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Encontros para os Grupos Bíblicos em FamíliaQuaresma/Páscoa – 2012

JESUSCAMINHO, VERDADE E VIDA

Arquidiocese de Florianópolis

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SUMÁRIO

Apresentação ..................................................................................... 3

Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família .............................................................. 4

Celebração Inicial: Convertei-vos e crede no Evangelho................. 6

1º Encontro: A Saúde Pública, como vai? ....................................... 13

2º Encontro: Que a saúde se difunda sobre a terra ........................ 20

3º Encontro: Em busca de uma vida saudável ............................... 26

4º Encontro: É tempo de conversão ............................................... 34

5º Encontro: Via-Sacra: caminho da glorificação ............................ 39

6º Encontro: Páscoa: plenitude da vida .......................................... 59

7º Encontro: Ressurreição: a vitória da vida plena ......................... 64

8º Encontro: Ressurreição: vida nova ............................................. 71

9º Encontro: Maria: modelo de acolhida ......................................... 77

10º Encontro: Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos ....... 82

11º Encontro: Ascensão de Jesus – O céu nos espera .................. 89

12º Encontro: Pelo Espírito Santo somos enviados ....................... 95

Anexo 1: Pastoral da Saúde .......................................................... 100

Anexo 2: Hino dos GBF ................................................................. 102

Anexo 3: Leitura Orante da Palavra de Deus ................................ 103

Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração ................................ 104

Equipes de Articulação .................................................................. 105

Avaliação ........................................................................................ 107

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APRESENTAÇÃO

A Equipe de Redação apresenta os roteiros para os Grupos Bíblicos em Família para o tempo da Quaresma e Páscoa. São um importante instrumento de animação da caminhada pastoral em nossa Arquidiocese. Ajudam a construir uma iluminação bíblica da realidade apresentada pela Campanha da Fraternidade de 2012: “Fraternidade e a Saúde Pública”.

A doença e o sofrimento são parte constitutiva da sociedade em que vivemos. O atendimento e o cuidado do doente suscitam em tantas pessoas atitudes de caridade e solidariedade. Esta realidade, por outro lado, desafia permanentemente os governantes, e a própria sociedade, a adotar políticas públicas adequadas para que os doentes tenham atendimento satisfatório, tratamento e prevenção.

A presença dos doentes em nossas famílias questiona também a nossa fé. O contato com a fragilidade humana pede uma constante atitude de conversão. É preciso deixar o nosso egoísmo e indiferença. A doença “é uma ocasião para que se manifestem as obras de Deus” (Jo 9,3). A fé em Deus nos transforma em agentes do amor de Deus no mundo. Deus quer que todos tenham uma vida digna, saudável e es-tejam integrados à sociedade.

Florianópolis, 01 de janeiro de 2012.

D. Wilson Tadeu JönckArcebispo

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ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS

EM FAMÍLIA

Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidio-cesana. As orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funcionamento dos Grupos:

1. PLANEJAMENTO: Dar início aos grupos. Colaborar com a paró-quia na divulgação e organização dos Grupos Bíblicos em Família, prioridade da Ação Pastoral Evangelizadora na Arquidiocese.

2. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.

3. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.– Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a casinha,

porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lembrando as primeiras comunidades cristãs.

– A Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda oração, reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que todos os participantes a levem sempre, e que se acostumem a ler com antecedência o texto proposto para cada encontro.

4. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece.

5. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distri-buindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos.

6. GRUPOS GRANDES: Quando o grupo for muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, propomos que alguns membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se dispo-nham a iniciar novos grupos, colaborando com a propagação do anúncio da Palavra de Deus e desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade.

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7. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da comunidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações e de lazer, etc.), a fim de que o grupo esteja sempre atento, valorizando a vida e colaborando com o bem-estar da comunidade.

8. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o compro-misso sugerido para um encontro for difícil de ser executado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.

9. CONTINUIDADE: Manter o grupo unido e articulado, motivando-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano, ou seja: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.

10. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento paroquial. – É importante que os coordenadores e animadores se reúnam

e tracem um planejamento para todo o ano, com reuniões pe-riódicas na comunidade e em nível paroquial; formação para animadores e animadoras; temas de estudos; celebrações e lançamento dos livretos, conforme o tempo litúrgico.

11. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nos-so trabalho de evangelização. Após o último encontro, provoque o grupo a fazer a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no final do livreto, e envie para:

Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família

Rua Esteves Junior, 447 – Centro CEP: 88015-130 – Florianópolis/SC

E-mail: [email protected]

Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!

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Celebração inicial

CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO

“Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Criar um espaço sagrado com os símbo-los: Bíblia, vela, casinha, cartaz da Campanha da Fraternidade, banner dos GBF (se for

possível), um ou mais cartazes com recortes de revistas ou jornais com pessoas doentes e saudáveis, médicos e enfermeiras(os), agentes de Saúde e da Pastoral da Saúde, instrumentos utilizados na área da saúde, na Pastoral da Saúde, Pastoral da Criança, Pastoral da Pessoa Idosa, e também outros símbolos que utilizamos na Quaresma...

Acolhida: Pelos membros dos grupos.

Motivação e oração inicial

Animador(a) 1: Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos! Iniciamos um novo Tempo Litúrgico: Quaresma e Páscoa. Depois do descanso e das férias, retornamos com novo vigor às atividades dos GBF nas comunidades. Com entusiasmo, acolhamo-nos uns aos outros.

(Tempo para as pessoas se cumprimentarem.)

A 2: Alegres por estarmos iniciando essa jornada de trabalho, vamos acolher os símbolos desta nossa caminhada.

(Entram os símbolos, menos a Bíblia e a vela, o banner dos GBF e a casinha.)

Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/

A 1: Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho Jesus Cristo para a nossa salvação, e enviou seu Santo Espírito para nos conduzir pelo caminho que nos leva à vida em plenitude.

A 2: Jesus nos diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vai ao Pai se não for por mim”. Ele mesmo nos ensinou a cha-

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mar a Deus de Pai e nos mostrou a beleza e a bondade do seu Reino. Saudemos a Santíssima Trindade e rezemos o Pai nosso ecumênico.

Todos(as): Em nome do Pai... Painossoqueestásnoscéus,santificadosejaoteunome,

venhaoteuReino,sejafeitaatuavontade,assimnaterracomonocéu.Opãonossodecadadianosdáhoje;perdoa-nosasnossasofensas,assimcomonósperdoamosaquemnostemofendido;enãonosdeixescairemtentação,maslivra-nosdomal,poisteuéoReino,opodereaglóriaparasempre. Amém.

Canto: Ousamos chamar-te de Pai.

1. Ele assumiu nossas dores, veio viver como nós, santificou nossas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu reino e te chamava de Pai, e revelou tua imagem que deu-nos coragem de sermos irmãos.

Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. /:Jesusnosmostrouquetusenteseficaspresenteondemora o amor. :/ /: Pai nosso que estás no céu, Pai nosso que estás aqui. :/

2. Ele mostrou o caminho, veio dizer quem tu és, disse com graça e com jeito que os nossos defeitos tu vais perdoar. Disse que a vida que deste queres com juros ganhar, cuidas de cada cabelo que vamos perdendo sem mesmo notar.

A 1: Neste tempo litúrgico, nossos encontros dos Grupos Bíblicos em Família nos levam a refletir o mistério da Paixão, Morte e Ressur-reição de Cristo. Também nos levam a refletir sobre a Campanha da Fraternidade, um apelo que a Igreja no Brasil faz para vivermos mais intensamente o tempo da Quaresma.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

A 2: Todos os dias, na celebração eucarística, a Igreja celebra o Mis-tério Pascal. Mas é no tempo da Quaresma que fazemos uma caminhada de oração mais intensa e de penitência mais acen-tuada, de conversão e de perdão, de reconciliação com Deus e com os irmãos e irmãs.

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T: “Convertei-vosecredenoEvangelho”(Mc 1,15).

Leitor(a) 1: Ao recebermos a imposição das cinzas, no início da Qua-resma, somos convidados a viver o Evangelho, viver a Boa Notícia que Jesus nos trouxe.

L 2: A Quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucifica do-Ressuscitado. Esse caminho deve ser um processo de mudança de vida, de transformação da pessoa que recebeu a graça de acolher o Reino de Deus para anunciar a Boa-Notícia.

T: “Convertei-vosecredenoEvangelho”(Mc 1,15).

L 3: Na Quaresma, os exercícios de oração, jejum e esmola indicam o processo de conversão e penitência, que nos levam a refletir sobre nossos hábitos e nosso estilo de vida, iluminados pela luz do mistério da Cruz e da Ressurreição.

Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos,juntosandemos.Eisotempodeconversão!:/

L 4: Rezar é confiar no Senhor que nos ama e corresponder ao seu amor incondicional. A oração penitencial, por sua vez, privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o nosso coração para o perdão e para a reconciliação.

Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos,juntosandemos.Eisotempodeconversão!:/

L 1: O jejum penitencial nos leva a renunciar, livre e espontaneamente, a algumas coisas do nosso dia a dia: alimentos, hábitos, modos de agir...

Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos,juntosandemos.Eisotempodeconversão!:/

L 2: Para nós, cristãos, a esmola penitencial pode ser fruto do jejum, que se expressa na partilha fraterna dos nossos bens e do nosso tempo e nos gestos de amor e caridade com os irmãos e irmãs.

Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos,juntosandemos.Eisotempodeconversão!:/

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A Palavra de Deus ilumina a vida

A 2: Jesus sempre nos convida a ouvir, refletir e viver a sua palavra, mais ainda neste tempo quaresmal e pascal. Vamos acolher com alegria a Palavra do Bom Pastor, que dá sua vida por suas ovelhas.

(Entra a Bíblia e a vela acesa, acompanhada pelo banner dos GBF e a casinha.)

Canto: Pela Palavra de Deus

/: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. :/

1. Cristo me chama, Ele é Pastor. Sabe meu nome. Fala, Senhor.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 10,1-11.

(Um breve silêncio.)

A 1: Em silêncio, vamos reler o texto em nossa Bíblia e depois contar o que ele diz.

(Tempo para ler e para as pessoas falarem.)

A 2: Vamos conversar sobre o que o texto diz para nós hoje. a) Quais as atitudes de Jesus como bom pastor? b) Quais nossas atitudes de pastores e pastoras diante de tantos

desafios e contradições que vivemos no dia a dia em nossa família e nossa comunidade?

(Tempo para fazer um cochicho dois a dois e partilhar.)

AprofundarotemacomaPalavra

A 1: O texto diz que eles não entenderam o que Jesus queria dizer quando contou a parábola do pastor das ovelhas e do ladrão e assaltante. Então Jesus insistiu, dizendo:

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T: “Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ove-lhas”(Jo 10,7).

L 3: Jesus diz aos discípulos, e a nós, hoje, que ele é a porta de entrada, que ele chama cada um e cada uma pelo nome, isto é, ele nos conhece, sabe o nosso nome, caminha à nossa frente, e assim nos leva pelo caminho da vida nova para a realização do Reino de Deus.

T: “...easovelhasoseguem,porqueconhecemasuavoz”(Jo 10,4).

L 4: Como Jesus, bom Pastor, se preocupa com cada uma de suas ovelhas, de modo especial com as que correm algum perigo, também a Igreja nos lembra nessa Quaresma, sobretudo através da Campanha da Fraternidade, que devemos ser solidários com nossos irmãos e irmãs em sua dor e sofrimento, sobretudo quando sofrem com a injustiça e a exclusão.

T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abun-dância”(Jo 10,10).

L 1: Na fidelidade ao projeto do Pai, Jesus é o caminho da vida nova, na realização do seu Reino: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).

Canto:/:Soubompastor,ovelhasguardarei,nãotenhooutroofício,nem terei. Quantas vidas eu tiver eu lhes darei. :/

A 1: Diante da nossa reflexão, o que o texto nos leva a responder a Deus?

(Tempo para respondermos com as nossas orações espontâneas. Após, cantemos.)

Canto: /: Tu és, Senhor, o meu Pastor, por isso nada em minha vidafaltará.:/

A 2: Concluímos nossa oração a Deus, rezando em dois lados a Ora-ção da Campanha da Fraternidade.

Lado A: Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.

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Lado B: Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

T: Enviai-nos,Senhor,oVossoEspírito.GuiaiavossaIgreja,paraqueela,pelaconversão,sefaçasempremaissolidáriaàsdoreseenfermidadesdopovo,equeasaúdesedifundasobre a terra. Amém.

Canto: /: Senhor da vida, tu és a nossa salvação! Ao prepararmos a tua mesa, em ti buscamos Ressurreição! :/

Compromissos

A 1: A partir da nossa reflexão de hoje, podemos assumir o compro-misso que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe na Campanha da Fraternidade para este ano: refletir sobre a realidade da Saúde no Brasil em vista de uma vida sau-dável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos, e mobilizar nossas comunidades por melhoria no sistema público de Saúde.

A 2: Com essa orientação da CNBB, somos convidados, neste tempo quaresmal, a participar da Campanha da Fraternida-de, assumindo com responsabilidade de filhos e filhas de Deus, de maneira convertida, a interpelação expressa no tema e no lema.

Lado A: Tema: Fraternidade e Saúde Pública.

Lado B: Lema: “Que a Saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8).

(Refletir no grupo que compromisso será assumido em relação ao apelo da Campanha da Fraternidade.)

Bênção

A 1: Ao pedirmos a bênção, apresentemos a Deus Pai todas as Igrejas que caminham no seguimento de Jesus. Que o Senhor esteja sempre atrás de nós para nos guardar; à nossa frente

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para nos conduzir por bons caminhos; abaixo de nós para nos sustentar nas horas mais difíceis da vida; acima de nós para derramar sobre nós as suas graças; e em nosso coração para que tenhamos mais vida.

T: Que o Senhor nos abençoe e nos guarde e nos ilumine! Que o Senhormostreasuafaceparanósenosdêapaz!Emnomedo Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas, pelo remédio para aliviar a dor! Este é teu povo, em longas filas nas calçadas, a mendigar pela saúde, meu Senhor!

/: Tu, que vieste pra que todos te-nham vida, cura teu povo dessa dor emqueseencerra.Queafénossal-veenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

2. Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais, fica a sofrer sem leito e sem medicamento! Olha, Senhor, a gente não su-porta mais, Filho de Deus, com esse indigno tratamento!

Lembrete:

Lembramos que no dia 20 de maio acontecerá um grandioso mo-mento dos GR/F (GBF). Em quatro blocos, por proximidade, as dez dioceses de Santa Catarina refletirão sobre o tema: “Justiça e profecia no campo e na cidade”, e celebrarão a caminhada dos GR/F (GBF) iluminados pelo lema: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura! (Mc 16,15).

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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1º Encontro

A SAÚDE PÚBLICA, COMO VAI?

“Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8).

Ambiente: Bíblia, casinha, jornais e revistas que tratam do assunto, cartaz da Campanha da Fraterni-dade, cartão do SUS, carteira de vacinação (se possível).

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Motivação inicial e oração

Animador(a): Sejam bem-vindas e bem-vindos ao nosso Grupo Bíblico em Família. Vamos olhar os símbolos aqui presentes e dizer o que significam para nós, lembrando também os compromissos que estamos assumindo.

(Pausa para conversar.)

A: Como de costume, todos os anos os três primeiros encontros de nosso livreto deste tempo litúrgico são voltados ao tema da Campanha da Fraternidade. Neste ano, a Saúde Pública é o tema central de nossa reflexão na Quaresma. Iniciemos com o sinal da cruz, e em dois lados rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade.

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Lado A: Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Lado B: Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

T: Enviai-nos,Senhor,ovossoEspírito.GuiaiavossaIgreja,paraqueela,pelaconversão,sefaça,sempremais,solidária

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àsdoreseenfermidadesdopovo,equeasaúdesedifundasobre a terra. Amém.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas, pelo remédio para aliviar a dor! Este é teu povo, em longas filas nas calçadas, a mendigar pela saúde, meu Senhor!

/: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, cura teu povo dessadoremqueseencerra.Queafénossalveenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

Refletindootema

A: Todos os anos, a Igreja no Brasil, durante a Quaresma, nos convida a examinar como anda a nossa prática da solidariedade fraterna em alguma dimensão da vida.

Leitor(a) 1: No ano passado, questionava sobre a Vida no Planeta e, neste ano, o tema é a Saúde Pública:

T: Otema:FraternidadeeSaúdePública;eolema:“Queasaúdesedifundasobreaterra!”(Eclo 38,8).

L 2: Antes de refletir sobre a realidade em relação a esse tema, vale perguntar: O que tem a ver a Campanha da Fraternidade com a Quaresma e a Páscoa?

L 3: Viver a Quaresma é reconhecer a presença de Deus na caminha-da, no trabalho, no sofrimento e na dor na nossa vida e na vida do povo.

L 4: Diante disso, refletir a problemática da Saúde Pública e a vida do povo já é atitude de Páscoa, um passo para a construção de uma vida melhor para todas as pessoas.

T: ACampanhadaFraternidadeéparanósuminstrumento,notempoquaresmal,quenosajudanoprocessodeconversão.

A: Uma vida saudável é o que mais se deseja. Há muito tempo, a saúde vem sendo considerada como a principal preocupação da população brasileira, e sua constante reivindicação junto às Políticas Públicas.

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L 1: O Brasil possui um dos melhores modelos de sistema de Saú-de Pública, o Sistema Único de Saúde (SUS), que a partir da Constituição Federal de 1988 passou a ser obrigação do Estado e direito da população, sendo que essa responsabilidade passa pela esfera municipal, estadual e federal.

L 2: Vamos conhecer melhor o SUS, entender sua intenção e proposta de política à população brasileira. Essa política está alicerçada em três princípios: universalidade, integralidade e equidade.

L 3: Universalidade: o Estado deve atender a todas as pessoas;

L 4: Integralidade: o Estado deve oferecer todos os serviços de que o sistema dispõe, desde vacinas até transplantes;

L 1: Equidade: tudo deve ser garantido para todas as pessoas, sem nenhum tipo de privilégio.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra!”(Eclo 38,8).

A: Apesar de termos garantido em lei o direito à saúde, isso não é o suficiente. Faz-se necessária a real efetivação desse sistema em todo o território brasileiro.

L 2: Mas, infelizmente, isso não é tão simples, pois o SUS em nosso país é espaço de luta e de resistência.

L 3: Resistência por alguns setores da sociedade e dos movimentos sociais que querem manter o SUS público e de qualidade.

L 4: De disputa, devido aos interesses da classe dominante e empre-sarial, que não desejam o SUS conforme determina a lei.

L 1: A precariedade no atendimento acaba levando muitas pessoas a pagarem planos de saúde caros, para ter garantido o seu direito à saúde.

L 2: Além disso, o Estado ainda opta pela terceirização dos serviços de saúde, como os laboratórios, hospitais, clínicas, entre outros, tirando a sua própria responsabilidade de promover a saúde.

L 3: Com isso, o atendimento à saúde, como direito da população bra-sileira, vai se tornando muito precário, reduzindo-se à mercadoria e ao negócio lucrativo.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra!”(Eclo 38,8).

