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BCSD Portugal | Março 2011 | Distribuição gratuita | www.bcsdportugal.org nº26 O envolvimento com a comunidade é um factor fundamental para o sucesso de uma empresa no médio e longo prazo. O Voluntariado Empresarial assume-se como uma ferramenta estratégica no apoio à comunidade, uma vez que além do contributo para o desenvolvimento da sociedade em geral, este contribui ainda para um maior envolvimento e motivação dos colaboradores. Assim, programas de Voluntariado Empresarial geram benefícios claros para a sociedade, empresas e colaboradores. EMPRESAS E VOLUNTARIADO ENTREVISTA Henrique Pinto Director da Cais «O voluntariado torna as empresas mais felizes, produtivas e sobretudo credíveis junto da comunidade onde estão inseridas.» NOTÍCIA Novos Membros do BCSD Portugal Sustentare e X-Trade Brokers EDITORIAL O Montepio sustenta a actuação na proximidade com os cidadãos e com as organizações da Economia Social, pelo que, quando, em finais de 2006, decidimos integrar a grande aventura do Voluntariado Corporativo já os objectivos eram claros: reforçar os laços com a comunidade e proporcionar novas experiências ao universo de colaboradores da instituição. Entendemos o Voluntariado Organizacional como um desafio ao qual não podíamos deixar de responder, seja por configurar uma importante vertente de Responsabilidade Social que complementa a actuação económica, social e ambientalmente sustentável do Montepio, seja por contribuir para a integração das actuações, o estabelecimento de relações duradouras e o reforço, nos colaboradores, do espírito e dos valores de entreajuda, partilha e solidariedade. Abraçar o conceito e desenvolver o projecto, convidando as equipas a participar em iniciativas voluntárias, concedendo-lhes tempo para que possam fazê-lo em horário laboral e permitindo a concretização de respostas efectivas e afectivas a um chamamento de cooperação social, partilha de riscos e de recursos constituiu uma decisão que sabemos certeira. Nesta data, a base de voluntários do Montepio já ultrapassa os 700 colaboradores inscritos, engloba colaboradores aposentados e associados e continua a crescer VOLUNTARIADO NO MONTEPIO Alargar os horizontes da solidariedade António Tomás Correia, Presidente do Conselho de Administração do Montepio em número de adesões, permitindo-nos construir numa rede de disponibilidades e saberes que “rentabiliza” e amplia os saberes dos colaboradores enquanto dá vida a um voluntariado colectivo. São disso exemplo dois projectos que desenvolvemos na área do Voluntário: a colaboração com a Junior Achievement e o Programa de Educação Financeira que criámos no propósito de promover comportamentos de poupança, prevenir o endividamento excessivo e a qualidade de vida das famílias. A experiência que vimos reunindo confirma que, para que se torne possível responder aos desafios que se colocam ao Voluntariado Corporativo, é necessária uma contínua reflexão crítica, uma audição atenta dos gostos e testemunhos dos voluntários e uma capacidade para equilibrar e dinamizar o triângulo virtuoso entre a organização, a comunidade e os colaboradores, aproximar motivações, objectivos e meios. Cientes dos desafios e determinados a responder-lhes, sabemo-nos no bom caminho e orgulhamo-nos dos resultados que o Voluntariado nos tem permitido alcançar, quer ao nível do aprofundamento das relações e do estabelecimento de pontes entre todos os intervenientes, quer da promoção da coesão social, da intervenção cívica e da motivação dos colaboradores - valores tão importantes para o Montepio e tão decisivos na definição da missão e actuação desta instituição centenária.

