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7/18/2019 empresa empresaria nao empresarial Direito Empresarial a - Ano Todo http://slidepdf.com/reader/full/empresa-empresaria-nao-empresarial-direito-empresarial-a-ano-todo 1/177 DIREITO EMPRESARIAL A 17.04.2013 “Curso Avançado de Direito Empresarial” – Marcia Carla Ribeiro. 1. Objeto. Relação com outa! "#!c#$l#%a!. O direito empresarial possui certas peculiaridades: é muito prtico e li!ado " economia. #$o é arti%cial& mas sim nasce da necessidade dos empresrios e comerciantes e deve de al!uma 'orma 'a(er com )ue a atividade econ*mica pro!rida. + 'eito para a,udar tal atividade. E-.: limitaç$o da responsabilidade dos scios. #as sociedades limitadas e an*nimas os scios t/m responsabilidades limitadas. Os scios investem em uma sociedade. 0e esta n$o der certo& perder$o o )ue investiram& mas n$o os seus patrim*nios. 1sso é limitaç$o da responsabilidade. Esta limitaç$o tra( maior se!urança aos scios. 2uando se 'ala em limitaç$o da responsabilidade& é importante destacar )ue os scios perdem o valor investido& mas n$o pa!am a d3vida. O din4eiro investido é uma !arantia para os credores da empresa& ,untamente com o patrim*nio da sociedade. Os bens da sociedade n$o podem se con'undir com a)ueles dos scios.  5em6se& através do re!ime de limitaç$o da responsabilidade e de personalidade  ,ur3dica& uma re!ra do ,o!o& ou se,a& os scios sabem& em tese& até onde ser$o responsabili(ados e os credores sabem )ue os scios n$o respondem. 1sso cria um ambiente ne!ocial. #$o 'osse pela limitaç$o de responsabilidade& as pessoas talve( n$o investissem. Ela é& portanto& também um incentivo ao investimento. 1sso 'a( parte de uma or!ani(aç$o de economia& tendo uma ra($o de ser. 7a3ses subdesenvolvidos n$o possuem direito comercial 'orte. #ormalmente& s$o pa3ses de 3ndole intervencionista. #os sistemas de common law – e a maior parte dos pa3ses )ue adotam esse sistema é desenvolvida – 4 uma prima(ia absoluta do direito privado. 2uando se 'ala em rule of law& n$o é o estado do direito& mas sim o direito privado. A import8ncia )ue se d "s re!ras do ,o!o aplicveis "s relaç9es privadas e especialmente "s comerciais é muito !rande& pois elas !erem ri)ue(as. 7or tudo isso& possui o direito privado maior import8ncia nos pa3ses desenvolvidos. O ob,eto de estudo do direito empresarial é o direito empresarial sub,etivo – )ue envolve a anlise do )ue se,a empresrio& empresa& empresa individual de

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DIREITO EMPRESARIAL A

17.04.2013

“Curso Avançado de Direito Empresarial” – Marcia Carla Ribeiro.

1. Objeto. Relação com outa! "#!c#$l#%a!.

O direito empresarial possui certas peculiaridades: é muito prtico e li!ado "economia. #$o é arti%cial& mas sim nasce da necessidade dos empresrios ecomerciantes e deve de al!uma 'orma 'a(er com )ue a atividade econ*micapro!rida. + 'eito para a,udar tal atividade.

E-.: limitaç$o da responsabilidade dos scios. #as sociedades limitadas ean*nimas os scios t/m responsabilidades limitadas. Os scios investem emuma sociedade. 0e esta n$o der certo& perder$o o )ue investiram& mas n$o osseus patrim*nios. 1sso é limitaç$o da responsabilidade.

Esta limitaç$o tra( maior se!urança aos scios.

2uando se 'ala em limitaç$o da responsabilidade& é importante destacar )ueos scios perdem o valor investido& mas n$o pa!am a d3vida. O din4eiroinvestido é uma !arantia para os credores da empresa& ,untamente com opatrim*nio da sociedade. Os bens da sociedade n$o podem se con'undir coma)ueles dos scios.

 5em6se& através do re!ime de limitaç$o da responsabilidade e de personalidade ,ur3dica& uma re!ra do ,o!o& ou se,a& os scios sabem& em tese& até onde ser$oresponsabili(ados e os credores sabem )ue os scios n$o respondem. 1sso criaum ambiente ne!ocial.

#$o 'osse pela limitaç$o de responsabilidade& as pessoas talve( n$oinvestissem. Ela é& portanto& também um incentivo ao investimento.

1sso 'a( parte de uma or!ani(aç$o de economia& tendo uma ra($o de ser.

7a3ses subdesenvolvidos n$o possuem direito comercial 'orte. #ormalmente&s$o pa3ses de 3ndole intervencionista.

#os sistemas de common law – e a maior parte dos pa3ses )ue adotam esse

sistema é desenvolvida – 4 uma prima(ia absoluta do direito privado. 2uandose 'ala em rule of law& n$o é o estado do direito& mas sim o direito privado. Aimport8ncia )ue se d "s re!ras do ,o!o aplicveis "s relaç9es privadas eespecialmente "s comerciais é muito !rande& pois elas !erem ri)ue(as. 7ortudo isso& possui o direito privado maior import8ncia nos pa3ses desenvolvidos.

O ob,eto de estudo do direito empresarial é o direito empresarial sub,etivo –)ue envolve a anlise do )ue se,a empresrio& empresa& empresa individual de

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responsabilidade limitada& as 'ormas )ue o empresrio usa para a prtica daatividade econ*mica 6 )ue pode ser uma 'orma isolada ou associativa& sendoconstitu3da por limitada ou 0.A. 6& direito de concorr/ncia – mercados& setoresdo mercado& 'us9es 6& propriedade industrial – marcas& patentes& modelos deutilidade& t3tulo de desenvolvimento 6& contratos empresariais& t3tulos de

crédito& recuperaç9es e 'al/ncias – disciplina da empresa em di%culdade se elapode se recuperar& recuperaç$o se n$o pode se recuperar& 'al/ncia ;problemaé )ue recuperaç$o é uma utopia e 'al/ncia é muito complicada<.

Art. =>> de%ne o empresrio. O conceito é importante por e-pressar o ob,etoda disciplina& pois o seu conte?do é sempre relacionado ao empresrio. A'unç$o de empresrio é cone-a com atividade econ*mica or!ani(ada.1mportante destacar& entretanto& )ue nem toda atividade econ*micaor!ani(ada ser empresria. @ma 'undaç$o )ue d suporte a artes$os& pore-emplo& n$o se en)uadra no conceito de empresa. As associaç9es tambémn$o s$o atividades empresarias& assim como al!umas sociedades. @m enorme

escritrio de advocacia n$o ser empresarial& pois as normas aplicadas aoadvo!ado n$o permitem a empresariedade.

A palavra empresa& portanto& pode n$o ser precisa.

O ob,eto é o empresrio& se,a ele individual ou associativo& pro%ssional )ueprodu( ou 'a( circular bens ou serviços.

+ uma disciplina técnica& mas )uanto mais desenvolvida a economia& maisnecessria ela ser.

2. &#!t'#co.

2uando se 'ala em 4istrico& empresarial é tratado como comercial. + a mesmacoisa. O importante é )ue se saiba )ue as noç9es de empresrios ecomerciantes n$o s$o i!uais& devendo6se dar uma conotaç$o semel4ante para)ue possam ser usadas como sin*nimos.

O direito comercial se desprende do civil no %m do século 11& in3cio do século111& com o %m da 1dade Média e o ressur!imento das cidades. 0ur!e como umdireito criado pelas necessidades dos comerciantes e aplicado peloscomerciantes. + classista& pois é criado& aplicado e voltado aos comerciantes.

+ criado a partir do en'ra)uecimento do sistema 'eudal. 1sto por)ue n$o e-istiacomércio entre os 'eudos. Com o ressur!imento das cidades& os produtorespassaram a ne!ociar os e-cedentes nas cidades& nas 'eiras. As cidades v$o seconsolidando onde aconteciam as trocas. Ent$o& e-iste uma 'orte li!aç$o entreas trocas e as cidades. #$o 4avia poder central& 'altando para os comerciantes)uem aplicasse e editasse as normas e por isso eles se or!ani(avam emcorporaç9es de o'3cio. As pessoas nelas re!istradas podiam usar sua estrutura

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como tribunal. Os c*nsules decidiam como autoridades as )uest9es levadaspelos comerciantes. Esses c*nsules tin4am di%culdade em encontrar normasaplicveis& pois o direito romano era ruim& o direito brbaro era esparso edi'erente entre si e o direito can*nico )ue n$o era um bom instrumentonormativo para ser aplicado ao comércio& até mesmo por)ue re,eitava a ideia

de lucro. Assim& os c*nsules compilavam usos e costumes para decidir as lides.Boi assim )ue sur!iu o direito empresarial: um direito compilado de usos ecostumes aplicado a partir das prprias associaç9es.

+ um direito )ue nasce da prtica& da necessidade& n$o sendo arti%cial& posto. época& e-istem compilaç9es de ene(a& Blorença& )ue s$o muitointeressantes& até mesmo por)ue se mant/m até 4o,e.

A partir do século 11 e com muita 'orça no século 111& o Estado no conceitoatual vai se consolidado. 2uando se consolida& uma das primeiras coisas )ue'a( é determinar )ue apenas ele pode produ(ir normas. Assim 'oi )ue sur!iram

os primeiros cdi!os comerciais. @m dos mais importantes é o 'ranc/s deFGH& elaborado e acompan4ado por #apole$o. 7raticamente reprodu( ascompilaç9es& ou se,a& usos e costumes comerciais& pois , eram estveis eserviam aos comerciantes. Ademais& 'oram e-tintas as corporaç9es de o'3ciosob a ale!aç$o de )ue o'ereciam tratamento anti6ison*mico& indo contra aideia de i!ualdade. Esse cdi!o inIuenciou o nosso cdi!o comercial& vi!enteaté o CC atual. 1mportante lembrar )ue a parte re'erente ao direito mar3timoainda vi!e.

1(.04.2013

1. Relação com outa! "#!c#$l#%a!)

  D#e#to comec#al e "#e#to c#*#l)

O Direito Comercial esta muito relacionada com todas as matérias do Direito eainda mais com o Civil& pois o nosso CC amplia a matéria do direito comercial.O nosso anti!o cdi!o comercial era centrado na ideia de comercio ecomerciante& o comerciante era um intermedirio& na idade média ele o erae'etivamente. O intermedirio é muito importante& como é o caso dos bancos.

#a idade média n$o se poderia 'alar em atividade econ*mica or!ani(ada. Ocomerciante era um intermediador de bens& n$o de serviços. Ademais& osimveis n$o eram pass3veis de ne!ociaç$o.

Comerciante era intermedirio na venda de bens mveis. As operaç9es combens imveis e de serviços n$o eram consideradas atividades econ*micas& n$osendo en!lobadas pelo direito comercial. Este tipo de relaç$o era tratado pelodireito civil.

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O direito comercial& 4o,e& é voltado ao empresrio& ou se,a& intermedirio ouprodutor de bens ou de serviços. O seu conte?do& portanto 'oi ampliado. 1sson$o si!ni%ca& porém& )ue ele n$o se relacione com o direito civil. 0$o aéreasaut*nomas do direito )ue se comunicam. 7ossuem ob,eto prprio e método.

Os contratos empresariais s$o di'erentes dos contratos civis. 0$o reali(ados porpro%ssionais como parte de sua atividade pro%ssional& 4avendo certa paridadeentre as partes. A interpretaç$o desses dois tipos de contrato n$o é a mesma.

D#e#to comec#al e "#e#to t#but+#o)

O tributarista tem )ue entender como os tributos s$o onerados. 7or isso éimportante )ue entendam a atividade empresarial& pois !rande parte daatividade tributria provém desse tipo de atividade.

  D#e#to em$e!a#al e "#e#to eco%,m#co)

O direito econ*mico une conceitos de direito empresarial e de direito p?blico. +o limite entre o direito privado e o direito p?blico& tratando das intervenç9es doEstado na es'era privada.

7ara se evitar abusos da parte de a!ente privados& 4 normas )ue determinam)ue& em certas circunst8ncias& o Estado poder intervir nessas relaç9esprivadas. 7or meio do CADE a intervenç$o do Estado se d para coibir abusos.

O dese)uil3brio !erado no mercado com a 'us$o de duas empresas leva "intervenç$o do CADE.

Direito econ*mico ,ustamente se aplica )uando 4 essa interaç$o entre op?blico e o privado.

 5odos os pa3ses t/m al!um !rau de intervenç$o.

Da3 ent$o a relaç$o entre o direito empresarial e o econ*mico.

 

D#e#to em$e!a#al e "#e#to a"m#%#!tat#*o)

#o direito administrativo& Estuda6se o estado como tendo um poder superior& oius impere.

Os contratos administrativos s$o reali(ados entre a administraç$o p?blica eempresas.

Ainda& e-istem as sociedades de economias mistas& )ue s$o pessoas ,ur3dicascom estrutura privada& mas se submetem a vrias re!ras administrativas.

  D#e#to co%!t#tuc#o%al e "#e#to em$e!a#al)

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Art. HG da CB estabelece os princ3pios da ordem econ*mica& os )uais sevoltam ao empresrio.

2. -o%te!)

E-istem as 'ontes materiais e as 'ontes 'ormais.

As 'ontes materiais do direito envolvem 'atores e-tra,ur3dicos& como aspectossociais& econ*micos& )ue levaram ao sur!imento das prprias 'ontes 'ormais&ainda mais no direito empresarial. #essas 'ontes materiais est$o en!lobadosinclusive os aspectos )ue condu(iram ao prprio sur!imento do direitomaterial.

2uanto "s 'ontes 'ormais& s$o elas as leis& normas& ,urisprud/ncia& doutrina&princ3pios !erais do direito.

2uanto "s leis& no direito empresarial 4 o Cdi!o Civil& a lei das 0.A.& a lei )ue

re!ulamenta as empresas em recuperaç$o e 'al/ncias& as normas )uedisciplinam contratos empresariais espec3%cos& a lei da propriedade industrial&a lei da concorr/ncia& etc. Ademais& e-istem re!ulamentos& como os do JC&instruç9es normativas. A car!a normativa é bastante !rande. 7or %m& valelembrar )ue 4 o pro,eto do Cdi!o Comercial em tramitaç$o no Con!resso.

 5ambém s$o consideradas 'ontes do direito empresarial as normas civis.

Os princ3pios !erais do direito s$o 'onte de direito )uando vistos sob uma outratica& pois n$o s$o aplicados e-atamente da mesma 'orma do )ue em outrosramos do direito. A boa6'é empresarial& por e-emplo& n$o é i!ual " boa6'é do

4omem médio.3. -atoe! ue co%"u/#am ao D#e#to omec#al)

0$o 'atores econ*micos e sociais& pol3ticos& le!islativos& )ue levaram aosur!imento do direito comercial.

 

Eco%,m#co! e !oc#a#!)

#o in3cio da 1dade Média& o sistema 'eudal 'oi desestruturado e a as cidadescomeçaram a se reor!ani(ar& sendo os seus problemas e as suas demandasdi'erentes da)ueles da era 'eudal. Desta 'orma& é necessrio um novo direito

para atend/6los. 7ode6se ainda di(er )ue s$o as 'ontes materiais do direitocomercial.

 

Polt#co!)

O estado n$o estava or!ani(ado& estava desmantelado. + por causa desse 'atorpol3tico da 'ra)ue(a das relaç9es estatais )ue o direito comercial 'oi criadopelos comerciantes.

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Le#!lat#*o!)

Kavia apenas o direito can*nico e a)uele dos povos brbaros. #$o 4avianen4um sistema apto a re!ular as relaç9es comerciais. 7or isso teve )ue ser odireito empresarial criado.

4. D#e#to omec#al Subjet#*o e D#e#to omec#al Objet#*o)

Relaciona6se com a transiç$o entre o direito das corporaç9es e o direitocomercial codi%cado.

#apole$o e-tin!uiu as corporaç9es de o'3cio e tomou para o Estado a situaç$oe-clusiva de construç$o normativa. + uma 'orma de 'orça& pois o Estado di(somente ele poder le!islar.

Essas corporaç9es de o'3cio talve( tivessem virado c8maras arbitrais se n$otivessem sido e-tintas.

Ademais& #apole$o inicia um momento de ob,etivaç$o do direito comercial.

O direito )ue era tido como aplicvel ao comerciante passa a ser visto comoum direito aplicvel ao ato de comércio& de 'orma a a'astar a sub,etividade dadisciplina. Assim& o direito )ue era aplicvel ao comerciante era sub,etivo& poisera aplicado apenas ")uela pessoa. 2uando passa a ser aplicado ao ato& torna6se ob,etivo& pois n$o mais é aplicado apenas " pessoa espec3%ca docomerciante. #$o é mais um direito voltado a uma pessoa& ao comerciante&mas sim a todos a)ueles )ue praticam o ato de comércio.

Essa ob,etivaç$o possui um certo problema: o )ue é ato de comércioL Como se'a( para saber se as normas da)uele cdi!o s$o aplicveis ou n$oL

7ela teoria ob,etiva& deve6se veri%car se 4ouve um ato de comércio para )ue odireito comercial se,a aplicado.

Atos de comércio: deve6se buscar o )ue s$o ou )uais s$oL

Decidiram6se por responder " se!unda per!unta. 0$o eles a compra e vendapara revenda& a operaç$o dos bancos& 'ornecimento de serviços& atosrelacionados a 'ran)uias& leasin!& consrcios& etc.

+ muito di'3cil enumerar todos os atos. 7ortanto& de%niram atos de comérciocomo a)ueles praticados pelos comerciantes& 4avendo um retorno ao conceitosub,etivo. A partir do século & comerciante 'oi substitu3do por empresrio.Desta 'orma& 4o,e se vive uma nova sub,etivaç$o do direito comercial.

O direito comercial como disciplina aut*noma 'oi aos poucos se desenvolvendonas di'erentes universidades. 2uanto mais desenvolvido o pa3s& maisimportante o direito empresarial.

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 24.04.2013

. D#e#to omec#al %o a!#l

O direito comercial no Jrasil tem como marco o Cdi!o Comercial de FG. Ele%cou vi!ente em !rande parte até a ediç$o do CC atual. Ele n$o 'oi totalmente

revo!ado. Continua vi!ente a parte )ue 'ala do direito mar3timo.

Depois de NGGN& o direito comercial passa a ser disciplinado& em parte& pelo CC.#$o 4& entretanto& uma uni%caç$o total da matéria. #o prprio CC 4 um livro)ue trata da empresa. #$o 'osse a especi%cidade do direito comercial& n$oseria necessrio esse livro.

7or outro lado& 4 muitas leis especiais aplicveis ao direito comercial )ue n$oest$o no CC. A lei de propriedade industrial& a lei da concorr/ncia& a lei derecuperaç$o e 'al/ncias& a lei das 0.A& s$o e-emplos. Ent$o& n$o 4ouve umauni%caç$o do direito privado. K apenas uma uni%caç$o parcial em ra($o do

CC.

5. aacte#/ação "o em$e!+#o

#$o estudaremos o direito empresarial apenas no sentido societrio. Ao menosno )ue di( respeito ao sentido sub,etivo& e-trai6se do CC o conceito doempresrio.

A palavra empresa possui vrios sentidos. 7ara )ue n$o 4a,a con'us$oconceitual& Mrcia Carla associa empresa com atividade. Concebe6a como umaatividade econ*mica or!ani(ada. Econ*mica por se relacionar com a economia

e or!ani(ada pelo 'ato de este ser o papel do empresrio& ou se,a& empresrioor!ani(a os elementos dessa atividade. Ademais& essa conceituaç$o deempresa como atividade permite )ue se distin!a empresa de sociedade.

#$o 4 uma lei di(endo o )ue é a empresa. Entretanto& muitas ve(es empresaé tratada na lei como atividade.

2uem tem personalidade ,ur3dica n$o é a empresa& é a sociedade empresria.

As)uini& ,urista italiano muito utili(ado pela doutrina para conceituar o instituto&di( )ue empresa pode ser vista no seu sentido sub,etivo& no ob,etivo& no'uncional e no corporativo. Ele reali(ou essa s3ntese com base no CC italiano.Como o CC brasileiro é muito baseado no italiano& a doutrina italiana no campoempresarial é muito importante.

As)uini retirou da prpria le!islaç$o italiana a possibilidade desses )uatroconceitos.

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#o sentido sub,etivo& empresa é vista como sin*nimo de empresrio. Ou se,a& aatividade é tomada pelo su,eito. + o termo utili(ado nesse sentido )uando se'ala “a empresa contratou o escritrio”.

#o sentido ob,etivo& a empresa é tomada no seu conceito patrimonial )ue parans tecnicamente é denominado de estabelecimento& também c4amado de'undo de comércio nos livros mais anti!os. O estabelecimento empresarial é ocon,unto dos bens or!ani(ados pelo empresrio para a prtica empresarial.A!ora& se se per!untar se empresa é s isto& a resposta ser ne!ativa. + muitodi'3cil se ima!inar uma empresa )ue n$o ten4a nada de bens. Esses benscomp9em o acervo ob,etivo de uma empresa. Ao se entrar com uma e-ecuç$o&por e-emplo& pen4orados s$o os JE#0 da empresa& e n$o a empresa em si&)uando a d3vida é da empresa& ou as cotas dos scios& )uando a d3vida é deles.O patrim*nio é maior )ue o estabelecimento& pois patrim*nio envolve ativo epassivo. Estabelecimento é composto apenas pelos bens. 5ambém& patrim*nioenvolve também bens )ue n$o s$o utili(ados na prtica empresarial& como

imveis )ue 'oram dados em daç$o em pa!amento. K bens )ue inte!ram opatrim*nio e n$o inte!ram o estabelecimento empresarial. 1sso depende desua destinaç$o.

Empresa também pode ser pensada em seu sentido 'uncional. A)ui é ondeMrcia Carla se ape!a tecnicamente. A empresa é a)ui vista como atividade.7or e-emplo& )uando se per!unta )ual a empresa de uma pessoa& )uer6se di(er)ual a atividade da pessoa. A empresa como atividade n$o tem como sersubstitu3da. A empresa + a atividade or!ani(ada& o movimento din8mico. Emsentido sub,etivo pode ser substitu3da por empresrio e no ob,etivo& porestabelecimento& ao contrrio do sentido 'uncional )ue n$o tem substituto.

A empresa no sentido corporativo é vista como a relaç$o e-istente entre oempresrio e os seus trabal4adores. O direito do trabal4o na 1tlia est inseridono direito comercial. 7or isso esse conceito corporativo. Esse conceito é muitorelacionado com o conte-to de 'orte sindicalismo e 'ascismo em )ue o CCitaliano 'oi promul!ado.

+ uma palavra )ue possui vrios si!ni%cados& pode ser utili(ado em todos eles.+& porém& mais t6c%#co us6lo no sentido 'uncional.

Essas s$o as noç9es de empresa pelo As)uini.

 

'"#o #*#l)

Art. =>> tra( o conceito sub,etivo& ou se,a& n$o de empresa& mas deempresrio.

Empresrio pode ser pessoa '3sica ou pessoa ,ur3dica.

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7ode ser individual ou empresa individual de responsabilidade limitada. Ktambém as sociedades empresrias.

#ormalmente )uando se 'alar em pessoa '3sica& 'ala6se em empresa individual.0e n$o& 'ala6se em sociedade empresarial. Mas empresrio pode ser pessoa'3sica ou ,ur3dica.

O ob,eto principal da disciplina é a atividade econ*mica or!ani(ada naproduç$o ou circulaç$o de bens ou serviços.

Muito embora se 'ale em atividade econ*mica or!ani(ada& nem toda atividadeecon*mica or!ani(ada é considerada empresarial. + ai )ue se c4e!a na)uelasituaç$o das empresas n$o empresrias. E por )ue uma dada atividade& ainda)ue se,a de produç$o ou circulaç$o de bens e serviços& n$o é empresriaL7or)ue a prpria lei retira seu carter empresarial. #aturalmente elas seriamempresariais& mas a lei retira essa caracter3stica. E os motivos ser$o vistosmais tarde. A busca da lucratividade n$o é o )ue 'a( a distinç$o. @ma cl3nica&por e-emplo& busca lucro e n$o é uma empresa.

Em 'undaç9es e associaç9es o lucro n$o é proibido. O )ue n$o pode ocorrer é aD105R1J@1PO desse lucro. O conceito do art. =>> nem 'alar em lucro 'ala.

2.04.2013

7. ão8em$e!a#e"a"e)

O art. =>> teve o !rande mérito de tra(er para o direito comercial elementos)ue n$o estavam nele en!lobados. Antes comércio era s a intermediaç$o. Q a

palavra empresa inclui ob,etos )ue estavam 'ora do termo comercial.

Entretanto& o prprio CC estabeleceu e-ceç9es " de%niç$o do art. =>>. Em?ltimas palavras& pode6se ter uma aç$o )ue é produç$o ou transmiss$o debens e serviços& )ue é or!ani(ada& )ue é econ*mica& mas n$o é empresarial.1sso se d pela previs$o do par!ra'o ?nico do art. =>>. Ele di( )ue est$oe-clu3das da empresariedade as atividades intelectuais& art3sticas e cient3%casainda )ue se,am e-ercidas com colaboradores& ou se,a& ten4am empre!ados.Desse dispositivo se tiram duas conclus9es importantes: . Atividadesintelectual& art3stica e cient3%ca n$o s$o empresariais e N. 0alvo secon%!urarem elemento de empresa.

A atividade intelectual e-clu3da da empresariedade. A)ui s$o as atividadespreponderantemente intelectuais& como as de médico& advo!ado& cientistas eartistas. 1sso n$o )uer di(er )ue esses pro%ssionais n$o buscam lucro. Adi'erença também n$o est no n3vel de or!ani(aç$o. Est no 'ato decon%!urarem elemento de empresa. @ma atividade intelectual se tornaelemento de empresa )uando 'a( parte de um elemento maior. 7or e-emplo& opes)uisador )ue desenvolve um medicamento para uma empresa& a )ual tem

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como ob,etivo %nal a venda do remédio e n$o seu desenvolvimento. #asatividades intelectuais em )ue permanece a pessoalidade do e-ercente& n$o 4con%!uraç$o de empresariedade. 0e n$o 4 pessoalidade& s$o empresariais.

O advo!ado nunca ser considerado empresrio.

@ma cl3nica médica pode ou n$o ser empresarial. 0e 'or uma cl3nica ou um4ospital em )ue as pessoas v$o por causa do serviço prestado& mas n$o porcausa de um médico espec3%co& n$o 4 pessoalidade& podendo essa cl3nica serconsiderada uma atividade empresarial.

A atividade intelectual depende da PESSOALIDADE.

2ual é o problema desse par!ra'o ?nicoL + )ue , se começa com umproblema. 7ara )ue )ual)uer aç$o possa ser tomada& é preciso se provar )ue aatividade n$o est carre!ada de pessoalidade. 1sso é um atrapal4o processual&pois antes de se entrar no mérito da demanda& tem6se )ue discutir se é ou n$o

empresrio.

@ma norma !enérica como o par!ra'o ?nico !era inse!urança.

Boi criado o par!ra'o ?nico& por)ue o nosso CC& nessa parte& é muitoinIuenciado pelo italiano. Este possui essa distinç$o& por)ue na 1tliapro%ssionais liberais n$o podem constituir sociedades com limitaç$o deresponsabilidade dos scios& para )ue 4a,a a preservaç$o da responsabilidadeindividual. 'a( sentido e-istir essa distinç$o. A)ui como se pode constituirsociedade com limitaç$o de responsabilidade& n$o 'a( sentido o dispositivo.

Apenas %ns de 'al/ncias e recuperaç9es& re!istrais ;empresrio re!istra na ,unta& n$o6empresrio no cartrio de t3tulos e documentos< e paradeterminadas previs9es tributrias é importante a distinç$o entre empresrio en$o6empresrio.

O pro,eto do Cdi!o Comercial )ue tramita no Con!resso retira a palavracomercial do caput.

E-iste um pro,eto de Cdi!o Comercial. Q possui um !rande n?mero deemendas e n$o se sabe se ser aprovado. O modelo atual tra( a previs$o derevo!aç$o de !rande parte do cap3tulo da empresa do Cdi!o Civil pelo novo

Cdi!o Comercial. Ademais& n$o revo!a as leis e-trava!antes& apenas tra(al!umas pe)uenas alteraç9es& o )ue é bom. + um pro,eto principiol!ico& poisos princ3pios do direito empresarial n$o s$o i!uais aos do direito civil.

Outras e-ceç9es " empresariedade s$o tra(idas pelos art. =FN e =FS do CC.

As cooperativas ser$o consideradas n$o6empresariais independentemente deseu ob,eto. #a verdade elas s$o sociedades& mas s$o e-clu3das da

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empresariedade por lei ;par!ra'o ?nico do art. =FN<. As corporativas decrédito& por e-emplo. A @nimed também.

K& ainda& a e-ceç$o do art. =FS& par!ra'o ?nico: sociedades re!uladas por leiespecial e por elas e-clu3das da empresariedade. Esse é o caso t3pico daadvocacia.

 5ambém 4 o empresrio rural& )ue por opç$o pode n$o ser empresrio. + a?nica cate!oria )ue pode escol4er se a atividade ter caracter3stica deempresariedade. ;ponto > do pro!rama<. Bal/ncia e recuperaç$o& re!istro etributaç$o s$o os motivos )ue levam " escol4a ser bené%ca ou n$o.

A l!ica italiana é vista apenas na sociedade de advo!ados& por)ue a leiestabelece )ue é uma atividade pessoal.

Essas s$o as tr/s e-ceç9es da empresariedade em con'ormidade com opara!ra'o ?nico do art. =>> e dos demais dispositivos.

(. Em$e!+#o #%"#*#"ual)

Bala6se a)ui em pessoa '3sica.

+ a)uele comerciante aut*nomo& )ue tem uma empresa individual& no sentidode )ue tem uma atividade comercial individual. 7orém& n$o possuipersonalidade ,ur3dica& o )ue si!ni%ca )ue as d3vidas da empresa s$o d3vidasdo empresrio e vice6versa& mas ele tem C#7Q e tributaç$o de empresa pore)uiparaç$o " pessoa ,ur3dica. O empresrio individual& portanto& possui o C7Bpara as suas relaç9es particulares e o C#7Q para o )ue di( respeito ")uela

atividade.

anta!ens: antes n$o 4avia a empresa individual de responsabilidade limitada.Assim& ou o su,eito constitu3a uma sociedade ou era empresrio individual& )ueera a alternativa " sociedade.

  Re#!to)

Matr3cula é 'eita na Qunta Comercial. Art. =>F tra( os re)uisitos para o pedidode re!istro de empresrio individual. 7ode& nessa solicitaç$o& inclusive indicarbens )ue ser$o utili(ados na atividade comercial.

7ossui C#7Q por)ue a lei admite uma e)uiparaç$o " pessoa ,ur3dica.

A declaraç$o de imposto de renda deve ser 'eita como pessoa ,ur3dica& por)uen$o 4 tributaç$o pior do )ue a do 1R de pessoa '3sica.

 5ecnicamente& o correto é processar a pessoa '3sica& n$o o empresrioindividual. Mas e-istem casos de processos contra empresrios individuais )uese!uiram normalmente.

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O art. =>H !era uma d?vida& pois determina )ue é obri!atria a inscriç$o doempresrio na ,unta comercial. Ora& )uando se l/ esse dispositivo& como seresponde a se!uinte per!unta: o empresrio )ue intermedia bens e serviços&vivendo disso& e n$o é re!istrado na ,unta& é empresrioL K d?vida& por)ue seele 5EM )ue ser re!istrado e n$o o é& talve( ele n$o se,a empresrio.

Entretanto& o direito comercial é o direito da realidade. Assim& ele é empresrio.Aplicam6se as re!ras aplicadas ao empresrio& apenas as mais severas& pois éum empresrio irre!ular& também c4amado de “de 'ato”& visto )ue casocontrrio& se todas as normas 'ossem aplicadas& incluindo as bené%cas& n$o4averia est3mulo para )ue o re!istro 'osse 'eito. A lei& na verdade& 'ala emobri!atoriedade para %ns de re!ularidade. #$o é uma obri!atoriedade nosentido de causar uma nulidade. A!ora& o )ue se pode entender é: oempresrio ser eula apenas se 'or re!istrado. A 'alta de re!isto 9O retiraa empresariedade da atividade.

O empresrio individual& depois de NGGF& pode pedir a trans'ormaç$o de

empresa individual em sociedade empresarial. + re)uerida na Qunta e uma dasvanta!ens é )ue n$o se perde o C#7Q – TSU do art. =>F.

O empresrio individual pode até mesmo ter %lial. Como os re!istros s$oestaduais& deve ser solicitado o re!istro da %lial na ,unta comercial do estadoem )ue ela se locali(a – art. =>=.

• 7e)ueno empresrio:

Art. =HG.

Em$e!+#o ual : $o%to 05)Art. =H.

7elo lado otimista& bene%cia6se o rural por causa da 'unç$o social.7raticamente 'alando& é tratado de 'orma di'erente por lobbV.

• a$ac#"a"e)

A capacidade de direito é estudada no direito civil. A)ui se 'ala em capacidadeem$e!a#al.

E-istem pessoas )ue detém plena capacidade de direito e n$o possuemcapacidade empresarial. Entretanto& para )ue 4a,a capacidade empresarial énecessrio )ue se ten4a capacidade de direito.

Capacidade de direito é a aptid$o para contrair direitos e obri!aç9es 'rente "ordem ,ur3dica. Con'unde6se com personalidade ,ur3dica da pessoa '3sica. 5odost/m capacidade de direito. O )ue nem todos t/m é a capacidade de 'ato& poisnem todos t/m seu total e-erc3cio& como nos casos de incapacidade absoluta e

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incapacidade relativa. Essas )uest9es decorrem pela idade e al!uns 'atorespessoais )ue a'astam a possibilidade de e-press$o da vontade.

Capacidade empresarial encontra6se no art. =HN do CC. 7ara )ue al!uém ten4acapacidade empresarial é necessrio )ue ten4a capacidade de direito e n$o4a,a impedimento. A 7residente n$o pode ser empresria& assim como ,u3(es erepresentantes do M7. Os presos& en)uanto encarcerados& n$o podem tambémter capacidade empresarial. Os 'alidos também n$o podem ter capacidade.Al!uns& ainda& t/m capacidade empresarial limitada& como o o'talmolo!ista )uen$o pode ter tica. Ent$o& n$o podem ter capacidade a)ueles )ue t/mimpedimento le!al.

E se e-ercerem atividade empresarial tornando6se ela si!ni%cativaL 0$oempresrios& mas irre!ulares& por)ue n$o possuem capacidade empresarialdevido ao 'ato da lei l4es retirar essa possibilidade. Os atos comerciaispraticados& entretanto& s$o vlidos& s )ue a pessoa se su,eita a sanç9es

prprias do car!o ou da condiç$o )ue a impede de ser empresria. #o caso dapresidente da rep?blica& se ela se tornar empresria& ela est su,eita aoimpeac4ment.

0e antes de assumir o car!o 'or empresrio& o su,eito apenas precisa sedesli!ar da administraç$o da empresa. Qu3(es podem ser scios& mas n$oadministradores. Au'erem lucros& mas n$o podem e-ercer car!os de !est$o.

Auma"o at6 au#

01.0.2013 : ;e#a"o.

02.0.2013 : %ão te*e aula.

0(.0.2013

K o empresrio individual e a empresa individual& )ue s$o coisas bemdi'erentes. A %!ura do empresrio individual é muito anti!a no comércio e nodireito. Q a empresa individual 'oi criada recentemente.

Empresrio individual 9O tem personalidade ,ur3dica. 7ossui re!ime tributrioparecido com o da pessoa ,ur3dica e é pass3vel de re!istro& mas n$o tempatrim*nio separado.

• a$ac#"a"e

+ di'erente da capacidade civil. Muitas pessoas s$o capa(es civilmente& masn$o possuem capacidade empresarial. Essa incapacidade empresarial se ddevido a uma determinaç$o le!al ou )uando de%nido por uma sentença.7odem e-ercer o comércio& mas sempre ser$o empresrios irre!ulares.

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• I%ca$ac#"a"e e em$e!+#o #%"#*#"ual)

O arti!o precursor da E1RE1 é o art. =HW do Cdi!o Civil. Ele é importantepor)ue& pela primeira ve( no sistema brasileiro& admitiu )ue a pessoa tivessedois patrim*nios. O !rande problema em se aceitar a E1RE1 era )ue ela se

con'undiria com o patrim*nio da pessoa& n$o era conceb3vel a e-ist/ncia dedois patrim*nios. O art. =HW& ent$o& admitiu a possibilidade do incapa( )ue4erda um ne!cio ter dois patrim*nios.

Antes desse arti!o& se o empresrio individual morresse& a empresa deveria serli)uidada& pois o incapa( n$o poderia dar se)u/ncia " atividade empresarial;nem seus tutores ou assessores< devido ao 'ato de )ue seu patrim*nio deveriaser prote!ido. 5oda a atividade empresarial é de risco e o menor n$o poderiaarriscar seu patrim*nio. Criou6se o art. =H )ue autori(ou o menor a 4erdar aatividade empresarial , e-istente.

7or )ue a le!islaç$o atual mudou e a!ora admite )ue um incapa( 4erde e d/continuidade a uma atividade empresarial desde )ue assistidoL 7or)ueinteressa )ue a atividade continue. #o re!ime anterior& se prote!ia o menor&mas se acabava com a atividade. A!ora é di'erente& tem a atividadecontinuidade& mas também se prote!e o menor.

O prprio alvar )ue autori(a a atividade empresarial pelo incapa( determina)uais os bens )ue respondem por essa atividade e )uais constituem opatrim*nio do menor. + o ,ui( )ue de%ne a separaç$o& )uais bens s$o parte deum patrim*nio e )uais s$o do outro. A soluç$o do art. =HW n$o é per'eita& éarti%cialmente criada para permitir a continuidade da atividade industrial ao

mesmo tempo em )ue se prote!e o menor.

Essa autori(aç$o normalmente era provisria& pois cessava ,unto com aincapacidade& a n$o ser )ue essa nunca acabasse.

Ko,e& o mais comum é )ue se trans'orme o empresrio individual em empresaindividual nesses casos.

De )ual)uer 'orma& é esse arti!o importante ,ustamente pela inovaç$o )uetrou-e& ainda mais ao ter possibilitado a criaç$o da E1RE1.

+ l!ico )ue o incapa( continua sendo o 'oco de preocupaç$o do le!islador. 7or

isso& 'oi introdu(ido o TSU no art. =HW )ue estabelece )ue ele s pode estarenvolvido na atividade industrial desde )ue n$o e-erça atos de administraç$o e)ue o capital social este,a completamente inte!rali(ado ;caso de menor comoscio de uma limitada<.

O scio de uma limitada responde por d3vidas da empresa en)uanto seu capitalainda n$o este,a capitali(ado. 1nte!rali(ar o capital si!ni%ca pa!ar as cotas )uepossui da empresa.

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O art. =H& por sua ve(& prev/& na possibilidade de )ue o assistente ourepresentante do incapa( n$o )ueira ou n$o possa e-ercer a atividadeempresarial& )ue o ,ui( nomeie um !estor para a atividade.

• Soc#e"a"e e%te c,%jue! : at. <77= .

O art. =HH determina )ue pessoas casadas podem 'ormar sociedade entre si ouentre si e com terceiros desde )ue n$o se,am casados em re!ime de comun4$ouniversal de bens ou de separaç$o obri!atria.

Antes do novo CC n$o 4avia uma determinaç$o e-pressa )uanto a isso. Oentendimento predominante era o de )ue era poss3vel a 'ormaç$o desociedades entre c*n,u!es independentemente do re!ime de casamento& tendoa Qunta Comercial re!istrado diversas empresas em )ue os scios eramcasados com comun4$o universal de bens. Kavia um descompasso entre arealidade e a lei& pois embora a constituiç$o da sociedade 'osse proibida& vrias

empresas eram constitu3das por c*n,u!es casados no re!ime de separaç$ouniversal ou separaç$o obri!atria de bens. Editaram6se vrios atospermitindo& ent$o& )ue as sociedades entre c*n,u!es casados nesses re!imeseram permitidas e re!ulares desde )ue constitu3das antes do novo CC.

• Outoa u>'#a ou ma#tal)

Art. =HF di( )ue o empresrio individual casado n$o precisa da outor!a u-ria;mul4er< ou marital ;marido< para a venda de imveis associados " atividadeindustrial. + um dispositivo meio in?til& por)ue a separaç$o entre o )ue éusado ou n$o na atividade industrial é muito t/nue. Assim& é mel4or )ue se

ten4a& sim& a anu/ncia do c*n,u!e& pois esse ato preservar os direitos docomprador.

O art. =FG& por sua ve(& di( )ue é preciso averbar na ,unta comercial sentençasde divrcio )ue envolvem atividade empresarial sob pena de n$o ter validade.

7ara )ue& no divrcio& as partes se tornem scios na atividade empresarial& oempresrio individual precisa ser trans'ormado em sociedade a%te! "a!e$aação.

0<.0.2013 : ;alte#? aula @ab#.

O empresrio individual usa seu nome civil como o nome da empresaindividual& podendo adicionar a esse nome a atividade desenvolvida. E-: Qoséda 0ilva Comércio de e3culos.

Art. >& CC.

EIRELI

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1. O9O

+ uma inovaç$o tra(ida em NG )ue adotou no Jrasil a possibilidade deor!ani(aç$o do empresrio na 'orma de uma empresa a )ual se recon4ece apersonalidade ,ur3dica e )ue no entanto é constitu3da somente peloempresrio. #a realidade& viv3amos 4 muitos anos o problema pratico )uesomente se recon4ecia personalidade ,ur3dica para as sociedades& oempresrio somente poderia ter limitaç$o de responsabilidade casoconstitu3sse uma sociedade& mas muitas ve(es o empresrio nem )uerconstituir uma sociedade& dai um %cava com ==X e o outro com X& em )uenitidamente n$o 4 vontade de se 'ormar a sociedade. Eram sociedades comscio pal4a& de mentira.

E-istiam os c4amados scios de pal4a& diante do )ue se tin4am duas opç9es:ou se admitia sociedade com apenas um scio& ou se admitia um empresrioindividual com limitaç$o de responsabilidade& ou se,a& personi%car a empresa.

7ara en'rentar isso ou admitimos sociedades unipessoais& com um scio s& ouse admite )ue o empresrio individual possa ter limite de responsabilidade.Al!uns sistemas como o portu!u/s& italiano& 'ranc/s trabal4am com sociedadede um scio s. O brasil n$o optou por isso& mas por personi%car o empresrioindividual& s )ue com nova nomemclatura& por)ue temos ainda a %!ura doempresrio individual& cria6se sesta 'orma a empresa individual deresponsabilidade limitada ;E1RE1<& a )ual é recon4ecida a personalidade

 ,ur3dica e limitaç$o de responsabilidade do empresrio sem )ue para issoprescinda de scio. Ela e-i!e um capital social m3nimo bem !rande& ent$o tem)uem continue sendo empresrio individual& este é o motivo de optar ainda

4o,e pelo empresrio individual.

Diante disso& sur!iu a empresa individual de responsabilidade limitada. #esta érecon4ecida a personalidade ,ur3dica e a limitaç$o da responsabilidade doempresrio. O Jrasil optou ent$o pela personi%caç$o do empresrio e n$o pelasociedade unipessoal.

Em NG ns personi%camos a empresa& é um marco& uma coisa di'erente. Ole!islador poderia ter optado por recon4ecer as sociedades de uma pessoa s.A)ui recon4ece6se a individualidade da atividade& passamos a ter umaatividade personi%cada& a empresa individual& neste mesmo sentido est a

'undaç$o )ue é apenas um con,unto patrimonial voltado a uma atividade& ao)ual se da personalidade. 1sso est no =FG a do CC e na modi%caç$o do arti!oWW 1 do CC& o )ual rata da personalidade ,ur3dica. Em ultima anlise& o )ue 'a(com )ue al!o& al!uém ten4a personalidade ,ur3dicaL 7rimeiro devemos analisaro )ue é a pessoa ,ur3dica& é uma pessoa de direito com atributos semel4antesao de pessoa '3sica& mas é di'erente das pessoas '3sicas )ue a inte!ram. O )ue

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da personalidade é A E1. Este é o motivo de re'ormar o arti!o WW dandopersonalidade ,ur3dica a E1RE1.

7or essa lei o )ue se tem é uma atividade personi%cada. Art. WW 'oi modi%cadopra incluir a E1RE1.

O )ue é )ue 'a( com )ue al!o ou al!uém ou uma atividade ou umaor!ani(aç$o ten4am personalidade ,ur3dicaL 7or )ue a E1RE1 tempersonalidade ,ur3dica e a empresa individual n$o temL + a lei& ela di( )uetem& ent$o tem.

2. PERSOALIDADE BCRDIA3. OSTITCI9O

At. <(08A : a empresa individual de responsabilidade limitada serconstitu3da por uma ?nica pessoa titular da totalidade do capital social&devidamente inte!rali(ado& )ue n$o ser in'erior a GG ve(es o maior salrio

m3nimo vi!ente no pa3s.

1F

Birma – nome a partir do nome civil

Denominaç$o – nome )ue independente do nome civil.

O empresrio individual tem %rma& en)uanto a E1RE1 pode escol4er entre%rma e denominaç$o.

2F 8 o empresrio& pessoa '3sica& )ue constitui uma E1ER1 s pode constituir

uma E1RE1& pode ser scio de uma sociedade& mas n$o pode constituir mais deuma E1RE1.

3F 8 a E1RE1 pode se constituir de uma sociedade limitada& ou se,a& a limitadapode trans'ormar6se em E1RE1& e também pode a sociedade se trans'ormar emE1RE1.

4F 8 'oi vetado& mas previa a delimitaç$o da responsabilidade individual. Boivetado por ser considerado desnecessrio& pois o )ue ele descreve é o'undamento da limitaç$o de responsabilidade.

F 8 'ala sobre a E1RE1 para prestaç$o de serviço. 7ossibilita )ue oempresrio receba remuneraç$o decorrente da cess$o de direitos patrimoniaisde autor ou de ima!em& nome& marca ou vo( de )ue se,a detentor o titular dodireito& vinculados " atividade pro%ssional.

5F 8 " E1RE1 se aplicam as normas da sociedade limitada.

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7ode a E1RE1 ser constitu3da por pessoa ,ur3dicaL #a primeira ,ornada dedireito comercial 'oi discutida essa )uest$o& a pro'essora de'ende )ue isso n$odeve ser admitido& ainda mais se 'or ilimitada )uanto ao n?mero deconstituiç9es& pois isso daria muito espaço para 'raudes. Além disso& isso , éadmitido na disciplina das limitadas. Esse entendimento prevalece por

en)uanto.

+ um 'ormulrio para a constituiç$o& uma declaraç$o& n$o é um contrato.

4. OBETO E RE@ISTRO

Empresa n$o empresria – se a E1RE1 é re!istrada na ,unta ela éempresria& se é re!istrada no cartrio de t3tulos e documentos é empresan$o empresria. 5e-to.

ESTAELEIMETO

1. O9O

0$o os bens utili(ados para a prtica comercial. 5ambém pode ser encontradocomo 'undo de comércio. O CC utili(ou a e-press$o estabelecimento.

Art. WN 6 é o con,unto dos bens or!ani(ados pelo empresrio para a suaprtica pro%ssional. Essa or!ani(aç$o decorre e-clusivamente da 4abilidade& dacapacidade do empresrio. O conceito de estabelecimento comercial , eraposto pela doutrina 4 muitos anos& mas s 'oi trans'ormado em te-to le!al poreste arti!o.

Ele é dotado de uma unidade& a )ual é dada pelo empresrio. E-: ima!inemosuma pi((aria& ela vai ter mesas& cadeiras& uma c8mara re'ri!erada& 'ornos&pratos& etc.& mas a sua unidade é dada pelo empresrio& o empresrio irescol4er )uantos 'ornos& mesas& etc. #a 'rente abre uma outra pi((aria&também com mesas& cadeiras& etc. escol4idas pelo empresrio. A da 'rente dcerto& sendo )ue esses bens reunidos passam a constituir uma unidade& edependem da atividade do empresrio. #o caso de um dos empresrios )uerervender& ele ir vender a or!ani(aç$o como um todo e n$o as cadeiras& asmesas& o 'orno isoladamente. Essa or!ani(aç$o é al!o imaterial& tem um valorimaterial. O estabelecimento comercial or!ani(ado pelo empresrio tem umvalor de or!ani(aç$o& sendo )ue )uanto mais lucrativo& mais bem locali(ado&

maior ser o valor de or!ani(aç$o. E isso é o estabelecimento.

Além disso& também é poss3vel vender o estabelecimento& mantendo6se asociedade. E-: Qo$o e Qoa)uim& donos da Dois Coraç9es& )uerem vende6la& mas)uerem manter a sociedade para montar um restaurante& ent$o podem vendera or!ani(aç$o.

7odem6se vender as cotas e os bens& )ue s$o coisas di'erentes.

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K di'erença entre patrim*nio e estabelecimento – patrim*nio s$o os ativos eos passivos& en)uanto o estabelecimento s$o os bens )ue inte!ram aor!ani(aç$o. 2uando um empreendimento tem vrias %liais& cada %lial tem oseu estabelecimento.

Art.WS 6 unidade.

2. ELEMETOS

O estabelecimento comercial é composto por bens corpreos ;desde asinstalaç9es até& em determinadas circunst8ncias& bem imvel – e-: vitrines&mercadorias& etc.< e bens incorpreos.

O imvel inte!ra ou n$o inte!ra o estabelecimento comercialL K diver!/nciana doutrina& na ,urisprud/ncia& etc. 7ara Rubens Re)ui$o bem imvel n$ointe!ra& mas 4 parte da doutrina )ue admite isso. A pro'essora acredita )ueisso depende do ne!cio& )ue 4 ne!cios )ue o bem imvel inte!ra& en)uanto

4 ne!cios em )ue o bem imvel n$o inte!ra& pois o imvel n$o precisa serprprio do empresrio.

#os bens incorpreos entra a propriedade imaterial& marca& patente& desen4oindustrial. Os contratos também inte!ram o estabelecimento.

At#buto!) s$o dois& um se c4ama clientela e outro aviamento. Clientela éatributo por)ue n$o é poss3vel vender clientela& de modo )ue )uando oempresrio vende o estabelecimento& ele valora a clientela. O aviamentosi!ni%ca a perspectiva de lucratividade do empreendimento& também é al!oincorpreo. + valorada )uando o empresrio vai %-ar o preço.

3. DISIPLIA BCRDIA

A disciplina principal est na lei. 2ual é a nature(a ,ur3dica do estabelecimentocomercialL K duas posiç9es )uanto a isso: i< é tido como uma universalidadede direito – e-: esplio e massa 'alida ii< como uma universalidade de 'ato – e-:biblioteca ;sem vender livros<. O esplio e a massa 'alida s$o universalidadespor)ue a lei assim o determina& en)uanto a biblioteca é uma universalidadepor)ue o empresrio )uer.

4. ALIEA9O

. -ORMALIDADES5. RTIA

15.0.2013

<. E!tabelec#me%to Em$e!a#al Gco%t#%uaçãoH.

+ o con,unto dos bens or!ani(ado pelo empresrio para a prtica empresarial.

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Os bens )ue inte!ram o estabelecimento s$o corpreos e incorpreos.

K uma universalidade de 'ato ou de direito do estabelecimentoL 2ual é anature(a ,ur3dica do estabelecimentoL

Os contratos inte!ram o estabelecimento. As relaç9es ,ur3dicas s$o abstratas.

Contudo& )uando concreti(adas em contratos e inter'erirem em valores !lobais&'a(em parte do estabelecimento. + relacionado ao valor& ou se,a& " valori(aç$ode um con,unto de bens.

O empresrio é )ue tem a 4abilidade de de%nir )uais os bens )ue ser$oalocados& como eles ser$o alocados& o local em )ue o empreendimento serinstalado& )ual material ser utili(ado& etc. 1sto )uer di(er )ue )uem d acon%!uraç$o do estabelecimento é o empresrio.

  Ta%!;e%c#a

O estabelecimento é mais parecido com uma biblioteca do )ue com umesplio. Ele disp9e de uma or!ani(aç$o para usu'ruir da)ueles bens. Ademais&n$o 4 nada )ue o obri!ue a vender a or!ani(aç$o de bens. Ele pode vender aempresa sem o estabelecimento. 7elo 'ato de o estabelecimento ser 'ruto daor!ani(aç$o& do sub,etivismo do empresrio& ele é uma universalidade de 'ato.

Entretanto& o estabelecimento é visto por al!uns como universalidade dedireitos& pois 4o,e& pela disciplina do CC& )uem aliena o estabelecimentoempresarial %ca corresponsvel por um tempo com o ad)uirente do ambienteempresarial. A lei di( )ue )uem compra %ca responsvel pelas obri!aç9es e)uem vende %ca corresponsvel por um tempo.

O estabelecimento se trans'ormou em uma universalidade de direito paraal!uns& até mesmo por)ue é inte!rado pelo ativo e pelo passivo.

Mrcia Carla continua ac4ando )ue ele é uma universalidade de 'ato& poisdecorre da sub,etividade do empresrio.

Art. GS& ao di(er “pode” e n$o “deve”& motiva a compreens$o de )ue auniversalidade é de 'ato.

2uando o empresrio tem vrias %liais& ele pode alienar apenas uma& por

e-emplo.E;e#to!

O estabelecimento comporta uma !rande parte do patrim*nio do empresrio. +uma porç$o importante& pois s$o todos os bens e'etivamente usados para ae'etividade da sociedade.

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0e a sociedade - n$o !uarda bens su%ciente para a satis'aç$o de seus débitos&os credores podem consentir com a alienaç$o do bem ou pedir a 'al/ncia dasociedade. @m dos motivos )ue ,usti%ca o pedido de 'al/ncia de umempresrio é a venda de bens sem !uardar patrim*nio su%ciente para asatis'aç$o dos créditos de seus credores. Depois de decretada a 'al/ncia& o

administrador ,udicial pode re)uerer o des'a(imento da venda. oltam os benspara a massa 'alida da sociedade& depois do )ue ser$o vendidos e o din4eiroresultante ser utili(ado para o pa!amento dos credores.

