em tempo - 19 de julho de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 34 MÍN.: 25 TEMPO EM MANAUS ANO XXVII – N.º 8.818 – DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. Com 41 vereadores, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) é a terceira mais cara do país, conforme dados da ONG Internacional Transparência Brasil. Na capital amazonense, um parlamentar custa, por mês, R$ 89 mil aos cofres públicos, atrás somente dos vereadores do Rio de Janeiro (R$ 107,4 mil) e São Paulo (R$ 156,7 mil). Mensalmente, são gastos R$ 3,6 milhões. Política A7 Câmara de Manaus é a mais cara do país Cavalaria da PM recupera vidas EQUOTERAPIA Criada há mais de 20 anos, a equoterapia da Cavalaria da PM auxilia na recuperação de 54 pessoas com doenças neuro- motoras. Mais 300 estão na fila de espera. Dia a dia C1 Em partida válida pela 2ª rodada da Série D do Brasileirão, o Leão da Vila Municipal enfrenta logo mais, às 16h, o Vilhena-RO na Arena da Amazônia. Pódio E3 Naça pega o Vilhena na ‘AreNaça’ hoje SÉRIE D Em entrevista ao Com a Pala- vra, o presidente da concessionária Manaus Ambiental, Sérgio Braga, falou dos projetos e da busca por excelência. Política A5 Empresa quer recuperar a credibilidade MANAUS AMBIENTAL Capital do palco improvisado ATRAÇÃO Capital amazonense tem se tornado palco improvisado para artistas de rua. Argentinos, venezuelanos e colombianos não fincam raízes, mas têm transfor- mado as avenidas de Manaus em ganha-pão diário. Dia a dia C6 Os artistas se concentram nas principais avenidas e encantam o público local RICARDO OLIVEIRA RAIMUNDO VALENTIM RAIMUNDO VALENTIM Projeto da equoterapia é gratuito. PMs são pagos com sorrisos dos pacientes e das famílias DOMINGO RICARDO OLIVEIRA Sensação térmica de quase 40 o C praticamente todos os dias e facilidades de crédito mantêm o mercado de pisci- nas aquecido em Manaus. ELENCO Os cheiros são responsá- veis por memórias afetivas que “escrevem” as histórias dos indivíduos e ainda são um grande negócio mundial. Teatro Experimental do Sesc (Tesc) ganhará sede nova, moderna e funcional para abrigar a arte e a cul- tura dos artistas regionais. Plateia D1 PLATEIA NOITE CAÓTICA Madrugada teve cerca de 20 assassinatos A madrugada de sexta-feira (17) para sábado (18), em Manaus, foi uma das mais violentas do ano até o momento. Até o fechamento desta edição, às 12h30, o Instituto Médico Legal (IML) não havia conseguido liberar todos os corpos das vítimas. O titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), delegado Sérgio Fontes, não descartou a possibilidade de que as mortes tenham sido em vingança ao assassinato de um policial militar na sexta, no Educandos. Última Hora A2

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 19 de julho de 2015

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

MÁX.: 34 MÍN.: 25TEMPO EM MANAUS

ANO XXVII – N.º 8.818 – DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116-3529

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

Com 41 vereadores, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) é a terceira mais cara do país, conforme dados da ONG Internacional Transparência Brasil. Na capital amazonense, um parlamentar custa, por mês, R$ 89 mil aos cofres públicos, atrás somente dos vereadores do Rio de Janeiro (R$ 107,4 mil) e São Paulo (R$ 156,7 mil). Mensalmente, são gastos R$ 3,6 milhões. Política A7

Com 41 vereadores, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) é a terceira mais cara do país, conforme dados da ONG Internacional Transparência Brasil. Na capital amazonense, um parlamentar custa, por mês, R$ 89 mil aos cofres públicos, atrás somente dos

Política A7

Câmara de Manaus é a 3ª mais cara do país

Cavalaria da PM recupera vidas

EQUOTERAPIA

Criada há mais de 20 anos, a equoterapia da Cavalaria da PM auxilia na recuperação de 54 pessoas com doenças neuro-motoras. Mais 300 estão na fi la de espera. Dia a dia C1

Em partida válida pela 2ª rodada da Série D do Brasileirão, o Leão da Vila Municipal enfrenta logo mais, às 16h, o Vilhena-RO na Arena da Amazônia. Pódio E3

Naça pega o Vilhena na ‘AreNaça’ hoje

SÉRIE D

Em entrevista ao Com a Pala-vra, o presidente da concessionária Manaus Ambiental, Sérgio Braga, falou dos projetos e da busca por excelência. Política A5

Empresa quer recuperar a credibilidade

MANAUS AMBIENTAL

Capital do palco improvisado ATRAÇÃO

Capital amazonense tem se tornado palco improvisado para artistas de rua. Argentinos, venezuelanos e colombianos não fi ncam raízes, mas têm transfor-mado as avenidas de Manaus em ganha-pão diário. Dia a dia C6

Os artistas se concentram nas principais avenidas e encantam o público local

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Projeto da equoterapia é gratuito. PMs

são pagos com sorrisos dos

pacientes e das famílias

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Sensação térmica de quase 40o C praticamente todos os dias e facilidades de crédito mantêm o mercado de pisci-nas aquecido em Manaus.

ELENCOOs cheiros são responsá-

veis por memórias afetivas que “escrevem” as histórias dos indivíduos e ainda são um grande negócio mundial.

Teatro Experimental do Sesc (Tesc) ganhará sede nova, moderna e funcional para abrigar a arte e a cul-tura dos artistas regionais. Plateia D1

PLATEIA

NOITE CAÓTICA

Madrugada teve cerca de 20 assassinatosA madrugada de sexta-feira (17) para sábado (18), em Manaus, foi uma das mais violentas do ano até o momento. Até o fechamento desta edição, às 12h30, o

Instituto Médico Legal (IML) não havia conseguido liberar todos os corpos das vítimas. O titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), delegado Sérgio Fontes, não descartou a possibilidade de que as mortes tenham sido em vingança ao assassinato de um policial militar na sexta, no Educandos. Última Hora A2

veis por memórias afetivas que “dos indivíduos egrande n

Teatro Experimental do Sesc (Tesc) ganhará sede nova, moderna e funcional para abrigar a arte e a cul-tura dos artistas regionais.

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Page 2: EM TEMPO - 19 de julho de 2015

A2 Última Hora MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Dezenas de amigos e familiares das vítimas passaram o dia no Instituto Médico Legal (IML)

Na madrugada de sex-ta (17) para sábado, foram registrados, aproximadamente, 20

assassinatos, entre eles dois du-plos homicídios. Um deles ocor-reu na rua Doutor Gama e Silva, bairro Zumbi dos Palmares, Zona Leste da capital. O outro na rua Sobrinho Maranhão, bairro São Francisco, Zona Sul.

No primeiro, as vítimas foram dois rapazes, Diego da Silva e Silva, 19, e Jonathas Nober Aguiar, 23. De acordo com tes-temunhas, Diego havia chegado da igreja que frequenta, e sentou na calçada para conversar com Jonathas. Enquanto conversa-vam, um carro vermelho não identificado, com quatro homens encapuzados, parou em fren-te aos rapazes e os suspeitos efetuaram seis disparos. Diego morreu no local e Jonathas foi levado ao hospital 28 de Agosto, onde morreu minutos depois.

O segundo crime vitimou Paulo Nazareno de Souza, 33, e Rodrigo Anderson Soares, 27. De acordo com o pai de Paulo, Paulo Na-zareno Souza, 55, o filho estava em casa quando os dois primos, Rodrigo e Márcio da Silva Rolim, 24, o chamaram para conversar. Segundo testemunhas, dois ho-mens chegaram em uma moto preta e atiraram nove vezes.

Boato sobre vingança pode ser procedente

O secretário de Estado da Segurança Pública, de-legado federal Sérgio Fon-tes, admite ao EM TEMPO – por telefone – que os crimes ocorridos entre a noite de sexta-feira (17) e a manhã de ontem po-dem ter ligação direta com possível ato de vingança policial pelo assassinato do sargento da Polícia Mili-tar Afonso Camacho Dias, ocorrido na sexta-feira, ao sair da agência do Brades-co, no bairro Educandos. “Acho que é até proce-dente o boato sobre isso. Não é a primeira vez que acontece algo com essa suspeita”, comentou.

Fontes enfatiza que as medidas adotadas pela Secretaria de Segurança Pública são as mesmas que seriam tomadas caso

não houvesse suposições como essas. “Não muda nada no procedimento. Va-mos investigar, identificar os criminosos e prendê-los. Não importa se for marginal, FDN (facção do crime organizado Família do Norte), máfia chinesa ou policiais criminosos”, ressalta o delegado.

O secretário esteve em reunião com toda a cúpula do sistema de seguran-ça estadual, incluindo o titular da Delegacia de Homicídios e Sequestros (DHS), Ivo Martins, dele-gado geral da Polícia Civil, Orlando Amaral, e o co-mandante-geral da Polícia Militar, Gilberto Gouvêa, às 17h30 de ontem. Os detalhes estão na cober-tura do EM TEMPO Online (www.emtempo.com.br).

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Secretário afirma que culpados serão identificados

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Até o fim da manhã de ontem, os orgãos públicos não haviam chegado aos números oficiais, mas a estimativa aponta, ao menos, 20 casos de homicídios

Manaus registra cerca de 20 crimes em poucas horas

Outros dez homicídios que foram registrados ocorreram em nove bairros da capital: Armando Mendes, Santo An-tônio, São Francisco, Zumbi dos Palmares, Jorge Teixeira, Compensa 2, Tarumã e Santa Etelvina. No bairro Gilberto Mestrinho, foram registrados dois homicídios.

A Secretaria de Estado de

Saúde do Amazonas (Susam) informou que no hospital e pronto-socorro Doutor João Lúcio, sete vítimas de arma de fogo deram entrada nesta madrugada. Dessas, seis mor-reram e uma foi encaminhada ao centro cirúrgico.

No hospital 28 de Agosto, 15 deram entrada, cinco mor-reram e os demais estão no

centro cirúrgico ou estão em estado grave.

Já no pronto-socorro Platão Araújo, quatro vítimas de arma de fogo deram entrada, e to-das estão em observação.

O Serviço de Pronto Aten-dimento (SPA) do Coroado registrou a entrada de três vítimas de arma de fogo, mas elas foram liberadas.

Movimentação em hospitais

Empresa recebe R$ 150 mil do PTBELO HORIZONTE, MG -

O PT de Minas Gerais pagou R$ 150 mil nas eleições a uma empresa de contabilida-de sediada em Porto Alegre e criada 48 horas antes. For-mada por três sócios, a Erfolg Consultoria e Contabilidade é ligada a José João Appel Mattos, um dos investigados pela operação Acrônimo da Polícia Federal.