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Canto: Esta mesa nos ensina: todo bem que a gente alcança, em comum devemos pôr: o remédio, a medicina, pão e vinho e segurança,alegria,féeamor;alegria,féeamor.

A Palavra de Deus ilumina nossa vida

A: Vamos ouvir a leitura do Livro do Eclesi-ástico, a qual nos fala sobre a sabedoria popular de um povo e a sua relação com a saúde.

Canto: Fala, Senhor. Fala, Senhor, palavras de Fraternidade. Fala, Senhor. Fala, Senhor, és luz da humanidade!

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Eclesiástico 38,1-8.

A: Vamos novamente ler o texto e destacar uma palavra ou frase que mais chamou a atenção.

(Tempo para a partilha.)

A: Lembrando o texto, o que Deus fala para nós hoje? – Qual a sua mensagem sobre a saúde?– Que relação podemos fazer entre o texto lido e a realidade do

SUS hoje?– Como anda a saúde pública de nosso município?– Os serviços oferecidos pelo SUS garantem o atendimento

necessário à população? Quais? (Tempo para conversar.)

AprofundandootemacomaPalavradeDeus

A: O autor do livro do Eclesiástico acredita que há uma colaboração entre Deus e a humanidade, por isso não se devem menosprezar as conquistas alcançadas pela inteligência humana, no campo da saúde.

T: “Honraomédico,porqueeleénecessário;foioAltíssimoquemocriou”(Eclo 38,1).

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L 4: Mais importante do que curar é promover a medicina preventiva, é o trabalho de evitar que as pessoas adoeçam, é promovê-las para que tenham vida em abundância.

L 1: Sabe-se, no entanto, que, apesar do esforço e do cuidado para evitar doenças, a fragilidade do corpo e do espírito acaba se re-velando.

L 2: Muitas doenças podem ser causadas por falta de cuidado com a saúde: obesidade, stress, depressão, hipertensão, diabetes, HIV, entre outras, acabam surgindo em meio a tantas rotinas.

T: O Altíssimo deu aos homens a ciência, para que pudessem honrá-lo por suas maravilhas. Com os remédios, o médico acalmaador,e,comeles,ofarmacêuticopreparaasfórmulas(Eclo 38,6-7).

A: A sabedoria popular assimilou uma nova forma de entender os processos do adoecimento e da cura, e a partir daí o povo se utiliza dessa sabedoria para contribuir com a cura por meio da medicina alternativa.

T: Todosnós,pormeiodenossomododeviver,derelacionar-nos, e de nosso cuidado, podemos contribuir para “que a saúdesedifundasobreaterra!”(Eclo 38,8).

Canto: Nesta mesa da irmandade

1. Nesta mesa da irmandade, a nossa comunidade se oferece a ti, Senhor. Nosso sonho, nossa luta, nossa fé, nossa conduta, te entregamos com amor.

/:NovojeitodesermosIgrejanósbuscamos,Senhor,natua mesa! :/

Assumindo compromissos

A: Muitos são os compromissos que podemos assumir com relação à Campanha da Fraternidade neste ano:a) Procurar conhecer a Pastoral da Saúde em nossa Paróquia

ou na Arquidiocese, seus princípios, trabalhos e produtos fito-terápicos;

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b) Conhecer o funcionamento do SUS em nosso município ou bairro, identificando seus avan-ços e desafios;

c) Visitar as pessoas doentes da comunidade, orientando-as, se possível, sobre seus direitos de saúde;

d) Adquirir hábitos saudáveis de alimentação, prá-ticas de exercícios e de ações preventivas;

e) Aprofundar mais o estudo sobre o tema da Campanha da Fra-ternidade, solicitando ao CPP e CPC encontros de formação e orientação sobre Saúde Pública, Preventiva e Alternativa.

Oração e bênção

A: Nessa oração, vamos rezar por todos os doentes de nossa comunidade e familiares (dizer o nome dos doentes). Pedimos a in-tercessão de São Camilo, o padroeiro dos doentes, dos hospitais e dos profissionais da saúde.

T: GloriosoSãoCamilo,volveiumolhardemisericórdiasobreosquesofremesobreosqueosassistem.Concedeiaosdo-entesaceitaçãocristã,confiançanabondadeenopoderdeDeus. Dai aos que cuidam dos doentes dedicação generosa e cheiadeamor.Ajudai-meaentenderomistériodosofrimento,como meio de redenção e caminho para Deus. Vossa proteção conforteosdoentesefamiliares,eosencorajenavivênciadoamor.Abençoaiosquesededicamaosenfermos,equeo bom Deus conceda paz e esperança a todos. Amém. São Camilo, rogai por nós!

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas, pelo remédio para aliviar a dor! Este é teu povo, em longas filas nas calçadas, a mendigar pela saúde, meu Senhor!

/: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, cura teu povo dessadoremqueseencerra.Queafénossalveenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

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2. Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais, fica a sofrer sem leito e sem medicamento! Olha, Senhor, a gente não su-porta mais, Filho de Deus, com esse indigno tratamento!

3. Ah! Não é justo, meu Senhor, ver o teu povo em sofrimento e privação quando há riqueza! Com tua força, nós veremos mundo novo, com mais justiça, mais saúde, mais beleza!

4. Ah! Na saúde já é quase escuridão, fica conosco nessa noite, meu Senhor. Tu que enxergaste, do teu povo, a aflição e que desceste pra curar a sua dor.

5. Ah! Que alegria ver quem cuida dessa gente, com a compaixão daquele bom samaritano. Que se converta esse trabalho na semente, de um tratamento para todos mais humano!

Lembrete: Para você ficar bem informado sobre o SUS, procure no Posto de Saúde, na Secretaria de Saúde do seu município e com a Pastoral da Saúde, nas paróquias, a “Carta dos direitos e deveres do usuário do SUS”.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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2º Encontro

QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA

“Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10,37).

Ambiente: Bíblia, casinha, vela, crucifixo, ima-gem de Nossa Senhora, cartaz da CF, er-vas medicinais, medicamentos... Carteiras de Saúde, Vacinação, exames clínicos...

Acolhida: Pela família que recebe o Grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos e bem-vindas. No encontro de hoje vamos refletir um pouco mais sobre a Cam-panha da Fraternidade deste ano.

Todos(as):Tema:FraternidadeeSaúdePública;elema:“Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

A: Vamos olhar os símbolos aqui presentes e dizer o que significam para nós, lembrando também os compromissos que estamos assumindo.

(Pausa para conversar.)

A: Saudemos a Santíssima Trindade, cantando.

T: Em nome do Pai... A: Rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade:

T: SenhorDeusdeamor,Paidebondade,/nósvoslouvamose agradecemos pelo dom da vida, / pelo amor com que cui-dais de toda a criação. / Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia,/assumiuacruzdosenfermosedetodosossofredores,/sobreelesderramouaesperançadevidaemplenitude. / Enviai-nos, Senhor, o vosso Espírito. / Guiai a vossaIgreja,/paraqueela,pelaconversão,sefaçasempremaissolidáriaàsdoreseenfermidadesdopovo,/equeasaúdesedifundasobreaterra.Amém.

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Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2012

1. Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas, pelo remédio para aliviar a dor! Este é teu povo, em longas filas nas calçadas, a mendigar pela saúde, meu Senhor!

/: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, cura teu povo dessadoremqueseencerra.Queafénossalveenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

Refletindootema

A: Ao recebermos a imposição das cinzas, no início da Quaresma, somos convidados a viver o Evangelho do Reino. Precisamos perceber as realidades que devem ser transformadas, para que todos possam ter vida com dignidade.

T: “Convertei-vosecredenaBoa-Notícia”(Mc 1,15).

Leitor(a) 1: No livro do Eclesiástico é citada a virtude da temperança ou da moderação. Com ela podemos preservar a saúde e garantir a longevidade.

T: “Pela gula insaciávelmuitospereceram;quem,porém, émoderado,prolongaavida”(Eclo 37,34).

L 2: O tema sobre a saúde abrange todas as dimensões do ser hu-mano, a dimensão mental, corporal e espiritual. As doenças e as enfermidades acompanham o ser humano desde o início da sua existência.

L 3: Ao idealizarmos o sonho de uma vida sem males, lembramos que a Criação de Deus é perfeita.

T: “Deusviutudoquantohaviafeito,etudoeramuitobom”(Gn 1,31).

L 1: A população brasileira há muito tempo vem se preocupando com viver uma vida saudável.

T: Por muitos meios, a saúde pode ser preservada sobre a terra.

A: O que é necessário fazer para que a saúde se difunda sobre a terra?

(Silêncio para pensar.)

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A: É importante reconhecer que a saúde depende do bom funcio-namento do nosso organismo, procurando-se manter o equilíbrio entre as dimensões física, psíquica e espiritual.

Canto: /: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, cura teu povo dessadoremqueseencerra.Queafénossalveenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

A Palavra de Deus ilumina

A: Na parábola do Bom Samaritano, Jesus nos mostra que a fragilidade se cura com proximidade, e que tornar-se próximo é perceber uma necessidade e atender na medida do possível.

Canto: /: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor! Lâmpada para os meus pés, Senhor! Luz para o meu caminho. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10,29-37.

(Façamos silêncio.)

A: Vamos contar com nossas próprias palavras o que diz o texto. – Quais os personagens e suas atitudes? – No texto, o que mais nos chamou atenção?

(Tempo para falar.)

Pararefletir

A: O que o texto diz para nós hoje?– Qual a atitude de Jesus para combater a discriminação? – Quem é o nosso próximo? – O que fazemos para tornar-nos próximos das pessoas?

(Tempo para conversar.)

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AprofundandoaPalavra

A: Nesta parábola, Jesus nos mostra que o próximo é aquele que se aproxima do outro, para atender as suas necessidades. O próximo está no dia a dia, em nossa caminhada.

T: “Umsamaritano,queestavaviajando,chegoupertodele,viu,emoveu-sedecompaixão”(Lc 10,33).

L 2: Com os ensinamentos de Jesus, compreendemos que o amor ao próximo é ir ao encontro das pessoas que necessitam de ajuda, assumindo a sua situação com compaixão e misericórdia.

T: “Vaiefazetuamesmacoisa”(Lc 10,37).

L 3: Jesus quis restaurar a saúde mental, física e espiritual de todos aqueles que não a tinham e que dele se aproximavam.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

L 1: Jesus preocupava-se com a pessoa em sua totalidade. Ele estava atento às necessidades das pessoas e entendia bem o significado de qualidade de vida.

L 2: Vida em abundância é vida vivida com qualidade em todos os seus aspectos. É estar bem fisicamente, ter hábitos saudáveis, boa alimentação...

Canto: /: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão! :/

A: Vamos responder a Deus, oferecendo nossa oração aos que se encontram privados de atendimento básico de saúde.

(Tempo para as orações espontâneas.)

A: Após essas orações espontâneas, rezemos juntos.

T: Senhor,ajudai-nosa terumolharcompassivopara todososenfermosea contribuirpara transformarassituaçõesde morte que reinam em nosso sistema de saúde brasileiro. Queonossopovotenhavida,evidaemabundância.Vósqueviveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.

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Compromisso

A: Todo cristão precisa estar atento às ne-cessidades da comunidade. A partir da nossa reflexão de hoje, não podemos ficar indiferentes às mazelas e dificuldades das pessoas. Vejamos o que podemos fazer, para termos uma vida mais saudável:

Lado A: Cuidar da saúde, mas não se automedicar. Ter bons hábitos na alimentação, higiene pessoal e fazer exercícios físicos. Ter o mínimo de oito horas de descanso de noite.

Lado B: Assumir como hábito a prevenção da saúde: consultar com o médico periodicamente, as gestantes fazerem o Pré-Natal, fazer sempre os exames clínicos rotineiros, estar em dia com as vaci-nas, tanto das crianças como dos adultos...

Lado A: Cuidar do meio ambiente, para não poluir a terra e o ar, água e rios, reivindicar Saneamento Básico e prevenir contra os mos-quitos da dengue e seus efeitos.

Lado B: Cadastrar-se na Equipe da Saúde da Família com os agentes nos Postos de Saúde para prevenção de doenças: cardíacas, diabetes, hipertensão e outras...

Bênção

A: Peçamos a bênção para nós e todas as pessoas enfermas.

T: QueoSenhorestejasempreatrásdenós,paranosguardar;/ ànossa frente,paranosconduzirporbonscaminhos; /abaixodenós,paranossustentarnashorasmaisdifíceisdavida;/acimadenós,paraderramarsobrenósassuasgraças,/ e em nosso coração, para que tenhamos mais vida. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde e nos ilumine! Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: Dom da vida

1. Dom da vida, ó Pai, celebramos, na alegria de irmãos a can-tar. Por teu Filho Jesus te louvamos, e queremos com força aclamar:

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/:ÓSenhor,nósqueremosavida,porJesusquesefaznossoirmão.Emseupovo,naféreunido,napartilhadoamor e do pão. :/

2. Dom da vida é o sonho eterno de Deus Pai que nos fez filhos seus; seu projeto é um mundo fraterno e, depois, vida plena nos céus.

3. Dom da vida é a felicidade de saber com alegria viver. Vida plena na paz, na bondade, em Jesus haveremos de ter.

4. Jesus Cristo por nós deu sua vida, testemunho fiel – bom pastor. A tal gesto também nos convida, pelo irmão nos doarmos no amor!

Lembrete: Para ter mais informações sobre a Saúde, procurar com a Pasto-ral da Saúde nas Paróquias o subsídio: Prevenção de doen-ças e Promoção da Saúde e outros subsídios importantes sobre a Saúde Pública e vida saudável. Procure também no site da Pastoral da Saúde do nosso Regional/SC.

www.pastoraldasaudesc.kinghost.net/v1/

Coordenadoras da Pastoral da Saúde:

Regional/SC: Maria Eni Machado Vieira, tel.: (48) 3207-7033 (R. 213),

e-mail: [email protected] Arquidiocesana: Jaci Helena Perottoni,

tel.: (48) 3225-5032, e-mail: [email protected]

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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3º Encontro

EM BUSCA DE UMA VIDA SAUDÁVEL

“Enviou-me para proclamar a libertação aos presos, e aos cegos a recuperação da vista, para dar

liberdade aos oprimidos” (Lc 4,18).

Ambiente: Bíblia, vela, casinha, cartaz da CF 2012, cartão do SUS, carteira de vacinação,

subsídios: cartilhas da Pastoral da Saúde (se possível), providenciar junto a um agente da Pastoral da Saúde, jornal e revistas que falam sobre a Saúde.

Acolhida: Pelos moradores da casa.

Motivação inicial e oração

Animador(a): Irmãos e irmãs muito queridos! Sejam bem-vindos ao nosso Grupo Bíblico em Família. Nos encontros anteriores refle-timos e conhecemos um pouco mais sobre a realidade da Saúde Pública. Neste momento então, vamos partilhar como estamos assumindo os compromissos deste tempo quaresmal.

(Tempo para partilhar.)

A: Nesta Quaresma, através da Campanha da Fraternidade, somos convidados a fazer uma boa reflexão sobre a Saúde Pública, um direito de todos, filhos e filhas de Deus. Saudemos a Trindade Santa e em dois lados rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade:

Todos(as): Em nome do Pai...

Lado A: Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Lado B: Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

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T: Enviai-nos, Senhor, o vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão, se faça sempre mais solidária às dores e enfer-midades do povo, e que a saúde se difunda sobre a terra. Amém.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade

1. Ah! Quanta espera, desde as frias madrugadas, pelo remédio para aliviar a dor! Este é teu povo, em longas filas nas calçadas, a mendigar pela saúde, meu Senhor!

/: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, cura teu povo dessadoremqueseencerra.Queafénossalveenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

Refletindootema

A: No encontro de hoje vamos refletir sobre o Agir diante das situa-ções da Saúde e das enfermidades do povo. As ações de Jesus em relação aos doentes nos inspiram no exercício de juntos buscarmos meios para tantas situações difíceis e precárias no atendimento às pessoas doentes.

T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abun-dância”(Jo 10,10).

A: Diante da realidade que vivemos, a Igreja, além de anunciar a Boa-Notícia do Reino, é chamada a ser profética e defender a vida em todas as circunstâncias, tendo em vista uma vida saudável, abundante, para todas as pessoas.

T: “Ele os enviou para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos”(Lc 9,2).

Leitor(1): A Saúde é um direito do ser humano e um dever do Estado. Mas, para isso, precisamos estar atentos aos benefícios que o SUS nos oferece, e, mesmo, mobilizar a comunidade e a socie-dade, para buscar melhorias no Sistema Público de Saúde.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

L 2: Conhecemos o Sistema de Saúde Único, o SUS? Sabemos usar o SUS, como um direito, um meio, um caminho para atender todas as nossas necessidades e das pessoas que precisam da Saúde Pública?

(Tempo para conversar.)

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A: A Campanha da Fraternidade traz esse apelo, para que possamos discutir intensamente sobre a saúde e as necessidades dos en-fermos e para participar de ações e iniciativas que geram novos caminhos, novas alternativas para:

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

L 3: Também temos o dever de ser conscientes de que uma vida saudável depende muito de nós: uma alimentação adequada, exercícios físicos, prevenção de doenças, procurando a Pastoral da Saúde, a Saúde da Família nos Postos de Saúde; enfim, ter todos os cuidados necessários para vivermos saudáveis.

L 4: Sabemos que o SUS é um direito adquirido e garantido na Cons-tituição Federal a todos os cidadãos e cidadãs, ele é responsável por garantir a saúde e a vida de todos.

T: SUSéumdireitogarantido,edevemosexigirseuperfeitofuncionamento.

L 1: Para termos um atendimento justo pelo SUS, precisamos conhecer os tratamentos e benefícios que ele oferece, pois são financiados exclusivamente com nosso dinheiro.

L 2: Os recursos são entregues aos governos, para que eles os admi-nistrem e cumpram bem o seu dever: com legalidade, moralidade, impessoalidade, transparência e eficiência.

T: Sem a participação da comunidade não há SUS humanizado, nem atendimento de qualidade nos serviços de saúde.

Canto: /: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, cura teu povo dessadoremqueseencerra.Queafénossalveenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

A: O SUS em âmbito nacional, estadual e municipal tem garanti-do pela Constituição e outras Leis um Conselho composto de cidadãos e cidadãs. Nesse Conselho, 50% são escolhidos pela população: pessoas das comunidades, membros da Pastoral da Saúde, da Criança e da Pessoa Idosa; e 50% são escolhidos para representar o governo: prestadores de serviços à Saúde, médicos, enfermeiros, secretários de saúde...

T: Sem a participação da comunidade não há SUS humanizado, nem atendimento de qualidade nos serviços de saúde.

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L 3: Por isso, nós, cidadãos e cidadãs, temos que conhecer os nossos direitos perante o SUS, e as leis vigentes da Constituição Federal a favor da população.