7ode ser alienado apenas o ponto e n$o o estabelecimento. 1sso se d )uandoo proprietrio retira os bens do local em )ue estava a empresa instalada etrans'ere a atividade para outro lu!ar& alienando o ponto apenas ;locando6o&por e-emplo<.

O ponto& a marca& o contrato de 'ran)uia s$o inte!rantes do estabelecimento epodem ser ob,etos de ne!ociaç$o apartados.

Art. W tra( a previs$o da necessidade de consentimento. 0e o credor anuiucom a venda& n$o pode pedir a 'al/ncia da empresa depois.

Art. W> – determina )ue o ad)uirente se torna responsvel pelas d3vidasanteriores " trans'er/ncia do estabelecimento& desde )ue elas este,amcontabili(adas. Da mesma 'orma& no per3odo de um ano aps a trans'er/ncia& éo vendedor também responsvel. O problema disso& se!undo Mrcia Carla& é)ue as d3vidas s$o da sociedade. 2uando o estabelecimento é vendido& asociedade n$o desaparece. #$o 4& ent$o& motivos para )ue a mudançasub,etiva na relaç$o ocorra. K uma con'us$o entre a sub,etividade da

sociedade e a sub,etividade do estabelecimento empresarial. As d3vidas0EM7RE s$o do empresrioYda sociedade empresarial. A lei como )uetrans'ormou o estabelecimento em um esplio. Bbio 5oucas di(& ainda& )ueesse arti!o tornou praticamente impraticvel a trans'er/ncia doestabelecimento empresarial& pois nin!uém )uer as d3vidas. 0 )ue é semprebom )ue o estabelecimento se,a ad)uirido& por)ue se d continuidade "atividade. Abre a lei& entretanto& mar!em " discuss$o. + mais !arantido )ue oempresrio compre as cotas da sociedade& levando ativo e passivo& do )ue elecomprar o estabelecimento empresarial& abrindo mar!em " discuss$o dopa!amento de d3vidas )ue eram da sociedade. O )ue acontece& também& é'a(er a trans'er/ncia de elementos do estabelecimento. Contraria o princ3pio depreservaç$o da empresa& di%cultando a trans'er/ncia do estabelecimento.

2uando al!uém aliena um estabelecimento empresarial& o vendedor pode nodia se!uinte alu!ar um ponto na 'rente do estabelecimento anti!o e iniciaruma concorr/nciaL Depende do contrato a lei n$o veda e-pressamente. 0e aspartes 'orem omissas )uanto a isso& aplica6se o art. WH: )uem aliena oestabelecimento n$o pode 'a(er concorr/ncia ao comprador em cinco anos.

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7ara )ue n$o se ten4a problema& ent$o& é bom )ue as partes dispon4am sobreisso no contrato de 'orma clara.

Art. WF – o indiv3duo compra o estabelecimento empresarial de uma pi((aria)ue 'ornecia pi((a para uma escola. O indiv3duo& ent$o& sub6ro!a6se nessecontrato& a n$o ser )ue a escola se mani'este de 'orma contrria. 7ode 4averno contrato de 'ornecimento a previs$o de )ue 4aver ou n$o sub6ro!aç$o.

  -omal#"a"e!

  7rimeiro& para 4aver trans'er/ncia de estabelecimento& o contrato deve serescrito. Essa previs$o est no art. WW. Ademais& para ter e%ccia peranteterceiros& esse contrato deve ser averbado na ,unta comercial& além depublicado no dirio o%cial ou sumari(ado& para !arantir plena e%ccia peranteterceiros ;art. W=<. O contrato de trespasse do estabelecimento empresarialprecisa ser escrito& re!istrado e publicado. Ele é& ent$o& um contrato 'ormal.

I%!t#tuto! om$leme%tae! : Re#!to

oção

2ual)uer pessoa pode ir " Qunta Comercial e re)uerer uma certid$o do re!istrode uma empresa& o seu estatuto& a ata de 'undaç$o& etc. 1sso é muitoimportante& por)ue a sociedade empresarial n$o é uma cai-a preta. 0e 'or umalimitada ou uma 0.A& é poss3vel )ue se saiba )uem s$o seus administradores.

Os re!istros p?blicos& e especialmente o re!istro p?blico empresarial& e-istempara !arantir esse acesso " in'ormaç$o. Ele tem uma %nalidade: a publicidade

de dados )ue interessam para além do empresrio. 7or isso a lei brasileiraestabelece a disciplina do re!istro empresarial em dois momentos: 4 adisciplina do CC& a partir do art. G& e 4 a disciplina da ei F=SWY=W. Essa ei'oi re!ulamentada pelo D FGGY=>.

-u%ção

A 'unç$o do re!istro p?blico empresarial est estabelecida no art. U da eiF=SWY=W. Além de demonstrar a 'unç$o& essa lei 'oi uma precursora doempre!o 'ormal da palavra empresa. A ei é de ==W& o CC é de NGGN. Di(6se)ue a teoria da empresa 'oi consa!rada com o CC& mas a ei F=SWY=W é

anterior ao CC& é precursora dela.

As principais 'unç9es s$o: !arantia& publicidade& autenticidade& se!urança ee%ccia de documentos e atos empresariais.

  D#!c#$l#%a

Cdi!o Civil& ei F=SWY=W e D FGGY=>.

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#o CC& no art. G& 4 a previs$o de )ue a empresa se vincula "s QuntasComerciais. Q as atividades n$o empresariais n$o se su,eitam " Qunta& mas simao Re!istro Civil das 7essoas Qur3dicas& )ue se 'a( no cartrio de t3tulos edocumentos – caso das sociedades simples.

A)ui ser$o trabal4ados apenas os re!istros empresariais& ou se,a& a)ueles )uese d$o nas Quntas Comerciais.

Os re!istros devem ser re)ueridos pela pessoa )ue é obri!ada por lei a 'a(/6lo.Entretanto& se por al!um motivo a pessoa n$o o %(er& )ual)uer interessadopode re)uerer o re!istro – art. .

Os documentos re)ueridos s$o apresentados perante a Qunta& a )ual tem odever de investi!ar sua autenticidade. 7ode também re)uerer documentoscomplementares& ale!ar sua incon'ormidade ou ne!ar de plano o re!istro. Ktoda uma estrutura na Qunta Comercial voltada aos re!istros.

O art. S& por sua ve(& prev/ essa anlise dos documentos.

7or %m& os atos )ue dependam de re!istro apenas t/m plena e%ccia aps ore!istro.

+ di'erente produ(ir e'eito entre as parte e perante terceiros.

A disciplina do CC é s esta acima descrita.

  Mo"al#"a"e!

2uando se 'ala em re!istro& 'a(6se re'er/ncia a al!uns atos espec3%cos

determinados pelo art. SN da ei F=SWY=W.

A matr3cula é um desses atos espec3%cos. Os a!entes da Qunta de Comércioin!ressam mediante concurso. Os tradutores ,uramentados t/m a sua 'éoutor!ada pela Qunta& mas n$o s$o a!entes dela& trabal4am para casosespec3%cos& recebendo por traduç$o 'eita. E-istem também os leiloeiros. Ostrapic4eiros s$o os responsveis pelo re!istro dos produtos )ue est$o nosarma(éns !erais.

Outro ato t3pico é o ar)uivamento& previsto no inciso 11 do art. SN. Estatuto&contrato social& atas& documentos de e-tinç$o de empresas individuais s$o

passiveis de ar)uivamento ;al3nea a<. 5ambém& contratos )ue mant/m aatuaç$o or!ani(ada de sociedades& como os con!lomerados& consrcio ;al3neab<. A autori(aç$o para uma empresa estran!eira 'uncionar no Jrasil deve serar)uivada também. 7ode ocorrer a abertura de uma subsidiria a)ui ou )uereratuar pontualmente& re)uerendo a autori(aç$o para o 'uncionamento deempresas estran!eiras no Jrasil. As declaraç9es de microempresas& atos edocumentos )ue a lei e-i,a s$o pass3veis de re!istro perante a ,unta. 7or %m& a

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autoindicaç$o de instrumentos de re!istros. Os livros de re!istro das empresasdevem ser autenticados nas Quntas.

Essas s$o as modalidades re!istrais de compet/ncia das Quntas estaduais.

As Quntas s$o vinculadas ao Estado e " @ni$o. #$o s$o autar)uias& n$o s$o

empresas.

O nome empresarial é di'erente da marca. O nome empresarial é o nome o%cialda marca& tendo valor. #$o pode ser ne!ociado separadamente.

E!tutua

A ei F=SW prev/ as Quntas Comerciais& )ue s$o estaduais& e o D#RC. As Quntas'a(em o serviço de re!istro propriamente dito. O D#RC& por sua ve(& tem umacompet/ncia de or!ani(aç$o das Quntas. Ele n$o 'a( o re!istro& mas or!ani(a6os. Como os re!istros s$o estaduais& é importante )ue 4a,a essa or!ani(aç$o&

para )ue o processo se,a mais 4omo!/neo.

2ual a compet/ncia do D#RCL Art. WU da ei F=SWY=W. Em s3ntese& elesupervisiona as Quntas& estabelece normas e diretri(es& soluciona d?vidas&%scali(a& presta colaboraç$o técnica e %nanceira& or!ani(a o cadastro dasempresas& instrui recursos& reali(a estudos& etc.

Ele& entretanto& tem uma import8ncia )ue vai além dessa leitura& pois umadecis$o do D#RC pode derro!ar a lei. O caso da sociedade ente c*n,u!escasados com comun4$o universal de bens& permitida se celebrado ocasamento antes do novo CC& é uma decis$o do D#RC. Ele acaba& ent$o& tendo

uma import8ncia maior do )ue parece.

0e 4 uma normativa do D#RC )ue prevalece sobre a lei é por)ue 4 umaconiv/ncia do sistema )ue d uma autonomia em determinadas matérias aoD#RC.

O sistema é bastante 4ibrido. As Quntas s$o estaduais& mas se submetemadministrativamente ao Estado e tecnicamente " @ni$o – art. >U da eiF=SWY=W.

22.0.2013

I%!t#tuto! com$leme%tae! : Re#!to Em$e!a#al Gco%t#%uaçãoH

  E!tutua

2uando se 'ala em re!istro& pode 4aver re'er/ncia ao nome empresarial& "propriedade industrial e aos re!istros empresariais& )ue envolvem a matr3cula&o ar)uivamento e as autenticaç9es.

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-omal#"a"e!

A lei prev/ )ue os re!istros empresariais devem ser 'eitas nas ,untascomerciais estaduais& submetidas 'ormalmente ao !overno estadual& masmaterialmente ao !overno 'ederal.

2uando os documentos s$o apresentados " Qunta& o art. WG da ei F.=SWY=Wdetermina se 4ouve atendimento aos re)uisitos. 0e 'or al!o )ue possa sersanado& a Qunta pode abrir pra(o para )ue as e-i!/ncias se,am cumpridas. 0en$o 'or sanvel& 4 inde'erimento do ato.

Depois da anlise dos documentos& 4 de'erimento ou inde'erimento dopedido.

Kaver necessidade de decis$o cole!iada para as matérias do art. W. Osdemais assuntos podem ser 'ruto de decis$o monocrtica.

K& ainda& na lei& a previs$o de )ue os atos pass3veis de re!istro devem serlevados para re!istro no pra(o de SG dias aps a sua assinatura. O interessanteé )ue se este pra(o n$o 'or cumprido& o re!istro pode ser 'eito a )ual)uertempo. 7orém& se os documentos 'orem levados no pra(o de SG dias& os e'eitosretroa!em " data de assinatura do documento& en)uanto )ue )uando levadosaps o vencimento do pra(o& a e%ccia do re!istro s conta aps o re!istro –art. S>. 1sso 'a( di'erença& pois no caso da substituiç$o de administradores& pore-emplo& 4aver validade dos atos praticados pelo novo administrador apenasdepois do re!istro& caso o pra(o de SG dias ten4a e-pirado. Esse pra(o&entretanto& n$o é decadencial& visto )ue o re!istro pode ser 'eito a )ual)uer

tempo. Bu%ta! omec#a#!

As Quntas Comerciais t/m sua estrutura prevista no art. = da ei F.=SWY=W.

A procuradoria das Quntas é a interna. E-istem& ainda& procuradores do M7desi!nados para atuaç$o na Qunta em casos em )ue sua presença é necessria.

A ideia é )ue a Qunta ten4a uma representaç$o paritria& ou se,a& desdea!entes pol3ticos& até comerciantes e ,uristas. 7or isso& a lei determina va!asespec3%cas para cate!orias pro%ssionais e& também& va!as de livre nomeaç$o

pelo !overnador.

O taman4o das Quntas e seu n?mero de vo!ais ;entre e NS< tambémdependem de %-aç$o estadual.

O art. N contempla )ue a metade dos vo!ais ser indicada por lista tr3plicedas entidades patronais. @m dos vo!ais e seu suplente devem ser indicadospela @ni$o.

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Remuneraç$o é %-ada em n3vel estadual e o mandato é de )uatro anos.

13.0.2013

10. Po$#e"a"e I%telectual)

A primeira )uest$o )ue se coloca sobre propriedade intelectual& principalmentea)uela )ue versa sobre direitos autorais ;obras literrias& art3sticas ecient3%cas< e direitos industriais& é )ue ela é o ramo mais internacional detodos dentro do direito. 1sso por)ue se baseia na Convenç$o de 7aris de FFS ea Convenç$o de Jerna de FF>& )ue disciplinam direitos autorais.

As re!ras )ue re!ulamentam o comércio internacional s$o de dois or!anismos:a OM7 ;Or!ani(aç$o Mundial de 7ropriedade 1ntelectual< e a OMC.

Desde FFS& a cada evoluç$o tecnol!ica& novas re!ras internacionais 'oramcriadas para as propriedades industriais e autorias. A 'oto!ra%a& por e-emplo& é

propriedade autoral ou n$oL Essa é uma )uest$o )ue passou a ser colocadaapenas aps a invenç$o da 'oto!ra%a.

A)uilo )ue , e-iste em estado de nature(a n$o possui criatividade 4umana.Assim& n$o é pass3vel de propriedade autoral& pois n$o 4 es'orço intelectual.

A 'oto!ra%a& 4o,e& é pass3vel de propriedade autoral& mas para )ue se c4e!assea esse n3vel& 'oi necessria uma evoluç$o.

O )ue é a propriedade intelectual no ambiente empresarialL 2uando a pessoatem a patente de uma invenç$o& ele tem o monoplio de e-ploraç$oecon*mica da)uele invento& podendo impedir )ue terceiros sem a suaautori(aç$o possam vir a produ(ir e comerciali(ar a)uela invenç$o por NG anos.Essa é a vis$o monopolista.

 Q a corrente de Denis Jor!es Jarbosa di( )ue a propriedade intelectual noambiente empresarial tem )ue ser vista como uma vanta!em competitiva deum a!ente econ*mico. Ora& a ind?stria& o comércio& a empresa s$o atividadesecon*micas. A empresa é uma atividade econ*mica )ue con,u!a propriedade etrabal4o. Entretanto& con,u!a propriedade& trabal4o E tecnolo!ia com %nalidadelucrativa. Monica Zusm$o é a primeira pessoa )ue coloca a palavra“tecnolo!ia” na de%niç$o.

A tecnolo!ia é o [no\64o\& o con4ecimento. E n$o e-iste atividade industrial)ue n$o possua tecnolo!ia. Denis Jarbosa di(& ent$o& )ue 'alar em propriedadeintelectual é 'alar em vanta!em competitiva& a )ual deve ser de'endida peloEstado. Essa determinaç$o encontra6se no art. U da CB& o )ual di( )ue oEstado outor!a ao indiv3duo a propriedade industrial& para )ue ele e-ploreeconomicamente e& assim& desenvolva 'uncional e tecnolo!icamente o pa3s.1sso si!ni%ca di(er )ue se uma pessoa n$o e-plorar uma patente em )uatro

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anos& ela caduca. 0e a marca concedida n$o é utili(ada& n$o sendo e-ploradaeconomicamente& por dois anos& ela caduca.

A 71 é uma barreira de mercado. 0e se pensa a patente a partir de umavanta!em competitiva& ver6se6 )ue a pessoa est promovendodesenvolvimento tecnol!ico. Dentro do ambiente industrial& )uais os bens )ues$o prote!idosL

7ropriedade intelectual é o !/nero& onde se tem direitos autorais de um lado edireitos industriais de outro. Assim& )uando se 'ala em propriedade industrial&'ala6se na verdade de direitos industriais.

Analisaremos o ambiente empresarial.

O )ue é uma invenç$oL

A primeira )uest$o para se entender a invenç$o: é necessrio distin!uir o )ue

é pass3vel de direito autoral e o )ue é prote!ido pelo direito industrial. 7ara )uese,a prote!ida pelo direito industrial& é necessrio )ue e-ista aplicabilidadeindustrial. 7ara )ue se ten4a patente de invenç$o& é preciso )ue se ten4a umasoluç$o técnica para um problema técnico. 0e 'or um problema estético& eleser prote!ido pelo direito autoral. A patente é 4ard& ou se,a& o problema deveser técnico e a soluç$o também. 7ara )ue 4a,a uma patente& também& épreciso )ue ela ten4a GGX de ori!inalidade.

A estada técnica é tudo o )ue est " disposiç$o de um técnico e )ue estsendo desenvolvido em universidades. A partir do momento em )ue a pes)uisaé publicada& ela se encontra no estado da técnica& n$o sendo pass3vel de

patente. Antes da divul!aç$o& a patente deve ser re)uerida. 0e estiver mais oumenos divul!ada& apenas a parte 'ora do estado da técnica é pass3vel depatente.

7odem e-istir patentes sobrepostas. A patente do rdio& por e-emplo. riasempresas se associaram para 'a(er a m)uina& pois nen4uma conse!uia 'a(e6la so(in4a. Assim& elas t/m patentes sobrepostas.

7atentes s$o re!istradas no 1nstituto #acional de 7atentes. 0e é re!istrada apatente de um produto no Jrasil& a pessoa tem o monoplio de produç$o ecomerciali(aç$o apenas no territrio brasileiro. Apenas se pode impedir )ue

al!uém na Ar!entina produ(a a)uele produto& por e-emplo& )uando se re!istraa patente em solo ar!entino.

A solicitaç$o da patente precisa ser 'eita& se n$o& n$o 4 direito al!um.

A propriedade industrial é territorial.

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O estado da técnica n$o é territorial& é mundial. Ent$o )uando se 'a( o depsitode uma patente inédita no Jrasil& pes)uisa6se o escritrio de patente nos E@A&na Europa e no Qap$o. 0e nada 'or encontrado& n$o est ainda no estado datécnica.

0e a patente e-iste em um pa3s e n$o 'or da pessoa& ela n$o pode pedir apatente em outro. 7ode apenas comerciali(ar o produto no local em )ue n$oe-iste a patente& até )ue os americanos decidam re!istrar a sua patente a)ui.

E-iste um acordo na OMC )ue di( respeito "s patentes& o 5R170.

O produto )ue viola a patente é um produto pirateado.

Essa é a import8ncia da patente no comércio internacional.

 Q o modelo de utilidade& por sua ve(& deriva de al!o , e-istente. 7or e-emplo&eu ten4o a patente do celular. ai6se acrescentar outra 'unç$o ou )ualidade no

aparel4o& como o vibracall. O vibracall é um modelo de utilidade. A!re!ou6seuma nova 'unç$o ou )ualidade.

O lacre )ue e-iste em cima da cerve,a 1taipava é um modelo de utilidadepatenteado por um curitibano. Ele licenciou o modelo de utilidade para a1taipava poder us6lo.

O modelo de utilidade tem o pra(o de anos.

O pra(o de duraç$o do modelo de utilidade& bem como da patente& é contado apartir do momento em )ue se solicita o re!istro. O problema é )ue e-iste aabsurda demora de F anos para )ue o re!istro se,a 'eito.

A soluç$o ,ur3dica para a violaç$o de uma patente é a noti%caç$o& a )ualin'orma )ue voc/ detém a patente e solicita )ue se,a cessada a produç$o. 1ssodeve ser 'eito assim )ue se descobrir a violaç$o& mesmo )ue a patente aindaten4a apenas sido solicitada. Caso contrrio& 4 a concorr/ncia parasitria.

Direito concorrencial e propriedade industrial s$o dois lados da mesma moeda.

A lei de propriedade industrial no Jrasil le!isla sobre os crimes de concorr/nciadesleal.

O )ue s$o marcasL 0$o sinais distintivos de um produto ou de um serviço. 2ualé o tempo de proteç$o de uma marcaL + indeterminado& mas e-pira. 5odo anodeve ser 'eito o depsito do anu/nio. Depois de um tempo& os depsitos s$o)uin)uenais. A )uest$o é )ue deve a marca ser e-plorada economicamente& sen$o seu re!istro e-pira.

A aspirina 'oi inventada pela JaVer no %m do século 1. Boi& ent$o&patenteada. inte anos aps o re!istro& e-pirou a patente& tornando6se a

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aspirina de dom3nio p?blico. A partir desse momento& )ual)uer um podeprodu(ir a aspirina& sur!indo desta 'orma o !enérico. #o momento em )uee-pirou a patente& a JaVer investiu no re!istro da marca. 1sso é aimplementaç$o do produto no mercado. oc/ acaba %deli(ando a marca& , )uea patente n$o é eterna.

Desi!n. O desen4o industrial é toda a con'ormaç$o e-terna do produto. Oscircuitos inte!rados n$o possuem também desen4oL 7ossuem& mas a suaproteç$o n$o se d a partir do desi!n& pois este se re'ere " 'orma e-terna. Ore!istro do desen4o industrial tem pra(o de N anos. O depsito do desen4oindustrial n$o prev/ a investi!aç$o de nada. #$o e-iste nen4uma a'eriç$o. #$ore!istram apenas se a 'orma 'or e-tremamente vul!ar.

O 1#7 barra o depsito de marcas de pessoa '3sica. A pessoa '3sica pode serdono de uma marca& entretanto& desde )ue n$o 4a,a concorr/ncia parasitria.A marca pode& também& ser de titularidade do scio ou da sociedade

empresarial. A marca pode ser sim titulari(ada por uma pessoa '3sica ou poruma empresa& desde )ue a utili(aç$o n$o se,a parasitria.

1.0.2013

0e!redo industrial é a)uilo )ue pode ser patenteado& mas pre'ere o empresrion$o 'a(/6lo. 0e a aspirina n$o tivesse sido patenteada& tendo o empresrio!uardado sua 'rmula como se!redo industrial& ele a comerciali(aria so(in4o oremédio até 4o,e. A )uest$o é )ue é poss3vel decompor o medicamento edescobrir sua 'rmula. A Coca6Cola& entretanto& é se!redo industrial& poisnin!uém conse!uiu descobrir a sua 'rmula.

 5oda atividade industrial pode ter um se!redo& o )ual pode ser pass3vel depatente ou apenas constituir vanta!em econ*mica.

1ndicaç$o !eo!r%ca é )uando determinado produto est vinculado ao localonde é produ(ido. Os vin4os s$o um e-emplo. O vin4o do porto é o vin4oprodu(ido apenas em um local espec3%co. A c4ampa!ne é outra indicaç$o!eo!r%ca. 7ode ser )ue e-ista uma indicaç$o !eo!r%ca )ue se con'unda comuma marca. Essas marcas )ue violam indicaç9es !eo!r%cas n$o podem sere-portadas& a n$o ser )ue alterem seu nome. #o Jrasil& os vin4os do RioZrande do 0ul& assim como os )uei,os de Minas Zerais s$o e-emplos de

indicaç9es !eo!r%cas.A di%culdade de se 'a(er uma indicaç$o !eo!r%ca é )ue se 'a( necessrio )uese ten4a a mesma )ualidade de produç$o& uma matéria prima espec3%ca& entreoutros aspectos& entre todos os produtores.

Os direitos autorais também entram na atividade industrial. 1sso !raças "ind?stria do entretenimento& como o carnaval& a Rede Zlobo& os ,ornais.

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Em matéria de propriedade industrial& t/m6se tr/s t3tulos. O primeiro é o depatente. 7atente é de invenç$o. #$o se tem patente de marca. Marca& direitoautoral& so't\ear t/m re!istros. 7or %m& e-istem os certi%cados )ue s$o apenaspara cultivares.

A propriedade industrial é tutelada no Jrasil pela ei =NH=Y=>. Essa ei passarpor um processo de revis$o a partir do dia G de ,un4o. 1sso por)ue essa leideve prote!er o investimento 'eito pela ind?stria para o seu desenvolvimento.7rote!e bens materiais.

#a medida em )ue se tem uma propriedade intelectual prote!ida pelapropriedade industrial& cria6se uma barreira. Essa barreira impede )ue )ual)ueroutra pessoa utili(e a)uela ideia. O direito autoral é di'erente. 0e uma pinturade um cavalo é re!istrada& a)uela e-press$o est prote!ida& mas n$o impede)ue )ual)uer outra pessoa pinte de 'orma di'erente um cavalo. 7or outro lado&a ideia prote!ida n$o pode ser usada por nin!uém.

O pull de patentes salva a ind?stria. O pull é um compartil4amento de patente.

#a realidade& n$o se patenteia a ideia& mas sim o produto. O )ue acontece é)ue a partir do momento em )ue se patenteia a)uele produto& a barreira )ue écriada atin!e também a ideia.

0$o patenteveis: novos produtos& novos processos& aplicaç$o nova deprocesso con4ecido& mudança de 'orma& proporç$o& dimens$o ou de materiaisse do seu con,unto resultar um e'eito técnico di'erente ou novo.

O Jrasil respeita a patente do medicamento e o seu processo de produç$o. 1sso

si!ni%ca )ue n$o se pode redu(ir um medicamento para descobrir a sua'rmula e produ(i6la.

#$o s$o patenteveis: teorias cient3%cas ;s$o con4ecimento<& 'rmulasmatemticas& re!ras de ,o!o& técnicas cir?r!icas& métodos de terapia ou dedia!nstico de seres vivos e a descoberta de uma coisa )ue , e-ista nanature(a. Mas é patentevel o processo para a utili(aç$o industrial dessa coisa)ue , e-iste na nature(a ;e-.: borrac4a vulcani(ada<.

Como se prote!e uma re!ra de ,o!oL 7rimeiramente& ele deve ter um valorestético di'erenciado. 5ambém& se se trabal4ar um e)uipamento di'erenciado

ou se 4ouver concorr/ncia desleal.

\\\.inpi.!ov.br

O 1#71 – 1nstituto #acional da 7ropriedade 1ndustrial& )ue é a autar)uia Bederalvinculada ao Ministério do Desenvolvimento& 1nd?stria e Comércio E-terior pordele!aç$o& é competente para:

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A concess$o de direitos de e-clusividade de e-ploraç$o econ*mica relativa "propriedade industrial de )ual)uer invenç$o& modelo de utilidade& desen4oindustrial ou marca. 5ambém& é competente para a e-ecuç$o de normas dapropriedade industrial& como o processamento e o e-ame dos pedidos depatente ou de re!istro.

Estado da técnica é todo con4ecimento bsico de um técnico da rea. Mastambém o é a)uele con4ecimento )ue 'oi produ(ido 4o,e em al!um centro depes)uisa e )ue 'oi publicado. 5ambém est no estado da técnica o produto )uen$o é patenteado e é produ(ido e vendido.

#o Jrasil 4 o per3odo da !raça& )ue é de F meses. Dentro deste pra(o& époss3vel )ue o empresrio patenteie seu produto& mesmo ele sendo produ(ido.#esse per3odo& o produto n$o entra no estado da técnica. O problema é )uen$o é em todos os pa3ses )ue isso é admitido. #o Jrasil é poss3vel )ue sere)ueira a patente em F meses. #os E@A& no momento em )ue o produto

começa a ser 'eito& ele est no estado da técnica. Assim& é poss3vel )ue seten4a a patente no Jrasil& mas nos E@A ela n$o ser concedida.

A patente é outoa"a.

O brasileiro n$o tem cultura de patentes. 7ra(o do processo dentro do 1#71 émuito !rande& ac4ar )ue n$o se tem tecnolo!ia& ac4ar )ue n$o valem a pena&etc.& os motivos s$o muitos.

Os atos e decis9es do 1#71 produ(em e'eitos apenas aps a sua publicaç$o.

0$o os a!entes de propriedade industrial )ue concedem a propriedade

industrial. Eles e-ercem uma atividade pro%ssional autori(ada pelo 1#71. Deve6se 'a(er um curso e um e-ame& e apenas se aprovado no e-ame a pessoa podese tornar a!ente.

7ela nova lei& o 1#71 re!istra os contratos para produ(ir e'eitos peranteterceiros. 0e se tem um contrato em )ue se 'a( a trans'er/ncia de tecnolo!iade uma ind?stria para outra& deve6se ter a autori(aç$o do 1#71.

K trans'er/ncia de outros para os E@A& mas os americanos n$o passamtecnolo!ia para 'ora do pa3s.

20.0.2012Po$#e"a"e #%telectual : co%t#%uação.

 

Maca= #%"#cação eo+Jca e !#%al "e $o$aa%"a.

Marca é um sinal distintivo de um produto ou de um serviço. 5em re!ulaç$o nalei =.NH=Y=>& art. NN.

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+ um sinal *#!ualme%te distintivo.

A marca pode ser composta de 3cones& %!uras& s3mbolos.

+ necessrio colocar o “R” da marca re!istrada ao lado do s3mbolo da marcaL#$o& n$o é necessrio. O )ue é necessrio para )ue se,a titular de uma marca

é )ue se solicite o re!istro desta.

+ um sinal identi%cador do produto ou serviço& n$o se con'unde com o nome doestabelecimento comercial ou ra($o social )ue identi%ca o comerciante. Amarca pode ser composta por palavras ou s3mbolos& 3cones ou %!uras.

“Janco 1ta? 0.A.” é o nome do estabelecimento comercial. “1ta?”& escrito emamarelo com 'undo a(ul& é a marca. “1ta?& 'eito para voc/” é a e-press$o depropa!anda.

E-press$o de propa!anda também di'ere da marca. A e-press$o n$o precisa

de re!istro. + prote!ida através da concorr/ncia desleal. 0e outra empresa seapropria da sua e-press$o de propa!anda& ela est sendo desleal.

 5itularidade da marca – podem re)uerer o re!istro de marca pessoas '3sicas ou ,ur3dicas& de direito p?blico ou privado. A pessoa ,ur3dica& entretanto& apenaspode pedir o re!istro de uma marca compat3vel com a sua atividade. Assim& adistribuidora de combust3vel n$o pode pedir o re!istro de uma marca dec4ocolate& por e-emplo. Q em relaç$o "s pessoas '3sicas& 4 uma série dere)uisitos necessrios& para )ue se evite o re!istro de marcas parasitrias.

A pessoa ,ur3dica s pode re)uerer re!istro de marca relativa " sua atividade&

)ue deve ser e-ercida licitamente.

O titular da marca n$o pode impedir )ue comerciantes ou distribuidoresutili(em sinais distintivos )ue l4es s$o prprios& ,untamente com a marca doproduto& na sua promoç$o e comerciali(aç$o. 5ambém& n$o pode impedir )ue'abricantes de acessrios para o seu produto utili(em a sua marca& ou se,a&para indicar a destinaç$o do produto& desde )ue obedecidas "s prticas leaisde concorr/ncia.

+ vedado ao titular impedir a livre circulaç$o de produto colocado no mercadointerno& por si ou por outrem com seu consentimento ;ressalvado na lei o caso

de licença compulsria de patente de produto ou processo<. A proteç$o damarca pelo titular se e-aure na primeira venda. Ent$o no momento em )ue ocontrato de representaç$o com o ar!entino é e-clusivo dentro da Ar!entina e orepresentante reali(a a venda& a C4anel n$o pode perse!uir o produto. Desta'orma& o brasileiro )ue compra os culos na Ar!entina e tra( para vender noJrasil o 'a( de 'orma l3cita. 1sso se c4ama importaç$o paralela. ]aren Zrau di( aimportaç$o paralela ser l3cita.

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A ,urisprud/ncia brasileira di( )ue o produto com !arantia mundial deve serconcertado no Jrasil& mesmo )ue comprado em outro pa3s.

A importaç$o paralela n$o é contrabando. O produto entra de 'orma l3cita nopa3s& sendo todos os impostos pa!os.

O titular da marca n$o pode impedir a citaç$o de marca em discurso& obracient3%ca ou literria ou )ual)uer outra publicaç$o& desde )ue sem conotaç$ocomercial e sem pre,u3(o para seu carter distintivo. Entretanto& se estas obrasestiverem dene!rindo a marca& uma aç$o é cab3vel.

 5empo de duraç$o da marca – seu re!istro se d pelo pra(o de G anoscontados da data de sua concess$o& prorro!veis por per3odos i!uais esucessivos& desde )ue se es!ote o mercado& desde )ue 4a,a e-ploraç$oecon*mica da marca.

O pedido de prorro!aç$o deve ser 'eito durante o ?ltimo ano de vi!/ncia do

re!istro& mediante pa!amento da respectiva contribuiç$o. Caso n$o se,areali(ado& poder o titular 'a(/6lo nos > meses subse)uentes& mediantepa!amento adicional.

Re)uisitos – . n$o colid/ncia com marca notoriamente con4ecida N. n$oe-i!/ncia de ori!inalidade absoluta S. n$o impedimento ;a lei impede o uso demarcas com as armas o%ciais do Estado& por e-emplo<.

A ori!inalidade n$o interessa. O )ue é necessrio é )ue a marca d/distintividade.

Marca - nome de dom3nio na internet: ser )ue a )uest$o marcar)uetria seestende para a internetL

#ome de dom3nio n$o é marca& mas endereço eletr*nico. 0e& por ventura& umnome de dom3nio causar concorr/ncia parasitria& pode vir a ser retirado.

23.0.2013

OORRKIA Gaula 22.0H

K a necessidade de re!istro de uma marca& de um nome para )ue ele se tornedireito de al!uém.

A propriedade material é muito clara& a delimitaç$o é corprea& 'tica. Q apropriedade industrial n$o imp9e essa delimitaç$o. Desta 'orma& todapropriedade industrial envolve a delimitaç$o de propriedade a partir dore!istro.

7or um lado& e-iste a ideia de delimitaç$o da propriedade industrial. De outrolado& 4 a liberdade de iniciativa do empresrio. Assim& a delimitaç$o da

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propriedade industrial limita a liberdade de iniciativa e a liberdade deconcorr/ncia.

#o direito concorrencial& estudam6se as 4ipteses em )ue o Estado inter'ere a%m de salva!uardar a liberdade de concorr/ncia e a liberdade de inciativa.E-istem restriç9es )ue t/m base le!al& mas e-istem restriç9es )ue s$oabusivas. K& portanto& condutas abusivas da parte de empresrios& e abusivassobre diversos prismas& como o cartel. Elas a'etam& "s ve(es& diretamenteempresrios ;concorrentes< ou o consumidor.

K& ent$o& todo um sistema de proteç$o da concorr/ncia.

OORRKIA Gco%t#%uaçãoH.

+& em parte& direito econ*mico& em parte direito empresarial.

Os princ3pios da ordem econ*mica presentes no art. HG da CB privile!iam o

e-erc3cio da atividade econ*mica pelo a!ente privado. O Estado& como re!ra&n$o ir a!ir. + criado um ambiente em )ue devem prevalecer as empresasprivadas.

O Estado n$o d conta de produ(ir tudo& sendo preciso )ue a preponder8nciada atividade econ*mica se encontre na iniciativa privada.

A concentraç$o demasiada n$o d certo& mas o e-cesso de liberdade leva&também& a problemas.

As condutas anticoncorrenciais !eram a necessidade de criaç$o de um sistema)ue prote,a as empresas das outras empresas. Os impactos dessas condutas sed$o entre os concorrentes& mas também atin!em o consumidor.

  S#!tema "e "e;e!a "a co%co%c#a)

O )ue prepondera no direito concorrencial é a )uest$o empresa6empresa. Emrelaç$o ao consumidor& e-iste uma estrutura paralela de proteç$o.

Assim& a colis$o de interesses de empresas di'erentes é 'undamentalmenteconcorrencial.

#as circunst8ncias em )ue e-istem riscos de les$o " concorr/ncia é )ue

e-istem normas )ue ob,etivam a proteç$o da concorr/ncia. Essas normascerceiam a liberdade ,ustamente para mant/6la.

A ei N.N=YNG revo!ou a lei anterior da concorr/ncia ;n. FFFWY=W<. #$oalterou muitas coisas em relaç$o " lei anterior& mas suas mudanças 'oram'undamentais. A consulta do CADE& por e-emplo& deve& a!ora& se dar antes datransaç$o.

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Essa lei estrutura o sistema brasileiro de de'esa da concorr/ncia. Em seu art.U& determina as )uest9es )ue s$o por ela disciplinadas. Em ?ltima anlise&repreende as in'raç9es& observa os princ3pios constitucionais& prote!e osconsumidores e cont/m o abuso do poder econ*mico. Os direitos prote!idospor essa lei s$o titulados pela coletividade. A preservaç$o do sistema de

marcado transcende os interesses particulares.

O sistema brasileiro de de'esa da concorr/ncia é constitu3do pelo CADE e pela0ecretaria de Acompan4amento Econ*mico do Ministério da Ba(enda.

A 0ecretaria tem a 'unç$o de promover a concorr/ncia.

 

ADE)

O CADE é previsto no art. WU da ei da Concorr/ncia como uma autar)uia'ederal vinculado ao Ministério da Qustiça.

+ constitu3do por um tribunal administrativo de de'esa econ*mica& umasuperintend/ncia !eral e um departamento de estudos econ*micos ;art. U daei da Concorr/ncia<. #a estrutura anti!a& o CADE era o tribunal. Ko,e& ele éuma estrutura maior& a )ual possui uma parte responsvel pelo ,ul!amento&)ue é o tribunal.

7ossui um presidente e seis consel4eiros& todos nomeados pelo 7residente daRep?blica e )ue possuem con4ecimentos ,ur3dicos eYou econ*micos.

 Qul!a& aplica multas e sanç9es.

E-iste um plenrio do tribunal do CADE.7ara )ue o CADE 4a,a& é necessrio )ue e-ista uma den?ncia& ou se,a& a!emediante provocaç$o& mas 4 uma ampla !ama de provocaç9es poss3veis.

E-iste uma procuradoria 'ederal ,unto ao CADE.

0$o levadas ao CADE: in'raç9es " concorr/ncia e concentraç9es empresariais.

 

I%;açe! co%co%c#a)

AbusivasYe'eitos ne!ativos.

7ro3be6se a conduta em si ou seus e'eitos.

1sso é uma enorme contrariedade ao sistema& pois a re!ra !eral é )ue a'al/ncia n$o produ( a corresponsabilidade dos scios. 7orém& o )ue essedispositivo determina é )ue se a 'al/ncia se der comprovadamente por m6!est$o& desconsidera6se a personalidade ,ur3dica& a'etando6se os scios.

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O caput do art. S> da ei da Concorr/ncia estabelece )ue a in'raç$o " ordemecon*mica independe de culpa. Assim& é a responsabilidade ob,etiva. Alémdisso& prev/ )ue os e'eitos podem ter acontecido ou podem ser potenciais&danos n$o precisam ter& de 'ato& ocorrido. Os poss3veis danos se encontramnos incisos do art. S>.

0e o mercado é con)uistado por e%ci/ncia& a conduta n$o pode ser punida.

Mercado relevante é um conceito econ*mico. 7or e-emplo& 4 o )ue se comede man4$ cedo& )ue pode ser comprado em uma pani%cadora ou em umsupermercado. 0e um dia a pani%cadora est 'ec4ada& voc/ vai ao mercado.Mercado e pani%cadora& ent$o& est$o no mesmo mercado relevante de coisas)ue se comem no ca'é da man4$. + pela 'un!ibilidade )ue se sabe )ue asempresas est$o no mesmo mercado relevante. 1sto é& )uando a pani%cadoraest 'ec4ada& vai6se ao mercado.

0e se observar bem& o conceito de mercado relevante permite a vlvula deescape.

O dom3nio do mercado relevante ;art. S>& 11< constitui in'raç$o " ordemecon*mica. Esse dom3nio é caracteri(ado& se!undo o TNU& )uando 4 mais deNGX de detenç$o do mercado. 7ode& entretanto& outros percentuais seremestabelecidos.

As penalidades impostas pelo CADE nestes casos est$o previstas a partir doart. SH da ei da Concorr/ncia.

I%;açe! co%co%c#a : com$leme%tação ca"e%o @#.

Art. S. Esta ei aplica6se "s pessoas '3sicas ou ,ur3dicasde direito p?blico ou privado& bem como a )uais)uerassociaç9es de entidades ou pessoas& constitu3das de 'atoou de direito& ainda )ue temporariamente& com ou sempersonalidade ,ur3dica& mesmo )ue e-erçam atividade sobre!ime de monoplio le!al. ;2@EM 7ODE COME5ER<

Art. SN. As diversas 'ormas de in'raç$o da ordemecon*mica implicam a responsabilidade da empresa e a

responsabilidade individual de seus diri!entes ouadministradores& solidariamente. ;desconsideraç$o dapersonalidade ,ur3dica<

Art. SS. 0er$o solidariamente responsveis as empresasou entidades inte!rantes de !rupo econ*mico& de 'ato oude direito& )uando pelo menos uma delas praticar in'raç$o" ordem econ*mica. ;desconsideraç$o )uando empresas

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)ue comp9e um !rupo todas podem ser condenadas porsolidariedade& em principio s$o empresas distintas<

Art. SW. A personalidade ,ur3dica do responsvel porin'raç$o da ordem econ*mica poder ser desconsiderada

)uando 4ouver da parte deste abuso de direito& e-cesso depoder& in'raç$o da lei& 'ato ou ato il3cito ou violaç$o dosestatutos ou contrato social.

Pa+a;o N%#co. A "e!co%!#"eação tamb6m !e+ e;et#*a"a ua%"oou*e ;al%c#a= e!ta"o "e #%!ol*%c#a= e%ceame%to ou #%at#*#"a"e"a $e!!oa ju"#ca $o*oca"o! $o m+a"m#%#!tação. ;DE0CO#01DERACAO DA 7ER0O#A1DADE Q@R^D1CA 7OR2@EKO@E BAE#C1A DE1DO M_ ADM#1#A5RACAO   @MA ECECAO AO0105EMA<.

Esta ideia de desconsiderar a personalidade ,ur3dica em caso de 'al/ncia ée-ceç$o ao sistema& normalmente a 'al/ncia n$o atin!e o scio.

At. 35. o%!t#tuem #%;ação "a o"em eco%,m#ca=#%"e$e%"e%teme%te "e cul$a= o! ato! !ob ualue;oma ma%#;e!ta"o!= ue te%am $o objeto ou$o!!am $o"u/# o! !eu#%te! e;e#to!= a#%"a ue %ão!ejam alca%ça"o!)

Ele di( )ue a in'raç$o independe de culpa& assim sendo a responsabilidade

imposta a)ui é OJQE51A& pelo caput deste arti!o` O caput prev/ )ue os e'eitosnocivos podem ter acontecidos ou podem ser potenciais& assim os danos n$oprecisam ter ocorrido& basta a potencialidade de ocorr/ncia do dano. Os danosest$o nso incisos deste arti!o S> )ue se!uem abai-o:

I 8 l#m#ta= ;al!ea ou "e ualue ;oma $eju"#ca al#*e co%co%c#a ou a l#*e #%#c#at#*a?

II 8 "om#%a meca"o ele*a%te "e be%! ou !e*#ço!?

O e'eito )ue n$o se )uer a)ui é o dom3nio de mercado& o )ue se )uer coibir é o

abuso provocado em ra($o do dom3nio ou )ue este dom3nio se,a provocado de'orma arti%cial& n$o podemos punir uma empresa )ue naturalmente se d/ bem.

111 6 aumentar arbitrariamente os lucros e

1 6 e-ercer de 'orma abusiva posiç$o dominante.

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T o  A con)uista de mercado resultante "e $oce!!o%atual ;u%"a"o %a ma#o eJc#%c#a "e ae%teeco%,m#co em elação a !eu! com$et#"oe! %ãocaacte#/a o #lc#to previsto no inciso 11 do caput destearti!o.

1sso por)ue n$o podemos punir o e%ciente.

O )ue seria o mercado relevanteL O mercado relevante é& por e-emplo& 4 o)ue se come de man4$ cedo& voc/ pode comprar isso na pani%cadora& na lo,ade conviencia e ou até mesmo no supermercado. 0e um dia ela est 'ec4adavou na conveni/ncia& o )ue si!ni%ca )ue a pani%cador est no mesmo mercadorelevante da pani%cadora. A)ui o mercado relevante é o ca'é da man4$. 7ossoa'unilar este mercado& como o de p$o. 0ei se uma ou mais empresas est$o nomesmo mercado relevante diante da 'un!ibilidade& ou se,a& se uma esta'ec4ada onde voc/ vaiL 0e voc/ n$o ac4a o p$o e vai no mercado procurar& apadaria e o mercado est$o no mesmo mercado relevante. Este conceitopermite a vlvula de espace. O e-emplo é o se!uinte: e-iste uma estraté!ia domercado de re'ri!erantes é a de )ue se voc/ vende coca s vende produtosdela& 7epsi s dela e etc... #a 1tlia 'oi 'eito uma denuncia )ue uma empresa As permitia )ue vendessem seu produto para )ue uma empresa J n$o entrasseno mercado Europeu. A denuncia do J 'oi para %(er )ue a A tem uma posiç$ode dom3nio de mercado e est usando tal posiç$o para dominar o mercado. O)ue a A disse é )ue precisamos ver se e-iste um mercado relevante dere'ri!erante& pode ser )ue eu este,a no mercado de bebidas n$o alcolicas oubebidas )ue se come com massa. 7revalecendo a noç$o de )ue era bebidas de

se tomar com massa& n$o sendo a A considerada uma dominante. 1sso mostracomo o conceito de mercado relevante pode ser uma vlvula de escape. A leimenciona dom3nio de mercado relevante no inciso 11& mas no par!ra'o abai-od o n?mero para caracteri(ar posiç$o dominante. O cade pode di(er o )uesi!ni%ca posiç$o dominante em um determinado mercado& mas n$o si!ni%ca)ue ter posiç$o relevante , caracteri(a o abuso dela& uma in'raç$o.

T No  7resume6se posiç$o dominante sempre )ue umaempresa ou !rupo de empresas 'or capa( de alterarunilateral ou coordenadamente as condiç9es de mercadoou ua%"o co%tola 20 G*#%te $o ce%toH ou ma#!"o meca"o ele*a%te& podendo este percentual seralterado pelo Cade para setores espec3%cos da economia.

7rosse!uindo nas in'raç9es vamos ao par!ra'o abai-o. A)ui temos ascondutas mais comuns )ue o le!islador , di( )ue caracteri(am in'raç$o "ordem econ*mica& importante salientar )ue a)ui d$o dados e-emplos e n$ouma lista 'ec4ada:

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T So  As se!uintes condutas& além de outras& na medida em)ue con%!urem 4iptese prevista no caput deste arti!o eseus incisos& caracteri(am in'raç$o da ordem econ*mica:

1 6 acordar& combinar& manipular ou a,ustar com

concorrente& sob )ual)uer 'orma:

a< os preços de bens ou serviços o'ertadosindividualmente

b< a produç$o ou a comerciali(aç$o de uma )uantidaderestrita ou limitada de bens ou a prestaç$o de um n?mero&volume ou 're)u/ncia restrita ou limitada de serviços

c< a divis$o de partes ou se!mentos de um mercado atualou potencial de bens ou serviços& mediante& dentre outros&

a distribuiç$o de clientes& 'ornecedores& re!i9es ouper3odos

d< preços& condiç9es& vanta!ens ou abstenç$o em licitaç$op?blica

11 6 promover& obter ou inIuenciar a adoç$o de condutacomercial uni'orme ou concertada entre concorrentes

111 6 limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao

mercado

1 6 criar di%culdades " constituiç$o& ao 'uncionamento ouao desenvolvimento de empresa concorrente ou de'ornecedor& ad)uirente ou %nanciador de bens ouserviços

6 impedir o acesso de concorrente "s 'ontes de insumo&matérias6primas& e)uipamentos ou tecnolo!ia& bem comoaos canais de distribuiç$o

1 6 e-i!ir ou conceder e-clusividade para divul!aç$o depublicidade nos meios de comunicaç$o de massa

11 6 utili(ar meios en!anosos para provocar a oscilaç$o depreços de terceiros

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111 6 re!ular mercados de bens ou serviços& estabelecendoacordos para limitar ou controlar a pes)uisa e odesenvolvimento tecnol!ico& a produç$o de bens ouprestaç$o de serviços& ou para di%cultar investimentosdestinados " produç$o de bens ou serviços ou " sua

distribuiç$o

1 6 impor& no comércio de bens ou serviços& adistribuidores& vare,istas e representantes preços derevenda& descontos& condiç9es de pa!amento&)uantidades m3nimas ou m-imas& mar!em de lucro ou)uais)uer outras condiç9es de comerciali(aç$o relativos ane!cios destes com terceiros

6 discriminar ad)uirentes ou 'ornecedores de bens ouserviços por meio da %-aç$o di'erenciada de preços& ou decondiç9es operacionais de venda ou prestaç$o deserviços

1 6 recusar a venda de bens ou a prestaç$o de serviços&dentro das condiç9es de pa!amento normais aos usos ecostumes comerciais

11 6 di%cultar ou romper a continuidade oudesenvolvimento de relaç9es comerciais de pra(oindeterminado em ra($o de recusa da outra parte em

submeter6se a clusulas e condiç9es comerciaisin,usti%cveis ou anticoncorrenciais

111 6 destruir& inutili(ar ou açambarcar matérias6primas&produtos intermedirios ou acabados& assim como destruir&inutili(ar ou di%cultar a operaç$o de e)uipamentosdestinados a produ(i6los& distribu36los ou transport6los

1 6 açambarcar ou impedir a e-ploraç$o de direitos depropriedade industrial ou intelectual ou de tecnolo!ia

6 vender mercadoria ou prestar serviçosin,usti%cadamente abai-o do preço de custo

1 6 reter bens de produç$o ou de consumo& e-ceto para!arantir a cobertura dos custos de produç$o

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11 6 cessar parcial ou totalmente as atividades daempresa sem ,usta causa comprovada

111 6 subordinar a venda de um bem " a)uisiç$o de outroou " utili(aç$o de um serviço& ou subordinar a prestaç$o

de um serviço " utili(aç$o de outro ou " a)uisiç$o de umbem e

1 6 e-ercer ou e-plorar abusivamente direitos depropriedade industrial& intelectual& tecnolo!ia ou marca.

As penalidade impostas pelo CADE est$o a partir do arti!o SH e se!uintes&temos multas bem brutas. 5em a possibilidade de cumulaç$o de penas& o pra(oprescricional %ca %-ado em anos.

2<.0.2013

ei N.N=Y re!ulamenta )uais as condutas enumeradas como in'ratoras daordem econ*mica. 7ara produ(ir e'eitos )ue condu(am " conclus$o de )ue aconduta é ne!ativa para o mercado& para a concorr/ncia& n$o basta ae-ist/ncia da conduta em si& s$o necessrios também de seus e'eitos. K aconduta e o seu resultado& o )ual se )uer evitar.

De um lado e-istem as condutas in'ratoras e& de outro& 4 o controle dos atosde concentraç$o empresarial.

  o%ce%taçe! em$e!a#a#!)

A)ui& n$o se 'ala em conduta in'ratora& pois )uando uma empresa compraoutra empresa ou 'a( um contrato de parceria com outra empresa pratica atol3cito. Entretanto& se as empresas est$o em um patamar de dom3nio nomercado& sua ,unç$o pode levar a um risco " concorr/ncia. A)ui& ser$o aspropostas levadas ao CADE& )ue autori(ar ou vedar a uni$o.

A )uest$o é descobrir o )ue é concentraç$o de mercado& )ual a porcenta!emdo mercado )ue deve ser dominada.

E-istem os atos de concentraç$o e sua disciplina – art. FF.

K uma previs$o da obri!atoriedade de submiss$o dessas operaç9es ao CADE.

O TU do art. FF re!ulamenta a proibiç$o dos atos de concentraç$o )ueeliminem de 'orma substancial a eliminaç$o da concorr/ncia ou )ue possamlevar ao dom3nio do mercado. Essa é a re!ra !eral.

A re!ra !eral de proibiç$o é en)uadrada de )ue 'orma nos conceitos deliberdade de iniciativa e de liberdade de concorr/nciaL O art. G ;dentre

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outros< da CB re!ulamenta essa liberdade de iniciativa. 7ro3bem6se atos deconcentraç$o para !arantir a concorr/ncia. #a verdade& se reprime umaliberdade de iniciativa& para se !arantir a liberdade de concorr/ncia. 5em6se)ue 4armoni(ar a liberdade de iniciativa com a liberdade de concorr/ncia.

Em determinadas circunst8ncias é necessrio )ue se limite e restrin,a para se!arantir.

#em toda uni$o empresarial passar pelo CADE. 1nteressa ao r!$o apenas asoperaç9es )ue envolvam empresas com determinado porte. 1sso pressup9e)ue a lei considera ser poss3vel 'alar em dominaç$o de mercado )uando se t/mempresas de porte simult8neo. Essa é uma mudança importante da lei: a!orase 'ala em !rupo e n$o apenas de empresa. Atualmente& se 4 um !rupoecon*mico composto por )uatro empresas& cada uma lucrando GG mil49es porano& o lucro total do !rupo atin!e o limite da lei& o )ue n$o aconteceria se asempresas 'ossem consideradas individualmente. O )ue acontece no Jrasil é

)ue os !rupos n$o s$o 'ormali(ados. A lei 'ala apenas em !rupo& mas n$oespeci%ca se é de direito ou de 'ato& o )ue !era discuss$o. #$o se 'ormali(ampara 'u!ir da responsabilidade de !rupo& pois se cria responsabilidadesolidriaYsubsidiria.