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Page 1: EMPRESAS - BCSD Portugal...2011/03/26  · de qualquer empresa que nasça da comunidade, também é pertença, enquanto serviço da comunidade. E esse serviço deve ser capaz de traduzir-se

BCSD Portugal | Março 2011 | Distribuição gratuita | www.bcsdportugal.orgnº26

O envolvimento com a comunidade é um factor fundamental para o sucesso de uma empresa no médio e longo prazo. O Voluntariado Empresarial assume-se como uma ferramenta estratégica no apoio à comunidade, uma vez que além do contributo para o desenvolvimento da sociedade em geral, este contribui ainda para um maior envolvimento e motivação dos colaboradores. Assim, programas de Voluntariado Empresarial geram benefícios claros para a sociedade, empresas e colaboradores.

EMPRESAS E VOLUNTARIADO

ENTREVISTA Henrique PintoDirector da Cais

«O voluntariado torna as empresas mais felizes, produtivas e sobretudo credíveis junto da comunidade onde estão inseridas.»

NOTÍCIANovos Membros do BCSD PortugalSustentare e X-Trade Brokers

EDITORIAL

O Montepio sustenta a actuação na proximidade com os cidadãos e com as organizações da Economia Social, pelo que, quando, em finais de 2006, decidimos integrar a grande aventura do Voluntariado Corporativo já os objectivos eram claros: reforçar os laços com a comunidade e proporcionar novas experiências ao universo de colaboradores da instituição.

Entendemos o Voluntariado Organizacional como um desafio ao qual não podíamos deixar de responder, seja por configurar uma importante vertente de Responsabilidade Social que complementa a actuação económica, social e ambientalmente sustentável do Montepio, seja por contribuir para a integração das actuações, o estabelecimento de relações duradouras e o reforço, nos colaboradores, do espírito e dos valores de entreajuda, partilha e solidariedade. Abraçar o conceito e desenvolver o projecto, convidando as equipas a participar em iniciativas voluntárias, concedendo-lhes tempo para que possam fazê-lo em horário laboral e permitindo a concretização de respostas efectivas e afectivas a um chamamento de cooperação social, partilha de riscos e de recursos constituiu uma decisão que sabemos certeira. Nesta data, a base de voluntários do Montepio já ultrapassa os 700 colaboradores inscritos, engloba colaboradores aposentados e associados e continua a crescer

VOLUNTARIADO NO MONTEPIOAlargar os horizontes da solidariedade

António Tomás Correia, Presidente do Conselho de Administração do Montepio

em número de adesões, permitindo-nos construir numa rede de disponibilidades e saberes que “rentabiliza” e amplia os saberes dos colaboradores enquanto dá vida a um voluntariado colectivo. São disso exemplo dois projectos que desenvolvemos na área do Voluntário: a colaboração com a Junior Achievement e o Programa de Educação Financeira que criámos no propósito de promover comportamentos de poupança, prevenir o endividamento excessivo e a qualidade de vida das famílias. A experiência que vimos reunindo confirma que, para que se torne possível responder aos desafios que se colocam ao Voluntariado Corporativo, é necessária uma contínua reflexão crítica, uma audição atenta dos gostos e testemunhos dos voluntários e uma capacidade para equilibrar e dinamizar o triângulo virtuoso entre a organização, a comunidade e os colaboradores, aproximar motivações, objectivos e meios. Cientes dos desafios e determinados a responder-lhes, sabemo-nos no bom caminho e orgulhamo-nos dos resultados que o Voluntariado nos tem permitido alcançar, quer ao nível do aprofundamento das relações e do estabelecimento de pontes entre todos os intervenientes, quer da promoção da coesão social, da intervenção cívica e da motivação dos colaboradores - valores tão importantes para o Montepio e tão decisivos na definição da missão e actuação desta instituição centenária.

Page 2: EMPRESAS - BCSD Portugal...2011/03/26  · de qualquer empresa que nasça da comunidade, também é pertença, enquanto serviço da comunidade. E esse serviço deve ser capaz de traduzir-se

Henrique Pinto, Director da Cais«Vai sendo cada vez mais uma realidade comprovada, que quem se faz Voluntário e assim vive diariamente é mais saudável, mais feliz, podendo até viver com maior longevidade. O Voluntariado torna as empresas mais felizes, produtivas e sobretudo credíveis junto da comunidade onde estão inseridas.»

