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Ano 3 | Número 9 | Junho de 2017 INSPER ON BROADWAY Luzes, câmera, ação! O Insper abriu suas portas para os musicais da Broadway. Conheça os bastidores e organização do projeto com o ex-aluno Eduardo Medaets. INICIAÇÃO CIENTÍFICA Entenda a produção acadêmica dos alunos da graduação e o preparo durante todo o processo de pesquisa. VEGA CULTURAL A nova entidade cultural do Insper e seus projetos na promoção da cultura de inovação e diversidade. Sair da zona de conforto e gerar valor exige comprometimento e energia. Saiba mais sobre o fomento desta cultura no Insper e a trajetória de quem decidiu empreender. Empreendedorismo no Insper

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Page 1: Empreendedorismo no Insper · inovando em métodos de geração de investimentos como os Search Funds ou levando a infor- mação sobre as trajetórias profi ssionais referência

Ano 3 | Número 9 | Junho de 2017

INSPER ON BROADWAY Luzes, câmera, ação! O Insper abriu suas portas para os musicais da Broadway. Conheça os bastidores e organização do projeto com o ex-aluno Eduardo Medaets.

INICIAÇÃO CIENTÍFICA Entenda a produção acadêmica dos alunos da graduação e o preparo durante todo o processo de pesquisa.

VEGA CULTURAL A nova entidade cultural do Insper e seus projetos na promoção da cultura de inovação e diversidade.

Sair da zona de conforto e gerar valor exige comprometimento e energia. Saiba mais sobre o fomento desta cultura no Insper e a trajetória de quem decidiu empreender.

Empreendedorismo no Insper

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2 | Junho 2017

ÍND

ICE

EQUIPEJoão Vitor SantosPresidente

Camila de Camargo BarsceviciusDiretora de Marketing

Deborah KangDiretora de Redação

Gabriela MarcottiDiretora Financeira

Fernanda CarvalhoDiretora de Inovação

Sarah VendrameDiretora de Revisão

Ana HenriquesColaboradora

Bruna KimuraColaboradora

Carolina BortolussiColaboradora

Clara MarinsColaboradora

Eduarda BuenoColaboradora

Felipe ScandiuzziColaborador

Flávia MoisesColaboradora

Hugo DaherColaborador

Luciana NavarroColaboradora

Marcela De GobbiColaboradora

Maria Clara LuquesColaboradora

Vitória KakiharaColaboradora

PDesign ComunicaçãoDireção de Arte e Editoração Eletrônica

A revista Insper Post é uma publicação dos alunos do Insper.

Ano 3 | Número 8 | Abril de 2017

4 EntidadesInsper Junior entrevista Alessandro Zema e Eduardo Miras, abordando suas trajetórias profi ssionais no mercado fi nanceiros e desafi os da área de Investment Banking.

10 EntidadesSaiba mais sobre o papel da tecnologia transformando a educação e potencializando o desenvolvimento de alunos da rede pública.

14CapaConheça o ecossistema empreendedor do Insper e as ferramentas disponibilizadas para o desenvolvimento de empreendimentos.

6 EntidadesA cultura tem grande infl uência no desenvolvimento dos alunos. Entenda o papel da Vega Cultural nessa formação.

11 De Aluno para AlunoSaiba mais sobre o projeto Vamos limpar o rio?, entendendo a importância dos rios e de sua preservação.

7 EntidadesVitor Costa, do InFinance, faz uma análise do Search Fund e sua chegada no mercado brasileiro.

8EntidadesMaria Eduarda, presidente da Aisec no Insper, partilha suas experiências e crescimento com a organização.

De Aluno para AlunoNa área de engenharia, o aluno Rafael Marzolla estuda a possibilidade de unir métodos de fabricação e otimização de processos.

12De Aluno para AlunoOrientado pelo professor Bruno Morales, Paulo Menaci explica o desenvolvimento de sua pesquisa acadêmica sobre teoria da escolha.

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InternationalConheça a experiência de intercâmbio nos Estados Unidos do aluno Guilherme Panhota.19Crônica A carga pesada de estudos e suas refl exões diárias. 20Insper AconteceDiálogo e diversidade são pautas importantes para a comunidade. Entenda como foi o bate papo com a coordenação sobre esses temas e a vinda de Fernando Haddad ao corpo docente.

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Quem FazBateu a fome e foi comer no Rock Café? Pede um autógrafo para o Bruno, funcionário destaque nesta edição do Insper Post.26

Insper AconteceO teatro musical e sua infl uência no desenvolvimento de habilidades profi ssionais - descubra a nova atividade complementar do Insper22

18 ArtigoLeia o texto do aluno Vinícius Rodrigues, contando a importância do esporte e conteúdos relacionados ao tema para o seu desenvolvimento.

Insper AconteceO Novo prédio dos bolsistas já tem um nome! Entenda a relevância da Toca da Raposa na comunidade Insper.23AlumniLyssia Chieppe explica sua trajetória no Insper e a importância do esforço para atingir seu potencial.24AlumniWillian Kang relata seu percurso profi ssional dando dicas de como aproveitar a faculdade.25

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3 | Junho 2017

Escrever é tarefa difícil, por vezes o lápis teima em rascunhar um artigo, mas a criatividade se perde diante da procrastinação. Conectivos e verbos soltos tentam incitar qualquer coisa que esconda as olheiras do escritor.

Com tímidos parágrafos o texto vai tomando forma. A cada página construída é evidente que comunicar é complexo: exige prática e empatia. Entender o outro é – ou deveria ser - uma neces-sidade de autor, a ponderação sobre como o interlocutor irá assimilar a mensagem transmitida e o cuidado em fazer da leitura um momento agregador. Com isso, diversidade e diálogo refl etem, além das pautas dessa edição, no trabalho em selecionar e construir cada texto da revista.

Assim, parte de aprender a comunicar é ouvir. É difícil transmitir ideias em palavras, pois muito se perde, principalmente em uma época em que falar por falar virou lei. É preciso procurar, se questionar, e como um empreendedor entender que toda informação deve ser assimilada com cautela, se colocando em dúvida e saindo da zona de conforto.

Gerar valor demanda energia, seja construindo e colaborando com uma organização estudantil, inovando em métodos de geração de investimentos como os Search Funds ou levando a infor-mação sobre as trajetórias profi ssionais referência no mercado fi nanceiro a estudantes que alme-jam fazer a diferença e crescer nesse ambiente.

Portanto, o valor da mensagem é um importante fator de comunicação. Observar um problema e gerar insumos e questionamentos a uma sociedade é parte desse caminho. Somos agentes e precisamos escolher que tipo de agentes queremos ser. Se preocupando com os mananciais e rios, selecionando políticas públicas efi cientes para solução de problemas sociais.

Desse modo, formação sólida refere-se tanto ao conhecimento técnico, produção científi ca, como ao desenvolvimento de social skills. A liberdade corporal promovida pelo teatro musical, o fomento a cultura de inovação, auxiliam na formação de um cidadão global capaz de liderar e aprender com pessoas e cenários diversos; para assim comunicar de forma signifi cante - com p-valor relevante para a estatística t.

Comunicação é um processo de transmissão, no qual um valor emitido em mensagem é levado a um receptor. Recepção? Bom, essa é a última e mais incerta etapa da comunicação. Na forma escrita, por exemplo, mesmo que dispendida revisões e gramáticas ainda estamos sujeitos a ru-ídos de comunicação entre o que queremos transmitir e o que foi transmitido, de tal modo que a pausa que antecede a ação pode tornar aquilo que, a priori, era respeito e educação - Aceito, obrigado - em confl ito - Aceito obrigado.

EDIT

OR

IAL

Dilemas de um comunicador

João Vitor Santos,Presidente do Insper Post.

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4 | Junho 2017

A área de Investment Banking costuma ser uma das mais procuradas pelos alunos do Insper. O que dentre a es-trutura de sua área e suas característi-

cas de trabalho vocês acreditam que sejam os principais motivos de atração? E o que vocês esperam dos alunos do Insper?

Alessandro: A área de Investment Banking proporciona uma curva de aprendizagem mui-to rápida. Os estagiários que trazemos têm a oportunidade de testar e desenvolver habili-dades analíticas, interpessoais e de negocia-ção. Acho, ainda, que as pessoas se atraem pela área pelo fato de difi cilmente um dia ser igual ao outro. As coisas são muito dinâmicas, estamos sempre aprendendo sobre diferentes indústrias e empresas, sempre fazendo opera-ções diferentes.

Eduardo: Acredito que a área de Investment Banking é uma grande formadora de profi s-sionais do mercado fi nanceiro. Não somente para aqueles que desejam seguir uma carrei-ra na área, a experiência te dá uma base para um prosseguimento nas mais diversas esferas do mercado, como uma entrada para fundos de Private Equity, empresas ou até empreendi-mentos próprios. Estando em uma posição de estagiário, a exposição é grande para uma série de situações, lidando com diferentes setores, in-dústrias e pessoas, principalmente em um ban-co global com forte contato com o exterior.

Em relação aos alunos do Insper, primeira-mente exigimos bastante dedicação, visto

que o trabalho requer uma grande quantida-de de horas e uma intensidade bastante gran-de. Além disso, esperamos pessoas curiosas que irão aprender com uma maior facilidade e rapidez se fizerem perguntas e questiona-rem. Outro ponto importante é serem pessoas com capacidade criativa, visto que o trabalho na área possui diversas regras que devem ser seguidas, mas vê-se que as pessoas mais criativas acabam se sobressaindo. Partimos da premissa que o lado técnico já é bastante desenvolvido, dada a formação qualificada da faculdade, e que um perfil mais comercial e comunicativo é essencial.

