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Elevadores e Escadas Rolantes Disc iplina: Eng. 297 - Construção Civil II Aula 01 Prof. Dayana Costa

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  • Elevadores e Escadas Rolantes

    Disciplina: Eng. 297 - Construo Civil II

    Aula 01

    Prof. Dayana Costa

  • Contedo da Aula

    Introduo

    Conhecimentos Iniciais Normas

    Esquema bsico de funcionamento

    Caractersticas fundamentais dos elevadores

    Processo do Subsistema Elevador

    Obra Civil Casa de Mquinas, caixa e poo

    Clculo de Trfego nos Elevadores

    Escadas Rolantes

  • Introduo Alm de elevadores de passageiros, existem outros

    equipamentos de transporte vertical, tais como: Elevadores de carga

    Elevadores de Carga-Automveis

    Monta cargas

    Elevadores de maca

    Elevadores para residncias unifamiliares

    Elevadores panormicos de passageiros

    Para o dimensionamento desses elevadores, diferentes clculos e estudos devero ser realizados, sempre em funo das caractersticas especficas de cada projeto.

  • Normas

    NBR-5666: Elevadores Eltricos Terminologia

    NBR NM-207: Elevadores de passageiros requisitos de segurana para construo e instalao

    NBR-5665: Clculo de Trfego nos Elevadores Procedimento

    NBR-NM 195: Projeto, Fabricao e Instalao de Escadas Rolantes e Esteiras Rolantes - Procedimento

  • Esquema Bsico de Funcionamento do Elevador

    Composto por perfis e painis metlicos e componentes eletrnicos

    Estes so instalados: na casa de mquinas do edifcio na caixa de corrida

    Fechamento de alvenaria ou concreto por onde realizado o transporte vertical

    no poo Espao embaixo do primeiro piso atendido

    pelo elevador

  • Esquema Bsico de Funcionamento do Elevador

    Na Casa de Mquina so instalados:

    - Mquina de trao: responsvel pelo movimento de subida e descida do elevador;

    - Limitador de velocidade: mecanismo no piso da casa de mquina, constitudo basicamente de polia, cabo de ao e interruptor e travas

    - Painel de controle: responsvel por estabelecer a prioridade e o sentido do atendimento

  • Esquema Bsico de Funcionamento do Elevador

    A Caixa de Corrida composta por:

    - Carro: unio entre plataforma (armao em ao), constitudas por duas longarinas e cabeote (superior e inferior), e uma cabina montada sobre esta plataforma

    - Contrapeso: em armao metlica. Formado por longarinas e cabeotes, onde so fixados pesos de concreto, polias e cabos.

    - Guias: por onde deslizam a cabina e o contrapeso

    - Portas, boteiras de chamadas, indicadores eletrnicos

  • Esquema Bsico de Funcionamento do Elevador

    Figura dissertacao Marcelo

    Fonte: Azambuja (2002)

  • Esquema Bsico de Funcionamento do Elevador

    Poo so instaladas:

    - Molas pra-choques: servem para amortecer o impacto do elevador no poo no caso de acidente

    -Instaladas sobre bases de concreto

    -Executadas no fundo do poo

  • Caractersticas Fundamentais dos Elevadores

    As caractersticas bsicas que definem o elevador de passageiro so: velocidade nominal lotao da cabina

    A determinao da velocidade e da capacidade dos elevadores de um edifcio feita atravs do seu clculo de trfego

    A grande maioria dos edifcios residenciais utilizam elevadores com: velocidade de 1,00m/s; capacidade de 6 ou 8 pessoas.

  • Caractersticas Fundamentais dos Elevadores

    Combinaes mais usuais e econmicas entre velocidade e capacidade

  • Processo de pedido-entrega do subssistema elevador

    Processo de projeto, fabricao e instalao de elevadores corresponde: ao conjunto de atividades que acontecem desde

    o dimensionamento do elevador pelo arquiteto at a concluso da sua instalao em obra.

    Principais intervenientes envolvidos: Construtor Arquiteto Filial do Fornecedor Fbrica Montadores

  • Viso Geral do ProcessoObras Civis

  • Obras Civis Construo e acabamento da casa de Mquina, do Poo e

    da Caixa do Elevador, atendendo s exigncias da NBR NM 207 e do fabricante;

    Execuo de pontos de apoio para fixao do elevador de acordo com o fabricante;

    Fornecimento de energia eltrica provisria, e posterior, ligao definitiva da luz;

    Instalao eltrica da Casa de Mquina; Obteno das licenas das autoridades competentes,

    quando necessrio para montagem e para funcionamento do elevador;

    Fornecimento de cmodo para acondicionamento de materiais (fcil acesso, nvel da rua, porta e chave);

