emiss_rio

68
RIMA – RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL Revisão 00 Novembro de 2010 Implantação do Emissário T errestre e Submarino do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ

Upload: lcmoura

Post on 18-Oct-2015

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    Reviso 00Novembro de 2010

    Implantao do Emissrio Terrestre e Submarino do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ

  • RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    Implantao do Emissrio Terrestre e Submarino do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ

  • CONTATOSPetrobrasTEL: 55 (21) 3487-6021FAX: 55 (21) 3487-6030E-mail: [email protected]

    RIMA - Relatrio de Impacto Ambiental/Implantao do Emissrio Terrestre e Submarino do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro - COMPERJ ProduoCepemar Consultoria em Meio Ambiente Ltda.www.cepemar.com TextoTrade Comunicaowww.triadecomunicacao.com.br EditoraoLima Bureau ImpressoGrfica e Editora GSA

    Todas as imagens utilizadas neste RIMA pertencem ao Banco de Imagens da PETROBRAS, CEPEMAR e TAMAR.

  • Sumrio Apresentao 51.

    Identificao do empreendedor 92.

    Identificao do empreendimento 133.

    Planos e programas governamentais 194.

    Legislao 235.

    Cronograma da atividade 276.

    rea de influncia 317.

    Diagnstico ambiental 378. Impactos 459.

    Qualidade ambiental futura 5310.

    Projeto de controle e monitoramento 5911.

    Concluso 65

    Equipe tcnica 67

    12.

    13.

  • ApresentaoEsta publicao consiste no Relatrio de Impacto Ambiental, elaborado pela Cepemar Consultoria em Meio Ambiente para a Petrobras, para a Implantao do Emissrio Terrestre e Sub-marino do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ). O documento atende todas as exigncias do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), rgo responsvel pelo licencia-mento ambiental do empreendimento.

    O emissrio tem por objetivo transportar o efluente tratado das unidades industriais do COMPERJ, em Itabora, at o mar, onde sofrer ao de diluio e disperso. Para isto, foram estudadas duas alternativas de lanamento do efluente: Itaipuau (alter-nativa Maric) e So Gonalo (alternativa Baa de Guanabara). A atividade consiste em construir uma tubulao (emissrio), que ficar enterrada, tanto no trecho terrestre quanto no trecho marinho, respeitando as normas de segurana, sade e meio ambiente (SMS).

    O contedo a seguir identifica a empresa responsvel pela insta-lao do emissrio, descreve o procedimento, delimita a rea de influncia, aponta o diagnstico ambiental e os principais impactos reais, e apresenta medidas de reduo e compensao dos efeitos da atividade e os projetos de controle e monitoramento.

    Praia de Itaipuau (Maric)

  • IDENTIFICAO DOEMPREENDEDOR

  • 2. Identificao do empreendedorDenominao oficial da atividade

    Implantao do emissrio terrestre e submarino do COMPERJ

    Empreendedor

    Petrobras Petrleo Brasileiro S.A.

    Empresa responsvel pelo Estudo de Impacto Ambiental - EIA/RIMA

    Cepemar Consultoria em Meio Ambiente Ltda

    9

  • IDENTIFICAO DOEMPREENDIMENTO

  • 3. Empreendimento A Implantao do Emissrio Terrestre e Submarino do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro

    (COMPERJ) consiste na construo de uma tubulao que percorre trecho por terra e trecho por mar, chamada

    de emissrio. Essa tubulao vai descartar em local seguro o efluente industrial produzido no COMPERJ. Isso

    ocorrer aps o devido tratamento que levar a uma composio especfica que atenda legislao aplicvel.

    Nesse Relatrio, so estudadas duas opes para a construo do emissrio: uma chamada Baa de Guanabara,

    com lanamento dos efluentes na Baa de mesmo nome; e a de Maric, com lanamento dos efluentes no litoral

    de Itaipuau; a primeira no municpio de So Gonalo e a segunda em Maric, como apresentado na ilustrao

    abaixo.

    13

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    Em terra, a forma de construir o emissrio muito semelhante para as duas alternativas. Inicialmente escava-se

    uma vala de aproximadamente 1,2 metros de largura e depois so colocados no seu interior vrios tubos metlicos

    que sero soldados. Depois, a solda testada e verificada, aps a aprovao das soldas ocorre o preenchimento

    da vala, preferencialmente, com a terra que foi retirada na escavao. Os tubos tero proteo tanto por dentro

    quanto por fora, para evitar danos na estrutura e corroso do material. Toda a tubulao ser enterrada com uma

    cobertura de solo para dar o mximo de proteo ao emissrio.

    Em situaes que o emissrio cruzar com estradas e rios sero utilizadas formas de construo especficas.

    Para atravessar as rodovias, sero utilizadas tcnicas no destrutivas, que consistem na perfurao por baixo da

    estrada e introduo do duto sem que haja danos estrutura ou ao trfego.

    As tcnicas no destrutivas sero utilizadas tambm na chegada do emissrio ao mar. No caso da Praia de Itai-

    puau, ser feito um furo a partir da terra que se estender at o fundo do mar num ponto aps a arrebentao. Posteriormente, ser colocado no interior desse furo a tubulao. Na Praia de So Gabriel em So Gonalo, as tubulaes sero soldadas dentro de uma embarcao e puxadas at a praia.

    A alternativa Maric prope que o emissrio se estenda por 2 quilmetros dentro do mar e na Baa de Guanabara

    por 10 quilmetros, at alcanar uma regio segura para o lanamento do efluente. Para as duas alternativas em

    toda essa extenso o emissrio permanecer enterrado. Apenas na extremidade haver uma estrutura chamada

    difusor que no estar enterrada. O difusor consiste em uma tubulao com vrias sadas para uma melhor diluio do efluente na gua do mar. O difusor projetado um tubo de 60 metros de comprimento com 11 sadas.

    A colocao do difusor e da poro submarina do emissrio ser feita por meio de uma balsa. Essa balsa consiste numa embarcao com capacidade para realizar a solda das tubulaes. Ela tambm equipada com guindaste para colocar e retirar as estruturas do mar, alm de outras ferramentas e equipamentos.

    A alternativa Maric prope que o emissrio percorra 40 quilmetros em ambiente terrestre e 2 quilmetros em ambiente marinho, enquanto a alternativa Baa de Guanabara prope que o emissrio tenha 30 quilmetros em ambiente terrestre e 10 quilmetros em ambiente marinho.

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    14

  • Aps a concluso dos servios, todas as instalaes provisrias e os dispositivos de lanamento e construo sero desmontados, demolidos e removidos, deixando as reas completamente livres. Eventuais danos sero reparados para deixar os espaos usados nas condies originais.

    Ao final da implantao do emissrio restar apenas uma faixa de 20 metros de largura em torno da tubulao enterrada. Essa faixa poder retornar sua utilizao original ou ser recomposta com um gramado.

    A operao do emissrio bem simples e no ocorrer com lanamento continuo do efluente. O sistema proposto o de batelada, ou seja: o efluente ser lanado por um certo perodo de tempo (2 horas) e em seguida ocorrer uma acumulao de efluente para lanamento posterior (5 horas de acumulao). A operao por batelada s possvel porque no interior do COMPERJ haver um tanque de armazenamento, com capacidade para 4 mil metros cbicos. A funo dele acumular o efluente at sua capacidade, o que leva, no mnimo, cinco horas, quando todas as unidades do COMPERJ estiverem em funcionamento.

    Para garantir a segurana da operao do emissrio, sero colocados medidores de vazo e presso na sada do tanque e prximo costa. Apesar do emissrio ser projetado para suportar grandes presses, caso o valor medido se eleve muito, as bombas sero desligadas automaticamente e o fluxo do efluente interrompido para garantia da segurana de todos.

