encontros para grupos bíblicos em família (gbf) · tempo propício para olharmos dentro do nosso...

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  • Encontros para Grupos Bíblicos em Família (GBF) e Comunidades Eclesiais de Base (CEBs)

    Quaresma e Páscoa – 2014

    JESUS CRISTO LIBERTADOR

    Arquidiocese de Florianópolis

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    SUMÁRIO

    Apresentação .................................................................................... 3

    Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) e ComunidadesEclesiais de Base (CEBs) ............................................ 4

    Celebração inicial: CAMINHO DE LIBERTAÇÃO ............................... 6

    1º Encontro: TRANSFIGURAÇÃO .................................................. 12

    2º Encontro: JESUS ROMPE PRECONCEITOS ............................ 17

    3º Encontro: O DOM DA VISÃO ..................................................... 23

    4º Encontro: CAMINHO DE RESSURREIÇÃO ............................... 29

    5º Encontro: VIA-SACRA – LIBERDADE E DIGNIDADE PARA TODOS ............................................................ 35

    6º Encontro: PÁSCOA – SURGE UM NOVO DIA! .......................... 49

    7º Encontro: TESTEMUNHO DE FÉ .............................................. 55

    8º Encontro: CAMINHANDO COM JESUS ..................................... 61

    9º Encontro: O BOM PASTOR ........................................................ 67

    10º Encontro: JESUS É O CAMINHO ............................................... 72

    11º Encontro: AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO ............................... 78

    12º Encontro: É PENTECOSTES! .................................................... 83

    Anexo 1: Campanha da Solidariedade ...................................... 89

    Anexo 2: Programa SOS Desaparecidos .................................. 90

    Anexo 3: Hino dos GBF ............................................................. 91

    Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração .................................. 92

    Equipes de Articulação ..................................................................... 93

    Avaliação ................................................................................... 95

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    APRESENTAÇÃO

    O Papa Francisco tem afirmado muitas vezes e de várias ma-neiras que a cultura do bem-estar dos tempos atuais tem gerado uma “globalização da indiferença”. Para superar esta realidade é preciso construir a cultura do encontro.

    A Campanha da Fraternidade de 2014 convida a Igreja do Brasil a confrontar-se com uma realidade que não pode continuar: o tráfico humano. Este problema se apresenta de várias maneiras. São pessoas que são aliciadas a trabalhar em regime de quase escravidão. Mulheres são enganadas com promessas e depois são obrigadas a trabalharem como prostitutas. Há ainda a realidade do comércio de órgãos do corpo humano. As vítimas do tráfico humano são, geralmente, pessoas que se encontram em vulnerabilidade social.

    O fenômeno da migração é uma constante na história da humani-dade. Os seres humanos estão sempre à procura de melhores situações de vida. Verifica-se também em nossos dias. Há um número considerável de brasileiros que foram para o exterior. Cresce o número de estrangeiros que buscam fixar residência no Brasil. Há ainda a migração interna. São muitos os brasileiros que se deslocam de uma região para a outra.

    Estes fenômenos não estão longe de nós. Santa Catarina, sobretudo o litoral, se tornou o destino de muitos migrantes. O verão constitui ainda um fenômeno particular. São muitos que vêm passar férias, outros tantos que buscam uma oportunidade de trabalho durante a temporada.

    Os textos apresentados nos ajudam a entender e nos posicionar diante desta realidade. À luz da Palavra de Deus queremos aprender a ler e acolher o mundo que nos cerca. Os Grupos Bíblicos em Família são instrumento privilegiado que ajudam a refletir esta situação. Que a meditação da Palavra de Deus possa suscitar atitudes que levem a superar as situações caracterizadas como tráfico humano!

    Florianópolis, 01 de janeiro de 2014.

    D. Wilson Tadeu Jönckarcebispo

  • 4

    ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORE E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS

    EM FAMÍLIA (GBF) E COMUNIDADES ECLESIAS DE BASE (CEBs)

    Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidiocesana. As orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funciona-mento dos Grupos:

    1. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.

    2. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, prepa-rando bem o ambiente, com símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.

    – Bíblia: Não pode faltar. É importante que todos os participantes a levem sempre, porque é a fonte inspiradora de toda oração, reflexão e proposta de ação do grupo.

    – Casinha: Símbolo forte, deve estar sempre presente, porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lem-brando as primeiras comunidades cristãs.

    3. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece.

    4. TAREFAS DO ANIMADOR(A): Envolver todos os participan-tes, distribuindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos. Visitar os novos moradores da comunidade e as famílias convidando para participar.

    5. GRUPOS GRANDES: Quando o grupo for muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, propomos que dois membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se disponham a iniciar novos grupos, colaborando com a propagação do anúncio da Palavra de Deus na comunidade.

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    6. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, con-versar sobre elas. Lembrar as necessidades da comunidade (água, esgoto, coleta de lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações, catequese e lazer...), a fim de que o grupo esteja sempre atento, valorizando a vida num todo e colaborando com o bem-estar da comunidade.

    7. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o compromisso sugerido para um encontro for difícil de ser execu-tado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.

    8. CONTINUIDADE: Manter o grupo unido e articulado, motivan-do-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.

    9. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF e das CEBs em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento paroquial.

    10. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Este livreto trouxe um novo roteiro. Pedimos sua colaboração, enviando-nos sua opinião, que é muito importante para a equipe de elaboração e revisão. É avaliando que se aprende a melhorar a quali-dade do nosso trabalho de evangelização. Faça a avaliação no grupo, seguindo o questionário que está no final do livreto, dê sua opinião e envie para:

    Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em FamíliaRua Esteves Junior, 447 – Centro

    CEP: 88015-130 – Florianópolis/SCE-mail: [email protected]

    Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!

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    Celebração inicial

    CAMINHO DE LIBERTAÇÃO

    “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1)

    Ambiente: Bíblia, vela, casinha, crucifixo, pano roxo e pano branco, cartaz da Campanha da Fra-ternidade 2014, corrente, símbolo ou livreto sobre o Ano da Fé, catecismo, foto do Papa (se possível).

    Acolhida: Acolher com alegria as pessoas na igreja ou na casa.

    Motivação e oração

    Animador(a) 1: Irmãs e irmãos, retomamos com alegria nossa cami-nhada de Igreja nas casas, trilhando o caminho de Jesus libertador que envolve todo o Mistério Pascal. Tracemos sobre nós o sinal da cruz.

    Todos(as): Em nome do Pai...A 2: Pedimos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos fortaleça neste

    tempo propício para olharmos dentro do nosso interior e também na direção dos nossos irmãos e irmãs sofredores. Cantemos:

    Canto: Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)/ Vem, não demo-res mais, vem nos libertar! (bis)/ Toda a humanidade o Senhor chamou, (bis)/ à festa do seu Reino ele convocou (bis).

    A 1: Rezemos juntos alguns versículos do Salmo 138.T: Senhor, eu te louvo porque me fizeste maravilhoso; são admi-

    ráveis as tuas obras; tu me conheces por inteiro. Não te eram ocultos os meus ossos quando eu estava sendo formado em segredo, e era tecido nas profundezas da terra.

    A 2: Vamos lembrar momentos fortes na caminhada da nossa Igreja no último ano: Celebramos o Ano da Fé; comemoramos os 50 anos de abertura do Concílio Vaticano Segundo e os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica; acompanhamos a eleição do nos-so querido Papa Francisco e a sua vinda ao Brasil na Jornada

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    Mundial da Juventude; e realizamos os encontros dos Grupos Bíblicos em Família nas casas.

    T: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

    (Enquanto cantamos, entram os símbolos: casinha, crucifixo, um pano roxo e um branco, cartaz sobre o Ano da Fé,

    catecismo, recorte de jornal ou foto do Papa)

    Canto: /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/

    1. Igreja nas casas! A Arquidiocese / nos chama e convida a evangelizar.

    Os grupos refletem o rosto da Igreja,/ que é graça presente em todo lugar.

    A 1: O tempo quaresmal inicia na quarta-feira de cinzas e vai até o Sábado Santo. Neste período lembraremos a caminhada de Je-sus, sua paixão-morte-ressurreição. Os exercícios quaresmais do jejum, da oração e da esmola nos abrem para o encontro com Jesus, que é a plenitude da vida.

    Leitor(a) 1: A oração é a atitude de quem espera ser atingido pela mise-ricórdia de Deus, que nos amou por primeiro e até o fim (Jo 4,10).

    L 2: O jejum é um esvaziamento de si, é deixar-se atingir pela graça da liberdade e vida nova que Cristo nos trouxe.

    L 3: A esmola é o amor partilhado, é sair de si mesmo; é deixar-se tocar pela presença do outro, especialmente do mais necessitado.

    Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão. :/

    A 2: A Igreja no Brasil nos propõe a Campanha da Fraternidade, para vivermos com mais intensidade esse tempo quaresmal e pascal.

    T: Fraternidade e tráfico humano. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).

    L 1: O apelo da Campanha da Fraternidade deste ano enriquece nossa caminhada quaresmal e nos aponta um caminho de conversão, preparando-nos para a Páscoa, a vida nova em Cristo.

    T: Não existe Quaresma sem preocupação com o próximo.

    Canto: /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão. :/

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    A 1: Alguns fatos reais que vamos trazer em alguns dos 12 encontros que refletiremos no tempo quaresmal e pascal serão tirados das denúncias sobre o tráfico de pessoas e relatos do sofrimento de famílias que têm seus entes queridos desaparecidos.

    Fato real

    A 2: Vamos nos situar frente ao apelo da Campanha da Fraternidade.

    Leitor(a): No Brasil são 200 mil desaparecimentos de pessoas por ano, sendo 40% de crianças, adolescentes e jovens. Todos os anos, há em Santa Catarina aproximadamente três mil registros de pessoas desaparecidas. Diante disto, a Polícia Militar lançou o programa SOS Desaparecidos, focando no atendimento e res-posta às famílias atingidas por algum desaparecimento de pes-soas, priorizando as crianças e adolescentes. Após um trabalho no Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP), verificou-se que, de janeiro de 2005 a outubro de 2011, em Santa Catarina já foram registrados 18.773 casos de desaparecimento. Nesses sete anos, só em Florianópolis são 650 registros de crianças desaparecidas.

