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PEOPLE CONNECTIONS Inteligência humana na era digital MERCADO Audiovisual pode alavancar a economia do estado EMPREENDEDORISMO QUE GERA REVISTA DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRO DESDE 1921 Nº 305 JUL/AGO/SET 2018

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PEOPLE CONNECTIONS Inteligência humana na era digital

MERCADO Audiovisual pode

alavancar a economia do

estado

empreendedorismo que gera

REVISTA DA CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA DO RIO DE JANEIRODESDE 1921 Nº 305 JUL/AGO/SET 2018

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UNIDADE BARRA DA TIJUCA

Av. Afonso Arinos de Melo Franco, 222 - 5º andar Tel: (21) 3252 3000

Rua Lauro Müller, 116 - 34º andar - Torre do Rio Sul Tel: (21) 2546 3000

UNIDADE BOTAFOGO

www.medriocheck-up.com.br [email protected]

facebook.com/medriocheckup

CENTRAL DE AGENDAMENTO(21) 2546 3000

SEMPRE À FRENTE

CHECK-UPCOMPLETO EM UMA MANHÃ

OU UMA TARDE, INCLUSIVE AOS

SÁBADOS.

CRE

MER

J 52

-334

96-3

Méd

ico

Resp

onsá

vel D

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ilber

to U

rura

hy

Pioneirismo, qualidade, humanização, modernidade, busca constante da excelênciae o encantamento total do cliente, sempre foram o foco da MED•RIO CHECK-UP.

Com o mais completo Programa Integrado de Medicina Preventiva, equiparado aosda Cleveland Clinic e Mayo Clinic nos Estados Unidos e Hospital Americano de Paris.

A MED•RIO CHECK-UP é a única que disponibiliza os resultados em 24 horas,podendo ser acessados a partir de aplicativo móvel próprio e a única a disponibilizar

mamografia digital para complementar o check-up feminino “in loco”.

Uma equipe médica formada por 12 especialistas, do mais alto padrãotécnico, estará a sua disposição nas unidades Barra da Tijuca e Botafogo.

Seu check-up médico completo é realizado em apenas 5 horas, numa manhãou uma tarde, priorizando assim sua saúde sob a orientação do ISO 9001.

Após o check-up desenvolvemos programas de promoção a sua saúde.

Conforto e privacidade é o que você vai encontrar nasduas unidades da MED•RIO CHECK-UP.

Disponível na

Disponível no

UNIDADE BARRA DA TIJUCA

Av. Afonso Arinos de Melo Franco, 222 - 5º andar Tel: (21) 3252 3000

Rua Lauro Müller, 116 - 34º andar - Torre do Rio Sul Tel: (21) 2546 3000

UNIDADE BOTAFOGO

www.medriocheck-up.com.br [email protected]

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CENTRAL DE AGENDAMENTO(21) 2546 3000

SEMPRE À FRENTE

CHECK-UPCOMPLETO EM UMA MANHÃ

OU UMA TARDE, INCLUSIVE AOS

SÁBADOS.

CRE

MER

J 52

-334

96-3

Méd

ico

Resp

onsá

vel D

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Pioneirismo, qualidade, humanização, modernidade, busca constante da excelênciae o encantamento total do cliente, sempre foram o foco da MED•RIO CHECK-UP.

Com o mais completo Programa Integrado de Medicina Preventiva, equiparado aosda Cleveland Clinic e Mayo Clinic nos Estados Unidos e Hospital Americano de Paris.

A MED•RIO CHECK-UP é a única que disponibiliza os resultados em 24 horas,podendo ser acessados a partir de aplicativo móvel próprio e a única a disponibilizar

mamografia digital para complementar o check-up feminino “in loco”.

Uma equipe médica formada por 12 especialistas, do mais alto padrãotécnico, estará a sua disposição nas unidades Barra da Tijuca e Botafogo.

Seu check-up médico completo é realizado em apenas 5 horas, numa manhãou uma tarde, priorizando assim sua saúde sob a orientação do ISO 9001.

Após o check-up desenvolvemos programas de promoção a sua saúde.

Conforto e privacidade é o que você vai encontrar nasduas unidades da MED•RIO CHECK-UP.

Disponível na

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Edição 305 Brazilian Business_3

PERFIL

OPERANDO DESDE 1981 NO BRASIL E A PARTIR DE 2017 NA

ÍNDIA, A QUEIROZ GALVÃO ÓLEO E GÁS – QGOG É RECONHECIDA

PELA SUA ALTA PERFORMANCE OPERACIONAL NA PRESTAÇÃO

DE SERVIÇOS DE PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO.

O CENTRO DE MONITORAMENTO OFFSHORE DA EMPRESA É

UM MARCO TECNOLÓGICO PARA A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

E REFORÇA O VALOR DA SEGURANÇA, QUE É A BASE DE SUA

SUSTENTABILIDADE E ESTÁ PRESENTE NO DIA A DIA DAS

OPERAÇÕES E NA CULTURA DOS SEUS COLABORADORES.

FOTO: ARQUIVO QUEIROZ GALVÃO ÓLEO E GÁS

FOCOFocoFoco

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Conheça o novo Cônsul-geral dos EUA para o Rio de Janeiro http://bit.ly/novoconsuleuario

Nova fase é obrigatória para empresas com faturamento até R$ 78 milhões, exceto micro, pequenas e MEIArtigo escrito por Rita Araújo e Marcelo Lima, diretores da Domingues e Pinho Contadores

http://bit.ly/2MzXYUu

Os rumos do mercado de energia no Brasilhttp://bit.ly/debateenergia

Comunicação AmCham Rio

Aléxia Costa, Juliana Botelho e Veriza Duca

Edição Grupo zoom Out de

Comunicação Corporativa

Jornalista responsável Bianca Gomes

MTB 25.098

[email protected]

Colaboraram nesta edição:

Felipe Daniel e Felipe Teixeira (edição de

arte), Marcelo Cortez, Leo Aversa, Midori de Lucca (foto), Fernanda Falcão e Nadia Stanzig (coordenação) e Sonia

Cardoso (revisão)

Os artigos assinados são de total responsabilidade dos

autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores e a da Câmara

de Comércio Americana do Rio de Janeiro

Publicidade Felipe Tavares

[email protected]

Giuliana Sirena [email protected]

A tiragem desta edição da Brazilian Business é de 2 mil exemplares

Impressão: Walprint

Uma publicação da Câmara de Comércio

Americana do Rio de Janeiro

Praça Pio X, 15, 5º andar

20040-020 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3213-9200 Fax: (21) 3213-9201

[email protected] www.amchamrio.com

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exemplar, ou queira atualizar seus dados, entre em contato com

Cyntia Beatrice: (21) 3213-9200

A Brazilian Business usa papel com certificação FSC, garantia de que a

matéria-prima florestal tem manejo social, ambiental e

economicamente adequado.

28 PERFIL Ana Karina Dias, líder da Prática de Organização na América Latina, fala sobre o empenho da McKinsey em aju-dar grandes empresas a alcançarem altos níveis de produção

30 OPINIÃOKarin Parodi, CEO da Career Center, discorre sobre as novas práticas de re-tenção de talentos

32 DIRETORIA EM FOCODiretores da AmCham Rio opinam so-bre Compliance no Brasil

34 AMCHAM NEWSConfira os melhores momentos do Sunset Networking e outros eventos promovidos pela Câmara

06 CARTA DO PRESIDENTEPedro Almeida diz que tecnologia, inovação e sustentabilidade são os pilares do futuro e fala de eventos Premium da casa, entre eles o 14º Prêmio Brasil Ambiental

08 PEOPLE CONNECTIONSFormadores de opinião se encontram para discutir o futuro da interação entre o homem e a máquina

12 MERCADO Estado do Rio tem vocação para capital do audiovisual brasileiro

16 CAPACultura de empreendedorismo pode estimular pessoas e servir de motor para a economia do Rio de Janeiro

24 CONEXÃO GLOBAL Brasil e Estados Unidos lançam Fórum Permanente de Segurança para combater crimes comuns aos dois países

26 ENTREVISTA Em exclusiva, o general Walter Souza Braga Netto fala sobre sua gestão à frente da Intervenção Federal e os investimen-tos em Segurança Pública

SUMÁRIO

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INCLUSÃO

6_Edição 305_ jul/ago/set 2018

CARTA DO PRESIDENTE

Marcelo piu

Pedro alMeida, prEsidEntE da Câmara dE ComérCio amEriCana do rio dE JanEiro

o futuro é tecnológico, inovador e sustentável

Estar atento ao futuro e às transformações que ele pode trazer é uma das grandes preocu-pações dos líderes atuais. O avanço das tecnologias tem provocado uma reviravolta no modo de agir, pensar e consumir das sociedades, exigindo um novo posicionamento das

empresas e postura de seus executivos perante o mercado.A inteligência artificial, um dos maiores avanços da indústria 4.0, está se disseminando para

tornar as organizações mais produtivas e eficientes, possibilitando eliminar processos e também algumas funções de repetição. Ao mesmo tempo em que é vista com entusiasmo, esta constata-ção faz surgir indagações do tipo: Como se estabelecerá, num futuro que já bate à nossa porta, a interação entre o homem e a máquina?

Para discutir os caminhos das relações entre as inteligências humana e artificial, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) promoveu o People Connections, que acontece há quatro anos e se consagrou como um dos eventos mais estratégicos desta Casa, justa-mente por abranger temas que discutem novas dinâmicas nas relações humanas e um futuro que ainda gera incertezas e no qual as sociedades estão apenas aprendendo a lidar com elas.

Para elucidar, trouxemos especialistas no assunto e representantes de empresas com pensa-mentos vanguardistas, que nos mostram, por meio de abordagens concretas e visões macro, que existe um novo tempo chegando, de pessoas com skills necessárias para melhorar o mundo e o jeito de fazer negócios.

A nova geração de empreendedores – sobre a qual você poderá ler mais a respeito em nossa matéria de capa – é que vai liderar essas mudanças com seu poder de inovação. À frente de suas startups, jovens com mentes disruptivas criam, a cada dia, novos modelos de negócio, com alto potencial de escalabilidade e baixo investimento, sem deixar de lado premissas fundamentais como o respeito, sobretudo pela ótica da diversidade, da ética e do meio ambiente.

Em continuidade à série Mercado – matérias que mostram como o Rio de Janeiro pode se be-neficiar ao explorar segmentos com alto potencial econômico – vamos abordar a área do Audio-visual, uma vez que o estado do Rio de Janeiro, com sua vocação, é o maior produtor de conteúdo audiovisual no Brasil, respondendo por 66% do emprego e 73,3% da massa salarial do setor.

Nesta edição trazemos, ainda, uma entrevista com o responsável pela intervenção federal na Segurança do Rio, general Walter Souza Braga Netto. No mês de julho, a diretoria da AmCham Rio teve a oportunidade de se reunir com ele e, na exclusiva, o interventor fala de sua atuação, mostrando os resultados obtidos ao longo dos meses, e de sua expectativa em Segurança após 31 de dezembro, quando se dará o fim da intervenção.

Com olhos permanentes nos acontecimentos do futuro, antecipo o convite para outro grande evento promovido por nossa entidade, o 14º Prêmio Brasil Ambiental (PBA), que reconhece as melhores iniciativas de sustentabilidade empresariais no País. Este ano contará com a 2ª Confe-rência de Sustentabilidade que irá abordar o tema “Inovação e Sustentabilidade”. Em linha com as mudanças de comportamento nas pessoas e nas corporações, que estimulam e cobram a revisão das boas práticas, é nosso papel, por mais um ano, discutir e incentivar os esforços do setor pri-vado para um mundo mais limpo e sustentável.

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Edição 305 Brazilian Business_9

PEOPLE CONNECTIONS

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lhor. Em toda revolução, o cenário disruptivo, se não for acompanhado de conhecimento, traz insegurança. E o desconhecimento sobre os fatos gera toxicidade”, diz Danienne, des-tacando a importância das pesqui-sas científicas – como a de Cynthia Breazel, do (MIT) – que esclarecem e mostram a colaboração espetacular entre inteligência artificial e emocio-nal produzindo resultados fantásti-cos para a sociedade.