    Para acompanhar a transmisso de dados do emissrio e poder ter controle das operaes, todos os sistemas de vlvula e transmisso de dados do emissrio ficaro localizados em um abrigo, a ser construdo em um ponto prximo ao mar. Outros sistemas de controle ficaro dentro da rea do COMPERJ.

    15

  • PLANOS E PROGRAMASGOVERNAMENTAIS

  • 4. Planos e programas governamentaisMuitos Planos e Programas Governamentais (federal, estadual ou municipal) e nogovernamentais esto em desenvolvimento na rea de influncia do emissrio. A implantao do empreendimento no est em discordncia com nenhum desses Planos ou Programas.

    Pretendendo conciliar o desenvolvimento econmico do pas e a preservao dos ecossistemas, a PE-TROBRAS dever implantar o emissrio em concordncia com o Plano Diretor dos municpios de Maric e Itabora compositores da rea de Influncia.

    Alm dos planos j apresentados, a seguir so citados alguns outros planos e programas governamentais ou no governamentais na rea de influncia do empreendimento:

    Programa de Acelerao do Crescimento PAC;

    Programa de Despoluio da Baa de Guanabara;

    Agenda 21 do COMPERJ;

    19

  • LEGISLAO

  • 5. LegislaoA elaborao do EIA e do RIMA para implantao do emissrio do COMPERJ obedece a legislao na-cional representada pela Resoluo CONAMA 01 de 1986. O processo de licenciamento coordenado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e segue a Lei Estadual 1358 de 1988 e a elaborao do EIA/RIMA a DZ 041 instituda pela extinta FEEMA.

    Muitas e diversas so as regulamentaes que devero ser respeitadas para implantao do emissrio do COMPERJ. Todas as regulamentaes foram elaboradas com o objetivo de unir desenvolvimento econmico e manuteno de um ambiente saudvel.

    A origem desse pensamento foi a Poltica Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938 de 1981). Entre as di-ferentes regulamentaes que devero ser respeitadas uma Resoluo do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) de nmero 357 de 2007, estabelece parmetros sobre a qualidade das guas dos corpos receptores e sobre a composio dos efluentes produzidos em territrio nacional.

    23

  • C R O N O G R A M ADA ATIVIDADE

  • 6. Cronograma de AtividadesO processo de Implantao do Emissrio Terrestre e Submarino do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ) tem previso de incio em abril de 2011 e concluso em setembro de 2012. Todas as etapas esto descritas no cronograma abaixo:

    Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

    ContrataesMobilizao

    Construo e montagem

    Comissiona-mento

    27

  • R E A D EINFLUNCIA

  • 7. rea de InflunciaO termo rea de Influncia diz respeito regio que poder ser impactada com a Implantao do Emissrio Ter-restre e Submarino do Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ). Neste relatrio foram consideradas as duas alternativas de execuo do projeto: a da Baa de Guanabara e a de Maric.

    Aqui utilizaremos os conceitos de rea de Influncia Direta (AID), que so os locais que sofrem os impactos de maneira primria, tendo suas caractersticas alteradas, ou seja, h uma relao direta de causa e efeito; e rea de Influncia Indireta (AII), onde os impactos se fazem sentir de maneira secundria ou indireta, com menor in-tensidade, em relao ao anterior.

    Para a rea de Influncia Direta, ficou estabelecida, em terra, uma faixa de 500 metros para cada lado do traado do emissrio, durante sua constru-o. J durante a operao, essa rea fica reduzida faixa de trabalho de 20 metros de largura, onde ocorrer manuteno.

    J em ambiente marinho, foi deter-minada a rea de Influncia Direta por meio do estabelecimento de umafaixa de 500 metros para cada lado da diretriz do emissrio a partir da linha de costa. Essa rea ser necessa-riamente utilizada pelas embarcaes responsveis pela instalao do emissrio.

    Devido aos resultados do estudo de disperso ocenica dos efluentes tratados oriundos do COMPERJ, fica de-terminado que a rea de Influncia Direta delimitada pelo contorno da pluma de disperso do efluente, visto que esse limite resultado da diluio total do produto.

    No que diz respeito rea de Influncia Indireta, para os meios fsico e bitico em ambiente terrestre, foi esta-belecida uma faixa de 2 quilmetros para cada lado do emissrio. Para o ambiente marinho, a alternativa Maric

    !.

    !.

    !.

    !.

    !. !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !. !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    gua

    Cem.

    Cem.Cem.

    Cem.

    Cem.

    Cem.

    Gin.

    Tupi

    Cer.

    Hosp.

    St. do

    do Mato

    Chamin

    Matadouro

    Maravilha

    Progresso

    Sambaetiba

    Esc. Alvim

    Ferm Hotel

    Esc. Unio

    Fazendinha

    Faz. Pomar

    Faz. Curi

    Faz. XimbFaz. Ximb

    Faz. Urubu

    Aparecida

    Hotel Clube

    Faz. Marubi

    Faz. Tures

    Faz. RiachoFaz. Macacu

    Faz. IguauFaz. Colomi

    Faz. Bonfim

    Sanat. Guapi Esc. Narcena

    de Macacu

    Faz. Recreio

    Faz. Marinho

    Faz. Paraso

    Faz. Sampaio

    Faz. do Ouro

    Faz. Jamaica

    Faz. CaieiraCer. Mundial

    Esc. Quizanga

    de Cssia

    Faz. So Joo

    St. Caceribu

    Faz. So Lus

    Faz. Pontinha

    Faz. Mineiros

    Faz. Silvnia

    Esc. Progresso

    (agropecuria)

    Faz. do Catana

    Faz. Ipitangas

    Faz. Guanabara

    St. So Paulo

    Faz. ConceioFaz. Querncia

    Faz. dos DuquesGranja Wilaswil

    Faz. Santa Rita

    Faz. Poo Verde

    St. dos Grilos

    St. Bela Vista

    Esc. Vale do Sol

    Faz. So Barnab

    St. Pai Joaquim

    Faz. Bom Sucesso

    Faz. So Ricardo

    Faz. Sap Grande

    Esc. Nova Ribeira

    Esc. Sernambetiba

    Faz. Areia Branca

    Faz. Santa Isabel

    Faz. Nova Ribeira

    Faz. Boca do Mato

    Faz. Santo Antnio

    Faz. Santo Antnio

    Faz. Vargem Grande

    St. Santo Antnio

    Esc. Celso Oliveira

    Faz. N. S. da Ajuda

    Faz. Santa Teresinha

    Faz. Santa Teresinha

    Faz. Santa Constana

    Granja Cadete Fabres

    St. Nmero Dezessete

    Faz. Porto das Caixas

    Colgio Alberto Torres

    Igr. de N. S. da Ajuda

    Granja N. S. Aparecida

    Faz. Cachoeiro d'-gua

    Esc. Visconde de Itabora

    Gpo. Esc. Alcindo Guanabara

    Ret. da Faz. Santa Constana

    Esc. Cel. Ernesto J. Rodrigues

    Ret. da Faz. Duzentos Alqueires

    Faz. Santo Antnio da Cachoeira

    Gpo. Esc. Luzia Gomes de Oliveira

    Gpo. Esc. Prof. Joo Augusto de Andrade

    BR-101

    RJ-104

    BR-1

    16

    BR-1

    01

    BR-1

    01

    BR

    -101

    BR-101

    RJ-106

    RJ 114

    RJ-1

    16

    BR-493

    RJ-122

    RJ-10

    2

    RJ-100

    RJ-118

    RJ-

    108

    RJ-105

    RJ-

    105

    RJ-122

    RJ-102

    Posto de Sade

    Escola Municipal

    Centro de Mltiplo Uso

    Mag

    Tangu

    Maric

    Niteri

    Itabora

    So Gonalo

    Ino

    Neves

    Suru

    Ipiba

    Cabuu

    Itambi

    Japuba

    Pacheco

    Monjolo

    Manilha

    Itaipuau

    Sambaetiba

    Ponta Negra

    Sete Pontes

    Santo Aleixo

    Porto das CaixasGuia de Pacobaba Visconde de Itabora

    GASD

    UC III

    Usina FURNAS

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao do COMPERJ

    Subestao particular

    Subestao particular

    Subestao particular

    Subestao particular

    LT Adrianpolis-Maca 345 kV

    700000

    700000

    715000

    715000

    730000

    730000

    745000

    745000

    7460

    000

    7460

    000

    7475

    000

    7475

    000

    7490

    000

    7490

    000

    Mapa de Localizao

    Convenes Cartogrficas

    EIA/RIMA para Implantao do Emissrio de Efluentes do COMPERJ

    Mapa da rea de Influncia Indireta: Meio Antrpico

    Fonte:

    Executado por: Assinatura

    Escala numrica: Data: Reviso

    Baa da Guanabara

    Legenda

    Rio de Janeiro

    Mag

    Petrpolis

    Itabora

    Maric

    Rio Bonito

    Cachoeiras de Macacu

    Nova Iguau

    Terespolis

    Silva JardimGuapimirim

    Vassouras

    SaquaremaNiteri

    Nova Friburgo

    Miguel Pereira

    Tangu

    So Gonalo

    Paty do Alferes

    Japeri Duque de Caxias

    SeropdicaQueimados Belford Roxo

    Paracambi

    MesquitaNilpolis

    So Joo de MeritiAraruama

    Valena Paraba do Sul

    Itagua

    Mendes

    Oceano Atlntico

    Centro de Informaes e Dados do Rio de Janeiro - CIDE, 2005

    Carta Internacional ao Milhonsimo - IBGE, 2003

    Carta Topogrfica Folha Itabora SF-23-Z-B-V-1 - IBGE, 1979

    JULHO/2010 01:100.000

    dd Subestaes e Usinas

    Emissrio Maric

    Linha de Transmisso 345 kV Adrianpolis-Maca

    Faixa de Dutos

    Ferrovia

    Pavimentada Pista Dupla

    Pavimentada Pista Simples

    Limite Municipal

    Municipios da rea de Influncia Indireta de Socioeconomia

    Itabora

    Maric

    Limite COMPERJ

    Localidades

    !. Sedes Distritais

    !. Sedes Municipais

    rea Urbana

    Projeo Universal Transversa de Mercator - UTM

    Datum Horizontal: SAD 69Origem da quilometragem : Equador e Meridiano -45. de Gr.

    acrescidas as constantes 10.000 km e 500 km, respectivamente.

    Escala Grfica:

    0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.0001.000

    Metros

    rea de influncia indireta da alternativa Maric

    31

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    tem como limites a Pedra do Elefante (oeste) e 4 quilmetros a leste da diretriz do emissrio, estendendo-se 4 quilmetros dentro do mar. No que diz respeito alternativa Baa de Guanabara, fica estabelecida toda a Baa como rea de Influncia Indireta.

    Em relao ao meio socioeconmico, considerou-se a alterao do cotidiano das comunidades prximas ao traado do emissrio. Foram avaliados especialmente o trnsito dos trabalhadores e veculos, a presena visvel das obras e o estabelecimento da faixa de trabalho, que restringe o acesso dos moradores. Dessa forma, ficou estabelecida uma faixa de 500 metros de cada lado do emissrio como rea de Influncia Direta para o meio socioeconmico.

    Em ambiente marinho, foi considerada a atividade pesqueira como principal aspecto. Dessa forma importante considerar a restrio navegao em um raio de 500 metros ao redor da balsa de lanamento dos dutos, impe-dindo tanto a atividade de pesca como a passagem dos pescadores. Portanto, fica estabelecida no mar uma faixa de 500 metros para cada lado do emissrio, a partir da linha de costa at o ponto de lanamento do efluente.

    No entorno do ponto de lanamento do efluente, considerando a atividade pesqueira como principal aspecto socioeconmico, fica determi-nada como rea de influncia direta o contorno da pluma de disperso do efluente. Para a alternativa Baa de Guanabara, alm da faixa de 500 metros de cada lado do emissrio, fica estabelecida a circunferncia com raio de 1 quilmetro ao redor do ponto de descarte do efluente no interior da Baa.

    Para a determinao da rea de Influncia Indireta para o meio socioeconmico, atribui-se a abrangncia dos municpios cortados por cada alternativa do emissrio. Por-tanto, para a alternativa Baa de Guanabara, so abrangidos os municpios de Itabora e So Gonalo, e, para a alternativa Maric, os municpios de Itabora e Maric.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !. !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !. !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    !.

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    dd

    gua

    Cem.

    Cem.Cem.

    Cem.

    Cem.

    Cem.

    Gin.

    Tupi

    Cer.

    Hosp.

    St. do

    do Mato

    Chamin

    Matadouro

    Maravilha

    Progresso

    Sambaetiba

    Esc. Alvim

    Ferm Hotel

    Esc. Unio

    Fazendinha

    Faz. Pomar

    Faz. Curi

    Faz. XimbFaz. Ximb

    Faz. Urubu

    Aparecida

    Hotel Clube

    Faz. Marubi

    Faz. Tures

    Faz. RiachoFaz. Macacu

    Faz. IguauFaz. Colomi

    Faz. Bonfim

    Sanat. Guapi Esc. Narcena

    de Macacu

    Faz. Recreio

    Faz. Marinho

    Faz. Paraso

    Faz. Sampaio

    Faz. do Ouro

    Faz. Sossego

    Faz. Jamaica

    Faz. Caieira

    Cer. Mundial

    Esc. Quizanga

    de Cssia

    Faz. So Joo

    St. Caceribu

    Faz. So Lus

    Faz. Pontinha

    Faz. Mineiros

    Faz. Silvnia

    Esc. Progresso

    (agropecuria)