    T: Queremos liberdade e ressurreição para todos.

    A 1: Com esses dados percebemos que a reflexão da temática da CF deste ano será de grande importância para identificarmos as prá-ticas de tráfico humano em suas várias formas e os denunciarmos como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.

    Canto: /: É para a liberdade que Cristo nos libertou, Jesus liberta-dor! É para a liberdade que Cristo nos libertou! :/

    1. Deus não quer ver seus filhos sendo escravizados, à seme-lhança e à sua imagem os criou. Na cruz de Cristo foram todos resgatados. Pra liberdade é que Jesus nos libertou!

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    A Palavra de Deus ilumina

    A 2: A reflexão e a oração nos GBF nos introduzem no grande Mistério Pascal e na temática da Campanha da Fraternidade, propiciando um caminho de conversão e libertação.

    Canto: Fala, Senhor! Fala, Senhor! Palavra de fraternidade! Fala, Se-nhor! Fala, Senhor! És luz da humanidade!

    (Enquanto se canta, crianças entram com a Bíblia, a vela acesa, a corrente e o cartaz da CF)

    Leitor(a) da Palavra: Leitura da carta de São Paulo aos Gálatas 5,1.

    (Um breve silêncio para interiorização. Em seguida, ler novamente o texto)

    A 1: a) Que palavra no texto nos chamou atenção? b) O que Deus nos quer dizer neste texto?

    (Responder)

    A 2: Que relação tem o texto bíblico com a Campanha da Fraternidade e o relato do fato real?

    (Conversar sobre o assunto)

    Aprofundando o tema à luz da Palavra de Deus

    A 1: O texto bíblico que lemos e o tema da Campanha da Fraternidade nos convidam a refletir sobre todas as situações de injustiça e escravidão e tomar atitudes contra esse grande mal.

    T: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (5,1).L 2: O tempo quaresmal possibilita o caminho da verdadeira liberda-

    de. A Igreja do Brasil apresenta na Quaresma a Campanha da Fraternidade como caminho de libertação pessoal, comunitária e social.

    T: “Ficai firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão” (Gl 5,1).

    L 3: O tráfico de pessoas ultraja a dignidade de filhos e filhas de Deus, destrói a imagem de Deus impressa nas pessoas, tira a liberdade da-queles que foram resgatados por Cristo para terem uma vida feliz.

  • 10

    T: O ser humano é imagem e semelhança de Deus e está acima de qualquer tipo de exploração para o lucro e vantagem de enriquecimento ou banalização da vida.

    L 1: Os dados alarmantes apresentados no fato real nos levam a estar atentos ao que acontece em nossa volta, nos advertem a sermos vigilantes e a exercer a profecia.

    A 2: Há tráfico de crianças para adoção ilegal. Há tráfico de ado-lescentes, jovens e mulheres para prostituição. Há tráfico de pessoas para o trabalho escravo. Há tráfico de pessoas para a doação forçada de órgãos. Tudo isso é um afronta ao Deus que no mistério da Páscoa trouxe vida e liberdade para todos.

    L 2: A nossa missão é defender a vida humana e solidarizar-nos com as dores e sofrimentos de familiares das vitimas do tráfico de pessoas, revelando o amor compassivo de Jesus libertador.

    Canto: Senhor da vida, tu és a nossa salvação! Ao prepararmos a tua mesa, em ti buscamos ressurreição!

    Compromisso

    A 1: Queremos lembrar que na preparação para o Natal fizemos o propósito de assumir um compromisso não só para o tempo do Advento, mas que pudesse ser vivenciado durante todo o ano de 2014, tais como: a) O grupo adota e acompanha uma família caren-te, orientando-a e apoiando para que busque melhores condições de vida. b) Ajudar algum morador de rua a se recuperar para viver com mais dignidade. c) Ajudar, no que for necessário, famílias que cuidam de idosos e doentes. d) Participar da Campanha em prol do projeto educacional para as crianças da África, colaborando com R$ 240,00 por ano, adotando os estudos de uma criança (Informações com Willian Narzetti, do Instituto Padre Vilson Groh, pelo fone (48) 3039 1828, ou pelo e-mail

    [email protected]). Assumindo quaisquer desses compromissos, e algum deste livreto relacionado ao tempo quaresmal e pascal, estaremos vivenciando nossa conversão pessoal, também em momentos de reconciliação na família, na comunidade e entre os amigos, e assim celebraremos com alegria a Páscoa do Senhor.

    (Momento de conversar e definir algum compromisso dentro da sua realidade)

  • 11

    Oração e bênção

    A 2: Ó Deus, fonte de toda a sabedoria, derrama sobre nós a luz do teu Espírito. Inspira nossas palavras e conduze nossas ações. Guia nossos passos sempre em direção da defesa da vida.

    T: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.

    A 1: Que Maria, a mãe de Jesus, seja nossa companheira nas alegrias e nos sofrimentos nesta caminhada rumo ao Pai.

    T: Ave Maria...A 2: O Senhor esteja sempre atrás de nós para nos guiar, à nossa

    frente para nos conduzir por bons caminhos, abaixo de nós para nos sustentar nos momentos difíceis da vida, acima de nós para derramar sobre nós as suas graças, e em nossos corações para que tenhamos muita vida!

    T: Que o Senhor mostre a sua face para nós e nos dê a paz! Que o Senhor nos proteja, nos ilumine e nos abençoe, hoje e sempre! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

    Canto: /: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus. Ima-culada, Maria do povo, Mãe dos aflitos que estão junto à cruz. :/1. Um coração que era sim para a vida. Um coração que era sim

    para o irmão. Um coração que era sim para Deus. Reino de Deus renovando este chão!

    2. Olhos abertos para a sede do povo. Passo bem firme que o medo desterra. Mãos estendidas que os tronos renegam. Reino de Deus que renova esta terra!

    Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

    É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

    Tempo quaresmalNa Quaresma participamos com muita fé dos exercícios quaresmais (je-jum, esmola e oração) e também de um ato concreto que se expressa pela oferta da Coleta da Solidariedade, realizada todos os anos no domingo de Ramos, este ano dia 13 de abril. Os recursos da Coleta da Solidariedade são aplicados para apoiar projetos em prol do tema da Campanha da Fra-ternidade 2014, “Fraternidade e tráfico de pessoas”.

  • 12

    1º Encontro

    TRANSFIGURAÇÃO

    “Este é meu Filho Amado” (Mt 17,5)

    Ambiente: Bíblia, casinha, imagem da Sagrada Famí-lia, ou de Maria, ramo verde, jornal com notícias sobre desaparecimento de pessoas...

    Acolhida: Pela família ou animador(a) que acolhe o grupo.

    Motivação e oração

    Animador(a): Irmãos e irmãs. É um momento de graça estarmos aqui, nesse início de Quaresma, para nos fortalecer na fé, aprofundar nossa amizade, partilhar nossas vidas com suas alegrias e preo-cupações do dia a dia, vivendo com toda a Igreja esse tempo de graças. Assim animados, vamos saudar a Santíssima Trindade.

    Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. A: Nessa caminhada quaresmal para a Páscoa de Jesus, somos

    convidados a rezar e refletir também sobre o sofrimento e a esperança das pessoas traficadas e das famílias que vivem o drama do desaparecimento de seu ente querido. Enquanto uma pessoa segura e ergue o ramo verde da esperança, cantemos confiantes.

    Canto: Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. A esperança na terra brotou e um povo novo deu-se as mãos e caminhou.

    /: Lutar e crer, vencer a dor, louvar ao Criador. Justiça e paz hão de reinar, e viva o amor. :/

    Fato real

    A: No Brasil são 200 mil pessoas desaparecidas por ano. Dessas, 40.000 são crianças e adolescentes. Em Santa Catarina, a cada

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    ano temos aproximadamente mais 3.000 novos registros de desaparecidos.

    Leitor(a): Bary Livny foi adotada por uma família israelense. Através das redes sociais, Bary divulgou seu desejo de encontrar sua mãe biológica. A equipe do SOS Desaparecidos, da Policia Militar de Santa Catarina, em parceria com a ONG Desaparecidos do Brasil, fez levantamento minucioso das documentações e informações passadas pela jovem adotada. Chegou-se ao paradeiro de Rute da Silva Reis, moradora de Camboriú e mãe biológica de Bary. Ao ver as fotos de Bary Livny, Rute não teve dúvidas de que ela é sua filha, pois até um sinal, acima da sobrancelha, é igual ao seu. Segundo relatos de Rute, sua filha nasceu em Itajaí, SC, no dia 27 de junho de 1987. Conta que foi obrigada a doar a filha, para conseguir emprego, pois era mãe solteira. Tempo depois, Rute casou-se e teve oito filhos, e todos conhecem bem a sua angústia. Ela pediu ajuda da equipe do SOS Desaparecidos para a aproximação dela com a filha. Agora Bary está estudando a língua portuguesa, para não precisar de tradutor quando se encontrar com sua mãe.

    A: A feliz iniciativa da Polícia Militar do Estado é um sinal de espe-rança e transformação para todos os irmãos, irmãs e crianças arrancadas do convívio de seus pais e familiares.

    A Palavra de Deus ilumina

    A: A passagem do Evangelho que vamos ouvir relata um momento fascinante vivido pelos apóstolos Pedro, Tiago e João: a trans-figuração de Jesus. A fé em Jesus nos deixa transfigurados de alegria e esperança. Preparemo-nos para ouvir a Palavra de Deus, cantando:

    Canto: /: Palavra de salvação somente o céu tem pra dar. Por isso meu coração se abre para escutar. :/

    Leitor (a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 17, 1 a 9.

    (Um breve silêncio)

  • 14

    A: Vamos reler com calma e saborear o texto em silêncio, depois dizer a palavra ou frase que mais nos chamou a atenção.