“Com a possibilidade de tarefas repetitivas serem desempenhadas pela IA, novas funções estão sur-gindo e abrindo espaço para inú-meras outras atividades humanas. Vemos, também, muito progresso e descobertas em prol de uma vida melhor, com altos avanços na me-dicina e mudanças exponenciais que trazem velocidade, conveniên-cia e conectividade”, disse a líder do comitê. O evento foi apresentado pela Amil, com patrocínio master da Med-Rio Check-Up e SulAméri-ca Centro de Convenções. O apoio de mídia foi da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, Great Place to Work, Insti-tuto de Tecnologia e Sociedade do Rio, Progressiva Soluções Integra-das em Negócio e Stato.

Para proporcionar ampla visão sobre o impacto que a IA e as novas tecnologias vão promover no univer-so corporativo, o evento contou com painéis de seis especialistas, que re-ceberam as boas-vindas de Pedro Al-meida, presidente da AmCham Rio.

José Claudio Securato, CEO e sócio-fundador da Saint Paul Escola de Negócios, abriu o evento. Em sua palestra, mostrou como a mudança da economia e as transformações digital, social e cultural irão promo-

“MENTES GLOBAIS INTERAGINDO CRIAM A PLURALIDADE DE

CONHECIMENTOS QUE PODE APORTAR O MUNDO”

JOSÉ CLAUDIO SECURATO, CEO E SóCIO-FUNDADOR DA

SAINT PAUL ESCOLA DE NEGóCIOS

ver a quebra total de paradigmas na forma tradicional de educar e de aprender. A interação entre o pro-fessor e o aluno vai mudar radical-mente e a educação será focada nas necessidades individuais do estu-dante. Para ilustrar como essa trans-formação já começou, ele apontou a operacionalização do LIT (sistema on learning), que combina tecno-logias cloud, mobile, redes sociais e até IA própria, uma plataforma cognitiva chamada Paul, alimentada diariamente com informações por membros do corpo docente.

“O mundo hoje é dessincroniza-do. Adventos como o Blockchain, IoT e realidade aumentada, entre vá-rias outras, provocam mudanças na forma como fazemos as coisas. Se a economia atual se baseia em dados para personalizar produtos e servi-ços a fim de proporcionar melhor ex-periência ao cliente ou consumidor, por que a educação que oferecemos aos nossos filhos não pode ser as-sim?”, alertou Securato. Ele se referia ao modelo disruptivo de ensino, que aposta em conceitos como life long learning, ou seja, na aprendizagem que ocorre ao longo da vida, em mi-cromomentos, e ao modelo adaptati-vo, isto é, moldado na capacidade de aprendizagem de cada indivíduo.

Para debater sobre inteligência artificial e emocional na saúde, Gil-

Transformação digital: uma aliada para a evolução da sociedade berto Ururahy, diretor da AmCham

Rio e líder do comitê de Saúde da entidade, diretor-médico da Med--Rio Check-Up, convidou o público a voltar 28 anos, época em que ele ingressava na área da Saúde, quan-do equipamentos enormes, mas com baixíssimo potencial se comparado à tecnologia de hoje, ocupavam am-plo espaço na sala dos médicos. “De lá para cá, muito se evoluiu. Não há limites para a saúde do homem na era das células-tronco e da nanotec-nologia. Porém, uma coisa para mim

Com o olhar para um futuro que já começou, a Câmara de Comér-cio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) promoveu, no dia 29 de junho, a quarta edição do even-to People Connections. A iniciativa teve viés futurista, não apenas pela presença do robô Connecta, que in-teragiu e tirou fotos dos participan-tes, mas pelos assuntos debatidos, que estimularam discussões sobre os desafios de uma era em que a inte-ligência artificial e a humana devem interagir para se potencializar.

As atuais transformações tam-bém são realidade no universo cor-porativo. O desenvolvimento tecno-lógico, sobretudo com a inteligência

People Connections discute os caminhos para um futuro de colaboração entre as inteligências humana e artificial

Bianca [email protected]

Quarta edição reuniu cerca de 140 líderes e especialistas de diferentes segmentos para debater o potencial das tecnologias disruptivas e o papel do ser humano como protagonista desta revolução digital

artificial (IA), é apontado como o principal responsável pelas mudan-ças comportamentais da sociedade, e estas, consequentemente, impac-tam a dinâmica e a cultura das or-ganizações. A transformação digital sugere que as empresas prepararem suas equipes para acompanhar essa evolução, que traz mais dinamismo à rotina profissional, mas, por outro lado, exige adaptações.

“O líder contemporâneo preci-sa ser inovador, tecnológico, impact driver e futurista – como sugerem a Singularity University e o Institu-to de Tecnologia de Massachusetts (MIT), entre outras universidades vanguardistas. A atitude da liderança

com foco no futuro traduz-se em de-senvolver primeiramente as pessoas, pela capacidade de transformar a re-alidade que as cerca”, afirma Claudia Danienne, líder do comitê de Recur-sos Humanos da Câmara e CHRO & partner da Degoothi Consulting.

“Cultura digital não é modismo. O mindset hoje é de revolucionar o presente, criando um mundo me-

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MARCELO CORTEz

Robô Connecta interage com o público

Gilberto Ururahy falou sobre Medicina na era da tecnologia

Claudia Daniennefala na abertura do evento

O evento lotou o Centro de Convenções SulAmérica

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ambição deles no que tange à trans-formação.” Por meio dessa inicia-tiva, a GE pretende sair do modelo tradicional, adaptando a empresa à entrada iminente dos Millennials e à avalanche de transformações que eles exigirão para ingressar em uma corporação.

A experiência de discutir tendên-cias de um futuro que já é realidade trouxe muita reflexão aos participan-tes. O espaço dentro do evento para interação do público com os pales-trantes – o group thinking – foi mais uma oportunidade de ponderar so-bre a revolução que a tecnologia está provocando ao desenvolver pessoas e empresas mais éticas, que pretendem deixar um legado de inovação para um mundo mais sustentável.

O evento foi encerrado com a pa-lestra de Tania Consentino, presidente da Schneider Electric para a América do Sul, única mulher latino-americana e uma das três mulheres reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) pelo seu trabalho em defesa da

é certa: a máquina não substituirá o médico, porque o paciente é único em todas as suas dimensões”, afir-mou. E corroborou dizendo que a IA ocupa cada vez mais espaço em todas as áreas da medicina, no en-tanto, os ganhos são aplicados à parte física, não abrangem a emo-cional. “Gerar ideias, se emocionar e utilizar o poder dos sentidos é uma capacidade inerente apenas ao ser humano”, assegurou.

A programação seguiu com a pa-lestra de Fabro Steibel, diretor exe-cutivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio). Ele alertou quanto ao uso de IA nas mí-dias sociais e nas empresas e, com exemplos práticos e bem-humora-dos, mostrou que é preciso cautela na aplicação de resultados extraídos por meio dessa tecnologia. “Dados pequenos em um mar de informa-ções podem ser ignorados. Para que haja transparência dos algoritmos, é preciso que a conexão entre o ho-mem e a máquina seja perfeita, caso contrário o resultado pode ser dis-torcido”, disse, para ilustrar a vulne-rabilidade dos resultados.

“A inteligência artificial tem suas limitações. Em um processo de re-crutamento, por exemplo, ela pode até ajudar a apontar o melhor talen-to, mas como garantir que a diversi-dade na empresa foi levada em con-ta? Ou que o candidato apontado é o que a empresa precisa no momento? Como se vê, cabe ao homem ques-tionar as decisões que estão sendo geradas no apertar de um botão”, observou Steibel.

Para falar de Futurismo e Ino-vação, a convidada foi Jaqueline Weigel, chefe- executiva do Gru-po W Futurismo. A necessidade de construir um Brasil protagonista do seu futuro foi o tema de sua fala. O que a polímata – pessoa transversal, que desempenha mais de um papel em sua atividade profissional – quis dizer é que o Brasil deve se esforçar para ser fonte de inspiração global. “O novo modelo de negócio pensa no bem-estar coletivo, encaixando--se nos 17 Objetivos de Desenvol-vimento Sustentável (ODS). O que vemos é uma mudança na forma de pensar. É preciso viver a era do em-poderamento: eu posso fazer! E dar

adeus à era do individualismo: eu primeiro!”, exemplificou.

Para Jaqueline, a tecnologia nos ajuda a evoluir, mas não deve ser o centro das decisões, que vão muito além e incluem ética, singularidade humana (que tipo de pessoas esta-mos formando), futuro do trabalho, empreendedorismo, inovação e for-mação de líderes exponenciais (aque-les que podem influenciar mudanças por meio de uma rede infinita de ha-bilidades). “O futuro é abundante em todos os sentidos. Plural, colorido, democrático e acessível!”, concluiu, com entusiasmo, a executiva.

Mira Noronha, gerente sênior de Aquisição de Talentos da GE Cor-porate para a América Latina, es-colheu o tema Reverse Mentoring para explicar a forte tendência que está possibilitando aos executivos repensarem sua existência no mer-cado de trabalho e a forma de exer-cer a liderança por meio do contato com os mais jovens. “Estamos indo às universidades para ouvir dos pro-fissionais do futuro quais os modelos de gestão que mais os atraem, qual o ambiente de trabalho ideal, qual a

“ESTAMOS CAMINHANDO PARA UMA ERA EM QUE A

FELICIDADE VAI SER A BASE DAS TOMADAS DE DECISÃO”

MIRA NORONhA, GERENTE SêNIOR DE AqUISIçãO DE TALENTOS DA

GE CORPORATE PARA A AMÉRICA LATINA

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TEz sustentabilidade. Com sua visão macro

sobre revolução tecnológica, o traba-lho de Tania ganhou alcance global e conseguiu sensibilizar outras empresas para o tema.

A executiva reverberou a previsão de que 40% das maiores empresas do globo (“Fortune 500”) não existirão daqui a dez anos, simplesmente por tratarem a sustentabilidade como um problema operacional, ignorando a necessidade de alinhar suas estratégias à nova realidade. “A tecnologia mos-trou que é preciso redesenhar a estraté-gia das empresas e do capital humano que gira em torno dela”, afirmou.

Tania pontuou que, na era da indústria 4.0, o que impacta nos negócios é a experiência do cliente (customer experience) e não mais o ativo ou produto. E disse, ainda, que as empresas estão se tornando cada vez mais produtivas, engajan-do clientes e criando plataformas colaborativas com startups orbitan-do em busca de soluções. “A postura ideal hoje é de sermos provocadores de nossa própria ruptura. O concor-rente de hoje não é o tradicional-mente conhecido.” E indagou: “Qual o seu concorrente do futuro?”

“AS NECESSIDADES ESTÃO MUDANDO. IMPACTO

AMBIENTAL, CORRUPÇÃO E LUCRO ACIMA DE TUDO NÃO

SÃO MAIS A PEGADA NOS NEGÓCIOS. AS PESSOAS

QUEREM FAZER ALGO ÍNTEGRO E CONSISTENTE

PARA FAZER A DIFERENÇA”

TANIA CONSENTINO, PRESIDENTE DA

SChNEIDER ELECTRIC PARA AMÉRICA DO SUL

Revolução tecnológica dará origem a um mundo mais sustentável

“ESTÁ NA HORA DE TIRAR DE CENA O SER HUMANO QUE SÓ PENSA EM SI E APRESENTAR

AQUELE QUE ESTÁ APOIADO NA ÉTICA E EM VALORES”

JAqueLINe WeIgeL, CheFe-exeCuTIvA do grupo W FuTurISmo

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Fabro Steibel alertou a vulnerabilidade de dados obtidos com uso da Inteligência Artificial

A 4ª edição do People Connections reuniu especialistas para debaterinteligência humana na era digital

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Edição 305 Brazilian Business_13

MERCADO

12_Edição 305_ jul/ago/set 2018

O poder público e a sociedade já perceberam a for-ça econômica da indústria criativa e os números estão aí para comprovar. O site do Ministério da

Cultura (MinC) mostra que, em 2017, a economia criativa representava 2,64% do PIB nacional – no Rio de Janeiro, esse número era maior que 4% – e figurava como uma das dez maiores atividades econômicas do Brasil, gerando um milhão de empregos diretos. Em 2016, o número de empregos registrados apenas pelo setor audiovisual foi de 91.834, conforme Estudo Anual 2018 da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Além de movimentar a empregabilidade, outros seto-res como moda, design, música, novas mídias, artes cêni-cas e artes plásticas, e alguns setores da economia formal, também são impulsionados pelo audiovisual. O chamado turismo cinematográfico, que utiliza os filmes, séries de TV e publicidade para influenciar as decisões dos turistas quanto ao destino de férias, é exemplo claro disso.

