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C om o Advento recomeçamos o Ano Litúrgico. Este tempo litúrgico é o período de preparação espiritual para o Natal, de preparação para a grande festa da vinda do Senhor. Deve ser um tempo de disponibilidade interior e de espe- rança, marcado pela recordação do nascimento de Jesus e pela expectativa da Sua vinda gloriosa no final dos tempos. O Advento “é, por excelência, o tempo da esperança. Cada ano, esta atitude fundamental do espírito desperta no coração dos cris- tãos que, enquanto se preparam para celebrar a grande festa do nascimento de Cristo Salvador, reavivam a expectativa da sua vinda gloriosa no fim dos tempos” (Bento XIV). Desperta! Desperta! Reveste-te de fortaleza, braço do Senhor. Sacode o pó e põe-te de pé, Jerusalém cativa! Desata as cadeias do teu pescoço, Sião prisioneira! Eis o que diz o Senhor: «Fostes vendidos por nada, sereis resgatados sem pagar». (Is 51,9; 52, 2-3) editorial B O L E T I M *07 dezembro 2008 . boletim trimestral . ano 2

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Page 1: Encontrado e Confrontado pela Palavra - arquidiocese-braga.pt · de anunciar o amor misericordioso de Deus, destinada a tantos outros de geração em geração. É aos catequistas

BOLETIM 1

Com o Advento recomeçamos o Ano Litúrgico. Este tempo litúrgico é o período de preparação espiritual para o Natal, de preparação para a grande festa da vinda

do Senhor.Deve ser um tempo de disponibilidade interior e de espe-rança, marcado pela recordação do nascimento de Jesus e pela expectativa da Sua vinda gloriosa no final dos tempos. O Advento “é, por excelência, o tempo da esperança. Cada ano, esta atitude fundamental do espírito desperta no coração dos cris-tãos que, enquanto se preparam para celebrar a grande festa do nascimento de Cristo Salvador, reavivam a expectativa da sua vinda gloriosa no fim dos tempos” (Bento XIV).

Desperta! Desperta!Reveste-te de fortaleza, braço do Senhor. Sacode o pó e põe-te de pé,Jerusalém cativa!Desata as cadeias do teu pescoço,Sião prisioneira!Eis o que diz o Senhor:«Fostes vendidos por nada,sereis resgatados sem pagar».(Is 51,9; 52, 2-3)

editorial

B O L E T I M *07dezembro 2008 . boletim trimestral . ano 2

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BOLETIM 2

Secção OPINIÃO

Catequista… Encontrado e Confrontado pela Palavra“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a

toda a criatura” (Mc 16, 15). Eis o encontro… eis as palavras onde a Palavra se encontra com o cate-quista! Este convite de Jesus é hoje também para ti, catequista! Esta é a Palavra que hoje te inquieta, a Palavra que, sussurrando, te grita, a Palavra que, em ano dedicado ao tema “Encontrados pela Palavra”, te encontra e te confronta, enviando-te a anunciar o amor de Cristo a todos os homens!

De facto, o catequista tem de ser o

primeiro a deixar-se encontrar pela Palavra; tem de ser o primeiro a viver esse ines-quecível e inquietante encontro, deixando-se tocar e transformar por ela. O catequista tem que abrir o seu coração à Palavra para que seja o primeiro a dizer: “Vós me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir!” (Jer 20, 7).Tomar conta da Palavra é tarefa também do catequista, pois como ministro da mesma deve guardá-la como algo de precioso e único, para que depois essa mesma Palavra tome conta de todos, isto é, germine no coração de todos aqueles a quem é anunciada, produzindo frutos de caridade e esperança. O catequista tem de amar profunda e incondicionalmente a Palavra, para que a mesma esteja reflectida em cada uma das suas palavras e em cada um dos seus gestos! A Palavra é para o catequista o ponto para onde

converge o seu caminho, é o centro da sua vida, o centro dos seus encontros de catequese, na medida em que Cristo, Palavra de Deus incarnada, tem lugar central na vida da Igreja e em toda a sua missão evangelizadora.Na vocação a que é chamado, o catequista mais do que um encontrado pela Palavra, é confrontado com a mesma, pois é na Palavra e pela Palavra que a missão que lhe é confiada tem sentido, encontra a luz e ganha vida!Pela sua extraordinária actualidade e universalida-de, a Sagrada Escritura está recheada de interpela-ções dirigidas hoje aos catequistas, profetas e após-

tolos do “agora”, aqueles que têm em mão a tarefa de anunciar o amor misericordioso de Deus,

destinada a tantos outros de geração em geração.

É aos catequistas que hoje Cristo envia, dizendo: “Ide, pois ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, ensinan-do-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado” (Mt 28, 19-20). O catequista é, assim, chamado a anunciar a Cristo, dando testemunho do dom da fé recebida, amparando o crescimento e o amadure-cimento da fé daqueles que lhe são confiados, para que cada um possa, tal como Pedro, um dia pro-fessar a fé e o amor em Jesus Cristo, dizendo com convicção e alegria, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo” (Mt 16,16), de forma a que essa profissão de fé

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BOLETIM 3

Catequista… Encontrado e Confrontado pela Palavra

transforme e inunde toda a sua vida, levando-os a viver na plenitude do inexcedível amor do Pai, em intimidade e comunhão com o Filho, Jesus Cristo. O catequista é aquele a quem hoje Jesus diz: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20, 21). E estas são palavras que não deixam qualquer dúvida! Cada um de nós é hoje enviado a evangelizar, fazendo-o na humildade aprendida nas palavras de Jesus, sem esquecer que “a minha dou-trina não é minha, mas d’Aquele que me enviou” (Jo 7, 16)! Porém, se a dúvida persistir, se não souber-mos por onde seguir, o que fazer? Onde encontrar nova resposta? É simples…a resposta só pode estar no único lugar onde encontramos todas as respos-tas para o mais profundo sentido das nossas vidas: a Palavra de Deus, lida e meditada na comunidade!Na Palavra percebemos que só pode haver uma resposta: o nosso Sim! Quando ouvirmos a voz do Senhor que ternamente nos chama pelo nome só podemos dizer “falai Senhor, vosso servo escuta” (1 Sam 3, 10), respon-dendo fielmente ao seu convite, dizendo, cheios de fé e confiança: “Eis-me aqui, enviai-me” (Is 6, 8).E perante as dificuldades, nos momentos de desâni-mo, é também na Palavra que o catequista encontra novo alento, novas forças para recomeçar, luz para iluminar o caminho, entusiasmo para tentar de novo, pois é o próprio Cristo que nos repete cons-tantemente: “Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo” (Mt 28, 20).Quando não soubermos o que dizer, quando o medo parecer maior que nós e nos tolher a cora-gem de falar, é o Senhor que de novo nos fala: “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jer 1, 9).Não tenhamos receio, não hesitemos, não fra-quejemos no nosso comodismo, pois O mesmo que nos diz “ide vós também para a minha vinha”, prossegue garantindo-nos que dar-nos-á “o que for justo” (Mt 20, 4).Em ano também dedicado pela Igreja Universal a S. Paulo, que o catequista se deixe também encontrar

por ele, encontrando-se pela Palavra nas suas pala-vras… as palavras do apóstolo, do grande apóstolo, modelo para todos os cristãos, que confronta o ca-tequista com o seu incomparável e impressionante testemunho de conversão, de fé e de evangelização. Que, como ele, sintamos a profunda necessidade do anúncio da salvação aos outros! Que a nossa vida só se realize no pleno cumprimento da vontade de Deus, na realização da missão de apóstolos que também nos foi confiada, porque “para mim, o viver é Cristo” (Fil 1, 21a) e possamos todos dizer, mergulhados numa alegria desmedida que irradia todo o nosso ser: “Ai de mim se não evangelizar!” (1 Cor 9,16b).Por tudo isto, percebemos que o catequista se des-cobre, se molda, se define e redefine na Palavra e no encontro com a mesma. Para o catequista a Palavra é isso mesmo: encontro… o encontro que ele vive e o transforma e o encontro que ajuda outros a viver, pro-curando gerar novos discípulos de Cristo! Que a graça de Deus, tantas vezes evocada por S. Paulo, nos ajude a ser verdadeiros “pescadores de homens” (Mt 5, 19) le-vando ao coração dos outros o encontro sempre novo com a Palavra, o encontro sempre maravilhoso com Jesus, o encontro que nos leva a viver na “caridade, que é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14).Agora que se inicia o tempo de Advento, que o cate-quista se deixe encontrar e confrontar pela Palavra, e tenha como modelo e referência aquela que disse o maior Sim da história da salvação: Maria. Ela possi-bilitou o encontro entre a humanidade e a Palavra, o encontro entre a humanidade e Jesus Cristo, Verbo incarnado, Filho do Deus vivo! Hoje cabe-nos a nós dar continuidade a esse encontro, sempre novo e sempre belo, entre a Palavra de Deus e os homens! Fitemos com amor e ternura a Senhora do Sim, e como ela ousemos acolher confiadamente Aquele que na Palavra nos chama, dizendo: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lc 1, 38).

