engenharia_de_trafego_aula_01_02_03_e_04_enviar_2015_1 (1)

11
ENGENHARIA DE TRÁFEGO Prof. Ms. Luis César de Oliveira Universidade de Uberaba - Uniube CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Apresentação Políticas públicas de uso do solo, transporte e trânsito Políticas públicas de uso do solo, transporte e trânsito Planejamento do uso do solo (planejamento urbano) Planejamento de transportes Planejamento da circulação (planejamento de tráfego) A engenharia de tráfego Atribuições da engenharia de tráfego Estudos de tráfego Abordagens básicas da análise de tráfego Abordagem macroscópica Definições veículos representativos legislação relativa às dimensões e pesos dos veículos veículos em trânsito no país veículos de projeto veículos adotados na classificação do Dnit veículos definidos para estudos de capacidade. Características do tráfego volume de tráfego velocidade densidade relação entre volume, velocidade e densidade Procedimentos básicos definição da área de estudo estabelecimento das zonas de tráfego informações básicas preparação da rede básica de transportes. Pesquisas de tráfego contagens volumétricas pesquisas de origem e destino pesquisa de velocidade pontual pesquisa de velocidade e retardamento pesquisa de ocupação de veículos Capacidade e níveis de serviço

Upload: marcelo-melo

Post on 08-Sep-2015

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

tudo mesmo

TRANSCRIPT

ENGENHARIA DE TRFEGOProf. Ms. Luis Csar de OliveiraUniversidade de Uberaba - Uniube CONTEDO PROGRAMTICOApresentaoPolticas pblicas de uso do solo, transporte e trnsitoPolticas pblicas de uso do solo, transporte e trnsitoPlanejamento do uso do solo (planejamento urbano)Planejamento de transportesPlanejamento da circulao (planejamento de trfego)A engenharia de trfego Atribuies da engenharia de trfegoEstudos de trfegoAbordagens bsicas da anlise de trfegoAbordagem macroscpicaDefiniesveculos representativos legislao relativa s dimenses e pesos dos veculosveculos em trnsito no pasveculos de projetoveculos adotados na classificao do Dnit veculos definidos para estudos de capacidade.Caractersticas do trfego volume de trfego velocidade densidade relao entre volume, velocidade e densidade

Procedimentos bsicos definio da rea de estudo estabelecimento das zonas de trfego informaes bsicas preparao da rede bsica de transportes.

Pesquisas de trfego contagens volumtricas pesquisas de origem e destino pesquisa de velocidade pontual pesquisa de velocidade e retardamento pesquisa de ocupao de veculosCapacidade e nveis de servio rodovias de pista simples rodovias de mltiplas faixas

Segurana e educao de trnsito anlise e investigao dos pontos de conflito reconhecimento da rea solues de engenharia reduo de velocidade reduo de conflitos entre veculos reduo de conflitos com pedestres tratamento do local crtico projetos conceituais implantao de projetos monitorao de projetos estatsticas de acidentes de trnsito

Operaes de trfego dispositivos de controle sinalizao horizontal sinalizao vertical Semforos Critrios Diagramas de tempos

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA BSICA Brasil. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenao Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodovirias. Manual de estudos de trfego. - Rio de Janeiro, 2006. 384 p. (IPR. Publ., 723). 1. Engenharia de trfego Manuais. I. Srie. II. Ttulo. Disponvel em: < http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_estudos_trafego.pdf> Conselho Nacional de Trnsito (Brasil) (CONTRAN). Sinalizao horizontal / Contran-Denatran. 1 edio Braslia : Contran, 2007. 128 p. : il. (Manual Brasileiro de Sinalizao de Trnsito ; 1.Sinalizao (Trnsito), legislao, Brasil 2.Trnsito, Brasil I. Brasil. Departamento Nacional de Trnsito (DENATRAN) II. Ttulo. Disponvel em : Conselho Nacional de Trnsito (Brasil) (CONTRAN). Sinalizao vertical de advertncia / Contran-Denatran. 1 edio Braslia : Contran, 2007. 218 p. : il. (Manual Brasileiro de Sinalizao de Trnsito ; 1.Sinalizao (Trnsito), legislao, Brasil 2.Trnsito, legislao, Brasil 3.Normas de trnsito, Brasil 4.Cdigo de trnsito, Brasil I. Brasil. Departamento Nacional de Trnsito (DENATRAN) II. Ttulo. Disponvel em:

Conselho Nacional de Trnsito (Brasil) (CONTRAN). Sinalizao vertical de regulamentao / Contran-Denatran. 2 edio Braslia : Contran, 2007. 220 p. : il. (Manual Brasileiro de Sinalizao de Trnsito ; 1) 1.Sinalizao (Trnsito), legislao, Brasil 2.Trnsito, legislao, Brasil 3.Normas de trnsito, Brasil 4.Cdigo de trnsito, Brasil I. Brasil. Departamento Nacional de Trnsito (DENATRAN) II. Ttulo. Disponvel em < http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/MANUAL_VOL_I.pdf>

Manual brasieliro de sinalizao de trnsito. Volume . Sinalizao semafrica. Disponvel em:< http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4832014_Anexo.pdf>

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: SOARES, L. R. Engenharia de trfego. Rio de Janeiro (RJ): A. Neves, 1975. VASCONCELOS, E.A. Circularpreciso,vivernopreciso: a histria do trnsito na cidade de So Paulo. So Paulo (SP): ANNABLUME :FAPESP, 1999.

HOEL. Lester A.; GARBER, Nicholas J.; SADEK, Adel W. Engenharia de infraestrutura de transportes uma integrao multimodal. So Paulo: editora Cengage Learning, 2012. 1 POLTICAS PBLICAS DE USO DO SOLO, TRANSPORTE E TRNSITOCdigo de Trnsito Brasileiro:Disposies Preliminares.Art. 10 - O trnsito de qualquer natureza nas vias terrestres do territrio nacional, abertas circulao, rege-se por este Cdigo. 10 - Considera-se trnsito a utilizao das vias por pessoas, veculos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou no, para fins de circulao, parada, estacionamento e operao de cargas ou descarga.Art. 20 So vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que tero seu uso regulamentado pelo rgo ou entidade de circulao sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstncias especiais.Planejamento do uso do solo (planejamento urbano) O Planejamento Urbano define a forma como espao deve ser ocupado e usado, para os mais diversos fins. Seus produtos so cdigos e leis definindo os usos e ocupaes desejadas e permitidas. A infra-estrutura constituda por ruas, caladas, vias frreas e terminais e, no caso de transporte pblico, pelos veculos que faro o transporte, a estrutura das linhas e a freqncia das viagens.Planejamento de transportes O planejamento de transportes define a infra-estrutura de transporte, que vai permitir o deslocamento de pessoas e mercadorias, bem como os veculos que sero ofertados.

Planejamento da circulao (Planejamento de Trfego) O Planejamento da circulao define como a estrutura viria ser utilizada pelas pessoas e veculos. Ela envolve 4 atividades: a legislao, que define as regras de utilizao das vias e caladas (Cdigo de Trnsito): a engenharia de trfego, que define o esquema de circulao; a educao, que define como as pessoas sero treinadas para usar o sistema virio; a fiscalizao, que controla o respeito s leis de trnsito.