Bus$o é )uando duas empresas se unem 'ormando uma terceira.

1ncorporaç$o é )uando uma empresa e-istente en!loba uma ou maisempresas.

E-istem& ainda& contratos de parceria e& também& os de ,oint venturV& )ue s$oapro-imaç9es entre empresas )ue a!em de 'orma articulada no mercado& s$ocontratos em aberto& podendo e-istir também uma parceria.

O CADE pode aprovar atos de concentraç$o com restriç9es.

• o%tole "e co%ce%tação. 

Deve ser prévio " uni$o. A lei prev/ um pra(o para a aprovaç$o do CADE& alémde pressupor )ue o controle se,a anterior.

2uando o controle é posterior& !eravam6se problemas principalmente )uando oCADE determinava )ue o ne!cio 'osse des'eito. Ko,e& o controle é apenas

prévio. A vanta!em para as empresas de )ue a operaç$o 'osse analisadadepois é )ue a estraté!ia ne!ocial era implantada imediatamente. Q )uando ocontrole vem antes& n$o e-istem impactos se o ne!cio vier a ser des'eitodepois. 7orém& 4 a desvanta!em de os detal4es da ne!ociaç$o seremdivul!ados ou a concorr/ncia %car sabendo por outro meio& podendo ane!ociaç$o n$o ser e'etivada. Mesmo )ue a lei estabeleça um pra(o para aanlise do CADE& ele n$o é curto e "s ve(es a din8mica do mercado é a!ora.

 5orna& porém& o ne!cio reali(ado mais estvel& pois autori(ado pelo CADE.

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O controle do CADE& se,a anterior ou posterior& !erar al!um dano& al!umcusto.

0e os empresrios n$o levarem o ato " anlise do CADE& os atos podem serdeclarados nulos ou pode uma multa ser implantada& cu,o preço varia entre >Gmil e >G mil49es de reais.

A apreciaç$o dos atos de concentraç$o é muito relativa& até mesmo por)ue seassocia ao conceito de mercado relevante.

O CADE pode autori(ar atos de concentraç$o )ue alterem a concorr/ncia 6 TSUdo art. FF. A)uilo )ue é proibido pelo TU é permitido pelo TSU em determinadas4ipteses. 0$o as c4amadas vlvulas de escape.

Como uma operaç$o como essa pode ser autori(adaL

+ di'3cil se ima!inar uma vlvula de escape envolvendo o mercado relevante.

O dispositivo dei-a ainda a possibilidade de )ue consumidores provo)uem aaplicaç$o da lei.

Depois 4 a previs$o& no art. =G& de )ue para os e'eitos do art. FF se consideraum ato de concentraç$o )uando 4 a 'us$o de duas ou mais empresas ou)uando duas ou mais empresas s$o incorporadas. K sempre a previs$o desseescalonamento.

O art. =& por sua ve(& di( )ue o ato de decidir pela aprovaç$o de umaoperaç$o n$o é do tribunal& mas sim de apenas um consel4eiro do CADE.Entretanto& )uando aprovado& pode passar pelo tribunal. Em relaç$o ao poder

 ,udicirio& o mérito n$o pode ser me-ido& pois é uma )uest$o administrativa en$o ,ur3dica.

7rova até a)ui`

2F b#me!te

30.05.2013 8 ;e#a"o

0.05.2013

II. DIREITO SOIETQRIO

 

&#!t'#co)

A ideia das pessoas se associarem é uma concepç$o de apro-imaç$o daspessoas e do capital. Essa n$o é uma ideia nova. Q no Direito Romano 4avia aassociaç$o de pessoas para a reali(aç$o de um %m comum.

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A 4istria comenta )ue uma das primeiras or!ani(aç9es associativas con4ecidaé as )ue ori!inaram os bancos. Mais tarde& 4 ainda a Compan4ia das ^ndias eal!umas outras compan4ia coloni(adoras )ue %nanciavam as e-ploraç9esmar3timas& as )uais eram sociedades an*nimas& inclusive.

Aps a Revoluç$o 1ndustrial& 4 a constituiç$o das sociedades em sua 'ormaatual. As pessoas se unem em sociedade por)ue )uerem ,untar es'orços ecapital para um mesmo %m em comum. Esse %m normalmente é o lucro.

As pessoas se or!ani(am de um lado por)ue )uerem o lucro e& de outro& parareunirem talentos.

 5anto a sociedade limitada& )uanto a sociedade an*nima se caracteri(am pelalimitaç$o da responsabilidade dos scios. 1sto )uer di(er )ue& em caso deproblemas& eles perder$o apenas o )ue investiram& estando seus demais bens&em princ3pio& prote!idos.

Em ?ltima anlise& mesmo )ue se,a nas 4ipteses de e-ceç$o& em )ue seatin!em os scios& 4 um compartil4amento dos riscos.

O conceito de sociedade é le!al& no Jrasil. O CC tra( primeiro a disciplina doart. =>> e& depois& no art. =F& entra6se na )uest$o do direito societrio.Disciplina )ue deve 4aver uma obri!aç$o rec3proca& estabelecida por umcontrato& a %m de compartil4amento de bens e serviços e atin!imento deresultados )ue ser$o partil4ados. + um conceito contratual& sendo )ue associedades no Jrasil s$o constitu3das por meio de contrato& com e-ceç$o da0.A& constitu3da a partir de estatuto.

Os scios se comprometem entre si em ra($o do ob,etivo da sociedade. Asvontades dos scios s$o conver!entes.

Birmam contrato de sociedade pessoas )ue mutuamente se obri!am&contribuindo com bens e serviços. Entretanto& apenas nas sociedades simplespode6se obri!ar através do serviço.

O conceito de sociedade apresentado pelo CC é bom& pois é a primeira ve( )uea lei en'renta a vinculaç$o da atividade societria com a partil4a de resultado.1sso é importante pelo 'ato de )ue o ob,etivo dessa partil4a é o )ue distin!ue asociedade de uma 'undaç$o. Além disso& é muito bom )ue n$o ten4a usado a

palavra lucro& pois 'undaç9es e associaç9es podem ter lucro& apenas sendoproibidas de partil4a6los.

A cooperativa permite a partil4a das sobras& )ue s$o como se 'osse o lucro. 0)ue a cooperativa n$o é de nin!uém& é dos cooperados. Ela n$o é transmiss3velpor 4erança.

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@ma 'undaç$o tem o instituidor& )ue n$o é o seu dono. Ela é uma causa& é umapersoni%caç$o de bens.

1nclusive para %ns de tributaç$o 'a( di'erença a estrutura adotada.

+ preciso )ue se analise a intens$o da pessoa para )ue se saiba o )ue

constituir: 'undaç$o& associaç$o& sociedade& cooperativa.

O $a+a;o N%#co "o at. <(1  positivou o conceito da sociedade depropsito espec3%co. 0$o a)uelas sociedades )ue visam atin!ir determinadoob,etivo& sendo depois disso e-tintas.

As sociedades s$o voltadas a empreendimentos de lon!o pra(o. Muitoscontratos de sociedade preveem duraç$o ilimitada. Os indiv3duos& ent$o&apenas 'a(em sociedades com propsito espec3%co )uando necessrio paraatin!ir seu ob,etivo. + uma sociedade or!ani(ada para um ou al!uns ne!cios.

O art. =F n$o menciona personalidade ,ur3dica& até por)ue e-istemsociedades sem personalidade ,ur3dica.

7ersonalidade ,ur3dica das sociedades é atribu3da pelo at. 44 "o . O )ue dpersonalidade ,ur3dica " sociedade é& ent$o& esse arti!o e n$o o art. =F. Apersonalidade ,ur3dica é t$o importante& entretanto& )ue seria bom se tivessesido prevista no art. =F pelo le!islador. + uma das principais caracter3sticas dasociedade.

05.05.2013 : ;alte#

11. o%ce#to "e Soc#e"a"e Em$e!a#al) oção "e Soc#e"a"e comoco%tato= $at#m,%#o e $e!!oa ju"#ca.

• Pe!!oa ju"#caEm$e!aSoc#e"a"eo%tato

0ociedade e contratos s$o e-press9es sin*nimasL O contrato é um instrumentode 'ormaç$o das sociedades& elas s$o constitu3das mediante a elaboraç$o decontratos. Esses contratos s$o contratos especiais& c4amados de contratossociais. 2uando é preciso modi%car& temos alteraç9es no contrato social.

O contrato social é especial.

Os contratos podem ser:

Jilaterais

7lurilaterais

Os contratos de sociedade s$o contratos plurilaterais.

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A0CARE1 'oi um italiano )ue morou no Jrasil e sistemati(ou a teoria docontrato plurilateral. Qustamente para distin!uir o contrato de sociedade. Elea,uda a distin!uir um contrato comum& bilateral& de um de sociedade. @mcontrato comum é um contrato de compra e venda& por e-emplo. #oplurilateral pensamos no de sociedade& embora 4a,a outros.

Em um contrato bilateral temos !em$e apenas dois polos. Em um dessespolos podemos ter mais de uma pessoa& porém somente dois polos. Em umcontrato de sociedade temos tantos polos )uantos 'orem os scios. 1sso por)uecada relaç$o ,ur3dica é aut*noma em uma sociedade.

Em um contrato bilateral s$o as vontades& os interesses& das partesdiver!entes ou conver!entes& dependendo do en'o)ue. #as vontadesdiver!entes temos )ue elas& )uanto ao ob,eto s$o 4armoni(adas com ocontrato. endedor )uer vender pelo maior preço& e o comprador comprar pelomenor. A vontade ne!ocial& no entanto& é conver!ente. 0e um deles n$o

)uisesse ne!ociar n$o 4averia ne!cio. Mas A0CARE1 toma no primeirosentido& )uanto ao ob,eto& ou se,a& diver!entes.

Ainda& e-iste uma medida processual )ue é a e-ceç$o do contrato n$ocumprido. Ela é uma de'esa processual )ue desonera uma das partes caso aoutra n$o ten4a cumprido a sua parte. E-ceç$o a)ui é usada como sin*nimo dede'esa processual. 1sso é poss3vel no contrato bilateral. Mas n$o é poss3vel emum contrato de sociedade& em um contrato plurilateral& pois as relaç9es s$oaut*nomas. 0e uma das partes n$o cumpre sua 'unç$o& ele pode sere-ecutado& 4 sim medidas a serem tomadas& mas& no entanto& os outros n$os$o e-imidos das suas obri!aç9es. 5udo isso por)ue essas relaç9es ,ur3dicas

entre os scios e a sociedade s$o aut*nomas e n$o dependentes.

K outras di'erenças ainda& mas s$o essas )ue A0CARE1 de%ne.

#em todas as sociedades t/m contratos sociais. As 0.A. é 'ormada porestatutos& e n$o contratos& por e-emplo. 7ortanto& n$o s$o sociedade econtrato e-press9es sin*nimas. Além disso& nos momentos de crise é muitocomum )ue se )uestione se sociedades s$o meramente contratos de interessedos scios& ou se,a& )ual o papel das sociedades para o bem estar comum.Esses )uestionamentos aIoraram no per3odo entre !uerras.

Criou6se toda uma doutrina& a #%!t#tuc#o%al#!ta& )ue em s3ntese é o mesmo)ue di(er )ue as sociedades n$o s$o um mero instrumento dos scios& mas sim)ue elas tem um %m coletivo. 0$o reputadas instituiç9es& possuindo umimpacto além da sua 'unç$o primeira.

Essas teorias sur!iram na Aleman4a. Balavam sobre o papel da empresa para areconstruç$o da Aleman4a no ps 1 ZM ;RA5KE#EA@<. + a teoriainstitucionalista. 1sso serve para di(er )ue as empresa t/m um papel social )ue

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transcende um contrato de compra e venda. Elas produ(em impacto para alémdas partes.

2uando essa teoria !an4ou volume& os italianos n$o )ueriam se desape!ar dasua ideia contratual. Di(em& ent$o& )ue n$o 4 como ne!ar )ue o aspectosocietrio vai além do contrato& pensando ent$o no contrato plurilateral.

Muito se discute& na doutrina italiana& o )ue é a vontade da sociedade. + avontade da maioria. + na prtica a vontade da maioria& e nem sempre éun8nime& podendo 4aver ruptura.

7ara a doutrina italiana poder conviver com a institucionalista& eles di(em )uen$o é apenas a vontade dos scios atuais& mas também a dos scios 'uturos.Essa vontade é a perman/ncia da sociedade& para )ue se,a poss3vel o lucro. 0eo administrador pensa na perman/ncia& ele trabal4a com o carterinstitucional. oltaremos a esse tema )uando 'alarmos do contrato social.

As sociedades t/m sim& portanto& uma relaç$o com o contrato& mas n$o s$osin*nimos.

0e 'ossemos resumir empresa em uma palavra dir3amos )ue empresa éatividade. Com isso podemos di(er )ue sociedade é uma 'orma de or!ani(aç$o&dispon3vel para o empresrio.

0e ele n$o )uiser instituir uma sociedade& ele mesmo assim pode serempresrio. 7ortanto& a sociedade é uma das 'ormas de or!ani(aç$o daempresa. Mas elas n$o se con'undem.

Empresa é a atividade econ*mica de produç$o eYou comerciali(aç$o de bens eserviços& por uma sociedade ou por um empresrio. Esse é o ob,eto dasociedade.

A atividade é um dos itens do contrato social& mas n$o é& e n$o se con'undecom o contrato. A sociedade é uma 'orma de or!ani(aç$o empresarial&4avendo outras. Empresa n$o é& assim& sin*nimo de sociedade.

@m dos aspectos )ue comp9e o patrim*nio de uma sociedade é oestabelecimento ;con,unto dos bens utili(ados pelo empresrio para o e-erc3cioda sua atividade<. #$o s$o sin*nimos& pois sociedade é uma 'orma de

or!ani(aç$o. 7ode ser uma pessoa ,ur3dica& e se ela assim o 'or& ela ter umpatrim*nio prprio& )ue n$o se con'unde com o dos scios. o!o& se eu tomopatrim*nio como al!o ob,etivo ;é o ob,eto<& e tomo sociedade como sub,etivo;é um su,eito<& n$o 4 como ima!inar uma atividade empresarial )ue n$oprecise de patrim*nio al!um. + como ima!inar uma empresa semestabelecimento al!um& corpreo ou n$o.

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#$o 4 como ima!inar. 7orém& por mais )ue os patrim*nios se,am essenciais "sociedade& eles n$o se con'undem com ela.

O )ue atribui personalidade ,ur3dica " sociedade é o art. WW CC& e n$o o art.=F. Mas nem todas as sociedades s$o dotadas de personalidade ,ur3dica. Asociedade em conta de participaç$o e a sociedade comum& ambas previstas noCC& n$o t/m personalidade ,ur3dica por de%niç$o& mas s$o sociedades. Mas)uando as sociedades s$o dotadas de personalidade ,ur3dica& elas passam acon%!urar um su,eito de direito. Mas nem toda sociedade é personi%cada. Enem todas as pessoas ,ur3dicas s$o sociedades. K as pessoas de direitop?blico ;estado& uni$o& autar)uias& etc.<& por e-emplo. Mas nas nossas aulaselas ser$o sin*nimas.

As sociedades personi%cadas s$o su,eitos de direito aut*nomos dos scios )ueas comp9e. s ve(es coincidem& mas é preciso ser muito cuidadoso nautili(aç$o dos termos técnicos. #o at#o 4 & começa a e-ist/ncia le!al das

pessoas ,ur3dicas de direito privado com a inscriç$o do ato no respectivore!istro. #o caso das sociedades é com o re!istro do ato na Q@C. K umaprevis$o no at. 47 de )ue os atos e-ercidos pelos administradores obri!am asociedade. E no at. 4(  temos a de%niç$o da maioria dos administradores;scios ou n$o< – princ3pio ma,oritrio.

O at. 0 é o arti!o )ue consa!rou a desconsideraç$o da personalidade ,ur3dica no CC. Q e-istia& mas aparece e-pressamente nele. O redator dessaclusula 'oi o 7ro'. R@JE#0 RE2@1PO& , 'alecido. #$o %cou e-atamente comoele prop*s& mas %cou parecido. 1sso por)ue ele 'oi um dos precursores doestudo da desconsideraç$o no Jrasil. AMAR51#1 também. Ele tem um livro

c4amado a “dupla crise da pessoa ,ur3dica”. + a b3blia para )uem trabal4a essetema. #esse livro ele aborda 'en*menos associativos )ue s$o parecidos compessoa ,ur3dica& mas n$o o s$o ;condom3nio& massa 'alida e esplio<& e )uandoelas s$o utili(adas para 'raudar. Ele considera esses dois aspectos como crise&pois a pessoa ,ur3dica dotada de autonomia tem )ue ser cote,ada com a suam utili(aç$o.

Depois& MARA Q@05E# B1KO escreveu um livro sobre o tema dadesconsideraç$o da personalidade da pessoa ,ur3dica em )ue ele identi%ca )ueal!umas coisas )ue c4amamos de responsabilidade por desconsideraç$o n$os$o desconsideraç$o& mas sim co6responsabili(aç$o.

Desconsiderar a personalidade ,ur3dica si!ni%ca retirar os e'eitos dela emrelaç$o a determinados atos a %m de se responsabili(ar scios eYouadministradores. + a e-ceç$o```

O arti!o G tra( )ue& em caso de abuso ou desvio de %nalidade ou con'us$opatrimonial& pode o ,ui( decidir& n$o de o'3cio& por desconsiderar apersonalidade ,ur3dica& atin!indo os scios eYou administradores.

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Desconsideraç$o é sin*nimo de desaparecimentoL #$o` + s no caso concreto.0omente para determinados atos. Ou se,a& para outros atos& a sociedadecontinua e-istindo. 7ode ser 'eito tanto no processo de con4ecimento& como nae-ecuç$o. + mas cauteloso )ue se peça para )ue se inte!re " lide os sciostambém ;n$o na ,ustiça do trabal4o<. #$o é preciso para essas 4ipteses )ue

se es!ote o patrim*nio da pessoa ,ur3dica. + uma sanç$o& uma puniç$o.

K ainda outras normas )ue tratam da desconsideraç$o. #o D5 4 enunciados)ue asse!uram essa m-ima possibilidade de “desconsideraç$o” dos sciospor d3vidas trabal4istas& por e-emplo.

12.05.2013 : e%tea paper .

13.05.2013 : $o*a 1F b#me!te.

17.05.2013 

O at. <(1 "o  tra( o conceito de sociedade& )ue se d a partir de umcontrato& ou se,a& é um conceito contratual.

+ um conceito )ue 'ala& também& em uni$o de pessoas e de capital&ob,etivando um resultado )ue é o lucro. #$o 'ala em pessoa ,ur3dica& cu,oconceito decorre do at. 44& e n$o do art. =F.

12. Soc#e"a"e como $at#m,%#o) ca$#tal !oc#al e $at#m,%#o. D#!t#%ção$at#mo%#al? D#!t#%ção e%te Soc#e"a"e S#m$le! e Em$e!a#al?D#!t#%ção e%te Soc#e"a"e= A!!oc#ação e -u%"ação? D#!t#%ção e%teSoc#e"a"e e Em$e!a.

  Soc#e"a"e! e a!!oc#açe!

0ociedades – at. <(1.

As associaç9es s$o temas do direito civil. Est$o disciplinadas no CC a partir doat. 3. Elas se caracteri(am por associaç9es de pessoas para %m 9OEOMIO. Essa é uma das principais di'erenças entre elas e as sociedades&)ue tem %m econ*mico& con'orme se e-trai da parte %nal do at. <(1.Ademais& sociedades est$o li!adas " ideia de empresa& a )ual também possui%m econ*mico& se!undo o at. <55.

#$o 4& também& direitos e obri!aç9es econ*micas rec3procas entre osassociados. !ico )ue e-istem obri!aç9es de carter n$o econ*mico&entretanto.

Elas s$o re!idas por estatuto& )ue é di'erente de contrato. O conte?do m3nimodo estatuto das associaç9es pode ser retirado do at. 4 "o . Os re)uisitoss$o parecidos com a)ueles dos contratos de sociedade.

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Os associados devem ter direitos i!uais& em princ3pio& mas é poss3vel )uee-istam cate!orias di'erenciadas determinadas nos estatutos. 5ambém é assimnas sociedades. 5odos os scios t/m o direito de receber dividendos& mas n$ono mesmo percentual. #a sociedade an*nima& al!uns acionistas t/m direito devoto e al!uns n$o t/m.

A )ualidade de associado é intransmiss3vel se n$o 'or previsto o contrrio noestatuto. Ou se,a& n$o é uma condiç$o 4erdada se n$o 4ouver disposiç$o nessesentido no estatuto – art. >.

#as sociedades& é poss3vel )ue se 4erde a condiç$o de scio. E-istem al!umase-ceç9es& como nas cooperativas. #as limitadas& essa condiç$o pode ou n$oser transmiss3vel& dependendo do )ue dispor o contrato social. #as 0.A.s ésempre transmitido.

7ara )ue se e-clua um associado& deve 4aver ,usta causa e o direito de de'esae de recurso do acusado deve ter sido !arantido. #as sociedades& e-istembasicamente dois motivos para um scio ser e-clu3do: . ,usta causa& isto é&)uando tem uma conduta incompat3vel com a condiç$o de scio. DEE ESTARPREISTA A POSSIILIDADE O OTRATO SOIAL DAS LIMITADAS N.2uebra do afectio societatis& isto é& do esp3rito& da vontade para se 'ormar umasociedade. Esse esp3rito deve ser de colaboraç$o. 0ua )uebra acontece )uandoum dos scios ale!a )ue o outro n$o mais est se comportando de modo )uedemonstre )ue )uer 'a(er parte da sociedade. 7odem os dois elementos serale!ados de 'orma cumulativa.

K )uem di!a na doutrina )ue a afectio societatis n$o e-iste mais.

As associaç9es t/m suas assembleias previstas no at. <. As sociedadeslimitadas e as 0.A.s também 'uncionam através de assembleias.

2uanto " dissoluç$o da associaç$o& ou se,a& do ato )ue leva ao seudesaparecimento& a lei prev/ )ue o )ue sobra do patrim*nio l3)uido deve serdesi!nado " outra entidade de %ns n$o lucrativos. #@#CA 4 partil4a dos bensnos casos das associaç9es. As d3vidas n$o s$o divididas também& sendo aassociaç$o levada " insolv/ncia civil& n$o sendo os administradoresresponsveis& salvo por m administraç$o& imprud/ncia& )uando 4desconsideraç$o da personalidade ,ur3dica. O credor %ca& ent$o& no pre,u3(o&

n$o podendo cobrar. K uma espécie de compartil4amento dos riscos.Ambas& sociedades e associaç9es& s$o pessoas ,ur3dicas distintas das pessoasde seus administradores.

Soc#e"a"e! e -u%"açe!

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Bundaç9es n$o s$o constitu3das por pessoas& s$o uma dotaç$o patrimonial )uetem personalidade ,ur3dica. A pessoa ,ur3dica n$o é composta por outraspessoas '3sicas ou ,ur3dicas e sim pela dotaç$o de um patrim*nio.

Deve ter %ns morais& reli!iosos& culturais ou de assist/ncia 6 2F "o at. 50.Assist/ncia considerada em sentido amplo.

O instituidor da 'undaç$o – pode ser pessoa '3sica ou ,ur3dica – pe!a parte deseu patrim*nio e o destina a determinado %m. + l!ico )ue a 'undaç$oprecisar de pessoas para reali(ar a sua obra. Obra a)ui no sentido de al!o nointeresse da coletividade.

1nstituto n$o é pessoa ,ur3dica.

Bundaç9es podem ser p?blicas& )uando a dotaç$o é 'eita por ente p?blico& ouprivadas& )uando a dotaç$o é 'eita por pessoa privada.

O M7 %scali(a as 'undaç9es& sua estrutura.

Bundaç9es t/m al!uns bene'3cios )uando declaradas como ?teis ao p?blico.7ossuem& assim& bene'3cios tributrios& por e-emplo.

#$o 4 di'erenciaç$o entre 'undaç9es p?blica e privada se n$o na 'orma comoé seu patrim*nio dotado.

-u%"ação 6 uma $e!!oa ju"#ca aut,%oma= 6 um !e aut,%omo $oab!tação= %ão $o"e%"o !e e"a"a= %em *e%"#"a= %em !eu!e!ulta"o! !eem $at#la"o!.

A 'undaç$o precisa de pessoas )ue reali(em sua !est$o& n$o 4avendoimpeditivo para )ue 4a,a uma remuneraç$o deste trabal4o. 1sso é di'erente departil4a de resultados. Al!uns car!os& porém& n$o podem ser remunerados. Oscuradores& responsveis por %scali(ar se a 'undaç$o est atin!indo seuob,etivo& n$o podem receber remuneraç$o. O consel4eiro também n$o podeser remunerado.

A constituiç$o da 'undaç$o pressup9e& ent$o& )ue bens se,am destinados& os)uais devem ser su%cientes& ou se,a& dar o lastro para a obra )ue se pretende.0e se considerar )ue n$o s$o su%cientes& podem ser os bens remane,ados paraoutra 'undaç$o.

Os bens doados para a constituiç$o de uma 'undaç$o n$o pode ser vendidos&pois s$o o lastro para )ue a obra se,a reali(ada. Mesmo se o bem 'or din4eiro&ele n$o pode ser usado.

+ a 'undaç$o re!ida por um estatuto.

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As 4ipteses de dissoluç$o est$o previstas no at. 5<: se a %nalidade )uevisava a 'undaç$o se tornar il3cita& imposs3vel ou acabar o pra(o de vi!/ncia&ser a 'undaç$o e-tinta. Os bens dever$o obedecer " destinaç$o )ue oestatuto l4es d e& em caso de n$o e-istir re!ulamentaç$o& deve o ,ui(determinar seu destino.

A destinaç$o dos bens aps a e-tinç$o da 'undaç$o deve ser para entes com%ns n$o lucrativos.

Est$o também previstas na CB& bem como as associaç9es e as sociedades.

1<.05.2013

 

Soc#e"a"ePat#m,%#oa$#tal Soc#al

1. Distinç$o:

#em todas as sociedades s$o pessoas ,ur3dicas e nem todas as pessoas ,ur3dicas s$o sociedades. Esses s$o conceitos )ue se apro-imam "s ve(es.

A sociedade é contratual& se!undo o at. <(1. D6se através de um contrato)ue apro-ima pessoas.

 5oda sociedade se 'orma a partir de um patrim*nio.

o!o& patrim*nio& estabelecimento e capital social t/m em comum umanature(a patrimonial. 5odos eles inte!ram a ideia de sociedade.

7atrim*nio é o con,unto do ativo e do passivo.

2. Capital 0ocial:

a. #ature(a:

O capital social é um n?mero& um valor indicado no estatuto ou no contratosocial. Este valor é sempre e-presso em moeda e sua previs$o é obri!atria.

E-iste uma clusula no contrato )ue versa sobre o capital social& sua divis$oem cotas& sua distribuiç$o perante os scios.

b. Bunç9es:

O capital social possui vrias 'unç9es. Dentre elas& destaca6se:

;i< Bormaç$o das cotas perante os scios: capital social é GG mil com GG milcotas. Cada um dos scios ter um percentual das cotas& o )ual& por sua ve(&si!ni%ca o percentual do capital social. K& ent$o& a divis$o do capital social emcotas& )ue por sua ve( passam a ser de titularidade dos scios.

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;ii< 7oder de decis$o& de deliberaç$o dos scios& por)ue na limitada& cada cotad direito a um voto. Assim& se um cotista tem H mil cotas e o outro tem mil&cada um deles ter um direito de voto di'erente. + a partir da divis$o do capitalsocial )ue se distribui o poder de deliberaç$o.

;iii< ltima !arantia dos credores. O capital social& contabilmente 'alando& éne!ativo no balanço. 2uando o contrato social determina o valor do capitalsocial como subscrito ;comprometimento< e inte!rado si!ni%ca )ue ela éiniciada com um patrim*nio na)uele valor. Os administradores da sociedadeutili(ar$o o capital social para as suas primeiras atividades& ele n$o %cacon!elado.

O )ue oscila n$o é o capital social& é o patrim*nio. O capital social est sempreesta!nado& é um n?mero e-presso no contrato. Como ele n$o %ca con!elado&ele se reconstitui a cada balanço& contabilmente. 7or isso )ue ele é umne!ativo. O capital social é uma realidade contbil e DEE ser reconstitu3do a

cada balanço.+ ?ltima !arantia dos credores& por)ue& em tese& )uando o credor ol4a umaempresa com capital social de GG mil49es de reais& conclui )ue ela deve ter osGG mil49es& se n$o& estar de%citria. Entretanto& )uando se 'a( a e-ecuç$o&deve ser 'eita em bens e n$o no capital social.

1mportante lembrar )ue muitas ve(es o capital social é uma invenç$o e n$o 4)ual)uer re!ime de controle.

 ;iv< 7atrim*nio inicial da sociedade. Em princ3pio& ele deve ser compat3vel como porte do empreendimento.

;v< + um indicativo do porte da empresa.

Atualmente& atuali(ar o capital social é proibido& por)ue isso colabora com ainIaç$o. #$o poder atuali(ar é um problema& por)ue o scio dever pa!arcomo 1R a di'erença entre o valor 4istrico da cota e o valor pelo )ual ela 'oi de'ato vendida. 7ode& porém& ser aumentado.

;vi< A patil4a dos lucros e do ativo na li)uidaç$o se d a partir da participaç$odo scio no capital social.

Em termos de nature(a ,ur3dica& o capital social nada mais é do )ue um n?mero)ue %ca con!elado no contrato social& salvo )uando é aumentado ou diminu3dono contrato social.

c. 7ropriedades:

O capital social é intan!3vel& mas n$o é imutvel.

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A intan!ibilidade do capital social si!ni%ca )ue ele n$o pode ser dividido ouapropriado pelos scios durante a vida da sociedade& ou se,a& n$o pode poreles ser apropriado. 7or isso ele n$o pode ser alcançado pelos scios& n$opodendo ser usado para remunerar scio. #$o pode se con'undir com o lucroda sociedade durante a sua vida& por)ue )uando ela é li)uidada& o capital

social perde as outras 'unç9es e se con'unde com o patrim*nio. Assim& depoisde pa!as as d3vidas& ele ser partil4ado entre os scios& se sobrar al!umacoisa.

Em determinadas circunst8ncias& o capital social pode ser aumentado oudiminu3do. 7ara )ue isso aconteça& o contrato socialYestatuto deve ser alterado.

O aumento do capital social é poss3vel )uando se )uer alterar o porte daempresa. Deve ser totalmente subscrito e& ao menos& ter uma data para a suainte!rali(aç$o. Entretanto& n$o 4 controle dessa inte!rali(aç$o.

2uando 4 o aumento do capital social& primeiramente ele deve ser o'erecidoentre os scios. Entretanto& "s ve(es eles n$o conse!uem bancar essas cotas&podendo elas ser o'erecidas para terceiros.

A diminuiç$o é poss3vel )uando a empresa é estvel com um capital socialmenor& n$o sendo necessrio )ue se ten4a o valor anteriormente de%nido.

20.05.2013

-u%"ação= Soc#e"a"e e A!!oc#ação

Associaç9es buscam a partil4a de 'acilidades. 0$o voltadas pra o bene'3cio

prprio dos associados& embora possam ser bene%centes.

Bundaç9es ob,etivam o bene'3cio da sociedade& en)uanto )ue as associaç9esob,etivam bene%ciar seus associados.

0ociedades& associaç9es e 'undaç9es podem ser dotadas de personalidade ,ur3dica sendo independentes de seus membros.

a$#tal Soc#al > Pat#m,%#o

E-istem dois momentos em )ue o capital social e o patrim*nio se con'undem:. #a constituiç$o da sociedade& )uando o capital social reIete as

necessidades para a 'ormaç$o da sociedade e N. #o momento da li)uidaç$o)uando& aps pa!as todas as d3vidas& é dividido entre os scios.

a$#tal Soc#al e Pote "a Em$e!a

2uando real& o capital social é um indicativo do taman4o da empresa& do)uando ela deve sempre ter em recursos.

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a$#tal Soc#al e Pat#c#$ação "o! S'c#o!

O direito de deliberaç$o e a divis$o de lucros s$o determinados a partir da)uantidade de cotas )ue os scios possuem& as )uais s$o parte do capitalsocial.

Po ue o "#e#to eco%ece $e!o%al#"a"e ju"#caU A personalidade ,ur3dica é recon4ecida para )ue e-ista distinç$o das pessoas '3sicas )ue'ormam a sociedade& 4avendo distinç$o patrimonial entre elas. K umadistinç$o patrimonial entre os scios e a sociedade. + um direito de contratarde 'orma independente. Economicamente& a personalidade ,ur3dica passa amensa!em de )ue se o ne!cio n$o der certo& a pessoa perder apenas o )ueinvestiu.

Soc#e"a"e Em$e!+#a > Soc#e"a"e ão Em$e!+#a) re!ime 'alimentar édi'erente. A tributaç$o nem sempre é di'erente. 0ociedades n$o empresriaspodem ser recon4ecidas como empresrias. A atividade ser n$o empresria)uando estabelecida em lei ;lei especial ou CC<. #a teoria e no direito italiano&as sociedades n$o empresrias ou simples& !uardam a pessoalidade de seusinte!rantes& o )ue si!ni%ca )ue as sociedades simples !uardam a pessoalidadedos scios e& ent$o& n$o podem constituir limitadas. A)ui no Jrasil& entretanto&pode o n$o empresrio constituir sociedade limitada. A distinç$o é 'ormal ele!al& tra(endo e'eitos de distinç$o )uanto ao re!istro e o re!ime de 'al/ncia erecuperaç$o.

• Soc#e"a"e! Em$e!+#a! > Soc#e"a"e ão Em$e!+#a

O at. <(2 di( ser empresria a sociedade )ue tem como ob,eto atividadeempresria& remetendo ao at. <55. 0$o& ent$o& sociedades empresriasa)uelas )ue reali(am atividade econ*mica or!ani(ada para a produç$o ecirculaç$o de bens e serviços.

A sociedade n$o empresria& por sua ve(& é a)uela )ue e-erce a atividadere!ulamentada pelo par!ra'o ?nico do at. <55. A lei c4ama o )ue MrciaCarla denomina de “sociedade n$o empresria” de “sociedades simples”. 0$oas atividade or!ani(adas societariamente& mas )ue reali(am atividadese-cetuadas no par!ra'o ?nico do at. <55.

A sociedade simples !/nero é a sociedade n$o empresria. Entretanto& e-isteainda a sociedade simples espécie& o )ue leva a uma con'us$o. Didaticamente&ent$o& é mel4or di'erencia6las.

As outras e-ceç9es )ue constituem sociedades n$o empresrias s$o: .Cooperativas ; N%#co "o at. <(2< – s$o !em$e simples& por determinaç$ole!al& independentemente de seu ob,eto. A conse)u/ncia é re!istral e o re!ime'alimentar N. At. <(3 tra( em seu par!ra'o ?nico a previs$o das sociedades

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constantes de leis especiais. E-istem al!umas sociedades )ue ser$o sempren$o empresrias por)ue a lei di(. @m e-emplo é a sociedade de advo!ados&por causa da disciplina prpria da advocacia. 1sso por)ue a sociedade deadvo!ados deve !uardar sempre a pessoalidade& devendo seus scios terresponsabilidades. A lei tra( essa mensa!em de pessoali(aç$o& de

responsabilidade.

As sociedades empresrias podem adotar )ual)uer um dos modelos previstosno CC& salvo o modelo sociedade simples espécie e a sociedade em conta departicipaç$o. 7ortanto& se 'or uma sociedade empresria& apenas n$o poderser simples e em conta de participaç$o& )ue é a)uela sociedade sempersonalidade ,ur3dica por lei& sem denominaç$o espec3%ca& sem patrim*nioespec3%co& considerada como n$o empresria. 1sso si!ni%ca )ue o empresriopode adotar um modelo de 0.A& de limitada& em nome coletivo& em comandita –simples ou por aç9es. Esses s$o os tipos dispon3veis na lei para a 'ormaç$o deuma sociedade& )ue dever adotar um deles.

Esses modelos de sociedade e-istem no mundo todo& s$o criaç$o dosempresrios.

 Q a atividade n$o empresria pode adotar uma 'orma de limitada& emcomandita simples& em nome coletivo& cooperativa ou o modelo )ue l4e éprprio& isto é& simples espécie. Em ?ltima anlise& )uem constitui umasociedade n$o empresria escol4e entre uma sociedade em simples espécie oulimitada& por)ue esta tem limitaç$o de responsabilidade.

A 0.A ser !em$e empresria& mesmo )ue se,a cultural& art3stica ou literria.

7ode ser uma compan4ia teatral& a )ual se 'or 0.A& ser empresria.A di'erença n$o est no pro%ssionalismo& nem na produç$o de lucro& mas simna atividade desempen4ada& apenas por causa da lei.

1mpactos da distinç$o s$o re!istrais e recuperaç$o e 'al/ncia. Re!istrais&por)ue as sociedades n$o empresrias s$o re!istradas nos cartrios de re!istrode pessoas civis& os )uais no 7aran s$o li!ados aos cartrios de t3tulos edocumentos. Q as sociedades empresrias s$o re!istradas nas QuntasComerciais. Em suma& se 'or uma sociedade n$o empresria& ela n$o poderter a 'al/ncia decretada& nem pedir recuperaç$o. E isso é di'erente das

sociedades irre!ulares& pois se irre!ulares& n$o s$o re!istradas e n$o podempedir concordata& mas podem ter a 'al/ncia decretada.

1. 0ociedade empresria: re!istro na Qunta Comercial e pode pedir concordatae ter sua 'al/ncia decretada.

2. 0ociedade n$o empresria: re!istrada em cartrio de t3tulos e documentos&n$o se submetendo nem " 'al/ncia& nem " concordataYrecuperaç$o.

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3. 0ociedades irre!ulares: n$o s$o re!istradas& , )ue s$o irre!ulares& e n$o sesubmetem ao re!ime de recuperaç$o& mas podem ter sua 'al/ncia decretada.

7ara Mrcia Carla& n$o 4 por)ue distin!uir entre sociedades empresria e n$oempresria. Deveriam e-istir apenas sociedades empresrias& com um re!ime

 ,ur3dico ?nico re!istral e 'alimentar. A)ueles )ue n$o )uerem ser empresrios)ue n$o 'ormem sociedade.

14. #ação "a Soc#e"a"e Reula) Ato co%!t#tut#*o. Reu#!#to!.Le#!lação A$l#c+*el. atue/a "o ato. 

Bormaç$o da sociedade a)ui no sentido de ato constitutivo.

• Teo#a!) "o ato colet#*o= "o ato com$le>o= "o ato #%!t#tuc#o%al e"o co%tato !oc#al G%eoc#alH.

#o direito empresarial& é tudo muito prtico. #o %nal da 1dade Média& com a

retomada do comércio e a criaç$o das cidades& pessoas se uniram para umaatividade comum& buscando o lucro e normalmente dele!ando poderes para os)ue seriam os 4o,e c4amados administradores. E ainda buscando limitaç$o deresponsabilidade e& também& somar capital e trabal4o.

1sso n$o 'oi criado pelo direito& mas sim pelas pessoas& 'oi al!o )ue sur!iu nasociedade.

#a Kolanda& e-istiam muitas pessoas )ue )ueriam investir na nave!aç$o& masn$o )ueriam de 'ato nave!ar. Assim& começaram a investir seu din4eiro&comprando o navio& contratando as pessoas e mandando a miss$o& n$o

)uerendo ter responsabilidade pessoal& perdendo apenas o )ue investiram.0ur!iu& ent$o& o modelo da 0.A na prtica.

Como e-plicar a ori!em das sociedadesL Através das teorias ;todas derivarama partir do direito administrativo<.

As mais anti!as s$o as voluntaristas do século 111: teoria do ato coletivo eteoria do ato comple-o.

A teo#a "o ato colet#*o entendia )ue o )ue 'ormava uma sociedade era acon,u!aç$o das vontades individuais )ue continuavam vis3veis. E essacon,u!aç$o se vontades é )ue levava ao sur!imento da sociedade. #$o se'alava em contrato& mas sim em vontades somadas e percept3veis.

7or e-emplo: um ato administrativo precisa ser mandado por vriasautoridades. 0e n$o se obtiver a assinatura de todos os membros poss3veis&n$o 4aver ato& mesmo e-istindo as vontades.

As vontades )ue levam " constituiç$o do ato devem continuar vis3veis.

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 Q a teo#a "o ato com$le>o& )ue também decorre do direito administrativo&di( )ue s$o necessrios vrios atos os )uais& porém& n$o s$o identi%cadosindividualmente. 7ara essa sociedade ser 'ormada& o ato passou por umasecretaria e 'oi assinado& tendo passado da mesma 'orma por outro e depoissido enviada ao !overnador. + um ato s& por)ue o se!undo secretrio depende

da anu/ncia do primeiro& muito embora para )ue e-ista a ato se,a aconcord8ncia do se!undo 'undamental. Assim& ol4ando de 'ora& parece )ue 4apenas um ato& mesmo ele passando por vrias etapas.

A teo#a "o ato #%!t#tuc#o%al: o ato institucional visa um ob,etivo )uetranscende o ob,etivo dos scios. A teoria do ato institucional relaciona6se coma criaç$o de sociedades estatutrias& ou se,a& )ue s$o criadas a partir de umato de instituiç$o& de criaç$o e n$o por um contrato. A'asta a necessidade deum contrato social& mas obri!a a presença de um ato institucional& )ue é oestatuto.

A teo#a %eoc#al é relacionada ao contrato social. As teorias contratualistasprop9em )ue as sociedades s$o criadas através de um contrato plurilateral ousocial& )ue tem especi%cidades. A!ora& se é contrato& parte6se do princ3pio de)ue precisa ser constitu3do por duas ou mais pessoas. + por isso )ue no Jrasiln$o e-istem sociedades unipessoais. As sociedades se 'ormam a partir dessecontrato especial.

Ko,e& no Jrasil& adota6se a teoria do contrato social para todas as sociedadesprevistas no CC& salvo para as 0.A& no )ue se adota a teoria institucionalista.

E1RE1 #PO + 0OC1EDADE& + 7E00OA Q@R^D1CA.

25.05.2013 : ;alte#

• Ato co%!t#tut#*o

1. Re)uisitos do contrato social:

7ara se constituir uma sociedade s$o necessrios atos constitutivos dassociedades e contratos. As sociedades se constituem por contratos ou atos.

Este contrato em )uest$o é plurilateral com suas especi%cidades. Como é umtipo especial de contrato& ele tem um nome espec3%co: é um contrato social. O

prprio conceito de sociedade depende do contrato& mas devemos lembrar )uea 0.A é constitu3da por um estatuto e n$o por um contrato.

2ual o conte?do do contrato socialL Ele deve ser levado para re!istro na QuntaComercial ou no cartrio de t3tulos e documentos.

2. Bormalidades do contrato social:

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2ual)uer uma dessas condiç9es& re)uisitos essenciais do contrato social&elencados na le!islaç$o& poder ser alterada. #o entanto& para )ue talalteraç$o se,a e'etiva& é necessrio )ue isso se,a reali(ado através de um ato'ormal& isto é& de um ato de alteraç$o do contrato social. Essas alteraç9espodem ocorrer indistintas ve(es. #$o s$o 'eitas no bo,o do contrato& apenas

coloca6se como ane-o )ue tal clusula passa a vi!orar com o te-to -. Acontece)ue& )uando acontecem muitas alteraç9es& os contratos acabam %candocon'usos& sendo necessrio e poss3vel )ue se 'aça também uma consolidaç$o&ou se,a& voc/ di( )uais clusulas mudam e di( )ue o contrato social passa a teras se!uintes clusulas& colocando ele todo.

2uando é para alterar uma clusula do contrato social& é necessrio um)urum para isso& na limitada isso é bem alto. Em al!umas sociedades& énecessrio até mesmo a unanimidade. 1sso ocorre na sociedade simplesespécie& at#o <<7.

#H Capital 0ocial: obri!atrio& sendo e-presso sempre em moeda.##H #?mero de )uotas: divis$o do capital social.

###H 0cios e a sua titularidade em relaç$o "s )uotas. #$o apenas a descriç$oda participaç$o dos scios& mas a sua )uali%caç$o também deve constar;nome& estado civil& r!<.

#*H Ob,etos: atividade )ue ser desenvolvida pela sociedade. O termo a serutili(ado é ob,eto& a clusula )ue de%ne o ob,eto da empresa é essencial& é apartir dela )ue delimitamos os atos reali(ados pela sociedade e )uais 'oramabusivamente reali(ados. E-: ob,eto: o'erta de va!as em estacionamento eprestaç$o de serviço de lava6car ima!inemos )ue os administradores usemrecursos da sociedade para compra de !/neros aliment3cios para revendacomo isso n$o est no ob,eto da sociedade este ato& est 'ora da vida dasociedade.

Ele )uem di( para o )ue a sociedade é 'ormada. 1sso é até mesmo para %ns deresponsabili(aç$o do administrador. Mediante alteraç$o do contrato social esteob,eto poder ser ampliado ou até mesmo diminu3do.

*H  Administraç$o: #as sociedades contratuais constam os administradores&!erentes& diretores& sendo esta clusula obri!atria.

Al!uns contratos tra(em as atribuiç9es inclusive. 5em )ue ser pessoa natural&'3sica.

*#H #ome Empresarial: A)uele nome o%cial da empresa.

*##H 5empo de Duraç$o da 0ociedade

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*###H Modo de reali(aç$o da inte!rali(aç$o: 0cios A& J e C titulares de )uotastotalmente inte!rali(adas& ou )ue ser$o subscritas no pra(o -.

#>H 0cios de trabal4o ou der serviço )uando e-istente e permitido pelo modelosocietrio& mas isso n$o e-iste nem na 0.A nem na 5DA. O scio de trabal4oentra para a sociedade sem subscrever )uotas& recebe percentual dalucratividade ter direito de voto& mas n$o din4eiro e nem bens& ele entra como seu [no\ 4o\.

>H 0ede: Endereço da sede.

>#H  7articipaç$o de cada scio nas perdas e nos lucros. #as limitadas& n$otemos essas responsabilidade pelas dividas da sociedade. Mas a prpriasimples espécie tem participaç$o nas perdas.

>##H 0e os scios respondem ou n$o subsidiariamente pelas responsabilidadesda sociedade. 1sso n$o se aplica na 5DA.

>###H  5emos al!umas clusulas )ue s$o 'acultativas: compromissria& ,ustae-clus$o de scios& pra(o para pa!amento de scio )ue pede para sair dasociedade& todas a)uelas clusulas )ue preveem problemas )ue podem sur!ir.

Ra($o social é a assinatura.

Arti!os do CC: <<7 e <<(.

27.05.2013

O ue !ão !oc#e"a"e! !#m$le!U 0$o as sociedades n$o empresrias.

7ossuem di'erenças )uanto ao re!ime ,ur3dico 'alimentar e de tributaç$o.0e!uem mais ou menos a mesma estrutura da sociedade empresria. Associedades simples podem ser tomadas como !/nero – s$o o contraponto "sociedade empresria& a)uela cu,a atividade é prevista e disciplinada no CC – ecomo espécie – é re!ime supletivo a todas as espécies de sociedade& tendosido disciplinada pelo CC.

Vual a "eJ%#ção "a !oc#e"a"e em$e!+#aU A sociedade empresria éa)uela re!istrada na Qunta Comercial& sendo uma atividade econ*micaor!ani(ada para a produç$o de bens e serviços ;at. <55 com o at. <(1<. Asociedade empresria é a)uela associaç$o de pessoas )ue se en)uadra nade%niç$o do at. <55.

Vual a J%al#"a"e "a $e!o%al#"a"e ju"#caU A personalidade ,ur3dica tra(al!uns bene'3cios para os scios da empresa& 4 a n$o responsabili(aç$o dosscios e& conse)uentemente& eles s$o a'etados apenas na medida em )ueinvestiram. @ma de suas %nalidades é um incentivo aos scios.

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Economicamente 'alando& sua %nalidade é um incentivo ao investidor& )uesabe )ue seu patrim*nio pessoal n$o ser a'etado pelas d3vidas da sociedade.

A teo#a "o ato #%!t#tuc#o%al 6 a$l#c+*el ao "#e#to ba!#le#oU O ue ela!#%#JcaU O ato institucional é ori!inado nas necessidades das pessoas seassociarem. + aplicvel no direito brasileiro. O ato )ue d in3cio "s sociedadespode ser e-plicado por diversas teorias& dentre elas a do ato institucional. Oato institucional considera a criaç$o de uma sociedade )ue representa umpapel social de instituiç$o& de atuar como um a!ente maior. 1sso deriva da ideiada palavra “instituiç$o”. Como n$o é necessrio um contrato& a criaç$o dasociedade se dar por um ato& )ue pode ser praticado por uma pessoa. #oJrasil& essa teoria é con4ecida )uanto "s 0.A& pois elas se constituem atravésde estatuto& n$o de contrato. 7odem& ent$o& ser criadas por apenas umapessoa. Apenas pode ser admitida a 0.A unipessoal por)ue é criada por um ato.

1. O S'c#o) atue/a. a$ac#"a"e. D#e#to! e De*ee!.

0cios podem ser pessoas '3sicas ou pessoas ,ur3dicas& ao menos )ue o tiposocietrio tra!a al!uma restriç$o. Entretanto& das limitadas e nas 0.A podemser tanto pessoas '3sicas& )uanto ,ur3dicas.

Bala6se sempre sobre scio no plural& visto )ue n$o se admitem sociedadesunipessoais no direito brasileiro& e-istindo a e-ceç$o a cima descrita.Entretanto& as sociedades contratuais s$o sempre pluripessoais.

 

atue/a : teo#a!)

Os scios s$o scios& por)ue titulam cotas e se 'or de uma 0.A& é por)uetitulam aç9es& dependendo do tipo societrio. 5itulam essas cotas& por)ue ascompraram& 4erdaram& receberam em doaç$o ou permuta. rios s$o osne!cios ,ur3dicos )ue podem levar al!uém a titular aç9es.

Como é )ue al!uém ad)uire cotasYaç9esL Através da compra das cotasYaç9esde um dos scios )ue est$o " venda. Esse é o mercado secundrio: a pessoacompra de al!uém )ue era scio. + poss3vel )ue se ad)uira aç9es diretamenteda sociedade& as )uais podem& inclusive& ser ne!ociadas em bolsa de valores.Cotas podem ser compradas de outro cotista ou subscritas da prpriasociedade. A subscriç$o é o ato de comprometimento do indiv3duo para com a

sociedade da )ual compra cotas. A e'etivaç$o do comprometimento é ainte!rali(aç$o. O mercado primrio é esse de subscriç$o de cotas& isto é&compra de cotas diretamente da sociedade.

7ara cotas novas serem subscritas& é necessrio )ue o capital social se,aalterado& sendo o contrato social alterado.

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7ode 4aver uma redistribuiç$o das cotas dentro de uma sociedade. E-emplodessa situaç$o é a reduç$o do capital social da empresa de%citria. +necessrio& ent$o& )ue 4a,a uma redivis$o das cotas& as )uais& nesse caso&acabam sendo diminu3das. 7ara )ue tudo isso ocorra é preciso uma alteraç$odo contrato social. 1sso na sociedade limitada.

Teo#a Pat#mo%#al)

A relaç$o scio6sociedade é uma relaç$o de nature(a de propriedadeL 7ode6se ,usti%car essa relaç$o a partir do conceito de propriedadeL O scio n$o éproprietrio da empresa. Ele é titular das suas cotas.

O scio é dono dos bens da empresaL #$o. Os bens da empresa s$o tituladospela pessoa ,ur3dica& pela sociedade.

7or um 8n!ulo& essa relaç$o é de titularidade& de propriedade sobre aparticipaç$o – as cotasYaç9es. #$o é uma propriedade sobre a sociedade& nem

sobre os bens da mesma. Os scios t/m direitos )ue o proprietrio n$o tem.1mportante lembrar& entretanto& )ue o scio é o titular da participaç$o&4avendo certa relaç$o patrimonial.

Teo#a Ob#ac#o%al)

#o bin*mio scio6sociedade& )uem tem relaç$o obri!acional com )uemLObri!aç9es s$o do scio para com a sociedade& o )ual deve respeitar seusdeveres de lealdade. + dever do scio para com a sociedade a!ir com lealdade&isto é& n$o a!ir em conIito de interesses.

A sociedade tem al!uma obri!aç$o perante o scioL 0im. A sociedade tem aobri!aç$o de distribuir dividendos entre os scios& nas 4ipteses em )ue 4ouvelucro e dentro do percentual decidido em assembleia. 1sso tanto é verdade )ue&se ela n$o o %(er& o scio pode entrar com uma aç$o contra a sociedade. Apessoa ,ur3dica& ent$o& tem como obri!aç$o repassar para os scios osdividendos )uando 'or o caso.

Desta 'orma& pode6se concluir )ue& para as teorias obri!acionais& scio esociedade t/m obri!aç9es rec3procas. Entretanto& vale lembrar )ue o sciopossui mais poderes )ue um credor& por)ue scio tem poder de deliberaç$o& depedir esclarecimento aos administradores& etc. 7ossuem& em verdade& uma

!ama de poderes )ue os credores n$o t/m.

As obri!aç9es reciprocas e-istem em $ate.  Elas e-istem& mas sciospossuem poderes )ue credores n$o t/m.

O scio& "s ve(es& pode ser credor.

Os scios t/m poderes )ue credores comuns n$o t/m.

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Teo#a "a o%"#ção "e S'c#o)

Assim sendo& a mel4or 'orma de se e-plicar a relaç$o scio6sociedade éentender )ue o scio tem uma condiç$o& um estado.

Estado& em seu conceito ,ur3dico& é uma condiç$o. O estado civil é um e-emplo&

e-pressa a condiç$o da pessoa. Estado como condiç$o ,ur3dica. Esse estadoatribui " pessoa direitos e obri!aç9es.

A relaç$o scio6sociedade n$o é apenas patrim*nio& nem somente obri!aç$o&mas sim uma condiç$o ,ur3dica& )ue l4es atribui deveres e direitos.

