emissÃo de co2 na logÍstica de exportaÇÃo de soja no mato grosso: o caso das exportaÇÕes pelo...

ENGEMA: Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente

EMISSÃO DE CO2 NA LOGÍSTICA DE EXPORTAÇÃO DE SOJA NO MATO GROSSO: O CASO DAS EXPORTAÇÕES

PELO ARCO NORTEAbner Matheus JOÃO; Ana Carolina VETTORAZZI; Fernando Vinícius da ROCHA; Daniela Bacchi BARTHOLOMEU; José Vicente CAIXETA FILHO

São Paulo05 de dezembro de 2016


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1. Introdução2. Objetivo3. Referencial teórico4. Material e Método5. Resultados e discussão6. ConclusõesReferências Bibliográficas


1. Introdução

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Mato Grosso

Arco Norte

Multimodalidade


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2. Objetivo

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Comparar soluções logísticas

Diferentes cenários

Identificar gargalos

CO2


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3. Referencial Teórico

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61,10%20,70%

13,60%

4,20% 0,40%

REPRESENTATIVIDADE NO TRANSPORTE DE CARGAS

Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aéreo

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Geipot (2001 apud CNT, 2014)



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9,16%

11,49%

0,64%

0,10%

78,60%

CONDIÇÃO DAS RODOVIAS BRASILEIRAS

Planejadas Pista simples Pista dupla

Em obras de duplicação Não-pavimentadas

Pavimentadas(12,24%)

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Anuário CNT do transporte 2016



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12,54%

30,23%

34,84%

16,09%

6,29%

QUALIDADE DAS RODOVIAS

Ótimas Boas Regulares Ruins Péssimas

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do Anuário CNT do transporte 2016



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• Modal rodoviário consome quatro vezes maiscombustível que o modal ferroviário para otransporte de mesma carga.

(Coeli, 2004)

• O modal ferroviário consome mais de duasvezes o que um conjunto de barcaçasconsome, considerando mesma distância equantidade transportada

(Caixeta et al, 1998)

4x > 2x



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• Brasil: não desenvolvimento da navegação interiorFialho (1993 apud SANTANA e TACHIBANA, 2004, p. 82)

• O transporte de commodities através da diversificação demodais chega a ter custos 20% inferiores com relação aouso do modal rodoviário, restritivamente.

(Torres, 2006 apud CORREA e RAMOS, 2010)

• O setor de transporteconsumiu 32,5% do totalde energia demandadano Brasil

(MME, 2015)

Fonte: ANTAQ



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92,60%

4,30%1,80% 1,20%

PARTICIPAÇÃO DE CADA MODAL NA DEMANDA POR ENERGIA DO SETOR DE

TRANSPORTE

Rodoviário Aéreo Aquaviário Ferroviário

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do MME (2015)



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Modalidade Ton-K m/1* MJ/t.km

Rodovia 25 3,53

Ferrovia 88 1,02

Hidrovia 98 0,93

Aerovia 2 40,70

Dutovia 120 0,74

*Equivalência comparativa para quando as cargas têm a mesma densidade.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ENTRE AS MODALIDADES DE TRANSPORTE DE CARGA

Fonte: Anciães et al. (1980 apud Correa e Ramos 2010 p. 451)



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EMISSÃO BRASILEIRA DE CO2, EM MILHÕES DE TONELADAS, POR SETOR

Fonte: International Energy Agency, 2015

Setor Emissão de CO2 Participação (%)

Transporte 208,1 46%

- Rodoviário 188,0 42%

Indústrias de manufatura e construção 100,5 22%

Eletricidade e produção de calor 76,6 17%

Outros usos de energia na indústria 28,5 6%

Outros setores 38,7 9%

- Residencial 17,9 4%

Total 452,4 100%



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Fonte: Elaborado pelos autores com base na Pesquisa CNT de navegação interior, 2013

92%

3%

5%

DISTRIBUIÇÃO DA EMISSÃO DE CO2 DO TRANSPORTE DE CARGA ENTRE OS

MODAIS RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AQUAVIÁRIO

Rodoviário Aquaviário Ferroviário



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Fonte: Elaborado pelos autores com base na Pesquisa CNT de navegação interior, 2013