O poder do audiovisual

Bianca [email protected]

Um setor promissor, que já movimenta tendências na comunicação e pode beneficiar economicamente o estado do Rio de Janeiro

De acordo com o Mapeamento e Impacto Econômico do Setor Au-diovisual no Brasil de 2016, elabo-rado em conjunto pela Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), Sebrae (Ser-viço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Fundação Dom Cabral (FDC), o valor adi-cionado pela indústria audiovi-sual à economia brasileira passou de 0,4%, em 2010, para 0,44%, em 2014, um aumento significativo, com crescimento de 10% na parti-cipação do setor audiovisual.

Para o governo federal, uma das formas de explorar o alto potencial de geração de renda da indústria criativa, além de todos os ganhos so-ciais e culturais conhecidos, é posi-cionar o Brasil ao lado dos maiores produtores do mundo – Índia, Ni-géria, Estados Unidos e China – por meio do aproveitamento integral dos recursos do Fundo Setorial do Au-diovisual (FSA). “A partir de uma atuação menos burocrática e mais transparente da Ancine, e uma maior participação do investidor privado, a grande meta nos próximos dez anos é colocar o Brasil entre os cinco principais mercados audiovisuais do planeta”, diz o diretor-presidente do órgão, Christian de Castro.

O Rio de Janeiro precisa de in-centivo para desenvolver todo o seu talento e vocação: o estado é o maior produtor de conteúdo audio-visual no Brasil, sendo responsável por cerca de metade dos filmes lan-çados no País. Também é palco dos principais festivais nacionais, como o Festival Internacional de Cinema do Rio e o Anima Mundi, além de ser a alavanca dos números da re-gião Sudeste, responsável por 66% do emprego e 73,3% da massa sala-rial do setor, segundo dados da Fe-deração das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Um estudo da Cisco Visual Networking Index revelou que, em 2016, 73% de todo o tráfego global da Internet era de pessoas assistindo a vídeos, e para 2021 a perspectiva é de que esse número chegue a 82%. Este dado mostra claramente uma tendência: a produção audiovisual vai dominar cada vez mais o cenário da comunicação e se tornar uma das principais plataformas de marketing.

O aumento da demanda por ví-deos irá refletir no volume de inves-timentos nacionais e internacionais e o Rio de Janeiro está em posição favorável, pois oferece um ambien-te propício para a captação de pro-jetos e incentivo à indústria audio-visual. Isto porque a cidade é base de produção de grandes emissoras de televisão aberta e sede da maior programadora por assinatura, sendo detentora de uma cadeia produtiva completa com profissionais de pro-dução de cinema e televisão, institui-ções de ensino e órgãos de fomenta-ção, regulação e financiamento.

Tradicionalmente, o Rio de Ja-neiro é responsável por 75% da produção cinematográfica e 50% da produção televisiva do País. Quanto à demanda, os filmes produzidos no Rio representam mais de 90% da bi-lheteria dos filmes nacionais, o que demonstra o grande apelo comercial do mercado de produção fluminen-se, que inclui conteúdo audiovisual para cinema, TV, web, canais corpo-rativos e agências publicitárias.

Isso serviu de estímulo para que, desde 2009, o setor público crias-se uma série de iniciativas a fim de atrair a produção de filmes e progra-mas de TV nacionais e estrangeiros – gerando renda, empregos e o reco-lhimento de tributos – e, simultane-amente, projetando a imagem de ci-dade maravilhosa e cinematográfica no exterior.

“Com o intuito de expandir a indústria audiovisual, vários muni-cípios estão adotando a ferramen-ta Film Commission, nomenclatura internacional para um escritório de apoio à produção de conteúdo”, informa Steve Solot, diretor da Câ-mara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, presidente do Centro Latino-Americano de Treinamento e Assessoria Audiovisual (LATC), e diretor-executivo da Rede Brasileira de Film Commissions (Rebrafic).

De acordo com Solot, a cidade do Rio já conta com uma Film Commis-sion – parte integrante da RioFilme da Prefeitura – que tem como prin-cipais objetivos o atendimento efi-ciente a produtores, apoio logístico e a promoção da cidade e do estado como destinos privilegiados para fil-magens. Com o apoio da Rebrafic, também já existem escritórios em operação ou em fase de desenvolvi-mento nas cidades de Macaé, Nova

“A GRANDE META NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS É

COLOCAR O BRASIL ENTRE OS CINCO PRINCIPAIS MERCADOS AUDIOVISUAIS DO PLANETA”

ChRISTIAN DE CASTRO, DIRETOR-PRESIDENTE DA ANCINE

LEO

AVE

RSA Vocação para capital do

audiovisual brasileiro

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Edição 305 Brazilian Business_15

MERCADO

14_Edição 305_ jul/ago/set 2018

“COM O INTUITO DE EXPANDIR AINDÚSTRIA AUDIOVISUAL, VÁRIOSMUNICÍPIOS ESTÃO ADOTANDO A

FERRAMENTA FILM COMMISSION”

STEVE SOLOT, PRESIDENTE DO CENTRO LATINO-AMERICANO DE TREINAMENTO E ASSESSORIA AUDIOVISUAL (LATC)

Friburgo, Petrópolis, Niterói, Parati e Barra do Piraí. Todos devem contribuir para a economia e criação de empregos nesses locais.

Atualmente, é a cidade de Niterói que atrai aten-ção nacional e internacional. A Secretaria das Cul-turas de Niterói e a Fundação de Arte de Niterói, em parceria com a Ancine, lançaram, em abril de 2018, o Edital de Fomento ao Audiovisual. A inten-ção é tornar Niterói a “Cidade do Audiovisual”. Um

investimento de 6 milhões de reais está previsto para a produ-ção de filmes, séries de TV e conteúdo de novas mídias, sendo uma parte dedicada à produção internacional. Também estão na agenda a criação de um Festival Internacional e um novo incentivo fiscal através da redução do ISS. No que tange às produções internacionais, a cidade do Rio de Janeiro deixa de atrair mais projetos por falta de leis mais específicas. Incenti-vos que utilizam créditos tributários, como ocorrem em países como Chile, Colômbia, Panamá, República Dominicana e Mé-xico, atraem grandes produções de cinema e TV estrangeiras. “Embora existam estudos preliminares para a implantação de um incentivo para a produção internacional, não há previsão para sua implementação na cidade do Rio. No entanto, o novo Edital de Fomento ao Audiovisual de Niterói pode ser o pri-meiro passo para mudar este cenário”, explica Solot.

O potencial de parceria com produtoras americanas é alto e tem contribuído bastante para expandir o mercado audio-visual brasileiro. O último Creative Industries Roadshow – programa do Consulado Geral dos EUA no Rio, visando promover a troca de experiências entre profissionais da área – estreitou o relacionamento entre oito produtores brasileiros, os quais viajaram em outubro para Atlanta, nos Estados Uni-dos, a fim de encontrar seus pares americanos.

“Organizamos seminários educacionais, tours a estúdios de

filmagem e reuniões de negócio com diversos produtores locais como for-ma de viabilizar a parceria para pro-duções de filmes e outros trabalhos em conjunto”, conta Michael Muth, vice-cônsul comercial do Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro.

Além dessa iniciativa, o Consula-do engaja escolas americanas de ci-nema para possibilitar o intercâmbio

ACERVO PESSOAL

Impacto do setor audiovisual na economia brasileira (R$ milhões)

Fonte: Mapeamento e Impacto Econômico do Setor Audiovisual no Brasil de 2016, elaborado em conjunto pela Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Fundação Dom Cabral (FDC)

“O FULBRIGHT COMISSION TEM CONSEGUIDO BOLSAS

DE ESTUDO INTEGRAL PARA BRASILEIROS NA ÁREA

DE CINEMA”

MIChAEL MUTh, VICE-CôNSUL COMERCIAL DO CONSULADO GERAL DOS EUA NO

RIO DE JANEIRO

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Parceria internacional abre fronteira para o mercado brasileiro

de estudantes brasileiros. De acordo com Michael, ambos os países estão investindo numa nova geração de cineastas. “Desde 2011, o Fulbright Comission, iniciativa do Consulado com a Coordenação de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma fundação do Ministé-rio da Educação (MEC), tem conse-guido bolsas de estudo integral para

a formação de jovens brasileiros na área de cinema em universidades consagradas nos Estados Unidos. Só em 2018 serão ofertadas quatro bol-sas de estudo”, conta Muth.

IMAGEN ACERVO

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Bianca [email protected]

Como a cultura empreendedora pode influenciar pessoas e estimular a inovação

Em um mundo cada dia mais conectado, em que as mudanças acon-tecem de maneira exponencial, os empreendedores tornam-se essen-ciais para o desenvolvimento contínuo dos países e das sociedades. Em

tempos de crise, de gerações com necessidades tão distintas das de seus an-tecessores e da tecnologia como instrumento para mercados mais compe-titivos, empreender com soluções inovadoras não é mais uma opção, mas quesito fundamental.

São nos períodos de maior complexidade que as sociedades tendem a en-contrar soluções para resolver problemas – e isto muitas vezes resulta em mudança na forma de pensar, agir e consumir. A partir dessas premissas, surgiram verdadeiros exemplos de empreendedorismo, como Google, Ebay, Netflix, Facebook, Uber, Airbnb, os quais iniciaram como startups, isto é, empresas com modelo de negócio escalável e com alto grau de inovação.

“Está no DNA da startup provocar mudanças no mercado, muitas vezes até ditando regras e exigindo adaptação de grandes players. Exemplo disso são as fintechs. Quem diria que os bancos teriam que se aproximar e aprender com jovens profissionais para criar soluções disruptivas na forma de transa-cionar dinheiro? É esse movimento que observamos em praticamente todos os segmentos”, destaca Hector Gusmão, CEO da Fábrica de Startups.

“ESTÁ NO DNA DA STARTUP

PROVOCAR MUDANÇAS NO

MERCADO, MUITAS VEZES ATÉ

DITANDO REGRAS E EXIGINDO

ADAPTAÇÃO DE GRANDES

PLAyERS”

hECTOR GUSMãO, CEO DA

FáBRICA DE STARTUPS

De acordo com Gusmão, o alto potencial de inovação desses novos empreendimentos foi determinante para a aproximação com as grandes corporações e, atualmente, é raro aquelas que não estejam avaliando ou negociando com uma startup. “Atuando há mais de seis anos em uma aceleradora de empresas, acom-panhamos essa relação, que tem se mostrado próspera para os dois la-dos, seja por meio da contratação de uma solução; da parceria estratégi-ca, ou de investimento com o objeti-vo de escalar as vendas de uma solu-ção comprovada e até da compra da startup por uma empresa”, explica.

As startups provocaram impacto bastante positivo na economia nos últimos anos. Enquanto as grandes corporações precisaram reduzir custos para sobreviver à crise, as scaleups (startups com alto poten-cial de negócios) acabaram agregan-do valor à economia, pois cresceram de forma rápida, gerando atributos, como maior arrecadação e absorção de profissionais qualificados.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – que opera sob o regime da Consolidação das Leis do Traba-lho (CLT) – corroboram esta infor-mação e sinalizam que, de janeiro a maio deste ano, as microempresas empregaram 20.228 pessoas, en-quanto as médias e grandes empre-sas contrataram 15.543.

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Taxas de Empreendedorismo Brasil

Fonte: GEM Brasil 2017¹ Percentual da população de 18 a 64 anos.² Estimativas calculadas a partir de dados da população brasileira de 18 a 64 anos para o Brasil em 2017: 135,4 milhões. Fonte: IBGE/Diretoriade Pesquisas. Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período 2000-2030 (ano 2017).

