ementa psicologia e pessoas com deficiencia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO Curso: Psicologia Código: PSI 7606 Semestre: 2013-2 Horário: 308204 Disciplina: Psicologia e Pessoas com Deficiência Horas/aula semanais: 4 Professora: Marivete Gesser Estagiária de Docência: Gisele De Mozzi E-mail:[email protected] E-mail: [email protected] Sala: CFH 331 Turma: 06319 II. EMENTA O significado histórico-cultural da deficiência. Políticas Públicas e pessoas com deficiência. Terminologia e conceituação da deficiência. Principais deficiências e seus aspectos etiológicos, funcionais e sociais. Intervenção do psicólogo junto à pessoa com deficiência, sua família e comunidade. III. TEMAS DE ESTUDO A relação deficiência e normalidade: seu significado histórico-cultural. A transversalidade das questões de gênero, classe, geração, etnia, região e deficiência. Políticas públicas, movimentos sociais e pessoas com deficiência. O campo de estudos sobre deficiência. Aspectos etiológicos, funcionais e sociais das deficiências físicas, intelectuais e sensoriais. O diagnóstico da deficiência intelectual: aspectos éticos, educacionais e conceituais. Documentos e procedimentos de classificação e diagnóstico das deficiências. Família e pessoas com deficiência. Trabalho e deficiência. Educação e deficiência. Intervenção e reabilitação junto às pessoas com deficiência nos campos da saúde, educação e trabalho numa perspectiva inclusiva. Acessibilidade e suas múltiplas dimensões. Ajudas técnicas. Desenho universal. IV OBJETIVOS Avaliar as políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência. Caracterizar o campo de estudos sobre deficiência e o modelo social de deficiência. Caracterizar os aspectos etiológicos, funcionais e sociais de deficiências que possuem uma presença significativa na população brasileira. Avaliar possibilidades de intervenção do psicólogo junto às pessoas com deficiência, suas famílias e comunidade. V. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E CRONOGRAMA Aul Data Atividade

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Page 1: Ementa psicologia e pessoas com deficiencia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

PLANO DE ENSINOI. IDENTIFICAÇÃO

Curso: Psicologia Código: PSI 7606

Semestre: 2013-2Horário: 308204

Disciplina: Psicologia e Pessoas com Deficiência

Horas/aula semanais: 4

Professora: Marivete GesserEstagiária de Docência: Gisele De Mozzi

E-mail:[email protected]: [email protected]

Sala: CFH 331 Turma: 06319

II. EMENTA O significado histórico-cultural da deficiência. Políticas Públicas e pessoas com deficiência. Terminologia e conceituação da deficiência. Principais deficiências e seus aspectos etiológicos, funcionais e sociais. Intervenção do psicólogo junto à pessoa com deficiência, sua família e comunidade.

III. TEMAS DE ESTUDO A relação deficiência e normalidade: seu significado histórico-cultural. A transversalidade das questões de gênero, classe, geração, etnia, região e deficiência. Políticas públicas, movimentos sociais e pessoas com deficiência. O campo de estudos sobre deficiência. Aspectos etiológicos, funcionais e sociais das deficiências físicas, intelectuais e sensoriais. O diagnóstico da deficiência intelectual: aspectos éticos, educacionais e conceituais. Documentos e procedimentos de classificação e diagnóstico das deficiências. Família e pessoas com deficiência. Trabalho e deficiência. Educação e deficiência. Intervenção e reabilitação junto às pessoas com deficiência nos campos da saúde, educação e trabalho numa perspectiva inclusiva. Acessibilidade e suas múltiplas dimensões. Ajudas técnicas. Desenho universal.

IV OBJETIVOSAvaliar as políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência. Caracterizar o campo de estudos sobre deficiência e o modelo social de deficiência. Caracterizar os aspectos etiológicos, funcionais e sociais de deficiências que possuem uma presença significativa na população brasileira.Avaliar possibilidades de intervenção do psicólogo junto às pessoas com deficiência, suas famílias e comunidade.

V. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E CRONOGRAMA

Aula

Data Atividade

1 13/08

Apresentação e discussão do plano de ensino.

