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DURVAL CARVALHAL LANURCE PRAXEDES EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRÁFOS: EXPANSÃO DO SEDEX 10 EM QUATRO CIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR/BA Trabalho apresentado à Universidade de Salvador Unifacs, como requisito de conclusão do curso de pós-graduação em MBA em Marketing, turma 7B, de 2007. Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Ladeira. Salvador 2008

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  • DURVAL CARVALHAL

    LANURCE PRAXEDES

    EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

    TELEGRFOS: EXPANSO DO SEDEX 10 EM QUATRO

    CIDADES DA REGIO METROPOLITANA DE SALVADOR/BA

    Trabalho apresentado Universidade de

    Salvador Unifacs, como requisito de

    concluso do curso de ps-graduao em MBA

    em Marketing, turma 7B, de 2007.

    Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Ladeira.

    Salvador 2008

  • SUMRIO

    1 SUMRIO EXECUTIVO

    2 SINOPSE

    3 A EMPRESA

    3.1 NEGCIO

    3.2 MISSO

    3.3 VISO

    3.4 VALORES

    4 INVESTIGAO DE MERCADO 9

    4.1 Macroambiente 9

    4.1.1 Diviso 10

    4.1.1.1 Foras polticas 10

    4.1.1.2 Foras econmicas 11

    4.1.1.3 Foras culturais 15

    4.1.1.4 Foras ambientais 18

    4.1.1.5 Foras legais 21

    4.1.1.6 Foras fsico-climticas 23

    4.1.1.7 Foras sociais 24

    4.1.1.8 Foras tecnolgicas 27

    4.2 Anlise Microambiental 28

    4.2.1 Fornecedores 29

    4.2.2 Intermedirios 31

    4.2.3 Foras pblicas 32

    4.2.4 Concorrncia 33

    4.2.5 Clientes 44

  • 4.3 Matriz BCG 46

    5 Anlise SWOT 49

    5.1 Anlise do ambiente interno 49

    5.2 Anlise do ambiente externo 51

    5.3 Fatores Crticos de sucesso 53

    6 METAS E OBJETIVOS 54

    6.1 Metas 54

    6.2 Objetivos 54

    7 ESTRATGIA DE MARKETING 55

    7.1 Produto 55

    7.1.1 Diferencial 56

    7.1.2 Posicionamento 56

    7.2 Preo 56

    7.2.1 Preo Concorrencial 56

    7.2.2 Preo Percebido 57

    7.3 Ponto-de-Venda 57

    7.4 Promoo 57

    7.4.1 Propaganda 58

    7.4.2 Venda pessoal 58

    7.4.3 Marketing direto 58

    8 PLANO DE AO 59

    8.1 Detalhamento dos itens 59

    8.2 Implementao do marketing 62

    9 VIABILIDADE FINANCEIRA 65

    9.1 Fluxo de Caixa 65

    9.2 Demonstrativo de resultados 74

    10 CONTROLES 74

  • 11 REFERNCIAS 75

    12 ANEXOS 81

  • 1 SUMRIO EXECUTIVO

    A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT) uma

    entidade pblica, de mbito nacional, que presta servios postais populao

    brasileira em 5.564 municpios, atravs de 12.627 postos de venda de produtos

    e 29.232 caixas de coleta.

    A ECT destaca-se no cenrio postal do Pas, porque tem uma

    equipe de resultados, centrada na busca da excelncia, valorizando a

    satisfao dos clientes, respeito aos empregados, tica nos relacionamentos,

    competncia profissional, compromisso com as diretrizes governamentais,

    responsabilidade social e excelncia profissional.

    Nesse plano de negcios, os Correios objetivam expandir os

    servios do SEDEX 10 para as principais cidades da Regio Metropolitana de

    Salvador RMS, depois de Salvador: Camaari, Candeias, Lauro de Freitas e

    Simes Filho (CCLS), para atender a demanda reprimida existente nessas

    cidades, que tende a se agravar, em face do aumento populacional na RMS, o

    boom na construo civil em todo o Estado da Bahia e a atrao turstico-

    empresarial crescente na Grande Salvador.

    O grande diferencial do Sedex 10 a garantia da entrega de

    documentos e encomendas nos respectivos destinos at s 10 horas do dia til

    seguinte ao da postagem, atendendo, assim, o anseio da clientela situada na

    Regio Metropolitana de Salvador.

    Para atingir seus objetivos, os Correios precisaro investir em

    aquisio de caixas coletoras, de veculos e motos, contratao e treinamento

    de pessoal, em propaganda e promoo, contemplando-se a sua misso de

    facilitar as relaes pessoais e empresariais, mediante a oferta de

    servios de correios, com tica, competitividade e responsabilidade

    social, bem como a sua viso de ser reconhecida pela excelncia e

    inovao na prestao de servios de correios.

    Investimento inicial R$233.120.000

    Receita Bruta (5 anos) R$14.230.2

    Lucro lquido final (5 anos) R$ 14.047.97

    Payback 10 ms

  • Retorno sobre investimento 6981,52% em 5 anos

    Retorno mdio anual sobre/investimento 179% ao ano

    2 SINOPSE

    O estudo, ora apresentado, retrata o panorama atual da Empresa

    Brasileira de Correios e Telgrafos, enfocando seu portflio de produtos e

    servios, sua atuao e influncias na Bahia.

    O plano de marketing norteador desse trabalho aborda as possibilidades

    de expanso do Sedex 10 entre as cidades de Camaari/BA, Candeias/BA,

    Lauro de Freitas/BA e Simes Filho/BA (CCLS), todas pertencentes Regio

    Metropolitana de Salvador.

    3 A EMPRESA

    A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos uma instituio pblica,

    presente em todos os municpios brasileiros com a finalidade de prestar

    servios postais a toda populao brasileira.

    O atendimento ao pblico garantido e facilitado, graas vasta rede de

    atendimento espalhada por 5.564 municpios brasileiros e mais de 1.500

    distritos administrativos, que inclui 14.890 agncias, 12.677 postos de venda de

    produtos e 29.232 caixas de coleta.

    Para realizar a entrega de documentos/correspondncias e encomendas

    a aproximadamente 52 milhes de domiclios em todo o Brasil, a ECT conta

    com um efetivo superior a 110,6 mil empregados, dos quais 61 mil so

    carteiros, alm de possuir uma ampla estrutura logstica nacional, composta

    por 978 unidades de tratamento e distribuio, 6.654 veculos, 11.678 motos,

    234.532 bicicletas e 27 linhas areas noturnas para remessas urgentes.

    (Relatrio da Assessoria de Planejamento e Gesto, 2007).

    3.1 NEGCIO

    A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos, empresa pblica ligada

    ao Ministrio das Comunicaes, atua no mercado postal brasileiro,

    abrangendo o mercado de transporte de mensagens e encomendas, tendo

  • como negcio principal interconectar pessoas e organizaes com qualidade e

    rapidez.

    3.2 MISSO

    A Misso uma declarao sobre o que a organizao , sobre sua

    razo de ser. Serve de critrio geral para orientar a tomada de decises, para

    definir objetivos e auxiliar na escolha das decises estratgicas.

    A misso da ECT foi alterada em 2007 a fim de melhor especificar os

    servios de correios, ficando assim definida: Facilitar as relaes pessoais e

    empresarias mediante a oferta de servios de correios, com tica,

    competitividade e responsabilidade social.

    3.3 VISO

    uma projeo das oportunidades futuras do negcio da organizao e

    como se pretende que a organizao seja vista e reconhecida.

    A Viso nacional dos Correios assim estabelecida: Ser reconhecida

    pela excelncia e inovao na prestao de servios de correios.

    No mbito do Estado da Bahia, a viso dos Correios se define como:

    Ser referncia nacional em negcios de correios e gesto de pessoas

    com responsabilidade social.

    3.4 VALORES

    Sinalizam o que se persegue em termos de convices dominantes, de

    crenas bsicas, de padro de comportamento de toda a equipe na busca da

    excelncia.

    A ECT valoriza:

    a) Satisfao dos clientes;

    b) Respeito aos seus empregados;

    c) tica nos relacionamentos;

    d) Competncia profissional;

    e) Compromisso com as diretrizes governamentais;

  • f) Responsabilidade social e

    g) Excelncia empresarial.

  • 9

    4 INVESTIGAO DE MERCADO

    4.1 Macroambiente

    Na recente evoluo da economia brasileira, ficou evidente uma forte

    sensibilidade relativa s mudanas conjunturais internacionais.

    Passou-se pelo modelo de Substituio das Importaes; pela crise do

    choque de petrleo; choque da dvida externa; pelo processo de globalizao;

    pelo governo Sarney; pelo Plano Cruzado e sua inflao galopante e pelo

    Plano Collor, de controle rigoroso da liquidez da economia.

    Nessas sucessivas conjunturas, a taxa de juros alta, bem como a

    desconfiana relativa dos governos de ento, traou-se um panorama pouco

    atrativo para os negcios internos.

    Atualmente, na vigncia do governo Lula, as conjunturas nacional e

    internacional apresentam-se bem favorveis ao mercado negocial, pois a

    economia est em equilbrio; o mercado consumidor em franca expanso; a

    taxa de juros em declnio; o risco do Pas em patamares baixo e alta a

    confiana plena no governo, tanto interna, quanto externamente.

    Por meio da ao do Ministrio das Comunicaes, que coordena e

    participa da conduo de temas importantes no contexto mundial e defende os

    interesses postais do Pas junto a organismos internacionais, a presena dos

    Correios se fortalece cada vez mais nos cenrios nacional e internacional.

    Seguindo as linhas de aes ministeriais, a ECT participa de diversos

    organismos internacionais: Unio Postal Universal (UPU), Unio Postal das

    Amricas/Espanha e Portugal (UPAEP), Organizao Mundial do Comrcio

    (OMC), Comisso Temtica de Assuntos Postais do Mercosul (CTAP),

    Associao dos Operadores de Correios e Telecomunicaes dos Pases e

    Territrios de Lngua Portuguesa (AICEP).

    Em 2005, foi atualizado o portflio das encomendas internacionais e,

    aproveitando o momento do cmbio favorvel s importaes, os Correios

    passaram a atuar no desenvolvimento de servios especficos para a

    importao, visando ao incremento da receita advinda deste segmento, com a

    criao do servio Importa Fcil.

  • 10

    No ambiente nacional, a poltica governamental est sendo determinante

    para as atividades e planos da corporao. O momento atual tem favorecido a

    atuao da ECT no mercado brasileiro, devido combinao de alguns fatores:

    crescimento da distribuio de renda, gerao de empregos e reduo da

    pobreza.

    Nesse sentido, os Correios oferecem diversos servios populao

    brasileira, em particular queles com ntidos alcances sociais e reconhecidos

    internacionalmente como exemplo da contribuio na aplicao de diretrizes

    governamentais para erradicao da pobreza e incluso social (Banco Postal,

    distribuio dos livros didticos).