Empreendedorismo que gera inovação

CAPA

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* O resultado abrange os seguintes fatores: índices mais altos de Mestres e Doutores em Ciência e Tecnologia, alta média de investimentos do BNDES e Finep, infraes-trutura tecnológica local mais elevada e maior proporção de contratos e concessões.

Vida das Empresas, elaborado pela Endeavor. A maioria das empre-sas não consegue cumprir todas as normas existentes. Ao comparar o Brasil com outros países, o resulta-do do estudo Doing Business – no qual o Brasil figura entre os 15 pio-res no mundo, ocupando a 176ª po-sição no ranking – demonstra que faltam esforços para mudar esse ambiente de negócios.

Segundo o GEM, em 2017 as atividades empreendedoras no País empregavam, formal ou informal-mente, mais de oito milhões de pessoas em um universo de 11 mi-lhões de empreendedores estabe-lecidos. Isso mostra que eficiência, transparência e menos burocracia pavimentam o caminho para o em-preendedorismo, podendo ser a so-lução para a crise financeira devido à alta capacidade de geração de em-pregos dos novos negócios.

O Rio de Janeiro é atraente para o empreendedor e a economia flu-minense tem se beneficiado desse potencial.

Os esforços da cidade em apri-morar os insumos necessários para fomentar atividades inovadoras le-varam o Rio de Janeiro à liderança no ranking entre as 32 cidades mais

inovadoras das regiões Sul e Sudes-te,* conforme evidencia o relatório Índice de Cidades Empreendedoras, da Endeavor. São José dos Campos, Florianópolis, São Paulo e Blumenau vêm logo atrás, formando as cinco primeiras da lista.

Criada com a estratégia de con-vergir e integrar os interesses das scaleups junto a órgãos públicos e privados, o ScaleUp Rio – programa do Sebrae/RJ, Endeavor e Babson Entrepreneurship Ecosystem Pro-ject – tem conquistado resultados expressivos, como emissão de alvará on-line, maior participação das Mi-cro e Pequenas Empresas (MPEs) em compras governamentais e educação empreendedora nas escolas.

“No ScaleUp Rio, os empresários recebem suporte intensivo durante seis meses para aumentar o cresci-mento de seus empreendimentos, por meio de workshops de acelera-ção de vendas da Babson Entrepre-neurship Ecosystem Plataform, men-torias individuais, diagnóstico de gestão e consultorias especializadas do Sebrae/RJ, além de networking entre as pequenas empresas que mais crescem no Rio”, informa a coorde-nadora de Economia Urbana do Se-brae/RJ, Debora Finamore.

Com estas ações, notou-se que as empresas do grupo ScaleUp Rio 2018 demonstraram tendência favo-

Empreendedorismo no Brasil: uma relação que precisa ser lapidada

O relatório GEM (Global Entre-preneurship Monitor), que mede o grau de empreendedorismo mun-dial, revelou que 36 de cada cem brasileiros entre 18 e 64 anos pensa-vam em desenvolver ou mantinham algum negócio estabelecido em 2017 – a Taxa de Empreendedorismo no Brasil nesse mesmo ano foi de 36,4%.

A pesquisa apontou ainda que 55,6% dos entrevistados conside-ram ‘empreender sem receios’, pois, para eles, o fracasso não constitui fator impeditivo para iniciar um novo negócio. O relatório tam-bém diferencia o empreendedor por oportunidade – que inicia um negócio por perceber uma chan-ce favorável no mercado – do em-preendedor por necessidade – que abre um negócio pela ausência de alternativas para ocupação e renda. Em 2017, observou-se um discreto aumento nessa relação: para cada empreendedor inicial por necessi-dade, havia 1,5 empreendedor por oportunidade: um sinal de recupe-ração, mesmo que lento, do merca-do formal de trabalho no Brasil.

Empreender em solo brasileiro não é tarefa fácil, segundo mostra o relatório Burocracia no Ciclo de

Inovação pode ser motor da economia do estado

DIVULGAçãO SCALEUP

Turma de empresários participantes do ScaleUp Rio em 2017

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20_Edição 305_ jul/ago/set 2018

rável quanto à geração de empregos. No comparativo entre março de 2017 a março de 2018, elas apresentaram aumento de 32% no número de em-pregados. Além disso, os empresários do ScaleUp Rio investiram cerca de R$ 9,5 milhões com foco em cresci-mento. “Neste total está contempla-do todo dinheiro novo diretamente relacionado a ações de crescimento, tais como obras e reformas, ativos imobilizados (móveis, máquinas, equipamentos, veículos), aporte de capital (próprio e de terceiros), des-pesas com marketing, tecnologias da informação e comunicação, estoques para expansão e contratação de pes-soas”, detalha Finamore.

No entanto, conforme explica a coordenadora, o desafio para que os números das scaleups sejam ainda mais expressivos para a economia vai além da aceleração. “É preciso criar um ambiente mais propício ao crescimento sustentável dos negó-cios. Instituições públicas e privadas devem estar juntas nesta plataforma para apoiar o desenvolvimento de um ecossistema que inspire e suporte empresas que tenham oportunidade e mindset de crescimento”, define.

Um Brasil mais inovador tem mais chances de se desenvolver. De acordo com a diversidade de produ-tos produzidos, o País figura na 47ª posição em relação a outros 124, em-bora seja uma das principais econo-mias do mundo. Isso decorre da pou-ca qualificação de nossa mão de obra e dos processos lentos de concessões e patentes que as empresas encaram, o que acaba impondo barreiras para gerar inovação.

São as inovações que alimentam a competitividade e, consequente-

mente, geram maiores lucros para as empresas que mais se destacam. Para desenvolver o ambiente de ino-vação no Brasil, é necessário que to-dos os atores envolvidos – governos, empresas, investidores, pesquisado-res, entre outros – estejam alinha-dos sobre o que é necessário para que isso ocorra.

No intuito de ampliar as chances de jovens pesquisadores de inovar e empreender, seja pelo desenvolvi-mento da pesquisa cientifica e tec-nológica ou por criação de spin-offs acadêmicas, o governo criou em 2014 o Novo Marco Legal da Ciên-cia, Tecnologia e Inovação.

“O objetivo é esclarecer e orientar a relação das empresas de base tec-nológica com as Instituições Cien-tíficas, Tecnológicas e de Inovação, viabilizando ações em parceria e pro-jetos relacionados às atividades de pesquisa nessas áreas”, explica Luiz Landau, professor titular da Coppe/UFRJ e coordenador do Laboratório

Nova legislação traz mais dinâmica entre empresas de base tecnológica e universidades

de Métodos Computacionais em En-genharia. Ele destaca que a intenção também é conferir maior segurança jurídica nos acordos de parceria en-tre universidades e empresas, permi-tindo o compartilhamento e a utiliza-ção de laboratórios das instituições.

“O decreto é um grande avan-ço para que o conhecimento gerado nas universidades possa ser melhor aproveitado pelo setor empresarial e pela sociedade. Porém, é preciso mais empenho e esforços na sua im-plementação para que os benefícios ao desenvolvimento tecnológico, social e econômico do País sejam usufruídos”, antecipa Neila Barbosa, especialista da área de inovação tec-nológica e propriedade intelectual e consultora de startups.

“O OBjETIVO É ESCLARECER E ORIENTAR A RELAÇÃO DAS EMPRESAS DE BASE

TECNOLÓGICA COM AS INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS,

TECNOLÓGICAS E DE INOVAÇÃO, VIABILIZANDO AÇÕES EM PARCERIA E PROjETOS

RELACIONADOS àS ATIVIDADES DE PESQUISA NESSAS ÁREAS”

LUIz LANDAU, PROFESSOR TITULARDA COPPE/UFRJ E COORDENADOR

DO LABORATóRIO DE MÉTODOSCOMPUTACIONAIS EM ENGENhARIA

Por uma cultura mais empreendedora

O maior polo tecnológico do mundo, o Vale do Silício, não é si-nônimo de inovação apenas em ra-zão das empresas e universidades

“O DECRETO É UM GRANDE AVANÇO PARA QUE O

CONHECIMENTO GERADO NAS UNIVERSIDADES POSSA SER

MELHOR APROVEITADO PELO SETOR EMPRESARIAL E PELA

SOCIEDADE”

NEILA BARBOSA, ESPECIALISTA DA áREA DE INOVAçãO TECNOLóGICA E PROPRIEDADE

INTELECTUAL E CONSULTORA DE STARTUPS

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locais, mas pela mentalidade de quem vive ali. Uma cultura empre-endedora está relacionada a uma conduta permanente, que depende da habilidade de ensinar o outro a perceber, compreender e pensar em novas oportunidades.

O Brasil começa a observar sua primeira leva de jovens empreende-dores que fundaram suas startups e hoje atingem resultados incríveis. Exemplos disso são Tallis Gomes, do Easy Taxi; André Street, do Paga Fácil; e Romero Rodrigues, do Bus-capé. O que serve de inspiração para a nova geração, além de disseminar a cultura empreendedora e fortalecer um ecossistema formado por inves-tidores, aceleradoras, universidades, governo, entre outros agentes.

Os chamados Millennials estão totalmente alinhados com o empre-endedorismo. Trata-se de uma gera-ção que busca propósito e um sen-tido mais amplo em suas carreiras profissionais, do que simplesmente estar em uma grande empresa e em posição de status. Eles almejam de-senvolver uma solução inovadora para algo em que veem sentido e percebem que, de alguma maneira, aquilo vai impactar a vida das pes-soas. Uma geração bastante conec-tada às novas tecnologias e atenta aos processos gerados pela transfor-mação digital é o ponto de partida para o desenvolvimento de empre-endimentos inovadores.

Enquanto nas grandes corpora-ções as equipes são treinadas para trabalhar em colaboração interna e externa – pois seus gestores acreditam que a interface entre seres diversos pode quebrar paradigmas e promover um clima favorável à inovação –, nos espaços colaborativos essa dinâmica ocorre naturalmente, gerando enor-me potencial para networking e troca de conhecimento.

“Temos cada vez mais casos de

“TIVEMOS EMPRESAS QUE TRIPLICARAM SEUS NEGÓCIOS

GRAÇAS A CONEXÕES GERADAS NO ESPAÇO COLABORATIVO”

JOãO ARThUR PAES, DIRETOR DE ComuNIdAde dA WeWork No

RIO DE JANEIRO

grandes companhias em todo o mundo optando por transferir uma de suas áreas ou suas sedes inteiras para um dos nossos escritórios. Elas chegam atraídas pela possibilidade de encontrar, em um só lugar, um ambiente que estimule a inovação, conexões e contribua para o bem--estar e a satisfação de seus funcio-nários”, diz João Arthur Paes, dire-tor de Comunidade da WeWork no Rio de Janeiro. Ele acrescenta que, em 2017, o número de empresas com mais de mil funcionários ins-talados em prédios da WeWork pelo mundo cresceu 370% em relação a 2016, representando 30% das ven-das mensais e 25% de participação no negócio da empresa.

Ainda nos primeiros meses de operação no Brasil, histórias incrí-veis aconteceram, como fruto da colaboração entre startups e gran-des corporações. “Tivemos empresas que triplicaram seus negócios graças a conexões geradas no espaço cola-borativo; e empreendedores que fun-daram organizações com visões de negócio semelhantes para crescerem juntos”, diz Paes sobre a WeWork, que além de criar o Powered by We (ambiente com design apropria-do para abrigar grandes empresas), mantém, junto com o Bradesco e a InovaBra, um espaço de coinovação dedicado à geração de negócios de alto impacto baseados em tecnolo-gias digitais disruptivas.

O primeiro Relatório de Impac-to Econômico nas cidades america-nas onde a empresa de coworking está há mais tempo surpreendeu, ao indicar que, em Los Angeles, 74% das organizações que traba-lham nos seus espaços são inovado-ras, enquanto apenas 15% de todas as empresas da cidade pertencem a esse grupo. Influência ou não do ambiente moderno de trabalho e do comportamento hiperconectado da nova geração de profissionais, tudo indica que uma cultura empreende-dora fortalecida pode gerar outros polos tecnológicos – a exemplo do Vale do Silício – que criam oportu-nidades, estimulam investimentos e possibilitam o aumento da empre-gabilidade ao redor do globo.