101,2

23,3 20,013,8

7,9 5,0

Rodoviário Ferroviário(exceto minério

de ferro)

Navegaçãointerior

Cabotagem(exceto petróleo

e gás natural)

Ferroviário(minério de ferro)

Cabotagem(petróleo e gás

natural)

FATORES DE EMISSÃO PARA CADA MODAL DE TRANSPORTE, EM gCO2/TKU



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Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do MCTI, 2014

Gráficos evolução 1990-2012, p. 10

-

25

50

75

100

125

150

175

200

225

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Ano

Transporte Rodoviário

-

25

50

75

100

125

150

175

200

225

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Ano

Transporte Rodoviário

-

2

4

6

8

10

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Ano

Aéreo Ferroviário Hidroviário



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• Intermodalidade: ótima solução para a diminuição das emissõesde CO2 no transporte.

• “Carbon market areas”Craig et al. (2013)

• É necessário o aumento da eficiência do transporte para que oBrasil seja mais competitivo e também menos emissor de gases doefeito estufa.

Leal Júnior et al. (2015)


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4. Material e Método

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Dados coletados:

• Exportação de soja de 2015 do MT para cada município.(SECEX, 2016)

• Distâncias rodoviárias para cada um dos fluxos.(Guia Quatro Rodas)

• Distâncias ferroviárias para cada um dos fluxos.(CNT, 2016; sites especializados)

• Distâncias hidroviárias para cada um dos fluxos.(Sites especializados; Google Earth)



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ModalFatores de emissão de CO2

(kg/t.km)

Rodoviário 0,11917

Ferroviário 0,03460

Hidroviário 0,01800

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados de PMBC, 2013 apud LEAL JUNIOR, I. C. et al, 2015

• Fatores de emissão



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• Cálculo

Em que:Ejk = Emissão total de CO2 por município de origem j e por

município de destino k, em kg;Fei = Fator de emissão de CO2 do modal de transporte i, em

kg/t.km;D = Distância percorrida, em km;Qjk = Quantidade de soja exportada por município de origem j e

por município de destino k, em t.



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Soluções consideradas:• Porto de Santos (SP)

i. transporte exclusivamente pelo modal rodoviário;ii. utilização do modal ferroviário (Rondonópolis, MT);iii. utilização do modal hidroviário (São Simão, GO).

• Portos de Barcarena (PA) e Santarém (PA)i. transporte exclusivamente rodoviário;ii. utilização do modal hidroviário (Miritituba, PA).

• Porto de Itacoatiara (AM)i. transporte exclusivamente rodoviário;ii. utilização do modal hidroviário (Porto Velho, RO).



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• Porto de Paranaguá (PR)i. transporte exclusivamente rodoviário;ii. utilização do modal ferroviário (Londrina, PR).

• Porto de Vitória (ES)i. transporte exclusivamente rodoferroviário (Araguari,

MG).

• Porto de São Luís (MA)i. transporte exclusivamente rodoviário;ii. utilização do modal ferroviário (Colinas do Tocantins, TO).

• Portos de Imbituba (SC), Rio Grande (RS), Salvador (BA) e SãoFrancisco do Sul (SC)i. transporte exclusivamente rodoviário.



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Com Arco Norte

Sem Arco Norte

Rodoviário Cenário 1 Cenário 3.1

Multimodal Cenário 2 Cenário 3.2

Cenários considerados:



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Fonte: Elaborado pelos autores

Porto de destino Ferroviário Hidroviário

Santos 70% 11%

Barcarena/Santarém - 80%

Itacoatiara - 100%

São Luís 80% -

Paranaguá 35% -

PORCENTAGEM DE USO DOS MODAIS FERROVIÁRIO E HIDROVIÁRIO NOS CENÁRIOS 2 E 3.2


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5. Resultados e discussão

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EMISSÕES TOTAIS DE CO2, EM MILHÕES DE KG

33%



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EMISSÕES DE CO2, EM MILHÕES DE KG, DO CORREDOR DE EXPORTAÇÃO DE SOJA PARA SANTOS

17,8% 33,2%



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EMISSÕES DE CO2, EM MILHÕES DE KG, CONSIDERANDO DIFERENTES PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO DOS PORTOS DE