    A necessidade de manuteno do posicionamento no mercado e do

    aumento da vantagem competitiva frente atuao da concorrncia

    impulsionou a ampliao da atuao dos Correios nos segmentos de

    encomendas e de logstica integrada, alm do digital, passando a apresentar

    solues postais completas e sofisticadas para empresas diversas. O principal

    servio do segmento de encomendas, o SEDEX, alcanou em 2007 a receita

    de R$ 2,3 bilhes, representando 23,8% da receita operacional da empresa. O

    SEDEX 10, lanado em setembro de 2001, faturou, em 2007, R$ 198 milhes e

    j responde por 11% da receita do segmento de encomendas. (Intranet

    Correios, 2008).

    4.1.1 Diviso

    4.1.1.1 Foras polticas

    Nacionalmente, o governo federal tem merecido a confiana de todos os

    setores da sociedade brasileira e tem externado forte convico democrtica, o

    que tem contribudo para o Pas ter conquistado o grau de investimento por

    organismo internacional, aumentando a confiana e a credibilidade do Brasil.

    No Estado da Bahia, o governo tambm do Partido dos Trabalhadores

    - PT, cujo governador, em perfeita harmonia com o governo federal, tem

    governado, at ento, com sabedoria, tranqilidade e eficincia.

    Na esfera municipal, o prefeito Joo Henrique era filiado ao PDT- Partido

    Democrtico Trabalhista, apoiado pelo PT e vrios partidos progressistas, e

    no encontrava dificuldades para governar. Sempre teve apoio na Cmara

    http://intranetect/http://intranetect/

  • 11

    Municipal, at mesmo para aprovar o polmico PDDU-Plano Diretor de

    Desenvolvimento Urbano. (O PDDU, SALVADOR E O MUNDO, 2008).

    Com a aproximao das eleies, natural que cada partido aliado

    passe a ter vida prpria na busca do poder, o que, todavia, no cria grandes

    dificuldades para o prefeito administrar a cidade de Salvador. Faz parte do jogo

    poltico. (JOO HENRIQUE OFICIALIZA CANDIDATURA COM APOIO DE

    WAGNER, 2008).

    Mas a transferncia do prefeito Joo Henrique para o PMDB foi de

    extrema importncia para a cidade, pois o deputado Gedel Vieira Lima o atual

    ministro da Integrao e tem dado amplo apoio ao seu correligionrio, que est

    tendo recursos suficientes para melhorar a infra-estrutura do municpio, que

    passa, no momento, por um processo de asfaltamento em todos os bairros.

    Nas principais cidades focadas da Regio Metropolitana de Salvador

    (Camaari, Candeias, Lauro de Freitas e Simes Filho, as quais passaro a ser

    mencionadas nos tpicos seguintes pelas iniciais CCLS), o cenrio poltico

    muito similar ao de Salvador/BA, com predomnio do PT nas prefeituras de

    Camaari/BA e Lauro de Freitas/BA, do Partido pelo Movimento Democrtico

    Brasileiro PMDB na prefeitura de Candeias/BA e do Partido Trabalhista

    Brasileiro - PTB na prefeitura de Simes Filho/BA. Essa composio de vrias

    representaes partidrias nas prefeituras municipais dessas cidades contribui

    e facilita o alinhamento das diretrizes traadas pelos governos federal, estadual

    e municipal.

    Dessa forma, a conjuntura poltica convergente entre as esferas

    municipal, estadual e federal favorvel administrao pblica brasileira e

    baiana, o que tem proporcionado um equilbrio poltico-econmico, que, por sua

    vez, tem possibilitado a instalao, na Bahia, de novos negcios e de

    empresas de mdio e de grande porte, as quais requerem servios eficientes,

    confiveis e geis, a exemplo do Sedex 10, que sejam capazes de respaldar e

    garantir o sucesso de todas as estratgias comerciais empreendidas por essas

    organizaes. (A TARDE On Line - POLTICA: Joo Henrique responde

    perguntas, 2008).

    4.1.1.2 Foras econmicas

    http://bocadeurna2008.blogspot.com/2008/06/joo-henrique-oficializa-candidatura-com.htmlhttp://bocadeurna2008.blogspot.com/2008/06/joo-henrique-oficializa-candidatura-com.html

  • 12

    Salvador foi fundada em 29 de maro de 1549 e foi a primeira capital do

    Brasil, originariamente chamada de So Salvador da Bahia de Todos os

    Santos. Seus habitantes so soteropolitanos, que uma traduo do grego

    Soterpoles. o principal municpio da Regio Metropolitana ou Grande

    Salvador que formada por doze cidades:

    Municpio Legislao rea (km)

    Populao (2007)

    IDH PIB em R$ (2005)

    Salvador LCF 14/73 706,799 2.892.625 0,805 22.145.303.279

    Camaari LCF 14/73 759,802 220.495 0,734 10.340.459.810

    Lauro de Freitas

    LCF 14/73 59,905 144.492 0,771 1.701.789.902

    Simes Filho LCF 14/73 192,163 109.269 0,730 2.237.629.729

    Candeias LCF 14/73 264,487 78.618 0,723 1.698.526.384

    Dias d'vila LCF 14/73 207,504 53.821 0,732 984.983.534

    Vera Cruz LCF 14/73 252,759 35.060 0,704 126.685.743

    So Francisco do Conde

    LCF 14/73 266,631 29.829 0,714 6.362.615.466

    Itaparica LCF 14/73 115,922 19.897 0,712 69.766.898

    Madre de Deus LCF 14/73 11,141 15.432 0,740 124.735.178

    Mata de So Joo

    LCE 30/2008 670,380 37.201 0,671 234.125.959

    So Sebastio do Pass

    LCE 30/2008 549,425 40.321 0,693 220.221.542

    TOTAL 4.056,918 3.677.060 0,794[] 46.246.843.424[]

    Fonte: Wilkpdia

    A cidade ocupa uma rea de 706.799 Km2, tem uma populao de

    2.892.625 habitantes, uma densidade demogrfica de 3.840,0 hab/km2, um

    IDH de 0, 805, um clima tropical atlntico, um PIB orado em R$

    22.145.303.000,00, e um PIB per capita de R$ 8.283,00 (IBGE/2005).

    Com a aprovao do PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano,

    que estabelece as diretrizes gerais das polticas que nortearo o ordenamento

    da cidade e o desenvolvimento sustentvel do municpio nos prximos oito

    anos, vislumbra-se um aumento gigantesco do nmero de apartamentos

    residenciais na capital baiana, o que vai impactar fortemente na demanda por

    servios de correios.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Cama%C3%A7arihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lauro_de_Freitashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lauro_de_Freitashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sim%C3%B5es_Filhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Candeias_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Dias_d%27%C3%81vilahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vera_Cruz_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Francisco_do_Condehttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Francisco_do_Condehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Itaparicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Madre_de_Deus_%28Bahia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_do_Pass%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Sebasti%C3%A3o_do_Pass%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvador#cite_note-IDH_RM-3#cite_note-IDH_RM-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvador#cite_note-nota_2007-2#cite_note-nota_2007-2

  • 13

    O mercado imobilirio baiano cresceu 200% em 2007. A oferta de

    crdito, prazos alongados para pagamento e juros mais baixos, aliado ao

    aumento do poder de compra do consumidor, vm provocando um verdadeiro

    boom no mercado imobilirio baiano. (MERCADO IMOBILIRIO BAIANO

    CRESCE 200% ESTE ANO, 2008).

    Depois que os bancos voltaram a oferecer financiamento, desta vez com

    prazos para pagamento maiores e taxas de juros inferiores, o mercado deu um

    salto. Como corolrio, a oferta residencial, mormente para a classe mdia,

    implicar no aumento da populao residente em Salvador, o que vai reclamar,

    da ECT, mais racionalizao na logstica de distribuio e mais agilidade na

    organizao do processo de prestao de servios postais.

    Ampliando essa viso, observa-se que a economia baiana sofreu

    profundas transformaes desde 1960, com o crescimento da atividade

    industrial e a modernizao do setor de comrcio e servios.

    exceo de poucos plos de desenvolvimento no interior, o empuxo

    na economia concentrada na Regio Metropolitana de Salvador RMS, tem

    impactado na composio do PIB regional: a indstria aumentou sua

    participao no PIB estadual, enquanto a agricultura declinou e as reas de

    comrcio e servios sofreram reduo.

    O grfico seguinte mostra um comparativo entre o do PIB da Bahia e o

    PIB do Brasil:

    Fonte: Bahiainvest

    Esses resultados so frutos da slida poltica de incentivos fiscais que,

    ao longo dos ltimos 20 anos, ajudou a consolidar a produo, atraindo novos

  • 14

    investimentos para a Bahia, principalmente para as cidades de Salvador,

    Camaari, Simes Filho, Candeias e Lauro de Freitas, gerando uma economia

    forte, com elevado grau de confiabilidade junto aos organismos financeiros

    nacionais e internacionais.

    As caractersticas econmicas dessas principais cidades da RMS

    apresentam aspectos bem definidos: Camaari, 42 km distante de Salvador,

    tem sua economia baseada no Complexo Petroqumico de Camaari - COPEC,

    cuja operao foi iniciada em 1978, sendo composto por mais de 60 empresas

    qumicas, petroqumicas e de outros ramos de atividade como indstria

    automotiva, de celulose, metalurgia do cobre, txtil, bebidas e servios. Mais

    tarde, no ano 2000, viu-se a implantao da Ford e Plo de Apoio, que, em

    conjunto com o Complexo Petroqumico de Camaari, geram um faturamento

    aproximado de US$ 14 bilhes/ano, contribuindo anualmente com mais de R$

    700 milhes em ICMS para o Estado da Bahia. Graas a isso, o municpio

    possui um dos maiores PIBs do Nordeste (IBGE/2007).

    Com o 6 maior PIB do Estado da Bahia, as maiores atividades

    econmicas da cidade de Candeias giram em torno de um consolidado parque

    industrial, um dos mais importantes portos do Brasil, o Porto de Aratu, alm de

    fazer parte do CIA - Centro Industrial de Aratu, e estar prxima da segunda

    maior refinaria do Pas, Refinaria Landulfo Alves (RLAM), Mataripe/BA.

    (REFINARIA LANDULPHO ALVES, 2008).

    O municpio de Lauro de Freitas tambm apresenta uma realidade

    econmica em desenvolvimento, a qual tem como causa a poltica de iseno

    de impostos para empresas e fbricas, representando, dessa forma, um

    atrativo para alojamento de organismos empresariais e industriais para a

    cidade. Possuindo um PIB superior a um bilho de reais, Lauro de Freitas

    considerada um dos municpios mais industrializados da Bahia, ocupando a 3

    posio entre eles. Seu comrcio concentrado na Estrada do Coco (BA-099),

    que corta o municpio, mas tambm nos centros dos seus principais bairros

    (PLO PETROQUMICO E O DESENVOLVIMENTO DE LAURO DE FREITAS,

    2008).