Essa teoria da condiç$o de scio 'oi desenvolvida por 5ulio Ascarelli.

7ortanto& se!undo a teoria de Ascarelli& os scios t/m uma especial condiç$o ,ur3dica )ue l4es con'ere um estado& e esse estado atribui aos scios direitos edeveres.

 

De*ee! e D#e#to!

Al!uns deveres: lealdade& inte!rali(aç$o do capital social& cooperaç$o.

Os deveres do scio s$o tratados por al!uns como a afectio societatis& a )ualrepresenta a vontade de ser scio detida por cada pessoa. + a afectiosocietatis )ue condu( os scios " obri!aç$o de cumprir os deveres a)uicitados. Cumprem os deveres movidos pela afectio societatis.

O estado de scio pode& também& ser 'alado )uanto aos direitos detidos pelosscios. Esses direitos podem ser divididos em duas cate!orias: patrimoniais e

pessoais.

7atrimonial é o direito de receber dividendos )uanto 'or o caso& bem como odireito de participar da partil4a do ativo na li)uidaç$o – em suma& )uando umasociedade vai ser e-tinta& todos os credores ser$o pa!os se al!uma coisasobrar& deve6se dividir o patrim*nio entre todos os scios na medida do seupercentual de participaç$o.

7essoais s$o os direitos de %scali(aç$o& de retirada – é o direito de um sciopedir para sair da sociedade& sendo pa!o pela sociedade& por)ue discorda deal!uma deliberaç$o )ue l4e d/ esse direito –& de participaç$o em

assembleiasYreuni9es& de voto.

imitaç$o da responsabilidade n$o é classi%cada como direito& por)ue tambémconstitui a obri!aç$o das d3vidas do indiv3duo n$o atin!irem a sociedade.

 

a$ac#"a"e)

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2uanto ao scio menor& e-istem al!uns dispositivos )ue re!ulamentam suaparticipaç$o no CC:

At. 15<1) pais& assistentes& representantes n$o podem& no e-erc3cio de suarepresentaç$o ou assist/ncia& titular em nome do assistidoYtutelado cotas desociedades )ue trabal4em como responsabilidade ilimitada – proteç$o dopatrim*nio do menor.

2uanto " sociedade limitada& o CC& por meio da lei )ue modi%cou o at. <74=3F& di( )ue as Quntas Comerciais devem re!istrar apenas contratosempresariais )ue envolvam scio incapa( desde )ue ele n$o e-erçaadministraç$o& )ue o capital social se,a completamente inte!rali(ado e )ue elese,a assistidoYrepresentado. @m scio menor apenas poder ser inclu3do se n$oe-ercer a administraç$o& se o capital social estiver completamenteinte!rali(ado e& evidentemente& se estiver assistidoYrepresentado.

2uanto " 0.A& n$o e-istem limitaç9es no )ue respeita a participaç$o de menor&desde )ue ele se,a tuteladoYassistido. #$o e-istem outros limites para )uemenores se,am acionistas de 0.A.

1(. la!!#Jcação "o! mo"elo! !oc#et+#o! ba!#le#o!

As espécies societrias s$o a)uelas previstas no CC& sendo de'esa a criaç$o deoutros modelos pelas pessoas.

E-istem:

1. Empresria - #$o Empresria.

2. Espécies no CC.

0ociedades 7ersoni%cadas e 0ociedades #$o 7ersoni%cadas:

As sociedades n$o personi%cadas s$o as irre!ulares& ou se,a& as sociedades de'ato& )ue s$o a)uelas )ue n$o t/m contrato social& ou )ue o tem& mas n$o ore!istraram. 7ode ser& ainda& uma sociedade irre!ular a posteriori.

E-istem& ainda& as sociedades em comum ;at. <(5< e as sociedades em contade participaç$o ;at. <<1<& )ue s$o 'ormas previstas na lei& mas )ue n$opossuem pessoa ,ur3dica& n$o s$o personi%cadas por 'orça de lei.

As personi%cadas s$o a sociedade simples espécie ;at. <<7<& as sociedadesem nome coletivo ;at. 103<<& as sociedades em comandita simples ;at.104<& a sociedade limitada ;at. 102<& a sociedade an*nima ;at. 10(( e10(<= ue emetem le# e!$ec#al %. 540475<& a sociedade em comanditapor aç9es ;at. 10<0 e tamb6m %a le# "a! S.A.< e& por %m& a sociedadecooperativa ;at. 10<3 e %a le# e!$ec#al "e 1<71<.

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Esses s$o os modelos de sociedade previstos no CC. Depois& e-istem ainda associedades re!ulamentadas por lei especial.

03.07.2013

Teo#a ob#ac#o%al) de'ende )ue as sociedades& bem como as relaç9es

obri!acionais& s$o 'ormadas por um comple-o de direitos e deveres. A cr3tica é)ue o scio tem poderes perante uma sociedade )ue o credor n$o tem.

A;ect#o !oc#etat#! é a comun4$o de interesses )ue 'orma a sociedade. O7ro'essor Assis )uestiona esse elemento sub,etivo& di(endo )ue ele n$o énecessrio para a 'ormaç$o da sociedade. 7orém& na ,urisprud/ncia s$oencontradas diversas decis9es )ue nela ainda se baseiam. O problema é )ueela é muito sub,etiva& é como se 'osse uma carta branca.

omo !e "#*#"em o! "#e#to! "o! !'c#o!L 0$o divididos em direitospatrimoniais e pessoais. Estes s$o os de deliberaç$o& %scali(aç$o ;)ue é

inerente " condiç$o de scio& n$o podendo ser a'astado<.

SOIEDADES 9O PERSOI-IADAS

1. Soc#e"a"e em co%ta "e $at#c#$ação) é uma sociedade concebida pelole!islador para n$o ter personalidade ,ur3dica& embora se,a re!ular e usual noJrasil.

a. #oç$o:

+ muito anti!a. 0ur!iu na 1dade Média& )uando os empresrios começaram a seassociar independentemente de disposiç$o normativa. Al!umas pessoas n$o)ueriam ou n$o podiam aparecer como scios por uma determinada condiç$opessoal& como os inte!rantes da nobre(a ou do clero& )ue condenava o lucro.Boi assim )ue sur!iram as sociedades por conta de participaç$o& em )ue 4 oscio ostensivo e os ocultos. + a situaç$o& por e-emplo& do nobre )ue seassocia ao capit$o de um navio para %nanciar a atividade e-ploratria. 2uemaparecia& contratava e ne!ociava era o capit$o& sendo o nobre o scio oculto.

Até 4o,e esse modelo de sociedade é comum no Jrasil. O ramo dereIorestamento possui muitas dessas sociedades& por)ue diversas pessoas)uerem nele investir& mas n$o dese,am trabal4ar de 'ato no ramo. Ent$o&

e-istem empresas de reIorestamento )ue %rmam contratos em conta departicipaç$o com as pessoas interessadas em investir. K um compromisso&sendo a empresa o scio ostensivo e o investidor o scio oculto. + como se4ouvesse uma sociedade interna& )ue e-iste entre os investidores e a empresa&mas n$o perante terceiros. 2uando a empresa arrenda uma rea& o 'a( emnome prprio& n$o sabendo os terceiros dos contratos em conta departicipaç$o.

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At. <<1=  de%ne a sociedade em conta de participaç$o: a atividade ée-ercida apenas pelo scio ostensivo. A responsabilidade é do scio ostensivo.2uem se vincula perante terceiro também é o scio ostensivo. Oparticipanteoculto se vincula t$o somente com o ostensivo.

+ uma sociedade& mas ela apenas 'unciona internamente.

+ uma sociedade re!ular )ue n$o possui personalidade ,ur3dica.

b. #ome empresarial:

O nome utili(ado é o do scio ostensivo& visto )ue perante terceiros apenaseste tem responsabilidade. + utili(ado o nome do scio& visto )ue o nome dasociedade n$o produ( e'eitos perante terceiros.

2uando e-iste mais de um scio ostensivo& o nome utili(ado ser da)uele scioostensivo )ue assinou o ne!cio. + importante )ue se observe se 4 um

contrato escrito da sociedade em conta de participaç$o )ue determine )ueapenas um dos scios ostensivos pode assinar ou )ue todos devem assinar.

c. 0cio: ostensivo e oculto.

". Responsabilidade:

O scio ostensivo tem responsabilidade perante terceiros& en)uanto )ue ooculto apenas é responsvel perante o ostensivo.

e. Disciplina:

A sociedade em conta de participaç$o independe de contrato escrito. O verbalsempre acaba e-istindo& ent$o sempre 4 contrato. 2ual)uer tipo de prova éadmiss3vel para provar a e-ist/ncia da sociedade.

O contrato social produ( e'eito somente perante os scios e mesmo )uere!istrado n$o con'ere personalidade ,ur3dica " sociedade – at. <<3.

O $a+a;o N%#co "o at. <<3  determina )ue o scio oculto n$o podeparticipar da ne!ociaç$o& visto )ue se o %(er se torna scio ostensivo.

O scio ostensivo ter a condiç$o de empresrio& )uer )ueira& )uer n$o. Q oscio oculto pode ou n$o ser empresrio.

1ndiv3duos )ue n$o podem ser empresrios podem ser scios ocultos.Entretanto& n$o deveriam.

At. <<4 di( )ue o )ue o scio oculto tra( para a sociedade ,unto com o )uetra( o scio ostensivo 'orma um patrim*nio da sociedade em conta departicipaç$o. #$o possui& entretanto& plena autonomia& visto )ue a sociedaden$o tem personalidade. + um patrim*nio a'etado& administrado pelo scio

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ostensivo& tendo pre'er/ncia para o uso da sociedade. + c4amada “em conta”&por)ue o scio ostensivo deve manter uma contabilidade para si e uma para asociedade.

0e se declarar a 'al/ncia do scio ostensivo& a sociedade dei-a de e-istir.Entretanto& se o scio oculto 'alir& pode a sociedade continuar suas atividades&salvo se n$o 'or mais do interesse do scio ostensivo.

At. <<5  di( )ue se aplica subsidiariamente " disciplina da em conta departicipaç$o a disciplina da sociedade simples espécie.

2. Soc#e"a"e em comum

a. #oç$o:

Essa sociedade n$o e-istia na disciplina anterior ao atual CC.

#$o possui personalidade ,ur3dica.

7ara Mrcia Carla& a sociedade em comum é um est!io transitrio de umasociedade em 'ormaç$o. 1sso por causa de uma realidade: muitas ve(es asociedade ainda est em 'ormaç$o& mas , est atuando. E-istem atos )ueantecedem o re!istro da sociedade& mas )ue colaboram para a sua criaç$o.

Ela produ( al!uns e'eitos& muito embora seu contrato social n$o este,a aindare!istrado.

Os bens )ue os scios tra(em durante esse per3odo de 'ormaç$o %camseparados contabilmente& sendo reservados para a satis'aç$o de obri!aç9es

contratadas. + um patrim*nio a'etado. 0e esse patrim*nio n$o 'or su%ciente& osscios ser$o atin!idos& por bvio.

Acredita& ent$o& )ue é uma sociedade temporria.

At. <(5 utili(a o termo “en)uanto”& ou se,a& durante o per3odo de tempo.

2ual seria a ideia de tornar re!ular uma sociedade irre!ularL A!ora& irre!ular)ue é irre!ular n$o pode pedir recuperaç$o. #$o 4 como interpretar essedispositivo a n$o ser como uma sociedade transitria.

A maior parte da doutrina v/ essa sociedade como irre!ular – atenç$o com)uest9es de concurso.

b.  #ome empresarial: como o )ue asse!ura a titularidade sobre nomeempresarial é o re!istro e esse ainda n$o e-iste& a sociedade em comum n$otem nome empresarial.

c. 0cios: s$o os scios )ue inte!ram a sociedade em 'ormaç$o.

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". Responsabilidade: at. <<0.

 5odos os scios respondem solidria e ilimitadamente pelas obri!aç9es sociais&visto )ue a sociedade n$o possui personalidade ,ur3dica.

e. Disciplina:

Os bens e as d3vidas contra3das durante a 'ormaç$o da sociedade 'ormam opatrim*nio da sociedade. + um patrim*nio a'etado – at. <((.

At. <(< determina )ue )ual)uer um dos scios tem o poder de !est$o& salvose 4ouver um pré6contrato entre os scios )ue di!a e-pressamente )ue apenasdeterminado scio pode praticar atos de !est$o.

A disciplina da sociedade em comum interessa se durante a 'ormaç$o dasociedade 4ouver o descumprimento de al!uma das obri!aç9es contra3das poral!um dos scios. Caso contrrio& a sociedade ser 'ormada re!ularmente&

4avendo aplicaç$o das normas inerentes ao tipo societrio.

A sociedade em comum pode con%!urar no polo ativo de uma demanda.

04.07.2013 : $ale!ta !obe o Pojeto "o '"#o omec#al.

10.07.2013 e 11.07.2013 : %ão te*e aula Gtocou com a W%elaH.

17.07.2013 : e%tea $a$e.

#a 0.A 'ec4ada& de nature(a normalmente 'amiliar& admite6se o direito aretirada com resoluç$o parcial da sociedade. Entretanto& na 0.A aberta essa

4iptese n$o é poss3vel.

Direito de %scali(aç$o associado ao direito " !est$o: o scio tem o direito "!est$o desde )ue se,a eleito para isso. + também um direito n$o patrimonial.#as sociedades menores& menos patrimoniali(adas& a !est$o normalmente ée-ercida pelo scio. #as sociedades maiores& mais patrimoniali(adas& atend/ncia é )ue os car!os de !est$o se,am pro%ssionali(ados& de 'orma )uemuitas ve(es o !estor n$o é o scio.

2uebra da afectio societatis para %ns de e-clus$o: atualmente& )uestiona6se ae-ist/ncia da afectio societatis. 7or 'alta de especi%caç$o na lide da motivaç$o

)ue ,usti%caria a )uebra da afecio  societatis& a aç$o normalmente é ,ul!adaimprocedente.

Jusca de uma indeni(aç$o pela sociedade em relaç$o ao scio )ue saiu: acon%rmaç$o da )uebra da afectio societatis n$o !era& necessariamente& danospatrimoniais ou e-trapatrimoniais& n$o ense,ando em todos os casos aconcess$o da indeni(aç$o.

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+ poss3vel a pen4ora de cotas de scios por d3vida pessoalL 7or e-emplo: tem6se uma limitada “A” composta pelos scios J& C e D. O scio J tem d3vidas eseu ?nico patrim*nio s$o suas cotas& as )uais s$o pen4oradas pelos seuscredores. O problema é )ue essa pen4ora !era o in!resso de terceiros nasociedade sem )ue 4a,a a concord8ncia dos demais scios& !erando a )uebra

da afectio societatis. @ma soluç$o para esse caso é a li)uidaç$o das cotas. Asociedade determina )ual a parcela )ue J tem no patrim*nio da sociedade&essa parcela ser utili(ada pela pen4ora. 0ur!e novo problema: a sociedade éa'etada& pois tem )ue retirar uma parcela de seu patrim*nio l3)uido. Outrasoluç$o seria a compra das cotas de J pela sociedade. Elas %cam emtesouraria& pertencendo " prpria sociedade. Mais tarde& podem ser compradaspelos outros scios ou terceiros& isto é& serem rene!ociadas& ou li)uidadas&4avendo diminuiç$o do capital social.

A li)uidaç$o das cotas n$o diminui necessariamente o capital social. 0e elas'orem rene!ociadas& n$o. 0e n$o 'orem compradas& 4aver cancelamento das

cotas& sendo o capital social diminu3do.

A compra das cotas pela sociedade n$o pode ser 'eita com o capital social.7ode ser com reserva de lucro& por e-emplo.

1(.07.2013

O ue !ão a! !oc#e"a"e! em co%ta "e $at#c#$açãoU A sociedade emconta de participaç$o é muito anti!a& tendo sur!ido no in3cio da 1dadeModerna& tendo como particularidade a possibilidade de pessoas )ue n$o)ueriam aparecer como scios o serem de 'orma oculta.

Vual o $a$el $at#ca"o $elo !'c#o o!te%!#*oU  + a)uele )ue contrataperante terceiros& responsabili(ando6se perante eles. Reali(a o ne!cio ,ur3dicoem nome prprio.

S'c#o $at#c#$a%te) o scio participante n$o responde perante terceiros&apenas perante o scio ostensivo. Deve arcar com os compromissos %nanceiros)ue tem perante a sociedade.

A !oc#e"a"e em co%ta "e $at#c#$ação 6 #eulaU  #$o possuipersonalidade ,ur3dica& )uem reali(a os ne!cios é o scio ostensivo& tendoutilidade atualmente. #$o é irre!ular por)ue é prevista na lei& inclusive sendodeterminada a impossibilidade de ad)uirir personalidade ,ur3dica.

A ri!or& nada impede )ue o investidor constitua uma sociedade prpria.Entretanto& "s ve(es& ele n$o )uer buscar o know how para atuar so(in4o&sendo mais vanta!em associar6se com outras pessoas. Ademais& a sociedadeem conta de participaç$o é mais simples& pois é poss3vel )ue os scios ocultosentrem e saiam sem )ue a sociedade se,a a'etada. 

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7ode a sociedade em conta de participaç$o e-ercer )ual)uer tipo de atividade– tanto a do caput do art. =>>& )uando a)uelas do par!ra'o ?nico.

A sociedade em conta de participaç$o é uma sociedade internamente& mase-ternamente n$o. 7elo CC& porém& é tratada como uma sociedade.

Vual a co%!eu%c#a "a !a"a "o !'c#o o!te%!#*oU  E-istem duassituaç9es diversas: )uando o scio oculto sai da sociedade& ela pode continuare-istindo& desde )ue e-ista mais de um scio ostensivo. 7orém& se )uem sai éo scio ostensivo& )ue é essencial " sociedade& visto )ue é ele )uem e-erce asatividades societrias& a sociedade dei-ar de e-istir& a n$o ser )ue um dosscios ocultos se torne scio ostensivo. Art. ==W – )uando o scio ostensivoso're 'al/ncia& a sociedade ter )ue ser dissolvida& visto )ue n$o pode maise-ercer atividade empresria. Art. == determina )ue salvo estipulaç$o emcontrrio& o scio ostensivo n$o pode substituir scio sem a anu/ncia dosdemais& de 'orma )ue o contrato social tem )ue permitir a entrada de outros

scios.O ue 6 a !oc#e"a"e em comumU + um est!io transitrio& para MC& )uee-iste durante o procedimento de criaç$o da sociedade. 1sso por)ue os sciosn$o esperam o tr8mite da constituiç$o da sociedade para praticar certos atos.#ormati(a& ent$o& esse est!io de constituiç$o da sociedade. Os bens tra(idoss$o considerados como bens da sociedade em 'ormaç$o. A lei e-clui aaplicaç$o desses dispositivos para a 0.A. Apenas e-iste sociedade an*nimadepois de cumprida a ?ltima e-i!/ncia da lei& de acordo com a lei das 0.A.2uem responde n$o é apenas o patrim*nio levado " sociedade& mas também odos scios. Esse é mais um motivo para considera6la como est!io transitrio&

visto )ue a limitaç$o da responsabilidade passa a e-istir apenas aps a'ormaç$o da sociedade. O art. ==G 'ala sobre o bene'3cio de ordem )ue é odireito )ue a pessoa tem de pedir primeiramente o uso dos bens a'etados paraa prtica da sociedade e aps& se necessrios& os seus. O bene'3cio de ordempode ser evocado pelo scio )ue n$o contratou. Entretanto& o scio )uecontratou n$o pode evoc6lo. O art. =FF determina )ue os bens a'etados s$obens em comum& ou se,a& mesmo )ue o scio em cu,o nome n$o est o bemse,a o e-ecutado& ele pode indica6lo.

O contrato pode ser 'eito em nome da sociedade em 'ormaç$o& sendocauteloso )ue as assinaturas de todos os scios se,am recol4idas. Entretanto&ser ele vlido caso apenas um dos scios assine em nome da sociedade.

21.Soc#e"a"e coo$eat#*a. oção. E!tutua. D#!c#$l#%a.Re!$o%!ab#l#"a"e "o! !'c#o!.a. #ature(a:

#$o é um tema comumente visto no direito empresarial& , )ue n$o é umasociedade empresria.

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Ela é um modelo societrio tra(ido pelo CC )ue constitui sociedade simples.1sso por)ue o prprio diploma le!al e-clui a empresariedade das cooperativasindependentemente do ob,eto. O 'undamento le!al é o $a+a;o N%#co "oat. <(2. O mesmo arti!o !arante a empresariedade da 0ociedade An*nimaindependentemente da atividade desenvolvida. K& portanto& um anta!onismo

entre as cooperativas e as 0.A decorrente de lei.

@ma compan4ia teatral& ou se,a& uma 0.A& ser sempre consideradaempresarial& por de%niç$o le!al. Esta se encontra no $a+a;o N%#co "o at.<(2= bem como %a Le# 5404.

A sociedade cooperativa é disciplinada no CC a partir do at. 10<4 e tambémpor leis prprias& sendo a principal a Le# %. 75471.

b. 7eculiaridade:

@ma das suas principais peculiaridades é a Ie-ibili(aç$o do ato constitutivo.

Ou se,a& o ato constitutivo da cooperativa permite uma liberdade na suaconstituiç$o )ue a permite ter ou n$o capital social. A lei e-i!e o capital socialpara todas as outras empresas. A cooperativa& por sua ve(& pode ou n$opossui6lo.

1sso por)ue a sociedade cooperativa privile!ia o scio de 'orma absoluta e n$oo capital.

#ela& o )ue mais interessa é a atividade do scio em relaç$o " cooperativa evice6versa. 2uer di(er )ue o scio e a cooperativa a!em reciprocamente. Atroca entre a atividade do scio e a atividade da cooperativa é sua

caracter3stica mais importante.

2uanto mais o associado utili(ar a m)uina em cooperaç$o& mais privile!iadoser na repartiç$o dos lucros.

+ a pessoa do cooperado& se,a ele pessoa '3sica ou ,ur3dica& )ue importa e n$o ocapital social.

Os cooperados podem ou n$o inte!rali(ar valores. + comum nas cooperativas)ue e-istam cooperados )ue contribuem com patrim*nio e outros )ue n$o.

#o momento da li)uidaç$o da cooperativa& apenas a)ueles )ue investiramter$o direito ao reembolso. Os demais nada receber$o.

O direito de voto n$o é medido pela inte!rali(aç$o& até mesmo por)ue e-istemscios )ue n$o inte!rali(am nada. A)ui& o direito de voto é per capta& isto é&por participaç$o.

c. At. 10<4 "o :

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O CC disciplina a cooperativa. #$o tra( muitas normas& mas as )ue e-istem s$oimportantes.

O at. 10<4  tra( vrias dessas normas 'undamentais. A primeira dessasprevis9es é a variabilidade ou dispensa do capital social. + poss3vel )ue asociedade cooperativa ten4a uma previs$o no seu ato constitutivo de umcapital varivel. 7ode& ademais& n$o prever capital social ou prever um capitalsocial %-o.

O #%c#!o II di( )ue 4 um n?mero m3nimo de associados& mas n$o um n?merom-imo. 7ortanto& é imprescind3vel )ue o ato constitutivo da cooperativaindi)ue o n?mero m3nimo.

Ba(6se uma ressalva: o estatuto !eral n$o pode indicar um n?mero m-imo deassociados entretanto& pode restrin!ir o n?mero de cooperadores a partir dosre)uisitos e-i!idos para a associaç$o. 1ndiretamente& ent$o& 4 cerceamento apartir de normas internas )ue acabam por limitar ou cercear o in!resso descio.

O n?mero m3nimo poss3vel para se compor uma cooperativa é de NGassociados.

As deliberaç9es da cooperativa n$o s$o por participaç$o no capital social. Ouse,a& cada cooperado tem um voto. E se ele trou-e G& NG ou nada para asociedade& continuar tendo um voto. Este independe de participaç$o nocapital social.

Os resultados s$o distribu3dos em con'ormidade com as operaç9es reali(adas.

As cooperativas t/m um 'undo de reserva )ue n$o pode ser partil4ado nem nali)uidaç$o. 2uando a sociedade 'or li)uidada& se o 'undo de reserva n$o 'orutili(ado para cobrir o passivo& dever ser investido para a 'ormaç$o de umnovo ne!cio.

7articipaç$o em cooperativa n$o se aliena& nem inter vivos& nem causa mortis.1sso é vedado pela lei. 5em )ue ser assim& por)ue sem essa restriç$o& asociedade viraria uma limitada. Entretanto& os bens )ue eram do cooperado eestavam em posse da cooperativa podem ser re)uisitados para con%!urar noesplio.

". Cooperativismo:

O 'undamento %los%co )ue ,usti%cou a concepç$o desse tipo de sociedade é ocooperativismo. Ele é o sistema re'ormista da sociedade& com base nasociedade e na a,uda m?tua& o )ue si!ni%ca )ue a)ueles )ue partil4am oprinc3pio do cooperativismo buscam proveito pessoal )ue deve sercompartil4ado com solidariedade e a,uda m?tua.

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1ma!inemos uma pe)uena cooperativa de sa?de& 'ormada por pessoas )uetrabal4am em uma mesma empresa. 7elo princ3pio do cooperativismo& osinteresses pessoais n$o s$o a'astados. As pessoas dela participam paradiminuir custos. Entretanto& também incidem princ3pios de solidariedade. 0en$o 'oram recol4idos 'undos su%cientes para cobrir o tratamento de um dos

associados& no m/s se!uinte a contribuiç$o ser maior.

De um lado& as pessoas se associam por)ue )uerem um bene'3cio. De outro&sabem )ue 4aver a necessidade de a,uda m?tua.

+ um sistema re'ormista& por)ue a sociedade coorporativa é uma outra opç$odi'erente da)uela das sociedades empresariais. O !rau de participaç$o n$o semede pelo capital social& mas sim por cabeça.

A !rande lin4a condutora do cooperativismo é a busca do preço ,usto.

A cooperativa é uma sociedade6meio.

A cooperativa acaba tendo um n?mero m3nimo de 'uncionrios. Entretanto& suaideia é& dentro do poss3vel& abolir o assalariado pela aç$o direta do cooperado.

+ verdade )ue muitas ve(es as cooperativas s$o utili(adas para 'raudar direitostrabal4istas. Entretanto& a aboliç$o dos assalariados é um dos princ3pios dacooperativa.

+ compat3vel com o aper'eiçoamento do 4omem pelo desenvolvimentoecon*mico. +& portanto& um instrumento do capitalismo& muito emboraconstitua um sistema alternativo. 7arte da ideia de )ue o aprimoramento do

individuo est li!ado ao aprimoramento econ*mico.e. 0ociedade6Meio:

A cooperativa é uma intermediria& ou se,a& uma sociedade meio entre osinteresses do cooperado e o meio e-terior.

O cooperado tem o interesse de ne!ociar a sa'ra. 0e 'or ne!ociar so(in4o&possui um poder de bar!an4a muito menor& visto )ue )uando ne!ocia atravésda cooperativa possui muito mais poder& , )ue a ne!ociaç$o dir respeito atodos os a!ricultores associados.

#$o é um %m em si mesmo& mas sim o meio para )ue se atin,am os %nsdese,ados.

A cooperativa pode& inclusive& comprar a sa'ra para revenda. Como a lei n$olimita seu ob,eto& 4 a possibilidade da cooperativa basear a sua atividade em)ual)uer ob,eto )ue se,a l3cito.

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Como é uma sociedade meio& n$o busca o lucro. 7ode ter lucro& mas este n$o éseu ob,etivo. 7or outro lado& se 4ouver lucro& ele pode ser partil4ado entre oscooperados. A lei n$o usa lucro& c4ama6os de !oba!. 1sso para )ue 4a,a umadi'erenciaç$o: o lucro é o %m em si mesmo& en)uanto )ue a sobra é opercentual )ue os cooperados recebem. Esse percentual é e)uivalente ao seu

uso da cooperativa.

Pota%to= a $at#la "o! e>ce"e%te! %ão 6 ;e#to com ba!e %o#%*e!t#me%to= ma! !#m em a/ão "o u!o. I!!o aco%tece a$e%a! %acoo$eat#*a.

A)uele )ue é cooperado n$o busca o lucro. Adere " cooperativa em ra($o das'acilidades e dos bene'3cios por ela tra(idos.

As sobras podem ser retidas a %m de serem reinvestidas. 5udo depende dedeliberaç$o em assembleia.

A cooperativa é uma sociedade au-iliar& tem denominaç$o – ou se,a& n$olevar o nome dos associados 6& s$o sociedades de pessoas& t/m nature(a em)ue prepondera o trabal4oYo usoYo v3nculo.

;. Le# %. 75471

#. Classi%caç$o:

0in!ulares ;@nimed Curitiba<& centraisY'ederaç$o ;@nimed 7aran< econ'ederaç9es ;@nimed Jrasil<.

Cooperativa sin!ular é cada uma das cooperativas. Essas& podem se unir&'ormando cooperativas de cooperativas em n3vel re!ional& )ue s$o ascentraisY'ederaç9es ;m3nimo de G<. 7or sua ve(& essas re!ionais podem seassociar& em n?mero m3nimo de G& 'ormando uma con'ederaç$o.

##. Ramo de atividade:

Cooperativa pode e-ercer )ual)uer atividade l3cita. 7ode ser de consumo& decrédito& de compra e venda& de serviços e até mesmo mistas.

###. Constituiç$o:

Est na lei& mas é basicamente o mesmo processo da constituiç$o da 0.A.

#$o é preciso autori(aç$o para ser constitu3da& salvo cooperativas de crédito&as )uais precisam de autori(aç$o do JC.

7recisam ser inscritas no r!$o estadual ou 'ederal. Ou se,a& se e-iste uma'ederaç$o& a cooperativa sin!ular deve nela se inscrever. 0e n$o 4ouver

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'ederaç$o& deve se inscrever na con'ederaç$o. As 'ederaç9es& por sua ve(&devem ser re!istradas nas con'ederaç9es.

As cooperativas n$o s$o empresariais por 'orça de lei& mas seu ato constitutivoé re!istrado na Qunta Comercial.

#*. r!$os:

0ua or!ani(aç$o é determinada em lei.

As cooperativas possuem assembleia !eral& diretoria& consel4os %scal e deadministraç$o& etc. + muito parecida com a 0.A.

Ela pode ser vendida& li)uidada& so'rer incorporaç$o ou incorporar outracooperativa& se su,eita " 'us$o& visto )ue s$o sociedades. Entretanto& como n$os$o empresariais& n$o se su,eitam ao re!ime de 'al/ncia.

7odem as cooperativas titular marcas.

. Responsabilidade dos scios:

Disciplinada pelo CC. O diploma le!al estabelece& no at. 10<& )ue nasociedade cooperativa a responsabilidade dos scios pode ser limitada ouilimitada.

2uando é uma cooperativa de reponsabilidade limitada dos cooperados& eleperde o valor )ue levou para a cooperativa e responde pelas despesas diretas)ue ele produ(iu em relaç$o " cooperativa.

2uanto aos scios& t/m6se uma responsabilidade ilimitada& )ual)uer um doscooperados pode ser c4amado a responder solidariamente.

Em princ3pio& a cooperativa n$o é prestadora de serviço& é sociedade meio.Kavia& desta 'orma& uma !rande discuss$o sobre a incid/ncia de tributos.

3F b#me!te

2(.0(.2013

22. Soc#e"a"e em %ome colet#*o. Soc#e"a"e em coma%"#ta !#m$le!.Soc#e"a"e em coma%"#ta $o açe!. P#%c#$a#! caacte!t#ca! e

"#!c#$l#%a leal.

0ociedades em nome coletivo:

+ prevista no CC a partir do art. GS=. + um modelo societrio muito anti!o&)ue vem dos primrdios do direito comercial& )uando os comerciantes sederam conta de )ue poderiam se unir para a prtica comercial com partil4a eresultados e& também& dos riscos.

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O direito& pouco a pouco& absorveu a ideia de )ue a uni$o de pessoas constitu3aum su,eito prprio. A sociedade em nome coletivo é pessoa ,ur3dica& ou se,a& épersoni%cada& e )ue possui apenas uma cate!oria de scio& c4amado de scioparticipante ou simplesmente scio. Esses scios t/m responsabilidadesubsidiria& solidria e ilimitada.

Responsabilidade subsidiria si!ni%ca )ue e-iste um patrim*nio societrio&pertencente " pessoa ,ur3dica& )ue responder pelas d3vidas da sociedade.7orém& se esse patrim*nio n$o 'or su%ciente& sendo ele e-aurido& os sciosrespondem pelo restante. Ou se,a& e-aurido o patrim*nio da pessoa ,ur3dica&atin!e6se o dos scios. + uma responsabilidade subsidiria em relaç$o aopatrim*nio da sociedade.

Responsabilidade é solidria em relaç$o aos demais scios.

Responsabilidade ilimitada si!ni%ca )ue n$o tem relaç$o com o valor investidona sociedade. 0i!ni%ca& por outro lado& )ue a obri!aç$o do scio vai até omontante %nal da d3vida& independentemente do )ue trou-e para a sociedade.E-istir en)uanto e-istir d3vida.

2uanto " administraç$o: )uem poder ser administrador da sociedade emnome coletivo

O administrador poder ser )ual)uer scio& desde )ue estabelecido no contratosocial.

#a vida prtica& é muito di'3cil nos depararmos com sociedades em nomecoletivo& ,ustamente pela responsabilidade ilimitada. 0e as encontrarmos&

muitas ve(es ser$o sociedades bem pe)uenas.

2uanto ao nome& é da modalidade %rma& ou se,a& é composto a partir do nomedos scios. + assim& por)ue é um modelo de sociedade pe)uena e pessoal.7ode ser o nome de todos os scios ou de apenas de al!uns deles. 7ode ser onome de um dos scios acrescido do “e Cia”. #$o di( a modalidade societria.

Art. GS=6GWW.

O scio é obri!atoriamente pessoa '3sica& de acordo com o art. GS= do CC.

Art. GS=& par!ra'o ?nico: permite )ue as partes& entre si& de%nam emcontrrio " previs$o le!al a respeito da responsabilidade entre eles. Assim&podem6se estabelecer limites " responsabilidade de maneira interna& ou se,a&se um dos scios 'or acionado& ter )ue pa!ar a d3vida& mas poder cobrar dosdemais a porcenta!em e-cedente " sua cota de responsabilidade.

Destaca6se o art. GWS. Credor de scio n$o tem como e-i!ir )ue a sociedadese,a dissolvida para apurar os 4averes do scio devedor. 7or )ue em

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princ3pio& manter a sociedade é mais importante do )ue a de'esa dos direitosindividuais. 7orém& isso d !rande mar!em a 'raudes. Esse par!ra'o ?nico&entretanto& permite a dissoluç$o pelo credor se a sociedade tiver seu pra(oprorro!ado tacitamente ou de 'orma contratual )uando o credor impu!nou ditaprorro!aç$o.

Obs.: se a sociedade é por pra(o determinado& )uando do termo %nal& serprorro!ada tacitamente por pra(o indeterminado& caso os atos de prorro!aç$on$o se,am imediatamente iniciados.

0ociedade em comandita simples:

A sociedade em comandita tem duas modalidades: simples e por aç9es.

#$o s$o modelos usuais& mas e-istem& sendo bem peculiares.

A sociedade em comandita simples é pass3vel de ser personi%cada& sendo da

cate!oria pessoa ,ur3dica& se os atos 'ormativos 'orem levados a re!istro.

7ossui duas cate!orias de scios:

a. Comanditado: sempre é pessoa '3sica.b. Comanditrio: pessoa '3sica ou ,ur3dica.

A responsabilidade é uma das di'erenças e-istentes entre eles. O comanditadopossui responsabilidade subsidiria& solidria e ilimitada. Q a responsabilidadedo scio comanditrio é limitada& ou se,a& perde o )ue investiu.

O administrador sempre ter )ue ser scio comanditado& devendo estar

indicado no contrato social como tal.

7ode acontecer na prtica de& na lide da sociedade& o scio comanditrioe-ercer atos de !est$o. 0e o %(er& tornar6se6 scio comanditado – art. GWH.

2uanto ao nome& também é da modalidade %rma& sendo composto a partir donome do scio comanditado& acrescido de “sociedade em comandita simples”.

0eu principal aspecto é a e-ist/ncia de pessoa ,ur3dica.

7ossui !rande relaç$o com a sociedade em nome coletivo& pois oscomanditados possuem o mesmo tipo de responsabilidade )ue os scios desta.

ei asse!ura ao scio comanditrio a participaç$o em reuni9es& o e-erc3cio dodireito de %scali(aç$o& etc.

0e o scio comanditrio é pessoa ,ur3dica e pratica atos de administraç$o& é apessoa ,ur3dica )uem responde pela obri!aç$o.

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Art. GW=: )uando a sociedade d lucro& ele ser dividido entre os scios.Entretanto& "s ve(es& e-istem balanços 'raudados& 4avendo err*neadistribuiç$o de dividendos. 0e o comanditrio n$o souber da 'raude& recebendoos dividendos de boa6'é& n$o precisar devolv/6los& ,ustamente por)ue a lei oe-onera. 7rovavelmente essa l!ica vem do 'ato de )ue os scios

comanditrios n$o e-ercem atos de administraç$o.

Art. GG: )uando morre o comanditrio& a sociedade continua com seussucessores& salvo se o contrato social dispuser em contrrio. Como ela é umasociedade pe)uena& de pessoas& poder6se6ia ima!inar )ue a morte de um dosscios provocasse uma apuraç$o de 4averes pa!os ao esplio. Entretanto&como o comanditrio n$o inter'ere& seus sucessores entram na sociedade.

7ar!ra'o ?nico& art. G: a lei prev/ & no caso de a sociedade %car sem scioscomanditados& a possibilidade dos scios comanditrios nomearem umadministrador& en)uanto t/m FG dias para ac4ar outro scio comanditado.

0ociedade em comandita por aç9es:

+ um pouco di'erente. Ela é disciplina no CC& entre os arti!os G=G e G=N& epela ei das 0.A ;ei n. >WGW<. Como o nome indica& é uma sociedade poraç9es& n$o por cotas.

+ pass3vel de ser personi%cada& sendo pessoa ,ur3dica& se os seus atosconstitutivos 'orem levados a re!istro.

7ossui apenas uma cate!oria de scio. Entretanto& o scio administrador temresponsabilidade pessoal e ilimitada pelas d3vidas da sociedade.

2uanto ao nome& pode ter %rma ou denominaç$o& o )ue é e-pressamenteprevisto no art. G=G. 0empre ser acompan4ado da e-press$o “sociedade emcomandita por aç9es”.

O art. G= determina )ue para ser administrador& deve a pessoa ser scia& ouse,a& acionista. Esse )ue e-erce a administraç$o& responde subsidiria eilimitadamente entre as obri!aç9es e& caso e-ista mais de um administrador&solidariamente entre eles. Os scios administradores s$o nomeados nocontrato social& por pra(o indeterminado. 7odem ser destitu3dos pordeliberaç$o de dois terços do capital social.

O art. G=N& por sua ve(& di( )ue os acionistas n$o podem alterar o ob,eto dasociedade sem a concord8ncia dos administradores.

20. Soc#e"a"e S#m$le!. oção. Re!$o%!ab#l#"a"e "o! !'c#o!.

Del#beaçe!. E!tutua. Re#me ju"#co.

a. Contrato 0ocial:

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#ormas peculiares "s sociedades simples e normas de teoria !eral.

Art. ==H6GSF& CC.

+ uma disciplina bastante ampla& aparecendo na sociedade simples emespécie& a )ual é bastante rara no Jrasil.

O art. ==H di( o conte?do do contrato social& sendo a maior parte dessasnormas de teoria !eral& ou se,a& aplicveis a todas as sociedades.

O art. ==F re'ere6se ao re!istro do contrato social. Estabelece )ue o contratosocial e suas eventuais modi%caç9es devem ser levados a re!istro no pra(o deSG dias da assinatura. 7orém& esse pra(o n$o é decadencial& o )ue si!ni%ca )ueele pode n$o ser respeitado pelos administradores. 0e respeitado& os e'eitosretroa!em " data da assinatura. A!ora& se n$o 'or respeitado o pra(o de SGdias& os e'eitos n$o retroa!ir$o& passando a ser a partir do de'erimento dore!istro. 7or isso é importante reali(ar o re!istro no pra(o de SG dias. Essa

norma também aparece na ei de Re!istros Mercantis.

#a se)u/ncia& o art. ===& aplicvel apenas para a sociedade simples& di( )ue aalteraç$o do contrato social apenas pode ser 'eita se 4ouver unanimidadeentre os scios. Esse é um dos di%cultadores da sociedade simples& pois nemsempre a unanimidade nem sempre é 'acilmente ad)uirida.

b. 0cio:

1n3cio das obri!aç9es dos scios: a lei prev/& no art. GG& )ue as obri!aç9es seiniciam na data do contrato social& salvo se o prprio contrato social

estabelecer outra data.

Encerramento das obri!aç9es dos scios: )uando a sociedade é li)uidada ou)uando as obri!aç9es 'orem li)uidadas. As obri!aç9es dos scios cessam como desaparecimento da sociedade. 7orém& "s ve(es acontece das sociedadesserem li)uidadas e al!uma d3vida %car pendente. #este caso& os scios podemser c4amados a responder até o montante do )ue receberam na partil4a doativo& na 4iptese de uma limitada. 7or isso )ue a lei prev/ as duaspossibilidades de encerramento de obri!aç9es.

Disciplina se encontra também no art. GG.

A substituiç$o de scios: sabe6se )ue nas sociedades contratuais os scios s$oindicados no contrato social& o )ue si!ni%ca )ue )uando 4 substituiç$o& deveo contrato social ser alterado. #o caso da sociedade simples& ent$o& issosi!ni%ca unanimidade. A substituiç$o ser vlida e produ(ir e'eitos perante osdemais e terceiros se unanime e alterado o contrato social.

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E se o scio 'a( a substituiç$o sem o consentimento dos demais valer apenasentre as partes& ou se,a& n$o valer perante os demais scios& nem peranteterceiros.

7ar!ra'o ?nico& art. GGS: o scio substitu3do responde dois anos da data daalteraç$o do contrato social ,untamente com )uem comprou as cotas daparticipaç$o& pelas d3vidas e obri!aç9es anteriores " sua sa3da. + teoria !eral&sendo aplicvel " limitada. Ademais& vem na contram$o da ,urisprud/nciaanterior.

J é scio& trans'erindo essa condiç$o para f. Este entra 4o,e& e aman4$ 4partil4a de dividendos re'erentes ao e-erc3cio anterior. 2uem receber osdividendos ser f. Assim& se recebe o bom& por)ue n$o pode ser responsvelpelo ruim& também #esse sentido& a ,urisprud/ncia anterior ao CC atual %rmouo entendimento de )ue f deveria responder. 7orém& com a vi!/ncia do novoCC isso 'oi alterado& passando J a ser responsvel ,untamente com f nos dois

anos subse)uente " substituiç$o.0cio inadimplente: a)uele )ue se comprometeu a inte!rali(ar o capital sociale n$o o 'e(. Art. GGW é uma inovaç$o ao sistema anterior e determina )ue asociedade deve noti%car o scio inadimplente. Antes& a sociedade poderiasimplesmente tomar as medidas devidas contra o scio inadimplente. Ko,e&porém& a noti%caç$o é obri!atria. O inadimplente& portanto& deve sernoti%cado com pra(o de SG dias para )ue sane sua d3vida& se n$o as mediascab3veis n$o podem ser tomadas.

As medidas cab3veis s$o: a e-ecuç$o do contrato social& aç$o de indeni(aç$o

pelos pre,u3(os e e-clus$o do scio. #a e-clus$o& ser devolvida a eventualcontribuiç$o do inadimplente& tendo a sociedade& porém& a possibilidade dereter os pre,u3(os& ou se,a& descontar do montante a ser devolvido os pre,u3(oscausados pelo inadimplemento.

0e o scio é e-clu3do& os demais scios ou al!uém )ue eles )ueiram devemad)uirir as cotas do scio e-clu3do ou dever o capital social ser diminu3do.

Responsabilidade do cedente em relaç$o ao cessionrio por evicç$o e perantea sociedade por descumprimento. Art. GG disciplina a )uest$o. J cedeu suascotas para f& o )ual in!ressou na sociedade. @m m/s depois& o contrato social

'oi declarado nulo& por)ue A tin4a uma incapacidade. J responder pelaevicç$o. 1sso n$o si!ni%ca )ue J responder perante f pela e-ist/ncia delucro& mas sim pela evicç$o& )ue é o v3cio )ue contamina o direito. 5ambémpode acontecer )ue J ten4a cedido as cotas perante f& )uando deveriaterminar de inte!rali(ar suas cotas. f n$o 4onrou a inte!rali(aç$o. Jresponder pela inte!rali(aç$o do )ue 'altava perante a sociedade.

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Duas normas aplicveis apenas "s sociedade simples s$o importantes: art.GG> e GGH.

Art. GG=: é teoria !eral. Di( )ue )uando 4 distribuiç$o il3cita de lucros& osadministradores respondem& assim como os scios )ue tiverem con4ecimentoou deveriam ter tido con4ecimento da 'raude. Respondem si!ni%ca )ue umcredor pode reivindicar a devoluç$o dos lucros. 1sso por)ue 'oram 'eitosatravés de 'raude.

A sociedade simples é o ?nico modelo brasileiro )ue permite o scio detrabal4o& também c4amado de “de ind?stria”. Esse scio n$o participa docapital social. 2uestiona6se como ser$o au'eridos seus dividendos.

Art. GG>: a lei e-i!e e-clusividade do scio de ind?stria. Ent$o& o scio deind?stria apenas pode atuar na sociedade )ue comp9e. #$o 'osse a lei e-i!ir&isso n$o seria al!o natural. Q era assim no re!ime anterior& tra(ido pelo Cdi!oComercial.

Art. GGH: ou o contrato social di( o percentual )ue o scio de trabal4oreceber& ou seus dividendos ser$o resultantes da média dos demais. #$opossuem responsabilidade al!uma& pois a lei di( e-pressamente “somente”. K)uem di!a& ent$o& )ue o scio de trabal4o n$o possui responsabilidadesubsidiria. K )uem interprete )ue esse “somente” tra(ido pela lei re'ere6seapenas aos lucros& respondendo& ent$o& pelas obri!aç9es no percentual docontrato& )ue n$o precisa ser uma média. 7ara MC& eles n$o respondem pelasobri!aç9es& até mesmo por)ue essa disposiç$o , e-istia no sistema anterior. QAssis di( )ue eles respondem.

Art. GGF é teoria !eral. Determina )ue é nula uma 'orma de clusula leonina&)ue é )uando o contrato social estabelece )ue al!uns scios recebem apenas olucro e outros somente as obri!aç9es.

7erda na sociedade simples tem um si!ni%cado& en)uanto )ue na sociedadelimitada tem outro& por causa das di'erenças de responsabilidade.

Art. ==H& entretanto& 'ala )ue o contrato social deve tra(em a participaç$o decada scio nos lucros e perdas. 2uestiona6se se pode6se 4aver perdas nulas.

2<.0(.2013 : aula RaX#

c. Administraç$o nas sociedades ;at#o 1.010 e !!<

 5rabal4a6se com a ideia de dele!aç$o de poderes& de poderes de representaç$o)ue passam do scio para o administrador& até para viabili(ar o e-erc3cio daatividade empresarial. Mas as decis9es sobre a !est$o s$o de compet/ncia dosscios. 7orém& os scios continuam tomando as decis9es !erais sobre asociedade& o dia a dia é do administrador& mas as !erais& sobre os rumos da

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sociedades é atribuiç$o dos scios. 7ortanto& podemos di(er )ue aadministraç$o nas sociedades é compartil4ada entre scios e administradores.Os administradores p9em em prtica as deliberaç9es dos scios.

Desde )ue a deliberaç$o se,a aprovada !raças ao voto do scio )ue a!e em

conIito de interesse e tra!a pre,u3(os& ele ser responsvel por perdas e danos.

Como é que explicamos isso juridicamente? Como explicamos quedeterminada pessoa pode assinar em nome da sociedade? O que explica esse

 poder atribuído aos administradores?

Dai temos teorias )ue tentam ,usti%car esses pontos.

#. 5eorias

7or procuraç$o: Os poderes de administraç$o podem ser e-plicados por meio

de um instrumento de procuraç$o& por meio de um mandato. A relaç$o entre asociedade e os administradores& no )ue se re'ere " representaç$o& temcaracter3sticas de mandato.

7or previs$o le!al:  Entretanto& mesmo sem procuraç$o os administradorester$o os poderes de administraç$o previsto na lei. A $eu%ta 6 $o ueU7or)ue a lei di(. Ou se,a& o poder do administrador decorre da lei. K )uemdi!a )ue é um mandato le!al.

g5eoria da or!ani(aç$oY5eoria do r!$o: Mas a 'orma mais usual de se e-plicar

os poderes atribu3dos ao administrador é por meio da teoria da or!ani(aç$o. Asociedade tem uma estrutura or!ani(acional. #essa estrutura ten4o r!$oscom di'erentes atribuiç9es& ou se,a& ten4o r!$os de deliberaç$o& de e-ecuç$oe %scali(aç$o. Essa estrutura divide atribuiç9es& para )ue n$o se concentre emuma s pessoa ou em um s r!$o os poderes. O r!$o deliberativo em umasociedade s$o as assembleias ou as reuni9es. As assembleias t/m poderespara deliberar sobre )ual)uer assunto de interesse da sociedade.

 5eoricamente& é o maior poder da sociedade. Mas tem nas sociedades tambémos r!$os de e-ecuç$o& como a diretoria e o consel4o de administraç$o ;esse?ltimo em al!umas empresas apenas<. 0 a diretoria tem o poder derepresentaç$o e-terna& )uem pode assinar pela sociedade é a diretoria. O

r!$o de %scali(aç$o é obri!atrio na 0.A. e se c4ama hconsel4o %scal& nalimitada é opcional.

Ou se,a& 4 uma repartiç$o de poderes na sociedade. @m desses r!$os é or!$o de e-ecuç$o. A)ui abran!e a administraç$o. A pessoa )ue assume umaposiç$o neste r!$o passa a ter os poderes e deveres )ue a lei determina;administrador<. 7ossui& inclusive& o poder de contratar pela sociedade& )ue é o

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poder de representaç$o. 7or isso é )ue o administrador assina pela sociedade&por isso )ue ele a!e vinculando a sociedade e n$o a si. As pessoas )ueinte!rarem este r!$o ter$o tais poderes.

Qual é o poder mais importante que é conferido aos administradores?   0em

d?vida& o poder de representaç$o& o )ual é o poder de vincular a sociedade aosseus atos.

At#o 1.010 ) A maioria dos votos é tida pela participaç$o no capitalsocial& n$o por cabeça. #o caso de empate& prevalece o lado com maiorn?mero de scios. 0e continuar o empate vai para o Qudicirio.

De*e "e "#l#%c#a) O administrador deve condu(ir os ne!cios dasociedade como se tivesse diri!indo os seus prprios ne!cios. Como 4omemativo e probo. O )ue se e-i!e do administrador 4o,e é muito mais )ue isso. Oadministrador tem )ue ser um técnico& tem )ue ter con4ecimento. + l!ico )ue

no campo da atividade empresarial ten4o risco& é l!ico )ue n$o tem como umadministrador !aranta lucro o tempo todo. Mas os erros precisam ser ra(oveis.Assim& o administrador precisa ser responsvel& in'ormado& preparado para ocar!o. Sob $e%a "e !e e!$o%!ab#l#/a"o $e!!oalme%te. 7or outro lado&n$o é 'cil& na prtica& a%rmar se um administrador n$o a!iu com dever dedili!/ncia. A ideia do dever de dili!/ncia é )ue vai condu(ir a e-pectativa deresponsabili(aç$o do administrador.

#$o pode ser administrador )uem 'or condenado pelos crimes previstos na lei;arti!o .G CC<.

O administrador pode ser nomeado no contrato& mas pode também sernomeado em ato separado ;e-: procuraç$o<& mas tem )ue ser levado parare!istro. #a 0.A. o administrador também pode ser nomeado em assembleia&assim a ata da assembleia precisa ser levada para re!istro.

##. Administraç$o con,unta

+ muito comum nas sociedades pe)uenas )ue a administraç$o se,a e-ercidapor todos os scios& ou se,a& administraç$o con,unta.

Neste caso, cada um tem todos os poderes ou todos tm que assinar?

#o arti!o .GS do CC& %ca disposto )ue a administraç$o da sociedadecompete separadamente a todos os scios& salvo disposiç$o em contrrio.

7ode acontecer a situaç$o do lit3!io. A )uer reali(ar o ne!cio& J e C n$o)uerem. 7ar!ra'o o. A decis$o é por maioria. 7ar!ra'o No. O conIito de

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interesses pode ser do administrador também& n$o apenas do scio. Respondepor)ue é administrador.

###. Responsabilidade do administrador

Os administradores respondem por culpa ;arti!o .G> CC<. Mas n$o respondepor atos normais de !est$o.

O arti!o .GH di( )ue o administrador n$o deve utili(ar os bens da sociedadeem proveito prprio.

Art. .GF. O administrador n$o pode contratar al!uém para 'a(er o papel dele&mas pode dar procuraç9es para atos espec3%cos no decorrer de sua !est$o.

De*e "e $e!tação "e co%ta!) os scios t/m direito de pedir aosadministradores a prestaç$o de contas.

#*. 5eoria ultra !ires e teoria da apar/ncia

At#o 1.01 )

 "rt# $#%$&# No silncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes ' (est)o dasociedade* n)o constituindo objeto social, a onera+)o ou a!enda de bens im!eis dependendo que a maioria dosscios decidir#

-ar.(rafo /nico# O excesso por parte dos administradoressomente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelomenos uma das se(uintes hipteses0

1 2 se a limita+)o de poderes esti!er inscrita ou a!erbadano re(istro prprio da sociedade*

11 2 pro!ando2se que era conhecida do terceiro*

111 2 tratando2se de opera+)o e!identemente estranha aosne(cios da sociedade#

O que acontece se um administrador fa3er atos que n)o tem nada a !er com asociedade? " sociedade responde perante os terceiros ou os administradoresrespondem?