O primeiro trimestre de 2017 iniciou com da-dos de infl ação em curso abaixo da meta e corte na taxa Selic logo na primeira reunião do Copom. Como vocês veem o cenário macro brasileiro para o ano e o que muda na visão dos empresários.

Alessandro: A visão do banco com relação a este ano é de uma taxa de câmbio relativamen-te estável, entre R$3,00 e R$3,30 por dólar, além de uma taxa de infl ação bem próxima do cen-tro da meta. Em conjunto, é esperada uma taxa de juros abaixo de dois dígitos, estamos com expectativa para uma taxa de juros de 9%, mas existe a chance de o Copom ser mais agressivo e essa taxa acabar caindo abaixo deste valor.

Dando um passo para trás, acho que pela pri-meira vez o Brasil tem um governo que tem a vontade política e a convicção econômica para fazer as reformas necessárias. No governo an-

Entidades

Investment Banking

4

Por Núcleo Econômico da 32ª gestão da Insper Jr Consulting.

Alessandro Zema e Eduardo Miras são importantes nomes no mercado fi nanceiro e, em entrevista para a Insper Jr. Consulting no mês de abril, contam sobre suas trajetóri-as profi ssionais e desafi os da área de Investment Banking do Morgan Stanley; além de discorrerem acerca do panorama atual da economia

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terior, se tinha a convicção econômica errada e nenhuma habilidade para implementar refor-mas, uma agenda que é muito necessária ao Brasil. Por isso, hoje os empresários começam a enxergar que existe um benefício grande de se criar um desenvolvimento sustentável no lon-go prazo. No entanto, este não é um processo imediato, as empresas ainda estão em processo de desalavancagem, a taxa de desemprego e a taxa de juros ainda são muito altas, então não se vê empresários imediatamente falando que vão investir pesadamente. Mas, que existe uma boa vontade na perspectiva com relação ao futuro, existe, e sem dúvida há perspectiva de cresci-mento para 2018.

Eduardo: A visão do banco é que a taxa de juros vai continuar caindo, inclusive o nosso relatório interno acabou de ser revisado, mos-trando que a expectativa é que a taxa chegará a 8,5% no final do ano. Isso sem dúvida, para o ambiente do mercado de capitais e para o ambiente corporativo é uma bela noticia, visto que se dá um maior fôlego para as compa-nhias e, assim, gera-se um maior nível de con-fiança por parte dos investidores. Uma maior confiança dos investidores é chave, visto que acarreta em um ciclo de maiores investimen-tos e crescimento econômico. O que é parte integrante desta mudança de ambiente são as reformas que estão para ocorrer. Dependen-do de como elas saírem, com certeza afeta nas perspectivas de mercado e influenciam no crescimento econômico.

Se você pudesse dar um conselho para os alu-nos do Insper no começo de suas carreiras pro-fi ssionais, o que você diria?

Alessandro: Nunca podemos parar de aprender, principalmente na faculdade. Se o mercado fi nan-ceiro é algo que atrai os alunos do Insper, quan-to mais eles conversarem com pessoas da área e mais se informarem sobre o mercado, melhor será. Quando nós entrevistamos candidatos, pergunta-mos o que a pessoa leu no jornal nos últimos dias e qual o impacto desses fatos no mercado fi nan-ceiro. Se a pessoa não se mantém atualizada ou não identifi ca a forma como a notícia infl uencia no dia a dia do mercado fi nanceiro, é difícil de con-vencer uma empresa de contratá-la como alguém que possui interesse no mercado fi nanceiro.

Eduardo: Prestem atenção nas aulas e deem mais valor ao que vocês aprendem em sala de aula, mais do que, provavelmente, vocês estão fazendo. Não tentem pular etapas, a faculdade é extremamente importante, então façam-na bem feita e ela dará uma boa base. Também acho que equilibrar isso com experiências pro-fi ssionais no começo da carreira é algo muito importante, mas buscar esse equilíbrio. Não ar-rumar um estágio e fi car lá doze horas largando a faculdade, mas também não fi car só no mun-do acadêmico. Ter uma exposição no começo e durante a faculdade é bastante importante – no meu próprio caso foi bastante enriquecedor.

Para conferir a entrevista na íntegra, acesse http://www.insperjr.com.br/blog/

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6 | Junho 2017

Entidades

Ser AIESEC

Essa é a proposta da AIESEC, organização na qual estou há pouco mais de um ano e meio. Entrei no Insper no primeiro semestre de 2015 no curso de Economia e desde o

primeiro semestre participo de organizações es-tudantis. No primeiro semestre entrei no InFinan-ce, entidade na qual fi quei um ano e meio, depois trabalhei no GAS, sendo co-fundadora do proje-to MUNdo Insper, e, no começo de setembro de 2015, entrei na AIESEC.

Em janeiro de 2016 me tornei diretora de gestão de talentos da AIESEC no Insper, e, durante esse ano, eu pude crescer muito como pessoa e profi ssional, to-mei muitas decisões im-portantes a respeito da minha carreira. Quando terminou minha gestão, eu continuava muito en-cantada com essa entida-de; senti que ainda tinha muito a crescer com ela e me tornei presidente, re-presentando a AIESEC no Insper nacional e interna-cionalmente.

No início da minha ex-periência não era tão claro para mim o que sig-nificava fazer parte de uma organização global. Quando entrei, muitas pessoas falaram como a organização era grande e o quanto sua presença em mais de 120 países era representativa - não entendia muito o que isso significava de fato na vida e na história das pessoas. Foi durante a mi-nha gestão como presidente que isso se tornou muito mais claro.

No começo de abril participei de uma conferência na-cional, onde tive capacitação com pessoas da McKin-sey, Fundação Estudar, Somos, entre outros. Além disso tive a oportunidade de conversar com uma das pessoas mais inspiradoras para mim hoje, a presiden-te da AIESEC na Colômbia – ela me ajudou a ter uma visão muito diferente a respeito de como estamos fa-zendo as coisas aqui no Brasil e do que é a Colômbia.

Saindo dessa conferência viajei para Lima, no Peru, por duas semanas para participar da conferência das Américas representando a AIESEC no Insper. Lá es-tavam presentes pelo menos um representante de

cada país das Américas e ter a oportunidade de conversar com essas pes-soas, entender mais sobre a realidade desses países, a forma na qual eles pen-sam, me fez refl etir muito sobre a minha forma de pensar sobre o mundo. Pela primeira vez eu pude ter clareza do que signifi -ca fazer parte de uma or-ganização global.

No fi nal desse ano, quan-do acabar a minha gestão,

quero fazer um intercâmbio para trabalhar em uma Startup no leste europeu, e assim irei me preparar para uma das jornadas mais desafi adoras que a AIE-SEC pode me oferecer: ser diretora nacional, repre-sentando o Brasil perante à AIESEC Internacional, ain-da não sei se será no Brasil ou em outro país da Euro-pa ou Américas, mas é uma experiência que quero ter e que vai me desenvolver ainda mais, podendo ser uma líder que impacta pessoas.

Por Maria Eduarda Correa, aluna do 5º semestre de Administração e presidente do com-itê local da AIESEC.

“Formamos uma rede global, que, por meio de experiências multiculturais em ambi-entes desafi adores, explora e desenvolve a liderança jovem. E é essa liderança jovem, a resposta para alcançarmos nossa missão de Paz e preenchimento das potencialidades humanas.” – AIESEC Way

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7 | Junho 2017

a nova

do insperentidade cultural

Qual o limite do Insper? Qual o seu limi-te? Até onde a faculdade consegue te guiar para os desafi os da vida profi ssio-nal, e onde você deve procurar conhe-

cimento por conta própria?

Existem muitas respostas para essas questões, mas uma coisa sabemos bem: em algum momento pre-cisaremos procurar por conhecimento fora das pa-redes do Insper. Pensando nisso foi criada a Vega Cultural.

O objetivo da Vega não é tão óbvio quanto ape-nas trazer cultura para o Insper. Ela foi desenvolvi-da para ser mais que um veículo de cultura dentro da faculdade, o seu verdadeiro objetivo é fomen-tar uma cultura de inovação dentro do Insper. Não queremos impor as nossas ideias do que é cultura, queremos criar um ambiente onde a comunidade Insper é incentivada a entender a realidade de for-mas diferentes, sem esquecer o pensamento críti-co. A inovação é resultado de pessoas que desco-brem o que o mundo precisa.

Além de tudo isso, percebemos que há uma neces-sidade de demonstrar o quão importante é a cultu-ra para a formação profi ssional. Muitas vezes, muito concentrados nas provas e matérias, chegamos a relevar essa importância e, as consequências disso só são vistas mais para frente, quando entramos no mercado de trabalho. Essa diversifi cação do pensa-mento e a aproximação com novas formas de ex-pressão, acreditamos ser muito importante para a Comunidade Insper.

Nesse primeiro semestre da Vega Cultural vivemos um momento muito bom, principalmente para um

início de atividades. Em nosso primeiro processo seletivo foram aprovados 13 candidatos de Eco-nomia, Administração e Engenharia. Também já te-mos três atividades complementares: Cinema Ativo (aulas de interpretação de cinema), Insper on Bro-adway (aulas de teatro musical) e Vision (debates sobre tecnologia e sociedade).

