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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA DE ENDODONTIA

O ESMALTE DENTRIO PROPRIEDADES FSICAS; PROPRIEDADES QUMICAS; ESTRUTURA; ALTERAES MORFOLGICAS E CONSIDERAES CLNICASMaia DP, Menezes HR, Moreira RS, Silva RA, Souza MBG. INTRODUO O esmalte, tambm chamando de tecido adamantino, recobre a dentina na sua poro coronria oferecendo proteo ao tecido conjuntivo sobrejacente, se integrado no isosistema dentino-pulpar. o tecido mais duro do organismo porque estruturalmente constitudo por milhes de prismas altamente mineralizados que se distribuem por toda sua espessura, desde a juno amelodentinria at a superfcie externa ou livre em contato com o meio bucal. Para Ferraris e Muos3 (2006), esmalte apresenta caractersticas histofisiolgicas que o distingue dos demais tecidos dentrios. O conhecimento de suas caractersticas estruturais qumicas e fsicas indispensvel para compreender o seu comportamento biolgico. OBJETIVO O objetivo deste trabalho e caracterizar atravs de uma reviso de literatura as propriedades qumicas, fsicas e estruturais do esmalte dental e suas possveis alteraes morfolgicas alm de discutir sobre permeabilidade e adeso dois tpicos de suma importncia para na pratica clinica do cirurgio dentista.Prismas de esmalte: micrografia eletrnica de varredura (MEV). Ampliao: 1100x e 10, 000x.(w ww.sciencephoto.com acesso em 15/10/09)

REVISO DE LITERATURAEstrutura A estrutura histolgica do esmalte esta constituda pela denominada unidade estrutural bsica- os prismas de esmalte- e pelas unidades estruturais secundrias eu se originam basicamente da anterior. (PIMENTEL7, 2005). As unidades estruturais bsicas so os prismas de esmalte. O conjunto de prismas do esmalte forma o esmalte prismtico que constitui a maior parte da matriz extra celular mineralizada. N a periferia da cora e na conexo amelodentinria existe o denominado esmalte aprismtico em que a substncia adamantina mineralizada no constitui nem configura prismas (FERRARIS e MUOS3, 2006). As estruturas secundrias se definem como aquelas estruturas ou variaes estruturais que se originam a prtir das unidades estruturais bsicas. Entre elas encontramos: as estrias de Retzius; bandas de Hunter-Schreger; as lamelas do esmalte; os tufos de esmalte e os fusos.(AVERY e STEELE4,2001).

Estrias de Retzius Esmalte bandas de HunterSchreger Dentina

(AVERY e STEELE4,2001).

(FERRARIS e MUOS3, 2006).

Permeabilidade e adesividade O esmalte apresenta uma srie de caractersticas que favorecem e facilitam a aplicao de adesivos: alto contedo inorgnico, homogeneidade estrutural, baixa umidade e, sobretudo, estabilidade. Dessa forma, mesmo condicionado, pode ser seco com jato de ar, o que proporciona a visualizao do efeito desse condicionamento cido e aumento da energia de superfcie, o que facilita a permeao dos componentes do sistema adesivo. (Rodrigues Filhoet al., 2003 apud MARTINS et al.16, 2007).(FERRARIS e MUOS3, 2006).

Propriedades fsicas: Dureza: O esmalte apresenta uma dureza que corresponde a cinco em uma escala de Mohs e equivale a apatita. A dureza adamantina decresce desde a superfcie livre at a juno amelodentinria, ou seja, decresce com a gradiente de mineralizao (FERRARIS e MUOS3, 2006). Elasticidade: muito escassa, Por isso um tecido frgil, com tendncia a macro e micro fraturas, quando no tem um apoio dentinrio elstico (AVERY e STEELE4,2001). Cor e transparncia: o esmalte translcido e a cor varia entre branco amarelado e branco acinzentado, porm esta cor no prpria do esmalte, sendo que depende das estruturas subjacentes, em especial da dentina (VILLARROEL et al.5 2005). Permeabilidade: extremamente escassa e vista mediante a marcadores radioativos, esmalte pode atuar como uma membrana semipermevel, permitindo a difuso de gua de alguns ons presentes no meio bucal (AVERY e STEELE4, 2001). Radiopacidade: muito alta no esmalte, j que a estrutura mais radiopaca do organismo humano por seu alto grau de mineralizao (FERRARIS e MUOS3, 2006).Hipoplasia Focal Hipoplasia do esmalte - tetraciclina

Composio qumica O esmalte constitudo quimicamente por uma matriz orgnica (1-2%), uma matriz inorgnica (95%) e gua (3-5%) (FERRARIS e MUOS3, 2006). O componente orgnico mais importante de natureza protica, e constitui um complexo sistema de multiagregados polipeptdicos que contituem distintas protenas com diferentes pesos moleculares e propriedades. Sendo elas: amelogeninas; enamelinas; ameloblastinas; tuftelinas e parvalblmina (JUNQUEIRA e CARNEIRO 1, 2004).. A matriz inorgnica constituda de sais minerais clcicos basicamente fosfato e carbonato. Estes sais, mostram uma organizao apattica correspondente a que acontece no osso, dentina e cemento de frmula geral: Ca10 (PO4)6 (OH)2 (hidroxiapatita). Existem tambm sais minerais de clcio como carbonatos e sulfatos, e oligoelementos como potssio, magnsio, ferro, flor, mangans, cobre, etc. (HOFFMANN RHS et al 6, 2007). A gua o terceiro componente da composio qumica do esmalte. Localiza-se na periferia do cristal constituindo a denominada camada de hidratao ou camada de gua adsorvida. Por baixo, mais no interior do cristal, se localiza a denominada camada de ons e compostos adsorvidos ((FERRARIS e MUOS3, 2006).

