em tempo - 19 de janeiro de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 30 MÍN.: 23 TEMPO EM MANAUS ANO XXVII – N.º 8.601 – SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 LOURDES TRAZ AS CINZAS DE MARCO A família do brasileiro Marco Archer Moreira, morto por fuzilamento na Indonésia, decidiu cremar o corpo do ex-instrutor de voo livre. Maria de Lourdes Archer Pinto, tia que esteve com o condenado horas antes da execução, vai trazer as cinzas para o Brasil. Ela levou cartas de familiares e amigos ao sobrinho e também realizou um dos seus últimos desejos: comer um bacalhau de Portugal. Marco Archer, 53, foi executado pouco após a meia-noite de domingo (15h de sábado, no horário de Brasília), na Indonésia, pelo crime de tráfico de drogas. MUNDO B3 Ojornalsatíricofrancês“Char- lie Hebdo” anunciou neste sába- do (17) que voltará a ampliar sua tiragem de cinco para sete milhões de exemplares após o atentado da semana passada em Paris. Mundo B4 Tiragem do jornal será de 7 milhões Começa em fevereiro ano legislativo no Congresso País B1 Após passar oito anos para- do, o Projeto de Lei (PL) 122, conhecido como PL da Homo- fobia, foi arquivado no Senado. No Amazonas, políticos e mo- vimentos LGBT reagem contra a decisão. Política A5 Homofobia não vai mais ser crime A parceria entre Nando Reis e Cássia Eller foi além dos palcos. É o que revela o cantor em trecho inédito do documentário “Cássia El- ler”, que estreia em 29 de janeiro. Plateia B5 Uma parceria que deixou saudades Uma ambulância transporta o corpo de Marco Archer Moreira da prisão de Nusakambangan para o crematório. As cinzas serão trazidas para o Brasil por Lourdes Archer Pinto (detalhe), tia de Marco A visita do Comitê Olímpico Internacional (COI) à Arena da Amazônia oficializou a candida- tura de Manaus como uma das cidades-sede para as disputas de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. Lami- ne Diack se disse encantado com a Arena da Amazônia. “Espero que durante as Olimpíadas algu- mas partidas de futebol possam ser realizadas nesse majestoso estádio de futebol”, declarou. Pódio D2 Com um pé nos Jogos Olímpicos ARENA DA AMAZÔNIA Arthur Neto, Henrique Oliveira e Roberto Gesta recepcionaram Lamine Diack e Sergey Bubka, que são membros do COI ‘CHARLIE HEBDO’ LGBT REAGE PLATEIA FOTOS: DIVULGAÇÃO DIEGO JANATÃ Ato público em Manaus contra a tarifa de ônibus Dia a dia A7 Equipe da TV Globo tem passaportes apreendidos Última Hora A2

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

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PREÇO DESTA EDIÇÃO

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1,00

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 30 MÍN.: 23

TEMPO EM MANAUS

ANO XXVII – N.º 8.601 – SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES98116-3529

LOURDES TRAZ ASCINZAS DE MARCO

A família do brasileiro Marco Archer Moreira, morto por fuzilamento na Indonésia, decidiu cremar o corpo do ex-instrutor de voo livre. Maria de Lourdes Archer Pinto, tia que esteve com o condenado horas antes da execução, vai trazer as cinzas para o Brasil. Ela levou cartas de familiares e amigos ao sobrinho e também realizou um dos seus últimos desejos: comer um bacalhau de Portugal. Marco Archer, 53, foi executado pouco após a meia-noite de domingo (15h de sábado, no horário de Brasília), na Indonésia, pelo crime de tráfi co de drogas. MUNDO B3

O jornal satírico francês “Char-lie Hebdo” anunciou neste sába-do (17) que voltará a ampliar sua tiragem de cinco para sete milhões de exemplares após o atentado da semana passada em Paris. Mundo B4

Tiragemdo jornal será de 7 milhões

Começa em fevereiro ano legislativo no Congresso

País B1

Após passar oito anos para-do, o Projeto de Lei (PL) 122, conhecido como PL da Homo-fobia, foi arquivado no Senado. No Amazonas, políticos e mo-vimentos LGBT reagem contra a decisão. Política A5

Homofobianão vai mais ser crime

A parceria entre Nando Reis e Cássia Eller foi além dos palcos. É o que revela o cantor em trecho inédito do documentário “Cássia El-ler”, que estreia em 29 de janeiro. Plateia B5

Uma parceriaque deixousaudades

Uma ambulância transporta o corpo de Marco Archer Moreira da prisão de Nusakambangan para o crematório. As cinzas serão trazidas para o Brasil por Lourdes Archer Pinto (detalhe), tia de Marco

A visita do Comitê Olímpico Internacional (COI) à Arena da Amazônia ofi cializou a candida-tura de Manaus como uma das cidades-sede para as disputas de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. Lami-ne Diack se disse encantado com a Arena da Amazônia. “Espero que durante as Olimpíadas algu-mas partidas de futebol possam ser realizadas nesse majestoso estádio de futebol”, declarou. Pódio D2

Com um pé nos JogosOlímpicos

ARENA DA AMAZÔNIA

Arthur Neto, Henrique Oliveira e Roberto Gesta recepcionaram Lamine Diack e Sergey Bubka, que são membros do COI

‘CHARLIE HEBDO’LGBT REAGEPLATEIA

FOTO

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Ato público em Manauscontra a tarifa de ônibus

Dia a dia A7

Equipe da TV Globo tempassaportes apreendidos

Última Hora A2

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Page 2: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Concurso n. 677 (17/01/2015)

Extração nº 04937 (17/01/2015)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 29.704 1.000.000,00

2º 06.449 21.500,00

3º 73.268 17.700,00

4º 31.813 16.500,00

5º 43.335 15.085,00

Concurso n. 1351 (16/01/2015)

02 11 20 31 35 44

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

02 14 28 36 38 48

Segundo sorteio

Concurso n. 1522 (17/01/2015)

LOTOMANIALOTOMANIA

01 03 11 18 19

35 44 54 59 60

64 68 70 71 76

77 79 80 84 96

Concurso n. 3692 (17/01/2015)

02 08 09 26 78

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

TIMEMANIATIMEMANIA

01 04 16 21 41 42 64

Time do coração

IPATINGA/MG

LOTERIAS

Concurso nº 1670 (17/01/2015)

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

01 17 19 30 33 47

01 02 03 04 06

08 09 14 15 16

17 22 23 24 25

Concurso n. 1159 (16/01/2015)

Indonésia retém passaporte de equipe da TV GloboCorrespondente Márcio Gomes e seu cinegrafi sta estão no país para cobrir a execução do brasileiro Marco Archer

Rio de Janeiro - Au-toridades indonésias em Cilacap, a 400 quilômetros da capi-

tal Jacarta, apreenderam, no último sábado, os passaportes da equipe da TV Globo que está no país para cobrir a execução do brasileiro Marco Archer, condenado à morte por tráfi co de drogas. O ex-intrutor de voo livre foi preso em 2004, ao tentar entrar no país carregando 13,4 quilo de cocaína em tubos de uma asa-delta. Ele foi fuzilado no sábado, dia 17.

O correspondente Márcio Gomes e o cinegrafista da emissora foram detidos no porto de Cilacap, por onde se chega à Ilha de Nusakam-bangan, onde os seis conde-nados, entre eles o brasileiro, foram mortos por um pelo-tão de fuzilamento compos-to por 12 pessoas.

O Itamaraty informou que não sabe em que circunstân-cias o incidente ocorreu. Di-plomatas brasileiros na Indo-nésia já foram acionados para auxiliar a equipe de jornalistas a recuperar os passaportes.

Márcio Gomes e o cinegra-fi sta que o acompanha na In-donésia foram liberados pelas autoridades, assim como seus

equipamentos, mas os passa-portes continuam retidos. A embaixada brasileira está au-xiliando a equipe da TV Globo na liberação dos passaportes. O Itamaraty disse que está cuidando do caso e que os dois não correm riscos.

FuzilamentoMarco Archer era instrutor

de voo livre e foi preso ao tentar entrar na Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Inter-nacional de Jacarta. O brasi-leiro conseguiu fugir do ae-roporto, mas foi preso duas semanas depois.

A Indonésia pune com pena de morte o tráfi co de drogas. Outro brasileiro aguarda no corredor da morte da Indo-nésia, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também por tráfi co de cocaína.

Na última sexta-feira, a pre-sidente Dilma Rousseff fez um apelo por telefone ao governan-te da Indonésia, Joko Widodo, para poupar a vida dos brasi-leiros condenados à morte, mas não foi atendida.

O jornalista Márcio Gomes está na Indonésia para a cobertura da execução do brasileiro Marco Archer, ocorrida no último sábado

DIVULGAÇÃO

Bala perdida mata criança de 4 anosRio de Janeiro - Uma menina

de 4 anos morreu na manhã de ontem, após ser atingida na cabeça por uma bala perdida na noite de sábado na rua Rio da Prata, no bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Segundo a família, a menina, a mãe e o padrasto estavam saindo de um restaurante quando ouviram um disparo. A menina estava de mãos dadas com o padrasto quando foi atingida na cabeça.

A criança chegou a ser levada para o Hospital Pedro 2º, tam-bém na Zona Oeste, mas não resistiu e morreu. A mãe pres-tou depoimento. A Divisão de Homicídios fi cará responsável pelas investigações.

RIO DE JANEIRO

Industriário é encontrado morto em sua residência

O industriário Alexandre Pereira de Araújo, 33, foi encontrado morto estran-gulado por um cabo AV (utilizado para conexão de vídeo), em sua residência, localizada na rua I 2, bair-ro Armando Mendes, Zona Leste de Manaus, por volta de 12h30 deste domingo.

A vítima, que era homos-sexual, estava nua e teve seu corpo encontrado por um amigo que não quis ter o nome revelado. “Eu fui fazer uma visita a ele e bati várias vezes na porta, mas ninguém me atendeu. Quando conse-gui entrar na casa, me depa-rei com o corpo caído no chão do seu quarto”, lamentou.

O perito da Polícia Civil disse que Alexandre foi en-contrado no quarto com o fi o enrolado em seu pescoço e um sangramento no rosto.

O irmão da vítima, Valney Pereira, 27, contou ao EM TEMPO Online que na ma-

drugada ouviu um barulho estranho no quarto do in-dustriário. “Ele tinha o canto dele. Morava no quarto da frente e eu e minha família no quarto de trás. Nessa madrugada, ouvi um baru-lho de murro na parede, mas depois parou”, contou.

Ainda segundo o irmão, um morador da frente informou que, por volta de 5h30, viu dois homens em uma moto de placa e cor não identifi ca-das entrando na residência. “O vizinho me contou que viu um homem saindo da moto e outro fi cou esperando no lado de fora”, ressaltou.

Conforme os familiares, a vítima não tinha pro-blemas com ninguém e era trabalhadora. Era um homem de poucas festas e de beber “socialmente”.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) abriu um inquérito para investigar o caso.

ESTRANGULADO

Familiares entraram em choque ao ver corpo de Alexandre

KAMYLA GOMES

*Leia mais na pág. B3

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Page 3: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015 A3Opinião

O deputado Sidney Leite (Pros) “brechou” o armazém de secos e molhados em que está mumifi cado o corpo de leis brasileiras e descobriu uma luz atrás de estante sobrecarregada de poeira e má-fé pública. Ali está – como quer a indiscrição do deputado – o devastado município de Coari, ainda mais isolado, como se não fi zesse parte do Estado do Amazonas (senão em temporadas eleitorais). Sidney tem certeza de que nem precisa incomodar os atarefados parlamentares estaduais para concretizar a intervenção estadual naquele município estuprado que a Justiça negou mais de uma vez, apesar de o Ministério Público ter insistido na óbvia necessidade.

A decisão não está, em primeira instância, sequer na mão do governador José Melo, que mal acaba de assumir a sua primeira governança integral, mas na consciência cívica e disposição física do presidente da Assembleia Legislativa, Josué Neto (PSD), também em segundo mandato. Simples, como entende o deputado. Os dois são da base aliada do governador e, em tese, não haveria choque de interesses em concretizar a intervenção. Assim, o Amazonas pode requerer reintegração de posse e devolver a estrela de Coari à bandeira do Estado.

A não ser que o inferno de Coari tenha suas raízes mais profundas fi ncadas no interesse das au-toridades estabelecidas no conforto refrigerado da capital. Aí, a “brecha” estará fechada para Sidney Leite e qualquer outro cidadão de boa vontade e vergonha na cara disposto a pôr ordem nessa orgia. O que está acontecendo naquele município é de uma costumeira perversidade: primeiro, permitem-se todas as bandalheiras a céu aberto, depois que a população se descobre indignada e vai às ruas é considerada baderneira e chega a hora de acionar a polícia, que parece ser a guardiã desse manicômio amazonense e não da segurança pública.

Contexto3090-1017/98115-1149 [email protected]

Para a advogada amazonense Maria de Lourdes Archer Pinto, que enfrentou o drama de seu sobrinho Marco Archer até o fi m. Lutando praticamente sozinha em um país estrangeiro, “Lourdinha” nunca perdeu a esperança, a fé e a coragem.

Lourdes Archer Pinto

APLAUSOS VAIAS

Filas na madrugada

As fi las estão aumentando nos supermercados venezuela-nos, com alguns consumidores aparecendo antes do amanhe-cer na busca por produtos que vão de frango a sabão para lavar roupas.

Ficasse calada

Faltou sensibilidade e um pouco mais de respeito à ex-ministra dos Direitos Humanos e deputada fe-deral pelo PT, Maria do Rosário.

Ao falar sobre o destino das cinzas de Marco Archer Cardoso Moreira, executado no sábado (17), na Indonésia, veja o que ela escreveu em sua conta no Twitter:

— Mas que interesse há para onde as cinzas serão levadas no Brasil? O sujeito não era herói, era trafi cante.

Nos outros é refresco!

E se fosse com um filho, um irmão ou um sobrinho, a deputada Maria do Rosário reagiria assim?

É quase provável que não. De-pois que falou a besteira, ela tentou consertar:

— Fui contra a execução. Sou contra pena de morte.

Auxílio-moradia

A Câmara dos Deputados vai oferecer aos deputados eleitos que não estão atualmente no exercício do mandato três diárias em um hotel cinco estrelas de Brasília, o que pode gerar um custo de até R$ 146,2 mil para os cofres da casa.

Hospedagem

A hospedagem será entre os dias 30 de janeiro e 2 de

fevereiro, período da posse dos congressistas, marcada para 1º de fevereiro.

Quem ganha

Terão direito ao benefício 198 deputados novatos, que nunca atuaram no Legislativo federal.

E outros 25 que já exerceram mandatos em outros períodos e estão retornando à Câmara.

Minha casinha

Os parlamentares reeleitos não receberão hospedagem gratuita porque já ocupam apartamentos funcionais oferecidos pela Câma-ra, em Brasília, ou recebem auxílio-moradia de R$ 3,8 mil por mês.

Esperança olímpica

A Arena da Amazônia encan-tou o presidente da Federa-ção Internacional de Atletismo (Iaaf), Lamine Diack.

Isso é um bom sinal, porque aumenta as chances de Manaus como uma das cidades-sede para as disputas de futebol das Olimpíadas 2016, que aconte-cerão no Rio de Janeiro.

Isso porque além de presidente da federação, Lamine também integra os quadros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Acredita

Na Arena, Arthur disse que a conquista do selo de Cidade Olímpica será de fundamen-tal importância para a capital amazonense.

— Um evento desse porte, se não incluísse a Amazônia, teria uma lacuna, portanto, temos muita esperança de que Manaus seja uma das cidades-

sede –, destacou Arthur.

Overdose de Sarney

Em matéria especial para a Globo News, o jornalista Fernando Gabeira descobriu um fato curioso, mas nada surpreendente.

Cento e cinquenta estabe-lecimentos da rede pública de ensino no Maranhão têm o nome de um membro da família Sarney estampado na fachada.

Só dá ele O senador José Sarney

(PMDB-AP), ex–presidente da República e do Senado Federal, batiza nada menos que 64 escolas maranhenses.

A enxurrada de homenagens é para o Sarney governador, depu-tado, presidente, senador e até como acadêmico.

Inconstitucional

Seu nome está na frente de escolas em mais de 30% dos municípios do Estado.

Todas da rede pública, corrobo-rando um ato inconstitucional.

Minha garota

Na família, o senador só perde em homenagens do mesmo estilo para a fi lha, a governadora Rose-ana Sarney (PMDB).

43 Roseana

Roseana, que acaba de cum-prir o quarto mandato no Pa-lácio dos Leões, dá nome a 43 escolas no Estado.

Com exceção de um estabe-lecimento privado em São José de Ribamar, todas as escolas pertencem à rede municipal e estadual de ensino.

Para ex-ministra dos Direitos Humanos e deputada federal pelo PT, Maria do Rosário, que tripudiou sobre o drama da família Archer, que teve um fi lho executado na Indonésia. “O sujeito não era herói, era trafi cante”, disse.

Maria do Rosário

A ilha de Margarita, na Venezuela, já foi considerada o paraíso dos amazonenses. Mas, agora, o sonho acabou. Manauenses que ousarem passar uns dias de

férias e lazer na ilha – já que janeiro é conhecido como o mês de temporada para brasileiros – têm que ir prevenidos.

Mergulhada na crise, a Venezuela começa a sofrer problemas de abastecimento. Itens básicos, como sabonete, fralda, desodorante, papel higiênico e mesmo leite estão em falta naquele país. O turista que procura estes produtos para comprar passa por constrangimento, já que o fato virou piada entre os venezuelanos.

Margarita, quem te viu!

DIVULGAÇÃO EBC

[email protected]

Reintegração de posse

Com a operação Lava Jato a delação ganhou notoriedade inusitada no Brasil. Já estava prevista nas nossas leis desde 1990. Não é instituto novo. Mas foi o es-cândalo da Petrobras que a notabilizou. A classe de cima (os poderosos) sempre manteve o velho acordo de cavalheiros (omertà = silêncio). Em algumas vezes as CPIs tentaram romper esse acordo. Esforço inútil (porque também muitos políticos estão envolvidos nas organi-zações criminosas empresariais que sempre sugaram o Estado brasileiro).

Por dinheiro ou para preservar a impunidade dos crimes, várias CPIs nem sequer conseguem aprovar a que-bra do sigilo das grandes empresas (em novembro de 2014 isso ocorreu mais uma vez, tendo havido acordo entre o PT e o PSDB para proteger seus fi nanciadores que são, ao mes-mo tempo, prestadores de serviços para a Petrobras). Em 2009 houve o arquivamento de outra CPI (também da Petrobras): na ocasião teria havido (conforme a delação de Paulo Roberto da Costa) a “doação” de R$ 10 milhões para Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, que teria usado o dinheiro para cobrir os gastos de campanha de José Serra. É o mundo político cumprindo seu papel de “despachante” dos inte-resses privados.