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+ uma 4iptese de desconsideraç$o da personalidade ,ur3dica. Mas 4 casosem )ue o credor n$o !ostaria da desconsideraç$o& caso em )ue oadministrador n$o possui din4eiro.

 A teoria da aparência privilegia o terceiro. Se o administrador 

comprou em nome da empresa, quem responde é a empresa.

 

 A teoria ultra vires afrma que oi realizado um ato ora doobjeto da sociedade, que não vincula a sociedade. Neste caso, oadministrador seria responsabilizado.

O le!islador do CC atual trou-e a teoria ultra !ires# Mas nin!uém a usa ;`<. Ko,eutili(a6se a teoria da apar/ncia. POR ISSO O ARTI@O 1.01 9O YAPLIADO.

02.0<.2013

22. Soc#e"a"e l#m#ta"a) -omação #!t'#ca e te%"%c#a! "eta%!;omação. E*olução le#!lat#*a. A "#!c#$l#%a %o '"#o #*#l.

a. Bormaç$o 4istrica:

A sociedade limitada apareceu no %nal do século 1. 0ua utili(aç$o é maislimitada.

As sociedades an*nimas s$o muito anti!as& datando da era dosdescobrimentos. A sociedade em conta de participaç$o também sur!iu 4muito tempo& assim como a sociedade em nome coletivo.

Ent$o& até o %m do século 1& tin4am6se as sociedades an*nimas& paraempreendimentos de !rande porte& e os diversos tipos de sociedade depe)ueno porte. O )ue 'altava era um modelo para sociedades de pe)ueno emédio porte )ue trou-esse a limitaç$o da responsabilidade de todos os scios.

A sociedade limitada 'oi& portanto& pensada para o empreendimento depe)ueno e médio porte. Q no in3cio do século & vrios pa3ses a adotaram'ormalmente. #o Jrasil& se deu através do Decreto n. SHGFY==& vi!ente até onovo CC.

Em termos de 'ormaç$o 4istrica& sur!iu na Europa& no %m do século 1& paraempreendimentos de pe)ueno e médio porte com a limitaç$o deresponsabilidade. Apareceu como um modelo )ue reunia menos 'ormalidade emenos custo do )ue uma sociedade an*nima& con,u!ada com a limitaç$o deresponsabilidade de todos os scios. isava estimular o investimento ao tra(era me!a estrutura )ue é inerente " sociedade an*nima.

a.1. 5end/ncias:

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0ur!iu em um momento em )ue se repercutia a ideolo!ia liberal. O Decreto n.SHGFY= possu3a apenas = arti!os& para )ue todas as outras )uest9es 'ossemle!isladas no contrato social e n$o pela lei& dando maior mar!em de liberdadepara os scios.

A economia brasileira ainda precisa do modelo da limitada.

A tend/ncia é )ue os pa3ses de maior desenvolvimento econ*mico se utili(emmais o modelo da 0.A& pois esta d possibilidade de capitali(aç$o através dapoupança p?blica. Q a limitada n$o permite esse camin4o.

Entretanto& a)ui no Jrasil e-istem limitadas enormes& pois n$o e-istem limitesm3nimos e m-imos de valor. Essa n$o é a tend/ncia& porém. #ormalmente&c4e!am até um ponto e depois se trans'ormam em 0.A para )ue possam abriro capital.

A limitada possui suas vanta!ens: menos 'ormal e menos custosa

administrativamente )ue a 0.A.

Mrcia Carla !ostava da ideia da limitada pouco le!islada& cu,as decis9es eramdele!adas ao contrato social& dando a estrutura )ue os scios )uisessem.

A sociedade limitada pode ser de capital ou de pessoas& a depender do )uedetermina o contrato social. A !rande maioria é de carter de pessoas& noJrasil.

2uando se tem um contrato social de limitada )ue determina a necessidade dedecis$o un8nime para a substituiç$o de scios& est6se perante uma empresa

de carter de pessoas.a.2. Alteraç$o e!islativa:

Antes& eram disciplinadas apenas no Decreto n. SHGFY=. Com o sur!imento doCC& 'oi o Decreto revo!ado& e a disciplina passou a constar entre os art. G eGFH do CC& além da aplicaç$o supletiva de outras normas.

2urum era uma matéria totalmente livre na vi!/ncia do decreto. Deveria serde%nido pelo contrato social& mas na 'alta dessa disposiç$o& era necessria amaioria. Ko,e& e-istem disposiç9es de )u9rum na lei para )uase todos osassuntos& e s$o muito altos& como NYS.

b. Disciplina no Cdi!o Civil:

0$o os dispositivos )ue nos d$o a noç$o do )ue se,a uma limitada e )ue nosindicam a aplicaç$o supletiva de outras normas.

At. 10: disp9e a respeito das cotas.

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 "rt# $#%&&# O capital social di!ide2se em quotas, i(uais oudesi(uais, cabendo uma ou di!ersas a cada scio#

4 $5 -ela exata estima+)o de bens conferidos ao capitalsocial respondem solidariamente todos os scios, até o

 pra3o de cinco anos da data do re(istro da sociedade#

4 65 7 !edada contribui+)o que consista em presta+)o deser!i+os#

Antes da vi!/ncia do CC& a limitada era c4amada “sociedade por cotas deresponsabilidade limitada”.

Esse dispositivo indica )ue o capital social é dividido em cotas )ue podem serunitrias ;i!uais< ou desi!uais. #ormalmente& no Jrasil se trabal4a com ascotas i!uais. 0$o& muitas ve(es& principalmente no in3cio da sociedade&e)uiparadas ao valor da moeda. 1sso n$o é obri!atrio. A cota pode valer G&

NG& SG reais.

As cotas desi!uais& por sua ve(& s$o as )ue possuem valor desi!ual por scio.1ma!inemos )ue A ten4a S cotas& mas como o valor é desi!ual& as tr/s cotasdele se,am trans'ormadas em apenas uma cota& )ue vale SGG mil. Q J temuma cota de GG mil& e C uma cota de NGG mil& )ue eram duas cotas )ue 'oramtrans'ormadas.

Cotas n$o podem ser subdivididas.

Cota si!ni%ca parte& participaç$o& parcela. 2uando se di( )ue o capital social é

dividido em cotas& di(6se )ue est dividido em parcelas. + um direito&di'erentemente da aç$o )ue é coisa& é bem. Cota é direito de participaç$o doscio no capital social e& por conse)u/ncia& nos lucros& no voto& etc.

A!ora& cota n$o atribui a condiç$o de scio& ela ,usti%ca. O )ue atribui acondiç$o de scio é o contrato social.

#as sociedades de pessoas& o )ue atribui a condiç$o de scios é o contratosocial.

#a 0.A é di'erente& visto )ue o )ue atribui a condiç$o de scio é a aç$o.

O ade)uado é tratar das cotas como direito e n$o como bem.

Essas cotas& ent$o& s$o as divis9es do capital social em uma sociedadecontratual.

Cotas est$o relacionadas ao capital social& o )ual pode ser inte!rali(ado embens ou em moeda. O CC prev/ )ue o e)uivalente das cotas no capital socialdepende de uma estimativa do valor dos bens. 2uem estima o valor nas

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limitadas s$o os scios. 7orém& a lei prev/ )ue os scios )ue estimaram o valordesses bens %cam responsveis cinco anos pelo valor estimado& o )ue é uma!arantia para casos de 'raude& por)ue n$o 4 a avaliaç$o dos bens.

Essa atribuiç$o de responsabilidade é boa por um lado& mas ruim por outropor)ue o pra(o é curto& se!undo Mrcia Carla.

O 2F= "o at. 10 veda e-pressamente a e-ist/ncia de scio de trabal4o.

 "rt# $#%&6# Na sociedade limitada, a responsabilidade decada scio é restrita ao !alor de suas quotas, mas todosrespondem solidariamente pela inte(rali3a+)o do capitalsocial#

At. 102: a)ui tem a norma )ue n$o s conceitua )ual é a responsabilidadelimitada& mas também determina até )ue limite respondem os scios. Aresponsabilidade ordinria dos scios é pela sua parte& sendo limitada. Q a

responsabilidade complementar é solidria e se d em relaç$o " parcela docapital social )ue n$o 'oi inte!rali(ada.

A re!ra !eral da responsabilidade nas limitas é essa.

0e o capital , 'oi totalmente inte!rali(ado e subscrito& a responsabilidade dosscios é limitada& ou se,a& corresponde ")uilo em )ue ele investiu.

04.0<.2013

c. Caracter3sticas – art. GN.

#a sociedade limitada& a responsabilidade dos scios é limitada.

#$o é obri!atrio )ue )uando se subscreva capital social ele se,a inte!rali(adono ato. Assim& o at. 102 determina )ue os scios respondem pela totalidadedo capital n$o inte!rali(ado. 0e o capital , 'oi totalmente inte!rali(ado& elesn$o respondem por nada e perdem o )ue 'oi investido& ou se,a& %ão teme!$o%!ab#l#"a"e. + por isso )ue na maioria dos casos o contrato social ,tra( disposiç$o 'alando )ue o contrato , 'oi totalmente inte!rali(ado.

Ainda& vale a pena destacar )ue as sociedades limitadas t/m nomeempresarial da nature(a %rma ou denominaç$o& sempre acompan4ado da

e-press$o “limitada”& a )ual pode estar por e-tenso ou abreviada.

Outra caracter3stica é )ue a sociedade limitada pode ser empresarial ousimples. #esta ?ltima 4iptese& o nome vir acompan4ado das e-press9es“simples” e “limitada”& sendo )ue seu re!istro ser 'eito no cartrio dere!istros civis& n$o sendo ar)uivado na ,unta comercial.

". Re!ime Qur3dico:

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A disciplina da sociedade limitada est no CC a partir do at. 102& sendomuito mais comple-a do )ue a tra(ida pelo Decreto antes vi!ente.

A sociedade limitada possui uma norma )ue estabelece o re!ime supletivo& ouse,a& )uando n$o 4 norma )ue re!ulamente determinado assunto& o at.103 prev/ )ual é o re!ime complementar ao das sociedades limitadas. 0e ocontrato social dispuser e-pressamente& a lei aplicvel poder ser a ei n.>.WGWYH>& das 0.A. Caso contrrio& ser aplicvel a disciplina da sociedadesimples. A depender das caracter3sticas de capital ou de pessoas& as disciplinasdas 0.A e da sociedade simples s$o mais ade)uadas. Assim& a limitada decapital deve& mais lo!icamente& ter a ei das 0.A a ela aplicadasubsidiariamente. A mesma coisa com a limitada de pessoas e as normas dasociedade simples. ale lembrar )ue essa é uma aplicaç$o 0@J01D1_R1A& ouse,a& deve ocorrer apenas se a disciplina espec3%ca nada 'alar a respeito.

 "rt# $#%&8# " sociedade limitada re(e2se, nas omiss9es

deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples#-ar.(rafo /nico# O contrato social poder. pre!er are(ncia supleti!a da sociedade limitada pelas normas dasociedade an:nima#

A normativa espec3%ca pelo porte da empresa independe do tipo societrio&salvo )uando e-clui a possibilidade de 0.A. O taman4o da empresa serdeterminado pelo seu 'aturamento& n$o pelo seu tipo. #a prtica brasileira&podem e-istir limitadas bem pe)uenas e limitadas enormes& visto )ue n$oe-istem limites de capital social.

24. atue/a ju"#ca "a! uota!= ce!!ão "a! uota!= $e%oab#l#"a"e

"a! uota!.

e. Cotas:

As cotas podem ser de valor i!ual ou desi!ual. + ,ustamente no at. 10 )ueé previsto )ue os scios respondem cinco anos pela estimativa do valor dosbens )ue tra(em para a inte!rali(aç$o do capital social. A lei n$o e-i!eavaliaç$o& é estimativa. o!o& os scios estimam o valor do bem e por estevalor %cam responsveis pelo per3odo de cinco anos. Mrcia Carla considera o

per3odo muito pe)ueno& pois abre a possibilidade de encobrir 'raudes.

#$o se admite na sociedade limitada scio de trabal4o& con'orme o 2F "o at.10.

Cota n$o é bem& é um direito )ue o scio tem em relaç$o " sociedade. 1ssopor)ue a pessoa n$o é scia por)ue detém cotas& mas sim por)ue o contratosocial o determina. 7or isso& o termo certo é cess$o de cotas.

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A cota é indivis3vel. 7orém& pode acontecer na 4ora da 4erança& )ue elas se,amcotituladas.

@m dos coproprietrios pode ceder sua parte da cota para os outros& podendoinclusive receber por isso. Esse é um ne!cio entre eles& em nada a'etando asociedade. O )ue n$o pode ser 'eito é vender sua parte da cota a terceiro de'orma )ue produ(a e'eitos para a sociedade.

7ela inte!rali(aç$o da cota& respondem todos os coproprietrios solidariamenteperante a sociedade. 1sso si!ni%ca )ue a sociedade poder acionar )ual)uerum deles.

#. Cess$o de cotas:

2uanto mais a sociedade tiver caracter3sticas de sociedade de pessoas& maiora di%culdade para a cess$o das cotas. Ao contrrio& no )ue tan!e sociedadesde capital& mais 'cil é a cess$o.

7ara )ue possa 4aver a cess$o& devemos observar o contrato social.

0e 'or para alienar as cotas para al!uém )ue , é scio& a cess$o é totalmentelivre& podendo o contrato social dispor em contrrio. 7or outro lado& se 'or paraalienar para terceiros& o contrato social deve dispor a respeito ou aplica6se adisposiç$o do at. 107& )ue e-i!e a aprovaç$o& ainda )ue tcita& de mais dej dos cotistas. A primeira provid/ncia& portanto& é analisar o contrato social.Assim& pode6se prever até mesmo direito de pre'er/ncia& isto é& cada um dosscios ter direito ao percentual )ue 4o,e titula. 0e nada 'or mencionado& aplica6se a lei& )ue determina )ue pode ser cedida sem )ue 4a,a )ual)uer aprovaç$o.

 "rt# $#%&;# Na omiss)o do contrato, o scio pode ceder suaquota, total ou parcialmente, a quem seja scio,independentemente de audincia dos outros, ou aestranho, se n)o hou!er oposi+)o de titulares de mais deum quarto do capital social#

-ar.(rafo /nico# " cess)o ter. e<c.cia quanto ' sociedadee terceiros, inclusi!e para os <ns do par.(rafo /nico doart# $#%%8, a partir da a!erba+)o do respecti!oinstrumento, subscrito pelos scios anuentes#

0e eu ten4o uma sociedade em )ue A tem WGX& J tem SGX e C tem SGX& aprinc3pio A é o scio ma,oritrio. 7orém& se J vender para C& este passar a serma,oritrio. 7or isso& é interessante prever o direito de pre'er/ncia.

0e 'or para ceder para terceiro e o contrato social n$o disser nada& n$o podeter a oposiç$o de mais de k dos scios.

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O $a+a;o N%#co "o at. 107 tra( uma norma )ue é repetiç$o de normada sociedade simples. Ela determina )ue a cess$o tem e%ccia peranteterceiros apenas depois )ue 'or re!istrada.

0.0<.2013 : aula u

. Constituiç$oN. 2uotas

a. 1nadimplementob. Restituiç$o de valores

S. Administraç$oa. #oç$ob. #omeaç$o

0obre a Constituiç$o) omo !e co%!t#tu# uma !oc#e"a"e l#m#ta"aU 7ara seconstituir uma sociedade limitada& dever ser elaborado um contrato social.Este contrato social tem )ue ter no m3nimo o )ue est previsto no at. <<7;disciplina da sociedade simples<: di(er a sede& ob,eto capital social ;conte?dom3nimo<. #$o devemos& contanto& nos limitar a um conte?do m3nimo. #asaulas& muitas coisas ser$o ditas “salvo se previsto contrariamente no contratosocial”. O scio )uer prever a cess$o de cotas livremente& por unanimidade&o'erta para os demais scios e depois livre ;etc<. Estas clusulas apenas ser$oviveis se contempladas no contrato social. 0e o contrato 'or omisso& aplica6seo arti!o correspondente do CC. A norma supletiva é a 5DA. Entre a)ueles )ue

 , s$o scios& a trans'er/ncia das cotas ser livre. E se para terceiro& dependerda n$o oposiç$o de YS.

 "rt# ==;# " sociedade constitui2se mediante contratoescrito, particular ou p/blico, que, além de cl.usulasestipuladas pelas partes, mencionar.0

1 2 nome, nacionalidade, estado ci!il, pro<ss)o e residnciados scios, se pessoas naturais, e a <rma ou adenomina+)o, nacionalidade e sede dos scios, se

 jurídicas>

11 2 enomina+)o, objeto, sede e pra3o da sociedade>

111 2 Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens,suscetí!eis de a!alia+)o pecuni.ria>

1@ 2 " quota de cada scio no capital social, e o modo dereali3.2la>

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@ 2 "s presta+9es a que se obri(a o scio, cujacontribui+)o consista em ser!i+os>

@1 2 "s pessoas naturais incumbidas da administra+)o dasociedade, e seus poderes e atribui+9es>

@11 2 " participa+)o de cada scio nos lucros e nas perdas>

@111 2 Ae os scios respondem, ou n)o, subsidiariamente, pelas obri(a+9es sociais#

-ar.(rafo /nico# 7 ine<ca3 em rela+)o a terceiros qualquer  pacto separado, contr.rio ao disposto no instrumento docontrato#

Depois de elaborado este contrato social& ele ser re!istrado. 0e 'or umasociedade empresria& o re!istro ser na Qunta Comercial& analisando os

re)uisitos le!ais e seu cumprimento. A QC n$o 'a( anlise de ,u3(os ;capitalsocial& etc.<& mas pode sim veri%car se os re)uisitos 'ormais 'oram cumpridos.7ode c4amar& no caso de erros& os scios para corri!ir ou inde'erir o re!istro.

@ma ve( re!istrada& a 5DA ser personi%cada& com personalidade ,ur3dica.Mesmo se esta sociedade começar a atuar antes da ,unta ar)uivar o ato& elapode 'a(/6lo por)ue ela ser uma sociedade comum ;ainda n$o personi%cada<.7ara a elaboraç$o deste contrato social& é necessria a assinatura de umadvo!ado.

24. atue/a ju"#ca "a! uota!= ce!!ão "a! uota!= $e%oab#l#"a"e

"a! uota!. Gco%t#%uaçãoHN.a. 1nadimplemento

2uando os scios subscrevem capital de uma sociedade& eles n$o precisampa!ar a vista& podem inte!rali(ar posteriormente.

O )ue 'a(er diante de um scio inadimplenteL A 0ociedade pode e-ecutar oscio inadimplente& a'ast6lo& retirar seus direitos de voto. A sociedade podeoptar por e-cluir o scio se o %(er& tem )ue devolver para ele o )ue ele trou-epara a sociedade ;tirando os danos causados pelo inadimplemento< – 5ODA0E05A0 MED1DA0 DE7E#DEM DE #O51B1CAPO ;ART. 1004<. A disciplina da5DA é complementada pela norma do art. GGW.

 "rt# $#%%B# Os scios s)o obri(ados, na forma e pra3o pre!istos, 's contribui+9es estabelecidas no contratosocial, e aquele que deixar de fa32lo, nos trinta diasse(uintes ao da noti<ca+)o pela sociedade, responder.

 perante esta pelo dano emer(ente da mora#

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-ar.(rafo /nico# @eri<cada a mora, poder. a maioria dosdemais scios preferir, ' indeni3a+)o, a exclus)o do scioremisso, ou redu3ir2lhe a quota ao montante j. reali3ado,aplicando2se, em ambos os casos, o disposto no 4 $5 doart# $#%8$#

At. 10( – 'ala da aplicaç$o do at. 1004 e di(: a sociedade pode optar pordiminuir o capital social ou manter o capital social e dai essas cotas podem serne!ociadas com terceiros ;0cios ou n$o<.

 "rt# $#%&# N)o inte(rali3ada a quota de scio remisso, osoutros scios podem, sem prejuí3o do disposto no art#$#%%B e seu par.(rafo /nico, tom.2la para si ou transferi2laa terceiros, excluindo o primiti!o titular e de!ol!endo2lhe oque hou!er pa(o, dedu3idos os juros da mora, as

 presta+9es estabelecidas no contrato mais as despesas#

2uando a sociedade opta por e-clus$o ou até n$o e-cluir.

A sociedade pode rene!ociar as cotas& diminuir o capital social.

. Diminuiç$o de capital: diminui o capital& devolve o investidopelo scio e ret/m a)uilo re'erente aos danos causados pelainadimpl/ncia.

N. A sociedade pode diminuir o capital social sem e-clu36lo. Oscio %ca com o re'erente " cota , inte!rali(ada e o restante édiminu3do. 5odas estas decis9es dependem da situaç$o real econcreta da sociedade.

N.b. Restituiç$o de valores:

Os scios podem receber valores da sociedade& por e-emplo& )uando recebemdividendos. Em princ3pio dividendo est relacionado a lucro.

E-istem outras possibilidades: Os scios receberam todo m/s de novembro&um pr/mio natalino. ;5EM 2@E E05AR 7RE105O #O CO#5RA5O 0OC1A<.7orém& o )ue a lei nos di( no at#o 10<L

Art. G= – o contrato social pode estabelecer pr/mios& distribuir lucros& MA0 se

esses bene'3cios pre,udicarem o capital social& os scios podem ser c4amados adevolver o recebido ;sem solidariedade<. Apenas )uando 4 pre,u3(o do capitalsocial.

 "rt# $#%&=# Os scios ser)o obri(ados ' reposi+)o doslucros e das quantias retiradas, a qualquer título, aindaque autori3ados pelo contrato, quando tais lucros ouquantia se distribuírem com prejuí3o do capital.

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O capital social é um recipiente ;vaso< e este vaso contem reais. Ele e-istecontabilmente& ele é previsto no contrato social& 'oi ou ser inte!rali(ado. Acada balanço este n?mero tem )ue ser recomposto. C4e!a no %nal do ano&ativo e passivo& sobra 6G mil. ai constar no balanço )ue ela teve pre,u3(o deG mil reais. 1ma!inemos )ue por uma arte numérica& ten4a se c4e!ado ao

balanço de =G mil. o!o& tem6se lucro. 7ode6se coloca6los no polo passivoda demanda: estes scios devem devolver valores )ue ser$o utili(ados para opa!amento do credor.

Os scios podem ser c4amados a devolver o )ue receberam em "et#me%to"o ca$#tal !oc#al. + o )ue nossa lei prev/. ;at. 10<<.

25. Zão! Soc#a#!) a"m#%#!tação= ;u%çe!= ele#ção e "e!t#tu#ção=

emu%eação= "eleação "e $o"ee!= e!$o%!ab#l#"a"e "o!

a"m#%#!ta"oe!. A!!emble#a.

S. Administraç$o

#ovidades da lei:

a< A"m#%#!ta"o tece#o 8 O CC prev/ e-pressamente 4o,e )ue oadministrador pode ser n$o scio. #a prtica societria a Qunta ,aceitava. O administrador pro%ssional pode ser n$o scio.

b< Del#beaçe! ;oma#! em a!!emble#a! e %ão ma#! eu%#e! 8 Asdeliberaç9es dos scios podem ser tomadas em reuni$o ou emassembleia.

c< Vu'um $a!!ou a !e a ma#o#a – tem vrias deliberaç9es a!ora )uetem modi%caç9es )uanto aos )uruns& evitando )ue um ?nico sciodeten4a poder decisrio.

d< o%!elo -#!cal – A lei a!ora prev/ consel4o %scal na sociedade 5DA;sempre 'oi caracter3stica da sociedade an*nima 0A<. 0 )ue é opcionalna 5DA.

#o re!ime do art. GHF – 4avia um re!ime in'ormal da 5DA.

 "rt# $#%;# " assembleia dos scios de!e reali3ar2se aomenos uma !e3 por ano, nos quatro meses se(uintes ' aotérmino do exercício social, com o objeti!o de0

1 2 Domar as contas dos administradores e deliberar sobreo balan+o patrimonial e o de resultado econ:mico>

11 2 esi(nar administradores, quando for o caso>

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111 2 Dratar de qualquer outro assunto constante da ordemdo dia#

4 $5 "té trinta dias antes da data marcada para aassembleia, os documentos referidos no inciso 1 destearti(o de!em ser postos, por escrito, e com a pro!a dorespecti!o recebimento, ' disposi+)o dos scios que n)oexer+am a administra+)o#

4 65 1nstalada a assembleia, proceder2se2. ' leitura dosdocumentos referidos no par.(rafo antecedente, os quaisser)o submetidos, pelo presidente, a discuss)o e !ota+)o,nesta n)o podendo tomar parte os membros daadministra+)o e, se hou!er, os do conselho <scal#

4 85 " apro!a+)o, sem reser!a, do balan+o patrimonial edo de resultado econ:mico, sal!o erro, dolo ou simula+)o,exonera de responsabilidade os membros daadministra+)o e, se hou!er, os do conselho <scal#

4 B5 Extin(ue2se em dois anos o direito de anular aapro!a+)o a que se refere o par.(rafo antecedente#

A lei veio a!ora e previu a possibilidade de serem utili(adas assembleias econ'orme o n?mero de scios pode ser obri!atrio o uso de assembleia.Assembleia pressup9e convocaç$o& edital& pauta& etc. Ao prever as assembleiaso le!islador )uis atenuar esse in'ormalismo da 5DA. O aspecto ruim doin'ormalismo é a impossibilidade de documentar as decis9es da sociedade. Apartir do momento )ue se 'ormali(a& se torna mais lento e mais caro& mas setorna mais !euo.

As deliberaç9es da 5DA s$o& lo!o& 4o,e& mais 'ormais.

Aplicam6se a)ui al!umas previs9es da 0A 6 responsabilidade do administrador)uando 4 culpa ou dolo& etc.

a. #omeaç$o

A lei admite )ue a nomeaç$o do administrador pode ser no contrato social ou

em ato em separado ;procuraç$o ou ata de assembleia – instrumentos )ueindicam )uem é o administrador<. #omeia6se e desconstitui6se da mesma'orma. 7ara alterar o contrato social é di'erente do )ue em ato separado.

At. 1050 : $a+a;o N%#co  – disp9e uma norma )ue n$o é intuitiva.1ma!inemos um contrato social )ue di!a )ue todos s$o administradores& podesim ;A J e C<. A sai da sociedade e in!ressa . A administraç$o con,unta éda)ueles )ue 'oram nomeados no ato. #$o é automtico )ue esse novo

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in!ressante se,a administrador. A prpria nomeaç$o dele , deve indicar )ueele é administrador também. Se %ão ou*e a $e*#!ão= %ão !e $e!umeue o %o*o #%e!!a%te a!!ume $o"ee! "e e!tão.

 "rt# $#%F%# " sociedade limitada é administrada por umaou mais pessoas desi(nadas no contrato social ou em atoseparado#

-ar.(rafo /nico# " administra+)o atribuída no contrato atodos os scios n)o se estende de pleno direito aos que

 posteriormente adquiram essa qualidade#

A desi!naç$o de administrador n$o scio depende da aprovaç$o un8nime dosscios en)uanto o capital n$o estiver inte!rali(ado e NYS aps a inte!rali(aç$o.0 podia ter administrador n$o scio se o contrato social estabelece6see-pressamente. Ko,e n$o precisa mais o contrato social de%nir a possibilidadede administrador n$o scio – uma te%"%c#a 6 $oJ!!#o%al#/a a e!tão.7ara permitir a pro%ssionali(aç$o da !est$o. 7ode n$o ser 'ormado emadministraç$o: n$o 4 uma norma )ue e-i,a o CRA. 2uem ,ul!a se a pessoa éade)uada s$o os scios.

0e o capital social n$o estiver totalmente inte!rali(ado o administrador tem)ue ser acol4ido pela unanimidade dos scios e se , 'oi inte!rali(ado& NYS.

2ual a relaç$o entre capital n$o inte!rali(ado e unanimidadeL Os sciosrespondem pelo capital n$o inte!rali(ado. o!o& os riscos da administraç$o !ão!o;#"o! $elo! !'c#o! e%ua%to o ca$#tal %ão e!t#*e #%teal#/a"o .

0e o capital social , 'oi totalmente inte!rali(ado& os administradoresrespondemL Em princ3pio n$o& pois estando inte!rali(ado e pelos princ3pios )ueos administradores n$o respondem pelas obri!aç9es contra3das& acabou ocapital social& a(ar do terceiro.

Contudo& se o administrador a!iu de m6'é& contra o ob,eto social& etc.:desconsidera6se a 7Q& e c4amam6se os scios ou administradores.

At. 0 – norma !eral.

 "rt# &%# Em caso de abuso da personalidade jurídica,

caracteri3ado pelo des!io de <nalidade, ou pela confus)o patrimonial, pode o jui3 decidir, a requerimento da parte,ou do Ginistério -/blico quando lhe couber inter!ir no

 processo, que os efeitos de certas e determinadasrela+9es de obri(a+9es sejam estendidos aos bens

 particulares dos administradores ou scios da pessoa jurídica#

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2uanto aos administradores: eles respondem por dolo e culpa no e-erc3cio desuas atribuiç9es ;at. 1015<.

 "rt# $#%$F# Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpano desempenho de suas fun+9es#

0e um dos scios , inte!rali(ou toda a parte dele e os demais scios n$o& oscio )ue , inte!rali(ou possui responsabilidade solidria )uanto " parcela dosdemais ;art. GN<.

omo #"e%t#Jco o #%tee!!e "e uma !oc#e"a"eU

A sociedade é uma %cç$o le!islativa. + corte,ando com o interesse dos scios&especialmente dos scios ma,oritrios& controladores& pois s$o eles )ue ir$oe-pressar os interesses da sociedade. + o interesse e-presso por )uem tem opoder na sociedade. 2uando )ue eu identi%co um conIito de interessesL

2uando )ue a sociedade é di'erente dos sciosL A partir do momento )ue n$ocoincide mais& temos um conIito.

E-. Como scio de duas sociedades& ele )uer duas coisas di'erentes )ue nemsempre compat3veis com a sociedade. O ne!cio ,ur3dico vale& pois 'oi e-pressoo interesse da sociedade& da maioria& ent$o por mais )ue um dos scios n$oeste,a de acordo o ne!cio é vlido e concreto. 0e n$o 'osse a vontade demaioria n$o teria sido reali(ado. E se um scio %(er a maioria so(in4oL O ato évlido.

o%!eu%c#a! $aa o !'c#o ue a#u em co%[#to "e #%tee!!e!)

O scio )ue a!e com abuso de direito de voto e causa pre,u3(o& con'orme at.10(0 do CC& pode ser responsabili(ado.

 "rt# $#%%# "s delibera+9es infrin(entes do contrato ou dalei tornam ilimitada a responsabilidade dos queexpressamente as apro!aram#

7ara o scio )ue delibera em conIito de interesses – ele responde por perdas edanos pela deliberaç$o contrria " maioria. Boi aprovado pelo voto dele ecausou pre,u3(o – ele responde. 0E provocar pre,u3(o e 0E tiver sido aprovada

!raças ao voto dele 6 ele responde. ;5DA – disciplina da simples –subsidiariamente<.

O "#e#to "e *oto – é uma condiç$o de scio& inerente a esta condiç$o e ée-ercido com liberdade. Contudo& essa liberdade de e-erc3cio do direito de vototem condicionantes 6 o interesse da sociedade. 0cios se )uestionam –descon'ormidade com o interesse da sociedade.

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+ poss3vel )ue numa sociedade por )uotas& mais de uma pessoa se,a titular deuma cotaL 2uais as conse)u/ncias dissoL + poss3vel ter mais de uma cota etrata6se de cotas em condom3nio. Cota é uma unidade indivis3vel )uerepresenta uma parte do capital social. 7odemos ter mais de uma cota emcopropriedade ou em condom3nio. 7rodu( e'eito internamente& mas eles

obri!atoriamente ter$o )ue indicar um representante. 1nternamente é vlidaessa associaç$o. E-. A era scio& J )ueria entrar e n$o 'oi aprovado& ent$o eleentra de coproprietrio de uma cota com A. K necessidade de constituiç$o deum representante perante a sociedade.

1nteresse da sociedade& interesse do scio& vontade de maioria e minoria –)uais seriam as principais preocupaç9es de um minoritrio em relaç$o "administraç$o de uma sociedade.

11.0<.2013 : %ão te*e aula.

12.0<.2013

Peu%ta!)

I%tee!!e "a !oc#e"a"e: é o interesse dos scios ma,oritrios& controladores.A vontade da sociedade é a vontade do scio ma,oritrio. + o interessee-presso por )uem tem o controle& derivando da participaç$o )ue o scio temno capital da sociedade.

2uando o interesse da sociedade é di'erente do interesse do scio. En)uanto ointeresse da sociedade coincidir com o do scio n$o 4 conIito.

O )ue acontece )uando um scio a!e em conIito de interesse& mas de acordocom a deliberaç$o da sociedadeL O ne!cio vale ou n$oL E )uais os e'eitospara o scio )ue a!iu em conIitoL O ne!cio vale& por)ue a decis$o 'oi tomadapela sociedade& sendo e-pressa pela vontade da maioria. O ne!cio 'oireali(ado por)ue 'oi e-pressa a vontade da maioria& n$o sendo um ato isoladodo scio em maioria. 7ode ser )ue ele 'aça a maioria so(in4o e mesmo assimser o ato vlido. O scio )ue a!e com abuso de direito de voto& causandopre,u3(os " sociedade& responde pessoalmente por eles. Entretanto& se one!cio em conIito de interesses 'or aprovado !raças ao voto do scio )ue a!eem conIito de interesse e tra!a pre,u3(os& ele ser responsvel por perdas edanos por cinco anos. O direito de voto é e-ercido com liberdade& mas estaliberdade tem como condicionante o interesse da sociedade. s ve(es asdisputas começam por)ue um scio )uestiona a aç$o de outro scio.

Y $o!!*el ma#! "e uma $e!!oa !e t#tula "e uma cotaU 0im. + poss3vel)ue e-ista uma copropriedade ou um condom3nio& produ(indo e'eitos apenasinternamente. 7erante a sociedade ou terceiros& n$o ser vlida. Deve ter umrepresentante )ue atua perante a sociedade& recebendo dividendos& votando&

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etc. K a necessidade de constituiç$o de um representante perante asociedade.

Vua#! !e#am a! $#%c#$a#! $eocu$açe! "e um !'c#o m#%o#t+#o emelação a"m#%#!tação "e uma !oc#e"a"eU oelação e%te a!

$eocu$açe! "o m#%o#t+#o e o! "e*ee! "o! a"m#%#!ta"oe!. Ominoritrio pode ser pre,udicado. #a !rande maioria das ve(es as decis9espodem ser tomadas em proveito da sociedade. Mas pode acontecer de 4averconIito de interesses& atin!indo o direito do minoritrio. @ma daspreocupaç9es é )ue como esse minoritrio n$o tem o poder de ele!er osadministradores& de )ue se,a tomada uma decis$o contrria ao interesse n$os do minoritrio& mas também da sociedade.

E-: A tem X do capital social& J tem W=X do capital social. #o contratosocial& est previsto )ue para aumentar o capital social necessita maioria. Apre'ere )ue se,a tomado empréstimo por)ue ele est descapitali(ado. J pre'ere)ue se,a aumentado o capital social. Entretanto& ser reali(ado empréstimopor)ue A tem a maioria. Os administradores estar$o submetidos " vontade doA.

+ poss3vel uma limitada ser administrada por um n$o scioL Art. G>& CC. A?nica restriç$o é )uanto aos )uruns. 0e 'or uma sociedade cu,o capital n$oeste,a totalmente inte!rali(ado& a indicaç$o ao administrador n$o scio tem)ue ser por unanimidade. 0e o capital social , estiver inte!rali(ado& sernecessrio apenas NYS de votaç$o. A tend/ncia 4o,e em dia é apro%ssionali(aç$o do administrador.

25. Zão! Soc#a#!) a"m#%#!tação= ;u%çe!= ele#ção e "e!t#tu#ção=emu%eação= "eleação "e $o"ee!= e!$o%!ab#l#"a"e "o!a"m#%#!ta"oe!. A!!emble#a.

;. Administraç$o – continuaç$o

7ressup9e n$o s a participaç$o dos administradores& mas também as dosscios.

 Q vimos )ue pode ser um administrador n$o scio. A norma prevista no CC& na

se)u/ncia do art. G>& disciplina a investidura dos administradores.

 "rt# $#%F$# " desi(na+)o de administradores n)o sciosdepender. de apro!a+)o da unanimidade dos scios,enquanto o capital n)o esti!er inte(rali3ado, e de 6H8 Idoister+osJ, no mínimo, aps a inte(rali3a+)o#

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#. 1nvestidura& destituiç$o e ren?ncia das 'unç9es do administrador

O CC prev/ )ue& se o administrador 'or indicado no contrato social& n$o precisanen4uma outra 'ormalidade para )ue este assuma a administraç$o a n$o ser ore!istro da ata ou da alteraç$o do contrato social )ue indi)ue o administrador.

“A n$o ser” é )uanto a e'eitos e-ternos& por)ue internamente basta a alteraç$odo contrato social para )ue se considere )ue 'oi mudada a administraç$o. Maspara e'eitos e-ternos é necessrio o re!istro. 7orém& se 'or indicado por ato emseparado& precisa tomar posse para )ue se,a considerado administrador. Aposse se d através da assinatura do livro de atos& o )ue deve ocorrer nostrinta dias se!uintes " desi!naç$o& sob pena de ser tornada sem e'eito. Otermo de posse precisa ser assinado no pra(o de SG dias da desi!naç$o. 1sso éimportante& por)ue se 4ouver al!uma dissid/ncia dentro da sociedade& o scio)ue n$o concorda pode ale!ar )ue a desi!naç$o 'oi nula ;at. 1052<.

 "rt# $#%F6# O administrador desi(nado em ato separadoin!estir2se2. no car(o mediante termo de posse no li!ro deatas da administra+)o#

4 $5 Ae o termo n)o for assinado nos trinta dias se(uintes' desi(na+)o, esta se tornar. sem efeito#

4 65 Nos de3 dias se(uintes ao da in!estidura, de!e oadministrador requerer seja a!erbada sua nomea+)o nore(istro competente, mencionando o seu nome,nacionalidade, estado ci!il, residncia, com exibi+)o de

documento de identidade, o ato e a data da nomea+)o e o pra3o de (est)o#

Outra in'ormaç$o relevante& é )ue o pra(o para a averbaç$o desse documentoem separado é de G dias do ato da nomeaç$o. #ormalmente& o pra(o parare!istro do ato de empresas é de SG dias& para )ue os e'eitos retroa,am. 0 )uese os atos e documentos n$o 'orem levados a re!istro no pra(o de SG dias& ose'eitos n$o retroa!em. #a 4iptese em )uest$o& entretanto& o pra(o é de Gdias& para )ue os e'eitos retroa,am. A retroaç$o 'a( uma di'erença enorme emtermos de responsabili(aç$o& assinatura pela sociedade& etc.

2uem assume os atos é o anti!o administrador )ue ter o direito de re!ressocontra o atual administrador& por)ue tem provas de )ue , estava a'astado daadministraç$o& caso n$o se,a o ato re!istrado dentro do pra(o.

7ara terceiros& o )ue vale é o )ue aparece no re!istro.

Em princ3pio& no pra(o de G dias para o re!istro& , vale a alteraç$o. Este 'atoda posse tem import8ncia )uando , e-iste disson8ncia dentro da sociedade.

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0e re!istrado apenas aps os G dias& n$o 4 retroaç$o dos e'eitos.

#o contrato social& o )urum para a alteraç$o do administrador é maior&'a(endo com )ue se,a mais di'3cil a alteraç$o do administrador. Assim& 4 maiorestabilidade. O ato em separado& por sua ve(& e-i!e um )urum menor& sendomais 'cil a substituiç$o. A reali(aç$o da alteraç$o ser 'eita pelo meioescol4ido pelos scios como 'orma mais ade)uada.

O primeiro administrador é indicado no contrato social. 0e se )uer alterar aadministraç$o por ato em separado& altera6se o arti!o de “é administrador -”para “o administrador ser de%nido por ato em separado”.

Jasicamente& um administrador dei-a de o ser )uando ocorre uma dessascircunst8ncias:

#.  5in4a pra(o de !est$o )ue se encerrou e ele n$o 'oi recondu(ido&permanecendo como !estor até )ue outro 'osse nomeado. Aps a nomeaç$o&

ele dei-a de ser !estor por causa do encerramento do pra(o. Ent$o& cessa aadministraç$o pelo %m do pra(o

##.  7or destituiç$o& )uando os scios n$o t/m mais interesse em manterdeterminado administrador& mesmo )ue dentro do pra(o de !est$o. Oadministrador pode ser demitido a )ual)uer momento& ad nuto& por)ue ocupaum car!o de con%ança. #$o 4 necessidade de ,usti%car a destituiç$o. O at.1053 prev/ )ue o scio administrador indicado no contrato apenas pode sera'astado com o )urum de NYS& salvo disposiç$o contratual diversa. Este é umarti!o )ue termina di(endo “salvo disposiç$o em contrrio do contrato social”.Assim& se o contrato social 'or omisso e o administrador 'or um scio indicadono contrato social& aplica6se a norma do art. G>S. Ou se,a& é o dispositivoaplicado apenas se o administrador 'or um scio e previsto no contrato social ese n$o 4ouver disposiç$o em relaç$o ao )urum no contrato social. O at.1053= 2F& e-i!e a averbaç$o no re!ime competente dentro do pra(o de Gdias. 7ara )ue perante terceiros produ(a e'eito imediato o a'astamento doadministrador& é preciso )ue o documento se,a levado a re!istro. Os pra(os s$obem curtos. A e%ccia da alteraç$o& ent$o& é condicionada ao re!istro

 "rt# $#%F8# O exercício do car(o de administrador cessa pela destitui+)o, em qualquer tempo, do titular, ou pelo

término do pra3o se, <xado no contrato ou em atoseparado, n)o hou!er recondu+)o#

4 $5 Dratando2se de scio nomeado administrador nocontrato, sua destitui+)o somente se opera pelaapro!a+)o de titulares de quotas correspondentes, nomínimo, a dois ter+os do capital social, sal!o disposi+)ocontratual di!ersa#

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4 65 " cessa+)o do exercício do car(o de administrador de!e ser a!erbada no re(istro competente, medianterequerimento apresentado nos de3 dias se(uintes ao daocorrncia#

4 85 " ren/ncia de administrador torna2se e<ca3, emrela+)o ' sociedade, desde o momento em que esta tomaconhecimento da comunica+)o escrita do renunciante> e,em rela+)o a terceiros, aps a a!erba+)o e publica+)o#

###. Ren?ncia: pode ser )ue n$o se,a interesse da sociedade o a'astamento doadministrador& mas dele mesmo. Assim& podem renunciar. s ve(es& renunciampor)ue n$o concordam com a conduta de outro administrador e para n$oserem responsabili(ados& renunciam. A ren?ncia vale imediatamenteinternamente na sociedade. Entretanto& perante terceiros& vale apenas aps ore!istro. 0e o terceiro n$o souber disso e entrar com aç$o contra ele& ele

responder. O *nus do re!istro é do novo administrador. 7ode entrar com umaaç$o cominatria para )ue o novo administrador se,a obri!ado a re!istrar aalteraç$o. Os e'eitos do re!istro 0EM7RE retroa!em internamente. Ao terceiro&valer o )ue est no re!istro.

Essas s$o as normas espec3%cas no )ue tan!e a alteraç$o da administraç$o.

15.0<.2013 : ;alte#? aula RaX#

• @so do nome empresarial

O uso da %rma ou denominaç$o cabe ")ueleY")ueles desi!nados no contratosocial. Se o co%tato !oc#al ;o om#!!o= to"o! o! a"m#%#!ta"oe! tm"#e#to ut#l#/ação "a Jma. 

1nclusive& cada um dos administradores& isoladamente& 'a(em uso da %rma.

 "rt# $#%FB# O uso da <rma ou denomina+)o social é pri!ati!o dos administradores que tenham os necess.rios poderes#

+ comum )ue o contrato social e-i,a a assinatura de dois administradores ou

do diretor presidente para determinados assuntos.

 "rt# $#$&# -ode a sociedade limitada adotar <rma oudenomina+)o, inte(radas pela pala!ra <nal KlimitadaK ou asua abre!iatura#

4 $o  " <rma ser. composta com o nome de um ou mais

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scios, desde que pessoas físicas, de modo indicati!o darela+)o social#

4 6o " denomina+)o de!e desi(nar o objeto da sociedade,sendo permitido nela <(urar o nome de um ou mais

scios#

Curitiba comércio de automveis tda. Ou h0antos Dummond comércio deautomveis 5DA.

4 8o  " omiss)o da pala!ra KlimitadaK determina aresponsabilidade solid.ria e ilimitada dos administradoresque assim empre(arem a <rma ou a denomina+)o dasociedade#

0e os administradores omitirem a palavra htda. se tornam pessoalmente e

ilimitadamente responsveis. ira uma sociedade em nome coletivo – Qosé da0ilva e Cia tda. + uma sanç$o.

• Dever de reali(aç$o do balanço

 "rt# $#%F&# "o término de cada exercício social, proceder2se2. ' elabora+)o do in!ent.rio, do balan+o patrimonial edo balan+o de resultado econ:mico#

Essa lei n$o e-istia anteriormente. Boi criada com a intenç$o de dar maior

'ormalidade " ltda. + mais um dever dos scios. o!o )ue encerrado& deve serapresentado o balanço.

Como a lei prev/ )ue as limitadas devem 'a(er uma reuni$o obri!atria nosprimeiros W meses do ano& conclui6se )ue esse balanço se,a reali(ado nos Wprimeiros meses do ano.

\Outo! "e*ee! "o! a"m#%#!ta"oe!)

De*e "o a"m#%#!ta"o a# como to"o omem $obo= "e*e "e"#l#%c#a= "e $ob#"a"e. Espera6se do administrador mais do )ue cuidado e

dili!/ncia& o administrador tem )ue ter con4ecimento& técnica. De*e "eo*e%a%ça& de abertura de in'ormaç$o e dados. Dever do administrador dea# em co%;om#"a"e com o #%tee!!e "a !oc#e"a"e  – dever de lealdade.E n$o em interesse prprio ou de terceiros. De*e "e %ão a# em co%[#to"e #%tee!!e!. O administrador n$o deve a!ir de 'orma a pre,udicar asociedade )ue ele administra )uando ele est em conIito de interesses. #a

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limitada& aplicam6se todos os deveres& )ue tiramos da simples e da 0.A.& esoma6se o dever de balanço.

 

Vua%"o o! "e*ee! %ão !ão cum$#"o!= a e!$o%!ab#l#"a"e "o!!'c#o! $a!!a a !e #l#m#ta"a= $oue a !oc#e"a"e !e to%a

#eula.23. Re!$o%!ab#l#"a"e "o !'c#o uot#!ta) o"#%+#a e e!$ec#a#!. L#m#te!

e "#!c#$l#%a %omat#*a.

+ a parte mais importante no estudo da limitada. 0e c4amamos sociedadelimitada& o limite é o limite de responsabilidade dos scios. O )ue caracteri(a asociedade tda. s$o os limites de responsabilidade )ue ela prev/ para osscios.

aH omum

At#o 1.02. O primeiro limite é o valor das cotas subscritas – o scio )uesubscreveu cotas e ainda n$o inte!rali(ou totalmente& responde pelainte!rali(aç$o. A sociedade pode e-i!ir& mesmo se o contrato social prev/ ainte!rali(aç$o para outra época.

E%ua%to ue o ca$#tal !oc#al %ão e!t#*e totalme%te #%teal#/a"o=ualue um "o! !'c#o! e!$o%"e $elo ue ;alta #%teal#/a. E se ocapital social , tiver sido totalmente inte!rali(adoL #$o 4 responsabilidadedos scios. 0 se o capital social tiver sido totalmente inte!rali(ado.

E-ceç9es:

bH @e!tão

O administrador da sociedade pode incidir em al!uma das 4ipteses deresponsabilidade por !est$o. O administrador )ue a!e em atos normais de!est$o n$o responde pessoalmente& mas se ele a!e com culpa& dolo& causandopre,u3(o para a sociedade& ele pode ser responsabili(ado. O !estor pode seratin!ido no patrim*nio também por )uest9es tributrias e demandastrabal4istas.

cH Receb#me%to "e *aloe!

A responsabilidade pelo recebimento de valores em detrimento do capitalsocial. + uma sociedade )ue n$o deu lucro& mas para a!radar aos scios& elescombinam com os administradores& para )ue apareça lucro na contabilidade&)ue ser partil4ado entre os scios como dividendo. Mas esses valores n$o

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e-istiam e pre,udicaram o capital social. #este caso& os scios s$o obri!ados adevolver os valores.

A lei 'ala )ue hele sabia e deveria saber.

"H C!o abu!#*o "o "#e#to "e *oto

Arti!o .GFG. 7rev/ )ue 4 um limite no e-erc3cio de voto. Em principio é umdireito livre. Mas& esse limite é a lei e o contrato social. O voto )ue 'or pro'eridoem descumprimento da lei ou do contrato social atribui ao scio umaresponsabilidade pessoal e ilimitada.

A parte %nal desse arti!o torna6o inaplicvel. O problema é a palavrahe-pressa. #in!uém escreveria na ata uma deliberaç$o contrria em lei.

eH De!co%!#"eação

Arti!o G CC. 7rev/ a desconsideraç$o por abuso& por con'us$o patrimonial.7ode ser )ue pela d3vida tributria n$o recaia sobre o scio. Mas as )uest9estrabal4istas e as de desconsideraç$o recaem sobre eles.

1(.0<.2013 : ;alte#= aula RaX#.

• Consel4o Biscal

#$o era previsto para as sociedades tdas.& mas era previsto nas 0.A.s. Masa!ora é.

Ele pode ou n$o ser previsto no contrato social& portanto& 6 um 'ão;acultat#*o %a Lt"a.& ao passo )ue na 0.A.s é obri!atrio ;permanente ou porconvocaç$o<.

#. Compet/ncia

O consel4o %scal ter nas compet/ncias atribuiç9es de %scali(aç$o econsultoria. + o )ue a sociedade tem de mais pr-imo do )ue seria nosso 7oder

 Qudicirio. A compet/ncia pode ser ampliada pelo consel4o %scal.

Os mandatos s$o por um ano. Mas a lei possibilita )ue se,a prorro!ado& , )uen$o prev/ nen4uma limitaç$o.

Como o consel4o %scal tem o dever de %scali(ar& o ideal é )ue os consel4eiros%scais acompan4em a !est$o. Mas o consel4o %scal n$o é obri!atrio& ele pode%car dispon3vel por um ano e no outro n$o e-istir mais& por e-emplo.

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##. Composiç$o

0er composto por tr/s ou mais inte!rantes e suplentes. 0cios ou n$o. Eleitosna Assembleia obri!atria. Arti!o G>S CC.

Consel4eiro %scal entra no conceito de administrador em sentido amplog.

 "rt# $%F8 4 $5 N)o podem fa3er parte do conselho <scal,além dos inele(í!eis enumerados no 4 $5 do art# $#%$$, osmembros dos demais r()os da sociedade ou de outra por ela controlada, os empre(ados de quaisquer delas ou dosrespecti!os administradores, o c:nju(e ou parente destesaté o terceiro (rau#

Em suma& n$o pode ser consel4eiro %scal )uem 'or inele!3vel para car!o deadministrador ;arti!o G CC<. #$o pode ser também& )uem , inte!ra outror!$o da sociedade. Jusca6se uma autonomia.

 "rt# $#%$$# O administrador da sociedade de!er. ter, noexercício de suas fun+9es, o cuidado e a dili(ncia quetodo homem ati!o e probo costuma empre(ar naadministra+)o de seus prprios ne(cios#

4 $5 N)o podem ser administradores, além das pessoas

impedidas por lei especial, os condenados a pena que!ede, ainda que temporariamente, o acesso a car(os p/blicos> ou por crime falimentar, de pre!arica+)o, peitaou suborno, concuss)o, peculato> ou contra a economia

 popular, contra o sistema <nanceiro nacional, contra asnormas de defesa da concorrncia, contra as rela+9es deconsumo, a fé p/blica ou a propriedade, enquanto

 perdurarem os efeitos da condena+)o#

4 65 "plicam2se ' ati!idade dos administradores, no quecouber, as disposi+9es concernentes ao mandato

O TNU do art. G>S apresenta uma possibilidade de representaç$o das minorias&um dos consel4eiros %scais eles escol4em separadamente.

 "rt# $%F8 4 65  7 asse(urado aos scios minorit.rios, querepresentarem pelo menos um quinto do capital social, odireito de ele(er, separadamente, um dos membros do

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conselho <scal e o respecti!o suplente#

A ideia de )ue o consel4o %scal ten4a representantes das minorias. 5en4aautonomia para analisar contas& relatrios. 5en4a autonomia para analisar os!randes ne!cios. Maior acesso " in'ormaç$o a todos& principalmente os

minoritrios. O consel4o %scal em princ3pio é um r!$o interno )ue pode darmaior transpar/ncia.

###. Atribuiç9es: %scali(aç$o e consultoria. 

\EJc#%c#a: depende do consel4eiro se o consel4o %scal ser e%ciente. 7odeser& e acontece& )ue o consel4eiro n$o ten4a nen4um con4ecimento decontabilidade& de !est$o. 1sso ocorre muito nas sociedades de economia mista.0e eu tiro o )uesito da )uali%caç$o posso discutir se o consel4o %scal vale apena. 7or outro lado& pode se trabal4ar com consel4eiros %scais e'etivamentepreparados. #os casos em )ue os consel4eiros s$o ruins& normalmente

contratam empresas de auditoria. Mas se 4 a empresa de auditoria& para )ueo consel4o %scalL

• Bacultatividade – Remuneraç$o

Remuneraç$o ;at. 105( <.

