Es

tete

xto

forn

ece

umbr

eve

enqu

adra

men

tode

mog

ráfic

oda

prob

lem

átic

ada

prot

ecçã

oso

cial

emM

oçam

biqu

e,pa

ram

elho

rent

ende

rrel

evân

cia

doD

ecre

to85

/200

9–

“Reg

ulam

ento

daSe

gura

nça

Soci

alBá

sica

”(B

R51

de29

.12.

2009

).•

Ore

ferid

ode

cret

oes

tabe

lece

osu

bsis

tem

ade

segu

ranç

aso

cial

bási

caco

m4

com

pone

ntes

:–

a)Ac

ção

Soci

alD

irect

a;b)

Acçã

oSo

cial

deSa

úde;

–c)

Acçã

oSo

cial

Esco

lar;

d)Ac

ção

Soci

alPr

odut

iva.

3

1.In

trod

ução

•É

difíc

ilpe

rceb

ernã

osó

o“d

esig

n”e

form

ato

dach

amad

a“A

cção

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alPr

odut

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(ASP

),co

mo

opr

óprio

sign

ifica

doe

âmbi

tode

tal

com

pone

nte.

•O

text

odo

decr

eto

85/2

009

refe

rese

ásu

perin

tend

ênci

apa

rtilh

ada

pelo

sM

inis

tério

sco

mo:

Acçã

oSo

cial

,Pla

noe

Des

envo

lvim

ento

,Ag

ricul

tura

,Tra

balh

o,O

bras

Públ

icas

eH

abita

ção

eAd

min

istr

ação

Esta

tal.

•O

utro

sM

inis

tério

s,ta

mbé

mpr

odut

ivos

,pod

iam

ters

ido

incl

uído

s(e

.g.i

ndús

tria

eco

mér

cio,

tran

spor

tes,

tecn

olog

iae

turis

mo)

.•

Adú

vida

oudú

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sim

edia

tas

que

surg

em–

Que

mirá

geri

rtão

vast

asu

peri

nten

dênc

ia?

–U

ma

gest

ãotã

oam

pla

epa

rtilh

ada,

para

que

seto

rne

efec

tiva,

prec

isar

áde

conv

erte

senu

mCo

nsel

hode

Min

istr

osre

stri

to?

–E

quem

napr

átic

ase

ráca

paz

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erar

tant

osM

inis

téri

os,s

enão

opr

ópri

oPr

esid

ente

daRe

públ

ica

outa

lvez

oPr

imei

roM

inis

tro?

4

1.In

trod

ução

•O

que

éou

oqu

ete

msi

do(a

níve

lint

erna

cion

ale

naci

onal

)aex

periê

ncia

da“A

cção

Soci

alPr

odut

iva”

(ASP

)?•

Oqu

ese

pret

ende

com

uma

inic

iativ

adi

tapr

odut

iva

que,

apa

rtir

dopr

óprio

Dec

reto

85/2

009,

envo

lve

entid

ades

mai

sbu

rocr

átic

ase

adm

inis

trat

ivas

doqu

epr

opria

men

tepr

odut

ivas

?•

Qua

isas

cara

cter

ístic

as(s

obre

tudo

mér

itos

evi

rtud

es)d

ospr

ogra

mas

deAS

Pim

plem

enta

dos

com

suce

sso,

aní

vel

inte

rnac

iona

lena

cion

al?

•Co

mo

équ

eos

prog

ram

asde

ASP

pode

rão

sera

rtic

ulad

osco

mos

sist

emas

naci

onai

sfo

rmai

s,co

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foqu

ere

alm

ente

prod

utiv

o,en

volv

endo

mec

anis

mos

finan

ceiro

sco

ntrib

utiv

os,r

egul

ares

,si

stem

átic

ose

prev

isív

eis

alo

ngo

praz

o?•

Não

será

ain

icia

tiva

doG

over

noM

oçam

bica

na–

och

amad

oFu

ndo

deIn

vest

imen

tode

Inic

iativ

aLo

cal(

FIIL

)vul

garm

ente

conh

ecid

opo

r“S

ete

milh

ões”

,um

afo

rma

deAS

P,pe

lose

uca

ráct

eras

sist

enci

alis

tanã

oco

ntrib

utiv

o,ap

esar

das

aleg

adas

decl

araç

ões

que

odi

nhei

rodi

strib

uído

éa

títul

ode

empr

éstim

oe

deve

serr

eem

bols

ado?