    Construo, no vo livre da frente das Caixas, de um rodap 0,30m de altura e uma proteo (parapeito ou guarda-corpo);

  • Obras CivisCasa de Mquinas

    O posicionamento ideal: parte superior do edifcio, sobre a caixa do elevador;

    Se estiver situada em outro lugar do prdio, obrigatoriamente dever ser construda uma casa de polias sobre a caixa;

    Algumas exigncias da NBR NM-207, so: A porta de acesso casa de Mquinas deve ser

    de material incombustvel e sua folha deve abrir para fora;

    As mquinas, outros dispositivos do elevador e as polias devem ser instaladas em recinto exclusivo contendo paredes slidas e pisos antiderrapentes;

  • Outras exigncias da NBR NM-207: No devem materiais ou dutos, cabos ou dispositivos

    que no sejam relacionados com elevadores; Devem ser providas de ganchos instalados no teto para

    levantamento de equipamentos pesados durante a montagem e manuteno do elevador;

    Acessos com altura mn. de 2m e 0,7m de largura; Devem ter ventilao natural cruzada ou forada; Devem ser iluminadas e ter uma tomada eltrica; Devem dispor de luz de emergncia; A temperatura da Casa de Mquinas deve ser entre 5C

    e 40oC; As paredes, pisos e tetos devem absorver os rudos

    oriundo das operaes dos elevadores.

    Obras CivisCasa de Mquinas

  • Para possibilitar a entrada dos equipamentos, necessrio construir um alapo no piso. Quando fechado deve ser capaz de:

    suportar carga de 1000N em rea de 0,20 x 0,20m.

    O dimensionamento da casa de mquinas pode variar de prdio para prdio, de acordo com o equipamento instalado. Esta rea deve ser sempre maior que o dobro da

    rea da Caixa.

    A sua altura varia tambm de acordo com o equipamento.

    Obras CivisCasa de Mquinas

  • Obras CivisCaixa

    Algumas das exigncias da NBR NM-207, so: As paredes devem ser constitudas de material

    incombustvel, formando uma superfcie lisa; Quando houver distncia superior a 11m entre

    paradas consecutivas, devem existir portas de emergncia na Caixa;

    Na parte superior deve existir abertura de ventilao, com rea igual a 1% da rea de seo horizontal da Caixa;

    Abaixo da soleira de cada pavimento deve existir uma aba com altura de 30cm (min.);

    Iluminao a cada 7m ao longo do percurso.

  • Obras CivisCaixa

    Cuidado especial deve ser tomado com a prumada do edifcio. As dimenses consideradas sero os menores

    valores para as medidas a+b e c+d.

    Quanto mais alto for o prdio, maior cuidado dever existir por parte do construtor (desvios aumentam com a altura). aceitvel desvio de 1,5cm de cada lado,

    considerando todo o percurso do elevador, acrescido do espao livre superior e inferior.

  • Obras CivisCaixa

  • Obras CivisPoo

    Algumas exigncias da NBR NM 207, so: Deve existir acesso ao fundo do Poo Entre os Poos de elevadores adjacente deve existir parede

    divisria, ou proteo de chapa metlica ou tela de arame; Abertura de malha inferior a 5 cm, com altura mn. de 2,50m acima

    do nvel do Poo

    Em cada Poo deve existir um ponto de luz, de forma a assegurar a iluminao mnima

    No deve existir no Poo qualquer equipamento que no faa parte do elevador

    O poo dever ser impermevel, fechado e aterrado, e nele no dever existir qualquer obstculo que dificulte a instalao dos parelhos do elevador

    A profundidade varivel de acordo com o equipamento instalado.

  • Obras CivisPoo

  • Problemas na pr-instalao do Elevador (Azambuja, 2002)

    Especificaes mal definidas Alteraes nas especificaes do produto Ausncia de Projeto Executivo no Canteiro

    Ex: Marcao errada ou no marcao dos furos nas lajes da Casa de Mquinas

    Falta de clareza nas informaes do projeto executivo e falta de entendimento por parte dos funcionrios da construtoras

    Falhas nos servios de pr-instalao em canteiros de obra Ex: Levantamento do prumo (reais dimenses

    em obra)

  • Problemas na instalao do Elevador (Azambuja, 2003)

    Problemas no recebimento do elevador Falta de previso da chegada por parte do

    fabricante Danificao dos componentes durante a

    descarga Problemas na armazenagem do elevador

    Conseqncias: danos no material; empenamentos de guias; oxidao de cabos de ao; portas e painis arranhados

    Desorganizao nas condies fsicas dos materiais no canteiro de obra

    Condies da obra para incio da montagem

  • Problemas na instalao do Elevador (Azambuja, 2003)