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Durante boa parte de sua lon-ga história, a estrutura car-torial herdada do Império

Romano atuou no sentido de dar publicidade a atos oficiais e regis-tros. Em tempos em que a tecnologia oferece uma solução disruptiva para quase tudo, os cartórios se tornaram objeto de projeto pioneiro, que já de-monstra alto potencial de escalabili-dade e uso pela sociedade brasileira.

Desenvolvida pela startup Growth Tech em parceria com a IBM e o 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro, a Blockchain Cartorária é uma solução que permitirá a realização de transações cartorárias em ambiente totalmente digital.

“A solução propicia maior segu-rança às transações e partes envolvi-das, além de possibilitar mais transpa-rência e conforto à sociedade, uma vez que os serviços cartorários serão rea-lizados de forma virtual. Até mesmo o pagamento de taxas e emolumentos

será feito diretamente na plataforma, sem qualquer intervenção manual”, informa Hugo Pierre, diretor executi-vo da Growth Tech.

Carlos Lessandro Rischioto diz que a Blockchain aumenta a confia-bilidade nos negócios entre empresas e entidades. “Os mecanismos cripto-gráficos e sistemas de autenticação dos usuários garantem segurança e imutabilidade na gravação das transa-ções; e a validação de todos os atos é feita em consenso pelos demais usu-ários. Além disso, existem os atribu-tos de disponibilidade, redundância e proteção contra falhas e adulterações das transações com os quais os usuá-rios poderão contar”, detalha o Tech-nical Leader de Blockchain da IBM.

Outro diferencial da solução é unir a ampla experiência e a fé pública dos cartórios, eliminando quaisquer riscos técnicos e jurídicos que possam permear as transações. “A fé pública

Projeto inovador vai transformaras práticas cartorárias

ACervo WeWork

Carlos Lessandro Rischioto, Technical Leader de Blockchain da IBM

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Hugo Pierre, Diretor Executivo da Growth Tech

Fernanda Leitão, Tabeliã do 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro

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Espaço WeWork noCentro do Rio de Janeiro

está sendo integralmente preservada, pois todas as ações continuam sendo validadas e intermediadas pelos car-tórios, assim como ocorre nos am-bientes físicos. Isso, sem dúvida, ga-rantirá maior segurança jurídica aos atos e serviços realizados no ambiente digital”, confirma Fernanda Leitão, ta-beliã do 15º Ofício. “A nova configu-ração no modo de atuar dos cartórios brasileiros fortalece o movimento de disrupção tecnológica. A mudança do modelo tradicional para o vanguar-dista responde aos anseios da nova sociedade”, complementa Fernanda.

Algumas empresas e instituições de grande porte já testaram a proposta inovadora, que tem previsão para che-gar ao mercado no início de 2019.

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CONEXÃO GLOBAL

24_Edição 305_ jul/ago/set 2018

Bianca [email protected]

Os desafios de Seguran-ça enfrentados por todas as nações, hoje, são cada

vez mais complexos e ultrapas-sam fronteiras territoriais; por isso enfrentá-los requer uma resposta igualmente sofisticada por parte das autoridades.

Motivados pelo resultado alcançado com os esforços em promover um ambiente mais seguro durante os eventos das Olimpíadas no Rio de Janeiro, os governos do Brasil e Estados Unidos lançaram o Fórum Permanente de Segurança Pública. A parceria foi oficializada em maio deste ano, durante o encontro do vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, John Sullivan, com o secretário-geral do

Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Marcos Galvão.

“Os dois países já estabele-ceram programas robustos para fornecer treinamento e um novo mecanismo de cooperação na aplicação da lei. Esse evento foi mais uma demonstração do quan-to podemos ser bem-sucedidos quando nossos colegas da Polícia trabalham juntos para enfrentar desafios comuns, levantando dis-cussões sobre como o Brasil e os Estados Unidos poderiam formal-mente institucionalizar uma nova cooperação”, diz o porta-voz da Embaixada dos EUA no Brasil.

O Departamento de Estado dos EUA e o Itamaraty estão à frente da coordenação do projeto,

cujo objetivo é oferecer condições favoráveis para a articulação inte-ragências e o desenvolvimento de estratégias operacionais com foco em áreas específicas: narcotráfi-co, tráfico de armas, delitos ci-bernéticos, lavagem de dinheiro, crimes financeiros, terrorismo e cooperação institucional.

“O Fórum é uma cooperação bilateral estratégica, intensa e con-tínua, que visa buscar soluções para desafios comuns na área da Segurança. Será o lugar onde deci-diremos com quais programas con-tinuaremos avançando e que novas possibilidades de cooperação deve-mos explorar”, define o porta-voz.

As reuniões iniciais de trabalho do Fórum estão previstas para ain-

da este ano, em Washington, DC. A cooperação entre os dois países se dará por meio do compartilhamen-to de informações, uso de inteligên-cia e de soluções tecnológicas volta-das para Segurança. Estes e outros recursos serão aplicados aos progra-mas em andamento, considerando maneiras de aprimorar as operações e torná-las mais eficazes no combate às organizações criminosas transna-cionais e subsidiárias.

“Dar continuidade a ações que contribuem para a segurança das duas sociedades é um dos itens de maior importância da parceria Bra-sil-EUA. O sólido trabalho em con-junto no combate aos ilícitos trans-nacionais fortalece não apenas a colaboração entre órgãos e agências de Segurança Pública, mas o com-promisso permanente e o espírito de ajuda entre os dois países”, disse o porta-voz.

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Vice-secretário de Estado dos EUA, John Sullivan, em visita ao Brasil

Segurança incentivacooperação internacional interagênciasFórum Permanente de Segurança fortalece relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos no combate a crimes comuns aos dois países

P. Michael McKinley, Embaixador dos EUA no Brasil, o vice-secretário John Sullivan e o secretário-geral das Relações Exteriores, embaixador Marcos Galvão

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Edição 305 Brazilian Business_27

ENTREVISTA

26_Edição 305_ jul/ago/set 2018

Brazilian Business: Que iniciativas o senhor conside-ra de maior relevância durante a intervenção?

Walter Souza Braga Netto: O Gabinete de Intervenção Federal está dedicado a diminuir progressivamente os índi-ces de criminalidade e fortalecer as instituições de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro.

Medidas emergenciais e estruturantes estão sendo to-madas e observadas ao longo do período previsto da Inter-venção Federal. Os últimos dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) indicam que as medidas vêm surtindo efeito.

Do crédito de R$ 1,2 bilhão disponibilizados no final de abril pelo Governo Federal, temos hoje processos em anda-mento da ordem de 40% do valor total previsto para Inter-venção Federal. Com o apoio das Forças Armadas, do Go-verno do Estado e da iniciativa privada, já foram entregues seis blindados, cem fuzis, 100 mil munições e cerca de R$ 2,4

Há oito meses à frente do Comando da Segurança Pública do Rio de Janeiro – após decreto do presidente Michel Temer determinando Intervenção Federal no estado – o general Walter Souza Braga Netto fala com exclusividade à Brazilian Business. O General do Exército apresenta resultados que indicam queda real de

alguns dos principais índices de criminalidade, e fala das iniciativas que ainda estão em curso para que os cariocas possam contar com um cenário mais positivo em Segurança.

Bianca [email protected]

milhões em equipamentos menos letais para as Secretarias de Estado de Segurança e de Administração Penitenciária, além da entrega de mais de 500 viaturas para uso da Polícia Militar.

O Gabinete de Intervenção Federal entregou para a Polí-cia Civil 60 fuzis, apreendidos no ano passado no Aeroporto Internacional do Galeão. Também foram entregues insumos e equipamentos para a polícia técnica da Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da liberação de R$ 1,13 milhão, dispo-nibilizados pelo juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal. Cerca de mil policiais militares, principal-mente das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em pro-cesso de transformação em Companhias Destacadas, já pas-saram por capacitação nesses meses de Intervenção Federal.

O Comando Conjunto desencadeou uma série de opera-ções, em apoio à Secretaria de Estado de Segurança, permi-tindo o cumprimento de mandados judiciais, verificação de

denúncias de ações criminosas e de outras condutas ilícitas. Em paralelo, foram realizadas ações comunitárias na Vila Kennedy e na Praça Seca, nas Zonas Norte e Oeste, respec-tivamente, com mais de 26 mil atendimentos. Em parceria com as agências dos governos federal, estadual e municipal, com instituições jurídicas e a iniciativa privada, oferecemos serviços às comunidades, que vão desde a emissão gratui-ta de documentos, informações e orientações sobre serviço militar e orientação jurídica a assistência médica, odontoló-gica, vacinação, recreação, oficinas de grafite, corte de cabe-lo, além de dinâmicas sobre prevenção ao uso de drogas e balcão de empregos.

BB: Quais foram os principais desafios de sua gestão?

WSBN: Os dois principais desafios foram o próprio ine-ditismo desse modelo de Intervenção Federal – gestor, cooperativo e segmentado na Segurança Pública – e o fato de termos que operar em ambiente interagências, coorde-nando instituições de naturezas e culturas organizacionais bastante distintas entre si. Esse último desafio, em especial, exigiu a adoção de medidas estratégicas, flexíveis o sufi-ciente para, ao mesmo tempo, contemplar as demandas comuns a todos os órgãos intervencionados e respeitar as suas especificidades e modos de atuação. Temos conse-guido bastante progresso nesse campo. Embora as Forças Armadas tenham experiência acumulada em operar em ambiente interagências, adquirida com eventos especiais, a sensibilidade que caracteriza a gestão da Segurança Pública naturalmente torna esse desafio muito maior.

BB: Qual o legado que a intervenção Federal deixará para o rio de Janeiro?

WSBN: Além da redução progressiva dos índices de cri-minalidade, cuja tendência já se traduz em números, o

principal legado será a recuperação da capacidade operativa dos órgãos de Segurança Pública. Estamos atuando em áreas que vão do fluxo de carreira da Polícia Militar ao destrava-mento de processos licitatórios e de aquisição, cuja experti-se, por parte das Forças Armadas, está sendo transferida aos gestores das polícias Militar e Civil. O Plano Estratégico de Segurança Pública, apresentado à imprensa no mês de ju-nho, mas que já vinha sendo implementado desde o início da Intervenção, permitirá ao próximo governador e ao seu secretário de Segurança um norte seguro a seguir, bastando dar continuidade aos macroprocessos ora em andamento. O Plano foi, inclusive, elogiado por especialistas e diversas au-toridades, e indicado como passível de aplicação a todos os estados, mesmo sem Intervenção sendo decretada.

BB: embora a intervenção esteja promovendo ações positivas para o rio de Janeiro, corroboradas pela redução de alguns dos índices de criminalidade, a sensação de insegurança do carioca ainda é uma re-alidade. Diante desse quadro, o que fica de desafio e oportunidade para a próxima gestão que assumir o governo do estado?

WSBN: Nossa avaliação é que o processo de Intervenção Federal não necessite ser estendido para além do prazo ori-ginal, que é 31 de dezembro de 2018. Caso o próximo gover-nante siga as orientações do Plano Estratégico, será consoli-dado um círculo virtuoso na gestão da Segurança Pública do Rio de Janeiro. O estado merece isso, não somente porque, durante muitos anos, passou por um processo de degrada-ção econômica que afetou essa e outras áreas, mas também porque é a principal vitrine turística do Brasil, interna e ex-ternamente. O maior desafio será a resiliência em prosseguir com determinação as medidas por nós iniciadas.

Uma conversa com o interventor Federal do estado do Rio de janeiro

ACERVO GABINETE DE INTERVENçãO FEDERAL

Gráficos do Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiromostram redução dos principais índices de criminalidade

ENTREVISTAENTREVISTA

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Edição 305 Brazilian Business_2928_Edição 305_ jul/ago/set 2018

PERFIL

Brazilian Business: Quais os destaques do estudo da McKinsey que relata os impactos da automação e da in-teligência artificial na natureza do trabalho?

ana Karina dias: O estudo conclui que os avanços tecnoló-gicos permitirão maior eficiência aos negócios e às empresas. Hoje, cerca de 20% das atividades podem ser automatizadas, o que vai contribuir para o surgimento de novos empregos no futuro. O maior impacto, 65% a 80%, se dará nas funções de alta previsibilidade física e ligadas à coleta e processamento de dados, pois as tecnologias atuais superam a performance humana nessas atividades. No entanto, a automatização não ocorrerá da noite para o dia. Viabilidade técnica e financeira para adaptar as tecnologias; força de trabalho não especializa-da ou onerosa que possa justificar o investimento em automa-tização; e nível de pressão em âmbito regulatório ou social são alguns fatores que podem influenciar na velocidade e no grau de intensidade dessas mudanças.

