em tempo - 29 de abril de 2012
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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPOTRANSCRIPT
ANO XXIV – N.º 7.637 – MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO – PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00
Até para executivos do PIM, carro na garagem é mais barato Funcionários graduados do Polo Industrial de Manaus
também pegam “carona” nos ônibus da rota da empresa. É mais barato duas vezes: não perdem tempo e economizam até R$ 800 com gasolina e manutenção. Economia B2
CGUpaga até R$ 12 mil
CARTÃO DE CRÉDITO
Receita mira nos ‘adicionais’
Vasco e Botafogo ‘se pegam’ para decidir 2º turno do Carioca
TAÇA RIO
Lance! 6 e 7
Procuradores não querem ser mais ‘eleitos’ pelo governador
INDEPENDÊNCIA
Política A8
ARTE SOBRE FOTO DE MILTON MICHIDA/AE
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Dia a dia C3
Registros indígenas aumentam no AM
IDENTIDADE
Economia B1
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A2 Opinião/Última Hora MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]
O governador Omar Aziz (PSD) está com difi culdade de encontrar um nome para assumir a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejus). Depois que Lélio Lauria deixou o cargo, no fi m do mês de março, o governador já conversou com duas pessoas, que não aceitaram assumir o cargo.
Lauria saiu após ver repercurtir na mídia fotos de detentos fazendo festa regada a cerveja e televisão na Unidade Pri-sional do Puraquequara (UPP) postadas em uma rede social. Ele passou nove anos na pasta. Na época, Lauria alegou que deixava a Sejus para seguir projetos pessoais.
Omar já informou que conversou com o ex-deputado estadual Lino Chíxaro, que não aceitou o convite, e mais uma pessoa, que pediu para não ser identifi cada publica-mente. Segundo o governador, as pessoas estão receosas em assumir essa “sinuca”. Ele prometeu para a próxima quinta-feira (3) conversar com uma terceira pessoa.
APLAUSOS
Governador tem difi culdade de encontrar nome para Sejus
SEPARADOSNo encontro do PMDB, na
última sexta-feira (27), o se-nador Eduardo Braga e o governador Omar Aziz che-garam ao evento sozinhos, em carros separados. Na en-trada, eram esperados pe-los deputados Silas Câmara (PSD), Marcos Rotta (PMDB), Francisco Souza (PSC) e pe-los vereadores Luiz Mitoso (PSD), Roberto Sabino (PRTB) e Mário Bastos (PRP).
FORA DA MESAO PT e o PCdoB não tinham
lugar à mesa do evento. Bra-ga, ao ser avisado por Omar, chamou João Pedro (PT) e Antônio Levino (PCdoB) para compor a mesa. O senador pediu desculpas e informou que o evento era informal e não tinha sequer cerimonial. “Vocês não se importam, por-que vocês são de casa”, disse, referindo-se aos representan-tes das duas siglas.
‘PRESIDENTA LULA’O deputado Belarmino Lins
(PMDB), ao discursar no even-to, chamou o ex-presidente
Lula de presidenta. Ao ser avisado da gafe por Eduar-do Braga, Belão tratou de emendar: “Desculpe, senador. Presidente Dilma”.
ARTICULAÇÃOFontes do Executivo infor-
maram que a exoneração do secretário da Semje, André Souza, na última quinta-fei-ra (26), foi articulada pelo subsecretário da pasta, Ro-drigo Guedes. Desde quando assumiu a pasta, em 2010, André minava as tentativas de trabalho de Rodrigo na secretaria e viviam em guerra civil declarada. Sem intenção de assumir a pasta, o subsecre-tário queria ver André fora.
DENÚNCIASAlém de ser acusado de não
ter cumprindo os projetos da Semje, André também enfren-tava uma enxurrada de denún-cias contra ele, que acabaram chegando ao prefeito Ama-zonino Mendes. Entre elas, a assinatura de convênios sem previsão orçamentária e o pa-trocínio a eventos particulares de igrejas.
Para o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que anunciou crédito de R$ 1 bilhão para o Nordeste.
Fernando Bezerra
VAIAS
Para o senador Demós-tenes Torres. Agora, escutas revelam que ele recebeu R$ 3 milhões de grupo do Cachoeira.
Demóstenes Torres
PROAMA EM FUNCIONAMENTOOutro projeto do governo que deve sair do papel é o
Proama. Omar Aziz informou que ligou para o prefeito Amazonino Mendes (PDT), na manhã da última sexta-feira (27), para uma conversa sobre o programa e obteve a garantia de que o Proama entrará em funcionamento nos próximos dez dias.
ABASTECIMENTOO governo tem tentando emplacar o Proama, para abaste-
cimento de água das zonas Norte e Leste, há alguns meses, mas tem esbarrado na resistência de alguns.
Caso de maus-tratos e racismo na Casa do Estudante da UEA foi denunciado pela indígena Marlem Sá na Delegacia de Polícia do município, esta semana
Universitária é vítima de racismo em Parintins
A acadêmica do 1º perí-odo do curso de bio-logia da Universidade Estadual do Amazonas
(UEA), Marlem Carneiro Sá, 20, denunciou na Delegacia de Po-lícia de Parintins (a 369 qui-lômetros de Manaus) ter sido vítima de maus-tratos e racis-mo na Casa do Estudante por parte de sua colega de quarto, Mariane Gonçalves, que cursa o último período do mesmo curso, e de seu namorado, o estudante de direito, Sebastião Gurgel Neto.
Marlem contou na delegacia que a hostilidade da colega decorre do fato de a mesma ser indígena. “Desde o primei-ro dia que eu fui transferida para esse quarto ela me trata mal e na segunda-feira ela saiu, trancou o quarto, levou a chave e eu tive que dormir na sala”, disse a estudante que é da etnia saterê-mawê, região do rio Andirá, município de Barreirinha.
O presidente da Casa dos Estu-dantes, Misael Rocha, confi rmou esse e outro incidente ocorrido envolvendo o estudante Sebas-tião Gurgel Neto. “Isso aconte-ceu. Nós, enquanto direção, já comunicamos o fato ao diretor da UEA, no município”, disse.
Marlem acredita que hostilidade ocorre pelo fato de ser indígena. Já Mariane nega ser racista
A estudante Mariane Gon-çalves, acusada de prática de racismo, negou o fato. Disse que nunca maltratou a colega e que a mesma dor-miu fora do quarto porque não providenciou uma cópia da chave. “Cada estudante tem a sua chave, ela fi cou quatro dias com a chave
e não tirou cópia. Naquela noite eu dormi fora. Foi isso, não sou racista, nunca tratei mal ninguém”. Já o namo-rado de Mariane, Sebastião Gurgel Neto, também negou a acusação.
O diretor da UEA em Pa-rintins, professor David Xa-vier, foi comunicado sobre
a ocorrência, ouviu a vítima na manhã da última quar-ta-feira, mas preferiu não dar declaração à imprensa. Segundo ele, todas as pro-vidências foram adotadas pela direção local, mas só quem poderia falar ou dar declarações sobre a UEA era a reitoria, em Manaus.
Acusada nega que seja racista
FOTOS: TADEU DE SOUZA
Projeto ‘Jaraqui’ éretomado
Trinta anos depois, o projeto “Jaraqui” retomou suas atividades ontem com uma primeira missão: coletar 20 mil assinatu-ras na tentativa de co-locar em pauta o projeto que extingue o auxílio-pa-letó na Câmara dos Vere-adores de Manaus (CMM). Sob polêmica, a propos-ta foi engavetada pela casa legislativa e deve ter suas discussões retoma-das somente após o pleito de outubro.
De acordo com o jor-nalista Paulo Onofre, que participa do projeto “Jara-qui”, o movimento social surgiu no período de regi-me militar e teve adesão de dezenas de professores universitários, além de es-tudantes que hoje atuam no Poder Executivo.
Onofre explicou que a “ressurreição” foi elabora-da a partir de uma conversa sobre a Marcha Contra à Corrupção, que ocorreu no último dia 21. Conforme o militante político, há necessidade de abrir uma agenda de debates com intuito de verifi car as de-mandas da cidade.
O professor universitário, Ademir Ramos, comentou que, sem vínculo a qual-quer partido ou religião, o projeto é um fórum aberto que deve ser utilizado por qualquer cidadão, em defe-sa da Amazônia e dos seus conterrâneos.
As assembleias popula-res do projeto devem ocor-rer aos sábados na praça Heliodoro Balbi, a praça da Polícia, Centro.
FÓRUM
Acidente em passagem de nível mata médica
A médica Luziane Maga-lhães, 34 anos, morreu ao coli-dir de frente com um ônibus de turismo, por volta das 5h deste sábado (28). As informações são do Instituto Municipal de Trânsito (Manaustrans). O aci-dente ocorreu na passagem de nível da avenida Darcy Vargas, Zona Centro-Sul .
Os primeiros levantamen-tos apontam que Luziane, que dirigia um automóvel
modelo Peugeot, teria ten-tado uma ultrapassagem, no sentido avenida Ephigênio Sales (antigo V8), quando bateu de frente com o ônibus que trafegava em sentido oposto. A médica morreu no momento do impacto. Se-gundo os dados do Manaus-trans, o trânsito nas proximi-dades do clube Sírio-Libanês ficou interditado por mais de uma hora.
DARCY VARGAS
Semmas apreende madeira na comunidade de Aruaú
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabi-lidade (Semmas) apreendeu 90 dúzias de madeira extra-ídas de forma ilegal, dos ti-pos cedro, cajuí, tintarana e cupiúba, no início da noite de sexta-feira. A mercadoria foi encontrada na comunidade de Aruaú e chegou à base fl uvial Rio Negro, da prefeitura, por volta da meia-noite e meia de ontem.
O diretor de fi scalização
da Semmas, Ricardo Maia, afi rma que o produto está avaliado em R$ 13,5 mil. “O responsável pela extração e pelo transporte ilegal da madeira foi autuado em 300 UFMs (Unidade Fiscal do Mu-nicípio), que corresponde hoje a R$ 21 mil. O infrator, Rai-mundo Barros, 36, tem 20 dias para recorrer, mas permanece como fi el depositário dos dois barcos envolvidos na ocorrên-cia”, explica.
90 DÚZIAS
A madeira apreendida em uma embarcação vinha para Manaus
HUDSON FONSECA
Propostapermitemedidor
A Câmara dos Deputa-dos analisa projeto de lei que permite ao consumidor instalar medidor particular para conferir seu consumo de água, luz, gás encanado e telefone. As informações são da Agência Câmara.
A proposta, de autoria do deputado Félix Men-donça Júnior (PDT-BA), visa permitir ao consumidor o controle sobre o uso dos serviços, independente-mente da existência de ou-tro medidor instalado pelo distribuidor ou prestador de serviços públicos.
O medidor particular de-verá ser aferido por órgão credenciado pelo Inmetro e as despesas com sua ins-talação serão pagas pelo consumidor.
O distribuidor ou fornece-dor dos serviços não poderá impedir ou difi cultar a insta-lação do equipamento, nem recusar-se a informar es-pecifi cações e informações técnicas requeridas pelo consumidor, para permitir a confrontação dos valores apresentados em conta.
A leitura dos serviços continuará sendo realizada com base nas informações obtidas pelos medidores instalados pelo prestador do serviço. Em caso de dú-vida na leitura do consumo, uma empresa credenciada pelo Inmetro fará uma perí-cia nos medidores. Se com-provada cobrança indevida, o consumidor terá direito à devolução do dobro do valor que pagou em excesso. Na hipótese de reincidência, o consumidor receberá dez vezes o valor pago.
ÁGUA
TADEU DE SOUZAEquipe EM TEMPO
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MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 A3Opinião
Editorial
Quem está na chuva pressupõe-se que se molhe, certo? Ou quem está no fogo que se queime, ok? Os dois lados dessas condições singulares e diferentes se encontram na mesma cidade: Manaus. Se por um lado as chuvas (e não são poucas) inundam as casas e desabrigam centenas de moradores, o fogo abrasa e, de igual modo, aos que se perdem nas águas, também desaloja as populações que se abrigam nas palafi tas que circundam a capital – que o diga a comunidade do Bariri. Mas, água e fogo se não se coadunam, um fenômeno anula o outro. Na prática, tanto quem está na chuva, quanto os assolados pelas chamas, choram suas perdas e não desejam acabar como começou esse texto: molhados ou queimados.
Nas ruas ou nas entradas das comunidades o clamor popular é latente e comovente. No fi nal da semana houve até uma cena em que duas crianças em prantos foram colocadas dentro de pneus e juntas se uniram às lamúrias de seus pais que pediam por socorro. Aquelas crianças sequer sabiam o porquê de estarem ali, mas fi zeram o coro dos desesperados. O incrível é que os policiais militares que não tinham nada a ver com a confusão, e só tentavam acalmar os ânimos exaltados, acabaram ouvindo o perjúrio dos rebelados. Nessa hora, é claro, não se vê um só engravatado, ou uma “bela” de saltos altos que acuda ao povo.
Pelo visto, essa gente que elege os seus comandantes, é silenciada por quem lhes dá as costas; e pouco, ou quase nada se faz para diminuir sua dor. Imagine se não fosse ano eleitoral e com eleições se avizinhando. Porque nesse país só se faz alguma coisa no estilo “toma lá, dá cá”. Mas, o que esses desvalidos podem oferecer como moeda de troca acontece apenas uma vez a cada quatro anos. A dor, no entanto, não tem hora para sinalizar, assim como ninguém consegue frear uma enchente ou prever um incêndio de grandes proporções. O jeito (lamentável) é chorar para ver se pelo menos com lágrimas as chamas do abandono podem ser apagadas. No mais é aguardar a chuva e o fogo se entenderem, tendo o povo como plateia.
Charge
Olho da [email protected]
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O PSDB, desde a posse do Lula, vem contribuindo muito com o Planalto. Primeiro porque votam a favor no Congresso, em projetos de interesse da sociedade. Diferente dos pe-tistas, radicais, que durante a gestão FHC jamais praticaram essa civilidade. Segundo, como oposição, inexiste, e o maior exemplo desta constatação é que não pediram o impeach-ment de Lula no caso do men-
o restante para investimentos em ferrovias de transporte de cargas. Se a presidente quiser dar um toque de efi ciência em seu governo, e propiciar desen-volvimento, deveria seguir a sugestão do bom administra-dor Serra, sem que tenha que se humilhar para sua base, e aliados para aprovar projetos.
Paulo Panossian,por e-mail
www.emtempo.com.br
Dejetos deixados por moradores no igarapé do 40 resultam neste cenário que você pode contemplar na imagem acima. Do pneu ao recipiente de limpeza, a sujeira reina absoluta
Quem viver, verá lágrima apagando as chamas
Com todos os olhos e ouvidos vol-tados para a CPI que promete abalar Brasília, não se deu a devida atenção a uma decisão tomada pela Comis-são de Constituição e Justiça da Câmara na última quarta-feira. Re-voltados com o “ativismo” do Supre-mo Tribunal Federal, os deputados resolveram exorbitar: autorizaram a tramitação de proposta de emenda constitucional que dá ao Congresso a prerrogativa de suspender atos do Poder Judiciário. Ou seja, em reação a uma presumida interferência da Justiça nas atividades do Legislativo dá-se um peteleco na Constituição com a sem cerimônia de quem vai ao bar da esquina.
Como bem observa o ministro Luiz Fux, do STF, “não é assim tão fácil”. A independência dos Poderes é cláusula pétrea da Constituição, o que signifi ca que para mudá-la de forma ao Legislativo ter o direito de desfazer atos do Judiciário, se-ria necessário convocar uma nova Assembleia Nacional Constituinte. E por que, então, discorrer sobre isso se o absurdo é assim tão evidente e a chance de prosperar aparente-mente nula? Justamente porque a nulidade é aparente. Existe chance de a proposta prosperar na Câmara se não se atentar para a completa falta de juízo da douta Comissão de Justiça. Um dos poucos, talvez o único, parlamentar a se posicionar contra, o deputado Chico Alencar previu: “Vai virar discurso de valoriza-ção do Legislativo”. Na opinião dele a proposta “é tão irracional e ilógica quanto popular aqui dentro”.
Precisa previsão. O autor da emen-da, deputado Nazareno Fonteles, faz exatamente esse discurso, alegando que o Judiciário não tem legitimi-dade para legislar e defendendo a tese de que o Legislativo “precisa ser o poder mais forte da República” por seu caráter representativo da sociedade. O leitor ouviu direito, ele
propõe a instituição do conceito de desequilíbrio entre Poderes. Volte-mos ao ministro Fux, que entende do riscado e explica o que se passa. Primeiro há o pressuposto da cláu-sula pétrea. “Em segundo lugar, se o Congresso está insatisfeito com o que chama de judicialização da política é preciso que seja informado sobre a impossibilidade de o Judi-ciário não se manifestar sobre os temas postos à sua consulta”.
Portanto, estamos bem entendi-dos até aqui: o Supremo não inventa debates nem levanta questões por iniciativa própria, apenas examina e se pronuncia sobre a constitucio-nalidade desse ou daquele assunto quando provocado a fazê-lo. E por que há tantas consultas ao tribunal? Aqui entra o terceiro ponto a ser esclarecido pelo ministro Luiz Fux: “Porque por sua própria estratégia política os parlamentares não en-frentam questões difíceis por receio de assumir eventual impopularidade decorrente dos confl itos que os te-mas encerram”.
Quer dizer, justamente por serem dependentes de votos, deputados e senadores se esquivam das polêmi-cas. E aí, o que ocorre? Criam-se os vácuos que o Judiciário, quando instado, é obrigado a preencher. O ministro Fux lembra que o Supremo não precisaria ter-se pronunciado a respeito, por exemplo, da interrup-ção da gravidez de feto anencéfalo, da união homoafetiva, das cotas para negros nas universidades, se o Congresso tivesse legislado so-bre essas matérias. Conclusão, suas excelências não precisam agredir a Constituição nem desconstruir a República para defender as prerro-gativas do Poder Legislativo: basta que não se acovardem diante de potenciais controvérsias e saiam da inatividade no lugar de reclamar do ativismo alheio, propondo soluções fáceis e equivocadas.
Dora [email protected]
Dora Kramer Jornalista, escreve
simultaneamente no jornal “O Estado de
S.Paulo”
A indepen-dência dos Poderes é cláusula pétrea da Constituição, o que signifi -ca que para mudá-la de forma ao Le-gislativo ter o direito de desfazer atos do Judiciário, seria neces-sário convo-car uma nova Assembleia Nacional”
A revolta dos inativos
salão. E agora o José Serra, em excelente artigo no “Estadão”, sugere a Dilma soluções sim-ples, que não precisam passar pelo Congresso, porém de gran-de envergadura para o país, e uma forma de seu governo fi nalmente apresentar algum resultado prático, porque até aqui somente as promessas é que ganham destaques.
Entre as medidas sugeridas por Serra, cito o da exigência
de formação profi ssional, para ocupar os 24 mil cargos ditos de confi ança, que hoje vergo-nhosamente são lotados por camaradas e aliados sem qua-lifi cação, e que na sua maioria estão por lá só para surrupiar o erário. Outra medida seria o de enterrar o maluco projeto do trem-bala que vai consumir R$ 65 bi, e utilizar 50% desses re-cursos para construção de me-trôs nas 10 maiores capitais, e
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ALBERTO CÉSAR ARAÚJO
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A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
O que ir-rompeu na cidade foi uma volta ao sagrado, que nem sem-pre é sadio, mas que não desapareceu, pelo contrá-rio, retoma o exorcismo, o esoterismo e também patologias religiosas”
Na ver-dade, as tecnologias sofistica-das cobram sempre um preço e infelizmen-te elas são primeira-mente usa-das, ava-liadas pelo conforto que propor-cionam”
João Bosco
Araújo
Não é de hoje que se questiona o papel da religião como necessário à sociedade. Já houve quem lhe jogasse nas costas os males da ignorância e da violência ou das desigualdades sociais. Recentemen-te, o arcebispo de Londrina, D. Orlando Brandes escreveu artigo que tem como título “A religião é indispensável”. Ele faz uma constatação. “Já preconizou-se o desaparecimento da religião, assim como se decretou que tudo o que é sa-grado, religioso e divino é superstição, é obsessão doentia, é medo da vida”.
O século 21 deveria ser o século da morte da religião, o século da increduli-dade. Tanto se falou da “cidade secular”. O que irrompeu na cidade foi uma volta ao sagrado, um sagrado que nem sem-pre é sadio, mas que não desapareceu, pelo contrário, retoma o exorcismo, o esoterismo e também patologias reli-giosas. Vemos que a religião precisa ser corrigida pela fé. Mário Vargas Llosa, prêmio Nobel de Literatura em 2010, escreveu que “a cultura não conseguiu substituir a religião porque é exata-mente a religião que confere sentido e tranqüilidade à existência. Segundo ele, dizer que a religião vai desaparecer é uma superstição”.