    (Reler e contar o texto)

    A: Vamos refletir: a) O que o texto diz para nós e que ligação tem com o tema da

    Campanha da Fraternidade?b) Em um dos versículos, Deus disse: “Este é o meu Filho amado”.

    O que isto pode significar para a mãe que reencontra sua filha amada, depois de 25 anos?

    (Vamos conversar)

    Aprofundando o tema à luz da Palavra

    A: Tanto o fato da vida como a passagem da transfiguração de Jesus revelam como Deus recompensa os que têm fé nele e esperam pela manifestação do seu amor divino no dia a dia.

    L 1: Antes da sua ressurreição, Jesus já demonstrou aos Apóstolos como será a nova vida daqueles que creem e depositam sua esperança na misericórdia de Deus.

    T: “Senhor, é bom estarmos aqui” (Mt 17,4).L 2: O fato da vida nos mostra como o amor de uma mãe e sua filha

    foi recompensado pelo reencontro de suas vidas.

    T: “Este é o meu Filho amado” (Mt 17,5).L 3: O destino final de todas as pessoas que creem e esperam em

    Deus é a transfiguração do sofrimento e da perda do amor humano em ressurreição e vida plena.

    T: “Levantai-vos, não tenhais medo” (Mt 17,7).L 1: A revelação do mistério de Deus em Cristo é também a revelação

    da vocação humana ao amor que ilumina a dignidade e a liberdade pessoal de cada pessoa.

    T: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).L 2: Em Jesus Cristo cumpre-se decisivamente a ação libertadora de

    Deus. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. A vida humana é inviolável.

  • 15

    L 3: A Igreja está intimamente solidária com as pessoas em situação de tráfico humano e quer mobilizar todos os cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.

    A: Que o texto bíblico nos mostre o caminho e nos faça abrir os olhos para tantas situações de sofrimento de violação da vida, frustrando a esperança de famílias destruídas e de sonhos despedaçados.

    Canto: 1. Dentro de mim existe uma luz que me mostra por onde de-verei andar. Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o seu jeito de amar.

    /: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da paz. :/

    Compromissos

    A: Crer em Jesus é transformar a realidade da vida com a alegria da fé. Essa alegria nos transfor-ma e transborda para os nos-sos irmãos e irmãs sofredores. Queremos nos comprometer na transformação da realidade do tráfico de pessoas, garantindo a conscientização, a prevenção, a denúncia e o acolhimento das famílias. Sugestões:a) Falar do problema das pessoas desaparecidas e da Campanha

    da Fraternidade 2014, nas conversas com pessoas amigas e irmãos de fé na comunidade, no trabalho e por onde andar.

    b) Divulgar as iniciativas do governo, do SOS Desaparecidos e das delegacias assistenciais, no sentido de combater o tráfico de pessoas e de localizar as pessoas desaparecidas.

    c) Oferecer apoio fraterno e levar a esperança em Deus, que nunca abandona seus filhos, aos familiares que sofrem com o desaparecimento de um ente querido.

  • 16

    Oração e bênção

    A: Pensando nas famílias da nossa comunidade, e em todas as famí-lias que sofrem o drama do desaparecimento de um ente querido, e das pessoas que são traficadas, rezemos em dois coros com amor e confiança a oração da Campanha da Fraternidade.

    Mulheres: Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos com-padeceis dos oprimidos e escravizados. Fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus.

    Homens: Nós vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do tráfico hu-mano. Convertei-nos pela força do vosso Espírito e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.

    T: Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vos-sos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

    A: Olhando para o ramo verde, que simboliza a nossa esperança em Deus, rezemos pedindo a bênção:

    T: O Senhor nos abençoe e nos guarde na saúde e na paz. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

    Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2014./: É para a liberdade que Cristo nos libertou, Jesus liberta-dor! É para a liberdade que Cristo nos libertou! :/

    1. Deus não quer ver seus filhos sendo escravizados, à seme-lhança e à sua imagem os criou. Na cruz de Cristo foram todos resgatados. Pra liberdade é que Jesus nos libertou!

    Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

    É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

  • 17

    2º Encontro

    JESUS ROMPE PRECONCEITOS

    “Senhor, dá-me dessa água” (Jo 4,15)

    Ambiente: Bíblia, casinha, jarra com água, copos, estampa ou imagem de Jesus, símbolos qua-resmais, fotos ou figuras de pessoas desapa-recidas.

    Acolhida: Pelas pessoas da casa.

    Motivação e oração

    Animador (a): Ao iniciar nosso encontro, acolhemos a cada um e cada uma com um gesto fraterno, oferecendo água que sacia a sede.

    (Tempo para servir a água)

    A: Irmãos e irmãs, o encontro de hoje nos apresenta o gesto de Jesus que acolhe e valoriza uma mulher da Samaria. Ele deixa de lado o preconceito que existia entre judeus e samaritanos. O ensinamento de Jesus também nos ilumina, mostrando como agir nas reflexões da temática da Campanha da Fraternidade. Antes de iniciar nossa reflexão, saudemos a Trindade Santa.

    Todos(as): Em nome do Pai... A: Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine.T: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e ...Canto: /: Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar. :/

    1. Nossos caminhos vem iluminar. Nossas ideias vem iluminar. Nossas angústias vem iluminar. As incertezas vem iluminar.

    A: A Campanha da Fraternidade deste ano nos alerta para o tráfico de pessoas e órgãos, trabalho escravo, e as propostas encan-tadoras que aliciam jovens para a prostituição. Durante o ano vamos saber de muitos casos e denúncias que serão manchetes e notícias nos diversos meios de comunicação social: jornal, TV, rádios, redes sociais...

  • 18

    Fato real

    Leitor (a): No tráfico de pessoas, as mulheres ainda são as mais atin-gidas para o mercado sexual. Muitas até são traficadas. Essa situação de exploração abrange muitas jovens envolvidas no pro-cesso migratório. Em Santa Catarina, muitas jovens são aliciadas com promessas fabulosas de ganhar muito dinheiro e mudar de vida. São mantidas em regime de cárcere privado, sem opção de escolhas, forçadas a se prostituir. Nessa perspectiva, a vítima é nomeada e classificada no amplo contingente de mulheres sem rosto, voz, identidade, nome..., apenas são vistas como massa anônima para um mercado que visa ao lucro desenfreado. Elas são vigiadas dia e noite, e, sem ter em quem confiar, são inca-pazes de pedir ajuda ou denunciar.

    T: A vida é muito preciosa para ser violada.A: Muitas vezes ignoramos o drama das pessoas vítimas do tráfico

    humano. Com certeza conhecemos famílias que sofrem com situações assim e com o desaparecimento de algum de seus membros. Essas pessoas e seus familiares contam com a nossa solidariedade, compaixão e generosidade.

    Canto: /: É para a liberdade que Cristo nos libertou, Jesus liberta-dor! É para a liberdade que Cristo nos libertou! :/

    A Palavra de Deus ilumina

    A: Em torno de um poço, na busca de água, Jesus se revela como o Messias aos samaritanos, e hoje a todos que o seguem. O texto que vamos refletir fala do encontro de Jesus com a mulher sa-maritana, e nos mostra como agir diante do apelo da Campanha da Fraternida-de. Acolhamos a Palavra cantando.

    Canto: Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola.

    /: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, queremos te ouvir :/

  • 19

    Leitor (a) da Palavra: Proclamação de Evangelho de Jesus Cristo segundo João 4,5 a 42.

    (Breve silêncio. Vamos reler o texto)

    A: Vamos contar o texto com nossas palavras, destacando o que consideramos mais importante.

    (Contar o texto)

    A: Vamos refletir o que o texto diz para nós hoje. a) Relacionando o fato real com o texto bíblico, que mensagem po-

    demos tirar para melhor vivermos os ensinamentos de Jesus?(Momento de conversa)

    Canto: És água viva, és vida nova, e todo dia me batizas outra vez. Me fazes renascer, me fazes reviver. Eu quero água desta fonte de onde vens.

    Aprofundando o tema à luz da Palavra

    A: O texto bíblico nos revela que Jesus é fonte de vida. A Quaresma é tempo propício para nos converter, para escolher a vida verda-deira que é Cristo e bebermos da água viva que ele oferece.

    T: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6).L 1: Jesus provoca um diálogo com a samaritana. Ela sente-se aco-

    lhida e valorizada. Ele inicia a conversa, dizendo:

    T: Dá-me de beber! (Jo 4,7).L 2: Como a samaritana, tantas pessoas hoje têm sede de amor, so-

    lidariedade, justiça, paz e vida digna. Jesus mostra um caminho a seguir e de qual fonte devemos saciar a sede.

    T: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede” (Jo 4,15).

    L 3: O diálogo de Jesus com a samaritana rompe com os preconceitos e favorece uma mútua compreensão. Aponta para uma vida sem exclu-sões, a busca mais profunda da mulher e de todo o povo oprimido.

    T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

  • 20

    A: Jesus traz vida em abundância, fazendo frente às obras de morte: preconceito, exploração, ganância, egoísmo e fechamento em si mesmo. A vida com dignidade seja respeitada em todas as fases e momentos da existência.

    T: A dignidade humana está fundamentada na criação à imagem e semelhança de Deus (CIC 1700).

    L 1: Muitas vezes, a vida é violada por homens e mulheres que se deixam guiar por ideologias, egoísmo, interesse pessoal, visando ao lucro, ao poder e ao prazer.

    L 2: Com essas atitudes, coloca-se a vida de muita gente em risco, causando muito sofrimento, como vimos no fato real.

    T: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).L 3: Hoje Jesus continua oferendo “água viva” que sacia a nossa sede

    de justiça. Rompe com as barreiras do preconceito, das injustiças, do sofrimento, das falsas promessas de vida boa.

    L 1: Ele oferece um caminho de liberdade e vida para todas as pes-soas, até mesmo as que se iludem com propostas fantásticas de ganhar muito dinheiro, tornando-se vítimas do tráfico humano, do trabalho escravo, da prostituição, das drogas.

    T: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede” (Jo 4,15).

    L 2: Vimos que Jesus agiu por gestos e palavras. Ele acolhe, ama, en-coraja, perdoa e transforma a vida dos samaritanos, e hoje também quer transformar tantas vidas amarguradas, sofridas e traficadas.