BB: Como a empresa se prepara para formar times com habilidades diversas para acompanhar as mudanças no ambiente corporativo?

aKd: Os pilares que sustentam nossa missão e valores estão

Para uma firma com o core business de de-senvolver novas estratégias e gerar impac-to real junto aos seus clientes, a McKinsey

tem hoje a grande missão de potencializar o desempenho das organizações, preparando-as para uma era de transformações – sejam elas culturais ou digitais.

A empresa é responsável pela produção de grande volume de conteúdo estratégico, utili-zado por organizações do mundo inteiro para melhor compreender e saber gerir temas como: impactos da automação no ambiente de traba-lho; diversidade e performance financeira das empresas; tecnologia e inovação. É dela o estudo recente que mostra que a tecnologia está trans-formando o emprego e as pessoas; as organiza-ções que não se prepararem para os reflexos des-ta mudança irão perder força e competitividade.

Nesta entrevista, a líder da Prática de Orga-nização na América Latina, Ana Karina Dias, conta um pouco como é o empenho para ajudar grandes empresas a virarem a mesa e alcançarem novos e altos níveis em sua escala de evolução.

Bianca [email protected]

PERFIL

Líder mundial no mercado de consultoria empresarial, a McKinsey ajuda organizações a serem mais eficazes em ambientes desafiadores

“As organizações precisam aproveitar as vantagem que as mais diversas lideranças proporcionam e garantiruma gestão de talentosadequada”

estruturados para criar um ambiente que atrai, de-senvolve, energiza e retém pessoas excepcionais. Isso reflete em nosso trabalho e serve como diretriz para desenvolver uma série de iniciativas que asseguram o desenvolvimento de nossos profissionais. O recru-tamento é focado no aumento da diversidade e isso garante times com diferentes opiniões e perspecti-vas, o que aumenta a riqueza das soluções. Criamos um ambiente não hierárquico, com acesso fácil à liderança, e recebemos treinamentos voltados tam-bém para o aspecto pessoal, envolvendo temáticas diferentes e complexas.

BB: Quais ações foram determinantes para au-mentar a diversidade na empresa?

aKd: Primeiramente, acreditar! Há mais de dez anos investimos em pesquisas sobre o impacto da diver-sidade nas organizações e nas empresas, mostran-do como esta é essencial para que as organizações consigam evoluir e melhorar. Segundo, por meio de iniciativas, tais como estruturar nosso recrutamento para acessar candidatos de várias regiões do Brasil e investir em grupos de afinidade – como é o caso do McKinsey Black Network, por exemplo, que aproxima a comunidade negra da McKinsey e fomenta iniciati-vas que criem um ambiente de igualdade, e o Women Initiative, que estabelece uma rede de mentoring entre mulheres dentro e fora da empresa. Para influenciar a comunidade externa, divulgamos frequentemente estudos sobre o impacto da diversidade e igualdade de gêneros na performance das organizações e da so-ciedade – Women Matter; Diversity Matters e Power of Parity são alguns deles, além de promover e apoiar eventos como o Reaching Out, de recrutamento e pa-lestras para o público LGBTQ+ e aliados.

BB: em artigo recentemente publicado, a McKinsey afirma que a geração Z irá dominar o mercado de trabalho. Como a empresa se po-siciona e valoriza as características próprias de cada geração?

aKd: O desenvolvimento de pessoas não está direcio-nado especificamente para um grupo ou geração – ga-rantimos isso para todos, independentemente da idade ou qualquer outra característica. Nossa principal inicia-tiva é justamente criar um ambiente não hierárquico, inclusivo, onde as pessoas são estimuladas a expressar suas opiniões. Dessa forma, conseguimos construir um ambiente rico, no qual gerações diferentes contribuem umas com as outras. Um exemplo concreto é a maneira

como nossos times são formados e funcionam: temos pes-soas de diferentes faixas etárias (geração X, Z e Millenials) trabalhando em grupo para resolver o mesmo problema, estimulando o que cada um pode trazer de melhor. Além disso, temos uma cultura que chamamos de Make Your Own McKinsey, em que as pessoas são incentivadas a de-senvolver suas ideias e interesses em matérias como inte-gração, qualidade de vida, entre outras.

BB: Qual o valor da diversidade no novo mindset or-ganizacional de crescimento das empresas?

aKd: De acordo com o estudo Diversity Matters, empre-sas que investem em diversidade de gênero ou raça apre-sentam 15% mais chances de obter melhor performance financeira que a média de seus respectivos segmentos. Em um mundo cada vez mais interconectado, o alto grau de diversidade fará com que as relações e conexões que estabelecemos com outras empresas, parceiros e pessoas integrem-se melhor e possam exponencializar suas con-tribuições e impacto. As organizações, incluindo a própria McKinsey, precisam aproveitar as vantagens que as mais diversas lideranças proporcionam e garantir uma gestão de talentos adequada: atração, desenvolvimento, mento-ria, suporte e retenção das próximas gerações de líderes globais em todos os níveis da organização. As que investi-rem, hoje, nessa dimensão, estarão à frente dos seus com-petidores quanto à performance no futuro.

BB: Momentos de crise e transformação digital como os que estamos vivendo exigem lideranças disruptivas e mudanças em modelos de negócios. Quais os desafios para implantar essa cultura nas empresas brasileiras e como vocês estão ajudando seus clientes?

aKd: Em momentos de crise e transformação digital, as organizações precisam ser simples, estáveis, efetivas e, ao mesmo tempo, flexíveis e rápidas no tempo de resposta. Isso significa estruturar a organização para focar no clien-te; empoderar pessoas; promover transparência e colabo-ração entre seus membros; otimizar a tomada de decisão por meio de dados; e entregar valor constantemente para todos os envolvidos. Mexer na estrutura é um desafio para as empresas brasileiras porque representa uma mudança de mentalidade – e logo de cultura – em toda a organiza-ção, principalmente nos líderes. E mais: requer o desen-volvimento de habilidades e implementação de soluções que muitas vezes não estão no core dos negócios. Assim, ajudamos nossos clientes a enfrentar esses desafios, tra-zendo para nossos projetos alavancas de valor, tais como: McKinsey Academy, Analytics, Digital Labs e Digital.

dIvuLgAção mCkINSey

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Edição 305 Brazilian Business_31

opinião

30_Edição 305_ jul/ago/set 2018

Retenção de talentos em um mundo de rápidas transformações

Karin Parodi,CEO Career Center

O tema sempre esteve muito pre-sente na pauta das organizações como fator estratégico para ob-

tenção de resultados e, principalmente, para o crescimento da empresa e proces-sos sucessórios.

Talento se distingue de dom pela possibilidade de ser desenvolvido ou aperfeiçoado por meio de treino, disci-plina e perseverança. Ter talento faz com que se consiga atingir resultados supe-riores aos esperados.

Montar uma equipe já é um desafio; contratar e reter talentos exige um esfor-ço ainda maior. Independentemente da crise que o Brasil vive, o talento sempre terá seu espaço no mercado.

O talento é aquele que está em busca constante de autodesenvolvimento, por meio de projetos desafiadores e novos conhecimentos que o conduzam à evo-lução de suas competências, com foco nos resultados e alinhado a um propó-sito. O desafio das organizações na retenção de talentos começa pela es-tratégia, com projetos e planos trans-parentes de crescimento, treinamento e políticas de RH, com reconhecimen-to e meritocracia.

Além desses fatores tangíveis, a cul-tura, os valores, o estilo da liderança, o propósito e as oportunidades de cres-cimento são os fatores intangíveis que impactam diretamente na atração e re-tenção de talentos. Atualmente, os fato-res intangíveis são determinantes para o planejamento de carreira dos profissio-nais em geral.

Nas últimas décadas, as mudanças em todos os segmentos de negócios aconteceram numa velocidade jamais

vista, e um dos maiores desafios das empresas é, além de sobreviver e buscar inovações, ser uma organização ágil, na qual o talento tenha espaço para o tão valorizado Ownership – que é o “or-gulho de pertencer”.

Neste cenário, as organizações devem se tornar muito mais abertas para que o talento possa se desenvolver e fazer a diferença. Ao invés de oferecer uma progressão de carreira hierárquica tradicional, as empresas devem mudar seu mindset e focar em novos desafios e experiências, como oferecer espaço para ino-var e ser tolerante com o erro.

A empresa que foca em retenção, deve incen-tivar o protagonismo do profissional em relação à sua carreira, oferecendo os meios para que ele realize ações para se desenvolver.

Ao mesmo tempo, a empresa que desenvolver sua gestão com programas como reverse mento-ring – que possibilita integração entre as diferen-tes gerações – tende a alcançar muitos ganhos, pois a troca entre a vivência dos profissionais experientes e as novas ideias dos Millennials são fantásticas para as organizações.

As novas gerações buscam muito mais um equilíbrio entre trabalho e outros pilares da vida. Os fatores flexibilidade e autonomia são muito valorizados e resultam em engajamento e produtividade acima da média. Outros itens que também contribuem para a retenção desses profissionais é ser escutado e incluído nos pro-cessos de decisão, receber feedback focado em desenvolvimento e trabalhar em um ambiente que inspire confiança.

“A EMPRESA QUE FOCA EM RETENÇÃO, DEVE INCENTIVAR O PROTAGONISMO DO

PROFISSIONAL EM RELAÇÃO à SUA CARREIRA, OFERECENDO OS MEIOS PARA QUE ELE REALIZE AÇÕES PARA SE DESENVOLVER”

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Edição 305 Brazilian Business_33

DIRETORIA EM FOCO

32_Edição 305_ jul/ago/set 2018

Quais os avanços obtidos e o que mudou em Compliance no Brasil depois de episódios envolvendo empresas

em diversos segmentos?

DIVULGAçãOMED-RIO

Compliance é palavra de ordem hoje no mundo corporativo e o setor de Saúde não poderia deixar de incorporar estas boas práticas na gestão de suas atividades. Cultura empresarial ética é a base fundamental de uma empresa. São os líderes que transmitem os valores da organização aos colaboradores. Eles devem ser o modelo de comportamento a ser seguido. Por isso, Ética e Compliance são temas que deve-riam constar na grade curricular obrigatória de toda faculdade de Medicina do Brasil, evitando, com isso, os grandes escândalos que presenciamos em nosso meio. Quanto mais cedo este tema estiver presente na formação dos profissionais, mais rapidamen-te o Brasil alcançará o sucesso na reestruturação do setor, pautado em gestões éticas e sustentáveis, como todo cidadão espera que seja ao buscar um serviço de saúde.

Gilberto Ururahy Diretor-Médico da Med-Rio Check-Up

dIvuLgAção BrookFIeLd BrASIL

O tema Compliance no Brasil se torna cada vez mais presente e debatido no mercado em geral, nos âmbitos privado e público, o que representa um grande progresso, considerando que nossa legislação anticorrupção entrou em vigor so-mente em 2014. O avanço das empresas brasileiras se dá muito mais em razão das boas práticas de mercado do que propriamente de uma obrigação legal, o que nos faz pensar que esse conceito foi incorporado às rotinas de negócio. Mas o Brasil precisa evoluir, pois ocupa a 96ª posição entre os 180 países que integram o ranking Índice de Percepção de Corrupção de 2017, divulgado pela Transparên-cia Internacional. Para tal, será preciso contar não apenas com os esforços e recur-sos das empresas, mas, principalmente, do setor público, em todas as suas esferas.