2 20/08

Terminologia da área e seus contextos. História da deficiência Texto 1: Sassaki, R. Como chamar as pessoas com deficiência?Movimentos sociais e pessoas com deficiência. A organização política das pessoas com deficiência no Brasil. Vídeo sobre os movimentos sociais de pessoas com deficiência no Brasil.

3 27/08

A relação normalidade e deficiência. Atitudes, preconceitos, estereótipos e deficiência. Texto 2: Silva, L. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência.

4 03/091

O modelo social de deficiência. A transversalidade da deficiência. Texto 3: Livro: Diniz, D. O que é deficiência?

Page 2: Ementa psicologia e pessoas com deficiencia

Vídeo sobre a transversalidade da deficiência.5 10/0

9Políticas públicas e pessoas com deficiência. Texto 4: Convenção da ONU (CDPD). Textos Complementares: Programa "Viver sem limites" e Conferências Nacionais dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Política de Assistência Social às Pessoas com Deficiência.Políticas de educação e pessoas com deficiência no Brasil. Texto 5: Ferreira, W. Entendendo a discriminação contra estudantes com deficiência na escola.

6 17/09

Seminário Internacional Fazendo Gênero X.

7 24/09

Saúde e Pessoas com deficiência. A Classificação Internacional das Funcionalidades (CIF/OMS). Texto 6: Farias, N. & Buchalla, C. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde: Conceitos, Usos e Perspectivas.Trabalho e empregabilidade de pessoas com deficiência. Texto 7: Vasconcelos, F. O trabalhador com deficiência e as práticas de inclusão no mercado de trabalho de Salvador.

8 01/10

Primeira avaliação escrita.Apresentação do roteiro para a realização dos seminários.

9 08/10

Gênero, sexualidade e deficiência. Texto 8: Mello, A. G. de & Nuernberg, A. H. Gênero e deficiência: interseções e perspectivas.Aula reservada para avaliação da disciplina pela turma sem a presença do professor.

10 15/10

A dinâmica das relações familiares na presença da deficiência: luto e resiliência. Texto 9: Fiamenghi Jr & Messa, A. Pais, Filhos e Deficiência: Estudos Sobre as Relações Familiares.

11 22/10

Deficiência intelectual. Texto 10: Carvalho e Maciel, Nova concepção de deficiência mental segundo a AAMR.Aula reservada para o debate coletivo sobre a disciplina com o professor.

12 29/10

Síndrome de Down. Texto 11: Folly, D. & Rodrigues, M. R. O fazer do psicólogo e a síndrome de Down: uma revisão de literatura.Vídeo: Do luto à luta.Paralisia Cerebral. Texto 12: Roriz, T.et al Inclusão social de crianças com paralisia cerebral: óptica dos profissionais de saúde.

13 05/11

Transtorno do Espectro Autista. Texto 13: Bosa, C. Autismo: intervenções psicoeducacionais.Filme: Temple Grandin. Texto complementar: Schmidt, Carlo. Temple Grandin e o autismo: uma análise do filme.

14 12/11

A experiência da colostomia. Texto 14: Batista, M. do R. de F. F.; Rocha, F. C. V.; Silva, D. M. G. da  e  Silva Junior, F. J. G. da. Autoimagem de clientes com colostomia em relação à bolsa coletora. Surdez: aspectos etiológicos e funcionais. Língua de Sinais Brasileira. Texto 15: Santana, A. P. & Bergamo, A. Cultura e identidade surda: encruzillhada de lutas sociais e teóricas.Surdez, Língua de Sinais e Cultura Surda. Surdos Oralizados.

15 19/11

Cegueira e baixa visão. Cegueira e baixa visão. Texto 16: Martins, B. S. O “corpo-sujeito” nas representações culturais da cegueira.Surdocegueira. Texto 17: Cader-Nascimento, F. e Costa A prática educacional com crianças surdocegas.

16 26/11

Reabilitação de pessoas com deficiência adquirida. Texto 18: Murta e Guimarães. Enfrentamento à lesão medular traumática.