    Simes Filho considerada um dos mais fortes plos industriais da

    Bahia, possuindo hoje quase 200 indstrias nos mais diversos segmentos,

  • 15

    grande parte instalada no CIA, alm de um porto natural (Porto de Aratu)

    extremamente protegido pela Baa de Aratu, importante fator para escoamento

    de produo das indstrias locais.

    Todos os aspectos inerentes economia da capital baiana e demais

    municpios da Regio Metropolitana de Salvador, em especial das cidades de

    Camaari, Candeias, Lauro de Freitas e Simes Filho, revelam o potencial

    empresarial e industrial desta regio. Para o segmento de encomendas dos

    Correios, os ndices econmicos da Bahia, aliados estruturao poltica,

    mostram uma tendncia de crescimento da demanda direta por servios de

    envio e entrega de documentos e encomendas com segurana e prazo

    reduzido, considerada a atratividade de empresas de outros estados para

    fixao na Bahia, influenciadas, inclusive, pelas polticas pblicas de incentivos

    fiscais. (WIKIPDIA, 2008).

    4.1.1.3 Foras culturais

    Salvador a terceira cidade mais populosa do Brasil, com quase trs

    milhes de habitantes, perdendo, no Brasil, apenas para Rio de Janeiro e So

    Paulo. Foi dominada fundamentalmente pelos portugueses, que trouxeram

    grandes contribuies para a provncia, sobretudo na formao da sua etnia.

    Por isso, um municpio mestio dentro da trilogia: ndio, branco e negro.

    essa a identidade cultural da Boa Terra, eternizada nos romances de Jorge

    Amado.

    Nos ltimos anos, a populao de Salvador tem aumentado a taxas

    equilibradas. O ritmo vem gradualmente diminuindo. Teve, nas dcadas de

    1960 a 1991, o pico de crescimento, como se pode observar no grfico abaixo.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Salvadorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1960http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1960http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1990

  • 16

    Salvador uma cidade muito musical; da, a sua grande contribuio

    com a Msica Popular Brasileira, atravs de nomes como Dorival Caymi, Joo

    Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Betnia, Gal Costa, Carlinhos

    Braw, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, dentre outros. Alm disso, possui praias

    famosssimas, como a do Porto da Barra, Itapo e dos Artistas.

    Salvador conta com mais de trinta teatros, destacando-se o Teatro

    Castro Alves, Concha Acstica, Vila Velha, Espao Xisto, Jorge Amado, Teatro

    XVIII, Acbeu, Caixa Cultural, dentre outros.

    H, ainda, diversos pontos tursticos como Pelourinho, Mercado Modelo,

    Ponta de Humait, alm das festas populares como carnaval e So Joo, que

    tm uma fora enorme de aglutinao de pessoas, alm da festa cvica do Dois

    de Julho, muito significativa para os baianos e para os brasileiros, pois

    representa o inicio da independncia nacional e as festas religioso-profanas

    como Lavagem do Bonfim, Procisso do Senhor Bom Jesus dos Navegantes e

    Festa de Yemanj e Nossa Senhora da Conceio.

    Por fim, h mais de quarenta museus em Salvador, como Antropolgico

    Estcio de Lima, Afro Brasileiro, Arqueologia e Etnologia, Arte Moderna, Carlos

    Costa Pinto, Casa da Msica, Casa de Ruy Barbosa, Casa do Benin, Cincia e

    Tecnologia, Fundao Casa Jorge Amado, Instituto Geogrfico-Histrico da

    Bahia, Memorial Carlos Coquejo, Memorial dos Governadores da Bahia, dentre

    outros.

    Com tantos pontos turistico-culturais, sua msica de projeo mundial,

  • 17

    sua gastronomia diversificada e rica e a riqueza da miscigenao racial do seu

    povo, Salvador afigura-se como um cidade internacional, um ponto turstico que

    atrai povos do mundo inteiro, impactando fortemente na comunicao postal.

    Nas cidades da RMS (destaque para os municpios de maior porte,

    CCLS), so verificados aspectos culturais variados, observando nessas

    localidades uma forte presena da religisosidade e preservao dos

    monumentos histricos, a exemplo da adorao Nossa Senhora das

    Candeias no municpio de Candeias, cidade onde se transpira a cultura

    portuguesa e indgena de seus antepassados, fruto da cultura colonial. Em

    Camaari, o trao mais marcante da cultura local a Cidade do Saber, que

    funciona como um centro integrado das vrias expresses culturais,

    predominando, tambm no municpio, diversas manifestaes culturais

    espalhadas ao longo de seu territrio, que variam de acordo com a localidade e

    com a poca do ano, a exemplo da Chegana de Mouros, Chegana de

    Marujos, Samba de Roda, Boi Janeiro de Parafuso, Boi Reisado, Puxada de

    Rede e Ternos de Reis.

    Em Lauro de Freitas, apresenta-se, como forte trao cultural, a igreja

    Matriz de Santo Amaro de Ipitanga, localizada na praa principal da cidade,

    sendo o mais representativo monumento arquitetnico da cidade, datada do

    final do sculo XVII, estando situada em um dos pontos mais altos do

    municpio e com sua festa no ms de janeiro, onde ocorrem a lavagem, a

    procisso e a missa solene.

    Os aspectos culturais de Salvador e de cada uma das quatro principais

    cidades da RMS(CCLS) possuem caractersticas prprias, que revelam a

    diversidade cultural da Bahia, a qual se estende das igrejas seculares ao

    artesanato tpico das cidades do interior, e da crena diversificada de seu povo

    mestio aos mitos e ritos do folclore local.

    Essa riqueza cultural de Salvador e das outras cidades da Grande

    Salvador , tambm, fortemente influenciada pelos costumes e valores dos

    novos moradores (pessoas e empresas), que migram para essas localidades,

    atrados pelas caractersticas locais e tambm pelas perspectivas econmicas

    que esses municpios oferecem, introduzindo na cultura regional

    comportamentos e valores que prezam pela qualidade e profissionalismo nas

  • 18

    relaes pessoais e profissionais.

    Esse novo comportamento requer, do mercado, produtos e servios que

    ofeream solues completas, capazes de atender os desejos e necessidades

    dessa populao. Nesse cenrio, enquadram-se os servios prestados pelos

    Correios, os quais, em razo das inovaes recebidas, apresentam atributos

    acima do nvel exigido por esses clientes. (WIKIPDIA, 2008).

    4.1.1.4 Foras ambientais

    Salvador uma cidade histrica. a capital do Estado da Bahia.

    Encontra-se localizada em uma pennsula, banhada, ao leste, pelo Oceano

    Atlntico e, ao oeste, pelas guas calmas da Bahia de Todos os Santos.

    Possui lindas praias tropicais ao longo dos seus 34 km de costa,

    rodeadas por vales e colinas de exuberante flora nativa. Sua topologia dividiu-a

    em Cidade Alta e Cidade Baixa, com a Catedral e o Centro Administrativo na

    primeira. Foi a capital originaria do Brasil e conserva grande parte da

    arquitetura colonial. Entre os atrativos do seu Centro Histrico, destacam-se o

    Pelourinho, as praas Municipais e da S; o Palcio Municipal, o Palcio Rio

    Branco, a Santa Casa e Igreja da Misericrdia e o Terreiro de Jesus com suas

    igrejas.

    Os hotis e apara hotis em Salvador encontram-se localizados,

    principalmente ao longo da Bahia de Todos os Santos ou nos arredores do

    Centro Histrico, e esto prximos s praias ctricas da cidade e tm,

    geralmente, uma boa infra-estrutura e servios completos. Existem alguns mais

    econmicos e de nvel mdio de preos, situados na Barra e Porto da Barra, ou

    dispersos ao longo da Avenida Sete de Setembro.

    Salvador umas das 700 cidades do mundo a fazer parte da Rede

    Internacional de Comunidades Modelo em Energias Renovveis Locais da

    associao Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI). Mantm a parceria

    com o Secretariado para a Amrica Latina e Caribe do ICLEI, atravs do

    escritrio de projetos mantidos no Brasil, com sede em So Paulo. uma das

    28 cidades latinas que promovem intercmbios com foco na sustentabilidade e

    proteo ambiental.

    Nas ltimas dcadas, a cidade vem passando por um processo de

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_da_Ba%C3%ADahttp://www.interhabit.com/salvador_bahia/hotel_953.htmhttp://www.interhabit.com/salvador_bahia/hotel_953.htm

  • 19

    urbanizao crescente dentro da rea denominada Miolo, assim denominado

    desde os estudos do Plano Diretor de Desenvolvimiento Urbano para a Cidade

    de Salvador (PLANDURB), da dcada de 1970. Este nome se deve ao fato de

    a regio situar-se, em termos geogrficos, na parte central do municipio de

    Salvador, ou seja, no miolo da cidade. Possuindo cerca de 115 Km., ele est

    entre a BR 324 e a Avenida Luiz Viana Filho, mais conhecida como Avenida

    Paralela, estendendo-se desde a Invaso Saramandaia at o limite Norte do

    Municipio. (LEI ORGNICA DO MUNICPIO, 2006).

    Miolo oferece condies fsico-ambientis favorveis habitabilidade. A

    estas boas condies no mbito das caractersticas naturais, soma-se a

    situao geogrfica no contexto de Salvador, inclusive em relao aos

    municpios circunvizinhos. Tudo isto faz do Miolo da cidade de Salvador uma

    rea de expanso urbana por excelncia.

    BAIRROS DE SALVADOR

    Alto do Peru Eng.Velho da Federao

    Ondina

    Amaralina Eng.Velho de Brotas Paripe

    Barbalho Fazenda Grande Pelorinho

    Bairro da Paz Federao Periperi

    Barra Garcia Pernambus

    Barra Avenida Graa Piat

    Barroquinha IAPI Pilar

    Boca do Rio Iguatemi Pituba

    Bonfim Imbu Plataforma

    Cabula Itaigara Quintas

    Caixa dgua Itapu Ribeira

    Cajazeiras Jardim Apipema Rio Sena

    Calabar Jardim Armao Rio Vermelho

    Calada Jardim Brasil Saramandaia

    Caminho das rvores

    Jardim das Margaridas Santana

    Campo Grande Liberdade STIEP

    Castelo Branco Lobato Stela Maris

    Chame-Chame Luiz Anselmo Sussuarana

    Comrcio Marecha Rondon So Caetano

    Cosme de Farias Mata Escura So Cristvo

    Costa Azul Mussurunga Toror

    Coutos Narandiba Valria

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbalho_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Barra_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Barra_Avenida_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroquinha_%28Salvador%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Boca_do_Rio_%28Salvador%29

  • 20

    Doron Nazar Vitria

    Fonte: Wikipdia, 2008.