    T: “Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus por causa da palavra da mulher” (Jo 4,39).

    A: O tráfico de pessoas é um total desrespeito com a vida humana, é crime. Somos portadores da Boa-Notícia da salvação. Jesus precisa de cada um de nós, para que suas ações, gestos e pala-vras cheguem às pessoas sofredoras.

    Canto: Quero ser pro meu irmão a imagem dele, meu irmão que até nem tem o necessário pra ter paz. Quero ser pro meu irmão a resposta dele, eu que vivo mais feliz e às vezes tenho até demais.

  • 21

    Compromisso

    A: Hoje entendemos que Jesus é a água viva e pode saciar nossa sede de conversão. A quaresma é tempo para revermos nossas atitudes: gestos de acolhida, solidariedade com os mais sofridos, estilo de vida... Um gesto concreto de fraternidade que podemos assumir é colaborar com a Coleta da Solidariedade no domingo de Ramos, dia 13 de abril, realizado em âmbito nacional, em todas as comunidades, paróquias e dioceses. Também lembrando os compromissos assumidos no en-contro anterior, vamos partilhar o que estamos fazendo de concreto.

    (Momento de partilha e de conversa sobre os compromissos)

    Oração e bênção

    A: Trazendo presente o diálogo de Jesus com a samaritana, o tema da Campanha da Fraternidade, o valor da dignidade da pessoa hu-mana e o tempo quaresmal, façamos um momento de silêncio.

    (Um breve silêncio. Em seguida, rezamos a oração da CF)

    Lado A: Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados. Fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus.

    T: Nós vos pedimos pelos que so-frem o flagelo do tráfico humano. Convertei-nos pela força do vosso Espirito, e tomai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.

    Lado B: Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo, nosso Senhor.

    T: Amém!A: Demo-nos as mãos e rezemos o Pai Nosso.T: Pai Nosso...A: O Senhor nos abençoe, nos proteja e nos guarde em seus cami-

    nhos até a Pascoa da Ressurreição!T: AmémA: Abençoe-nos Deus de bondade e misericórdia, o Pai, o Filho e o

    Espírito Santo. Amém.

  • 22

    Canto: Bendito poço1. Bendito poço na beira da estrada, que aproxima quem está

    cansado e quem busca água. Bendita hora do meio dia, hora na vida daquela mulher da Samaria. Bendito moço, que pede água, embora tente um jeito de desconversar. /: Passo a passo, momento a momento, a oferta da água que jorra de dentro e se faz fonte a transbordar.:/ Quando se desce às águas profundas do coração, falham sistemas, rompem-se esquemas, discriminação. E acontece a beleza suprema da comunhão. /: Fonte de vida eterna, alegria da Salvação.:/

    2. Bendito balde, ficou na saudade, pois a mulher agora encontrou a sua verdade. Bendito mestre: Ternura e perdão. Cria, renova e devolve a alegria ao coração. Bendito anúncio: Venham prá ver, disse-me tudo o que eu fiz com tanto amor. /: Foram e viram e acreditaram. Fica conosco: ficou. Confirmaram: Ele é mesmo o Salvador.:/ Quando se desce às águas pro-fundas do coração, falham sistemas, rompem-se esquemas, discriminação. E acontece a beleza suprema da comunhão. /: Fonte de vida eterna, alegria da Salvação.:/

    Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

    É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

  • 23

    3º Encontro

    O DOM DA VISÃO

    “Rabi, quem pecou para que nascesse cego, ele ou seus pais? Jesus respondeu:

    Nem ele, nem seus pais pecaram” (Jo 9,2-3).

    Símbolos: Bíblia, cruz com pano roxo, casinha, gra-vuras ou fotos de pessoas.

    Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

    Motivação e oração

    Animador(a): Que alegria mais uma vez, nesta Quaresma, podermos nos encontrar como Grupo Bíblico em Família, para refletir sobre a nossa vida e nossa missão cristã, à luz da Palavra de Deus, e assim nos prepararmos melhor para celebrar a Páscoa de Jesus. Que todos se sintam muito bem-vindos. Saudemos a Santíssima Trindade e invoquemos o Espírito Santo.

    Todos(as): Em nome do Pai...Canto: /: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de Amor. Vem a nós,

    traz à Igreja um novo vigor! :/A: O tempo quaresmal convida-nos a fixar confiantes nossos olhos em

    Cristo, que na cruz se faz solidário com os que sofrem, por situações em que a pessoa é ferida na sua dignidade. Diante do apelo da Campanha da Fraternidade, vamos expressar nosso pedido de perdão a Deus.

    Leitor(a) 1: Perdão, Senhor, por muitas vezes não termos compaixão e não sermos solidários com as dores e o sofrimento das pessoas vítimas do tráfico, da exploração sexual, do trabalho escravo, dos preconceitos raciais e do tráfico de órgãos.

    L 2: Perdão, Senhor, pela crueldade de muitas pessoas que, por causa da ganância, favorecem o tráfico de crianças e adolescentes, através de redes de imigração internacional e nacional.

    L 3: Perdão, Senhor, por muitas vezes sermos indiferentes, passivos e nos sentirmos incapazes diante das injustiças e de pessoas em situação de vulnerabilidade e opressão.

  • 24

    Canto: /: Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor, meu pecado vem lavar com teu amor. :/

    Canto: Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decidi para sempre seguir-te e não voltar atrás. Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma. É difícil agora viver sem lembrar-me de ti.

    /: Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor. Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti. :/

    Fato real

    Leitor(a): Clóvis era um rapaz de muitos sonhos. Queria muito en-contrar um meio de melhorar de vida. Porém, não conseguia estudar e queria uma solução rápida para sua situação. Certo dia foi abordado por uma pessoa que lhe ofereceu uma opor-tunidade de melhorar de vida, mas, para isso, seria necessário deixar sua família e sua cidade por um longo tempo. Aceitou a oferta e viajou, entusiasmado com as promessas que recebeu. Sabia que seria necessário trabalhar muito, mas que poderia voltar com recursos para si e também para ajudar sua família. Em outro país a vida não foi o que imaginou. As promessas não se cumpriram. E, sentindo-se enganado e muito sozinho, acabou deixando-se levar pela vida amargurada e sem sentido que foi obrigado a viver. Certo dia, ao olhar-se no espelho, não conseguiu reconhecer a imagem que via refletida. Não era mais o mesmo Clóvis de antes. O que fazer? Como poder resgatar a sua imagem de antes e a sua dignidade? O caminho mais difícil e certo seria abandonar tudo e procurar voltar. Mas como? Fi-nalmente um dia conseguiu libertar-se e, com muita dificuldade, voltou para o seu país e para sua família. Mas o encontro não foi como ele imaginou, estava tão mudado que custou muito para ser reconhecido pelos seus familiares.

    A: O que essa história diz para nós? O que de positivo podemos elencar? Conhecemos algum fato semelhante?

    (Para conversar)

  • 25

    A Palavra de Deus ilumina

    A: Somos convidados a aprofundar nos-sa reflexão com a Palavra de Deus que iremos ouvir, que nos fala sobre a cura de um cego de nascença, que reconheceu Jesus como Senhor.

    Canto: Pela Palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar.

    Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho segundo João 9,1 a 41.

    (Um breve silêncio)

    A: Vamos reler o texto, comentando, identificando os personagens, percebendo a ação de Deus e dizendo a palavra ou frase que mais nos chamou atenção.

    (Reler e partilhar conforme se pede)

    A: Muitas vezes nós nos acomodamos e deixamos de ver o que realmente está acontecendo no mundo, ou até mesmo de refletir a respeito. a) Quando passamos pelas ruas, vemos realmente os mais ne-

    cessitados? Qual a nossa reação? O que fazemos?(Responder)

    A: Há um ditado popular que diz: “O pior cego é aquele que não quer ver”. Com base no texto do evangelho e no fato real que ouvimos, a quem esse ditado popular, hoje, mais se aplica? Por quê?

    (Momento de conversa)

    Canto: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor! Jesus Cristo é o Senhor. Glória a ti, Senhor!

    Aprofundando o tema à luz da Palavra de Deus

    A: No texto do evangelho, os discípulos de Jesus perguntam sobre a causa da cegueira do homem. Ainda estavam com a ideia de que doença era sinal de castigo de Deus pelo pecado.

  • 26

    L 1: Contra essa forma de pensar, Jesus afirma que ninguém pecou para que esse homem nascesse cego, pois nos pobres e excluídos a luz de Deus também se manifesta.

    T: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9,5).L 2: E o homem cego de nascença, depois que foi curado, reconheceu

    Jesus como sendo o Filho do Homem, o Messias:

    T: “Eu creio, Senhor! E ajoelhou-se diante de Jesus” (Jo 9,38).A: O texto nos ensina que aquele que era considerado como pecador

    e impuro, porque nascera cego, conseguiu ver realmente quem era Jesus. Mas aqueles que se consideravam puros, apegados à Lei e aos seus preconceitos, não conseguiram reconhecer Jesus como o Filho de Deus.

    L 3: Toda pessoa, independente da forma como é ou se apresenta, precisa ser reconhecida como imagem e semelhança de Deus.

    L 1: O homem cego, ao ser curado, teve sua dignidade reconhecida e sentiu-se incluído no meio de todos.

    T: “A dignidade da pessoa humana se fundamenta em sua cria-ção à imagem e semelhança de Deus. A imagem divina está presente em cada pessoa” (CIC 1700).

    L 2: O apelo da Campanha da Fraternidade quer abrir nossos olhos para percebermos que em nosso redor há tantos casos de víti-mas do tráfico humano, rostos de pessoas que sofrem com essa exploração.

    L 3: Quer também que, à luz da Palavra de Deus e da fé em Jesus Cristo, sejamos denunciadores do tráfico humano, promovendo ações de acolhida, prevenção e resgate da cidadania dessas pessoas em situação de risco.