5

1.In

trod

ução

Oob

ject

ivo

dest

ear

tigo

ém

ostr

arco

mo

osfa

ctor

esde

mog

ráfic

ossã

om

uito

mai

sde

cisi

vos

ecr

ucia

isda

prot

ecçã

oso

cial

,par

aa

sobr

eviv

ênci

a,pr

even

ção

em

itiga

ção

deris

coda

gran

dem

aior

iada

popu

laçã

om

oçam

bica

na.

Oar

tigo

divi

dese

emtr

êsse

cçõe

s:–

1ªse

cção

:Enu

ncia

opr

inci

palp

robl

ema

com

que

seco

nfro

nta

apr

otec

ção

soci

alem

país

esco

mo

Moç

ambi

que,

iden

tific

ando

seum

gran

depa

rado

xona

actu

alpr

otec

ção

soci

alem

Moç

ambi

que.

–2ª

secç

ãoBr

eve

pano

ram

ada

natu

reza

edi

nâm

ica

dem

ográ

fica

moç

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cana

,no

pass

ado

mai

sou

men

osre

cent

ee

pers

pect

ivas

futu

ras,

incl

uind

oa

com

para

ção

com

aste

ndên

cias

mun

diai

s,co

ntin

enta

ise

depa

íses

vizi

nhos

daÁf

rica

Aust

ral.

–3ª

secç

ão–

Algu

mas

cons

equê

ncia

sdo

elev

ado

peso

dapr

otec

ção

soci

alde

mog

ráfic

apa

raas

polít

icas

,ini

ciat

ivas

epr

ogra

mas

depr

otec

ção

soci

alem

Moç

ambi

que.

6

1.Pr

otec

ção

Soci

ale

Dem

ogra

fiaem

Moç

ambi

que

•Em

Moç

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que

fala

sem

uito

deco

mba

teà

pobr

eza,

mas

sequ

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osav

alia

raef

ectiv

idad

ede

ste

disc

urso

épr

ecis

oan

alis

ardu

asár

eas:

–Q

ualt

ipo

depr

oduç

ão?

Esta

mos

apr

oduz

irm

ais

em

elho

r?Q

uem

prod

uzm

ais

éum

grup

ore

strit

ode

prod

utor

es(e

mpr

esas

),ou

exte

nsiv

amen

te,a

mai

oria

dapo

pula

ção

–Q

uala

natu

reza

depr

otec

ção

soci

al(P

S),p

úblic

ae

priv

ada?

Mer

amen

tere

activ

as,d

eem

ergê

ncia

,ass

istê

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espo

rádi

ca,q

uand

oex

iste

mca

lam

idad

es,c

arita

tiva,

forn

ecid

aa

pess

oas

num

avu

lner

abili

dade

extr

ema

oucr

ónic

a

•P.

S.é

freq

uent

emen

teen

tend

ida

com

ore

spos

taà

vuln

erab

ilida

dee

risco

sde

vida

ouam

eaça

àsco

ndiç

ões

devi

da(c

rise,

cala

mid

ades

,des

empr

ego)

.

•U

ma

pers

pect

iva

mai

sam

pla

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ectiv

aid

eia

deP.

S.vi

sand

oco

brir

aspr

inci

pais

etap

asdo

cicl

oda

vida

hum

ana.

Uns

cons

ider

amm

argi

nala

rela

ção

entr

epr

oduç

ãoe

dist

ribui

ção

dariq

ueza

;out

ros

cons

ider

ama

PRO

DU

ÇAO

ED

ISTR

IBU

IÇÃO

intim

amen

telig

adas

.

•U

ma

pers

pect

iva

não

sóm

enos

reac

tiva,

doqu

ea

prim

eira

mas

tam

bém

mai

sre

flexi

vado

que

ase

gund

a,é

aqu

ere

conh

ece

opa

peld

oob

ject

ivo

gera

lefin

alid

ade

últim

ada

P.S

com

oo

conj

unto

dem

ecan

ism

os,i

nici

ativ

ase

prog

ram

as,v

isan

dode

stin

ados

aga

rant

irum

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gura

nça

hum

ana

dign

a,lib

erta

ndo

osci

dadã

osde

dois

med

oscr

ucia

isno

cicl

oda

vida

:1)

Med

oda

carê

ncia

,alim

enta

repr

ofis

sion

al,a

cide

ntal

,cró

nica

oues

trut

ural

;2)

Med

oda

agre

ssão

ede

spro

tecç

ãofís

ica

eps

icol

ógic

a

1.1.

Oqu

Prot

ecçã

oSo

cial

?