Na antiga União Soviética e na China, os governos tentaram construir uma sociedade sem religião, mas, eu vi com meus próprios olhos, organizaram rituais religiosos para visitas do povo às múmias de Lenin e de Mao Tsé Tung. Os escolares eram obrigados a submeterem-se ao silêncio, vênias e reverências. E ai de quem não seguis-se o cerimonial! Até a nós, visitantes, nos impuseram esse vexame. Quando se exclui Deus, coloca-se alguém ou alguma coisa em seu lugar. Chama-se a isso de religião de substituição. Sem Deus tornamo-nos reféns da ditadura da moda ou do consumismo. A religião, quando autêntica, combate o que a maioria aceita como normal mas não é, contradiz certezas tidas como infalíveis, dá coragem para resistir.
É preciso reconhecer que as religiões têm suas fraquezas, que devem ser vencidas através de um processo de conversão e pedido de perdão. Exis-tem denominações religiosas que são doentias, destrutivas e alienantes. Se não forem purificadas, causam enor-mes prejuízos à humanidade. Hoje se mata em nome de Deus, se enriquece em nome dos céus, se cometem crimes em nome do Altíssimo. Isso não deve e nem pode acontecer. De modo especial o cristianismo, em suas várias expressões, só tem valor se for expressão autêntica de fé. A hipocrisia tenta fortemente as pessoas devotas e convém lembrar a guerra feita por Jesus contra os fariseus, justamente por isso.
“A contribuição, que a religião pode oferecer ao mundo moderno, não está no moralismo, mas nos valores, na con-fiança em Deus, na beleza e na alegria da vida, na abertura para o que é di-ferente. Deus segura o mundo em suas mãos. Eis nossa alegria e segurança. O amor e o bem trazem alegria e isso nos encoraja e incentiva a recomeçar”, conclui D. Orlando Brandes.
PainelRENATA LO PRETE
Trecho do inquérito da Polícia Federal sobre o esque-ma de Carlinhos Cachoeira mostra um diálogo ocorrido em julho do ano passado entre Demóstenes Torres (GO) e Gleyb Ferreira, auxiliar direto do empresário, no qual o senador fornece o endereço do seu apartamento funcional em Brasília para receber uma encomenda. “Tô com um negocinho para entregar, queria ver com o senhor onde quer que eu leve”, diz Gleyb.
Demóstenes dá as coordenadas da residência do Senado e agenda o encontro: “Vem lá pelas 15h”. Se-gundo a PF, o “negocinho” tratado na conversa eram R$ 20 mil que chegariam às mãos do senador.
Bolada No inquérito, a PF relata conversa entre Cachoeira e Cláudio Abreu, ex-diretor da empreiteira Delta, em que falam sobre pagamentos a Demóste-nes e dizem que “o valor total repassado a ele foi de R$ 3,1 milhões”.
Contatos O grupo trata ainda de negócios no Dnit, braço rodoviário do Mi-nistério dos Transportes, e revela preocupação com o então diretor do órgão Luiz Pagot. Cachoeira cita o senador Blairo Maggi (PR-MT): “Blairo mandou falar que não tem nada não. Blairo que manda nele”.
Toga No relatório da PF há várias menções a minis-tros de tribunais superio-res. Demóstenes diz nego-ciado votos favoráveis no STJ e cita encontros com Gilmar Mendes e José To-ff oli, do STF. Outro membro do grupo cita Guilherme Caputo, do TST.
Tentáculos Os diálogos também mostram a atua-ção de Demóstenes para tentar levar uma empresa farmacêutica do grupo de Cachoeira para montar fá-brica em Santa Catarina. O contato do senador, segun-do a PF, é Ênio Branco, atual secretário de Comunica-ção do governo.
Imagem Escolhido para chefiar a CPI, o senador Vital do Rego (PMDB) pediu para trocar a cadeira da presidência. “Se você é pequeno, nessa cadeira fica menor ainda”.
O rio... A bancada do Nordeste encaminhou abai-xo-assinado para o Planalto pedindo a permanência de Guilherme Almeida na pre-sidência da Codevasf, em-presa de desenvolvimento do vale do São Francisco.
... é nosso O movimen-to, liderado pelo senador Benedito de Lira (PP-AL), conseguiu o apoio de 37 deputados e 19 senado-res. Almeida, funcionário de carreira da empresa há mais de 30 anos, ocupa a vaga interinamente desde o início do ano.
Nó PT e PSB brigam pela vaga. Após perder o comando da Petrobras e do Ministério do Desen-volvimento Agrário, Jaques Wagner (BA) quer indicar o comando do órgão. “A Pe-trobras vale por dez minis-térios”, reclama um aliado do governador petista.
Não saio O MTST (Mo-vimento dos Trabalhado-res Sem Teto) afirma que o governo Agnelo Queiroz (PT-DF) vai despejar as 400 famílias que ocupam terreno da empresa Terra-cap em Ceilândia, batiza-da de “Novo Pinheirinho”, desde o dia 21.
Sinal vermelho O mo-vimento afi rma que Agne-lo vai provocar a “versão petista do massacre”, como chamam a reinte-gração de posse da área invadida em São José dos Campos (SP). A invasão no DF ocorreu depois que o governo Agnelo cancelou 400 bolsas-aluguel.
Tiroteio
O Acre é terra de planície. Aqui não tem cachoeira, só rios de água limpa e cristalina. A JM atua no Estado muito antes de a Delta aparecer, e nunca hou-ve nenhum problema.
Contraponto
Ministro Garibaldi Alves (Previdência) se esforçava, na última quinta, para achar um lugar na lotada sessão de “Pela primeira vez”, documentário sobre a transição entre os governos Lula e Dilma, quando foi abordado por um fotógrafo, que brincou se ele não teria vontade de voltar a presidir o Senado, já que ainda tem mandato.– Quando o senhor vai voltar para o Senado?Garibaldi, primo do candidato à presidência da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), devolveu:– Pare com isso. Quer matar meu primo do coração?
Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”
DO GOVERNADOR TIÃO VIANA (PT-AC), que nega infl uência de empresas ligadas à Delta Construções e ao esquema de Carlinhos Cachoeira no Estado. A JM Terraplanagem, que atua no Acre, é citada em diálogo interceptado pela PF.
Estou no comitê local e trabalhando muito para que seja
a melhor organi-zação de todos os
tempos. Tentaremos mostrar ao mundo
que não só jogamos bem futebol, mas
que também sabe-mos organizar um
Mundial
Gilberto Dimenstein, num dos comen-tários que costuma fazer pela manhã na rádio CBN, falava em um novo chip que deverá em breve acompanhar os medi-camentos, sob a forma de uma cápsula que, engolida no início do tratamento, sempre que uma dose deixar de ser to-mada, fará uma ligação para os celulares do paciente e do médico, para avisar da interrupção do tratamento.
A informação, pelo menos na minha despretensiosa e desatualizada cabeça, de imediato suscitou várias dúvidas e al-guns questionamentos. Primeiramente e no plano mais natural, o escatológico, pergunto-me se a tal cápsula, depois de deglutida, não será logo eliminada. Depois, vem-me à mente o fato de que um chip que é capaz de efetuar ligações telefônicas para o “exterior”, necessa-riamente estará emitindo radiações de micro-ondas, semelhantes às de um forno desse tipo, embora bem mais fracas, mas, mesmo assim, fortemente suspeitas de serem capazes de causar malefícios à saúde humana. Pelo menos, todos vimos as advertências que cientis-tas nos fazem quanto ao uso excessivo dos telefones celulares e até mesmo quanto à conveniência de frequentemen-te alternarmos o ouvido utilizado.
Na verdade, as tecnologias sofistica-das cobram sempre um preço e infeliz-mente elas são primeiramente usadas, avaliadas pelo conforto que proporcio-nam e que geralmente nos levam a adotá-las, para bem mais tarde começarem a ser revelados os seus efeitos deletérios e isso quando interesses econômicos não levam a camuflá-los.
Assim foi com os alimentos “fast food”, que apareceram como moda compatível com a velocidade da vida moderna, até sinal de status, para mais tarde reve-larem-se perigosos inimigos da saúde de todos nós.
Quando os Raios X foram descobertos e sua utilização dominada, os médicos dificilmente faziam um diagnóstico sem o embasamento radiográfico, às vezes por insegurança, outras vezes para as-sim parecerem modernos. Foi necessário algum tempo para que se conhecessem os riscos produzidos pelo excesso de ra-diação, tanto para os pacientes, quanto para os operadores da aparelhagem.
Os dermatologistas, de algum tempo para cá, passaram a perceber certos malefícios causados às peles das pes-soas que cada vez mais se expõem às chamadas lâmpadas frias, sucessoras das de filamento.
Muitos cientistas já alertam para as alterações moleculares que a irradia-ção dos fornos de micro-ondas produz na constituição íntima dos alimentos, com prováveis efeitos maléficos sobre a saúde dos usuários, que têm sido aler-tados para fazer uso moderado dessa geringonça.
Enfim, é preciso estar alerta para o que sai das cabeças e dos laboratórios dos nossos esforçados cientistas, que necessitam sempre criar coisas novas para oferecê-las ao insaciável mercado consumidor, e só bem depois conhecer todo o alcance e todos os efeitos delas decorrentes.
Da tecnologia, seu avançoe implicações extravagantes
A religião é indispensável para a vida em sociedade
‘Negocinho’
A grande família
FrasesEstávamos preservando muito o ex-presi-dente até aqui, mas ele está se sentindo
recuperado, disposto a colaborar, e anunciou essa disposição
Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, ao afi rmar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou ontem “à disposição” para que sua campanha
“pudesse contar com ele”.
A gayzice faz parte do Batman. Não estou falando em gay num sentido pejorativo. É
óbvio que enquanto personagem fi ctício ele é heterossexual, mas a base do conceito é
absolutamente gay
Grant Morrison, roteirista de HQs de Batman há mais de 20 anos, em entrevista à revista
“Playboy” americana. Para Morrison, esse é um dos motivos para
tantas pessoas gostarem do Batman.
Ronaldo, ex-jogador de futebol e conselheiro do Comitê Organizador
Local (COL), sobre a Copa 2014.
Diretor-executivo do Amazonas EM
TEMPO
Dom LuizSoares Vieira
Arcebispo de Manaus
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MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 A5Política
Líder Braga quer inserir AM na gestão de DilmaO senador completou 46 dias como líder do governo federal no Senado e quer avançar nos compromissos para o Estado
Líder do governo Dilma Rousseff (PT) no Se-nado, coordenador da bancada do Amazonas
no Congresso Nacional, líder do PMDB na casa, além de ser presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado e dirigente regional do partido, o senador Eduardo Braga destacou que os postos alcançados no cenário nacio-nal, em especial a liderança do Executivo federal, cargo que ocupa há um mês e meio, o credenciam a articular junto à presidente Dilma, a inser-ção do Amazonas dentre as prioridades da gestão dela. A declaração foi feita em entre-vista exclusiva ao EM TEMPO, no último dia 27.
Para Braga, o relacionamen-to dele com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a atual chefe do Executivo nacional, foi um dos fatores que o permitiram deflagrar sua influência até à liderança do Senado e, por este meio, conseguir a prorrogação da Zona Franca de Manaus (ZFM) até 2023 e a aprovação da re-solução 072/2010, que unifica em 4% as alíquotas do Impos-to sobre Circulação de Merca-dorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais aos produtos importados.
“Vou inserir o Estado nas discussões nacionais com ar-ticulação e muita relação com a presidente, fortalecendo cada vez mais esse elo da pre-sidência com o Amazonas. É importante a gente entender que, se, conseguimos tantas vitórias nos últimos anos, foi devido a nossa relação com o Lula e a presidente Dilma. Foi assim que conseguimos prorrogar a ZFM e foi assim que garantimos a oportuni-dade de trabalho, emprego e renda com a aprovação
da resolução 072, acabando de uma vez por todas com a guerra fiscal que estava penalizando o trabalhador amazonense”, comemorou.
O senador observou ain-da que, a apresentação de propostas que beneficiem o Amazonas, se dá em um am-biente formado por políticos experientes, no qual há expo-sições em defesa de diversos interesses. “O Senado é uma casa política onde estão todas as matizes do pensamento e da política brasileira. Lá estão ex-presidentes, ex-ministros, ex-governadores e ex-pre-feitos de capitais. Portanto existe um clima muito maduro para que você possa fazer
uma articulação política em um outro patamar”, disse.
Compromisso federalBraga antecipou que Dilma
assumiu um compromisso com ele e com o governa-dor Omar Aziz (PSD), de im-plementar mais 36 escolas de Tempo Integral no Estado, visando dar continuidade à política educacional de “tempo integral”, implanta-da no Amazonas.
Ele adiantou que a presidên-cia deverá colocar um satélite sobre o Amazonas. “Vamos co-locar um satélite geoestacio-nário sobre o Estado, avanço que promoverá maior esclare-cimento ao povo do interior e mais acesso”, disse
INFLUÊNCIAEduardo Braga acredi-ta que o relacionamen-to dele com o ex-pre-sidente Lula e Dilma Rousseff foi um dos fatores que permitiram deflagrar sua influência até à liderança do Se-nado, que hoje ocupa
MEG ROCHAEquipe EM TEMPO
O senador afirma que o apoio do o ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, abriu novas conquistas ao Estado
Aliados políticos de Bra-ga, Omar e a senadora, Va-nessa Grazziontin (PCdoB), por outro lado, desconfiam da integralidade do discur-so “em defesa do Amazo-nas”, declarado pelo líder no Senado. Ambos acredi-tam que o senador, como líder de um governo federal, defende, prioritariamente, as reivindicações provin-das desse governante a quem representa na casa.
“Nem sempre o Eduar-do, como líder do gover-
no poderá fazer o que o Amazonas esperar. Agora ele é líder de um gover-no e tem de defender os interesses da Dilma, que nem sempre são os do Amazonas”, observou.
Já Vanessa, durante uma entrevista numa emissora local, disse que “o senador, pela nova posição que ocu-pa, não está mais lutando pelas conquistas do Esta-do. Quem está fazendo isso agora sou eu e com muito mais intensidade”.
Em defesa do governo Dilma
PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO
JOSÉ CRUZ/ABR
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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
ES: esquema lucrou R$ 50 milhões em 90 dias
Investigação da Polícia Federal no Espírito San-to estima que em apenas noventa dias a compra e venda de terrenos em Pre-sidente Kennedy propor-cionou lucros de mais de R$ 50 milhões ao esquema desbaratado pela operação “Lee Oswald”. Terrenos fo-ram comprados a preço de banana um pouco antes de serem anunciados investi-mentos públicos na região. As áreas eram ainda super-valorizadas pela concessão de incentivos fi scais às empresas que as comprassem.
Lucro espetacularA ZMM Empreendimentos,
com assessoria da BK, do ex-secretário da Fazenda José Teófi lo, lucrou R$ 15,6 mi-lhões em dez dias, diz a PF.
Negócio da ChinaNesse negócio, a ZMM ven-
deu por R$ 27,9 milhões, em 4 de agosto de 2008, uma área pela qual havia pago R$ 12,3 milhões em 25 de julho.
VoracidadeEm poucos dias, o grupo
investigado pela PF negociou 29 áreas em Presidente Ken-nedy, no total de 18,3 milhões de metros quadrados.
SóciosSegundo o inquérito da PF,
o ex-secretário José Teófi lo seria sócio do ex-governa-dor Paulo Hartung (PMDB) na consultoria Econos.
Ex teme calote em divór-cio com o ‘dono’ do PR
A socialite paulista Maria Christina Mendes Caldeira mostra que ex-mulher é mes-mo para sempre: ela entrou com liminar na Justiça para garantir 50% dos bens na parti-
lha do seu rumoroso divórcio do deputado Valdemar da Costa Neto (SP), “dono” do PR. Maria Christina pediu à Receita Fe-deral que rastreie aplicações, móveis e imóveis, contas ban-cárias e declaração de renda dos últimos cinco anos.
NeopetistaÀ Câmara, em 2005, a ex
de Valdemar o envolveu numa “caixinha” de Taiwan para a campanha de Lula. Há meses, disse que entraria no PT.
Código de enigmasPara o ruralista Zé Silva
(PDT-MG), o polêmico novo Código Florestal até parece com outro bem mais compli-cado: o Código da Vinci.
Amigos de MorfeuNo Senado ninguém fi cará
insone com CPIs: até 2016 estão garantidos os serviços do Instituto do Sono de Bra-sília, por R$ 300 mil.
Rainha do TwitterA argentina Cristina Kirch-
ner está bombando no Twit-ter: tem um milhão de segui-dores entre os 40 milhões de argentinos. Já a brasileira Dilma tem 1,2 milhão de se-guidores e nossa população soma 194 milhões.
ImpunidadeO araponga Idalberto Araú-
jo, o Dadá, foi indiciado em 2007 na CPI das Escutas Telefônicas, mas não teve qualquer punição. Para Luiz Pitiman (PMDB-DF), “ele só aumentou o passe. Foi con-tratado por Cachoeira”.
DistânciaA deputada Íris de Araújo
(PMDB-GO) garante não ter recebido ligação do governa-dor de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), pedindo-lhe apoio: “Eu sou a última pessoa a quem ele
ligaria. Haja óleo de peroba!”.
Déja vuDo senador Sérgio Pete-
cão (PSD), sobre denúncias envolvendo o PT no Acre com esquemas de Carlos Cacho-eira: “O governo se trancou, os caras comandam tudo, são poderosos, e paladinos da moralidade”.
Machu PichuEx-marido de Marta Suplicy,
o argentino Felipe Belisário (“Luiz Favre”) ainda assessora o presidente peruano Ollanta Humala, apesar dos protestos. Ele tem sido alvo de piadinhas nos jornais locais.
Boxe e políticaO deputado Acelino Popó
(PRB-BA) divide as atividades legislativas em Brasília com treinamento de boxe. Ele se prepara para enfrentar o in-victo Michael Oliveira, dia 2 de junho, em Punta Del Este, no Uruguai.
Pedra no caminhoAlém da pressão para re-
duzir danos, a CPI do Cacho-eira também vai enfrentar o pedido da quebra de sigilo dos investigados, que o STF decide. E no “direito constitu-cional de permanecer calado” do depoente.
Assim é, se lhe pareceCondenado na CPI, o Ecad
agora diz que o objetivo das investigações foi justificar a criação de entidades pú-blicas fiscalizadoras do Es-critório e “garantir o calote das emissoras de rádios e TV inadimplentes”.
Pensando bem...... se Cachoeira se considera
preso político, como disse a mulher dele, em breve terá direito à anistia do Ministério da Justiça
PODER SEM PUDOR
Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS
Jornalista
Memória curta
www.claudiohumberto.com.br
Ele está pronto pra luta, pra tudo”
MINISTRO GILBERTO CARVALHO (SECRE-TARIA-GERAL) sobre o futuro do ex-presidente Lula
Foi uma surra memorável. Candidato a vice-governador na chapa de Virgílio Távora em 1958, o ex-prefeito de For-taleza, Acrísio Moreira da Rocha, não tinha o direito de esquecer aquela sova cívica. Mas esqueceu. Anos depois, numa entrevista, ele garantiu que jamais havia sido derrotado nas urnas.
- E a eleição de 58? – insistiu o repórter inconveniente.
Acrísio não perdeu a pose:- Como é que eu poderia ganhar levando nas costas um piano pesado como Virgílio?
Nem se fosse guindaste...
O governador tem declarado que no mês de maio deverá iniciar as conversas políticas sobre a sucessão municipal
Omar Aziz deve iniciar articulações após dia 7
O governador Omar Aziz (PSD) anunciou que no início da próxima semana, a
partir do dia 7 de maio, vai co-meçar as articulações dentro do PSD e siglas aliadas para as eleições municipais de 2012 na capital amazonense.
Aziz garantiu que o PSD terá participação nas eleições da capital, ainda sem defi nir se lançará candidato ou se apenas apoiará outras candidaturas. No interior o apoio será do governo, com incentivos apenas para que a população escolha quem ele
acredita que seja melhor para o seu município, pois segundo ele, se o governo entrasse apoiando uma pessoa seria desigual. “Aqui vou participar porque moro aqui, mas no interior vou deixar que a população escolha seu candi-dato”, disse.
Para Omar respeitar a von-tade da população faz com ela possa cobrar do executivo e, também contar com a aju-da do governo para a imple-mentação de melhorias para o interior, como em Carauari, em que está construindo uma estrada de 14 quilômetros, onde os produtores de açaí poderão escoar a produção e assim poder aumentar de 140
toneladas para 600 toneladas. “Para melhor desenvolver essas ações, precisamos da participa-ção do gestor de cada cidade do interior”, explicou.