Na sua opinião, qual deverá ser o papel das empresas na construção de uma sociedade mais inclusiva?A construção de sociedades mais inclusivas dependerá em larga medida do esforço que as empresas ou todo o sector económico fizer para integrar e responder à diferença com total justeza. Criadas para servir a comunidade humana, as empresas não podem ser suas inimigas, mas aliadas na resolução dos mais variados problemas humanos e ambientais. Por isso defendo que o resultado do funcionamento de qualquer empresa que nasça da comunidade, também é pertença, enquanto serviço da comunidade. E esse serviço deve ser capaz de traduzir-se sempre em inclusão que é também justiça na distribuição e partilha da riqueza que se é, se tem, se cria e transforma.

Como pode o Voluntariado Empresarial constituir uma fonte de criação de valor para as empresas, colaboradores e sociedade?O Voluntariado Empresarial que acontece dentro de um normal horário de trabalho, é revelador das preocupações de uma empresa com a comunidade e da sua vontade em colaborar na procura de soluções para as mais variadas necessidades. Este permite também, enquanto aprendizagem, que fora do normal funcionamento de uma empresa, as pessoas vivam com maior generosidade e desinteresse na relação com a comunidade

a que pertencem. Sabemos que o Voluntariado gera um altíssimo valor económico, mas este não se esgota aqui. Aliás, a sua verdadeira força e importância não está no que a economia pode dizer sobre ele. Vai sendo cada vez mais uma realidade comprovada, que quem se faz Voluntário e assim vive diariamente é mais saudável, mais feliz, podendo até viver com maior longevidade. O Voluntariado torna as empresas mais felizes, produtivas e sobretudo credíveis junto da comunidade onde estão inseridas.

Quais as principais características que contribuem para o sucesso de um programa de Voluntariado Empresarial?Para ser credível, o Voluntariado Empresarial terá que acontecer dentro de um período normal de trabalho; nunca fora dele. Necessita de formação, que deve também ser oferecida ou permitida pelas empresas. O Voluntariado Empresarial deve ser permitido e promovido entre todos os stakeholders de uma empresa, a começar pelos accionistas e administradores. Deve responder a acções devidamente pensadas e programadas. Toda a acção que resulte num mero entretenimento ou passatempo de pessoas com tempo, será tudo menos voluntariado. O impacto de uma acção de Voluntariado Empresarial deve igualar uma real criação de valor ou benefício a favor de todos, sem excepção.

O Voluntariado não tem dadores nem recebedores, mas actores unidos por causas, projectos comuns, onde todos são beneficiários da gratuidade de cada um.

Como podem as empresas contribuir para as diversas iniciativas promovidas pela associação Cais? E que benefícios poderão as empresas obter?Ainda que todo o gesto de Voluntariado traga benefícios a todos os que nele ou com eles se envolvem, as empresas não devem apoiar a comunidade com o propósito de com isso ganharem algo. A confiança numa empresa ou numa particular marca é o maior retorno de todos. E esta é um (in)visível muito mais importante do que as bandeiras das marcas erguidas ou impressas em peças de comunicação. No genuíno e total desinteresse das empresas estará o seu real benefício. E como é missão da CAIS a capacitação e autonomização de pessoas, o Voluntariado ou o investimento que as empresas fizerem nela terá que ser avaliado, mantido, interrompido ou desistido em função da capacitação e autonomização gerada. Às empresas e aos seus colaboradores é pedido que contribuam muito concretamente para a melhoria das condições de vida das pessoas que a CAIS serve diariamente. Para o fazerem só têm que reunir-se com a Associação e dar-se a conhecer mutuamente.