    No tocante s principais cidades da Regio Metropolitana de Salvador

    (CCLS), os aspectos ambientais se assemelham aos de Salvador.

    A cidade de Camaari situa-se a 42 km de distncia de Salvador, com

    uma extenso de 759,802 km, uma populao de 220.495 habitantes e

    densidade demogrfica de 290,2 hab/km. (IBGE/2007). Como um dos

    principais centros econmicos do Estado da Bahia, Camaari , tambm, um

    dos mais cobiados roteiros tursticos da Costa dos Coqueiros, envolto por

    belas praias margeadas por coqueirais, a exemplo de Arembepe, Barra do

    Jacupe, Guarajuba, Jau, Busca Vida, Interlagos e Itacimirim. O acesso a

    essas praias facilitado pela Estrada do Coco e pela estrada litornea (Linha

    Verde) que ligam o Estado da Bahia ao de Sergipe.

    Candeias limita-se ao norte com o municpio de So Sebastio do

    Pass/BA; ao sul, com Baa de Aratu; ao leste, com os municpios de

    Camaari/BA e Simes Filho/BA e a oeste, com de So Francisco do

    Conde/BA, distante de Salvador 46 km. Possui uma rea de 64,487 km, com

    uma populao de 78.618 habitantes e densidade demogrfica de 297,3

    hab./km (IBGE/2007).

    O principal porto de entrada da Bahia, o Aeroporto Internacional de

    Salvador, localiza-se na divisa entre Salvador e Lauro de Freitas. Esta se situa

    ao norte da capital baiana, na regio do Litoral Norte da Bahia. Faz divisa ao

    sul e ao oeste com Salvador; ao norte, com Camaari/BA e Simes Filho/BA.

    Possui um litoral de seis quilmetros banhados pelo Oceano Atlntico, divididos

    em trs praias: Buraquinho, Praia de Ipitanga e Vilas do Atlntico. Distante de

    Salvador 30 km, Lauro de Freitas possui uma extenso de 59,905 km, com

    uma populao composta de144.492 habitantes, (IBGE/2007).

    A cidade de Simes Filho/BA tem, como cidades limtrofes, Salvador/BA,

    Lauro de Freitas/BA, Camaari/BA, Dias D'vila/BA e Candeias/BA, estando

    distante da capital baiana 21 km, apresentando uma estenso de 192.163 km,

    com uma populao de 109.269 habitantes e densidade - 571,3 hab./km,

    (IBGE/2007).

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Sobre

  • 21

    A urbanizao crescente e a introduo de empresas/indstrias nesses

    municpios tm acelerado fortemente a expanso dessas cidades, originando o

    surgimento de inmeros novos bairros residenciais e comerciais/industriais,

    exigindo um leque maior de solues postais que atenda s diversas

    demandas desses mercados em expanso, sendo crucial para a ECT garantir a

    eficincia e agilidade na prestao dos servios de correios.

    4.1.1.5 Foras legais

    Por estar classificada como empresa pblica, a atuao da Empresa

    Brasileira de Correios e Telgrafos est embasada constitucionalmente, sendo

    amparada por legislao definida pelo Ministrio das Comunicaes e pela Lei

    8.666/93. Todos os atos praticados, em nome dos Correios, so

    acompanhados pelo Tribunal de Contas da Unio, ao qual, a Administrao

    Central dos Correios e suas Diretorias Regionais situadas em cada um dos

    estados brasileiros devem prestar contas de todas as decises tomadas em

    nome do bem pblico postal.

    O servio postal exercido pela Unio, conforme estabelece o Art. 2 da

    Lei 6538/78: O servio postal e o servio de telegrama so explorados pela

    Unio, atravs de empresa pblica vinculada ao Ministrio das Comunicaes.

    A execuo das atividades desenvolvidas pelos Correios tambm

    protegida por leis especficas, a exemplo da Lei n. 6.538, de 22 de junho de

    1978, que dispe sobre os servios postais, tipificando, como criminosas,

    condutas praticadas em detrimento desses servios.

    Consoante o Art. 42, crime coletar, transportar, transmitir ou distribuir,

    sem observncia das condies legais, objetos de qualquer natureza sujeitos

    ao monoplio da Unio, ainda que pagas as tarifas postais ou de telegramas,

    cuja pena de deteno, at 2 (dois) anos, ou pagamento no excedente a 10

    (dez) dias-multa.

    O servio postal brasileiro bastante seguro, a ponto de ser

    amplamente reconhecido pelos usurios, em que 80% confiam nos servios

    dos Correios, segundo pesquisa realizada pela Vox Populi. Essa confiana

    respaldada no s pela qualidade dos servios prestados, como tambm pela

    Constituio Federal/1988, a qual, em seu Art. 21 - Inciso X, no apenas

  • 22

    adverte ser da Unio a competncia para manter o servio postal, mas

    estabelece competncias expressas e enumeradas, as quais a Unio deve

    exercer com exclusividade, fazendo-o por outorga ECT (Decreto 509/69).

    Essa exclusividade atribuda ao servio de mensagem (carta), o qual

    explorado pelos Correios em regime de monoplio.

    No segmento de transporte de encomendas no existe essa

    competncia privativa dos Correios, prevalecendo as prticas da concorrncia

    mercadolgica, sofrendo, a ECT, acirrada concorrncia nas atividades de

    coleta, distribuio e entrega de mercadorias.

    As cidades da Regio Metropolitana tambm esto amparadas por leis,

    as quais asseguram amplas garantias de respeito coisa pblica, o que atrai

    pessoas para morar, bem como para veranear, aumentando, em conseqncia,

    a demanda por servios postais.

    A Lei Orgnica do Municpio de Salvador estabelece:

    Art. 2. O Municpio de Salvador dividir-se-, na forma da lei, em

    unidades regionalizadas, objetivando a descentralizao administrativa e a

    otimizao da execuo de obras e prestao dos servios de interesse local.

    Art. 90. No ser admitida urbanizao que impea o acesso pblico s

    praias e ao mar.

    Art. 94. O Municpio estimular a implantao de loteamentos e

    empreendimentos habitacionais destinados populao de baixa renda,

    estabelecendo incentivos iniciativa privada entre estes:

    I - elaborao gratuita de projetos;

    II - implantao de infra-estrutura simplificada.

    O recm aprovado PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano,

    no tem somente aspecto urbano-espacial, mas tambm uma viso econmica

    da cidade. Trata-se de uma poltica urbana do municpio como um todo.

    Segundo Leonell, secretrio municipal de Emprego e Renda, ao

    regularizar questes urbano-espaciais, com preocupaes ambientais e

    culturais, o PDDU cria situao favorvel para o desenvolvimento da economia

    de servios, a partir da atrao de novas indstrias e da utilizao das

    potencialidades tursticas da cidade, fomentando um ciclo de prestao de

    servios com base no legado cultural.

  • 23

    Dessa forma, os aspectos legais que regem a convivncia, tanto em

    Salvador, como nas principais cidades da RMS, atraem a imigrao interna,

    com deslocamento de pessoas da capital para as demais cidades da RMS e

    vice-versa, impactando fortemente nos servios de postagem, face ao boom

    imobilirio existente. Alm de empresas e indstrias, muitos turistas internos e

    externos tm escolhido Salvador e as outras cidades litorneas da Grande

    Salvador como locais aprazveis, alegres e agradveis para gozar frias,

    reclamando, por conseguinte, mais eficincia e qualidade nos servios

    prestados pelos Correios, aspectos esses, respaldados e garantidos pela vasta

    legislao postal. (Intranet Correios, 2008).

    4.1.1.6 Foras fsico-climticas

    A Bahia apresenta uma geografia privilegiada, a comear pelas

    caractersticas da capital Salvador. Esta fica a 1550 km de Braslia, a 1730 km

    do Rio de Janeiro, e a 1960 km de So Paulo. Seu clima tropical quente. As

    estaes do ano so equilibradas, chovendo na estao fria e fazendo sol na

    estao quente, cuja temperatura local oscila entre 16C no inverno a 38C no

    vero. uma cidade litornea, banhada pelo Oceano Atlntico, que o

    segundo maior oceano em extenso, com uma rea aproximada de

    106.200.000 Km2.

    O municpio est ligado a diversas cidades vizinhas, atraves da Baa de

    Todos os Santos, patrimnio cultural da Humanidade. a maior e uma das

    mais belas baas da costa brasileira, cujo encanto atrai todos que a visitam pelo

    grande nmero de ilhas tropicais, pelas praias e vegetao paradisacas e pela

    grande riqueza histrica do seu cenrio. uma rea caracterizada por igrejas,

    fortalezas, impressionantes e belos solares coloniais e sedes de grandes

    fazendas e que j foi o maior porto martimo do Hemisfrio Sul, nos sculos

    XVII e XVIII.

    Salvador conta, tambm, com inmeros parques, urbanos e naturais,

    impactando positivamente no clima da cidade. So reas abundantes de

    vegetao, protegidas pelo poder pblico, destinadas recreao dos

    habitantes e comumente chamada de rea verde, livre, em geral, de

    edificaes.

  • 24

    Quanto s principais cidades localizadas na RMS (CCLS), todas

    possuem, em comum, o clima tropical, que, em virtude da grande proximidade

    do litoral, apresentam temperaturas mdias anuais variando entre 24 a 30C,

    pluviosidade mdia anual entre 1600 e 2000 mm, sendo que as maiores

    concentraes pluviomtricas ocorrem entre os meses de abril e junho.

    As formas de relevo predominantes nesses municpios so os tabuleiros

    pr-litorneos, os planaltos costeiros, as plancies marinhas e fluviomarinhas e

    as baixadas litorneas, associadas a uma geologia com presena de

    conglomerados, gnaisses, arenitos, depsitos fluviais e costeiros (areias de

    praias, dunas, mangues, terraos e cordes litorneos).

    Esses fatores conjugados favorecem o aumento da demanda dos

    servios postais, posto que, a proximidade de Salvador com as cidades da

    Regio Metropolitana de Salvador, combinada com o clima tropical

    predominante nessa parte do Estado da Bahia e com as condies fsicas da

    regio, estimula as imigraes interna e externa, tanto de pessoas, quanto de

    empresas, causando forte impacto na economia baiana, que,

    conseqentemente, exigir servios de qualidade em todos os segmentos,

    inclusive na rea postal. (BAA DE TODOS OS SANTOS BA: PATRIMNIO

    CULTURAL DA HUMANIDADE, 2008).