    Faz. do Catana

    Faz. Ipitangas

    Faz. Guanabara

    St. So Paulo

    Faz. ConceioFaz. Querncia

    Faz. dos DuquesGranja Wilaswil

    Faz. Santa Rita

    Faz. Poo Verde

    St. dos Grilos

    St. Bela Vista

    Esc. Vale do Sol

    Faz. So Barnab

    St. Pai Joaquim

    Faz. Bom Sucesso

    Faz. So Ricardo

    Faz. Sap Grande

    Esc. Nova Ribeira

    Esc. Sernambetiba

    Faz. Areia Branca

    Faz. Santa Isabel

    Faz. Nova Ribeira

    Faz. Boca do Mato

    Faz. Santo Antnio

    Faz. Santo Antnio

    Faz. Vargem Grande

    St. Santo Antnio

    Esc. Celso Oliveira

    Faz. N. S. da Ajuda

    Faz. Santa Teresinha

    Faz. Santa Teresinha

    Faz. Santa Constana

    Granja Cadete Fabres

    St. Nmero Dezessete

    Faz. Porto das Caixas

    Colgio Alberto Torres

    Igr. de N. S. da Ajuda

    Granja N. S. Aparecida

    Faz. Cachoeiro d'-gua

    Esc. Visconde de Itabora

    Gpo. Esc. Alcindo Guanabara

    Ret. da Faz. Santa Constana

    Esc. Cel. Ernesto J. Rodrigues

    Ret. da Faz. Duzentos Alqueires

    Faz. Santo Antnio da Cachoeira

    Gpo. Esc. Luzia Gomes de Oliveira

    Gpo. Esc. Prof. Joo Augusto de Andrade

    BR-101

    RJ-104

    BR-1

    16

    RJ-124

    BR-101

    BR

    -101

    BR-1

    01

    BR-1

    01

    BR-1

    01

    RJ-106

    RJ-11

    6

    RJ-122

    RJ 114

    BR-493

    RJ-10

    2

    BR-116

    RJ-100

    RJ-118

    RJ-

    108

    BR-101

    RJ-105

    RJ-

    105

    RJ-102

    RJ-1

    18

    Posto de Sade

    Escola Municipal

    Centro de Mltiplo Uso

    Mag

    Tangu

    Maric

    Niteri

    Itabora

    Rio Bonito

    Guapimirim

    So Gonalo

    Ino

    Neves

    Suru

    Subaio

    Ipiba

    Cabuu

    Itambi

    Japuba

    Pacheco

    Monjolo

    Manilha

    Itaipuau

    Sambaetiba

    Ponta Negra

    Sete Pontes

    Santo Aleixo

    Porto das CaixasGuia de Pacobaba Visconde de Itabora

    GASD

    UC III

    Usina FURNAS

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao CERJ

    Subestao do COMPERJ

    Subestao particular

    Subestao particular

    Subestao particular

    Subestao particular

    LT Adrianpolis-Maca 345 kV

    700000

    700000

    715000

    715000

    730000

    730000

    745000

    745000

    7460

    000

    7460

    000

    7475

    000

    7475

    000

    7490

    000

    7490

    000

    7505

    000

    7505

    000

    Mapa de Localizao

    Convenes Cartogrficas

    EIA/RIMA para Implantao do Emissrio de Efluentes do COMPERJ

    Mapa da rea de Influncia Indireta: Meio Antrpico

    Fonte:

    Executado por: Assinatura

    Escala numrica: Data: Reviso

    Baa da GuanabaraLegenda

    Rio de Janeiro

    Mag

    Petrpolis

    Itabora

    Maric

    Rio Bonito

    Cachoeiras de Macacu

    Nova Iguau

    Terespolis

    Silva JardimGuapimirim

    Vassouras

    SaquaremaNiteri

    Nova Friburgo

    Miguel Pereira

    Tangu

    So Gonalo

    Paty do Alferes

    Japeri Duque de Caxias

    SeropdicaQueimados Belford Roxo

    Paracambi

    MesquitaNilpolis

    So Joo de MeritiAraruama

    Valena Paraba do Sul

    Itagua

    Mendes

    Oceano Atlntico

    Centro de Informaes e Dados do Rio de Janeiro - CIDE, 2005

    Carta Internacional ao Milhonsimo - IBGE, 2003

    Carta Topogrfica Folha Itabora SF-23-Z-B-V-1 - IBGE, 1979

    JULHO/2010 01:100.000

    dd Subestaes e Usinas

    Emissrio So Gonalo

    Linha de Transmisso 345 kV Adrianpolis-Maca

    Faixa de Dutos

    Ferrovia

    Pavimentada Pista Dupla

    Pavimentada Pista Simples

    Limite Municipal

    Municipios da rea de Influncia Indireta de Socioeconomia

    Itabora

    So Gonalo

    Limite COMPERJ

    Localidades

    !. Sedes Municipais

    !. Sedes Distritais

    rea Urbana

    Projeo Universal Transversa de Mercator - UTM

    Datum Horizontal: SAD 69Origem da quilometragem : Equador e Meridiano -45. de Gr.

    acrescidas as constantes 10.000 km e 500 km, respectivamente.

    Escala Grfica:

    0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.0001.000

    Metros

    rea de influncia indireta da alternativa Baia de Guanabara

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    32

  • DIGNSTICOAMBIENTAL

  • 8. DiagnsticoAmbientalO diagnstico ambiental realizado na rea de Influncia do projeto de Implantao do Emissrio Terrestre e Sub-marino do COMPERJ procurou identificar e avaliar os principais aspectos ambientais que podero ser afetados. Procurou-se, assim, definir a qualidade ambiental e caracterizar as principais atividades socioeconmicas que se desenvolvem na regio, considerando as duas alternativas de construo. Esse diagnstico permitiu avaliar a sensibilidade ambiental e os reais impactos do projeto sobre o meio ambiente e a sociedade.

    Buscando melhor entendimento pelos leitores do RIMA, o diagnstico ambiental est dividido para as reas de influncia das duas alternativas propostas.

    Diagnstico rea de Influncia Alternativa Maric

    O traado do emissrio na alternativa Maric apresenta um relevo variado, partindo de reas mais altas e ondu-ladas prximo ao COMPERJ, passando por regio plana ocupada por pastos e alguns brejos e cruzando a Serra de Ino (bastante acidentada). A regio drenada pelos rios Caceribu, Igu, Vigrio e

    Bambu, crregos de pequeno porte e gua de baixa qualidade. O estado de conservao dos rios pode estar ligado a lanamento de esgoto sanitrio sem tratamento e falta de vegetao nas margens.

    O nico trecho ocupado por florestas est na Serra de Ino, composto por vegetao em estgio mdio de rege-nerao. Essa floresta apresenta baixa diversidade de espcies e uma espcie vegetal ameaada de extino

    Esse trecho encontra-se em meio a propriedades voltadas para lazer, criao de ovelhas ou cultivo de produtos para consumo prprio marcado por rvores de frutas exticas, como mangueiras, jaqueiras e bananeiras.

    Nessa regio, a presena de solos estveis e a baixa inclinao dos terrenos proporciona baixo risco de eroso, fato importante para uma obra que envolve movimentao de terra. Ainda assim, no so dispensadas as prticas de conteno de encostas e drenagens durante a construo do emissrio.

    Vista da pisagem ocupada por pastosna rea de influncia Maric

    35

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    A rea de Influncia da alternativa Maric ocupada principalmente por propriedade rurais nos municpios de Itabora e Maric. Em Maric, o traado do emissrio passa por Itaipuau.

    Na alternativa Maric as formas de ocupao e uso do solo so caractersticas da zona rural, como a presena de fazendos, stios e chcaras e de pequenos povoados da alternativa Maric. So caractersticas da zona rural a ocupao por fazendas, stios e chcaras. A paisagem dominante de pastagens. As zonas rurais tambm so formadas por pequenos povoados com baixa densidade demogrfica. Nas zonas urbanas, a maior densidade populacional ocorre em Itaipuau. A praia de Itaipuau apresenta ainda uma rea de restinga, associada a uma franja de manguezal s margens do Canal da Costa.

    A rea de proteo ambiental (APA) do sistema Lagunar de Maric fica a aproximadamente 4,4 quilmetros da faixa pretendida para o emissrio. O trajeto da tubulao atravessa regies no florestadas do Corredor Ecolgico Samb-Santa F, que interliga as reas de florestas remanescentes das serras de Barboso, Samb, Batatais e Santa F, alm da Linha de Transmisso Venda das Pedras-Cachoeiras de Macacu.

    Na regio de Maric, quase metade (48%) das pessoas entrevistadas que informaram sua renda familiar recebe valor mensal de R$ 1.000 a R$ 2.000. E 21% recebem um salrio mnimo ou menos.

    Quanto infraestrutura urbana, o municpio possui sete postos de sade, nove escolas e a energia eltrica no alcana 13% dos moradores. Por outro lado, a maior parte das moradias tem acesso rede de telefone fixo. No quesito segurana pblica, as comunidades so descritas pela populao como seguras, com baixo ndice de criminalidade.

    Com relao aos servios pblicos o saneamento bsico (abastecimento e tratamento de gua e de coleta e tratamento de esgotos sanitrios) foi citado como carente nas entrevistas em todas as comunidade.