O vice-governador José Melo (PMDB) adiantou que o PSD, por ser um partido aliado, a sua vontade é que os interesses dos duas legendas sejam conciliadas.
“Se tivesse que falar da mi-nha vontade pessoal, eu diria que onde nós pudermos con-ciliar os interesses do PMDB, com o PSD, será ótimo para os dois partidos”, revelou. Os aliados se encontraram num evento do PMDB, na última sexta-feira em Manaus.
Governador tem evitado falar de eleições municipais, mas garantiu que em maio inicia conversas
João Pedro quer o PT no processoO presidente regional do PT,
o ex-senador João Pedro, ex-ternou, na última sexta-feira, durante a “miniconvenção “do PMDB, organizada pelo sena-dor Eduardo Braga, a vontade de que a legenda tenha can-didatura própria.
Nesse fi nal de semana, o Par-tido dos Trabalhadores (PT) reuniu cerca de 500 delegados da legenda, para defi nirem se o partido terá candidatura própria ou se apoiará o pré-candidato de outra legenda, para a sucessão na Prefeitura de Manaus.
“A minha vontade é que o PT tenha candidatura própria porque nos ajudaria a fazer uma bancada, além de termos tempo de propaganda de te-levisão e rádio para isso. Mas a escolha tem de ser demo-crática”, argumentou.
Se o partido apoiar a candi-datura “puro sangue”, rompe-se o arco de aliança de susten-tação do governo do Estado, podendo levar as eleições até para um segundo turno.
“É uma engenharia boa, temos de manter uma rela-ção saudável com os partidos
aliados, mas também temos de ter autonomia para tomar nossas decisões”, defendeu João Pedro.
Entre os pré-candidatos do partido estão o deputado fe-deral Francisco Praciano, o deputado estadual Sinésio Campos, que atualmente é o líder do Executivo estadu-al na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), além do deputado estadual José Ricardo Wendling, que des-ponta como uma alternativa. Entretanto, o grupo ainda não possui um discurso afi nado.
ELEIÇÕES 2012
GIOVANNA CONSENTINI
MOARA CABRALEquipe EM TEMPO
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MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 A7Com a palavra
O doutor Chaves me ofendeu por telefone, foi afastado da Justiça Elei-toral (...). Não foi promovido em razão de problemas administra-tivos, que indicavam não cumprir com suas funções”
Sempre digo que a eleição é baseada em legitimidade, mas temos duas entra-das: a legi-timidade da maioria, que é o voto e a legitimidade da ética, que é a obediên-cia às regras das eleições”
Às vésperas de assumir pela primeira vez o cargo de presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), o desembargador Flávio Humberto Pascarelli, 54, afir-ma estar preparado para o maior desafio de sua carreira jurídica: promover uma elei-ção tranquila e organizada. Responsável pelo pleito mu-nicipal de 2012, o desembar-gador, que foi aclamado pela corte eleitoral a presidente do órgão, no último dia 16, pro-mete fazer uma gestão demo-crática no biênio 2012-2014. O magistrado se diz avesso a “bajulações” e “rasgação de seda”, e, por isso, confessa que seu trabalho no meio jurídico já lhe rendeu inimigos, mas afirma que sempre atuou de forma justa e coerente nas ações em que assumiu.
Mestre em direito, professor universitário e ex-presidente da Associação de Magistrados do Amazonas, Pascarelli rece-beu a equipe do EM TEMPO em seu gabinete no tribunal, e em uma conversa franca disse que não guarda mágoa de ninguém e que seus problemas processuais com o ex-prefeito de Manaus, Serafim Corrêa e com o juiz Cláudio Chaves são fatos superados. “Meu foco agora é fazer uma gestão de-mocrática, onde todos tenham vez e voz”, revela.
EM TEMPO - O senhor de-verá assumir a presidência do TRE na próxima semana. E promete implantar um es-tilo democrático na gestão do tribunal. Como será feito esse trabalho?
Flávio Pascarelli - Não será um trabalho diferente, mas tenho outro estilo de exercer as funções. Entre as nossas prioridades, preten-demos conversar mais com a imprensa, advogados e com os servidores. Ouvir as dificuldades de todos. Não teremos grandes mudanças estruturais ou criação de cargos porque somos depen-dentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas claro que irei realizar pequenas mu-danças de funcionários no gabinete e colocar a minha equipe de confiança, sempre priorizando os servidores da casa. Vamos trabalhar com uma corte unida, altamente técnica e com membros qua-lificados, pois temos um qua-dro preparado e com grandes profissionais da área, assim também como no Ministério Público Federal (MPF) e no setor de advogados do TRE.
EM TEMPO - A gestão atual foi marcada por
restrições no acesso da imprensa à informações e processos públicos e insa-tisfação de parte dos servi-dores com a administração. Como o senhor pretende mudar esse quadro?
FP – Vamos fazer uma ges-tão de portas abertas. Nos-sa primeira meta será ouvir. Vamos chamar a imprensa, advogados e funcionários para saber quais as princi-pais dificuldades de cada um. Queremos montar uma sala aqui no prédio do TRE para a imprensa, com equipamen-tos adequados onde os pro-fissionais possam trabalhar de forma mais organizada. Queremos oferecer também à imprensa um curso de téc-nicas jurídicas, pois percebo uma dificuldade muito grande de informações relacionadas aos termos jurídicos. Também queremos dar mais acesso público às decisões que serão tomadas no tribunal.
EM TEMPO - Sua eleição é a primeira das quatro mudanças que a corte deve enfrentar este ano. Três membros do tribunal ainda terão seus biênios encerra-dos às vésperas do início do processo eleitoral. Como o TRE se prepara para essas mudanças?
FP – No que diz respeito ao aspecto administrativo da eleição deste ano, tudo já foi preparado pela ex-presidente Graça Figueiredo. Eu devo pre-parar a eleição para governa-dor, em 2014. Em questão à nova formação da corte, darei uma atenção especial, apesar de saber que todos que virão compor o quadro têm conhe-cimento suficiente para tomar direções. Não vejo problema algum nessa mudança. Claro que, lamentamos a saída de alguns por conta da convi-vência com o colegiado, mas tenho certeza que os substi-tutos estarão à altura.
EM TEMPO - O senhor assume um mandato em ano de eleição e enfrenta um desafio para estar com todos os processos julgados até outubro. Atu-almente quantas ações es-tão no TRE?
FP – Não tenho o número de processos que ainda fal-tam ser julgados, mas temos a consciência de que esse assunto precisa ser tratado com prioridade. Já conver-samos com nossos pares e estamos dando celeridade a processos de futuros candi-datos, e também estamos exigindo isso dos nossos juí-zes. Atualmente, temos mais de 60 comarcas em todo o Amazonas e apenas 30 juízes. Já conversamos com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ama-
zonas (TJAM), João Simões, que se comprometeu a enviar juízes da capital para o interior, e assim poderemos nomear novos juízes eleitorais. Temos problemas graves em Maués, onde há três processos ainda não julgados; em Manacapuru, e, principalmente em Coari, onde nenhum juiz quer atuar na comarca daquele município.
EM TEMPO - No período em que o senhor esteve como corregedor do tribu-nal determinou a criação do “Manual de Práticas Cartorárias da Corregedo-ria Regional Eleitoral do Estado do Amazonas”. Que mudanças esse documento uniformiza?
FP - Estabelece uma rotina da prática judiciária e dados cartoriais. Queremos padroni-zar para melhorar e cada servi-dor que chegue para trabalhar no cartório terá uma rotina fixa. E isso ajudará muito na celeridade dos trabalhos.
EM TEMPO - O senhor já foi relator de ações contra o prefeito Amazonino Men-des, ex-deputados estadu-ais, e até governadores. Como o senhor analisa a política atual?
FP – Não parto do pressu-posto de que todo político vio-la as regras. Sempre digo que a eleição é baseada em legitimi-dade e temos duas entradas: a legitimidade da maioria, que é o voto, e a da ética, que é a obediência às regras das eleições. Hoje, não basta o candidato ter a maioria dos votos. Ele também precisa ter ética. Eu sempre exami-no todas as possibilidades de manutenção de um mandato, e só votei pela cassação de algum político quando todas as esferas de possibilidades foram esgotadas.
EM TEMPO - Alguns mu-nicípios do Amazonas estão suspeitos de “inchaço” irre-gular de eleitores, aumen-tando os indícios de fraude no cadastro eleitoral. Como a corte pretende combater esses atos?
FP – Infelizmente, muitos municípios passam por essa problemática. Essa questão agora faz parte da atuação da nova corregedoria e estare-mos acompanhando esse tra-balho. Quando estava como corregedor do tribunal, reali-zei com uma equipe inspeção em Manacapuru, e chegamos à conclusão da existência de altos índices de fraudes. En-contramos cadastro de eleitor cujo endereço que constava no TRE era da casa de um político da cidade. Fizemos a reconta-gem de eleitores do município e remetemos esses dados ao TSE, mas essa recontagem da esfera nacional não acontece
em ano de eleição. Porém, tenho esperança de que o TSE abra uma exceção e faça esse procedimento até o fim de setembro. O eleitor também precisa ficar atento a isso e colaborar com a melhor quali-dade de uma eleição honesta. Fui o primeiro relator a aplicar a Lei da Ficha Limpa no TRE e serei o primeiro presidente em que essa lei estará em pleno vigor em uma eleição.
EM TEMPO - Este ano o senhor vai comandar uma eleição que terá como um dos principais candidatos, Serafim Corrêa, espécie de desafeto responsável por sua saída do posto de coordenador das eleições de 2004. Naquela ocasião, Serafim o acusou de fazer parte de uma empresa que teria negócios com o gover-no estadual, que apoiava o adversário de Serafim. Como está essa situação atualmente?
FP - Isso foi uma infor-mação equivocada. O Sera-fim sugeriu que eu não teria como gerir a eleição porque tinha um centro de estudos, que poderia contratar com o governo. E isso criou um fato político e, para evitar maiores problemas, eu pedi minha saída do centro. Acre-dito que essa situação está superada. Depois disso par-ticipei de dois julgamentos em que Serafim foi réu e não teve nenhum problema.
EM TEMPO - O juiz Luiz Cláudio Cabral Chaves lhe acusou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de tê-lo vetado duas ve-zes a uma promoção no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) por causa, segundo ele, de um desentendimento pesso-al entre vocês. Como se defende disso?
FP - Na verdade, ele re-correu a uma decisão do tribunal. O doutor Chaves me ofendeu por telefone, foi afastado da Justiça Eleito-ral e está respondendo a um procedimento por isso. Ele não foi promovido na época em razão de proble-mas administrativos em que indicava que o magistrado não cumpria corretamente com suas funções.
EM TEMPO - Durante esse período de carreira jurídica o senhor colecio-nou inimigos?
FP – Da minha parte, não. Mas, não tem como um juiz não ser mal interpretado por alguns. Muitas pessoas não gostam de decisões que to-mamos no meio jurídico e levam isso para um lado pes-soal. Eu não costumo sair de um trabalho com inimigos.
Flávio PASCARELLI
‘NOSSA gestão SERÁ democrática’
Não será um trabalho diferente, mas tenho outro estilo de exer-cer as funções. Entre as nossas prioridades, pretendemos conversar mais com a imprensa, advogados e com os servidores. Ouvir a difi-culdade de todos. Não teremos grandes mu-danças estruturais ou criação de cargos”
ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO
FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO
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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
MPE-AM defende eleição interna sem lista tríplice Proposta tem como base movimento nacional que defende a independência do órgão, dos Poderes Executivos do Brasil
Os membros do Mi-nistério Público que-rem mudar a Consti-tuição Federal para
ter o direito de eleger, sem interferência do governador do Estado ou da Presidência da República, o procurador-geral de Justiça. A iniciativa partiu do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em 2009, mas está mobilizando pro-motores e procuradores em todo o país no movimento denominado “Por um Minis-tério Público Independente”. O objetivo dos promotores é convencer os parlamen-tares do Congresso Nacio-nal a aprovarem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2009 que prevê a alteração ao artigo 128 da Constituição Federal. Atual-mente, os membros do órgão ministerial elegem uma lista tríplice que é enviada para análise do governador do Es-tado. O chefe do Poder Execu-tivo pode escolher qualquer um dos três nomes, independente do número de votos.
Com a nova redação, os membros dos Ministérios Públicos dos Estados pode-
rão escolher seu procurador-geral dentre os integrantes de carreira, mediante elei-ções internas. O escolhido será nomeado pelo chefe do Poder Executivo para man-dato de dois anos, permitida a reeleição.
No Amazonas, o movimento já vem ganhando adeptos. A adesão começou pelos promo-
tores, mas já atingiu os procu-radores que participaram das duas últimas listas tríplices para o órgão ministerial.
O procurador-geral de Jus-tiça do MPE-AM, Francisco Cruz, disse apoiar a iniciativa e explicou que além da PEC 31/2009, existem ao menos outras 20 ações voltadas para a independência do Ministério
Público. “Esse movimento não é novo, mas vem ganhando fôlego a cada ano. O ideal é que a própria classe escolha seu representante”, afirmou.
Eleição diretaNa lista tríplice em 2008,
Cruz foi o mais votado com 74 votos, mas não foi o escolhido pelo então governador, Eduar-do Braga (PMDB), que optou pelo terceiro colocado, o ex-procurador Otávio Gomes, que ficou dois anos na função.
Em 2010, investido do cargo de procurador-geral do MPE-AM, Otávio Gomes tentou a reeleição e, na votação in-terna ficou em primeiro lugar na lista tríplice, enviada ao governador Omar Aziz (PSD). Mas, a história foi diferente: apesar de ter sido o mais votado, o chefe do Executivo Municipal escolheu Francisco Cruz o novo procurador-geral de Justiça.
Se a eleição direta no ór-gão já estivesse valendo, Otávio Gomes seria recon-duzido ao cargo. “É prati-camente unânime o apoio à proposta de que o mais votado passe a administrar a instituição sem necessi-dade de elaboração de lista tríplice”, disse Gomes.
CAMILA CARVALHOEquipe EM TEMPO
EMENDAMovimento já encon-trou eco no Congresso e os procuradores e promotores de Justiça querem a aprovação da PEC 31/2009, que alte-ra o artigo 128 da CF, possibilitando a inde-pendência do Executivo
O movimento “Por um Ministério Público Inde-pendente” ganhou perfil em uma rede social e manifes-tações de apoio de promo-tores e da população em geral, além de estar sendo registrados um abaixo-as-sinado em um site especia-lizado em petições públicas. As ações estão sendo ar-ticuladas pela Associação Nacional dos Membros
do Ministério Público (Co-namp), que informou já ter conseguido mais de 10 mil assinaturas só este mês.
Em um documento intitu-lado “Carta de São Paulo”, entregue aos congressistas, representantes da Conamp argumentaram que “a inde-pendência e a autonomia, garantias imprescindíveis para o pleno e fiel desem-penho das funções conferi-
das ao chefe da instituição, ficam comprometidas com o sistema atual de esco-lha, na medida em que o procurador-geral é o ‘pro-motor natural’ do chefe do Poder Executivo estadual, nos casos de improbidade administrativa ou prejuízo ao erário”. “Fica claro que o eventual investigado es-colhe seu investigador”, cri-ticam os promotores.
Ação já tem 10 mil assinaturas
Na mesma esteira, procu-radores de contas foram ao Congresso Nacional entre-gar a “Carta de Brasília” para a presidente em exercício do Senado, Marta Suplicy (PT-SP) e para o presiden-te da Câmara, Marco Maia (PT-RS), solicitando apoio do Legislativo para que o Ministério Público de Con-tas (MPC) tenha autonomia funcional, administrativa e financeira do Tribunal de Contas dos Estados.
O presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Contas (CNPGC), Geraldo Camino, esclare-ceu que a “luta” pela auto-nomia não tem o objetivo de atingir os tribunais de contas. “A nossa autonomia garante a defesa dos tribu-
nais preservando, assim, o seu funcionamento correto, a transparência e a harmo-nia do sistema”, garantiu.
Atualmente, apenas os MPCs dos Estados de Ro-raima, Pará e Alagoas tem autonomia funcional, ad-
ministrativa e financeira dos respectivos tribunais de contas.
Na avaliação da presiden-te da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (ANMPCON), pro-curadora do MPC do Ama-zonas, Evelyn Freire, não se pode admitir que a atua-ção independente e impar-cial dos procuradores seja comprometida pelo acesso a materiais elementares ao funcionamento de qualquer repartição pública. “Não podemos atuar e conviver com ameaças de despejo, supressão de pessoal de apoio cedido pelas cortes de contas, restrição de prer-rogativas para obtenção de documentos e até mesmo restrições”, desabafou.
MPC também quer ‘liberdade’
MOBILIZAÇÃOProcuradores do Minis-tério Público de Contas foram ao Congresso entregar a “Carta de Brasília” para a presi-dente em exercício do Senado, Marta Suplicy e para o presidente da Câmara, Marco Maia
Procurador-geral, Francisco Cruz, foi ‘escolhido’ por Omar
ARQUIVO EM TEMPO/FRANCISCO CRUZ
O ex-procurador-geral explicou ainda que caso a mudança seja consentida pelo Congresso, o MP do Amazonas deve enca-minhar um projeto à Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), para alterar a Lei Orgânica do órgão, no parágrafo que prevê a lista tríplice. “É em efeito cascata, se aprovar lá (Congresso), nós temos de modificar aqui (Aleam). Um órgão essencial à Justiça pre-cisa estar livre de qual-quer amarra ou inter-ferência do Executivo”, defendeu Gomes.
O promotor Paulo Stélio Sabá, que tam-bém integrou a lista trí-plice de 2010, defendeu a PEC 31/2009 para que a escolha do pro-curador-geral da insti-tuição reflita o desejo dos membros do MPE e demonstre democracia e independência dentro da instituição.
Em agosto, o MPE-AM deverá realizar eleições internas para a escolha do novo pro-curador-geral para os próximos dois anos.
Ministério precisa ter autonomia
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EconomiaCa
dern
o B
[email protected], DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 (92) 3090-1045
Com carona, economia de até R$ 800
Economia B2
Emprestar cartão PODE CUSTAR CAROEmbora seja boa a intenção, quem empresta cartão de crédito pode enfrentar problemas como calote e até com o fi sco
Embora seja um ato no-bre ajudar os parentes, os titulares do cartão de crédito precisam observar alguns cuidados. A econo-mista Izabel Seabra afi rma que o primeiro ponto a ser observado é com o Impos-to de Renda. Nesse caso, a pessoa deve evitar não mostrar que possui gastos acima do padrão de renda para não se implicar em futuros problemas com a Receita Federal.
Outra questão essencial é o perigo com o calote. Se-gundo a especialista, quem empresta se coloca como “cre-dor de risco”, que
assume o ônus de pagar toda a dívida se acontecer o calote. “O dono do cartão não possui, nesse caso, ne-nhum tipo de documento que comprove que aquela dívida não é dele. Difi cilmente, ele vai provar na Justiça que ele não fez a compra efetuada por terceiros”, alerta.
DicasComo solução, a espe-
cialista dá duas dicas:
colocar a pessoa de “con-fi ança” como adicional - uma vez que depois de seis meses, ao criar o lastro de crédito, o dependente já po-derá ter seu próprio cartão -, e a outra é reduzir o nú-mero de pessoas para quais emprestar o cartão e limitar as parcelas para no máximo quatro prestações. “Com-partilhar o cartão cria uma situação incômoda porque o titular passa a cuidar da saúde fi nanceira das outras pessoas, algo que resulta
em perda de tempo e no aumento do nível
de estresse na vida delas”, enfatiza a economista.
Contribuinte de olho nos perigos
Receita Federal. Outra questão essencial é
o perigo com o calote. Se-gundo a especialista, quem empresta se coloca como “cre-dor de risco”, que
saúde fi nanceira das outras pessoas, algo que resulta
em perda de tempo e no aumento do nível
de estresse na vida delas”, enfatiza a economista.
terem, fazemos a intimação e depois cobramos a diferença, fora as multas que o sonega-dor terá que pagar. A pessoa tem que ser criteriosa no uso do cartão para que os gas-tos sejam compatíveis com o que ela declarou”, afi rma o delegado da Receita Federal no Amazonas, Alzemir Alves de Vasconcelos.
Apesar dos ris-cos, nem
sempre a máxima de que “ne-gócios são negócios, família à parte” faz efeito. Na hora de ajudar os parentes, há quem não se recuse, mesmo à frente dos riscos.
