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PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS DO EUCALIPTO 8° SIMPÓSIO “TÉCNICAS DE PLANTIO E MANEJO DE EUCALIPTO PARA USOS MÚLTIPLOS Enga. Ftal. Karina Goulart Tumura

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PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS DO EUCALIPTO

8° SIMPÓSIO “TÉCNICAS DE PLANTIO E MANEJO DE EUCALIPTO PARA USOS MÚLTIPLOS

Enga. Ftal. Karina Goulart Tumura

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DOENÇA: O QUE É ISSO???

• Doença: desvio do estado normal, conjunto de

sintomas e sinais que tem uma só causa

Sintomas: conjunto de alterações morfológicas e/ou

fisiológicas no hospedeiro

Sinais: estrutura do microrganismo presente no

tecido doente

Agente causal: agente capaz de produzir doença

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SINTOMAS

HOSPEDEIRO PATÓGENO

AMBIENTE

Processo dinâmico, resultante da interação entre o patógeno, hospedeiro e ambiente, expressa através dos sintomas

DOENÇA: O QUE É ISSO???

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Os microrganismos causadores de doença e insetos praga

afetam espécies vegetais de importância econômica para o

homem, ou seja, sua ação causa prejuízos econômicos

POR QUE CONTROLAR PRAGAS E DOENÇAS???

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CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS

Quanto ao agente causal

Abiótica

Biótica

Quanto ao local de ocorrência

Viveiro de produção de mudas

Campo

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FORMAS DE DISSEMINAÇÃO

• Vento;

• Água;

• Solo;

• Insetos;

• Ferramentas de poda;

• Contato planta – planta.

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ÁGUA

• Fonte límpida

• Poço artesiano;

• Clorada;

• Filtrada.

• Manejo correto do regime de irrigação.

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SUBSTRATO

• Esterilizado;

• Evitar alto teor de matéria orgânica;

• Bem drenado;

• Cuidado no manuseio não reutilizar;

• Reinfestação com microrganismos antagônicos.

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FUNCIONÁRIO

• Conhecimento

• Higiene;

• Treinamento;

• Compromisso;

• Trabalho em equipe.

• Incentivo

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TRANSPORTE

• Minimizar trânsito de veículos dentro do viveiro

• Transporte das mudas deve ser cuidadoso.

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DOENÇAS ABIÓTICAS

ESCALDADURA

DEFICIT HÍDRICO

AFOGAMENTO DE COLETO

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Tombamento de muda causado por Rhizoctonia

Podridão de estaca causada por

Cylindrocladium

PRINCIPAIS DOENÇAS DE VIVEIRO

Canela preta

Mofo cinzento

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CONTROLE DE “DAMPING OFF” E PODRIDÃO DE RAÍZES

- Água de qualidade;

- Canteiros suspensos;

- Retirar mudas e resíduos vegetais

mortos;

- Seleção e espaçamento de mudas;

- Medidas de higiene.

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OÍDIO

• Controle

- Molhamento superficial da folha (água livre)

- Óleo de nim indiano; leite de vaca cru

- Químico: Sphere Max (mas não é registrado)

• Condições de epidemia

- Ausência de água livre;

- Incidência indireta de luz: dias curtos/cobertura suja;

- Temperaturas mais amenas (em torno de 21 a 23°C)

- Período: abril - setembro

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MANCHA DE CYLINDROCLADIUM

Sintomas • Desfolha intensa • Manchas na face inferior da folha

• Principais via de disseminação: insetos, vento e chuva; • Saprófita; • Preferência por alta temperatura e períodos prolongados

de chuva

CONTROLE Plantio de clones resistentes Controle químico: fungicida registrado para cultura do eucalipto

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FERRUGEM DO EUCALIPTO

• Condições favoráveis para desenvolvimento da doença

- Agente causal: Puccinia psidii

- Alta umidade relativa (UR > 90%);

- Temperaturas mais amenas (em torno de 15 a 25°C);

- Molhamento foliar maior que seis horas.