Luiz LopesExecutive Chairman da Brookfield Brasil

DIVULGAçãOSULAMÉRICA

O aprimoramento dos sistemas de governança das empresas avançou bastante com a cultura GRC (Governança, Riscos e Compliance), em que a convergência da atuação de Compliance e Riscos possibilita a integração das diversas iniciativas corporativas de gestão de riscos em um único modelo de trabalho, evitando conflitos, garantindo a conformidade com as leis e normas internas, e resultando em eficiência na tomada de decisões. A intensificação da comunicação é outro fator que está ajudando a transformar os processos de Compliance, contribuindo para uma sólida cultura ética, primando pela trans-parência e adoção das melhores práticas de mercado. A linguagem acessível, a importância da alta administração ao tema e a conscientização dos colaborado-res são a base para todo plano de comunicação.

Solange Zaquem Diretora Regional Rio de Janeiro e Espírito Santo da SulAmérica

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Anúncio Amcham DPC - final.pdf 1 27/06/2018 11:07:48

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Edição 305 Brazilian Business_35

AMCHAM NEWS

34_Edição 305_ jul/ago/set 2018

Para fazer uma análise do cenário econômico glo-bal, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) recebeu, no dia 9 de

agosto, o diretor executivo e economista sênior do CME Group (Bolsa de Chicago), Erik Norland. O encontro, promovido pela Câmara em parceria com o Grupo ame-ricano, reuniu representantes de diversas empresas, em palestra sobre os mercados globais, com foco na política monetária dos Estados Unidos, na dinâmica mundial do comércio de commodities e nos efeitos da crise comer-cial e econômica no Brasil.

A economia global sofreu fortes impactos após o go-verno americano alterar as regras comerciais com a Chi-na. Algumas dessas medidas resultaram no aumento de tarifas sobre os produtos chineses importados pelos EUA, afetando o cenário econômico mundial. Em retaliação a essas ações, o governo chinês elevou as taxas sobre as mercadorias americanas, iniciando uma acirrada disputa comercial. As hostilidades entre as duas potências afetam outros países, como o Brasil.

Erik Norland é responsável por gerar análises econô-micas globais, identificando tendências, fatores econômi-cos e impactos nas estratégias de negócios das empresas. Em sua palestra, o especialista trouxe um panorama sobre a economia global sob o viés da tensão comercial presente na dinâmica do mercado.

Segundo o executivo, a economia global desfruta de

sua primeira expansão sincronizada desde meados da última década. Entretanto, as tensões comerciais ame-açam o fortalecimento econômico mundial, uma vez que a inflação tende a subir e o crescimento desalece-rar. De acordo com Erik, a China impacta diretamente as moedas emergentes; e o Brasil – que tem a potência asiática como principal parceira comercial na exporta-ção de commodities – pode sofrer reflexos dessa crise. Exemplificando sua colocação, o economista trouxe a desvalorização da moeda brasileira concomitante à queda dos preços do minério de ferro.

Norland destacou que, no segmento de óleo e gás, as tendências são de valorização do barril de petróleo, alta esta que será motivada, principalmente, pelas tensões no Oriente Médio, já que o mercado é extremamen-te volátil. Ainda de acordo com o especialista, há boa perspectiva de investimentos internacionais no Brasil. No entanto, sua efetivação depende do resultado das eleições presidenciais, o que poderá ser decisivo para alavancar a economia.

Outro ponto abordado pelo economista foi a im-portância da regulação para o impulsionamento de uma matriz energética mais sustentável. Para ele, se não forem determinadas regras claras, não haverá amplia-ção da utilização das energias renováveis. O modelo energético atual, com base em combustível fóssil, conti-nuará a predominar.

aléxia Costa [email protected]

AmCham Rio recebe economista sênior da Bolsa de ChicagoErik Norland palestrou em evento organizado em parceria com o CME Group

DIVULGAçãO AMChAM RIO

Em clima de informalidade e paisagem exuberante, a AmCham Rio promoveu mais

uma edição do Sunset Networking. Realizado no dia 15 de agosto, no living do Xian Rio, o evento reuniu cerca de 70 executivos de empresas de diversos segmentos. O objeti-vo do encontro foi proporcionar o intercâmbio entre seus associados para ampliação de conexões e novas oportunidades de negócios.

Localizado no Shopping Bossa Nova Mall e vizinho do Aeroporto Santos Dumont, o Xian Rio tem vis-ta panorâmica para o Pão de Açúcar e Cristo Redentor, cenário perfeito para o happy hour de negócios da AmCham Rio. Leonardo Coelho, diretor comercial da Amil e vice--presidente da Câmara, deu as boas--vindas aos executivos, reforçando o papel da AmCham Rio de fomentar o ambiente de negócios com ações como o Sunset.

O formato do evento faz a di-ferença para os participantes, na perspectiva de Carlos Giestas, dire-

tor de Operações da Ecology Brasil. “É interessante essa informalidade, pois permite aos participantes cria-rem conexões de forma muito na-tural”, pontuou.

Para o consultor da CBRE, Victor Canellas, o encontro de networking fortalece o meio corporativo da Ci-dade: “Esse tipo de evento é impor-tante para aquecer o mercado do Rio de Janeiro.”

De acordo com Amanda Braga, gerente de contas do hotel Grand Mercure Copacabana, a ocasião é uma oportunidade para promover bons encontros profissionais. “Evento de extrema importância, que envolve empresas de interesses comuns, criando um networking muito proveitoso. É bom fazer parte deste grupo seleto”, revelou Amanda.

Representantes de cerca de 40 organizações participaram do evento, entre elas, Algar Telecom, Wärtsilä Brasil, White Martins, MJV Technology & Innovation, IHS Markit, Sênior Sistemas e Milano Brasil.

aléxia Costa [email protected]

Sunset Networking: receita ideal para criar boas conexõesEvento reuniu executivos das empresas associadas no Restaurante Xian Rio

Representantes das empresas Plan Idiomas e Hilton Barra Rio de Janeiro posam para fotos durante o evento

Representantes das empresasEichin Amaral Advogados e CBRE em momento de networking

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Associados na varanda living do Xian Rio

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Edição 305 Brazilian Business_37

AMCHAM NEWS

36_Edição 305_ jul/ago/set 2018

Após as recentes mudanças nos aspectos aduaneiros e engajada com o desenvolvimento do setor de pe-tróleo e gás, a Câmara de Comércio Americana do

Rio de Janeiro (AmCham Rio) convidou especialistas de diferentes áreas para debater, no dia 29 de maio, os prin-cipais pontos do Repetro-Sped. A mesa-redonda contou com a participação de Heber Bispo, analista de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan); Luís Henrique Guimarães, auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil (RFB); Eduardo Carlos Car-doso, CEO da Databras; Francisco Murta, despachante aduaneiro e gerente comercial da JFLMurta Consultoria; I Jen Huang, sócia tributária do Siqueira Castro Advogados; Ricardo Keiper, diretor de Supply Chain da GE Celma; e André Carvalho, sócio do Veirano Advogados.

O Repetro sofreu significativas alterações com a implementação da Medida Provisória n. 795, de 17 de agosto de 2017, motivando a edição da Instrução Normativa (IN) n. 1.743, de 2017, passando a ser denominado Repetro-Sped. Dentre as principais mudanças, destacam-se o ajuste da IN com a legislação vigente; a simplificação de diversos procedimentos aduaneiros; a centralização do processo de garantia por fiança idônea para a IN RFB n. 1.415 de 2013, para a IN RFB n. 1.600 de 2015 e também para o Repetro-Sped – este novo procedimento vai permitir grande redução de custos operacionais para os beneficiários do regime e reduzir a necessidade de mão de obra fiscal – e o incentivo à não adoção de planejamentos tributários abusivos.

Heber Bispo trouxe ao evento um panorama sobre o Repetro no estado do Rio de Janeiro. E destacou, entre ou-tros pontos, a importância da internalização para se ter incentivo econômico e participação das empresas. “Preci-samos internalizar efetivamente, em conjunto com as en-tidades e a classe trabalhadora, de forma clara e objetiva o quanto antes”, afirmou o representante da Firjan.

Por sua vez, Luís Henrique Guimarães apresentou os principais aspectos aduaneiros e operacionais do novo Re-petro. Sobre a proposta de debate, o auditor ressaltou: “É

muito importante esse tipo de evento de educação fiscal sobre o comércio exterior. Essa integração entre a RFB e os intervenientes do comércio exterior ajuda o Brasil na busca de soluções para a constante melhoria do fluxo do comércio exterior.”

I Jen Huang, sócia do Siqueira Castro Advogados – apoiador do evento – abordou o Repetro sob os aspec-tos tributários. Segundo a especialista, no que tange a importação ou aquisição no mercado interno de bens ou mercadorias permanentes, ocorre uma redução da base de cálculo do ICMS para que a carga tributária seja equivalente a 3%, sem a apropriação do crédito corres-pondente. Quanto à importação temporária, a advoga-da destacou a isenção do ICMS incidente na importa-ção de bens ou mercadorias temporárias para aplicação nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, conforme definido pela Lei n. 9.478/97.

Francisco Murta discorreu sobre os tópicos controversos entre as instruções normativas do Repetro e o Repetro-Sped. Após apresentar o histórico da Petrobras e da legislação aduaneira, o despachante compartilhou os pontos vulneráveis do regime. Sob outra perspectiva, Eduardo Carlos Cardoso, compartilhou sua expertise quanto aos controles administrativos aduaneiros e a manutenção dos sistemas aplicáveis, recomendando como modelo sistêmico a integração do “chão de fábrica” (ERP) com o sistema especialista em comércio exterior da aduana Local ERP. Em seguida, Ricardo Keiper abordou a importância do compliance no comércio exterior e o case da empresa com a certificação OEA – tendência global que possui reconhecimento internacional dentre os programas de segurança da cadeia logística.

A iniciativa promovida pela AmCham Rio, com pa-trocínio da Databras e apoio do Siqueira Castro Advo-gados, contou com um público de mais de 40 grandes empresas do setor de petróleo e gás, consultorias e es-critórios de advocacia. Os especialistas garantiram aos participantes uma apresentação ampla sobre o Repetro- Sped desde a teoria da lei à prática nas organizações.

Juliana [email protected]

Quais mudanças surgem com as novas regras do Repetro-Sped?Especialistas apresentaram as principais alterações do regime de petróleo e gás motivadas pela medida provisória nº795/2017

Juliana [email protected]

Evento realizado no Hotel Grand Mercure Copacabana marca a despedida do representante do Estado Americano, que deixa o Brasil para nova missão internacional

Em homenagem ao cônsul-geral James Story, a Câmara de Comércio Americana do Rio de Ja-neiro (AmCham Rio) realizou, no dia 18 de ju-

nho, um coquetel ao som de chorinho, música popular e instrumental autenticamente brasileira. A noite de despedida foi marcada pela transmissão de um vídeo com momentos importantes da gestão do representan-te do Estado Americano no Rio. O evento teve a parti-cipação da esposa do cônsul, Suzan Story, da diretoria da AmCham Rio e de grandes executivos de empresas associadas à Câmara.

Após três anos na liderança do Consulado Americano no Rio de Janeiro, James Story se despede do Brasil rumo à uma nova missão internacional. Durante sua carreira no País, teve participação fundamental em importantes projetos, como os Jogos Olímpicos de 2016, o Acordo Céus Abertos e programas de ensino de inglês e intercâmbio, que levaram mais de 12 mil estudantes brasileiros aos Estados Unidos.

A cerimônia foi aberta com discurso de agradeci-mento do presidente da AmCham Rio, Pedro Almeida, que destacou a importância da participação do cônsul para o fortalecimento da relação comercial entre Esta-dos Unidos e Brasil. “Você não é só o cônsul-geral dos

Estados Unidos para o Rio de Janeiro, você foi além do título, com seu carisma e engajamento verdadeiro com as pessoas e com a Cidade.”

James Story se mostrou feliz com o resultado do trabalho desempenhado nos três anos à frente do Consulado Americano do Rio de Janeiro e, em dis-curso emocionado, agradeceu pela homenagem ofe-recida pela Câmara.

O evento foi realizado com o patrocínio da Che-vron Brasil e Spectrum Geo do Brasil, com apoio do Hotel Grand Mercure Copacabana.