Uma empresária de 50 anos, que pediu para não se identifi -car, empresta quatro dos sete cartões que possui para pelo menos 15 pessoas, a maioria da família, incluindo, nove dos dez irmãos, sobrinhos e até para amigos mais íntimos.
Ela garante que juntos, os “agregados” movimentam quase R$ 30 mil em seus cartões. “Empresto os car-tões porque confi o nos meus familiares. Apesar de me des-cabelar todo mês para montar o mapa dos gastos e fazer a cobrança, nunca tive pro-blema”, salienta. Quanto ao fi sco, ela é taxativa. “Nunca declarei e nem cai ainda na malha fi na”, acrescenta.
Bancar o “paizão” ou a “mãezona” na hora de emprestar o car-tão de crédito é uma
prática que requer cuidados para evitar problemas que podem levar à restrição de crédito, dores de cabeça com o fi sco e até mesmo o aumento do estresse para aquele que só quer “ajudar o próximo”.
Especialistas ouvidos pelo EM TEMPO alertam que com-partilhar o dinheiro de plás-tico, algo bastante comum entre as famílias brasileiras, precisa de critérios que devem ser observados para impedir constrangimentos no futuro.
Uma das principais preocu-pações é com o Imposto de Renda. Isso porque a Receita Federal não distingue quem faz as compras. Na hora de cobrar, o fi sco vai para cima do titu-lar do cartão, que deve declarar sua movimentação quando essa é superior a R$ 5 mil.
“A Receita faz o cruza-mento com os dados for-necidos pe-los bancos. Se não ba-
INVESTIGAÇÃOReceita alerta que faz o cruzamento de dados fornecidos pelos ban-cos. Caso não estejam compatíveis é feita a intimação e a cobrança da diferença declarada. Orientação ao contri-buinte é ter cautela
Unidos pelo dinheiro de plásticoOs irmãos Arafat e Hali-
mi Mouas, além dos laços de parentescos, são uni-dos pelo cartão de crédito. Os dois compartilham o dinheiro de plástico, que está no nome do empre-sário, tanto na hora de investir na empresa de utensílios de plásticos em que são sócios, como para o uso pessoal.
Eles garantem que a convivência é pacífi ca e baseada na confi ança
mútua. “Uso o cartão do meu irmão de
forma ilimitada. Ele confi a tan-to em mim que nem me cobra.
Às vezes, ele nem quer que eu pague. Além do mais, sou eu quem controlo os gastos e comunico quan-to é preciso pagar”, explica Halimi Mouas.
Segundo Arafat, 10% de tudo o que é comprado no cartão foi adquirido pela irmã. Quanto ao Imposto de Renda, o empresário afi rma não se preocupar, pois garante que ele e a empresa estão em dia com o fi s-co. “Os gastos são compatíveis com meus rendimen-tos e da fi rma”, ressalta.
Irmãos Arafat e Halimi compar-tilham o mesmo cartão de crédito, mas dizem não ter problemas nem com o fi sco
ANWAR ASSIEquipe EM TEMPO
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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
O saudoso professor Aziz Ab’Sáber, o decano dos geó-grafos do país, antes de partir em março último, cantou a bola do fiasco legal em que transformaram – por conta de uma leitura vesga e revanchis-ta dos legisladores - o código florestal brasileiro. Ele consi-derava os “avanços” de 2012 bem atrás do código florestal de 1965. Como levar a sério um texto que não considera o zoneamento físico e ecológi-co de todo o país e deixa de lado a importância da bio e etnodiversidade da paisagem no sentido da interatividade e da sustentabilidade que a sã geografia recomenda? Como respeitar um código que pre-coniza, indistintamente, as mesmas abordagens para o bioma amazônico, a caatinga nordestina e o cerrado do Bra-sil Central, com suas respec-tivas e específicas demandas cult urais e socioeconômicas? Por essa indiferença traves-tida de ignorância sistêmica, aliada à estreiteza do revan-
chismo político, foi aprovado um código vesgo, oportunista e imediatista, portanto, burro. Um trato superficial da ques-tão ambiental que desassos-sega o país e o mundo – que começa a desembarcar por aqui, pra debater, 20 anos depois, a encruzilhada climá-tica e geopolítica da relação homem e natureza que põe em risco a sobrevivência do fator humano no planeta.
O código aprovado, longe de ser florestal, é instrumental no sentido do pragmatismo econômico dos negócios de ocasião. E se os agronegó-cios do país são a galinha dos ovos de ouro da vez, do jeito que estão colocadas as novas ferramentas jurídicas, os dividendos auferidos serão distribuídos e, tomara, carco-midos pelo cipoal de ações judiciais que irão produzir. A ambiguidade proposital dos preceitos espalhou inseguran-ça legal e multiplicidade de interpretações no tratamen-to de ecossistemas especiais
como os manguezais, várzeas, áreas de inundação, os igapós, encostas e topos de morros, terras caídas e por aí (não) vai. Ao dissociar desenvolvimento e sustentabilidade, os deputa-dos aloprados atestaram o ta-manho da própria insensatez e total descompromisso com a s futuras gerações, entre as quais - descuidaram de considerar - se incluem seus aderentes e descendentes.
Os cientistas estrangeiros – convidados para a Rio+20 - que vão acessar o código aprovado irão indagar as ra-zões pelas quais os cientistas e planejadores locais foram ignorados nas discussões e en-caminhamentos do arcabouço legal ambiental, especialmen-te aqueles que se destacaram na Conferência da ONU em 1992 e que, de lá pra cá, influenciaram fortemente as conferências sobre o clima, na proposição dos mecanis-mos universais de desenvolvi-mento limpo. Meio ambiente tem a ver com demografia e
monitoramento da produção, consumo e natalidade, numa relação essencial e indissoci-ável. Nesta semana, a Royal Society, a academia inglesa de Ciências, soltou um alerta dramático sobre o consumo excessivo dos países ricos e o vertiginoso crescimento popu-lacional dos países periféricos. Como compatibilizar as de-mandas demográficas com a sustentabilidade da produção sem atentar para os parâme-tros ambientais de médio e longo prazos? Como planejar sem visão de totalidade, inter-disciplinaridade e perspectiva de médio e longo prazo?
Toda a brasilidade, no sen-tido e extensão geofísico e sociocultural do conceito, agora, ficou refém do discer-nimento de uma pessoa, a presidente, a quem compete aprovar ou vetar, na íntegra ou em partes, este arcabouço legal que deveria nortear a mediação do desenvolvimen-to com o meio ambiente. A proteção das matas ciliares,
para dar um exemplo, tem a ver com a qualidade da água ( ou seja, da vida e do clima) e a conservação da biodi-versidade, fatores essenciais e vitais para a produção de alimentos com a aquicultura e de medicamentos, nutrien-tes, resinas e cosméticos dos bio-negócios, com o banco genético aqui disponível. O Zo-neamento Econômico e Ecoló-gico do país ficou a caminho, descuidado pelo imediatismo oportunista do lucro rápido e negligência socioambiental crônica, que gera a riqueza sem perenidade nem atenta para as vantagens permanen-tes da prosperidade social. Uma nação que não se vê, e descuida da peculiaridade de sua identidade e deman-das, não pode se habilitar ao assento da sustentabili-dade inteligente e responsá-vel que vai descrever o perfil das novas civilizações, como recomendava, antes de nos deixar desolado, o professor Aziz Ab’Sáber.
Alfredo MR Lopes [email protected]
Alfredo MR Lopes
Filósofo e consultor ambiental
O código aprovado, longe de ser florestal, é instrumental no sentido do pragma-tismo eco-nômico dos negócios”
Código vesgo
Com carona, a economia pode chegar até R$ 800Funcionários do distrito poupam o dinheiro que gastariam com gasolina do veículo próprio para pegar carona nas rotas
Chegar ao trabalho dirigindo o carro próprio pode até ser sinônimo de status,
mas com o trânsito agitado e o preço da gasolina “salga-do”, funcionários do Distrito Industrial de Manaus aprovei-tam a carona da rota das em-presas e deixam o “possante” na garagem. No fim do mês, a economia com o transporte pode chegar a R$ 800.
A assistente técnica Ana Rita Brandão, 58, durante a semana, sai de casa, no bairro Cidade Nova, na Zona Norte, para ir trabalhar na Refina-ria Isaac Sabbá (Reman), no distrito, na Zona Sul. Des-de o início do ano, quando comprou um carro “zero”, ela optou por deixar o veículo na garagem para ir de rota ao trabalho e fugir dos buracos que tomam conta das ruas da área industrial.
Ana Rita diz que só com a gasolina ela economiza R$ 200, por semana, fora o que deixa de gastar com a ma-nutenção. “Vou de carro ao trabalho apenas em situa-ções especiais. Os ônibus da empresa, além de gratuitos, são confortáveis e seguros”, afirma, ao ressaltar que usa as economias com supermer-cado e salão de beleza.
A jornalista Geanne Fernan-des, 27, há dois meses decidiu trocar o conforto do veículo próprio pelas poltronas da condução da empresa. Ela enfatiza que aderiu a rota da empresa pela comodidade e, principalmente, pela eco-nomia que tem ao deixar o carro em casa.
Na ponta do lápis, entre ga-solina e manutenção Geanne garante que chega a “poupar” até R$ 450, por mês.
ANWAR ASSIEquipe EM TEMPO
O presidente do Conse-lho Regional de Economia (Corecon-AM), Ailson Re-zende, destaca que deixar o carro em casa para ir de condução nos ônibus de rota da empresa é uma prática comum no parque industrial.
Segundo o especialista, as pessoas que moram mais longe do distrito são
as que mais economizam, porém, ele ressalta que, por outro lado, há um ônus pes-soal maior para quem mora nas partes mais distantes da área fabril. “Quem mora longe terá que acordar cedo para entrar antes na rota e ainda ficará por último na volta, pois a rota começa nos cantos mais distantes da empresa”, avalia.
Opção para quem mora longeEnquanto alguns traba-
lhadores já se decidiram, outros estudam a possibili-dade de “encostar” o carro para aderir ao transporte da empresa na hora de ir ao trabalho.
A relações públicas da prestadora de serviços M&A, Simone Barros, 28, pensa em pegar “carona” para chegar ao emprego
depois que precisou de-sembolsar R$ 350, este mês, em peças de manu-tenção.
Se todo mês ela pagasse esse valor com a manuten-ção mais o que gasta com gasolina para ir trabalhar, o prejuízo mensal com o veículo seria de R$ 800.
“Penso em optar em ir de rota pelo menos duas vezes na
semana para diminuir os cus-tos com o carro. A rua onde tra-balho está cheia de buracos. São tantos que desviamos de um, mas caímos em outros dois”, ironiza a profissional, ao salientar que só não trocou o carro pela rota na hora de ir ao trabalho, porque precisa do veículo para frequentar três aulas semanais do curso de inglês.
Funcionários planejam mudança
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B4 Economia B5MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Recurso que move a mola do PIMSó no primeiro trimestre deste ano, indústrias do polo local solicitaram do BNDES R$ 34 milhões, montante 36% superior ao mesmo período de 2011
Dispostas a executar projetos no Polo In-dustrial de Manaus (PIM), empresas lo-
cais elevaram em até 36,5% a demanda por crédito junto ao Banco Nacional do De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES). Só no pri-meiro trimestre deste ano, a indústria amazonense foi responsável pela fatia de R$ 34 milhões, enquanto no mes-mo período do ano anterior o valor “abocanhado” foi de R$ 24,9 milhões.
De acordo com a insti-tuição fi nanceira, 173 ope-rações foram realizadas no primeiro trimestre deste ano no PIM, das quais as indús-trias do setor metalúrgico e produtos responderam por 35 contratações linhas de fi nanciamento. Em seguida vieram as empresas do ramo de bebidas e alimentícios (26), têxtil e vestuário (16), material de transporte (11) e celulose e papel (10).
“O aumento na busca por fi nanciamentos ocorre em razão dos planos que essas empresas têm para se forta-lecer. O crédito tem servido para tirar do papel projetos
de ampliação e diversifi ca-ção”, explica o gerente execu-tivo do Centro Internacional de Negócios do Estado do Amazonas (CIN-AM), José Marcelo Lima.
Ainda segundo o CIN, entida-de que presta informações ao empresariado sobre as linhas de crédito do BNDES no Ama-zonas, o fi nanciamento dispo-nibilizado pelo banco pode ser empregado na ampliação da indústria, construção, aquisi-ção de máquinas e veículos uti-lizados nos projetos a serem desenvolvidos. “Além disso, o recurso pode ser fi nanciado em até 60 meses, ou seja, cinco anos e taxas de juros aplicadas que giram em torno de 7,5%”, ressalta Lima.
Com momento favorável ao acesso das linhas de fi -nanciamento, a instituição fi nanceira pretende ampliar sua participação no Amazonas ainda neste ano, conforme o gerente. “No mês de junho haverá um seminário para es-treitar a relação do BNDES com as empresas locais. No evento serão abordadas as formas de acessar as linhas de crédito, os prazos de pa-gamento, taxas de juros e as os fi nanciamentos disponíveis para todos os setores econô-micos”, adianta.
RICHARD RODRIGUESEquipe EM TEMPO
Embora o BNDES não faça projeção de desembolso re-gional, o aporte previsto para este ano é de R$ 150 bilhões para todo o país, montante que pode ser reajustado de acordo com as necessidades reais da demanda. Caso a estimativa se confi rme, o recurso deverá superar em 7,9% o valor registrado no acumulado de 2011, quando o fi nanciamento de projetos somou R$ 139 milhões.
O banco anuncia, ainda, que incentiva os investi-mentos, por meio de ini-ciativas como o Programa de Sustentação do Inves-timento (PSI), com taxas atrativas para a compra de máquinas e equipamen-tos. O programa, que foi lançado em 2009, foi prorrogado até de-zembro de 2013 e amplia também os prazos de pa-gamento dos fi nanciamen-tos disponí-veis, além de reduzir a taxa de juros e o a u m e n t o dos níveis
de participação máxima.
TaxasConforme o BNDES, no
fi nanciamento de máquinas e equipamentos as taxas de juros caíram de 8,7% ao ano para 7,3% ao ano para as grandes empresas. Já para as micro, pequenas e médias empresas (MPMES) o por-centual anual esta-belecido caiu de 6,5% ao ano
para 5,5% ao ano. Nas linhas de exportação, que também podem ser acessadas pelo empresariado manauense, o prazo de pagamento do crédito para exportações foi ampliado de 24 meses para 36 meses, com taxa de juros em 9% para grandes empre-sas e 7% para MPMES.
Outra iniciativa que tam-
bém atende o PIM é o PSI Projetos Transformadores, que fi nancia com taxa de 5% ao ano e prazo de até 144 meses investimentos que criem capacidade tec-nológica e produtiva em se-tores de alta intensidade de conhecimento e engenharia. O foco do subprograma é incentivar a produção de bens que ainda não são fa-
bricados no país.
Investimento de R$ 150 bilhões ‘em caixa’
acumulado de 2011, quando o fi nanciamento de projetos somou R$ 139 milhões.
O banco anuncia, ainda, que incentiva os investi-mentos, por meio de ini-ciativas como o Programa de Sustentação do Inves-timento (PSI), com taxas atrativas para a compra de máquinas e equipamen-tos. O programa, que foi lançado em 2009, foi prorrogado até de-zembro de 2013 e amplia também os prazos de pa-gamento dos fi nanciamen-tos disponí-veis, além
centual anual esta-belecido caiu de 6,5% ao ano
bens que ainda não são fa-bricados no país.
No ano passado, o BNDES destinou para o Amazonas R$ 880,4 mi-lhões em financiamentos. Do montante aplicado no Estado, R$ 127,2 milhões foram empregados na in-dústria local.
No período, a indústria mecânica foi a que mais acessou as linhas de cré-dito do banco e recebeu
R$ 29,8 milhões, enquanto as empresas de alimentos e bebidas obtiveram R$ 15,5 milhões em crédi-to. Em seguida vieram as indústrias metalúrgicas e fabricantes de produtos (R$ 11,6 milhões), segui-das pelas empresas extra-tivas (R$ 5,6 milhões) e de material de transporte (R$ 4 milhões).
Desembolso do BNDES em 2011
Para concretizar projetos no PIM, empresas locais contrataram R$ 10 milhões a mais no primeiro trimestre de 2012 em relação a 2011
Setor de bebidas respondeu por 26 contratações no BNDES
ACERVO SUFRAMA
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HO
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Recurso que move a mola do PIMSó no primeiro trimestre deste ano, indústrias do polo local solicitaram do BNDES R$ 34 milhões, montante 36% superior ao mesmo período de 2011
Dispostas a executar projetos no Polo In-dustrial de Manaus (PIM), empresas lo-
cais elevaram em até 36,5% a demanda por crédito junto ao Banco Nacional do De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES). Só no pri-meiro trimestre deste ano, a indústria amazonense foi responsável pela fatia de R$ 34 milhões, enquanto no mes-mo período do ano anterior o valor “abocanhado” foi de R$ 24,9 milhões.
De acordo com a insti-tuição fi nanceira, 173 ope-rações foram realizadas no primeiro trimestre deste ano no PIM, das quais as indús-trias do setor metalúrgico e produtos responderam por 35 contratações linhas de fi nanciamento. Em seguida vieram as empresas do ramo de bebidas e alimentícios (26), têxtil e vestuário (16), material de transporte (11) e celulose e papel (10).
“O aumento na busca por fi nanciamentos ocorre em razão dos planos que essas empresas têm para se forta-lecer. O crédito tem servido para tirar do papel projetos
de ampliação e diversifi ca-ção”, explica o gerente execu-tivo do Centro Internacional de Negócios do Estado do Amazonas (CIN-AM), José Marcelo Lima.
Ainda segundo o CIN, entida-de que presta informações ao empresariado sobre as linhas de crédito do BNDES no Ama-zonas, o fi nanciamento dispo-nibilizado pelo banco pode ser empregado na ampliação da indústria, construção, aquisi-ção de máquinas e veículos uti-lizados nos projetos a serem desenvolvidos. “Além disso, o recurso pode ser fi nanciado em até 60 meses, ou seja, cinco anos e taxas de juros aplicadas que giram em torno de 7,5%”, ressalta Lima.
Com momento favorável ao acesso das linhas de fi -nanciamento, a instituição fi nanceira pretende ampliar sua participação no Amazonas ainda neste ano, conforme o gerente. “No mês de junho haverá um seminário para es-treitar a relação do BNDES com as empresas locais. No evento serão abordadas as formas de acessar as linhas de crédito, os prazos de pa-gamento, taxas de juros e as os fi nanciamentos disponíveis para todos os setores econô-micos”, adianta.
RICHARD RODRIGUESEquipe EM TEMPO
Embora o BNDES não faça projeção de desembolso re-gional, o aporte previsto para este ano é de R$ 150 bilhões para todo o país, montante que pode ser reajustado de acordo com as necessidades reais da demanda. Caso a estimativa se confi rme, o recurso deverá superar em 7,9% o valor registrado no acumulado de 2011, quando o fi nanciamento de projetos somou R$ 139 milhões.
O banco anuncia, ainda, que incentiva os investi-mentos, por meio de ini-ciativas como o Programa de Sustentação do Inves-timento (PSI), com taxas atrativas para a compra de máquinas e equipamen-tos. O programa, que foi lançado em 2009, foi prorrogado até de-zembro de 2013 e amplia também os prazos de pa-gamento dos fi nanciamen-tos disponí-veis, além de reduzir a taxa de juros e o a u m e n t o dos níveis
de participação máxima.
TaxasConforme o BNDES, no
fi nanciamento de máquinas e equipamentos as taxas de juros caíram de 8,7% ao ano para 7,3% ao ano para as grandes empresas. Já para as micro, pequenas e médias empresas (MPMES) o por-centual anual esta-belecido caiu de 6,5% ao ano
para 5,5% ao ano. Nas linhas de exportação, que também podem ser acessadas pelo empresariado manauense, o prazo de pagamento do crédito para exportações foi ampliado de 24 meses para 36 meses, com taxa de juros em 9% para grandes empre-sas e 7% para MPMES.
Outra iniciativa que tam-
bém atende o PIM é o PSI Projetos Transformadores, que fi nancia com taxa de 5% ao ano e prazo de até 144 meses investimentos que criem capacidade tec-nológica e produtiva em se-tores de alta intensidade de conhecimento e engenharia. O foco do subprograma é incentivar a produção de bens que ainda não são fa-
bricados no país.
Investimento de R$ 150 bilhões ‘em caixa’
acumulado de 2011, quando o fi nanciamento de projetos somou R$ 139 milhões.