Tem muitos projetos e eventos por vir e muitas ideias para saírem do papel. Um deles é a exposição de obras de artistas no começo de suas carreiras, tra-zendo um pouco da realidade de diferentes pro-fi ssionais e a forma como enxergam o mundo para dentro da Comunidade. Outro, debates internacio-nais, tentando cada vez mais estabelecer uma co-nexão com os intercambistas quem vêm estudar no Insper todo semestre. São alunos de faculdades do mundo todo que, com um ambiente propício, pode-riam agregar muito mais à instituição, expondo seus pontos de vista e representando seus países em de-bates políticos, econômicos e até culturais.

Nosso objetivo é atingir todos os âmbitos que in-teressam os alunos aqui e que contribuem para a formação dos mesmos. Acreditamos que o Insper é um lugar propício para a diversidade de ideias e visões, e queremos apresentar para a comunidade Insper que cultura, diversidade de pensamento e a vontade de continuar sempre aprendendo pode ser um diferencial signifi cativo na vida profi ssional.

“Temos muito para mostrar. Com a nossa cara nova, e o pique do pessoal que confi a e apoia nossos va-lores e ideias, teremos a oportunidade de inovar todo semestre e cada vez mais.” - Rafaela Marcon-des, 3º semestre de economia, vice-presidente.

Entidades

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Existem diferentes meios de entrar no mundo do empreendedorismo, incluindo a compra de um negócio existente. Muitos empreendedores

são motivados a construir e administrar seus próprios negócios, mas alguns não têm uma boa ideia ou desejo de co-meçar do zero. Para estes, a aquisição de um pequeno negócio pode ser uma ex-celente opção a ser consi-derada.

Em 1984, H. Irving Grousbe-ck criou uma nova modalida-de de investimento, comu-mente chamada de “Search Fund”, com o intuito de per-mitir jovens empreendedo-res ambiciosos a procurar, adquirir, administrar e cres-cer uma companhia. Des-de sua criação, mais de 300 empresas já foram adquiridas por meio de search funds. Popular entre recém-formados nos melhores MBAs, a modalidade tem cap-turado a atenção de outros públicos, como profi ssionais já estabelecidos no mercado de trabalho.

Ainda pequeno, o mercado brasileiro de se-arch funds tem crescido nos últimos 5 anos, com dois fundos em fase de análise e um com uma aquisição recente.

Apesar do tamanho do mercado, ainda há muito espaço para o crescimento da moda-

lidade no Brasil, que pos-sui um alto número de pe-quenas e médias empresas saudáveis com problemas de sucessão ou que sim-plesmente pecam em sua gestão.

Gap de investimentos

As empresas do middle market brasileiro e mundial costumam não alcançar uma receita grande o bastante para receber investimento de uma Private Equity e ge-ralmente não têm tecnolo-

gia o bastante ou a taxa de crescimento de-sejada pelos fundos de Venture Capital. Em geral, essas empresas atingem um patamar baixo de crescimento uma vez que passa a ser necessária maior capacidade administra-tiva por parte dos proprietários, o que gera

Entidades

Por Vitor Costa, gerente de Equity Research do InFinance.

SEARCH FUND: A MODALIDADE DE INVESTIMENTOS QUE ACABA DE CHEGAR AO BRASIL

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a necessidade de uma gestão mais competente.

Diferente das moda-lidades apontadas acima, os Search Funds atuam nesse nicho por meio de uma gestão ativa, através da aquisição do controle da em-presa, o que asse-gura o alinhamento de interesses entre os investidores e o gestor, uma vez que o retorno do fundo está diretamente li-gado à capacidade administrativa e às decisões tomadas pelo último.

Outro fator que favorece o investidor de um Search Fund é o fato de que, na modalida-de em questão, não há sunk cost com taxas de administração. Todo o capital utilizado na fase de pesquisa é pré-estabelecido e tem intuito de somente fi nanciar a pesquisa. Tam-bém, esse dinheiro é devolvido aos investi-dores no fi nal do investimento.

Perfi l do investimento

Características

Além dos benefícios da skin on the game apontados acima, os Search Funds apostam em setores, modelos de negócio e empresas pouco sazonais, com pouca infl uência do go-verno, fi nanceiramente saudáveis e com re-ceita recorrente, o que mitiga boa parte dos riscos dessa modalidade de investimentos. Outras características importantes dos Sear-ch Funds são:

Caso de sucesso: Nova Capital - um dos pri-meiros Search Funds e fundado por Jim Sou-thern.

Depois de formar o Nova com investimentos de ex sócios e de professores, Southern co-meçou a entrar em contato com proprietários de negócios com interesse de venda. Even-tualmente, ele encontrou a Uniform Printing, a divisão de formulários comerciais de uma empresa de capital aberto. Com receita em torno de US$40 milhões e 750 funcionários, era um desafi o para um CEO de primeira viagem. Entretanto, com a mentoria de seus investidores, Southern conseguiu aumen-tar substancialmente o tamanho da Uniform Printing durante os dez anos em que a con-trolou. Em 1994, Southern e seus investido-res venderam o negócio, gerando um ROI de mais de 24x.

   

 

  

   

 

  

Modalidades de investimento de acordo com seus valores e com a maturidade da companhia.

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10 | Junho 2017

Com o objetivo de incentivar o aprendi-zado voltado a tecnologia para alunos do Ensino Médio da rede pública de ensino, o TechEdu surgiu do Design

Challenge, em 2016, para propor a esses alunos atividades que envolvem, principalmente, con-ceitos e aplicações de Eletrônica, Programação, Design Thinking e Empreendedorismo, para que possam resolver problemas do dia a dia de suas comunidades.

Em julho do ano passado, a primeira edição do projeto envolveu cerca de 50 alunos do progra-ma de bolsas Ismart Online, tutorados pelos alu-nos Insper participantes do TechEdu. O projeto teve duração de aproximadamente 6 meses e ini-ciou-se em maio, quando os alunos participantes foram alocados em grupos pré-determinados. Nas férias de julho, esses grupos participaram de uma semana de workshops, na qual aprenderam habilidades que os auxiliaram na resolução do problema. Depois disso, o projeto se estendeu até o fi nal do ano, quando os alunos continuaram desenvolvendo suas ideias para colocá-las em prática com ajuda dos tutores e autorizados a uti-lizar o FabLab, quando precisaram ou quiseram criar protótipos para testes.

Miguel Alves, que foi aluno do Ismart e ajudou na tutoria não-técnica dos alunos, conta: “Durante o primeiro semestre, [os alunos Ismart] fi zeram uma análise de todos os problemas que eles passam, tanto de infraestrutura como de acessibilidade. E agora, no segundo semestre, a partir da Mara-tona Maker do FabLab, eles vão começar a de-senvolver aplicativos ou dispositivos que possam melhorar essas situações. Quando alguém acre-

dita em nós, conseguimos chegar bem longe. E é isso que vai ser proporcionado a eles”.

O objetivo do programa é instigar os alunos de baixa renda para que aprendam e se desenvol-vam além da sala da aula. O Design Challenge quer mostrar aos jovens que o método acadêmi-co tradicional é apenas uma possibilidade dentre as inúmeras ferramentas de desenvolvimento pes-soal, e tem como missão expandir os horizontes de estudantes que possuem garra e boas ideias, para que eles coloquem em prática projetos que inicialmente parecem impossíveis, transformando desde já as realidades em que estão inseridos.

“Há seis anos, eu era um desses jovens que tinha muitas ideias e muita vontade, mas que não co-nhecia outros caminhos a seguir senão a conclu-são do ciclo básico de ensino e o ingresso preco-ce e não especializado no mercado de trabalho. Por isso, minha principal motivação ao efetivar essa iniciativa foi poder retribuir de alguma forma as oportunidades decisivas que recebi durante minha trajetória”, conta Warlen César Rodrigues, aluno apoiado pelo Ismart e também bolsista in-tegral de Engenharia Mecânica no Insper.

Após o sucesso da primeira edição, o Instituto Embraer também aderiu ao projeto, fazendo com que a segunda edição do TechEdu, a ser realiza-da em julho de 2017, que conta com 250 alunos. Serão duas semanas de workshops e imersão de aprendizado nas duas últimas semanas do mês de julho, e quatro eventos pontuais para defi ni-ção e acompanhamento dos projetos, realizados no Insper. Gostou? Procure o TechEdu no Face-book e participe!

Por Felipe Scandiuzzi e Maria Clara Luques

Engenharia

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11 | Junho 2017

De aluno para aluno

Os rios são indispensáveis para as diversas esferas da sociedade. Para as primeiras civilizações, além de ser uma fonte de ali-mentos através da pesca, os rios serviram

como forma de circulação para os seres humanos e possibilitou o transporte de mercadorias e pessoas, além do conhecimento de diferentes locais.

Mais recentemente, os rios tiveram papel importante na industrialização – primeiro com as máquinas a va-por e, a partir do fi m do século XIX, com a energia gerada em usinas hidrelétricas. A água doce dos rios é usada em diversos processos industriais, sobretudo nos setores de alimentação e de petroquímica.

Contudo, a intensifi cação das atividades econômicas e o aumento da população urbana fez com que a pressão ambiental sobre os rios das cidades cresces-se muito. No século XX, viu-se a poluição das águas urbanas atingir um ponto crítico, com os rios rece-bendo diariamente toneladas de lixo, esgoto do-méstico e industrial e efl úvios tóxicos da produção agropecuária.

No entanto, também pode-se notar um novo ciclo que parece estar em curso: cidades com caracte-rísticas geográfi cas diferentes estão em processo de resgate da qualidade urbana e ambiental de seus rios. A principal estratégia utilizada é enxergar a demanda urbana por espaços de convívio e de qualidade ambiental como uma oportunidade de reaproximar a população dos rios. As cidades bra-sileiras certamente possuem este mesmo potencial e o momento do resgate desses valores é urgente em nossa realidade. E é nesse cenário que o projeto Vamos Limpar o Rio? se insere.