MARCELO CORTEz

AmCham Rio homenageia o cônsul james Story

AmCham Rio homenageia o cônsul james Story

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James Story em momento de descontração da festa

AMCHAM NEWS

Representantes de mais de 40 empresas participaram do evento

DIVULGAçãO AMChAM RIO

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Novos SóciosPOR DENTRO DA CÂMARAOvERvIEW

38_Edição 304_abr/mai/jun 2018

Estudo realizado pela KPMG avalia a relação das empresas com a Gestão de Riscos

a pesquisa maturi-dade do processo de Gestão de riscos no Brasil, promovida pela KpmG, entre-vistou funcionários de diversos seg-mentos. a análise apontou que 44%

dos participantes alegaram que, em suas empresas, o pro-cesso se iniciou nos últimos três anos, e 20% há menos de um ano, o que representa um aumento do nível de consci-ência das empresas. no entanto, 56% das organizações que participaram do levantamento ainda apresentam maturidade abaixo da classificação intermediária – sendo 29% no nível fraco e 27% no sustentável. Em relação aos obstáculos mais citados para a implementação da Gestão de riscos, os en-trevistados destacaram ausência de cultura no tema (65%), existência de outras prioridades (56%) e falta de clareza em relação aos benefícios potenciais (52%).

Número de turistas no Brasil cresce 8%

de acordo com dados divulgados pelo ministério do turismo, a entrada de turistas no Brasil aumentou 8% em comparação com o mesmo período do ano passado. de acordo com o ór-gão, se o ritmo de crescimento continuar nos próximos meses, a marca dos 7 milhões de visitantes estrangeiros será atingida pela primeira vez em nossa história. Em 2017, o Brasil regis-trou cerca de 6,6 milhões de visitantes e, com base nesse nú-mero, o plano nacional de turismo tem como objetivo atingir 12 milhões de turistas até 2022, gerando US$ 19 milhões em divisas para o país.

SUBSIDIáRIA DE FURNAS APRESENTA INVESTIMENTO DE R$650 MILHõES PARA NOVO PARQUE EóLICO NO CEARá

A Brasil Ventos, controlada pela empresa Furnas, planeja investir R$650 milhões na construção de um novo parque eólico, na cidade de Fortim, localizado a 135 km da capital Fortaleza, no Ceará. As obras irão contemplar o desenvolvimento de 41 aerogeradores distribuídos em cinco parques: Jandaia, Jandaia I, São Januário, São Clemente e Nossa Senhora de Fátima. O projeto, com capacidade para produzir 123 MW de energia, atravessará, por meio de linha de transmissão do Parque Jandaia, os municípios de Fortim, Acarati, Jaguaruana, Itaiçaba, Palhano e Russas, e atenderá aproximadamente 174 mil famílias com energia a custo mais baixo. O início da operação do Complexo Eólico de Fortim está previsto para novembro de 2019.

Associadas da AmCham Rio estão entre as melhores para trabalhar no Brasil, segundo a GreatPlacetoWork

a algar telecom, Bradesco seguros, Hilton Hotels, HyattHotels, iBm Brasil, JW marriott e souza Cruz, associadas à Câmara de Comércio americana do rio de Janeiro (amCham rio), foram reconhecidas pela consultoria GreatplacetoWork (GptW) como melhores empresas para se trabalhar no Brasil em 2018. a pesquisa considerou as percepções dos trabalhadores para chegar à posição final – entre elas, a remuneração, políticas de diversidade, chefia, oportunidades de crescimento, qualidade e práticas culturais das organizações. o ranking da GptW é padrão de excelência para a definição de bons ambientes de trabalho.

Spectrum inicia projeto sísmico 3D de 10.000 km2 na Bacia de Santos

a empresa, especializada em pesquisas sísmicas, iniciou neste mês de agosto o projeto multi-Client 3d, que será re-alizado em águas além das 200 milhas e cobre a porção sul das principais descobertas de petróleo e gás na Bacia de santos e de blocos muito procurados, oferecidos nas últimas rodadas de petróleo e gás, incluindo as áreas do pré-sal. os dados estarão disponíveis para serem usados também na rodada prevista para o segundo semestre de 2019. O projeto baseia-se na completa e abrangente base de dados 2d da spectrum e marca a abertura da área de águas ultraprofun-das, altamente prospectiva na bacia de santos.

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Edição 305 Brazilian Business_41

COMITÊ EXECUTIVOPRESIDENTE Pedro Paulo Pereira de Almeida_Sócio-Diretor, Grupo Case Benefícios e Seguros

1º. VICE-PRESIDENTE Robson Barreto_Sócio, Veirano Advogados

2º. VICE-PRESIDENTE Luiz Fernando Bertoncello_Vice-Presidente Sênior de Operações e COO, Prudential do Brasil

3º. VICE-PRESIDENTE Leonardo Coelho_Diretor Comercial, Amil

DIRETOR-SECRETÁRIO João César Lima_Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

DIRETOR FINANCEIRO Carlos Affonso S. d’Albuquerque_CEO, Valid

CONSELHEIRO JURÍDICO Julian Chediak_Sócio, Chediak Advogados

EX-PRESIDENTES Rafael Sampaio da Motta; Roberto Ramos; Henrique Rzezinski

PRESIDENTES DE HONRASergio Amaral_Embaixador do Brasil nos EUA

P. Michael McKinley_Embaixador dos EUA no Brasil

LIDERANÇAS DE COMITÊSAssuntos Jurídicos – Luiz Claudio Salles Cristofaro_Sócio, Chediak Advogados e Bruno Tocantins_Sócio, Tocantins Advogados

Propriedade Intelectual– Fernanda Magalhães_Sócia, Kasznar Leonardos Tributário – Gerson Stocco_Sócio, Gaia Silva Gaede Advogados

Marketing – Noel De Simone_Sócio, Savvy Serviços Financeiros e Dyene Galantini_Associate Director, Marketing Programs, IHS Markit

Petróleo e Gás – Ana C. F. Lopes_ Diretora de Relações Governamentais & Públicas, Chevron Brasil e Alejandro Duran_Brazil Country Manager, BHGE

Recursos Humanos – Claudia Danienne Marchi_CEO, Degoothi Consulting

Saúde – Gilberto Ururahy_Diretor-Médico, Med-Rio Check-Up e Thais Jorge_Diretora de Rede Referenciada, Bradesco Seguros

Setor Elétrico – Alessandra Amaral_Diretora-Presidente, Energisa Comercializadora e Jorge Alcaide_Diretor Regional, Wärtsilä

Seguros, Resseguros e Previdência

Sustentabilidade– Eduardo Kantz_ Diretor de Sustentabilidade & Jurídico, Prumo Logística

Tecnologia e Inovação – Gustavo Moreira_Enterprise Top Accounts Segment Leader, IBM Brasil e Bruno Augusto dos Santos_Gerente de Contas TIC, Algar Telecom

Turismo e Negócios – Maria Paula Comaru_ Diretora de Vendas e Marketing, Hilton e Marcus Juste_Gerente de Vendas, Delta Air Lines

INICIATIVAS

Grupo de Estudos de Licenciamento Ambiental – Luiz Gustavo Bezerra_Sócio, Mattos Filho Advogados

Indústria Criativa e Cultura – Steve Solot_Presidente, Latin American Training Center – LATC

Relações Governamentais – João César Lima_ Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

DIRETORESAlejandro Duran_Brazil Country Manager, BHGE

Alexandre de Botton_Sócio-Diretor, Korn Ferry

Antonio Carlos Worms Till_Presidente, Vita Check-up Center

Bruno Tocantins_Sócio, Tocantins Advogados

Carlos Affonso S. d’Albuquerque_CEO, VALID

Carlos Eduardo Caruso Ferreira_CEO, CSM Sport & Entertainment

Carlos Francisco Picini_Diretor Executivo, Bradesco Seguros

Carlos Otavio Quintella_Diretor Executivo do Centro de Estudos de Energia, FGV Energia

Fernanda Leitão_Tabeliã, 15º Ofício de Notas

Fernando Bomfiglio_Diretor de Relações Institucionais, Souza Cruz

Gerson Stocco_Sócio, Gaia Silva Gaede Advogados

Gilberto Ururahy_Diretor-Médico, Med-Rio Check-Up

Italo Mazzoni_Presidente, Instituto Brasil-Estados Unidos (IBEU)

João César Lima_Co-CEO, Grupo Case Benefícios e Seguros

José Firmo_Vice-Presidente Sênior, Seadrill

José Magela Bernardes_Diretor-Presidente, Prumo Logística

Julian Chediak_Sócio, Chediak Advogados

Leonardo Coelho_Diretor Comercial, Amil

Luiz Fernando Bertoncello_Vice-Presidente Sênior de Operações e COO, Prudential do Brasil

Luiz Ildefonso Simões Lopes_Senior Managing Partner, Brookfield Brasil

Manuel Domingues e Pinho_Presidente, DPC

Manuel Fernandes_Sócio, KPMG

Maria Paula Comaru_Diretora de Vendas e Marketing, Hilton Copacabana e Barra

Mauricio J. Vianna e Silva_CEO, MJV Technology & Innovation

Noel De Simone_Sócio, Savvy Serviços Financeiros

Patrício Marques Roche_Sócio, PwC

Pedro Paulo Pereira de Almeida_Sócio-Diretor, Grupo Case Benefícios e Seguros

Roberto Blyth_Líder, Citibank

Roberto Lopes Pontes Simões_CEO, Ocyan S.A

Robson Goulart Barreto_Sócio, Veirano Advogados

Sérgio de Oliveira Duarte_Presidente, Vitalis

Solange Zaquem_Diretora Comercial, SulAmérica Seguros

Steve Solot_Presidente & CEO, Latin American Training Center – LATC

DIRETORES EX-OFÍCIO

Andres Cristian Nacht | Carlos Augusto C.

Salles | Gabriella lcaza | Gilberto Duarte Prado

Gilson Freitas de Souza | Henrique Rzezinski

Ivan Ferreira Garcia | João César Lima |

Joel Korn | José Luiz Silveira Miranda | Luiz

Fernando Teixeira Pinto | Omar Carneiro da

Cunha | Peter Dirk Siemsen | Rafael Sampaio

da Motta | Roberto Prisco Paraíso Ramos |

Robson Goulart Barreto | Ronaldo Camargo

Veirano | Rubens Branco da Silva |

Sidney Levy

DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO

SANTO

PRESIDENTE

Otacílio José Coser Filho_Membro do

Conselho de Administração, Coimex

Empreendimentos e Participações Ltda.

DIRETORES

Bruno Moreira Giestas_Diretor de Marketing,

Realcafé Solúvel do Brasil S.A.

Carlos Fernando Lindenberg Neto_Diretor,

Rede Gazeta

Márcio Brotto Barros_Presidente, Bergi

Advocacia

Maria Alice Paoliello Lindenberg_Relações

Governamentais, Rede Gazeta

Rodrigo Loureiro Martins_Advogado, Sócio

Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins

Victor Affonso Biasutti Pignaton_Diretor,

Centro Educacional Leonardo da Vinci

40_Edição 304_abr/mai/jun 2018

QUEM SOMOS

LINHA DIRETA COM A AMCHAM RIOGerência Executiva: Nadia Stanzig (21) 3213-9231 | [email protected]ção e Finanças: Liliane Ponte (21) 3213-9212 | [email protected] e Relacionamento: Felipe Tavares (21) 3213-9294 ou Giuliana Sirena (21) 3213-9227 |[email protected]ês e Eventos: Myllena Fernandes (21) 3213-9235 ou Nathannie Gomes (21) 3213-9234 |[email protected]ção: Juliana Botelho (21) 3213-9230 | [email protected]

LINHA DIRETA COM A AMCHAM ESDiretor Executivo: Luiz Fernando Mello Leitão (27) 99972-5933 | [email protected]

CEO Outlook 2018 Otimismo e ConfiançaTenha acesso a um retrato fiel das principais preocupações, prioridades e expectativas dos CEOs que atuam em âmbito nacional, regional (América Latina) e global.

Acesse: www.kpmg.com.br/ceooutlook

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53 CEOS BRASILEIROS

1.300 CEOS DE TODO O MUNDO

278 CEOS AMÉRICA LATINA

Page 23: empreendedorismo que gera - amchamrio.com · Conforto e privacidade é o que você vai encontrar nas duas unidades da MED•RIO CHECK-UP. ... trouxemos especialistas no assunto e

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