A efi cácia das delações ainda con-tinua um tema pendente. É preciso esperar todos os desdobramentos no escândalo da Petrobras. Fala-se, até aqui, em dez delações já feitas. Mas uma coisa é delatar e outra é provar. Se o que foi delatado não resultar provado, nenhum benefício ganha o delator. Só com base nas delações, ademais, nin-guém pode ser condenado. Um efeito imediato dessas delações foi a prisão de vários executivos (da Petrobras e das empreiteiras). Esse alto escalão sempre gozou de uma espécie de imu-nidade penal (instituída pela burguesia ascendente desde 1789). Agora não só foram presos como também estão delatando. A onda está pegando. Virou

efervescência contaminante.Sintoma de uma nova era. Assim

como algumas consoantes não se ou-vem, mas não deixam de ser necessá-rias à compreensão das palavras, assim como algumas notas musicais não se tocam, mas são imprescindíveis para a arquitetura da orquestra, há expressões da sinfonia societal [penal] inaudíveis aos espíritos com menos argúcia (Ma-ff esoli, Homo erectus: 3). Elas são, no entanto, primordiais para captar o advento de uma nova era, de um novo tempo (muito provavelmente mais efi caz em termos punitivos e ressarci-tórios, mas já se pondo na antessala da Inquisição da Idade Média).

Hélio Schwartsman (“Folha”) explica as delações em cadeia com a teoria dos jogos (ou dos prisioneiros). Não havendo nenhuma delação premiada, melhor é manter os acordos de silêncio. Porque eles difi cultam a descoberta de provas (gerando, em regra, a impuni-dade de todos). É a melhor estratégia para todos os investigados. Quando um dos participantes da organização cri-minosa delata, em busca de benefícios jurídicos (de prêmios), o jogo se inverte: é melhor também fazer acordo com a Justiça (porque nesse caso o silêncio será bastante prejudicial).

Na fase judicial (já iniciada) vamos saber se as delações são ou não ver-dadeiras. Se haverá mesmo recupera-ção ou não de dinheiro. Uma coisa é certa: se isso prosperar, vai virar febre. Efeito viral, apesar de todas as críti-cas (sobretudo contra os abusos nas prisões preventivas). A Justiça criminal brasileira mudará de paradigma (sai do modelo confl itivo para entrar no modelo consensual, em todos os crimes, o que é juridicamente possível combinando-se a lei 12.850/13, da organização crimi-nosa, com a lei 9.807/99, de proteção às vítimas e testemunhas).

P.S. Participe do movimento ‘fimdopoliticoprofissional.

com.br’

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

A onda da delação premiada

[email protected]

Na fase judi-cial (já ini-ciada) vamos saber se as delações são ou não ver-dadeiras. Se haverá mes-mo recupe-ração ou não de dinheiro. Uma coisa é certa: se isso prospe-rar, vai virar febre. Efeito viral, apesar de todas as críticas (so-bretudo con-tra os abusos nas prisões preventivas)”

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Page 4: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

O Palácio do Planalto trabalha com um cenário em que a volta da cobrança da Cide sobre a gasolina não seja repassada ao consumidor. Setores do governo estão convencidos de que a queda do preço do petróleo no mercado internacional abriu espaço para a manutenção da tarifa do combustível na bomba. Como a Petrobras continua vendendo gasolina ao mesmo preço, apesar do petróleo mais barato, auxiliares de Dilma defendem uma redução do lucro da companhia.

Segura A medida serviria para acomodar a Cide e evitar pressões infl acionárias.

Contabilidade... O mer-cado já discute essa pos-sibilidade como um cenário “provável” para 2015.

...criativa? O ministro Jo-aquim Levy (Fazenda), no en-tanto, disse na semana pas-sada que “a Petrobras fará a decisão de preços como empresa”, indicando que a estatal não deve ser usada para o controle da infl ação.

Faltou o cara As cen-trais sindicais entram sem grandes expectativas na reunião hoje, em São Pau-lo, com quatro ministros de Dilma, para discutir mudan-ças nos benefícios traba-lhistas. A ausência de Levy é tida como péssimo sinal pelos dirigentes.

Saudades “Vou lançar o movimento ‘Era Feliz e Não Sabia – Volta Mantega’”, pro-meteu o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Próxima parada Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que dispu-ta a presidência da Câmara,

agendou encontro com a For-ça para segunda que vem.

Fora de... As sessões até tarde da noite às terças-feiras em 2014 acabaram com um “curral de votos” de Júlio Delgado (PSB-MG) para a presidência da Câmara.

Para depois A pedido do PT, o TSE adiou a propagan-da do partido na TV de 12 de fevereiro, às vésperas do Carnaval, para 5 de maio. No programa, a sigla pretende abordar temas como re-forma política e regulação da mídia.

Previdência A presen-ça de José Sarney (AP) na reunião do PMDB sobre as eleições no Congresso foi interpretada como sinal de que ele quer manter sua in-fl uência no partido ao deixar o Senado, em fevereiro.

Coordenador No encon-tro, o senador defendeu ar-duamente os interesses de Renan Calheiros (AL).

Número... O PRB, que elegeu 21 deputados, está em busca de aliados para formar um bloco com pelo

menos 31 parlamentares.

...mágico Com essa quan-tidade, é possível pedir verifi -cação de presença no plená-rio da Câmara para obstruir votações, por exemplo.

Reação Do deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), sobre o ataque do deputa-do estadual Pedro Tobias (PSDB-SP) ao ministro Gil-berto Kassab: “É mestre em comércio: vendeu a medici-na para se fazer na política. Agora, aluga o mandato para tarefas covardes determi-nadas por outros”.

É cilada Dirigente de um partido que quer cooptar Marta Suplicy torce para ela não cair no que chama de “canto da sereia lulista”: a sinalização de que a se-nadora será candidata ao governo paulista em 2018, caso fique no PT.

Vidente Assim vislumbra esse “futuro” para Marta: Fernando Haddad coloca Gabriel Chalita (PMDB), seu novo secretário, como vice em 2016. Caso reeleito, Ha-ddad disputa o Bandeiran-tes, e Chalita vira prefeito.

Sonho meu

Contraponto

Na sabatina da Comissão de Infraestrutura do Senado que aprovou a indicação de Jerson Kelman – hoje presidente da Sabesp – e de Benedito Braga – secretário paulista de Recursos Hídricos – para a diretoria da ANA (Agência Nacional de Águas), em 2000, a senadora Emília Fernandes (PDT-RS) disse ter recebido denúncias anônimas contra a dupla, sem revelá-las.

Ao fim da sessão, ela disse que os dois eram acusados de integrar a Associação Bra-sileira de Recursos Hídricos.

– Isso não é denúncia! É currículo... – bradou Braga, provocando risadas na sala.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

CONTRA

Tiroteio

DEPUTADO MARCUS PESTANA (PSDB-MG), sobre a suspeita de que Paulo Roberto Costa teria guardado dinheiro sob uma piscina aterrada em sua casa.

Nem Walt Disney poderia imaginar. A Petrobras reeditou Tio Patinhas. Paulo Roberto literalmente nada em dinheiro!” O PMDB é o único partido político,

no Brasil, que consegue subverter a aritmética: quanto mais dividido, mais força detém. E a explicação se deve ao fato de que a divisão do partido em alas e grupos es-taduais lhe proporciona um arco agigantado de alianças com outros entes, o que lhe confere sempre ampla presença e forte mando nas estruturas administrativas dos go-vernos federal, estaduais e muni-cipais. Na lição de pragmatismo que expressa com tal estratégia, o partido passou a ser malvisto por certos setores, impregnando-se de conteúdos que o identifi cam com oportunismo, imerso nas entranhas das máquinas e exibindo incontida vocação pelo poder.

Nos últimos tempos, em função dos escândalos que têm solapado a administração pública no país e borrado a imagem de parcela do setor produtivo privado, outras siglas desceram ao inferno da Ima-gem, a ponto de o PT, que passou anos vestindo o manto de vestal da República, aparecer, hoje, como o mais atolado na lama da corrupção. Na verdade, as práticas políticas hodiernas continuam atreladas à carruagem do patrimonialismo, con-tinuando a ser uma utopia qualquer modelagem política com a régua da ética e dos bons costumes.

Há 30 anos, Ulysses Guimarães abria a sessão do Congresso que elegeu Tancredo Neves para a Pre-sidência da República. Tancredo foi eleito pela Aliança Democrática, coligação entre o PMDB, principal partido de oposição à ditadura mi-litar, e os dissidentes do PDS, que formavam a Frente Liberal, patro-cinadora do candidato derrotado, Paulo Maluf. Tancredo teve 480 e Maluf, 180 votos, com 17 absten-ções e 8 ausências.

Com a morte de Tancredo, José Sarney, o vice, assumiu o governo e, em 1986, na esteira de um pro-grama populista e de clima de “re-volução francesa” (os gritos presos jorrando das gargantas), o PMDB

forjou seu império. Elegeu 21 dos 22 governadores de Estado, perdendo apenas em Sergipe para o candi-dato Antonio Carlos Valadares, do então PFL, e conquistando 54% das cadeiras do Congresso. A eleição ocorreu sob a euforia do Plano Cruzado (congelamento de preços), detonou a explosão do consumo e criou os “fi scais do Sarney”, que passaram a denunciar remarcação de preços. Nas eleições municipais seguintes, o PMDB, fortemente es-tabelecido nas máquinas estaduais, criou formidável base municipal, tornando-se, de lá para cá, o partido mais capilar do Brasil.

Essa herança continua sendo a mais densa. Sua preservação se deve ao fato de o partido produzir alianças com os parceiros mais convenientes nos Estados. Daí a regra a que se impôs: dividir para somar. Eis o imbróglio que tem perturbado siglas grandes e mé-dias, incomodadas com o poderio de fogo peemedebista. Ao que se vê, haveria um complô no sentido de arrefecer a força do PMDB, estratégia que teria como coman-dantes os atuais ministros Gilberto Kassab e Cid Gomes, o primeiro, presidente do PSD, e o segundo, ex-governador do Ceará, que dá as diretrizes no Pros. O fato é que a articulação para derrubar o prin-cipal da base governista ameaça se transformar em bumerangue. Não só pela alta probabilidade de PMDB eleger os dois presidentes das casas congressuais, mas pela insensibilidade do núcleo duro do Palácio do Planalto (Mercadante e adjacências). Um PMDB alijado do centro do poder signifi ca lenha pesada na fogueira no segundo mandato da presidente Dilma.

Quem está fazendo papel de bom-beiro e de algodão entre cristais é o vice-presidente do partido, Michel Temer. Que sempre tem conse-guido, nas crises, unir as alas do partido. Daí a força de sua ação para evitar o descalabro do governo logo no início da legislatura.

Gaudêncio [email protected]

Gaudêncio Torquato

Gaudêncio Torquato

Professor titular da USP, consultor

político e de comu-nicação

Daí a regra a que se impôs: dividir para somar. Eis o imbróglio que tem perturbado siglas gran-des e médias, incomodadas com o pode-rio de fogo peemedebis-ta. Ao que se vê, haveria um complô no sentido de arrefecer a força do PMDB, sob comandando dos ministros Kassab e Cid Gomes”

Uma divisão que soma

Olho da [email protected]

Enquanto o clube dos espertos (e expertos) se estressam na fila para conseguir car-gos comissionados, por falarem bem do governo, e na fila dos que perdem cargos comissionados, por não servirem bem ao governo, o trabalhador não espera que caia do céu e vai à luta. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

RAIMUNDO VALENTIM

Dado o crescente perigo dos ciberataques, decidimos ampliar a cooperação em cibersegurança, de modo a proteger nossos negócios e a privacidade dos nossos povos. (...) Sei que David [Cameron] se junta a mim

quando digo que continuaremos a fazer o que estiver ao alcance para ajudar a França e que os nossos

países trabalharão para desmantelar redes terroristas

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, disse neste fi m de semana na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido que a Europa deve integrar melhor suas comunidades muçulmanas.

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Page 5: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015 A5Política

HOMOFOBIAArquivamento de projeto é criticado por políticos e movimentos sociais

Políticos e represen-tantes do Movimen-to de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,

Transexuais e Transgêneros (LGBT) no Amazonas lamen-tam que, mais uma vez, o Pro-jeto de Lei (PL) que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006), apresentado na Câmara Fede-ral em 2001 e em tramitação há oito anos no Senado, foi arquivado no Senado.

A presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Alexandra Zangerolame, acredita que a solução para o problema seja a iniciativa popular do projeto. Para isso, o Estatuto da Diversidade Sexu-al, junto à OAB, está recolhendo assinaturas em todo o país para que o projeto ganhe es-paço no Congresso Federal.

“Este arquivamento está errado e não é a primeira e nem a segunda vez que isso acontece. Estamos brigando para que o Estatuto da Diver-sidade Sexual seja aprovado. Nós precisamos de 1,5 milhão de assinaturas para que o pro-jeto, que criminaliza a homo-fobia e outros assuntos como casamento gay, de iniciativa popular, seja levado ao Con-gresso. No Amazonas, temos mais de 100 mil assinaturas e na Região Norte já passam de 300 mil. No país inteiro as assinaturas já chegaram a 600 mil”, disse Zangerolame.

De acordo com dados da Comissão de Diversidade Se-xual da OAB-AM, em 2014 foram registrados 43 casos

de assassinatos contra ho-mossexuais no Amazonas. “Se o projeto popular for aprovado, ele não pode ser arquivado. Será apreciado pela casa e vai ser aprovado”, afi rmou a presidente.

No entanto, a presidente da Comissão de Direitos Huma-nos e Legislação Participativa no Senado (CDH), a senadora Ana Rita (PT-ES), indica que os movimentos sociais não devem se opor ao arquivamento. Se-gundo ela, o projeto se tornou estigmatizado e ela acredita que o caminho é apresentar

um novo projeto, com novo nome e nova redação.

Para o deputado federal elei-to Marcos Rotta (PMDB), se a regra for igual na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), basta um parlamentar solicitar o desarquivamento. Ele acre-dita que como a matéria é de interesse de uma grande par-cela da sociedade, isso pode acontecer. “Eu creio que o pro-jeto possa ser desarquivado por qualquer parlamentar que tenha interesse em levar adian-te o projeto. Como a matéria é de interesse de grande parcela

da sociedade e também de grande repercussão, acho que terá esse sentido”, completou Rotta, acrescentando que qual-quer discriminação é crime no Brasil. “Creio que o projeto é au-tomaticamente arquivado, por causa do Regimento Interno do Senado, mas qualquer tipo de discriminação já é crime no Brasil”, pontuou.

‘Vergonha’Em 2011, quando a discus-

são do projeto chegou à casa legislativa estadual, o deputa-do Wanderley Dallas (PMDB) à época foi contrário à matéria. “É uma lei vergonhosa, que fi n-ge proteger a prática homos-sexual, porém, sua intenção real é colocar uma mordaça na sociedade e criminalizar os que são contra o comportamento homossexual”, frisou.

O parlamentar disse ainda que não discrimina homos-sexuais, “ao contrário, possui amigos homossexuais e os respeita como cidadãos, mas acha que o PL 122 afronta princípios que ajudam na for-mação do cidadão”.

Na época, os deputados Abdala Fraxe (PTN) e Tony Medeiros (PSL) concordaram com o pensamento de Dallas. Diante da discussão, o então presidente da Comissão de Di-reitos Humanos da Aleam, Wa-shington Régis (PMDB), disse que iria entrar em contato com a bancada federal do Amazo-nas para sugerir ao Senado e à Câmara dos Deputados a divulgação na íntegra desse projeto de lei para que a popu-lação brasileira se manifeste dizendo se é a favor ou se é contra, pois nesse caso se teria a adesão da maioria.

LUANA DÁVILA EMOARA CABRALEquipe EM TEMPO

Este arquivamento está errado e não é o primeiro... Estamos brigando para que

o Estatuto da Diver-sidade Sexual seja

aprovado

Alexandra Zangerolame, advogada - OAB

O PLC 122 altera a lei 7.716/1989, que tipifi ca “os crimes resultantes de dis-criminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. O projeto inclui entre esses crimes a discriminação por gênero, sexo, orienta-ção sexual ou identi-dade de gênero.

A proposta enfren-ta resistências, prin-cipalmente de lide-ranças religiosas, que afi rmam que a matéria viola o direito à liberda-de de expressão

e temem fi car sujeitas a penas que vão de um a cinco anos de reclusão.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que foi relatora da proposta na CDH em 2011 e 2012, afi rmou que vai lutar para incluir o tema na discussão do novo Có-digo Penal (PLS 236/2012)

para que possa

punir a homofobia tanto quanto há punições a ou-tras discriminações, como a racial, étnica, regional e de nacionalidade. “É um escândalo o crime de ho-mofobia ser ignorado como preconceito”, afi rmou.

Projeto criminaliza o preconceito

OAB diz que está lutando para conseguir 1,5 milhão de assinaturas para desar-quivar projeto no Senado

Entidades ligadas aos movimentos da diversi-

dade sexual lamentam arquivamento de PL

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A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Cúpula do partido Solida-riedade é barra pesada

A Executiva do Solidarie-dade (SD), partido criado por Paulinho da Força (SP), é au-têntica “lista negra” de enrola-dos em escândalos. A começar pelo fundador: já foi fl agrado em investigação da Polícia Federal sobre fraude na libe-ração de recursos do BNDES e, desde agosto, responde a inquérito por corrupção e ven-da de cartas sindicais. O 2º secretário do SD é ninguém menos que o deputado Luiz Argôlo (BA), sócio do doleiro Alberto Youssef, fi sgado na operação Lava Jato.

CondenaçãoPaulinho foi condenado por

improbidade e desvio de re-cursos públicos, em setembro passado, pelo Tribunal Regio-nal Federal (TRF-3).

Seu nome é problemaO secretário jurídico do So-

lidariedade é Tiago Cedraz, cujo pai preside o Tribunal de Contas da União, onde ele já admitiu atuar – e muito.

ReputaçãoPersonagem da operação

Voucher, da Polícia Federal, Tiago Cedraz é também cita-do na Lava Jato. É jovem, mas sua reputação o precede.

Poder como metaTiago Cedraz é amigo de

políticos como Pezão, gover-nador do Rio. Ávido por poder, fez de um primo, Luciano, tesoureiro do Solidariedade.

Dono do PR, mensaleiro cria mais dois partidos

Ex-inquilino da Papuda, mas ainda em prisão domiciliar, o mensaleiro Valdemar Cos-ta Neto fi cou com inveja de Gilberto Kassab. O ministro de Cidades, animado com a facilidade para criar seu ren-tável PSD, recria o Partido

Liberal (PL), que já foi de Valdemar. O presidiário, dono do Partido da República (PR), foi à forra: está criando dois partidos: Muda Brasil (MB) e o Partido da Mobilização Popular (PMP).

Negócio rentávelCriar partido é bom negócio

porque seus controladores re-cebem uma fatia do milionário Fundo Partidário, abastecido por recursos públicos.

BalcãoPartidos ratearam R$ 313,5

milhões do Fundo Partidário em 2014. Leva mais se tiver mais deputados federais. A fi liação deles vale ouro.

Melhor que colo de mãeAlém dos milhões do Fun-

do Partidário, sem o risco de virar alvo da PF, o dono de partido ainda pode ganhar cargo de ministro.

Je suis MoroGanha força nas redes so-

ciais a campanha “Je suis Sérgio Moro”, que prega o combate à corrupção, fi m da impunidade e cadeia aos “petralhas’”, denomina-ção da turma do PT que se lambuza no poder.