    4.1.1.7 Foras sociais

    O mundo tem quase sete bilhes de habitantes; o Brasil, 190 milhes e

    Salvador, quase trs milhes. o terceiro municpio mais populoso do Pas,

    conforme tabela abaixo:

  • 25

    Em 06.06.2008

    A cidade de Salvador tem passado por modificaes significativas ao

    longo das ltimas dcadas e apresenta grandes potencialidades de

    crescimento, enquanto cidade mundial. Centro tradicional de atividades

    financeiras, comerciais e burocrticas, a cidade do Salvador, hoje com cerca de

    2.200 milhes habitantes, beneficiou-se, durante muito tempo, dos estmulos

    dinmicos oriundos da agropecuria estadual. Em funo dessa relao

    simbitica, a decadncia da agropecuria baiana, cuja origem remonta a

    meados do sculo passado, atingiu dramaticamente a economia metropolitana.

    Nem o relativo florescimento da economia cacaueira, j no sculo XX, poupou-

    a da convivncia com uma prolongada crise.

    Se a economia baiana atingiu, na dcada de 50, do sculo XX, o pice

    da letargia na qual mergulhara h quase 100 anos, a criao da Petrobrs e da

    Chesf, nessa mesma dcada, representou o marco de uma nova era. Como

    no poderia deixar de ser, o surto de transformao da economia estadual,

    ento deflagrado, e que se estendeu at as dcadas de 60 e 70 com a

    implantao do CIA Centro Industrial de Aratu e do COPEC Complexo

    Petroqumico de Camaari.

    Todo esse crescimento pode, contudo, gerar situaes de excluses, a

    exemplo do que se observava em Salvador h 04 anos, onde os brancos

    chegavam a receber 2,8 vezes mais. Esse padro se repete nas categorias de

  • 26

    ocupao como mostra a tabela 4, abaixo: os trabalhadores por conta prpria

    brancos recebiam 2,2 vezes mais do que os pretos ou pardos. Ainda nessa

    categoria, Salvador e So Paulo apresentaram as maiores diferenas. (IBGE,

    2008).

    Esse crescimento da economia baiana que alcanou a capital avanou,

    principalmente, para sua Regio Metropolitana, com a penetrao de empresas

    e indstrias, graas poltica de iseno de impostos promovida pelos

    governos estadual e municipal.

    Essa expanso econmica, todavia, no reflete a realidade social vivida

    pela populao da RMS. Segundo estudos realizados pelo DIEESE e IBGE em

    2005, a grande maioria da populao ativa da Grande Salvador oriunda

    (reside) de Salvador e cidades vizinhas, recebendo, em mdia, de 1 a 4

    salrios mnimos. Esse fator explicado pela baixa qualificao, principalmente

    da populao das cidades pertencentes RMS. Essa realidade contribuiu para

    que as empresas e indstrias instaladas na Grande Salvador optassem pela

    utilizao de mo-de-obra especializada, captadas em cidades das regies Sul

    e Sudeste.

    Esse cenrio apresenta duas implicaes: a perpetuao dos nveis de

    pobreza da RMS e a introduo de novas culturas nas cidades da Grande

    Salvador, com a modificao e diversificao das necessidades dos moradores

  • 27

    recm-chegados (imigrantes oriundos do Sul e Sudeste do Brasil), que

    passaram a residir em cidades da RMS.

    A grande conseqncia desse quadro o aumento dos nveis de

    exigncia dessa nova populao da RMS, a qual passa a impor e requerer

    servios, dentre eles, os servios postais, com elevados padres de qualidade,

    rapidez e eficincia. (REESTRUTURA URBANA X REESTRUTURAO DA

    CIDADE: O CASO DE SALVADOR, 2008).

    4.1.1.8 Foras tecnolgicas

    O ser humano naturalmente gregrio. A comunicao, pois, de

    fundamental importncia na vida humana. Basta verificar que, quando algum

    comete crime doloso, apenado, luz do Cdigo Penal; e como auge do

    castigo, a condenao caracterizada pelo regime fechado, ou seja, sem se

    comunicar com outrem.

    No mundo atual, com o advento da tecnologia e da globalizao,

    imperioso e decisivo para qualquer organizao desenvolver suas atividades,

    com a observncia do avano tecnolgico, pois informaes e dados so

    matria prima bsica para se manter competitivo.

    A globalizao se consolidou, o mundo corporativo customizou-se e a

    cincia administrativa encontrou novas estratgias tecnolgicas e

    organizacionais, valendo-se de modernos sistemas informacionais, objetivando

    mais competitividade no novo e moderno ambiente empresarial.

    Dessa forma, o marketing por banco de dados inevitvel. um

    imperativo dos tempos modernos. H uma abundncia de bens e servios que

    podem ser adquiridos por clientes, cada vez mais exigentes, em qualquer

    mercado fsico, ou at mesmo virtual.

    O cliente o centro das atenes do mercado. Conhec-lo em toda sua

    plenitude afigura-se como grande diferencial que possibilitar a sua fidelizao.

    A empresa que no souber implantar, interpretar e gerenciar seu banco de

    dados est comprando passaporte para o insucesso.

    Esse investimento na automao dos processos internos, bem como na

    mudana nas formas de gesto, resultam em maior integrao das diversas

    reas da organizao, fortalecendo-a frente concorrncia e agregando valor

    http://www.ub.es/geocrit/-xcol/388.htmhttp://www.ub.es/geocrit/-xcol/388.htm

  • 28

    aos seus produtos e servios.

    Atento a esse cenrio, os Correios vm promovendo uma intensa

    modernizao na sua estrutura tecnolgica, introduzindo sistemas e

    equipamentos avanados nos setores essenciais da empresa, com vistas a

    tornar os processos postais num nvel de excelncia que lhe permita alcanar

    patamares elevados de competitividade.

    Dentre os novos sistemas implantados pelos Correios, encontram-se o

    Sistema de Automao, permitindo o melhor gerenciamento das atividades

    comerciais, financeiras, operacionais e tecnolgicas dos Correios, agregando

    qualidade informao e facilidades nas auditorias, oferecendo bases

    confiveis para estatsticas de atendimento e da captao de novos servios;

    Sistema de Automao de Agncias, possibilitando um atendimento mais gil,

    eficiente, seguro e confortvel para o cliente; Plataforma Computacional com

    cerca de 2.500 equipamentos interligados por meio da rede interna de

    computadores, a exemplo da CorreiosNet, cuja funo de correio eletrnico

    tem propiciado a otimizao de recursos e a agilidade na troca de informaes;

    SRO - Sistema de Rastreamento de Objetos, que permite o acompanhamento

    do trmite de correspondncias e encomendas, desde a origem at o destino,

    sendo um diferencial, principalmente para as empresas que enviam e recebem

    constantemente documentos e mercadorias de diversas partes do Pas.

    (HISTRIA POSTAL, 2008).

    4.2 Anlise microambiental

    A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos atua nos mercados

    postais nacional e internacional e est presente em todas as cidades do Pas,

    oferecendo, populao brasileira, diversos produtos e servios postais.

    Para expandir sua participao no mercado onde atua, entre os anos de

    2005 a 2007, ampliou seu portflio, atravs de inovao e lanamento de

    diversos produtos e servios, a saber: CorreiosNet Shopping, Encomenda

    PAC, Sedex Mundi, e-Sedex, Novo Malote, Vale Postal Internacional

    Eletrnico, Importa Fcil, Mala Direta Agendada, Certificao Digital, Disque

    Coleta, Logstica Integrada e Logstica Reversa.

    Investimentos em capacitao da equipe funcional so outra vertente da

  • 29

    modernizao dos Correios. Atravs da Universidade Correios, localizada em

    Braslia/DF, gerenciada pelo Departamento de Recursos Humanos (tambm

    localizado em Braslia/DF), treinamentos e cursos so formatados de acordo

    com as necessidades e especificidades dos cargos desempenhados pelos

    funcionrios em todas as partes do pas, com vistas ao atingimento da

    excelncia na prestao dos servios postais. Parcerias e convnios so

    firmados com instituies de ensino tcnico, de idiomas e ensino superior, com

    o fim de oferecer, ao corpo funcional, cursos profissionalizantes, de lnguas

    estrangeiras, de graduao e ps-graduao, ampliando o nvel de

    conhecimento da fora de trabalho, objetivando dot-la dos recursos

    educacionais mnimos necessrios para um melhor desempenho profissional.

    (Intranet Correios Relatrio da Diretoria de Recursos Humanos, 2008).

    Com sua poltica de renovao estrutural (melhoria e ampliao das

    instalaes das agncias e Centros de Tratamento de Correspondncias e

    Encomendas, aquisio de novos veculos, equipamentos e ferramentas),

    aliada introduo de avanados sistemas e recursos tecnolgicos nas vrias

    atividades que desenvolve, os Correios vm se destacando pela alta qualidade

    dos servios prestados, conforme identificado nos resultados obtidos atravs

    da pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi no ano de 2005. Do total de

    entrevistados, 86,7% vem a organizao como uma empresa atualizada

    tecnologicamente; 87,7% classificam os Correios como uma empresa confivel;

    97,8% o ndice de satisfao dos entrevistados com as atividades de

    distribuio (tarefa final do processo postal). (Intranet Correios, 2008).

    4.2.1 Fornecedores

    A possibilidade de criao de valor na cadeia de relacionamentos

    estabelecida pelas empresas nos mercados onde atua pressupe uma parceria

    qualitativa com fornecedores to expressiva e duradoura quanto a que a

    empresa busca estabelecer com seus clientes. Essa parceria pede um novo

    modelo de relao comercial, fundamentada em vnculos de confiana e

    cooperao, construdos em torno do compromisso de maximizao da

    gerao de valor, pela permanente criao de mix de solues inovadoras

    voltada para as reais necessidades dos consumidores.

  • 30

    Dentre os principais aspectos a serem considerados na seleo dos

    fornecedores, esto o custo, a qualidade e a pontualidade na entrega dos

    produtos solicitados, pois no basta apenas fornecer produtos ou servios aos

    clientes, imprescindvel que sejam criadas e aprimoradas experincias e

    parcerias personalizadas, onde esses produtos e servios disponibilizados

    sejam aceitos no mercado e, principalmente, estejam direcionados s

    necessidades de cada cliente. Quanto melhor for o relacionamento entre

    empresas e fornecedores, maiores as chances das organizaes obterem

    sucesso e vantagem competitiva.

    A relao mantida pelos Correios com seus fornecedores

    estabelecida pela Lei 8.666/93, a qual determina a realizao de processos

    licitatrios para contratao de bens e servios com empresas fornecedoras.

    Obedecendo a esses critrios, a aquisio de todos os itens e recursos

    inerentes manuteno das atividades postais se submete, principalmente, a

    Preges Eletrnicos, conduzidos, em sua maioria, pela DIRAD Diretoria de

    Administrao, rgo integrante da Administrao Central dos Correios,

    sediada em Braslia/DF. A DIRAD tem como funo manter e aprimorar as

    atividades de adquirir e suprir a ECT de bens e servios, bem como as

    atividades de gerir o patrimnio, a segurana patrimonial e os demais servios

    gerais. No seio dessas atribuies, a DIRAD coordena os processos licitatrios

    dos Correios, atravs dos quais ocorrem as compras centralizadas, que

    englobam a aquisio, principalmente, de mveis, equipamentos, embalagens

    (caixas e envelopes de encomendas), aluguel de aeronaves, fardamento de

    funcionrios da distribuio (Carteiros e Operadores de Triagem e Transbordo)

    e do atendimento (Atendentes Comerciais), campanhas publicitrias e material

    de divulgao dos produtos e servios comercializados pelos Correios, como

    tambm a seleo de parceiros para realizao de determinados servios, a

    exemplo do Banco Postal, emisso de CPF e Certificao Digital.