L 4: Também devemos participar nos Conselhos, Audiências Públicas (Câmaras e Assembleias), para ter o poder de decisão a nosso favor, e conferir as prestações de contas das ações e gastos financeiros dos administradores públicos no Legislativo...

T: Somostodosresponsáveis.OSUSsóserábomparatodos,secadaumdenósparticiparnosespaçoslegaisdosConselhosdeSaúde,dosorçamentosparticipativos,dasprestaçõesdecontas em audiência pública, na luta permanente para que eleconsigasersuficienteeeficiente,atendendoatodosnóse cada vez melhor.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2012

/: Tu, que vieste pra que todos tenham vida, cura teu povo dessadoremqueseencerra.Queafénossalveenosdêforçanessalida,equeasaúdesedifundasobreaterra!:/

1. Ah! Quanta gente que, ao chegar aos hospitais, fica a sofrer sem leito e sem medicamento! Olha, Senhor, a gente não su-porta mais, Filho de Deus, com esse indigno tratamento!

A Palavra de Deus ilumina nossa vida

A: Na Bíblia encontramos referências à vida, saúde, doenças, curas, morte..., pois tudo isso faz parte da nossa condi-ção humana. A ação de Deus, por meio de Jesus, é a restauração das pessoas, a partir do anúncio da Boa Nova e da cura das doenças, para a libertação de tudo o que pode nos aprisionar ou oprimir. Vamos aclamar a Palavra de Deus:

Canto: /: Chegou a hora da alegria: vamos ouvir esta Palavra que nos guia. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 4,14-21.

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A: Vamos contar com nossas palavras o texto que acabamos de ouvir.

(Tempo para contar o texto.)

A: O que este texto diz para nós hoje?

(Tempo para conversar.)

AprofundandoaPalavra

A: Jesus é o ungido de Deus. Ele tem a missão de anunciar a Boa-Nova a todos que dela precisam.

T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciaraBoa-Novaaospobres”(Lc 4,18).

L 1: O anúncio da Boa-Nova de Jesus tem como objetivo libertar e restaurar as pessoas que estão doentes e aprisionadas.

T: “Enviou-me para proclamar a libertação aos presos, e aos cegos a recuperação da vista, para dar liberdade aos oprimidos...”(Lc 4,18).

L 2: A Boa-Nova é o grande grito e o início de luta contra toda opressão causada ao povo. Aqui lembramos o apelo que a Campanha da Fraternidade faz em relação à Saúde Pública.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

L 3: Para que se cumpra o objetivo do anúncio da Boa-Nova, pre-cisamos nos unir, procurar conhecer todos os nossos direitos, particularmente em relação ao SUS, e lutar para que eles se efetivem. Para que, muito em breve, todos nós possamos ter a alegria de dizer como Jesus:

T: “HojesecumpriuapassagemdaEscrituraqueacabastesdeouvir”(Lc 4,21b).

Canto: Povo Novo

1. Quando Jesus a terra visitou, a Boa Nova da justiça anunciou: o cego viu, o surdo escutou, e os oprimidos das correntes libertou...

/: Lutar e crer, vencer a dor! Louvar o Criador! Justiça e paz hão de reinar, e viva o amor! :/

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A: A partir da nossa reflexão de hoje, o que podemos respon-der a Deus em forma de oração: de pedidos, de louvor, de agradecimentos...

(Tempo para alguns pedidos e orações espontâneas.)

A: Após a nossa oração, rezemos juntos.

T: DeusPaidemisericórdia!Agradecemostodososbensedons que todos os dias recebemos. Agradecemos a vida que é nosso grande dom. Agradecemos cada momento de nossa vida, desde o ar, o vento, a chuva, os alimentos, a solidariedadedaspessoas,otrabalho,afamília,afé,aes-perança e todo gesto de amor. Agradecemos este momento em que podemos dizer de coração: Obrigado, Senhor, por tudo! Obrigado, também, por termos Maria como nossa Mãe, Nossa Senhora da Saúde, que as comunidades ve-neram,equenosensinaafazeratuavontade.Senhor,tupodescuraraspessoas,enósqueremosajudar,fazendotodo o possível, tudo quanto depender de nós. Senhor,acolheonossopedidoedá-nosforças,paraquecadaumconsiga dar a sua resposta.

Buscando caminhos para o agir

A: Iluminados pela Palavra de Deus e pela reflexão de hoje, vejamos que compromissos assumiremos, lem-brando que sem a participação da comunidade não há SUS humaniza-do, nem atendimento de qualidade nos serviços de saúde.

(Tempo para conversar sobre a realidade da comunidade e ver o que é mais urgente para assumir nesta semana.)

A: Além disso, vejamos ainda quais desses compromissos também poderemos assumir durante todo o ano de 2012 e sempre que for necessário.

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1) Contribuir para animar os profissionais da saúde a assumir o protagonismo da Pastoral da Saúde, dos Enfermos, da Criança e da Pessoa Idosa, para que continuem a missão de Jesus.

2) Conhecer os trabalhos da Pastoral da Saúde na comunidade, ou criar, e fortalecer onde já existem.

3) Procurar na Pastoral da Saúde o Manual do Agente e ou-tros subsídios de orientações, como a Carta dos direitos e deveres do usuário do SUS.

4) Procurar conhecer orientações para a saúde através das plantas medicinais indicadas para prevenção e até curas de doenças.

5) Procurar conhecer quem é o conselheiro de saúde, local ou municipal, que representa os usuários do SUS no Conselho.

Bênção

A: O ser humano é criado para viver o amor. Ser solidário com o irmão e a irmã é uma expressão do amor que nos une, nos faz crescer e permanecer com Deus.

T: “Comecefazendoonecessário,depoisoqueépossível,ederepenteestaráfazendooimpossível” (São Francisco de Assis).

A: Ao encerrarmos este encontro, pedimos a bênção de Deus que caminha conosco, nos dá força e coragem de lutar para promover mais vida e vida em abundância.

T: SenhorJesus,aliviaossofrimentos,curaasdoençaseliberta os cativos e oprimidos, e livra-nos de todos os maleseenfermidadesdocorpoedaalma.QueoSenhormostre sua facemisericordiosa e nos dê a paz e nosconcedaaalmejadasaúde.Pela intercessãodaVirgemMaria,oSenhornosabençoeeproteja,volvaseuolharetenhacompaixãodenós.EmnomedoPai,doFilhoedoEspírito Santo. Amém.

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Canto: Hino da Campanha da Fraternidade – 2008

1. Com carinho desenhei este planeta; com cuidado aqui plantei o meu jardim. Com alegria, eu sonhei um paraíso, para a vida, dom de amor que não tem fim.

/:Ponho,então,àtuafrentedoiscaminhosdiferentes:vidae morte. Escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão,curaasferidas!Sêfraternoeviverás.:/

2. Fiz o homem e a mulher à minha imagem; por amor e para o amor eu os criei. Com meu povo celebrei uma aliança. O caminho da justiça eu ensinei.

3. Com tristeza vejo a vida desprezada, nos meus filhos e em toda a natureza. Me entristecem tantas vidas abortadas, dói em mim a violência e a pobreza.

Você sabia: Dicas de alguns princípios sobre Saúde.

Saúde é direito de todos e dever do estado. Todo cidadão tem direito:– ao acesso às ações e aos serviços de promoção, proteção e recupe-

ração da saúde promovidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS); – ao atendimento com qualidade, com garantia de continuidade da

atenção, sempre que necessário, e responsabilidades para que seu trata-mento aconteça de forma adequada;

– a um atendimento acolhedor na rede de serviços de saúde de forma humanizada, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em função de idade, raça, cor, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, caracte-rísticas genéticas, condições econômicas ou sociais, estado de saúde, ser portador de patologia ou pessoa vivendo com deficiência;

– ao atendimento que respeite os valores e direitos do paciente, visando a preservar sua cidadania durante o tratamento.

Compete ao município “prestar, com a cooperação técnica e financei-ra da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população” (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 30, item VII).

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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4º Encontro

É TEMPO DE CONVERSÃO

“Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Mc 1,15).

Ambiente: Bíblia, casinha, símbolos do tempo da Quaresma, vasilha com água.

Acolhida: Pelos moradores da casa

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Neste momento va-mos partilhar como estamos assumindo os compromissos deste tempo quaresmal.

(Tempo para partilhar.)

A: Hoje nos reunimos para continuar refletindo sobre temas quares-mais, e assim nos prepararmos para a solenidade da Páscoa. Tam-bém somos convidados a refletir sobre um assunto fundamental na vida cristã, especialmente no tempo da Quaresma: a Conversão.

(Contemplemos os símbolos que marcam a nossa caminhada nesse tempo. Cantemos.)

Canto: /: Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos,juntosandemos.Eisotempodeconversão!:/

A: Façamos agora o sinal da cruz, saudando a Santíssima Trindade.

Todos(as): Em nome do Pai...

A: Rezemos, em dois lados, alguns versículos do Salmo 85.

Lado A: Senhor, foste bom com tua terra, trouxeste de volta os exila-dos de Jacó.

Lado B: Perdoaste a iniquidade do teu povo, cancelaste todos os seus pecados.

T: Mostra-nos,Senhor,atuamisericórdiaedá-nosatuasalvação.

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Lado A: Ouvirei o que diz o Senhor Deus: ele anuncia paz para seu povo, para seus fiéis, para quem volta para ele de todo coração.

Lado B: Sua salvação está próxima de quem o teme, e sua glória habitará em nossa terra.

T: Misericórdia e fidelidade se encontram, justiça e paz seabraçam.

Lado A: A fidelidade brota da terra, e a justiça se inclina do céu.

Lado B: Diante dele caminhará a justiça, e a salvação seguirá seus passos.

T: GlóriaaoPai,aoFilhoeaoEspíritoSanto...

Canto: /:Misericórdia,nossoDeus,perdão.Misericórdia, tendecompaixão. :/

Refletindootema

A: Estamos vivenciando a Quaresma, um tempo litúrgico privilegiado para retomar nossa vida cristã com mais intensidade.

Leitor(a) 1: O convite quaresmal para empreender um caminho de conversão e de renovação interior, sustentado pela fé, pede de nós a busca de caminhos individuais e comunitários de volta para Deus.

L 2: A conversão é a possibilidade de superar o mal pelo exercício constante do bem.

L 3: Da conversão do coração deve brotar a prática externa da penitência.

T: A penitência deve estar sempre impregnada do espírito evan-gélico e orientada para o bem dos irmãos e irmãs.

L 4: A conversão precisa ter presentes as três formas de penitência que o Senhor nos pede: esmola, oração e jejum.

L 1: Com a atenção voltada para a realidade, somos chamados a nos converter cada vez mais para os valores evangélicos: justiça, solidariedade, partilha, diálogo...

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L 2: Também a Campanha da Fraternidade, enfocando o tema da Saúde Pública, um problema que tanto aflige a sociedade, nos convida à conversão, para ouvirmos o grito de tantos irmãos e irmãs abandonados à própria sorte.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

A: Reavivemos então a esperança, porque assim a Quaresma nos abre à alegria intensa da ressurreição, na qual Jesus está sempre conosco.

Canto: /: Quero ser pro meu irmão a imagem dele, meu irmão que até nem tem o necessário pra ter paz. Quero ser pro meu ir-mãoarespostadele,euquevivomaisfelizeàsvezestenhoaté demais.:/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: No início da Quaresma ouvimos do próprio Jesus as palavras: “Conver-tei-vos e crede na Boa-Nova”. Seja-mos ouvintes atentos da Palavra de Deus, para que possamos colocá-la em prática.

Canto: Vem, Espírito Santo

/: Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar. :/

1. Nossos caminhos vem iluminar. Nossas ideias vem iluminar. Nossas angústias vem iluminar. As incertezas vem iluminar.

2. Toda a Igreja vem iluminar. A nossa vida vem iluminar. Nossas famílias vem iluminar. Toda a terra vem iluminar.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,12-15

(Silêncio para interiorizar.)

A: Vamos reler e contar o texto. Repetir versículos ou palavras que mais chamaram a atenção.

(Tempo.)

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A: O que o texto diz?– Em que local Jesus estava? O fato aconteceu em que momento

de sua vida?– O que tinha acontecido com João Batista?– Quais as palavras de Jesus?

(Tempo.)

A: Neste tempo de quaresma, o que este texto diz para nós?– Diante de uma realidade injusta e violenta, como soam estas

palavras de Jesus?– Que relação tem a nossa reflexão de hoje com o tema da

Campanha da Fraternidade que refletimos nos encontros anteriores?

(Tempo para conversar.)

A: Após a leitura e a reflexão do texto bíblico, vamos dizer a Deus o que sentimos. Podemos fazer em forma de orações espontâneas.

(Tempo para as orações espontâneas.)

A: Concluímos nossa oração a Deus, rezando ou cantando a Oração de São Francisco.

Canto:Senhor,fazei-meinstrumentodevossapaz./Ondehou-veródio,queeuleveoamor;/ondehouverofensa,queeuleveoperdão;/ondehouverdiscórdia,queeuleveaunião;/ondehouverdúvida,queeuleveafé;/ondehouvererro,queeuleveaverdade;/ondehouverdesespero,queeuleveaesperança;/ondehouvertristeza,queeuleveaalegria;/ondehouvertrevas,queeulevealuz.ÓMestre,fazeiqueeuprocuremaisconsolarqueserconsolado;compreenderquesercompreendido;amarqueseramado,poisédandoqueserecebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Assumindo compromissos

A: Lemos e meditamos a Palavra de Deus. Fizemos nossas preces, mas é preciso colocar em prática o que ouvimos do Senhor:

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“Convertei-vos e crede na Boa-Nova”. Que compromissos vamos assumir para a nossa conversão diante da proposta de Jesus?

(Tempo para assumir um compromisso.)

Bênção e aspersão da água

(Alguém segura a vasilha com a água, e os demais membros do grupo impõem

as mãos sobre a água.)

A: Deus de eterna ternura e bondade, rico em misericórdia, quisestes que pela água, fonte de vida e de purificação, toda pessoa hu-mana fosse banhada na graça da salvação. Abençoai agora esta água com a força do Espírito Santo, para que todos os que forem aspergidos com ela sejam abençoados, participem da páscoa de Cristo, vosso Filho, e recebam a graça do perdão e da vida nova na unidade do Espírito Santo. Amém.

T: Abençoe-nos o Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém

(Alguém do grupo asperge os participantes, enquanto se canta.)

Canto: És água viva

1. Eu te peço desta água que tu tens. És água viva, meu Senhor. Tenho sede, tenho fome de amor e acredito nesta fonte de onde vens. Vens de Deus, estás em Deus, também és Deus, e Deus contigo faz um só. Eu, porém, que vim da terra e volto ao pó, quero viver eternamente ao lado Teu.

/: És água viva, és vida nova, e todo dia me batizas outra vez.Mefazesrenascer,mefazesreviver;euqueroáguadestafontedeondevens.:/

Atenção: O próximo encontro é a VIA-SACRA. É bom que nos preparemos bem para rezar

a Via-Sacra, seja no próprio grupo, na igreja ou pelas ruas da comunidade... Este é um momento muito forte

na nossa caminhada quaresmal: a Via-Sacra é uma expressão de fé no Cristo ressuscitado.

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5º Encontro – Via-Sacra

CAMINHO DA GLORIFICAÇÃO

Ambiente: Cruz, vela, casinha, cartaz da Campanha da Fraternidade.

Animador(a): Irmãos e irmãs em Cristo Jesus, vamos reviver, nesta Via-Sacra, o cami-nho percorrido por Jesus, a sua entrega

total na cruz, como alguém que “não veio para ser servido, mas para dar a vida em resgate de toda a humanidade”, mostrando a eterna misericórdia de Deus para conosco.

Todos(as): Com Jesus, na cruz, vamos participar do Mistério Pas-cal, celebrando com Ele a Ressurreição na vitoria da vida sobreamorte,quetambéméanossavitória.

A: Rezemos:

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Pai nosso...

Canto: Eis o tempo de conversão

/: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos,juntosandemos,eisotempodeconversão.:/

1. Os caminhos do Senhor são verdade, são amor. Dirigi os pas-sos meus; em vós espero, ó Senhor! Ele guia ao bom caminho quem errou e quer voltar. Ele é bom, fiel e justo. Ele busca e vem salvar.

1ª Estação: JESUS É CONDENADO à MORTE

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: O projeto de Jesus no anúncio do Reino do Pai é que tenhamos vida plena, numa sociedade que deveria somente gerar a justiça e a paz.

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Leitor(a): Este projeto não foi ouvido, nem aceito, muito menos com-preendido por uma grande massa de “sábios e entendidos”, e, por isso, Jesus foi condenado à morte.

T: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escon-deste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aospequeninos”(Mt 11,25).

A: A nossa sociedade encontra-se marcada por situações de con-flitos. Países estão em guerras constantes. Não se entendem. Vidas inocentes são tiradas.

L: No Brasil, não há conflitos de guerra, porém existe um armamento poderoso na mão de alguns, e, muitas vezes, o povo vive condena-do a viver sob o domínio dessas armas, e a vida é banalizada.

L: O povo clama por socorro e por melhor proteção da vida. Por outros e diversos crimes, morre o nosso povo inocente.

A: Rezemos:

T: Senhor, vimos pedir-te a paz, a sabedoria e a bondade. / Que-remos olhar o mundo com olhos cheios de amor. / Queremos serpacientesecompassivos./Queremosverteusfilhoscomotu mesmo os vês. / E, por isto, não queremos ver senão o bememtodos./Senhor,fechanossosolhosatodamaldade./Guarda a nossa língua de toda calúnia. / Que nossas palavras sejamsódebênçãos./Quesejamosbondososealegres./Quetodososqueseaproximaremdenóssintamatuapresença./Reveste-nosdetuabeleza,Senhor./Eque,acadadia,nóste revelemos a todos os nossos irmãos e irmãs. Amém.

Canto: Ide, anunciai

1. Ide por todo o universo meu reino anunciar./Dizei a todos os povos que eu vim pra salvar!/ Quero que todos conheçam a luz da verdade,/ possam trilhar os caminhos da felicidade.

/: Ide anunciar minha paz, / ide sem olhar para trás! / Estarei convosco e serei vossa luz na missão! :/

2. Eu anunciei o meu Reino na cruz e no templo,/ dei minha vida por todos, deixei meu exemplo./Quem por amor der a vida, será meu amigo /e na riqueza do Pai terá parte comigo.

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2ª Estação: JESUS TOMA A CRUz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Entregaram a cruz para Jesus carregá-la às costas. No Monte Calvário, Jesus vai se entregar na própria cruz em favor de toda a humanidade.

T: “Elevando os olhos ao céu, Jesus disse: Pai, chegou a hora. /GlorificateuFilho,paraqueteufilhoteglorifique,/assimcomodesteaelepodersobretodos,/afimdequedêvidaeterna a todos os que lhe deste. / Esta é a vida eterna: / que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, / e a Jesus Cristo, aquelequeenviaste./Euteglorifiqueinaterra,realizandoaobraquemedesteparafazer./Eagora,Pai,glorifica-mejuntodetimesmo,/comaglóriaqueeutinha,juntodeti,antesqueomundoexistisse”(Jo 17,1-5).