    Canto: /: É para a liberdade que Cristo nos libertou, Jesus liberta-dor! É para a liberdade que Cristo nos libertou! :/

    Compromisso

    A: A partir do que ouvimos e refletimos hoje, que compromissos poderemos assumir? Sugestões:

  • 27

    a) Ir ao encontro de pessoas que estão afastadas da vida de comunidade.

    b) Apoiar as atividades que tragam para a comunidade maior cons-cientização sobre as questões de saúde, segurança, educação, e sobre a temática da Campanha da Fraternidade 2014.

    c) Reconhecer a própria cegueira e buscar no sacramento da Con-fissão a reconciliação com Deus e com os irmãos e irmãs.

    (Podemos também assumir outros compromissos mais necessários na comunidade)

    Oração e bênção

    A: Ao encerrarmos nosso encontro, rezemos pelas pessoas que não convivem mais com seus familiares, que, forçadas, perderam os laços afetivos com seus entes queridos, por aqueles que não podem voltar para suas casas e também por todos que estão afastados de Deus. Apresentemos também nossas intenções particulares. A cada intenção digamos:

    T: Ó Senhor, acolhe a nossa oração.

    (Momento para as preces espontâneas)

    A: No espírito quaresmal, queremos também rezar a oração da Campanha da Fraternidade.

    Lado A: Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compa-deceis dos oprimidos e escravizados. Fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus.

    T: Nós vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do tráfico huma-no. Convertei-nos pela força do vosso Espírito, e tomai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.

    Lado B: Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo nosso Senhor.

    T: Amém!A: Deus todo poderoso, por sua bondade infinita, nos abençoe e nos

    guarde, nos dê saúde e paz. T: Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

  • 28

    Canto: Hino da Campanha da Fraternidade /: É para a liberdade que Cristo nos libertou, Jesus liberta-dor! É para a liberdade que Cristo nos libertou! :/

    1. Deus não quer ver seus filhos sendo escravizados, à seme-lhança e à sua imagem os criou. Na cruz de Cristo foram todos resgatados. Pra liberdade é que Jesus nos libertou!

    2. Há tanta gente que, ao buscar nova alvorada, sai pela estrada a procurar libertação; mas como é triste ver, ao fim da cami-nhada, que foi levada a trabalhar na escravidão!

    3. E quantos chegam a perder a dignidade, sua cidade, a família, o seu valor. Falta justiça, falta mais fraternidade pra libertá-los para a vida e para o amor!

    4. Que abracemos a certeza da esperança, que já nos lança nessa marcha em comunhão. Pra novo céu e nova terra da aliança, de liberdade e vida plena para o irmão…

    Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

    É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

  • 29

    4º Encontro

    CAMINHO DE RESSURREIÇÃO

    “Senhor, aquele que tu amas está enfermo” (Jo 11,3b).

    Ambiente: Bíblia, crucifixo, vela, casinha, cartaz da Campanha da Fraternidade 2014, pano roxo, fotos de desaparecidos.

    Acolhida: Pela família que recebe o grupo para o encontro.

    Motivação e oração

    Animador(a): Irmãos e irmãs, hoje nos reunimos em nome do Senhor Jesus para partilhar a Palavra de Deus, a nossa vida e nossa fé e renovar nossa esperança. Nossa partilha e reflexão serão iluminadas pelo Evangelho da ressurreição de Lázaro. Jesus chama com voz forte:

    Todos(as): “Lázaro, vem para fora!” (Jo 11,43).

    A: A caminhada quaresmal nos convida à conversão a Cristo e aos irmãos e irmãs. Estamos nos aproximando da semana da Paixão. É tempo de fazermos uma séria e profunda reflexão de nossas atitudes e também sobre o apelo da Campanha da Fraternidade. Saudemos a Santíssima Trindade.

    T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.Leitor(a) 1: Queremos celebrar a Páscoa com o coração renovado, e

    para isso pediremos perdão a Deus no momento em que faremos nossa confissão individual e hoje também aqui no grupo.

    (Um breve silêncio. Em seguida rezemos:)

    T: Confesso a Deus todo poderoso, e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos, e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim, a Deus, nosso Senhor. Amém.

  • 30

    Canto: Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão!

    A: Rezemos parte do Salmo 10:

    Homens: Levantai-vos, Senhor! Estendei a mão! E não vos esqueçais dos pobres! Por que razão o ímpio despreza Deus e diz no seu coração: “Não haverá castigo”?

    Mulheres: Entretanto, vós vedes tudo: observais os que penam e so-frem, a fim de tomar a causa deles em vossas mãos. É a vós que se abandona o infortunado, sois vós o amparo do órfão.

    T: Senhor, ouvistes os desejos dos humildes, confortastes seu coração e os atendestes, pra que a justiça seja feita ao órfão e ao oprimido.

    Canto: /: O amor, o amor, o amor não há de acabar jamais, o amor, o amor: por ele Deus vai nos julgar.:/

    Fato real

    Leitor(a): Queridos. Procuro minha mãe e família biológica. Nasci entre março e maio de l987. Passei pelo Lar da Criança Menino Jesus, do Bairro Santana, em São Paulo. A mulher que consta como mãe biológica e me levou à França não é minha mãe. Ela trabalha no Lar da Criança Menino Jesus. A diretora da institui-ção foi testemunha no Registro Civil. Os dados do registro são declarações falsas. Não sei a data e local do meu nascimento. Se você perdeu uma criança ou entregou seu bebê para adoção nesse período, ou tiver quaisquer informações que possam ajudar, por favor entre em contato comigo, me ajude. Obrigado. (Charlote Cohen-Tenudji – Publicado em 2013, facebook)

    A: Tomamos conhecimento de mais um fato real causado pelo tráfico humano, realidade vivida por inúmeras pessoas, que sofrem a dor do desaparecimento ou perda definitiva de um membro de sua família.

    T: Nós vos pedimos, Senhor, pelos que sofrem o flagelo do tráfico humano!

  • 31

    A Palavra de Deus ilumina

    A: O tráfico humano é uma grave forma de restrição da liberdade e agressão à dignidade dos filhos e filhas de Deus. A Palavra de Deus ilumina a angústia vivida pela jovem que clama por ajuda e também a nossa realidade.

    Canto: /: Louvor e glória a ti, Senhor. Cristo, Palavra de Deus. Cristo, Palavra de Deus! :/

    Leitor(a): Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo escrito por João 11,1 a 45.

    (Um breve silêncio)

    A: Vamos reler o texto, atentos às situações, palavras e atitudes dos personagens da narrativa.

    (Reler o texto em silêncio)

    A: O que mais nos chamou a atenção no texto?

    (Responder)

    A: O que o texto diz para nós hoje?

    (Conversar)

    A: O que o texto nos leva a dizer a Deus em oração?

    (Fazer algumas preces de súplica, agradecimento ou louvor)

    Iluminando o tema à luz da Palavra

    A: O Evangelho narra a ressurreição de Lázaro. Marta e Maria cho-ram a perda do irmão. Movida pela fé, Marta, quando ouviu dizer que Jesus estava chegando, vai ao seu encontro e diz:

    T: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11,21).

  • 32

    L 2: Mesmo dizendo isso, Marta tem fé e insiste com Jesus, dizendo: “Tudo o que pedires a Deus ele te dará”. Jesus afirma a neces-sidade da fé em Deus e em seus desígnios e poder.

    T: Jesus diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá” (Jo 11,25).

    L 3: Diante do sofrimento da família e dos amigos de Lázaro, Jesus também se comoveu, chorou, e perguntou: “Onde o pusestes?” (Jo 11,34).

    T: Jesus foi até o túmulo e gritou bem forte: “Lázaro, vem para fora” (Jo 11,43).

    A: Considerando a atitude de Jesus diante da morte de Lázaro, so-mos convidados a ser solidários com quem perde um ente querido, ou perde a liberdade e a própria identidade de ser humano pelo tráfico de pessoas.

    L 1: Também nas realidades em que homens e mulheres são trafica-dos, mortos, torturados, marginalizados e marcados pelo sofri-mento, Jesus continua gritando:

    T: “Lázaro, vem para fora” (Jo 11,43).L 2: Na história vivida pela jovem Charlotte, ela clama por ajuda para

    reestruturar sua vida, encontrar sua verdadeira identidade, sua mãe biológica, e a história de seu nascimento.

    T: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).L 3: A reflexão de hoje nos conduz a uma tomada de consciência

    maior sobre o tráfico humano. Faz-nos ver algemas que cerceiam a liberdade das pessoas, “túmulos” de pais desesperados, sem esperança de rever seus filhos.

    L 1: Há ainda muitas barreiras, dificuldades e falta de interesse do poder público que impedem de romper as estruturas desse grande comércio do tráfico.

    A: Mas a fé em Jesus Cristo nos faz resistir à dor e ao sofrimento, nos dá força para lutar em favor das pessoas desaparecidas, na esperança do reencontro, e de lutar por justiça e por vida digna para todos.

    Canto: /: É para a liberdade que Cristo nos libertou, Jesus liberta-dor! É para a liberdade que Cristo nos libertou! :/

  • 33

    Compromissos

    A: A Palavra de Jesus fala com for-ça, para sairmos da indiferença, do comodismo, da omissão, para buscarmos a conversão do coração, e nos convoca a assumir compromissos em relação à denúncia e à soli-dariedade com as vítimas do flagelo do tráfico de pessoas. Lembremos também de rever os compromissos assumidos

    na celebração inicial e de fazermos uma boa confissão, para celebrarmos bem a Páscoa do Senhor.

    (O grupo conversa para ver que compromisso pode assumir)

    Oração

    A: Vivemos o tempo de conversão e libertação. Rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade, lembrando todas as pessoas desaparecidas e seus familiares, e tantas pessoas em situações de perda, sofrimento e dor.

    T: Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados. Fa-zei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus. Nós vos pedimos pelos que so-frem o flagelo do tráfico humano. Convertei-nos pela força do vosso Espírito, e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos. Com-prometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

  • 34

    Bênção

    A: Pedimos a bênção a Deus por todos os que trabalham para reen-contrar pessoas desaparecidas, pessoas que sofrem tais perdas e por todos nós, para que o nosso coração se sensibilize ante a dor de tantos irmãos e irmãs, e a dor de toda a humanidade.