Vânia Pereira

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BOLETIM 4

Secção NOTÍCIAS

Vieira do Minho arranque com novo ano

Uma das prioridades do DAC é a Formação de Coordenadores de Catequese. Na última semana

de Outubro iniciou nos cinco CAFCA´S a Formação de Coordenadores Paroquiais que termina do dia 31 de Janeiro com uma actividade para todos os forman-dos no Centro Pastoral. Estas acções envolvem 132 catequistas de 76 paróquia e 7 Arciprestados, decor-rem das 20.45 h às 23h, em Barcelos à Quinta-Feira,

DAC Forma Coordenadoresem Braga e nas Taipas à Sexta-Feira, em Cabeceiras ao Sábado e em Famalicão à Quarta-feira.Em simultâneo, decorre um curso complementar à Formação de Formadores na área de formação de coordenadores que decorre à segunda-feira no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese, esta acção teve início em Setembro e terminará no final de Janeiro.

No seguimento do proposto na última reunião de Responsáveis/Coordenadores decorreu um

Encontro de Orientação, Planificação e Distribuição de material para o arranque do novo ano de Catequese, no dia 06 de Setembro (sábado), pelas 15h, na Igreja Paroquial de Vieira do Minho. Neste Encontro este-ve presente o Coordenador Arquidiocesano, P. Luís Miguel Rodrigues, com o intuito de em comunhão com os presentes partilhar e apresentar propostas de formação para Catequistas e Coordenadores, a ter lu-gar já nos próximos meses de Outubro e Novembro. A formação foi o principal tema de diálogo com o intuito de preparar uma equipa arciprestal de formadores, bem como a necessidade de formação contínua para Catequistas e Auxiliares de Catequese.A organização do ano catequético foi o outro tema em consideração, na coerência da forma de fazer Catequese, na partilha do material utilizado em diferentes paróquias, nas experiências vividas em contextos diferentes, bem como nas reuniões inter-paroquiais, ou seja, de Catequistas de diferentes paróquias sob responsabilidade do mesmo Pároco.É visível a unidade crescente do grupo de cateque-se, na presença de mais elementos, na abertura e partilha de novas ideias.

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BOLETIM 5

No passado dia 13 de Setembro, a Equipa Arci-prestal de Catequese de Vila Nova de Famalicão

participou no dia Arquidiocesano do Catequista, no Sameiro, tendo a seu cargo a animação de um ateliê chamado “ Catequese e Novas Tecnologias”.Neste ateliê abordou-se a forma como as novas tecnologias podem facilitar a comunicação com os catequizandos, ajudando à assimilação e interioriza-ção da mensagem. Referiu-se, também, a variedade de meios tecnológicos que podem ser usados ao serviço da catequese e quais os benefícios da utili-zação de novas tecnologias na catequese.Foram também apresentadas algumas linhas orientadoras, de como fazer uma boa apresentação em PowerPoint, sempre acompanhada de exemplos práticos, bem como em que situações este tipo de projecção pode ser útil.Para não descorarmos o facto de que mais impor-tante do que o meio de comunicação utilizado é a mensagem a transmitir, foi apresentada uma das muitas formas de substituir o PowerPoint por outros meios de comunicação construídos com ferramentas e materiais tradicionais como cola, tesoura, cartolina, impressões ou recortes, sem perder a eficácia da transmissão da mensagem. Assim demonstrou-se que todos os catequistas, com mais ou menos equipamen-tos ou conhecimentos informáticos, conseguem criar

Famalicão no Dia Arquidiocesano do Catequistaapresentações inovadoras substituindo conhecimen-tos informáticos por habilidade e imaginação. Seguindo uma trajectória diferente, isto é, partindo de um subsídio catequético em formato de papel para um subsídio em formato digital, foi apresentado um pequeno jogo informático, ainda em desenvolvimento final, cujo objectivo foi mostrar a potencialidade das tecnologias ao facilitarem a passagem de alguns con-teúdos apresentados num encontro catequético para a parte da vida que os catequizandos da infância mais privilegiam, os seus tempos de lazer. Para o efeito, utilizou-se um subsídio do encontro catequético número 20 do 6º ano que apresenta a Bíblia como uma biblioteca, a ser preenchida pelos catequizandos colocando os livros Sagrados nos respectivos lugares e apresentou-se em forma de um pequeno jogo informático com a mesma aparência e a mesma actividade, permitindo que o catequizando ao jogar, ocupe os seus tempos livres a interiorizar quais os nomes dos Livros Sagrados que compõem o Antigo e o Novo Testamento e porque ordem se apresentam na Bíblia.O ateliê teve muita adesão por parte de catequistas de diversas fachas etárias, que participaram num contexto de partilha de opiniões e ideias e mostra-ram o seu contentamento com os assuntos expos-tos e debatidos.

No dia 26 de Setembro, a Equipa Arciprestal de Catequese de Vila Nova de Famalicão, promoveu um encontro de coordenadores paroquiais, onde foi feita uma síntese do Plano Pastoral Arquidiocesano para o triénio 2008-2011.Foi também apresentado o Plano Pastoral de Depar-tamento Arquidiocesano da Catequese para 2008-2009 “Catequese um serviço à Palavra de Deus” com a exposição do seu Objectivo Geral “Redescobrir a Catequese como Serviço da Palavra”, e dos seus Ob-jectivos Específicos: “ Introduzir a prática da Lectio Divina nos diversos âmbitos formativos”; “Continuar a promover a realização da Reunião Mensal do Grupo de Catequistas, com conteúdos bíblicos.” e

Famalicão realizou Encontro de Coordenadores Paroquiais

“ Promover ofertas de formação de Catequistas Coordenadores”.No âmbito da apresentação do novo Projecto Arquidiocesano de formação para Catequistas, foi apresentada a criação dos Centros Arquidiocesanos de Formação de Catequistas (CAFCA’s), com especial destaque para o CAFCA- “ Faz-te ao Largo!” por ser o CAFCA cuja actividade, normalmente, irá cobrir a área geográfica das paróquias dos coordenadores presentes, dentro da filosofia de funcionamento em rede Arquidiocesana. Assim, para além dos contactos da ECA de Famalicão, foram apresentados os contactos do CAFCA- “Faz-te ao Largo!”, e todas as informações relativas às primeiras formações a serem promovidas por este CAFCA.No final para além da distribuição de documenta-ção relacionada com o registo e formação dos ca-tequistas, fez-se também a divulgação do Concurso Artístico: “ S. Paulo ao Serviço da Palavra”.

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BOLETIM 6

O CAFCA “ Faz-te ao Largo!”, localizado em Vila Nova de Famalicão, iniciou a sua primeira

formação no dia 16 de Setembro com um curso de Formação Complementar I. A actividade deste Centro está a decorrer, pro-visoriamente, no Centro Cívico de Vila Nova de Famalicão, até que as obras de remodelação das instalações, destinadas exclusivamente ao funcio-namento deste CAFCA, gentilmente cedidas pela paróquia de Santo Adrião, estejam concluídas. O funcionamento nas novas instalações está pre-

CAFCA - “ Faz-te ao Largo!” em funcionamentovisto para este mês de Novembro. A sua localização é entre o parque de estacionamento público, junto à Câmara Municipal e o Centro Cívico, ao Lado da Estátua de Santo Adrião.A 22 de Outubro já se encontravam a decorrer: 2 Cursos de Formação Complementar I, 1 Curso Acre-ditar e 1 Curso de Formação de Coordenadores.Estão a frequentar estes cursos, catequistas das paróquias de Antas, Calendário, Delães, Esmeriz, Fra-delos, Gavião, Mouquim, Palmeira, Pedome, Portela de Stª Maria, Ribeirão, Stº Adrião e Telhado.