Appel não é um dos sócios da Erfolg, mas a firma foi aberta no dia 2 de setembro em nome de pessoas que tra-balham para ele. Ela é regis-trada no mesmo local e com o mesmo telefone da empresa do contador, a AMC.

Na última segunda-feira (14), a reportagem ligou para o número e perguntou se era da Erfolg, mas a atendente disse que não sabia de “empresa nenhuma com esse nome’ no local, apenas da AMC”.

A despesa do PT foi feita pelo comitê financeiro único do Estado, responsável pela campanha do governador Fernando Pimentel e outros candidatos da legenda, no dia 4 de setembro. Os dados estão na prestação de con-tas enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Tanto a Erfolg quanto o par-tido afirmam que tudo foi feito de acordo com a legislação eleitoral, mas não responde-ram sobre os serviços presta-dos ou o motivo da criação e da contratação da empresa.

Conhecido por resolver problemas contábeis de pro-tagonistas de escândalos de corrupção, Appel prestou ser-viço para quatro empresas de Benedito de Oliveira, o “Bené”, e foi diretor de uma delas.

“Bené” é o pivô da Acrôni-mo. No ano passado, foram encontrados R$ 113 mil em

dinheiro vivo dentro de um avião turboélice que trans-portava o empresário, o que motivou as investigações da PF. A aeronave apreendida pertence a suas empresas.

Ele foi preso em maio deste ano e deixou a cadeia após pagamento de fiança.

Um dos objetivos da Acrô-nimo é apurar suspeitas de ligações entre “Bené” e Pimen-tel, que negam ter cometido irregularidades. Na operação, um dos mandados de busca e apreensão ocorreu no escritó-rio de Appel.

Em nota, o PT afirma que a Erfolg prestou serviços à campanha eleitoral e “obede-ceu aos critérios determinados pela legislação”. O partido não detalhou as informações, em-bora tenha sido questionado pela reportagem.

Por José Marques

ACRÔNIMO

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ULG

AÇÃO

Morre piloto francês Jules BianchiF-1

SÃO PAULO, SP - A Fede-ração Internacional de Auto-mobilismo (FIA) se declarou de luto pela morte do piloto francês de F-1 Jules Bianchi. Em comunicado, a entidade afirmou que “o esporte per-de um dos maiores talentos desta geração de pilotos, procedente de uma família de longa tradição na história do esporte”.

Bianchi morreu na sexta-feira (17), nove meses após sofrer um grave acidente no GP de Suzuka, no Japão. Aos 25 anos, ele estava em coma desde que bateu seu carro contra um guin-daste que estava fora da pista. A morte foi informa-da pela família de Bianchi nas redes sociais.

Vários pilotos também usaram as redes sociais para prestar homenagens ao francês.

“Dia muito triste! Descanse em paz meu irmão Jules Bian-chi! Muita força e paz para toda sua família do fundo do meu coração”, disse Felipe Massa, da Williams, por meio do Facebook.

O brasileiro Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna - o último piloto vítima de um acidente fatal na F-1 até a morte de Bianchi -, disse esperar que as lições aprendidas sejam capazes de evitar novas tragédias como essa.

Max Chilton, companheiro de Bianchi na Marussia em 2014, afirmou que não há

palavras para descrever o que a família do piloto e o automobilismo perderam. “Tudo o que posso dizer é que foi um prazer te conhecer e correr ao seu lado”, afirmou o piloto britânico.

Já a Manor, equipe de Bian-chi ainda como Marussia, dis-se em comunicado que está “desolada” por ter perdido o piloto francês após uma batalha tão longa e destacou que a presença do piloto na equipe foi “um privilégio”.

“É duro acordar com uma notícia tão triste. RIP Ju-les. Nunca serás esquecido. Meus pensamentos estão com a família”, indicou o finlandês Valtteri Bottas, da Williams, companheiro de Bianchi na Fórmula 3.

Há nove meses, Jules Bianchi sofreu acidente durante o GP de Suzuka, no Japão

DIV

ULG

AÇÃO

Erfolg Consultoria, envolvida no esquema, é uma das investigadas pela Polícia Federal

ASAFE AUGUSTO

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Page 3: EM TEMPO - 19 de julho de 2015

MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 A3Opinião

Voltou a frequentar a Assembleia Legislativa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo, desta vez de autoria do tucano Bi Garcia. Em 2013, esse recurso já fora tentado pelo então deputado do PSB, Marcelo Ramos, e teria, naquela ocasião, apoio de quase unanimidade dos 24 parlamentares. A proposta de Bi é sedutora e segue o mesmo, mas tem ao menos uma resistência na casa, do petista José Ricardo, que prefere ver ampliada a discussão sobre a formatação do Orçamento do Estado.

O Orçamento Impositivo, em linhas gerais, libera certo percentual do dinheiro líquido do Orça-mento (neste caso é proposto 0,7%, o menor, em comparação com outros Estados) para atender às emendas dos deputados, preocupados, claro, com as demandas do seu eleitorado ou das regiões em que os eleitores se domiciliam. É assim que surgem providenciais ginásios cobertos, nenhuma biblioteca, praças públicas, iluminação pública etc. Nada que não seja necessário, como se vê e tem visto desde que política é política.

Os deputados que defendem a ideia a PEC (e não só Bi Garcia) acreditam sinceramente estar agindo com autonomia, sem atrelar-se ao Executivo. Acontece que o próprio conceito de Orçamento e a engenharia da sua construção é que deveria estar no centro dessa emenda à Constituição. José Ricardo propõe que o Orçamento seja construído a partir de uma ampla discussão com a sociedade, mapeando a realidade e não se sujeitando a interesses particulares de empresas ou políticos.

As pautas dos deputados seriam cotejadas nessa discussão ampla e fariam parte, se realmente fossem importantes, do investimento de verbas públicas. Essa postura estaria mais próxima do Orçamento Participativo a que todos se referem há muito e não ousam praticar. Participativo, não impositivo.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para os vereadores do município de Águia Branca, município de noroeste do Espírito Santo, que abriram mão de regalias como carro, cota combustível, celular.... e também reduziram os pró-prios salários, que foram de R$ 1.800 para R$ 782.

Vereadores honestos e éticos

APLAUSOS VAIAS

Nos mínimos detalhes

Vanessa disse que eles ex-plicaram todas as medidas fi scais tomadas pelo governo da presidente Dilma Rousse-ff em 2014, que estão sendo questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Vem pra Caixa

Sobre os recursos da Caixa Econômica Federal repassados antecipadamente a programas como Bolsa Família e seguro-desemprego, Grazziotin disse que esse era um procedimento previsto no contrato de presta-ção de serviços com a Caixa.

É só ela?

A senadora também argu-mentou que todas as medidas fi scais tomadas pelo governo Dilma já haviam sido adota-das por governos anteriores, cujas contas foram aceitas pelo TCU.

Até tu, Lula?

— O Tribunal de Contas da União está diante de um fato novo? Não, esse não é um fato novo. Este procedimento ocor-re quase todos os anos e com governos anteriores, inclusive, ao presidente Lula –, justifi cou Grazziotin.

Lamento

Grandes nomes da advoca-cia do Amazonas lamentaram a perda de seu ex-presidente, Carlos Fausto.

O presidente da OAB-AM, Alberto Simonetti Neto, já havia dito ao CONTEXTO que “O doutor Carlos Fausto e sua história continuarão a ser patrimônio da advocacia amazonense” .

Lamento 2

Ontem, o seu vice, Marco Aurélio Choy, reforçou com o seguinte depoimento:

— Perdemos uma grande reserva intelectual do direito no Amazonas.

Fórum de governadores

O governador José Melo vai receber, no dia 24, governa-dores dos 9 Estados da Ama-zônia para uma nova rodada de discussões do Fórum dos Governadores.

Prioridades

A meta é reunir prioridades comuns entre os Estados nas áreas de desenvolvimento eco-nômico, infraestrutura e meio ambiente.

Além, é claro, de formular um documento que será apresen-tado à presidente Dilma.

Mudanças climáticas

Um dos pontos altos da discussão é a questão am-biental.

Os governadores pretendem unifi car estratégias sobre mu-danças climáticas.

Sequência

Será uma sequência à pauta de discussões do 10º Fórum dos Governadores, realizado em maio deste ano no Estado do Mato Grosso, quando foi assinada a Carta de Cuiabá.

Queda

Na quarta-feira (15), o “JN” registrou uma de suas piores médias no ano.

O noticiário marcou 21 pon-tos de média.

O ibope do “JN” na Grande

São Paulo, em janeiro, estava entre 23 e 26 pontos.

Piadinha de mal gosto

No mesmo dia, horas antes, os âncoras William Bonner e Renata Vasconcelos postaram uma foto nas redes socias “maltratando” uma estagiária do programa. Na brincadeira, levaam o maior sarrafo nas redes sociais.

Estagiária sofre

Na imagem, Bonner e Renata fi ngem estar enforcando uma jovem jornalista, com a legenda “Estagiário sofre...”

Os estagiários do Brasil afora não gostaram.

Flagelados

Os repasses do governo do Amazonas para auxiliar as fa-mílias dos municípios atingidos pela cheia no Estado totalizam R$ 7,550 milhões.

E já benefi ciaram 27 mu-nicípios que sofrem com as alagações.

Kit solidário

Até o momento, 1.400 tone-ladas de alimentos não pere-cíveis, além de kits dormitório (colchões, redes, mosquiteiros), kits de higiene pessoal, me-dicamentos, fi ltros de água, água potável e hipoclorito de sódio foram distribuídos pelo governo.

Governo

Além disso, outras 44 tone-ladas de mantimentos foram doados a partir da campanha Governo Solidário, que coletou doações da população em Ma-naus com apoio de entidades sociais.

Para pais que, irresponsavelmente, en-tregam carros nas mãos de fi lhos meno-res, sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e acabam sendo os maiores culpa-dos por tragédias como a de quinta-feira, quando um garoto de 17 anos atropelou um carrinho do bebê e matou Gabryelly Hadassa, de apenas 1 anos e 7 meses.

Menores no volante

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) consegue defender coisas do governo que nem a presidente Dilma consegue.

Esta semana, Vanessa disse que a audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o advogado-geral da União, Luís Adams, colocou os pingos no is na questão das pedaladas fi scais.

Tropa de choque comunista

DIVULGAÇÃO

[email protected]

Participativo, não impositivo

Consta que Platão, ao criar talvez a primeira universidade do mundo, à qual chamou Academia numa home-nagem ao seu amigo e benfeitor, Aca-demos, fez inscrever no frontispício do local onde a pôs a funcionar, o jardim do amigo, a seguinte frase: “Aqui não entre quem não for geômetra”.