Aliado imprevistoApós a temporada na Papu-

da, o ex-ministro José Dirceu virou um dos principais de-fensores das demandas dos agentes penitenciários, que há anos lutam por concursos, porte de arma, equiparação salarial etc.

Vai piarAumenta o temor do PT,

após a Justiça negar habeas corpus ao ex-diretor da Pe-trobras Nestor Cerveró, preso pela Polícia Federal. Os in-vestigadores acreditam que “passarinho preso na gaiola canta mais”.

Boa notíciaAssessor parlamentar do

Ministério dos Transportes há 15 anos, Georgenor Ca-valcante Pinto deve perder o cargo. A boa notícia é que ele não estará por lá durante eventual nova visita da Polícia Federal.

Horas extrasNo Senado, prevalece a

farra, apesar das promessas de seriedade. Nos gabinetes parlamentares, segue a re-gra de que “somente” quatro servidores por dia recebem hora extra. A critério da chefi a de gabinete.

Do outro ladoNa Câmara, são notórias

as fi las de servidores nos re-lógios de ponto, aguardando às 20h30 para computarem “horas extras”. É corriqueiro ver gente chegar de carro, estacionar, bater o ponto e ir para casa.

Procura-se RoseComo pode a sonda Be-

agle2, desaparecida há 13 anos, ter sido encontrada em Marte, e ninguém ainda ter encontrado Rosemary Noro-nha? A amiga muito íntima de Lula é acusada de corrupção e tráfi co de infl uência quando trabalhou na Presidência da República.

Até a rainhaA libra esterlina, que che-

gou a R$ 4,30 em dezembro, vem surfando na escassez de dólar e caiu para R$ 3,96, o mesmo patamar que era negociada antes do se-gundo turno das eleições presidenciais.

Enganando Nemo Faria todo o sentido Paulo

Roberto Costa esconder di-nheiro do Petrolão debaixo da piscina: ele é especialista em águas profundas.

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Estamos preocupados que isso aconteça em todas as partes”

SENADOR CRISTOVAM BUARQUE (PDT-DF) sobre o ataque covarde ao “Charlie Hebdo”

PODER SEM PUDOR

Saída pela direitaO deputado Paes de Andrade (CE)

integrava uma missão parlamentar que visitava a então Tcheco-Eslováquia quan-do recebeu a notícia de que o regime militar cassara o mandato do valente deputado Chico Pinto (BA), seu colega de MDB. Mais tarde, na recepção oferecida pelos anfi triões, Paes de Andrade fez – em francês – um vigoroso discurso contra aquela violência da ditadura. Ao fi nal, ele perguntou ao deputado Célio Borja (Are-na), sentado ao lado, o que achou do discurso. O governista Borja saiu pela tangente:

- Achei o seu francês péssimo...

Renan utiliza aeronaves da FABO Ministério Público Federal

entrou com ação civil por impro-bidade administrativa contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de utilizar “dolosamente” aero-naves da Força Aérea Brasileira (FAB) “para fi ns particulares”. Na ação, apresentada em junho de 2014 e noticiada na edição deste fi m de semana da revis-ta “Época”, a Procuradoria da República no Distrito Federal pede que seja decretada a sus-pensão dos direitos políticos do senador em um prazo de 5 a 10 anos, além do ressarcimento do dano ao erário.

A ação foi encaminhada para a 17ª Vara Federal da Justiça do Distrito Federal. Em parecer emitido em 17 de setembro do ano passado, o juiz João Carlos Mayer Soares, alegou, contudo, não ter competência para julgar o caso e disse que a ação deve ser encaminhada para o Supre-mo Tribunal Federal. O procura-dor-geral da República, Rodrigo Janot, ainda vai se manifestar se ratifi ca ou não a ação.

A Procuradoria da República cita na ação civil o uso de jati-nhos da FAB para fi ns privados em duas ocasiões. Na primeira, em junho de 2013, quando Re-

nan viajou de Maceió a Porto Seguro para participar do ca-samento de uma das fi lhas do então senador Eduardo Braga (PMDB-AM), atual ministro de Minas e Energia. Relata ainda que a aeronave foi solicita-da sob a justifi cativa de um compromisso ofi cial. Contudo, “na data em questão, o re-querido não possuía qualquer compromisso institucional em Porto Seguro/BA, como se pode ver em sua agenda ofi cial, pu-blicada no sítio eletrônico do Senado Federal”, argumenta o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.

IMPROBIDADE

Ministros de cortes superiores ganham R$ 4,3 mil mensais, apesar de serem proprietários de um ou mais imóveis no DF

Judiciário paga moradia até de quem tem casa própria

Apesar de possuírem imóveis nos bairros mais caros de Brasília, integrantes da cúpula

do Judiciário e do Ministério Público Federal recebem au-xílio-moradia de R$ 4,3 mil, fi nanciado com verba pública. Com base em informações de cartórios foram localizados em Brasília imóveis em nome de 5 dos 33 ministros do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ), 5 dos 26 juízes do Tribunal Supe-rior do Trabalho (TST) e 4 dos 11 integrantes do Conselho Superior do Ministério Público Federal. Eles não precisam pagar aluguel, mas recebem a ajuda de custo, segundo as próprias instituições.

Todos são benefi ciários de decisões liminares (de caráter provisório) tomadas pelo mi-nistro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, em setem-bro. O tema deve ser analisado pelo plenário do STF, em data ainda não defi nida.

Com base na liminar, o Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aprovaram re-soluções determinando o paga-

mento do auxílio a todos os inte-grantes das instituições, mesmo para os que têm imóvel próprio na cidade em que trabalham. Só fi cam de fora os licenciados, os inativos e quem tem acesso a imóvel funcional ou mora com alguém que tenha.

ListaA lista de imóveis locali-

zados inclui casas nos dois bairros mais nobres da ca-pital do país: o Lago Sul e o Lago Norte, às margens do lago Paranoá, abrigo de man-sões de embaixadas e polí-ticos, entre outros. Segundo o Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), o preço médio de uma casa de três quartos no Lago Sul é R$ 1,5 milhão, e de R$ 1,35 milhão, no Norte.

Possuem imóveis em um desses bairros dois ministros do STJ (Maria Isabel Gallotti e Rogério Schietti), quatro do TST (Guilherme Caputo Bastos, João Dalazen, Maria Cristina Peduzzi e Maria de Assis Calsing) e quatro inte-grantes do Conselho Superior do MPF (Ela Wiecko, Deborah

Duprat, Jose Flaubert Macha-do e Raquel Dodge).

Na Asa Norte e na Asa Sul - bairros centrais em que o preço do apartamento de três dormitórios gira em torno de R$ 1 milhão -, têm imóveis próprios o presidente do TST, Antonio José de Barros Le-venhagen, e as ministras do STJ Assusete Dumont Reis Magalhães, Nancy Andrighi e Laurita Vaz.

Os donosO grupo de autoridades ci-

tadas inclui donos de mais de um imóvel em Brasília, segun-do informações dos cartórios de registro de imóveis. É o caso das procuradoras De-borah Duprat e Raquel Dodge e das ministras Assusete Du-mont, Nancy Andrighi, Maria Cristina Peduzzi e Maria de Assis Calsing.

Os nomes dos ministros que recebem o benefício no STJ e no TST foram confirmados pelas assessorias de impren-sa dos tribunais. No caso do Ministério Público, o paga-mento é publicado em seu Portal da Transparência.

As liminares de Fux atende-ram a pedido das Associações dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), dos Magistrados Bra-sileiros (AMB) e dos Magistra-dos do Trabalho (Anamatra), que cobravam a regulamen-tação do auxílio-moradia es-tabelecido na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lo-man) e a equiparação dos valores pagos em diferentes ramos e esferas do Judiciário. Com base na decisão, o CNJ aprovou resolução para re-

gulamentar o benefício para todos os juízes do país, com valor cujo teto é o auxílio que o STF pagaria aos seus ministros - R$ 4.377,73. Ne-nhum integrante dessa corte recebe o valor.

O fato gerou efeito cas-cata. Sob alegação de que a Constituição fi xou simetria entre o Judiciário e o Minis-tério Público, o CNMP apro-vou resolução com o mesmo teor. Em seguida, foi a vez da Defensoria Pública da União

aprovar a regra. A Advocacia-Geral da

União contestou todas as normas, mas só conseguiu barrar por ora, via liminar, a dos defensores públicos.

O Ministério Público da União cogitou não quitar contratos de prestação de serviços para conseguir pagar as despesas provo-cadas pela resolução que generalizou o pagamento do auxílio-moradia a todos os integrantes da carreira.

Auxílio consta em Lei Orgânica

Residência em Brasília da subprocuradora Raquel Dodge, do Conselho Superior do Ministério Público

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A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

População promete ir às ruas contra a nova tarifaUsuários do transporte coletivo marcaram para hoje, às 17h, um ato público em frente ao gabinete do prefeito

No primeiro dia útil após o anúncio do aumento da tarifa de ônibus, na última sex-

ta-feira – de R$ 2,75 para R$ 3,00 –, lideranças estudantis e da sociedade civil começam a programar manifestações contra o reajuste. As mobili-zações devem iniciar hoje, com um ato público em frente ao palácio Rio Branco, sede do gabinete do prefeito de Ma-naus, no Centro.

Uma vigília marcará a pri-meira manifestação contra o reajuste da tarifa. A reunião inicia às 17h na praça em fren-te ao palácio. De acordo com o vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Yann Evanovick, será uma noite de debates contra o aumento e a favor do passe livre para os estudantes.

Para ele, a justificativa do prefeito de Manaus, Arthur Neto, de que há uma defasa-gem no valor da passagem, não se sustenta. “Houve rea-juste em 2013, houve isenção para empresas de ônibus do PIS/Cofins pelo governo fede-ral. Além disso, a Prefeitura e o governo do Estado repas-saram o valor equivalente ao reivindicado pelos empresá-rios. Logo, o reajuste real de 2015 não é de R$ 3, já que foram mantidos repasses e isenções; deve ter sido no mínimo de R$ 3,25. O prefeito tem que tornar pública esta conta”, afirmou Evanovick.

Em 11 cidades brasileiras, nos período de dezembro de 2014 até janeiro de 2015, houve mudança na tarifa. “Em todas as cidades que houve reajuste, houve me-didas de compensação so-cial, como o passe livre aos estudantes. Em Manaus não tivemos ainda”, denunciou.

Evanovick apontou que in-vestimentos em frota nova, tirar o BRT do papel, o plano de

mobilidade urbana, ou o passe livre para os estudantes, conti-nuam sem respostas por parte do poder público. “O prefeito prefere ouvir os empresários do transporte coletivo a dialo-gar com a sociedade. Por isso estamos realizando esforço de unificar os movimentos e pas-samos o fim de semana em plenárias”, disse.

Ele apontou que pretende reunir não somente estudan-tes, mas lideranças da so-ciedade civil, uma vez que o reajuste irá atingir o bolso de todos. “A ideia é que não seja uma iniciativa do movimento estudantil, mesmo porque as escolas estão em férias e a maior parte das universida-des, com exceção da federal. Logo, os estudantes só senti-rão o reajuste no retorno das férias. Por isso convidamos associações de moradores, professores e pais que se somem a nós”, disse.

AnúncioO anúncio do aumento foi

feito na noite da última sexta-feira (16), na sede da prefeitu-ra, no bairro Compensa, Zona Oeste. O prefeito Arthur Neto explicou que o valor da tarifa está defasado desde outubro de 2011, quando foi reajustada de R$ 2,25 para R$ 2,75.

Segundo ele, a defasagem na passagem de R$ 2,75 foi justificada pelo aumento dos insumos, combustíveis e de-vido aos sucessivos aumen-tos salariais concedidos aos rodoviários. Além disso, ele apontou que nos últimos três anos a inflação acumulada no país foi de 21%, enquanto o reajuste de R$ 2,75 para R$ 3,00 é de 9,09%.

Em contrapartida, o prefei-to sustentou que irá reivindi-car pela renovação da frota das empresas de transporte e buscar consolidar o projeto do Bus Rapid Transit (BRT), em parceria com os governos federal e estadual.

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Na sexta-feira, o prefeito de Manaus, Arthur Neto, anunciou o aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,75 para R$ 3,00, que começou a ser cobrado desde a meia-noite do último domingo

Os usuários reclamam do aumento da tarifa principalmente pela precariedade do sistema

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

O aumento da tarifa tem gerado o descontentamento de quem depende do trans-porte coletivo diariamente. “Acho uma falta de respeito com a população. Neste va-lor é melhor procurar outra forma de locomoção, que com certeza vai sair mais barato e vai ser de melhor qualidade”, disse a universi-tária Izabel Teixeira, 25.

A qualidade dos veículos foi questionada pelos usuá-

rios. “Vão pelo menos mudar a frota? Tem ônibus de 2001 que rodam ainda na cidade. São verdadeiros cacarecos. Eles fazem tanto barulho que ninguém consegue con-versar ao celular dentro do ônibus”, disse o estudante José Santos, 29.

O motorista Paulo Silva, 39, analisou que o aumento no combustível não justifi-ca o reajuste na passagem, uma vez que as empresas

recebem subsídios. “Eles sempre arranjam

uma desculpa para favo-recer os empresários, di-zendo que o aumento é justificado porque aumen-tou o valor do combustível. Mas eles têm subsídio na compra do combustível, o preço é diferente. Eles querem justificar este valor absurdo. Isso não é justo para a população”, apontou o motorista Paulo Silva.

Usuários reclamam dos ônibus

O prazo para reca-dastramento da meia passagem estudantil encerra-se no dia 30 de janeiro. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transpor-te de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), a procura pelo cadastramento caiu 30% neste ano, em relação ao ano passado.

Em 2014, 62 mil alunos já tinham fei-to o cadastramento ou recadastramento entre os dias 2 e 13 de janeiro. Neste ano, foram 44,5 mil.

De acordo com o Sinetram, sem o ca-dastramento, o car-tão ficará desatuali-zado, impossibilitando a compra de créditos após 30 de janeiro.

São nove postos de cadastramento espa-lhados pela cidade, onde o estudante deve apresentar o RG e in-formar a instituição de ensino. Menores de idade podem apre-sentar a certidão de nascimento e devem estar acompanhados pelos responsáveis.

Os estudantes que forem realizar o re-cadastramento de-vem acessar o site estudantes.manaus.am.gov.br e fazer o procedimento apenas com a data de nasci-mento e o número do cartão Passa Fácil.

Recadastro da meia passagem

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A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

A suspeita é de que a vítima, Emerson Leite do Nascimento, 34, estava sob efeito de bebida alcoólica e por isso colidiu com outro veículo na estrada

Acidente na AM-070 matamotorista de caminhão

O motorista de um ca-minhão caçamba, de placa não identifica-da, morreu por volta

de 21h30 de sábado, após colidir o veículo em que estava em um barranco na estrada Manoel Ur-bano (AM-070), que liga Manaus aos municípios de Iranduba, Ma-nacapuru e Novo Airão.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), o acidente ocorreu no Km 7 da rodovia e foi registrado no 27° Distrito Integrado de Polícia (DIP). A suspeita é de que a vítima, Emerson Leite do Nascimento, 34, estava sob efeito de bebida alcoólica.

Ainda conforme as informa-ções, Emerson perdeu o controle do veículo, subiu num barranco e capotou logo em seguida. Com o impacto da batida, ele foi arremessado para fora do caminhão. Após o acidente, o motorista não resistiu aos fe-rimentos e morreu.

O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), que apontou traumatismo craniano como a causa da morte. Porém, conforme in-formações do órgão, um novo laudo deve apontar se Emer-son Leite do Nascimento es-

tava alcoolizado ou não. Também no sábado, um aci-

dente envolvendo uma carreta de placas OAC-0739, no Km 45 da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, deixou o motorista preso na cabine do veículo. O Corpo de Bombeiros foi aciona-do para retirá-lo das ferragens e o trabalho de remoção levou quase três horas.

Conforme informações preli-

minares, o acidente ocorreu por volta de 4h30, após o veículo que vinha no sentido de Pre-sidente Figueiredo se chocar com o barranco do lado oposto da pista. As causas não foram divulgadas. O motorista, Luís Carlos da Silva Cardoso, foi reti-rado das ferragens pela equipe do Corpo de Bombeiros com escoriações leves, mas foi con-duzido para assistência médica pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O acidente ocorreu na estrada Manoel Urbano (AM-070)

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As matrículas serão feitas de hoje até o próximo dia 22

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AÇÃO

Rede pública inicia hoje matrícula para novatos

A rede pública de ensi-no realiza nesta semana, entre os dias 19 e 22 de janeiro, a etapa de matrí-culas correspondente ao atendimento a quem pro-cura por novas vagas nas redes municipal e estadual de educação. Nesta segun-da-feira (19) o atendimen-to é específico para quem procura por novas vagas no ensino infantil em CMEIs da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

De acordo com o secretá-rio de Estado de Educação, Rossieli Soares da Silva, para esta etapa de atendi-mento a novos alunos, que compreende os dias 19 e 22 de janeiro, o governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus disponibilizarão 73.203 novas vagas em es-

colas da rede pública para o ano letivo de 2015.

As novas vagas que serão disponibilizadas, segundo o secretário, correspon-dem à estimativa de es-tudantes que não fizeram parte da rede pública até 2014 e que devem ingres-sar em escolas públicas estaduais e municipais de Manaus em 2015. “Do total de novas vagas (73.203) ofertadas, 48.248 se-rão disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em suas escolas estaduais e as de-mais 24.955 pela Secreta-ria Municipal de Educação (Semed)”, explicou Rossieli Soares da Silva.

O cadastro prévio pode ser feito pelo site www.matriculas.am.gov.br.

EDUCAÇÃO

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

DIREÇÃOO motorista Emerson do Nascimento perdeu o controle do veículo, subiu num barranco e capotou logo em seguida. Com o impacto da batida, ele foi arremessado para fora do veículo fora do caminhão

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1042 Página B3

Corpo de Marco Archer é cremado

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EDITAL 02

Congresso Nacional prepara posse de parlamentaresA Câmara Federal terá 198 novos deputados, enquanto no Senado são 27 novos senadores. Mandato inicia em fevereiro

Brasília (DF) - A me-nos de um mês para a posse – marcada para 1º de feverei-

ro –, os 198 parlamenta-res estreantes na Câmara dos Deputados e os 25 que já exerceram mandato al-guma vez, antes dos últi-mos quatro anos, ganharam um espaço para fazer todos os cadastros necessários para que no dia da posse exerçam os cargos.

A estrutura concentra em um mesmo espaço os serviços dos principais ór-gãos de apoio parlamentar da Câmara Federal. Assim, quem está chegando pode adiantar o registro biométri-co e o credenciamento para os sistemas de gabinetes, além da indicação da equipe que vai compor o gabinete, assinatura para a carteira parlamentar, plano de se-guridade social dos congres-sistas, coleta da assinatura eletrônica e foto para os cadastros na Câmara.

Somente na primeira se-mana do serviço, 50 par-lamentares novatos pro-curaram os estandes e a expectativa é que nos dias próximos da posse a deman-da também seja grande.