A: Assim como Jesus, nós também aspiramos à vida plena para todos. Isto requer segurança e saúde digna para todos os nossos irmãos e irmãs. Há muitos entraves impedindo que se realizem esses nossos anseios.

L: Certamente a raiz desse mal está na nossa omissão, quando “fe-chamos os olhos” diante da situação de descaso frente às várias cruzes que tantos irmãos e irmãs têm de carregar: desemprego, falta de educação de qualidade, falta de segurança, atendimento precário à saúde e tantas enfermidades...

A: Rezemos o Salmo 99:

T: AclamaioSenhor,óterrainteira,serviaoSenhorcomalegria,ideaelecantandojubilosos!

A: Sabei que o Senhor, só ele, é Deus. Ele mesmo nos fez e somos seus, nós somos o seu povo e seu rebanho.

T: Entrai por suas portas dando graças, e em seus pátios com hinosdelouvor;dai-lhegraças,seunomebendizei!

A: Sim, é bom o Senhor e nosso Deus. Sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente.

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Canto: Ninguém pode prender um sonho

1. Ninguém pode prender um sonho, impedir alguém de sonhar. / Ninguém pode cortar a esperança de um povo sofrido a lutar. / Ninguém pode abafar o grito do oprimido clamando Javé. / Deus nos salva e liberta seu povo que ergue o caído e alimenta sua fé. Ô, ô, ô, ô, ô, lá, lá, lá, lá, laia, laia.

2. Todo sonho alimenta a história e a vitória do povo a chegar./ Vamos juntos, que nesse caminho ninguém sobra ou fica pra trás. / Para ver este mundo florindo, crianças sorrindo sem fome e sem dor. / É preciso cuidar bem da vida, que a vida sofrida se eleva em clamor. Ô, ô, ô, ô, ô, lá, lá, lá, lá, laia, laia.

3ª Estação: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: A noite da prisão, certamente, foi longa e sofrida. No caminho da cruz, sua força começa a falhar. Suas pernas se enfraquecem. Jesus cai neste caminho, pela primeira vez.

L: Também o nosso povo carente de tudo, e muitas vezes enfraque-cido no seu caminho, cai nas filas intermináveis em emergências de hospitais, postos de saúde.

L: Falta atendimento mais humano, de reconhecimento e de valori-zação das pessoas em suas necessidades.

L: O atendimento é precário pela superlotação que causa longas filas para marcação de consultas e de outros procedimentos, como cirurgias e exames.

T: Queasaúdesedifundasobreaterra(Eclo 38,8).

A: O povo tem sede de vida e felicidade em Cristo. Por isso, a Igreja no Brasil proclama com vigor, nesta Campanha da Fraternidade, que as condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor, contradizem o projeto do Pai. Assim, ela nos desafia como discípulos missionários a um maior compromisso em favor de uma vida saudável.

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Momento de prece

A: Aclamemos o Deus todo-poderoso e previdente, que conhece todas as nossas necessidades, mas quer que busquemos, antes de tudo, o seu Reino.

T: Senhor,venhaanósovossoReinoeavossajustiça!

L: Pai santo, aumentai a caridade dos cristãos, para que ajudem os doentes com amor fraterno e socorram neles o vosso Filho, Jesus Cristo.

T: Senhor,venhaanósovossoReinoeavossajustiça!

L: Ensinai-nos, bom Mestre, a vos amar em nossos irmãos e irmãs, e a vos servir em cada um deles.

T: Senhor,venhaanósovossoReinoeavossajustiça!

L: Vós que na cruz pedistes perdão ao Pai para vossos malfeitores, ensinai-nos a amar os nossos inimigos e a orar pelos que nos perseguem.

T: Senhor,venhaanósovossoReinoeavossajustiça!

L: Confortai os aflitos com a força do vosso amor, e fazei que sai-bamos consolá-los com nossa solicitude fraterna.

T: Senhor,venhaanósovossoReinoeavossajustiça!

Canto: Ele assumiu nossas dores

1. Ele assumiu nossas dores, veio viver como nós, santificou nossas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu reino e te chamava de Pai, e revelou tua imagem que deu-nos coragem de sermos irmãos. Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. /: Jesus nos mostrou quetusenteseficaspresenteondemoraoamor.://:Painosso que estás no céu, Pai nosso que estás aqui. :/

4ª Estação: JESUS SE ENCONTRA COM SUA MÃE

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

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A: Maria, solidária com o Filho que gerou, vai ao seu encontro no caminho da cruz.

L: No rosto sofrido de Maria espelham-se os rostos sofridos de tantas mães, que são as nossas “Marias”, que veem seus filhos maltratados por tantos males do nosso tempo.

L: Nesta Via-Sacra, unimo-nos ao sofrimento de Maria e dessas mães tão sofridas, mas também de todas as pessoas doentes que sofrem pelos mais diversos tipos de males.

A: Nesse sentido, o Papa Bento XVI lembra a toda a Igreja: “...não admira que Maria, Mãe e modelo da Igreja, seja evocada e venerada como “Saúde dos enfermos”. Como primeira e perfeita discípula do seu Filho, Ela demonstrou sempre, acompanhan-do o caminho da Igreja, uma solicitude especial para com os sofredores”.

Momento de oração

A: Proclamemos a grandeza de Deus todo-poderoso: Ele quis que Maria, Mãe de seu Filho, fosse celebrada por todas as gerações.

T: Cheiadegraça,intercedeipornós!

A: Deus, autor de tantas maravilhas, que fizestes a Imaculada Virgem Maria participar em corpo e alma da glória celeste de Cristo, con-duzi para a mesma glória os corações de vossos filhos e filhas.

T: Cheiadegraça,intercedeipornós!

A: Vós que nos destes Maria por Mãe, concedei, por sua interces-são, saúde aos doentes, consolo aos tristes e aflitos, e a todas as pessoas a abundância da graça.

T: Cheiadegraça,intercedeipornós!

A: Fazei, Senhor, que vossa Igreja seja, na caridade, um só coração e uma só alma, e que todos os fiéis perseverem unânimes na oração com Maria.

T: Salve,Rainha,mãedemisericórdia...

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Canto: Imaculada

/: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus. / Imaculada,Mariadopovo,Mãedosaflitosqueestãojuntoàcruz.:/

1. Um coração que era Sim para a vida. Um coração que era Sim para o irmão. / Um coração que era Sim para Deus. Reino de Deus renovando este chão.

5ª Estação: SIMÃO CIRINEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Um homem saído do meio do povo, chamado Cirineu, se com-

padece de Jesus. Mesmo forçado, certamente teve uma atitude de sentimento humano diante do enfraquecimento de Jesus.

L: No gesto solidário do Cirineu, vamos encontrar muitos irmãos e irmãs de boa vontade, que, no silêncio de seu coração, se dispõem a ir ao encontro dos injustiçados, nas calçadas das cidades, com frio, famintos e abandonados.

L: Essas pessoas pertencem a grupos anônimos que veem a situ-ação desse povo excluído, e buscam formas de atendê-los em suas necessidades.

L: Dentre essas pessoas, existem também os grupos de Comuni-dades Eclesiais de Base (CEBs).

T: Justiçaeprofeciaaserviçodavida.L: Diante da atitude do Cirineu temos que rever o nosso compromisso

de cristãos e cristãs e olhar para os nossos irmãos e irmãs mais necessitados, aqueles que estão mais perto de nós, e oferecer-lhes ajuda.

T: “Sede bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo.Sede,pois,imitadoresdeDeus,comofilhosqueridos.Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a Deus pornós,comooferendaesacrifíciodesuaveodor”(Ef 4,32-5,2).

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Canto: Prova de amor/: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. :/

1. Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.

2. Vós sereis os meus amigos, se seguirdes meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.

6ª Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Também Verônica, saindo do meio do povo, tem um gesto solidário com Jesus. Enxuga-lhe o rosto, suado, cansado e abatido.

L: Nesse gesto de Verônica espelham-se muitos gestos nossos de caridade e misericórdia para com o necessitado, o idoso, o sem teto, o menor abandonado.

L: Quem se sente amado por Deus saberá passar a vida amando, saindo de si e servindo o próximo.

A: Jesus de Nazaré, na sua relação com os pobres, com os doen-tes, com as mulheres, com os marginalizados, sempre foi um ser humano verdadeiro. Ele sempre acolheu a todos, buscando, sobretudo, os mais diferentes, os mais afastados, aqueles que eram como ovelhas sem pastor.

T: “CristoJesus,emboraexistindoemformadivina,/nãoseapegouaoserigualaDeus,/masdespojou-se,assumindoaformadeescravo/etornando-sesemelhanteaoserhuma-no. / E encontrado em seu aspecto humano, humilhou-se, / fazendo-seobedienteatéamorteemortedecruz!/Porisso,Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome,/ para que, em nome de Jesus, / todo joelhosedobrenocéu,naterraeabaixodaterra,/etodalínguaconfesse:JesusCristoéoSenhor,paraaglóriadeDeusPai”(Fl 2,6-11).

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Canto: A ti, meu Deus

1. A ti, meu Deus, elevo meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.

/: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar, e a tua bondade infinitameperdoar.Vouseroteuseguidoretedaromeucoração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/

7ª Estação: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEz NO CAMINHO DA CRUz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: A presença do sofrimento é evidente no cansaço de Jesus. Ele cai pela segunda vez na via da cruz.

L: Cristo Jesus, divino e humano, aceita o seu sofrimento em favor de toda a humanidade.

L: Nesta caminhada, peçamos forças a Jesus para que sejamos so-lidários e sensíveis à dor e à cruz de tantas pessoas que sofrem, tanto no corpo como na alma.

T: “A pregação da Cruz é loucura para os que se perdem, mas paraosquesãosalvos,paranós,elaéforçadeDeus,poisestáescrito:Destruireiasabedoriadossábioseconfundireiainteligênciadosinteligentes”(1Cor 18,19).

Momento de oração

A: Jesus Cristo, esplendor do Pai, nos ilumina com sua palavra. Rezemos:

T: Reidaeternaglória,ouvi-nos!

A: Sois bendito, Senhor, autor e consumador da nossa fé, porque nos chamastes das trevas para a vossa luz admirável:

T: Reidaeternaglória,ouvi-nos!

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A: Vós que abristes os olhos aos cegos e fizestes os surdos ouvirem, aumentai a nossa fé:

T: Reidaeternaglória,ouvi-nos!

A: Fazei-nos, Senhor, permanecer firmes no vosso amor, e que nunca nos separemos uns dos outros:

T: Reidaeternaglória,ouvi-nos!

A: Dai-nos força para resistir à tentação, paciência na dificuldade, e sentimentos de gratidão na prosperidade:

T: Reidaeternaglória,ouvi-nos!

Canto: Quem nos separará

/: Quem nos separará, quem vai nos separar do amor de Cristo,quemnosseparará?Seeleépornós,quemserá,quemserácontranós?QuemnossepararádoamordeCristo, quem será? :/

1. Nem a angústia, nem a fome, nem a nudez ou tribulação, perigo ou espada, toda perseguição!

2. Nem a morte, nem a vida, nem os anjos e dominações, presente e nem futuro, poderes e nem pressões.

8ª Estação: JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Havia uma grande multidão acompanhando Jesus no caminho da cruz. As mulheres que faziam parte da multidão choravam, mas foram consoladas por Ele.

T: “MulheresdeJerusalém,nãochoreispormim!Choraiporvósmesmaseporvossosfilhos,porquediasvirãoemsedirá:Felizesdasmulheresquenuncativeramfilhos,dosventresquenuncaderamàluzedosseiosquenuncaamamentaram”(Lc 23,28-29).

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Momento de oração (Ef 1,3-8)

A: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda bênção espiritual nos céus, em Cristo.

T: Nele,Deusnosescolheu,antesdafundaçãodomundo,parasermos santos e íntegros diante dele, no amor.

A: Conforme o desígnio benevolente de sua vontade, ele nos pre-destinou à adoção como filhos, por obra de Jesus Cristo, para o louvor de sua graça gloriosa, com que nos agraciou no seu bem-amado.

T: Nele, e por seu sangue, obtemos a redenção e recebemos operdãodenossasfaltas,segundoariquezadagraça,queDeusderramouprofusamenteemnós,abrindo-nosparatodaa sabedoria e inteligência.

A: Ele nos fez conhecer o mistério de sua vontade, segundo o de-sígnio benevolente que formou desde sempre em Cristo, para realizá-lo na plenitude dos tempos: recapitular tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra.

Canto: O povo de Deus

1. O povo de Deus no deserto andava, mas à sua frente alguém caminhava. O povo de Deus era rico de nada, só tinha espe-rança e o pó da estrada. /: Também sou teu povo, Senhor, e estou nesta estrada. Somente a tua graça me basta e mais nada. :/

2. O povo de Deus também vacilava, e às vezes custava a crer no amor. O povo de Deus chorando rezava, pedia perdão e recomeçava. /: Também sou teu povo, Senhor, e estou nesta estrada. Perdoa se às vezes não creio em mais nada. :/

9ª Estação: NO CAMINHO DA CRUz, JESUS CAI PELA TERCEIRA VEz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

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A: Jesus está cada vez mais cansado. O peso da cruz o faz cair pela terceira vez.

L: Também as nossas quedas acontecem repetidamente. A nossa cruz fica cada vez mais pesada à medida que clamamos por justiça e ela não acontece.

L: Em muitos casos, os recursos tardam a chegar, ou não chegam mesmo, enquanto a doença vai avançando apressadamente. A queda é inevitável.

T: “Ele não tinha aparência que agradasse. Era um homem do sofrimento,experimentadonador.Eramnaverdadeosnos-sossofrimentosqueElecarregava,eramasnossasdoresque levava às costas. Estava sendo traspassado por nossas rebeldias, estava sendo esmagado por nossos pecados... comosseussofrimentosveioacuraparanós”(Is 53,2-5).

Momento de prece

A: Rezemos o Salmo 120

A: Eu levanto os meus olhos para os montes: de onde pode vir meu socorro? Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra.

T: Ele não deixa tropeçarem os meus pés, e não dorme quem te guarda e te vigia. Oh! Não! Ele não dorme, nem cochila, aquele que é o guarda de Israel!

A: O Senhor é o teu guarda, o teu vigia, é uma sombra protetora à tua direita. Não vai ferir-te o sol durante o dia, nem a lua através de toda noite.

T: O Senhor te guardará de todo mal, ele mesmo vai cuidar de tua vida! Deus te guarda na partida e na chegada. Ele te guarda desde agora e para sempre.

Canto: Nossa alegria

1. Nossa alegria é saber que, um dia, todo esse povo se libertará, /: pois Jesus Cristo é o Senhor do mundo, nossa esperança realizará. :/

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2. Jesus manda libertar o povo, e ser cristão é ser libertador. /: Nascemos livres pra crescer na vida, não pra ser pobre nem viver na dor. :/

10ª Estação: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Completamente sem forças, Jesus chega ao alto do calvário. Ainda lhe restavam a vida e a roupa do corpo, mas por pouco tempo, pois sua túnica foi-lhe tirada.

T: “Assim cumpriu-se a Escritura: Repartiram entre si minhas vestesetiraramasortesobreaminhatúnica”(Jo 19,24).

A: Também nós somos muitas vezes despidos de muitas maneiras: os recursos para a saúde, para uma alimentação adequada à so-brevivência, para uma habitação digna, são mal administrados.

L: Isto, por si só, já fere a dignidade da pessoa, mas, mais ainda falta justiça social quando o pobre é desprovido até do mínimo de roupas para se cobrir.

Momento de oração

A: Rezemos o Salmo 141:

T: Soisvósmeuabrigo,Senhor,minhaherançana terradosvivos.

A: Em voz alta, Senhor, eu imploro, em voz alta suplico ao Senhor! Eu derramo na sua presença o lamento da minha aflição; diante dele coloco minha dor! Quando em mim desfalece a minha alma, conheceis, ó Senhor, meus caminhos!

T: Soisvósmeuabrigo,Senhor,minhaherançana terradosvivos.

A: Na estrada por onde eu andava, contra mim ocultaram ciladas. Se me volto à direita e procuro, não encontro quem cuide de mim, e não tenho aonde fugir, e não importa a ninguém minha vida! A

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vós grito, Senhor, a vós clamo e vos digo: Sois meu abrigo, minha herança na terra dos vivos.

T: Soisvósmeuabrigo,Senhor,minhaherançana terradosvivos.

A: Escutai meu clamor, minha prece, porque fui por demais humilha-do! Arrancai-me, Senhor, da prisão, e em louvor bendirei vosso nome pelo bem que fizestes por mim.

T: Soisvósmeuabrigo,Senhor,minhaherançana terradosvivos.

Canto: Reveste-me, Senhor

1. Reveste-me, Senhor, com tua graça, eu quero meu irmão ser-vir melhor. Que o teu espírito em mim se faça, que eu possa caminhar no teu amor!

/: Reveste-me, Senhor! Reveste-me, Senhor! Reveste-me, Senhor, com teu amor :/

Que eu busque em minha vida a santidade, no exemplo 1. de Jesus, a inspiração. Na fé e na esperança e caridade, fazendo acontecer libertação.

11ª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: O sofrimento de Jesus havia começado no Jardim das Oliveiras,

logo depois da Instituição da Eucaristia, na última ceia.

L: Agora, Jesus está sem os amigos que o haviam acompanhado na sua vida pública, somente sua mãe e o discípulo amado estavam com Ele.

L: Jesus, num silêncio de obediência, se entregou na cruz, interce-dendo ao Pai por todos, dizendo:

T: “Pai,perdoa-lhes!Elesnãosabemoquefazem”!(Lc 23,34).

Canto: /: Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão! :/

(Breve silêncio.)

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A: Sabemos que Deus nos ama. E isso enche-nos de alegria. O amor humano encontra sua plenitude quando participa do amor divino, do amor de Jesus, que se entrega na cruz por nós em seu pleno e infinito amor.

Canto: Um jovem Galileu

1. Um certo dia, à beira-mar, apareceu um jovem Galileu. Nin-guém podia imaginar que alguém pudesse amar do jeito que ele amava. Seu jeito simples de conversar tocava o coração de quem o escutava. E seu nome era Jesus de Nazaré. Sua famaseespalhou,etodosvinhamverofenômenodojo-vem pregador que tinha tanto amor.

12ª Estação: JESUS MORRE NA CRUz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Com a morte, parece que tudo chega ao fim. Parece, também,

que o projeto de vida implantado por Jesus terminaria com sua morte.

Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/

A: Jesus de Nazaré nasceu e viveu pobre no meio do seu povo, fez o bem a todos, compadeceu-se das multidões, anunciava-lhes que o projeto do Pai era vida plena para todos. Por meio dele, o Reino já se tornou presente.

T: Refrão:Euvimparaquetodostenhamvida,quetodostenhamvida plenamente.