    T: Que o Senhor nos abençoe e nos ilumine. Que o Senhor nos mostre sua face e nos dê sua paz! Ele que é Pai, Filho e Es-pírito Santo. Amém.

    Canto: /: É para a liberdade que Cristo nos libertou, Jesus liberta-dor! É para a liberdade que Cristo nos libertou! :/1. Deus não quer ver seus filhos sendo escravizados, à seme-

    lhança e à sua imagem os criou. Na cruz de Cristo foram todos resgatados, pra liberdade é que Jesus nos libertou!

    2. Há tanta gente que, ao buscar nova alvorada, sai pela estrada a procurar libertação; mas como é triste ver, ao fim da cami-nhada, que foi levada a trabalhar na escravidão!

    Atenção: O próximo encontro é a VIA-SACRA. É bom que nos preparemos bem para rezar a Via-Sacra, seja no

    próprio grupo, na igreja ou pelas ruas da comunidade.

    Este é um momento muito forte na nossa caminhada quaresmal: a Via-Sacra é uma expressão de fé

    no Cristo ressuscitado.

  • 35

    5º Encontro: VIA-SACRA

    LIBERDADE E DIGNIDADE PARA TODOS

    Ambiente: Cruz, vela, cartaz da Campanha da Fra-ternidade 2014.

    Animador(a): Irmãs e irmãos em Cristo Jesus. Estamos mais uma vez reunidos para re-zar. Neste momento de oração e piedade,

    vamos nos encontrar com Jesus no sofrimento da Via Dolorosa. Jesus é condenado à morte porque não foi compreendido o seu propósito que era de vida plena para todos, conforme foi dito no livro de Isaías:

    Todos(as): “Anunciar a Boa-Nova aos pobres, proclamar a liber-tação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos” (Lc 4,18).

    Leitor(a): A exemplo de Jesus, também a Campanha da Fraternidade deste ano propõe como lema:

    Todos: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).

    A: A liberdade nos foi doada na cruz de Cristo. Ele nos libertou e, por isso, concedeu-nos participar da plenitude de sua vida.

    T: Na morte, deu-nos a vida; no sofrimento, conquistou para nós a plena liberdade de filhos e filhas de Deus.

    A: Rezemos:

    T: Pai Nosso...

    A: Com fé, vamos seguir Jesus até a Cruz.

    T: Iniciemos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

    A: Jesus, manso e humilde de coração,

    T: Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

  • 36

    1ª Estação: JESUS É CONDENADO À MORTE

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: Jesus antevê sua condenação. Fica triste. No Horto das Oliveiras cai

    por terra e ora para que aquela hora, se fosse possível, passasse dele e rezava ao Pai (Mc 14,35):

    Todos: Abbá! Pai! Tudo é possível para ti. Afasta de mim este cálice! Mas seja feito não o que eu quero, porém o que tu queres (Mc 14,36).

    A: A Campanha da Fraternidade deste ano nos diz que o tráfico hu-mano é um crime que atenta contra a dignidade humana, já que explora o filho e a filha de Deus, limita sua liberdade, despreza sua honra, ameaça sua vida, “condenando-os, moralmente, à morte”.

    L: No rosto dessas vítimas do tráfico humano, a Igreja identifica traços do rosto de Jesus sofredor.

    L: O Filho de Deus, com sua encarnação, se uniu a cada pessoa humana em seu sofrer, tem compaixão e identifica-se com cada oprimido, explorado e humilhado, a exemplo dos vitimados pelo tráfico humano.

    Canto: 1. Por causa de um certo Reino, estradas eu caminhei, buscan-do sem ter sossego o Reino que eu vislumbrei. Brilhava a estrela d’alva, e eu, quase sem dormir, /: buscando este certo Reino, a lembrança dele a me perseguir. :/

    2ª Estação: JESUS TOMA A CRUZ

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: Jesus já foi condenado à morte. Resta-lhe, agora, pegar a Cruz

    que lhe entregaram. Toma-a nos ombros e começa sua caminhada até o Calvário.

    L: Diante dos “poderosos” e da multidão, Jesus foi maltratado e humilhado, porém não perdeu sua dignidade de Filho de Deus.

  • 37

    L: Na mesma situação de humilhação vemos hoje tantos irmãos e irmãs traficados, retirados de suas famílias e forçados a agirem contra a própria vontade.

    A: Rezemos:

    T: Ó Deus de amor, vosso Filho Jesus Cristo assumiu nossa condição humana e deu a sua vida na cruz. Dai-nos a graça de aprendermos este ensinamento da sua Paixão, para que, seguindo os seus passos no caminho da cruz, possamos ressuscitar com ele em sua glória. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!

    Canto: 1. Tu te abeiraste na praia, não buscaste nem sábios, nem ricos. Somente queres que eu te siga.

    /: Senhor, tu me olhaste nos olhos, a sorrir, pronunciaste meu nome. Lá na praia eu larguei o meu barco. Junto a ti buscarei outro mar. :/

    3ª Estação: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

    T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.

    A: Jesus continua no caminho da cruz. Sua força começa a diminuir. Agora, ele cai pela primeira vez.

    L: Certamente, com os joelhos no chão e inclinando-se em oração, intercede ao Pai, não só por si mesmo, mas por todos que o condenaram.

    L: Tantos irmãos e irmãs traficados só têm a oração como conforto. Rezam dia e noite, pedindo a libertação de seu sofrimento.

    T: Senhor Jesus, concedei a esses nossos irmãos e irmãs a gra-ça de tomar parte na vossa paixão por meio dos sofrimentos da vida!

    A: Deus quer que o ser humano se relacione com ele e participe da sua vida. Deus confere à pessoa humana uma grande dignidade, porque a coloca como o ponto mais alto da criação.

  • 38

    T: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher ele os criou. E Deus os abençoou” (Gn 1,27-28).

    Canto: 1. Vejam, eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu. Portas, eu cheguei para abri-las. Eu curei as feridas como nunca se viu.

    /: Por onde formos também nós, que brilhe a tua luz! Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida. Nosso caminho en-tão conduz, queremos ser assim! Que o pão da vida nos revigore em nosso sim. :/

    4ª Estação: JESUS SE ENCONTRA COM MARIA, SUA MÃE

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.Canto: Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus. Ima-

    culada, Maria do povo, Mãe dos aflitos que estão junto à cruz!A: Mãe e filho se encontram em meio à dor. Maria compartilha o

    sofrimento de Jesus. Não fala nada. Sua união com o filho era tão perfeita que não tinha necessidade de falar nada. O olhar materno já dizia tudo.

    L: Quantas mães e famílias em meio à dor esperam um abraço fraterno de um ente querido desaparecido. Ainda lhes resta a esperança de um dia encontrá-lo.

    A: Rezemos:T: Ave Maria...A: Jesus, quando menino, foi apresentado no templo, conforme a Lei

    judaica. O velho Simeão, homem justo e piedoso, tomando Jesus nos braços, louvou a Deus e, em meio à sua profecia, disse a Maria:

    T: ...“Eis que esse menino vai ser causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a você, Maria, uma espada há de atravessar-lhe a alma...” (Lc 2,34-35).

    A: Rezemos: T: Salve Rainha...

  • 39

    5ª Estação: JESUS RECEBE AJUDA DE UM CIRINEU

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

    T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.

    A: Quando Jesus passava na via da crucificação, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a ajudar Jesus a carregar a cruz (Mt 27,32).

    L: Mesmo forçado, esse homem certamente se compadeceu do sofrimento de Jesus. Com isso, compartilha com Jesus o peso da cruz.

    L: Podemos, também, envolvidos pelo sentimento cristão, comparti-lhar do sofrimento do nosso próximo, ajudando-o a carregar sua cruz pesada de cada dia...

    L: Ter paciência para escutar um amigo, uma pessoa que sofre; esquecer-se de si mesmo e ficar à disposição do outro.

    L: Ir ao encontro da família que perdeu um ente querido pelos mais variados tipos de violência, de injustiça, e escutar seu sofrimento.

    L: Procurar um irmão ou irmã que perdeu um ser querido pelos mais variados tipos de tráfico, e escutar sua lamentação...

    A: Rezemos:

    T: “Meu servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carre-gando sobre si suas culpas. Por isso, compartilharei com ele multidões, e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou seu corpo à morte, sendo contado como um malfeitor. Ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores” (Is 53,11-12).

    Canto: /: Eu confio em nosso Senhor, com fé, esperança e amor. :/

    1. A meu Deus fiel sempre serei, eu confio em nosso Senhor. Seus preceitos, oh, sim, cumprirei! Com fé, esperança e amor.

  • 40

    6ª Estação: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: Outro gesto muito humano e fraterno que jamais será esquecido:

    Verônica enxuga o rosto de Jesus, já desfigurado pela tortura, pela dor e sofrimento.

    L: Aquela mulher abre caminho no meio da multidão, para chegar a Jesus. Ela não se conteve. Não suportou ver o rosto tão desfi-gurado. Teve coragem diante do perigo da força brutal de quem comandava a situação.

    A: Não se constrói a paz com uma postura indiferente ou neutra diante da violência ou da injustiça, nem escondendo conflitos, divergên-cias, mas procurando uma maneira de resolvê-los. É preciso fazer alguma coisa, ter coragem. Assim fez Verônica.

    T: Senhor, precisamos ser solidários como Verônica, para “en-xugarmos” os rostos sofridos de tantos irmãos e irmãs que ainda não perderam a esperança de encontrar seus parentes desaparecidos por qualquer tipo de tráfico.

    Canto: /: Quem nos separará, quem vai nos separar do amor de Cristo, quem nos separará? Se ele é por nós, quem será, quem será contra nós? Quem nos separará do amor de Cristo, quem será? 1. Nem a angústia, nem a fome, nem a nudez ou tribulação, perigo

    ou espada, toda perseguição.

    7ª Estação: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: Vimos que Jesus cai pela segunda vez no caminho da cruz. Em

    cada passo que dá, mesmo com a ajuda do Cirineu, suas forças vão diminuindo.