7

1.PS

eD

emog

rafia

emM

oçam

biqu

e

CON

TRIB

UTI

VAE

CARI

TATI

VA

8

1.PS

eD

emog

rafia

emM

oçam

biqu

eQ

UA

LA

COBE

RTU

RAD

OSI

STEM

AFI

NA

NCE

IRO

,FO

RMA

LE

INFO

RMA

L

•78

%da

popu

laçã

oad

ulta

está

excl

uída

dosi

stem

afin

ance

iro,

form

al(b

anco

se

outr

os)e

info

rmal

:–

87%

rura

is–

61%

urba

nos

•M

enos

de10

%co

mac

esso

info

rmal

9

1.PS

eD

emog

rafia

emM

oçam

biqu

e

•Em

Moç

ambi

que,

osi

stem

afin

ance

irode

prot

ecçã

oso

cial

enco

ntra

senu

ma

situ

ação

para

doxa

l.Po

rum

lado

,apr

otec

ção

soci

alvu

lgar

men

teco

nsid

erad

are

leva

nte

nos

tem

pos

mod

erno

s,de

pend

ee

gira

gera

lmen

teem

torn

ode

mec

anis

mos

inst

ituci

onai

sfin

ance

iros.

Poro

utro

lado

,na

vida

quot

idia

naa

solu

ção

para

aen

orm

ede

man

dae

nece

ssid

ade

depr

even

ção

em

itiga

ção

dos

prin

cipa

isris

cos

hum

anos

,des

deo

risco

devi

da(m

orre

rna

infâ

ncia

,ant

esde

uman

oou

dos

cinc

oan

osde

vida

),à

doen

çae

falta

deap

osen

tado

riana

velh

ice,

épr

opor

cion

ada

pelo

sist

ema

dere

prod

ução

dem

ográ

fica,

com

plet

amen

teà

mar

gem

das

inst

ituiç

ões

finan

ceira

s.

1.1.

OG

RAN

DE

PARA

DO

XOD

AP.

S.EM

MO

ÇAM

BIQ

UE

10

1.PS

eD

emog

rafia

emM

oçam

biqu

e

Enqu

anto

ossi

stem

asfin

ance

iros

form

ais

ein

form

ais,

cent

raliz

ama

gene

ralid

ade

dos

recu

rsos

finan

ceiro

snu

ma

pequ

ena

part

eda

popu

laçã

oe

entid

ades

,por

outr

ola

doo

sist

ema

depr

otec

ção

soci

alde

mog

ráfic

one

mtã

opo

uco

ére

conh

ecid

oco

mo

part

edo

sist

ema

gera

lde

prot

ecçã

oso

cial

,pr

opria

men

tedi

to.

Os

dois

sist

emas

depr

otec

ção

–de

mog

ráfic

oe

finan

ceiro

–ig

nora

mse

mut

uam

ente

,tan

tona

vida

prát

ica,

com

ono

sde

bate

spo

lític

ose

acad

émic

os.

1.1.

QU

AL

AIM

PLIC

AÇÃO

DES

TEPA

RAD

OXO

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•N

apr

átic

a,ci

rcun

scre

vese

aP.

S.em

torn

oda

velh

ice,

esqu

ecen

doqu

epa

rach

egar

à3ª

idad

ea

mai

oria

dapo

pula

ção

sóco

nseg

ueve

ncer

aba

talh

ada

vida

,at

ravé

sde

mec

anis

mos

asso

ciad

osco

ma

elev

ada

fecu

ndid

ade.

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aes

pera

nça

devi

daà

nasc

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aso

bret

udo

dael

evad

aM

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afe

cund

idad

asse

gura

dapo

rum

conj

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dem

ecan

ism

osau

tore

gula

dore

s,in

terg

erac

iona

is,

degé

nero

elin

hage

iros.

–Pa

raco

ntrib

uirn

aec

onom

iada

fam

ília;

–Pa

raa

apos

enta

doria

dos

idos

os,c

oma

dign

idad

epo

ssív

el.

Mal

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1.Te

r Mui

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inci

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prod

ução

no

regi

me

dem

ográ

fico

antig

o, a

inda

pre

vale

cent

e em

Moç

ambi

que

12

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

asad

a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.1.

Cre

scim

ento

Pop

ulac

iona

l: Pa

ssad

o, P

rese

nte

e Fu

turo

13

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licaç

ãopo

pula

cion

alem

33an

os

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

asad

a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.2.

O q

ue E

xplic

a o

Elev

ado

Cre

scim

ento

Pop

ulac

iona

l?

Fact

ores

estr

utur

ais

ouco

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14

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

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a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.3.

O q

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a o

Elev

ado

Cre

scim

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Pop

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iona

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Moç

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que?

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dem

ográ

ficos

.–

Antig

o–

Mod

erno

–N

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eio

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rans

ição

dem

ográ

fica”

15

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

asad

a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.4.