EVENTOS > WORKSHOPS> Em 10.03.2011, com a realização do WORKSHOP “PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR ORGANIZACIONAL”, o BCSD Portugal, em parceria com a OutCome, deu início a um novo formato de workshops. Recorrendo à internet como meio privilegiado para a realização da acção, a plataforma Web-Ex disponibilizada pela Cisco constitui uma ferramenta de facilitação e representa uma abordagem inovadora que pode vir a ser utilizada quer para outros wokshops quer para outro tipo de iniciativas.

> Promovido pelo Grupo Portucel/Soporcel, o BCSD Portugal, em parceria com a Sair da Casca, participou num amplo plano de formação cujos

Portugal em parceria com a DuPont, este evento contou com a participação de vários oradores de empresas associadas, dando conta da abordagem que está a ser desenvolvida pelas empresas em resposta aos desafios colocados por este tema de grande pertinência e actualidade.

> Em parceria com a Cisco e contando com o apoio da ComOn, o BCSD Portugal promoveu no passado dia 28 de Março a Conferência “Eficiência Energética, um caminho para a Sustentabilidade”. Contando com o depoimento de representantes de empresas especializadas no desenvolvimento de soluções de eficiência energética, este Seminário contribuiu para a apresentação e partilha das melhores práticas que têm vindo a ser implementadas pelas empresas.

> PROGRAMA YOUNG MANAGERS TEAM (YMT) – EDIÇÃO 2011Com a realização do 1º workshop, teve início a edição de 2011 do Programa YMT. Concebido à imagem do Future Leaders Team do WBCSD, o Programa tem como objectivo contribuir para a formação de jovens quadros das empresas participantes, através de uma abordagem integrada às temáticas do Desenvolvimento Sustentável, do contacto com especialistas de diversas áreas e do desenvolvimento de um projecto a ser estruturado ao longo de 1 ano. Para 2011 as equipas constituídas propõem-se abordar o tema da Biodiversidade.

destinatários foram colaboradores que trabalham por turnos nas áreas da produção de pasta, papel e energia.Tendo como objectivo a sensibilização dos colaboradores para as temáticas do Desenvolvimento Sustentável, as sessões do workshop “Sustentabilidade: os primeiros passos” decorreram ao longo dos meses de Fevereiro e Março, envolvendo cerca de 600 colaboradores do Grupo Portucel/Soporcel.

> CICLO IMPLEMENTAR A SUSTENTABILIDADE> No passado dia 28 de Fevereiro realizou-se, no Museu da Electricidade, a Conferência “A Segurança como meio privilegiado para a Sustentabilidade Interna”. Organizado pelo BCSD

ENTREVISTA

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DESTAQUE

BENEFÍCIOS DO VOLUNTARIADO PARA AS EMPRESAS E SEUS COLABORADORESA IMPORTÂNCIA DO 3º SECTORA economia social representa actualmente cerca de 10% do emprego a nível europeu, calculando-se que cerca de 25% dos cidadãos europeus estejam ligados a este tipo de actividades.

COMO PODEM AS EMPRESAS CONTRIBUIRPara além das contribuições do Estado, a economia social vive muito do trabalho voluntário de muitos cidadãos e dos donativos de particulares e empresas. Nesta área, destaca-se igualmente o empreendedorismo social que, através de projectos que respondem a problemas sociais ou ambientais, actua como um agente de mudança social. Hoje em dia, além das já usuais contribuições filantrópicas, algumas empresas têm já vindo a desenvolver programas de Voluntariado Empresarial, dando a possibilidade aos seus colaboradores de despenderem algumas horas do seu tempo laboral em trabalho voluntário.

BENEFÍCIOS DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL PARA AS EMPRESASAlém de contribuir para o aumento da reputação e da melhoria das relações da empresa com a comunidade, o Voluntariado Empresarial tem-se mostrado capaz de potenciar um maior envolvimento, satisfação e produtividade dos seus colaboradores.