As dúvidas dos futuros deputados são muitas. As mais frequentes, segundo a equipe que trabalha no atendimento especial, têm a ver com apartamentos fun-cionais e convites para a cerimônia de posse.

Sem rebuliçoApesar de alguns parla-

mentares terem manifesta-do intenção de trazer até ônibus de seus Estados de origem, a festa em Brasília terá que ser mais comedida. Segundo o gerente do Pro-jeto da Posse Parlamentar

2015 da Câmara dos De-putados, Diogo de Abreu, a exemplo de anos anteriores, devido ao espaço limitado do Legislativo, o número de convidados foi restrito a quatro por deputado.

A Câmara Federal tam-bém está deixando bem claro que só os eleitos e autoridades poderão ficar dentro do plenário no dia da posse. Nem as galerias do plenário, com capacida-de para 400 pessoas, se-rão liberadas a parentes e outros convidados. Eles serão distribuídos entre o Salão Negro, Auditório Ne-reu Ramos e plenários das comissões onde poderão acompanhar a solenidade por telões. A expectativa é que cerca de 2,5 mil pes-soas assistam à solenidade de posse.

Apoio parlamentarOs deputados federais

eleitos terão direito a três diárias, de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, em apartamen-to duplo em um hotel de Bra-sília, pagas pela Câmara.

Na chegada à capital da República, eles terão na sala de apoio do Ae-roporto Internacional de Brasília orientações sobre como chegar ao Congres-so Nacional e os serviços oferecidos para a posse.

Congresso Nacional volta a funcionar dentro de duas semanas, com a cerimônia de posse dos eleitos para a legislatura 2015-2018

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No Senado, como são me-nos parlamentares estrean-tes, a organização é diferente da Câmara. Segundo a Se-cretaria-Geral da mesa, os assessores dos 27 senadores novatos tiveram ainda em de-zembro um curso com quatro dias de palestras sobre o fun-

cionamento do Parlamento. O curso foi aberto aos parla-mentares que quisessem, mas só dois compareceram.

Neste Legislativo, uma das grandes preocupações dos novatos é a localiza-ção do gabinete. Ao con-trário da Câmara, onde a

distribuição é feita por sorteio, entre os senadores quem defi ne os espaços é a presidência da casa.

DúvidasQuestões sobre aparta-

mento funcional e convites para a posse também es-

tão entre as perguntas mais frequentes entre os futuros senadores, segundo a Secre-taria-Geral da mesa. No Se-nado, cada parlamentar terá direito a 13 convidados que poderão fi car na tribuna de honra e galerias do plenário ou no Salão Negro.

Senado realiza curso para receber novatos

AUXÍLIOPara auxiliar os novos congressistas, Câmara e Senado prepararam um cronograma de ati-vidades para adiantar a burocracia antes da posse, como registro biométrico e credencia-mento para gabinetes

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Sistema Cantareira está com 5,9% da capacidadePrincipal reservatório de água de São Paulo registrou nova queda neste final de semana. Governo já admite racionamento

São Paulo - Em quedas sucessivas há sete dias, o volume armazenado no Sistema Cantareira,

principal reservatório de água da Grande São Paulo, chegou, ontem, a 5,9% da capacida-de. Desde o dia 16 não é re-gistrada chuva na região dos reservatórios, de acordo com boletim diário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A mé-dia pluviométrica para janeiro é 271,1 milímetros (mm), mas o acumulado do mês é bem inferior, 60,1 mm.

Os demais reservatórios da re-gião metropolitana de São Paulo também apresentaram queda. O Alto Tietê também registra níveis críticos, com 10,5% da capacidade de armazenamento. O volume do Guarapiranga, na Zona Sul da capital paulista, passou de 39,7% para 39,3% neste domingo. Houve redução ainda no Alto Cotia (de 29,4% para 29,1%), no Rio Grande (de 69,7% para 69,4%) e no Rio Claro (de 24,5% para 23,9%).

Nesta semana, o secretário de Saneamento e Recursos Hí-dricos de São Paulo, Benedito Braga, informou que as obras para a interligação do Sistema Cantareira com a Bacia do Rio

Paraíba do Sul devem começar ainda este mês.

Com a interligação, será cons-truído um reservatório que bom-beará água para o Cantareira. O projeto apresentado no ano passado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prevê a construção de um canal en-tre as represas Atibainha, que integra o sistema que abas-tece a Grande São Paulo, e o Reservatório Jaguari, um dos afluentes do Paraíba do Sul, prin-cipal fonte de abastecimento do Rio de Janeiro e que também abastece Minas Gerais.

Segundo o secretário, o pro-cesso de interligação não com-prometerá o abastecimento do Rio de Janeiro e deve come-çar a funcionar em março de 2016. “A ideia é aumentar a segurança hídrica da Bacia do Rio Paraíba do Sul. Vamos in-terligar a Bacia do Rio Jaguari com o Sistema Cantareira para que São Paulo tenha segurança hídrica”, declarou.

A ideia, conforme a propos-ta paulista, é construir um sis-tema de “mão dupla”: quan-do um dos reservatórios tiver excedente de água, o volume será enviado para a outra re-presa. A interligação enfrenta resistência do Rio de Janeiro. A Grande São Paulo presencia uma crise história no abastecimento de água desde meados do ano passado. Governo avalia medidas

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Inscrições para o Sisu iniciam hojeSão Paulo (SP) - Come-

çam hoje as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Podem participar aqueles que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2014 e não tira-ram nota zero na redação. As inscrições serão feitas on-line na página do Sisu até o dia 22. As informações são da Agência Brasil.

A lista de cursos que serão ofertados neste processo seletivo está disponível na página do Sisu. Ao todo serão 205.514 vagas no ensino

superior público em 5.631 cursos de 128 instituições. Neste ano, o número de va-gas aumentou 20% em rela-ção ao processo seletivo do primeiro semestre de 2014. Houve acréscimo no curso de medicina, que passou de 2.925 vagas, na primeira edi-ção de 2014, para 3.758 no mesmo período de 2015.

Os cursos de engenharia também tiveram ampliação na oferta de vagas de um ano para o outro, passando de 25.128 em 2014 para 30.749 em 2015.

As instituições deverão re-servar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas, cum-prindo a Lei de Cotas (lei 12.711/2012). De acordo com o MEC, do total de 99 instituições federais partici-pantes do sistema (59 uni-versidades e 40 instituições de educação profissional), 68 já reservam 50% ou mais va-gas para candidatos prove-nientes de escolas públicas.

Chamada únicaEsta edição do Sisu terá

apenas uma chamada. O re-sultado será divulgado no dia 26. Também a partir do dia 26 serão abertas as inscrições para o Progra-ma Universidade para To-dos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particula-res. Os estudantes podem se inscrever no Sisu e no ProUni.

A nota individual no Enem está disponível no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.Estudantes que fizeram Enem já podem iniciar suas inscrições

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ENSINO SUPERIOR

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Page 11: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Corpo de Marco Archer é cremado após fuzilamentoExecutado no último sábado, após ser condenado por tráfico de drogas na Indonésia, suas cinzas serão levadas para o Rio

O corpo do brasilei-ro Marco Archer foi cremado na Indo-nésia, ontem, afir-

mou a embaixada brasileira em Jacarta. As cinzas serão trazidas para o Brasil pela tia dele, a advogada Maria de Lurdes Archer Pinto. Ar-cher foi fuzilado na tarde do último sábado por ter sido condenado por tráfico de dro-gas. Além do brasileiro, fo-ram executados cinco pesso-as também condenadas por tráfico de drogas.

As cinzas serão levadas ao Rio de Janeiro pela tia, que é a única parente ainda viva do brasileiro. Maria de Lurdes está na Indonésia e esteve com Marco Archer antes da execução. As in-formações são do jornalis-ta Nelson Veiga, amigo de Archer, que falou à Agência Brasil por telefone.

O jornalista Nelson Veiga cobrou medidas duras do go-verno brasileiro em relação à Indonésia e fez elogios ao amigo. “Ele tinha um coração enorme, era uma pessoa ma-ravilhosa que queria retornar para o Brasil e falar para as crianças que o caminho das drogas só leva a duas coisas: à morte ou à prisão. [Ele era] um cara com um carisma tão grande que os guardas da prisão empresta-vam o celular para ele falar com a gente”.

O governo indonésio infor-mou que todos os condena-dos receberam auxílio reli-gioso, conforme sua crença, e que todos estavam cientes e acataram a decisão judicial. Dois dias antes da execução, o documentarista e cineasta Marcos Prado, amigo pesso-al de Archer e que está fazen-do um documentário sobre o caso, divulgou um vídeo na internet com o apelo do brasileiro: “Eu me encontro no corredor da morte, e meu nome está na lista desses 12 primeiros que serão execu-tados. Não dá para explicar o que estou passando nesse momento. É muito difícil”, disse na gravação.

No video, Marco Archer também disse ter se arre-pendido do que fez e que queria se tornar um exem-plo positivo para os jovens, voltando para o Brasil e fazendo campanha contra as drogas. Ele ressaltou que não queria entrar para história como o primeiro brasileiro executado fora do Brasil. “Estou ciente de que cometi um erro gra-víssimo, mas mereço mais uma chance, porque todo mundo erra. Só quero voltar para o meu país e começa uma nova vida”, disse.

ApeloVários apelos nacionais

e internacionais foram fei-tos ao governo da Indoné-sia para poupar a vida do

brasileiro. Ainda em 2004, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou uma carta às autoridades indo-nésias, mas sem sucesso. Na última sexta-feira e no sábado, a presidente Dilma Rousseff reforçou o pedido, mas também não foi acei-to. O governo federal fez, inclusive, um pedido que o papa Franciso fizesse o pedido, mas também não obteve sucesso.

A Anistia Internacional re-pudiou a sentença de morte marcada para este fim de semana. A Human Rights Watch, organização interna-cional não-governamental sobre os direitos humanos, também tentou intervir re-alizando solicitações ao go-verno indonésio.

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AÇÃO

CRISEA execução do brasi-leiro criou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. A presidente Dilma Rousseff se disse “consternada” e “in-dignada” com a morte de Marco Archer

Filho de amazonense, o cario-ca Marco Archer Cardoso Mo-reira, de 53 anos, foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior. Um pelotão com 12 atiradores participaram da ação, que foi fechada, próxima à penitenciária, sem participação de membros da família.

Archer trabalhava como ins-trutor de voo livre e foi preso em agosto de 2003, quando tentou entrar na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta, com 13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa-delta desmontada em sete baga-gens. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas foi localizado após duas semanas, na Ilha de

Sumbawa. Archer confessou o crime e disse que recebeu US$ 10 mil para transportar a cocaína de Lima, no Peru, até Jacarta. No ano seguinte, ele foi condenado à morte.

Outro condenadoEntre os 64 traficantes presos

no país asiático, condenados à morte, há um outro brasileiro. O paranaense Rodrigo Goularte foi preso em 2005, ao tentar entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pran-chas de surfe.

A previsão é que a execução de Rodrigo Goularte seja reali-zada em fevereiro deste ano. Nem governo federal e nem as

entidades internacionais ainda não se pronunciaram sobre o caso do paranaense.

Crise diplomáticaA execução do brasileiro criou

uma crise diplomática entre Bra-sil e Indonésia. No último sába-do, a presidente Dilma Rousseff – que chegou a fazer uma apelo ao presidente Indonésia, Joko Widodo, para que Archer não fosse morto - se disse “conster-nada” e “indignada” e convocou para consultas o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Alberto da Silveira Soares.

No meio diplomático, a me-dida representa uma espécie de agravo ao país no qual está

o embaixador. O Itamaraty informou que não há data pre-vista para o retorno de Paulo Alberto da Silveira Soares ao Brasil. Já o ministro das Rela-ções Exteriores, Mauro Vieira, disse que a execução causa “uma sombra” na relação entre o Brasil e a Indonésia.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que entende a gravidade dos crimes que leva-ram à condenação de Archer e respeita a soberania e o sistema jurídico indonésio, contudo fez um “apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país”.

Primeiro brasileiro executadoFilho de amazonense, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

‘Charlie Hebdo’ aumenta atiragem para 7 milhõesO semanário francês aumentou novamente a tiragem, que estava em 5 milhões de exemplares, após atentados em Paris

O semanário francês “Charlie Hebdo” au-mentou novamente a tiragem, de 5 mi-

lhões para 7 milhões de exem-plares, do número editado após os atentados jihadistas da se-mana passada em Paris.

O jornal, cuja tiragem ha-bitual é 60 mil, disponibili-zou inicialmente 3 milhões de exemplares dessa edição, nú-mero que foi posteriormente aumentado para 5 milhões.

Esses exemplares vão ser vendidos em etapas, nos próximos dois meses, junto com a edição impressa. O semanário está promovendo outras iniciativas.

Na página na internet, as pessoas podem fazer uma assinatura do jornal, fazer uma doação ou subscrever uma aplicação que permi-te ler o último número do jornal no smartphone.

A primeira edição após os atentados tem na capa uma ca-ricatura de Maomé, com uma lágrima, segurando uma folha com a frase “Je suis Charlie”, a mesma que tem sido utilizada por milhões de pessoas em todo o mundo em defesa da liberdade de expressão.

A sede em Paris do “Charlie Hebdo” foi atacada no dia 7 de janeiro pelos irmãos Chérif e Said Kouachi, dois jihadistas franceses, que mataram 12 pessoas, incluindo cinco carica-turistas, entre eles o diretor do jornal, Stéphane Charbonnier.

Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque foram mortos, quando for-ças de elite francesas ata-caram uma gráfica, em Dam-martin-en-Goële, onde eles se encontravam.

LiberdadeDepois dos protestos em

vários países contra as cari-caturas do profeta Maomé, publicadas pelo semanário “Charlie Hebdo”, o presiden-te François Hollande defen-

deu, no último fim de sema-na, a liberdade de expressão como um dos princípios e valores franceses.

“Há tensões no exterior,

onde as populações não com-preendem o que é o com-promisso com a liberdade de expressão”, disse Hollande em Tulle, no Sul da França, uma semana após os atenta-dos terroristas em Paris, que causaram 20 mortes.

O chefe de Estado francês destacou que seu país “tem princípios e valores” entre os quais se destaca “a liberdade de expressão”, mas lembrou que os Estados onde se re-gistraram protestos contra o jornal atacado, como o Pa-quistão, a Jordânia, o Líbano ou Níger, são nações que a França “apoiou na luta contra o terrorismo”.

Vários países mostraram, nos últimos dias, que conde-nam as caricaturas publica-das pelo “Charlie Hebdo” na primeira edição após o ata-que de 7 de janeiro à sua redação em Paris.

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AÇÃO

Nigerianos abandonam o paísAlém dos que fogem do

Boko Haram, os acampamen-tos abrigam uma parcela dos 66.087 nigerianos afetados por desastres naturais re-centes. Segundo o diretor de Busca e Salvamento da agência, Charles Otegbade, apenas os cinco campos que mais receberam refugiados abrigavam, há quatro dias, 389.284 pessoas. Só Adama-wa havia recebido, na quinta-feira, 123.601 nigerianos e 125.991 estavam em Yobe. Em Taraba, havia 81.790, além de 11.483 em Gombe e 46.419 em um espaço do Estado de Bauchi.

Só da cidade de Bago, prin-cipal alvo da ação do Boko Ha-ram, cerca de 3,2 mil pessoas buscaram abrigo em campos da região. Imagens de satélite divulgadas esta semana pela Anistia Internacional e pela Human Rights Watch mos-

tram que a cidade às margens do Lago Chade, no Estado de Borno, foi praticamente dizimada. Em colaboração com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a Nema tem distribuído alimentos, água, medicamentos, rou-pas, cobertores e outros artigos essenciais.

A violência tem obrigado muitos nigerianos a cruzar as fronteiras com países vi-zinhos. Camarões e, principal-mente, a República do Níger receberam vários desses de-salojados. No Níger, segundo a Cruz Vermelha, mais de 25 mil pessoas receberam ajuda humanitária desde outubro do ano passado.

“Além de dar assistência aos feridos, precisamos fornecer, com urgência, alimentos, água potável e artigos básicos para as milhares de pessoas – a maioria mulheres e crianças

– que continuam fugindo da violência”, diz o chefe da dele-gação do Comitê Internacio-nal da Cruz Vermelha, Loukas Petridis, em um comunicado

em que a organização huma-nitária afirma que os confron-tos e a segurança precária têm esvaziado as cidades e povoados fronteiriços no Nordeste da Nigéria.

Já Charles Otegbade garan-

tiu que o governo nigeriano vem se empenhando para repatriar essas pessoas.

Daqui a menos de um mês, a Nigéria realizará novas eleições presidenciais e legislativas, mas segundo o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Indepen-dente (Inec), Attahiru Jega, é pouco provável que o pleito ocorra em áreas ocupadas pelo Boko Haram. “Há áreas ocupadas por insurgentes e, obviamente, é lógico que as eleições não são suscetíveis de ocorrer nessas áreas”, disse Jega essa semana.

Na última quinta-feira, o atual presidente, Goodluck Jonathan, que concorrerá à reeleição, fez uma visita surpresa a Maiduguri, onde conversou com civis refugia-dos em um acampamento e soldados que lutam contra o grupo radical.Aproximadamente 900 mil nigerianos fugiram do país

DESASTRE

FUGANos últimos meses, o clima de terror já obri-gou cerca de 900 mil nigerianos a deixarem seus lares e pertences e migrar para outras localidades em busca de proteção, comida e medicamentos

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AÇÃO

O jornal, cuja tiragem é 60 mil,

disponibilizou inicialmente 3 mi-lhões de exempla-

res da edição

“Há tensões no ex-terior, as populações não compreendem o que é o compromis-so com a liberdade

de expressão”

François Hollande, presidente da França

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Page 13: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Morre ator de ‘Veludo Azul’SÃO PAULO, SP - George

Dickerson, que interpretou o detetive John Williams no filme de David Lynch “Veludo Azul” (1986), morreu aos 81 anos, em Nova York.

Na terça-feira (13), o filho de Dickerson, o roteirista e diretor Dome Karukiski, postou uma mensagem em sua pá-gina no Facebook anunciado que seu pai havia morrido no sábado anterior (10).

Segundo Karukiski, Dicker-son estava muito doente e a morte era esperada pela família. O ator estrelou ao lado de Kyle MacLahlan no clássico criminal de Lynch. No filme, MacLahlan interpreta o estudante que leva uma orelha cortada ao detetive John Williams, dando início a uma investigação envolven-do uma cantora de boate (Isabella Rossellini).

De acordo com a revista

“Variety”, Dieckerson teve uma carreira versátil, trabalhando como poeta, dramaturgo e editor. Ele também foi porta-voz do congressista america-no Robert Steele e diplomata da ONU no Líbano. Além de “Veludo Azul”, ele atuou na primeira temporada de “Hill Street Blues” (1981) e nos filmes “Sem Perdão” (1986), “Psicose 2” e “Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown”.