O banco anuncia, ainda, que incentiva os investi-mentos, por meio de ini-ciativas como o Programa de Sustentação do Inves-timento (PSI), com taxas atrativas para a compra de máquinas e equipamen-tos. O programa, que foi lançado em 2009, foi prorrogado até de-zembro de 2013 e amplia também os prazos de pa-gamento dos fi nanciamen-tos disponí-veis, além
centual anual esta-belecido caiu de 6,5% ao ano
bens que ainda não são fa-bricados no país.
No ano passado, o BNDES destinou para o Amazonas R$ 880,4 mi-lhões em financiamentos. Do montante aplicado no Estado, R$ 127,2 milhões foram empregados na in-dústria local.
No período, a indústria mecânica foi a que mais acessou as linhas de cré-dito do banco e recebeu
R$ 29,8 milhões, enquanto as empresas de alimentos e bebidas obtiveram R$ 15,5 milhões em crédi-to. Em seguida vieram as indústrias metalúrgicas e fabricantes de produtos (R$ 11,6 milhões), segui-das pelas empresas extra-tivas (R$ 5,6 milhões) e de material de transporte (R$ 4 milhões).
Desembolso do BNDES em 2011
Para concretizar projetos no PIM, empresas locais contrataram R$ 10 milhões a mais no primeiro trimestre de 2012 em relação a 2011
Setor de bebidas respondeu por 26 contratações no BNDES
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B6 País MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Povos indígenas de países latino-americanos desafiam fronteiras e se articulam, até por meio das redes sociais, contra grandes obras na floresta
Tribos amazônicas unem forças pela preservação
Desafiando as frontei-ras nacionais, indí-genas de países la-tino-americanos se
articulam na oposição a obras que afetam seus territórios e a políticas transnacionais de integração. Com o auxílio de tecnologias modernas e de conexões históricas, índios de diferentes grupos buscam unificar posições em organi-zações internacionais, como a Organização das Nações Uni-das (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA). Experiências bem-sucedidas por toda a América Latina em disputas com governos e empresas também vêm sendo compartilhadas.
“Estamos mapeando todas as conquistas dos nossos po-vos indígenas no continente para aproveitarmos as expe-riências deles aqui no Brasil”, disse o coordenador-geral da Coordenação das Organiza-ções Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marcos Apurinã. “Nossos problemas são praticamente idênticos aos dos indígenas dos outros países”. Essa aproximação é liderada pelas grandes orga-nizações indígenas nacionais e por movimentos regionais, como a Coordenação das Or-ganizações Indígenas da Ba-cia Amazônica (Coica), que
agrega grupos do Equador, Bolívia, Brasil, Colômbia, Guia-na, Guiana Francesa, Peru, Su-riname e Venezuela. Além de manter filiados informados sobre assuntos envolvendo indígenas, a Coica tem pro-movido reuniões que discutem formas de pressionar os go-vernos a demarcar territórios, recorrer a organismos inter-nacionais para fazer valer os direitos e o impacto de gran-des obras nas comunidades tradicionais.
Aldeia globalTashka Yawanawá, líder da
Associação Sociocultural Ya-wanawá, que atua no Acre, mantém um blog e usa a internet para fazer videocon-ferências com países vizinhos. Ele disse ter conversado pelo Skype com índios peruanos sobre como as comunidades tradicionais podem se bene-ficiar dos “serviços ambien-tais”, como o plantio de ervas medicinais e a preservação em seus territórios. O tema foi debatido em encontro nas Filipinas. Segundo Tashka, a humanidade hoje vive “numa aldeia global em que tudo está conectado”. “Não podemos mais fugir do homem branco, da tecnologia. Temos que nos atualizar, nos preparar para encarar esse novo mundo”.
ANTONIO CRUZ/ABR
O presidente da Federa-ção Nativa do Rio Madre de Dios e Afluentes (Fena-mad), movimento indígena do departamento (Estado) peruano de Madre de Dios, Jaime Corisepa, disse te-mer um agravamento das condições caso os próxi-mos projetos de integração
saiam do papel. Um deles é o acordo energético que prevê a construção de seis hidrelétricas no Peru para abastecer o mercado bra-sileiro. Protestos fizeram o governo suspender o acor-do, que só vigorará após as comunidades tradicionais serem consultadas.
Preocupação das organizações
Indígenas reunidos na praça dos Três Poderes, em Brasília
MinC investe R$ 373 mi para incentivar a leitura
O Ministério da Cultura (MinC) anunciou, na última semana, investimentos de R$ 373 milhões para o Pla-no Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) para este ano. Os recursos deverão ser empregados na cons-trução e revitalização de bibliotecas; contratação de agentes de leitura e na rea-lização de feiras e festivais de literatura. As ações serão coordenadas pela Fundação Biblioteca Nacional.
O governo quer incentivar que o brasileiro desenvolva o gosto pela leitura e, com isso, as pessoas tenham uma visão mais crítica e uma ampliação do conhecimento. “Um brasileiro que lê, cresce mais, e o Brasil cresce junto”, disse a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Segundo a última edição da pesqui-sa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Insti-tuto Pró-Livro no dia 28 de março, 75% dos brasileiros
nunca frequentaram uma biblioteca.
Do total de recursos, R$ 254 milhões serão desti-nados para bibliotecas em ações como implantação de bibliotecas com telecentros; em bibliotecas do Espaço Mais Cultura e na constru-ção e reforma de bibliote-cas-parque e bibliotecas de referência e comunitárias, além da implantação, revi-talização e modernização de bibliotecas municipais.
O MinC vai investir R$ 56 milhões para a formação de mediadores de leitura. A intenção é dobrar o número de agentes de leitura para atuar com as famílias de baixa renda.
Cerca de R$ 8 milhões vão para a ampliação dos acervos e formação de bi-bliotecários e funcionários de 2.700 bibliotecas mu-nicipais e comunitárias de 1.500 municípios em todos os Estados.
CULTURA
ALEX RODRIGUES/ABR
Monitores se fantasiam para fazer leitura de livro infantil
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B7MundoMANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Um novo estilo de fotógrafos de guerra, utiliza iPhones para mostrar o dia a dia dos soldados americanos, que podem ser vistos pelas famílias na internet
Fotógrafos mostram os bastidores do Afeganistão
Uma mulher posta no Facebook um pedido: quer a última foto que viu de seu ma-
rido, um soldado americano enviado ao Afeganistão em 2010. O apelo é feito a um coletivo de fotógrafos, o Ba-setrack, que, por seis meses, teve autorização do exérci-to para acompanhar um de seus batalhões. Com iPhones, o coletivo registrou o cotidia-no de cerca de mil soldados e postou centenas de fotos no Facebook. Criou, assim, uma espécie de novo estilo de fotografia de guerra - e também um canal de comuni-cação entre os soldados e suas famílias. Um dos fundadores do grupo, o fotógrafo hún-garo Balazs Gardi, retratou mulheres afegãs de burca em um campo de refugiados de Cabul a um soldado americano carregando um peru abatido, durante uma das operações do batalhão. Em comum, as fotos têm algo da saturação de cores típica de imagens feitas com iPhone (e traba-lhadas com seus incontáveis filtros). A escolha da câmera do iPhone 4 é por estar dentro de um sistema completamen-te vedado, a câmera do iPhone é a única que resiste à poeira fina do Afeganistão, segundo o húngaro.
Um soldado americano carregando um peru para ser abatido no Dia de Ação de Graças
Gardi tem como parcei-ro Teru Kuwayama. Eles já tinham se encontrado em 2004 no Afeganistão, acom-panhando por semanas um batalhão e decidiram se unir. Um capitão que conheciam havia sido promovido a ma-jor e, em 2010, convidou a dupla para acompanhar seu batalhão. “Pensamos:
“Não vamos tentar mais, faremos nossa própria pu-blicação. Seguiremos mil soldados, por seis meses’”. Eram quatro, às vezes cinco fotógrafos e um jornalista, que ficavam até três meses sem deixar o batalhão. O conceito era de documentar o cotidiano e garantir, a quem seguisse o projeto no
Facebook, “algo novo todo dia”, sobre os assuntos do Afeganistão e do Paquistão. Além das fotos dos soldados, o grupo postava (e ainda posta) notícias, o que faz de seu perfil, segundo Gardi, a mais ampla coleção de ima-gens e reportagens feitas, até hoje, sobre a intervenção americana no país.
Basetrack virou rede de notícia
BALAZS GARDI
Dor de cabeça pode ser causada por bebida gelada
Tomar água gelada bem rápido é o jeito mais prático de arrumar uma dor de ca-beça instantânea. Um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, decidiu investigar essa sensação incômoda mais a fundo, porque ela pode ter uma relação com uma dor muito mais séria e que atinge cerca de 20% das mulheres e 10% dos homens: a enxa-queca. O estudo de Harvard, apresentado em um congres-so de biologia experimental, em San Diego, monitorou o fluxo de sangue no cérebro de 13 pessoas que tomavam água gelada usando um ca-nudinho, para direcionar o
líquido para o céu da boca.Quando sentiram a dor de cabeça, conhecida como “congelamento cerebral” nos EUA (“brain freeze”), eles avi-savam os pesquisadores.
Constatou-se então, por meio de um exame de ima-gem (doppler transcraniano), que a dilatação da artéria cerebral anterior coincidia com os episódios de dor. Essa artéria fica bem no meio do cérebro. Quando ela se contraía e o fluxo voltava ao normal, a dor passava. Segundo Jorge Serrador, um dos responsáveis pela pes-quisa, essa reação pode ser um mecanismo de defesa do cérebro.
SAÚDE
Programa ‘Mulheres Mil’ terá apoio do Canadá
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, infor-mou que, até 2014, cerca de cem mil mulheres serão beneficiadas pelo programa “Mulheres Mil”, de educação e qualificação profissional, e o Canadá é um dos parcei-ros do programa. “O Brasil tem interesse em continuar a parceria com o governo do Canadá por ser um país que prioriza a educação. Uma de nossas metas é ampliar o número de vagas para que essas mulheres tenham
acesso à educação e se tor-nem profissionais melhores. O programa “Mulheres Mil” está virando ‘mulheres de-zenas de milhares’”, disse o ministro, sem resistir ao trocadilho. Maria Selma, beneficiada pelo “Mulheres Mil”, disse que o programa facilitou a entrada dela no mercado de trabalho. “Eu vi-via em casa, não tinha profis-são, mas os cursos me fize-ram enxergar que eu poderia mudar. Hoje trabalho em um hotel”, disse.
QUALIFICAÇÃO
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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012
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Dia a diaCade
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[email protected], DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 (92) 3090-1041Página 3
Número de indígenas cresce
Em vez de dormir no local, os apenados pagam valores para fi car livres durante a noite e cometer crimes
Liberação de albergados amedronta a população
Casos de assaltos, inti-midações, pagamen-tos de passagens e até mesmo de R$ 20
para não pernoitar no Alber-gado na rua Codajás, bairro Cachoeirinha, Zona Sul, são demonstrações de que os co-ordenadores do regime se-miaberto têm cometido desli-zes nas fi scalizações internas da instituição. E as denún-cias são feitas pelos próprios moradores da área, atingidos diretamente pelas infrações cometidas por esses internos. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) disse que vai investi-gar as denúncias e tomar as providências devidas.
Com 12 anos de existência, a casa abriga 70 detentos que pernoitam diariamente no estabelecimento penal. Desses, 222 cumprem penas alternativas, cujo cumprimen-to consiste em limitação de fi ns de semana, devendo o sentenciado apresentar-se à unidade nos dias determina-dos pelo juiz, para participar de palestras, ofi cinas, dentre outras atividades.
E os casos de infrações — cometidas pelos semi-in-ternos, segundo os moradores — estão próximos ao local onde os presidiários deviam estar dormindo. Uma frentis-ta do posto Shell, ao lado do albergado, não quis se iden-tifi car, mas disse que já foi assaltada e ameaçada.
“Eles são conhecidos por todos que trabalhavam e vi-vem pela redondeza. Sabemos que eles possuem horário para entrar, mas os vemos circular no horário que deveriam estar dentro da casa. Houve uma vez que um deles veio aqui me pedir R$ 20, mas eu não tinha. Expliquei isso a ele, que não se conformou e começou a me inibir, dizendo que estava armado. Duvidei, ele levantou a blusa e me mostrou um revólver. Fique sem reação, pois todos os dias ele vinha aqui no posto comprar algo ou pedir dinheiro”, revela.
Outro caso ocorreu em uma mercearia, na rua Barcelos,
Cachoeirinha, Zona Sul. Des-sa vez, a vítima foi a família do segurança Abel Pereira da Silva Neto, 31. Há menos de duas semanas, ele foi rouba-do e, segundo informações dos moradores, foi vítima de um dos albergados. “Recebe-mos a ligação de um dos vi-zinhos informando que tinha visto, durante a madrugada, um rapaz invadindo a merce-aria pelo telhado. Corremos e ligamos para a polícia, que foi ao local e prendeu o suspeito. Logo o reconhecemos. Ele realmente era um morador do albergue. Ultimamente, temos escutado muitos ca-sos de roubo pela redondeza. Queremos mais segurança e melhorias na vigilância sobre esses fatos,” relata.
Alunos da própria Universi-dade do Estado do Amazonas (UEA), em frente ao albergue, reclamam dos assaltos e, até mesmo, do pagamento de pe-
dágio cobrado pelos próprios apenados. Fato confi rmado pela estudante de enferma-gem Adriana Duarte, 25. “Nós até acreditamos na reabilita-ção, mas é chato vê-los pela redondeza da universidade consumindo álcool e drogas. Eles também cobram valores para que o aluno entre na universidade, além de outros fi carem no estacionamento da instituição, trabalhando como “fl anelinha” e cobrando de for-ma agressiva”, revela.
Um policial, que não quis se identifi car, procurou a equipe do EM TEMPO para informar que um dos apenados, do qual a mãe mora na mesma rua do albergue, paga R$ 20 por dia para apenas assinar a entrada e seguir para dormir na casa dela.
ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO
MEDOAlém dos moradores próximos ao alberga-do, alunos da UEA também alegam enfrentar constantes situações de risco por conta da soltura de semi-internos durante as noites
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Se-jus), os detentos pre-cisam estar na casa às 20h. A fi scalização sobre a presença no local, de acordo com o órgão, é feita por meio da assinatura de ponto, diariamente, nos horá-rios estabelecidos.
Quando informado sobre a situação, o secretário adjunto da Sejus, coronel Bernar-do Encarnação, alega desconhecer os acon-tecimentos, mas ga-rante que vai tomar as devidas precauções caso as denúncias sejam confi rmadas. “Iremos intensifi car a fi scalização e tentar so-lucionar o fato, caso ele seja real. Peço para que essas pessoas víti-mas de algum tipo de agressão denunciem, principalmente que ela seja documentada, pois colabora para o nosso trabalho,” disse.
A Secretaria de Se-gurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou, por meio do secretário do Es-tado, coronel Paulo Roberto Vital, que se unirá à Sejus para que essas falhas deixem de acontecer.
“Unirei-me à Sejus para que possamos fa-zer o trabalho coerente a fi m de que a situação melhore ao redor do albergado”, explicou.
A fi scalização dos apenados e do cor-reto cumprimento da pena, é realizada por servidores da própria Sejus, devidamente treinados para isso.
Sejus diz que vai apurar as denúncias
Sistema penitenciário no Estado é alvo de críticas devido a constantes escândalos
SHANA REIS
GIOVANNA CONSENTINNI
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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Uso correto do formol é ignorado em alguns salões Clientes afirmam sentir efeitos maléficos do produto após aplicação no cabelo. DVisa diz não ter registros de denúncia
O uso do formol em produtos para alisa-mento de cabelos foi proibido pela Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2007. Desde lá, órgãos fiscalizado-res dizem ter intensificado ações referentes ao uso irre-gular do produto. Mesmo com essa medida, alguns salões de beleza de Manaus, segundo informações de entrevista-dos, mantêm essa prática de forma clandestina e, muitas vezes, com a autorização do próprio cliente.
O uso do produto, segun-do especialistas, apresenta de imediato resultado me-lhor que o apresentado pelo processo químico, mas pode causar, além da quebra do cabelo, danos irreparáveis a saúde de quem utiliza com frequência esse material.
No caso da agente de lim-peza Maria Iracy da Silva, 43, ela não utilizou a quantidade além da permitida apenas de uma vez e sim, em processos diferentes não obedecendo a pausa determinada. Segundo ela, há dois meses passou
por processo de alisamento e seu cabelo começou a cair, e quase ficou careca.
Ela diz nunca ter dado aten-ção ao uso do formol durante alisamentos e confessa fazer o procedimento há cerca de dois anos. “Isso nunca tinha acontecido, mas acho que des-sa vez foi porque meu cabelo estava fraco”, relata.
A agente de limpeza fez o processo com uma profissio-nal que atua em casa, fator esse que contribui bastan-te, segundo os especialistas para o uso inadequado e não permitido do formol.
Esse não foi o caso da universitária Isaura Mendes, 25, que fez o alisamento em um salão do bairro onde
mora. Ela reconhece saber da proibição, mas justifica ao dizer que a cabeleireira fazia a mistura com uma quantida-de a mais do produto.
O resultado, segundo ela, ini-cialmente ficou perfeito, me-ses depois trouxe problemas. “Fiz porque disseram que o formol dá um resultado melhor no alisamento”, explicou.
A universitária lembra que na hora da aplicação ficou incomodada com o produto. Cerca de dois meses depois, o cabelo começou a quebrar de uma forma terrível. Ela afirma conhecer outras pes-soas que fizeram o mesmo processo em outros salões da cidade. “Todo mundo sabe que existe, mas ninguém de-nuncia e às vezes até pede para usarem mais formol do que o permitido”, alerta.
A cabeleireira Izabella Fer-reira, 30, diz já ter atendido no seu salão de beleza, no bairro Redenção, Zona Centro-Sul, muitas clientes com queda de cabelo, por conta do uso excessivo do formol. “Às vezes o que acontece é que o próprio cabeleireiro prepara a química para aplicar no cabelo da clien-te e adiciona uma quantidade a mais na fórmula”, diz.
IZABEL GUEDES Equipe EM TEMPO
CONTROLESegundo profissionais, atualmente os pro-dutos para o uso em salões já vem com a quantidade de formol permitida pela Anvisa. Clientes denunciam uso abusivo do produto em alguns salões
Desde que foi proibi-do pela Anvisa, órgãos fiscalizadores têm, du-rante suas ações em salões de beleza, ob-servado o uso contí-nuo do formol. Isso é o que afirma o diretor do Departamento de Vigi-lância Sanitária (DVisa), Marco Frabris.
De acordo com ele, a fiscalização é contínua e nenhuma situação do tipo foi identificada neste ano. “As equipes têm feito fiscalizações todo o dia e durante as ações verificamos se os produtos utilizados estão dentro do permi-tido”, esclarece.
A multa para quem for pego vendendo o pro-duto adulterado pode chegar a R$ 14 mil, além de ter o salão lacrado.
DVisa alega que mantém fiscalização
IONE MORENO
Izabella diz ter cuidado com a quantidade de formol no produto
• Contato com a pele — Tóxico. Causa irritação à pele, com vermelhidão, dor e queimaduras.
• Contato com os olhos — Causa irritação, verme-lhidão, dor, lacrimação e visão embaçada. Altas concen-trações causam danos irreversíveis.
• Inalação — Pode causar câncer no aparelho respi-ratório. Pode causar dor de garganta, irritação no nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório.
• Exposição crônica — A frequente ou prolongada exposição pode causar hipersensibilidade, levando às dermatites. O contato pode causar reação alérgica.
Reações do uso do produto
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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Cresce o número de índios autodeclarados no EstadoAcréscimo em mais de 200%, entre pessoas que se dizem indígenas, ainda é visto com desconfiança por algumas etnias
No Amazonas, o nú-mero de pessoas que se autodecla-ram indígenas au-
mentou 248,49% nos últimos 20 anos, ou seja, de 67.880, em 1991, para 168.680 em 2010. O dado integra pes-quisa divulgada pelo Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010. Em Manaus, o au-mento foi de 425%, tendo subido de 952 para 4.040, o número de pessoas que se declaram indígenas na capital. Alguns indígenas as-sociam o aumento a má fé de pessoas que se declaram índios apenas para obter be-nefícios da raça.
Ainda de acordo com o IBGE, a presença indígena na Amazônia tem aumentado cada vez mais. A taxa de cres-cimento dessa população é de 3,5% ao ano, superando a média nacional, de 1,3%. Atu-almente, segundo o órgão, os indígenas representam 0,4% da população brasileira.
O tuxaua Mateus Cós, che-fe da aldeia Nazaré, em São Gabriel da Cachoeira (a 852
quilômetros de Manaus), de-clarou que apesar do aumento dos que se consideram índios, ainda existe um grande cami-nho a percorrer. “Muita gente ainda tem vergonha de dizer o que é. Isso deveria ser orgulho para nós”, afirma o indígena.