Ao longo do ano de 2008, as catequistas do arci-prestado de Amares têm tido reuniões mensais,

com o objectivo principal de criar uma equipa unida e com ambiente de partilha e amizade. Mas, conscientes da importância da formação catequé-tica, as reuniões iniciam-se com a apresentação de um tema, o qual é depois debatido por toda a equipa. Estes encontros têm decorrido com elevada satisfação, pois os temas de reflexão apresentados

ajudam os catequistas, na sua missão evangelizadora. Esta equipa está a trabalhar no levantamento real do número de catequistas de todo o arciprestado e da formação que cada catequista possui, de modo a que o calendário de 2009 seja direccionado à formação catequética, a partir das necessidades diagnosticadas..A Equipa Arciprestal de Catequese de Amares realiza, na tarde do dia 25 de Abril de 2009, irá o I Encontro Arciprestal de Catequistas, em local ainda por designar.

Catequese em Amares

Cada uma a seu ritmo, as seis zonas de catequese do Arciprestado de Barcelos têm vindo a desen-

volver a sua acção de levantamento das necessi-dades, reuniões periódicas com os coordenadores paroquias e visitas às paróquias que o solicitam. É com base nesta acção que os seis coordenadores, juntamente com os restantes elementos da ECA, elaboraram o Plano 2008/2009 aprovado na reunião geral de Junho decoordenadores paroquiais e apre-sentam as necessidades de formação ao DAC. Neste momento algumas zonas já se estão a estru-turar para promover actividades, nomeadamente com adolescentes.Formação de Catequistas… em BarcelosEm Março de 2008, iniciou um curso Complementar em Barcelos, com a participação média de vinte e

Secção NOTÍCIAS

dois catequistas por módulo, que decorreram nas primeiras terças e quintas-feiras de cada mês. Esta acção decorreu no mês de Março, Abril, Maio e Junho. Em Junho também termino o módulo Pedagogia e Di-dáctica do Curso Geral, que contou com 21 participantes. Neste momento está a decorrer o módulo Psicossociolo-gia em dois grupos, com um total de 42 participantes.Está também a decorrer o estágio que se divide em dois grupos, Estágio na Infância e na Adolescência. Esta acção tem 34 participantes do Arciprestado de Barcelos e Esposende. No dia 27 de Outubro iniciou o Curso Acreditar em Galegos Santa Maria, às segundas e quintas-feiras até Dezembro, contando com vinte e quatro formandos. Este projecto chega-rá a todas zonas do Arciprestado.

Barcelos divide-se em Zonas

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BOLETIM 7

Secção CADErNO FOrMAçÃO

O ano litúrgico é a celebração de todo o mistério de Cristo, como diz o liturgista italiano Bergamini, «o

ano litúrgico não é uma ideia, mas uma pessoa, Jesus Cristo e o seu mistério realizado no tempo».O ano litúrgico não teve sempre a organização de hoje conhecemos. Inicialmente, a única festa cristã era a Páscoa, havendo registos de que esta festa, celebrada com uma solene vigília, se realizava já no século II. Ao mesmo tempo, os primeiros cristãos são conduzidos a estruturar o tempo à volta do domingo (Jo 20,1), o dia em que Cristo ressuscitou dos mortos. A vigília dará origem ao Tríduo Pascal e ao Tempo Pascal, só aparecendo posteriormente a Quaresma (antes) como tempo de preparação e o Pentecostes (depois).No século IV surge o ciclo natalício, e como prepa-ração para a celebração do Natal surge o advento (antes) e a Epifania (depois). Assim, tudo indica que no século V o ano litúrgico apresenta a configura-ção que hoje conhecemos.É interessante notar que o tempo litúrgico está marcado por um «antes» e um «depois». O «antes» é como uma experiencia que antecipa o que está para vir; o «depois» é como uma assimilação e um aprofundamento do que aconteceu.O ano litúrgico apresenta três grandes ciclos: o ciclo pascal, o ciclo natalício e o tempo comum. Destes três ciclos, o mais importante e que marca o ano litúrgico é o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressur-reição de Jesus.O ano litúrgico é o modo de tornar significativo o ciclo do ano, a partir da perspectiva cristã. A celebra-ção de Jesus Cristo permite-nos captar o sentido e a riqueza do seu mistério.

À Descoberta do Ano Litúrgico(in A Mensagem, N.º 390, pp. 29-33)

Viver o ano litúrgico exige uma compreensão correcta da unidade que este apresenta. Não podemos viver de um forma partida, sem nexo, pois a sua vivência como um todo permitirá aprofundar a fé e colocar-se em contacto com a Palavra de Deus. Para além disso, partindo do ano litúrgico, que poderemos fazer uma leitura cristã dos acontecimentos do mundo que nos rodeia e da nossa vida.Para fazer esta leitura cristã, poderemos ter em conta alguns aspectos:

a) As leituras da Palavra de Deus é preciso ler bem a vida, conhecer a realidade pessoal, familiar e comunitária e conhecer, também, a realidade vivida pelo Povo da Bíblia.

b) Celebração da eucaristia dominical tempo de viver na celebração o que acreditamos. A eucaristia dominical deve ocupar um lugar de relevo na nossa vida.

c) O tempo litúrgico é um tempo de ritos a vida do crente está marcada por rituais e pela acção de Deus na vida do homem, em especial através do sacramento do Baptis-mo, da Reconciliação e do Sacramento da Confirmação. Assim, o ano litúrgico está pautado pelos ritos através dos quais Deus se manifesta hoje: o Natal, onde Deus se fez homem, o Triduo Pascal, onde o seu filho nos ensina a amar através do sofrimento e a Páscoa, festa da passagem, onde celebramos Deus, que passa pela vida dos Homens.

d) O tempo litúrgico é um tempo pedagógi-co todas as celebrações cristãs são presença eficaz do mistério de Deus que nos ama.

Tempo de Advento

• O termo advento vem de adventus – vinda, chegada.• O Advento é o começo do Ano Litúrgico. Este começo não coincide com o ano escolar, civil ou comercial.

O Ano Litúrgico: Um Ano em Igreja

• Começa no domingo próximo de 30 de Novem-bro e termina a 24 de Dezembro.• O Evangelho do primeiro domingo anuncia-nos o chamamento definitivo do Senhor.• Os Evangelhos do segundo e terceiro domingos, que têm sempre como protagonista João Batista,

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BOLETIM 8

Secção CADErNO FOrMAçÃO

ressaltam o chamamento para a preparação do caminho do Senhor e a exigência de conversão que esta vinda comporta.• No quarto domingo, o Evangelho foca uma das três principais cenas de preparação do nascimento: a anunciação a José (ano A); a anunciação a Maria (ano B); a visitação de Maria a Isabel (ano C).• As leituras bíblicas são quase sempre profeta Isaías.• Isaías, João Batista e Maria de Nazarésão mo-delos de crentes que a igreja oferece aos fiéis, para preparar a vinda do Senhor.

Sentimentos e Atitudes no Advento

• Viver a esperança, na vida plena, fiel e gozosa que Deus nos oferece, isto é, a esperança no próprio Deus.• Preparar o caminho do Senhor, ou seja, entrar em comunhão com a maneira de viver de Jesus.•Despertar os seguimentos de alegria: trata-se de viver tudo com o mais profundo convencimento que, no final de tudo, se encontra o amor de Deus que não falha.• Aprofundar o espírito de oração, pois esta é uma grande expressão da esperança.• Aprender a ser pacientes, porque queremos ser mais fiéis ao Evangelho e, embora nos esforcemos, a conversão é lenta e gradual.

Tempo de Natal

• Natal vem de «dies natalis», «nativitas» - dia do nascimento.• O tempo de natalício começa na tarde / noite ou vigília de Natal, do dia 24 de Dezembro e prolonga-se até ao dia do Baptismo do Senhor, no domingo seguinte à festa da Epifania.• Temos algumas festas durante o tempo de Natal: Sagrada Família (domingo depois do dia 25), Santa Maria, Mãe de Deus (1 de Janeiro), Epifania (domingo entre 2 e 8 de Janeiro), Baptismo do Senhor (domingo depois da Epifania).