Vamos Limpar o Rio? é um coletivo formado por pes-soas, movimentos e organizações que atuam em di-ferentes áreas, mas compartilham a preocupação de tornar a cidade cada vez mais propícia a seus cida-dãos, entendendo que a recuperação dos rios deve estar no centro da agenda urbana.

Nossa missão é lembrar a todos que os rios existem, que é possível limpá-los e que isso seria muito bené-fi co para as cidades. Sobretudo, queremos sublinhar que essa missão não é de uma determinada gestão, mas um dever permanente de todos os governantes, das empresas e de cada cidadão.

Pretendemos divulgar notícias e informações relevan-tes sobre as águas urbanas, bem como exemplos de ações e políticas inovadoras e bem-sucedidas relacio-nadas ao tema, destacando, sempre, as atitudes que podemos tomar. Desejamos voltar a aproximar a cida-de de seus rios, por meio de eventos e intervenções que renovem essa relação.

Estamos também permanentemente ativos na busca e no apoio de projetos inspiradores. Também esta-mos abertos a colaborações em produção de conteú-do que dissemine o conhecimento técnico, e prioriza-mos formatos inovadores de comunicação para pro-vocarmos verdadeiramente a cidade em torno dessa urgente questão.

Se você quer saber mais sobre a questão das águas e deseja se envolver nessa causa, nosso site e página são convites abertos. E ai? Vamos limpar os rios?

Por Mahya Thau Baldacci, aluna do 6º semestre de Administração e participante do pro-jeto Vamos Limpar o Rio?

De aluno para aluno

http://www.vamoslimparorio.minhasampa.org.br/https://www.facebook.com/vamoslimparorio/

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12 | Junho 2017

Iniciação

No ramo de fabricação, sempre existe um grande leque de máquinas que podem ser usadas - basta escolher a melhor para o projeto. Em 2016, o aluno de Engenharia

Mecânica Rafael Marzolla quis inovar: seria possível juntar dois métodos de fabricação e otimizar o pro-cesso?

Esse é o tema da mais nova Iniciação Cientifi ca da Engenharia, orientada pelo professor Alex Camilli Bottene e parceria de Marzolla com o aluno de En-genharia da Computação Raphael Costa: manufa-tura híbrida. O objetivo do projeto é estudar o uso de braços robóticos industriais como impressoras 3D. A ideia surgiu após um estágio de férias no La-boratório de Processos Avançados e Sustentabili-dade do Núcleo de Manufatura Avançada (LAPRAS NUMA) na USP – São Carlos, que foi trazido para o Insper e apresentado no SIISCUP (Simpósio Inter-nacional de Iniciação Científi ca e Tecnológica da USP) de 2016.

“Essa junção faz com que a perda de material caia de 98% para 1 a 2%, bem considerável. Também, reduz em 30% o custo, além de diminuir o impacto ambiental”, explica Rafael Marzolla quando pergun-tado sobre as vantagens. O braço robótico no lugar da impressora 3D aumenta a precisão e versatilida-de do processo, além de reduzir o preço. No caso da máquina em si, o braço está no mercado por 80 mil reais, enquanto uma 3D industrial custa por volta de 400 mil. Quanto à precisão do produto, o braço con-segue que esta seja maior devido aos seus 6 eixos de movimento de trabalho.

Raphael, amigo e colega de trabalho de Marzolla, desenvolve a parte computacional. Seu trabalho consiste em programar a compilação do código que será usado na máquina, ou seja, traduzir o código para uma linguagem que a máquina consiga enten-der e trabalhar em cima disso. “Sempre gostei de

programar, motivo até da minha escolha de curso, então quando o Rafael veio me convidar para partici-par, fi quei muito interessado. É muito bom trabalhar em algo inovador assim, ainda mais com ele, que é meu veterano e amigo, e com um professor tão bom nos guiando”, contou Raphael Costa.

Ambos concordam que a maior difi culdade do pro-jeto é o fato de este ser extremamente inovador, por-tanto não há muitas referências ou informações para consulta. O professor Alex, nesses casos, auxilia com sua extensa experiência na área de fabricação, seja com a linguagem técnica ou mesmo o conteúdo.

O programa de iniciação cientifi ca do Insper é cha-mado de Programa Institucional de Bolsas de Ini-ciação Cientifi ca (PIBIC), e é destinado a alunos de graduação que tenham interesse em desenvolver pesquisa acadêmica ou que desejam se aprofundar em algum tópico especifi co, recebendo bolsas de pesquisa do CNPq e também da própria instituição. Tem interesse em entrar para a Iniciação Cientifi ca? Visite o site do Insper e se informe!

Por Felipe Scandiuzzi e Maria Clara Luques

De aluno para aluno

https://www.insper.edu.br/graduacao/iniciacao-cientifi ca/

FABRICAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS

Rafael Marzolla à esquerda

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13 | Junho 2017

Científica

Fará um ano que comecei a pensar sobre a Iniciação Científi ca. Na minha cabeça, seria a melhor forma de aprender coisas que a fa-culdade não propõe: meu interesse era es-

tudar mais a fundo tópicos de matemática. Porém, num primeiro momento, não tinha ideia do que poderia ser feito juntando matemática e alguma teoria em economia. Com a ajuda do meu orien-tador, o professor Antônio Bruno Morales, de Cál-culo 2, decidimos estudar Teoria da Escolha. Resu-midamente, a partir de alguns pressupostos, analisaremos como agentes tomam decisões em diferentes tipos de ambien-tes, com risco e incerteza.

Ano passado, o meu foco foi em entender do que se tra-tava para escrever o projeto. Para isso, li alguns livros de graduação (como Nicholson, em que é tratada a parte de utilidade e escolha) e outros nem tão conhecidos na nossa grade curricular, como Game Theory: An Introduction, de Steven Tadelis. Além disso, foi importante a leitura de originais, como von Neumann e Savage (utilidade esperada subje-tiva). Ao final do semestre, escrevi um projeto - isto é, sobre o que se trata, qual metodologia usaria e o que esperava no final da iniciação. Nas férias, recebi um e-mail da minha aprova-ção, citando alguns auxílios que teria, como uma bolsa de pesquisa, aumento no número de livros e que dobraria minha cota de impressão. Porém, ao confirmar meu interesse em fazer a pesquisa, deixei claro que não fazia parte do meu planejamento fazer intercâmbio durante o ano de 2017.

Nesse ano, por já conhecer um pouco da teoria, foquei meu estudo em matemática. Para isso, uso o livro Curso de Análise vol.1, do Elon Lages Lima. Quem sabe seja esse o maior desafi o no momento: conseguir entender a Teoria da Escolha a partir de um rigor matemático. No meu caso, sempre estou tirando dúvidas e aprendendo com meu orienta-dor, que sempre se mostrou muito interessado no conteúdo. Qualquer dúvida que eu tenho com as leituras, eu consigo tirá-las toda semana. Ainda,

como a iniciação requer que o aluno aprenda muitos dos as-suntos sozinho, é comum aca-bar aprendendo matéria nem sempre relacionada com o pro-jeto (o que pode ser muito inte-ressante também!).

Estou indo para metade do ano da IC e o próximo passo será escrever o relatório. À medida que fi z as leituras e de acordo com o andamento, consegui-mos pensar um pouco além do projeto inicial. Quem sabe con-siga abordar outros teóricos importantes que fi zeram contri-

buições signifi cativas para o que estudamos hoje. Será realizada também uma parte empírica, para tentar simular alguns dos modelos e paradoxos es-tudados. Quando terminado o relatório no fi nal do ano e caso aprovado, será apresentado numa espé-cie de seminário no Insper.

A experiência é muito interessante, principalmen-te para aqueles que desejam entender um pouco da área acadêmica (mesmo que uma IC possa re-presentar muito da vida acadêmica) e anseiam em aprender assuntos que nem sempre serão aborda-dos em sala de aula.

Paulo Mencacci, aluno do 4º semestre de Economia.

De aluno para aluno

TEORIA DA ESCOLHA

Paulo Mencacci

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14 | Junho 2017

O ECOSSISTEMA EMPREENDEDORdO INSPER

Capa

O empreendedorismo tem se ca-racterizado não somente pelo ato de abrir uma empresa ou novo modelo de negócio, mas

também por um estilo de vida capaz de identifi car e desenvolver soluções em diver-sas esferas da sociedade; uma habilidade de se conceber e estabelecer algo partindo de muito pouco ou quase nada.

A principal motivação para empreender é a quantidade de oportunidades e proble-

mas a serem resolvidos na nossa sociedade. Neste cenário, empresas buscam constan-temente profi ssionais que tragam soluções inovadoras, sejam proativos e motivados. Energia denominada de intraempreende-dorismo, na qual indivíduos aplicam o com-portamento empreendedor em prol da or-ganização que integram.

“Desde que estava no Ensino Médio meu sonho era criar uma empresa de suces-so que mudasse a vida das pessoas que

Por João Vitor Santos e Fernanda Carvalho

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15 | Junho 2017

O ECOSSISTEMA EMPREENDEDORutilizam seu serviço ou produto e, princi-palmente, das pessoas que trabalhassem comigo. Não esperei algo acontecer para começar a ir atrás da realização do meu sonho - no primeiro semestre da faculda-de abri meu primeiro negócio e, desde lá, venho lutando por ele” - conta Raffael Marfara, 20 anos, 5º semestre de adminis-tração.