CINEMA

Segundo o artista, a música “All Star” é uma obra que canta parte da amizade cultivada entre ele e Cássia Eller

A parceria entre os can-tores Nando Reis e Cássia Eller foi além dos palcos. É o que

revela o cantor em trecho iné-dito do documentário “Cássia Eller”, que estreia em 29 de janeiro, com direção de Paulo Henrique Fontenelle. Nando conta que uma das maneiras de lidar com a falta que sen-te de Cássia é cantando. “Eu canto ‘All Star’ em todos os meus shows, é a música que fala da gente”, diz o cantor. O artista destaca ainda o que ele e a cantora tinham em comum. “A primeira coisa que bateu foi uma certa identifi-cação e uma afinidade pro-veniente dessa identificação

de que havia semelhanças na nossa estranheza, uma mesma timidez, uma certa dificuldade com certas situações sociais comuns e a mesma forma de reagir a isso”, completa.

O documentário é produzido pela Migdal Filmes, distribuído pela H2O Films, tem copro-dução do GNT, da TeleImage e do Funcine e é patrocinado por Cinemark e BBDTVM. No Facebook do filme (facebook.com/cassiaofilme) é possível conferir fotos, trechos inéditos, vídeos, frases marcantes e po-lêmicas da cantora e outras in-formações sobre a produção.

Sinopse“Cássia Eller” é um docu-

mentário musical de longa-metragem que retrata a tra-jetória de um ícone da música brasileira da década de 90. Dirigido por Paulo Henrique Fontenelle (Loki) e produzido pela Migdal Filmes (“Minha

Mãe É Uma Peça”, “Nosso Lar”), o documentário mostra, por meio de imagens inéditas do arquivo da cantora e de-poimentos de amigos e fa-miliares, a intensidade dessa artista que conquistou o país. Nando Reis, Luiz Melodia, Mil-ton Nascimento, Zélia Duncan, Chicão – filho da cantora - e outros familiares e músicos que fizeram parte da trajetória de Cássia foram entrevista-dos e por meio de seus depoi-mentos poderemos constatar e documentar a importância e o diferencial dessa artista que fizeram com que ela se tornasse, em pouco tempo, uma das mais potentes vozes da música brasileira.

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Cantor destaca, em entrevista, a timidez e a estranheza como pontos em comum com a amiga, no documentário que estreia no dia 29 de janeiro

Nando Reis e a amizade com cantora Cássia EllerBailarino desiste de fazer

parte do programa globalSÃO PAULO, SP - E o

primeiro eliminado do “Big Brother Brasil 15” é... Rogério Alves, 45. Segundo a produ-ção do programa, o bailarino pernambucano desistiu de participar do reality show na manhã de ontem.

O motivo da desistência não foi revelado. Já há uma lista de possíveis substitutos, mas o nome do novo parti-cipante só será anunciado na manhã de hoje, durante o “Mais Você”.

Desde o início da semana, Alves estava confinado em um hotel no Rio de Janeiro, juntamente com outros 12 participantes do programa. No lugar, eles não podem

ter contato uns com os ou-tros, nem falar ao telefone ou ver televisão.

Além do “brother” ainda desconhecido, duas “sis-ters” de perfis não divul-gados entrarão na casa na próxima terça (20), data de estreia da atração. As duas disputarão a 14ª (e última) vaga do “BBB 15”.

Essa não é a primeira vez que alguém desiste de par-ticipar do programa antes mesmo de ele começar.

Também ocorreram de-sistências precoces nas terceira, sexta, sétima, oitava, décima e déci-ma segunda edições do programa da TV Globo.

Novela ‘Chiquititas’ chega à marca de 400 capítulos no ar

‘BBB 15’

SBT

PRODUÇÃOO documentário “Cás-sia Eller” é produzido pela Migdal Filmes, distribuído pela H2O Films, tem coprodução do GNT, da TeleImage e do Funcine e é pa-trocinado por Cinema-rk e BBDTVM

RESIGNAÇÃOSegundo o filho de Dickerson, o roteirista e diretor Dome Ka-rukiski, que anunciou virtualmente a morte do pai, George esta-va muito doente e a morte já era esperada pela família

George Dickerson também atuou em filmes como “Psicose 2”

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AÇÃO

SÃO PAULO, SP - Na sexta, vai ao ar o capítulo 400 de “Chiquititas” (SBT), que agora se torna a segunda novela com maior duração ininterrupta no Brasil. A trama infantojuvenil do SBT só fica atrás de “Redenção” (1966-1968), programa da TV Excelsior, que teve um total de 596 capítulos.

“‘Chiquititas’ tem qualidade. Por isso, dá certo e não cansa o público. Os problemas infantis são sempre os mesmos, o que deixa a novela atual. Não existe a possibilidade de dar errado”, afirma Reynaldo Boury, diretor-geral da trama, que é vice-líder de audiência, com média de 13 pontos.

A novelinha está em sua quin-ta temporada. É exibida pelo SBT desde julho de 2013 e tem o enredo assinado por Iris Abrava-nel. Gravada com antecedência de três meses, “Chiquititas” vai acabar até o final deste semes-tre, quando será substituída por outra trama jovem: “Cúmplices de um Resgate”.

“Ultrapassamos todas as ex-pectativas. É melhor terminar no auge e dar oportunidade para outro produto ser lançado”, aposta Boury, que não acredita que as crianças sofram muito tempo com o encerramento da trama. “Na mudança de ‘Car-rossel’ para ‘Chiquititas’ isso não ocorreu e, agora, não deve ser diferente. Mas podemos até reprisá-la no futuro”, finaliza.

ProtagonistaNo ar desde que a nova tem-

porada de “Chiquititas” come-çou, em 2013, a atriz Giovanna Grigio dá vida a Mili, protago-nista da trama. Ela se prepara, agora, para se despedir. “Esta será a primeira vez que vou ter-minar uma novela. Despedida é triste, mas encaro como uma missão cumprida”, analisa ela, prestes a completar 17 anos. “Espero que a Mili descubra que a Gabi é a mãe dela”.

Por Milene Spinelli

Atriz espera o melhor para per-sonagem

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B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

ÁRIES - 21/3 a 19/4 A Lua deixa você mais sensível às necessidades dos outros, mas não se esqueça de você. Será desafi ado(a) a pensar mais no bem-estar dos outros. No terreno amoroso, as suas expectativas podem se frustrar, não espere demais. É necessário saber o que quer e observar bem de perto tudo que acontece para não ser pego de surpresa.

TOURO - 20/4 a 20/5 Evite perder o foco de suas necessidades familiares e emocionais. Lua e Plutão indicam que há condições de surpreender a todos com a sua determinação. No amor, astral de cumplicidade, facilitará a intimidade. Poderá levar assuntos importantes a uma conclusão bem-sucedida. Não deixe nada à mercê da sorte, preste atenção ao que deseja!

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Este não é um momento de se expor, trabalho que possa ser feito sem exposição vai apresentar ótimos resultados. Eleve sua autoestima de uma levantada no astral, capriche no visual. Aguar-de boas novas no campo sentimental, mas faça sua parte, não cobre, mas dê e assim verá que a pessoa amada vai se derreter literalmente por você. Evite entrar em atrito com pessoa bastante conservadora, pois isso poderá te trazer um desconforto, você não precisa passar por isso.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 As energias ainda estão pesadas e a sensação de impotência pode derrubar seu astral. Busque se livrar das energias negativas com banho de cravo-da-índia. Procure não se deixar levar pelo pessi-mismo, pois essas energias são passageiras. Em poucos dias tudo volta à normalidade. Aprenda a se ouvir, busque na meditação o equilíbrio e tudo voltará ao normal. No amor viva com intensidade e alegria os momentos com a pessoa amada.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Mude sua vibração mental, já que astros indicam que o dia não será dos melhores, se organize para evitar o estresse, Pensamen-tos positivos atrairão coisas boas e novas. No amor se nada for mudada a união corre riscos, procure ser mais presente e não se deixe dominar pela falta de interesse do outro, se quer lute, do contrário deixe ir. A saúde pode ser abalada pelo emocional, busque ajuda terapêutica. Faça exercícios para cansar o corpo e acompanhar o ritmo da mente.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Seu corpo vai inspirar cuidados especiais, portanto, cuide bem dele, é preciso se ouvir e buscar por ajuda. A chave do sucesso está em se dedicar a uma atividade com a qual se identifi que. Evite provocar o ciúme de quem ama. Trate melhor a sua vida amorosa, siga a sua intuição e assim não irá se arrepender de forma alguma, as decisões devem ser tomadas com clareza.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Uma sociedade surge de uma conversa informal, e com isso poderá sair de uma situação subalterna para a de dono do seu próprio negócio. Podem surgir dúvidas em relação à pessoa amada, mas não tome decisão com a cabeça quente, pare e analise os prós e contras. Não fi que colocando desculpas todos os dias para não começar a se exercitar, enfrente a realidade de frente e veja os benefícios que irá lhe trazer.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Período em que deverá enfrentar alguns obstáculos em seu lar. Mas se usar de fato a inteligência conseguirá superá-los com sucesso, seja como o bambu, fl exível. Boa fase para adquirir a casa própria e para elevar-se no campo profi ssional. Cuidado com o controle em todos os sentidos e cuide de sua saúde. Na vida amorosa poderá receber propostas, caberá a você decidir! Caminhadas ou yoga pode trazer bons benefícios como perda de peso e limpeza de cabeça.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 O dia favorece particularmente as relações de amizade e o con-vívio social, saia para jantar com amigos. Coloque a conversa em dia! O trabalho de rotina vai fl uir com facilidade hoje, poderá se sentir mais criativa e tranquila. Com a pessoa amada, pode ser que as coisas não saiam exatamente como deseja e há uma forte inclinação para se sacrifi car. Busque terapia para recuperar a autoestima. Use tons azuis!

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Não deixar o desânimo prejudicar Procure seu desempenho no trabalho. Procure ajuda de terceiros, se achar necessário. No amor, preste atenção ao que se passa a sua volta, acha que é hora de parar de investir em uma relação desgastante. Na família o perdão será necessário principalmente para você em primeiro lugar. Incensos e aromatizadores melhoram a energia do ambiente!

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Não fi que nervoso(a) diante de situações complicadas. Lembre-se que algumas vezes na sua vida já errou por causa disso. As coisas vão se resolvendo por si só. As pessoas em sua volta estão com vibrações positivas, mantenha a sua também elevada. Se envolva, mas tome cuidado para não aprofundar a relação rápido demais. Guarde seus segredos somente para você evite vibrações negativas.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Conhecer seus limites é essencial, não gaste além do que pode, O mês será agitado e você precisa saber se contiver. Não tente dar uma de esperta diante de quem Não conhece isso pode fazer com que você seja taxada (o) de mau caráter. Liberte seu coração e aceite seus sentimentos como parte de você. Viagens de férias ou mesmo a trabalho vão te fazer refl etir sobre alguns assuntos.

GLOBO

Programação de TVSBT

6h Balanço Geral 7h30 Fala Brasil 9h Hoje Em Dia 11h Magazine

4h Café Com Jornal Sp5h30 Nosso Tempo6h Café Com Jornal – Edição Brasil7h30 Dia Dia9h Jogo Aberto11h05 Exija Seus Direitos12h Câmera 1313h Cidade Urgente14h Os Simpsons15h45 Brasil Urgente – Edição Regional16h15 Brasil Urgente – Edição Nacional17h50 Band Cidade18h20 Jornal Da Band19h25 Show Da Fé20h20 Glee21h05 Os Simpsons21h30 The Walking Dead23h10 Jornal Da Noite0h Que Fim Levou? – Boletim0h05 Band Folia – Boletim0h10 Filhos Da Anarquia1h50 Igreja Universal

5h Notícias Da Manhã6h Igreja Universal7h Notícias Da Manhã8h Bom Dia & Cia10h Waisser10h50 Programa Agora12h25 Programa Livre13h15 Casos De Família14h15 Esmeralda15h15 Sortilégio16h A Feia Mais Bela17h20 Jornal Em Tempo17h45 Sbt Brasil18h30 Chiquititas19h15 Rebelde20h15 Seriado21h Programa Do Ratinho22h Esse Artista Sou Eu23h The Noite Com Danilo Gentili0h Jornal Do Sbt0h45 Okay Pessoal1h45 Segurança Agora2h15 Programa Big Bang4h Igreja Universal

RECORD5h Hora Um6h Bom Dia Amazônia7h30 Bom Dia Brasil9h Mais Você10h20 Bem Estar10h55 Encontro Com Fátima Bernardes

CruzadinhasCinema

Loucas Pra Casar: BRA. 14 anos.Cinemark 5 – 12h50, 15h20, 17h50, 20h (diariamente), 23h30 (somente sábado), Cinemark 8 – 16h30, 19h20, 21h45 (diariamente); Cinépolis Millen-nium 2 – 18h (diariamente), Cinépolis Millennium 4 – 14h20, 16h50, 19h15, 21h55 (diariamente), Cinépolis Mil-lennium 6 – 14h40, 17h05, 19h45, 22h (diariamente); Cinépolis Plaza 5 – 15h10, 17h40, 20h05, 22h30 (diaria-mente), Cinépolis Plaza 7 – 21h45 (dia-riamente), Cinépolis Plaza 8 – 13h25, 15h50, 18h15, 20h40 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 14h, 17h, 20h15 (diariamente), Cinépolis Ponta Negra 8 – 13h15, 15h45, 18h15, 20h45 (diariamente), Cinépolis Ponta Negra 9 – 14h45, 17h30, 20h, 22h25 (diariamente); Kinoplex 2 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h10 (diariamente); Multiplex 1 – 19h30, 21h30 (diaria-mente), Multiplex 5 – 13h, 15h, 17h, 19h, 21h (diariamente); Playarte 3 – 13h20, 15h35, 17h50, 20h05 (diaria-mente), 22h20 (somente sexta-feira e sábado), Playarte 4 – 13h21, 15h36, 17h51, 20h06 (diariamente), 22h21 (somente sexta-feira e sábado).

A Noite da Virada: BRA. 12 anos. Playarte 2 – 19h20, 21h20 (diaria-mente), 23h20 (somente sexta-feira e sábado).

Os Caras de Pau: BRA. 10 anos. Cinemark 5 – 20h45 (diariamente); Cinépolis Millennium 7 – 17h35, 20h, 22h15 (diariamente); Cinépolis Plaza 7 – 15h20, 17h20, 19h45 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 16h45, 19h10, 21h45 (diariamente); Kinoplex 1 – 14h25, 16h50, 19h15, 21h40 (diariamente); Playarte 2 – 13h25, 15h25, 17h25 (diariamente), Playarte 7 – 21h25 (diariamente), 23h20 (so-mente sexta-feira e sábado).

Êxodo – Deuses e Reis: ING-EUA. 14 anos. Cinemark 3 – 13h40, 16h50, 20h (dub/diariamente), 23h10 (dub/somente sábado); Cinépolis Mil-lennium 1 – 17h50, 21h10 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 2 – 14h55, 20h25 (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 20h40 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Plaza 3 – 18h, 21h10 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 4 – 18h50, 22h (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Ne-gra 1 – 22h30 (3D/leg/diariamente),

CONTINUAÇÕES

Horóscopo

Resultado de uma experiência militar, Capitão América é o primeiro Vingador, na Tela Quente

PRÉ-ESTREIA

Minúsculos: FRA. Livre. Em uma pacífi ca clareira, entre as sobras de um piquenique, começa uma batalha entre duas tribos de formigas em busca de uma caixa de açúcar. Uma jovem e corajosa joaninha acaba sendo capturada no meio do fogo cruzado e torna-se aliada das formigas negras, ajudando na luta contra as terríveis formigas vermelhas. Cinemark 5 – 11h20, 15h50 (dub/somente quarta-feira); Cinépolis Millennium 7 – 15h15 (dub/somente quarta-feira).

DIVULGAÇÃO

Cinépolis Ponta Negra 5 – 22h (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 21h15 (leg/diariamen-te); Kinoplex 3 – 15h, 18h, 21h (3D/dub/diariamente); Multiplex 4 – 21h (3D/dub/diariamente), Multiplex 6 – 17h15, 20h (3D/dub/diariamente); Playarte 1 – 20h40 (3D/dub/dia-riamente), 23h35 (3D/dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 9 – 12h20, 15h10, 18h, 20h55 (dub/diariamente), 23h45 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Operação Big Hero 6: EUA. Livre. Cinemark 8 – 11h35, 14h (dub/diariamente); inépolis Plaza 13h10, 15h35 (3D/dub/diariamente); Ciné-polis Ponta Negra 2 – 15h05 (dub/dia-riamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 14h15 (dub/diariamente); Kinoplex 5 – 13h20, 15h35 (3D/dub/diaria-mente); Multiplex 6 – 13h15, 15h15 (3D/dub/diariamente); Playarte 10 – 13h45, 16h, 18h20, 20h35 (dub/diariamente), 22h50 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba: EUA. Livre. Cinemark 1 – 22h (dub/diariamente),

Cinemark 2 – 11h50 (dub/exceto sábado e domingo), 14h10, 16h20, 18h40, 21h (dub/diariamente), 23h20 (dub/somente sábado); Ciné-polis Millennium 5 – 18h45, 20h55 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 6 – 14h40, 16h55, 19h05, 21h20 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 4 – 21h (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 13h40, 16h05, 18h30 (dub/diariamente); Kinoplex 4 – 13h, 15h05, 17h25, 19h40, 21h55 (dub/diariamen-te); Multiplex 1 – 13h30, 15h30, 17h30 (dub/diariamente), Multiplex 2 – 21h30 (dub/diariamente), Mul-tiplex 3 – 15h, 17h, 19h, 21h (dub/diariamente); Playarte 5 – 12h50, 14h50, 16h50, 18h50, 20h50 (dub/diariamente), 22h50 (dub/somente sexta-feira e sábado).

O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos: EUA. 10 anos. Playarte 8 – 12h40, 15h30, 18h20, 21h05 (dub/diariamente), 23h50 (dub/so-mente sexta-feira e sábado).

Ouija – O Jogo dos Espíritos: EUA. 14 anos. Kinoplex 5 – 19h50, 21h50 (dub/diariamente).

12h Amazonas Tv12h47 Globo Esporte13h20 Jornal Hoje13h55 Vídeo Show14h42 Sessão Da Tarde - Eu E Meu Guarda-chuva16h13 Cobras & Lagartos / O Rei Do Gado17h46 Malhação 18h30 Boogie Oogie19h13 Jornal Do Amazonas19h30 Jornal Nacional20h08 Alto Astral21h02 Império 22h15 Tela Quente - Capitão América, O Primeiro Vingador0h26 Jornal Da Globo0h58 Programete Fórmula 11h Homeland - Segurança Nacional2h23 Corujão - Stop-loss - A Lei Da Guerra4h15 Mentes Criminosas

ESTREIA

Os Pinguins de Madagascar: EUA. Livre. O público vai descobrir os segredos dos mais adoráveis e misteriosos pinguins do mundo da espionagem. Capitão, Kowalski, Rico e Recruta vão ter que juntar forças com uma agência de espiões, a Vento do Norte, liderada pelo Agente Secreto (a gente até podia contar o nome dele, mas aí... você sabe) para impedir que o vilão Dr. Otavius Brine consiga dominar o mundo. Cinemark 1 – 12h40, 15h, 17h20, 19h40 (dub/diariamente), Cinemark 4 – 12h, 14h20, 16h40, 19h10, 21h10 (dub/diariamente), Cinemark 5 – 13h30, 18h20 (dub/diariamente); Cinépolis 1 – 13h30, 15h40 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 3 – 13h, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 14h, 16h10, 18h30 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 14h, 16h10, 18h25, 20h30 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 2 – 12h50, 15h, 17h10, 19h20 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Plaza 4 – 14h30, 16h35 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 13h, 16h, 19h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 4 – 14h05, 16h30, 18h45 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 12h30 (3D/dub/somente sábado), 15h, 17h15, 19h45 (3D/dub/diariamente); Kinoplex 3 – 13h (3D/dub/diariamente), Kinoplex 5 – 17h50 (3D/dub/diariamente); Multiplex 2 – 15h30, 17h30, 19h30 (dub/diariamente), Multiplex 4 – 15h, 17h, 19h (3D/dub/diariamente); Playarte 1 – 12h40, 14h40, 16h40, 18h40 (3D/dub/diaria-mente), Playarte 6 – 13h15, 15h15, 17h15, 19h15, 21h15 (dub/diariamente), 23h15 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 7 – 13h16, 15h16, 17h16, 19h16 (dub/diariamente).