O que teria levado o fi lósofo a estabelecer e a expressar tal exi-gência? Sabemos que a Geometria é, ao lado da Aritmética (ou Álgebra), importante parte da Matemática e que se vincula necessariamente ao exercício do pensamento abstrato, ou seja, somente poderá dominá-la aquele que for capaz de dominar o pensar e o abstrair. Certo de que não queria entre os seus discípulos senão aqueles qualifi cados para a Filosofi a, pela aptidão para o pensar, não hesitou o mestre em gravar a exigência como um Princípio.

Para manter a tradição, de novo os gregos nos legam algo de que não podemos abrir mão no plano cultural: o homem, tanto na sua interioridade, quanto no plano da conduta e da ação, não pode prescindir de uma bússola a norteá-lo e essa há de se constituir por normas gerais pré-estabelecidas, ou seja, os Princípios que defi nem os objetivos e estabelecem as regras éticas e morais a serem resguardadas na sua persecução. Mais uma vez a herança grega se manifesta.

Diante disso e de tudo mais que nos legaram os gregos, inclusive e principalmente porque inventaram a Lógica e com ela nos ensinaram a pensar como pensamos e sem eles teríamos fi cado presos à criação de alegorias, como fi caram por muito tempo os orientais.

Por tudo isso, repito, por uma ques-tão de gratidão, a Grécia não deveria estar passando pela crise que ora vive. Pode até parecer brincadeira, mas os povos do Ocidente jamais conseguiriam pagar o que devem aos gregos, mesmo que viessem a

assumir hoje toda a dívida do país. Costumo dizer que colocaram o trem nos trilhos e o puseram a rolar, como até agora continua.

Os gregos acreditavam que, pelos Princípios, davam um sentido e uma coerência à Existência. São inúmeros os exemplos: Sócrates pregava o autoconhecimento (“Conhece-te a ti mesmo”) como condição para uma vida plena; Aristóteles afi rmava que o conhecimento confi ável estaria sempre assentado sobre a ativida-de sensorial; Platão mandava que se fi zesse a ascensão do mundo sensível para o mundo inteligível a fi m de alcançar a sabedoria; Parmênides estabeleceu, e ainda vale para nós, que não há diferença radical entre o ser e o pensar, de tal modo que só pode existir o que pode ser pensa-do sem contradição (por isso posso afi rmar, a priori, que em nenhum recanto do Universo existirá um cír-culo quadrado). Enfi m, é inesgotável o acervo cultural que recebemos dos pensadores gregos.

E hoje, mais do que nunca, é muito fácil fazer a distinção entre os homens que regem suas vidas por Princípios e aqueles que não os têm, principalmen-te quando se trata dos Princípios que se vinculam à Ética e à Moral.

E não é neste plano que a herança grega se esgota. Vai também ao ter-reno das artes em geral: impossível cogitar de um Shakespeare ou de um Molière, sem os antecedentes do teatro grego e de suas Tragé-dias, ou seja, sem a paternidade de Ésquilo, de Sófocles, de Eurípedes, como também, no plano da Comé-dia, sem o paradigma de Aristófa-nes. Na Escultura, Policleto, Fídias, Míron foram os mestres de toda uma linha que chegou até Rodin, na França moderna. Há, na verda-de, um cordão umbilical, felizmente não rompido, que ainda nos faz devedores da cultura grega. Até na invenção da Democracia.

João Bosco Araú[email protected]

João Bosco Araújo

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPO

O crédito da Grécia

[email protected]

E hoje, mais do que nunca, é muito fácil fazer a dis-tinção entre os homens que regem suas vidas por Princípios e aqueles que não os têm, principalmen-te quando se trata dos Princípios que se vinculam à Ética e à Moral. E não é neste plano que a heran-ça grega se esgota”

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Page 4: EM TEMPO - 19 de julho de 2015

A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

O governo de São Paulo oferecerá uma taxa de retorno maior que a estabelecida pelo governo Dilma para o leilão de concessão dos cinco aeroportos regionais que lançará em outubro – o primeiro do gênero no Estado. A taxa prevista pelos paulistas é de 9%, contra 8,5% fi xados pelo Ministério da Fazenda para seus quatro terminais nacionais. Na avaliação do Palácio dos Bandeirantes, o de Jundiaí, na região de Campinas, deve ser o mais atrativo do bloco.

Pregão O governo aposta na forte movimentação de táxi aéreo e jatinhos para alavancar a receita do Estado.

Não tripulado A Agência Nacional de Aviação Civil irá regulamentar este ano o uso comercial de drones no país. O órgão abrirá consulta pública nos próximos dias.

Ideia fi xa Aliados de Ge-raldo Alckmin já pensam na renovação das concessões de rodovias em 2018 como mais um ativo para a candidatura presidencial do tucano.

Sem parar O governo pres-sionará pela redução do valor do pedágio nas negociações para a renovação dos atuais contratos de concessão –a co-brança causa desgaste político ao tucano em SP.

Em obras A cúpula do go-verno federal tem chamado a Operação Lava Jato de “desas-tre internacional” por reduzir a participação de empreiteiras brasileiras em negócios fora do país. “Os chineses vão nos engolir na África”, disse um ministro de Dilma.

Nas alturas O Credit Suisse foi chamado pelo Instituto Lula para fazer uma avaliação sobre

a política fi scal do governo. Ana-listas do banco indicaram que a equipe econômica de Dilma não conseguirá cumprir a meta de 1,1% de superavit primário neste ano.

Pé no chão Na exposição, foi dito que é mais importante ter uma meta que feche do que um número inatingível.

Terceiro... Dilma vai começar um road show pelo Nordeste nas próximas semanas para tentar recuperar a popularidade per-dida. “Em ritmo de campanha”, segundo um auxiliar, a presi-dente turbinará a divulgação de programas do governo.

...turno A ação será casada com viagens de Lula pela re-gião. O itinerário deve come-çar por Bahia, Ceará e Piauí, governados pelo PT.

Na fogueira A CPI da Petro-bras quer marcar, na volta do recesso, o depoimento do de-lator Julio Camargo e de um de seus fi lhos. O empresário acusa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de ter recebido US$ 5 milhões em propina.

Avatar 1 O autor do reque-rimento, já aprovado, é Celso Pansera (PMDB-RJ), aponta-do por Alberto Youssef como

“pau mandado” do presidente da Câmara para constranger a família do doleiro.

Avatar 2 Pansera também re-quisitou à CPI a lista de policiais federais que tocam a Lava Jato, o que foi visto pelos investiga-dores como uma tentativa de intimidação.

Novela O deputado nega proximidade com Cunha e não cita suspeita específi ca que jus-tifi que a convocação do fi lho de Camargo para depor na comis-são. “Há muitos laços de família nesse caso. Vamos escutar o que ele tem a dizer”, declarou.

Ventilador Ao discutir as acu-sações de Camargo na quinta-feira com seus aliados, Cunha disparou: “É um absurdo! Já estão fazendo isso com você, Renan. E vão fazer isso com você também, Michel! Vão querer arrastar você para a lama.”

Furacão O vice Michel Temer logo cortou o presidente da Câ-mara: “Comigo, não!”.

Explode coração Desafeto de Cunha, Silvio Costa (PSC-PE) não gostou do desempenho do rival no pronunciamento de sex-ta na TV. “Ele foi tão articulado que me fez lembrar o cigano Igor, aquele da novela das oito.”

Na pista

Contraponto

Ao assinar um de seus primeiros convênios com a Obra Social Dom Bosco, entidade liderada pelo padre Rosalvino, o então governador de São Paulo Mario Covas disse a seu vice, Geraldo Alckmin:–Esse vai virar santo logo!Alckmin, que conhece os meandros da Igreja Católica, argumentou que não seria assim tão fácil.–Governador, são necessários quatro passos até a santifi cação... Ele precisa já ter se tornado beato, depois é comprovado o milagre...Covas olhou desconfi ado e encerrou o assunto:–O Rosalvino vai virar direto!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Atalho religioso

Tiroteio

DO LÍDER DO PMDB NO SENADO, EUNÍCIO OLIVEIRA (CE), sobre a possibilidade de rompi-mento da aliança entre os dois partidos, evocada por Eduardo Cunha.

O PMDB não fez uma fusão com o PT, fez uma aliança. Pode haver uma saída dela, mas pela porta da frente e sem agressão”

Domingo passado, na quadra do Colégio Santa Dorotéia, acon-teceu o primeiro encontrão dos coroinhas da Arquidiocese de Manaus. Eram mais de mil e qui-nhentos adolescentes e jovens, meninas e meninos, vindos de todos os bairros, áreas missio-nárias e paróquias da cidade. Organizaram-se alugando ôni-bus, partilhando o lanche, cui-dando uns dos outros. Vinham acompanhados de assessores e coordenadores jovens e adultos. Alegres e festivos carregavam debaixo do braço as vestes li-túrgicas para serem usadas na hora da celebração.

A coordenação foi surpreendi-da pelo número de participantes. Previam no máximo mil pessoas. O local mostrou-se pequeno para a multidão, o calor beirava o suportável, o barulho impedia uma boa comunicação, e con-trolá-los revelou-se uma tarefa difícil. Decidimos começar logo a missa. O ambiente transfor-mou-se. Vestiram suas batinas e sobrepelizes, fi zeram um silêncio respeitoso, vibraram com os can-tos, se sentiram em casa, pois afi nal são servidores do altar e disso entendem como poucos.

Nem todos vieram, e são mi-lhares as crianças, adolescentes e jovens que fazem parte de um grande movimento que se esten-de por toda a igreja. Depois do Concílio, em muitos lugares prati-camente não existiam mais estes pequenos clérigos que ocupavam junto com os padres o presbitério, parte reservada para o clero nas igrejas. De uns anos para cá me-ninos e meninas começaram de novo a ajudar a missa. Voltaram a usar vestes talares, a manejar o turibulo, a servir o altar e al-guns até aprenderam como usar o missal estudando as rubricas

que determinam como os ritos devem acontecer. Conservam tudo o que é próprio da sua idade e ao mesmo tempo levam a sé-rio as funções que exercem com dignidade e respeito. Estudam liturgia, fazem retiros, reuniões e se organizam.

Muitas vezes me pergunto o que os atrai. Penso que o sa-grado sempre foi e sempre será fascinante. Estar perto do altar, servir o sacerdote, vestir roupas sagradas, participar de rituais, dá importância e sentido a vida. Mas coroinhas também fazem o aprendizado de trabalhar em equipe, respeitar horários, con-trolar emoções, descobrir o senti-do das coisas, apreciar símbolos. Neste sentido, além da experi-ência de fé, adquirem cidadania, boas maneiras, educação. Para a Igreja eles e elas são presente e futuro. Trazem beleza as celebra-ções, desafi am a autenticidade dos adultos e exigem coerência de vida com suas questões apa-rentemente inocentes.