    A pesca artesanal na regio sob influncia do empreendimento representa garantia de trabalho e renda para pescadores temporrios e permanentes. Os pescadores so organizados em torno da ALLAPI (Associao de Livre Aquicultura e Pesca de Itaipuau) e da Seo Itaipuau da colnia Z-7.

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    36

  • As embarcaes utilizadas so feitas em alumnio variando de 2 a 6 metros de comprimento. Os pescadores fazem uso de motor de popa. So utilizadas prioritariamente redes de emalhe, mas podem ser utilizadas tambm linhas de mo, pesca submarina, redes de cerco e tarrafas.

    Alm de fornecerem alimento aos prprios pescadores e suas famlias busca-se vender para compradores diretos, moradores ou turistas, logo aps a pesca.

    Foram identificados trs principais pontos de pesca onde as redes de emalhe so geralmente estendidas pela manh e recolhidas cerca de 24 horas depois. Esses principais pontos so a Pedra do Elefante, um lajedo a cerca de 20 ou 30 metros da praia e as Ilhas Maric. A escolha do ponto de pesca depende das condies de mar e das espcies alvo da pescaria.

    Na Praia de Itaipuau os pontos mais freqentados pelos turistas esto nas proximidades da Rua 60, na Barra de Maric e na Praia do Recanto.

    Diagnstico rea de Influncia Alternativa Baa de Guanabara

    O local considerado na alternativa da Baa de Guanabara para construo do trecho submarino do emissrio fica no interior dessa Baa. O trecho por terra para construo da tubulao (grande parte no municpio de So Gonalo) formado por uma plancie extensa (regio plana) formada por muitos pastos e regies alagadias. Nessa regio, destacam-se os manguezais beira da Baa que fazem parte da rea de Preservao Ambiental de Guapimirim. Outra caracterstica muito notvel no municpio de So Gonalo a presena de um ncleo urbano.

    Analisando a probabilidade de haver eroso (desgaste) no solo, percebe-se que as reas de maior fragilidade esto localizadas nos terrenos ondulados e nos terrenos prximos Baa de Guanabara. J os solos que ocupam as baixadas so de menor risco, pois so planos. De forma geral, a maior parte das terras das reas de Influncia das duas alternativas no apresenta tendncia eroso elevada

    Praia do RecantoPonto da Rua 70

    37

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    Como na rea de influncia da alternativa Maric, para a alternativa Baa de Guanabara tambm h drenagem do terreno por rios de pequeno porte. Esses rios esto rasos pelo acmulo de sedimento, e a qualidade das guas prejudicada pelo lanamento de esgotos e falta de uma mata ciliar. Em consequncia, h uma pobreza de organismos.

    Destacam-se na rea de influncia da alternativa Baa de Guanabara os manguezais. Para sua preservao, foram criadas duas unidades de Conservao a rea de Preservao Ambiental (APA) Guapi-Mirim e a Estao Ecolgica Guanabara. A essas unidades de conservao atribudo o objetivo de manter o equilbrio desse ecossistema e renovao dos estoques pesqueiros da Baa.

    Nas proximidades da APA de Guapi-Mirim so vistos frequentemente botos-cinza relatados como uma populao que habita normalmente a Baa de Guanabara. A avistagem desses animais mais freqente em baixas profun-didades e os grupos podem variar muito e as observaes mais frequentes so de grupos de 2 a 10 indivduos. Acredita-se que a razo para manuteno dessa populao na Baa deve-se presena de alimento e proteo dos predadores.

    A populao de So Gonalo relata que os acessos a servios bsicos, como saneamento e abastecimento de gua apresenta restries. O lanamento de esgoto e outros dejetos nos rios um dos problemas ambientais, relatados pelos moradores e verificados pela coleta de amostras de gua nos rios da regio. H na rea de influncia um aterro sanitrio, que o destino dos resduos slidos de So Gonalo, o segundo municpio mais populoso do Estado do Rio de Janeiro (depois da capital).

    Apesar de todos os problemas, a Baa de Guanabara, ainda fornece sustento para muitas famlias, que vivem da pesca e da cata do caranguejo. Vale ressaltar a presena da APA de Guapimirim, o mais importante remanescente de manguezal do Estado exposta aos efeitos da poluio e da ocupao urbana.

    A partir de levantamento feito junto aos moradores da regio, identificou-se que a rea social que mais necessita de investimentos emprego e renda, seguida de melhoria nos equipamentos urbanos. Logo depois h demanda por melhoria em saneamento bsico e abastecimento de gua, sade, lazer e transporte.

    A rea de influncia da alternativa Baa de Guanabara atravessa uma regio de grande relevncia pr-histrica e histrica. A rea est nas proximidades de importante aldeamento jesutico, significativo tanto por indicar a densa populao indgena como a antiguidade da ocupao colonial.

    Em relao atividade econmica, nas praias da Beira e de So Gabriel, existem famlias que vivem exclusiva-mente da pesca. As principais espcies de pescado so tainha, corvina e camaro. J na Praia da Luz, pesca-se

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    38

  • muito siri. Os pescadores trabalham diariamente, sempre em dupla, noite e no nascer do dia, em toda a rea da Baa de Guanabara. A tcnica artesanal e passada de pai para filho. So somente os pescadores da Praia So Gabriel, chamados de curraleiros, que desenvolvem a pesca de curral (espcie de armadilha) nesta regio da Baa. O peixe mais abundante na pesca de currais nesta regio tem sido a tainha, seguido da corvina.

    Pescadores naBaa de Guanabara

    Manguezais da APA de Guapimirim s margens da Baa de Guanabara.

    Grupo de Botos-cinza na Baa de Guanabara (Foto: Lab. MAQUA-UERJ).

    39

  • I M P A C T O S

  • 9. ImpactosPara identificao dos impactos relacionados ao empreendimento, foram avaliadas as informaes sobre o projeto e o diagnstico ambiental da rea de influncia. A partir disso, os pesquisadores identificaram alguns danos que so possveis de ocorrer e mostraram que os efeitos negativos podem ser eliminados ou reduzidos atravs de aes de controle ambiental e medidas de segurana.

    A seguir so apresentados os principais impactos deste projeto. A lista detalhada de todos, com suas carac-tersticas e medidas de reduo ou compensao, pode ser encontrada no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) deste empreendimento. Em relao s fases foram definidas as seguintes: planejamento, implantao, operao e desativao.

    As medidas mitigadoras e potencializadoras que sero aplicadas na rea do emissrio so classificadas em:

    Medida Mitigadora Preventiva: prev a ocorrncia do impacto negativo e atua para minimizar ou eliminar eventos adversos que se apresentam com potencial para causar prejuzos aos itens ambientais.

    Medida Mitigadora Corretiva: corrige a situao, deixando a rea da mesma maneira como foi encontrada. Ela repara os danos causados ao meio, atravs de aes de recuperao ou da eliminao/controle do fator gerador do impacto.

    Medida Mitigadora Compensatria: procura repor bens socioambientais perdidos por causa de aes diretas ou indiretas do empreendimento.

    Medida Potencializadora: tem o intuito de otimizar ou maximizar o efeito de um impacto positivo causado direta ou indiretamente pela implantao do empreendimento.

    Como as alternativas encontram-se muito prximas e com algumas semelhanas, alguns impactos sero tambm muito semelhantes. Assim, so apresentados os impactos, as medidas e os projetos para as duas alternativas. Quando houver particularidades em algumas das alternativas , estas sero, ressaltadas.

    Durante o planejamento do projeto, o maior impacto identificado a gerao de expectativas nas comuni-dades vizinhas. Para diminuir essa ansiedade da populao, a primeira medida ser implantar um Programa de Comunicao e Responsabilidade Social para os moradores da regio. O objetivo ser esclarecer para eles as caractersticas do projeto, as possveis interferncias e as medidas de reduo e eliminao de impactos.