Embasado por essas transformações o Ins-per fomenta constantemente por meio do CEMP - Centro de Empreendedorismo - a formação de profi ssionais inovadores, in-centivando o espírito empreendedor em toda a comunidade. Desta forma, promo-vem condições para a criação de novos em-preendimentos.

Para fortalecer esse ecossistema, o CEMP passou por um redesenho em 2016, a fi m de permear todas as etapas de um projeto de empreendedorismo, atuando no supor-te e manutenção de cada estágio: investiga-ção, estruturação, prototipação e realização. Com isso, um cronograma de atividades foi defi nido e aplicado, repetindo eventos de sucesso ao longo dos semestres, além da consolidação de projetos para alunos inte-ressados em aproximar-se do tema, como estágios em startups e feiras para a exposi-ção dos novos negócios.

Dentre os projetos destaca-se uma parce-ria com o Massachusetts Institute of Tech-nology (MIT), o Global Startup Lab, uma experiência intensiva, hands-on, aplicada para 30 alunos da graduação durante seis semanas repleta de atividades, palestras e workshops com três professores da institui-ção, que fornecerão novas ferramentas e ideias para iniciar um empreendimento. O programa será realizado de 26 de junho a 2 de agosto de 2017.

Para potencializar projetos de empreendedo-rismo, Carolina Fouad Kamhawy, coordenado-ra executiva do CEMP, explica que tem fecha-do parcerias estratégicas, sendo uma delas com a Wayra, um veículo de investimento ini-cial do grupo Telefônica. ”Fechamos um pro-grama de aceleração, onde os alunos recebe-rão mentorias individualizadas e terão acesso a conteúdos exclusivos do parceiro”. Também se destaca o projeto Insper Angels, uma banca de alumni investidores que tem o objetivo de for-talecer uma rede de contatos garantindo que os projetos tenham acesso a possíveis investi-mentos para seguirem em frente.

Carolina também reitera o importante papel da promoção de metodologias neste am-biente. Canvas, plano de negócios, design thinking são vários dos conteúdos que o CEMP dissemina por meio de mentorias com profi ssionais e pessoas infl uentes na área, au-las, palestras e feiras. Todos os eventos enga-jam também os alunos que estão em outros cursos além dos de longa duração.

“O CEMP é a centralização do empreende-dorismo no Insper, tanto em disciplinas da graduação, como em contatos com a liga de empreendedores e outras iniciativas que en-dereçam ao empreendedorismo no Insper. Independentemente de qual seja o canal, o CEMP é a base institucional que garante o alinhamento de todas as atividades com o tema” - relata Andressa Melo, também do Centro Empreendedorismo.

O contato pode ser realizado tanto pelo site, quanto pessoalmente no 4º andar. No pri-meiro ano, após o redesenho da área, apro-ximadamente 50 projetos já foram validados e 60 mentorias realizadas.

Entre os empreendimentos destaca-se a Monogramma, uma marca de camisa social

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16 | Junho 2017

Capa

masculina sob medida criada pelos alumni Rodolpho Ruiz e Bruno Igel, da segunda tur-ma graduada no Insper. A plataforma online de customização permite construção de uma camisa social desde a escolha do tecido, pas-sando pelo colarinho, punho, modelagem, medidas e demais atributos de estilo.

Nesse ambiente repleto de oportunidade a Liga de Empreendedores se consolida como mais uma importante ferramenta de propulsão para projetos e alunos empreen-dedores. Criada pelo ex-aluno Insper João Alckmin, fundador da Vitta, a Liga surgiu da necessidade em se conectar com outros alunos empreendedores e, juntos, aprimo-rarem seus negócios e serem mentorados por grandes empresários.

Os 20 membros da organização partici-pam de reuniões e discussões internas sobre os negócios de cada integrante e semestralmente é realizado um evento aberto aos demais alunos, com o obje-tivo de levar alguns dos mentores para conversar com pessoas interessadas pelo tema no Insper. Além disso, são realiza-das duas vezes por mês reuniões com empresários de todos os ramos, como Jorge Paulo Lemann, Abílio Diniz, Sonia Hess, Beto Horst, Claudio Haddad, Edu Lyra, entre outros.

“A Liga de Empreendedores fomenta a cons-trução de um futuro de sucesso. Nos motiva a correr atrás dos nossos sonhos, fazendo o nosso melhor, aprendendo uns com os ou-

Insper Post: Como surgiu a Monogramma?

Rodolpho Ruiz: Nós já queríamos fazer algo jun-tos antes de termos a ideia da Monogramma. Trabalhamos juntos na faculdade e depois em uma mesma gestora, quando tivemos uma vi-vência mais profi ssional. Em 2014, fui a trabalho em um evento de varejo nos Estados Unidos. Lá, o fundador de uma marca de ternos sob medi-da apresentou seu negócio e na hora comecei a conversar com o Bruno sobre o tema.

Bruno Igel: Nós demoramos uns 3 ou 4 meses pensando no conceito da empresa: O que a gente queria fazer? Qual é a marca, qual é a valor que a gente quer passar?

IP: Como foi essa mudança de carreira e encarar os riscos de em-preender?

RR: Como é um negócio do zero, há sempre um monte de coisa em paralelo. Fechado o conceito, fomos para o dia a dia da empresa. E aí foram vários dias virando a noite,

pensando nas coisas que são importantes para o negócio dar certo. Com o tempo, co-meça a ser fatalmente mais caro tomar essa decisão.

BI: Tirando um pouco do romantismo, empreen-dedorismo tem duas coisas importantes: A pri-meira é dinheiro. Não adianta achar que você vai começar o negócio e duas semanas depois já vai estar ganhando muito dinheiro. Não, não

E N T R E V I S T A

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17 | Junho 2017

tros e nos inspirando em grandes líderes” - relata Eduardo Tirta, 19 anos, 3º semestre de engenharia da computação.

O principal impacto desejado pela Liga de Empreendedores é ajudar os alunos empre-endedores a terem sucesso e assim cons-truírem o futuro do Brasil, trazendo para o Insper o reconhecimento merecido pela sua formação de excelência.

“Sou um dos fundadores da Sr. Livro, uma plataforma online de livros focada em fa-cilitar a compra de livros no meio univer-sitário. Eu acordo todo dia e me questio-no o que posso fazer para melhorar o meu negócio. Dentro da Liga, estou cercado de pessoas incríveis que amam o que fazem

e que dão duro para caramba, me inspiro e uso isso como minha motivação diária. Tenho convicção de que podemos mudar o Brasil através do empreendedorismo” - conta Mathaus Vidal, 18 anos, 2º semestre de economia.

O Insper nasceu do sonho de empreende-dores ao acreditarem que um modelo ino-vador de ensino poderia transformar o país. Foi desse sonho que se gerou a energia em-preendedora presente no DNA da institui-ção. Com o ecossistema voltado a inovação, projetos, organizações e empresas cada vez mais encontram suporte para seu desen-volvimento e manutenção, através da cola-boração em uma comunidade que sonha e realiza.

vai. Você espera que dê, mas é pouco provável. A segunda coisa, a motivação, porque as coisas vão dar errado, o mundo tem um monte de va-riável que você não espera e as frustrações são muito constantes.

IP: Qual o segredo em tirar ideias do papel?

RR: Hoje em dia você realmente consegue co-meçar negócios com muito pouco dinheiro e o Insper ajuda com uma estrutura brutal para que possamos fazer o que quisermos. A partir dis-so, entra a boa execução e a vontade de fazer o negócio acontecer. Você nunca escuta casos de pessoas que fracassaram porque não con-seguiram dinheiro, não existe isso. Você escuta casos de pessoas que conseguiram a grana e deu errado, e isso é normal, ou de pessoas que não fi zeram o sufi ciente para vender sua ideia.

IP: No livro “Empresas feitas para vencer”, Jim Collins diz que as empresas excelentes escolherem as pes-soas que estariam em seu time antes mesmo de saber qual estratégia seria escolhida pela organização para atingir seus objetivos. Vocês acreditam nisso?

BI: Gente é essencial. Eu não conheço nenhum negócio bom com gente ruim. Se fala muito so-bre sociedades ruins, que nenhuma empresa sobrevive a uma boa briga de sócios e acredito muito nisso. Como um todo na organização, se você não tiver um bom sistema de recrutar gen-te boa, de incentivar e motivar essas pessoas, não tem negócio que vá para frente.

IP: O que é empreendedorismo para vocês?

RR: Energia.

BI: Tesão e disciplina, você precisa se auto mo-tivar, ter paixão por fazer aquilo e ser discipli-nado. Quando você tem o seu negócio é mui-to fácil você fazer o que quer fazer e não o que precisa fazer, então precisa de muita disciplina nisso.

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18 | Junho 2017

Artigo

Desde que entrei no Insper, no come-ço de 2016, pude perceber o esporte universitário em sua melhor forma. Ao participar do Intercalouros, comecei a

demonstrar um grande interesse pelo esporte na faculdade. Pude perceber que, mesmo tendo signifi cativamente menos alunos se comparado à ESPM e FGV, o Insper compete como igual e, algumas vezes, como superior em grandes competições universitárias, como Economíadas e NDU. Destaque para o basquetebol masculino que sempre briga por altas posições nos cam-peonatos. No ano de 2016, foram campeões no Economíadas e vice-campeões do NDU.

Em pouco mais de um ano, diversos incentivos despertaram em mim uma paixão pelo esporte que há muito tempo eu não tinha. Acho de extre-ma importância destacar as premiações feitas se-mestralmente pela Atlética Insper, que motivam alunos a começarem a praticar atividades físicas e reconhecem o esforço dos atletas, o que os in-centiva ainda mais para o próximo semestre.