    No mbito das Diretorias Regionais, a exemplo da Bahia, a depender do

    volume de bens e servios a serem adquiridos, ocorrem licitaes ou dispensa

    de licitao direcionada a compras de itens para suprimento das necessidades

    regionais, a exemplo de material de expediente e copiadora, manuteno de

    equipamentos e elevadores, contratao de empresas de segurana e limpeza,

  • 31

    servios de telefonias mvel e fixa, fornecimento de gua e energia, servios

    de txi, empresas organizadoras de eventos, servios de hospedagem.

    Entre os principais fornecedores dos Correios na Bahia, esto: Coelba

    (fornecimento de energia eltrica), Embasa (fornecimento de gua), Oi

    (servios de telefonia mvel), Telemar, (servios de telefonia fixa), Copiadora

    Exata (cpias, material grfico), Papel e Cia (artigos de papelaria), Macvig

    Segurana (servios de vigilncia), Laserv (limpeza), Atlas Elevadores

    (manuteno de elevadores), Marazul Hotel (servios de hospedagem),

    Bahiamar Hotel (servios de hospedagem), Golden Park Hotel (servios de

    hospedagem), Rdio Txi (servios de txi).

    Em virtude da seleo dos fornecedores e detalhamento dos servios e

    produtos a serem contratados pelos Correios serem previamente estabelecidos

    antes e durante os processos licitatrios, a relao mantida pela empresa com

    seus fornecedores baseada na transparncia e legalidade, inexistindo

    barreiras nas parcerias construdas pela ECT com seus contratados.

    (RELATRIO DA DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS, 2008).

    4.2.2 Intermedirios

    Os intermedirios auxiliam na promoo, venda e distribuio dos

    produtos e servios oferecidos pelas empresas aos consumidores finais, a

    exemplo de revendedores, empresas de distribuio fsica, agncias de

    servios de marketing e instituies financeiras. Os produtos e servios postais

    disponibilizados pelos Correios so comercializados pelas equipes de

    funcionrios das agncias da rea comercial da instituio.

    A operao logstica da ECT realizada tambm por seus funcionrios,

    com uso da frota prpria (caminhes, motocicletas, sprinters, bicicletas) para a

    distribuio (entrega e coleta de correspondncias, encomendas e malotes em

    grande parte das cidades brasileiras). Nos municpios de menor porte, cujo

    volume de demandas postais reduzido, so estabelecidas parcerias entre os

    Correios e empresas de nibus intermunicipais (as denominadas Linhas

    Auxiliares) para o envio de objetos postais (correspondncias, encomendas e

    malotes) entre essas localidades e os maiores centros urbanos brasileiros.

    A divulgao dos produtos e servios postais, bem como o mapeamento

  • 32

    do mercado de atuao dos Correios so desenvolvidos por agncias de

    publicidade contratadas pelo Departamento de Marketing da ECT, localizado

    em Braslia/DF. Essas aes alcanam todas as estratgias de marketing das

    Diretorias Regionais distribudas entre os estados brasileiros.

    As transaes financeiras realizadas pelos Correios so efetuadas

    atravs de parcerias estabelecidas com bancos (especialmente Banco do

    Brasil e Bradesco), os quais gerenciam tanto os depsitos bancrios oriundos

    das movimentaes comerciais realizadas pelas agncias da ECT, quanto as

    transferncias procedentes dos pagamentos de ttulos pelos clientes dos

    Correios, alm de controlar e receber os montantes gerados pelas operaes

    financeiras realizadas atravs do Banco Postal. (CORREIOS, 2008).

    4.2.3 Foras pblicas

    As empresas devem ter especial ateno com sua imagem junto ao

    pblico em geral, atentando para a forma como so percebidas no mercado

    onde atuam e qual o juzo construdo pela sociedade em relao a essa

    atuao, seus produtos e servios. Os impactos dessa imagem pblica podem

    provocar conseqncias positivas ou negativas no futuro da organizao,

    fortalecendo ou abalando a solidez e o destino da entidade.

    Como previsto na administrao pblica, todos os atos praticados por

    organismos pblicos, como o caso da Empresa Brasileira de Correios e

    Telgrafos, devem ser revestidos de transparncia. Essa previso legal faz

    com que as aes executadas pela ECT, por se constituir numa empresa

    pblica, recebam influncias acentuadas de vrios grupos sociais internos, em

    especial, e da sociedade brasileira em geral, fatores que contribuem na

    construo da boa imagem transmitida ou repassada pela instituio aos

    pblicos em mbitos nacional e internacional.

    As mdias escrita e televisiva apresentam grande interesse por todas as

    atividades desenvolvidas pelos Correios, editando notcias, artigos e editorias

    sobre a atuao do setor postal brasileiro. Na Bahia, essa cobertura d-se

    atravs dos jornais A Tarde, Correio da Bahia, Tribuna da Bahia; pelos

    noticirios televisivos apresentados pelas emissoras: Rede Bahia, TV Itapo,

    TV Educadora, TV Record e TV Bandeirantes, alm de outros jornais e

  • 33

    emissoras de rdio e TV espalhados pelas cidades situadas no Estado da

    Bahia.

    Por atuar em consonncia com as disposies legais inerentes s

    empresas pblicas, todos os atos exercidos pelos Correios so respaldados em

    pareceres emitidos pelo Departamento Jurdico da empresa, situado em

    Braslia/DF. Na Diretoria Regional dos Correios na Bahia, essa validao feita

    pela Assessoria Jurdica existente em cada cidade que tem, como funo,

    fornecer suporte jurdico a todos os atos praticados e/ou relacionados com a

    organizao.

    Outro grupo igualmente importante para o fortalecimento da imagem

    organizacional o pblico interno da organizao. Com o fim de disseminar

    todas as aes implantadas e a implementar, a ETC utiliza-se de vrios meios,

    dentre eles, o Boletim Tcnico (enviado diariamente pela Administrao Central

    dos Correios Braslia/DF, divulgando informaes internas da empresa em

    mbito nacional); Rede Agncias (informativo desenvolvido pela Administrao

    Central, voltado para orientao e divulgao de informaes comerciais e

    motivacionais entre as equipes das suas agncias; pgina da Intranet (tambm

    disponibiliza informaes gerais sobre a organizao para todos os

    funcionrios); Jornal Expresso Bahia (criado pela Diretoria Regional da ECT e

    distribudo entre todos os setores da empresa, visando divulgao de todos

    os atos praticados pelos Correios em mbito regional); Rede Urgente (tambm

    criado pela Diretoria Regional da instituio e distribudo entre todos os setores

    da empresa, objetivando a divulgao de todos os atos praticados pela

    organizao em mbito regional); pgina da Intranet BA (disponvel para

    acesso de todos os funcionrios na Bahia e em outros Estados), contendo

    informaes sobre os produtos e servios postais, como tambm contedos

    sobre aes voltadas para a capacitao, desenvolvimento e valorizao

    funcional. (Intranet Correios, 2008)

    4.2.4 Concorrncia

    Para melhor atender os desejos e necessidades dos consumidores e

    planejar as aes de marketing direcionadas a essa clientela, as empresas

    devem estudar detalhadamente as estratgias da concorrncia, atentando para

  • 34

    suas prticas e os desempenhos (foras e fraquezas) que vm apresentando.

    Atravs desse estudo, as empresas estaro munidas de subsdios que lhes

    permitiro antecipar-se s tendncias e comportamentos da concorrncia,

    auxiliando-as na tomada de decises sobre os caminhos para melhor

    posicionamento do seu produto ou servio nesse mercado concorrencial e para

    a busca do diferencial, que ser revertido em vantagem competitiva. Alm

    disso, atravs desse monitoramento, as organizaes podem aprender com a

    concorrncia (o chamado benchmarking), a partir da identificao das melhores

    prticas desenvolvidas pelos seus concorrentes, adaptando-as e/ou

    aprimorando-as, com o fim de buscar a excelncia na oferta de produtos e

    servios, ampliando as suas oportunidades de permanncia no mercado.

    Costumeiramente, verifica-se que a grande maioria das empresas

    preocupa-se to somente com os concorrentes que oferecem produtos e

    servios idnticos aos seus, para os mesmos clientes, por preos semelhantes

    ou menores. A identificao da concorrncia pressupe uma ateno mais

    ampla e mais acurada, partindo do pressuposto de que todos, num dado

    momento ou poca, em quase todos os segmentos econmicos, disputam

    entre si a preferncia de compras dos consumidores (essa a denominao da

    concorrncia genrica ou geral). Esse mapeamento permite que as empresas

    percebam para onde est migrando o dinheiro dos seus clientes (o chamado

    share of pocket, ou participao no bolso: quanto e para quem est migrando o

    poder de compra de cada cliente).

    Um estudo mais aprofundado da concorrncia deve abranger tambm a

    anlise e identificao dos concorrentes diretos e concorrentes indiretos. Isso

    auxiliar no dimensionamento dos custos e esforos a serem desenvolvidos

    numa ao de marketing. Os concorrentes diretos so aqueles que atuam no

    mesmo ramo de negcios de outras empresas, oferecendo ao mercado

    produtos semelhantes aos disponibilizados pelas demais empresas, disputando

    os mesmos clientes; os concorrentes indiretos so definidos como aqueles que

    oferecem produtos e servios substitutos aos que os consumidores desejam

    comprar, proporcionando-lhes alternativas novas ou diferenciadas para atender

    as necessidades de cada cliente.

    No setor postal, a atuao dos Correios direcionada, principalmente,

  • 35

    para a distribuio porta a porta de documentos (correspondncias, impressos)

    e encomendas, destacando-se, tambm, o atendimento ao pblico, que

    assegurado por uma capilarizada rede de atendimentos (agncias de correios)

    espalhada por todas as cidades brasileiras. Essa funo desempenhada pelos

    Correios prevista na Constituio Federal de 1988 (Art. 21, Inciso X), onde

    atribuda, Unio, a obrigao da prestao e manuteno dos servios

    postais em todo o territrio brasileiro. Essa determinao foi ratificada pela Lei

    n. 6538, de 22 de junho de 1978, que estabelece, como integrantes do

    monoplio postal, os servios de carta, carto postal, correspondncia

    agrupada e telegrama. Encomendas expressas, no expressas e impressos

    (jornais, revistas, livros, mala direta) esto excludos dessa rea de

    abrangncia do monoplio postal.