    43

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    As aes do Programa de Comunicao e Responsabilidade Social devero disponibilizar para as comu-nidades instaladas no entorno do empreendimento informaes sobre a caracterizao do empreendimento, sua localizao, etapas, cronogramas, impactos e medidas mitigadoras. Para que atinja seu objetivo, dever utilizar canais de informao adequados para o perfil e as particularidades do pblico-alvo.

    A interferncia no cotidiano, especialmente nas reas mais populosas mais significativa. Haver aumento do trfego local, dos riscos de acidentes e da demanda de infraestrutura viria durante a implantao, situao que se extinguir aps o fim da implantao e se estender durante a operao.

    Para diminuir esse impacto, a entrega de materiais e insumos de obra, o transporte de mquinas e equi-pamentos de terraplenagem e o transporte de resduos dever ser realizado fora do horrio de pico do trfego e distribudo ao longo do dia e do cronograma da obra. Essas medidas devero ser absorvidas pelo Plano de Transporte de Pessoal j em desenvolvimento pela implementao do COMPERJ.

    Outras medidas a serem tomadas so: sinalizar os locais de maior fluxo de veculos, exigir certifica-o dos motoristas e adotar recomendaes legais e rotineiras em relao segurana do trabalho e ao manuseio e transporte de produtos.

    Devem ser levados em conta os diversos pedidos de explorao mineral ao longo do traado do emissrio. O impacto o impedimento do desenvolvimento da atividade de minerao. Como as reas de minerao so pequenas, o impacto possui baixa relevncia, sendo reversvel. Ainda assim, para minimiz-lo, ser feito acordo com os empreendedores, visando a compensar os investimentos j realizados por meio do Programa para o Estabelecimento da Faixa de Servido Administrativa e de Indenizaes.

    Haver ainda relativa reduo das terras para uso agropastoril durante a implantao na alternativa Maric. Este impacto ocorre nas duas alternativas de forma razoavelmente semelhante.

    Para instalao do emissrio terrestre ser necessrio retirar a vegetao, fazer terraplenagem, limpar o terreno, e movimentar a terra para abrir valas e fazer o reaterro. A rea atingida poder sofrer ero-so, mas devero ser tomadas pelo empreendedor todas as medidas necessrias para evit-las, reduzindo sua chance de ocorrer.

    Essas medidas esto detalhadas no Estudo de Impacto Ambiental desse empreendimento no Programa Am-biental de Construo (PAC) por meio de aes de controle de eroso e assoreamento dos corpos hdricos e pelo Plano de Recuperao de reas Degradadas.

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    44

  • Em ambas alternativas, deve-se considerar que as reas possuem depsitos arqueolgicos que podem ser destrudos parcial ou totalmente pelas escavaes. Por isso, dever ser implantado o Plano de Preser-vao e Salvamento do Patrimnio Histrico e Arqueolgico, responsvel por resgatar qualquer utenslio arqueolgico que venha ser encontrado durante as escavaes.

    Paralelamente, dever ser implantado um Programa de Educao Patrimonial, cujo objetivo prevenir a destruio de testemunhos arqueolgicos, caso venham a ser detectados durante as atividades de implantao. O programa ser direcionado para tcnicos e operrios envolvidos na obra, que devero ser orientados sobre os procedimentos a serem seguidos em caso de descoberta de materiais de valor histrico.

    Durante a obra, terra e materiais de construo podero ser transportados pelas guas das chuvas para os cursos dgua existentes, podendo causar assoreamento. Por isso, eles sero armazenados em locais com conteno. Para prevenir esse impacto, ser evitada a movimentao de solos durante perodos chuvosos. O perodo de exposio dos solos tambm dever ser o mais breve possvel. Os taludes e demais solos expostos sero protegidos por vegetao. Devero ser construdas canaletas e outros dis-positivos de drenagem que evitem altas velocidades de escoamento superficial e queda livre de gua sobre o solo. Essas atividades vo fazer parte do Programa Ambiental de Construo (PAC).

    Durante a implantao do emissrio, o uso de gua ser necessrio para realizao de testes hidrostti-cos (verificao da possibilidade de vazamentos ou rupturas em vasos de presso ou vlvulas), nos banheiros qumicos e limpeza em geral, que ser fornecida pela concessionria local. Os efluentes produzidos sero coletados e encaminhados para tratamento e descarte.

    Para a realizao do projeto ser utilizada parte da infraestrutura dos municpios da rea de influncia, especifi-camente para alojar o mximo de seus empregados em casas alugadas, repblicas, hotis e penses existentes nas redondezas. O objetivo causar o mnimo de interferncia nas comunidades e facilitar o transporte de materiais e dos trabalhadores at as frentes de trabalho.

    Com o empreendimento tambm haver a dinamizao da economia, com o aumento de dinheiro circulando na regio e mais servios sendo contratados, alm de maior gerao de receita tributria. Para potencializar esse efeito, ser feita divulgao dos detalhes da obra pelo Programa de Comunicao e Compromisso Social.

    O incremento da receita dos municpios ser um impacto positivo para as finanas pblicas, potencializado pela aquisio de equipamentos e materiais e contratao de servios locais.

    45

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    As emisses de partculas poluidoras no ar esperadas sero basicamente a fumaa dos veculos e maquinrios, alm da poeira que poder ser levantada pelas obras em reas sem asfalto. Para contornar esse problema, as ruas sero molhadas com a ajuda de caminhes-pipa, sempre que necessrio. Para evitar a poluio do ar, os equipamentos e veculos passaro por revises peridicas.

    Os critrios para o gerenciamento dos resduos slidos gerados, referentes a coleta, segregao, classificao, identificao, acondicionamento, armazenamento temporrio, transporte, tratamento e disposio final sero estabelecidos no Plano de Gerenciamento de Resduos (PGR), em conformidade com as diretrizes corporativas da Petrobras e as normas e legislaes aplicveis, a ser apresentado no Plano Ambiental da Construo (PAC).

    Os rudos emitidos durante a implantao do emissrio sero de carter temporrio. As fontes de rudos gerados pela atividade podem estar localizadas ao longo da faixa de construo do trecho terrestre, nos canteiros de obras ou podem vir do lanamento do trecho submarino e apoio a essa atividade. J na fase de operao no ser verificada emisso significativa de rudos, uma vez que a tubulao estar enterrada no solo ou no leito marinho.

    Ao interferir no fundo do mar, algumas atividades da implantao do emissrio promovero a suspenso tem-porria de sedimento e turbidez na gua.

    Devido sua rpida reversibilidade (a areia assenta-se rapidamente), esse impacto considerado pequeno. Entende-se que as aes de planejamento das operaes de lanamento e enterramento do emissrio e coloca-o e retirada do difusor so suficientes para evitar ao mximo a extenso do prazo de execuo das obras em ambiente marinho.

    No caso da Baa de Guanabara, o impacto seria maior pelo fato do sedimento ser mais fino, levando mais tempo para assentar ao fundo desta Baa do que em Itaipuau, onde, por serem mais grossos, menor volume de sedi-mento ser suspenso e mais rapidamente chegar ao fundo.

    Quanto alterao na qualidade da gua do mar durante a operao, estudos avaliaram a diluio do efluente no mar de Itaipuau e concluram que a qualidade da gua ser modificada em uma regio prxima ao ponto de lanamento. Para a alternativa Maric, pode-se afirmar terem sido encontradas condies timas para diluio e depurao dos compostos.

    Ser implantado um Programa de Monitoramento do Ambiente Marinho, iniciado antes do incio das obras e estendido por todo o perodo de operao. O programa deve contemplar tambm amostragens aps a desmobilizao.