Tempo da Quaresma

• Vem do Latim «cuadragessima dies» - o dia qua-dragésimo antes da Páscoa.

• A quaresma é a preparação para a Páscoa. O seu conteúdo é Baptismal e Penitencial.• Está carregada de sentido bíblico e simbólico. Quarenta é um número ligado a grandes conheci-mentos: quarenta anos esteve o povo no deserto; Moisés jejuou quarenta dias e quarenta noites antes de se encontrar com Deus no monte Sinai; quarenta dias e quarenta noites jejuou Jesus antes de começar a sua vida pública.• Marcado por dois factos sacramentais: era o tempo em que os que queiram baptizar-se (catecúme-nos) culminavam a sua preparação para celebrar o Baptismo na Vigília Pascal; era o tempo em que os pecadores faziam penitência para serem reco-nhecidos em Quinta-Feira Santa e voltar assim à comunidade. Para todos os cristãos, é um tempo de privação e de oração.• A quaresma começa na 4ª feira de cinzas e vai até à Quinta-feira Santa ao meio-dia. Na tarde de quinta-feira, com a missa da Ceia do Senhor, somos introduzidos no Tríduo Pascal.

A quaresma é um todo, mas podem-se perceber partes de dentro da unidade:• Os dias da cinza (4ª feira de cinzas até sábado depois das cinzas)• O primeiro domingo da quaresma (tentações) e o segundo domingo da quaresma (transfiguração)• Os domingos do 3º e 5º centram-se nas cateque-ses baptismais (samaritana, cego, lázaro).• O 6º domingo (ou de ramos) inaugura e introduz a semana santa.

O texto evangélico de quarta-feira de cinzas (Mt 6, 1-6, 16-18) dá-nos três propostas para a conversão: a esmola: dar do que temos aos necessitados (dinhei-ro, tempo); a oração: viver com mais intensidade a relação com Deus; o jejum: privar-se de algo para manifestar que Deus é realmente o único valor.

Sentimentos e Atitudes na Quaresma

• Ser peregrino, pois peregrinar é um acto de fé que alimenta a motivação e desperta a busca interior.• Abrir-se ao inesperado de Deus e deixar que seja Deus a medir os nossos tempos e ritmos.• Aprender com Jesus a pormo-nos a caminho em direcção aos outros.

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BOLETIM 9

• Nascer de novo, para poder acolher a vida nova de novo Deus nos oferece por meio de Jesus Cristo.

A Semana Santa

• Na Quinta-feira Santa reunimo-nos para recordar a despedida de Jesus: o lavar os pés e a instituição da Eucaristia são os sinais do caminho que está pronto a empreender.• Na Sexta-feira Santa somos convidados a olhar para a cruz. As palavras do profeta Isaías, na primeira leitura, anunciam o relato da Paixão segundo S. João. Eis «Eis o homem» na sua fragilidade, abandonado por todos, símbolo de todos os condenados injustamente, os excluídos e os que sofrem. A celebração da Paixão do Senhor comporta quatro grandes ritos: a liturgia da palavra, a oração universal, adoração e a comu-nhão do corpo de Cristo.• O Sábado é dia do grande silêncio e da espera. É o dia dos cristãos meditarem na morte e na humilha-ção que Jesus sofreu.• Com a Vigília Pascal e o Domingo da Pascoa temos a celebração central dos cristãos. Na liturgia da noite celebramos a vitória da vida sobre as trevas e a morte. A Vigília Pascal é iluminada pela luz da ressurreição de Cristo e convida-nos a celebrar a nossa própria passagem da morte para a vida. Celebramos a vitória através das quatro grandes sequências da vigília pascal: a luz (lume novo), a pa-lavra (texto do Antigo e Novo Testamento), a água (bênção e aspersão), o pão e o vinho. No domingo somos convidados a contemplar o Ressuscitado.

Tempo de Páscoa

• Páscoa – vem do hebraico «pessah», que significa saltar, passar por cima. A vulgata traduziu o termo «pessah» por «transitus Domini» (passagem do Senhor).

Os cinquenta dias mais importantes do ano são os que vão desde a Vigília Pascal até ao Domingo de Pentecostes: Jesus ressuscitado é o objectivo do nosso olhar em cada um dos dias do tempo de Páscoa. É um período de cinquenta dias que se celebra como um único dia de festa, como «um grande domingo». É a solenização do domingo de Páscoa que se celebra por cinquenta dias.

Os domingos de Páscoa são oito:• O primeiro, Domingo de Pascoa, depois tem os domingos II, III, IV, V, VI de Páscoa. No sétimo domin-go celebra-se a festa da Ascensão: é o dia em que contemplamos Jesus, homem como nós, glorificado com Deus para sempre.• O oitavo domingo culmina com o Pentecostes, a celebração do Espírito que se derrama sobre os crentes.

Os Evangelhos dos domingos de Páscoa estão distribuídos da seguinte maneira:• Domingo I: lê-se a cena do sepulcro vazio.• Domingo II: a primeira aparição de Jesus aos apóstolos.• Domingo III: lê-se uma das aparições de Jesus ressuscitados, em cada ciclo uma diferente.• Domingo IV: lê-se, em cada ano, um relato do capítulo 10 do Evangelho de João. É o capítulo do Bom Pastor.• Domingo V e VI: lêem-se diversos fragmentos do discurso da «Ultima Ceia» do Evangelho de João.• Domingo VII: a Ascensão. Lemos o final de cada um dos Evangelhos sinópticos.• Domingo VIII: Pentecostes. Lemos como Jesus se torna presente entre os Apóstolos, para lhes dar o Espírito e enviá-los a anunciar.

Tempo Comum

O resto das semanas que não pertencem a nenhum dos tempos anteriores recebe o nome de «tempo comum».• É a meditação da palavra e dos gestos de Jesus que não narram acontecimentos celebrados nos tempos de natal e da Páscoa. Trata-se de manter e de fazer crescer a fá em Jesus.

O tempo comum está dividido em duas partes:• 1ª parte: constituída pelos domingos que vão des-de a festa do Baptismo do Senhor até à quarta-feira de cinzas.• 2ª parte: começa depois do Pentecostes e acaba com a solenidade de Cristo-Rei, que é último domingo antes do advento. Esta segunda parte começa com a festa da Santíssima Trindade.• Nos domingos de Tempo Comum lêem-se sobretudo passagens de um dos três evangelhos sinópticos.

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BOLETIM 10

Secção CADErNO FOrMAçÃO

• Vai-se lendo o evangelho que respeita àquele ano, de um modo continuado. Não todo inteiro e seguido.

Distribuição das Leituras das Celebrações

A cada ano, a Igreja propões diferentes leituras seguin-do os evangelhos sinópticos. Assim, temo o Ano A, centrado em Mateus, e o Ano B, centrado em Marcos, e o Ano C, centrado em Lucas, com inserções de João (que também está presente nos outros anos litúrgicos em ocasiões especiais). Este ano litúrgico que termina, por exemplo, foi o Ano Litúrgico A. Assim sendo, o Evangelho de Mateus foi proclamado na maioria das nossas celebrações litúrgicas.

As cores Litúrgicas

• Branco: é a cor da alegria, da vitória, da luz. Usa-se no Natal, na Epifania, na Páscoa, nas festas do Senhor, de Maria e dos Santos não mártires.• Roxo: convida à conversão, à seriedade, sobrieda-de, à alegria contida, à dor curada pela esperança. É a cor própria do advento e da quaresma e também se usa nas celebrações pelos defuntos.• Vermelho: cor do amor feito entrega, do sangue derramado, do fogo e da energia. Usa-se no Do-mingo de Ramos, na Sexta-feira Santa, no dia de Pentecostes e nas festas dos Apóstolos Mártires.• Verde: usa-se esta cor para assinalar o tempo comum, em que aparentemente não se passa nada. Tudo decorre sem pressas, com tranquilidade, com paz, como a vida comum.• Preto: é sinal de tristeza e luto. Hoje este em desu-so na liturgia.