    Dentro deste cenrio, a ao da concorrncia vem se acirrando nos

    ltimos tempos, especialmente pelos efeitos da globalizao, concentrando-se,

    principalmente, nos servios no inseridos nos limites do monoplio postal,

    com destaque especial para o segmento de encomendas. Essa atuao

    concorrencial mais presente nas principais capitais e nos grandes centros do

    Pas, cuja causa est relacionada com a entrada das couriers no mercado

    nacional, situao fortalecida a partir da metade dos anos 90, com a chegada,

    ao Brasil, dos grandes operadores logsticos internacionais e de grandes

    indstrias estrangeiras (montadoras de veculos como a Renault, Audi, Chrysler

    e FORD) e de grandes distribuidores e varejistas, a exemplo da Wal-Mart.

    Em razo de limitao imposta pelas leis brasileiras, as empresas de

    couriers esto autorizadas a operar somente nos segmentos internacionais e

    a firmar parcerias com transportadoras nacionais, expandindo, assim, sua

    atuao como operadores logsticos das grandes empresas sediadas no Pas.

    Destacam-se, principalmente, as empresas DHL, FEDEX, TAM e TNT, cujas

    atuaes so crescentes tambm na Bahia, onde contam com os principais

    parceiros locais: Rapido Cometa, Rodoramos Transportes, Cinco Estrelas,

    Braspress, Itapemirim e Novo Horizonte. Juntas, essas empresas so

    responsveis pelas contas totais de transportes de grandes outras empresas

    sediadas na Bahia, como Braskem, Tim Nordeste, O Boticrio, Ford, Natura,

    Telemar, Avon Cosmticos, Marisa e Azalia Calados. (Relatrio da

  • 36

    Assessoria de Planejamento e Gesto, 2007).

    Os principais atributos desses concorrentes so bastante similares e

    podem ser assim elencados:

    EMPRESA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

    DHL 1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Forte experincia em

    gerenciamento de cadeias de

    suprimentos para mercados

    diversos.

    3- Processos decisrios geis

    e flexveis, com reduzida

    burocracia.

    4- Avanados sistemas de

    informao e monitoramento

    de carga.

    5- Frota area prpria.

    1- Baixa capilaridade,

    com atuao focada nas

    capitais e grandes

    centros brasileiros.

    2- Preos elevados, em

    comparao aos

    praticados pelos

    Correios

  • 37

    FEDEX 1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Forte experincia em

    gerenciamento de cadeias de

    suprimentos para mercados

    diversos.

    3- Processos decisrios geis

    e flexveis, com reduzida

    burocracia.

    4- Avanados sistemas de

    informao e monitoramento

    de carga.

    5- Frota area prpria.

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Preos elevados, em

    comparao aos

    praticados pelos

    Correios.

    3- Atuao bastante

    voltada para o mercado

    internacional.

    TAM 1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Forte experincia em

    gerenciamento de cadeias de

    suprimentos para mercados

    diversos.

    3- Processos decisrios geis

    e flexveis, com reduzida

    burocracia.

    4- Avanados sistemas de

    informao e monitoramento

    de carga.

    5- Frota area prpria.

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Preos elevados, em

    comparao aos

    praticados pelos

    Correios.

  • 38

    TNT DO BRASIL

    S/A

    1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Forte experincia em

    gerenciamento de cadeias de

    suprimentos para mercados

    diversos.

    3- Processos decisrios geis

    e flexveis, com reduzida

    burocracia.

    4- Avanados sistemas de

    informao e monitoramento

    de carga.

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Preos elevados, em

    comparao aos

    praticados pelos

    Correios.

    3- Atuao bastante

    voltada para o mercado

    internacional.

    RAPIDO

    COMETA

    1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Preos baixos (comparados

    aos praticados pelos

    Correios).

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Atuao voltada para

    transporte terrestre

    (rodovirio).

    3- Aumento do tempo de

    entrega de encomendas

    em razo da

    necessidade de

    aproveitamento do

    espao total dos

    veculos de transporte.

    4- Sistemas de

    informao e

    rastreamento de cargas

    pouco desenvolvidos.

  • 39

    RODORAMOS

    TRANSPORTES

    1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Preos baixos (comparados

    aos praticados pelos

    Correios).

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Atuao voltada para

    transporte terrestre

    (rodovirio).

    3- Aumento do tempo de

    entrega de encomendas

    em razo da

    necessidade de

    aproveitamento do

    espao total dos

    veculos de transporte.

    4- Sistemas de

    informao e

    rastreamento de cargas

    pouco desenvolvidos.

  • 40

    RODOVIRIO

    CINCO

    ESTRELAS

    1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Preos baixos (comparados

    aos praticados pelos

    Correios).

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Atuao voltada para

    transporte terrestre

    (rodovirio).

    3- Aumento do tempo de

    entrega de encomendas

    em razo da

    necessidade de

    aproveitamento do

    espao total dos

    veculos de transporte.

    4- Sistemas de

    informao e

    rastreamento de cargas

    pouco desenvolvidos.

  • 41

    BRASPRESS 1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Preos baixos (comparados

    aos praticados pelos

    Correios).

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Atuao voltada para

    transporte terrestre

    (rodovirio).

    3- Aumento do tempo de

    entrega de encomendas

    em razo da

    necessidade de

    aproveitamento do

    espao total dos

    veculos de transporte.

    4- Sistemas de

    informao e

    rastreamento de cargas

    pouco desenvolvidos.

  • 42

    ITAPEMIRIM 1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Preos baixos (comparados

    aos praticados pelos

    Correios).

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Atuao voltada para

    transporte terrestre

    (rodovirio).

    3- Aumento do tempo de

    entrega de encomendas

    em razo da

    necessidade de

    aproveitamento do

    espao total dos

    veculos de transporte.

    4- Sistemas de

    informao e

    rastreamento de cargas

    pouco desenvolvidos.

  • 43

    NOVO

    HORIZONTE

    1- Capacidade logstica

    ampliada (inexistncia de

    limites de dimenses e peso

    para encomendas).

    2- Preos baixos (comparados

    aos praticados pelos

    Correios).

    1- Baixa capilaridade,

    com foco nas capitais e

    grandes centros

    brasileiros.

    2- Atuao voltada para

    transporte terrestre

    (rodovirio).

    3- Aumento do tempo de

    entrega de encomendas

    em razo da

    necessidade de

    aproveitamento do

    espao total dos

    veculos de transporte.

    4- Sistemas de

    informao e

    rastreamento de cargas

    pouco desenvolvidos.

    Os quadros abaixo mostram o resultado de pesquisa envolvendo

    executivos de entidades sediadas no Estado, apresentando as empresas mais

    lembradas em transportes de encomendas e malote e a participao efetiva de

    mercado de cada uma delas.

    Participao na lembrana das principais empresas:

    Empresas mais lembradas Participao na lembrana

    Correios 40,4%

    Rodoramos 10,2%

    Rapido Cometa 8,9%

    TAM 2,4% Rodovirio Cinco Estrelas 2,2% Braspress 1,8% Itapemirim 1,6% Outras 32,5%

    Total 100%

  • 44

    Fonte: CEPA/UFGRS, 2005.

    Participao de mercado das principais empresas:

    Empresas mais importantes Participao no mercado

    Correios 34,3%

    Rapido Cometa 8,7% Rodoramos 7,4% Braspress 3,5% Rodovirio Cinco Estrelas 3,4% TAM 3,4% Rodovirio Novo Horizonte 2,0% Outras 37,9%

    Total 100%

    Fonte: CEPA/UFGRS, 2005.

    Observa-se, a partir dos resultados acima, que a concorrncia

    partilhada entre grandes empresas areas e de transportes terrestres

    regionais. A combinao entre esses dois tipos de transportes logsticos

    (areo e terrestre) proporciona a ampliao da rea de atuao dessas

    organizaes concorrentes. Porm, essa capacidade logstica ainda no

    possibilitou uma expanso significativa do mercado de interveno dessas

    empresas em toda a extenso brasileira, ficando, essa atuao, bastante

    concentrada nas grandes capitais e principais municpios brasileiros.

    4.2.5 Clientes

    Com a exasperao da concorrncia e o aumento dos nveis de

    conhecimento e exigncia dos consumidores, as prticas de marketing

    empreendidas pelas empresas passaram a ser permeadas de um estudo

    aprofundado dos consumidores, voltado anlise do comportamento de

    compra desses clientes e identificao dos papis que cada um assume

    nesse processo.

    Segundo Kotler (2006, p. 95), o conhecimento das caractersticas (perfil)

    demogrficas (aspectos sociais, culturais e econmicos dos consumidores

    idade, tamanho da famlia, sexo, rendimentos, classe social, raa, nvel de

    instruo, religio, etc.), geogrficas (pases, estados, cidades ou bairros onde

    esto localizados os consumidores) e psicolgicas (estilo de vida,

  • 45

    personalidade e valores) dos consumidores, bem como dos papis de compra

    assumidos por esses clientes deve sempre preceder qualquer ao de

    marketing que vise satisfao dos desejos e necessidades de consumo da

    clientela. Dentro desta concepo, Kotler menciona dois tipos de participao

    dos consumidores no processo de compra:

    Participao Direta: os consumidores se relacionam diretamente com o

    processo de escolha, compra e consumo ou uso de um determinado produto

    ou servio;

    Participao Indireta: os pontos de vista de cada consumidor podem

    influenciar na seleo de produtos e servios a serem adquiridos.

    Baseado nesses tipos de participao, os consumidores podem assumir

    trs papis diferentes, a saber:

    a) Especificador: os consumidores que determinam as caractersticas e

    funcionalidades do produto ou servio a ser comprado, participando da

    seleo das alternativas;

    b) Decisor: consumidores que tm o poder de decidir pela compra do

    produto ou servio;

    c) Usurio: consumidores que iro utilizar ou consumir o produto ou servio

    adquirido.

    Em razo da ampla gama de produtos e servios que oferece, os

    Correios possuem uma vasta carteira de clientes, composta de pessoas fsicas

    e jurdicas (desde empresas privadas, at pblicas). Atravs das diversas

    agncias de correios so recepcionadas e atendidas, em todas as partes do

    Pas, demandas oriundas do segmento varejista (pessoas fsicas e jurdicas),

    quanto do segmento atacadista (pessoas jurdicas com contratos formalizados

    com os Correios).

    Na Bahia, essa realidade configura-se com desenhos diferenciados na

    capital e no interior do Estado. Em Salvador, devido ao seu potencial

    econmico, h uma concentrao expressiva de empresas e rgos pblicos

    que se utilizam dos produtos e servios da ECT, atravs de contratos, cujo

    pagamento dos produtos e servios adquiridos por meio desses instrumentos

    contratuais realizado na modalidade a faturar (atravs de boleto bancrio).