Ao mesmo tempo aí se for-ja uma nova geração de ho-mens e mulheres que serão os seguidores de Jesus na Igreja e na sociedade. Eles estudam, praticam esporte, pertencem a associações, namoram e já há entre eles universitários, e uma vez encontrei uma jornalista. Vale a pena prestar atenção a este movimento. Ninguém é coroinha a vida inteira, e é im-portante que este momento da vida seja parte de um processo de iniciação à Vida Cristã que é sempre responsabilidade pe-los outros, doação da própria vida e atualização do Mistério. O próximo encontro será no dia de São Tarcísio, o menino que morreu para que a Eucaristia não fosse profanada.

Dom Sérgio Eduardo Castriani [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano de

Manaus

Ao mesmo tempo aí se forja uma nova geração de homens e mulheres que serão os seguidores de Jesus na Igreja e na sociedade. Eles estudam, praticam esporte, pertencem a associações, namoram e já há entre eles universi-tários. Vale a pena prestar atenção a este movi-mento”

Coroinhas, acólitos e cerimoniários

Olho da [email protected]

De onde não se espera é que vem mesmo. No Puraquequara, cidadão embarca em uma geladeira (é isso mesmo, como aparece na foto) para pescar o peixe seu de cada dia. Difícil acreditar, depois, na história do pescador: se ele pescou “de vera” no rio ou fi sgou o pescado em uma feira da vizinhança. Mas dizem que as fotos não costumam mentir e valem por mil verdades

JANAILTON FALCÃO

Quero dizer, Cristina, que você vai ter aqui uma amiga sempre pronta para recebê-la e para, juntas, compartilharmos nova-mente e sistematicamente nossos sonhos e nossas esperan-ças. [...] Temos de persistir neste caminho e evitando atitudes que acirrem disputas e incitem à violência. Não há espaço

para aventuras antidemocráticas na América do Sul

Dilma Rousseff, presidente, emocionada, dedicou parte de seu discurso na Cúpula do Mercosul, sexta-feira 17, para homenagear a colega argentina Cristina Kirchner,

que deixará o comando da Casa Rosada, após as eleições presidenciais, em outubro.

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Page 5: EM TEMPO - 19 de julho de 2015

MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 A5Com a palavra

Nós estamos com ações comerciais e operacionais no campo buscando a negociação. Nós estamos com equipes negociando os débitos (...) Esta-mos criando facilidades de parcela-mento”

Temos em Manaus mais de 20 mil con-domínios residenciais e mais da metade de-les não tem um abas-tecimento regular nos-so. E muitos deles, por razões his-tóricas”

Há quatro meses na presidência da con-cessionária Manaus Ambiental, Sérgio

Braga projeta um futuro de excelência para a entidade, que passa pela recuperação da credibilidade do serviço prestado junto à população.

Em visita à redação do jornal Amazonas EM TEM-PO, na semana passada, o gestor falou dos desafios e metas para os próximos anos à frente da entidade, sobre o melhoramento da qualidade da água de Manaus e do tra-balho de conscientização da população para o uso racional da água na cidade.

“Para nós é fundamental que sejamos reconhecidos pela população não como uma em-presa que vende água e coleta esgoto, mas uma empresa que promove saúde para a sua po-pulação”. Leia a seguir trechos da entrevista do presidente da Manaus Ambiental.

EM TEMPO – O senhor assumiu a concessionária Manaus Ambiental recen-temente, quais os desafios e metas para a instituição para os próximos anos?

Sérgio Braga - Assumi a presidência a partir de 1º de março de 2015. Primeiro tive uma grata satisfação de tra-balhar em Manaus, a acolhida da empresa e dos mais de 5 mil colaboradores. Como a acolhida da própria cidade. Já tive a oportunidade de per-correr todas as instituições de modo em geral, de órgãos correlatos do programa de sa-neamento. Fiquei muito bem impressionado com a percep-ção, com o comprometimento e a recepção das pessoas e das lideranças. Eu diria que o gran-de desafio que nós tínhamos com a constituição da Manaus Ambiental, há 13 anos, foi o abastecimento de água na ci-dade, e ele foi atingido no ano passado quando nós conse-guimos o total abastecimento da Zona Leste de Manaus. A Zona Leste, por meio de um convênio com o consór-cio Proama, nós conseguimos com esse reforço de abaste-cimento atender a cerca de 500 mil pessoas que tinham um abastecimento precário ao longo das décadas. Com o Proama, hoje conseguimos abastecer, aproximadamen-te, 97, 98% da população de Manaus. Nós conseguimos atingir plenamente a nossa meta através do contrato de concessão. Nós somos regu-lamentados por meio de um contrato severo, rigoroso, de concessão, em que são esti-puladas metas anuais a serem

cumpridas. A nossa meta é de ter pelo menos 95% de cober-tura de redes com água e fazer o abastecimento suficiente para a cidade de Manaus.

EM TEMPO - Quais os principais problemas no abastecimento de água na cidade de Manaus?

SB - Nós temos um proble-ma: cerca de 30% dos consu-midores de Manaus não usam a nossa rede de abastecimen-to. São clientes que a Manaus Ambiental tem condições de atender, mas por alguma ra-zão, ele está fora do nosso sistema. Apesar de termos condições de abastecer toda a cidade, o primeiro grande desafio é, por meio da infra-estrutura que foi construída, e que está disponível para a população, que ela seja total-mente usada.

EM TEMPO - Quais as razões para um número tão grande de consumidores es-tarem fora do atendimento da Manaus Ambiental?

SB - Elas se dividem basica-mente em duas situações: pes-soas que estão com abasteci-mento alternativo, por meio de poços, e muitos deles funcio-nam de modo irregular, sem a menor garantia da qualidade dessa água que está sendo consumida como alimento. E existem os poços regulares, que têm outorga. Para nós, é fundamental que nós sejamos reconhecidos pela população não como uma empresa que vende água e coleta esgoto, mas uma empresa que promo-ve saúde para a sua popula-ção. Esse é o primeiro grande objetivo estratégico da nossa gestão. Ter o reconhecimento da nossa sociedade que nós somos promotores da saúde pública em nossa cidade.

EM TEMPO - Existe uma lenda na cidade de que a água do poço, do fundo do quintal, é melhor que a água da Manaus Ambiental. É verdade? O que fazer para desmitificar esse pen-samento do consumidor?

SB - Esse pensamento é verdade, mas por conta de um passado longínquo. Quando existia certa dificuldade não só em abastecer como ofere-cer uma água de boa qualidade para o consumidor. Isso foi inteiramente superado. Hoje em dia nós precisamos levar o conhecimento da população que nós não levamos somente quantidade, mas uma água de excelente qualidade. Para se ter uma ideia, nós temos uma exigência contratual, ao qual realizamos cerca de mil exames por dia em diversos pontos da cidade para ates-

tar a qualidade da água. Ou seja, por mês, nós emitimos 30 mil laudos certificados de qualidade. Essa coleta é feita em 600 pontos da cidade. A nossa meta contratual, que atende aos padrões da Or-ganização Mundial de Saúde (OMS), é que pelo menos 95% dos laudos esteja em confor-midade absoluta, desde PH, cloro, flúor, pureza, todas as condições de tratamento da água. O nosso desempenho atende a faixa de 99,7%, das exigências, muito próximo a 100%, das 30 mil coletas que fazemos mensalmente.

EM TEMPO - A água que sai na torneira do consumi-dor diariamente é própria para o consumo humano?

SB - Totalmente própria! Eu diria que é a única que é certificada de que é própria para o consumo. Por todas essas razões que falei. Um dos elementos importantíssimos, que é o cloro, está em uma dosagem adequada e comba-te toda espécie de bactérias. O que nós recomendamos é que dentro das residências haja a lavagem dos reservatórios, de seis em seis meses.

EM TEMPO - Sabemos que na cidade de Manaus há um grande número de consumidores que estão na ilegalidade (os famosos gatos). Como trazer esses consumidores que atuam fora da lei?

SB - Esse é um ponto im-portante, pois esse consumo não regularizado causa uma série de malefícios. O primei-ro deles é que já foi compro-vado estatisticamente que a pessoa que atua de forma clandestina, sem pagar, aca-ba consumindo quatro vezes mais, no mínimo, do que aque-les que pagam as suas contas no final do mês. Então isso faz com que haja um des-perdício gigantesco de água aqui em Manaus.

EM TEMPO – E qual será a estratégia da concessio-nária para combater esse consumir ilegal?

SB - Nós estamos com ações comerciais e opera-cionais no campo buscando a negociação. Nós estamos com equipes nas ruas, ne-gociando por telefones, ne-gociando os débitos. Então são pessoas que estão nessa situação porque em algum momento foram cortadas. Então, identificadas aquelas pessoas que estão corta-das por débitos anteriores, nós estamos criando todas as facilidades, conforme as condições de cada um, para parcelar essas dívidas.

EM TEMPO - Grande par-te dos poços clandestinos está nos condomínios de Manaus e é uma água que muitas vezes não tem a qualidade adequada. Exis-te algum tipo de orientação para o uso dessa água?

SB - Para termos uma ideia, nós temos em Manaus mais de 20 mil condomínios resi-denciais e mais da metade de-les não tem um abastecimen-to regular nosso. E muitos deles, por razões históricas, as pessoas no passado não tinham um abastecimento adequado e furavam poços como a única maneira de serem abastecidos. O que es-tamos procurando é reverter isso, após os investimentos que temos feito, após a ca-nalização da água tratada que passa na frente desses prédios, e muitos deles ligam a nossa rede apenas como uma alternativa. O que que-remos fazer é mostrar que a qualidade da nossa água é 100% garantida. O volume do abastecimento é 100% contí-nuo e garantido. Então o que queremos é que as pessoas negociem conosco.

EM TEMPO - Quais os riscos de contaminação da água não tratada de poços artesianos?

SB - Existe um risco enorme para as famílias. A contami-nação a que ele pode estar su-jeito. Aparentemente, a água pode ser boa, ou então muitos dizem que só uso a água do poço para escovar os dentes, tomar banho, não uso para beber. Mas o que as pessoas não sabem que na hora dessas atividades, tomar banho e escovar os dentes ela pode ingerir algumas gotas dessa água contaminada.

EM TEMPO – A imprensa recebe muitas reclamações de pessoas relatando a fal-ta de água em seus bairros quando há manutenção no sistema da Manaus Am-biental. Existe uma manei-ra de fazer os reparos no sistema sem que a popula-ção seja prejudicada?

SB - Há sim. Existe uma solução técnica que estamos investindo fortemente a par-tir desse ano. Já iniciamos isso, que se chama “setori-zação”. Seria pegar regiões extremamente grandes, que tem seus anéis interligados, fazê-los por regiões meno-res. De maneira que consiga-mos isolar determinado setor e fazer o controle e suspender o sistema e fazer o reparo. Estamos implantando esse sistema até para administrar a perda e trazer benefícios para as pessoas.