• Rosa: a cor Rosa pode ser usada no 3º domingo do advento (Gaudete) – diz João Paulo II: «Um in-sistente convite à alegria caracteriza a liturgia deste terceiro domingo do Advento, chamado «Gaudete» é, precisamente, a primeira da antífona de entrada. «Alegrai-vos!» «Regozijai-vos!» Ao lado da vigi-lância, da oração e da caridade, o Advento convida-nos ao júbilo e à alegria, porque já está próximo o encontro com o Salvador.» - e no 4º domingo da Quaresma (Laetare) – domingo no qual a liturgia abranda o rigor deste tempo penitencial, permitin-do na missa o toque de instrumentos, as flores no altar e o uso de paramentos cor-de-rosa.• Azul: pode usar-se a solenidade da Imaculada Conceição.

Curiosidade Cálculo do Ano Litúrgico

O Ano Litúrgico passa por três círculos chamados de anos A, B, C.Cada ano tem uma sequência de leituras próprias, ou seja, leituras para o ano A, ano B e para o ano C. Para saber de que ciclo é um determinado ano, parte-se deste princípio: o ano que é múltiplo de 3 é do ciclo C.Para saber se um número é múltiplo de 3, basta somar todos os algarismos, e se o resultado for múltiplo de 3, o numero também o é.

Exemplo:• 1998 é 1+9+9+8 = 27 (é múltiplo de três) logo é ano C.• 1999 é 1+9+9+9 = 28 (27+1) = Ano A• 2000 é 2+0+0+0 = 2 = Ano B• 2001 é 2+0+0+1 = 3 = Ano C• 2007 é 2+0+0+7 = 9 (múltiplo de três) = Ano C

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BOLETIM 11

Secção PLANO DE LEITurA DIárIA DA BÍBLIAJA

NEI

RO

Dia 1.ª Leitura OK 2ª Leitura OK 3ª Leitura OK

1 16,1-17,32 24,10-12 15,1-10

2 18,1-21,28 24,13-14 15,11-32

3 22,1-24,34 24,15-16 16,1-15

4 25,1-27,30 24,17-18 16,16-31

5 28,1-29,28 24,19-20 17,1-19

6 30,1-32,24 24,21-22 17,20-37

7 33,1-35,24 24,23-26 18,1-14

8 36,1-37,31 24,27-29 18,15-43

9 38,1-39,35 24,30-34 19,1-27

10 40,1-42,8 25,1-3 19,28-48

11 42,9-43,33 25,4-5 20,1-19

12 44,1-45,26 25,6-7 20,20-47

13 46,1-47,25 25,8-10 21,1-19

14 48,1-50,29 25,11-14 21,20-38

15 51,1-30 25,15-17 22,1-38

16 ATOS 1,1-2,47 25,18-20 22,39-71

17 3,1-5,42 25,21-24 23,1-31

18 6,1-8,3 25,25-28 23,32-56

19 8,4-9,43 26,1-2 24,1-35

20 10,1-12,24 26,3-7 24,36-53

21 12,25-15,35 26,8-12 JOÃO 1,1-18

22 15,36-17,34 26,13-16 1,19-51

23 18,1-19,40 26,17-19 2,1-12

24 20,1-21,14 26,20-22 2,13-25

25 21,15-22,30 26,23-25 3,1-21

26 23,1-24,27 26,26-28 3,22-36

27 25,1-26,32 27,1-3 4,1-42

28 27,1-28,30 27,4-6 4,43-54

29 ROMANOS 1,1-5,21 27,7-9 5,1-30

30 6,1-8,39 27,10-12 5,31-47

31 9,1-11,36 27,13-14 6,1-24

FE

VE

RE

IRO

Dia 1.ª Leitura OK 2ª Leitura OK 3ª Leitura OK

1 12,1-16,27 27,15-16 6,25-59

2 1 CORÍNTIOS 1,1-4,21 27,17-19 6,60-71

3 5,1-11,1 27,20-22 7,1-13

4 11,2-16,24 27,23-27 7,14-36

5 2 CORÍNTIOS 1,1-7,1 28,1-3 7,37-52

6 7,2-13,13 28,4-6 7,53-8,11

7 GÁLATAS, 1-6 28,7-9 8,12-30

8 EFÉSIOS, 1-6 28,10-13 8,31-59

9 FILIPENSES, 1-4 e COLOSSENSES, 1-4 28,14-16 9,1-41

10 1TESSALONICENSES,1-5 28,17-19 10,1-21

11 2TESSALONICENSES,1-3 28,20-22 10,22-42

12 1 TIMÓTEO, 1-6 28,23-25 11,1-54

13 2 TIMÓTEO, 1-4 28,26-28 11,55-12,19

14 TITO, 1-3 e FILEMON 29,1-3 12,20-36

15 HEBREUS 1,1-2,18 29,4-6 12,37-50

16 3,1-5,10 29,7-9 13,1-17

17 5,11-7,28 29,10-12 13,18-38

18 8,1-10,39 29,13-15 14,1-31

19 11,1-13,25 29,16-18 15,1-8

20 TIAGO, 1-5 29,19-21 15,9-17

21 1 PEDRO 1,1-2,25 29,22-24 15,18-16,4a

22 3,1-5,14 29,25-26 16,4b-15

23 2 PEDRO, 1-3 30,1-6 16,16-33

24 1 JOÃO 1,1-3,2 30,7-9 17,1-26

25 3,3-5,21 30,10-14 18,1-27

26 2 JOÃO, 3 JOÃO e JUDAS 30,15-17 18,28-40

27 APOCALÍPSE 1,1-3,22 30,18-20 19,1-30

28 4,1-7,17 30,21-23 19,31-42

MA

O

Dia 1.ª Leitura OK 2ª Leitura OK 3ª Leitura OK

1 8,1-11,19 30,24-28 20,1-18

2 12,1-15,8 30,29-33 20,19-31

3 16,1-19,10 31,1-9 21,1-14

4 19,11-22,21 31,10-31 21,15-25

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BOLETIM 12

Secção rEuNIÃO DE CATEQuISTAS

Objectivos:- Saber que a evangelização tem a função de

anunciar o Evangelho e de chamar à conversão;- Reconhecer a catequese como um momento importante no processo evangelizador;-Verificar que é necessária uma boa coordenação da Catequese de Iniciação no projecto catequético da cada comunidade cristã;

Desenvolvimento :1. O que é evangelizarHoje mais do que nunca, numa sociedade envolta pela descrença e na qual Deus parece não ter lugar ou, se o tem, está muito aquém do merecido, surge a urgente necessidade de evangelizar. A missão da Igreja, hoje, continua a ser a mesma de Jesus, evangelizar todas as nações: para levar a Boa Nova a todas as parcelas da Humanidade... transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanida-de, ou seja, anunciar o Reino de Deus (cf. DGC 46). O “verbo” evangelizar aponta-nos inevitavelmente para o Evangelho enquanto anúncio de Jesus Cristo e da Sua mensagem universal de salvação. Este alegre anúncio comporta consigo o propósito da conversão por parte de quem o ouve, de modo que aceite a Boa Nova e assuma o Baptismo. Ao mesmo tempo, a evangelização, no seu segundo momento, “inicia na fé e na vida cristã, através da catequese e dos sacramentos de iniciação, aqueles que se con-vertem a Jesus Cristo, ou aqueles que reencontram o caminho do Seu seguimento, incorporando os primeiros na comunidade cristã e a ela reconduzin-do os outros” (DGC 48). É a etapa catecumenal.

2. As etapas do processo evangelizadorO processo evangelizador organiza-se em três etapas ou momentos essenciais que, não sendo compartimentos estanques, se repetem se neces-sário for, tendo em vista o crescimento espiritual da pessoa e da comunidade. A primeira etapa diz respeito à acção missioná-ria que é dirigida aos não crentes, no nosso caso, baptizados ou não; aos que nunca tiveram fé ou a perderam; aos afastados da fé cristã; aos que vivem e organizam a sua vida à margem da vida cristã. Esta etapa termina quando aqueles que por ela passam

O lugar da Catequese na Evangelizaçãodescobrem a salvação em Deus por Jesus Cristo e começam a orientar a sua vida e acções para Ele.A Acção Catequética é a segunda etapa deste processo e dirige-se àqueles que descobriram a Boa Nova através da acção missionária e optaram por Jesus Cristo. Este momento é de aprofundamento da fé e integração na vida da Comunidade Cristã: é o tempo da aprendizagem de toda a vida cristã.Por último, temos o momento dedicado à Acção Pas-toral, que integra já a actividade de todo o baptizado que participa na vida da comunidade e em favor da mesma de uma forma activa através de serviços con-cretos, aos que corresponde a vocação de cada um.Estas etapas procuram espelhar a missão eclesial que “recebe a missão de anunciar e instaurar o Reino de Cristo e de Deus em todos os povos e constitui o germe e o princípio deste Reino na terra” (LG 5).