 "rt# $#%F# " remunera+)o dos membros do conselho <scalser. <xada, anualmente, pela assembleia dos scios queos ele(er#

Al!umas das atribuiç9es do consel4o %scal ainda est$o previstas no arti!o.G>= CC. A atribuiç9es n$o s$o irrelevantes& o )ue a pro'essora )uestiona é ae'etividade. As atribuiç9es s$o e-tremamente importantes& mas 4 anecessidade de um consel4eiro %scal preparado.

 "rt# $#%F=# "lém de outras atribui+9es determinadas na leiou no contrato social, aos membros do conselho <scalincumbem, indi!idual ou conjuntamente, os de!eresse(uintes0

1 2 examinar, pelo menos trimestralmente, os li!ros e papéis da sociedade e o estado da caixa e da carteira,de!endo os administradores ou liquidantes prestar2lhes asinforma+9es solicitadas>

11 2 la!rar no li!ro de atas e pareceres do conselho <scal oresultado dos exames referidos no inciso 1 deste arti(o>

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111 2 exarar no mesmo li!ro e apresentar ' assembléiaanual dos scios parecer sobre os ne(cios e as opera+9essociais do exercício em que ser!irem, tomando por base obalan+o patrimonial e o de resultado econ:mico>

1@ 2 denunciar os erros, fraudes ou crimes quedescobrirem, su(erindo pro!idncias /teis ' sociedade>

@ 2 con!ocar a assembléia dos scios se a diretoriaretardar por mais de trinta dias a sua con!oca+)o anual,ou sempre que ocorram moti!os (ra!es e ur(entes>

@1 2 praticar, durante o período da liquida+)o da sociedade,os atos a que se refere este arti(o, tendo em !ista asdisposi+9es especiais re(uladoras da liquida+)o#

O consel4eiro %scal deve estar associado a uma ideia de pro%ssionalismo&preparo& para o e-erc3cio dessas 'unç9es. At. 1070 . 

 "rt# $#%;%# "s atribui+9es e poderes conferidos pela lei aoconselho <scal n)o podem ser outor(ados a outro r()oda sociedade, e a responsabilidade de seus membrosobedece ' re(ra que de<ne a dos administradores Iart#$#%$FJ#

-ar.(rafo /nico# O conselho <scal poder. escolher para

assisti2lo no exame dos li!ros, dos balan+os e das contas,contabilista le(almente habilitado, mediante remunera+)oapro!ada pela assembléia dos scios#

A aprovaç$o pelo consel4o %scal $o"e  isentar a responsabilidade dosadministradores& por)ue as contas precisam ser aprovadas pelo consel4o %scal.#a compra da 0adia pela 7erdi!$o& muitos tentaram condenar osadministradores& n$o conse!uiram pelo 'ato de as contas terem sidoaprovadas.

Aps a aprovaç$o pelo consel4o %scal& as contas precisam ser levadas para

assembleia& para serem aprovadas.

• Deliberaç9es na tda.

Até a vi!/ncia do CC atual& n$o 4avia normas no decreto sobre as deliberaç9esna limitada. O )ue si!ni%ca )ue as deliberaç9es eram in'ormais& eram tomadas

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por maioria de capital social& salvo se o contrato social estabelecesse outro)urum.

1sto era bom e ruim. Era ruim por)ue a 4ora em )ue al!uém )ueria ter acessosobre as decis9es era complicado – n$o tin4am atas& nem re!istro. Era bom&

por)ue era !il& sem despesas com re!istro.

O CC vi!ente mudou radicalmente& por)ue esse modelo causava muitosproblemas 'ticos. Assim& o CC introdu(iu 'ormalidades e e-i!/ncias. Alémdisso& 'oi muito ri!oroso nos )uruns de deliberaç$o.

Entretanto& também esta )uest$o do aumento dos )uruns tem uma ra($o deser: para )ue os minoritrios ten4am também poder de decis$o. E'eitocolateral: )uanto maior o )urum& mais di'3cil é de decidir perda do poder. #omomento em )ue a minoria !an4a uma import8ncia t$o !rande na 5DA& 4 orisco da "#ta"ua "a m#%o#a. A maioria tem o poder de veto.

7 justo uma ditadura da minoria? #$o& por)ue o controlador contribuiu maispara o capital social. 0e o capital social é a re'er/ncia& )uem investiu menostem mais poder. 2uando estabelecemos )uruns altos demais& cria6se essasituaç$o. A pro'essora entende )ue deveriam ter dei-ado as decis9es para amaioria. 7or)ue isso sempre 'oi um princ3pio societrio – )uem investe mais&tem mais poder.

#. Deliberaç9es de matéria e-clusiva de scio

At. 1071 . 0cio também administra& n$o diretamente& com a deliberaç$o.O art. GH disp9e sobre as matérias de compet/ncia e-clusiva dos scios. Ocontrato social pode aditar outras matérias ainda& mas estas s$o obri!atrias.

 "rt# $#%;$# ependem da delibera+)o dos scios, além deoutras matérias indicadas na lei ou no contrato0

1 2 a apro!a+)o das contas da administra+)o>

11 2 a desi(na+)o dos administradores, quando feita em atoseparado>

111 2 a destitui+)o dos administradores>

1@ 2 o modo de sua remunera+)o, quando n)o estabelecidono contrato>

@ 2 a modi<ca+)o do contrato social>

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@1 2 a incorpora+)o, a fus)o e a dissolu+)o da sociedade,ou a cessa+)o do estado de liquida+)o>

@11 2 a nomea+)o e destitui+)o dos liquidantes e o jul(amento das suas contas>

@111 2 o pedido de concordata#

Os administradores podem deliberar sobre )ual)uer matéria de interesse dasociedade& sem consultar a assembleia& salvo as matérias previstas no art.GH e as possivelmente previstas no contrato social. – l#m#te "a! "ec#!e!"o! a"m#%#!ta"oe!. Conclui6se& portanto& )ue os administradores possuemuma ampla autonomia.

LNas sociedades simples, além dessas matérias, a !enda de bem im!eltambém é matéria obri(atria de delibera+)o dos scios# Aal!o se o objeto da

sociedade for !enda de im!eis#

+ poss3vel ampliar esse rol do art. GH& através do contrato social& mas n$o époss3vel redu(ir.

• Reuni9esYAssembleias

+ uma novidade do CC. 7or)ue antes n$o se 'alava em Assembleia na tda.

A re!ra é o arti!o .GHN& TU& CC.

 "rt# $#%;6# "s delibera+9es dos scios, obedecido odisposto no art# $#%$%, ser)o tomadas em reuni)o ou emassembléia, conforme pre!isto no contrato social, de!endoser con!ocadas pelos administradores nos casos pre!istosem lei ou no contrato#

4 $5 " delibera+)o em assembléia ser. obri(atria se on/mero dos scios for superior a de3#

4 65 ispensam2se as formalidades de con!oca+)o

 pre!istas no 4 8o do art# $#$&6, quando todos os scioscomparecerem ou se declararem, por escrito, cientes dolocal, data, hora e ordem do dia#

4 85 " reuni)o ou a assembléia tornam2se dispens.!eisquando todos os scios decidirem, por escrito, sobre amatéria que seria objeto delas#

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4 B5 No caso do inciso @111 do arti(o antecedente, osadministradores, se hou!er ur(ncia e com autori3a+)o detitulares de mais da metade do capital social, podemrequerer concordata pre!enti!a#

4 &5 "s delibera+9es tomadas de conformidade com a lei eo contrato !inculam todos os scios, ainda que ausentesou dissidentes#

4 F5 "plica2se 's reuni9es dos scios, nos casos omissosno contrato, o disposto na presente Ae+)o sobre aassembléia#

1sso si!ni%ca )ue se o n?mero dos scios 'or in'erior a G& poder 4averreuni$o ou assembleia. A assembleia é mais 'ormal – publicaç$o de edital&elaboraç$o da ata& re!istro da ata.

0e 'or reuni$o a lei di( )ue ou o contrato social dir )uais s$o as normas dareuni$o& ou ser aplicado as leis )ue re!ulam as assembleias.

@ma interpretaç$o correta da lei seria: o contrato social n$o pode acabar comtodas as 'ormalidades. 7or)ue assim )ue voc/ acaba com todas as'ormalidades voc/ volta ao problema anterior da mudança do sistema.

Como que se frauda uma "ssembleia? Di!amos )ue voc/ tem uma tda. Com scios& mas voc/s n$o )uerem 'a(er assembleia. 7ode se 'a(er através da

cotitularidade ou& mel4or& criar uma outra sociedade& para %ns de participaç$o&com isso )uem vai titular as cotas vai ser a sociedade . Dai voc/ desce de para =.

O )ue muda entre assembleia e reuni$oL O custo e as 'ormalidades.

Com isso& redu(em6se os custos. O TSU também diminui custos – se todos osscios decidem por escrito& a assembleia n$o é necessria. oc/ dispensa aAssembleia.

As deliberaç9es )ue s$o tomadas em assembleias e reuni9es vinculam todos

os scios& mesmo os dissidentes ou ausentes. 6 F. A!ora& se as deliberaç9ess$o contrrias " lei& por e-emplo& o scio precisa 'a(er uma declaraç$o dedissid/ncia& por)ue& mesmo vinculado "s decis9es& conse!uir provar )uevotou contra.

2uem convoca a assembleiaL #ormalmente& os administradores. 2uando osadministradores 'orem omissos& o arti!o .GHS& di( )ue o scio pode& )uando

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os administradores retardarem a convocaç$o. 0e 'or uma assembleiaobri!atria& se os administradores n$o convocarem no pra(o& os scios podemconvocar& )ual)uer scio. Outras assembleias tem )ue ser provocadas porscios )ue representem pelo menos Y do capital social.

 "rt# $#%;8# " reuni)o ou a assembléia podem também ser con!ocadas0

1 2 por scio, quando os administradores retardarem acon!oca+)o, por mais de sessenta dias, nos casos

 pre!istos em lei ou no contrato, ou por titulares de maisde um quinto do capital, quando n)o atendido, no pra3ode oito dias, pedido de con!oca+)o fundamentado, comindica+)o das matérias a serem tratadas>

11 2 pelo conselho <scal, se hou!er, nos casos a que se

refere o inciso @ do art# $#%F=#

O consel4eiro %scal também pode convocar assembleias.

• 2uruns

Estabelecido de 'orma concentrada no art. GH> CC. 7ode ser )urum deinstalaç$o ou )urum de deliberaç$o.

Vu'um "e #%!talação) arti!o .GHW CC. #as sociedades& a assembleia se

instala em a

  convocaç$o com j do capital social presente. Em se!undaconvocaç$o com )ual)uer n?mero.

 "rt# $#%;B# " assembléia dos scios instala2se com a presen+a, em primeira con!oca+)o, de titulares de nomínimo trs quartos docapital social, e, em se(unda, com qualquer n/mero#4 $5 O scio pode ser representado na assembléia por outro scio, ou por ad!o(ado, mediante outor(a demandato com especi<ca+)o dos atos autori3ados, de!endoo instrumento ser le!ado a re(istro, juntamente com a ata#4 65 Nenhum scio, por si ou na condi+)o de mandat.rio,

 pode !otar matéria que lhe di(a respeito diretamente#

O TNU veda )ue scio vote em matéria )ue l4e di!a respeito – é o caso deconIito de interesse pessoal. Esse dispositivo suscita d?vidas em relaç$o "abran!/ncia. Causa in?meras disputas no ,udicirio.

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1nstaurada a Assembleia& ela vai ter um presidente e um secretrio& serlavrada a ata e depois ser levada a re!istro.

1mportantes matérias %cam condicionadas a )uruns altos. 0 o remanescenteé previsto como maioria dos presentes ;at. 1075 <. Além disso& o contrato

social pode tra(er outras matérias com )uruns elevados. A lei a!ravou o)urum& portanto.

 "rt# $#%;F# Messal!ado o disposto no art# $#%F$ e no 4 $odo art# $#%F8, as delibera+9es dos scios ser)o tomadas0

1 2 pelos !otos correspondentes, no mínimo, a trs quartosdo capital social, nos casos pre!istos nos incisos @ e @1 doart# $#%;$>

11 2 pelos !otos correspondentes a mais de metade do

capital social, nos casos pre!istos nos incisos 11, 111, 1@ e @111do art# $#%;$>

111 2 pela maioria de !otos dos presentes, nos demais casos pre!istos na lei ou no contrato, se este n)o exi(ir maioriamais ele!ada#

1<.0<.2013 : %ão te*e aula

2.0<.2013 : ;alte#= aula l'*#!

• Direito de retirada:

#a disciplina do Decreto& n$o 4avia previs$o ta-ativa )uanto "s deliberaç9es&prevalecendo o princ3pio da maioria& somente o contrato social estabelecendoo contrrio.

E-istem vrios )uruns& )ue est$o elencadas no Cdi!o Civil. O Direito deretirada é um tema pol/mico. Ele é um direito absoluto dos scios& )ue n$opode ser a'astado de )ual)uer cate!oria dos scios.

O direito de retirada é do scio discidente& )ue n$o concorda com umadeliberaç$o& possuindo o direito para sair da sociedade. Este pressup9e opedido do scio& )ue ser pa!o pela sociedade& apurando o patrim*nio l3)uidodela& )ue é percentual e)uivalente& pa!ando o scio para sair da sociedade.

Essa )uotas podem ser canceladas ou outro scio pode subscrever essas)uotas& dependendo do )ue 'or estabelecido. O direito de retirada causa um*nus %nanceiro para a sociedade& mas e-pressa um direito absolutos dosscios.

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O direito de retirada atrapal4a a vida da sociedade& devendo ela sedescapitali(ar. #a 0.A.& o direito de retirada é mais restrito& pois o acionistapode sair& apenas vender a sua aç$o& e sair da 0.A.

#a 5DA isso é mais complicada& pois é preciso veri%car a)uilo )ue disp9e oContrato 0ocial e o Cdi!o Civil.

O art. GHH prev/ as 4ipteses de retirada:

 "rt# $#%;;# Quando hou!er modi<ca+)o do contrato, fus)oda sociedade, incorpora+)o de outra, ou dela por outra,ter. o scio que dissentiu o direito de retirar2se dasociedade, nos trinta dias subseqentes ' reuni)o,aplicando2se, no silncio do contrato social antes !i(ente,o disposto no art# $#%8$#

A 'us$o e incorporaç$o s$o movimentos societrios& )ue 4 a compra de umasociedade J por A& 'ormando uma sociedade C ;'us$o<. A incorporaç$o é

)uando A compra J& para inte!rar A.

O scio pode e-ercer o direito de retirada se ele n$o concordou. A'us$oYincorporaç$o levam necessariamente " alteraç$o do contrato social. Opro,eto ori!inal do CC é di'erente. A ideia ori!inria era )ue o direito deretirada 'osse bem restrito.

A alteraç$o do contrato social pode ser de )ual)uer ordemYmotivo inserido noContrato 0ocial. Essa mudança da lei 'oi muito !rande& ampliando o e-erc3ciodo direito de retirada na 5DA.

1ma!inemos uma 0ociedade descapitali(ada& para mudar o n?mero de casa

)ue est errada. 2uando a parte e-erce o direito de retirada& )uando s$o doisscios& )ue detém a maioria& ele se ne!a a assinar a alteraç$o do contratosocial.

O direito de retirada é previsto na ei& mas o CC deveria prever uma autonomiapara se conse!uir sair da sociedade& possuindo medo dos riscos posteriores.

O pra(o de SG dias é do art. GHH e é decadencial.

• Assembleia Obri!atriaYReuni$o:

#a 5DA& ns temos nos )uatro primeiros meses do e-erc3cio %nanceiro do ano.Essa assembleiaYreuni$o é novidade na 5DA. A assembleia !eral ordinria éapenas para decidirYele!er diretores& balanços relatrios etc.

+ poss3vel se incluir )ual)uer outro tema na Assembleia Obri!atrio& possuindoas matérias m3nimas. #s temos também de acrescentarmos )ual)uer matériana pauta. 2uando ns temos um outro assunto& ns temos vrios assuntos. +poss3vel 'a(er6se uma convocaç$o ?nica.

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A assembleia ou reuni$o obri!atria previsto no art. GHF:

 "rt# $#%;# " assembléia dos scios de!e reali3ar2se aomenos uma !e3 por ano, nos quatro meses se(uintes ' aotérmino do exercício social, com o objeti!o de01 2 tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o

balan+o patrimonial e o de resultado econ:mico*11 2 desi(nar administradores, quando for o caso*111 2 tratar de qualquer outro assunto constante da ordemdo dia#  !" # Até trinta dias antes da data marcada para aassembléia, os documentos reeridos no inciso $deste artigo devem ser postos, por escrito, e com a prova do respectivo recebimento, % disposi&ão doss'cios que não e(er&am a administra&ão.4 65 2 1nstalada a assembléia, proceder2se2. ' leitura dosdocumentos referidos no par.(rafo antecedente, os quaisser)o submetidos, pelo presidente, a discuss)o e !ota+)o,

nesta n)o podendo tomar parte os membros daadministra+)o e, se hou!er, os do conselho <scal#4 85 2 " apro!a+)o, sem reser!a, do balan+o patrimonial edo de resultado econ:mico, sal!o erro, dolo ou simula+)o,exonera de responsabilidade os membros daadministra+)o e, se hou!er, os do conselho <scal#4 B5 2 Extin(ue2se em dois anos o direito de anular aapro!a+)o a que se refere o par.(rafo antecedente#;7rescriç$o de apenas dois anos<

Comumente& os problemas da 0ociedade s$o provenientes de vriosproblemas. Os pra(os s$o relativamente curtos. Esses s$o pra(os curtos& )ue é

preciso ter muito cuidado& culminando na prescriç$o com pra(os curtos.

#s temos a possibilidade na 5DA de trabal4ar com Assembleias ou Reuni9es.0alvo disciplina distinta no contrato social& as reuni9es su,eitam6se "sdisposiç9es de assembleia.

• Disciplina das reuni9es:

#s temos um arti!o )ue repete )ue é o art. GH=:

 "rt# $#%;=# "plica2se 's reuni9es dos scios, nos casos omissos no contrato, oestabelecido nesta Ae+)o sobre a assembléia, obedecido o disposto no 4 $5 doart# $#%;6#

7ortanto& se ns vamos assessorar uma 5DA& é preciso )ue o contrato socialdispon4a sobre isso. 2ue as atas da reuni$o ser$o ar)uivadas na sede daempresa& e n$o na Qunta Comercial. 0e n$o 4ouver previs$o contrato social&aplica6se "s re!ras do Cdi!o Civil.

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0e 'or para 'u!ir da aplicabilidade dessas normas& é preciso )ue o contratosocial discipline essas ideias.

@m dos 'atores )ue levou o le!islador a modi%car a 'orma como se disciplinavaa 5DA& 'oi o in'ormalismo da 5DA. Esse in'ormalismo causava danos aosscios e também de terceiros. 7orém& a lei de uma brec4a nas situaç9es de

reuni$o. + interessante notar até onde o contrato social pode irL + preciso )ueo contrato social dispon4a bem sobre a %nalidade da norma. 1ma!inemos )uens temos uma norma no contrato social da 5DA& )ue ela n$o se su,eita a)ual)uer 'ormalidade. #s podemos pensar na teoria até )ue ponto o contratosocial pode contrariar as normas atinentes "s Assembleias.

 "rt# $#%%# "s delibera+9es infrin(entes do contrato ou da lei tornam ilimitadaa responsabilidade dos que expressamente as apro!aram#

0e esta deliberaç$o 'or contrria ao contrato social ou a lei& esta deliberaç$o'ar com )ue o scio responda por uma deliberaç$o contrria " lei ou aocontrato social. A deliberaç$o deve ser E7RE00A. A parte pode n$o ter

e-pressamente deliberado& mas eles se bene%ciaram indiretamente acercadessa deliberaç$o.

2. a$#tal Soc#al) o%!t#tu#ção= #%a"#m$l%c#a= aume%to e "#m#%u#ção=#%ta%#b#l#"a"e. : co%t#%uação

O capital social é intan!3vel& mas n$o é imutvel. 7or )ue o capital é su,eito aser aumentadoL

O capital social pode ser aumentado para o aumento do porte da sociedade.7or e-emplo: vrias licitaç9es e-i!em um capital social determinado.

7ode6se também 'a(er o aumento do capital social para o aumento do n?merode scios& )ue é a capitali(aç$o. A 'orma mais barata de an!ariar recursos é oaumento do capital social.

2uais seriam motivos para a diminuiç$o do capital socialL

Ambos t/m a ver do capital como um recipiente. En)uanto o recipiente n$o 'orpreenc4ido& ns teremos um pre,u3(o !rande. 2uando a sociedade tornar6sede%citria& o recipiente n$o preenc4e mais. 2uando o capital é consideradoe-cessivoL

+ muito di'3cil c4e!armos com um capital dispon3vel. #a verdade& mudou6se ovolume de ne!cios& com uma pseudo6se!urança para credores& mas 4 adiminuiç$o do capital social& por)ue ele 4o,e ele est e-cessivo.

6 7re,u3(os acumulados:6 Capital social considerado e-cessivo: Os credores podem n$o !ostar disso&mas as medidas pelos credores s$o ine%cientes. A reduç$o do capital socialn$o incidente na cobrança de imposto de renda.

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25.0<.2013

2. a$#tal Soc#al) o%!t#tu#ção= #%a"#m$l%c#a= aume%to e "#m#%u#ção=#%ta%#b#l#"a"e. : co%t#%uação

• Aumento e Reduç$o do Capital 0ocial

O aumentoYreduç$o aparece na disciplina do art. GF do Cdi!o Civil:

7ara 4aver alteraç9es do capital social& é preciso alterar o contrato social&previstos os )uoruns previstos em ei. 2uem é )ue vai inte!rali(arYsubscreveresse movimento.

#. Aumento:

A lei prev/ )ue os scios t/m trinta dias para e-ercer o direito de pre'er/ncia.

O direito de pre'er/ncia é o direito do scio ter acesso as novas )uotas& naproporcionalidade )ue ele titula.

2uando acontecem aumentos de capital& a participaç$o dele vai diluindo.1ma!inemos )ue é 'eito um aumento de GGX e o cidad$o tem NGX dos GGmil. A participaç$o de NGX passa para GX. O scio )uotista tem a 'aculdadede e-ercer o direito de pre'er/ncia& sendo )ue se ele n$o e-erce esse direito&ele pode ter sua participaç$o alterada.

De toda 'orma& a ei di( )ue é SG dias da deliberaç$o pelo menos. As )uotaspodem ser o'erecidas para outros scios& ou terceiros. + preciso )ue se atenda

ao )ue , vimos a)ui )uanto ao in!resso de scios.

A ei di( )ue se 'or para o'erecer para outro scio& n$o precisa da aceitaç$odos demais. 0e 'or para o'erecer para terceiros& n$o pode 4aver a re,eiç$o deYW.

O direito de pre'er/ncia pode ser trans'erido onerosa ou !ratuitamente. Devemser atendidas as condiç9es previstas no Contrato 0ocial para a entrada denovos scios.

@ma ve( o capital tendo sido subscrito& 'a(6se a alteraç$o do contrato social.

 Art. !)*!# Messal!ado o disposto em lei especial,inte(rali3adas as quotas, pode ser o capital aumentado,com a correspondente modi<ca+)o do contrato#

4 $5 "té trinta dias aps a delibera+)o, ter)o os scios preferncia para participar do aumento, na propor+)o dasquotas de que sejam titulares#

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4 65 cess)o do direito de preferncia, aplica2se odisposto no caput do art# $#%&;#

4 85 ecorrido o pra3o da preferncia, e assumida pelosscios, ou por terceiros, a totalidade do aumento, ha!er.reuni)o ou assembléia dos scios, para que seja apro!adaa modi<ca+)o do contrato#

7ara a capitali(aç$o da empresa& entra din4eiro novo. 7orém& e-istem 'ormasde aumentar o capital sem a entrada de din4eiro novo. 1sso acontece )uando aempresa tem um 'undo para o aumento do capital& o )ual é mantido com umaparte dos lucros. s ve(es esse 'undo n$o decorre de lucro& mas deadiantamentos 'eitos pelos scios. 0$o épocas em )ue a sociedade precisa dedin4eiro& mas n$o é o momento de aumentar o capital. #esses casos derevers$o do 'undo& n$o 4 entrada de din4eiro novo.

2uando 4 a necessidade de capitali(aç$o& ai sim entra din4eiro ou bensnovos.

Aumento de capital& ent$o& acontece por revers$o de 'undo ou por entrada dedin4eiro novo.

##. Reduç$o – condiç9es& 'ormalidades e impu!naç$o.

Circunst8ncias )ue permitem a reduç$o do capital social: pre,u3(os acumuladosou )uando o capital social é considerado e-cessivo.

O capital social sempre é ne!ativo na contabilidade da empresa. Ent$o& se a

sociedade tem um capital social de GG mil e& no %m do seu e-erc3cio& possuiapenas G mil& ela est ne!ativa. 0eu balanço dar pre,u3(o e& portanto& 4avera acumulaç$o de pre,u3(os.

2uando 4 repetiç$o de pre,u3(os& mas ele é aceitvel. 0e todo ano !an4a FGmil todo ano e seu capital social é de GG mil& uma das soluç9es é diminuir ocapital social para FG.

Outra 4iptese )ue pode !erar a reduç$o do capital é o caso dele estare-cessivo.

O )ue acontece )uando se redu( o capital socialL A reduç$o do capital socialleva " reduç$o do taman4o das cotas& mas n$o do seu n?mero. #$o 4 aretirada de nen4um cotista. Diminui6se o capital social a partir da reduç$o dovalor nominal das cotas )ue corresponde ao percentual no capital social.

7ois bem& 4 a circunst8ncia do pre,u3(o e do capital considerado e-cessivo.

#esse caso& e-iste uma norma para cada caso.

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 Art. !)*+# -ode a sociedade redu3ir o capital, mediante acorrespondente modi<ca+)o do contrato0

1 2 epois de inte(rali3ado, se hou!er perdas irrepar.!eis>

11 2 Ae excessi!o em rela+)o ao objeto da sociedade#

2uando 'or caso de perdas irreparveis& a reduç$o do capital social é reali(adacom a reduç$o proporcional do valor das cotas. 2uando 'or por pre,u3(o& n$o%ca aberta a impu!naç$o dos credores& por)ue 4 pre,u3(os acumulados. Q)uando a reduç$o se d por capital social e-cessivo& aplica6se a 4iptese doart. GFW& tendo os credores =G dias para impu!nar a reduç$o& visto )ue ocapital social representa a sua ?ltima !arantia.

7ara a reduç$o do capital& 4 um procedimento determinado na lei.

 Art. !)* No caso do inciso 11 do art# $#%6, a redu+)o do

capital ser. feita restituindo2se parte do !alor das quotasaos scios, ou dispensando2se as presta+9es aindade!idas, com diminui+)o proporcional, em ambos oscasos, do !alor nominal das quotas#

4 $5 No pra3o de no!enta dias, contado da data da publica+)o da ata da assembleia que apro!ar a redu+)o, ocredor quiro(raf.rio, por título líquido anterior a essa data,

 poder. opor2se ao deliberado#

4 65 " redu+)o somente se tornar. e<ca3 se, no pra3o

estabelecido no par.(rafo antecedente, n)o for impu(nada, ou se pro!ado o pa(amento da dí!ida ou odepsito judicial do respecti!o !alor#

4 85 Aatisfeitas as condi+9es estabelecidas no par.(rafoantecedente, proceder2se2. ' a!erba+)o, no Me(istro-/blico de Empresas Gercantis, da ata que tenhaapro!ado a redu+)o#

A reduç$o por e-cessivo& ent$o& pode se dar através da devoluç$o de valoresinte!rali(ados pelo scio ou através da dispensa de inte!rali(aç$o.

Apenas credor sem !arantia )ue pode impu!nar& isto é& credor )uiro!ra'rio.

Kavendo impu!naç$o& ou a sociedade pa!a o impu!nante ou a operaç$o %capre,udicada.

E-trapolado o pra(o para a impu!naç$o& re!istra6se a ata& 'a(endo6se aalteraç$o.

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Reduç$o se 'a( pelo valor contbil do bem.

A ri!or& a diminuiç$o do capital n$o !era tributaç$o. 7orém& se con%!urar!an4o de capital& 4 tributaç$o& a )ual pode c4e!ar em até WGX.

A prpria ata da assembleia vale como o t3tulo )ue cede o bem& valendo para

%ns de trans'er/ncia de titularidade de bens& inclusive imveis& n$o sendonecessrio 'a(er escrituras. eva6se a ata no cartrio de re!istro de imveis&reali(ando6se& ent$o& a trans'er/ncia do imvel.

02.10.2013 : ;alte#= aula at#.

27. D#!!olução e l#u#"ação "a! !oc#e"a"e! "e $e!!oa!. au!a!=;omal#"a"e!= "#!!olução "e ;ato= "#!!olução $ac#al.

1. oção) pode ser tomada como ato inicial )ue desencadeia a li)uidaç$o deuma sociedade. 2uando uma sociedade vai ser e-tinta& isso n$o ocorre em ato

?nico& e-istem bens e contratos em aberto& tem )ue ser cont3nuo. A dissoluç$o&por ve(es& n$o é considerada como um ato inicial& mas como sin*nimo deli)uidaç$o – )ue é o procedimento )ue leva " e-tinç$o da sociedade. 7odeocorrer:

8 "#!!olução total)  leva ao desaparecimento da pessoa ,ur3dica& a suae-tinç$o.

8 "#!!olução $ac#al) si!ni%ca )ue um ou mais scios v$o sair da sociedade&mas ela vai continuar e-istindo. + uma dissoluç$o somente em relaç$o aosscios )ue est$o saindo. Boi uma criaç$o ,urisprudencial e doutrinria& o Cdi!o

Comercial de FG somente aceitava a total& por)ue se ima!inava )ue associedades eram pe)uenas e 'amiliares& e )uando um saia a ideia era )ueacabasse. 7orem& o te-to %ca esttico& e deu6se prioridade para a manutenç$odas sociedades& por isso inova6se ao criar a %!ura da dissoluç$o parcial. 0$ovisto os 4averes do scio )ue sai e a sociedade continua e-istindo com osscios )ue %cam. #a 5DA a lei c4ama de RE0O@PO DA 0OC1EDADE EMREAPO AO 0C1O ;art. GF e GF><.

 "rt# $#%&# Messal!ado o disposto no art# $#%8%, quando amaioria dos scios, representati!a de mais da metade docapital social, entender que um ou mais scios est)o

 pondo em risco a continuidade da empresa, em !irtude deatos de ine(.!el (ra!idade, poder. excluí2los dasociedade, mediante altera+)o do contrato social, desdeque pre!ista neste a exclus)o por justa causa#

-ar.(rafo /nico# " exclus)o somente poder. ser determinada em reuni)o ou assembléia especialmentecon!ocada para esse <m, ciente o acusado em tempo

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h.bil para permitir seu comparecimento e o exercício dodireito de defesa#

 "rt# $#%F# Efetuado o re(istro da altera+)o contratual,aplicar2se2. o disposto nos arts# $#%8$ e $#%86#

2. &#$'te!e!)

8 "#!!olução total)

A u%#$e!!oal#"a"e  permite )ue a 5DA possa %car FG dias unipessoal&depois desse pra(o& pode ocorrer uma trans'ormaç$o da sociedade em E1RE1&ou arruma outro scio. 0e isso n$o ocorrer& ela vai entrar em li)uidaç$o. 0e n$oentrar& vai se tornar uma sociedade irre!ular e a responsabilidade passa a serpessoal do ?nico scio.

O "#!tato é o ato contrrio ao contrato social )ue 'ormou a sociedade. 7or)ue

no contrato social e-iste a mani'estaç$o de vontade dos scios de manteremuma sociedade& )uando eles se re?nem e concordam em acabar com asociedade& isso é um distrato. 0e a sociedade tiver pra(o determinado& tem )ueser un8nime essa decis$o& se 'or indeterminado& maioria.

O temo l#u#"ação !ome%te $o"e !e u!a"o $aa !oc#e"a"e!!ol*e%te!. Se ;o #%!ol*e%te= 6 ;al%c#a. a ;al%c#a %ão tem"#!!olução. O comum 6 ue amba! le*am e>t#%ção.

O Ministério 7?blico& diante da inércia dos scios& pode promover a li)uidaç$o.

 5em sociedades )ue s$o constitu3das por um propsito espec3%co& n$o umpra(o. @ma empresa )ue se,a constitu3da para atos relacionados " Copa doMundo. 2uando acabar a copa& pa!o o passivo& essa sociedade vai serli)uidada. + a sociedade de propsito espec3%co.

A !oc#e"a"e $o"e !e "#!!ol*#"a $o e!oluçe! "o co%tato !oc#al. Ocontrato pode ter estabelecido )ue assim )ue a sociedade atin!ir patrim*niol3)uido de G mil49es de reais& ela vai ser e-tinta.

8 "#!!olução $ac#al)

A lei 'ala )ue tem )ue ser 'eito um balanço prprio para )ue isso ocorra.

Contempor8neo para a apuraç$o do patrim*nio l3)uido e 4averes para o scio)ue sai. Ela tem )ue re)uerida ,udicialmente& o direito de retirada éadministrativo. 0e o scio re)uer perante a sociedade a retirada e 'oi ne!ado&ele pode procurar a via administrativa. A!ora& a dissoluç$o parcial é sempreperante o ,ui(& n$o tem outra opç$o.

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K também a possibilidade de dissoluç$o parcial )uando& no caso de sociedadecom propsito – atin!ir G mil49es em patrim*nio l3)uido& e al!uns scios)uerem continuar na sociedade. Acontece& ent$o& a dissoluç$o parcial.

+ bom )ue no contrato social conste como )ue vai ocorrer o pa!amento dosscios )uando da retirada& dissoluç$o e li)uidaç$o. 1sso leva a muitasdiscuss9es ,udiciais.

8 at. 10() é uma 4iptese )ue s é prevista para a sociedade limitada& eleprev/ )ue a maioria pode e-cluir a minoria por)ue a minoria esta colocandoem risco a manutenç$o da sociedade. A lei 'ala em atos de ine!vel !ravidade&)ue colo)uem em risco a prpria sobreviv/ncia da sociedade. #esse caso& asociedade poder administrativamente e-cluir um scio por)ue ele esta a!indoem con'ronto aos interesses da sociedade. #o entendimento da pro'essora&esse dispositivo é um ant3doto aos )uruns elevados vistos na aula passada.

S. i)uidaç$o

6 li)uidante

6 poderes

6 responsabilidade

03.10.2013 : ;alte#? aula RaX#.

Peu%ta!)

D#e#to "e et#a"a) se li!a a um scio )ue n$o concorde com uma das

situaç9es previstas em lei. + a)uele )ue n$o compareceu ou )ue votoucontrariamente& ou se absteve de votar. + direito essencial do scio e deve sere-ercido no pra(o de SG dias ;pra(o decadencial<.

Aume%to "e ca$#tal !oc#al) é instrumento de capitali(aç$o da empresa.

Re"ução "e ca$#tal !oc#al) por pre,u3(os acumulados ou por)ue a sociedadeconsidera )ue 4o,e esse capital é e-cessivo. #este ?ltimo caso& os credorestem possibilidade de impu!naç$o. A reduç$o n$o 'ar com )ue os sciospercam porcenta!em de participaç$o. + uma boa 'orma de ele devolver

din4eiro aos scios de 'orma l3cita e pode n$o incidir a tributaç$o& con'orme ocaso concreto.

8 "#!!olução total

A palavra dissoluç$o pode ser tomada em diversos sentidos& como vistoanteriormente. amos estudar a!ora o procedimento – da dissoluç$o& passandopela li)uidaç$o até a e-tinç$o da pessoa ,ur3dica.

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L#u#"ação

A sociedade é e-tremamente din8mica. amos ima!inar )ue a empresaCarre'our resolve li)uidar6se. 5em muitos passos )ue necessitam ser tomadosantes da e-tinç$o da pessoa ,ur3dica.

2uando n$o 4 li)uidaç$o& c4amamos de li)uidaç$o irre!ular. #a verdade& para)ue a sociedade desapareça em con'ormidade com a lei o procedimento dali)uidaç$o precisa ser cumprido.

A lei disciplina a li)uidaç$o a partir do arti!o .GN CC. Ela pressup9e oa'astamento dos administradores& pressup9e também )ue ser apurado opassivo& li)uidado o passivo – mediante venda dos bens – e o )ue sobrar serpartil4ado entre os scios. Depois do ?ltimo ato da li)uidaç$o& é reali(ada umaata )ue vai para re!istro& ai é )ue a pessoa ,ur3dica é e-tinta. Durante ali)uidaç$o& a pessoa ,ur3dica e-iste& mas o nome empresarial %ca acompan4ado

da e-press$o “em l#u#"ação].

 "rt#$$%6# issol!ida a sociedade e nomeado o liquidantena forma do disposto neste Pi!ro, procede2se ' sualiquida+)o, de conformidade com os preceitos desteCapítulo, ressal!ado o disposto no ato constituti!o ou noinstrumento da dissolu+)o#

-ar.(rafo /nico# O liquidante, que n)o seja administrador da sociedade, in!estir2se2. nas fun+9es, a!erbada a sua

nomea+)o no re(istro prprio#

Durante a li)uidaç$o n$o é poss3vel assumir obri!aç9es. Durante a li)uidaç$odeve6se 'a(er reuni9es e assembleias.

7ode ser )ue a li)uidaç$o se processe em ,u3(o. 0e o ,ui( determinar ali)uidaç$o& os demais procedimentos de li)uidaç$o v$o ser adotados.

L#u#"a%te

O li)uidante é )uem assume a !est$o da sociedade durante o per3odo da

li)uidaç$o. Ou se,a& ele substitui diretores& consel4o de administraç$o. Oli)uidante é um administrador com poderes e deveres limitados pela lei. + o)ue a doutrina c4ama de per3odo a!*nico da sociedade.

O li)uidante tem os mesmos deveres do administrador ;probidade...<. 0e oli)uidante descobre )ue a sociedade é insolvente ele tem o dever de pedir a'al/ncia. 7or)ue a li)uidaç$o s se aplica "s sociedades solventes.

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omo !e cea $e!!oa "o l#u#"a%teU Ou tem critérios estabelecidos nocontrato social& ou ele ser nomeado na assembleia )ue deliberar pelali)uidaç$o. 0e 'or li)uidaç$o ,udicial& o ,ui( desi!nar o li)uidante. + uma'unç$o remunerada. A remuneraç$o ou est no contrato social ou se decidirna assembleia.

Po"ee! e "e*ee! "o l#u#"a%te

At#o 1.103 .

0e 4ouver pend/ncia de inte!rali(aç$o& os scios ser$o c4amados ainte!rali(ar solidariamente.

O inciso 1 é na vis$o da pro'essora o mais importante& por)ue além de preverdeveres prev/ também direitos.

1@ 2 ultimar os ne(cios da sociedade, reali3ar o ati!o, pa(ar o passi!o e partilhar o remanescente entre os scios ouacionistas*

Dua%te a l#u#"ação= a !oc#e"a"e ma%t6m !ua $e!o%al#"a"e ju"#ca.

O par!ra'o ?nico do arti!o 1.10  estabelece o )ue o li)uidante n$o pode'a(er.

 "rt# $#$%&# Compete ao liquidante representar a sociedadee praticar todos os atos necess.rios ' sua liquida+)o,

inclusi!e alienar bens m!eis ou im!eis, transi(ir, receber e dar quita+)o#

-ar.(rafo /nico# Aem estar expressamente autori3ado pelo contrato social, ou pelo !oto da maioria dos scios,n)o pode o liquidante (ra!ar de :nus reais os m!eis eim!eis, contrair empréstimos, sal!o quandoindispens.!eis ao pa(amento de obri(a+9es inadi.!eis,nem prosse(uir, embora para facilitar a liquida+)o, naati!idade social#

-omo é que o liquidante paga o passivo A lei prev/ )ue o li)uidante devepa!ar o passivo proporcionalmente& sem distinç$o entre vencidas e vincendas.Cada ve( )ue o li)uidante tem din4eiro em cai-a ele precisa pa!ar todos oscredores nos respectivos percentuais.

 "rt# $#$%F# Mespeitados os direitos dos credores preferenciais, pa(ar. o liquidante as dí!idas sociais

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 proporcionalmente, sem distin+)o entre !encidas e!incendas, mas, em rela+)o a estas, com desconto#

-ar.(rafo /nico# Ae o ati!o for superior ao passi!o, pode oliquidante, sob sua responsabilidade pessoal, pa(ar 

inte(ralmente as dí!idas !encidas#2uando o li)uidante pa!a todas as d3vidas vencidas& por)ue ac4a )ue asociedade tem ativo& ele assume um risco& por)ue a responsabilidade é dele.

A lei também permite )ue o li)uidante antecipe partil4a do ativo na li)uidaç$o.Em princ3pio& os scios s$o os ?ltimos a receber. Mas a lei e-cepciona noat#o 1.107 . 

 "rt# $#$%;# Os scios podem resol!er, por maioria de !otos,antes de ultimada a liquida+)o, mas depois de pa(os os

credores, que o liquidante fa+a rateios por antecipa+)o da partilha, ' medida em que se apurem os ha!eres sociais#

Encerrada a li)uidaç$o& ainda assim pode ser )ue esse ten4a )ue alterar atosreali(ados durante a li)uidaç$o. At#o 1.110 – o credor n$o pa!o temdireito de e-i!ir dos scios o valor )ue eles receberam a direito de partil4a. Oscredores& além de acionar os scios& podem também acionar o li)uidante.

 "rt# $#$$%# Encerrada a liquida+)o, o credor n)o satisfeitos ter. direito a exi(ir dos scios, indi!idualmente, o

 pa(amento do seu crédito, até o limite da soma por elesrecebida em partilha, e a propor contra o liquidante a+)ode perdas e danos#

2uando é averbado o ?ltimo ato relacionado " li)uidaç$o& é )ue 4propriamente a e-tinç$o da pessoa ,ur3dica. a3 temos a dissoluç$o total& )ue éa morte da sociedade.

• A'astamento administrativo de scio

A le# cama "e e!olução "a !oc#e"a"e em elação !'c#o m#%o#t+#o.

+ um dispositivo do .GF CC. + uma inovaç$o& permite )ue a maioria& porreuni$o ou assembleia& e-clua scios minoritrios.

 "rt# $#%&# Messal!ado o disposto no art# $#%8%, quando amaioria dos scios, representati!a de mais da metade docapital social, entender que um ou mais scios est)o

 pondo em risco a continuidade da empresa, em !irtude de

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atos de ine(.!el (ra!idade, poder. excluí2los dasociedade, mediante altera+)o do contrato social, desdeque pre!ista neste a exclus)o por justa causa#

-ar.(rafo /nico# " exclus)o somente poder. ser 

determinada em reuni)o ou assembléia especialmentecon!ocada para esse <m, ciente o acusado em tempoh.bil para permitir seu comparecimento e o exercício dodireito de defesa#

A conduta dos scios tem )ue ser uma conduta !rave. 2uando o scio aderiu "sociedade& ele , sabia )ue poderia ser e-clu3do por ,usta causa& nas 4iptesesprevistas no contrato social& por isso é importante )ue 4a,a essa previs$o nocontrato social.

E-istem !arantias "s minorias& de'endidas no par!ra'o ?nico. A pauta da

assembleia ter )ue ser a e-clus$o do scio. O e-clu3do precisa ter ci/ncia daassembleia& para asse!urar a ele o direito de de'esa ;)ue pode ser 'eito porpetiç$o ou mesmo no dia da assembleia<.

#ormalmente para alterar contrato social o )urum é j& )uando 'or para ae-clus$o basta a maioria.

2uando a maioria abusa& pode incidir a 4iptese do art. GF CC.

A apuraç$o tem )ue ser 'eita em balanço prprio.

4F b#me!te

2(. Soc#e"a"e A%,%#ma) &#!t'#co. E!tutua @eal. P#%c#$a#!caacte!t#ca!. atue/a e #m$ot^%c#a.

Disciplinada no CC a partir do arti!o .GFF. Mas é também disciplina em leiaut*noma – lei >WGWYH>.

Essa lei trabal4a a empresa a partir do seu aspecto institucional ;or!ani(aç$opermanente de interesses da coletividade< e n$o do seu aspecto empresarial.

Arti!os N e >> da lei das 0.A. di(em )ue a sociedade tem )ue ser condu(idaa partir da sua 'unç$o social. Como é um diploma muito completo e muito bom&a lei das 0.A. sempre 'oi considerada um re!ime supletivo "s outrassociedades.

Essas sociedades datam da prpria ori!em do direito comercial& especialmenteatreladas a !randes empreendimentos& )ue inclusive reuniam capital p?blico e

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privado. As primeiras 0.A. 'oram estatais& li!adas "s !randes nave!aç9es. #ops6revoluç$o industrial elas se tornaram importante novamente. Ko,e& 4 0.A.no mundo todo.

Ela tem a peculiaridade de ser um instrumento de poupança privada ;aç9es&

por e-emplo<.

Ela sur!iu como modelo societrio para empreendimento de !rande porte& émais anti!a )ue a limitada. A sua estrutura administrativa é pesada – temdiretores& consel4o de administraç$o& consel4o %scal& tem uma série deprocedimentos )uanto a publicaç9es& re!istros... #o Jrasil n$o tem limite depessoas nem de capital social – pode ser no m3nimo duas pessoas.

O )ue caracteri(a a 0.A. é )ue ela tem o capital dividido em aç9es e osacionistas respondem pelo preço de emiss$o das aç9es. Ou se,a& os acionistasrespondem pelo valor a )ue eles se comprometeram )uando subscreveram as

aç9es na compan4ia. Acionista n$o responde subsidiariamente. Aresponsabilidade é pela inte!rali(aç$o no preço da emiss$o das aç9es.

A lei trata ma,oritariamente sobre a 0.A. aberta. 1sso si!ni%ca )ue muitas ve(estem )ue se recorrer " lei das limitadas para re!ular a 0.A. 'ec4ada.

A maior parte das empresas de !rande porte& no mundo& é de 0.A.

0<.10.2013

2(. Soc#e"a"e A%,%#ma) &#!t'#co. E!tutua @eal. P#%c#$a#!caacte!t#ca!. atue/a e #m$ot^%c#a. 8 co%t#%uação

a. #oç$o:

O limite da responsabilidade do acionista é o valor de emiss$o das aç9es.Outra de suas caracter3sticas é a divis$o do capital social em aç9es.

+ re!ulamentada pela ei n. >WGWYH>.

As sociedades an*nimas no Jrasil n$o representam a maior parte dassociedades& mas sim a em menor n?mero e-istente. 7orém& normalmente é a

estrutura adotada pelos maiores empreendimentos do Jrasil. A 1#BRAERO& pore-emplo& assim como todos os bancos s$o 0.A.

O art. U da ei >WGWYH> é muito parecido com a disposiç$o do CC:

 "rt# $5 " companhia ou sociedade an:nima ter. o capitaldi!idido em a+9es, e a responsabilidade dos scios ou

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acionistas ser. limitada ao pre+o de emiss)o das a+9essubscritas ou adquiridas#

 5odas as sociedades an*nimas s$o& obri!atoriamente& de %m lucrativo )ue n$ose,a contrrio " lei& " ordem p?blica ou aos bons costumes.

2ual)uer )ue se,a o seu ob,eto& ser sempre empresarial – at. 2F= 1F. 0endoempresarial& se su,eita " normativa aplicvel "s sociedades empresariais&independentemente de seu ob,eto.

 "rt# 65 -ode ser objeto da companhia qualquer empresade <m lucrati!o, n)o contr.rio ' lei, ' ordem p/blica e aosbons costumes#

4 $5 Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantile se re(e pelas leis e usos do comércio#

Empresa p?blica tem carter empresarial.

+ re!ida por um estatuto& n$o por um contrato social.

A lei autori(a )ue uma 0.A se,a criada para participar em outras 0.A. 1sto )uerdi(er )ue ela n$o ter ob,eto prprio& sendo constitu3da para titularparticipaç$o em outras sociedades. 0$o as holdin(s.

2<. E!$6c#e! "e Soc#e"a"e! A%,%#ma!. Soc#e"a"e Abeta! e -eca"a!.Soc#e"a"e! "e Eco%om#a M#!ta. Soc#e"a"e "e a$#tal Auto#/a"o.

b. Espécie:

==X da lei das 0.A destinam6se "s sociedades abertas. A ideia da lei eraestimular a instalaç$o de !randes empresas internacionais a se instalarem noJrasil. Assim& 'oi 'eita para as sociedades an*nimas abertas.

#. Aberta: é a)uela )ue tem os valores mobilirios ne!ociveis no mercado devalores mobilirios.

Aç9es s$o espécie de valores mobilirios.

#em toda 0.A opera no mercado mobilirio. Operar nesse mercado si!ni%ca)ue ela tem o'erta de aç9es para )ue )ual)uer pessoa possa ad)uirir.

As compan4ias )ue operam em bolsa s$o 0.A abertas.

Como trabal4a com a poupança p?blica& é su,eita " %scali(aç$o da CM –Comiss$o de alores Mobilirios& a )ual pode aceitar ou n$o o re!istro daempresa.

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7or outro lado& 4 uma preocupaç$o muito !rande em se dar se!urança aosacionistas das 0.A abertas& por)ue trabal4am com a poupança p?blica. +preciso )ue a lei estabeleça mecanismos de se!urança& principalmente para osacionistas minoritrios. + claro )ue n$o se pode !arantir a e-ist/ncia de lucro.

##. Bec4adas: sociedades )ue n$o operam no mercado mobilirio.

#em toda 0.A no Jrasil é aberta. K muitas 0.A 'ec4adas.

#ormalmente s$o 'amiliares& al!umas estatais. 2uando pessoas muitopr-imas resolvem criar uma sociedade& pre'erem a an*nima " limitada& poral!um motivo. Como a lei n$o prev/ limites& podem e-istir 0.As muitope)uenas e muito !randes.

Como n$o tem limite de n?mero de acionistas e de capital& )ual)uer pessoapode optar pela constituiç$o de uma 0.A.

O conceito de 0.A 'ec4ada est no at. 4F "a Le# %. 540475.

 "rt# Bo -ara os efeitos desta Pei, a companhia é aberta oufechada conforme os !alores mobili.rios de sua emiss)oestejam ou n)o admitidos ' ne(ocia+)o no mercado de!alores mobili.rios#

###. De Capital Autori(ado:

MC n$o considera como outra modalidade societria& mas sim uma clusula noestatuto.

Essa clusula si!ni%ca )ue )uando uma sociedade tem capital autori(ado& ela , tem uma prévia autori(aç$o para o aumento de capital& sem )ue se,anecessria a convocaç$o de uma assembleia. 1sso por)ue o mercado mobilirioé muito voltil& sendo o capital autori(ado uma prevenç$o para )ue n$o seperca a oportunidade de aumentar.

Essa clusula n$o é obri!atria. 7ermite o aumento do capital até determinadolimite& sem assembleia e alteraç$o do estatuto.

#*. Economia Mista:

+ prevista de 'orma espec3%ca do art. NS ao art. NWG da lei n. >WGWYH>.

 5em parte do capital inte!rali(ado por pessoa ,ur3dica de direito p?blico e partepor pessoa ,ur3dica de direito privado.

#ecessariamente tem o controle em m$os da pessoa ,ur3dica de direito p?blico.

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Operar com sociedades de economia mista é muito di'3cil& pois a reuni$o dosinteresses é muito complicada. 7or outro lado& muitas ve(es o Estado n$o dconta de 'a(er os investimentos so(in4o.

Copel& 0anepar& JJ& 7etrobrs s$o todos sociedades de economia mista.

Boram 'eitas para atender a interesses de se!urança nacionais ou de relevanteinteresse coletivo – at. 173= -.

Disciplinadas também pela ei n. >WGWYH> no )ue tan!e a sua estrutura.

0$o necessariamente criadas a partir de autori(aç$o le!islativa. As estataisprecisam de autori(aç$o le!islativa para serem criadas ;at. 235<.

 "rt# 68F# " constitui+)o de companhia de economia mistadepende de pré!ia autori3a+)o le(islati!a#

-ar.(rafo /nico# Aempre que pessoa jurídica de direito p/blico adquirir, por desapropria+)o, o controle decompanhia em funcionamento, os acionistas ter)o direitode pedir, dentro de F% IsessentaJ dias da publica+)o da

 primeira ata da assembléia2(eral reali3ada aps aaquisi+)o do controle, o reembolso das suas a+9es* sal!ose a companhia j. se acha!a sob o controle, direto ouindireto, de outra pessoa jurídica de direito p/blico, ou nocaso de concession.ria de ser!i+o p/blico#

A lei apenas autori(a. + preciso se compor o estatuto e se se!uir os re)uisitos

de criaç$o das 0.A& con'orme at. (0. Assim& a lei autoriza a criaç$o& a )ualdepende do preenc4imento dos re)uisitos.

O at. 237  estabelece )ue a sociedade de economia mista apenas podee-ercer as atividades autori(adas na lei. Essas atividades ser$o e-pressas noestatuto& o )ual deve ser se!uido. 1sso por)ue como depende de autori(aç$ole!al& deve observar o ob,eto previsto pelo diploma.

 "rt# 68;# " companhia de economia mista somente poder.explorar os empreendimentos ou exercer as ati!idades

 pre!istas na lei que autori3ou a sua constitui+)o#

4 $5 " companhia de economia mista somente poder. participar de outras sociedades quando autori3ada por leino exercício de op+)o le(al para aplicar 1mposto sobre aMenda ou in!estimentos para o desen!ol!imento re(ionalou setorial#

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4 65 "s institui+9es <nanceiras de economia mista poder)o participar de outras sociedades, obser!adas as normasestabelecidas pelo anco Central do rasil#

7or outro lado& para e-tin!ui6la& também se precisa de lei autori(ando ali)uidaç$o.

Ainda sobre as sociedades de economia mista& 4 uma pe)uenaparticularidade:

 "rt# 68# " pessoa jurídica que controla a companhia deeconomia mista tem os de!eres e responsabilidades doacionista controlador Iarti(os $$F e $$;J, mas poder.orientar as ati!idades da companhia de modo a atender aointeresse p/blico que justi<cou a sua cria+)o#

7oder n$o é o mel4or verbo a ser utili(ado& pois se pode entender )ue o

administrador est ou n$o vinculado. O mais ade)uado é entender )ue o“poder” si!ni%ca “dever”.