BARCARENA E SÃO LUÍS

2%

11%13%



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EMISSÕES DE CO2, EM MILHÕES DE KG, CONSIDERANDO OS CENÁRIOS 1 E 2 EM AZUL, COM OS PORTOS DO ARCO NORTE E

3.1 E 3.2 EM VERMELHO, SEM OS PORTOS DO ARCO NORTE.

6%

Transporte MultimodalTransporte Rodoviário

6%

Com Arco Norte Sem Arco Norte Com Arco Norte Sem Arco Norte



ESALQ-LOGFonte: Elaborado pelos autores

MUNICÍPIOS QUE MAIS REDUZIRAM A EMISSÃO DE CO2 COM A MULTIMODALIDADE, EM KG.

Ranking Município Quantidade reduzida (kg)

1 Sorriso 203.503.031 (35%)

2 Matupá 129.943.898 (59%)

3 Sinop 128.588.057 (47%)

4 Nova mutum 65.956.891

5 Diamantino 51.478.851

6 Primavera do Leste 51.096.409

7 Sapezal 48.346.434

8 Campo Novo do Parecis 45.377.621

9 Campos de Júlio 39.972.227

10 Lucas do Rio Verde 38.829.041



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MultimodalidadeModal

hidroviárioArco Norte

6. Conclusões

Limitações

Dados SECEX

Qualidade rodovias

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Fonte: www.panoramio.com

Fonte: O Carreteiro


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Referências bibliográficas

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• BRASIL. Pesquisa CNT de Navegação Interior 2013. Brasília, 2013. BRASIL. Confederação Nacional do Transporte.Plano CNT de Transporte e Logística 2014. Brasília, 2014.

• BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa noBrasil. 2ª edição, Brasília, 2014.

• BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Balanço energético nacional 2015: Análise Energética e Dados Agregados.Brasília, 2015.

• BRASIL. Confederação Nacional do Transporte. Anuário CNT do Transporte 2016. Brasília, 2016.• CAIXETA FILHO, J. V. (Org.) et al. Competitividade no agribusiness: a questão do transporte em um contexto

logístico. Piracicaba, FEALQ, 1998. (Relatório técnico referente ao convênio FEALQ - Fundação de Estudos AgráriosLuiz de Queiroz / FIA – Fundação Instituto de Administração, apoiado pelo IPEA – Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada

• COELI, C. C. de M. Análise da demanda por transporte ferroviário: o caso do transporte de grãos e farelo de sojana Ferronorte. Tese de Mestrado (Administração) – Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, 2004. 136f.

• CORREA, V. H. C.; RAMOS, P. A Precariedade do Transporte Rodoviário Brasileiro para o Escoamento da Produçãode Soja do Centro-Oeste: situação e perspectivas. RESR, Piracicaba, SP, vol. 48, nº 02, p. 447-472, abr/jun 2010.

• CRAIG, A. J.; BLANCO, E. E.; SHEFFI, Y. Estimating the CO2 intensity of intermodal freight transportation.Transportation Research Part D: Transport and Environment, Cambridge, v. 22, p. 49-53, julho 2013.

• INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. CO2 emissions from fuel combustion: highlights. Paris, 2015• MONTEIRO, A. G. Estratégia de redução de emissões de poluentes no setor de transportes por meio de

substituição modal na região metropolitana de São Paulo. 1998, 114 p. Tese para obtenção de grau de mestreem ciências em planejamento energético – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de janeiro, 1998.

• SANTANA, W. A; TACHIBANA, T. Caracterização dos elementos de um projeto hidroviário, vantagens, aspectos eimpactos ambientais para a proposição de metodologias técnico-ambientais para o desenvolvimento dotransporte comercial de cargas nas hidrovias brasileiras, ENGEVISTA, Rio de Janeiro, v. 6, n. 3, p. 75-85, dezembro2004.


Obrigado!

Fonte: Amaggi Fonte: A Tribuna MT Fonte: A Tribuna MT

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Abner Matheus JoãoTel: (19) [email protected]

ESALQ-LOGAv. Pádua Dias, 11 – CEP 13.418-900Antiga Colônia Sertãozinho - Piracicaba/SPFone: (19) 3429-4580

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