17 03/12

Fechamento e avaliação geral da disciplina.

18 10/1 Nova avaliação para alunos que não obtiveram nota média de aprovação.1 O dia 03 de setembro de 2013, das 10:10 às 11:50, será considerado período letivo sem ministração de aulas em decorrência da  VIII Semana de Integração do CFH que ocorrerá neste horário.

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VI. MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO a) Aulas expositivas dialogadas. b) Leituras de textos científicos como preparação conceitual às aulas. c) Leituras e discussão de textos em pequeno e grande grupo durante as aulas. d) Uso de recursos audiovisuais, em especial filmes e documentários como base

para a promoção de debates em sala de aula. e) Palestra com profissionais com e sem deficiência.

VII. AVALIAÇÃOSerão utilizadas as seguintes verificações de aprendizagem: 1) Frequência nas aulas e participação nas atividades (Peso 2). 2) Avaliação escrita sobre o conteúdo ministrado, realizada em sala de aula. As questões poderão ser dissertativas e/ou de assinalar. Será observada a qualidade de expressão e redação das respostas, bem como sua coerência com os argumentos discutidos em aula e dos textos (Peso 4). 3) Seminários sobre temáticas relacionadas à deficiência. Os grupos deverão realizar uma aproximação junto a pelo menos uma pessoa com a lesão e/ou impedimento corporal objeto do seminário. A apresentação do seminário será em grupo. (Peso 2).4) Texto de até quatro páginas referente ao tema da apresentação a ser postado no fórum de graduação com 24 horas de antecedência à data de apresentação (Peso 2).A nota final (NF) da disciplina será calculada pela média ponderada das quatro notas.Obs: Além da nota, ter 75% de presença nas aulas constitui-se como requisito indispensável para aprovação, cabendo ao aluno acompanhar junto ao professor o registro da sua frequência às aulas.

OBSERVAÇÕES:1. A atribuição de notas para trabalhos escritos ou apresentações levará em conta os seguintes critérios:a. Objetividade, clareza e coerência nas ideias pautadas no documento ou na apresentação.b. Uso correto das regras da língua portuguesa e das normas da ABNT ou APA.c. Pertinência dos assuntos em relação aos objetivos da tarefa e da disciplina.d. Aprofundamento do conteúdo.e. Pontualidade na entrega e qualidade na apresentação da atividade (um ponto a menos na nota para cada dia de atraso na entrega).f. Compromisso com as aulas, leituras indicadas, atividades e discussões coletivas.

VIII. NOVA AVALIAÇÃO Conforme previsto no artigo 70, parágrafo 2° da Resolução 017/Cun/97, a qual dispõe sobre o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFSC, terá direito a uma nova avaliação, no final do semestre, o aluno com frequência suficiente (FS) e média das notas de avaliações do semestre entre 3,0 (três) e 5,5 (cinco vírgula cinco), exceto nas disciplinas que envolvam Estágio Curricular, Prática de Ensino e Trabalho de Conclusão do Curso ou equivalente, ou disciplinas de caráter prático que envolvam atividades de laboratório ou clínica definidas pelo Departamento e homologados pelo Colegiado de Curso, para as quais a possibilidade de nova avaliação ficará a critério do respectivo Colegiado do Curso. A nota final do aluno considerando a nova avaliação, de acordo com Artigo 71, parágrafo 3o, será calculada através da média aritmética entre a média das notas das avaliações parciais e a nota obtida na Nova Avaliação. A nova avaliação será realizada no dia 17/07/2013 no horário da aula.