‘Queremos SER promotores DASAÚDE pública’

Sérgio BRAGA

Eu diria que o grande desafio que nós tínha-mos com a constituição da Manaus Ambiental, há 13 anos, foi o abas-tecimento de água na cidade e ele foi atingido no ano passado, quan-do nós conseguimos o total abastecimento da Zona Leste de Manaus, por meio de um convênio com o consórcio Proama”

FOTOS: RICARDO OLIVEIRA

STÊNIO URBANO

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Page 6: EM TEMPO - 19 de julho de 2015

A6 Política MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Operação Politeia pode ter sido tratada no Por-to

A informação caiu como uma bomba, provocando in-quietação entre governistas e oposicionistas no Senado: a decisão do Supremo Tribu-nal Federal de ordenar busca e apreensão em endereços de três senadores, conhecida por operação Politeia, teria sido um dos temas da conver-sa de Dilma com o presidente do STF, Ricardo Lewando-wski, no Porto (Portugal), naquele encontro “secreto” que acabou vazando.

Aviso prévioPara o PMDB, a ação poli-

cial ordenada pelo STF serviu para mostrar aos presiden-tes do Senado e da Câmara a que eles estão sujeitos.

Teoria da conspiraçãoA cúpula do PMDB espe-

rava uma exibição de força do governo, após o partido assumir uma atitude mais independente em relação ao governo.

À beira do DouroSetores da oposição

acham até que a ação po-licial, com a participação do Ministério da Justiça, foi “acertada” na cidade do Porto.

Nada a verMinistros do STF duvi-

dam. Afirmam que Lewan-dowski não seria capaz de manter conversas não apropriadas com a chefe do Poder Executivo.

Tiago Cedraz tentou até fazer nomeações no TCU

Um dos alvos da Operação Politeia, com endereços vas-culhados pela PF, o advogado Tiago Cedraz é conhecido pela ousadia. Augusto Nar-des, ex-presidente do TCU, viu isto antes da posse, se-gundo relato de dois minis-

tros. O vice foi Aroldo Cedraz, pelo critério de antiguidade. Contam que Nardes recebeu Tiago em atenção ao pai, e se espantou com sua tentativa de impor nomeações para cargos-chaves no TCU.

Elegância de colegasElegantes, ministros di-

zem “não ter certeza” se na reunião com Nardes, Tia-go falava em nome do pai. Nardes jamais fala sobre o assunto.

O começo de tudoAgressivo na defesa dos

seus interesses, Tiago pas-sou a provocar mais emba-raços após seu pai assumir a vice-presidência do TCU.

Mesada privilegiadaDatam do período em que

Aroldo Cedraz foi vice-presi-dente do TCU, as primeiras referências a Tiago Cedraz em operações da PF.

Ministro da saudadeSem nenhuma ação con-

creta de sua autoria, o minis-tro Henrique Alves (Turismo) parece mais interessado em matar as saudades de ex-co-legas do Congresso. Apenas este mês, Alves teve reuniões com 30 deputados e um se-nador. Mas Dilma continua sem receber o desafeto.

Casa de ferreiroO PP, partido citado como

um dos maiores benefi ciados pelo esquema de corrupção na Petrobras, anunciou que cobrará esclarecimentos ao deputado Eduardo da Fonte sobre seu envolvimento... na Lava Jato.

Adiós, muchachosA reunião do Mercosul em

Brasília pode ser a despedi-da de Cristina Kirchner. Seu grupo deve ser derrotado em outubro. A oposição é a favorita na disputa pela prefeitura de Buenos Aires,

neste domingo.

Quanta ironiaA Presidência da República

publicou edital no valor de R$ 2,1 milhões para contrata-ção de empresa para orga-nizar a estrutura do desfi le de 7 de Setembro, além do palanque para Madame e até 300 convidados.

Tesoura afi adaAo contrário do que dis-

se Dilma, o Programa de Aceleração (PAC 2) sofrerá cortes: na rubrica “mobilida-de urbana” municípios com menos de 10 mil habitantes recebem até R$ 1 milhão. Cidades com mais de 10 mil pessoas, R$ 1,5 milhão. A tesoura do governo será afi ada.

Fim das mordomiasAcostumados com rega-

lias, os servidores da Câmara andam incomodados com o ponto biométrico. Funcioná-rios da presidência da Casa já consideram a aposenta-doria para fugir do registro diário.

GargalhadasEm visita às obras das

Olimpíadas do Rio de Janei-ro, o deputado Ildo Rocha (PMDB-MA) arrancou gar-galhadas ao se apresentar como administrador... do grupo do WhatsApp dos de-putados peemedebistas.

Enquanto issoO aplicativo Uber aprovei-

ta a maré de simpatia e con-tinua cadastrando clientes e motoristas interessados no serviço. Até taxistas estão migrando: no Uber não pre-cisam pagar aluguel a donos de licenças.

Pensando bem......mesmo com o início

do recesso parlamentar, “d.Crise” ainda assombra o Congresso.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Sempre alerta

www.claudiohumberto.com.br

[Do ponto de vista] moral, Cunha perdeu as condições”

VICE-LÍDER DO GOVERNO, SÍLVIO COSTA, pedindo o afastamento do presidente da Câmara.

Benedito Valadares, que já fora in-terventor em Minas, recebia a visita do ex-senador Gilberto Marinho e seu colega, Victorino Freire, para tratar de um assunto polêmico. Ou melhor, para ouvir: apenas Valadares falava. Os convidados ouviam compenetrados. De repente, o anfi trião parou de falar.

- O que foi, Benedito? – perguntou Marinho.- Parou de falar sem mais nem menos. Continue, por favor! – pediu Freire.Desconfi ado, Valadares mudou de assunto:- Não vou falar mais, não. Vocês estão prestando muita atenção...

Proposta tramita na Assembleia Legislativa. Procurado, CNJ disse que não pode se posicionar sobre o caso, por ser regional

PEC dos Escrivães gera atrito entre Anoreg e TJAM

Na última quinta-feira, uma reunião entre a presidência do TJAM e cartorários tratou do tema

O atrito entre a ca-tegoria dos escri-vães, representada pela Associação dos

Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg), e o Tribunal de Justiça do Ama-zonas (TJAM) vai continuar por mais algum tempo. Isso porque o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) dos Es-crivães, que está tramitando na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), não foi vo-tado neste primeiro semestre, como desejava a categoria.

O projeto, de autoria do de-putado Platiny Soares (PV), dá a cerca de 60 escrivães o poder de optar entre os cargos de analista judiciário (analista de processos junto ao juiz e vinculado ao TJAM) ou serventia extrajudicial (tabelião, notário, ofi cial de registro independente), que atualmente podem ser acu-mulados, principalmente por profi ssionais nas comarcas do interior do Estado.

Devido ao recesso e a um problema de ordem particular, o deputado autor da proposta falou com a reportagem do EM TEMPO por meio de sua assessoria de imprensa. Pla-tiny relatou que o presidente da casa, deputado Josué Neto (PSD), convocou duas vezes o plenário para deliberar a pau-ta, mas não obteve resposta, por falta de consenso en-tre os parlamentares. Ele diz

ter estranhado o acontecido, uma vez que, segundo ele, não foram encontradas inconsti-tucionalidades no projeto, o que poderia levar a votação ao plenário.

Representantes do Tribunal de Justiça do Amazonas en-xergam duas irregularidades no processo. A primeira delas aponta que a proposta é in-constitucional, por alterar o cargo para o qual os servidores prestaram concurso, além do temor da perda de pessoal, que

prejudicaria o atendimento do TJAM junto ao público.

A Anoreg rebate, informan-do que questões semelhantes de outros Estados, ao serem analisadas pelo Conselho Na-cional de Justiça (CNJ), tive-ram a legalidade reconhecida. Além disso, a entidade argu-menta que, ao optar pelo cargo extrajudicial, o vínculo com o TJAM é rompido e a questão deixa de ser de prerrogativa do tribunal.

O EM TEMPO entrou em

contato com a assessoria de imprensa do CNJ, que alegou não poder se pronunciar so-bre a constitucionalidade de uma PEC em nível estadual. De acordo com a assessoria, isso caberá, se for o caso, ao próprio TJAM, podendo subir para as cortes superiores. E também por ser uma instância administrativa.

ReuniãoCom intuito de esclarecer os

impasses acerca da incons-titucionalidade da proposta, a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Gra-ça Figueiredo, convocou uma reunião no início da manhã da última quinta-feira, com representantes do 1º e 3º Ofí-cios de Registros de Imóveis e Protestos de Letras.

A presidente afi rmou que existe um foro competente, em Brasília, para debater as decisões. A assessoria do CNJ disse desconhecer tal foro. E apesar da reunião, a votação da PEC acabou adiada para o segundo semestre.

AcordoConforme o presidente da

Aleam, Josué Neto, o TJAM e a Anoreg ainda podem es-quematizar um acordo para alterar a proposta e evitar que o serviço seja prejudicado. De qualquer modo, a conclusão dessa polêmica só poderá ser discutida no retorno das ativi-dades legislativas da Assem-bleia, no dia 4 de agosto.

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FRED SANTANA

PROPOSTAPEC dos Escrivães foi proposta pelo deputa-do estadual Platiny So-ares (PV) e sua vota-ção foi adiada para o retorno das atividades legislativas, em 4 de agosto, pois não teve consenso na Aleam

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Page 7: EM TEMPO - 19 de julho de 2015

MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 A7PolíticaFALA POVO O que o senhor acha dos gastos da Câmara?

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AÕ“Acho que deveríamos fazer aqui em Manaus como aquela população do Paraná fez, que en-traram na Câmara e fi-zeram com que os seus vereadores reduzissem os seus salários. É um absurdo! Esse caras só aparecem em época de eleição. Não fazem nada para a população. Eu nunca vi um vere-ador nessa feira. Eles deviam dá exemplo e baixar os salários”

João de Deus da Silva, 64, vendedor de verduras

“Estamos jogados! Eu passei dois meses à espera de uma consulta médica aqui na UBS do São Jorge. Nunca estava marca-do porque não tinha enfermeira. Aqui no nosso bairro eles não fazem nada. Aquele carro da fumaça nem passa mais, estamos jogados. Em relação à violência, aqui só pas-sa polícia se a gente chamar”

Elvira Castro, 62, aposentada

“Eu não me sinto re-presentada pelos ve-readores. Não somos representados porque a população ganha um salário baixo, para 40 horas semanais. Isso não dá para pagar aluguel, saúde, escolas boas paras os nossos filhos. Então é um absurdo que um vereador tenha essas benefícios enquanto a população está nessa situação”

Carla Cristina, 31 funcionária pública

“O governo estadual, federal, tentam fazer os cortes de gastos para fazer economia e a Câmara com esse salário. É uma falta de vergonha. Enquanto o pai de família tem que sobreviver com um salário mínimo, muitas vezes nem emprego tem. Eles deveriam dar exemplo em reduzir os gastos, pela situação que o país está pas-sando”

Genildo da Silva Matos, 38, admi-nistrador

Vereadores de Manaus custam R$ 3,6 mi mensaisEstudo da ONG Transparência Brasil aponta que CMM é a terceira mais cara do país, atrás somente de Rio e São Paulo

Um estudo publicado pela ONG Interna-cional Transparên-cia Brasil apontou

Manaus como uma das três capitais em que os vereadores custam mais caro para a popu-lação, chegando a valer cerca de R$ 89 mil cada um dos 41 parlamentares da casa, o que totaliza uma despesa mensal de R$ 3,6 milhões.