    Retrabalhos causados por erros durante execuo da obra Erros na concretagem da laje da casa de

    mquinas (marcao da furao e colocao de esperas)

    Erros na localizao ou no execuo dos ganchos estruturais para inamentoda mquina de trao e dos alapes

    Falta de prumo, alinhamento e esquadro das alvenarias de fechamento da caixa do elevador

  • Clculo de Trfego nos Elevadores

    A sistemtica de clculo permite avaliar: Quantidade e capacidade dos elevadores Velocidade mn. para atender ao trfego do edifcio

    Uso da NBR 5666: Clculo de Trfego nos Elevadores

    Pode ser calculado por arquiteto ou fabricante Variveis do Clculo

    Populao do prdio Nmero de paradas dos elevadores Percurso dos elevadores Tipos de portas dos elevadores Capacidade das cabinas Velocidade dos elevadores Quantidade de elevadores

  • Exemplo de Clculo de Trfego

    Prdio de apartamento com 15 paradas (T+14), distncia de piso a piso 3,00m, 4 apartamento por andar, cada um com 2 dormitrios sociais e 1 de servial. Pretende-se especificar 2 elevadores com lotao da cabina de 8 pessoas e porta de pavimento. Abertura lateral, com 0,8m de largura.

  • 1. Populao do prdio 1. Composio: baseada nas seguintes relaes

    (NBR 5665):

    Obs.: Podem ser computados 50% da populao do pavimento acima ou abaixo do pavimento de acesso, desde que estes estejam situados a 5m em relao ao pavimento de acesso.

    a) escritrio de uma nica entidade 1 pessoa por 7m2 de sala b)escritrios em geral e consultrio 1 pessoa por 7m2 de sala c) apartamentos 2 pessoas por 1 dormitrio;

    4 pessoas por 2 dormitrios; 5 pessoas por 3 dormitrios; 6 pessoas por 4 dormitrios ou mais; e 1 pessoa por dormitrio de servial

    d) hotis 2 pessoas por dormitrio e) hospitais 2,5 pessoas por leito f) restaurantes 1 pessoa por 1,5m2 de salo de

    refeies g) escolas, salas de aula sala de administrao

    1 pessoa por 2m2 1 pessoa por 7m2

    h) edifcios garagem com rampas e sem manobristas

    1,4 pessoas por vaga

    i) lojas e centros comerciais 1 pessoa por 4m2 de loja

  • 2. Relao: indica-se a relao apresentada, para o tipo de edifcio

    3. Populao Total: a partir dos itens 1 e 2, calcula-se a populao total do edifcio

    4. Mnimo a ser transportado em 5 min. (NBR 5665): % da populao total do edifcio

    1. Populao do prdio

    a) escritrio de uma nica entidade 15% b)escritrios em geral e consultrio 12% c) apartamentos 10% d) hotis 10% e) hospitais -quando houver tubo de queda para roupa e lixo e monta-carga para servio de nutrio -quando no houver estas condies

    8% 12%

    f) restaurantes 6% g) escolas 12% h) edifcios garagem com rampas e sem manobristas

    10%

    i) lojas e centros comerciais 10%

  • 5. Intervalo de trfego admissvel: tempo mximo que um passageiro deve esperar pelo carro. Em edifcios de apartamentos no existe a exigncia de

    intervalo de trafego admissvel (NBR 5665) Outras edificaes ver tabela abaixo:

    1. Populao do prdio

  • 2. Elevadores 6. Unidades do grupo: a qtde de elevadores

    prevista 7. Capacidade: a lotao mx. de passageiro da

    cabina, subtrada uma pessoa se houver ascensorista

    8. Paradas: a qtde de pav. servidos pelo elevador, incluindo trreo, subsolos, sobrelojas, mezanino etc.

    9. Paradas provveis: o no de paradas provveis que o elevador pode efetuar em uma viagem funo da capacidade da cabina e qtde de pav.

    N = P (P - 1) x (P 2 / P - 1)cOnde: N = no de paradas provveisP = no de paradas do elevadorc = lotao da cabina, excluindo ascensorista

  • 2. Elevadores

    10. Percurso (m): a distncia, em metros, percorrida pelo carro, do piso acabado da primeira parada ao piso acabado da ltima parada

    11. Velocidade (m/s): estabelecida, inicialmente, de forma compatvel com altura do prdio.

    Percurso (m) Velocidade (m/s) At 29 De 0,75 s 1,00 De 30 a 44 De 1,00 a 1,50 De 45 a 59 De 1,25 a 2,00 De 60 a 74 De 1,75 a 2,50 De 75 a 90 De 2,50 a 3,50