L: Escolheu poucas pessoas, tiradas de diversas categorias sociais e políticas de seu tempo, para serem seus amigos e seguidores. Agora, na cruz, poucos ainda estão com Ele.

Canto: Um jovem Galileu

1. Um certo dia ao tribunal alguém levou o jovem Galileu. Ninguém sabia qual foi o mal, o crime que ele fez, quais foram seus pecados. Seu jeito honesto de denunciar mexeu na posição de alguns privilegiados. E mataram a Jesus de Nazaré, e no

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meiodeladrõespuseramsuacruz.Masomundoaindatem medo de Jesus que tinha tanto amor.

13ª Estação: O CORPO DE JESUS FOI TIRADO DA CRUz

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo. A: O amigo de Jesus, José de Arimateia, com outro amigo, Nicode-

mos, juntamente com Maria e outros amigos, desceram da cruz o corpo de Jesus.

L: A lembrança do sofrimento de Jesus leva as pessoas a terem um encontro com seus próprios sofrimentos. Assim aconteceu com seus amigos diante de Jesus na cruz.

L: Todos os amigos lá presentes foram solidários com Maria, a mãe de Jesus, na dor e na fé.

A: Mais tarde, São Paulo expressa esse sentimento, quando diz:

T: “ComCristo fuipregadonaCruz.Euvivo,masnãoeu:éCristo que vive em mim. Minha vida atual na carne eu a vivo nafé,crendonoFilhodeDeus,quemeamoueseentregoupormim”(Gl 2,19-20).

Momento de oração

A: Cheios de confiança em Deus, que ama e protege todos aqueles que redimiu por seu Filho Jesus Cristo, façamos nossa oração e digamos:

T: Confirmai,Senhor,oqueemnósrealizastes.A: Deus de misericórdia, dirigi nossos passos nos caminhos da

santidade, para pensarmos somente no que é verdadeiro, justo e digno de ser amado:

T: Confirmai,Senhor,oqueemnósrealizastes.A: Por amor do vosso nome, não nos abandoneis para sempre, mas

lembrai-vos, Senhor, da vossa aliança:

T: Confirmai,Senhor,oqueemnósrealizastes.

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A: De coração contrito e humilde, sejamos acolhidos por vós, pois não serão confundidos aqueles que em vós esperam:

T: Confirmai,Senhor,oqueemnósrealizastes.A: Vós, que, em Cristo, nos chamastes para uma missão profética,

dai-nos a graça de proclamarmos sem temor as maravilhas do vosso poder:

T: Confirmai,Senhor,oqueemnósrealizastes.Canto: Ousamos chamar de Pai

1. Ele assumiu nossas dores, veio viver como nós, santificou nossas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu Reino e te chamava de Pai, e revelou tua imagem e deu-nos coragem de sermos irmãos. Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. /: Jesus nos mostrou que tu senteseficaspresenteondemoraoamor.://:Painosso,que estás no céu, Pai nosso, que estás aqui.: /

14ª Estação: JESUS É SEPULTADO

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos.

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Continuemos a lembrar aqueles amigos de Jesus e de Maria,

sua mãe. Eles envolveram o corpo de Jesus num lençol limpo e o sepultaram num túmulo novo.

L: Ainda tudo continua em silêncio. O fim da história de Jesus parece melancólico, mas sabemos que a sua história não termina aí, no túmulo. Esse é um lugar frio, sem vida. Em Jesus há vida. Ele é Filho de Deus.

L: Se em Jesus há vida, é impossível dizer que tudo está termi-nado. Começam a surgir sinais de caminhos novos. Há sempre esperança.

A: Diante do ‘túmulo’ de Jesus, podemos também lembrar tantos irmãos e irmãs, que, tragicamente, morrem nesse trânsito perigoso de nossas estradas, pessoas desaparecidas ou mortas que nunca foram encontradas, as que morreram por falta de atendimento responsável, e por tantos outros males.

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T: Pai nosso...Canto: De mãos dadas

1. Somos gente da esperança que caminha rumo ao Pai. Somos povo da Aliança que já sabe aonde vai.

/:Demãosdadasacaminho,porquejuntossomosmais,pra cantar um novo hino de unidade, amor e paz :/

2. Para que o mundo creia na justiça e no amor, formaremos um só corpo, num só Deus, um só Pastor.

15ª Estação: JESUS RESSUSCITA PARA A VIDA

Canto: Eu creio num mundo novo/: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejosualuznopovo,porissoalegreestou:/

1. Em toda pequena oferta, na força da união, no pobre que se liberta, eu vejo ressurreição.

2. Em todos que estão unidos, com outros partindo o pão, nos fracos fortalecidos, eu vejo ressurreição.

3. Na fé dos que estão sofrendo, no riso do meu irmão na hora em que está morrendo, eu vejo ressurreição.

A: “No primeiro dia semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo, levando perfumes que tinham preparado.

L: Encontraram a pedra do túmulo removida,

L: mas, ao entrarem, não encontraram o corpo do Senhor Jesus,

L: e ficaram sem saber o que estava acontecendo.

A: Nisso, dois homens com vestes resplandecentes pararam perto delas. Tomadas de medo, elas olhavam para o chão. Eles, porém, disseram-lhes:

T: Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não estáaqui.Ressuscitou.Lembrai-vosdoqueelefalou,quan-do ainda estava na Galileia: É necessário o Filho do Homem serentreguenasmãosdospecadores,sercrucificadoe,noterceiro dia, ressuscitar.

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L: Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus.

L: Voltando do túmulo, anunciaram tudo isso aos Onze e a todos os outros” (Lc 24,1-9).

L: O túmulo agora está vazio. No túmulo há uma ausência. Contudo, há um lugar e um modo de superar essa ausência: ir ao encontro de Jesus.

L: O lugar do encontro com Jesus não é na contemplação de um morto, mas no seguimento de quem está vivo, no prosseguimento do seu projeto.

A: Vamos dar graças a Deus Pai por Jesus Ressuscitado, agrade-cendo-lhe pela nossa vida.

T: Obrigado, Senhor!

A: Pela páscoa do santo batismo que nos torna realmente vossos filhos e filhas, compromissados com o vosso Reino:

T: Obrigado, Senhor!

A: Por tornar-nos missionários e missionárias de vossa Palavra:

T: Obrigado, Senhor!

A: Pelas nossas lideranças, que se esforçam para colocar vossa Palavra em prática no acolhimento ao doente, ao idoso, ao menor abandonado:

T: Obrigado, Senhor!

A: Por nós, presentes neste momento de oração, que estamos capacitando nossa inteligência, ouvindo cada vez melhor vosso ensinamento e aceitando cada vez mais a Ressurreição do vosso Filho na vivência de nossa fé:

T: Obrigado, Senhor.

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Canto: Jesus Cristo

/:JesusCristo,ontem,hojeesempre.Ontem,hojeesem-pre, aleluia! :/

1. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito da criação. Tudo o que existe foi nele criado, nele encontramos a redenção.

2. Ele é a cabeça da Igreja, seu corpo, o primogênito entre os mortais. Que nele habite a vida mais plena foi do agrado do próprio Pai.

3. Reconciliou todas as criaturas, dando-nos a paz pelo sangue na cruz. Deus nos tirou do império das trevas e nos chamou a viver na luz.

A: Jesus, manso e humilde de coração,T: Fazei o nosso coração semelhante ao vosso. Terminamos

a nossa Via-Sacra em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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6º Encontro

PÁSCOA: PLENITUDE DA VIDA

“João viu e acreditou” (Jo 20,8).

Ambiente: Bíblia, casinha, flores, cruz com pano bran-co, planta viva, vela.

Acolhida: Feita por quem recebe ou coordena o grupo.

Animador(a): Irmãos e irmãs, antes de iniciarmos o nosso encontro de hoje, saudemo-nos uns aos outros, desejando a cada irmão e irmã aqui presente uma Feliz Páscoa.

(Tempo para os abraços.)

Motivação e oração inicial

A: Iniciemos nosso encontro, partilhando como foi a nossa prepara-ção para a Páscoa do Senhor.

(Tempo para conversar.)

A: Com a mesma fé do Apóstolo São João, que viu e acreditou na res-surreição de Jesus, saudemos o nosso Deus Trindade, cantando:

Canto: Em nome do Pai...

A: Jesus ressuscitou. Com esta alegria, juntemo-nos à alegria dos Apóstolos, rezando em dois lados o Salmo 100.

Todos(as):AclamaioSenhor,óterrainteira.

Lado A: Aclamai o Senhor, ó terra inteira. Servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

Lado B: Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez e somos seus, nós somos o seu povo e seu rebanho.

T: AclamaioSenhor,óterrainteira.

Lado A: Entrai por suas portas, dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor, dai-lhe graças, seu nome bendizei!

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Lado B: Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!

T: GlóriaaoPai,...

Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejoaluznopovo,porissoalegresou:/

Refletindootema

A: Jesus ressuscitou: é a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o pecado.

Leitor(a) 1: A ressurreição de Cristo é a base central da nossa fé cristã. Se Jesus ressuscitou, nós também ressuscitaremos, pois somos membros do seu Corpo, do qual Ele é a cabeça.

T: “Joãoviueacreditou”(Jo 20,8).

L 2: A ressurreição de Cristo não é somente o triunfo do seu projeto, mas também a certeza da vitória do projeto de vida em abundância para todos nós.

T: “Naverdade,oSenhorressuscitou”(Lc 24,34).

L 3: A Páscoa não é somente a fonte da vida nova. Jesus veio trazer a vida em abundância para todos. A vida só é plena segundo o Projeto de Deus, quando todos têm acesso aos bens do espírito e da fé, bem como aos bens materiais, especialmente a saúde. Ressurreição significa vida plena.

T: Se vivemos com Cristo, com Ele também ressuscitaremos.

Canto: Novo Sol brilhou

1. Novo Sol brilhou! A vida superou sofrimento, dor e morte, tudo enfim. Nosso olhar se abriu. Deus mesmo se incumbiu de tomar-nos pela mão assim.

/:ODeusdeamor jamaissedescuidou.Emseuvigor,Jesus ressuscitou. :/

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A Palavra de Deus ilumina

A: As primeiras testemunhas da ressur-reição de Jesus foram Maria Madalena e os Apóstolos Pedro e João. A melhor surpresa da vida deles foi também a melhor notícia que a humanidade já recebeu. Vamos acolher essa grande notícia que nos é comunicada pelo Evangelho de São João, cantando:

Canto: Quealegria,Cristoressurgiu!NoEvangelhoElevaifalar.Entoemos nosso canto de louvor e gratidão. Sua Palavra vamos aclamar. /: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,1 a 9.

(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

A: Vamos reler o texto na nossa bíblia e destacar as frases que nos chamaram mais atenção.

(Tempo para reler e contar o texto.)

A: Vamos refletir. – O que o texto diz para nós hoje?– Como estamos vivendo a nossa fé em Jesus Ressuscitado?

(Tempo para conversa.)

A: Vamos responder a Deus com nossas orações. Para que Jesus nos ajude a vivermos ressuscitados na fé, com Ele, façamos nossas preces espontâneas, dizendo:

(Tempo para as preces.)

T: Senhor,aumentaianossafé.

AprofundandoaPalavra

A: A ressurreição de Cristo é a certeza de nossa ressurreição, pois somos membros do Corpo de Cristo.

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L 1: A fonte da fé é o amor. João viu e acreditou, porque muito amou.

T: “Nãoamemossócompalavrasedeboca,mascomaçõesedeverdade”(1Jo 3,18).

L 2: Ressurreição é vida nova, é saúde que vence todas as doenças do corpo e da alma.

T: “Queasaúdesedifundasobreaterra”(Eclo 38,8).

L 3: Cristo ressuscitou. O fracasso aparente de sua morte se converte na maior das vitórias, que é a sua ressurreição. A nossa fé e o amor que temos a Jesus também transformam os nossos fracas-sos em grandes vitórias.

T: “GraçassejamdadasaDeus,quenosdáavitória,pormeiodeNossoSenhorJesusCristo”(1Cor 15,17).

Canto:/:Noraiardeumnovotempo,vidanovaentãosefaz.Aesperançadoteupovoéjustiça,amorepaz.:/

Compromisso

A: A ressurreição se concretiza em gestos de amor. Que gestos de amor podemos fazer acontecer na família, no trabalho, na escola, na comunidade e na sociedade?

(Conversar, escolher e praticar um compromisso para partilhar no próximo encontro.)

Oração e bênção

A: De mãos dadas, pensando nas nossas famílias e na grande família da Igreja, rezemos com amor e confiança a oração da Liturgia da Páscoa:

T: Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristeshojeparanósasportasdaeternidade.Concedeique, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por nosso

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Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

A: Olhando para a vela acesa, diante dos símbolos da Páscoa aqui presentes, rezemos:

T: O Senhor ressuscitado nos abençoe e nos dê a paz. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Canto: Porque ele vive

1. Deus enviou seu Filho amado, para morrer no meu lugar. Na cruz pagou por meus pecados, mas o sepulcro vazio está, porque Ele vive.

/: Porque ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque ele vive,temornãohá.Maseubemseiqueomeufuturoestánas mãos do meu Jesus que vivo está. :/

2. Um dia, eu vou cruzar os rios e verei então um céu de luz. E verei que lá, em plena glória, vitorioso, vive e reina o meu Jesus.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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7º Encontro

RESSURREIÇÃO: A VITÓRIA DA VIDA PLENA

“Jesus veio e, pondo-se no meio deles, lhes disse: A paz esteja convosco!” (Jo 20,19-20).

Ambiente: Bíblia rodeada de velas e flores colori-das, a casinha e outros símbolos que expres-sem paz e alegria...

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs muito queridos! Sejam todos bem-vindos! Em nome da Santíssima Trindade, que é o modelo de família e de comunidade, nós iniciamos o nosso encontro:

Todos(as): Em nome do Pai...

A: O tempo quaresmal terminou, mas o compromisso com o tema da Campanha da Fraternidade deve continuar. Vamos partilhar como a estamos praticando.

(Tempo para partilhar.)

A: Jesus ressuscitou. Está no meio de nós! É grande a nossa ale-gria! Vamos acolhê-lo com o coração aberto: O Senhor esteja conosco!

Canto:Vindeevede,vinde.Eleestánomeiodenós!Eleestánomeiodenós.

A: No encontro de hoje vamos continuar refletindo sobre a Ressurrei-ção de Jesus e a nossa ressurreição. A Palavra de Deus confirma: Jesus, no terceiro dia depois de sua morte na cruz, apareceu aos seus discípulos. A morte foi vencida para sempre! É a maior de todas as notícias. Deus nos deu a vida e vida plena! Dia a dia vivemos pequenas ressurreições, felizes são todas as pessoas que acreditam nesta verdade. Vamos rezar a oração da Paz e

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da Fraternidade, caminho de vida nova, como São Francisco nos ensinou:

T: Senhor, fazei-me instrumentodevossapaz.Ondehouveródio,queeuleveoamor;ondehouverofensa,queeuleveoperdão;ondehouverdiscórdia,queeuleveaunião;ondehouverdúvida,queeuleveafé;ondehouvererro,queeuleveaverdade;ondehouverdesespero,queeuleveaesperança;ondehouvertristeza,queeuleveaalegria;ondehouvertre-vas,queeulevealuz.ÓMestre,fazeiqueeuprocuremaisconsolarqueserconsolado;compreenderquesercompre-endido;amarqueseramado,poisédandoqueserecebe,éperdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Canto:Anósdescei,divinaluz!Anósdescei,divinaluz!Emnossasalmas acendei o amor, o amor de Jesus. Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus.

Refletindootema

A: Como pessoas humanas, procuramos todos os meios para viver o máximo possível de anos. Ninguém deseja que a vida tenha um fim.

Leitor(a) 1: Ninguém também quer uma vida marcada pela doença e pelo sofrimento. Deus nos criou para que tenhamos vida de dignidade, de saúde e de paz.

L 2: Ele quer “que a saúde se difunda sobre a terra”, como nos lembra a Campanha da Fraternidade deste ano.

T: Sim!“Queasaúdesedifundasobreaterra”

L 3: Por isso nos organizamos, para que a vida de todas as pessoas seja respeitada. É preciso exigir que o Sistema Único de Saúde (SUS) cumpra com a sua finalidade.

L 4: Como seguidores e seguidoras de Jesus, exigimos igualdade de direitos, pois todos somos filhos e filhas de Deus e irmãos e irmãs entre nós. A saúde é um direito público. Ao que é público todos devem ter acesso.

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L 1: Deus quer que haja “Fraternidade e Saúde Pública”, como nos lembra a Campanha da Fraternidade deste ano.

T: Sim!“FraternidadeeSaúdePública”

L 2: A vida é um dom sagrado! O corpo humano é sagrado! Toda a criação é sagrada! E tudo caminha para a plenitude. Somos chamados a ser perfeitos.

T: Jesusdisse: “SedeperfeitoscomoovossoPaidocéuéperfeito”(Mt 5,48).

L 3: A vida que Deus nos oferece não é uma “vida pela metade”. É para ser completa. Para isso Jesus veio, para nos libertar de todos os males que estragam a vida.

T: Sim! Jesus nos liberta de todos os males que estragam a vida.

L 4: A última barreira para a vida em plenitude que Jesus veio vencer foi a morte. Agora não tem mais dúvida: Deus nos revelou, atra-vés de seu Filho Jesus, o segredo da total realização humana: a Ressurreição. Para tirar toda dúvida e acabar com o medo dos discípulos, Jesus aparece no meio deles.

T: Sim!Amortefoivencida.Jesusressuscitou.Nóstambémressuscitaremos.

Canto: Religião libertadora

/: É por causa do meu povo machucado que acredito em religião libertadora! É por causa de Jesus ressuscitado que acredito em religião libertadora! :/

1. É por causa dos profetas que anunciam, que batizam, que organizam, denunciam. É por causa de quem sofre a dor do povo. É por causa de quem morre sem matar.

2. É por causa dos pequenos e oprimidos, dos seus sonhos, dos seus ais, dos seus gemidos. É por causa do meu povo injus-tiçado, das ovelhas sem rebanho e sem pastor.

3. É por causa do profeta que se cala, mas até com seu silêncio grita e fala. É por causa de um Jesus que anunciava, mas também gritava aos grandes: ai de vós.

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4. É por causa do que fez João Batista, que arriscou, mas prepa-rou a tua vinda. É por causa de milhões de testemunhas, que apostaram suas vidas no amor.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: A Palavra de Deus dá testemunho do grande acontecimento da Ressurreição de Jesus. Foi um fato histórico e não uma invenção de um grupo de pessoas faná-ticas. Este acontecimento mudou o rumo da vida de muita gente, a começar pelos primeiros discípulos. Vamos nos preparar para ouvir a palavra do Evangelho.

Canto: Vai falar no Evangelho

1. Vai falar no Evangelho Jesus Cristo, aleluia! Sua Palavra é alimento que dá vida, aleluia!

/:GlóriaaTi,Senhor.Todagraçaelouvor.GlóriaaTi,Se-nhor. Toda graça e louvor. :/

2. A mensagem da alegria ouviremos, aleluia! De Deus as mara-vilhas cantaremos, aleluia!

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,24-31.