Estes vereadores recebem verbas mensais destinadas às despesas com gabinete – contratação e pagamento de assessores -, auxílio-gaso-lina, propaganda, alimentação, despesas com viagens, entre outros. Dentre as capitais pes-quisadas, São Paulo é a que tem a maior verba, com R$ 156,7 mil por vereador e, em segundo, o Rio de Janeiro, com um total de R$ 107,4 mil por político.

Manaus, segundo o estudo, tem uma das maiores verbas de gabinete, no valor de R$ 60 mil, que é destinada à contratação de pessoas ligadas às ativida-des parlamentares. Para efeito de comparação, em Rio Branco, no Acre, também na Região Nor-te, a verba destinada para este fim é de apenas R$ 5 mil.

O vereador de Manaus ainda conta com a verba indenizatória no valor de R$ 14 mil mensais, que serve para gastos com ga-solina, alimentação, viagens e propaganda do mandato. Aliado

a isso, o salário bruto do legisla-dor municipal é de R$ 15 mil.

Procurado para comentar o estudo da ONG, o presidente da Câmara, vereador Wilker Barre-to (PHS), afirmou que as pesso-as não olham para Manaus na dimensão que ela representa. “Nós temos o quinto maior Pro-duto Interno Bruno (PIB) do país. É uma Câmara importante no cenário nacional”, frisou. “As pessoas precisam entender que esses valores são de acordo com o PIB de cada cidade. Esse ano, teremos um orçamento de R$ 126 milhões e, desse valor, 80% vai para o pagamento de folha de pessoal”, argumentou o legislador.

Normas da legislaçãoPara o líder da oposição na

Câmara, vereador Waldemir José (PT), apesar de os custos do Legislativo municipal figu-rarem entre as mais altas do país, ela cumpre as normas da legislação do país, que diz que cada Câmara gaste 4,5% da arrecadação municipal com os dispêndios de suas casas legis-lativas. “De forma geral, a lei diz que cada município disponha de parte de sua receita, 4,5% para despesas com seus vereadores. O que posso dizer é que a Câ-mara de Manaus segue a lei. Por exemplo, Câmaras menores, com apenas 20 mil habitantes, que têm receitas menores que Manaus, podem dispender até 5% da sua receita para a Câ-

mara”, explicou o petista.Ainda segundo o vereador, a

Cota para o Exercício da Ativida-de Parlamentar (Ceap), popular-mente conhecida como ‘Cotão’, fixada em R$ 14 mil, é usada para combustíveis, consultoria, pagamento com propaganda, entre outros, mas nem todo vereador a utiliza.

“É uma verba que nem todos os vereadores utilizam. Eu, por exemplo, no mês de janeiro não gastei um centavo da Ceap. Entretanto, neste mês de julho, tive que fazer uma visita em uma comunidade ribeirinha e tive que fazer uso dela. A gente apresenta os comprovantes e somos ressarcidos. A atividade parlamentar de um vereador também é de fiscalização e, para isso, precisamos desses auxílios. Não sei se todo mun-do faz o uso correto, eu faço”, garantiu Waldemir.

Segundo a ONG Transparên-cia Brasil, há vereadores rece-bendo acima do permitido por lei e que eles chegam a gastar mais do que deputados federais com a contratação de asses-sores para seus gabinetes. Se-gundo o mesmo levantamento, as Assembleias e Câmaras dos Estados mais pobres gastam em média 20% mais do que os ricos.

Conforme o site da Câma-ra Municipal de Manaus, o Orçamento previsto para o Legislativo este ano é de R$ 120 milhões.

STÊNIO URBANO

Os custos para manter um vereador de Manaus traz à tona uma reflexão: o custo-benefício para uma população de quase 2 milhões de habitantes. A gênese do Parlamento é legislar e fiscalizar os atos do Executivo. Entretanto, esta regra tem sido quebra-da em praticamente todo o Legislativo brasileiro.

Na Câmara de Manaus não é diferente. Com 41 verea-dores, a casa possui mais da metade dos parlamen-tares aliados ao governo e, consequentemente, condes-cendentes aos “desejos” do Poder Executivo municipal. Apenas três vereadores se autodeclaram oposição.

Dos 24 projetos enviados neste ano pela Prefeitura de Manaus à casa, todos foram aprovados sem nenhuma modificação ou alteração expressiva. Um exemplo re-cente aconteceu na última segunda-feira, quando, por 25 votos a 3, o plenário re-jeitou emenda do vereador professor Bibiano (PT) que pedia reajuste de 20% aos servidores da Secretaria Mu-nicipal de Educação (Semed), em detrimento da proposta

do prefeito, que era de 9,5% parcelado em duas vezes.

Para Bibiano, essa postu-ra de seus pares mostra a “subserviência do Legislati-vo frente aos mandos e des-mandos da prefeitura”. Na sua avaliação, essa situação se tornou recorrente nesta legislatura da Câmara, o que se torna um contrassenso,

haja vista a independência dos poderes. “O Executivo simplesmente não respeita o Legislativo”, disparou.

Integrante da base aliada, Marcelo Serafim (PSB) de-fendeu seu voto em favor da proposta dos 9,5% aos pro-fessores, explicando que este percentual foi um consenso entre prefeitura e o sindicato

dos professores.O presidente da casa – que

já foi líder do prefeito nos 2 anos anteriores – Wilker Bar-reto saiu em defesa e afirmou que a base aliada dá susten-tação à governabilidade de Arthur Neto. “Se eu fosse um deputado, senador, não esta-ria na base do governo Dilma, estaria com o Aécio (Neves). É assim que funciona, que se constrói uma base aliada. O Amazonino (Mendes) quando foi prefeito tinha uma maio-ria na oposição e governou como governou. Faz parte da democracia”, finalizou.

IDH baixoMesmo tendo uma das Câ-

maras com um dos custos mais altos do país, a reali-dade local em que vivem os manauenses se mostra mui-to longe dos ganhos obtidos pelos vereadores.

Segundo dados apresen-tados no último estudo do Programa das Nações Uni-das para o Desenvolvimento Humano (Pnud), Manaus é uma das piores capitais em Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), ficando em penúltima colocação entre 22 capitais pesquisadas.

Câmara com base governista

ÍNDICE RUIMDados do Pnud mos-tram que Manaus apresenta um dos mais baixos indicadores em saúde, educação e renda entre as capitais brasileiras pesquisa-das, numa escala que varia de O a 1

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Com um custo mensal de R$ 89 mil por cada um dos 41 vereadores, a conta para o contribuinte manauense sai cara no final do mês, com um valor de R$ 3,6 milhões para manter estes parlamentares

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Câmara Federal aprova 90 projetos neste 1º semestreDestaques são o ajuste fiscal do governo, a regulamentação do serviço doméstico e PECs da reforma política e maioridade penal

Brasília (Agência Câ-mara) - No primeiro semestre do ano, o plenário da Câmara

dos Deputados aprovou 90 proposições - entre projetos de lei, propostas de emen-da à Constituição, medidas provisórias, projetos de decreto legislativo, proje-tos de lei complementar e projetos de resolução.

Vários deles já se tornaram lei - como a Lei Brasilei-ra de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a regula-mentação dos direitos dos empregados domésticos e a melhora do acesso ao patrimônio genético.

Temas polêmicos também foram votados em plená-rio, como as propostas do ajuste fiscal do governo, a regulamentação do serviço terceirizado e as PECs da re-forma política e da redução da maioridade penal. Essas duas últimas ainda precisam passar por um segundo turno de votações.

Os deputados votaram ain-da uma minirreforma eleitoral, que prevê a diminuição do tempo de propaganda eleito-ral, do teto de doações e de gastos com campanhas.

Porém, muitas das propos-

tas analisadas na Câmara não precisam passar pelo plenário para se transformar em lei. São as que tramitam em ca-ráter conclusivo. Se passarem pelas comissões de mérito e pela Comissão de Constitui-ção e Justiça (CCJ) e de Cida-dania, estarão aprovadas.

Só no primeiro semestre deste ano, a Câmara dos De-

putados aprovou cerca de 80 propostas dessa forma.

Entre as principais, destaca-se a que protege da penhora judicial o patrimônio do novo cônjuge ou companheiro de um devedor de pensão ali-mentícia. A matéria também já virou lei.

Líderes destacamA redução da maioridade

penal para 16 anos, a refor-ma política e o ajuste fiscal foram consideradas pelos lí-deres partidários as votações emblemáticas do semestre. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que o simples fato de a Câmara ter decidido votar temas po-lêmicos como a redução da maioridade penal e a reforma política, que estavam parados há anos, é positivo. “O impor-tante é que a Câmara possa produzir e votar temas que interessem à sociedade, e que a maioria exerça o seu direito de votar”, avaliou.

Oposição comemoraO líder do DEM, deputado

Mendonça Filho (PE), come-morou o protagonismo da oposição no primeiro semes-tre. “Até bem pouco tempo atrás, o Executivo determina-va nossas pautas e caminhos. Agora, não: a gente tem um ho-rizonte em que o Parlamento participa efetivamente desse novo momento institucional vivido pelo país”, afirmou. Reforma política, maioridade penal e regulamentação da terceirização são exemplos de pautas votadas pelo Con-gresso à revelia da vontade do governo.

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Plenário da Câmara Federal comemora o bom desempenho das votações neste primeiro semestre

TENSÃOO primeiro semestre na Câmara dos Deputados foi tenso e cheio de discussões, a maioria de projetos que vão contra os interesses do governo e até da socie-dade, como a redução da maioridade penal

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EconomiaCa

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[email protected], DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1045Economia B4

Inpa estimula progresso da ciência no AM

ÉRICO XAVIER/FAPEAM

Comer fi ca mais barato em restaurantes de ManausEstabelecimentos da capital amazonense reduziram valor das refeições em até 40% para atrair clientela e superar a crise

Estabelecimentos que ofere-cem refeições a preço maior do que R$ 30 sentem efeitos

da queda no movimento

Para driblar a concor-rência e a crise, res-taurantes de Manaus começaram a reade-

quar as suas estratégias para não perder a clientela. Num momento em que o segmento registrou queda de quase 9% no primeiro trimestre de 2015, mudanças nos pratos, adequa-ção com os fornecedores e a inclusão de novas modalida-des de compras permitiram a redução nos valores dos pra-tos executivos e de até mesmo o buff et em até 40%.