(FERRARIS e MUOS3, 2006).

Alteraes morfolgicas Para Neville et al. (2004), o esmalte possui trs estgios em sua formao, so eles, formao da matriz, fase de mineralizao e fase de maturao. Do estgio inicial para o estgio final ocorre uma mudana estrutural da superfcie do esmalte, onde o mesmo deixa de ser branco e mole para se tornar em um esmalte duro e translcido. Durante esse processo o esmalte esta sujeito a distrbios de desenvolvimento que se apresentam com alteraes morfolgicas e estruturais, podendo apresentar-se em ambas as denties, tendo carter sistmico, local ou hereditrio.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19.

Amelognese Imperfeita

(FERRARIS e MUOS3, 2006).

(CARVALHO et al.11 , 2002) Fluorose Hipoplasia do esmalte

(CARVALHO et al.11 , 2002) Projeo cervical Amelognese doImperfeita esmalte

(CARVALHO et al.11 , 2002) Prola de esmalte

CONCLUSO

(NEVILLE et al. 2 ,2004),

(NEVILLE et al. 2 ,2004),

(SIQUEIRA et al.14, 2007).

Junqueira LC, Carneiro J. Histologia bsica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004. Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004. Ferraris MEG, Muos AC. Histologia e embriologia bucodental. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. Avery JK, Steele PF. Fundamentos de histologia e embriologia bucal: uma abordagem clnica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. Villarroel M, Hirata R, Sousa AM. Avaliao comparativa da translucidez do esmalte dentrio e de resinas compostas para esmalte. R Dental Press Estt - v. 2, n. 3, p. 22-34, jul./ago./set. 2005 Hoffmann RHS et al. Prevalncia de defeitos de esmalte e crie dentria Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, 23(2):435-444, fev, 2007 Pimentel ML. Ultraestrutura e microdureza do esmalte dental humano submetido irradiao por acelerador linear. So Paulo; 2005. [Dissertao de Mestrado Universidade de T aubat]. Mcdonald R.E. Alteraes no Desenvolvimento dos Dentes e Maxilares. In: Odontopediatria. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977. cap.4, p.40-63. Shafer WG, Hine MK, Levy BM. Distrbios do Desenvolvimento das Estruturas Bucais e Parabucais. In: T ratado de Patologia Bucal. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1987. cap.1, p.02-79 Waes HJM, Stckli PW. Odontopediatria. Porto Alegre: Artmed, 2002. p.385. Carvalho K, Zardini F, Sipolatti K. O cuidado com os dentes comea na barriga da mame. Vitria, maio 2002. Disponvel em: http://www.escelsanet.com.br/ sitesaude/ artigos_cadastrados. Acesso em: 02 out. 2009. T ommasi AF. Diagnstico em patologia bucal. So Paulo: Artes Mdicas; 1982. p. 476-7. Mondelli RFL, etal. Etiologia das alteraes do esmalte dental. In: MONDELLI,Odontologia esttica: fundamentos e aplicaes clnicas.So Paulo:Santos, 2001.cap.3,p.13-47. Siqueira AF, Resende DRB, Pereira Neto ARL. Distrbios de desenvolvimento (ectopias de esmalte) na quebra homeosttica da rea de furca. R. Periodontia - 17(3):98-104 Setembro 2007. Oliveira WJ, Pagani C, Rodrigues JR. Comparao da adesividade de dois sistemas adesivos autocondicionantes em esmate de dentes bovinos. PGR-Ps-Grad Rev. Fac. Odontol. So Jos dos Campos, v.4, n.2, maio/ago. 2001. Martins JL, Dotto SR, T ravassos RMC, Cardoso T F. Avaliao da microinfiltrao marginal em esmalte com a utilizao de dois sistemas adesivos. Revista Dentstica on line ano 7, nmero 16 ,julho/dezembro, 2007. Cndido APM, Arajo JT L, Silva CHV, Souza FB.; Guimares RP. Avaliao da permeabilidade do esmalte exposto a diferentes concentraes de perxido de hidrognio e perxido de carbamida. Odontologia. Cln. Cientf., Recife, 4 (3): 207-211, set/dez., 2005 T aminato EM, Montenegro FLB. Ataque cido na 3 idade: uma reviso de literatura.2006. FONT E: http://www.geriatriahcusp.org.br/odonto/ aacido.html Donassollo T A, et al. Avaliao da microdureza superficial do esmalte e da dentina de dentes bovinos e humanos (permanentes e decduos). Rev. Odonto Cinc., Porto Alegre, v. 22, n. 58, p. 311-316, out./dez. 2007