#o )ue se re'ere " disciplina espec3%ca da sociedade de economia mista& a leiprev/ )ue ela ter obri!atoriamente consel4o de administraç$o. 1sso )uer di(er)ue esse consel4o nem sempre é obri!atrio. O )ue sempre precisa e-istir é adiretoria. O consel4o de administraç$o é obri!atrio apenas na 0.A aberta.7orém& se 'or sociedade de economia mista& aberta ou 'ec4ada& é necessrio)ue o consel4o se,a constitu3do.

A lei obri!a )ue a 0.A de economia mista ten4a consel4o %scal permanente& o

)ual é eleito para mandatos determinados. E-istem duas modalidades deconsel4o %scal: . 7ermanente N. 7or convocaç$o.

7or %m& as sociedades de economia mista est$o 4o,e em um limbo ,ur3dico&por)ue o art. NWN 'oi revo!ado. Ele previa )ue a sociedade de economia mistan$o estava su,eita " 'al/ncia& mas 4avia responsabilidade subsidiria da pessoa

 ,ur3dica de direito p?blico )ue a criou. Como a lei de 'al/ncias di( )ue n$o éaplicvel "s sociedades de economia mista& o processo n$o pode ser aberto&mas também n$o 4 previs$o le!al de responsabilidade subsidiria da pessoa

 ,ur3dica de direito p?blico )ue a criou.

10.10.2013

Peu%ta! : D#!!olução "a Soc#e"a"e L#m#ta"a

Vua#! o! !#%#Jca"o! "a $ala*a "#!!oluçãoU Dissoluç$o pode ser total ouparcial. A di'erença é )ue na dissoluç$o total a sociedade é levada aodesaparecimento& en)uanto )ue na parcial a sociedade continua e-istindo. #aparcial& e-istem al!uns scios )ue saem da sociedade& 4avendo reduç$o do

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capital social& a menos )ue os scios restantes se disponibili(em a inte!rali(aro capital retirado. E-iste ainda outro si!ni%cado: dissoluç$o como ato inicial)ue desencadeia o desaparecimento de uma sociedade e dissoluç$o. #oprimeiro& di(6se )ue a dissoluç$o é apenas o ato inicial )ue desencadeia todoum procedimento )ue condu( " e-tinç$o da pessoa ,ur3dica& c4amado de

li)uidaç$o. A e-tinç$o se opera apenas através do re!istro da ?ltimaassembleia )ue aprovou o %m da li)uidaç$o.

Dua%te a l#u#"ação= o! !'c#o! cot#!ta! co%t#%uam come!$o%!ab#l#"a"e l#m#ta"aU A personalidade ,ur3dica se mantém até o ?ltimoato de li)uidaç$o. Os scios n$o respondem por obri!aç9es& salvo sereceberam valores na partil4a do ativo e 4 obri!aç9es pendentes& )uando&ent$o& dever o scio devolver o )ue recebeu. Desta 'orma& a responsabilidadecontinua sendo limitada.

2<. E!$6c#e! "e Soc#e"a"e! A%,%#ma!. Soc#e"a"e Abeta! e -eca"a!.

Soc#e"a"e! "e Eco%om#a M#!ta. Soc#e"a"e "e a$#tal Auto#/a"o :co%t#%uação

b. Espécies ;continuaç$o<:

*. 0ubsidiria inte!ral:

7revista na disciplina da ei n. >WGWYH>& no art. N. 7ossui apenas ou ?nicoacionista )ue& de acordo com o dispositivo& é uma outra sociedade brasileira.Essa subsidiria pode ser limitada ou an*nima& mas a subsidiria inte!ral em sié sempre 0.A. + a ?nica 4iptese de sociedade unipessoal ori!inria no Jrasil.imitada é pessoal de 'orma superveniente a E1RE1 é unipessoal& mas n$o éempresria.

 "rt# 6&$# " companhia pode ser constituída, medianteescritura p/blica, tendo como /nico acionista sociedadebrasileira#

4 l5 " sociedade que subscre!er em bens o capital desubsidi.ria inte(ral de!er. apro!ar o laudo de a!alia+)ode que trata o arti(o 5, respondendo nos termos do 4 F5do arti(o 5 e do arti(o $% e seu par.(rafo /nico#

4 65 " companhia pode ser con!ertida em subsidi.riainte(ral mediante aquisi+)o, por sociedade brasileira, detodas as suas a+9es, ou nos termos do arti(o 6&6#

 5oda sociedade an*nima é estatutria.

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A CO7E est se trans'ormando em um 4oldin! e se dividindo em subsidiriasinte!rais. 0e a CO7E %car sem nen4um ob,eto espec3%co& tornar6se6 uma4oldin! pura.

2uando se entra com uma aç$o& é contra a subsidiria& por)ue ela tempersonalidade ,ur3dica prpria. 7ode6se entrar contra a 4oldin! )uando a causade pedir e o pedido a'etam o !rupo como um todo.

Especiali(ar o ob,eto& 'acilitar a contabilidade& permitir o crescimento s$omotivos )ue levam " criaç$o de subsidirias.

E-istem subsidirias )ue n$o s$o inte!rais. 1sso )uer di(er )ue a sociedadetitula aç9es em di'erentes sociedades& n$o em apenas uma.

c. Denominaç$o:

As 0.A s$o sociedades de capital e& por isso& n$o t/m %rma e sim denominaç$o&

obri!atoriamente.

A denominaç$o independe do nome dos scios. 7ode utili(ar “0.A” ou“sociedade an*nima” no in3cio ou no %m do nome& e “compan4ia” apenas no%m do nome.

 "rt# 85 " sociedade ser. desi(nada por denomina+)oacompanhada das express9es KcompanhiaK ou Ksociedadean:nimaK, expressas por extenso ou abre!iadamente mas!edada a utili3a+)o da primeira ao <nal#

4 $5 O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o xito daempresa, poder. <(urar na denomina+)o#

4 65 Ae a denomina+)o for idntica ou semelhante a decompanhia j. existente, assistir. ' prejudicada o direito derequerer a modi<ca+)o, por !ia administrati!a Iarti(o =;Jou em juí3o, e demandar as perdas e danos resultantes#

33.o%!t#tu#ção "a !oc#e"a"e a%,%#ma. Reu#!#to! $el#m#%ae!=co%!t#tu#ção $o$#ame%te "#ta e ;omal#"a"e! com$leme%tae!.

A constituiç$o passa por tr/s etapas: re)uisitos preliminares& constituiç$opropriamente dita e 'ormalidades complementares.

As 0.A t/m al!umas caracter3sticas: nunca s$o irre!ulares ou incomuns. Ou elacumpriu todas as obri!atoriedades e é uma 0.A ou ela n$o e-iste. E& n$oe-istindo& )uem responde pelos atos s$o os 'undadores ou os primeirosadministradores.

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7ara constituir uma limitada& elabora6se um contrato social& v/ se ele cumpriuos re)uisitos da lei e o re!istra na Qunta Comercial. A 0.A por sua ve( possui umprocesso mais comple-o& 'ormado por tr/s etapas:

#. Re)uisitos preliminares – a partir do art. FG:

a. 0ubscriç$o de GGX das aç9es.

b. 1nte!rali(aç$o de GX do capital social em moeda.

c. + preciso )ue o valor de GX se,a depositado.

O valor em moeda representa ativo de pelo menos GX das inte!rali(aç9es& o)ual dever ser depositado em uma instituiç$o %nanceira.

K um pra(o para )ue a 0.A se,a totalmente constitu3da – at. (1= $a+a;oN%#co.

 "rt# $# O depsito referido no n/mero 111 do arti(o %de!er. ser feito pelo fundador, no pra3o de & IcincoJ diascontados do recebimento das quantias, em nome dosubscritor e a fa!or da sociedade em or(ani3a+)o, que s

 poder. le!ant.2lo aps ha!er adquirido personalidade jurídica#

-ar.(rafo /nico# Caso a companhia n)o se constituadentro de F IseisJ meses da data do depsito, o bancorestituir. as quantias depositadas diretamente aossubscritores#

O 'undador 'a( um depsito em nome do subscritor ;'uturo acionista< em 'avorda sociedade em constituiç$o. Deve a sociedade ser constitu3da em > meses.Caso n$o se,a o pra(o obedecido& os depsitos ser$o devolvidos. Esse pra(opode ser aplicado por analo!ia " limitada.

Como se c4e!a " subscriç$o de GGX do capital socialL 1sto é& como se 'a( com)ue pessoas se comprometam a inte!rali(ar perante a 0.AL E-istem duas'ormas: subscriç$o particular e subscriç$o p?blica. #a primeira& a o'erta desubscriç$o é diri!ida a um investidor determinado. A ?ltima si!ni%ca )ue asaç9es ser$o colocadas no mercado de valores mobilirios& o )ue )uer di(er )ue)ual)uer pessoa )ue a ele ten4a acesso poder subscrever aç9es. K& a)ui&uma in!er/ncia do Estado& por)ue envolve a poupança popular.

Essa in!er/ncia se processa por meio das normas aplicveis e também pelaatuaç$o obri!atria da CM.

7ara )ue uma empresa opere com subscriç$o p?blica& deve inicialmente terseu re!istro na CM. Esse apenas pode ser pleiteado mediante a apresentaç$o

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de documentos previstos no at. 72= 1F: estudo de viabilidade econ*mica e%nanceira do empreendimento& pro,eto de estatuto e prospecto. 7rospecto éprevisto pelo at. (4. 0e a CM de'erir o re!istro& as aç9es passam a ter umacotaç$o em bolsa de 'orma imediata& passando a ser comerciali(adas )uandoestiverem dispon3veis.

2uando 4 a possibilidade do c4amamento da poupança p?blica& 4 aintervenç$o do Estado.

##. Constituiç$o:

7ode ocorrer por dois meios:

a. 1nstrumento 7?blico

b. Assembleia.

A subscriç$o particular se encontra disciplinada pelo at. ((. Ba(6se umaescritura p?blica& cu,o conte?do é bastante amplo e previsto pelo TNU do arti!osupramencionado. Essa escritura é re!istrada no cartrio.

 "rt# # " constitui+)o da companhia por subscri+)o particular do capital pode fa3er2se por delibera+)o dossubscritores em assembléia2(eral ou por escritura p/blica,considerando2se fundadores todos os subscritores#

4 $5 Ae a forma escolhida for a de assembléia2(eral,obser!ar2se2. o disposto nos arti(os F e ;, de!endo ser entre(ues ' assembléia o projeto do estatuto, assinadoem duplicata por todos os subscritores do capital, e aslistas ou boletins de subscri+)o de todas as a+9es#

4 65 -referida a escritura p/blica, ser. ela assinada por todos os subscritores, e conter.0

aJ a quali<ca+)o dos subscritores, nos termos do arti(o&*

bJ o estatuto da companhia*

cJ a rela+)o das a+9es tomadas pelos subscritores e aimportRncia das entradas pa(as*

dJ a transcri+)o do recibo do depsito referido no n/mero111 do arti(o %*

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eJ a transcri+)o do laudo de a!alia+)o dos peritos, casotenha ha!ido subscri+)o do capital social em bens Iarti(oSJ*

fJ a nomea+)o dos primeiros administradores e, quandofor o caso, dos <scais#

7orém& a subscriç$o particular pode optar pela constituiç$o por assembleia.Esse modo é obri!atrio nas 4ipteses de subscriç$o p?blica. Depois dasubscriç$o de todas as aç9es& os 'undadores convocam uma assembleia& em)ue os bens ser$o avaliados e deliberar6se6 sobre a constituiç$o. Mais tarde&convoca6se uma outra assembleia para 'ormali(ar a constituiç$o. A assembleiaprévia se d para avaliar os bens ;art. F><. A avaliaç$o é disciplina pelo art. FU.0e o valor 'or menor )ue o atribu3do pelo subscritor& %ca pre,udicada aconstituiç$o da sociedade. Entretanto& se o subscritor complementar asubscriç$o& obviamente pode se 'ormar a sociedade. 0e der a mais& o

e-cedente é depositado em uma conta destinada ao 'uturo aumento de capital.Os scios deliberam para convocar uma outra assembleia: a assembleia deconstituiç$o. 0e 'or para alterar o estatuto& é necessrio )ue se,a uma decis$oun8nime. 0e isso n$o acontecer& pre,udicada %ca a constituiç$o da sociedade.#esse momento& todos t/m direito de voto& até mesmo os )ue subscreveramaç9es pre'erenciais. #ela devem também ser nomeados os primeirosadministradores. A ata dessa assembleia& ,unto com o estatuto& o recibo dosdepsitos& ser levada a re!istro.

A lei& antes de entrar na terceira 'ase& tra( "#!$o!#çe! ea#!:

 "rt# =# " incorpora+)o de im!eis para forma+)o docapital social n)o exi(e escritura p/blica#

Art. F=. – se para a inte!rali(aç$o os subscritores trou-eram bens imveis& elestem )ue passar para a titularidade da sociedade& devendo 4aver re!istroimobilirio& mas n$o escritura espec3%ca para isso.

#$o incide imposto intervivos – é uma 'orma de est3mulo ao investimento.

Durante o tempo em )ue a compan4ia est em constituiç$o& os atos )ue aditardever$o constar um “em or!ani(aç$o”.

 "rt# =6# Os fundadores e as institui+9es <nanceiras que participarem da constitui+)o por subscri+)o p/blicaresponder)o, no Rmbito das respecti!as atribui+9es, pelos

 prejuí3os resultantes da inobser!Rncia de preceitos le(ais#

Art. =N – os 'undadores e as instituiç9es %nanceiras )ue participarem daconstituiç$o por subscriç$o p?blica ser$o responsveis se n$o cumprirem ospra(os e deveres le!ais.

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###. Bormalidades complementares – art. =W e 00.

K 'ormaç$o da 0.A apenas aps os atos de publicaç$o.

0$o praticamente atividades de ar)uivamento e publicaç$o. 7ara a compan4iaconstitu3da por assembleia& os documentos e-i!idos est$o no art. =. 0e 'or por

escritura p?blica& apenas esta precisa ser re!istrada& pois possui todos oselementos – art. =>.

 "rt# =&# Ae a companhia hou!er sido constituída por delibera+)o em assembléia2(eral, de!er)o ser arqui!adosno re(istro do comércio do lu(ar da sede0

1 2 um exemplar do estatuto social, assinado por todos ossubscritores Iarti(o , 4 $5J ou, se a subscri+)o hou!er sido p/blica, os ori(inais do estatuto e do prospecto,assinados pelos fundadores, bem como do jornal em que

ti!erem sido publicados*

11 2 a rela+)o completa, autenticada pelos fundadores ou pelo presidente da assembléia, dos subscritores do capitalsocial, com a quali<ca+)o, n/mero das a+9es e o total daentrada de cada subscritor Iarti(o &J*

111 2 o recibo do depsito a que se refere o n/mero 111 doarti(o %*

1@ 2 duplicata das atas das assembléias reali3adas para a

a!alia+)o de bens quando for o caso Iarti(o 5J*

@ 2 duplicata da ata da assembléia2(eral dos subscritoresque hou!er deliberado a constitui+)o da companhia Iarti(o;J#

 "rt# =F# Ae a companhia ti!er sido constitu3da por escriturap?blica& bastar o ar)uivamento de certid$o doinstrumento.

#a se)u/ncia& a lei prev/ )ue cabe " Qunta Comercial analisar se todos ospreceitos 'oram cumpridos para a constituiç$o da sociedade.

 5em6se& ainda& uma importante observaç$o no art. ==. #$o e-iste 0.A irre!ular.Desta 'orma& o art. == determina )ue os primeiros administradores s$osolidariamente responsveis pela compan4ia& pelos pre,u3(os causados pelademora na constituiç$o. Os 'undadores respondem até o momento em )ue sede%nem os primeiros administradores& momento em )ue estes passam a serresponsabili(ados.

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 "rt# ==# Os primeiros administradores s)o solidariamenterespons.!eis perante acompanhia pelos prejuí3oscausados pela demora no cumprimento das formalidadescomplementares ' sua constitui+)o#

-ar.(rafo /nico# " companhia n)o responde pelos atos ouopera+9es praticados pelos primeiros administradoresantes de cumpridas as formalidades de constitui+)o, masa assembléia2(eral poder. deliberar em contr.rio#

Ademais& o par!ra'o ?nico do art. == determina )ue a compan4ia n$oresponde pelos atos reali(ados pelos primeiros administradores antes de%nali(ados os atos de constituiç$o& mas em assembleia pode6se acordar emcontrrio. A lei coloca uma 'aculdade& mas é l!ico )ue ser$o osadministradores restitu3dos.

15.10.2013 : %ão te*e aula.

17.10.2013 : $o*a 3F b#me!te

23.10.2013 : %ão te*e aula

24.10.2013 : #%c#o aula RaX#.

31. Açe!) E!$6c#e!= *aloe!= $o$#e"a"e e c#culação.

Aç9es s$o a unidades de divis$o do capital social de um 0.A. Cota é direito;tda<& é uma participaç$o& uma parcela. Q aç$o é um bem corpreo& portanto&!uarda uma autonomia em relaç$o " 0.A. Al!uns autores tratam as aç9es como

t3tulos de crédito& da cate!oria t3tulo representativo& por)ue a)uele )ue titulauma aç$o ostenta a condiç$o de acionista. 0e na tda. o )ue atribui condiç$ode scio é o contrato social& na 0.A. é a aç$o – é ser titular de uma aç$o. Ent$ovoc/ n$o vai encontrar o nome do acionista no estatuto. + invivel.

As aç9es s$o ne!ociveis. Ad)uirem uma autonomia. 0$o pass3veis de seremvendidas& ne!ociadas. #$o é cess$o de aç$o& é venda de aç$o ;di'erente daltda )ue é cess$o de cota<.

a. Espécies:

#. #ominativas ou escriturais: 

om#%at#*a!) no re!ime brasileiro s$o sempre nominativa. 0$o as aç9es )ueindicam o nome do seu titular. K também um controle na compan4ia )uanto "titularidade – livro das aç9es nominativas. E tem outro livro& )ue é o livro datrans'er/ncia das aç9es nominativas. A)ui& a receita 'ederal pode ter acesso a)uem é o titular das aç9es. A pro'essora est 'alando da aç$o no papel. E-isteainda& mas é cada ve( mais raro.

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#as aç9es ao portador n$o se indica e n$o se tem o controle da titularidade.Até ==G& no Jrasil& 4avia essa possibilidade. #isso era poss3vel sone!ar oimposto& por)ue n$o 4avia controle sobre a titularidade das aç9es ao portador.Em ==G elas 'oram proibidas.

E!c#tua#!) 0$o aç9es sem papel. 0em base documental. Dai& os re!istros s$o

meramente contbeis e in'ormati(ados. 0er também nominativa& s )ueescritural.

##. Ordinrias ou 7re'erenciais:

Pe;ee%c#a#!) s$o previstas na ei >WGW no art. H. Atribuem prioridade nadistribuiç$o de dividendos& no reembolso do capital ou a acumulaç$o dessaspre'er/ncias. 0e 'or 0.A. aberta& as aç9es pre'erenciais ter$o& necessariamente&dividendos superiores do )ue as aç9es ordinrias& como uma vanta!emadicional. Os pre'erenciais recebem antes. 0e voc/ dei-a de lado os dividendosdi'erentes& eles n$o t/m muita di'erença& s recebem antes. 5em uma

contrapartida ainda: $o"em ter subtra3do o direito de voto. 0 )ue no Jrasil éGGX subtra3do o direito de voto no estatuto.

g#os pa3ses de economia mais desenvolvida n$o se opera mais com aç9espre'erenciais sem direito a voto. #os E@A até se admite& porém& essasempresas t/m restriç9es de operar em bolsa. #a JOE07A n$o pode operarcom aç9es sem direito a voto.

Em ==H& uma alteraç$o da lei prev/ )ue o m-imo de pre'erenciais é GX.7orém& as 0.A. constitu3das antes de =H poder$o operar com até NYS de aç9espre'erenciais.

As aç9es pre'erenciais atribuem direito de voto nas deliberaç9es prprias dasaç9es pre'erenciais. #$o tem direito de voto nas Assembleias Zerais& mas temdireito de voto nas assembleias de pre'erencialistas. #o mais& ospre'erencialistas t/m direito de voto em situaç9es especiais. @ma delas é aassembleia de constituiç$o das 0.A& bem como nas assembleias de li)uidaç$o.K mais uma circunst8ncia tra(ida pelo art. da ei >WGW:

 "rt# $$$# O estatuto poder. deixar de conferir 's a+9es preferenciais al(um ou al(uns dos direitos reconhecidos 'sa+9es ordin.rias, inclusi!e o de !oto, ou conferi2lo comrestri+9es, obser!ado o disposto no arti(o $%=#

4 $5 "s a+9es preferenciais sem direito de !oto adquirir)oo exercício desse direito se a companhia, pelo pra3o

 pre!isto no estatuto, n)o superior a 8 ItrsJ exercíciosconsecuti!os, deixar de pa(ar os di!idendos <xos oumínimos a que <3erem jus, direito que conser!ar)o até o

 pa(amento, se tais di!idendos n)o forem cumulati!os, ouaté que sejam pa(os os cumulati!os em atraso#

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Esse arti!o di( )ue o direito de voto dos pre'erencialistas pode ser retirado ourestrin!ido pelo estatuto. 7orém& o TU determina )ue se até S e-erc3ciosconsecutivos n$o 'orem distribu3dos dividendos m3nimos& os pre'erenciaisad)uirem direito de voto.

#o momento em )ue os dividendos s$o pa!os& os pre'erencialistas voltam aperder o direito de voto. 7ara MC& muito mais do )ue con'erir esse direito aospre'erencialistas& a lei )uer ameaçar os ordinaristas.

#as compan4ias estatais de economia mista& o Estado é obri!ado a titularapenas o controle& o )ual se relaciona "s aç9es com direito a voto.#ormalmente& o Estado tem X das aç9es ordinrias. Em 4iptese de aspre'erenciais ad)uirirem direito a voto& o Estado pode perder o controle&dei-ando a empresa de ser de economia mista por al!um tempo.

Recapitulando: os pre'erencialistas ter$o direito a voto nas assembleias deconstituiç$o e li)uidaç$o& no caso do TU do art. .

A compan4ia #PO tem liberdade para pa!ar dividendos simblicos& devendopa!ar os dividendos previstos no estatuto.

0e n$o 4ouver previs$o de dividendos %-os ou m3nimos& n$o incide o TU doart. . O contraponto é a sociedade se tornar menos atrativa parainvestidores.

Os pre'erencialistas podem ter subtra3do o direito de voto& mas no maispossuem todos os direitos dos ordinaristas.

Os direitos essenciais de um acionista est$o previstos no art. G=& da ei >WGW:

 "rt# $%=# Nem o estatuto social nem a assembléia2(eral poder)o pri!ar o acionista dos direitos de0

1 2 participar dos lucros sociais*

11 2 participar do acer!o da companhia, em caso deliquida+)o*

111 2 <scali3ar, na forma pre!ista nesta Pei, a (est)o dosne(cios sociais*

1@ 2 preferncia para a subscri+)o de a+9es, partesbene<ci.rias con!ersí!eis em a+9es, debnturescon!ersí!eis em a+9es e b:nus de subscri+)o, obser!ado odisposto nos arti(os $;$ e $;6* I@ide Pei n5 $6#8, de6%$8J

@ 2 retirar2se da sociedade nos casos pre!istos nesta Pei#

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4 $5 "s a+9es de cada classe conferir)o i(uais direitos aosseus titulares#

4 65 Os meios, processos ou a+9es que a lei confere aoacionista para asse(urar os seus direitos n)o podem ser elididos pelo estatuto ou pela assembléia2(eral#

4 8o O estatuto da sociedade pode estabelecer que asdi!er(ncias entre os acionistas e a companhia, ou entreos acionistas controladores e os acionistas minorit.rios,

 poder)o ser solucionadas mediante arbitra(em, nostermos em que especi<car#

Em suma& os direitos essenciais de um acionista #PO contemplam o direito devoto& o )ual consta no art. G.

 "rt# $$%# " cada a+)o ordin.ria corresponde $ IumJ !oto

nas delibera+9es da assembléia2(eral#

4 $5 O estatuto pode estabelecer limita+)o ao n/mero de!otos de cada acionista#

4 65 7 !edado atribuir !oto plural a qualquer classe dea+9es#

O"#%+#a!) 0$o a)uelas )ue con'erem todos os direitos essenciais mais odireito ao voto. Apenas pode o direito a voto do ordinarista ser retirado se issoocorrer através de sanç$o por abuso do direito.

As aç9es ordinrias& portanto& atribuem direito de voto em con'ormidade com oart. G. 0e!undo ele& cada aç$o atribui um voto& sendo proibido prever )uedeterminadas aç9es preveem mais de um voto. 7or outro lado& o estatuto podelimitar o n?mero de votos por acionista. 1sso si!ni%ca )ue a lei permite )ue oestatuto di!a )ue cada acionista individualmente ter no m-imo GG& NGG&SGG votos. MC nunca viu isso na prtica.

O estatuto pode di(er )ue cada acionista individualmente tem no m-imo GGvotos. + uma limitaç$o ao n?mero de votos por acionista. A pro'essora disse)ue nunca viu isso. #o Jrasil se opera muito com 0.A. de capital concentrado –

)uem )uer concentraç$o de poder n$o )uer limitaç$o de voto.oto $lual – uma aç$o )ue atribui votos& por e-emplo. 7orém& e-iste *otomNlt#$lo  – pode em determinadas eleiç9es ser recon4ecido tantos votos)uantos 'orem os car!os va!os. ai se ele!er dois inte!rantes do consel4o deadministraç$o& se de'erido o voto m?ltiplo& cada acionista tem dois votos.

O TNU do art. G veda voto plural& ou se,a& uma aç$o atribuir mais de um voto.7orém& e-iste o voto m?ltiplo& )ue si!ni%ca )ue nas eleiç9es dos membros do

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consel4o administrativo& a pedido dos acionistas& podem6se atribuir a cadaacionista tantos votos )uantos 'orem os car!os va!os. O )ue n$o se pode éatribuir mais de um voto por aç$o como se 'osse al!o inato.

 5anto aç9es ordinrias& )uanto aç9es pre'erenciais s$o pass3veis de ne!ociaç$ona bolsa. Destaca6se )ue apenas se ter o controle da sociedade se possuir)uantidade su%ciente de aç9es. As aç9es )ue comp9em o controle de podervalem mais& s$o mais caras.

E-istem limites ao direito de voto. eda6se o voto abusivo& por e-emplo&4avendo responsabili(aç$o dos scios. 1sso aparece no art. :

 "rt# $$&# O acionista de!e exercer o direito a !oto nointeresse da companhia* considerar2se2. abusi!o o !otoexercido com o <m de causar dano ' companhia ou aoutros acionistas, ou de obter, para si ou para outrem,!anta(em a que n)o fa3 jus e de que resulte, ou possaresultar, prejuí3o para a companhia ou para outrosacionistas#IMeda+)o dada pela Pei n5 $%#8%8, de 6%%$J

4 $5 o acionista n)o poder. !otar nas delibera+9es daassembléia2(eral relati!as ao laudo de a!alia+)o de benscom que concorrer para a forma+)o do capital social e 'apro!a+)o de suas contas como administrador, nem emquaisquer outras que puderem bene<ci.2lo de modo

 particular, ou em que ti!er interesse conTitante com o dacompanhia#

4 65 Ae todos os subscritores forem cond:minos de bemcom que concorreram para a forma+)o do capital social,

 poder)o apro!ar o laudo, sem prejuí3o daresponsabilidade de que trata o 4 F5 do arti(o 5#

4 85 o acionista responde pelos danos causados peloexercício abusi!o do direito de !oto, ainda que seu !oton)o haja pre!alecido#

4 B5 " delibera+)o tomada em decorrncia do !oto deacionista que tem interesse conTitante com o dacompanhia é anul.!el* o acionista responder. pelos danoscausados e ser. obri(ado a transferir para a companhia as!anta(ens que ti!er auferido#

Aç9es de 'ruiç$o: 0$o aç9es parcialmente destitu3das dos direitos patrimoniais&por)ue esses valores , 'oram adiantados.

b. Operaç9es com aç9es:

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E-istem tr/s cate!orias de operaç9es com aç9es: res!ate& amorti(aç$o ereembolso.

#. Amorti(aç$o:

E-istem al!umas operaç9es reali(adas com as aç9es pela prpria compan4ia

)ue antecipam para o acionista o )ue ele iria receber na li)uidaç$o. Essaoperaç$o se c4ama amorti(aç$o e se encontra prevista no art. WW& da ei >WGW.

 "rt# BB 4 65 " amorti3a+)o consiste na distribui+)o aosacionistas, a título de antecipa+)o e sem redu+)o docapital social, de quantias que lhes poderiam tocar emcaso de liquida+)o da companhia#

4 85 " amorti3a+)o pode ser inte(ral ou parcial e abran(er todas as classes de a+9es ou s uma delas#

2uando um acionista tem suas aç9es amorti(adas& troca sua aç$o ordinria oupre'erencial por aç$o de 'ruiç$o& cu,os direitos ser$o e)uivalentes ")uelesatribu3dos "s aç9es antes da operaç$o. 0e na li)uidaç$o as aç9es valerem maisdo )ue o )ue l4e 'oi pa!o& receber a di'erença. Entretanto& se valerem menos&n$o precisa devolver a di'erença. #$o pa!a correç$o monetria. 5ra(6se a valorpresente o recebido e compara com o )ue os demais scios est$o recebendo.

7or )ue uma compan4ia prev/ a amorti(aç$oL 7ara incentivar o scio. +parecido com os t3tulos de capitali(aç$o.

Amorti(am6se todas as aç9es de uma classe ou através de sorteio.

Amorti(a6se apenas a partir de lucros.

O mesmo scio pode ser sorteado mais de uma ve(.

##. Res!ate:

O res!ate também é previsto no art. WW:

 "rt# BB# O estatuto ou a assembléia2(eral extraordin.ria pode autori3ar a aplica+)o de lucros ou reser!as nores(ate ou na amorti3a+)o de a+9es, determinando as

condi+9es e o modo de proceder2se ' opera+)o#

4 $5 O res(ate consiste no pa(amento do !alor das a+9es para retir.2las de<niti!amente de circula+)o, com redu+)oou n)o do capital social, mantido o mesmo capital, ser.atribuído, quando for o caso, no!o !alor nominal 's a+9esremanescentes#

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+ a operaç$o )ue permite a retirada de aç9es do mercado& possibilitando areduç$o do capital social.

O res!ate é& ent$o& a 'orma como se torna operacional a reduç$o do capitalsocial.

E-iste& porém& res!ate sem diminuiç$o do capital social. #esse caso& tem6seum menor n?mero de aç9es& mantendo6se o capital social o mesmo& o )uesi!ni%ca )ue as aç9es passar$o a ter valor mais alto.

A empresa opera o res!ate por)ue )uer diminuir o n?mero de aç9esdispon3veis no mercado& com o propsito de aumentar o seu valor& ou por)ue)uer diminuir seu capital social.

 5anto o res!ate& )uanto a amorti(aç$o precisam estar previstos no estatuto ouser deliberado em Assembleia Zeral.

###. Reembolso:

O reembolso é previsto no art. W. + operado )uando o acionista e-erce odireito de retirada. 1sso si!ni%ca )ue ser 'eito um balanço a %m de se a'erir ovalor das aç9es& )ue ser pa!o ao acionista. #$o cabe " compan4ia decidir sevai pa!ar& por)ue esse é um direito dos acionistas& sendo uma oposiç$o le!al.Até mesmo por isso& pode ser 'eito a partir do capital social. Esse capitaldever ser reposto& caso contrrio dever ser redu(ido.

 "rt# B&# O reembolso é a opera+)o pela qual, nos casos pre!istos em lei, a companhia pa(a aos acionistas

dissidentes de delibera+)o da assembléia2(eral o !alor desuas a+9es#

 Q o res!ate e a amorti(aç$o s$o 'aculdades da sociedade.

A lei prev/ )ue a compan4ia pode convocar uma assembleia para retirar odireito " retirada& o )ue acontece pelo retrocesso na deliberaç$o )ue levou aoe-erc3cio do direito. Apenas n$o tem direito de retirada )uem votou a 'avor dadeliberaç$o.

O mais importante é o 'ato )ue o reembolso pode atin!ir o capital social.

A lei di( )ue o direito de reembolso ser pa!o pelo valor econ*mico oupatrimonial da aç$o.

c. alores da aç$o:

@ma aç$o possui preço de emiss$o& valor nominal& valor patrimonial& valorecon*mico e valor de mercado.

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7reço de emiss$o é o preço pelo )ual a compan4ia lança novas aç9es nomercado. + o preço da ne!ociaç$o primria da aç$o& ou se,a& )uando éalienada pela primeira ve(. A lei estabelece )ue o preço de emiss$o de umaaç$o ser& no m3nimo& i!ual ao valor nominal ;art. S<. #o m3nimo por)ue podeser um valor maior. O valor m-imo& por sua ve(& é o valor de mercado& por)ue

se o mercado n$o aceitar o valor& a aç$o n$o ser comprada. Esse limitem-imo& porém& n$o é previsto pela lei.

7reço de emiss$o é o limite da responsabilidade do acionista. 0e ele ,inte!rali(ou o valor& n$o é responsvel por nada.

alor nominal é o capital social dividido pelo n?mero de aç9es& ou se,a& oe)uivalente da aç$o no capital social.

alor de mercado dispensa e-plicaç9es.

alor patrimonial é o patrim*nio l3)uido dividido pelo n?mero de aç9es.

alor econ*mico 'oi introdu(ido em ==H com a re'orma da ei >WGW. + apuradopor meio de empresas especiali(adas e leva em consideraç$o o valorpatrimonial& o valor de mercado e a perspectiva econ*mica do ne!cio.#ormalmente se utili(a o Iu-o de cai-a descontado para se atin!ir esse valor.

Acontece )ue "s ve(es o valor econ*mico é maior )ue o valor de mercado.

#o caso do reembolso& a lei determina )ue o acionista ser pa!o pelo valorpatrimonial ou pelo valor econ*mico& dependendo do )ue 'or estabelecido peloestatuto.

A lei n$o prev/& mas 4 )uem entenda )ue apenas se pode alterar a previs$ode estatuto )uanto ao valor a ser pa!o pelas aç9es no direito de retirada pordeliberaç$o un8nime.

+ poss3vel )ue al!uém )ue ten4a interesse em comprar as aç9es contrateal!uém para avali6las. Deve& portanto& 4aver consentimento da empresa.

34. Ac#o%#!ta!) ateo#a!) m#%o#a e co%tole. D#e#to "a! m#%o#a!.

@u$o "e co%tole e aco"o "e ac#o%#!ta!.

E-istem duas cate!orias de acionistas )ue t/m papel muito distinto em uma0.A: os )ue inte!ram o bloco de controle& c4amados de ma,oritrios& e a)ueles)ue n$o inte!ram o bloco de controle& c4amados de minoritrios.

A de%niç$o le!al de controle aparece no art. > da ei >WGW:

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 "rt# $$F# Entende2se por acionista controlador a pessoa,natural ou jurídica, ou o (rupo de pessoas !inculadas por acordo de !oto, ou sob controle comum, que0

aJ é titular de direitos de scio que lhe asse(urem, demodo permanente, a maioria dos !otos nas delibera+9esda assembléia2(eral e o poder de ele(er a maioria dosadministradores da companhia* e

bJ usa efeti!amente seu poder para diri(ir as ati!idadessociais e orientar o funcionamento dos r()os dacompanhia#

-ar.(rafo /nico# O acionista controlador de!e usar o poder com o <m de fa3er a companhia reali3ar o seu objeto ecumprir sua fun+)o social, e tem de!eres eresponsabilidades para com os demais acionistas daempresa, os que nela trabalham e para com a comunidadeem que atua, cujos direitos e interesses de!e lealmenterespeitar e atender#

O controle& mais do )ue de direito& é 'tico. Em ?ltima anlise& o acionista podeter a maior parte das aç9es& mas ser omisso& n$o tendo o controle. Estepressup9e e-erc3cio.

7ela l!ica& )uem tem mais aç9es tem mais votos e mais poder. 7orém& a 0.Atrabal4a com aç9es sem direito a voto& o )ue )uebra a l!ica& por)ue podee-istir al!uém )ue n$o tem a maior parte das aç9es& mas tem o controle.

O controle n$o est associado ao n?mero de aç9es. + um poder.

2uem tem controle deve ser disciplinado de 'orma diversa. 1sso por)ue nemsempre )uem tem o controle tem o maior risco.

7oder e risco se encontram dissociados na 0.A.& de 'orma )ue se deve !arantir)ue o controlador n$o abuse. Em uma limitada n$o e-iste essa dissociaç$o.

#o direito societrio& maioria nem sempre pode ser utili(ada como sin*nimo decontrole.

30.10.2013 : e%tea $a$e

31.10.2013

34. Ac#o%#!ta!) ateo#a!) m#%o#a e co%tole. D#e#to "a! m#%o#a!.@u$o "e co%tole e aco"o "e ac#o%#!ta! : co%t#%uação.

a. Controlador – é )uem tem o poder de conduç$o da sociedade.

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Muitas ve(es& n$o é )uem tem mais aç9es. E-iste uma ruptura no bin*miorisco6poder& 4avendo uma separaç$o entre poder e risco. 7or isso )ue ocontrolador deve ser pensado como um acionista )ue tem caracter3sticasdi'erentes da)uelas atribu3das aos demais scios.

A primeira lei )ue recon4eceu a separaç$o entre risco e poder 'oi a ei das 0.A.

7recursor do estudo do controle 'oi Bbio Comparato – livro “5eoria daMacroempresa”.

O controle sur!iu diante da possibilidade do controlador n$o ser )uem tem amaior parte das aç9es& )uem corre o maior risco.

#. #oç$o:

A ei >WGWYH>& no art. >& ent$o& determina )uem é o controlador.

7ode ser pessoa '3sica ou ,ur3dica& estando so(in4a ou unida com outras. Ocontrolador deve ter votos )ue l4e !arantam permanentemente vencer asdeliberaç9es e ele!er a maior parte dos administradores. A lei n$o di( )ual é opercentual de aç9es )ue deve o controlador ter. Depende muito da situaç$oconcreta. Ainda& deve o controlador usar e'etivamente o seu poder dedeliberar. 1sso si!ni%ca )ue controle n$o é um conceito terico& mas simprtico. A pessoa& ent$o& pode ter a maior parte das aç9es com direito a voto en$o ser controlador& por)ue n$o participa das deliberaç9es. #esse caso&controlador é )uem detém a se!unda maior parte das aç9es& desde )ueparticipe das deliberaç9es.

Esse ?ltimo re)uisito 'tico – e-erc3cio e'etivo do direito ao voto – é essencialpara de%nir controle.

A pessoa )ue detém o controle n$o precisa de autori(aç$o& ,ustamente por ser'tico.

Destaca6se )ue as aç9es )ue constituem o !rupo de controle possuem maiorvalor& pois levam consi!o o poder.

+ importante caracteri(ar o controlador n$o apenas pelos poderes e deveres)ue l4e s$o incumbidos& mas também por ser )uem detém o controle.

0er ma,oritrio& ent$o& n$o é re)uisito para ser controlador.

##. 7oderes e deveres:

7ar!ra'o ?nico& art. >.

-ar.(rafo /nico# O acionista controlador de!e usar o poder com o <m de fa3er a companhia reali3ar o seu objeto e

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cumprir sua fun+)o social, e tem de!eres eresponsabilidades para com os demais acionistas daempresa, os que nela trabalham e para com a comunidadeem que atua, cujos direitos e interesses de!e lealmenterespeitar e atender#

O controlador deve& ent$o& conciliar uma !ama muito !rande de obri!aç9es)ue l4e s$o impostas: ob,etivos& interesses dos outros acionistas& comunidade&'unç$o social e trabal4adores.

As 0.A s$o consideradas& no direito brasileiro& sociedades institucionais.0i!ni%ca )ue é uma or!ani(aç$o )ue transcende o interesse dos acionistas.Essa teoria é 4erdada do direito alem$o desenvolvido no per3odo entre !uerras.A ideia dessa teoria institucionalista era )ue as empresas 'ossem instrumentode construç$o nacional. 7ara isso& era preciso admitir )ue as empresas t/m'unç9es )ue v$o além da produç$o de bens& serviços e lucros& voltados "

'unç$o institucional da empresa. #unca& porém& a empresa alem$ c4e!ou a sercobrada de 'orma t$o intensa como a )ue su!ere a teoria alem$. O 'oco daempresa sempre 'oi a busca do lucro. Assim& devem ambos os ob,etivos seremconciliados.

Rat4eneau é %!ura central na teoria institucional. Arti!o na RDM.

A)ui no Jrasil sempre se comentou )ue essa teoria 'oi introdu(ida pela ei>WGW. 5odos os ob,etivos do controlador s$o estendidos aos administradores.

O art. H& por sua ve(& tra( al!umas condutas consideradas&aprioristicamente& como condutas )ue podem !erar danos& em relaç$o "previs$o do par!ra'o ?nico do art. >. Essas condutas n$o s$o numerosclausus. Em s3ntese& al!umas delas: alteraç$o do estatuto contrria " lei&contratar com a empresa em condiç9es des'avorveis& ele!er pessoas inaptaspara o car!o de administrador& etc. Destaca6se a ?ltima al3nea& inclu3da em =H&)ue di( )ue é abusivo )uando o controlador tra(& para a inte!rali(aç$o docapital social& um bem )ue n$o ten4a nen4uma relaç$o com o ob,eto deatividade da empresa. 0e a lei 'oi re'ormada para incluir esse dispositivo&certamente 'oi por)ue essas condutas eram 're)uentes.

A )uest$o é de%nir o )ue seria a 'unç$o social da empresa. 7orém& como se

obri!a o empresrio a ter uma vis$o socialL Através da lei.A in!er/ncia no econ*mico deve sempre ser ponderada& pois deve ser pensadoo impacto.

A lei n$o di( )uem tem le!itimidade para invocar esses danos e n$o estabelecepenas. Desta 'orma& os dispositivos ora tratados possuem e%ccia muito

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restrin!ida. 7or isso )ue essa norma e-iste desde H> e& até a CB de FF& 'oii!norada.

0$o dispositivos importantes& de norte 4ermen/utico& mas de di'3cil aplicaç$o.

@ma empresa )ue 'a( um pro!rama de demiss$o voluntria em Curitiba&

por)ue pretende construir outra sede em 0C& mantendo a paranaense. 2uemtitula o maior interesse coletivo: o sindicato )ue )uer a'astar o 7D ou 0C )uedepende do 7DL

###. Acordo de acionistas – art. F.

O art. > di( )ue o controle pode decorrer de um acordo.

Acordo de acionistas é uma modalidade contratual& )ue n$o é estatuto& nemcontrato social. + um contrato parassocietrio& )ue est 'ora da sociedade& mas)ue versa sobre ela.

7ode ser adotado por )ual)uer modelo de sociedade& mesmo estandodisciplinado pela ei das 0.A.

A partir dele& os acionistas combinam voto e passam a votar ,untos. s ve(es& ,ustamente por votarem ,untos& é )ue os acionistas t/m o controle.

A& J e C possuem& ,untos& WHX das aç9es. Os outros SX encontram6sedispersos no mercado. O 'ato dos tr/s primeiros& ent$o& estarem or!ani(ados!arante )ue eles ten4am o controle. Ainda& se se unissem a mais um acionista&c4e!ando a X das aç9es& teriam o controle absoluto.

Eventuais oscilaç9es de poder n$o caracteri(am o controle. Este deve serperene. 0e nen4um dos acionistas participar das deliberaç9es& osadministradores detém o controle.

O acordo de acionista permite )ue os acionistas votem ,untos. Al!uns pa3sesn$o aceitam esse tipo de acordo& como a 1tlia. A ,usti%cativa é )ue ele !eraum conluio& n$o sendo poss3vel obri!ar al!uém a votar de certa 'orma. 7oroutro lado& a)ueles )ue admitem e de'endem a e-ist/ncia do acordo di(em eleser aceitvel por)ue permite )ue terceiros saibam da sua e-ist/ncia. Ademais&podem se unir para )ue se,a mantido um bloco de controle )ue se,a preci%cadono mercado.

E-istem reuni9es prévias& em )ue se decide )ual ser o voto.

Dentro do acordo& o voto é per capta.

Como o acordo é um contrato e estes tem a liberdade de conte?do& )ual)uermatéria l3cita pode ser nele prevista. 7orém& apenas produ(em os e'eitos doart. F as matérias nele previstas.

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O documento deve estar ar)uivado na sede da empresa.

S#tuação 1) o si!natrio do acordo n$o comparece " assembleia 6 T=U.

4 =o O n)o comparecimento ' assembléia ou 's reuni9esdos r()os de administra+)o da companhia, bem como as

absten+9es de !oto de qualquer parte de acordo deacionistas ou de membros do conselho de administra+)oeleitos nos termos de acordo de acionistas, asse(ura '

 parte prejudicada o direito de !otar com as a+9es pertencentes ao acionista ausente ou omisso e, no caso demembro do conselho de administra+)o, pelo conselheiroeleito com os !otos da parte prejudicada#

Ocorreu re'orma da lei& por)ue na prtica se percebeu )ue o problema doacordo era sua e'etividade.

 As conse)u/ncias do acordo se produ(em nas assembleias& mas também noconsel4o de administraç$o.

O acionista )ue n$o comparece " assembleia ou comparece& mas dei-a devotar& pode ter seu direito ao voto e-ercido pelos demais acordantes.

S#tuação 2: o si!natrio comparece e vota de 'orma contrria 6 TFU.

4 o O presidente da assembléia ou do r()o cole(iado dedelibera+)o da companhia n)o computar. o !oto proferidocom infra+)o de acordo de acionistas de!idamente

arqui!ado#

0e o acionista votar contra os acordantes& seu voto n$o ser computado. Asoluç$o dada pela lei n$o é boa& por)ue& "s ve(es& sem o c*mputo de seu voton$o se atin!e a maioria.

Os acordos podem ou n$o ter pra(os. 7orém& é muito ruim )ue n$o ten4ampra(o& por)ue as pessoas mudam de ideia.

Caso um dos acionistas acordantes venda suas aç9es& o comprador estarvinculado ao acordo.

As deliberaç9es prévias t/m ata& para )ue a decis$o acordada se,acomprovada.

K um representante do acordo perante a compan4ia.

A"m#%#!tação "a Soc#e"a"e A%,%#ma)

a. Estrutura

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A sociedade an*nima tem uma estrutura administrativa comple-a e cara. 0evoc/ tem uma limitada& os balanços precisam ser publicados& precisa 4averconsel4o deliberativo& etc.

A 0.A possui uma comple-a estrutura administrativa. Com os devidos reparos&a 0.A tem uma estrutura parecida com o Estado. Este é tripartite: e-ecutivo&le!islativo e ,udicirio. Da mesma 'orma& a 0.A.

A 0.A tem um poder e-ecutivo& o dever de %scali(ar ;,udicirio< e possibilidadede alterar o estatuto ;poder le!islativo<. 2uem comp9e o e-ecutivo é adiretoria e o consel4o de administraç$o. O consel4o %scal comp9e o poder de%scali(ar. E as assembleias !erais comp9e a possibilidade de alteraç$o doestatuto. A ideia é )ue se,am aut*nomos& porém e)uilibrados& um controlandoo outro. O maio representativo é a assembleia& e o e-ecutivo é )uem detémmais poder.

A 0.A reIete a estrutura do pa3s em )ue est instalada.

35. A!!embl6#a @eal. A!!embl6#a @eal O"#%+#a. Pecul#a#"a"e!.om$et%c#a. -omal#"a"e!

Começaremos o estudo da estrutura por ela.

+& em teoria& a estrutura mais democrtica. #a prtica& n$o é bem assim.

7odem ser de duas modalidades: assembleias !erais ordinria e e-traordinria.A di'erença é a compet/ncia e a e-traordinariedade. A ordinria deveacontecer uma ve( por ano nos )uatro meses posteriores ao término do

e-erc3cio %nanceiro. #ormalmente& este acaba no dia S de de(embro. Acompet/ncia é s a de%nida em lei. A e-traordinria& por sua ve(& ocorre a)ual)uer tempo& podendo deliberar sobre )ual)uer assunto )ue n$o a)uelesdestinados " ordinria.

05.11.2013

35. A!!embl6#a @eal. A!!embl6#a @eal O"#%+#a. Pecul#a#"a"e!.

om$et%c#a. -omal#"a"e!

7ode ser convocada para deliberar sobre todos os ne!cios ob,eto da

compan4ia. As assembleias !erais e-traordinria e a ordinria seriam& em!eral& os principais r!$os de deliberaç$o da 0.A. Em !eral& por)ue acabamprevalecendo os r!$os de administraç$o e %scali(aç$o.

A assembleia pode deliberar sobre )ual)uer assunto de interesse dacompan4ia. Entretanto& e-istem assuntos )ue apenas podem ser deliberadosem assembleia& sendo matéria e-clusiva. + e-atamente sobre esses temas decompet/ncia privativa )ue disp9e o at. 122.

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Esses temas apenas podem ser deliberados em assembleia. A!ora& s$o apenasesses temas )ue podem ser deliberados em assembleia: #$o. Elas podemdeliberar sobre )ual)uer tema relacionado com o ob,eto da compan4ia.

#. Convocaç$o:

7recisam ser convocadas na 'orma da lei. O art. NS tra( a se!uinte norma:)uem tem a compet/ncia ori!inaria para convocar a assembleia !eral é oconsel4o de administraç$o. 7orém& e-istem compan4ias )ue n$o possuemconsel4o de administraç$o& nestes casos& a compet/ncia é da diretoria. Emal!umas outras 4ipteses& a compet/ncia passa para o consel4o %scal&acionistas& acionistas )ue representem X do capital social& X do capitalrotante ou X dos scios sem direito a voto.

 "rt# $68# Compete ao conselho de administra+)o, sehou!er, ou aos diretores, obser!ado o disposto noestatuto, con!ocar a assembléia2(eral#

-ar.(rafo /nico# " assembléia2(eral pode também ser con!ocada0

aJ pelo conselho <scal, nos casos pre!istos no n/mero @,do arti(o $F8*

bJ por qualquer acionista, quando os administradoresretardarem, por mais de F% IsessentaJ dias, a con!oca+)onos casos pre!istos em lei ou no estatuto*

cJ por acionistas que representem cinco por cento, nomínimo, do capital social, quando os administradores n)oatenderem, no pra3o de oito dias, a pedido de con!oca+)oque apresentarem, de!idamente fundamentado, comindica+)o das matérias a serem tratadas* IMeda+)o dada

 pela Pei n5 =#B&;, de $==;J

dJ por acionistas que representem cinco por cento, nomínimo, do capital !otante, ou cinco por cento, no mínimo,dos acionistas sem direito a !oto, quando osadministradores n)o atenderem, no pra3o de oito dias, a

 pedido de con!oca+)o de assembléia para instala+)o doconselho <scal#

0e 'or para convocar uma assembleia obri!atria& como é o caso da ordinria&mas ela n$o 'or convocada por )uem deveria 'a(/6lo& a lei di( )ue )ual)ueracionista poder convoc6la. Q no caso das assembleias n$o obri!atrias&)ual)uer pessoa pode convoc6las.

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O art. NW determina )ue para se convocar uma assembleia& o an?ncio precisaser publicado tr/s ve(es& com anteced/ncia m3nima de F dias na compan4ia'ec4ada e dias na compan4ia aberta.

Os re)uisitos devem ser cumpridos para )ue a Assembleia aconteça da 'ormaprevista pela lei. A lei prev/ a possibilidade de saneamento da irre!ularidadede 'orma. 1sso é uma e-ceç$o& por)ue normalmente o desrespeito " 'orma !eranulidade& o )ue é insanvel. Essa possibilidade aparece no art. NW& TWU. A leiprev/ )ue mesmo n$o sendo cumprida a 'orma& a assembleia se,a vlida setodos os acionistas estiverem nela presentes.

###. Bormalidades:

E-istem dois )uoruns: de instalaç$o e de deliberaç$o. A)uele é o )ue permite aabertura da Assembleia& en)uanto este é o necessrio para a votaç$o.

O art. N determina )ue o )uorum de instalaç$o& em primeira convocaç$o& é

YW do capital votante. Em se!unda convocaç$o& )ual)uer n?mero depresentes. 1mportante destacar o par!ra'o ?nico deste dispositivo )ue!arante )ue )ual)uer acionista tem direito a participar de uma assembleia&com direito a voto ou n$o. Assim& os pre'erencialistas podem participar daassembleia& sendo )ue apenas seus votos n$o ser$o computados.

Acionistas podem ser representados na assembleia por meio de procurador 6TU do art. N>. A procuraç$o deve ser nova& o )ue si!ni%ca )ue ela deve serde menos de um ano. Ademais& podem ser procuradores um acionista ou umadministrador da compan4ia ou um advo!ado. + l!ico )ue o procurador develevar " assembleia sua procuraç$o.

E-iste um livro de presença )ue ser assinado pelos presentes. Os trabal4osser$o condu(idos pelo presidente& sendo )ue uma ata a seu respeito seranotada& devendo ser levada a re!istro.

A lei estabelece& no art. N=& )ue o )uorum comum de aprovaç$o é de maioriaabsoluta de votos& n$o computados os votos em branco. A lei c4ama demaioria absoluta& mas é da)uela )ue estamos acostumados a lidar. Maioriaabsoluta na ei >WGW é a)uela )ue n$o considera votos em branco. Este é o)uorum !eral das deliberaç9es.

A!!emble#a @eal O"#%+#a)

#. Compet/ncia

 5em a compet/ncia e a periodicidade %-adas pela lei.

A periodicidade é anual& sendo obri!atoriamente reali(ada todo ano nos )uatromeses aps o término do e-erc3cio social.

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0e n$o 'or reali(ada& )ual)uer acionista pode convoc6la e o administrador )uedei-ou de o 'a(er 'eriu um dever& podendo ser responsabili(ado.