    Nas cidades do interior do Estado, principalmente naquelas com menor

  • 46

    potencial econmico, verifica-se uma incidncia elevada do uso dos servios e

    produtos dos Correios por pessoas fsicas, sendo, portanto, bastante forte o

    segmento varejista nessas localidades, cuja receita oriunda, principalmente

    da aquisio de selos, envio de cartas, telegramas, encomendas, confeco de

    CPF, inscrio em concursos, uso dos servios do Banco Postal.

    Entre os maiores clientes dos Correios na Bahia, no segmento de

    atacado, destacam-se os rgos pblicos, especialmente o IPRAJ Instituto

    Pedro Ribeiro de Administrao Judiciria, seguido das secretarias e rgos

    estaduais. (Intranet Correios, 2008 e SGC Sistema de Gesto Comercial,

    2008)

    4.3 Matriz BCG

    Os Correios possuem um portflio rico e variado de produtos e servios,

    apresentado de forma segmentada e assim distribudos:

    Segmento MENSAGEM: compreende a distribuio de

    correspondncias remetidas por pessoas fsicas e jurdicas;

    Segmento ENCOMENDAS: abrange as linhas EXPRESSA e NO

    EXPRESSA, nas quais esto inseridas, respectivamente, a famlia SEDEX

    (SEDEX NACIONAL, SEDEX 10, SEDEX HOJE, SEDEX A COBRAR, e-

    SEDEX), a ENCOMENDA NORMAL, a ENCOMENDA PAC e a LOGSTICA

    REVERSA;

    Segmento MARKETING DIRETO: inclui os servios direcionados

    distribuio de material de marketing, peas promocionais e publicaes

    peridicas;

    Segmento MALOTE: servio destinado remessa de correspondncia

    agrupada de pessoas jurdicas entre origens e destinos pr-definidos;

    Segmento INTERNACIONAL: abarca toda a linha de servios voltados

    exportao (EXPORTA FCIL, SEDEX MUNDI, VALE POSTAL

    INTERNACIONAL) e importao (IMPORTA FCIL);

    Segmento DIGITAL: voltado para o comrcio eletrnico

    (CORREIOSNET SHOPPING) e de tecnologia (SPE TELEGRAMA VIA

    INTERNET E CERTIFICAO DIGITAL);

    Segmento CONVENINCIA: responsvel pelo desenvolvimento de selos

  • 47

    e produtos filatlicos destinados ao colecionismo, produtos pr-selados

    (aerogramas, envelopes), personalizados (selos, envelopes), caixa postal e

    embalagens (caixas de encomenda e envelopes SEDEX);

    Segmento FINANCEIRO: contempla as atividades bancrias do BANCO

    POSTAL (parceria entre Correios e Bradesco);

    Segmento LOGSTICA: responsvel pelos servios logsticos

    direcionados ao gerenciamento da cadeia produtiva de empresas diversas.

    Esse mix de produtos e servios apresenta caractersticas e

    desempenhos comerciais diferenciados, levando-os ao enquadramento

    demonstrado a seguir, atravs da Matriz BCG:

    CorreiosNet Shopping

    e-Sedex

    Certificao Digital

    Logstica Integrada

    Logstica Reversa

    Sedex

    Sedex 10

    Sedex Hoje

    Encomenda PAC

    ESTRELA

    Banco Postal

    Impresso Especial

    Mala Direta Postal

    Exporta Fcil

    OPORTUNIDADES OU

    INTERROGAO

    Malote

    Correspondncia

    Telegrama

    VACA LEITEIRA

    Aerogramas

    Selos

    Envelopes pr-selados

    ABACAXI

  • 48

    Do exposto, atravs da matriz BCG, os servios inseridos no quadrante

    Estrela fazem parte, em sua quase totalidade, do segmento Encomendas (e-

    Sedex, Sedex, Sedex 10, Sedex Hoje e Encomenda PAC), outros do segmento

    Logstica (Logstica Integrada e Logstica Reversa) e os demais (CorreiosNet

    Shopping, Certificao Digital), do segmento Digital. Esses servios

    apresentam-se posicionados em um mercado crescente, com tendncia de

    aumento da participao dos Correios nessa fatia de mercado. Em

    contrapartida, por no estar inserida na rea do monoplio postal, essa clula

    de negcios apresenta uma acirrada concorrncia, exigindo investimentos

    macios em aparatos tecnolgicos e logsticos, alm da adoo constante de

    estratgias de marketing, que possibilitem a permanncia da vantagem

    competitiva dos Correios nesse mercado em crescimento.

    No quadrante Oportunidades ou Interrogao, encontram-se dispostos

    os servios dos segmentos Financeiro (Banco Postal), Internacional (Exporta

    Fcil) e Marketing Direto (Impresso Especial, Mala Direta Postal). O mercado

    relacionado a esses servios apresenta altas taxas de crescimento; contudo, os

    Correios detm pequena parcela de negcios nesses segmentos, em virtude

    da penetrao do Banco Bradesco em mercados antes explorados apenas pela

    ECT, com atuao paralela e concorrencial parceria antes existente (fato

    relacionado com os servios do Banco Postal); reduo das exportaes em

    virtude da desvalorizao cambial e inexistncia de correspondente no exterior

    para facilitar e agilizar os processos de liberao de cargas exportadas

    (servios do segmento Internacional); tarifas elevadas em comparao s

    praticadas pela concorrncia (servios de Impresso Especial e Mala Direta

    Postal).

    O quadrante Vaca Leiteira contm os servios dos segmentos Malote e

    Mensagem (Correspondncia) e Digital (Telegrama). Na receita oriunda da

    variada gama de produtos e servios comercializados pelos Correios, esses

    servios demonstram altas parcelas de mercado, estando relacionados com

    negcios estabelecidos com reas maduras (com baixas taxas de

    crescimento), onde prevalecem relaes comerciais duradouras e fidelizadas,

    firmadas h um tempo considervel, podendo-se afirmar que, devido s

  • 49

    prprias necessidades do mercado, a demanda por esses servios

    empurrada (sistema just in case), no existindo custos de marketing para

    manuteno dessa fatia de mercado alcanada e mantida pela ECT.

    No quadrante Abacaxi, esto inseridos produtos do segmento

    Convenincia. Dentro da receita obtida com os negcios firmados pelos

    Correios, esses produtos apresentam baixa representatividade, demonstrando

    tendncia de queda, sinalizando reduo nas taxas de crescimento. O

    decrscimo na comercializao desses produtos est relacionado com a

    expanso da internet e o correio eletrnico (e-mails, MSN), os quais atuam

    como facilitadores do envio de mensagens, de forma gil, para qualquer parte

    do mundo. Esses produtos (selos, envelopes pr-pagos e aerogramas),

    principalmente os selos, tm uma comercializao bastante direcionada para a

    filatelia (ramo destinado ao colecionismo), uma vez que as remessas de

    correspondncias tm sido demandadas por pessoas jurdicas, que utilizam

    estampas de franqueamento emitidas por mquinas de franquear. As

    estratgias de marketing utilizadas pela ECT para reverter essa situao,

    pretendem estimular o colecionismo de selos entre jovens de todas as idades,

    atravs do Projeto Correios nas Escolas. (Intranet Correios, 2008).

    5 Anlise SWOT ou FPOA

    5.1 Anlise do Ambiente Interno

    a) Foras: Diferenciao ou vantagens internas da organizao, favorecendo-

    lhe diante de oportunidades e ameaas do ambiente externo. uma varivel

    controlvel.

    b) Fraquezas: Desvantagens internas ou situaes inadequadas da

    organizao, limitando-a diante de oportunidades e ameaas do ambiente

    externo. tambm uma varivel controlvel.

    c) Pontuao: Grau de Relevncia: 1- Menor; 3 - Mdia; 5 Maior;

    Tendncia: 1 Crescente; 2 Estvel; 3- Decrescente.

    Em relao ao ambiente interno, os Correios assim se posicionam:

    Grau de Relevncia

  • 50

    Ambiente Interno Foras Fraquezas Tendncia

    Capacitao da fora de trabalho. 5 - Crescente

    Uso das novas tecnologias, com

    ganho de produtividade.

    5 - Crescente

    Imagem e credibilidade

    institucional.

    5 - Crescente

    Capilaridade. 5 - Crescente

    Cultura empreendedora. - 5 Crescente

    Velocidade no processo decisrio - 3 Estvel

    Captura e reteno de talentos. - 5 Estvel

    Gesto participativa. 3 - Crescente

    Transparncia na gesto. 3 - Crescente

    Controle de custos X lucratividade. - 3 Estvel

    Gesto da ECT por meio das

    prticas do Modelo de Excelncia

    do PNQ.

    3 - Crescente

    Gerenciamento de riscos. - 5 Crescente

    Fonte: Relatrio da Assessoria de Planejamento e Gesto Correios/BA, 2007.

    Esses resultados revelam que as polticas estabelecidas pelo governo

    federal e, particularmente, pelo Ministrio das Comunicaes, colocam a ECT

    frente a novos desafios, principalmente no que se refere s estratgias internas

    de modernizao dos processos postais, a fim de que se prevalea sua

    competitividade. Pela prpria classificao dos Correios como empresa pblica,

    os trmites para renovao e insero de novos processos administrativos e

    tecnolgicos apresentam um ritmo menos acelerado que o exigido pelo

    mercado onde atua.

    Dentro desse contexto, imprescindvel que a organizao direcione

    suas aes no sentido de promover agilidade na gesto dos processos

    decisrios, desenvolvendo internamente uma cultura empreendedora, com

    controle de custos e riscos, aliado ao aumento da lucratividade, imprimindo

    maior velocidade na implantao de servios customizados e competitivos.

  • 51

    5.2 Anlise do Ambiente Externo

    a) Oportunidades: Aspectos positivos do ambiente que envolve a organizao

    com potencial de trazer-lhe vantagens. So situaes externas, no

    controlveis pela empresa e que podem favorec-la.

    b) Ameaas: Aspectos negativos do ambiente que envolvem a organizao,

    configurando-se como obstculos ao desempenho da empresa, com potencial

    para comprometer as vantagens que ela possui.

    c) Pontuao: Grau de Relevncia: 1 Menor; 3 Mdia; 5 Maior;

    Tendncia: 1 Crescente; 2 Estvel; 3 Decrescente.

    Com base nessa pontuao, o ambiente externo assim se apresenta

    para os Correios:

    Ambiente Externo Grau de Relevncia Tendncia

    Oportunidade

    s

    Ameaa

    s

    Conhecimento pelos clientes da

    correlao

    entre necessidade X preo.

    5 - Crescente

    Novas tecnologias. 5 - Crescente

    Descentralizao das reas

    produtoras e consumidoras.

    5 - Crescente

    Universalizao dos servios

    postais.

    3 - Estvel

    Demandas sociais, com

    ampliao de emprego