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    46

  • Durante um curto perodo de 4 meses, est prevista uma zona de excluso de navegao e de pesca, em torno das embarcaes envolvidas nas atividades de construo do emissrio.

    A fim de minimizar as consequncias desse impacto, propem-se medidas preventivas e corretivas, que consistem em informar aos pescadores artesanais ou esportivos e s suas respectivas organizaes os possveis impactos do empreendimento. Essa medida est prevista nos objetivos do Programa de Comunicao e Responsa-bilidade Social. Em relao aos pescadores artesanais, ser implantado o Programa de Acompanhamento da Pesca que visa monitorar o desembarque da produo pesqueira possibilitando identificar como esta varia ao longo do tempo.

    Na alternativa Baa de Guanabara, o impacto ocorreria nas comunidades de pescadores da Ilha de Itaca. O elevado nmero de embarcaes operando no litoral da Praia de Beira e na Praia de So Gabriel ter impacto visual, acarretar riscos navegao dos pescadores artesanais, e delimitar uma zona de excluso de captura dos pescadores artesanais.

    A instalao de um canteiro de obras e de uma faixa de trabalho gerar interferncia visual, e na circula-o e percepo das paisagens por parte dos usurios. Considerando esse impacto, haver minimizao da supresso ao mnimo necessrio, visando a diminuir a alterao da paisagem. Tambm ser necessrio efetivar o Programa de Remoo da Vegetao, em andamento para a construo do COMPERJ. Deve ser dada ateno especial para a Serra de Ino, j que essa regio possui floresta que encontra-se em estgio mdio de regenerao. Por meio da implantao do Plano de Recuperao de reas Degradadas, as paisagens alteradas sero recuperadas para voltar ao seu estado original.

    47

  • QuALIDADE AMBIENTAL

    FUTURA

  • 10. QuALIDADE AMBIENTAL FuTuRANessa parte de nosso RIMA apresentada uma previso feita para a qualidade ambiental da rea de influncia simulando a implantao de cada uma das alternativas. O objetivo dar a todos uma idia de como ficar a rea de influncia ao final da implantao do emissrio.

    Qualidade Ambiental Futura da rea de InflunciaAlternativa Maric

    Quando se pensa na qualidade ambiental futura da rea de influncia para essa alternativa, necessrio pensar na perda de cobertura vegetal necessria para abertura de valas e manuteno da faixa de servido do emissrio. Como a maior parte do trecho a ser utilizado para o emissrio formado por campos, a regio onde ocorrer significativa retirada da vegetao na Serra de Ino. Tentando minimizar os efeitos dessa retirada da vegetao devero ser aplicados os seguintes programas ambientais: Programa de Supresso da Vegetao, Programa de Reposio Florestal e Programa de Recuperao das reas Degradadas. Assim, espera-se mnimas modificaes e incremento de vegetao em outros locais atualmente ocupados por pastos ou vegetao em estgio inicial de regenerao.

    Processos erosivos que modifiquem a qualidade ambiental, especialmente em relao aos rios podero aconte-cer. Espera-se que no aconteam porque so propostas prticas corretas de movimentao da terra, portanto, espera-se que com a finalizao das obras, as reas utilizadas estejam menos expostas eroso.

    Os processos de movimentao de terra e estabelecimento da faixa de servido, promovero interferncia nas atividades de minerao da rea. Hoje so vinte as minas que querem legalizar suas atividades na rea. O Pro-grama de Estabelecimento da Faixa de Servido Administrativa e de Indenizaes responsvel por informar ao rgo competente o impedimento de novos procedimentos de minerao sobre a tubulao enterrada.

    O patrimnio arqueolgico do subsolo apesar de pequeno, poder ser melhor conhecido e protegido pelos tra-balhadores e moradores, uma vez que haver programa de resgate de educao patrimonial. Sem a execuo desses projetos, esse patrimnio estaria em risco durante as escavaes.

    51

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    Como parece ser fcil a disperso do efluente na regio ao largo da praia de Itaipuau, previsto que este a alterao da qualidade da gua acontea numa regio muito prxima ao lanamento e de forma fraca. Contudo, as interferncias na gua do mar e os possveis efeitos na atividade pesqueira devero ser tratados pelo Programa de Monitoramento e Controle de Efluentes Lquidos, pelo Programa de Monitoramento Marinho e pelo Programa de Acompanhamento das Interferncias na Atividade da Pesca Artesanal

    A presena de uma quantidade grande de pessoas de outros lugares na regio causar interferncias o cotidiano das comunidades. Para atender aos trabalhadores sero contratados servios de hospedagem e fornecimento de alimentao nas cidades onde o emissrio vai ser implantado. Essas contrataes traro benefcios aos donos de pequenos comrcios, pousadas e hotis. Esse benefcio pode ser melhor aproveitado a medida que so informados detalhes como a durao da obra e locais de desenvolvimento dela por meio do Programa de Comunicao e Responsabilidade Social e do Programa de Educao Ambiental para os trabalhadores e as comunidades.

    A formao de uma rea de restrio navegao e pesca de arrasto onde vai estar sada do emissrio (difusor), no afetar aos pescadores artesanais locais, porque esses informaram usarem redes de emalhe prximo pedra do elefante e prximo praia aps a arrebentao.

    Como haver supresso de vegetao, o empreendimento dever contribuir com a Compensao ambiental o que levar ao incremento da conservao na rea de influncia seja pela formao de novas unidades de Conservao ou pela investimento nas unidades j existentes.

    Qualidade Ambiental Futura da rea de Influncia Alternativa Baa de Guanabara

    Em grande parte da rea de influncia no haveria necessidade de retirada de vegetao, porque a maior parte do traado passa por pastos. Mas, nas proximidades da Baa de Guanabara, haveria corte de rvores de man-gue (considerada rea de Preservao Permanente) no interior e fora da rea de Proteo Ambiental (APA) de Guapi-mirim.

    A alterao da qualidade da gua do mar na Baa de Guanabara pelo lanamento do efluente lquido do COMPERJ levaria a uma degradao de grande intensidade. Esse fato aconteceria porque na baa existe uma dificuldade grande de troca de gua e suas guas recebem esgotos h muito tempo e em grande quantidade.

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    52

  • O patrimnio arqueolgico mais rico na rea de influncia da alternativa Baa de Guanabara, que vem diminuin-do com o passar dos anos. O local onde eles so vistos com mais freqncia coincide com o ponto de chegada do emissrio na Baa de Gianabara. Se essa alternativa fosse escolhida, provavelmente haveria conseqncias negativas para esta populao de botos.

    Existe uma populao conhecida de botos cinza na Baa de Guanabara, que vem diminuindo de tamanho com o passar dos anos. O local onde eles so vistos com mais freqncia coincide com o ponto de chegada do emissrio na Baa de Guanabara. Se essa alternativa fosse escolhida, provavelmente haveria consequncias negativas para esta populao de botos.

    53

  • PROJETOS DE CONTROLEE MONITORAMENTO AMBIENTAL

  • 11. PROJETOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTALForam criados programas para contribuir com a viabilidade ambiental da implantao do emissrio. Os pro-gramas foram propostos de um jeito que possam dar continuidade s aes dos projetos ligados s obras do COMPERJ.

    Sistema de Gesto Ambiental

    um sistema de gesto ambiental tem como objetivo proporcionar obra de implantao do emissrio, sua viabilidade ambiental. Ele ser aplicado com base na legislao brasileira e buscando a melhoria contnua de seu desempenho. Assim, acontecer um equilbrio entre a proteo ambiental e a preveno de poluio com as necessidades econmicas, tcnicas e operacionais.

    Programa de Monitoramento e Controle dos Efluentes Lquidos

    Esse um programa ambiental que dever ser aplicado na fase de implantao para cuidar dos efluentes produzidos nas obras, tratando e destinando esses em locais apropriados. Por meio desse programa e de outras aes tomadas haver maior chance de proteger o solo e a gua dos rios de possveis contaminaes.