Ao trazer para o Insper grandes ícones do mun-do esportivo, como Rômulo Mendonça, narra-

dor da ESPN, e Amaral, ex-jogador de futebol, a Atlética possibilita a interação dos alunos com estas fi guras, muitas vezes em situações de lazer e descontração.

No mesmo âmbito, participei da atividade complementar “O Marketing do Futebol”, apre-sentada por José Colagrossi, importante fi gura na análise atual do mercado esportivo e suas projeções para o futuro a partir de dados e estatísticas. Esse curso chamou muito minha atenção por apresentar uma ligação direta en-tre matérias estudadas diariamente na faculda-de e o esporte, tema que sempre tive interesse em ler, escrever e analisar. Também oferecida pelo Insper, tive a oportunidade de assistir a palestra de Bernardinho, que tratou sobre lide-rança, persistência e trabalho em equipe, tanto no esporte quanto no ambiente escolar e pro-fi ssional.

Junto com demais palestras e atividades es-portivas na faculdade, hoje tenho um grande interesse em trabalhar nesta área futuramente, graças aos grandes incentivos dados pelo Ins-per e suas entidade.

Por Vinícius Rodrigues Lixandrão, aluno do 2º semestre de Economia.

Excelênciae crescimento no esporte

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19 | Junho 2017

Desde sempre tive o sonho de fazer intercâm-bio. Aprimorar o inglês, conhecer pessoas de todo o mundo, ter a vivência com uma nova cultura, morar sozinho. Todas essas coisas que

quem faz um intercâmbio pensa antes de ir. E eu não tinha apenas vontade de fazer um intercâmbio, eu que-ria ir para os Estados Unidos. O processo de escolha da faculdade foi demorado e ocorreu durante o semestre do Insper. O Insper me deu todo o apoio para escolher a faculdade ideal e acabamos chegando a conclusão de que a West Virginia University era o lugar pra mim. Fui aprovado no processo seletivo e entrei em conta-to com a faculdade nos Estados Unidos, que deu toda a assistência com acomodação e disciplinas a serem cursadas. De maio à agosto, a ansiedade para viajar só aumentava e eu não via a hora de ir.

Cheguei em Morgantown, West Virginia no dia 8 de agosto e me adaptei rapidamente à universidade e ao novo estilo de vida. Fui para o intercâmbio com o Carlos Pedro Del Roy, um amigo também do Insper, o que ajudou muito na adaptação. Fizemos muitos amigos do mundo todo: americanos, dinamarqueses, italianos, mexicanos, suecos, franceses, sul africanos, alemães, poloneses e pessoas de vários outros países. Tive contato com culturas diferentes, sotaques difer-entes e costumes diferentes, o que foi uma experiência enriquecedora.

Com relação à adaptação, o ritmo de estudos não foi um problema, pois o ritmo do Insper é mais intenso, além do fato de cursarmos menos disciplinas do que no Brasil. No entanto, cursar disciplinas da graduação com um método e uma visão diferentes das que te-mos no Insper acrescenta muito para a formação. Com relação à língua, no começo tive que me acostumar com o sotaque muito carregado e caipira de West Virginia, o que me assustou um pouco, porque achei que o inglês que aprendi durante a minha vida havia

ido por água abaixo. Mas foi uma questão de tempo e, durante todo o semestre que frequentei a WVU, foi possível aprimorar o inglês.

A grande receptividade e disposição das pessoas de Morgantown em ajudar em tudo que era necessário foi uma das coisas que me cativou naquele lugar. Apesar de não ter um colega de quarto e morar sozinho, sem-pre havia gente por perto e, na prática, eu nunca es-tava realmente sozinho. O espírito interiorano de West Virginia e o clima de cidade universitária da pequena Morgantown formavam uma combinação muito acol-hedora, que fazia eu me sentir em casa. Desde os barzinhos e baladas na High Street aos emocionantes jogos de futebol americano, o ambiente da faculdade era bem animado e divertido. Nos jogos de futebol americano, era possível sentir o enorme patriotismo e a paixão dos moradores de Morgantown e de outras cidades de West Virginia com a universidade. Desde o clima de festa no tailgating antes dos jogos, a vibração do estádio lotado durante o jogo, até cantar o famoso hino de West Virginia - Country Roads - após as vitórias do time dos Mountaineers, a WVU era muito mais do que uma universidade, era um mundo diferente.

A preparação acadêmica oferecida pelo Insper me permitiu cursar as matérias da WVU com facilidade e aproveitar muito a experiência de vida oferecida pelo intercâmbio. Foi possível aproveitar a independên-cia e autonomia que se pode ter em Morgantown. O transporte público gratuito para os estudantes da uni-versidade, todas as calçadas, ruas, residências, ônibus e estádios com acessibilidade para todos os tipos de pessoa, muito diferente daqui no Brasil. Tudo isso me deu uma enorme autonomia para aproveitar ao máxi-mo a experiência sensacional que é fazer um intercâm-bio. Se você tem dúvida de que valerá a pena ir para um intercâmbio, a minha resposta é a seguinte: Eu faria tudo isso de novo sem olhar para trás!

Metade raposa, metade mountaineerPor Guilherme Meneguel Panhota, aluno do 6º semestre de Economia.

International

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20 | Junho 2017

Crônica

Por vezes, fi camos afogados em nossos pro-blemas com os olhos pesados e um cansaço teimoso. O café fl ui pela garganta, acorda o corpo, mas não o espírito - estamos psicolo-

gicamente exaustos. Temos aqueles dias que não eram para ser nossos, quando tudo de errado acon-tece, ou aqueles dias em que você está atrasado e alguém faz questão de parar o ritmo do elevador porque queria subir apenas um andar.

Eu estava em um desses tantos dias, sonolenta, com um cappuccino na mão, apenas olhando para todas as tarefas e projetos na minha agenda - os quais eu acreditava que deveria estar pelo menos tentando fazer. Faltavam poucos minutos para mi-nha monitoria de artigo científi co e eu nada havia feito de produtivo após o almoço.

De súbito, ouço o assovio de um apito, imponen-temente e de partícula a partícula o som da bateria imperial passa a preponderar pelos ares do térreo. O ritmo contagia, reconecta o corpo e espírito que tornam a refl etir juntos, a sentir juntos.

Me levanto mais alegre e energizada para a aula. Passo pelo hall, o chão treme a cada batuque, o co-ração acompanha querendo ouvir um pouco mais, pois já encontra-se entediado com o ritmo sedentá-rio e tedioso dos estudos.

Existem muitos ao redor da bateria, cada qual com sua maneira de expressar o que a música lhes ofer-ta. Outros estranham e até entortam os narizes para aquela presença repentina e hiperativa em um am-biente tão monótono e sério. Talvez essas pessoas estejam tão presas ao ambiente repetitivo da rotina

que quebrá-la tornou-se algo inaceitável ao corpo já acostumado a amansar o espírito e ignorar suas reclamações.

Entrei no elevador, a porta se fechou. Conforme eu subia o som estridente se abrandava, virava ruído, virava murmúrio. Já no andar da minha próxima atividade os barulhos costumeiros dos corredores do Insper voltaram a reinar, entretanto um tanto diferentes, menos monótonos. A sonolência fora banida, estava animada para aprender e dar uma continuidade mais alegre àquele dia que não tinha começado da melhor maneira.

Veja bem, a rotina não é algo ruim, ela nos é neces-sária. Entretanto, não devemos negar que eventual-mente nos sentimos sobrecarregados. Café, choco-lates, e demais comidas gordurosas e energéticas nem sempre nos ajudam. Elas apenas nos mantêm, guiam nosso corpo para fazer nossas tarefas, para suportar a pressão diária, e é assim que nossa facul-dade deixa de ser algo que deveria ser prazeroso para nós.

A fuga da rotina é importante, o diferente é impor-tante, para que o espírito acorde, sinta-se renovado, sinta-se relevante. Nosso espírito precisa de mais que a rotina, precisa aprender e sentir coisas novas, nem que seja por um acaso, por uma parceria que teve por objetivo em verdade chamar atenção dos alunos para o projeto “Fios de Alegria”. Precisamos em dias ruins de pequenas coisas que signifi quem muito para nós e talvez muito pouco para os de-mais. Precisamos de centelhas de alegria que aque-çam nossos corações e nos permitam outro olhar sobre o ambiente em que tanto vivemos.

Sobre dias ruins e centelhas de alegriaPor Ana Beatriz Henriques, aluna do 1º semestre de Engenharia Mecatrônica.

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21 | Junho 2017

Insper Acontece

Desde que entidades com um viés diferente começaram a surgir na faculdade, presencia-mos várias situações de intolerância e desres-peito, sobretudo com os coletivos Inspride e

Marianne Ferber. No entanto, após a notícia da contra-tação do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, as reações foram das mais fervorosas e, apesar de positivas para alguns, foi extremamente negativa para outros. Diante disso, a direção viu uma oportunidade para realizar uma discussão com a Comunidade Ins-per sobre diversidade e intolerância, principalmente no ambiente universitário.