De acordo com o estudo Good Companies, Better Employees (Tuffrey, 2003), programas de Voluntariado Empresarial acarretam benefícios como:

Aumento da satisfação dos colaboradores em relação ao • empregador;Aumento da satisfação do colaborador em relação ao trabalho • por si desempenhado;Aumento da predisposição do colaborador para participar em • programas de desenvolvimento de competências;Maiores taxas de retenção de colaboradores que participam • em actividades de Voluntariado Empresarial.

BENEFÍCIOS DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL PARA OS COLABORADORESParticipar em iniciativas de Voluntariado pode também trazer benefícios pessoais e profissionais para os colaboradores.A nível pessoal, os voluntários sentem-se mais úteis por poder colaborar para o desenvolvimento da sociedade.

De acordo com a Entrajuda (2011), os voluntários são sobretudo motivados pelo bem-fazer (50%) e pela realização pessoal (34%).Estas actividades contribuem ainda para o desenvolvimento de diversas competências que poderão ser úteis, quer a nível pessoal, como em contexto profissional. No estudo Volunteering – The Business Case (Corporate Citizenship, 2010), os colaboradores envolvidos em programas de Voluntariado referem que estes possibilitaram-lhe desenvolver as seguintes competências:

Comunicação (66% dos respondentes afirmou ter adquirido • competências nesta área);Habilidade para ajudar os outros (65%);• Adaptação (54%);• Negociação (45%), liderança (41%) e resolução de problemas • (39%);Trabalho em equipa (43%);• Vontade de melhoria contínua (41%);• Planeamento e organização (40%).•

De acordo com o mesmo estudo, 41% dos colaboradores afirma que as competências adquiridas em iniciativas de Voluntariado os ajudaram a melhorar o seu desempenho profissional.

O VOLUNTARIADO EMPRESARIAL EM PORTUGALNo estudo O papel das empresas na sociedade (Sair da Casca, 2010) são analisadas as práticas de investimento na comunidade de 45 empresas nacionais e multinacionais, cujos relatórios de sustentabilidade de 2009 estão disponíveis no website do BCSD Portugal, tendo-se chegado às seguintes conclusões:

Em 2008, foram investidos mais de 65 milhões de euros na • comunidade (aumento de 30% em relação a 2007);Além dos apoios financeiros, mais de 50% das empresas • desenvolve programas de voluntariado, organiza recolhas de bens junto dos seus colaboradores e 78% criaram projectos próprios;Estas iniciativas focam-se sobretudo no apoio a “crianças” e à • “cultura”;As instituições e iniciativas locais (escolas, associações • culturais e recreativas, festividades locais) são os principais beneficiários dos apoios; Os critérios de escolha de instituições ou projectos a apoiar • não são claros - apenas 9% das empresas comunicam critérios de selecção.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, salienta-se que, tanto as empresas como as entidades do terceiro sector consideram que os actuais modelos de investimento na comunidade podem ser melhorados. Para o terceiro sector, as empresas deviam integrar a estratégia de investimento na comunidade na sua cadeia de valor.

PODE ENCONTRAR MAIS INFORMAÇÃO EM: 2011 Ano Europeu do Voluntariado - http://europa.eu/volunteering/pt-pt Enquadramento legal do Voluntariado - http://www.voluntariado.pt/left.asp?01.02

VOLUNTARIADO EM PORTUGAL 57% DOS VOLUNTÁRIOS TEM MAIS DE 56 ANOS

11% SÃO ESTUDANTES

28% TEM ACTIVIDADE PROFISSIONAL Fonte: Entrajuda (2011)

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EDIÇÃO

ficha técnica

REDACÇÃO E DESIGN PROPRIEDADE

BCSD Portugal | Av. de Berna, 11 - 8º, 1050-036 Lisboa | PortugalTel.: +351 217 819 001 | Fax: +351 217 819 126e-mail: [email protected] | www.bcsdportugal.org