2 ENGENHARIA DE TRFEGO Neste sentido, a ENGENHARIA DE TRFEGO caracteriza-se como uma rea de conhecimento interdisciplinar (como de resto toda a Engenharia de Transportes). Uma equipe completa de projetos de trfego deve ser composta, segundo alguns autores, por: engenheiros civis, engenheiros de estruturas, engenheiros de trfego, arquitetos, paisagistas, urbanistas, planejadores urbanos, socilogos, gegrafos urbanos, economistas, matemticos (matemtica aplicada), advogados e analistas de mercado (PIGNATARO, 1973).Classicamente, os sistemas de trfego so baseados em trs pilares, conhecidos como os trs Es, do ingls:Engineering (Engenharia)Education (Educao)Enforcement (Fiscalizao).Este curso cuidar dos aspectos relativos Engenharia, mas fundamental ter em mente que qualquer soluo de Engenharia s ter resultado se for devidamente acompanhada da Educao e da Fiscalizao.

3 ABORDAGENS BSICAS DA ANLISE DE TRFEGOSo trs as abordagens bsicas da anlise de trfego: a macroscpica, que se preocupa em descrever o comportamento das correntes de trfego, a microscpica, que se interessa pela interao ente dois veculos consecutivos numa corrente de trfego, e a mesoscpica, cujas unidades analisadas so grupamentos de veculos que se formam nos sistemas virios. A anlise macroscpica das correntes de trfego ininterrupto permite ao engenheiro projetista uma melhor compreenso das limitaes de capacidade dos sistemas virios e a avaliao de conseqncias de ocorrncias que provoquem pontos de estrangulamento nos mesmos. A anlise microscpica das relaes entre pares de veculos de uma mesma corrente de trfego permite o estudo de fluxos no necessariamente homogneos ou ininterruptos. O tratamento individualizado dos veculos exige mais recursos computacionais do que a abordagem macroscpica. A anlise mesoscpica dos grupos de veculos nas correntes de trfego, chamados pelotes, til, por exemplo, no estabelecimento de polticas de coordenao semafrica. Para muitos, a anlise mesoscpica no existe e seus objetos de estudo estariam enquadrados nas anlises macroscpicas.

4 ATRIBUIES DA ENGENHARIA DE TRFEGOEstudos das Caractersticas do Trfego (1) usurio da via (motorista e pedestre); (2) veculos; (3) estudo da velocidade, tempo de viagem e os atrasos; (4) volume de trfego; (5) origem/destino; (6) capacidade viria; (7) estudo do estacionamento; (8) acidentes; (9) transporte pblico.Operao do Trfego Medidas regulamentadoras: leis e normas, regulamentao da operao. Planos de controle de trfego: tipo de sinalizao/controle a ser adotado para determinada situao.

Planejamento de Trfego estuda as caractersticas das viagens urbanas, inclusive transporte pblico; conduo dos principais estudos de transportes; tcnicas usadas para a compreenso dos planos de transporte.

Projeto Geomtrico projeto de vias e intersees, estacionamentos e terminais.Administrao rgos administradores do trfego; programas de educao do trnsito; legislao regulamentadora.

5 ESTUDOS DAS CARACTERSTICAS DO TRFEGO5.1 UsurioClassificao Motoristas Pedestres

Caractersticas Fundamentais dos Motoristas Reao a Estmulos ExternosP - percepo: a sensao recebida pelos sentidos, transmitida ao crebro e reconhecida.I - identificao: envolve identificao e compreenso (relacionado com recordaes anteriores).E - julgamento ou emoo: envolve o processo de deciso. (parar, ir ao lado).V - reao (volution): execuo da deciso. Fatores Visuais na Percepo e ReaoAcuidade Visual: menor detalhe que pode ser percebido pelo olho, independente do iluminamento. Normal: cone de 3 a 5 graus. Limite: cone de 10 a 12 graus. Viso Perifricaindivduo que pode ver os objetos sem clareza de detalhes ou cores. Normal: 120 a 180 graus. Percepo do MovimentoEstimar distncias e velocidades. (colises) Audio na PercepoReao buzina. Limitaes Fsicas, Mentais e EmocionaisVariabilidade dos motoristas: quanto idade, sexo, conhecimento e habilidade o dirigir, nervosismo, impacincia... Quanto ao desejo dos motoristas: motivao para a viagem. Efeito de Fadiga (mental ou fsica)Causa: vibraes, excesso de calor, longos perodos sem pausa.5.2 VECULOOs veculos so fabricados para diferentes usos, diferenciados por peso, dimenso, manobrabilidade e so condicionados ao traado e a resistncia das vias. Atividades da Engenharia de Trfego que Envolvem as Caractersticas dos Veculosprojeto geomtrico de vias rurais e urbanas;estudos da capacidade das vias;estudo da segurana de trfego;estudo da sinalizao etc.