Na segunda-feira, 8 de maio – mês da diversidade -, frente ao auditório lotado e com a presença de Clau-dio Haddad, Marcos Lisboa, Carolina da Costa, Carlos Melo, Luciana Ferreira, Regina Madalozzo e Silvio La-ban Neto, foram denunciados para toda a Comunida-de atos como o rasgo de cartazes do Inspride – que continham os dizeres “Insper é LGBT” – e comentários vexatórios na página da Insper Junior em resposta ao post de boas-vindas para o ex-prefeito. Ao comentar a contratação, Marcos Lisboa falou sobre a formação e currículo do novo professor, exaltando seus feitos como secretário executivo do Ministério da Educação, além de mencionar que Haddad se integra à comuni-dade Insper num momento de formação do Núcleo de Políticas Públicas, do qual Milton Seligman – ex-vi-ce-presidente da Ambev, além de ter ocupado diver-sos cargos no setor público – também fará parte. O presidente do Insper também nos adiantou que Fer-nando Haddad ministrará uma optativa sobre educa-ção, mas que, independentemente do que o ex-pre-feito já fez em sua carreira ou fará no Insper, o mais importante é a troca e divergência de ideias e opini-ões que enriquecem a nossa instituição.

Um ex-aluno, que estava no evento, escreveu uma carta à direção do Insper questionando a contrata-ção de Fernando Haddad e, anexada à carta, docu-mentos de denúncias e processos contra o ex-prefei-to. Ao mencionar a carta, foi extremamente elogiado pela vice-presidente do Insper, Carolina da Costa: “a sua carta é o exemplo debate que nós queremos na escola. Super bem escrita, embasada em argumen-

tos (...)”. Sobre as denúncias, Marcos Lisboa respon-deu que nós não podemos condenar ninguém antes do julgamento, e que acreditar na inocência até que se provem o contrário é um dos valores que a escola busca passar para os alunos.

Além dele, muitos se manifestaram sobre as denún-cias, e um aluno questionou a direção sobre a ausên-cia de comunicação prévia à comunidade Insper em relação à contratação, uma vez que a notícia do novo integrante do corpo docente da faculdade se deu por meio de uma reportagem; ao que Silvio Laban Neto – Coordenador Executivo de Marketing e Con-teúdo do Insper – respondeu que a faculdade errou e deveria ter comunicado aos alunos em primeira mão.

O evento não se concentrou apenas em Fernando Haddad – a diversidade, ou falta dela, se fez muito presente nas falas de vários alunos e de diferentes entidades estudantis. Em suma, foi colocado que nós precisamos nos abrir para o debate, ouvir o diferente e entender que recusar o debate não só prejudica a nós mesmos – no que se refere à amplitude de ideias -, mas também as minorias – como é o caso dos coleti-vos aqui no Insper. Se recusar a ouvir o que o Inspride e o Coletivo Marianne Ferber tem a compartilhar so-bre seus grupos, coloca-os em posição de descaso e que, muitas vezes, pode virar preconceito e ameaças.

Apesar de muito importante para a Comunidade Ins-per e ter levantado pontos cuja discussão se fez ne-cessária, não podemos deixar que os debates sejam motivados apenas quando há um evento no auditó-rio. O debate de ideias é necessário no dia a dia da sociedade e, como – querendo ou não – elite intelec-tual, é nosso dever manter as discussões em pauta. Mais do que política, Tucanos e Petistas, homens e mulheres, heterossexuais ou não, somos pessoas e simplesmente reduzir cada indivíduo ao que acredita ou à uma posição política, etnia, religião, orientação sexual ou qualquer que seja, é um retrocesso para a humanidade. Se por assim optarmos, melhor nos prepararmos para a Terceira Guerra Mundial, com extremos tão absurdos que nem a História vai saber se estamos em 2017 ou em 1939.

Prosopon a auto manifestação de um indivíduo

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22 | Junho 2017

Insper Acontece

Já dizia Drummond: “Ir ao teatro é como ir à vida sem nos comprometer”; estenden-do essa perspectiva para a visão dos ato-res, podemos dizer que fazer teatro é viver

experiências e adquirir infi nitos pontos de vida. E foi isso que os alunos do Insper on Broadway buscaram ao se inscrever na atividade comple-mentar, além de - é claro, perder a timidez.

A atividade foi idealizada por Eduardo Medaets, formado em Administração no Insper em 2012 e atualmente membro da área de mensuração na Google Brasil, além de equilibrar sua vida profi ssional com aulas de teatro e canto. A in-tenção de Eduardo ao implementar o curso de teatro no Insper era poder ajudar os alunos da mesma forma que o teatro lhe ajudou.

Os ensaios ocorrem todo sábado, das 10 às 14 horas; o grupo também se programou para en-saios extras às sextas feiras. Ao fi nal do curso, os alunos apresentam um musical onde podem aplicar todas as técnicas teatrais adquiridas, dentre elas: dança, canto, postura e carisma. O tema da apresentação fi nal desse semestre é um mash up entre números de Grease e Hairs-pray, que juntos compõem um tributo aos anos 60. Todo o lucro obtido com a venda dos ingres-sos será revertido para o fundo de bolsas.

Para os alunos, todo o esforço aplicado nos en-saios está sendo retribuído em forma de muito aprendizado. “Nas aulas de teatro aprendi a me-

lhorar meu controle corporal, além de aprender como transmitir melhor minhas emoções e criar um vínculo com quem estou me comunicando. Também aprendi muito a ajudar o outro. Se al-guém é mais tímido, todos o encorajamos a se soltar. Fora que o trabalho em equipe é muito desenvolvido, sinto que somos realmente um time. Acho importante que todos os profi ssio-nais da área de negócios tenham uma experiên-cia com o teatro, pois creio que isso desenvolve muito o jeito que ele se comunica com os outros e a forma que trabalha em equipe”, diz Arthur de Oliveira, aluno do primeiro semestre de Enge-nharia Mecatrônica.

Além de ser uma ótima oportunidade de se di-vertir, o teatro faz com que seu praticante adqui-ra muitas competências valorizadas no mundo dos negócios, como por exemplo melhora da comunicação e oratória, aumento da capacida-de de improvisação além de maior percepção sobre a linguagem corporal. Ademais, diversos recrutadores de RH veem a prática do teatro como um diferencial frente aos outros candida-tos: “É muito comum que os profi ssionais, por conta da aridez, rigidez e formalismo existente no ambiente corporativo, acabem engessando sua comunicação e renegando o intuitivo, que é um aspecto considerável e bem aceito no te-atro”, diz Nany di Lima, consultora de Recursos Humanos e especialista em psicodrama para o blog da Catho.

Por Flávia Moisés

I n s p e ron Broadway

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23 | Junho 2017

Insper Acontece

A criação do Programa de Bolsas, em 2004, surgiu com o objetivo de oferecer opor-tunidades de estudo para quem deseja ingressar na instituição independente-

mente da sua condição fi nanceira. Em 2014, ao completar 10 anos, o Programa de Bolsas já tinha atendido a mais de 200 bolsistas. Este número vem crescendo exponencialmente a cada semestre e, conjuntamente, a diversidade regional destes es-tudantes. Devido ao crescimento do núme-ro de estudantes não residentes na cidade de São Paulo, tornou--se necessário um au-xílio moradia para ofe-recer aos bolsistas me-lhores condições de focar nos estudos sem passar por difi culda-des fi nanceiras. Hoje, o Insper conta com 238 bolsistas, sendo eles 93 integrais. De todos, 41 recebem auxílio moradia, distribuídos em apar-tamentos administrados, fornecidos e mantidos pelo próprio programa de bolsas, com o auxílio das doações.

O Programa de Bolsas, há um tempo, tem o in-tuito de ampliar o número de alunos bolsistas de diversos locais do Brasil e assim promover a diversidade. Com efeito, dada a grande pro-cura para graduar-se no Insper, a alocação des-tes em fl ats e apartamentos às redondezas do campus da faculdade se tornaria insustentável a longo prazo.

Dessa forma, no meio do ano de 2016 em um en-contro dos bolsistas com Marcos Lisboa no prédio da faculdade, anunciou a doação de um prédio para a comunidade Insper, feita pela Fundação Bra-va. Organização fundada em 2000, a Fundação Bra-va colabora com projetos de melhoria da gestão pública com intuito de contribuir com o desenvolvi-mento do Brasil, a elaboração de políticas públicas efi cazes e com alto impacto social. A doação foi fei-

ta para a comunidade, sendo essencial para suprir a necessidade de atender aos bolsistas que vieram de fora da cidade de São Paulo e não possuem condições fi nanceiras de se manter na cidade.

A poucas quadras do Insper, localizado a dez minutos de distância, na Rua Elvira Ferraz, o alojamento está na eta-

pa fi nal de sua reforma e irá comportar cerca de 55 estudantes. O edifício foi batizado como “Toca da Raposa”, nome escolhido por votação aberta a todos os alunos. Constituído por 4 andares, pos-suirá quartos, uma cozinha comunitária, área de convivência e espaço destinado aos estudos.

Por fi m, a “Toca da Raposa” nasce não só como uma seção do projeto de permanência estudantil para bolsistas oferecido pelo Insper, mas também como um legado, que veio para reforçar os pilares “Inspi-rar, Pertencer e Transformar” da comunidade Insper.

Saiba mais em: http://fundodebolsas.insper.edu.br/

Por Eduarda Bueno

Sustentando

Toca da Raposa - Alojamento para alunos bolsistas

oportunidadesVocê já ouviu falar do novo apartamento para os bolsistas? Não?

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24 | Junho 2017

Minha primeira experiência profi ssional foi um es-tágio na área de controladoria da Hamburg Süd durante as minhas férias entre o 4º e 5º semestres. Escolhi esse estágio principalmente porque a du-ração era mais longa e não havia rotação entre di-versas áreas (algo típico nos estágios em bancos). Acredito que em tão pouco tempo é dífi cil você ter tarefas muito relevantes e acaba fazendo muitos trabalhos mecânicos para facilitar as atividades dos gestores das áreas. Mas essa experiência foi essen-cial para que eu me diferenciasse de outros can-didatos nos processos seletivos durante o último ano de faculdade, já que eu tinha mais experiência analítica e com o Excel.