Segundo Cós, hoje em dia muitas pessoas decidem se declarar índios para terem acesso ao Registro Adminis-trativo de Nascimento Indí-gena (Rani), que dá direito, ao portador, de participar de cotas em concursos, ter aposentadoria especial, en-tre outros benefícios. “Al-guns se dizem como nós apenas para tirar proveito do Rani. O direito é nosso e não é justo que se apropriem dele assim”.
WILLIAM GASPAREspecial EM TEMPO
AUMENTONúmero de indígenas apresentou acréscimo de 248% nos últimos 20 anos. Números passaram de apro-ximadamente 67 mil para quase 169 mil. Em Manaus o aumento foi de 425%
O Amazonas tam-bém lidera o ranking de “sede”, com muni-cípios com maior po-pulação indígena. Dos cinco primeiros na lista nacional, quatro estão localizados no Estado. O primeiro lugar ficou com São Gabriel da Ca-choeira, com 29.017 in-dígenas; o segundo foi São Paulo de Olivença, com 15 mil. Tabatinga, com 14,9 mil e Santa Isabel do Rio Negro, com 10,9 mil, comple-tam o quadro.
“Antes do descobri-mento, o Amazonas teve população maior por causa da região. O que vemos hoje é re-sultado dessa história, apesar de os números terem sido reduzidos”, afirma a antropóloga Marta Azevedo.
População indígena é a maior do país
De acordo com a Fun-dação Nacional do Índio (Funai), apesar de os povos indígenas terem experi-mentado crescimento ace-lerado, em função de altas taxas de fecundidade, os dados do censo superaram as expectativas.
Mudança considerada um fenômeno, classificado pela Funai como “etnogê-nese” (quando os povos reassumem a identidade, após terem sido força-dos a esconder e a negar sua etnia como estratégia de sobrevivência).
Para a antropóloga Marta Azevedo, que realiza estudos com indígenas, outro motivo para o crescimento é o atual quadro cultural. “O momen-to é de otimismo, uma vez que passaram-se os tempos de matança, escravismo ou indiferença”, diz.
Crescimento é um fenômeno
Estado do Amazonas lidera o ranking de “sedes” com maior número de população indígena
GIOVANNA CONSENTINI
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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Crianças perdem interesse nas atividades religiosasO ofício de coroinha nas igrejas católicas, ultimamente, tem despertado pouco interesse nas crianças amazonenses
Cálice, galhetas e lavabo são apenas alguns dos nomes de uma parte dos ob-
jetos utilizados pelos coroi-nhas em uma celebração no serviço do altar. O coroinha é uma das primeiras formas de vocação que, quando criança, pode levar ao sacerdócio. Mas esse mesmo ofício tor-na-se cada vez mais raro na capital amazonense. Segun-do o padre da Arquidiocese de Manaus, Valdecir Molinari, 47, entre os 45 seminaristas existentes, 70% deles foram coroinhas quando pequenos, enquanto outros 30%, de uma forma ou de outra, estão en-volvidos com a liturgia ou algum grupo da igreja.
De acordo com o padre Val-decir Molinari, 47, a diminui-ção das vocações do sarce-dócio é resultante da redução das famílias, com menos in-tegrantes hoje. “Antigamente, as famílias eram compostas por mais de 14 fi lhos e existia um incentivo para que saís-se um “fruto” para dedicar a sua vida à igreja. Hoje já está diferente, pois além das
famílias serem pequenas, não existe mais aquele incentivo vindo dos pais ou até mesmo prece, o que mudou foi todo o contexto”, explicou.
Para o atual pároco da Paró-quia do São Geraldo, Valdecir, entre os oito irmãos foi um fruto da vocação e explica que a base vocacional sempre foi a formação recebida pela
família. “Desde menino meus pais sempre foram muito reli-giosos e tendo em vista disso, eles repassavam as primeiras orações à família. Cresci nesse ambiente de fé e de igreja. Era normal que todas as crian-ças que começavam a fazer a catequese ajudassem nas celebrações,” relatou.
Padre Valdecir, vivenciar o
serviço do acolitato assumin-do a responsabilidade quando criança. “Aos 7 anos eu assumi a vocação e comecei ajudar o padre durante as missas e até mesmo quando ele ia visitar outras comunidades. Aos 9 anos fi z a minha primeira eucaristia, vivenciei um mo-mento de catequese . Entre os 17 ae 18 anos resolvi dedicar a minha vida ao sacerdócio, e hoje já tenho 19 anos de padre,” contou.
Crianças se mantêm fi éisO estudante Leonardo Mo-
rais da Silva, 11, é um dos remanescentes que têm or-gulho de manter o exercício de coroinha. Ele foi convidado por uma prima, quando ainda tinha 9 anos, para conhecer uma igreja e o seu serviço. O sentimento de acolhida e o fato de encontrar tantos jovens de sua idade, colabo-rou para que ele começasse a sua caminhada.
“Passei 2010 estudando, conhecendo toda a cateque-se da igreja. Nesse tempo, já sentia o chamado para o serviço do altar. Passei mais um ano de formação até re-ceber a túnica consagrada e poder servir ao altar”, diz.
ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO
BAIXASegundo a Arquidio-cese de Manaus, entre os 45 seminaristas existentes no momen-to, 70% dessa safra atuou como coroinha, enquanto outros 30% eram envolvidos com grupos litúrgicos
O interesse de crianças em serem coroinhas tem se tornado cada vez mais escassos nas igrejas
JOEL ROSA
Manaus tem a sede regio-nal que prepara os futuros padres das localidades, além de nossa cidade, também recebe os vocacionados de Coari, Tefé, Borba, São Ga-briel da Cachoeira, Parintins, Roraima e Lábrea. Hoje são ao todo 45 seminaristas que estudam para ser padre sen-do que desses frutos, nove
são da capital.Carlos Eduardo Castro
dos Santos, 28, tem cur-sado o 3º ano de teologia no seminário São José. Ele teve sua base de vocação na coordenação do grupo de coroinhas da Paróquia de Santa Luzia, do bairro Presi-dente Vargas, Zona Centro-Oeste. “Com a convivência
no trabalho de coordenação dos coroinhas pude sentir melhor o chamado, mesmo não sendo quando criança, mas a responsabilidade e ver o serviço do altar que colabora em adquirir conhe-cimento dos assuntos da igreja, foi a melhor forma de identidade para o meu ‘sim’ na vocação”, conta.
Preparação para novos padres
‘Módulo’ para combater os crimes nas estradasAssaltos frequentes nas estradas próximas à capital evidenciam a chegada da criminalidade a áreas até então isoladas
A Polícia Militar, por meio do Comando do Policiamento do Inte-rior (CPI), vai adotar
nova estratégia para conter a criminalidade, especifi cada-mente os assaltos, em sítios, chácaras e ramais nos muni-cípios dentro da Região Me-tropolitana de Manaus (RMM). A própria polícia admite que com o cerco feito aos bandi-dos, principalmente após a im-plantação do projeto “Ronda no Bairro” e das operações de combate aos assaltos nas ruas de Manaus, o crime tem sido transferido para os municípios mais próximos.
É o caso do ataque, prati-cado por homens armados e encapuzados, que invadiram casas na comunidade Parata-ri, a uma hora de voadeira da sede de Manacapuru (a 84 qui-lômetros da capital), na noite do dia 3 de abril. Na ocasião, mataram o agricultor Ozanias Almeida de Souza, 24, e tortu-raram outras pessoas.
Outro assalto resultou na morte do fazendeiro Orestes Bonates, 55, que morreu ao capotar sua picape L-200,
na altura do quilômetro 74 da AM-070, quando saía em perseguição aos bandidos que tinham acabado se assaltar seu sítio, no dia 20 de abril.
De acordo com o coman-dante do CPI, tenente-coronel James Frota, a polícia vai atuar por módulos de policiamento que, inicialmente, será expe-rimentado em duas rodovias estaduais. Segundo o ofi cial, a nova modalidade vai consis-tir em “fechar” a AM-070, a estrada Manoel Urbano (Ma-naus/Manacapuru) e a AM-010 (Manaus-Itacoatiara).
Fiscalização constanteA ação será executada por
policiais militares do CPI e por guarnições de policiais de Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva e Itacoatiara e da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam). Esse efetivo vai ter, ainda, reforço do Ba-talhão Ambiental. Na AM-010 funcionarão quatro módulos: na barreira no Km 17, em frente à Embrapa no Km 40; em Rio Preto, no Km 80; na Vila de Lindóia, no Km 187, e na segunda ponte, na entrada de Itacoatiara. “Vamos fazer um trabalho de combate a essas quadrilhas”, disse o coronel.
IONE MORENO
Chácara do fazendeiro Oreste Bonates localizada na AM-010 foi assaltada na última semana
Ao longo da AM-070 e da AM-010, as duas es-tradas que irão receber o policiamento por “mó-dulos”, a reportagem do EM TEMPO constatou muitas placas de ven-das de sítios, fazendas e casas. Nos ramais, a situação de venda de imóveis se repete.
Alguns proprietários admitiram que foram forçados a isso por cau-sa da violência. É o caso do agricultor, que pediu para não ser identifi -cado, que colocou sua propriedade à venda no valor de R$ 60 mil no quilômetro 43 da AM-070. “Minha mulher e fi lhos fi caram apa-vorados e acham que está na hora de ir mo-rar em um lugar mais seguro”, afi rmou.
Medo tem assustado os moradores
NILSON BELÉMEquipe EM TEMPO
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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Crianças perdem interesse nas atividades religiosasO ofício de coroinha nas igrejas católicas, ultimamente, tem despertado pouco interesse nas crianças amazonenses
Cálice, galhetas e lavabo são apenas alguns dos nomes de uma parte dos ob-
jetos utilizados pelos coroi-nhas em uma celebração no serviço do altar. O coroinha é uma das primeiras formas de vocação que, quando criança, pode levar ao sacerdócio. Mas esse mesmo ofício tor-na-se cada vez mais raro na capital amazonense. Segun-do o padre da Arquidiocese de Manaus, Valdecir Molinari, 47, entre os 45 seminaristas existentes, 70% deles foram coroinhas quando pequenos, enquanto outros 30%, de uma forma ou de outra, estão en-volvidos com a liturgia ou algum grupo da igreja.
De acordo com o padre Val-decir Molinari, 47, a diminui-ção das vocações do sarce-dócio é resultante da redução das famílias, com menos in-tegrantes hoje. “Antigamente, as famílias eram compostas por mais de 14 fi lhos e existia um incentivo para que saís-se um “fruto” para dedicar a sua vida à igreja. Hoje já está diferente, pois além das
famílias serem pequenas, não existe mais aquele incentivo vindo dos pais ou até mesmo prece, o que mudou foi todo o contexto”, explicou.
Para o atual pároco da Paró-quia do São Geraldo, Valdecir, entre os oito irmãos foi um fruto da vocação e explica que a base vocacional sempre foi a formação recebida pela
família. “Desde menino meus pais sempre foram muito reli-giosos e tendo em vista disso, eles repassavam as primeiras orações à família. Cresci nesse ambiente de fé e de igreja. Era normal que todas as crian-ças que começavam a fazer a catequese ajudassem nas celebrações,” relatou.
Padre Valdecir, vivenciar o
serviço do acolitato assumin-do a responsabilidade quando criança. “Aos 7 anos eu assumi a vocação e comecei ajudar o padre durante as missas e até mesmo quando ele ia visitar outras comunidades. Aos 9 anos fi z a minha primeira eucaristia, vivenciei um mo-mento de catequese . Entre os 17 ae 18 anos resolvi dedicar a minha vida ao sacerdócio, e hoje já tenho 19 anos de padre,” contou.
Crianças se mantêm fi éisO estudante Leonardo Mo-
rais da Silva, 11, é um dos remanescentes que têm or-gulho de manter o exercício de coroinha. Ele foi convidado por uma prima, quando ainda tinha 9 anos, para conhecer uma igreja e o seu serviço. O sentimento de acolhida e o fato de encontrar tantos jovens de sua idade, colabo-rou para que ele começasse a sua caminhada.
“Passei 2010 estudando, conhecendo toda a cateque-se da igreja. Nesse tempo, já sentia o chamado para o serviço do altar. Passei mais um ano de formação até re-ceber a túnica consagrada e poder servir ao altar”, diz.
ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO
BAIXASegundo a Arquidio-cese de Manaus, entre os 45 seminaristas existentes no momen-to, 70% dessa safra atuou como coroinha, enquanto outros 30% eram envolvidos com grupos litúrgicos
O interesse de crianças em serem coroinhas tem se tornado cada vez mais escassos nas igrejas
JOEL ROSA
Manaus tem a sede regio-nal que prepara os futuros padres das localidades, além de nossa cidade, também recebe os vocacionados de Coari, Tefé, Borba, São Ga-briel da Cachoeira, Parintins, Roraima e Lábrea. Hoje são ao todo 45 seminaristas que estudam para ser padre sen-do que desses frutos, nove
são da capital.Carlos Eduardo Castro
dos Santos, 28, tem cur-sado o 3º ano de teologia no seminário São José. Ele teve sua base de vocação na coordenação do grupo de coroinhas da Paróquia de Santa Luzia, do bairro Presi-dente Vargas, Zona Centro-Oeste. “Com a convivência
no trabalho de coordenação dos coroinhas pude sentir melhor o chamado, mesmo não sendo quando criança, mas a responsabilidade e ver o serviço do altar que colabora em adquirir conhe-cimento dos assuntos da igreja, foi a melhor forma de identidade para o meu ‘sim’ na vocação”, conta.
Preparação para novos padres
‘Módulo’ para combater os crimes nas estradasAssaltos frequentes nas estradas próximas à capital evidenciam a chegada da criminalidade a áreas até então isoladas
A Polícia Militar, por meio do Comando do Policiamento do Inte-rior (CPI), vai adotar
nova estratégia para conter a criminalidade, especifi cada-mente os assaltos, em sítios, chácaras e ramais nos muni-cípios dentro da Região Me-tropolitana de Manaus (RMM). A própria polícia admite que com o cerco feito aos bandi-dos, principalmente após a im-plantação do projeto “Ronda no Bairro” e das operações de combate aos assaltos nas ruas de Manaus, o crime tem sido transferido para os municípios mais próximos.
É o caso do ataque, prati-cado por homens armados e encapuzados, que invadiram casas na comunidade Parata-ri, a uma hora de voadeira da sede de Manacapuru (a 84 qui-lômetros da capital), na noite do dia 3 de abril. Na ocasião, mataram o agricultor Ozanias Almeida de Souza, 24, e tortu-raram outras pessoas.
Outro assalto resultou na morte do fazendeiro Orestes Bonates, 55, que morreu ao capotar sua picape L-200,
na altura do quilômetro 74 da AM-070, quando saía em perseguição aos bandidos que tinham acabado se assaltar seu sítio, no dia 20 de abril.
De acordo com o coman-dante do CPI, tenente-coronel James Frota, a polícia vai atuar por módulos de policiamento que, inicialmente, será expe-rimentado em duas rodovias estaduais. Segundo o ofi cial, a nova modalidade vai consis-tir em “fechar” a AM-070, a estrada Manoel Urbano (Ma-naus/Manacapuru) e a AM-010 (Manaus-Itacoatiara).
Fiscalização constanteA ação será executada por
policiais militares do CPI e por guarnições de policiais de Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva e Itacoatiara e da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam). Esse efetivo vai ter, ainda, reforço do Ba-talhão Ambiental. Na AM-010 funcionarão quatro módulos: na barreira no Km 17, em frente à Embrapa no Km 40; em Rio Preto, no Km 80; na Vila de Lindóia, no Km 187, e na segunda ponte, na entrada de Itacoatiara. “Vamos fazer um trabalho de combate a essas quadrilhas”, disse o coronel.
IONE MORENO
Chácara do fazendeiro Oreste Bonates localizada na AM-010 foi assaltada na última semana
Ao longo da AM-070 e da AM-010, as duas es-tradas que irão receber o policiamento por “mó-dulos”, a reportagem do EM TEMPO constatou muitas placas de ven-das de sítios, fazendas e casas. Nos ramais, a situação de venda de imóveis se repete.
Alguns proprietários admitiram que foram forçados a isso por cau-sa da violência. É o caso do agricultor, que pediu para não ser identifi -cado, que colocou sua propriedade à venda no valor de R$ 60 mil no quilômetro 43 da AM-070. “Minha mulher e fi lhos fi caram apa-vorados e acham que está na hora de ir mo-rar em um lugar mais seguro”, afi rmou.
Medo tem assustado os moradores
NILSON BELÉMEquipe EM TEMPO
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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
‘Tolerância zero’ aplicada por motoristas da capitalCondutores estão cada vez mais “estressados” no trânsito aumentando o risco de cometer atitudes perigosas
Xingamentos, agres-sões físicas, vidros dos carros quebra-dos a pauladas, para-
choques arrebentados e até vidros de aromatizantes para carros arremessados contra outros veículos. Essas cenas estão cada vez mais presen-tes nas ruas de Manaus. A “tolerância zero” dos condu-tores, além de prejuízos ma-teriais, está causando trans-tornos e problemas à saúde de pedestres, condutores e até mesmo passageiros. O estresse é uma das principais causas dos conflitos.
Aos 31 anos, o cabeleirei-ro Fabrício Tapajós diz ser uma pessoa tranquila, mas, quando dirige, perde o con-trole, principalmente diante dos “vacilos” dos outros con-dutores. Ser “fechado” no trânsito é uma das ações que lhe tiram do sério. “Eu xingo se o motorista que tiver na minha frente vacilar por dois segundos”, afirmou.
Ele contou que um dia ao sair do estacionamento de um shopping de Manaus, uma mu-lher trancou sua passagem e o ofendeu com palavrões.
“Fiquei furioso e a xinguei também, mas perdi o contro-le, peguei a primeira coisa que vi pela frente e joguei no carro dela. Era o vidro do aromatizante. Joguei e fugi”, afirmou, ressaltando que não se arrependeu, mas que não voltaria a fazer isso.
A professora universitária
Deise Anne Oliveira, 24, tam-bém coleciona várias histórias no trânsito de Manaus e res-saltou que essas situações a irritam. “Numa delas o cara me fechou, era uma rua estreita e como me senti na razão, xinguei e fiz um gesto obsceno. O motorista foi me seguindo e eu dirigi rápido, mas não teve jeito, parei em
um sinal e ele parou do meu lado, baixou o vidro, disse que eu era abusada e perguntou quem eu pensava que era. E disse que era para eu ficar calado, pois ele devia me dar um tiro na testa”, relatou.
Deise contou que na hora ficou nervosa, mas ignorou a situação fechando o vidro. “Fui para casa com medo. O trânsito é uma coisa que mexe com os nervos, eu me altero, grito, brigo, xingo mui-to facilmente”.
A professora ressaltou tam-bém a atitude dos condutores no trânsito de Manaus. “As pessoas não dão passagem, não cedem, andam na faixa errada de maneira lenta, não dão seta, coisas básicas que poderiam facilitar a vida de todos. Sinto-me injustiçada porque tento agir corretamen-te e daí saio do sério quan-do acontecem essas coisas, acaba que eu mesma perco a razão, porque qualquer tipo de violência não justifica, nem a verbal e nem a física”.
De acordo com a psicóloga Mônica Figueiredo, no trânsito as pessoas ficam mais intole-rantes, principalmente pelas rotinas que elas já possuem. “Na nossa cidade não temos um planejamento”, alerta.
A psicóloga Mônica fri-sou que a sociedade atual é consumista, e as pes-soas se preocupam cada vez mais com os modelos de carros que estão diri-gindo para espaços que não foram planejados para receber todo o fluxo.
Com a pressão nas ruas diariamente vão aparecen-do as fobias “Nos países de primeiro mundo as pessoas evitam isso porque têm es-truturas como o metrô, por
exemplo, e não dirigem”. Nos casos em que a ação
se extrapola, Mônica afir-mou que é necessário levar em consideração o com-portamento da pessoa. Pois, pode haver uma pré-disposição para cometer algum tipo de delito, o que não seria só o estresse. “Nada justifica, não é só estresse, não tem como di-zer que o trânsito o deixou desnorteado. Tem que ver o que motivou a ação”.
Para o diretor-presidente do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), coronel Walter Cruz, o trân-sito contribui diretamente para o aumento do estresse. “Normalmente nos horários de pico a situação se agrava. Quando eles estão se deslo-cando já carregam estresse. E isso tem várias fontes, como, problemas no tra-balho, familiares, sociais e outros mais diversos”, diz.