Além de reduzir o valor do buff et de R$ 36 para R$ 29,50, o restaurante Pankaru, bairro Ponta Negra, Zona Oeste, in-cluiu o sistema de venda por quilo a R$ 37,90, de segunda a sexta-feira, com o objeti-vo aquecer o movimento da clientela durante a semana.

“Com essa decisão, abri-mos as portas para os tra-balhadores da região que têm cartão refeição. Agora fi ca a critério do cliente a quantidade que ele quer co-mer. Se quer muito é mais vantajoso o buff et. Se quer menos, ele vai pelo quilo”, ava-lia o proprietário do Pankaru,Raimundo Venâncio.

De acordo com ele, as mu-danças começaram há, apro-ximadamente, cinco meses,

num momento em que co-meçou a sentir a perda de clientes. Agora, ele sente que conseguiu recuperar o fatura-mento numa faixa de 15%.

“Antes, uma família de qua-tro pessoas para comer o buff et fi cava inviável. Hoje, a mesma família come no nos-so restaurante com R$ 100 no sistema a quilo e ainda sobra dinheiro”, comenta.

Venâncio observa que, no segmento, há reclamação ge-ral sobre a queda no consumo

de alimentos fora de casa. Para se adequar ao mo-

mento, ele conta que no res-taurante de sua propriedade, que antes só trabalhava com carne de primeira como pica-nha, alcatra, carneiro, agora incluiu fraldão, contra-fi lé, costela e peito de frango. “Essa inclusão nos que per-mitiu a redução de custos e

preços”, aponta. O empresário conta que o

fi nal de semana funciona ape-nas o buff et com uma diver-sidade que vai da feijoada ao bacalhau, a R$ R$ 36,50.

PeixariaA peixaria Poraquê, segun-

do o consultor Cláudio Au-gusto, começou a fazer as mudanças em novembro do ao passado. Uma das adequa-ções foi a inclusão da banda de tambaqui - com baião, farofa e vinagrete -, para duas pessoas, a R$ 28.

“Por que foi possível? Por-que comprávamos o peixe inteiro, tratávamos o peixe e colocava na mesa para o cliente. Hoje, pegamos um parceiro que nos entrega a banda pronta, sem espinha. Deixamos de trabalhar com o nosso estoque e passamos a trabalhar com o estoque do fornecedor da região de Manaus, o que nos barateia inclusive o frete”, explica.

As reduções seguiram no buff et que custava R$ 39,90, de segunda a sexta, para R$ 29,90. A banda de tambaqui para oito pessoas que custava R$ 100 agora custa R$ 80.

A mesma banda para quatro pessoas que o principal con-corrente vende a R$ 59 está no cardápio da Poraquê a R$ 45, de acordo com Augusto.

EMERSON QUARESMA

OFERTANa peixaria Poraquê, na avenida Constanti-no Nery, foram incluí-dos pratos executivos de peixe e fi lé, de R$ 13 a R$ 19, mais bara-tos que o preço médio dos restaurantes de shoppings, de R$ 25

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Com 13 anos no mercado, a peixaria Poraquê enfren-tava em Manaus a perda de espaço no mercado com a concorrência. Para se rein-ventar, a peixaria, segundo o consultor Cláudio Augusto, fez duas ações com o objetivo de manter o faturamento ou um pequeno crescimento.

“Nós teríamos que passar pela crise sem se envolver nela. E como passar por ela? Diminuindo o nosso custo e o nosso ganho, desde que a cri-se não nos afetasse ao ponto

de ter que recorrer aos bancos, deixar de pagar fornecedores e funcionários”, explica. “Ago-ra, passamos pela crise com pelo menos no empate, sem demitir funcionário”, afi rma.

Na avaliação do consultor, a crise foi resquício da Copa do Mundo. “Estamos pagando o ônus dos investimentos da Copa. Não tivemos nenhum turista além daqueles que já vinham ao restaurante. Agora, estão falando de Olimpíadas, mas não entraremos nessa novamente”, avalia.

De acordo com o presidente executivo da Associação Bra-sileira de Bares e Restauran-tes (Abrasel), Paulo Solmucci, a queda refl ete a busca do consumidor por refeições mais baratas.

“O encolhimento não alcan-ça a quantidade de refeições e nem a frequência. Ocorre na redução do gasto médio por pessoa”, explica ao frisar que o movimento ruim atin-ge restaurantes que oferecem refeições com valores supe-riores a R$ 30.

Medidas para cortar despesas

Restaurantes locais compram tambaqui de terceiros para evitar trabalhar com estoque

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Empresas investem na qu alificação de executivos

Manaus enfrenta di-ficuldades quanto à mão de obra qualificada para

cargos de linha de frente na indústria, no comércio e nas empresas de serviços. A cons-tatação é resultado de pesqui-sa realizada pela empresa MB Consultoria.

Para resolver a carência de profissionais com formação de liderança, as companhias seguem a estratégia antiga de contratar o profissional de outros Estados. Mas, elas também buscam oferecer pro-gramas de educação executi-va como forma de atender a dinâmica do mercado.

Para cobrir a falta de profis-sionais do nível de gestão, a empresa Amazon Refrigeran-te e Águacrim, por exemplo, segundo o diretor da com-panhia, Antônio José Alecrim, buscou uma gerente industrial de bebidas numa fábrica de refrigerante do Maranhão.

Segundo ele, há poucos pro-fissionais para o segmento em Manaus e os que exis-tem estão empregados. “Ge-ralmente, profissionais com nível executivo pronto, vem de outros Estados, como o próprio Distrito Industrial de Manaus faz”, comenta.

“Em Manaus não tem segu-rança na qualificação. No meu caso, a formação executiva é um pré-requisito, mas, pesa na entrevista o conhecimento na prática da pessoa”, explica.

Integrante do Grupo VDA, Alecrim conta que os profis-sionais do nível de gestão da Amazon Refrigerante parti-ciparam anualmente de até

quatro cursos junto com os outros colaboradores das ou-tras empresas da holding.

Entre os módulos de capa-citação para o nível de ge-rência geral e gerência de departamento estão: forma-ção de lideranças, melhorias de processo e inovação. “Cada gestor tem um estudo sobre as necessidades especificas. Um curso veio forte foi sobre

inovação”, observa.Segundo Alecrim, o grupo

começou, ano passado, a pro-porcionar aos gerentes gerais experiências internacionais como ocorreu com o gerente geral da Amazon Refrigerante, que participou de formação em Portugal, num grupo for-mado pela MB Consultoria. Já o gerente da rede de postos da VDL, que bateu as metas do semestre, irá, em outu-bro, à Las Vegas, nos Estados Unidos, participar do NACS Show, maior feira de lojas de conveniência do mundo.

CarênciaO diretor da construtora e

incorporadora Cristal Enge-nharia, Jorge Roldão, avaliou que, de maneira geral, no Brasil, quanto mais distantes dos grandes centros consu-midores, as cidades sofrem mais com a carência de mão de obra qualificada. O que se intensifica quando se trata de cargos no nível de gestão.

Para lidar com essa dificul-dade, segundo ele, a empresa contrata profissionais locais, que conheçam a região. “A Cristal Engenharia busca o treinamento e a capacitação dos nossos gestores com uma relação de parceira com a MB, que já perdurasse aí por quase dez anos”, aponta Roldão.

Para resolver a carência de profissionais com formação de liderança, as companhias apostam na capacitação de seus quadros de líderes e evitam trazer talentos de outros Estados

EMERSON QUARESMA

É mais fácil qualifi-car um profissional local, que conhece a região, do que

implantar a cultura organizacional com profissionais de fora

Jorge Roldão, diretor da Cristal Engenharia

Jorge Roldão é o diretor da construtora Cristal Enge-nharia

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B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Empresas investem na qu alificação de executivos A qualificação dos gesto-

res tem ajudado as compa-nhias e passar pela crise.

O entendimento é dos próprios empresários que seguem essa linha para reinventar as estratégias e adequar as necessidades ao mercado. “Temos equa-lizado a nossa empresa a nova realidade. O primei-ro semestre foi ruim. Não acreditamos que se reverta num curtíssimo prazo, mas estamos preparados para atravessar por esse momen-to do mercado, uma vez

que conseguimos reinventar estratégias e nos adequar as necessidades do momento com o corpo de profissionais de alta performance que te-mos”, afirma Jorge Roldão.

Na mesma linha de su-peração, Antônio Alecrim avalia que a empresa do segmento de bebidas frias conseguiu alcançar o de-sempenho do ano passado, mesmo com altas taxas de demissões em Manaus.

Para o segundo semestre, ele espera como se dará o processo de recontratação

para sentir o mercado e so-mente assim estimar as ex-pectativas da companhia.

“Planejamos um cenário conservador, sem muito crescimento, parecido no ano passado. Em algumas unidades batemos a meta, em outras não. Comparado ao ano passado, nós empa-tamos”, explica.

Já nos postos de gasolina, Alecrim observou que apesar do mercado retraído, o gru-po investiu em capacitação no atendimento. “Tivemos um crescimento”, afirma.

Capacitar para lidar com a crise

Por conta da defasagem de profissionais do nível de gestão, das 300 empresas ouvidas pela MB Consulto-ria, 60% responderam que o “Desenvolvimento de Líderes” é o tema que mais demanda tempo e esforço.

Entre os objetivos mais cita-dos sobre o investimento em qualificação da equipe está a melhoria dos processos e au-mento de produtividade (69%), seguido de formação de lí-deres que busca a atração e retenção de talentos, com 34%

e 33% respectivamente.Para o diretor da MB Consul-

toria, Marx Alexandre Corrêa Gabriel, diante da confirmação da carência de profissionais de linha de frente, as organiza-ções precisam ser apoiadas em programas de treinamen-to e educação executiva.

Na pesquisa elas apontam disposição de investir para ter acesso a soluções mais rápidas. “As empresas sabem que tem uma defasagem, sa-bem que o mercado não tem mão de obra qualificada. Elas

não estão dispostas a aguar-dar até o mercado ofereça a elas bons profissionais. Então, os programas precisam ser muito aderentes, de rápida aplicação para gerar um lí-der de curto a médio prazo”, observa Marx.

Há cinco anos, o consul-tor conta que a MB lançou um programa de Alta Per-formance, por meio do qual, em dois dias, orienta gestores sobre as novidades a respei-to de tomadas de decisão, negociação e liderança.

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Turismo no interior do Estado recebe incentivosIranduba e Novo Airão estão entre os municípios brasileiros que foram contemplados com acordos de cooperação técnica

Os municípios de Iranduba e de Novo Airão (a 27 e 115 quilômetros

de Manaus, respectivamen-te) vão ser contemplados com os acordos de coope-ração técnica que vão qua-lificar mão de obra para o setor turístico.