Classificao Bsica dos VeculosBiciclos: motocicletas e bicicletas com ou sem motor.no influenciam muito na capacidade das vias.bastante envolvidos em acidentes.

Ligeiros: automveis e veculos de turismo pequenos. transportam 4 a 9 pessoas. incluem caminhes e pequenos furges carga til < 2 ton. importantes para o trfego. representam a maior porcentagem do fluxo de trfego.

Pesados: caminhes e nibus. transporte de mercadorias pesadas e transporte coletivo de pessoas.

Especiais: tratores agrcolas, mquinas de obras pblicas etc. grandes dimenses e lentido de movimentos. vias no dimensionadas para este tipo de veculo. devem procurar a rota adequada.

5.3 VIAConsideraes Bsicas Sobre o Projeto GeomtricoO projeto geomtrico deve ser adequado para o volume futuro estimado, para o trfego dirio e a hora de pico, para as caractersticas dos veculos e para a velocidade de projeto. deve ser seguro para os motoristas. deve ser consistente, evitar trocas de alinhamentos, greide etc. ser completo (sinalizao e controle). ser econmico (em relao ao custos iniciais e custos de manuteno).

Alm de ser esteticamente agradvel para os motoristas e usurios, trazer benefcio sociais e no agredir o meio ambiente.

Classificao das Vias quanto ao gneroAeroviasDutovias FerroviasHidroviasRodovias

Classificao das vias quanto espcieUrbana: dentro da rea urbanizada.Interurbana: ligando duas reas urbanizadas, pertencentes ao mesmo municpio.Metropolitanas: contidas numa regio metropolitana.Rurais: com os dois extremos localizados fora das reas urbanizadas.

Classificao das vias quanto posioDisposio espacial na malha viria e posio relativa aos ncleos urbanizados ou plos de interesse, urbano/metropolitano.Radiais: vias que convergem dos bairros para o centro;Perimetrais: vias de contorno;Longitudinais: vias direo Norte Sul;Transversais: vias na direo Leste - Oeste; Anulares: vias que circundam o ncleo urbanizado;Tangenciais: vias que tangenciam o ncleo urbanizado;Diametrais: vias que cruzam o ncleo urbanizado ou plo de interesse, tendo suas extremidades fora dele.

Classificao das vias quanto ao tipoEm relao superfcie natural do terreno:em nveisrebaixadaselevadastneis

Classificao das vias quanto ao nmero de pistas: simples ( two lanes)mltiplas faixas (multilanes e freeways)

Classificao das vias quanto natureza da superfcie de rolamento (rodovirio):pavimentadassimplesmente revestidasterreno natural

Classificao das vias quanto s condies operacionais (uso/regra circulao):sentido nicosentido duploreversvelinterditada (a alguns ou todos os veculos)com ou sem estacionamento.

Classificao das vias quanto jurisdio:federalestadualmunicipalparticular

Classificao quanto s funcionalidades das vias urbanas (ABNT) Vias expressas primrias e secundrias (1) ligaes rpidas em escala metropolitana (2) trnsito de passagem exclusivo Vias arteriais primrias e secundrias (1) ligaes em escala metropolitana e em escalas de zonas (2) trnsito de passagem permanente Vias coletoras primrias e secundrias secundrias (1) ligaes em escala de bairros (2) trnsito de passagem e local equilibradosVias locais residenciais e outras (1) ligao em escala de unidade de vizinhana (2) trnsito local predominante