    L: Jesus caiu pela segunda vez, porém não ficará prostrado no chão. Sabe que deve continuar de pé até a cruz.

  • 41

    A: Também nós, muitas vezes, estamos cansados com muitos traba-lhos. Colocam sobre nós uma carga excessiva de compromissos. Somos tomados pelo desânimo; parece que vamos cair. A tristeza e o desencanto querem nos tirar as forças.

    L: Muitas vezes, o poder do dinheiro nos oprime. As lojas do co-mércio dos grandes centros urbanos não fecham mais nos dias santificados, por isso, muitos irmãos e irmãs nem conseguem descansar no domingo, dia do Senhor. São forçados a trabalhar, sob pena de perder o emprego.

    T: “Este é o dia consagrado ao Senhor, nosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis. Pois este dia é santo para o nosso Se-nhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será vossa força” (Ne 8,9-10).

    Canto: 1. A ti, meu Deus, elevo meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.

    /: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar! E a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/

    8ª Estação: JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: Mulheres que estavam presentes na passagem de Jesus carre-

    gando a cruz se compadecem dele. Jesus aceita a compaixão delas, porém devolve-lhes a compaixão, dizendo:

    T: “Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês mesmas e por seus filhos!” (Lc 23,28).

    A: Mesmo no próprio sofrimento, precisando de compaixão, Jesus sabe que muitas mães sofrem pelos filhos, porque o caminho percorrido por eles não foi o que elas desejaram:

    L: É o caso dos extraviados e traficados pelo mundo afora, ou víti-mas das drogas e outros males, ou presos por cometerem algum crime.

  • 42

    A: Rezemos:T: Deus todo poderoso, vós que sois bom e fiel, por vossa

    misericórdia ajudai-nos a vencer o mal, praticando o bem. Que por vossa bondade vençamos a miséria, a injustiça e a violência. Isso vos pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!

    Canto: 1. Por melhor que seja alguém, chega um dia em que há de faltar. Só Deus vivo a Palavra mantém e jamais ele há de falhar.

    /: Quero cantar ao Senhor, sempre enquanto eu viver. Hei de provar seu amor, seu valor e seu poder. :/

    9ª Estação: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: Jesus quase não tem mais forças para caminhar, por isso, mais

    uma vez cai sob o peso da cruz.

    L: Esta é a última queda até a cruz. Lá na cruz, sentiu-se sozinho, abandonado e angustiado.

    T: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46).A: Deus não deseja nossa queda, ele deseja que caminhemos de

    cabeça erguida em busca de um ideal, isto é, a vida plena que Jesus veio nos oferecer.

    T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

    Canto: 1. Um dia escutei teu chamado, divino recado, batendo no coração. Deixei deste mundo as promessas e fui bem depressa no rumo de tua mão!

    /: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia, meu fim. No grito que vem do teu povo, te escuto de novo, chamando por mim. :/

    1. Embora tão fraco e pequeno, caminho sereno com a força que vem de ti. A cada momento que passa, revivo esta graça de ser teu sinal aqui.

  • 43

    10ª Estação: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

    T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.

    A: Antes de ser crucificado, tiraram-lhe a roupa, sem piedade, e a repartiram entre eles.

    L: Mesmo sem roupas, Jesus não perde sua dignidade. Ele é o próprio Filho de Deus.

    L: A Campanha da Fraternidade aponta para o crime do tráfico hu-mano, que atenta contra a dignidade humana, já que explora os filhos e filhas de Deus.

    A: Rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade 2014:

    A: Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compade-ceis dos oprimidos e escravizados. Fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus.

    T: Nós vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do tráfico humano.

    A: Convertei-nos pela força do vosso Espírito, e tornai-nos sen-síveis às dores destes nossos irmãos. Comprometidos na su-peração deste mal, vivamos como filhos e filhas, na liberdade e na paz.

    T: Por Cristo, nosso Senhor. Amém!

    Canto: 1. Reveste-me, Senhor, com a tua graça, eu quero ao meu irmão servir melhor. Que o teu Espírito em mim se faça, que eu possa caminhar no teu amor.

    /: Reveste-me, Senhor, reveste-me, Senhor, reveste-me, Senhor com teu amor :/

    2. Que eu busque em minha vida a santidade, no exemplo de Jesus, a inspiração. Na fé e na esperança e caridade, fazendo acontecer libertação.

  • 44

    11ª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUZ

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: Jesus é pregado na cruz. Sobre sua cabeça está o motivo de sua

    condenação:

    T: “Jesus de Nazaré, o rei dos judeus”. A: “A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e

    sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos cri-mes; a punição a ele imposta era o preço de nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura” (Is 53,4-5).

    Canto: /: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar. E a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/1. A ti, meu Deus, que és bom e que tens amor ao pobre e ao

    sofredor, vou servir e esperar. Em ti, Senhor, humildes se ale-grarão, cantando a nova canção de esperança e de paz.

    12ª Estação: JESUS MORRE NA CRUZ

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.

    (Silêncio profundo)

    Canto: 1. O silêncio está cantando uma canção de amor e paz. O silêncio está rezando uma oração por seu irmão. Muita gente vive sem amor e tem solidão. Mas aqui nesta casa do Senhor /: Solidão não existe, não:/1. O silêncio está gritando, pedindo paz, gritando amor. O silêncio

    está falando: põe teu amor no teu Senhor. Muita gente vive sem amor e tem solidão. Mas aqui nesta casa do Senhor /: Solidão não existe, não:/

    A: O sol escondeu-se. Jesus gritou do alto da cruz:

  • 45

    T: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espirito”. Jesus baixa a cabeça e morre.

    (Continuemos num silêncio profundo)

    A: “Jesus tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualda-de com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!

    T: Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o nome que está acima de qualquer outro nome; para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho no céu, na terra e sob a terra; e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fl 2, 6-11).

    Canto: Um certo dia, ao tribunal alguém levou o jovem galileu. Nin-guém sabia qual foi o mal, o crime que ele fez, quais foram seus pecados. Seu jeito honesto de denunciar mexeu na posição de alguns privilegiados. E mataram a Jesus de Nazaré e no meio de ladrões puseram sua cruz, mas o mundo ainda tem medo de Jesus que tinha tanto amor.

    /: E seu nome era Jesus de Nazaré. Sua fama se espalhou e todos vinham ver o fenômeno do jovem pregador que tinha tanto amor. :/

    13ª Estação: JESUS É DESCIDO DA CRUZ

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

    T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.

    A: “José de Arimateia era discípulo de Jesus, mas às escondidas, porque tinha medo das autoridades dos judeus. Pediu a Pilatos para retirar o corpo de Jesus da cruz” (Jo 19,38).

    L: Juntamente com outros amigos de Jesus, pegou o corpo e o enrolou num lençol.

    L: Depois, Maria recebe o Filho morto em seus braços.

  • 46

    L: A dor de Maria, naquele momento, ao receber o Filho nos braços, é como a dor de tantas mães que veem seus filhos maltratados, as-sassinados brutalmente, explorados pelos mais sórdidos tráficos.

    A: Vamos ouvir o depoimento de uma mãe, cujo filho desapareceu há 30 anos, quando tinha 4 anos:

    T: “Queria ver meu filho morto e sepultado, mas não queria sentir a dor pelo desaparecimento do meu filho” (depoimento de uma mãe)

    Canto: 1. Virgem dolorosa, que aflita chorais, /: repleta de angústias, bendita sejais :/ 2. Bendita sejais, Senhora das Dores. /: Ouvi nossos rogos,

    mãe dos pecadores :/3. De Simeão as vozes no templo escutais: /: Cruéis profecias,

    bendita sejais :/ 4. Que dor indizível quando o encontrais /: com a cruz às costas,

    bendita sejais :/ 5. A dor ainda cresce quando contemplais /: Jesus expirando,

    bendita sejais :/

    14ª Estação: JESUS É SEPULTADO

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: “Havia um homem bom e justo, chamado José, membro do siné-

    drio, o qual não tinha aprovado a decisão, nem a ação dos outros membros...

    L: Ele era de Arimateia, uma cidade da Judeia, e esperava a vinda do Reino de Deus...

    L: José foi ter com Pilatos e pediu o corpo de Jesus...A: Desceu o corpo da cruz, enrolou-o num lençol e colocou-o num tú-

    mulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado. Era dia de preparação, e o sábado estava para começar...

    L: As mulheres que com Jesus vieram da Galileia acompanharam José e observaram o túmulo e o modo como o corpo ali era co-locado” (Lc 23,50-55).

  • 47

    L: No túmulo está o corpo santo de Jesus. Ainda tudo é morte, mas por pouco tempo.

    A: Ainda que no mundo tenhamos sofrimento e morte, lembremo-nos do que Jesus disse:

    T: “Em mim, tenhais paz. No mundo tereis aflição. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33).

    Canto: 1. Ele assumiu nossas dores, veio viver entre nós, santificou nossas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu Reino e te chamava de Pai, e revelou tua imagem e deu-nos coragem de sermos irmãos.

    /: Ousamos chamar-te de Pai, ousamos chamar-te Senhor. Jesus nos mostrou que tu sentes e ficas presente onde mora o amor. Pai nosso que estás no céu, Pai nosso que estás aqui. :/

    2. Ele mostrou o caminho, veio mostrar quem tu és. Disse com graça e com jeito que os nossos defeitos tu vais perdoar. Disse que a vida que deste queres com juros ganhar, cuidas de cada cabelo que vamos perdendo sem mesmo notar.

    15ªEstação: JESUS RESSUSCITA PARA A VIDA

    A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!T: Porque pela vossa morte e ressurreição salvastes o mundo.A: O túmulo está vazio. Tudo, agora, em Cristo Jesus é vida nova.

    A vida venceu a morte:

    T: Aleluia, aleluia, aleluia!Canto: /: Eu creio no mundo novo, pois Cristo ressuscitou, eu vejo

    sua luz no povo, por isso alegre eu vou. :/1. Em toda pequena oferta, na força da união, no pobre que se

    liberta, eu vejo ressurreição.