Após esse estágio de férias, percebi que eu precisa-va de uma rotina um pouco mais exigente do que aquela que eu tinha vivido. Então, quando fui esco-lher os processos seletivos para estágio durante o fi -nal do 6º semestre, prestei somente para o mercado fi nanceiro. Por fi m, acabei optando por estagiar na área de Equity Research do Morgan Stanley. Equity Research é o famoso “sell side”, ou seja, existem ti-mes que se especializam em determinados setores/empresas e escrevem relatórios de recomendação de compra/venda de ações, os quais serão lidos pelos clientes do banco. Nesse caso, os clientes são em sua maioria fundos de investimento, gestoras e fundos de pensão (chamado “buy side” – tomado-res de decisão de investimento).

Meu primeiro semestre no novo estágio foi tra-balhando com o time de Mid Caps, que na épo-

ca englobava Education, Health Care e Agribusi-ness, e meu segundo semestre foi com o time de Financial Institutions (bancos e instituições fi nan-ceiras não bancárias). Minha rotina era basica-mente atualizar/criar base de dados, procurar/ler notícias em jornais e atualizar modelos quando as empresas publicavam resultados trimestrais. Essa rotina mudava de acordo com o relatório que estavamos escrevendo em determinada se-mana: um dia podia ser uma pesquisa sobre o impacto do FIES em empresas de Education e outro poderia ser sobre o risco regulatório para uma empresa de Health Care. Eu achava bem dinâmico. As matérias que mais me ajudaram e ajudam até hoje são Finanças I, Finanças II, Con-tabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial, Avaliação de Empresas (optativa), Organização Industrial e Defesa da Concorrência (optativa) e Automação de Planilhas (optativa)

Após completar doze meses de estágio, fui efeti-vada no setor de Varejo, no qual trabalho até hoje. No geral, a curva de aprendizagem em Research é muito rápida e se desenvolve tanto a parte ana-lítica (modelagem e análise de demonstrativos contábeis), quanto a parte escrita (relatórios) e co-mercial (já que temos que “vender” nossa ideia de investimento aos clientes). Então, em poucos anos já consegui alcançar alguns dos poucos objetivos que eu tinha no curto prazo, mas sei que ainda têm muitos por vir e é preciso ter muita determinação para atingi-los.

Alumni

ALUMNI:

Conselho de Veterano:

Vida profi ssional:

Nome: Lyssia Chieppe Carreira Idade: 24 anosCurso: AdministraçãoFormatura: 2014Contato: [email protected]

1) Saia da sua zona de conforto. Sempre que se sentir acomodado, algo não está certo e você não está fazendo o necessário para atingir seu potencial máximo. 2) Dê o seu melhor independente-mente da situação. “Sorte é quando a preparação encontra a oportunidade” (Elmer G. Letterman).

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25 | Junho 2017

O Insper me proporcionou ferramentas e conhecimentos que são um diferencial competitivo no mercado de trabalho, mas o ecossistema de pessoas, professores e oportunidades que a faculdade coloca à disposição do aluno é, com certeza, o maior ativo da faculdade. Estude e aprenda MUITO! Mas não se esqueça de VIVENCIAR a faculdade, EXPERIMENTAR as oportunidades e ERRAR MUITO!

Errar em um ambiente controlado como a faculdade, com certeza é muito melhor do que pisar na bola no mercado de trabalho

Sempre tive a consciência de que gostaria de tra-balhar com pessoas e comportamento, mas no momento de optar por um curso superior, não ti-nha uma visão de qual a carreira que eu gostaria de seguir. Escolhi Administração de Empresas, uma vez que este é um curso que me prepara-ria a ter uma “visão do todo”, e uma abordagem mais generalista.

Durante minha vida acadêmica tive a oportunida-de de tocar projetos com o GAS e AIESEC, além de ajudar na implantação de uma ONG aqui no Brasil (Crea+). Oportunidades de gerir pessoas e projetos logo no início de carreira, proporcio-nam um amadurecimento e preparo mais rápido no mercado de trabalho. Todas essas experiên-cias foram cruciais para defi nir o profi ssional que sou hoje.

Iniciei minha carreira em Recursos Humanos em um banco de investimentos, no departamento de Business Partner, mas logo vi que que eu gos-taria de exercer atividades que demandassem mais relacionamento e contato com o cliente.

Surgiu a oportunidade, então, de ir para Portugal trabalhar em um projeto de expansão de uma empresa espanhola para o Brasil. Trabalhar mais no “front offi ce” - foi onde eu me encontrei e de-cidi investir meus esforços.

Em Portugal então, fi z meu mestrado em Marke-ting pelo ISCTE- UL - Universidade de Lisboa. E tive a oportunidade de estudar mais a fundo mé-todos quantitativos ligados a comportamento e estratégias de negócios.

Hoje, sou Consultor em Analytics pela Deloitte, área que propõe a utilização das competências de ciência de dados e conhecimento em tecno-logia para auxiliar as empresas no desenho das estratégias de negócios e inserção na era digital.

Na minha humilde opinião, saber gerenciar e analisar dados é um ferramental estratégico cada vez mais necessário, porque geram diferen-ciais competitivos às empresas e auxiliam muito na geração de insights e planejamento de ativi-dades do negócio - prestem atenção nas aulas de estatística, porque vocês vão precisar!

O que fazem os Ex-alunos do Insper hoje?

Conselho de Veterano:

Vida profi ssional:

Nome: William Kang Idade: 27 anosCurso: Administração de empresasFormatura: 2011/2Contato: [email protected]

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26 | Junho 2017

Quem Faz

Quem FazInsper Post: Você é da cidade de São Paulo?

Bruno de Araújo: Não, sou do Rio Grande do Norte.

IP: Há quanto tempo você trabalha aqui?

BA: Nessa loja trabalho há mais ou menos 1 ano e 4 meses, mas em São Paulo trabalho há uns 5 anos ou mais.

IP: Você trabalhava em outro lugar antes daqui?

BA: Sim, eu trabalhava no Gramado Express.

IP: O que você faz nos fi nais de semana?

BA: Fico com minha família ou saio com amigos.

IP: Qual seu pior defeito e sua melhor qualidade?

BA: É difícil a gente falar da gente mesmo, né? (risos). Eu acho que meu pior defeito é que ás ve-zes eu não ouço muito as pessoas, eu deveria ou-vir mais, até para me ajudar no trabalho. E minha melhor qualidade é que eu converso muito com as pessoas, elas sempre me procuram para de-sabafar. Eu adoro quando as pessoas aparecem para conversar comigo e eu consigo ajudá-las.

IP: Qual é a sua relação com o pessoal do Insper?

BA: É muito boa, graças a Deus (risos). Eu gosto muito do pessoal do Insper.

IP: Você sabe que você é muito querido por lá? Todo mundo fala de você!

BA: Sim, eu sei (risos)! Eu sou muito grato a isso.

IP: Qual seu gênero musical favorito?

BA: Gosto muito de MPB e Legião Urbana.

IP: Quais são suas expectativas para o futuro?

BA: Futuramente, eu pretendo fazer duas facul-dades. Ainda estou em dúvida. Penso em fazer biologia ou psicologia.

IP: E você foi infl uenciado por alguém ou alguma coisa para querer conquistar esse sonho?

BA: Muita gente gosta de conversar comigo, e mesmo os alunos do Insper falam que eu deve-ria fazer psicologia.

IP: Qual conselho você daria para os alunos do Insper?

BA: Que eles nunca desistam dos sonhos de-les, que a batalha sempre é difícil e existem sempre pedras no caminho. Que mesmo que eles caiam, continuem sendo muito fortes, porque a batalha é grande, mas no final, tudo vale a pena.

Quem do Insper nunca foi na Anhembi comer um salgado ou tomar um açaí? Se você já foi, com certeza já viu o Bruno por lá. É o cara mais simpático, que fi ca na chapa preparan-do mistos, tapiocas e lanches. Conheça o Bruno além da chapa.

Por Marcela De Gobbi

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27 | Junho 2017

Cruzadinha

HORIZONTAL 5. No Insper não da pra fi car sem13. APS:17. Novo projeto do Post18. Quiero desnudarte a besos...19. Novo professor do Insper20. Novo menos um:

VERTICAL1. Insper Comunidade agora é Insper...2. Marca do carrinho de comidinhas saudáveis3. Melhor reação do Facebook4. O que aquece a discórdia6. Alunos que não esperam os outros saírem do elevador antes de entrar claramente não conhecem o7. Maio é o mês da...8. Monitores da engenharia9. Professor cuja bebida é uma Coca geladinha10. Evento musical do VEGA11. Quem é intolerante é sem...12. “Textão” agora chama:14. Entidade criada esse semestre15. Nas férias, muitos querem e poucos conseguem16. Verdadeiro nome da “torta”

cruzadinha

Respostas:

Horizontal 5. ArCondicionado13. AtividadePráticaSupervisionada17. Blá18. Despacito19. Fernando20. Térreo

Vertical1. Tretas2. Hisnack3. Gratidão4. Moletom6. Metrô7. Diversidade8. NINJAS9. Renan10. Jam11. Noção12. CartaAberta14. Agroinsper15. Estágio16. Aneth

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28 | Junho 2017

InsperPost @insperpost

InsperRua Quatá, 300 - Vila Olímpia, São Paulo - SP, 04546-042

[email protected] - 11 4504-2400