A ess/ncia de sua compet/ncia é tra(ida pelo art. SN& 4avendo 4iptesee-cepcional no art. =.

Deve6se aprovar relatrio& balanço e contas& decidir )ue parte do lucro serpartil4ada e o )ue compor o 'undo& a ocupaç$o de car!os )ue eventualmenteeste,am va!os.

0e tiver )ual)uer outro assunto para ser deliberado& deve ser convocadatambém a assembleia !eral e-traordinria.

#a imitada& )ual)uer matéria pode ser deliberada. 1sso é uma evoluç$o daltda.

Dentre as matérias da assembleia ordinria& o mais relevante é a anlise das

contas e balanços. @m m/s antes da data da assembleia& os documentosdevem ser disponibili(ados para os scios& %cando dispon3veis na sede daempresa. Os acionistas podem pedir )ue enviem cpias "s suas resid/ncias.

Obri!atoriamente& um administrador e um auditor& caso 4a,a& este,ampresentes na assembleia para esclarecer d?vidas dos acionistas.

O ato de aprovaç$o das obri!aç9es %nanceiras é muito importante& por)ue é apartir disso )ue começa a correr o pra(o prescricional de GN anos para )uepossa a aç$o ser proposta contra os administradores.

Reali(ada a assembleia& a ata ser %rmada e levada a re!istro. @ma ve(re!istrada& )ual)uer pessoa pode ter acesso ao seu conte?do.

07.11.2013 : ;alte#= aula RaX#.

37. A!!embl6#a @eal E>tao"#%+#a. -omal#"a"e!. om$et%c#a.Vuoum ual#Jca"o.

#. Compet/ncia

+ apta a deliberar sobre )ual)uer assunto de interesse da sociedade )ue n$ose,a da compet/ncia da ordinria. 7or isso n$o 4 dispositivo )ue di!a )ual é acompet/ncia.

O arti!o S começa 'alando da re'orma do estatuto& porém esta n$o é ?nicamatéria )ue a assembleia e-traordinria pode tratar.

##. 2urum 

K previs$o de um )urum )uali%cado em al!umas matérias. De al!umasdessas matérias sur!e o direito de retirada& )ue é bastante e-cepcional na 0.A.

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2urum comum de instalaç$o é de k do capital social. 0e 'or para a re'ormado estatuto o )urum é NYS do capital social com direito a voto para ainstalaç$o de assembleia. + um )urum especial. 7orém& em se!undaconvocaç$o& )ual)uer n?mero.

 "rt# $8&# " assembléia2(eral extraordin.ria que ti!er por 

objeto a reforma do estatuto somente se instalar. em primeira con!oca+)o com a presen+a de acionistas querepresentem 6H8 Idois ter+osJ, no mínimo, do capital comdireito a !oto, mas poder. instalar2se em se(unda comqualquer n/mero#

4 $o Os atos relati!os a reformas do estatuto, para!alerem contra terceiros, <cam sujeitos 's formalidadesde arqui!amento e publica+)o, n)o podendo, toda!ia, afalta de cumprimento dessas formalidades ser oposta,

 pela companhia ou por seus acionistas, a terceiros de boa2fé#

4 6o "plica2se aos atos de reforma do estatuto o dispostono arti(o =; e seus 44 $o e 6S e no arti(o = e seu 4 $o#

4 8o Os documentos pertinentes ' matéria a ser debatidana assembléia2(eral extraordin.ria de!er)o ser postos 'disposi+)o dos acionistas, na sede da companhia, por ocasi)o da publica+)o do primeiro an/ncio de con!oca+)oda assembléia2(eral#

###. 2urum )uali%cado

Como re!ra& as aprovaç9es na 0.A. se processam por maioria de votos& a leic4ama de maioria absoluta& mas si!ni%ca )ue n$o s$o computados os votosem branco. 7orém& determinadas matérias dependem de )urum especial paraaprovaç$o – )urum )uali%cado.

Ele e-i!e a aprovaç$o por metade das aç9es com direito a voto. E mais: oarti!o S> prev/ )ue para essas matérias o )urum pode ser mais alto se 'orde%nido no estatuto das 0.A. 'ec4adas.

1ma!inemos uma 0.A. )ue ten4a SG aç9es com direito a voto. 7reciso de . 5ambém n$o tem empate – a metade aprova. 0$o matérias )ue a lei pensacomo matérias importantes na vida da sociedade.

 Art. !/0.  7 necess.ria a apro!a+)o de acionistas querepresentem metade, no mínimo, das a+9es com direito a!oto, se maior quorum n)o for exi(ido pelo estatuto dacompanhia cujas a+9es n)o estejam admitidas '

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ne(ocia+)o em bolsa ou no mercado de balc)o, paradelibera+)o sobre0

$ 2 cria+)o de a+9es preferenciais ou aumento de classe dea+9es preferenciais existentes, sem (uardar propor+)ocom as demais classes de a+9es preferenciais, sal!o se j.

 pre!istos ou autori3ados pelo estatuto*

$$ 2 altera+)o nas preferncias, !anta(ens e condi+9es deres(ate ou amorti3a+)o de uma ou mais classes de a+9es

 preferenciais, ou cria+)o de no!a classe mais fa!orecida*

#as 4ipteses do inc. 1 e 11 4 necessidade de aprovaç$o dos sciospre'erenciais.

$$$ 2 redu+)o do di!idendo obri(atrio*

$1 2 fus)o da companhia, ou sua incorpora+)o em outra*

Bus$o é )uando duas empresas se unem para 'ormar uma terceira.1ncorporaç$o é uma cia , e-istente )ue incorpora a outra& a )ual desparece.

1 2 participa+)o em (rupo de sociedades Iart# 6F&J* 

As sociedades "s ve(es& por estraté!ia& começam a so'rer orientaç$o e-terna&)ue é uma orientaç$o do !rupo de sociedades. 1sso pressup9e )ue a conduç$ovai ser unitria – em proveito do !rupo. 7ortanto& inter'ere no direito dassociedades.

1$ 2 mudan+a do objeto da companhia*

+ o inciso mais importante. 7or)ue é mudança mais importante – o ob,eto é a

atividade desempen4ada da sociedade. @ma 'ec4ada pode e-istir até umaunanimidade.

1$$ 2 cessa+)o do estado de liquida+)o da companhia*

Essa assembleia& )ue ,ul!a encerrada a li)uidaç$o& depende de )urum)uali%cado.

1$$$ 2 cria+)o de partes bene<ci.rias*

0$o valores mobilirios – aç9es& partes bene%cirias& b*nus. + um t3tulo emitidopela cia.

$2  2 cis)o da companhia* 2  2 dissolu+)o da companhia#

3(. D#e#to "e Ret#a"a. A%+l#!e "o at. 135 e 137. Mo"#Jcaçe! "aRe;oma

+ o direito do scio discordante de determinada deliberaç$o de pedir para sairda sociedade. 2uem é )ue vai pa!6loL A sociedade. O direito de retirada d odireito do scio ter as suas aç9es reembolsadas – direito de reembolso& o )ual

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ser pa!o pela cia& considerando6se o valor patrimonial ou o valor econ*micoda aç$o.

O direito de retirada tem )ue ser e-ercido no pra(o de SG dias do re!istro daata da )ual consta a deliberaç$o. + um direito decadencial.

Quem pode exerc2lo? 5odos os acionistas )ue n$o aprovaram a deliberaç$o. 1sso inclui ospre'erenciais& os com direito a voto& porém minoritrios& isto inclui )uem 'altouno dia da deliberaç$o& ou veio no dia da deliberaç$o& mas pediu para se absterou votou contra.

Em uma deliberaç$o& um ou dois acionistas e-ercerem direito de retirada n$otem problema. Mas se os acionistas pedem em massa o direito de retirada& acia ter di%culdade em pa!ar o reembolso. 7ortanto& é considerado um direitodas minorias – n$o é s um direito de receber o din4eiro& mas um direito deinter'erir na deliberaç$o& visto )ue a cia pode 'a(er outra assembleia e

retroceder na deliberaç$o e o direito de retirada perde a e%ccia. + um ato de'orça da minoria.

Como o acionista é pa(o?

A lei n$o di(. 0 'ala em valor econ*mico e patrim*nio l3)uido. 2uando daelaboraç$o do estatuto é bom contemplar esse )uesito.

#$o é bom para a cia. Estamos tratando de sociedades an*nimas. O )uesi!ni%ca )ue é um direito raro& apenas em 4ipteses e-cepcionais. O acionista)ue n$o est satis'eito pode simplesmente vendes suas aç9es& em princ3pio& émais 'cil vender do )ue na tda.

Matérias )ue atribuem potencial direito de retirada: 'us$o& incorporaç$o&reduç$o de dividendo& cis$o ;...<.

 Art. !/3. " apro!a+)o das matérias pre!istas nos incisos 1a @1 e 1U do art# $8F d. ao acionista dissidente o direito deretirar2se da companhia, mediante reembolso do !alor dassuas a+9es Iart# B&J, obser!adas as se(uintes normas0

$ 2 nos casos dos incisos 1 e 11 do art# $8F, somente ter.direito de retirada o titular de a+9es de espécie ou classe

 prejudicadas*

11 2 nos casos dos incisos 1@ e @ do art# $8F, n)o ter. direitode retirada o titular de a+)o de espécie ou classe quetenha liquide3 e dispers)o no mercado, considerando2seha!er0

A li)uide( é relacionada ao n?mero de aç9es dispon3veis para ne!ociaç$o nomercado. Dispers$o é associada ao volume de aç9es concentradas com ocontrolador. @ma cia com aç9es dispersas é a)uela em )ue o controlador n$o

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tem muitas aç9es. #$o podem nem ter li)uide( nem ter dispers$o. + uma leibem restritiva.

Vua%to ao #%c#!o I= mu"a%ça "e objeto= a le# %ão $e* %e%umeu#!#to= $oue *ale o "#e#to "e et#a"a eal.

a4  liquide3, quando a espécie ou classe de a+)o, oucerti<cado que a represente, inte(re índice (eralrepresentati!o de carteira de !alores mobili.rios admitido' ne(ocia+)o no mercado de !alores mobili.rios, no rasilou no exterior, de<nido pela Comiss)o de @aloresGobili.rios* e

b4 dispers)o, quando o acionista controlador, a sociedadecontroladora ou outras sociedades sob seu controledeti!erem menos da metade da espécie ou classe dea+)o*

$$$ #  no caso do inciso 1U do art# $8F, somente ha!er.direito de retirada se a cis)o implicar0

aJ mudan+a do objeto social, sal!o quando o patrim:niocindido for !ertido para sociedade cuja ati!idade

 preponderante coincida com a decorrente do objeto socialda sociedade cindida*

bJ redu+)o do di!idendo obri(atrio* ou

cJ participa+)o em (rupo de sociedades* 

A cis$o é )uando uma cia resolve )uebrar o seu ob,eto& 'ormando novas cias&

criando uma cabeça para o !rupo& uma 4oldin!. 0 ocorre se a cis$o 'oracompan4ada de mudança de ob,eto& 'ormaç$o de !rupo ou reduç$o dodividendo obri!atrio.

0e aconteceu uma cis$o& sem essas 4ipteses& n$o cabe o direito de retirada.Jasta a pessoa ter sido contra a cis$o e )ue ten4a ocorrido uma dessas tr/s4ipteses para ter direito de retirada.

$1 2 o reembolso da a+)o de!e ser reclamado ' companhiano pra3o de 8% ItrintaJ dias contado da publica+)o da atada assembléia2(eral*

1   2 o pa(amento do reembolso somente poder. ser exi(ido aps a obser!Rncia do disposto no 4 8o e, se for ocaso, da rati<ca+)o da delibera+)o pela assembléia2(eral#

1 2 o pra3o para o dissidente de delibera+)o deassembléia especial Iart# $8F, 4 $5J ser. contado da

 publica+)o da respecti!a ata*

1$ 2 o pa(amento do reembolso somente poder. ser 

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exi(ido aps a obser!Rncia do disposto no 485 e, se for ocaso, da rati<ca+)o da delibera+)o pela assembléia2(eral#

4 $5 O acionista dissidente de delibera+)o da assembléia,inclusi!e o titular de a+9es preferenciais sem direito de!oto, poder. exercer o direito de reembolso das a+9es de

que, compro!adamente, era titular na data da primeira publica+)o do edital de con!oca+)o da assembléia, ou nadata da comunica+)o do fato rele!ante objeto dadelibera+)o, se anterior#

4 65 O direito de reembolso poder. ser exercido no pra3o pre!isto nos incisos 1@ ou @ do caput deste arti(o,conforme o caso, ainda que o titular das a+9es tenha seabstido de !otar contra a delibera+)o ou n)o tenhacomparecido ' assembléia#

4 85

 

Nos $% Ide3J dias subseqentes ao término do pra3ode que tratam os incisos 1@ e @ do caput deste arti(o,conforme o caso, contado da publica+)o da ata daassembléia2(eral ou da assembléia especial que rati<car adelibera+)o, é facultado aos r()os da administra+)ocon!ocar a assembléia2(eral para rati<car ou reconsiderar a delibera+)o, se entenderem que o pa(amento do pre+odo reembolso das a+9es aos acionistas dissidentes queexerceram o direito de retirada por. em risco aestabilidade <nanceira da empresa#

4 B5 ecair. do direito de retirada o acionista que n)o oexercer no pra3o <xado#

#$o interessa a motivaç$o do scio.

#. Bormalidades:

+ a mesma da assembleia ordinria. A)ui também vale a norma de )ue setodos os acionistas estiverem presentes %ca sanada a nulidade.

3<. o%!elo "e A"m#%#!tação e D#eto#a. At#bu#çe!= com$o!#ção=com$et%c#a= emu%eação e ;omal#"a"e!.

+ obri!atrio na 0.A. aberta e nas sociedades de economia mista. + 'acultativo

na 0.A. 'ec4ada.

0erve para ditar os !randes rumos da sociedade. Os planos& as estraté!ias.

A lei prev/ dois r!$os de !est$o direta: a diretoria e o consel4o deadministraç$o. + bicameral.

O consel4o de administraç$o era o n?cleo de preservaç$o de poder dosacionistas. A ei >WGW até NG e-i!ia )ue os consel4eiros de administraç$o

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'ossem acionistas. Q a diretoria seria o r!$o técnico. Mas o consel4o deadministraç$o era uma reserva de poder para os acionistas. A ideia era essa.Os diretores podiam ser acionistas ou n$o. Entretanto& em NG a lei 'oimudada.

A e-i!/ncia 'oi tirada por)ue na prtica era muito comum se 'orçar uma

situaç$o para )ue al!uém se tornasse consel4eiro – as cias atribu3am uma aç$opara al!uém para ele poder ser consel4eiro. Em NG passou a n$o se e-i!irmais. Ko,e podem ser consel4eiros de administraç$o acionistas ou n$o. Mascontinua bicameral. 7orém as atribuiç9es s$o di'erentes.

#. Composiç$o)

0er composto por no m3nimo S inte!rantes. O n?mero m-imo é de%nido peloestatuto. o!o& para saber o n?mero de consel4eiros numa 0.A. é preciso ol4aro estatuto.

O mandato é de no m-imo GS anos& mas é permitida a reeleiç$o ilimitada.

Ele tem )ue se reunir 'ormalmente. 5em 'orma de convocaç$o. As 'ormalidadesest$o no estatuto e n$o na lei.

As deliberaç9es s$o tomadas por maioria& salvo )uando estatuto e-i!ir de'orma diversa.

7ar!ra'o ?nico& do arti!o WG – prev/ a possibilidade de participaç$o dosrepresentantes dos empre!ados.

7 bom que se tenha empre(ados no conselho?  

1sso motiva os empre!ados a se sentirem mais inte!rados. 2uando isso vira

um problemaL 2uando se pretende diminuir o n?mero dos empre!ados& pore-emplo. 0obretudo& se torna problema )uando o representante dosempre!ados n$o se separa da sua vis$o sindicalista. #esse car!o ele se tornaadministrador& precisa perder a vis$o de empre!ado.

Al!uns car!os s$o eleitos e outros s$o nomeados.

-ar.(rafo /nico# O estatuto poder. pre!er a participa+)ono conselho de representantes dos empre(ados,escolhidos pelo !oto destes, em elei+)o direta, or(ani3ada

 pela empresa, em conjunto com as entidades sindicais queos representem#

A lei prev/ o voto m?ltiplo no art. W. + atribuir a cada aç$o com direito a vototantos votos )uantos 'orem os car!os va!os no consel4o de administraç$o. 0para eleiç$o da)uele car!o. A lei possibilita desde )ue se,a re)uerido pelosacionistas.

 "rt# $B$# Na elei+)o dos conselheiros, é facultado aosacionistas que representem, no mínimo, %,$ Ium décimoJ

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do capital social com direito a !oto, esteja ou n)o pre!istono estatuto, requerer a ado+)o do processo de !otom/ltiplo, atribuindo2se a cada a+)o tantos !otos quantossejam os membros do conselho, e reconhecido aoacionista o direito de cumular os !otos num s candidato

ou distribuí2los entre !.rios#

7or )ue e-iste o voto m?ltiploL

A ideia era dar mais poder "s minorias. Mas ele é muito pouco usado& por)uematematicamente n$o tem muito resultado.

0e um consel4eiro é eleito por voto m?ltiplo& na 4iptese de desconstituiç$o caio consel4o inteiro:

  /" Aempre que a elei+)o ti!er sido reali3ada por esse processo, a destitui+)o de qualquer membro do conselhode administra+)o pela assembléia2(eral importar.destitui+)o dos demais membros, procedendo2se a no!aelei+)o* nos demais casos de !a(a, n)o ha!endo suplente,a primeira assembléia2(eral proceder. ' no!a elei+)o detodo o conselho#

O par!ra'o WU prev/ o direito das minorias de ele!er& em separado&representantes no consel4o de administraç$o.

  " Der)o direito de ele(er e destituir um membro e seu

suplente do conselho de administra+)o, em !ota+)o emseparado na assembléia2(eral, excluído o acionista

controlador, a maioria dos titulares, respecti!amente0

1 2 de a+9es de emiss)o de companhia aberta com direito a!oto, que representem, pelo menos, $&V Iquin3e por centoJ do total das a+9es com direito a !oto* e

11 2 de a+9es preferenciais sem direito a !oto ou com !otorestrito de emiss)o de companhia aberta, querepresentem, no mínimo, $%V Ide3 por centoJ do capitalsocial, que n)o hou!erem exercido o direito pre!isto noestatuto, em conformidade com o art# $#

0e essas cate!orias se unirem& elas ter$o dois consel4eiros. 0e ambas asminorias ele!erem um representante& o controlador ter direito a ele!er tr/s –ele sempre ter o controle.

##. Compet/ncia:

7revista no art. WN. Bi-ar a orientaç$o !eral dos ne!cios& ele!er e destituir osdiretores. O consel4o de administraç$o ele!e os diretores. 2uando n$o temconsel4o de administraç$o& a assembleia ele!e os diretores.

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 "rt# $B6# Compete ao conselho de administra+)o0

1 W <xar a orienta+)o (eral dos ne(cios da companhia*

11 W ele(er e destituir os diretores da companhia e <xar2lhes as atribui+9es, obser!ado o que a respeito dispuser o

estatuto*111 W <scali3ar a (est)o dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os li!ros e papéis da companhia, solicitar informa+9es sobre contratos celebrados ou em !ia decelebra+)o, e quaisquer outros atos*

1@ W con!ocar a Xssembleia2(eral quando jul(ar con!eniente, ou no caso do arti(o $86*

@ W manifestar2se sobre o relatrio da administra+)o e ascontas da diretoria*

@1 W manifestar2se pre!iamente sobre atos ou contratos,quando o estatuto assim o exi(ir*

@11 W deliberar, quando autori3ado pelo estatuto, sobre aemiss)o de a+9es ou de b:nus de subscri+)o*

@111 W autori3ar, se o estatuto n)o dispuser em contr.rio, aaliena+)o de bens do ati!o n)o circulante, a constitui+)ode :nus reais e a presta+)o de (arantias a obri(a+9es deterceiros*

1U W escolher e destituir os auditores independentes, se

hou!er#-ar.(rafo /nico# Aer)o arqui!adas no re(istro do comércioe publicadas as atas das reuni9es do conselho deadministra+)o que conti!erem delibera+)o destinada a

 produ3ir efeitos perante terceiros#

4 $5 Aer)o arqui!adas no re(istro do comércio e publicadas as atas das reuni9es do conselho deadministra+)o que conti!erem delibera+)o destinada a

 produ3ir efeitos perante terceiros#

4 65  " escolha e a destitui+)o do auditor independente<car. sujeita a !eto, de!idamente fundamentado, dos

conselheiros eleitos na forma do art# $B$, 4 B5, se hou!er#

O consel4o de administraç$o traça as lin4as !erais )ue os diretores v$o se!uir.

D#eto#a)

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+ obri!atria em todas as compan4ias.

0er composta por no m3nimo N diretores& eleitos pelo consel4o deadministraç$o& se n$o e-istir& pela assembleia ordinria. 2uem s$o& )uantoss$o& as atribuiç9es& est$o no estatuto.

A lei n$o di( )ual é a compet/ncia dos diretores nem poderia di(er. Os diretorestratam do dia a dia da cia. #$o tem como enumerar todas as suas aç9es. Mas oart. WW descreve a principal compet/ncia dos diretores& )ue é a representaç$oe-terna da 0.A.

 Art. !. No silncio do estatuto e inexistindo delibera+)odo conselho de administra+)o Iarti(o $B6, n# 11 e par.(rafo/nicoJ, competir)o a qualquer diretor a representa+)o dacompanhia e a pr.tica dos atos necess.rios ao seufuncionamento re(ular#

A"m#%#!ta"oe!)

A partir do art. W.

 Art. !0. -oder)o ser eleitas para membros dos r()osde administra+)o pessoas naturais, de!endo os diretoresser residentes no -aís#

  !o  " ata da assembléia2(eral ou da reuni)o do conselho

de administra+)o que ele(er administradores de!er.conter a quali<ca+)o e o pra3o de (est)o de cada um doseleitos, de!endo ser arqui!ada no re(istro do comércio e

 publicada#

  +o  " posse do conselheiro residente ou domiciliado no

exterior <ca condicionada ' constitui+)o de representanteresidente no -aís, com poderes para receber cita+)o ema+9es contra ele propostas com base na le(isla+)osociet.ria, mediante procura+)o com pra3o de !alidadeque de!er. estender2se por, no mínimo, 8 ItrsJ anos apso término do pra3o de (est)o do conselheiro#

O diretor tem )ue ser domiciliado no Jrasil. go termo resid/ncia este)uivocado& é domic3lio.

2uem n$o pode ser administrador – art. WH& TTU e NU.

 Art. !3# Quando a lei exi(ir certos requisitos para ain!estidura em car(o de administra+)o da companhia, aassembléia2(eral somente poder. ele(er quem tenhaexibido os necess.rios compro!antes, dos quais searqui!ar. cpia autntica na sede social#

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  !o A)o inele(í!eis para os car(os de administra+)o dacompanhia as pessoas impedidas por lei especial, oucondenadas por crime falimentar, de pre!arica+)o, peitaou suborno, concuss)o, peculato, contra a economia

 popular, a fé p/blica ou a propriedade, ou a pena criminal

que !ede, ainda que temporariamente, o acesso a car(os p/blicos#

  +o  A)o ainda inele(í!eis para os car(os deadministra+)o de companhia aberta as pessoas declaradasinabilitadas por ato da Comiss)o de @alores Gobili.rios#

 O consel4eiro deve ter reputaç$o ilibada.

Era muito comum anti!amente )ue os estatutos previssem )ue para assumir adireç$o de uma cia a pessoa tivesse )ue dar al!uma !arantia – aa%t#a "ae!tão Gat. 14(H. Ko,e é muito comum )ue os estatutos dispensem essa

!arantia.7or outro lado& uma ve( nomeados os administradores& eles tem )ue assinarum termo de posse& no pra(o de até SG dias depois da eleiç$o ;at. 14<= 1FH.

O )ue se 'a( )uando va!a um car!o de diretor ou de consel4eiroL

A lei prev/ )ue no caso de va!ar o car!o de consel4eiro& os demaisconsel4eiros ele!em um substituto& a n$o ser )ue ele ten4a sido eleito por votom?ltiplo& por)ue& nesse caso& todos caem. Gat. 10H. #o caso de va!aremtodos os car!os da diretoria e a cia n$o tiver um consel4o de administraç$o& oconsel4o %scal convoca a assembleia.

 "rt# $&%# No caso de !acRncia do car(o de conselheiro,sal!o disposi+)o em contr.rio do estatuto, o substitutoser. nomeado pelos conselheiros remanescentes e ser!ir.até a primeira assembléia2(eral# Ae ocorrer !acRncia damaioria dos car(os, a assembléia2(eral ser. con!ocada

 para proceder a no!a elei+)o#

4 $o No caso de !acRncia de todos os car(os do conselhode administra+)o, compete ' diretoria con!ocar aassembléia2(eral#

4 6o No caso de !acRncia de todos os car(os da diretoria,se a companhia n)o ti!er conselho de administra+)o,compete ao conselho <scal, se em funcionamento, ou aqualquer acionista, con!ocar a assembléia2(eral, de!endoo representante de maior n/mero de a+9es praticar, até areali3a+)o da assembléia, os atos ur(entes deadministra+)o da companhia#

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4 8o O substituto eleito para preencher car(o !a(ocompletar. o pra3o de (est)o do substituído#

4 Bo O pra3o de (est)o do conselho de administra+)o ouda diretoria se estende até a in!estidura dos no!os

administradores eleitos##. Ren?ncia:

A ren?ncia s vale perante terceiros aps o ar)uivamento& mas vale perante aia desde a data )ue a carta 'or apresentada.

 "rt# $&$# " ren/ncia do administrador torna2se e<ca3, emrela+)o ' companhia, desde o momento em que lhe for entre(ue a comunica+)o escrita do renunciante, e emrela+)o a terceiros de boa2fé, aps arqui!amento nore(istro de comércio e publica+)o, que poder)o ser 

 promo!idos pelo renunciante#

##. Remuneraç$o:

Esses car!os de diretor e consel4eiro s$o car!os remunerados. A remuneraç$oé %-ada em assembleia& )uando se aprova a prestaç$o de contas do anoanterior. #ormalmente& as assembleias aprovam valores !lobais ;por e-emplo&NG mil49es anuais aos administradores<.

7or outro lado& a remuneraç$o do administrador pode ser também comparticipaç$o em dividendos. 1sso é bom e ruim. + bom por)ue o administradorvai )uerer )ue a cia !ere lucro. + ruim por)ue ele pode 'raudar o lucro.

Esses patamares de remuneraç$o dependem muito do mercado& do porte daempresa.

Em princ3pio& a remuneraç$o do administrador é para remunerar o trabal4o doadministrador. 7ara o e'etivo e-erc3cio da atividade de !est$o.

12.11.2013 a 21.11.2013 : %ão te*e aula

27.11.2013

40. De*ee! "o! a"m#%#!ta"oe!. Ação "e Re!$o%!ab#l#"a"e.

#. Deveres:

O art. S é o primeiro relacionado a deveres dos administradores. Menciona odever normal de dili!/ncia )ue também é previsto no CC. Esse dever é adili!/ncia do 4omem ativo e probo. 7ortanto& a lei di( )ue o administrador da0.A deve condu(i6la como 4omem ativo e probo.

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 "rt# $&8# O administrador da companhia de!e empre(ar,no exercício de suas fun+9es, o cuidado e dili(ncia quetodo homem ati!o e probo costuma empre(ar naadministra+)o dos seus prprios ne(cios#

Ko,e& e-i!e6se do administrador mais do )ue a dili!/ncia do 4omem comum&por)ue ele precisa ser um pro%ssional. 1sso vai muito além do )ue um 4omemnormal. 7orém& como a nossa lei é anti!a& trou-e essa ideia. A ,urisprud/ncia ,atuali(ou a norma. Ko,e& )uando se analisam 4ipteses de responsabilidade doadministrador& e-i!e6se mais do )ue o dever comum.

Arti!o di'erente é o art. W )ue tra( previs$o n$o encontrada no CC. Eleconsa!ra& ,unto com o art. >& par!ra'o ?nico& o carter institucional da 0.A.O art. >& par!ra'o ?nico& trata da responsabilidade do controlador. Q o art.W trata da responsabilidade do administrador em termos muito pr-imos. +um dispositivo )ue tra( a teoria institucional em relaç$o " sociedade an*nima&

a )ual v/ na empresa mais do )ue o interesse dos scios& considerandotambém o interesse da sociedade como um todo& dos trabal4adores.

 "rt# $&B# O administrador de!e exercer as atribui+9es quea lei e o estatuto lhe conferem para lo(rar os <ns e nointeresse da companhia, satisfeitas as exi(ncias do bem

 p/blico e da fun+)o social da empresa#

4 $5 O administrador eleito por (rupo ou classe deacionistas tem, para com a companhia, os mesmosde!eres que os demais, n)o podendo, ainda que para

defesa do interesse dos que o ele(eram, faltar a essesde!eres#

4 6S 7 !edado ao administrador0

aJ praticar ato de liberalidade ' custa da companhia*

bJ sem pré!ia autori3a+)o da assembléia2(eral ou doconselho de administra+)o, tomar por empréstimorecursos ou bens da companhia, ou usar, em pro!eito

 prprio, de sociedade em que tenha interesse, ou deterceiros, os seus bens, ser!i+os ou crédito*

cJ receber de terceiros, sem autori3a+)o estatut.ria ou daassembléia2(eral, qualquer modalidade de !anta(em

 pessoal, direta ou indireta, em ra3)o do exercício de seucar(o#

4 85 "s importRncias recebidas com infra+)o ao dispostona alínea c do 4 65 pertencer)o ' companhia#

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4 B5 O conselho de administra+)o ou a diretoria podemautori3ar a pr.tica de atos (ratuitos ra3o.!eis embenefício dos empre(ados ou da comunidade de que

 participe a empresa, tendo em !ista suasresponsabilidades sociais#

Bala )ue a compan4ia deve ser condu(ida para o bem p?blico& pensando6se nointeresse social da empresa. O administrador& além disso& tem o dever decondu(ir a empresa para os %ns da lei e do estatuto. 0ua 'unç$o é ent$o muitocomple-a& por)ue deve atender o interesse dos scios e também dacomunidade em )ue a sociedade est inserida& a 'unç$o social da empresa&etc. 7orém& n$o é um dispositivo de 'cil aplicaç$o. 2uem titula o interesse dacomunidade em )ue a empresa atuaL

O lucro deve ser con,u!ado& se!undo o art. W& com princ3pios do bem p?blicoe a 'unç$o social da empresa.

Mais aplicvel do )ue o caput & s$o os TT do arti!o. O administrador deve sedissociar do controlador )ue o ele!eu& devendo pensar no interesse dasociedade como um todo ;TU<. Ainda& o TNU se re'ere a atos de disposiç$o debens )ue n$o s$o admitidos para o administrador. Ent$o& ele n$o pode praticarato de liberalidade a custa da compan4ia& n$o pode receber vanta!em pessoaldireta e indireta de SU em 'unç$o do e-erc3cio do car!o. E-istem e-ceç9es& masem re!ra n$o pode usar em bene'3cio prprio o )ue é da compan4ia.

O TSU di( )ue se o administrador em ra($o do e-erc3cio do car!o recebeu bens&n$o precisa devolver a )uem os deu. 7orém& eles passam a ser propriedade da

empresa& n$o do administrador. 0e ele %car com o bem para si& in'rin!e a lei.Até pode e-istir ato de liberalidade do administrador& desde )ue este,aautori(ado pelos scios& especialmente se 'or em proveito dos 'uncionrios ouda comunidade. 1sso acontece visando evitar )ue os administradores o 'açamapenas por decis$o sua 6 TWU.

O dever de lealdade é importante por)ue é dever de si!ilo& também. 7revistono art. & estabelece )ue o administrador n$o pode usar para si ou para SUdireitos da compan4ia para obter vanta!em pessoal ou utili(ar para sivanta!ens de al!um ato )ue vai acontecer e ainda n$o 'oi divul!ado. 7or

e-emplo: a empresa )ue ele administra vai ad)uirir outra empresa e as aç9esir$o valori(ar& avisando seus parentes para comprarem aç9es. 1sso con%!urauso de in'ormaç$o privile!iada. 2ual)uer desvio da in'ormaç$o& antes )ue elase,a 'ormalmente tornada p?blica.

 "rt# $&&# O administrador de!e ser!ir com lealdade 'companhia e manter reser!a sobre os seus ne(cios,sendo2lhe !edado0

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1 2 usar, em benefício prprio ou de outrem, com ou sem prejuí3o para a companhia, as oportunidades comerciaisde que tenha conhecimento em ra3)o do exercício de seucar(o*

  11 2 omitir2se no exercício ou prote+)o de direitos dacompanhia ou, !isando ' obten+)o de !anta(ens, para siou para outrem, deixar de apro!eitar oportunidades dene(cio de interesse da companhia*

111 2 adquirir, para re!ender com lucro, bem ou direito quesabe necess.rio ' companhia, ou que esta tencioneadquirir#

4 $5 Cumpre, ademais, ao administrador de companhiaaberta, (uardar si(ilo sobre qualquer informa+)o queainda n)o tenha sido di!ul(ada para conhecimento domercado, obtida em ra3)o do car(o e capa3 de inTuir demodo ponder.!el na cota+)o de !alores mobili.rios,sendo2lhe !edado !aler2se da informa+)o para obter, parasi ou para outrem, !anta(em mediante compra ou !endade !alores mobili.rios#

4 65 O administrador de!e 3elar para que a !iola+)o dodisposto no 4 $5 n)o possa ocorrer atra!és desubordinados ou terceiros de sua con<an+a#

4 85 " pessoa prejudicada em compra e !enda de !aloresmobili.rios, contratada com infra+)o do disposto nos 44 $Se 6S, tem direito de ha!er do infrator indeni3a+)o por 

 perdas e danos, a menos que ao contratar j. conhecesse ainforma+)o#

4 Bo 7 !edada a utili3a+)o de informa+)o rele!ante aindan)o di!ul(ada, por qualquer pessoa que a ela tenha tidoacesso, com a <nalidade de auferir !anta(em, para si ou

 para outrem, no mercado de !alores mobili.rios# I1ncluído pela Pei n5 $%#8%8, de 6%%$J#

+ dever do administrador n$o a!ir em conIito de interesses. 7orém& n$o 4vedaç$o da reali(aç$o de ne!cios. #a economia& esse tipo de relaç$o éc4amado de “entre partes relacionadas”. O )ue a lei veda é )ue ocorra ane!ociaç$o em pre,u3(o da compan4ia& mas se o ne!cio 'or bom& deve serreali(ado. O administrador )ue est em conIito de interesses deve in'ormar&'a(endo constar em ata& e n$o participar das deliberaç9es. 0e 4 opç$o pelareali(aç$o do ne!cio& em condiç9es boas e de mercado& deve ser reali(ado. A

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lei n$o veda o ne!cio em si& mas sim o pre,u3(o da compan4ia pelo conIito deinteresses 6 TU art. >.

 "rt# $&F# 7 !edado ao administrador inter!ir em qualquer opera+)o social em que ti!er interesse conTitante com oda companhia, bem como na delibera+)o que a respeitotomarem os demais administradores, cumprindo2lhecienti<c.2los do seu impedimento e fa3er consi(nar, emata de reuni)o do conselho de administra+)o ou dadiretoria, a nature3a e extens)o do seu interesse#

4 $5 "inda que obser!ado o disposto neste arti(o, oadministrador somente pode contratar com a companhiaem condi+9es ra3o.!eis ou eqitati!as, idnticas 's que

 pre!alecem no mercado ou em que a companhiacontrataria com terceiros#

O dever de in'ormar era mais importante )uando e-istiam as aç9es aoportador& por)ue n$o tin4a como saber se o administrador era acionista. Comoas aç9es s$o nominativas& a!ora é poss3vel ter maior controle. A lei prev/&porém& )ue os administradores devem dei-ar bem claro& perante a bolsa& )uetipo de t3tulo ele tem e )uantos s$o& para )ue se possa %scali(ar se aadministraç$o )ue esta condu(indo se d em bene'3cio da compan4ia ou delemesmo.

##. Responsabilidade dos administradores – art. F:

O art. F é praticamente id/ntico " disposiç$o do CC:

 "rt# $&# O administrador n)o é pessoalmente respons.!el pelas obri(a+9es que contrair em nome da sociedade e em!irtude de ato re(ular de (est)o* responde, porém,ci!ilmente, pelos prejuí3os que causar, quando proceder0

1 2 dentro de suas atribui+9es ou poderes, com culpa oudolo*

11 2 com !iola+)o da lei ou do estatuto#

4 $5 O administrador n)o é respons.!el por atos ilícitos deoutros administradores, sal!o se com eles for coni!ente,se ne(li(enciar em descobri2los ou se, deles tendoconhecimento, deixar de a(ir para impedir a sua pr.tica#Exime2se de responsabilidade o administrador dissidenteque fa+a consi(nar sua di!er(ncia em ata de reuni)o dor()o de administra+)o ou, n)o sendo possí!el, dela dcincia imediata e por escrito ao r()o da administra+)o,

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no conselho <scal, se em funcionamento, ou ' assembléia2(eral#

4 65 Os administradores s)o solidariamente respons.!eis pelos prejuí3os causados em !irtude do n)o cumprimentodos de!eres impostos por lei para asse(urar ofuncionamento normal da companhia, ainda que, peloestatuto, tais de!eres n)o caibam a todos eles#

4 85 Nas companhias abertas, a responsabilidade de quetrata o 4 65 <car. restrita, ressal!ado o disposto no 4 B5,aos administradores que, por disposi+)o do estatuto,tenham atribui+)o especí<ca de dar cumprimento 'quelesde!eres#

4 B5 O administrador que, tendo conhecimento do n)ocumprimento desses de!eres por seu predecessor, ou peloadministrador competente nos termos do 4 85, deixar decomunicar o fato a assembléia2(eral, tornar2se2. por elesolidariamente respons.!el#

4 &5 Mesponder. solidariamente com o administrador quem, com o <m de obter !anta(em para si ou paraoutrem, concorrer para a pr.tica de ato com !iola+)o dalei ou do estatuto#

O administrador n$o responde pessoalmente por suas aç9es. 7orém& se a!iudentro das atribuiç9es com culpa ou dolo ou em violaç$o ao estatuto&responde.

#a 0.A 4 diretoria& consel4o de administraç$o& consel4o %scal. 7or isso& a ei>WGW é mais minuciosa do )ue o CC. 7ara )ue se saiba )uem responde& éimportante a anlise dos TT do art. F.

@m administrador n$o responde pelos il3citos de outro administrador& aresponsabilidade é pessoal. E-ceç$o " re!ra é a 4iptese de ele saber daprtica do il3cito e se omitir.

Ademais& se o administrador %(er constar em ata )ue n$o concorda com a

deliberaç$o ou mandar um documento escrito& isenta6se da responsabilidade.

Os administradores s$o solidariamente responsveis pelos pre,u3(os causadospelo n$o cumprimento de deveres consi!nados na lei )ue asse!ure o'uncionamento normal da compan4ia& considerados mais importantes. 0$odeveres )ue implicam esse 'uncionamento normal& n$o todos os deveres. #ascompan4ias abertas& essa responsabilidade solidria pode ser relativi(ada&

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)uando o estatuto social prev/ )uem era a autoridade competente. 7orém& seo administrador n$o tomar as medidas de cautela& responder.

2(.11.2013

#.# Aç$o de Responsabilidade:

a. #oç$o

Os administradores possuem uma série de deveres previstos na lei& os )uais sen$o cumpridos !eram a possibilidade de responsabili(aç$o destesadministradores.

A aç$o de responsabilidade é prevista pelo art. =. Essa é uma aç$o previstana situaç$o em )ue a compan4ia demanda contra os administradores para serressarcida por atos praticados pelos administradores com abuso& 'raude& culpa&dolo& por in'raç$o aos deveres do art. F& ao estatuto ou " lei.

 "rt# $&=# Compete ' companhia, mediante pré!iadelibera+)o da assembléia2(eral, a a+)o deresponsabilidade ci!il contra o administrador, pelos

 prejuí3os causados ao seu patrim:nio#

4 $5 " delibera+)o poder. ser tomada em assembléia2(eralordin.ria e, se pre!ista na ordem do dia, ou for conseqncia direta de assunto nela incluído, emassembléia2(eral extraordin.ria#

  4 65 O administrador ou administradores contra os quaisde!a ser proposta a+)o <car)o impedidos e de!er)o ser substituídos na mesma assembléia#

4 85 Qualquer acionista poder. promo!er a a+)o, se n)ofor proposta no pra3o de 8 ItrsJ meses da delibera+)o daassembléia2(eral#

4 B5 Ae a assembléia deliberar n)o promo!er a a+)o, poder. ela ser proposta por acionistas que representem

&V Icinco por centoJ, pelo menos, do capital social#

4 &S Os resultados da a+)o promo!ida por acionistadeferem2se ' companhia, mas esta de!er. indeni3.2lo, atéo limite daqueles resultados, de todas as despesas em queti!er incorrido, inclusi!e corre+)o monet.ria e juros dosdispndios reali3ados#

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4 FS O jui3 poder. reconhecer a exclus)o daresponsabilidade do administrador, se con!encido de queeste a(iu de boa2fé e !isando ao interesse da companhia#

4 ;5 " a+)o pre!ista neste arti(o n)o exclui a que couber ao acionista ou terceiro diretamente prejudicado por atode administrador#

@ma maneira de a sociedade buscar a responsabili(aç$o& portanto& é a aç$o deresponsabilidade.

b. Deliberaç$o e conse)u/ncias:

+ decida em assembleia !eral& tanto ordinria& )uanto e-traordinria.

Evidentemente& )uando a assembleia delibera por propor a aç$o deresponsabilidade& os administradores envolvidos devem ser a'astados. + muito

comple-o operar com essa aç$o na realidade concreta. 1sso por)ue é ocontrolador )uem ele!e os administradores e é ele )uem tem votopreponderante na assembleia& sendo muito di'3cil )ue ele vote pela proposiç$oda aç$o.

c. 7ropositura:

7ode ser reali(ada a assembleia& deliberado pela propositura& constando naata& mas os novos !estores n$o entrarem com a demanda. #este caso& a leiprev/ )ue )ual)uer acionista poder promover a aç$o se ela n$o tiver sidoproposta no pra(o de tr/s meses. Acionista n$o tem poder de representaç$o.

7orém& est autori(ado pela lei a entrar com uma demanda ,udicial em nomeda compan4ia. 5em& ent$o& uma le!itimaç$o processual e-traordinria& tra(idapelo TSU do art. =.

Ademais& e-iste ainda a situaç$o em )ue 4 deliberaç$o da assembleia& tendosido deliberado pela n$o propositura da demanda. A)ui& a assembleia n$o ésoberana& podendo a aç$o ser a,ui(ada por X dos scios. Estes dever$o arcarcom as custas& as )uais ser$o ressarcidas apenas se !an4ar a demanda.

4 FS O jui3 poder. reconhecer a exclus)o daresponsabilidade do administrador, se con!encido de que

este a(iu de boa2fé e !isando ao interesse da companhia#". Outras Aç9es:

O THU& ainda& prev/ )ue esta aç$o n$o e-clui outras aç9es )ue cabem aacionista ou terceiro pre,udicado pelos atos da administraç$o.

+ muito comum )ue se,am 'eitos acordos no decorrer da demanda& de modo)ue é muito di'3cil e-istir precedente.

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41. o%!elo -#!cal. Luco!= e!e*a! e "#*#"e%"o!.

#. Modalidades:

O consel4o %scal é sempre obri!atrio nas 0.A& no sentido de )ue serpermanente ou por convocaç$o& sempre e-istindo sua %!ura. 2uando ele é

permanente& seus membros s$o indicados e eleitos em assembleia& tendomandato de um ano e %cando neste per3odo dispon3vel. 2uando é porconvocaç$o& n$o 4 essa disponibilidade. Os membros s$o eleitos para )ue semani'estem a respeito de atos espec3%cos. #esta ?ltima espécie& apenas podeatuar )uando 4 a reali(aç$o da convocaç$o. 7or isso& podem e-istir consel4os%scais tericos nas 0.A 'ec4adas& por)ue nunca s$o convocados.

##. Composiç$o:

 5er no m3nimo tr/s e no m-imo cinco consel4eiros& sendo esse n?mero %-adopelo estatuto. + um consel4o cole!iado& sendo os membros eleitos pela

assembleia. 0e a lei n$o prote!esse o direito de a minoria ele!er um dosmembros ;art. >& TWU<& eles nunca seria prote!idos.

4 B5 Na constitui+)o do conselho <scal ser)o obser!adasas se(uintes normas0

aJ os titulares de a+9es preferenciais sem direito a !oto,ou com !oto restrito, ter)o direito de ele(er, em !ota+)oem separado, $ IumJ membro e respecti!o suplente* i(ualdireito ter)o os acionistas minorit.rios, desde querepresentem, em conjunto, $%V Ide3 por centoJ ou mais

das a+9es com direito a !oto*

bJ ressal!ado o disposto na alínea anterior, os demaisacionistas com direito a !oto poder)o ele(er os membrosefeti!os e suplentes que, em qualquer caso, ser)o emn/mero i(ual ao dos eleitos nos termos da alínea a, maisum#

O controlador sempre ter direito ao mesmo n?mero de membros )ue aminoria no consel4o %scal mais um& sempre tendo a maioria.

Os titulares de aç9es pre'erenciais podem ele!er um membro do consel4o%scal& n$o dependendo a eleiç$o do percentual de pre'erencialistas. A lei di(ainda )ue os ordinaristas minoritrios também t/m direito de ele!er umrepresentante& precisando estar or!ani(ados em pelo menos GX do capitalsocial com direito a voto& sendo e-i!ida uma or!ani(aç$o. #essa 4iptese&4aver um membro dos pre'erencialistas e um dos minoritrios& 4avendo tr/sdo controlador.

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A lei 'oi modi%cada& pois se sempre as decis9es 'ossem cole!iadas& a vontadedo controlador sempre prevaleceria. As atribuiç9es& em !rande parte&passaram a ser individuais.

2uem pode ser consel4eiro %scal s$o pessoas eleitas& naturais& nascidas noJrasil& diplomadas em curso superior ou com prtica de tr/s anos em !est$o –art. >N. A lei di( )ue se n$o 4ouver nen4uma pessoa )uali%cada nalocalidade& o ,ui( poder a'astar os re)uisitos.

 "rt# $F6# Aomente podem ser eleitos para o conselho <scal pessoas naturais, residentes no -aís, diplomadas em cursode ní!el uni!ersit.rio, ou que tenham exercido por pra3omínimo de 8 ItrsJ anos, car(o de administrador deempresa ou de conselheiro <scal#

4 $5 Nas localidades em que n)o hou!er pessoashabilitadas, em n/mero su<ciente, para o exercício dafun+)o, caber. ao jui3 dispensar a companhia dasatisfa+)o dos requisitos estabelecidos neste arti(o#

4 65 N)o podem ser eleitos para o conselho <scal, alémdas pessoas enumeradas nos par.(rafos do arti(o $B;,membros de r()os de administra+)o e empre(ados dacompanhia ou de sociedade controlada ou do mesmo(rupo, e o c:nju(e ou parente, até terceiro (rau, deadministrador da companhia#

4 85 " remunera+)o dos membros do conselho <scal, alémdo reembolso, obri(atrio, das despesas de locomo+)o eestada necess.rias ao desempenho da fun+)o, ser. <xada

 pela assembléia2(eral que os ele(er, e n)o poder. ser inferior, para cada membro em exercício, a de3 por centoda que, em média, for atribuída a cada diretor, n)ocomputados benefícios, !erbas de representa+)o e

 participa+)o nos lucros# IMeda+)o dada pela Pei n5 =#B&;,de $==;J

As pessoas )ue n$o podem ser diretoras& também n$o podem ,ul!ar diretores&

n$o podendo& por conse)u/ncia& ser eleitos para o consel4o %scal. 5ambém n$opode )uem é diretor ou do consel4o de administraç$o da empresa ou de umaempresa coli!ada e seus parentes.

###. Atribuiç9es:

Em !eral& as atribuiç9es s$o de %scali(aç$o ou consultoria& nas 4ipteses em)ue a lei ou o estatuto determinam. O consel4o %scal& portanto& opina em

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al!uns ne!cios por)ue a lei e-i!e& em outros por)ue o estatuto determina eem al!uns por)ue o administrador re)uer 6 art. >S.

Biscali(ar os administradores& opinar sobre relatrio anual e proposta dosr!$os de administraç$o& convocar assembleia ordinria se o consel4o deadministraç$o ou a diretoria n$o o 'a(em& etc.

+ muito comum na prtica empresarial )ue as atribuiç9es do consel4o %scalse,am terceiri(adas )uando é contratada auditoria& a )ual apresenta umrelatrio& meramente aprovado pelo consel4o %scal. Assim& por )ue ter umconsel4o %scalL 7ara ter mais al!uém para responsabili(ar. A responsabilidadetécnica passa para a empresa de auditoria.

A aprovaç$o das contas é reali(ada pela assembleia. O )ue desonera osadministradores é a deliberaç$o da assembleia )ue n$o aprova as contas. Adeliberaç$o é 'eita& claro& com base nos relatrios.

I*= Responsabilidade:

A lei estabelece no art. > )ue s$o imputveis aos consel4eiros %scais osmesmos deveres imputados aos administradores. A lei n$o 'ala do cabimentoda aç$o de responsabilidade& mas n$o parece& para MC& errado concluir )uetambém a aç$o de responsabilidade possa ser proposta contra o consel4eiro%scal. A lei di( )ue os consel4eiros respondem por dano ou omiss$o nareali(aç$o da)ueles deveres.

Em princ3pio& a responsabilidade do consel4eiro %scal é individual& salvo se ele'or omisso )uanto " atuaç$o dos demais consel4eiros. Em princ3pio& a

responsabilidade n$o é solidria& até mesmo por)ue s$o !arantidas atuaç9esindividuais para )ue se,a o consel4o operacionali(ado.

 "rt# $F&# Os membros do conselho <scal tm os mesmosde!eres dos administradores de que tratam os arts# $&8 a$&F e respondem pelos danos resultantes de omiss)o nocumprimento de seus de!eres e de atos praticados comculpa ou dolo, ou com !iola+)o da lei ou do estatuto#IMeda+)o dada pela Pei n5 $%#8%8, de 6%%$J

4 $o Os membros do conselho <scal de!er)o exercer suas

fun+9es no exclusi!o interesse da companhia* considerar2se2. abusi!o o exercício da fun+)o com o <m de causar dano ' companhia, ou aos seus acionistas ouadministradores, ou de obter, para si ou para outrem,!anta(em a que n)o fa3 jus e de que resulte, ou possaresultar, prejuí3o para a companhia, seus acionistas ou

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administradores# IMeda+)o dada pela Pei n5 $%#8%8, de6%%$J

4 6o O membro do conselho <scal n)o é respons.!el pelosatos ilícitos de outros membros, sal!o se com eles foiconi!ente, ou se concorrer para a pr.tica do ato# IMeda+)odada pela Pei n5 $%#8%8, de 8$#$%#6%%$J

4 8o " responsabilidade dos membros do conselho <scal por omiss)o no cumprimento de seus de!eres é solid.ria,mas dela se exime o membro dissidente que <3er consi(nar sua di!er(ncia em ata da reuni)o do r()o e acomunicar aos r()os da administra+)o e ' assembléia2(eral# I1ncluído pela Pei n5 $%#8%8, de 6%%$J

;matéria até a)ui<

aloe! mob#l#+#o!)

 5anto os b*nus de subscriç$o& )uanto as partes bene%cirias s$o valoresmobilirios )ue atribuem outros direitos )ue n$o a condiç$o de acionista. Asaç9es& responsveis por este ?ltimo& , 'oram estudadas.

. J*nus de subscriç$o:

O b*nus de subscriç$o é previsto no art. H e ss. + um valor mobilirio&ne!ocivel& )ue pode ser emitido por sociedade an*nima& )ue atribui a seutitular direito de pre'er/ncia na a)uisiç$o de aç9es em 'utura subscriç$o.

O titular do b*nus de subscriç$o pa!a por ele e pa!a pela aç$o )uandoo'ertada. Em ?ltima anlise& pa!a duas ve(es& pois n$o tem direito a reembolsopelo )ue 'oi pa!o pelo b*nus.

2uem o compra n$o é obri!ado a utili(6lo. O ne!cio pode ter se tornadoruim& por e-emplo. #essa 4iptese& perde o )ue pa!ou pelo b*nus.

7or outro lado& os b*nus podem ser t$o interessantes )ue uma pessoa podecompr6los para revend/6los para terceiro& obtendo lucro.

Como %ca o direito de pre'er/ncia de )uem , é acionistaL Bica trans'erido para

direito de pre'er/ncia na a)uisiç$o do b*nus. 0i!ni%ca )ue ou o acionistacompra o b*nus )uando o'ertado ou abre m$o de seu direito de pre'er/ncia.

Este b*nus pode ser emitido ate o limite do capital social autori(ado noestatuto.

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Em suma& os administradores , est$o autori(ados a emitir determinadon?mero de aç9es em momento prop3cio pelo estatuto social. + esse o limite deb*nus )ue podem ser lançados.

Art. H& caput e T ?nico:

+ poss3vel a emiss$o de b*nus !ratuitos.

Apenas podem ser utili(ados na emiss$o a )ue ele d direito. 5ambém pode seratribu3do como pr/mio para 'uncionrios& administradores& etc. 7odem ser empapel ou meramente escriturais& s$o trans'er3veis& porém nominativos.

0$o muito utili(ados nos mercados mais 'ortes.

N. 7artes bene%cirias:

0$o valores mobilirios previstos a partir do art. W> da ei >WGW. As partesbene%cirias atribuem direito a eventual participaç$o nos lucros da compan4iapara )uem n$o é acionista. Receber o )uantum de%nido pelo estatuto ou pelaassembleia.

0ur!iram como um t3tulo a ser atribu3do aos 'undadores& para )ue as pessoas