A: Vamos reler o texto e contar com as próprias palavras.

(Tempo.)

A: Vamos conversar, para compreendermos melhor o texto:a) Quem são as pessoas que aparecem no texto?b) O que cada uma destas pessoas faz ou diz?

(Tempo para responder.)

A: Agora vamos ver o que o texto diz para nós e ver qual a mensa-gem que tiramos para nós hoje.

(Tempo para conversar...)

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AprofundandoaPalavra

A: Para completar a meditação sobre a Palavra de Deus, vamos relembrar alguns pontos:

L 1: Jesus aparece ressuscitado no primeiro dia da semana. Essa indicação lembra o primeiro dia da criação do mundo. Agora, com a Ressurreição de Jesus, acontece uma nova criação, onde não haverá mais morte, nem lágrimas, nem dor... Para nós, o primeiro dia da semana é o domingo, dia do Senhor.

T: É a alegria da vida plena.L 2: O grande dom do Ressuscitado é a paz. Jesus, pondo-se no meio

deles, lhes disse: “A paz esteja convosco!”. Na língua hebraica, a palavra usada para paz é “Shalom”. Essa palavra significa tudo o que garante a realização e a felicidade para cada um de nós: saúde, paz, bem-estar, alegria, justiça, fraternidade, amor, perdão, diálogo...

T: “Shalom”.“Apazestejaconvosco!”.L 3: Para que haja uma vida feliz e realizada para todos, Jesus envia

os discípulos e a cada um de nós pelo mundo: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E para que nossa missão seja bem feita e produza bons frutos, Jesus nos dá o dom especial do Espírito Santo. Através deste Espírito e por intermédio da Igreja somos também perdoados de todos os pecados...

T: “ComooPaimeenviou,tambémeuvosenvio”.L 4: Outro dom do Ressuscitado é a fé. Por ela nós confessamos

que Jesus é o nosso Senhor e nosso Deus. Felizes, porque nós enxergamos com os olhos da fé, dizemos a mesma coisa que Tomé disse, quando viu Jesus ressuscitado com os olhos da carne: “Meu Senhor e meu Deus!”...

T: “MeuSenhoremeuDeus!”A: Em resposta a Deus, rezemos o Salmo 23.

T: OSenhoréomeupastor,nadamefalta.Elemefazdescansarem verdes prados, a águas tranquilas me conduz. Restaura minhasforças,guia-mepelocaminhocerto,poramordoseunome. Se eu tiver de andar por vale escuro, não temerei mal

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nenhum,poiscomigoestás.Oteubastãoeteucajadomedão segurança. Diante de mim preparas uma mesa aos olhos demeusinimigos;ungescomóleominhacabeça,meucálicetransborda. Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha vida, e vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos.

Assumindo compromissos

A: A verdade da Ressurreição mexe com a nossa vida, como aconteceu com os primeiros discípulos. Quem acredita na Ressurreição, vive já na terra pequenas ressurreições, com uma vida plena de sentido; aproveita cada momento para fazer o bem. Por isso, podemos ser testemunhas da Ressurrei-ção, assumindo o compro-misso de: a) Alimentar-nos todos os dias com a leitura de um texto da Bíblia,

com meditação e oração...b) Ser otimista e alegre e transmitir muita força para quem se

sente desanimado ou triste...c) Perdoar e rezar pelas pessoas que nos ofenderam ou que nos

incomodam...d) Nunca ter atitudes de agressividade ou de violência, mas ajudar

a criar um clima de paz, de diálogo e de confiança mútua, a partir de nossa família...

e) Participar de algum serviço na Igreja, de associação de mora-dores ou de alguma iniciativa ou manifestação para promover condições melhores de saúde, saneamento básico, cuidado com a natureza...

Bênção

(O animador ou a família que acolhe o grupo prepara a bênção.)

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Canto: Ide anunciar minha paz

1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar. Dizei a todos os povos que eu vim pra salvar. Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.

/: Ide anunciar minha paz, ide sem olhar para trás. Estarei convosco e serei vossa luz na missão!:/

2. Vós sois os meus mensageiros e meus missionários. Ide salvar o meu povo de tantos calvários. Minha verdade liberta e a vida promove, meu Evangelho ilumina e as trevas remove.

3. Eu anunciarei o meu Reino na cruz e no templo, dei minha vida por todos, deixei meu exemplo. Quem por amor der a vida será meu amigo/ e na riqueza do Pai terá parte comigo!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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8º Encontro

RESSURREIÇÃO: VIDA NOVA

“Vós sois as testemunhas destas coisas” (Lc 24,48).

Ambiente: Bíblia, casinha, vela, pano branco, gra-vuras que representem a Ressurreição de Jesus.

Acolhida: Pelas pessoas da casa que acolhe o grupo ou pelo animador/a

Motivação e oração inicial

Animador(a): Com alegria agradecemos a Deus por mais este encontro, neste tempo Pascal. Cantemos, acolhendo-nos mutuamente:

Canto:Sejabem-vindo,olélé,sejabem-vinda,olálá.Pazebemprávocêque veio participar. Paz e bem prá você que veio participar.

A: Vamos partilhar como foi a experiência do compromisso assumido em nosso último encontro.

(Tempo para partilhar.)

A: A ressurreição de Jesus é a grande notícia para todos nós. No encontro de hoje, vamos acompanhar, segundo Lucas, como aconteceu a primeira aparição de Jesus Ressuscitado a todos os discípulos reunidos em Jerusalém. Saudemos a Trindade Santa:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.A: Peçamos a luz do Divino Espírito Santo, para que possamos en-

tender e viver melhor o que iremos refletir neste nosso encontro:

Canto: A nós descei, divina luz

1. A nós descei, divina luz. A nós descei, divina luz. /: Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus. :/

2. Divino Espírito, descei. Os corações vinde inflamar. /: E as nossasalmaspreparar,paraoqueDeusnosquerfalar.:/

A: Vamos agradecer e louvar a Deus pela ressurreição de Jesus:

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Lado A: Nós vos agradecemos e vos louvamos, Senhor, pela ressur-reição do vosso Filho amado, que é para nós vida plena.

Lado B: Nós vos agradecemos e vos louvamos, Senhor, pela ressur-reição do vosso Filho amado, que é para nós luz eterna.

T: Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive ecrêemmim,nãomorrerájamais”(Jo 11,25-26a).GlóriaaoPai,ao Filho e ao Espírito Santo. Amém

Canto: Cristo venceu, aleluia

/: Cristo venceu, aleluia. Ressuscitou, aleluia. O Pai lhe deuglóriaepoder,eisnossocanto,aleluia.:/

1. Este é o dia em que o amor venceu. Brilhante luz iluminou as trevas. Nós fomos salvos para sempre.

2. No coração de todo homem nasce a esperança de um novo tempo. Nós fomos salvos para sempre.

Refletindootema

A: Neste tempo pascal relembramos com maior ênfase a notícia marcante do cristianismo: Jesus ressuscitou. Ele vive e está no meio de nós. A notícia da Ressurreição foi confirmada pelas apari-ções do próprio Senhor Jesus aos seus amigos e amigas. Vamos partilhar alguma notícia a respeito de uma mudança positiva de vida, que vimos acontecer, ou que ouvimos contar:

(Tempo para partilhar.)

A: Enquanto caminhava com seus discípulos e discípulas, Jesus os preparou para o grande acontecimento da sua ressurreição e das coisas que iriam suceder depois dela.

T: “Mas,depoisqueeuressuscitar,ireiàvossafrenteparaaGalileia”(Mc 14,28).

Leitor(a) 1: A princípio, para alguns de seus companheiros a ressur-reição de Jesus parecia algo impossível, e muitos custaram a acreditar nela.

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T: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão noseulado,eunãoacreditarei”(Jo 20,25).

L 2: O primeiro anúncio da ressurreição de Jesus dado pelas mulheres também não foi considerado como verdadeiro, eles queriam ver Jesus para poder acreditar.

T: “Algunsdosnossosforamaotúmuloeencontraramascoisascomoasmulherestinhamdito.Aele,porém,ninguémviu”(Lc 24,24).

L 3: Mesmo quando Jesus aparece aos dois no caminho para Emaús, eles não conseguiram reconhecê-lo de imediato. Somente quando Ele senta à mesa e parte o pão, eles O reconhecem.

T: “Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconhe-ceram”(Lc 24,31a).

L 4: Jesus ressuscitado permaneceu por algum tempo com o gru-po que com ele caminhou desde a Galileia, identificando-se e fortalecendo-os para testemunharem sua ressurreição.

T: “Vóssoisastestemunhasdestascoisas”(Lc 24,48).

Canto:Vindeevede,vinde!/:Eleestánomeiodenós!:/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos aclamar a Palavra de Deus, cantando.

Canto:Quealegria!Cristoressurgiu!NoEvangelhoElevaifalar.Entoemos nosso canto de louvor e gratidão, sua Palavra vamos aclamar. /: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,35-48.

(Momento de interiorização da Palavra de Deus.)

A: Vamos fazer uma breve reflexão da Palavra, primeiramente procurando perceber o que o texto diz, fazendo uma releitura silenciosa.

(Tempo para a releitura.)

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A: Podemos também contar o texto.

(Tempo.)

A: Somos convidados(as) a dar mais um passo, conversando sobre o que o Senhor nos diz nesse texto. – Hoje, como acontece o encontro com Jesus Ressuscitado?– A paz é dom de Deus. Como estamos promovendo a paz onde

nós vivemos? – Como podemos anunciar Jesus para que aconteça a

conversão?– O que esse texto tem a ver com a missão que Jesus nos

confiou? (Tempo para conversar.)

AprofundandoaPalavra

A: A notícia da Ressurreição de Jesus inicialmente não foi compre-endida por seus discípulos e, por isso, Ele se manifesta a eles em diversos momentos, dando-lhes a paz.

T: “Aindaestavamfalando,quandoopróprioJesusapareceunomeiodeleselhesdisse:Apazestejaconvosco”(Lc 24,36).

L 1: Diante de Jesus ressuscitado, eles ficaram temerosos e com dúvidas a respeito de quem estavam vendo.

T: “Mas Ele disse: Por que estais preocupados e porque tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um espírito não tem carne, nemossos,comoestaisvendoqueeutenho”(Lc 24,38-39).

L 2: Os discípulos estavam surpresos diante de Jesus. Não conse-guiam entender o que estava acontecendo. Então Ele lhes relem-brou tudo o que já havia dito a respeito de sua vida, sua morte e ressurreição.

T: “Sãoestasascoisasqueeuvosfaleiquandoaindaestavaconvosco: era necessário que se cumprisse tudo o que está escritosobremim,naLeideMoisés,nosProfetasenosSal-mos”(Lc 24,44).

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L 3: A ressurreição de Jesus é a vitória de Deus sobre toda morte. Acreditar nela é fundamental para que aconteça uma conversão sincera a Deus e um engajamento no seu Reino.

T: “Assimestá escrito:OCristo sofrerá e ressuscitará dosmortos ao terceiro dia, e no seu nome será anunciada a conversão,paraoperdãodospecados,atodasasnações,começandoporJerusalém”(Lc 24,46-47).

A: Hoje todas as pessoas cristãs são chamadas a anunciarem e testemunharem a ressurreição de Jesus, para que aconteça a conversão no mundo.

T: “Vóssoisastestemunhasdestascoisas”(Lc 24,48).

Canto:/:Vindeevede,vinde!Eleestánomeiodenós,Eleestánomeiodenós!:/

A: Façamos nossa oração a Deus, motivados pela meditação da Palavra. Podemos apresentar nossos pedidos de perdão, nosso louvor ou agradecimento a Deus.

(Tempo para as orações espontâneas.)

A: Inspirados pela Palavra, a que conversão ou compromissos Deus nos chama? Façamos o propósito de mudar o que for necessário em nossa vida para seguir fielmente a Deus, assumindo como compromisso de hoje em diante.

(Tempo para conversar. Olhando a realidade que vivemos, qual compromisso podemos assumir?)

A: Que frase da Palavra que meditamos hoje nos chamou mais a atenção e que queremos guardar para nossa vida?

(Tempo para repetir a frase que se quer guardar para a vida.)

Oraçãoebênçãofinal

A: Encerrando nosso encontro de hoje, vamos rezar alguns versí-culos do Sl 72,17-19.

T: Seu nome dure para sempre, diante do sol permaneça seu nome. Nele serão abençoadas todas as raças da terra, e to-dosospovosvãoproclamá-lofeliz.BenditooSenhor,Deus

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deIsrael,oúnicoquefazprodígios!Ebenditooseunomegloriosoparasempre,dasuaglóriaseenchatodaaterra.Amém. Amém.

A: Peçamos a bênção de Deus sobre todos nós.

T: OSenhornosabençoeenosguarde.OSenhorvolteparanósasuafaceenosdêapaz.OPai,oFilhoeoEspíritoSanto.Amém.

Canto: Novo sol brilhou

1. Novo sol brilhou! A vida superou sofrimento, dor e morte, tudo, enfim. Nosso olhar se abriu, Deus mesmo se incumbiu de tomar-nos pela mão assim.

/:ODeusde amor jamaissedescuidou.Emseuvigor,Jesus ressuscitou. :/

2. Estender a mão, abrir o coração, acolher, compartilhar e perdoar é fazer o céu cumprir o seu papel: já na terra tem de vigorar.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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9º Encontro

MARIA: MODELO DE ACOLHIDA

“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38).

Símbolos: Bíblia, casinha, imagem de Nossa Se-nhora, e outros símbolos da comunidade.

Acolhida: A pessoa da casa acolhe os participantes e convida para uma acolhida mútua.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Iniciamos lembrando o encontro passado, partilhando o compromisso assumido.

(Tempo para partilhar.)

A: Alegres por estarmos juntos mais uma vez, vamos fazer nossa oração. Cantemos o sinal da cruz e peçamos a Maria que nos ensine a caminhar.

Canto: Em nome do Pai, em nome do Filho...

Todos(as): Ave Maria...

Canto: Maria, mãe dos caminhantes

/:Maria,mãedoscaminhantes,ensina-nosacaminhar.Nóssomostodosviajantes,masédifícilsempreandar!:/

1. Fizeste longa caminhada para servir a Isabel, sabendo-te de Deus morada, após teu sim a Gabriel.

Aprofundandootema

A: Hoje refletiremos sobre acolhida e hospedagem, e a respeito deste assunto podemos nos inspirar nos exemplos de Maria.

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Leitor(a) 1: Na caminhada das comunidades e da Igreja, Maria sempre foi o modelo de acolhida, mestra e guia.

L 2: Os Evangelhos de Lucas e João apresentam Maria, Mãe de Jesus, como mulher que agiu no silêncio.

L 3: Silêncio este que capacita as pessoas para a escuta e o segui-mento da Palavra de Deus nos fatos da vida.

T: Mariaensina-nosaescutaraPalavradeDeusnosfatosdavida.

A: Em nossa Arquidiocese estamos nos preparando para o grande encontro das Comunidades Eclesiais de Base, onde acolheremos pessoas que virão também de outras dioceses para participar.

T: Justiçaeprofeciaaserviçodavida.

A: Pe. Vilson Groh, animador das Comunidades Eclesiais de Base na grande Florianópolis, nos dizia numa reflexão em um momento de estudo:

L 4: “A relação de hospedar é também de acolher, é sentir o outro lado meu, é sentar-se à mesa e comer juntos, comungar com a realidade do outro”.

T: “Eisqueestouàportaebato;sealguémouvirminhavozeabriraporta,euentrareinasuacasaetomareiarefeição,Eucomele,eelecomigo”(Ap 3,20).

A: Vivemos numa sociedade que às vezes amedronta. Temos medo e nos fechamos. Sabemos que uma Igreja que acolhe tem con-sequências. Precisamos fazer a diferença.

T: “...sejahospitaleiro,amigodobem,prudente,justo,piedo-so,disciplinado,apegadoàpalavradignadefésegundooensinamento...”(Tt 1,8-9).

A: Que fatos e exemplos de acolhida e hospitalidade conhecemos em nossa comunidade que podemos partilhar?

(Tempo para as pessoas falarem.)

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A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos acolher a Palavra de Deus, na qual Maria de Nazaré nos dá o grande exemplo de acolhida.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evan-gelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,26-38.

(Silêncio.)

RefletiraPalavra

A: Vamos contar o texto. – Quem são os personagens de que fala o texto? – Onde aconteceu esta passagem? – Quem apareceu e para quem?

(Tempo.)

A: Vamos conversar sobre o que a Palavra de Deus diz para nós hoje.

(Tempo para a conversa.)

AprofundaraPalavra

A: Maria, ao receber o anúncio do anjo Gabriel, não se sentiu privi-legiada, mas escuta e acolhe o apelo de Deus para tão sublime missão de ser a mãe do Salvador.

T: “EisaquiaservadoSenhor,faça-seemmimsegundoatuapalavra!”(Lc 1,32).

L 1: Maria se faz serva de Deus. Mas, como explicar sua gravidez a José e ao povo de Nazaré? Apesar disso, ela acolhe e se entrega à vontade de Deus.

L 2: Lucas apresenta Maria como um modelo para as comunidades. Maria ouve a Palavra de Deus e a acolhe, encarna e vive, mesmo quando não entende a vontade de Deus.

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A: Diante de tudo que refletimos, vamos responder a Deus fazendo orações espontâneas.

(Tempo para as preces. Após, respondemos.)

T: Maria, ensina-nos a atitude de acolher nossos irmãos e irmãs.

A: Ó Pai e Mãe de ternura, acolhe nossas súplicas que te fazemos em favor de todo o povo. Por Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Compromisso

A: A Palavra de Deus nos leva ao com-promisso. No encontro das CEBs, em setembro, as comunidades da grande Florianópolis são chamadas a acolher o povo que vem das diferentes dioceses do nosso Estado. Além dos compromissos que temos na comunidade, sugerimos:a) Preparar-nos para acolher bem as pessoas que vêm das Dio-

ceses do nosso Estado, e hospedá-las com amor, carinho e muita ternura.

b) Participar do encontro de formação que haverá na paróquia de Monte Verde, em Florianópolis, no dia 08/07, às 9horas, em preparação ao 11º Encontro Estadual das CEBs.

c) Na próxima semana estaremos celebrando a Semana de Ora-ção pela Unidade dos Cristãos, e em muitos lugares haverá momentos ecumênicos celebrativos, que nós podemos apoiar e divulgar e, onde possível, participar deles.

d) Também pedimos para as comunidades que não participa-rão diretamente do encontro das CEBs ficarem em sintonia, lembrando-o nas orações e nas divulgações.

Bênção

A: A partir da nossa reflexão de hoje, pedimos a Maria que nos en-sine a dizer sempre sim a Deus, em defesa da vida, no campo, na cidade, nas comunidades de periferias lugar do povo pobre,

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mostrando e fermentando o rosto da Igreja viva, encarnada e comprometida na nossa realidade.