Eurico Sousa Karina Rodrigues

COORDENAÇÃO

DESAFIO: CRIAR UM PROGRAMA DE VOLUNTARIADO QUE CAPTASSE O ENVOLVIMENTO DOS COLABORADORESActualmente, a Responsabilidade Social e a Sustentabilidade assumem-se como aspectos fundamentais, quer para o desenvolvimento e bem-estar da comunidade em geral, quer para a construção da imagem e reputação das empresas nos contextos interno e externo. No entanto, apesar do elevado envolvimento da Galp Energia nestes domínios, a empresa não estava a conseguir capitalizar a sua imagem e reputação ao máximo, nem junto do público em geral, nem aos olhos dos seus colaboradores. Neste último caso faltava um aspecto fundamental: o ENVOLVIMENTO.

SOLUÇÃO: GALP VOLUNTÁRIA – PROGRAMA DE VOLUNTARIADO EMPRESARIAL1. Definir o programa à medida da disponibilidade dos colaboradoresPara potenciar um maior envolvimento dos colaboradores, a empresa lançou, em 2010, um questionário interno para aferir a sua disponibilidade para se envolverem em acções de Voluntariado. Uma percentagem significativa dos colaboradores da Galp Energia manifestou interesse em colocar de forma activa as respectivas capacidades, valores e espírito solidário ao serviço do desenvolvimento económico e social das comunidades em que a Empresa opera. Foi a partir deste movimento que surgiu a Galp Voluntária.

2. Programa Galp Voluntaria O programa Galp Voluntária pretende facilitar, concretizar e potenciar iniciativas de Voluntariado destinadas a promover o bem comum. Este programa reflecte o compromisso da Galp Energia para com a comunidade, em que se pretende igualmente envolver o seu activo mais importante - o capital humano. A missão da Galp Voluntária consiste assim em promover uma efectiva intervenção dos seus colaboradores, quer ao serviço da comunidade em geral, quer nas zonas em que a Galp Energia se insere, através de acções de Voluntariado Empresarial alinhadas com os negócios e com a identidade corporativa.

A RESPONSABILIDADE SOCIAL ATRAVÉS DO ENVOLVIMENTO DOS COLABORADORES DA EMPRESA

CASO DE ESTUDO

Este programa incide em quatro eixos de actuação principais: Educação; Segurança E Prevenção Rodoviária; Saúde; Ambiente e Eficiência Energética.

RESULTADOS: UMA EMPRESA MAIS COMPROMETIDA COM A SOCIEDADEÀ medida que vão sendo divulgadas novas acções de Voluntariado assiste-se a um aumento no número de colaboradores que pretendem aderir ao Galp Voluntária. No final de Junho de 2011, o programa contava com mais de 750 Voluntários inscritos e 15 projectos em actividade.

AMBIÇÃO 2011O programa Galp Voluntária tem os seguintes objectivos para 2011:

> + 150 voluntários activos> 48 horas por colaborador> 750 voluntários inscritos

VOLUNTARIADOENVOLVIMENTO EXEMPLO

AUTO-RETRATO GALP VOLUNTÁRIA

OBJECTIVOS DA GALP VOLUNTÁRIA PARA 2011

Uma acção forte em cada eixo de actuação

12 acções de Voluntariado em funcionamento

200 voluntários activos

5 projectos sugeridos por voluntários

Envolvimento de 10 voluntários reformados

1.000 visitas à plataforma mygalp portal do colaborador

Realização de 4 recolhas internas de bens

Publicação do relatório anual Galp Voluntária

Acções de Voluntariado em todos os eventos internos - team building

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS DA GALP VOLUNTÁRIA

PUBLICAÇÕES

NOVAS PUBLICAÇÕES DE RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE (2010) JÁ DISPONÍVEIS PARA DOWNLOAD (FORMATO PDF) [CLIQUE AQUI]