Trânsito aumenta o estresse
Fui “fechado” no trânsito, perdi o
controle. Xinguei a motorista e atirei
um objeto no carro dela, mas não faria
isso de novo
Fabrício Tapajós,cabeleireiro
MÔNICA FIGUEIREDOEquipe EM TEMPO
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C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Amazonense desconhece hino do próprio EstadoEm recente enquete realizada pelo EM TEMPO, constatou-se que parte da população não sabe o Hino do Amazonas
Ser amazonense hoje em dia parece ser só mais um detalhe no registro de nascimen-
to de algumas pessoas. Ao menos é o que demonstram, nas ruas, alguns conterrâneos quando o assunto é o hino do Estado ou a pergunta é sobre o seu surgimento. A equipe do EM TEMPO foi às ruas e, em uma hora de questionamen-tos, encontrou apenas duas pessoas que sabiam cantar o Hino do Amazonas. A primeira, sabia porque serviu ao Exér-cito brasileiro. Já a segunda, surpreendeu por nem ao me-nos ter nascido no Estado.
O microempresário Isa-ac Silva Neto, 23, comenta que desde criança estudou em escola pública e sempre procurou aprender o hino do Estado, por questões culturais e amor à pátria. “Ainda no ensino fundamental aprendi a cantar o Hino Nacional e o amazonense. O do nosso Estado demonstra o quanto devemos amar e respeitar nossa floresta. O Amazonas é um Estado sólido, com riqueza, não só financeira, mas natu-
ral e intelectual, descritos em forma de melodia e poesia no hino. Hoje, vejo que as crianças não querem saber dos nossos valores”, ressalta.
A administradora Aline No-bre, 32, que nasceu no Esta-do de Minas Gerais, mas foi
criada em Vitória (ES), veio quando era adolescente para Manaus, onde estudou o ensi-no médio e aprendeu a cantar o hino do Estado. “Sou muito ligada aos valores da terra. Apesar de ter nascido em outro Estado, me considero uma amazonense”, destaca.
O aluno do sétimo ano do ensino fundamental, Victor Simões, 14, diz que na es-cola onde estuda raramente há hora cívica, mas fora da
escola também se dedica a aprender o hino do Estado. “Quando eu não sabia cantar o Hino do Amazonas, fica-va na internet pesquisando vídeos que tocassem. Ain-da não sei tudo, mas estou aprendendo”, relata.
Para a psicopedagoga Ana Rita Garcia, os valores pela pátria devem começar na escola. Os professores devem incentivar os alunos em sala de aula, pois muitas vezes eles não sabem o real sentido de cada palavra es-crita tanto no Hino Nacio-nal quanto do Amazonas, pelos valores culturais que acabam sendo perdidos.
“As pessoas só costumam cantar o Hino Nacional quando tem jogo da seleção. O do Amazonas, muitos nem conhe-cem ou ouviram. Essa educa-ção deve começar em sala de aula. Muitas vezes, notamos nas atividades cívicas que os alunos querem cantar, mas como é difícil e eles só exerci-tam dentro das atividades eles acabam se desinteressando. Ninguém ama o que não co-nhece. Agora com a obrigação das matérias de música nas escolas podemos melhorar essa questão”, explica.
LUCAS PRATAEquipe EM TEMPO
BAIXA Psicóloga afirma que os valores pela pátria devem começar na escola. Os professo-res devem incentivar os alunos em sala de aula, pois muitas vezes eles não sabem o real sentido do hino
O diretor de políticas para programas escolares da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), Edson Melo, comenta que o fato de os livros virem apenas com o Hino Nacional nas
contracapas se justifica no fato de ser o governo fede-ral quem destina os livros para o Estado. “Quando era o Estado que comprava os livros, nós exigíamos que a gráfica colocasse o nacional e o do Amazonas. Agora,
quem repassa os livros é o governo federal, então só vem o Hino Nacional. No entanto, as escolas do Esta-do recebem orientação para ensinar o hino aos alunos ao menos uma vez, conforme regimento”, destaca.
Falta incentivo para os alunos
Aline nasceu em Minas Gerais, veio para Manaus adolescente, mas aprendeu a cantar o hino
MÁRIO OLIVEIRA
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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Alunos enfrentam rotina de roubos em sala de aulaFurtos estão se tornando comuns em escolas públicas e particulares. Parentes precisam ficar atentos a essa situação
Quem nunca se sur-preendeu ao per-ceber o sumiço de dinheiro, apare-
lhos eletrônicos ou objetos pessoais de dentro da sala de aula? Episódios de fur-tos em instituições de en-sino são mais comuns do que se imagina, e não são restritos apenas a escolas públicas. Contudo, a situa-ção ainda causa espanto en-tre os estudantes e o corpo pedagógico.
O adolescente B.V.S., 15, aluno da escola estadual lo-calizada no centro lembra do último dia em que usou do celular. “Eu deixei o apare-lho dentro da bolsa e, como tinha um tempo vago, apro-veitei para ir ao banheiro. Quando voltei percebi que o celular não estava mais no local”, comenta.
Mas, para quem imagina que tais condutas não são protagonizadas em entida-des particulares, está enga-nado. O celular também foi levado de cima da carteira de uma amiga da aluna, N.N., 16. A menina conta que os professores realizaram re-
vista em toda a turma, até que o culpado se entregou. “Quando começou a revista, o menino que tinha cometido o delito se entregou. Leva-ram-no para a diretoria e depois de uma conversa, ele contou que havia escondido o celular dentro da caixa do vaso sanitário”, afirma.
Em outra unidade escolar, na Zona Leste, a direção de-sarticulou uma “quadrilha” formada por quatro alunos do 9º ano. No final de março o celular de uma professo-ra, que estava na mesa foi furtado. Uma semana depois a mochila de um estudante também desapareceu.
Segundo informações de professores, que pediram para não serem identificados, a bol-sa foi vista sendo usada por um dos membros do grupo.
A direção conversou com o aluno, que entregou os outros comparsas e encontraram o celular da professora. “Um foi entregando o outro e o celu-lar foi encontrado, mas, não tinha mais chip nem cartão de memória.
O grupo estava junto. Uns davam cobertura para o ou-tro roubar” disse uma pro-fessora, que pediu para não ser identificada.
IVE RYLOEquipe EM TEMPO
Pequenos roubos estão se tornando fato comum em escolas
IONE MORENO
O Conselho Tutelar não tem levantamento sobre casos de furtos ocorridos nas escolas. Segundo o coordenador-geral do ór-gão, João Raimundo Fur-tado, são raros os fatos reportados. “Essa semana recebemos a denúncia de um furto de celular em uma escola particular, no bairro da Cachoeirinha. Mas, o mais comum é que as esco-las resolvam a situação, ou encaminhem registro aos DIPs (Distrito Integrado de Polícia)”, aponta.
O conselheiro comenta que a maior parte dos furtos envolve aparelhos eletrônicos, como celula-res ou mp3.
Ações para prevenir Nada de revistar os
alunos nos banheiros ou vistoriar as bolsas. De acordo com o diretor do colégio Dom Bosco-Les-te, o padre José Reginaldo de Oliveira, quando algum estudante denuncia o su-
miço de qualquer objeto, o corpo docente e a direção da escola são orientados a aconselhar as crianças e adolescentes, e mostrar que aquela atitude não é adequada. “Fazemos de tudo para que a situação não ocorra, é sempre me-lhor prevenir, mas pelo menos umas duas vezes por ano somos surpre-endidos com o fato. E quando acontece con-versamos com os alunos e explicamos que o certo é conquistar as coisas de forma lícita. Acreditamos que o dialogo é muito importante”, aponta.
Na maioria das vezes, os objetos voltam às mãos do dono. “Pedimos para que devolvam. Se sentem ver-gonha, podem deixar na ca-pela ou na biblioteca onde não há câmeras e eles não serão identificados. Além de manter o diálogo com os estudantes, a escola também mantém o canal aberto com os pais”, diz.
Orientar é a melhor opção
Segundo a técnica da gerencia de ensino médio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a psico-pedagoga Rita Mara Gar-cia, se não for comprovado problema de saúde, a falta de atenção da família pode influenciar na conduta de crianças e adolescentes. “A criança chega com um
objeto diferente dentro da bolsa e a família não tem tempo de observar. A mídia pode contribuir também, supervalorizando o consumo e propagando a ideia de que a criança não pode ficar fora dos últimos lançamentos. Isso também influencia na falta de limite”, reflete.
Família pode influenciar vício
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MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 [email protected] (92) 3090-1042
Entrevista com Ana Paula Valadão
Plateia D3
REPRODUÇÃO
‘Pinhole day’Integrantes do grupo “A escrita da luz” levam exposição e ofi cinas de fotografi a para crianças menos favorecidas
com ação social
Fotógrafos celebram
O mundo comemora hoje o dia da foto-grafi a “artesanal”, ou simplesmente
“Pinhole Day”, aquela técnica elementar, porém efi ciente, de fotografar a partir de um pequeno furo (hole) do diâ-metro de um prego (pin) feito em uma lata, por exemplo. Em Manaus, a passagem da data é celebrada pelo grupo de profi ssionais “A escrita da luz”, que promove atividades socioeducativas na comuni-dade Arthur Bernardes, no bairro São Jorge.
Segundo uma das coorde-nadoras do grupo e fotógrafa do EM TEMPO, Ione Moreno, a comunidade Arthur Bernar-des será a oitava testemunha anual da edição do “Pinho-le Day Manaus”. Ione afi rma que a celebração dá início às atividades que o grupo irá realizar durante dois meses com os jovens moradores do local, como a ofi cina de foto-grafi a “Olhares da Amazônia” e o projeto “Retratos da tua vida”. O primeiro é voltado para a “alfabetização social” do público. “Usamos a arte fotográfi ca como forma de inclusão social. Na ofi cina, os
jovens vão conhecer a fotografi a desde
sua origem, aspectos histó-ricos, dando ênfase ao estu-do da linguagem fotográfi ca, pesquisa e o lado social da fotografi a”, diz. Na ofi cina, os participantes terão a oportu-nidade de criar suas próprias linguagens visuais. “O mais importante na ofi cina será a relação afetiva que queremos criar entre os jovens da comu-nidade. Além disso, escolhe-
mos essa comunidade”, afi rma Alexandre Fonseca, também coordenador do grupo de fo-tógrafos.
No segundo projeto, os cer-ca de 20 profi ssionais envolvi-dos na ação conversam com a comunidade sobre histórias de vida dos moradores, de onde extrairão temas para futuros ensaios fotográfi cos, que devem ser apresentados na próxima edição
da exposição “Manaus bem na foto”, realizada anualmen-te (desde 2010) em outubro, devido às comemorações do aniversário da cidade.
Toda a programação do “Pinhole Day Manaus” conta com exposição de fotos de profi ssionais que atuam no Estado. “As pessoas poderão apreciar diversos tipos de imagens sobre a cidade de Manaus, que colocaremos em disposição de “fotovaral”, ou seja, fotografi as penduradas literalmente em varais”, expli-ca Ione. Além disso, a comu-nidade aprenderá a confec-cionar câmeras obscuras de visualização de fotografi as.
O dia da fotografi a arte-sanal mobiliza profi ssionais e apaixonados por essa arte de tal forma que existe até uma página na internet vol-tada exclusivamente para os interessados em postar suas imagens produzidas a partir dessa técnica, no endereço (www.pinholeday.org). “Fazer pinhole é ir na raiz do processo fotográfi co. É algo muito agra-dável de fazer e um verdadeiro aprendizado sobre o compor-tamento da luz”, diz o fotógra-fo e mestrando em fotojorna-lismo e fotodocumentarismo, pela Universida- de de Artes de Londres, Raphael Alves.
O mais importante na ofi cina será a
relação afetiva que queremos criar entre os jovens da comu-nidade. Escolhemos essa comunidade
Alexandre Fonseca, fotógrafo
GUSTAV CERVINKAEquipe EM TEMPO
No dia da fotografi a “artesanal”, o grupo “A escrita da luz” faz ofi cina na comunidade São Jorge
FOTOS: IONE MORENO
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Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br
DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
. O editor deste espaço ganhou almoço de aniversário, quinta-feira, no sensacional Ceasar Business – um dos locais mais bacanas da cidade – organizado por um grupo de amigas especiais. E o resultado não poderia ter sido melhor, alta confraternização, tarde de ótima vibe e desfi le de beleza e charme do primeiríssimo time feminino de Manaus.
. O restaurante do Ceasar deu um show no quesito cardápio, apre-sentando iguarias para se aplaudir de pé, o que foi elogiadíssimo
pelo ‘gold team’ presente.
. A tarde foi pilotada apenas para mulheres e alguns nomes da mídia social. Tudo recebendo a nota dez com louvor,
incluindo o bolo delicioso assinado pelo chef Paulo Ma-rinho e o set-list sofi sticado do colunista/DJ Alexandre Prata. Realmente uma tarde como há muito não se registrava pela cidade. Merci a todas. Na coluna de hoje, a festa de fl ashes.
>> Almoço chic reúne ‘gold team’Sheila Jacob, Socorro Vasconcellos Dias e Sandra Lucia Saraiva
sentando iguarias para se aplaudir de pé, o que foi elogiadíssimo pelo ‘gold team’ presente.
. A tarde foi pilotada apenas para mulheres e alguns nomes da mídia social. Tudo recebendo a nota dez com louvor,
incluindo o bolo delicioso assinado pelo chef Paulo Ma-rinho e o set-list sofi sticado do colunista/DJ Alexandre Adlinez Moreno e Zenilda
Castelo Branco
Regina Furtado e Letizia Barros
Márcia Martins e Gizella Bolognese
Rosiane Lima e Amália Bichara
Patrícia Akel, Kátia Sebbem e Lucia Rosas Norma AraújoRegina Stein, Marko Belém e Iolandinha Oliveira
Eugênia Beckman, Tânia Castro e Ane Cristine César
Hebe Pereira, Darcley de Paula e Zenilde Pacífi coA bela Alessandra Brandão
Jéssica Tayah e Renata
Braga
Glória Carratte
e Michele Cunha
Isabel Prata e o fi lho AlexandreEliane Schneider, Lucia Viana, Adriana Mendonça, Menga Junqueira e Mary Tuma
Graça Figueiredo Suely Yurtsever e Ilnah Cunha
Graziela Nogueira, Marinil-des Lima e Helena do Carmo Ribeiro
Milena Desterro e Silva e Sídia Góes Adriana Samad e Andréa Aziz Andréa Lins e Jaqueline Chagas Tábata Farias Simone Isper e Lia Souza
Márcia Nicolau e Regina Furtado
Adbah Tayah Claudia Mendonça Virna Lins
Detiva CoelhoKêmela Marques Dona Lucinda Tayah Waisser Botelho
Rebecca Garcia Emanuelle Gil e Jéssica Tayah Julio Ventilari Sonia Jinkings, Marilena Perales e Lucimar Moreno Kalina Cohen e Fernanda Mendonça Rebecca Lima
FOTOS: MAURO SMITH
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DIVULGAÇÃO
Já estamos nos prepa-rando espi-ritualmente e musical-mente para a nossa grande festa. Obrigada por todo o apoio, carinho, e mal pode-mos esperar vivermos juntos essa realização”
Diante do TronoExpectativa PARA o show DE 15 ANOS do grupo
Considerado o maior grupo gospel do Brasil, o Ministério de Louvor Diante do Trono, completa 15 anos de carrei-
ra, conquistando o público com novas roupagens, arranjos e versões a cada trabalho. Com início na Igreja Batista da Lagoinha, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, o grupo comemora celebra a data com a gravação inédita, em Manaus, do 15º CD e DVD, em um show que acontecerá após a Marcha para Jesus, no dia 9 de junho, no sam-bódromo. Em entrevista ao Em Tempo, a líder do grupo, Ana Paula Valadão, fala da expectativa para a gravação, da atuação do grupo e dos projetos voltados ao público infantil.
EM TEMPO - Você fez algumas de-
clarações falando da importância de gravar um trabalho em Manaus. Por que é tão importante uma gra-vação na capital amazonense?
Ana Paula - Em 2001, Deus colocou em meu coração uma missão de seguir pelo Brasil, reunindo as pessoas para
orarmos e pedirmos bênçãos para o nosso país. E temos feito isso, a cada ano, reunindo multidões de pessoas com fé e que acreditam que Ele pode mudar a história do nosso povo. Ma-naus é a capital do grande Estado do Amazonas, onde existem muitas necessidades de oração. Além disso, a riqueza e a diversidade do Brasil é muito grande e buscamos valorizar isso também nas nossas festas.
EM TEMPO - Há quanto tempo você sonha em fazer essa grava-ção em Manaus?
AP - Desde 2009 tenho esse desejo em meu coração. Mas como tudo tem o tempo certo, estou muito feliz porque o tempo de gravar em Ma-naus fi nalmente chegou. As portas da cidade estão abertas e estamos recebendo o apoio de todas as igrejas e órgãos públicos. Temos recebido mensagens de muitas pessoas que estão se manifestando com alegria pela nossa ida a Manaus.
EM TEMPO - A música “Encontro das águas”, do CD “Tua Visão”, fala do Amazonas. O grupo apre-
sentará mais alguma música que fale sobre a região?
AP - Ainda estamos fechando o re-pertório, mas com certeza esta canção será regravada, em uma visita pessoal ao Encontro das Águas.
EM TEMPO - Mariana ou André Valadão participarão do show?
AP - Ainda não posso confi rmar as participações especiais, mas os convidados, inclusive meus irmãos, estão sendo chamados.
EM TEMPO - E quanto à refor-mulação do Diante do Trono. A transição de componentes foi bem aceita pelo público?
AP – Sim. Quando percebemos Deus guiando cada passo da nossa vida, tudo vai bem. Os novos integrantes são jovens, que representam bem a nova geração que ama a Cristo e tem impactado a juventude brasileira aonde vão. Nosso público reconhece a importância de alcançar os jovens com a nossa mensagem e toda a nossa mudança contribuiu para isso.
EM TEMPO - Você tem alguma
pretensão em lançar CD solo novamente?
AP - Gravei um CD dedicado às pessoas que eu amo, como meus pais, esposo, fi lhos. Pode ser que eu faça coisas assim outra vez, mas nada que me atrapalhe na minha missão junto ao Diante do Trono.
EM TEMPO - E quanto a gravação do “Crianças Diante do Trono 7”, o nome do CD já foi defi nido? O que os pequenos podem esperar desse próximo CD?
AP - Vai se chamar “Davi”. O CD deve ser lançado até setembro deste ano, e o DVD até dezembro. Está lindo, ale-gre, divertido e, principalmente, cheio da mensagem do amor de Deus.
EM TEMPO - Deixe uma mensa-gem para os amazonenses.
AP - Já estamos nos preparando espiritual e musicalmente para a nossa grande festa. Obrigada por todo o apoio, carinho, e mal pode-mos esperar para vivermos juntos a realização deste sonho que é fazer nossa gravação em Manaus. Até o dia 9 de junho!
PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO
Desde 2009 tenho esse desejo no meu coração de gravar o DVD em Manaus. Mas como tudo tem o tempo certo, estou muito feliz porque o tempo de gravar fi nal-mente che-gou”
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Sob regência de Luiz Fernando Malheiro, a orquestra apresentará a obra de Bellini, que é divida em três atos e conta com figurino de Rosa Magalhães
Ópera ‘I Puritani’ retorna ao palco do teatro, hoje
Quem perdeu a estreia da ópera “I Puritani” de Vincenzo Bellini (1801–1835) terá a
oportunidade de assistir hoje, às 19h, no Teatro Amazonas. A programação faz parte do 16º Festival Amazonas de Ópera (FAO), que é uma realização do governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, com patrocínio máster do Banco Bradesco.
Ópera em três atos, “I Pu-ritani” tem no seu elenco os tenores Cleyton Pulzi e Enrique Bravo, a soprano Laryssa Alva-
razi, o barítono Vinícius Atique, os baixos Sávio Sperandio e Murilo Neves, a mezzo-sopra-no Andreia Souza, Corpo de Dança do Amazonas, Coral do Amazonas e os jovens músicos da Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica, sob a regência de Luiz Fernando Ma-lheiro e Federico Sardella.
“I Puritani” tem direção cêni-ca de William Pereira, figurino de Rosa Magalhães, ilumina-ção de Fábio Retti, assisten-tes de direção cênica Julianna Santos e Malú Gurgel, e César Cañón como pianista prepa-
rador. O cenário é de Marcos Apolo produzido pela Central Técnica de Produção.