T: Maria,rogaaDeuspornósedissipanossasdores,angústias,medos e inseguranças. Abre nosso coração e nossos ouvidos para escutar os apelos de Deus nos pobres que gritam por libertação.

A: Que o Senhor nos abençoe e nos dê a paz.

T: Em nome do Pai...

(Abraço da paz.)

Canto: Vem, Maria, vem, vem nos ajudar

/:Vem,Maria,vem,vemnosajudarnestecaminhar tãodifícil,rumoaoPai.:/

1. Vem, querida Mãe, nos ensinar a ser testemunhas do amor que fez do teu corpo sua morada, que se abriu pra receber o Salvador.

2. Nós queremos, ó Mãe, responder ao amor do Cristo Salvador. Cheios de ternura colocamos confiantes em tuas mãos esta oração.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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10º Encontro

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

“Todos seremos transformados pela vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo” (1Cor 15,51).

Ambiente: Bíblia, casinha, vela acesa, vaso com flores variadas, nomes de Igrejas Cristãs, cestinha com biscoitos...

Acolhida: Conduzida pela família que acolhe o grupo.

Animador(a): Irmãos e irmãs na fé cristã, partilhemos os compromissos que vivenciamos desde o nosso último encontro.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Amigos e amigas, como é bom estarmos aqui neste encontro! Acreditamos em Deus Trindade, exemplo de unidade. Saudemos a Trindade, cantando.

Canto: Em nome do Pai...A: Rezemos ao Pai, para que sejamos unidos em Cristo que nos dá

a vitória.

Lado A: Pela Igreja, o Corpo de Cristo, para que vivamos a unidade recebida do Espírito Santo.

Todos(as):Deus,queésnossaforça,transforma-nospelatuagraça!Lado B: Pelas nações do mundo, para que pratiquem a paz e promo-

vam a justiça para com todos.

T: Deus,queésnossaforça,transforma-nospelatuagraça!Lado A: Pelas famílias e lares, para que suas lutas e alegrias encontrem

sua realização no teu amor.

T: Deus,queésnossaforça,transforma-nospelatuagraça!

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Lado B: Senhor, fica no meio de nós e concede-nos unidade e paz.

T: Amém!Canto:/:Demãosdadasacaminho,porquejuntossomosmais,

pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/

Refletindootema

A: Hoje vamos refletir sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), que começou em 1908, quando se promoveu, pela primeira vez, uma oitava de orações pela unidade, celebrada de 18 a 25 de janeiro.

Leitor(a) 1: Pretendia-se unir dois aspectos marcantes do cristianismo: a autoridade doutrinária do Apóstolo Pedro e a liberdade cristã pregada pelo Apóstolo Paulo.

L 2: Ainda hoje, no hemisfério norte, realiza-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos no mês de janeiro, na semana que antecede a festa da conversão de São Paulo, em 25 de janeiro.

L 3: Por ser um período de férias, no Brasil adia-se essa semana de Oração pela Unidade dos Cristãos para a semana entre a As-censão do Senhor e Pentecostes.

L 4: No ano de 1964, a Igreja Católica, no Decreto sobre o Ecumenis-mo (Vaticano II), sublinhou que “a oração é a alma do movimento ecumênico”, e encorajou a prática da Semana de Oração.

L 1: Em 1968, essa Oração pela Unidade dos Cristãos foi celebrada, pela primeira vez, com base nos textos elaborados conjuntamente pelo Conselho Mundial de Igrejas e a Igreja Católica.

Canto:/:Noraiardeumnovotempo,vidanovaentãosefaz.Aesperançadoteupovoéjustiça,amorepaz!:/

L 2: Neste ano, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos acon-tecerá entre os dias 20 e 27 de maio. Assim, é preciso que os cristãos, nas suas Igrejas, dediquem seu tempo para realizarem oração e celebração em comum. O tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano é:

T: “TodosseremostransformadospelavitóriadeNossoSenhorJesusCristo”(1Cor 15,51).

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L 3: Durante essa Semana, todas as Igrejas Cristãs procuram unir-se na oração, na certeza de que serão escutadas no seu pedido de unidade.

Canto: Somos iguais

1. Tenho irmãos, tenho irmãs, aos milhões, em outras religiões. Pensamos diferente, louvamos diferente, oramos diferente, mas numa coisa nós somos iguais: buscamos o mesmo Deus, amamos o mesmo Pai, queremos o mesmo céu, choramos os mesmos ais.

2. Tenho irmãos, tenho irmãs, aos milhões, em outras religiões. Falamos diferente, cantamos diferente, pregamos diferente, mas numa coisa nós somos iguais: buscamos o mesmo amor, queremos a mesma luz, sofremos a mesma dor, levamos a mesma cruz.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Neste ano, o texto bíblico inspirador da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos está em 1Coríntios, e foi propos-to por cristãos de muitas Igrejas da Po-lônia, país de origem do nosso saudoso Papa e Beato João Paulo II. Acolhemos a Palavra de Deus, cantando:

Canto: /:Fala,Senhor,fala,Senhor,palavradefraternidade!Fala,Senhor,fala,Senhor,ésluzdahumanidade!:/

A: Leitura da 1ª carta de São Paulo à comunidade de Corinto. (Atenção: vamos ler o texto bíblico por dois leitores.)

Leitor(a) da Palavra 1: 1Coríntios, capítulo 15, versículos 51-52.

Leitor(a) da Palavra 2: 1Coríntios, capítulo 15, versículos 57-58.(Momento de silêncio para interiorização.)

RefletindoaPalavra

A: Vamos reler as duas partes do texto na nossa bíblia.(Tempo.)

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A: Que palavras no texto mais nos chamaram atenção?

(Tempo.)

A: Ao refletir o texto bíblico, vamos conversar sobre o que Paulo diz para nós hoje: – Qual a grande promessa que o texto apresenta para nós? – Quais os pedidos a que Paulo faz referência no texto? – Como podemos nos deixar transformar pela vitória de Jesus

Cristo?(Tempo para conversar.)

AprofundandootemacomaPalavra

A: O texto bíblico faz referência ao tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que diz respeito ao poder transformador da fé em Cristo, no que se refere à nossa oração pela unidade visível da Igreja.

T: “TodosseremostransformadospelavitóriadeNossoSenhorJesusCristo”(1Cor 15,51-58).

L 1: Muitos países estão marcados por uma série de derrotas e vi-tórias. Aqui mesmo, no Brasil, vivenciamos muitas situações de conflitos.

L 2: Opressão causada pela ditadura militar, devastação ambiental e invasão territorial dos povos da Amazônia, corrupção eleitoral, poderes paralelos, desigualdade social que causa exclusão e violência..., estas são “derrotas”.

L 3: O desejo de superação da escravidão, a busca de liberdade e condições melhores de vida, a vivência da identidade nacional, o envolvimento nos movimentos sociais, a luta por cidadania..., estes são indicativos de “vitórias”.

T: “GraçassejamdadasaDeusquenosdáavitóriaporNossoSenhorJesusCristo”(1Cor 15,57).

L 4: É a vitória com o serviço, a ajuda mútua, a promoção da auto-estima dos que estão excluídos.

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L 1: É em Jesus que desejamos buscar inspiração para uma atual e vitoriosa vida de fé, expressa no compromisso social, com espírito de humildade, serviço e fidelidade ao Evangelho.

A: Assim, é preciso conquistar uma vitória que integre todos os cristãos ao redor do serviço a Deus e ao próximo.

Canto: /: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. Deus espera que os dons de cada um se repar-tam com amor no dia a dia. :/

Assumindo compromissos

A: O tema do encontro e a Palavra de Deus que refletimos hoje nos levam a assumir compromissos:1. Rezar diariamente pela unidade dos

cristãos.2. Participar de celebrações da Se-

mana de Oração pela Unidade dos Cristãos, na nossa comunidade, cidade, onde já foi organizada e divulgada.

3. Ajudar a formar uma equipe paroquial para o diálogo ecumênico e participar dela.

Partilha dos biscoitos

A: Na Polônia tem-se o costume de partilhar um biscoito especial, chamado “oplatek”, com as pessoas, desejando coisas boas umas às outras. Vamos partilhar entre nós os biscoitos que trouxemos, desejando paz, saúde, unidade...

(Tempo para partilhar.)

Oração e bênção

A: Lembramos o que o apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios:

L 1: “Graças sejam dadas a Deus que nos dá a vitória por Nosso Se-nhor, Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes,

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inabaláveis, progredindo sempre na obra do Senhor, certos de que vossas fadigas não são em vão, no Senhor” (1Cor 15,57-58).

A: Louvemos ao Senhor, que nos conduz à unidade! Pai, nós dedi-camos nosso encontro à oração pelo aprofundamento de nossa unidade em Cristo. Ele venceu a morte e nos chamou a uma vida nova no Espírito. E por isso oramos em dois lados.

Lado A: Transformados pelo Cristo servidor, transformados na paciente espera pelo Senhor,

Lado B: transformados pelo Servo sofredor, transformados pela vitória do Senhor sobre o mal,

T: envia-nosejuntosiremos!Lado A: Transformados pela paz do Senhor Ressuscitado, transfor-

mados pelo amor persistente de Deus.

Lado B: Transformados pelo bom Pastor, unidos no Reino de Cristo,

T: envia-nosejuntosiremos!A: Rezemos em comunhão com todas as Igrejas Cristãs o Pai nosso

ecumênico.

T: Pai nosso que estás nos céus, san-tificadosejaoteunome,venhaoteuReino,sejafeitaatuavontade,assim na terra como no céu. O pão nossodecadadianosdáhoje;per-doa-nosasnossasofensas,assimcomonósperdoamosaquemnos

temofendido;enãonosdeixescairemtentação,maslivra-nosdomal,poisteuéoReino,opodereaglóriaparasempre.Amém.

A: Que a bênção de Deus todo poderoso desça sobre nós,

T: A bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!Canto: Pai de amor

1. Pai de amor, aqui estamos celebrando a unidade. Somos teus filhos amados nesta mesa da igualdade. Somos uma só família, somos um só coração. Eis que a graça da partilha entre nós faz-se oração!

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/:Noraiardeumnovotempo,vidanovaentãosefaz.Aesperançadoteupovoéjustiça,amorepaz!:/

2. Ó Jesus, Senhor da vida, vem trazer libertação! Desta gente tão sofrida vem mostrar-te Deus-irmão. Tua cruz é rumo cer-to, junto a Ti vamos seguir, pois teu Reino está bem perto: As sementes vão florir!

3. Santo Espírito de amor, faz em nós tua morada. E na luta con-tra a dor, guia nossa caminhada! És a fonte da verdade, vem mostrar a direção: vida plena, dignidade, povo livre, mundo irmão!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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11º Encontro

ASCENSÃO DE JESUS – O CÉU NOS ESPERA

“Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14,2).

Ambiente: Bíblia, casinha, vela, flores, imagem de Nossa Senhora, cartaz da Campanha da Fraternidade, cartaz do Interdiocesano...

Acolhida: Pelos donos da casa ou pelo animador(a).

Motivação e oração inicial

Animador(a): Aceitando com alegria a cordial acolhida na casa desta família, vamos começar hoje dando uma olhada nos encontros feitos ao longo deste Tempo Litúrgico que está prestes a terminar. Sem pressa, vamos ler os títulos, um a um, começando com a Celebração Inicial, lembrando os temas que refletem a Campanha da Fraternidade e todos os temas seguintes, até o de hoje, olhando especialmente os compromissos que viemos assumindo.

(Tempo para a leitura e comentários.)

Canto:/:Éféevidanapartilha.ÉGrupoBíblicoemFamília.:/A: Depois de termos lembrado essas várias “estações” do nosso caminho

ao longo deste tempo de Quaresma e Páscoa, e celebrando com a liturgia da Igreja a Ascensão de Jesus, queremos hoje refletir sobre “o céu que nos espera”, conscientes da nossa missão cristã aqui na terra. Rezemos em dois coros a Oração dos Grupos Bíblicos em Família.

Todos(as): Em nome do Pai...Lado A: Senhor Jesus, tu nos garantiste:T: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu

estouali,nomeiodeles”(Mt 18,20).Lado B: Por isso acreditamos em tua presença, quando nos reunimos

nos Grupos Bíblicos em Família.Lado A: Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por

tua Palavra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça.

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Lado B: Nossos encontros bíblicos nos preparem para o Domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor do teu altar.

Lado A: Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia.

Lado B: Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nossas famílias e nossos grupos, para que saibam imitar a Fa-mília de Nazaré.

T: Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a SantíssimaTrindade,numaalegriaquenãoteráfim.Amém.

Canto: Hino dos GBF1. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade./ Pessoas diversas

constroem comunhão. / Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, e tudo se torna fraterna oração. /:Éféevidanapartilha.ÉGrupoBíblicoemFamília.:/

Aprofundandootema

A: A proximidade da festa da Ascensão de Jesus nos motiva a também refletirmos uma vez sobre o céu, a meta final da nossa missão na terra. Como nós pensamos o céu?

(Tempo para conversar.)

A: Muito tempo se imaginou o céu como o lugar lá no alto onde Deus mora. A Bíblia usa muitas vezes essa imagem de “subir ao céu”, “olhar para o céu”.

Leitor(a) 1: No nascimento de Jesus, os anjos cantaram:T: “GlóriaaDeusnomaisaltodoscéus...”(Lc 2,14).

L 2: Narrando a despedida de Jesus, o evangelista Lucas diz:T: “Eenquantoosabençoava,afastou-sedelesefoielevadoao

céu”(Lc 24,51).

L 3: Num momento da longa conversa de Jesus com seus discípulos, antes da Última Ceia, o evangelista João escreve:

T: “AssimJesusfalou,eelevandoosolhosaocéu,disse:Pai,chegouahora...”(Jo 17,1).

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A: Sabemos hoje, também pelos teólogos que interpretam as figuras e imagens da Bíblia, que o céu não é um lugar físico. É um jeito de viver na plena comunhão com Deus.

L 4: Portanto, o céu não é uma utopia, um simples sonho de felicidade futura, para ajudar a suportar as cruzes desta vida.

L 1: Já aqui na terra precisamos e podemos fazer acontecer o céu, vivendo no dia a dia da nossa missão essa comunhão com Deus. E onde Deus está, ali é o céu.

L 2: Mas, no final, permanece o mistério, como lemos na carta aos coríntios:

T: “... o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhosjamaisviram,nemosouvidosouviram,nemcoraçãoalgumjamaispressentiu”(1Cor 2,9).

A Palavra de Deus nos ilumina

A: O momento em que Jesus fala sobre o céu, como a “casa do Pai, onde há muitas moradas”, e onde ele diz que vai “preparar um lugar para nós”, como vamos ouvir na nossa leitura de hoje, é anterior à sua paixão e morte, à sua ressurreição e ascensão. Jesus está preparando os seus para a despedida.

Canto:/: Palavra de salvação somente o céu tem pra dar. Por isso meu coração se abre para escutar. :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do evangelho segundo João 14,1-6

(Momento de silêncio para reler e interiorizar a Palavra.)

A: O texto que lemos e ouvimos faz parte da longa conversa de des-pedida que Jesus tem com seus discípulos depois de lavar-lhes os pés, na noite da última Ceia. Vejamos o que o texto diz:– Como Jesus descreve o céu? Qual é a preocupação de Tomé?

E a resposta de Jesus? (Tempo para responder.)

A: Vejamos agora o que isso diz para nós: – O que Jesus diz que vai fazer? – O que ele promete? – O que essa promessa de Jesus, e a sua resposta a Tomé,

significam para nós?(Tempo para conversar.)

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A: E nós, o que queremos dizer a Jesus?– Vamos imaginar-nos no lugar de Tomé, ou outro dos discípulos.

Qual seria a nossa reação? Como nós entraríamos na “con-versa” com Jesus?

(Tempo para falar.)

A: A colhendo a resposta de Jesus a Tomé, cantemos:Canto: Vós sois o caminho...

/:Vóssoisocaminho,averdadeeavida;opãodaalegriadescido do céu. :/

1. Nós somos caminheiros que marcham para os céus. Jesus é o caminho que nos conduz a Deus.

2. Jesus, verdade e vida, caminho que conduz as almas peregri-nas que marcham para a luz.

AprofundandootemacomaPalavraA: Após a sua ressurreição, Jesus fala aos discípulos – e a nós -

que é preciso cumprir uma missão antes de irmos ocupar o lugar preparado para nós:

T: “IdepelomundointeiroeanunciaiaBoa-Novaatodacriatura”(Mc 16,15).

A: A narração da ascensão de Jesus não deixa dúvidas quanto à nossa tarefa e missão, enquanto esperamos o cumprimento da promessa de Jesus. Não se trata, certamente, de ficar olhando para o céu, inativos, como fica bem claro em Atos dos Apóstolos:

T: Jesus diz: “Recebereis o poder do Espírito Santo..., para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Ju-deia, Samaria” (At 1,8),Garopaba,Biguaçu,Botuverá,Tijucas,Canasvieiras...,eatéosconfinsdaterra.

L 4: “Depois de dizer isto, Jesus foi elevado, à vista deles, e uma nu-vem o retirou aos seus olhos. Continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia” (At 1,9-10).

L 1: “Apresentaram-se então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram:

T: “HomensdaGalileia,porqueficaisaqui,parados,olhandoparaocéu?”(At 1,10-11).

A: No evangelho de Marcos fica bem claro o que devemos fazer ao sair desta reflexão, como os discípulos depois da ascensão:

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T: “EntãoosdiscípulosforamanunciaraBoaNovaportodaparte.OSenhorosajudavaeconfirmavasuapalavrapelossinaisqueaacompanhavam”(Mc 16,20).

Canto: Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor. Cristo também chegou para anunciar:/ Não tenhas medo de evangelizar.

Assumindo compromissos

A: Para não ficarmos parados, inativos, olhando para o céu, o lugar que Jesus está preparando para nós, vamos dispor-nos para o que de melhor pudermos fazer nesse próximo tempo:a) celebrar com alegria, no próximo domingo, a festa litúrgica da

Ascensão, conscientes do compromisso de continuar a nossa missão;

b) participar com entusiasmo do III Encontro Interdiocesano, celebrando em comunhão com os irmãos e irmãs dos Grupos Bíblicos em Família e das CEBs de nossa Arquidiocese e das dioceses de Tubarão e Criciúma, ou acompanhar esse evento com nossa oração e presença espiritual;

c) rezar na grande intenção de Jesus de que “todos sejam um”, e participar, onde possível, de celebrações ecumênicas nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos;

d) continuar com os compromissos assumidos em relação à Saúde durante a Campanha da Fraternidade;

e) preparar-nos desde já para acolher o livreto para o novo Tempo Litúrgico.

Oração e bênçãoA: Na oração que Jesus nos ensinou, ele nos faz rezar ao “Pai, que

está no céu”. É a esse Pai que dirigimos cada um dos sete pedidos do Pai-nosso, como queremos rezar agora:

A: Pai nosso, que estais no céu –T: santificadosejaovossonome;A: Pai nosso, que estais no céu –T: venhaanósovossoreino;A: Pai nosso, que estais no céu –T: sejafeitaavossavontade,assimnaterracomonocéu.