Uredósporo Uredósporo germinado Teliósporo

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FERRUGEM DO EUCALIPTO

SINTOMAS

- Pústulas amareladas nas folhas - Áreas hipertrofiadas com coloração

ferruginosa

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FERRUGEM DO EUCALIPTO

Necrose das folhas

Encarquilhamento de folhas Deformação de ponteiros

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DOENTE SADIO

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FERRUGEM DO EUCALIPTO

• Mosaicos clonais;

• Escape: uso de clones de crescimento precoce;

• Indução de resistência e controle químico;

• Clones resistentes

Resistência inter-específica: variabilidade genética dentro do gênero Eucalyptus

Resistência intra-específica: dentro de uma procedência podem existir plantas suscetíveis e resistentes

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MURCHA VASCULAR BACTERIANA

• Causada pela bactéria Ralstonia solanacearum; • Bactéria de solo que penetra através do sistema radicular por

aberturas naturais ou ferimentos; • Sobrevive em restos de culturas, sementes e hospedeiros alternativos; • Favorecida por temperaturas mais altas (28°C).

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MURCHA VASCULAR BACTERIANA

• Murcha/queda parcial de folhas seca da copa;

• Escurecimento de vasos do xilema • Exsudação de pus bacteriano teste do copo

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MURCHA VASCULAR BACTERIANA

CONTROLE PREVENTIVO - Jardins clonais cobertos; - Quebra vento; - Material sadio; - Substrato/solo bem drenado; - Medidas de higiene em geral; - Desinfestação de

implementos utilizados em tratos culturais e corte da floresta;

- Indutores de resistência; - Inspeção constate; - Clones resistentes (???)

CONTROLE CURATIVO - Isolamento de áreas

afetadas; - Destruir plantas doentes e

as suas vizinhas.

PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO!

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MURCHA DE CERATOCYSTIS

• Causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata (Chalara spp.);

• Penetração através da raiz, da epiderme através de vetor ou de ferimentos;

• Sobrevivência em restos culturais, matéria orgânica presente no solo e hospedeiros alternativos (seringueira, café, cacau, acácia).

• Peritécios pretos, globosos, com rostro longo; • Ascos – ascósporos em forma de “chapéu”.

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Escurecimento dos vasos do lenho “Canelura” na

base do tronco

Superbrotação

- Odor característico - Amarelecimento e seca da copa

MURCHA DE CERATOCYSTIS

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MURCHA DE CERATOCYSTIS

PREVENÇÃO/CONTROLE – VIVEIRO - Destruição de plantas doentes com

as raízes; - Desinfecção de equipamentos de

corte; - Não usar cepas de plantas doentes

para clonagem; - Verificar mini-touças e retirar

plantas suspeitas; - Higiene e limpeza da estufa de

enraizamento; - Elevação de canteiros; - Inspeção constante. - Clones resistentes (???)

- E. grandis; E. dunii e E. saligna: suscetíveis

PREVENÇÃO/CONTROLE - CAMPO - Isolamento de áreas afetadas; - Destruir plantas doentes e as

suas vizinhas; - Desinfestação de implementos

utilizados em tratos culturais e corte da floresta;

- Monitoramento constante.

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CANCRO BASAL

• Agente causal: Chrysoporthe cubensis;

• Ampla distribuição geográfica: desde AM até SC;

• Relatado no Brasil pela primeira vez em 1945, em Rio Claro;

• Doença típica de regiões com clima tropical;

• Ataca casca, câmbio e lenho.

Peritécios envolvidos por tecido ascostromático

Asco Ascósporos

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- ATACA DESDE OS CINCO MESES DE IDADE; - TRINCAMENTOS NA BASE; - CANCROS TÍPICOS; - ANELAMENTO NA BASE; - “PAU PRETO”; - QUEBRA PELO VENTO.

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• Resistência genética exemplo bem sucedido

Alta em nível intra e interespecífico Alta resistência: E. urophylla

Moderadamente suscetível: E. grandis

Altamente suscetível: E. saligna

• Balanço nutricional adequado

Deficiência de boro + condições ambientais favoráveis rachaduras naturais na base do tronco facilita invasão por agentes fitopatogênicos

• Controle biológico

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AGRADECIMENTOS

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