Para quem assistiu a estreia da ópera a experiência foi fantástica. “Sou de São Paulo e nunca tinha visto uma ópera ao vivo. Em São Paulo, assistir um espetáculo de ópera é mui-to caro, algo em torno de R$ 600. Sempre gostei muito de ópera, vi várias pela televisão, inclusive, como professor de arte já havia exibido “Tosca” para os meus alunos. Hoje realizei um sonho. A sensa-ção é única, não tenho como
descrever, é surreal”, ressaltou Gilberto da Silva, turista.
A óperaAo compor sua décima e últi-
ma ópera, “I Puritani”, Vincenzo Bellini revelou que se inspirou to-talmente em “Nina de Paisiello”, por considerar uma obra-prima. “I Puritani” se passa durante a guerra civil. Plymouth, uma for-taleza puritana, está ameaçada pelo cerco das tropas realistas. É anunciado o casamento de Elvira e Riccardo, porém a noiva é apaixonada por outro homem - Arturo, um partidário Stuart.
“I Puritani” é uma obra de Vicenzo Bellini e contará com os corpos artísticos do Estado, além do figurino de Rosa Magalhães
SERVIÇOÓPERA“I PURITANI”
Quando:Onde:
Quanto:
Hoje, às 19hTeatro Amazonas, largo São Sebas-tião, CentroDe R$ 10 a R$ 80 (estudantes e idosos pagam meia), à venda na bilheteria do local
Jonas, do ‘BBB 12’, será atração em casa noturna
Dando continuidade à agenda do seu calendário de eventos, o Kabana’s Hall traz como convidado espe-cial no próximo dia 5 no “Sábado sou +”, o ex-BBB 12 Jonas, terceiro coloca-do na edição de 2012. Na ocasião, o modelo marca-rá presença na área VIP da casa como também distri-buirá autógrafos para os frequentadores do espaço. Além disso, o ex-Mister Mundo Internacional subi-rá ao palco e dará as boas vindas ao público presente nessa noite.
De acordo com o diretor da HGB produções, Hele-no Moreira, a presença do participante do reality show é apenas uma das várias novidades previstas para 2012, entre elas as inova-ções na tradicional festa junina do Kabana’s Hall e o lançamento da revista “Kabana’s Hall”, institucio-
nal com circulação prevista para várias cidades do país. “Queremos oferecer produ-ções que agradem o público que frequenta nossa casa. Nossos clientes são exigen-tes e por isso pensamos sempre em inovar a cada momento. E a presença do Jonas será apenas um aperitivo do que virá por aí”, destaca Heleno.
Segundo o produtor Bos-sué Souza, o participante do BBB 12 está ansioso para conhecer Manaus e garante responder com ca-rinho o assédio das fãs que comparecerem a casa de forró. “O Jonas é um rapaz simples e de bem com a vida, grato por tudo que tem conquistado. Por isso, resolvemos trazê-lo pois é uma pessoa com carisma e receptivo quando abor-dado. Além do mais é, sem dúvida, um dos destaques dessa edição”, afirma.
AGITO
Jonas fará presença VIP no Kabana’s Hall, no dia 5
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Amazonense coloca o RAPnas pistas portuguesasNascido em Tefé, o músico Ary César Ferreira conquistou o público de Portgual mostrando um rap ao estilo brasileiro
Filho da terra e aman-te do RAP, Ary Cé-sar Ferreira nasceu na cidade de Tefé e
ainda criança foi morar em Lisboa, Portugal, junto com a família. Ao carregar no bolso as tradicionais fi tas cassetes com canções de Gabriel O Pensador, teve os primeiros contatos com o estilo, mo-mentos fundamentais para a trajetória que viria trilhar. Aos 25 anos de idade o jovem che-ga ao auge da carreira, com dois CDs lançados e o terceiro a caminho, tudo isso, somado à expectativa de conhecer o ídolo e estar no mesmo palco ainda este ano.
Descendente de uma bai-larina angolana e um músico brasileiro, César e a família, emigraram para Portugal em busca de oportunidades e melhores condições de vida. “Nessa época, o ritmo era pouco conhecido em Portu-gal. Sou um dos únicos que fi zeram parte da minha gera-ção e que cresceram ouvindo o RAP”, disse. O amazonense lembra, sem muita empolga-ção, que a primeira gravação não teve muito sucesso e im-
pacto com o público. Para que sua voz fosse registrada, ele utilizou um simples gravador e um microfone. “Usei um gra-vador que era da minha irmã e um microfone do “Paraguai”, ao tentar registrar um álbum de Gabriel. Ainda era muito cru, mas a vontade de me expressar e falar o que sentia era maior”, conta.
César nunca desistiu do so-nho e em 2004 foi o terceiro colocado em um concurso de RAP. “No mesmo ano, já ti-nha letras para gravar meu primeiro CD, que consegui criar com a ajuda de minha madrinha, que viabilizou a verba”. O primeiro trabalho foi intitulado “Desabafo”, que lhe rendeu mais de mil cópias vendidas, o que segundo Cé-sar, é muito, em Portugal. Logo após, o cantor lançou o segundo álbum “Consciência dos 20”, em 2010 e agora, está gravando o terceiro, cha-mado “Noiz por Noiz”.
“Esse nome vem da ex-pressão brasileira “É noiz!”. Acredito que “noiz”, pessoas normais, emigrantes, portu-gueses que não nascem em berços de ouro, temos que fazer algo por “noiz” porque se não ninguém faz, daí, o sugestivo nome”, explicou.
O artista relata que sente muitas saudades do Brasil e principalmente da cidade na-tal. Ele afi rma que pretende voltar ao país, agora como um cantor reconhecido. “Como ar-tista, desejo fazer shows no Brasil, mas como brasileiro, sinto mais do que desejo, é um
sonho poder retornar à pátria, que abriga pessoas alegres, simples e festeiras”.
Ídolo O rapper Ary César está
apreensivo com a possibilida-de de poder conhecer Gabriel O Pensador, e mais, com a gran-de probabilidade de, quem sabe, dividir o palco com o ídolo. Ele afi rma que o contato
PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO
Quando comecei, o ritmo era pouco
conhecido em Portu-gal. Cresci ouvindo rappers brasileiros,
foi nartural ter leva-do para lá
Ary César, rapper
DIVULGAÇÃO
está sendo feito por um ami-go, Daniel Lima, que conhece o baixista do cantor. “Daniel prometeu que iria viabilizar esse contato e que promo-veria um encontro para conhecê-lo”. O show de Gabriel ainda não tem data m a r c a d a , mas deve aconte-cer na t e m -p o r a -da do v e r ã o português. “Estamos es-perando sua vinda e não vejo a hora de fazer um pedido para partilhar o palco com ele, em uma música, é um sonho fazer back vocal para ele”, disse.
Filho de uma baila-rina angolana e um músico brasileiro, Ary nasceu em Tefé (AM)
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D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ
ÁRIES - 21/3 a 19/4 A realidade da vida material está agora
favorecida. Aplique os recursos com sentido construtivo. Uma decisão relativa a um em-preendimento material pode ser tomada.
TOURO - 20/4 a 20/5 É tempo de reconhecer suas características
pessoais de modo realista. Não se acanhe diante de seus próprios potenciais. Invista no que há de novo em você mesmo.
GÊMEOS - 21/5 a 21/6 É tempo de resolver todo tipo de pendência
que esteja a lhe pressionar. As difi culdades e pendências, inclusive de saúde, devem ser cuidadas de maneira realista.
CÂNCER - 22/6 a 22/7 É fundamental aprender a se responsabili-
zar por seus sonhos, para que eles se concre-tizem. Sua visão sobre seus projetos futuros e os sonhos é agora mais realista.
LEÃO - 23/7 a 22/8 A realidade da carreira e dos papéis de auto-
ridade lhe é colocada frente a frente. A partir disto, construa uma situação mais sólida. Use o melhor de sua criatividade para tal.
VIRGEM - 23/8 a 22/9 Você pode perceber com particular clareza a
qualidade de seus pensamentos e o padrão de sua mentalidade. A realidade de seus valores fi losófi cos lhe é colocada às claras.
LIBRA - 23/9 a 22/10 Momento para ser realista no trato com
questões fi nanceiras, em especial quanto a dívidas materiais. Terá que se decidir por eli-minar algo que lhe atrapalha ou prejudica.
ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Momento para esclarecer as situações no
casamento e demais uniões. Reconheça a atu-al situação e poderá melhorá-la sensivelmen-te. Aprimore-se no modo de se relacionar.
SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 É hora de tomar decisões quanto ao
ambiente e à rotina de trabalho. Tudo está mais claro e as decisões podem ser tomadas. Aprimore-se quanto a ser capaz de manter um ritmo.
CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Momento caloroso e brilhante para os
sentimentos amorosos e a criatividade. Uma decisão fundamental é tomada com êxito. Mas, para isso, considere bem a realidade.
AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Uma nova luz faz você perceber um bom
caminho em direção a suas raízes e origens. É tempo de contatar os pontos essenciais de sua vida, inclusive de sua família.
PEIXES - 19/2 a 20/3 Você experimenta o quanto cabe em seu
tempo, na capacidade de ação e na rotina. Não cabe tudo o quanto imagina, mas cabe o sufi ciente para você realizar o necessário.
CruzadinhasCinemaESTREIA
American Pie – O Retorno – 16 anos: Cinemas Amazonas 5 – 16h25, 18h50 e 21h15 (dub/diariamente); Playarte 5 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h10 (leg/dia-riamente) e 23h30 (leg/somente sexta, sábado e segunda).
Espelho, Espelho Meu – Livre: Cine-mas Amazonas 5 – 14h (dub/diariamente); Playarte 10 – 12h, 14h10, 16h20, 18h30, 20h40 (dub/diariamente) e 22h50 (dub/somente sexta, sábado e segunda).
Como agarrar meu ex-namorado – 12 anos: Playarte 2 – 12h30, 14h30, 16h30, 18h30, 20h30 (leg/diariamente) e 22h30 (leg/somente sexta, sábado e segunda).
Jogos Vorazes – 14 anos: Playarte 8 – 12h20 e 15h10 (dub/diariamente);
Fúria de Titãs 2 – 12 anos: Playar-te 8 – 18h, 20h (leg/diariamente) e 22h (leg/somente sexta, sábado e segunda).
CONTINUAÇÕES
REPRODUÇÃO
Os Vingadores – UEA. 12 anos. Quando um inimigo inesperado surge ameaçando a segurança global, Nick Fury, diretor da agência internacional de paz conhecido como Shield, recruta uma equipe para livrar o mundo de uma possível destruição: Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Cine-mas Amazonas 4 – 15h, 18h e 21h (dub/diariamente); Cinemas Amazo-nas 6 – 14h30, 17h30 e 20h30 (dub/diariamente); Playarte 1 – 13h20, 16h (3D/dub/diariamente), 18h40, 21h20 (3D/leg/diariamente) e 23h59 (3D/leg/somente sexta, sábado e se-
gunda); Playarte 3 – 12h50, 15h30, 18h10, 20h50 (dub/diariamente) e 23h30 (dub/somente sexta, sábado e segunda); Playarte 4 – 12h51, 15h31, 18h11, 20h51 (dub/diariamente) e 23h31 (dub/somente sexta, sábado e segunda); Playarte 6 – 12h20, 15h, 17h40, 20h20 (leg/diariamente) e 23h (leg/somente sexta, sábado e segunda); Playarte 7 – 12h21, 15h01, 17h41, 20h21 (leg/diariamente) e 23h01 (leg/somente sexta, sábado e segunda); Playarte 9 – 14h30, 17h10, 19h50 (dub/diariamente) e 22h30 (dub/somente sexta, sábado e segunda).
Programação de TV
05h00 – Aventura Selvagem – reprise
06h00 – Pesca Alternativa
07h00 – A Grande Ideia
07h30 – VRUM
08h00 – PGM Manazinha – local
08h30 – Chaves
09h00 – Sorteio Amazonas dá Sorte
(local)
10h00 – Domingo Legal
14h00 – Eliana
18h00 – Roda a Roda Jequiti
18h55 – Sorteio da Telesena
19h00 – Programa Sílvio Santos
23h00 – De Frente com Gabi
00h00 – Série: O Mentalista/ The
Mentalist
01h00 – Série: O Alvo / Human
Target
02h00 – Série: Agentes Secretos /
Undercovers
03h00 – Encerramento da Progra-
mação
SBT GLOBO
REDE TV
04h45 – Santa Missa em Seu Lar
05h45 – Sagrado: Compacto – Poder
05h58 – Amazônia Rural
06h28 – Pequenas Empresas – Grandes
Negócios
07h05 – Globo Rural
08h00 – Auto Esporte
08h35 – Esporte Espetacular
11h40 – As Aventuras de Didi
12h15 – Os Caras de Pau
13h00 – Temperatura Máxima. Filme: O Bicho
Vai Pegar
15h00 – Futebol 2012: Campeonato Carioca
– Vasco da Gama x Botafogo
17h00 – Domingão do Faustão
19h45 – Fantástico
22h03 – Programete UFC
22h10 – Reality UFC: Em Busca de Campeões
23h10 – Domingo Maior. Filme: Os Bad Boys
01h15 – Sessão de Gala
03h00 – Corujão I. Filme: Marcado Para a
Morte
04h33 – Festival de Desenhos
05h30 – Desenhos Bíblicos
07h20 – Record Kids – Pica-Pau
09h00 – Amazonas dá Sorte – Bingo
- local
10h00 – Record Kids – Pica-pau
11h30 – Tudo é Possível – PGM 350
15h30 – Programa do Gugu – PGM
139
19h30 – Domingo Espetacular – PGM
418
22h15 – Repórter Record
23h30 – Série: Casais Perfeitos (1ª
Temporada – inédita)
00h00 – Programação IURD
06h30 – Igreja Internacional da Graça – local07h30 – Igreja Internacional da Graça – local08h40 – Programa: TV Comunidade – local – estreia
TV CULTURA05h55 – Abertura da Estação/ Hino Nacional06h00 – Via Legal06h30 – Brasil Eleitor07h00 – Palavras de Vida08h00 – Santa Missa09h00 – Viola, Minha Viola09h15 – Curta Criança09h30 – Janela Janelinha10h00 – Viola Minha Viola09h15 – Curta Criança09h30 – Nova Amazônia – local
– reprise
10h00 – Escola Pra Cachorro
10h15 – Meu Amigãozão
10h30 – Turma do Pererê
11h00 – ABZ do Ziraldo
11h30 – Anima TV Tromba Trem
11h45 – Anima TV Carrapatos e
Catapultas
12h00 – Turma do Pererê
13h00 – Dango Balango
13h30 – TV Piá
14h00 – Stadium
15h00 – Os Protetores do Planeta
16h00 – Ver TV
17h00 – De Lá Pra Cá
17h30 – Cara e Coroa
18h00 – Papo de Mãe
18h30 – Entrelivros Bienal Brasília
2012
19h00 – Conexão Roberto D’Ávila
20h00 – Esportvisão
21h30 – MPTV – Reprise – local
22h00 – Roda Viva Amazônia – local
ao vivo
23h00 – Doc. Especial
00h00 – Hino Nacional / Encerramen-
to da Emissora
RECORD05h00 – Igreja Mundial
06h00 – Fórmula Indy
14h30 – Futebol 2012
16h50 – Terceiro Tempo
19h00 – Um Tio da Pesada
21h00 – Pânico na TV
23h30 – Canal Livre
00h00 – Show Business – reap.
00h45 – Cine Band
03h10 – Igreja Mundial
09h15 – Programa: Viva Amazônia
– local
09h45 – Break Obrigatório
10h00 – Campeonato Italiano
12h00 – Programa: Fique Ligado
– local
13h00 – Programa: Esporte Performan-
ce – local
14h00 – Programa: Semeando Bênçãos
– local
14h30 – Programa: Amigos do Volante
– local
15h00 – Sabores & Ideias – local
15h30 – Programa: Fé e Milagres
– local
16h00 – Programa: Despertar – local
16h30 – Break Obrigatório
16h50 – Ritmo Brasil
17h20 – O Encantador de Cães
18h10 – O Último Passageiro
19h40 – Mega Senha
21h00 – Sessão Especial
22h30 – Programa: Amazon Trip – local
23h00 – Dr. Hollywood Brasil
00h00 – É Notícia
01h00 – Bola na Rede – 2º Tempo
01h30 – Igreja Internacional da Graça
– local
BAND
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D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012
Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br
Foi para festejar a primeira sessão parabéns da linda Valentina que seus paizões, Harumi e Christóvão Go-mes, orquestraram uma grandiosa festança que transformou o chique Contemporâneo no mundo divertido da Minie. Comidi-nhas deliciosas, vaivém de gente bonita e muito alto astral não faltaram.
Fabiolla Sampaio é a festejada aniversariante da temporada. Os cumprimentos da coluna.
O querido Pedrinho Aguiar vol-tou a abrilhantar a cena matutina social com sua coluna no cente-nário Jornal do Commercio. Aliás, foi lá que este editor começou sua vida profi ssional.
A empresária Tati Oliveira vai montar uma Santa Vaidade em Parintins, precisamente nos do-mínios do resort Amazon River. A loja vai funcionar durante todo o período bovino deste ano.
Hoje, um dos casais mais fes-tejados da cena social, Hebe e Eymar Pereira, está celebrando seus 45 anos de casados com missa seguida de jantar no en-dereço do Kyssia.
A Central de Artesanato Branco e Silva convida para conferir seu Bazar Renda Extra especial do Dia das Mães. Quando? Nos dias 4, 5 e 6 das 9h às 20h. A entrada? Se possível leve alimentos não perecíveis para doação.
A aniversariante da temporada, Graziela, mais Francisco Noguei-ra estão em Brasília curtindo agenda relax.
Claudia Mendonça avisa que a
Paradise continua vendendo (com comodidade) passagens para o festival mais concorrido do mun-do: o de Parintins. Assegure seu bilhete aéreo para a grande festa bovina da Ilha Tupinambarana. Aliás, a Paradise está com uma promoção Manaus/Miami irresis-tível, com precinho convidativo até o próximo dia 12.
::::: Sala de Espera
@hotmail.com - www.jandervieira.com.br
Foi para festejar a primeira sessão parabéns da linda Valentina que seus paizões, Harumi e Christóvão Go-mes, orquestraram uma grandiosa festança que transformou o chique Contemporâneo no
A embaixadora da solida-riedade, Nejmi Jomaa Aziz,
será cumprimentadíssima nesta terça-feira, dia de
seu aniversário. A primei-ra-dama trocou festa para
comemorar sua troca de idade no meio do povo, duran-
te a inauguração do mirante na orla de Iranduba e ainda fará visita às obras de construção da creche que levará seu nome. Ao
lado do governador Omar Aziz, ela também participa da inauguração
da praça de esportes e lazer do município – onde será homenagea-
da pela população
A Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais-AM, tendo o competente médico Noaldo Lucena à frente, pilotará – em Tabatinga - a partir de amanhã até o próximo dia 4, aos profi ssionais da saúde o Curso de Testagem e Aconselhamento em HIV, Sífi lis e hepatites B e C. Depois seguirão para capacitar os profi ssionais dos Dseis do Alto Solimões e de Atalaia do Norte, totali-zando 58 profi ssionais que atuam na saúde indígena. Aplausos.
::::: Reciclagem
O deputado Francisco Souza (PSC) apresentou um projeto de lei que institui o Dia Estadu-al do Bacharel em Turismo no Amazonas, a ser comemorado, anualmente, no dia 27 de se-tembro. O projeto segue para tramitação na Aleam. Souza, que é presidente da Comissão de Turismo e Empreendedo-
rismo da casa legislativa, ressalta que a proposi-
tura do projeto de lei se justifi ca pela
necessidade de homenagear a categoria p r o f i s s i o -nal de fun-d a m e n t a l importância
para o desen-volvimento re-
gional. O Amazo-nas tem cerca de 4
mil turismólogos e cerca de 2 mil estudantes se formando na área.
O Sesc Amazo-nas lança, neste do-mingo, no largo do Mestre Chico, o cir-cuito Amazônia das Artes edição 2012. O lançamento acon-tece, a partir das 19h, com a apresentação do espetáculo “Pio-nices” do Gedam, re-presentante do Amazonas no circuito, durante a fi nal do Festival de Calouros. Em sua quarta edição, o projeto continua com o propósito de estimular e difundir a produção artístico-cultural dos Estados da Amazônia Legal e outros que possuem confl uências de desen-volvimento no mesmo âmbito.
::::: Aquarela
::::: Souza apresenta projeto de lei
::::: Viva, Valentina!!
A pequena aniversariante Valentina Tsuji Go-mes com os paizões Christóvão e Harume
Grace e Patrícia Benayon
Juliana e Carlos Queiroz
Silvana e Alberto Aguiar
Regina e Saulo Furtado
FOTO
S: W
ILLI
AM R
EZEN
DE
HER
ICK
PERE
IRA/
AGEC
OM
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