    Percurso (m) Velocidade (m/s) At 17 De 0,50 a 1,00 De 18 a 29 De 1,00 a 1,75 De 30 a 44 De 1,75 a 2,50 De 45 a 59 De 2,50 a 3,50 De 60 a 74 De 3,50 a 4,00 De 75 a 89 De 4,00 a 5,00 De 90 a 150 De 5,00 a 6,00 Acima de 150 De 6,00 a 8,00

    Velocidade recomendadas para edifcios residenciais

    Velocidade recomendadas para edifcios no residenciais

  • 2. Elevadores

    12. Tipos de portas: a indicao do tipo de porta de pavimento escolhida: AL (abertura lateral) ou AC (abertura central)

    13. Abertura livre (m): a indicao da dimenso da largura da porta

  • 3. Tempos Adotados (em segundos) 14. Acelerao e retardamento: obtida em funo

    da velocidade (item 11)

    15. Abertura e fechamento de portas: em funo do tipo de porta Abertura Central: 3,9s; Abertura Lateral: 5,5s; Eixo

    vertical: 6,0s

    16. Entrada e sada de passageiros: funo da abertura livre da porta indicada no item 13. Abertura menor que 1,10m: tempo por passageiro: 2,4s;

    maior ou igual a 1,10m: 2,0

    Velocidade (m/s) Tempo por parada 0,75 2,5 1,00 3,0 1,25 3,0 1,50 3,5 1,75 4,0 2,00 4,5 2,50 5,5

    Acima de 2,50 6,0

  • 4. Tempos Totais Calculados 17. Percurso Total (T1): o tempo gasto pela cabina para

    percorrer o percurso, de ida e volta, sem parar em nenhum pavimento. Sendo S o percurso (em metros) e V a velocidade do elevador

    (em metros por seg.)

    T1 = 2S / V = tempo de percurso total

    18. Acelerao e retardamento (T2): o tempo gasto nas operaes de acelerao e desacelerao durante todo o percurso. T2 = x (nmero de paradas provveis x tempo de acelerao

    e retardamento de cada parada (item 14))

    19. Abertura e fechamento de portas (T3): o tempo gasto nas operaes de abertura e fechamento em todo o percurso. T3 = (nmero de paradas provveis) x (tempo de abertura e

    fechamento das portas de cada parada (item 15))

  • 4. Tempos Totais Calculados 20. Entrada e sada de passageiro (T4): o tempo

    gasto para a entrada e sada de passageiros da cabina durante todo o percurso T4 = (capacidade da cabina (excludo o ascensorista)) x

    (tempo de entrada e sada de cada passageiro (item 16))

    21. Soma parcial: a soma dos seguintes tempos Percurso total (item 17); acelerao e retardamento (18);

    abertura e fechamento de portas (19) e entrada e sada de passageiros (item 20)

    22. Adicional 0,1 (T3 + T4): igual a 10% da soma dos tempos de abertura e fechamento de portas e de entrada e sada de passageiros (itens 19 +20).

    23. Tempo total de viagem (T): o tempo gasto pelo elevador por viagem, incluindo todas as manobras, esperas, etc. a soma dos itens 21 e 22 anteriores.

  • 4. Tempos Totais Calculados 24. Capacidade de transporte (Ct): a qtde de

    pessoas que sero transportadas em 5min (300s). por um elevador. Ct = (300 x C / T) = C1; onde: Ct a capacidade de

    transporte; C = capacidade da cabina (excluindo ascensorista); e T = tempo total da viagem (em seg.)

    25. Capacidade de Trfego (CT): a capacidade de trfego ser a soma das capacidade de transporte de cada elevador, ou seja, ser a qtde de pessoas transportadas em 5min por toda a bateria de elevadores CT = CT1 + CT2 + ...+ CTn; se n elevadores possurem as

    mesmas caractersticas suas capacidades de transporte sero iguais e capacidade de trfego ser:

    CT = n x CT = (300 Cn / T)

  • 4. Tempos Totais Calculados

    26. Intervalo de trfego: o tempo total de viagem (item 23), dividido pelo no de carros:

    I = T/n; onde: I o intervalo de trfego; T = tempo total de viagem (em seg.) e n = nmero de elevadores do grupo

  • Bibliografia Complementar

    Elevadores Atlas Schindler S.A. Departamento Tcnico. Manual de Transporte Vertical em Edifcios. Ed. 18. So Paulo: Pini, 2001.

    AZAMBUJA, Marcelo. Processo de Projeto, aquisio e instalao de elevadores em edifcios: diagnstico e proposta de melhorias. 149f. Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil) Programa de ps Graduao em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002. Disponvel em: www.infohab.org.br

    http://www.thyssenkruppelevadores.com.br http://www.atlas.schindler.com