3. O lugar da Catequese na evangelizaçãoComo foi exposto no ponto anterior, a catequese é uma das etapas do processo evangelizador. Não representa tudo na evangelização, mas ocupa um lugar importante. Se procurarmos encontrar uma definição para catequese podemos dizer que esta, mais que uma educação cristã, procura colocar o ca-tequizando não só em contacto, mas em comunhão e intimidade com Cristo (cf. CT 5). Para isso realiza uma formação orgânica e sistemática que pretende conduzir, com o auxílio do Espírito Santo, à plenitu-de da vida cristã. A catequese é a responsável pela iniciação na plenitude da vida cristã. Está estrei-tamente ligada com os sacramentos da Iniciação, especialmente com o Baptismo (cf. CT 18).A catequese e a evangelização em geral integram-se e complementam-se reciprocamente. É a catequese que sucede à acção missionária da Igreja, uma vez que, é graças a ela, que o primeiro anúncio é pouco a pouco aprofundado, desenvolvido e explicado e “orientado para a prática cristã, na igreja e no mundo” (CT 25). Para isso, pressupõe-se a fé inicial do catequizando que já fez a sua opção fundamental por Jesus Cristo. O que se verifica, no entanto, é que grande parte dos catequi-zandos que chegam hoje às nossas catequeses ainda não fizeram a sua adesão a Jesus Cristo, pelo que, nestes casos, a catequese tem que ajudar o despertar religioso dos catequizandos (cf. CT 19).

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BOLETIM 13

Assim como sucede na primeira etapa da evangeliza-ção, a catequese antecede e prepara a Acção Pastoral. Toda a actividade catequética tem em vista a inserção do catequizando na vida da Comunidade, fortale-cendo-o para um testemunho cristão fiel e firme. No conjunto da evangelização, a catequese constitui uma fase de ensino e de ajuda ao amadurecimento da fé cristã, que passa inevitavelmente pela comunhão com os outros que fizeram a mesma adesão a Jesus Cristo. A comunidade é responsável pelo acolhimento do catequizando, pois se tal não se verificar a catequese é estéril. Isto torna a família dos crentes responsável por promover a formação dos seus membros e pelo acolhimento dos mesmos, de forma que eles possam viver mais plenamente aquilo que descobriram e deram o seu assentimento, pela fé.A catequese pretende, não só preparar os novos membros para que a comunidade cristã tenha mais vida, mas também para que cresça e se revitalize. A catequese é uma acção basilar para a construção, tanto da personalidade do discípulo, como da co-munidade, sem ela a acção pastoral não teria raízes e seria superficial e confusa (cf. DGC 64). Podemos concluir que a Comunidade cristã não vive sem catequese, uma vez que é através dela que novos cristãos se formam (cf. DGC 221).

Sendo a catequese um momento essencial no proces-so evangelizador da Igreja, e ao serviço da iniciação cristã, uma vez que é à catequese que se atribui, cada vez mais, a responsabilidade de despertar a fé no cate-quizando, torna-se importante rever a nossa forma de fazer catequese. O Directório Geral de Catequese de 1997 propõe-nos, pois, algumas implicações práticas: - Uma catequese que seja, antes de mais, uma forma-ção orgânica e sistemática na fé, uma vez que esta proporciona uma aprendizagem de toda a vida cristã sem se reduzir ao ocasional ou ao ensino: “Trata-se de educar no conhecimento e na vida de fé” (DGC 67). Não basta transmitir conteúdos, explicar a fé e falar de Cristo. É indispensável que a catequese faça “ver Jesus” (NMI 16), actualizando o convite do Evangelho: “Vinde e vede” (Jo.1,39). O seu objectivo é, de facto, educar o catequizando no conhecimento e na vida da fé, de modo a que este se sinta tocado pela Palavra de Deus. Deste modo, a catequese ajuda o catequizando, en-quanto discípulo de Cristo, a assumir os seus compro-missos baptismais e a professar a fé “a partir de uma adesão global, por uma sincera conversão do coração” (CT 20). A catequese é, pois, uma formação centrada naquilo que constitui o núcleo da experiência cristã, “nas certezas mais profundas da fé e nos valores evan-gélicos mais fundamentais” (DGC 67); - Um itinerário de conversão de si mesmo ao Deus

vivo. Tendo a catequese a finalidade de promover a comunhão do catequizando com Jesus Cristo (DGC 30), esta deve, por isso, mostrar claramente a identida-de cristã em confronto com a cultura actual, caracteri-zando o perfil do discípulo de Cristo que segue um projecto diferente do mundo e se torna, pela sua edificante forma de viver, alma da sociedade; - Um itinerário com fases que correspondam a níveis de crescimento, celebradas com ritos próprios. É necessário que a passagem das fases corresponda à aquisição de capacidades e competências, à aprendi-zagem de gestos e à assimilação de conhecimentos. - Uma relação mais forte da catequese com a liturgia. De facto, a liturgia é a fonte e o cume de toda a vida cristã (cf. LG 11), onde os catequizandos experimentam o que ouvem na catequese e descobrem os sinais visíveis da presença e acção de Deus. Por isso, a catequese deve promover no catequizando um conhecimento dos signi-ficados litúrgicos e sacramentais, os sinais e a dimensão comunitária da celebração. A catequese deve, sobretudo, levar o catequizando a viver na celebração litúrgica e na oração o que aprende sobre a vida cristã.- Uma ligação mais forte da catequese à comunida-de cristã, sua origem, ambiente e meta. A comuni-dade cristã é chamada a acolher e a acompanhar o itinerário de crescimento na fé.- Uma catequese que não fique no conhecimento da fé e na celebração da liturgia mas eduque no amor a Deus e aos outros e conduza ao compromis-so de ser fermento do Reino de Deus no mundo.

Síntese:A catequese integra o processo evangelizador da Igreja, assumindo um carácter de transitoriedade, uma vez que é limitada no tempo. Isto porque, apesar de iniciar no Mis-tério de Jesus Cristo, ninguém está em iniciação indefini-damente. A catequese é também sistemática, segue um programa concentrando-se no essencial e visa a iniciação cristã, atingir a memória, a inteligência e o coração (cf. EN 44). Por último, a catequese é também uma prioridade na comunidade eclesial para os fiéis (cf. CT 15), para os Bispos (cf. CT 63) e sacerdotes (cf. CT 64). A realização fecunda de toda a missão da Igreja passa indispensavelmente por uma catequese séria e autêntica.

Dinâmica:Cântico: Queremos ser construtores.Trabalho de grupo:- O que se procura na Iniciação Cristã?- Descreve as três etapas da EvangelizaçãoPlenário.

Textos de referência: CT 5, 15, 18, 19, 25; CCE 1229-1231; DGC 46, 48, 63, 64, 221; EN 44; LG 5.

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BOLETIM 14

1) Ideias base/Imaginário:* Tema Arquidiocesano/Igreja Universal: “Encon-

trados pela Palavra” e S. Paulo;* Iniciativa da Palavra que vem até mim e me encon-tra, como encontrou S. Paulo;* Advento/Natal, tempo deste encontro com o Ver-bo/Palavra incarnado(a) (verbum em latim significa palavra);* Virar a página da Bíblia em frente ao altar como sinal de eu me querer abrir a um Deus que me quer falar; um Deus que Se abre em primeiro lugar a mim e Se vai revelando progressivamente até à revelação plena da Sua Palavra, incarnada em Jesus Cristo, nascido em Belém;* Uma Palavra que encontra todos, concretamente todas as famílias, e que precisa de ser celebrada na comunidade para poder chegar a todos os lares, casas, famílias (ligação ao triénio da família).