IX. REFERÊNCIAS BÁSICAS BAPTISTA, C. & BOSA, C. Autismo e Educação: reflexões e propostas de intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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BATISTA, M. do R. de F. F.; ROCHA, F. C. V.; SILVA, D. M. G. da  e  SILVA JUNIOR, F. J. G. da. Autoimagem de clientes com colostomia em relação à bolsa coletora. Rev. bras. enferm. [online]. 2011, vol.64, n.6, pp. 1043-1047.BOSA, C. A.. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Revista Brasileira de Psiquiatria. vol.28, 2006. p. s47-s53.BRASIL, Secretaria de Direitos Humanos. História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil /compilado por Mário Cléber Martins Lanna Júnior. – Brasília:. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2010. CADER-NASCIMENTO, F. A. A. & COSTA, M. P. R. A prática educacional com crianças surdocegas. Temas em Psicologia. Vol. 11, no 2, 2003, p. 134-146. CARVALHO, E. N. S. & MACIEL, D. M. M. Nova concepção de deficiência mental segundo a American Association on Mental Retardation - AAMR: sistema 2002. Temas em Psicologia. N. 2, 2003, Vol. 11, p. 147-156. DINIZ, D. & BARBOSA, L. Direitos Humanos e as pessoas com deficiência no Brasil. In: BRASIL. Presidência da República. Direitos humanos: percepções da opinião pública: análises de pesquisa nacional / organização Gustavo Venturi. – Brasília : Secretaria de Direitos Humanos, 2010. DINIZ, D. O que é deficiência: São Paulo: Coleção Primeiros Passos, Brasiliense, 2007. DINIZ, D. & MEDEIROS, M. Envelhecimento e deficiência. Em: CAMARANO, Ana A. Os novos idosos brasileiros: muito além dos 60? - Rio de Janeiro : IPEA, 2004. VASCONCELOS, F. O trabalhador com deficiência e as práticas de inclusão no mercado de trabalho de Salvador, Bahia. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional n. 35 (121): 2010, p. 41-52.FARIAS, N. & BUCHALLA, C. M. A classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde da organização mundial da saúde: conceitos, usos e perspectivas. Revista Brasileira de Epidemiologia. [online]. 2005, vol. 8, no. 2, pp. 187-193.GESSER, M; NUERNBERG, A. H. E TONELI, M. J. FI. A Contribuição do modelo social da Deficiência à Psicologia Social. Psicologia & Sociedade, 24(3): 557-566, 2012.MELO, F. R.L MARTINS, L. A. R.. Acolhendo e atuando com alunos que apresentam paralisia cerebral na classe regular: a organização da escola. Revista Brasileira de Educação Especial. 2007, vol.13, n.1, p. 111-130 MELLO, A. G. de & NUERNBERG, A. H. Gênero e deficiência: interseções e perspectivas. Rev. Estud. Fem., Dez 2012, vol.20, no.3, p.635-655.MARTINS, B. S. O “corpo-sujeito” nas representações culturais da cegueira. Fractal: revista de psicologia. v. 21,, N.1. 2009. p. 5-22.SANTOS, D. C. O. Potenciais dificuldades e facilidades na educação de alunos com deficiência intelectual. Educação e Pesquisa v.38, n.4 2012, p. 935-948.SANTANA, A. P. ; BERGAMO, A. . Cultura e identidade surda: encruzilhada de lutas sociais e teóricas. Educação e Sociedade, v. 26, n. 91, 2005. p. 565-582. SASSAKI, R. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Em: VIVARTA, V. Mídia e Deficiência. Brasília: Andi/Fundação Banco do Brasil, 2003. p. 160-165.SILVA, L. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência. Revista Brasileira de Educação v. 11 n. 33, 2006. p. 424-561.VASCONCELOS, F. O trabalhador com deficiência e as práticas de inclusão no mercado de trabalho de Salvador, Bahia. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional n. 35 (121): 2010, p. 41-52.

X. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

BARTON, L. (org.) Discapacidad y sociedad. Madrid: Ediciones Morata/Fundación Paidéia,1998. NUERNBERG, A. H. Contribuições de Vigotski para educação de pessoas com deficiência visual. Psicologia em Estudo, v. 13, n. 2., 2008. p. 307-316.

Page 5: Ementa psicologia e pessoas com deficiencia

SACKS, O. Um antropólogo em Marte São Paulo: Companhia das Letras, 1995. SACKS, O. Vendo Vozes: Uma viagem ao mundo dos surdos. Companhia das Letras: São Paulo, 1998. VYGOTSKI, Lev S. Obras Escogidas V: fundamentos de defectologia. Visor, 1997.