    Plano de Gerenciamento de Resduos Estabelece os critrios para separao, armazenamento, transporte e tratamento do lixo produzido durante as atividades de implantao do emissrio, buscando reduzir possveis impactos. O plano conta com a conscientizao dos funcionrios, o tratamento dos restos de comida e a coleta seletiva do lixo que pode e deve ser reaproveitado.

    57

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    Programa de Recuperao de reas Degradadas Para construo do emissrio, em alguns pontos ser necessrio remover a vegetao. Ser realizada, tambm terraplanagem e movimentao de terra. As reas alteradas para a implantao do emissrio devero ser recuperadas e deixadas no mesmo estado de conservao inicial

    Programa de Monitoramento Marinho

    Para garantir que todas as medidas de controle ambiental aplicadas no tratamento e descarte do efluente sejam eficazes, a Companhia vai monitorar a qualidade da gua do mar ao largo da Praia de Itaipuau.

    Responsabilidade Social (PCRS) possvel que aconteam diferentes interaes entre a populao e os trabalhadores envolvidos na implantao do emissrio. Manter todos esclarecidos a respeito das fases da implementao e do posiciona-mento das frentes de trabalho papel do Programa de Comunicao e Responsabilidade Social. Esse programa tambm mantm um canal de comunicao permanente entre o empreendedor e a comunidade local. Para a Petrobras esse projeto deve tambm promover o desenvolvimento das comunidades de acordo com sua poltica de responsabilidade.

    Programa de Educao Ambiental (PEA)

    As relaes dos trabalhadores com o meio ambiente e da comunidade com o meio ambiente sero tratados nesse programa. O PEA busca conscientizar a cada um dos participantes da responsabilidade que tm no desempenho ambiental da implantao e operao do emissrio.

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    58

  • Programa Ambiental para Construo Geral (PAC)

    por meio do PAC que a Petrobras busca esclarecer s empresas contratadas a qualidade ambiental necessria no dia-a-dia no canteiro de obras, nas frentes de trabalho e nas vias de acesso. Assim, o objetivo maior do PAC diminuir a ocorrncia de impactos ambientais durante a implantao do emissrio.

    Programa de Acompanhamento das Interfernciasna Atividade da Pesca Artesanal

    Por meio do monitoramento dirio da produo pesqueira artesanal, esse projeto buscar reconhecer a variao des-sa produo e buscar suas causas. Isso ser possvel por acompanhamento antes, durante e depois de implantado o emissrio.

    Programa de Gerenciamento de Riscos PGRNenhum tipo de dano bem-vindo, seja ele material, dano sade ou ao meio ambiente. O PGR apresenta as principais aes a serem tomadas para evitar esses danos envolvendo a identificao dos perigos e a elaborao de medidas de preveno ou de controle dos riscos. O PGR prev atualizaes dos trabalhadores constantemente e aes de resposta para qualquer situao no desejada.

    Programa para o Estabelecimento daFaixa de Servido Administrativa e de Indenizaes Para o estabelecimento da faixa de servido do emissrio ser necessrio identificar os imveis ao longo do trajeto do emissrio, solicitar permisso de acesso e posteriormente negociar com o proprietrio valores justos de indenizao. O objetivo permitir a construo do emissrio da forma mais justa possvel.

    59

  • IMPLANTAO DO EMISSRIO TERRESTRE E SuBMARINO DO COMPLEXO PETROQuMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

    Programa de Supresso Vegetal O objetivo desse programa minimizar o impacto quando se realiza supresso de vegetao. Ocorrer o resgate de animais, impedindo que eles fiquem desabrigados por consequncia da supresso, mas gradu-almente possam encontrar novos habitats. Alm disso, permite o reaproveitamento de plantas que seriam abandonadas depois de cortadas mas que podero ser utilizadas para gerar mudas ou mesmo recuperadas para fins de paisagismo.

    Programa de Reposio Florestal Os empreendimentos que promovem o corte de vegetao nativa em estgio secundrio ou primrio, devem ter um plano de reposio florestal. Desta forma, o empreendimento compensa este corte, plantado em outro local, que seja favorvel, mudas de espcies nativas de modo a favorecer a regenerao florestal.

    Programa de Compensao Ambiental

    Observando o Sistema Nacional de unidades de Conservao (SNuC) e suas regulamentaes, o empreen-dedor deve contribuir para a criao de novas unidades de Conservao ou para a melhoria de uC j criadas. As unidades de conservao a serem escolhidas devem estar na rea de influncia do empreendimento.

    RIMA RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

    60

  • CONCLUSO

  • 12. ConclusoA implantao do emissrio do COMPERJ tem como objetivo escoar de forma segura e sustentvel o efluente deste Complexo transpondo ambiente terrestre e marinho.

    Foram estudadas duas alternativas. A primeira opo consiste na travessia do Municpio de Itabora em direo Baa de Guanabara, passando por So Gonalo e chegando Praia de So Gabriel. A outra alternativa, chamada alternativa Maric, consiste na travessia da regio de Itabora em direo Maric transpondo a Serra de Ino e alcanando a praia de Itaipuau..

    Foi elaborado um estudo das alternativas considerando-se os impactos ambientais de construo e operao do emissrio. Comparando-se com a alternativa Baa de Guanabara, a alternativa Maric foi escolhida por apresentar melhor viabilidade socioambiental, sustentada pelos seguintes motivos:

    - O traado do emissrio atravessa regies menos povoadas;- O traado do emissrio no cruza unidades de Conservao da Natureza;- As condies de lazer e balneabilidade so menos afetadas;- O ambiente de mar aberto possui maior capacidade de diluio e disperso do efluente;- O ambiente de mar aberto possui um tipo de fundo que menos impactante ao ser revolvido;- Em mar aberto, os pescadores dispem de reas mais amplas para exercerem suas atividades;- Em mar aberto, as espcies marinhas so menos afetadas;

    importante ressaltar que para todos os impactos negativos do empreendimento foram apresentadas medidas visando mitig-los, sendo elas de carter preventivo e corretivo. Alm disso, so propostos Programas Ambientais que visam contribuir com a sustentabilidade do empreendimento.

    A implementao das medidas mitigadoras e dos Programas Ambientais propostos para a alternativa Maric contribuir para a viabilidade ambiental da implantao e operao do Emissrio Terrestre e Submarino do COMPERJ.

    63

  • Equipe tcnicaProfissional Profisso CTF IBAMA

    Placidino Passos Neto Engenheiro Civil 39493

    Albertone SantAna Pereira Bilogo 573340

    Jos Gustavo Engenheiro Metalrgico 4931639

    Christiane Lopes Arqueloga 25557

    Maria da Penha Baio Engenheira Civil 5129730

    Fernanda Rath Gegrafa 5021168

    Pedro Perez Engenheiro Ambiental 2320730

    Paloma Arantes Gegrafa 4965435

    Luvercy Azevedo Engenheiro Civil 1317049

    Marcelo Motta Gegrafo 328102

    Felipe Fraifeld Gegrafo 3747273

    Hlio Villena Oceangrafo 212279

    Alexandre Macedo Fernandes Oceangrafo 5123615

    Friedrich Herms Oceangrafo 286844

    Marcelo Vianna Bilogo 465176

    Frederico Kurtz Bilogo 39937

    Sergio Bonecker Bilogo 197864

    Jos Lailson Bilogo 212179

    Carlos Coelho Eng. Qumico 290072

    Marco Louzada Eclogo 200887

    Renato Pinneschi Bilogo 38322

    Octavio Bonet Socilogo 4929954

    Marina de Oliveira Sociloga 4197444