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A: Pai nosso, que estais no céu –T: Opãonossodecadadianosdaihoje;A: Pai nosso, que estais no céu –T: perdoai-nosasnossasofensasassimcomonósperdoamos

aquemnostemofendido;A: Pai nosso, que estais no céu –T: e não nos deixeis cair em tentação, A: Pai nosso, que estais no céu –T: mas livrai-nos do mal. Amém.A: Para continuarmos com os pés firmes no chão da nossa missão

de cada dia, tendo em vista o céu que nos espera, pedimos a bênção de Deus e a intercessão da Mãe de Jesus, que tanto amamos.

T: A bênção de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre nósepermaneçasempreconosco.Amém.

Canto: Senhora do Desterro...1. Senhora do Desterro, eis vosso povo, que vem saudar-vos, re-

correr a vós! Ó Mãe querida, com o vosso Filho vinde socorrer-nos, pois estamos sós! Depois deste desterro, mostrai-nos Jesus,óMãepuraeclemente,napátriadaluz!

2. Fugindo para o Egito, para o desterro, o imprevisível tínheis de enfrentar. Ó Mãe querida, com o vosso Filho, vossa fé em Deus vinde nos inspirar! Depois deste desterro, mostrai-nos Jesus,óMãepuraeclemente,napátriadaluz!

3. Partir e deixar tudo, quanto nos custa, quanto custou-vos na noite partir! Ó Mãe querida, com o vosso Filho, vinde acompa-nhar-nos na via a seguir! Depois deste desterro, mostrai-nos Jesus,óMãepuraeclemente,napátriadaluz!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

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12º Encontro

PELO ESPÍRITO SANTO SOMOS ENVIADOS

“A Paz esteja convosco” (Jo 20,19b).

Ambiente: Bíblia, casinha, uma vasilha com água e um ramo verde. Arrumar o ambiente bem colorido, alegre, lembrando as luzes do Espírito Santo, e com os símbolos usando a criatividade e a cultura local.

Acolhida: Feita por quem recebe o grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Nosso encontro já começou quando começamos a che-gar, nos cumprimentamos e conversamos. Agora vamos continuar falando sobre o compromisso assumido no encontro passado.

(Tempo para conversar.)

A: Saudemos com alegria o nosso Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, cantando:

Canto: Em nome do Pai...A: Em nossa oração, peçamos ao Senhor que envie sobre nós o seu

Espírito Santo, cantando e rezando alguns versículos do Salmo 104, que nos fala da glória de Deus que se revela nas suas cria-turas. Cantamos ou rezamos:

/:EnviaoteuEspírito,Senhor,erenovaafacedaterra.:/1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor,

como sois grande! Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! Encheu-se a terra com as vossas criaturas!

/:EnviaoteuEspírito,Senhor,erenovaafacedaterra.:/2. Se tirais o seu respiro, elas perecem e voltam para o pó de

onde vieram. Enviais o vosso Espírito e renascem, e da terra toda a face renovais.

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/:EnviaoteuEspírito,Senhor,erenovaafacedaterra.:/3. Que a glória do Senhor perdure sempre, e alegre-se o Senhor

em suas obras! Hoje seja-lhe agradável o meu canto, pois o Senhor é a minha grande alegria!

/:EnviaoteuEspírito,Senhor,erenovaafacedaterra.:/

Introduzindo o tema

A: Fizemos uma caminhada de doze encontros, em que refletimos o tempo da Quaresma e Páscoa e o apelo que a Campanha da Fraternidade nos faz.

Todos(as): Que o Espírito de Deus nos dê coragem, nos impulsione e nos leve ao compromisso, para que “a saúde se difunda sobre a Terra” (Eclo 38,8).

Leitor(a) 1: Encerrando o tempo pascal, refletiremos sobre Pentecostes e a ação do Espírito Santo, que nos é enviado para estarmos a serviço da vida.

L 2: Pentecostes é a festa da plenitude da Páscoa. O Espírito profé-tico de Jesus torna-se o grande dom para a Igreja, tornando-a comunidade da proclamação e do testemunho.

T: “Euponhominhaspalavrasemtuaboca”(Jr 1,9b).

L 3: Tenhamos a coragem de perceber o sopro do Espírito Santo em nossa realidade dura, sofrida e desesperançosa, que clama por justiça.

T: Justiçaeprofeciaaserviçodavida.L 4: Após a ressurreição de Jesus, o Espírito Santo foi dado aos que

estavam reunidos no mesmo lugar, e a nós hoje, a fim de que, fortalecidos pelo próprio Deus, tenhamos coragem de anunciar o Evangelho.

T: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a todas as criaturas”(Mc 16,15b).

Canto: Pelo Batismo recebi uma missão: vou trabalhar pelo reino doSenhor,vouanunciaroEvangelhoparaospovos;vouserProfeta,Sacerdote,Rei,Pastor;vouanunciaraBoa-Novade

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Jesus.Comoprofetarecebiestamissão;ondefor,sereifer-mento, sal e luz,/ levando a todos a mensagem de cristão.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Iluminados pela alegria pascal e felizes pela presença de Jesus ressuscitado, vamos acolher a Palavra de Deus, onde este mes-mo Jesus se apresenta, dizendo: “A Paz esteja convosco” (Jo 20,19b).

Canto: A Palavra de Deus

1. É Jesus quem hoje vem nos falar. /: A Palavra de Deus vai chegando, vai.:/

2. É a Palavra de Deus aos pequenos. /: A Palavra de Deus vai chegando, vai.:/

3. É a Palavra de libertação. /: A Palavra de Deus vai chegando, vai.:/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23.

A: Vamos refletir um pouco sobre o que acabamos de ouvir. Vamos contar o texto.

(Tempo para falar.)

A: O que o texto diz?a) Onde aconteceu esta passagem? E quem chegou lá? b) Quem estava lá? Como Jesus se apresenta?

(Tempo para responder.)

AprofundandoaPalavra

A: A confiança na presença do Ressuscitado liberta do medo e for-talece a caminhada de fé e esperança dos discípulos.

T: Jesussoprousobreelesefalou:“RecebeioEspíritoSanto”(Jo, 20,22).

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L 1: A experiência transformadora do Espírito Santo enche os discí-pulos de ousadia e coragem, e eles se lançam na tarefa profética de testemunhar a fé no Salvador. Muitos deles até o martírio.

L 2: A força do Espírito Santo acende em nossos corações a chama do amor e do discernimento, que nos fortifica, nos tira do medo e nos põe a serviço da vida plena, denunciando as injustiças e anunciando a verdade do Evangelho.

T: “Recebei o Espírito Santo. Como o Pai me enviou, também euvosenvio”(Jo 20,21b).

L 3: Ser tocado pelo Espírito do Ressuscitado é testemunhá-lo com coragem e teimosia, lutando para vencer todo tipo de injustiça que a sociedade hoje nos apresenta. Jesus infunde seu Espírito, dá vida nova, envia e mostra o objetivo da missão.

T: “Recebei o Espírito Santo. Como o Pai me enviou, também euvosenvio”(Jo 20,21b).

L 4: Continuar a atividade de Jesus é assumir a prática da justiça, da solidariedade e da partilha, assumir o compromisso com a vida e com a toda a criação.

Canto:/:Nósestamosaquireunidos,comoestavamemJerusa-lém,poissóquandovivemosunidoséqueoEspíritoSantonos vem. :/

A: O que o texto nos leva a dizer a Deus? Vamos responder esta última pergunta em forma de orações espontâneas:

(Após as orações espontâneas, cantamos.)

Canto:/:Vem,vem,vem.Vem,EspíritoSantodeamor.Vemanós,trazàIgrejaumnovovigor.:/

A Palavra de Deus nos impulsiona a assumir compromissos

A: Diante das Palavras de Jesus “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”, e da reflexão que fizemos, como podemos nos comprometer? Sugestões:– Continuar comprometidos com a Campanha da Fraternidade:

informar-nos como está a Saúde Pública onde moramos (Posto

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de Saúde), participar dos Conselhos de Saúde, participar, pro-mover e divulgar a Pastoral da Saúde em nossa comunidade.

– Motivar em nossas comunidades a preparação para participar-mos bem do 11º Encontro Estadual das CEBs, que acontecerá nos dias 07 a 09 de setembro em nossa arquidiocese, e acolher bem as pessoas delegadas das dioceses que virão participar.

– Ser missionários(as) na comunidade, na paróquia, em outros Estados e Países, e continuar a rezar e colaborar financeira-mente em prol dos missionários(as) de nossa Arquidiocese que se doam nos trabalhos de evangelização fora do nosso Estado e de nosso País.

– Descobrir os carismas que temos, para melhor servirmos a comunidade.

Bênçãofinal

A: Vamos rezar pedindo as bênçãos de Deus sobre a água com a qual seremos aspergidos e enviados.

T: Abençoai, Senhor, esta água, e olhai para vossos filhos e filhas sedentos das vossas graças, e enviai-nos em missão. Isso é o que vos pedimos, ó Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

(Enquanto se canta, alguém asperge a todos, lembrando o nosso compromisso batismal.)

Canto: Ide, anunciai minha paz

1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar. Dizei a todos os povos que eu vim prá salvar. Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.

/: Ide anunciar minha paz, ide sem olhar para trás. Estarei convosco e serei vossa luz na missão! :/

2. Vós sois os meus mensageiros e meus missionários. Ide salvar o meu povo de tantos calvários. Minha verdade liberta e a vida promove, meu Evangelho ilumina e as trevas remove.

3. Eu anunciarei o meu Reino na cruz e no templo, dei minha vida por todos, deixei meu exemplo. Quem por amor der a vida, será meu amigo/ e na riqueza do Pai terá parte comigo!

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Anexo 01

PASTORAL DA SAÚDE

Conhecendo a Pastoral da Saúde – Atua sempre em conso-nância com as Diretrizes da Ação Evangelizadora da CNBB. Tem como Objetivo Geral: Promover, educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e celebrar a vida, ou promover ações em prol da vida saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando presente, no mundo de hoje, a ação libertadora de Cristo na área da saúde.

Realizaseustrabalhosemtrêsdimensões:Solidária, Comu-nitária, Político-institucional.

Dimensão Solidária

– Os agentes, inspirando-se nas ações de Jesus, fazem chegar aos enfermos o consolo do próprio Senhor.

Dimensão Comunitária

– Desenvolve ações de caráter educativo e preventivo para toda a comunidade, em relação às enfermidades comuns.

– Contribui na educação para a saúde, valorizando a sabedoria e a religiosidade popular.

– Promove encontros educativos sobre temas e assuntos refe-rentes a hábitos e estilos de vida saudáveis.

Dimensão Político-institucional

– Visa a contribuir na conscientização do cidadão brasileiro de seus direitos e deveres no Sistema Único de Saúde – SUS, através da participação efetiva dos agentes nos Conselhos de Saúde, em âmbito local, municipal, estadual e nacional.

Em nível arquidiocesano

– Em algumas comunidades da Arquidiocese, a Pastoral da Saúde é reconhecida em suas atividades desenvolvidas, como:

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medicina alternativa, medicamentos e terapias fitoterápicos e cultivos de plantas medicinais...

– Forma grupos de pessoas interessadas em aprender e conhe-cer seus trabalhos.

– Oferece cursos de capacitação para Agentes da Pastoral da Saúde e atende nas paróquias.

– Para formar a Pastoral da Saúde na sua Comunidade ou Pa-róquia, entre em contato com a Coordenação Arquidiocesana da Pastoral da Saúde: Jaci Helena Perottoni, telefone: (48) 3225-5032 / (48) 9991-0753, e-mail: [email protected], ou com a ASA (48) 3224-8776.

Neste ano, a Igreja aproveita esta ocasião da Campanha da Fraternidade para manifestar seu agradecimento às pessoas que de-senvolvem o trabalho na área da saúde como verdadeiros apóstolos, nas mais diversas regiões de nosso país, ao mesmo tempo em que os incentiva a continuar seus trabalhos, na certeza de que essas ações de amor e solidariedade fazem chegar aos pobres e sofredores a presença misericordiosa de Cristo (Texto Base – CF 2012).

Oração para agradecer e pedir saúde

Deus Pai de misericórdia!

Agradecemos todos os bens e dons que todos os dias recebemos. Agradecemos a vida, que é nosso grande dom. Agradecemos cada momento de nossa vida, desde o ar, o vento, a chuva, os alimentos, a solidariedade das pessoas, o trabalho, a família, a fé, a esperança e todo gesto de amor. Agradecemos este momento em que podemos dizer de coração: Obrigado, Senhor, por tudo!

Obrigado também por termos Maria como nossa Mãe, Nossa Se-nhora da Saúde, que as comunidades veneram. Hoje queremos pedir por (dizer o nome da pessoa). Que seja realizada nela a tua vontade. Senhor, acolhe o nosso pedido e dá-nos força para que cada um consiga dar a sua resposta. Senhor, tu podes curar as pessoas, e nós queremos ajudar fazendo todo o possível quanto depender de nós. Escuta, Senhor, nossos pedidos e recebe nosso coração agradecido.

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Anexo 02

103

Anexo 03

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUSA Leitura Orante é uma das formas de espiri tualidade bíblica. Consiste num

momento em que se escolhe o texto bíblico e se reza pedindo a luz do Espírito Santo.

AtitudedodiscípulofielLeitura: Tomar a Bíblia, ler e reler o texto bíblico

com convicção de que Deus nos fala.

Procurar compreender a Palavra, marcar no texto tudo o que nos chama atenção.

– O que o texto diz? (Pausa para responder).

– Em atitude de interiorização, silenciar para ouvir a Deus.

Meditação: O que o texto nos diz?– Refletir, ruminar, aprofundar, repetir as

palavras significativas...– Aplicar a mensagem hoje.Oração: O que falamos ao Senhor, motivados pela Palavra.

O que o texto nos faz dizer a Deus?– Conversar com Deus a partir do texto. – Em atitude de adoração, responder à Pa-

lavra, em forma de pedidos, de louvor, de agradecimento, de perdão, através de um salmo ou de um canto.

Contemplação: Ver a realidade com os olhos de Deus.

A Palavra provoca em nós conversão? – Avaliar nossas atitudes, olhar ao nosso re-

dor, perceber os fatos gritantes da realidade em que vivemos: situações de riscos, dos pobres, das pessoas que sofrem... e assu-mir compromisso iluminado pela Palavra.

Sugestão: Fazer a Leitura Orante nos intervalos do término do Livreto do Tempo da Quaresma e Páscoa até a chegada

do Livreto do Tempo Comum.

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Equipe de elaboração e revisão do conteúdoAdelir Raupp

Alzira Steiner HorrCarla Cristiani de Oliveira Guimarães

Celso LoraschiDiác. José Antônio SchweitzerDiác.Wilson Fábio de Castro

Diác. Silvino AngstFernando da Luz Santana Ir. Emília De Bona Sartor

Ir. Clea FuckJupira Silva da Costa

Maria Angelina da SilvaMaria Glória da Silva

Marcio MuriloSilvia Togneri

Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Revisão redacional: Diác. José Antônio Schweitzer Revisão teológica: Pe. Vitor Galdino Feller Apresentação: Dom Wilson Tadeu Jönck Revisão final: Ir. Clea Fuck Editoração eletrônica e capa: Atta (José Valmeci de Souza)

Coordenação Arquidiocesana de PastoralLeda Cassol VendrúscoloPe. Vitor Galdino Feller

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Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família

Coordenação ArquidiocesanaMaria Glória da Silva (48) 3224-4799 / (48) 9634-4667 / (48)3033-1091

E-mail: [email protected] Esteves Júnior, 447 – Centro

CEP: 88015-130 – Florianópolis – SC

Equipes de Articulação Comarcal

Comarca de Santo AmaroDiác. Paulo Cesar Turnes – (48) 3245-5282 / 9994-9113

Comarca de São JoséOsmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247-8886

Comarca da IlhaDiác. Roberto G. da Costa – (48) 3269-6707 / (48) 9618-7962Marlene de Almeida Dias – (48) 3225-2025 / (48) 9103-5506

Dionísio José Vilpert – (48) 3206-0482 / (48) 9621-1955

Comarca do EstreitoRosana Maria de Lima Silva– (48) 3348-7569

Orildo Luiz da Silva – (48) 3348-7569

Comarca de BiguaçuMaria da Glória Agassi – (48) 3246-5945

Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243-4600

ComarcadeTijucasLucelaine Souza Loudetti – (48) 3265-0807

Pe. Revelino Seidler – (47) 3369-4062

ComarcadeItajaíMaria da Graça Vicente – (47) 3268-1954Glória Maria Dal Castel – (47) 3348-5726

Noêmia Mariana da Silva – (47) 3344-2561

Comarca de BrusqueElza Creppas Bosio – (47) 3355-2673Regina Martinenghi – (47) 3355-7819

Maria Luiza Rodrigues – (47) 3351-1954 (142)

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COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE

Coord. Arquidiocesana das Comunidades Eclesiais de BaseEdson Luiz Mendes – (48) 3733 5327 / (48) 9901-9316

E-mail: [email protected]: www.cebs.galeon.com

Édem Silvana Demari – (48) 3733-5327 / (48) 9901-9297Pe. Vilson Groh – (48) 3222-2633 / (48) 9104-2633

E-mail: [email protected]

Programas dos GBFs nas rádios:

Rádio“CulturaAM1110–MaisFelizcomJesus”Programa dos GBF – “Igreja nas casas”,

aos sábados às 16hs30min.Contato: Volmar de Souza Netto – (48) 3733-4941 / (48) 9998-6800.

Radio“Conceição”–ItajaíPrograma dos GBF – “Sintonia Bíblica”,

às segundas-feiras às 20horas.Contato: Glória Maria Dal Castel – (47) 3348-5726.

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AVALIAÇÃOAs Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos

em Família pedem que você colabore com o sucesso desta Prioridade Pastoral de nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta, até o dia 20 de julho de 2012, endereçado à

Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected]

1) Quanto aos grupos: Qual o nome da sua Paróquia e do grupo?

Quantos grupos há sua na sua paróquia ou comunidade?

2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?

– Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões? Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).– Convidamos outras pessoas, principalmente as que se

encontram afastadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

3) O conteúdo do livreto:– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja,

para a sua paróquia, para a sua comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos

grupos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

4) A linguagem do livreto:– Dá para entender bem tudo o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?

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5) Os cantos:

– Os cantos estão de acordo com os temas tratados? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Os cantos são conhecidos pelo seu grupo? Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).

6) Como é elaborado o planejamentodos Grupos Bíblicos em Família na sua Paróquia?

7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comu-nidade e na sua paróquia.

– Três pontos positivos:

– O que e como poderia ser melhor:

8) Você ouve os programas de rádio dos GBF e das CEBs? Como os avalia e qual é sua sugestão?

9) Há algum testemunho que o grupo queira contar? Narre e envie para a Coordenação Arquidiocesana dos GBF.