O q

ue E

xplic

a o

Elev

ado

Cre

scim

ento

Pop

ulac

iona

l em

Moç

ambi

que?

•M

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lidad

eba

ixo

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Moç

ambi

que,

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idad

eba

ixo

mai

sra

pida

men

teno

mun

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que

emM

oçam

biqu

e.•

Ore

sulta

dote

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doa

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cres

cim

ento

dapo

pula

ção

emM

oçam

biqu

ee

dim

inui

ção

docr

esci

men

tono

Mun

do.

16

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

asad

a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.5.

FEC

UN

DID

AD

E: M

oçam

biqu

e e

os L

íder

es d

a Tr

ansi

ção

Dem

ográ

fica

na S

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C

•M

oçam

biqu

ese

ate

ndên

cia

méd

iada

Áfric

aSu

bsar

iana

•SA

DC

baix

om

ais

rapi

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ente

,po

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7pa

íses

;•

Nor

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Áfric

aap

roxi

ma

seda

Ásia

•Ás

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roxi

ma

sedo

spá

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nvol

vido

seu

rope

is,U

SA,

Aust

ralia

.

17

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

asad

a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.6.

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UN

DID

AD

E: M

oçam

biqu

e e

os L

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es d

a Tr

ansi

ção

Dem

ográ

fica

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s)

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AD

C

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oçam

biqu

eco

mfe

cund

idad

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rmul

her.

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SAD

Cco

mrá

pida

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ção

dafe

cund

idad

e

•M

auríc

ias

jául

trap

asso

uo

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lde

subs

titui

ção

gera

cion

al(d

emog

ráfic

a)=

2,1

filho

spo

rmul

her.

18

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

asad

a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.7.

FEC

UN

DID

AD

E: M

oçam

biqu

e e

os L

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es d

a Tr

ansi

ção

Dem

ográ

fica

na S

AD

C

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íses

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DC

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ança

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ção

dem

ográ

fica

•Fo

rtes

impl

icaç

ões

para

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mpo

siçã

ofa

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ar,

form

ais

deca

sam

ento

eou

tras

rela

ções

.•

Cada

pess

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ssa

ate

rum

,doi

stio

se

pouc

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imos

.

19

2. T

rans

ição

Dem

ográ

fica

em M

oçam

biqu

e: L

enta

, Atr

asad

a e

Se

m F

im à

Vis

ta

2.8.

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Moç

ambi

que

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SA

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pida

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Tran

siçã

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ráfic

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20

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tégi

as d

e So

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cia

Dem

ográ

fica:

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e Q

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3.1.

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ctiv

os d

a D

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ica

Dem

ográ

fica:

Com

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ção

da

pirâ

mid

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de

Moç

ambi

que

e Pa

íses

Viz

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10 e

205

0

21

3. E

stra

tégi

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e So

brev

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cia

Dem

ográ

fica:

Qua

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e Q

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3.1.

Cen

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s Pr

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os d

a D

inâm

ica

Dem

ográ

fica:

Com

para

ção

da

pirâ

mid

e et

ária

de

Moç

ambi

que

e Pa

íses

Viz

inho

s 20

10 e

205

0

22

3. E

stra

tégi

as d

e So

brev

ivên

cia

Dem

ográ

fica:

Qua

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ade

e Q

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ade

3.1.

Cen

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s Pr

ospe

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os d

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Com

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ção

da

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mid

e et

ária

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Moç

ambi

que

e Pa

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s 20

10 e

205

0

23

3. E

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tégi

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e So

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Dem

ográ

fica:

Qua

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ade

e Q

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ade

3.2.

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Dep

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nças

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23%

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59]–

8%

3. E

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tégi

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e So

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ivên

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Dem

ográ

fica:

Qua

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ade

e Q

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ação

ent

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rote

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lvim

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fica:

Qua

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3.3.

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ento

Hum

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ográ

fica:

Qua

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e Q

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3.4.

Com

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fren

tar o

Par

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27

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M

oçam

biqu

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28

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Qua

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M

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biqu

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30

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Moçam

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Ideia

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Nacio

nalde

Esta

tísti

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1999.Pro

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Popula

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tuto

Nacio

nalde

Esta

tísti

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INE

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Moçam

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mento

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Socia

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e,de

3de

Dezem

bro

de

2007,pág.7

22.

Moçam

biq

ue.2009b.D

ecreto

85/2009,Regula

mento

da

Segura

nça

Socia

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a,Bole

tim

da

República

051,ISéri

e,3º

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de

Dezem

bro

de

2009,págs.378(2

78)–

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