    2. Em todos que estão unidos, com outros partindo o pão, nos fracos fortalecidos, eu vejo ressurreição.

    3. Na fé dos que estão sofrendo, no riso do meu irmão, na hora em que está morrendo, eu vejo ressurreição.

  • 48

    A: Estamos encerrando este momento de oração e piedade que fizemos com Jesus na Via-Sacra. Agradeçamos ao Senhor da Vida, rezando:

    T: Creio em Deus Pai...A: Peçamos também a Maria santíssima muita paz para as nossas

    famílias e nossa comunidade, rezando:

    T: Salve Rainha...A: Vamos rezar o Salmo 66/67, pedindo ao Senhor sua bênção e

    sua graça:

    T: Que Deus nos dê sua graça e sua bênção e sua face resplan-deça sobre nós!

    A: Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos.

    T: Que todas as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!

    A: Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justi-ça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações.

    T: A terra produziu sua colheita, o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra.

    A: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!T: Como era no princípio, agora e sempre. Amém!A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo...T: Para sempre seja louvado!

    Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

    É necessário levar a Bíblia em todos os encontros.

  • 49

    6º Encontro

    PÁSCOA – SURGE UM NOVO DIA!

    “Maria Madalena viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo” (Jo 20,1).

    Ambiente: Bíblia, vela acesa, flores e outros símbolos que indicam fraternidade, alegria, paz...

    Acolhida: Feita pela família que recebe o grupo.

    Motivação e oração

    Animador(a): Irmãos e irmãs! Estamos em tempo de Páscoa, a festa da vida em plenitude. Com alegria, saudemos uns aos outros, manifestando os votos de Feliz Páscoa. Vamos iniciar o nosso encontro partilhando o que para cada um de nós significa a Pás-coa para a nossa vida.

    (Tempo para conversar)

    A: Jesus ressuscitou verdadeiramente. Deus nos tirou do pecado e da morte. Com o coração cheio de gratidão, saudemos a Deus Trindade, cantando:

    Canto: Em nome do Pai...

    A: Pela ressurreição de Jesus, Deus nos concede a vida em pleni-tude. A ressurreição de Jesus é a mais bela notícia que o mundo pode receber. A morte foi vencida para sempre! Rezemos em dois lados este hino pascal:

    Lado A: Vós que testemunhastes a alegria / de ver Cristo Jesus res-suscitado. Anunciai que já nasceu o dia / em que o homem é salvo do pecado.

    Lado B: Levai a grande festa ao mundo inteiro, / proclamai às nações a Boa-Nova. Em Cristo, Deus e homem verdadeiro, / a velha hu-manidade se renova.

  • 50

    Lado A: Chegam, enfim, os tempos gloriosos / exultam sobre a terra os altos montes. Brilham no céu os astros jubilosos, / cantam as águas nas alegres fontes.

    Lado B: Cristo ressuscitou, venceu a morte, / o seu corpo se envolve em luz divina. Eis o sol da esperança, eis o Deus forte / que nos liberta e que nos ilumina.

    Todos(as): A nova criação hoje começa / jamais triunfará o vil pe-cado. O Senhor nos cumpriu sua promessa / no sangue do Cordeiro imaculado.

    Canto: /: Vinde e vede, vinde! Ele está no meio de nós. Ele está no meio de nós. :/

    Fato real

    A: Jesus liga a fé na ressurreição à sua própria pessoa: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). Neste encontro vamos relatar um crime bárbaro, onde a vida é banalizada por poucos reais.

    Nos anos 80, o Hospital Maternidade PAMEC, de Salvador, Bahia, foi acusado de tráfico de crianças e também da morte de bebês recém-nascidos, sendo inclusive encontrados fetos enterrados no terreno da clínica, no Bairro Caixa D’Água.

    As investigações começaram graças às denúncias de muitas mães que afirmam que seus bebês nasciam perfeitos, mas logo em seguida eram dados como mortos, não sendo mais vistos os seus corpos, que assim não podiam ser levados pelas famílias. A muitos pais, em choque pela perda do bebê, eram aplicadas técnicas de convencimento afirmando que os órgãos seriam do-ados ou estudados em benefício de outras vidas.

    A reportagem cita a doméstica Terezinha Nascimento Freire dos Santos e o operário Balbino Carvalho Duque, que afirmam que seus filhos nasceram saudáveis e logo foram afastados das mães e dados como mortos, sendo que ninguém da família nunca viu os corpos. Uma das mães, com o coração dolorido, disse: Prefiro ver meu filho morto e enterrá-lo a não ter o direito de saber o que aconteceu com ele. Comparando: Em Santa Catarina, como sabemos pela série ORFÃOS DO BRASIL, do Diário Catarinense, também houve, nos anos 80 e 90, esse grave problema de tráfico humano, mas aqui os bebês eram vendidos em adoção, enquanto em Salvador eles eram dados como mortos e depois vendidos.

  • 51

    A: Sabemos que muitas pessoas que desaparecem têm como fim a morte, outras são aprisionadas e vivem reféns dos mafiosos; aos seus familiares muitas vezes não resta outro conforto a não ser a certeza de que Deus os consola em seus sofrimentos, os ampara, e lhes dá força para sobreviverem.

    Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou. Eu vejo a luz do povo, por isso alegre sou :/

    A Palavra de Deus ilumina

    A: A ressurreição de Jesus não foi uma história inventada. Muitas pessoas viram Jesus ressuscitado. A primeira pessoa que testemunhou a ressur-reição de Jesus foi Maria Madalena. Aclamemos a Palavra de Deus, cantando.

    Canto: Que alegria, Cristo ressurgiu. No Evangelho ele vai falar, entoe-mos nosso canto de louvor e gratidão sua Palavra vamos aclamar. /: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! :/

    Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,1 a 9.

    (Um breve silêncio para deixar que a Palavra de Deus entre em nosso coração. Vamos reler o texto)

    A: Refletindo um pouco mais sobre o texto:1. Quais os personagens que aparecem no texto? 2. Como se comporta cada um deles?3. Quem deles “viu e acreditou”? 4. Que outros pontos chamaram a atenção nesta Palavra de

    Deus?(Responder)

    A: Que relação tem o texto bíblico com a Campanha da Fraternidade e o relato do fato real?

    (Para conversar)

  • 52

    Aprofundando a Palavra de Deus

    A: João escreve o seu Evangelho pelo final do primeiro século, entre os anos 90 e 100 de nossa era, mas 70 anos depois da morte de Jesus. Lembra o que aconteceu com Maria Madalena, com Pedro e o discípulo que Jesus amava.

    L 1: Maria Madalena, ao ver o túmulo vazio, correu ao encontro de Pedro e João. O túmulo vazio mostra que Jesus não ficou prisio-neiro da morte.

    T: “Tiraram do túmulo o Senhor e não sabemos onde o colocaram” (Jo 20,2).

    L 2: Certamente, em seu coração, Maria Madalena sabia que Jesus estava vivo. Quem tem esta certeza corre ao encontro dos outros para levar a Boa-Notícia da Ressurreição.

    L 3: João corre mais depressa para ver, compreende o porquê do túmulo vazio, acolhe a notícia da ressurreição e acredita sem dificuldades. Pedro é mais vagaroso, fica cheio de dúvidas, mas também acredita.

    T: “O discípulo amado viu e acreditou” (Jo 20,8). L 1: A Boa-Notícia da ressurreição de Jesus é testemunhada com fé

    até os dias de hoje; ela traz vida nova para o mundo, um novo tempo para a humanidade.

    T: Deus nos liberta da morte e nos dá a vida em plenitude.L 2: Muitas vezes, o medo, os acontecimentos mundanos impedem o

    anúncio da ressurreição; mas Jesus vem nos libertar de todos os males, mostrando que o amor doado até a morte é sinal de vitória.

    T: Jesus nos liberta de todos os males que nos acorrentam e impedem de vivermos com dignidade.

    L 3: Jesus liga a fé na ressurreição à sua própria pessoa: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,54).

    T: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25). L 1: O Catecismo nos lembra que a ressurreição dos mortos foi re-

    velada pouco a pouco por Deus ao seu povo (CIC,992). Deus nos liberta de tudo que impede uma vida de liberdade, de fraternidade e de paz.

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    T: “Nós cremos que Cristo ressuscitou e esperamos firmemente que, ao morrermos, ele também nos ressuscitará” (CIC 989).

    A: Em cada missa, ao celebrarmos a Páscoa como memória da morte e da ressurreição de Jesus, também lembraremos que Jesus ressuscitará nossos irmãos e irmãs que morreram vítimas do tráfico, das injustiças e da opressão.

    T: Um novo dia, mais vida e esperança, aqui trazemos com toda a confiança. Ao teu altar, Senhor, nós elevamos a vida que nos deste e os bens que esperamos.

    L 2: Nós esperamos a ressurreição no final de nossa vida. Mas já agora lutamos para que haja sinais de ressurreição:

    T: a libertação das pessoas traficadas, o respeito pela dignidade de todos, o cuidado com os pobres, os doentes, os desam-parados, a união das famílias, a celebração da fé.

    Canto: /: E quando amanhecer o dia eterno, a plena visão, ressur-giremos por crer nesta vida escondida no pão. :/ 1. Para lembrarmos a morte, a cruz do Senhor, nós repetimos,

    como ele fez: gestos, palavras, até que volte outra vez.

    Compromissos

    A: A ressurreição nos aponta para uma vida nova. Ressuscitar é ter a disposição sincera de fazer o bem e construir um mundo novo de paz e de fraternidade, começando na casa da gente:

    Todo dia é um novo dia para abandonar o erro, a mentira, a • falsidade, a corrupção, o egoísmo...

    Todo dia é um novo dia para amar o outro, respeitar, dialogar, • perdoar, pedir perdão, animar, confortar, visitar os doentes...

    Todo dia é um novo dia para ser discípulo missionário de • Jesus pelo testemunho de vida, pela oração em família, pela participação na comunidade.

    Oração e bênção

    A: Façamos um breve silêncio e lembremos todas as pessoas que sofrem com os flagelos do tráfi