Invencível: EUA. 12 anos. O drama retrata a história real do atleta olímpico Louis Zamperini, que sofre um acidente de avião, e cai em pleno mar. Ele luta durante 47 dias para reencontrar a terra fi rme, e quando consegue, é capturado pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Cinépolis Ponta Negra 2 – 18h30, 21h30 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 7 – 13h30, 16h20, 19h30 (leg/diariamente).

BAND

12h Alô Amazonas 13h30 Programa Da Tarde 16h20 Cidade Alerta 17h55 A Crítica Na Tv 18h40 Jornal Da Record19h30 Todo Mundo Odeia O Chris 21h30 Vitória 22h30 Milagres De Jesus 23h30 Repórter Record Investigação0h30 Grimm 1h15 Programação Iurd

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B7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015 Plateia

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

O colegiado do TCE/AM definiu, na quarta (14), os relatores das contas do governo do Estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus do ano de 2015. Os conselheiros Yara Lins dos Santos e Érico Desterro irão relatar, respectivamente, as contas do primeiro ano de gestão governador José Melo e o terceiro ano de administração do prefeito Arthur Neto, que deverão ser entregues à corte até o dia 31 março de 2016.

Relatores

GOVERNADOR DO AMAZONAS, JOSÉ MELO recebeu, na quinta (15), o embaixa-dor da Holanda, Johannes Petters, para discutir a criação de parcerias bilaterais na área da piscicultura. Eleita prioridade para a economia no interior pelo governo estadual, a criação de peixe em cativeiro receberá fortes investimentos e aperfeiçoamentos na legislação ambiental. E, para a industrialização, etapa fundamental, segundo o governador, o capital privado será imprescindível. Precisamos de megainvestimentos, destacou

PREFEITO DE MANAUS, ARTHUR VIRGÍLIO NETO anunciou fazer parte da articulação comandada pelo presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo (Consudatle), Roberto Gesta, que busca fazer de Manaus uma das cidades-sede para o futebol nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. O anúncio foi feito na quarta (14), durante uma reu-nião, no Palácio Rio Branco. Para o presidente da Consudatle, que já conta com total apoio do governador José Melo, o engajamento do prefeito para a consolidação da idéia é de suma importância, devido a sua notoriedade internacional

W. REDMAN/AGECOM MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

A primeira-dama do Estado do Amazonas, Edilene Gomes de Oliveira, ao lado do colunista, durante a posse do governador José Melo

JOEL ARTHUS/AGECOM

O colunista recebeu uma correspondên-cia oficial do Senado Federal assinada pelo primeiro-secretário, senador Flexa Ribeiro, comunicando o voto de aplauso e congratulações que este colunista recebeu pelos 20 anos do “Programa Promoter” e da Coluna Sérgio Frota. O requerimento foi de autoria da senadora Vanessa Gra-zziotin. Nossos agradecimentos à nobre senadora.

Agradecimento

A Prefeitura de Manaus vai participar do Fórum Social Mundial da Biodiversi-dade edição 2015, que será promovido na capital amazonense de 26 a 30 de janeiro. O evento tem como foco a ex-posição e, consequentemente, refl exão de temas como o clima, agroecologia, meio ambiente, biodiversidade, água e mercado de trabalho. Já está confi rmada a participação da Semtrad no Comitê Or-ganizador do evento. Outras secretarias devem ser confi rmadas.

Fórum Mundial

ACONTECEU na quarta (14), no aeroporto internacional Eduardo Gomes, com a presença do prefeito Arthur Virgílio Neto, a cerimônia de lançamento do voo direto entre a cidade de Manaus e a ilha caribenha de Aruba, que acontecerá duas vezes por semana e será operado pela empresa Insel Air. De acordo com o diretor da Insel Air no Brasil, Luiz Fernando Del Valle, a empresa apostou no potencial turístico da região, que já comprova uma grande procura pelas passagens aéreas

ALEX PAZZUELO/SEMCOM

Prefeito Arthur Virgílio Neto assinou, na terça (13), um convênio entre a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura de Manaus, no valor de R$ 15 milhões, destinados ao PAC Cidades Históricas. O valor será aplicado em obras de revitalização da praça da Matriz, praça Tenreiro Aranha, praça Adalberto Valle e entorno do Mercado Adolpho Lisboa. O superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Carlos Alberto Bonin, explicou que o dinheiro já está disponível a partir de agora, mas os recursos serão liberados conforme o andamento da obra

A ALEAM viveu um momento histórico no fi nal da Legislatura de 2014, ao aprovar por unani-midade e outorgar o título de Cidadã do Amazonas à deputada estadual Conceição Sampaio, que é natural de Alenquer/PA, e que chegou ainda criança com sua família em Manaus. A merecida homenagem, de autoria do deputado Ricardo Nicolau, foi marcada por muita emoção e espon-taneidade, com a presença de familiares, amigos, líderes e membros de movimentos sociais, colaboradores, apoiadores, autoridades, servidores públicos da casa legislativa e parlamentares municipais e estaduais

ALEX PAZZUELO/SEMCOM ALBERTO CÉSAR ARAÚJO/ALEAM

O prefeito Arthur Vir-

gílio Neto e o presidente

da Câmara Municipal

de Manaus, vereador

Wilker Bar-reto, foram

receber a Kamélia no

aeroporto Eduardo

Gomes, e lá foram rece-

bidos pelo presidente do Olímpi-

co Clube, Almerinho

Botelho. Com isso foi dado o início dos festejos de Momo na

cidade de Manaus

Durante a posse do presi-dente da Câmara Munici-pal de Manaus, Wilker Barreto ao lado de sua Camila Silva, seus pais Maurício e Lenine Barreto e o prefei-to Arthur Virgílio Neto

FOTOS: ALEX PAZZUELO/SEMCOM

SEMCOM

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B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoEntrevistaO repórter Thiago Rocha

vai a Porto Alegre na próxima quinta-feira fazer uma longa entrevista com Andressa Ura-ch para exibição dia 26 no “Muito Show”, da Rede TV!.

Em pauta, o drama vivido pela modelo, que faz parte da equipe do programa, por causa do processo infeccioso decorrente da aplicação de hidrogel nas pernas.

Polêmico Na Globo, falam que o Téo

Pereira de “Império” vai pa-recer um machão, perto do que fará Rainer Cadete em “Verdades Secretas”, próxima novela das 23h. O papel é de um tipo afetadíssimo, caçador de modelos para a agência que serve de cenário para a trama, e que tem o hábito de procurar parceiros sexuais pela internet.

Desafi o Walcyr Carrasco tem dito

que os atores convocados para “Verdades Secretas” vão sur-preender, porque viverão tipos que não têm nada a ver com o que fi zeram até agora em suas carreiras. “São papéis muito corajosos”, declara.

Nova vilã A convite de Ricardo Wa-

ddington, Priscila Fantin passa a integrar o elenco de “Boogie

Oogie” na Globo. Ela gravará as primeiras cenas nesta se-mana como sua nova vilã e fi cará até o fi nal da história.

MMA Após Malvino Salvador

anunciar que, por problemas de datas, não vai fazer mais o protagonista do fi lme sobre a trajetória do lutador José Aldo, outros nomes começa-ram a ser pesquisados pela equipe do longa.

E aquele que mais impres-sionou nos testes foi José Lo-reto, atualmente em “Boogie Oogie” na Globo.

O jovem ator conseguiu demonstrar todas as quali-dades exigidas para o papel, e agora a questão está nas mãos dos produtores.

Agora vai Depois de cancelar seus

primeiros trabalhos em “Ba-bilônia”, a substituta de “Im-pério”, devido a uma crise de cálculo renal, conhecida po-pularmente como pedra nos rins, Bruno Gagliasso já está pronto para outra.

Ele começa a gravar na próxima quinta-feira como cafetão da história.

Ficou assim Ainda em tempo de

férias no SBT e se de-dicando ao seu primei-ro fi lho, Pedro, Patrí-cia Abravanel já tem decidido sua volta ao comando do programa “Máquina da Fama”.

Mais uma vez, em es-quema de temporada na emissora.

Ficou assim 2 Logo depois do “Má-

quina da Fama”, o SBT irá estrear a segunda temporada do “Esse Ar-tista Sou Eu”. Os enten-dimentos para a produ-ção de uma nova edição estão adiantados.

Bate-rebate• Hoje, a rádio BandNews

FM dá início às comemora-ções do seu décimo aniver-sário...

• ... A emissora estará com um estúdio avançado nos mais famosos pontos turís-ticos de São Paulo...

• ... Nomes importantes do jornalismo como José Luiz Datena, Ricardo Boechat, José Simão e Bárbara Gan-cia fazem parte do time da BandNews.

• Goyo Garcia, diretor de Aquisições, representa a Rede TV! na feira NATPE, nos EUA.

• Bárbara Bruno viverá uma “italianona” bem divertida nas cenas de “Cúmplices de um resgate”.

• Ratinho volta com seu programa ao vivo no SBT no próximo dia 26.

• Atores da Globo estão à beira de um ataque de nervos durante as externas no Rio de Janeiro. É um sol para cada um.

Poeta pode fi car para 2016

A Globo tem sido bastante caute-losa nas informações sobre a volta de Patrícia Poeta ao ar e também a respeito do que ela fará. A prioridade no momento está voltada para os produtos que serão exibidos durante a comemoração dos 50 anos, e a programação deste semestre inclusive já está fechada, sem a jornalista no calendário. Tudo leva a crer que essa estreia de Patrícia Poeta só deverá acontecer na temporada de 2016.

DIVULGAÇÃO

Cristina Serra está trocan-do de praça na Globo, Brasí-lia pelo Rio de Janeiro.

A partir de fevereiro, a jornalista irá reforçar a equipe do “Fantástico”.

Então é isso. Mas ama-

nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Marcos paga Miranda para dar fi m à vida de Sueli. Mar-celo decide não mencionar a mediunidade de Caíque em sua reportagem sobre o hospital. Úrsula inventa para Maria Inês que Marcelo já teve diversas amantes. O advogado lê o testamento deixado por Haroldo, pai de Scarlett, que determina que Manoel administrará a he-rança da afi lhada até que ela cumpra a exigência de trabalhar por um ano na lanchonete do padrinho.

Ágata fala com Susana so-bre o diamante e suspende a investigação policial sobre a moça. Vitória descobre que Inês se mudará para os Es-tados Unidos. Beto convence Ricardo a desistir de sua in-venção. Elísio se enfurece ao saber que Vitória combinou com Augusta de cuidar de seus fi lhos na ausência de Beatriz. Mário impõe que Rodrigo comece a trabalhar para pagar as con-tas de casa. Rodrigo come-ça a trabalhar na Star Trip. Tadeu surpreende Inês.

Resumo das novelas

Cora confi rma a presença de Maria Marta no bar de Manoel. Xana afi rma a Juliane que descobrirá se Luciano está sendo bem tratado. José Alfredo pensa em sua conver-sa com Jesuína. José Pedro discute com Amanda. Bruna fl agra Danielle escutando a gravação de uma conversa com José Pedro. Cláudio su-gere que Leonardo faça uma demonstração de seus ham-búrgueres no restaurante.

Alessandro tenta salvar a pele da irmã e diz aos poli-cias que ela está sob efeito de tranquilizantes e precisa consultar o médico antes de interrogá-la. Raquel conta a Alessandro que agrediu Ro-berto pois ele a traiu com Ulisses. Antes do início da reunião do conselho, Bruno volta a ameaçar Maria José, mas ela não se intimida e vota em Alessandro para pre-sidente da empresa. Imedia-tamente, Bruno ordena que Erick procure Rufi no para que denuncie Pedro por pirataria. Vitória diz a Raquel que pre-cisa se internar numa clínica de reabilitação.

Sabrina fi nge preocupação e diz a Miguel que sua menstru-ação está dez dias atrasada. Sol diz a Raquel, Michelle e Pilar que precisam se unir con-tra Mia e Roberta. Inaki pede perdão a Roberta, diz que seu compromisso com Paloma foi feito por seus pais e tenta se justifi car dizendo que não con-tou nada com medo de perdê-la. Roberta diz a Inaki que o per-doa, mas não pretende reatar o namoro por que não o ama. Roberta diz a Josy que Miguel teve relações com Sabrina por que estava bêbado, mas tem certeza que ele ama Mia e, por isso, vai fazer de tudo para que não se separem.

Mili, que ainda está cega, volta a morar no orfanato e conta que adorou o período que fi cou na mansão dos Al-meida Campos, com Gabriela. Mili diz para Carol que decidiu voltar para deixar Gabriela mais à vontade com Marian. Mais tarde, Carol conta para Beto que irá fazer um piqueni-que com Junior para comemo-rar o aniversário de namoro deles. Mili sonha que volta para a mansão dos Almei-da Campos e é recebida por Gabriela, que diz ter sentido muito a falta dela. Andreia chama Junior para fazerem uma atividade junto com Die-go. Junior vai até outra sala.

Sueli consegue forçar casamentoSÃO PAULO, SP - Após

cair nas graças do público, a vilã Sueli (Débora Nasci-mento) virará o jogo para o seu lado, na trama de “Alto Astral” (Globo). Apesar de sofrer um grave atentado a mando de Marcos (Thiago Lacerda), ela sobreviverá e conseguirá forçar um casa-mento com o amante, sem qualquer ressentimento por quase ter sido morta.

A secretária levará um tiro por ter em mãos uma gra-vação comprometedora que usa para chantagear o médi-co. Nela, Gustavo (Guilherme Leicam) admite que Marcos provocou o acidente de carro de Caíque (Sérgio Guizé).

“O áudio é um grande trun-fo de Sueli, pois seu con-teúdo pode acabar com a carreira de Marcos”, diz o autor Daniel Ortiz.

O objetivo da chantagem dela é o casamento. E nem

o tiro a intimidará. “A perso-nalidade dela não permite re-ceio. Sueli convidará pessoas para uma festa na casa da mãe de Marcos, e ele terá de anunciar o noivado”, diz.

Débora Nascimento co-menta: “Ela fi ca chocada ao perceber que o homem que ama tenta matá-la, mas vê tudo como um conto de fa-das. A ela, o tiro parece ser apenas um obstáculo”.

A atriz defi ne a obsessão de Sueli por Marcos como uma “paixão enlouquece-dora” e avalia o compor-tamento da personagem: “Foi bem difícil entender a cabeça da Sueli nesse processo após o tiro”.

Sueli x SamanthaAgora que está no poder,

Sueli (Débora Nascimen-to) deverá provocar mais ainda Samantha (Claudia Raia). E ganhará, ainda,

uma confidente.“Ela criará empatia com

Nildes”, conta Débora, re-ferindo-se à enfermeira vi-vida por Maria Carol. “Nil-des será uma amiga, com quem ela dividirá bastan-te coisa. Mas tudo poderá acontecer”, faz suspense.

Com Samantha, a rela-ção será diferente. “Com ela, o bicho pega um pou-co mais”, ri a atriz. “É uma questão de raiva, de inveja enrustida por ter crescido vendo aquele mulherão sempre a dimi-nuindo. Será uma relação mais delicada”.

No fi m, é mesmo de Marcos (Thiago Lacerda) que Sueli quer cumplicidade. “Ela quer ser parceira dele em tudo.”

O autor Daniel Ortiz acrescenta: “Agora será as-sim: ela manda, e ele obe-dece. Ela quer joias caras, ele paga”.

A vilã interpretada por Débora Nascimento sobrevive a uma tentativa de homicídio

DIVULGAÇÃO

ALTO ASTRAL

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015 (92) 3090-1045

Coloque seu dinheiro para trabalhar

IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

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Educação e plástico reagem a ajuste fi scal do governoEmpresas de ensino superior pressionam para reverter endurecimento das regras de fi nanciamento estudantil

O ajuste fi scal do se-gundo governo Dilma Rousseff provocou um curto-circuito no

mercado de ensino superior privado, cuja expansão foi uma das marcas do primeiro man-dato da presidente.

Com ações desabando na Bolsa, empresas do setor pres-sionam o Ministério da Educa-ção a rever portaria editada no apagar das luzes de 2014 para endurecer as regras do fi nanciamento a estudantes.

Sem anúncio prévio ou justi-fi cativa ofi cial, a medida impôs uma pontuação mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Mé-dio) aos interessados em tomar recursos públicos para bancar as mensalidades da rede priva-da. Além disso, reduziu o fl uxo de pagamentos do governo às empresas mantenedoras.

Procurado pela Folha, o Mi-nistério da Educação afi r-mou que o objetivo foi apri-morar a qualidade do ensino superior, o que não explica a restrição aos pagamentos.

De uma hora para outra, as perspectivas para os negócios do setor – até então um dos mais prósperos na Bolsa – se tornaram menos luminosas.

O valor de mercado da gigante Kroton, que atende a mais de 1

milhão de alunos, caiu 18,3%, de R$ 25,2 bilhões para R$ 20,6 bilhões, em apenas 15 dias de janeiro. No caso da Ser Educacio-nal, a queda no período chegou a 40,5%, para R$ 2,2 bilhões.

Não é difícil entender: nos últimos anos, alunos e re-ceitas foram multiplicados com a ajuda da expansão dos gastos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

Os desembolsos somaram R$ 13,7 bilhões no ano passado, ante R$ 1,1 bilhão em 2010.

No primeiro mandato de Dil-ma, o número de contratos de fi nanciamento saltou de 76 mil, no último ano de Lula, para 732 mil em 2014.

Agora, em tempos de reequilí-brio do Orçamento e contenção da dívida pública, essa fonte não deverá mais ser tão generosa, ainda que Dilma tenha anunciado, como lema de seu novo governo, “Brasil, pátria educadora”.

PlásticoO aumento do preço da ener-

gia previsto para este ano deve diminuir ainda mais a competi-tividade da indústria brasileira do plástico.

A preocupação é do presidente da Abiplast (associação do se-tor), José Ricardo Roriz Coelho. “Enquanto lá fora a energia cai, aqui sobe. Nossos concorrentes terão acesso a energia, mão de obra e matéria-prima mais baratos do que nós”.