2) Cenário:* Tela grande a toda a largura, por cima do altar ou à entrada do presbitério, com a descrição do tema: “A Palavra encontra-te”;* Construção de uma Bíblia em ponto grande (sensivelmente 1,50m (largura) x 0,95m (altura) – Bíblia aberta) que será colocada de pé em frente ao altar. Esta Bíblia terá a uma espessura proporcional ao seu tamanho e cinco páginas, com a inscrição em cada uma delas de um versículo que resuma o sentido da liturgia desse domingo do Advento e do dia de Natal, uma vez que os domingos depois do Natal contarão com uma outra Bíblia, como adiante veremos. Nos cantos das cinco páginas terá umas pequenas aplicações de velcro, de modo a ajudar a prender essas páginas, à medida que vão sendo viradas;* Esta Bíblia será levada pelos leitores desse dia (1ª leitura, salmo e 2ª leitura) na procissão de entrada do 1º domingo do Advento, aberta numa primeira página com a inscrição “Palavra de Deus”. Esta Bíblia será colocada de pé em frente ao altar;

Secção CADErNO FOrMAçÃO

CAMINHADA ADVENTO-NATAL 2008-09 Tema: A Palavra encontra-te

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BOLETIM 15

CAMINHADA ADVENTO-NATAL 2008-09 Tema: A Palavra encontra-te

* Todos os domingos do Advento até ao dia de Natal, antes da 1ª leitura, o leitor sobe, dirige-se para esta Bíblia, vira a página para o versículo corres-pondente, fixando-a com a ajuda do velcro que se encontra no canto da folha, e só depois vai para o ambão para proclamar a 1ª leitura. Durante este gesto, pode cantar-se o refrão do hino do triénio pastoral da arquidiocese: “Jesus é a Palavra de Deus Pai” (Az. Oliveira);* As frases que estarão nas páginas abertas em cada domingo serão as seguintes:

1º Advento: “Vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa” - “Não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzi-nha; não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir” (Mc);- Convite a não estar adormecido, mas a “vigiar”, a fazer Advento;- É preciso saber encontrar a presença do Senhor nos acontecimentos e nos homens;- É preciso transformar o tempo presente em tem-po de actividade missionária, tal como S. Paulo: “Fiel é Deus por quem fostes chamados à comu-nhão” (1 Cr);- Fazer Advento é estar alerta, esperar activamente Jesus que vem a qualquer hora para se encontrar connosco;- E não nos quer encontrar a dormir, quer-nos prontos a virar uma página na nossa vida, quer que vigiemos e preparemos a Sua vinda para que haja verdadeiro encontro com Ele, a Palavra incarnada;- “Voltai, Senhor, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa herança. Oh, se rasgásseis os céus e descêsseis!” (Is).

2º Advento: “Preparai o caminho do Senhor” - “«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho. Uma voz clama no deser-to: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas

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BOLETIM 16

veredas’». Apareceu João Baptista no deserto a pro-clamar um baptismo de penitência para remissão dos pecados” (Mc);- Para preparar a vinda, o encontro com o Verbo, temos de escutar profetas como João Baptista, que nos convida a “preparar, a endireitar, a abrir novos caminhos” (Is), mergulhando nas águas do Jordão o que é preciso corrigir em nós (o que dificulta o nosso encontro com a Palavra);- Um meio de preparar o encontro com a Palavra, de virar uma página na nossa vida, é celebrar a re-conciliação. Reconciliados com Deus, deixamo-nos encontrar por Ele, pela Sua Palavra, que é caminho de conversão.

3º Advento: “ No meio de vós está Alguém que não conheceis”- “No meio de vós está Alguém que não conheceis:Aquele que vem depois de mim” (Jo);- A palavra de João conserva toda a sua actualidade: no meio de nós está Jesus Cristo, uma Palavra que nós não reconhecemos;- Viver o Advento passa por reconhecermos a Palavra que está no meio de nós e se quer encontrar connosco;- O segredo deste encontro passa por descobrir Cristo na minha vida e mostrá-Lo aos outros, como Aquele que nos dá a alegria verdadeira e nos permi-te ser sinal de optimismo e esperança no mundo de hoje (domingo da alegria);- “Vivei sempre alegres… que todo o vosso ser – espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tes);- “Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, que me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de justiça” (Is).

4º Advento: “O Anjo Gabriel foi enviado a um Virgem”- “O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem despo-sada com um homem chamado José. O nome da Virgem era Maria” (Lc);- Enviando o Anjo Gabriel, Deus fala a Maria e, a partir dela, quer falar-nos a todos, pela incarnação de Seu Filho, Jesus Cristo;- A Palavra de Deus encontra-se com Maria e nela com toda a humanidade;- Deus revela a Maria que se quer encontrar com os homens, nascendo no seu seio, como Verbo (Palavra) incarnado;

Secção CADErNO FOrMAçÃO

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BOLETIM 17

- Maria, aceitando ser Mãe do Salvador, encer-ra, desta forma, o longo período da expecta-tiva do encontro de Deus com a humanidade (Cf. Rm);- Pela sua fé, pelo seu “sim” generoso, Deus come-ça a habitar o Seu Povo; a Palavra encarnada no seio de Maria encontra-nos;- Maria, a Arca da Nova Aliança, inicia uma nova habitação que permite a Deus encontrar-Se com e no coração de cada homem;- Deus encontra-se plenamente connosco, desta forma, na Sua Palavra incarnada, Jesus Cristo, Deus feito Homem.

Natal: “O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós”- Leituras da Missa do Dia;- O Verbo, Jesus, é a Palavra pela qual Deus se expri-me, exprimindo todo o seu amor por nós;- Esta vinda da Palavra (Verbo) é a manifestação por excelência de que Deus é Amor;- “A Palavra encontra-te”, isto é, Deus encontra-te, conhece-te, ama-te;- “Encontra-te”, transforma-te e faz-te correr a anunciá-la sem reservas, tal como S. Paulo, respon-dendo a esse amor;- “Como são belos sobre os montes os pés do men-sageiro que anuncia a paz, que traz a boa nova, que proclama a salvação e diz a Sião: «O teu Deus é Rei». Eis o grito das tuas sentinelas que levantam a voz. Todas juntas soltam brados de alegria, porque vêem com os próprios olhos o Senhor que volta para Sião” (Is);- O tempo de Advento terminou. Agora é o tempo do encontro da Palavra com cada homem, com cada mulher;- Uma nova e definitiva página se virou para toda a humanidade;- Agora é tempo de viver a Palavra e da Palavra, a Pa-lavra incarnada, em cada lar, em cada casa, em cada família, a Palavra celebrada na comunidade.

* Com o Natal, no encontro com a Palavra incarna-da, tudo se transforma, até o próprio desenrolar da caminhada;* No dia de Natal, a Palavra passa a ser uma realida-de viva e presente no nosso meio, Ela encontrou-nos e quer encontrar cada família da comunidade;* Desta forma, trocar-se-á a Bíblia da caminhada por uma real, dentro de uma arca, que ficará em frente ao altar durante o tempo de Natal. Este processo

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poderá decorrer no contexto de uma encenação no dia de Natal num determinado momento da ce-lebração (a Palavra que nasce e nos encontra, apa-recendo de forma majestosa, por exemplo elevada num andor, inserido num contexto de simbologia alusiva e encenada) ou noutro, de modo que uma família possa levá-la no gesto do envio final e na procissão final para sua casa, para ser vivida na famí-lia, permanecendo lá durante toda a semana;* Esta acção poderá surgir num contexto de uma dinâmica iniciada e continuada durante este ano ou este triénio dedicado à Palavra;* Assim, por inscrições, as famílias a partir deste dia, e numa iniciativa paroquial intitulada “A Bíblia em nossa casa”, poderão ter a Bíblia da comunidade em suas casas durante uma semana e sempre com uma ligação à comunidade, passando no domingo a Bíblia para as mãos de outra família. Durante os domingos do tempo de Natal, fazendo parte da caminhada deste tempo, virá sempre ao domin-go na procissão de entrada, dentro de uma arca, transportada pela família que a acolheu em sua casa, será retirada da arca e exposta em frente ao altar, saindo depois com outra família na procissão final, novamente dentro da arca. Durante o tempo de Natal, o espaço em frente ao altar deverá estar ornamentado com dignidade para poder receber a Palavra de Deus. O leitor, no domingo da Sagrada Família e da Epifania, será convidado a proclamar a Palavra de Deus no ambão, mas a partir da Bíblia da comunidade, sinal de que o (tempo de) Natal reza a Palavra que ele próprio gerou e é a concretização e a vivência dessa mesma Palavra na comunidade e nas famílias, a mesma Palavra que nos encontrou e quer continuar a encontrar. No final do Evangelho, o sacerdote ou o diácono leva novamente a Bíblia para o seu lugar em frente ao altar;* Depois do tempo de Natal, esta dinâmica d’ “A Bíblia em nossa casa” poderá manter este elo de ligação e de comunhão com a comunidade de forma visível e material apenas num domingo por mês a determinar. Assim, uma vez por mês a família incorporar-se-á na procissão de entrada da celebra-ção, colocará a arca com a Bíblia junto à mesa da Palavra, num espaço preparado para o efeito, saindo depois a família seguinte na procissão final, com a mesma Bíblia;* A Bíblia deverá manifestar presença e a arca ex-pressará a Palavra que queremos guardar e trans-portar com todo o respeito, a veneração, a sacrali-