A indústria registrou queda de 2,7% na produção e de 6,45% no faturamento em 2014, de acordo com estimativa da entidade.

Diante desse cenário, o executi-vo afi rma que o setor poderá am-pliar suas demissões em 2015. No ano passado, 3.000 vagas foram fechadas – a indústria emprega cerca de 353 mil pessoas. “Em um primeiro estágio de crise, as empresas dispensam o míni-mo possível, porque não querem perder o pessoal treinado. No se-gundo estágio, os desligamentos tendem a ser mais numerosos”.

Coelho afi rma também que as empresas de transformação de plástico ainda não sentiram a queda do preço do petróleo (como qual é produzida a nast a, que, por sua vez, é utilizada na fabricação de resinas plásticas). “No Brasil, praticamente só exis-te uma fornecedora [a Braskem] de matéria-prima [resinas plás-ticas, como polietileno e poli-propileno]. É difícil a negociação [de preços] chegar a nós”.

A Braskem afi rmou, por meio de nota, que, desde dezembro, os preços das resinas no mercado brasileiro são ajustados seguindo a tendência internacional.

Acrescentou que o alinhamen-to de preços na cadeia “varia ao longo do tempo, a depen-der do volume de estoques, equilíbrio de oferta e demanda por produto e por região, os-cilações das taxas de câmbio, entre outros fatores”.

GUSTAVO PATUFLÁVIA FOREQUEDE BRASÍLIA

José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast

KARIME XAVIER - 27.07.12/FOLHAPRESS

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Os fundos multimer-cados, que mesclam investimentos em renda fi xa, câmbio e

ações, terão um 2015 desa-fi ador, assim como foi o ano passado. Em 2014, poucos fun-cos bateram o CDI (Certifi cado de Depósito Interfi nanceiro), que subiu 10,8% no período, e o segmento sofreu R$ 29,8 bilhões em resgates já descon-tadas as aplicações.

Algumas categorias de multimercados, no entanto, chegaram a ter desempenho superior ao CDI, mas boa parte do movimento fi cou restrita ao segundo semestre. É o caso dos multimercados com es-tratégia chamada trading, que apostam em movimentos de curto prazo nos mercados.

Por outro lado, os mais tradicionais como os mul-timercados macro, cuja es-tratégia leva em conta os cenários macroeconômicos de médio e longo prazos, renderam apenas 8,2%.

“Houve uma série de fatores que fi zeram com que os merca-dos – e, por consequência, os investimentos – tivessem um desempenho descolado dos

fundamentos”, afi rma Marce-lo Giufrida, ex-presidente da Anbima (associação do mer-cado de capitais) e diretor da Garde Asset Management.

Entre esses fatores, diz, esti-veram as eleições no Brasil, a tensão geopolítica entre Ucrâ-nia e Rússia e as discussões em torno do futuro da política monetária norte-americana.

“Algumas questões se dissi-param no fi nal do ano, como a defi nição do pleito presi-dencial brasileiro, o que per-mitiu a ‘reação’ dos ativos nos meses fi nais de 2014”, afi rma Giufrida.

Em novembro, os fundos multimercados macro tiveram ganho de 2,32%. O mesmo ocorreu com os multiestraté-gias e multigestores.

Desafi o recomeçaPara Fernando Aldabal-

de, gestor da Áquilla Asset Management, o cenário de incertezas que complicou a gestão dos fundos em 2014 deve se estender para este ano. “Agora, há novas pre-ocupações de longo prazo, como o patamar mais baixo dos preços das commodities [matérias-primas], o câmbio mais elevado e as dúvidas em relação à efi ciência do ajuste

fi scal no Brasil”, diz.As estratégias, segundo Al-

dabalde, deverão sofrer cons-tantes ajustes ao longo do ano. “A renda fi xa se benefi ciou em 2014 por causa do aumento dos juros [que passaram de 10% a 11,75% ao ano], a alta do dólar também ajudou os produtos cambiais, mas é incerto até quando isso vai se manter. Os cenários podem mudar drasticamente em pou-co tempo”, afi rma.

Os investimentos podem voltar a refl etir mais os fun-damentos econômicos do que as especulações, conforme o governo mantenha “transpa-rência” em suas medidas de ajuste, diz Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima.

Ele enxerga, no entanto, que ainda há oportunidades para impulsionar os fundos. “De fato 2015 será um ano difícil. Os níveis de volatilidade devem persistir”, diz.

“Os juros ainda estão subin-do, o que mantém a renda fi xa atraente. Na renda variável, apesar da queda em 2014, já é possível encontrar ativos em bom momento de compra, olhando, claro, companhias com bons fundamentos. E, no câmbio, ainda há espaço para valorização do dólar”, disse.

ANDERSON FIGODE SÃO PAULO

Fundos mistos perdem quaseR$ 30 bilhões só em 2014Poucas categorias conseguiram superar o CDI, parâmetro para o mercado de fundos, em 2014. Volatilidade deve persistir em 2015

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Direitos na matrícula escolar

A Senacon (Secretaria Nacio-nal do Consumidor), do Ministério da Justiça, divulgou uma série de dicas sobre matricular, renova-ção de matrícula e garantia de di-reitos durante o ano letivo. Além da compra de material escolar e, em alguns casos, da contra-tação de serviço de transporte para crianças ou adolescentes, muitos pais procuram escolas particulares para os fi lhos.

De acordo com a secretaria, nenhum aluno pode ter negada sua matrícula em uma escola por ter débitos em outra, da mesma forma que a antiga escola não pode negar os documentos de transferência mesmo que haja prestações em aberto. Caso não consiga matricular o aluno em uma nova escola por recusa dessa, os pais ou responsáveis podem procurar o Procon para solucionar a questão.

“São proibidas as suspensões de provas, a retenção de docu-

mentos escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por falta de paga-mento”, explicou a Senacon. Além disso, a escola não pode desligar o aluno durante o ano letivo. Esse desligamento só pode ocorrer após o fi m do ano. Nesse caso, a escola tem a prerrogativa de não renovar a matrícula do aluno. Em caso de instituições de nível superior, esse tipo de desliga-mento só pode ocorrer após o fi m de cada semestre.

Visitar a escola e conhecer

seu método pedagógico é tão importante quanto ler com aten-ção o contrato com a instituição antes de assiná-lo. A Senacon alerta tanto para o reajuste de mensalidades quanto para a transparência dos termos do contrato. “O reajuste de mensa-lidades deve ser feito somente uma vez ao ano, e o contrato deve ser claro quanto à sua previsão. Vale ressaltar que as cláusulas contratuais devem assegurar o direito à informação e a transpa-rência para o consumidor”. Escola não pode negar matrícula ou transferência por débito

DIVULGAÇÃO/SECOM-ES

ENSINO PRIVADO

MARCELO BRANDÃODA AGÊNCIA BRASIL

Para escolas, inclusão de jovens está mais difícilSetor vê com distância objetivo de colocar 33% deles no ensino superior. Associação diz apostar em ‘pátria educadora’

As entidades representati-vas do setor querem uma revisão das novas regras do Ministério da Educa-

ção, cujo titular, Cid Gomes (Pros), não estava no posto quando a portaria foi editada.

“O Fies e o Prouni [que dá bolsas de estudo a alunos da rede privada] foram programas instituídos por lei. Como você altera uma lei criada dentro do Parlamento por meio de portaria? Vamos entrar na Justiça contra isso”, afi rma Amábile Pacios, pre-sidente da Fenep (federação das escolas particulares).

Para ela, as novas regras criam “insegurança jurídica” e terão impacto no orçamento das empresas do setor.

Analistas de mercado afi rmam que a mudança traz de fato insegurança, mas entendem que o setor continua com potencial de crescimento.

Diretor-executivo do Semesp (sindicato de mantenedoras de estabelecimentos do setor de São Paulo), Rodrigo Capelato diz que as medidas trarão maior prejuízo às instituições de menor por-te. “Tem muita instituição com 80% dos alunos com Fies.”

“Entendo que tem que ha-ver uma política fi scal de re-dução, mas você não pode fa-zer isso da noite para o dia, porque senão você quebra as instituições”, argumenta.

A entidade aponta que será mais difícil cumprir a meta de incluir 33% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior. De acordo com dados de 2012, o percentual estava em 15,4%.

Mais diplomática, Elizabeth Guedes, da Abraes (Associação Brasileira para Desenvolvimento da Educação Superior), aposta num entendimento com o MEC e a Fazenda, de Joaquim Levy.

“O compromisso da presidente Dilma com a ‘pátria educadora’ nos tranquiliza”, afi rma ela.

OtimismoMesmo com a incerteza trazi-

da ao setor com as novas regras para o Fies, as companhias de educação continuam na mira de analistas.

Isso porque o setor é um dos únicos, na visão deles, com possi-bilidade de expansão neste ano. “Antes das novas regras, nós estávamos bem otimistas para o segmento. A Bolsa corrigia [va-riava para baixo] e essas empre-

sas continuavam com tendência de alta”, afi rma Danilo de Julio, da Concórdia.

Nas últimas semanas, as ações das companhias de educação le-varam um tombo, atribuídas não só às novas normas em si como também às incertezas do resulta-do que elas podem acarretar.

Como elas só entram em vi-gor em abril, analistas do Citi-bank afi rmam, em relatório, que neste ano o impacto só será parcialmente visível, e mais para o fi nal do período.

RiscosNa visão de Ricardo Kim, da XP

Investimentos, mesmo ponderan-do os riscos que a portaria trouxe, a queda das ações foi exagera-da. Ele continua recomendando exposição ao setor. “Para quem não tem ações de companhias de educação, [a queda] é boa oportunidade de entrada”.

Ele diz, contudo, que o investidor não deve concentrar seu patrimô-nio no segmento e deve sempre buscar diversifi cação. Para quem

tem uma parcela muito grande de seu portfólio no setor, ele afi rma ser melhor diminuir um pouco a fatia.

Tanto Kim quanto os analistas do Citibank destacam que há expansão crescente no ensino à distância, o que deve incrementar as receitas dessas companhias.

Em relatório, os analistas da corretora do Bradesco afi rmam acreditar que “o mercado já precifi cou a maioria dos im-pactos negativos e dos riscos das novas medidas do gover-no” com as recentes quedas nos preços das ações.

Por isso, a corretora mantém a recomendação de compra para algumas das ações do setor, com destaque para a Estácio – tam-bém a preferida do Citibank –, num cenário, segundo explicam os analistas, em que as novas regras não sejam revisadas.

Julio, da Concórdia, é mais cau-teloso: sua recomendação a quem não tem ações de educacionais é “fi car fora, mas atento”.

GUSTAVO PATUFLÁVIA FOREQUEFABÍOLA SALANIDE BRASÍLIA

JUSTIÇA“O Fies e o Prouni foram programas ins-tituídos por lei. Como você altera uma lei criada dentro do Par-lamento por meio de portaria? Vamos en-trar na Justiça contra isso”, garante Fenep.

Estudantes em frente a unidade da Estácio, no Rio

ARION MARINHO - 30.11.2014/FUTURA PRESS/FOLHAPRESS

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Page 20: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Começa período para envioda Rais; Simples está no fi mMinistério do Trabalho recebe a Rais a partir de amanhã. Empresas têm até dia 30 para aderir ao Simples Nacional

Começa nesta terça-feira (20) a entrega da Rais (Relação Anual de Informa-

ções Sociais) deste ano, refe-rente ao ano-base de 2014. O prazo final de entrega é 20 de março próximo.

A empresa que não entre-gar o documento até essa data ficará sujeita a mul-ta a partir de R$ 425,64, acrescida de R$ 106,40 por bimestre de atraso.

A Rais é considerada um censo do mercado formal de trabalho e deve ser pre-enchida por todos os em-pregadores, entre os quais os órgãos da administra-ção direta e indireta, em-presas com ou sem empre-gados e estabelecimentos inscritos no CEI (Cadastro Específico do INSS).

As informações para seu preenchimento estão no “Manual de Orientação da Rais”, edição 2014, disponí-vel na internet nos endere-ços portal.mte.gov.br/rais e

www.rais.gov.br.Deverão ser citados todos

os valores pagos durante o ano e na rescisão do contra-to de trabalho, como férias indenizadas; verbas corres-pondentes ao saldo de ho-ras extras que não foram pagas durante o contrato de trabalho; acréscimo sa-larial negociado em dissí-dio e só pago na rescisão, além de gratificações.

Segundo o Ministério do Trabalho, a Rais processa informações sociais rela-tivas aos vínculos empre-gatícios formais, visando a identificar os beneficiários do abono salarial (também chamado de 14º salário, pago a quem ganhou até dois salários mínimos mensais), bem como gerar estatísticas sobre o mercado de trabalho formal, a serem utilizadas na elaboração, no monito-ramento e na implementa-ção de políticas públicas de trabalho, emprego e renda, entre outros.

As empresas que possuem a partir de 11 empregados ou mais deverão utilizar a cer-

tificação digital para trans-mitir a declaração. Além da declaração do estabeleci-mento, o arquivo que tiver 11 vínculos ou mais deverá ser transmitido por meio de certificação digital.

As declarações pode-rão ser transmitidas com o certificado digital de empresa, emitido em nome do estabelecimen-to, ou do responsável pela entrega da declaração.

SimplesAs micro e pequenas em-

presas que quiserem aderir ao novo Simples Nacional terão até o próximo dia 30 para fazer o pedido. Cria-do em 2006, o programa possibilita o pagamento de até oito tributos federais em apenas uma guia, po-dendo reduzir em até 40% o imposto .

O Simples Nacional ou Su-persimples é destinado ao micro e pequeno empresá-rio que fatura até R$ 3,6 milhões por ano. Este ano, uma mudança nas regras es-tendeu o benefício para 142

categorias, como engenhei-ros, médicos, advogados, odontólogos, jornalistas, corretores, arquitetos, vete-rinários, psicólogos, profis-sionais de terapia ocupacio-nal, acupuntura, podologia e fonoaudiologia.

A data de 30 de janeiro é destinada às empresas que já estão em atividade.

Para as empresas em iní-cio de atividade, o prazo para solicitação de opção é 30 dias contados do últi-mo deferimento de inscrição (municipal ou estadual, caso exigíveis), desde que não te-nham decorridos 180 dias da

data de abertura constante do Cadastro Nacional da Pes-soa Jurídica (CNPJ). Quan-do aceita, a opção produz efeitos a partir da data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte.

A adesão deve ser feita no portal do Simples Nacional. Durante o período da opção, é possível fazer a regulariza-ção de eventuais pendências que impeçam o ingresso no Simples Nacional. Também é permitido o cancelamento da solicitação.

Imposto de RendaDesde o primeiro dia de

janeiro deste ano profis-sionais liberais são obri-gados a identificar clientes pessoas físicas que pagam por seus serviços. Estão obrigados a prestar as in-formações médicos, odon-tólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, advogados, psicólogos e psicanalistas.

A regra está na Instru-ção Normativa nº 1.531,

que orienta para o uso do programa multiplataforma do Carnê-Leão relativo ao Imposto de Renda Pessoa Fí-sica de 2015. Pela instrução, esses profissionais deverão atentar para a necessária identificação do CPF dos titulares do pagamento de cada dos serviços. A informa-ção será obrigatória no pre-enchimento da declaração de rendimentos das pessoas físicas em 2016.

Segundo a Receita Fe-deral, o programa Recolhi-mento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão) de 2015, que será disponibilizado ainda em janeiro, estará prepa-rado para receber as infor-mações. Os dados poderão ser exportados pelo contri-buinte que usar o progra-ma Carnê-Leão 2015 para a declaração de rendimentos do Imposto de Renda Pessoa Física 2016.

De acordo com a Recei-ta, o objetivo é evitar a retenção em malha de mi-lhares de declarantes que preenchem o documento de forma correta.

LUCIANO NASCIMENTODA AGÊNCIA BRASIL

PRAZOAs micro e pequenas empresas que quiserem aderir ao novo Simples Nacional terão até o próximo dia 30 para fazer o pedido. O siste-ma garante até 40% de redução em pagamento de impostos.

Receita Federal man-tém atendimento pre-sencial e online sobre

o Simples Nacional

FÁBIO POZZEBOM/ABR

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Luana Cavalcante, 21, vai cursar o último semestre de um cur-so de graduação em

moda no Rio de Janeiro neste ano. Mas, apesar de ter ins-crito seu currículo em sites de emprego, não fez estágio em nenhuma empresa.

Isso porque, quando contava que tinha paralisia cerebral (ela usa andador e cadeira de rodas) as vagas abertas se fechavam, diz.

Sua alternativa foi criar a própria empresa, a Sweet An-gels, que faz roupas pensadas para quem tem alguma de-fi ciência – como shorts com velcros laterais.

Exemplos assim, em que o empreendedorismo surge como boa opção profi ssional para quem tem defi ciência, aparecem no livro “Empreen-dedorismo Sem Fronteiras”, lançado neste mês. A obra é escrita por Cid Torquato e Fernando Dolabela, autor do best-seller “O Segredo de Luísa” (Sextante).

Segundo os autores, a van-tagem de ter o próprio ne-gócio está na possibilidade de defi nir com autonomia o ambiente de trabalho e as rotinas e tarefas que se vai ter, o que nem sempre é pos-sível em um emprego (leia entrevista nesta página).

Os desafi os para crescer no mercado de trabalho podem começar logo na hora de con-seguir um emprego.

Andrea Schwarz, 38, funda-dora da consultoria i.Social (especializada em recruta-mento de pessoas com de-fi ciência), diz que, das 400 vagas que a companhia tem para preencher para clientes, apenas 3 não con-têm nenhuma restrição a defi ciências mais severas.

“Muitas empresas dizem que não estão preparadas e não podem receber cegos, surdos ou cadeirantes. Querem pes-soas com defi ciência que não precisam de rampa de acesso ou piso tátil”.

A lei de cotas prevê que empresas com mais de cem funcionários reservem de 2% a 5% de suas vagas para pesso-as com defi ciência. Em 2013, havia 358,7 mil pessoas nes-sas vagas, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Schwarz, que é cadeirante e assina a introdução do livro, diz acreditar que o empreendedo-

rismo é uma opção, mas não deve ser visto como uma so-lução universal. “A maior parte da população, com ou sem defi ciência, não tem vocação para empreender. Eu mesma pensei em desistir mil vezes, os obstáculos são imensos”.

Tempo próprioTer seu próprio ateliê de

kirigami (técnica para cria-ção de fi guras tridimensionais com papel) foi a solução para Naomi Uezu, 47.

Portadora de narcolepsia, doença que faz com que ela possa adormecer em qualquer situação, no início da vida pro-fi ssional trabalhou em uma clínica médica como recepcio-nista e em um banco.

Porém os muitos apagões diários a faziam se sentir improdutiva e ela desistiu dos empregos.

O ateliê foi aberto há 25 anos, após ela viajar para o Japão para se aperfeiçoar em sua técnica artística.

Uezu conta que, desde que passou a cuidar da pró-pria rotina, os apagões são menos frequentes – ela se-para tempo para cochilos durante o dia e antes de atividades importantes.

Músico sem mãosA primeira e única vez em que

o cantor e produtor musical Dudé Vocalista, nome artístico de Eduardo Martins, 42, teve um emprego com carteira as-sinada e salário fi xo, a relação com a empresa terminou em processo judicial.

Nascido sem as duas mãos e a perna esquerda (provavel-mente devido a talidomida), Dudé trabalhou meio período em uma grande empresa de 2010 a 2012, mas, segundo ele, não recebia as condições adequadas para o serviço.

“Eu trabalhava em um lu-gar aonde só podia chegar subindo escada [usando uma prótese] e não tinha uma mesa mais alta como eu precisa-ria para poder escrever com meus braços, por causa do comprimento deles”.

Mesmo naquele momento, o emprego formal nunca foi sua atividade principal. Dudé se apresenta em bandas de blues e rock desde os 17 anos, quando passou a tocar em bares de São Paulo.

Em paralelo com suas ban-das, sua primeira ocupação foi como vendedor de instru-mentos musicais em uma loja, onde ganhava comissão pelas

vendas. “Eu vendia guitarras, então dependia muito da mi-nha lábia: pegava todos os ma-nuais dos instrumentos, devo-rava em casa e sabia explicar tudo aos clientes”.

Outras atividades que sem-pre realizou foram dar aulas de canto e produção musi-cal e auxiliar em projetos de gravação de áudio.

Em 2001, começou a montar seu estúdio para dar aulas e gravar em casa. Hoje, dois computadores, uma mesa de som, microfone e tecla-do estão instalados em seu quarto, do lado da cama.

Ele diz que pretende am-pliar o espaço, mas deve man-tê-lo na casa para facilitar sua rotina e locomoção.

O cantor também se tornará sócio de uma produtora mu-sical neste ano e terá como primeiro trabalho gravar e divulgar o disco de estreia de sua banda, Dudé e a Má-fi a, além de marcar os shows da turnê de lançamento.

Ele conta que, mesmo tra-tando do tema da defi ciência e inclusão em algumas das letras de sua banda, não gosta de ser considerado um exem-plo de superação. “Tudo é uma questão de atitude. Nos shows que fi z, eu nunca tive nenhuma reação de pessoas fazendo reverência para mim nem nin-guém me chamando de ‘aleija-do’. Sou músico, não político. Não sou o Martin Luther King sem as mãos”.

Empreendedorismo é boaopção para deficientesAutores de livro afi rmam que empresários podem ajustar ambiente e rotinas de trabalho a suas limitações físicas

FILIPE OLIVEIRADE SÃO PAULO

CIETE SILVÉRIO/FOLHAPRESS

CIETE SILVÉRIO/FOLHAPRESS

Cid torquato, coautor de ‘Empreendedoris-mo Sem Fronteiras’

Eduardo Martins, 42, está se associando a uma produtora

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C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Coloque seu dinheiro para trabalhar para você e ganhe mais

Marcia DessenFinanças Pessoais

Já imaginou que maravi-lha ter uma fonte de renda para complementar seu or-çamento mensal sem precisar trabalhar para ganhar esse dinheiro? Pois é isso o que um bom investimento faz por você: o dinheiro trabalha e permite que você se benefi cie do pagamento de juros ao longo do tempo.

Todos sonhamos em um dia parar de trabalhar para mere-cido descanso depois de anos de atividade. Muitos acredi-tam que o valor a receber da Previdência Social mais o dinheiro acumulado no Fundo de Garantia serão sufi cientes para custear essa fase.

As estatísticas do Ministé-rio da Previdência e Assistên-cia Social são cruéis e apon-tam que 46% dos brasileiros que se aposentam dependem de parentes; 25% são obriga-dos a continuar trabalhando; 27% dependem de caridade; apenas 2% dos brasileiros conseguem se manter sem nenhuma fonte externa de ajuda. Essa pequena mino-ria foi previdente e colocou o dinheiro para trabalhar, com a disciplina e a deter-minação de quem sabia que um dia seria recompensado pelo esforço.

Onde investirQuando procuramos a me-

lhor alternativa de investi-mento, estamos em busca de três atributos: segurança, liquidez e rentabilidade. A má notícia é que raramente são encontrados em um mesmo produto e acabamos por re-nunciar a um deles em detri-mento de outro.

Investir em imóveis é a opção preferida de muitas pessoas, em razão da sensa-

Alta de juros impacta em até 14% prestação de casa própria

O aumento de juros para os novos fi nanciamentos da Caixa Econômica Fede-ral para a casa própria te-rão impacto de até 14,3% nas prestações. Segundo levantamento da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabi-lidade), os fi nanciamentos mais caros serão os mais afetados pelas novas taxas, que vigoram para os contra-tos assinados a partir desta segunda-feira (19).

Para as linhas de crédito do SFI (Sistema de Finan-ciamento Imobiliário), que fi nanciam imóveis acima de R$ 650 mil na maior parte do país e de R$ 750 mil em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal, as novas taxas farão a pres-tação subir entre 11,24% e 14,35%. Para as operações do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que fi nancia unidades entre R$ 190 mil e R$ 650 mil (ou R$ 750 mil, em Minas, no Rio, em SP e no DF), o impacto nas parcelas será bem me-

nor, fi cando entre 0,83% e 4,69% nas linhas que so-freram reajuste.

As novas taxas valem para os novos fi nanciamentos habitacionais concedidos com recursos da caderne-ta de poupança, sendo que as operações mais caras do SFH não terão os juros alterados. De acordo com a Caixa, os mutuários que já assinaram contrato não terão mudança. Os imóveis fi nanciados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou pelo Programa Minha Casa, Mi-nha Vida também não ti-veram os juros alterados. As duas modalidades fi nan-ciam apenas unidades de até R$ 190 mil para famílias de menor renda.

As novas taxas para os fi nanciamentos habitacio-nais foram anunciadas pela Caixa na última quinta-feira (15). Nos fi nanciamentos do SFH, os juros, atualmente entre 8% e 9,15% ao ano, fi carão entre 8,5% e 9,15% ao ano. Nas operações do SFI, as taxas passarão de 8,8% a 9,2% ao ano para 10,2% a 11% ao ano. O banco justifi cou o reajuste com base no aumento da

taxa Selic (juros básicos da economia), que passaram de 10% para 11,75% ao ano em 2014.

Os juros dos fi nanciamen-tos habitacionais da Caixa são defi nidos conforme o perfi l do comprador. Quem tem relacionamento com o banco (é correntista ou tem investimentos na institui-ção), tem conta-salário e é servidor público paga juros mais baixos à medida que o mutuário preenche cada um dos requisitos. Como a Caixa concentra 70% do crédito imobiliário no país, as taxas cobradas pela insti-tuição servem de referência para operações semelhan-tes nos demais bancos.

A Anefac fez a simulação do impacto da alta dos juros nas prestações com base num fi nanciamento de R$ 500 mil no SFH e no SFI em duas modalidades: presta-ção constante (tabela price) e amortização constante, quando o valor das parcelas diminui com o tempo. No caso do sistema de amorti-zação constante, o impacto foi calculado para o valor da primeira prestação. Na úl-tima parcela, praticamente não há aumento.

FINANCIAMENTO

ção de segurança. Porém sua rentabilidade é baixa quando proveniente de aluguéis e in-certa quando a estratégia é vender. Dos três, a liquidez é o atributo mais distan-te; você pode levar meses para vender um imóvel ou mais se teimar que ele vale mais do que o mercado está disposto a pagar.

Investimento em ações é cobiçado por sua alta renta-bilidade potencial. Liquidez é uma vantagem indiscutível: é possível comprar e vender ações no mesmo dia. Entre-tanto o atributo segurança passa bem longe. Quem entra nesse mercado está disposto

a correr riscos elevados em busca de rentabilidade.

Aplicações em “renda fi xa” nem sempre são tão seguras quanto o nome sugere. Nessa modalidade, o investimento equivale a um empréstimo. O investidor vira credor de quem recebeu o dinheiro em-prestado e recebe juros em troca. No limite, pode perder tudo o que aplicou.

Quando a operação tem taxa de juros prefi xada o negócio parece mais segu-ro ainda... O investidor sabe quando e quanto vai ganhar! Verdade, se aguardar a data do vencimento. Quem precisa de liquidez no meio do cami-

nho corre o risco de mercado e pode perder dinheiro se a taxa de juros subir.

Os riscos existem e, como nem sempre é pos-sível evitá-los, devem ser conhecidos e gerenciados.

O risco de crédito (possibili-dade de calote) se apresenta em todas as operações de renda fi xa. O risco de mer-cado (fl utuação de preços) se apresenta em quase todas as modalidades de investimen-to, inclusive na renda fi xa. O risco de liquidez (não conse-guir vender) é o mais fácil de gerenciar. Diversifi cação é a única estratégia simples e efi -caz para reduzir riscos de sua

carteira de investimentos.

Custos e impostosA conta poupança é a rara

exceção de investimento isento de custos e impos-tos. Nas demais alternativas existem custos, representa-dos por taxa de administra-ção, corretagem, custódia, ou ainda, embutido na co-tação da aplicação quando o banco fi ca com um pe-daço da taxa de juros, ao oferecer abaixo de 100% da taxa de referência.

Além dos custos, pagos às instituições fi nanceiras, o in-vestidor pagará Imposto de Renda, incidente na maioria

das alternativas de investi-mento. Compete ao inves-tidor investigar, analisar e escolher a modalidade que oferecerá o melhor retorno lí-quido, depois de descontados os custos e os impostos.

No mundo dos investimen-tos, nada é perfeito. É preciso conhecer todas as opções, entender como funcionam, analisar custos e riscos, e escolher a opção adequada a seus objetivos, perfi l de risco e horizonte de tempo. Pesquise, investigue, estu-de antes de escolher o que faz mais sentido para você. Coloque seu dinheiro para trabalhar para você!

FERNANDO DE ALMEIDA

WELLTON MÁXIMODA AGÊNCIA BRASIL

Os fi nanciamentos mais caros serão os mais afetados pelas novas taxas, que vigoram hoje

MARCELLO CASAL JR./ABR

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Page 23: EM TEMPO - 19 de janeiro de 2015

C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

Tesouro Direto pode render mais que poupança mesmo com taxa de 0,5%?

Samy DanaCARO DINHEIRO

Assim como a poupança, a aplicação em papéis do Tesouro Nacional também é um instrumento bastante conservador. Nessa modali-dade, o investidor realiza uma espécie de empréstimo para o governo e, caso aguarde o período contratado, receberá o valor estipulado no momen-to da compra.

Só não será pago o valor devido em casos de calote do governo, uma realidade ainda distante no Brasil.

Considerando o prazo de cinco anos que você menciona como horizonte de investi-mento para seus recursos, há uma NTN-B (Nota do Tesouro Nacional – Série B).

Principal com vencimento em 15 de maio de 2019 com pagamento bruto anual pre-visto de 5,99% ao ano (dado da última segunda-feira, 12) acrescido do IPCA (índice ofi -

Como aplicar R$ 300 mil em renda fixa por 2 anos?

FOLHAINVEST

cial de infl ação).Ou seja, diferentemente da

poupança, o Tesouro garante a manutenção do poder de compra do investidor, pois remunera sempre acima da infl ação, neste caso, em 5,99% anuais. E, mesmo com os custos envolvidos na fer-ramenta, ela ainda se mostra bem mais vantajosa do que a poupança. Esses gastos são relativos à taxa de custódia, que fi ca em 0,3% ao ano, IOF (Imposto sobre Operações Fi-nanceiras), incidente apenas para aplicações com prazos inferiores a 30 dias, Impos-to de Renda decrescente e taxas administrativas.

Para o prazo de cinco anos, a alíquota de imposto pratica-da é a menor possível: 15%.

Em relação às taxas ad-ministrativas, a média es-perada é de 0,3%e, segundo o site do Tesouro Nacional, existem corretoras ativas que não as cobram. Dessa

forma, os 0,5% sugeridos podem ser considerados bastante elevados, havendo margem para negociação com a instituição.

Como alternativa, o in-vestimento por corretoras menores também pode ser eficiente, pois a instituição funcionará apenas como um intermediário na transação, devendo o título ser cus-todiado e registrado nomi-nalmente. Em caso recen-te, no entanto, a corretora Corval, que oferecia taxas de corretagem inferiores à média do mercado, entrou em processo de liquidação, revelando que tais taxas só eram possíveis porque as compras não estavam sendo transferidas para o nome dos clientes, e sim para a própria instituição. Assim, no momento da quebra, os prejuízos foram estendidos também aos investidores.

Para evitar esse problema,

no entanto, não há grandes di-fi culdades: basta que o inves-tidor verifi que se os registros foram realmente realizados em seu nome. Isso é possível consultando o extrato no site do programa do Tesouro Di-reto, onde tais operações são registradas, ou no CEI (Canal Eletrônico do Investidor), da BM&FBovespa.

De qualquer forma, dentre as corretoras disponíveis, al-gumas realizam o repasse dos pagamentos no próprio dia do investimento.

Assim, é possível receber os retornos devidos no momento em que os mesmos são liqui-dados, evitando um período de transação maior do capital dentro da instituição.

SAMY DANA é economis-ta com PhD em business e professor da EAESP-FGV. Twitter: @samyda-na. Facebook: facebook.com/carodinheio.

A. Z. T. (SÃO PAULO - SP)

Mande sua pergunta para a coluna [email protected]

RESPOSTA DE MICHAEL VI-RIATO, PROFESSOR DO INSPER E CERTIFIED FINANCIAL PLAN-NER - Investir em renda fi xa de forma efi ciente não é uma tarefa fácil. Envolve estimar como devem evoluir as variáveis macroeconômi-cas como infl ação e crescimento. Além disso, também é necessário acertar como essas variáveis vão se comportar diferente do que já é esperado pelo mercado.

Não é porque a taxa Selic será elevada pelo BC que é mais vantajoso comprar títulos pós-fi xados que prefi -xados. Se a estimativa que o mercado faz com relação à elevação de juros estiver em linha com a realizada, não fará diferença ter investido em títulos pós ou pré.

Você precisa, assim, avaliar se o movimento de elevação da Selic vai ser maior ou menor do que o merca-do espera, o que é refl etido na curva de juros futuros na BM&FBovespa. Hoje, essa curva tem implícita ele-vação de 1,25 ponto percentual da Selic até meados do ano, elevando-a para 13%.

Além de escolher títulos pós ou prefi xados, você pode incluir títulos de crédito privado em seu portfólio. Existem títulos isentos de IR como LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobili-ário e Agrícola) de bancos médios que têm dado excelente retorno. Também é importante diversifi car em títulos referenciados à infl ação com venci-mento até 2017.

Por fi m, evite títulos com ven-cimento superior ao prazo em que precisará dos recursos.

F. J. S. C. (CRICIÚMA - SC)

Simulador do mercado de ações abre inscrições hoje

Começam nesta segunda-feira (19) as inscrições para participar do simulador Fo-lhainvest, uma parceria da Folha coma BM&FBovespa. Para se inscrever, basta acessar o site www.fo-lhainvest.com.br e efetuaro cadastro.

A competição contempla os melhores desempenhos nos rankings mensais e também premia o partici-pante que obtiver o maior ganho no acumulado do ano. Além disso, há pre-miações para os primeiros colocados de cada região do país — desde que não tenham sido premiados em anos anteriores.

A contagem para a pre-

miação começa em feve-reiro. Antes disso, porém, os inscritos poderão testar a ferramenta, ações, e iniciar a rodada 2015 familiarizados com o campeonato.

PrêmiosA premiação em 2015

inclui cursos sobre investi-mentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por produtos equivalentes ou com valor fi nanceiro similar.

No ano passado, o primei-ro colocado, Laercio Marin-zek, registrou valorização de 362,2% em sua carteira de ações no simulador da Bolsa de Valores.

DÚVIDA

População têm renda comprometida

Os brasileiros contrairão menos débitos novos em 2015, mas enfrentarão aper-to para saldar os antigos, segundo especialistas ouvi-dos pela reportagem. Eles ressaltam que, este ano, os consumidores evitarão com-prar bens de maior valor e a prazo, porque estão mais cau-telosos e a elevação dos juros restringiu o crédito. Mas, em um primeiro momento, o pé no freio não ajudará a di-minuir o comprometimento da renda, pois o nível está elevado, e a renegociação, mais difícil.

“As pessoas estão com-prando menos. Não se acredita no crescimento da quantidade de pessoas endi-vidadas. Mas fi ca complicado para quem já está [compro-metido com débitos]”, afi rma o economista Gilberto Braga, professor de fi nanças do Ib-

mec. “Ainda tem um com-prometimento alto da renda. Quem conseguiu [renegociar a dívida] em meados do ano passado fez antes de subirem os juros. Quem fi zer agora vai repactuar bem mais caro”, acrescenta o economista.

A pesquisa mensal da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) sobre endivida-mento, divulgada no início de janeiro, corrobora a avaliação de Braga. De acordo com os dados, em 2014, o volume de famílias que tomaram empréstimos caiu em rela-ção a 2013, de 62,5% para 61,9%. No entanto, a parcela da renda comprometida subiu no período, de 29,4% para 30,4%. Outro levantamento, divulgado em dezembro pelo BC (Banco Central), mostra que em outubro o compro-metimento da renda em 12 meses atingiu 46,05%. O nível é o maior desde 2005, ano do começo da série histórica.

De acordo com Gilberto Braga, para restaurar o equilí-brio fi nanceiro, o consumidor precisará ter muita disciplina. “É preciso que [as pessoas] se disciplinem e não deixem de pagar as parcelas”, recomen-da. O economista destaca que será necessário lidar ainda com o cenário adverso da infl ação, que contribui para o aperto da renda. “A in-fl ação está resistente, com previsão de [fechar o ano em] 6,6%”, lembrou, referindo-se à estimativa do último bole-tim Focus, pesquisa semanal feita pelo Banco Central com instituições fi nanceiras. O pa-tamar está acima do teto da meta da infl ação ofi cial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Am-plo), que é 6,5%.

Retração O consultor de varejo Ale-

xandre Ayres, da Neocom Informação Aplicada, afi rma que o momento é de retração

na aquisição de bens durá-veis, como carros e aparta-mentos, cuja compra é sujeita às condições do crédito. “Há muito pouca perspectiva de retomada”, avalia. Na quin-ta-feira (15), por exemplo, a Caixa Econômica Federal informou que subirá os juros do fi nanciamento habitacio-nal. Por outro lado, Ayres vê uma breve recuperação no consumo conhecido como de autoindulgência.

“É o consumo que as pes-soas usam para compensar o fato de não poderem adquirir um bem de maior valor. Por exemplo, não pode fi nanciar um carro, mas compra uma bolsa”, explica. De maneira geral, no entanto, ele vê 2015 como um ano de “arrumação”, mesmo que forçada. “Ne-nhum consumidor quer fazer alterações no seu padrão de consumo. Mas o dinheiro está acabando. A solução é não comprar mais do que se pode pagar”, orienta.Ano deve começar com renda concentrada em pagar dívidas

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MARIANA BRANCODA AGÊNCIA BRASIL

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Samy Dana orienta lei-tora sobre previdência com taxa de adminis-tração de 3% a fazer

portabilidade. Veja em folha.com/no1575129

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C8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015

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