dade, no fundo, a arca que contém a nova aliança, Jesus Cristo;* Durante a semana, as famílias serão convidadas a construir um altar em casa para a Palavra, um espaço digno e belo para poderem rezar a Palavra no lar, com os restantes familiares, individualmente, com os vizinhos…* Poderão ser fornecidos materiais de ajuda às fa-mílias (Ex: citações bíblicas da liturgia do domingo; um subsídio/jornal “Comunidade” com propostas de Lectio Divina para as leituras de S. Paulo; um per-gaminho ou um caderno a acompanhar a Bíblia na arca onde as famílias possam transcrever por exem-plo as cartas de S. Paulo de forma continuada…);* No dia de Natal, no momento de se dar o Menino a beijar, a Bíblia exposta, sinal da Palavra que nasceu e se encontrou connosco, pode ser colocada debai-xo do Menino, mostrando que beijar o Menino é beijar a Palavra, que o Menino Jesus e a Palavra são o mesmo, tal como o Menino e a manjedoura são a descrição perfeita do nascimento, do encontro, da incarnação real de Jesus, Deus verdadeiro, entre os homens. Outras Bíblias e outras imagens do Menino Jesus poderão repetir o gesto;* As paróquias que tiverem por hábito oferecer alguma lembrança às famílias no final da eucaristia do dia de Natal poderão fazer uma peça em barro com esta figura: um Menino deitado numa Bíblia.

Sagrada Família: - A Palavra encontra cada família, nasce e ganha vida no seio de cada família: “Habite em vós com abundância a palavra de Cristo” (Col);- A Sagrada Família de Nazaré fala-nos de um Deus que não deixando de o ser, pela incarnação de Je-sus, pelo encontro de Deus com a humanidade, um Deus que Se fez carne, que se fez Palavra, insere-se, profundamente, na vida dos homens e das famílias, a ponto de seguir em tudo as leis naturais do cresci-mento, tanto no plano físico, como no da sabedoria e do conhecimento (Cf. Lc);- Ser família começa em casa, debaixo do mesmo tecto, espaço de crescimento; ser família é uma atitude que deve ser partilhada e assumida também na relação com as outras famílias;- Convite a “ampararmos a velhice do pai e a não o desgostar durante toda a sua vida” (Sir);- O amor na família é uma resposta ao amor de Deus que se encontrou com o homem;- Amar os pais é reconhecer e retribuir o amor com

Secção CADErNO FOrMAçÃO

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que Deus nos ama e que se expressou na incarna-ção do Verbo, daquela Palavra que nos foi comuni-cada em Jesus;- “Revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfei-ção” (Col);- No dia da Sagrada Família, no momento de se dar o Menino a beijar, a Bíblia exposta, sinal da Palavra que nasceu e se encontrou connosco, pode ser novamente colocada debaixo do Menino, mos-trando que beijar o Menino é beijar a Palavra, que o Menino Jesus e a Palavra são o mesmo, tal como o menino e a manjedoura são a descrição perfeita da nascimento, do encontro, da incarnação real de Jesus, Deus verdadeiro, entre os homens. Outras Bíblias e outras imagens do Menino Jesus poderão repetir o gesto.

Epifania:- A Palavra encontra-se com todos, sem excepção; “Os gentios recebem a mesma herança prometida” (Ef );- Sentir a alegria do encontro com a Palavra só se tornará verdadeiramente real quando sentirmos que a Luz da Palavra já encontrou e foi encontrada por todos;- Os Magos representam os “encontrados” pela Luz da Palavra, aqueles que sentindo e percebendo que a Estrela os encontrou, seguem-na, procuram aproximar-se dela, para depois poderem levar essa Luz, essa Palavra incarnada, a todos os que encon-trarem pelos caminhos;- À semelhança dos Magos muitos outros foram vivendo este encontro com a Palavra ao longo da história, tal como S. Paulo. Hoje, é a nossa vez de o vivermos e nos deixarmos transformar por esse encontro com a Palavra, que nos encontra e nos confronta com a necessidade de a anunciar a todos;

- A estrela do Natal que os Magos seguiram pára por cima do telhado de todas as famílias, ou seja, quer encontrar-se com todos;- No dia da Epifania, no momento de se dar o Meni-no a beijar, a Bíblia exposta, sinal da Palavra que nas-ceu e se encontrou connosco, pode ser novamente colocada debaixo do Menino, mostrando que beijar o Menino é beijar a Palavra, que o Menino Jesus e a Palavra são o mesmo, tal como o menino e a manjedoura são a descrição perfeita da nascimen-to, do encontro, da incarnação real de Jesus, Deus verdadeiro, entre os homens. Outras bíblias e outras imagens do Menino Jesus poderão repetir o gesto.

Caminhada da CatequeseSendo esta uma proposta de caminhada para a comunidade, a catequese também deverá encon-trar formas simples de a concretizar com as crian-ças e adolescentes da catequese. Desta forma, propõe-se que cada comunidade paroquial, crian-do equipas de trabalho com catequistas e por fases (1º - 4º; 5º - 6º; 7º - 10º), construa dinâmicas apropriadas para cada fase/idade, relativas aos domingos do Advento, Natal e Epifania. Propõe-se que este grupo de preparação crie uma dinâmica para a primeira catequese do tempo de Advento que explique o sentido do Advento às crianças e adolescentes e introduza a actividade do 1º domingo. Nos encontros seguintes, o catequista será convidado a propor a actividade, integrando-a no contexto do encontro da catequese. Para além das propostas concretas de cada actividade, este grupo de trabalho poderá dar orientações e propor, se se justificar, uma adaptação da sequên-cia dos temas dos catecismos daquela fase, de acordo com a liturgia e a actividade ou caminha-da a realizar própria deste tempo.

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JORNADAS

NACIONAIS

DE CATEQUISTAS

23 A 25DE JANEIRO DE 2009

A Palavra de Deus

na Catequese

6ª feira, 23 de Janeiro

17.00 – Abertura do Secretariado e recepção aos participantes21.15 – Abertura. Oração 21.45 – O papel das Escrituras na vida do cristão de hoje - D. Anacleto Oliveira

Sábado, 24 de Janeiro

9.30 – Oração10.00 – Uma leitura da Bíblia enquanto proposta de crescimento pessoal e de transformação social: duas problemáticas muito centrais na catequese da infância e da adolescência. 11.00 – Intervalo11.20 – 2ª parte da conferência12.00 – Debate15.00 – Conferências-debate: Perspectivas sobre uma pedagogia bíblica para a catequese.Catequese do 1º ao 3º volume Catequese do 4º ao 6º volume Catequese do 7º e 8º volumesCatequese do 9º e 10º volumes21.00 – Serão cultural

Domingo, 25 de Janeiro

9.00 – Oração 9.30 Mesa-redonda – Partilha com os conferencistas e um moderador, orientada para sugerir algumas conclusões e abrir pistas de reflexão local.10.30 – Intervalo

Mais informações e ficha de inscrição em www.diocese-braga.pt/catequese/

centro cultural e pastoral da arquidioceserua de S. Domingos, 94 B • 4710-435 Braga • tel. 253 203 180 • fax 253 203 190 [email protected] • www.diocese-braga.pt/catequese

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