As duas cidades do interior do Amazonas estão inclusas em uma lista com mais de 214 municípios que serão benefi-ciados, neste ano, com cursos profissionalizantes em áreas como hotelaria, agências de viagens e gastronomia.

De acordo com o Minis-tério do Turismo, do início

de julho até o último dia 17, já foram publicados no Diário Oficial da União 30 acordos de cooperação téc-nica que instituem parcerias entre o Ministério e órgãos estaduais e municipais de Turismo, com o objetivo de implantar o Pronatec Turismo e iniciar as aulas das novas turmas de 2015.

Serão quatro linhas de ação do Programa: uma para pes-soas que desejam atuar no turismo, outra para pessoas que já trabalham na área, uma terceira para jovens e familiares em situação de vulnerabilidade social liga-dos ao projeto ViraVida, e

outra destinada à produção associada ao turismo, para o desenvolvimento local de municípios.

Ao todo, 214 cidades, in-cluindo as duas amazonen-ses, serão beneficiadas com cursos relacionados a seg-mentos como hotelaria, agên-cias de viagens, gastronomia e segurança, entre outros.

AumentoSignifica, na prática, que

além dos 120 contemplados no esforço de qualificação para a Copa do Mundo na 1ª fase do Programa, foram inseridos mais 94. Entre as novas cidades selecionadas,

81 estão localizadas no entor-no de Parques Nacionais e 13 são municípios históricos.

Neste ano, o Pronatec Tu-rismo aumentou ainda a par-ticipação da Região Norte no programa, com a inclusão, do Estado do Amapá.

Para 2016 a previsão é que Roraima e Acre também sejam contemplados.

As aulas devem começar nos próximos meses. Os inte-ressados devem acompanhar a publicação das datas de pré-matrículas, aos cursos e aos números de vagas disponíveis junto aos órgãos municipais de turismo, em momento oportuno a ser divulgado.

O programa vai oferecer mais de 200 cursos, a depen-der da demanda e capacidade do Instituição de Ensino (ofer-tante) de cada município.

InvestimentosNa semana passada, em

relação aos recursos dispo-níveis para o Ministério do Turismo, o ministro Henri-que Eduardo Alves ressaltou que os mesmos são insufi-cientes para realização de pagamentos e novos inves-timentos. A programação or-çamentária e financeira do Ministério do Turismo vem caindo sensivelmente.

Somente nos últimos 5

anos, a queda do orçamento foi de 72% e a disponibilidade financeira reduziu 60%.

O ministro afirmou que “os investimentos do governo no setor são inversamente proporcionais ao esforço que vem sendo feito pelo mercado para alavancar o turismo. Precisamos de mais recursos para realizar o pa-gamento de contratos em andamento e celebrar novos projetos para promover o turismo no Brasil”.

Na última década, o volu-me de empréstimos tomados pela iniciativa privada saltou em 570%, passou de R$ 2 bilhões para R$ 13 bilhões.

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Hotéis e pousadas que estão localizados em Iranduba e em Novo Airão vão ser beneficiados com acordos de cooperação técnica entre governo federal e órgãos estaduais e municipais de Turismo

Durante o IV Conic, serão apresentados 189 trabalhos científicos que serão depois premiados

Estímulo ao progresso científicoDentro da política de incen-

tivar o avanço científico no Estado, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) vai, a partir de amanhã (20), apresentar 189 trabalhos produzidos por bolsistas e orientadores das diversas áreas de pesquisas do Instituto. Os trabalhos se-rão apresentados no IV Con-gresso de Iniciação Científica (Conic), que será realizado no Bosque da Ciência do Inpa, em Petrópolis, até a próxima sexta-feira (24).

A abertura do Conic aconte-ce às 10h e logo a seguir, às 10h30, a palestra “Amazônia: diversidade, oportunidades e cuidados na escolha do orientador”, que será profe-rida pelo pesquisado do Inpa, Adalberto Luís Val.

Os trabalhos dos bolsis-tas foram desenvolvidos por meio do Programa de Inicia-ção Científica do Inpa com apoio do Programa Institu-cional de Bolsas de Inicia-ção Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico (Pibic/CNPq) juntamente

com o Programa de Apoio à Iniciação Cientifica (Paic) fomentado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Durante a realização do IV Conic haverá exposição de pôsteres e defesa oral dos trabalhos realizados pelos bolsistas.

Na tarde de segunda-feira serão apresentadas as pa-lestras “Busca de produtos naturais de bioativos na flora de Mato Grosso do Sul”, pela professora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), Fernanda Ro-drigues Garcez, “Fauna ca-

vernícola com enfoque para Collembola” (insetos), pelo professor da Universidade do Estado do Bahia (Uneb), Douglas Zeppelini, e “Rele-vância social da ciência e tecnologia no contexto ama-zônico”, pela professora da Uninorte, Daniele da Costa Cunha Rosa.

De acordo com a coordena-ção do Conic, os 13 melhores trabalhos apresentados pe-los bolsistas e orientadores do Pibic/Paic 2013/ 2014 serão contemplados com a Menção Honrosa.

O Programa de Iniciação Científica é voltado para o de-senvolvimento das ciências por estudantes de gradua-ção que, no evento, reunirão apresentações de trabalhos das áreas de Ciências Biológi-cas, das subáreas (Botânica , Ecologia, Genética, Saúde e Zoologia I e II), Ciências Agrá-rias (Agronomia e Recursos Florestais), Ciências Exatas, da Terra e Engenharias (Quí-mica e Produtos Naturais, Cli-ma e Ambiente, Engenharia); Ciências Sociais, Humanas e Aplicadas; e Multidisciplina.

INPA/MCTI

PARCERIAO IV Conic é realizado a partir de convênio do Inpa com institui-ções como o CNPq e a Fapeam. O evento é uma oportunidade para fazer uma avaliação do trabalho de bolsistas e orientadores locais

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B6 País MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Assassino de índio excluído de concurso público O Tribunal de Justiça do

Distrito Federal (TJDFT) ne-gou recurso impetrado por G.N.A.J. contra ato que o ex-cluiu do concurso público para o cargo de agente de polícia por não ter sido recomendado na sindicância de vida pre-gressa e social. Ainda menor de idade, em 1997, G. come-teu homicídio doloso quando, junto com outras pessoas, ateou fogo e matou uma pes-soa, caso que ficou conhecido como o assassinato do índio pataxó. O recurso foi negado por maioria de votos.

O apelante argumentou que já pagou pelo fato que pra-ticou, não sendo lícito con-tinuar a ser punido, o que resultaria, na prática, na im-posição de uma pena perpé-tua, vedada no ordenamento constitucional brasileiro. De-fende, ainda, que, depois de decorridos 18 anos da prática

do ato infracional e de 15 anos do cumprimento da me-dida de liberdade assistida, a sua exclusão do concurso é inconstitucional e ilegal.

O relator votou no sentido de que o apelante aceitou as condições do edital, entre elas a possibilidade de ter sua vida pregressa sindicada e sua vida social investigada, o que poderia até mesmo resultar na possibilidade de ser elimina-do do concurso por ter dado causa ou participado “de fato desabonador de sua conduta, incompatibilizando-o com o cargo de agente de polícia da carreira de Polícia Civil do Distrito Federal.

Ainda de acordo com o en-tendimento do relator, não se pode ter por presente a ideia de nova punição ao candi-dato por fato praticado há longo tempo e a respeito do qual o Estado já o sancionou.

Não se cuida, portanto, de se tornar perpétua uma punição já imposta e exaurida com o cumprimento de medida socioeducativa. Trata-se, ao invés, de se dar prestígio à moralidade pública, levando em consideração fato trazido à tona em fase regular do concurso público. Não cabe mais recurso no Tribunal de Justiça do DF.

MemóriaO índio Galdino Jesus dos

Santos foi queimado vivo por quatro jovens e um menor de classe média no dia 20 de abril de 1997. No momento do crime, a vítima dormia em um ponto de ônibus na Asa Sul. Os acusados alegaram que queriam apenas brincar, pois imaginavam que ele seria um mendigo. Galdino teve 95% do corpo queimado e morreu logo após chegar ao hospital.

POLÍCIA CIVIL

DIVULGAÇÃO

Índio pataxó foi queimado vivo por cinco jovens enquanto dormia em uma praça em Brasília

Governo federal suspende verbas para ‘Minha Casa’ Famílias que se enquadram na faixa 1 do programa, que são aquelas com renda de até R$ 1,6 mil, não terão mais recursos

O governo federal suspendeu novas contratações da faixa 1 do progra-

ma habitacional Minha Casa Minha Vida, a que contempla as famílias mais pobres, que ganham até R$ 1,6 mil por mês. Quase 4 milhões de famí-lias precisam de moradia no Brasil. No primeiro semestre deste ano, o governo con-tratou 202.064 mil unidades do programa de habitação popular, uma das principais vitrines da presidente Dilma Rousseff. Apenas 3,66% des-sas casas foram destinadas às famílias da faixa 1.

As contratações para esse público só ocorreram no início do ano e estavam relaciona-das a contratos acertados em 2014, mas que ficaram para 2015. Na prática, o programa de habitação popular deixou de contratar moradias para o público que mais precisa dele. A orientação dada pelo governo é não fechar mais contratos para essa faixa inicial do Minha Casa, en-quanto não colocar em dia os pagamentos atrasados das obras.

A grande maioria das mo-radias que foram contratadas no primeiro semestre des-te ano será construída para abrigar famílias que ganham acima de R$ 1,6 mil, até o

teto de R$ 5 mil por mês. Elas participam das faixas 2 e 3 do programa.

Os dados mostram que o go-verno descumpriu a promessa de construir 350 mil novas casas no primeiro semestre deste ano. O anúncio oficial da prorrogação da segunda etapa foi um agrado para o setor da construção civil, que tinha medo do que realmente viria a acontecer: uma para-lisia do segmento.

A promessa de criação da fase 3 do Minha Casa foi usada durante a campanha eleitoral, mas o lançamento do programa foi adiado vá-rias vezes, principalmente por causa da frustração da arre-cadação de impostos. Neste ano, o orçamento do Minha Casa caiu de quase R$ 20 bilhões para R$ 13 bilhões.

A participação do déficit habitacional das famílias com renda de até três salários mí-nimos (R$ 2.364) aumentou de 70,7% para 73,6% entre 2007 e 2012, segundo dados do IBGE de 2012, reunidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Ipea estima que, para resolver o problema da falta de habita-ção digna no Brasil - incluindo a necessidade de moradia de famílias que ganham mais de três salários mínimos e da população da zona rural -,

seria preciso construir 5,24 milhões de residências.

Em tempos de vacas ma-gras, não há mais recursos para o governo bancar até 95% do valor dos imóveis. Nos dois primeiros anos do Minha Casa Minha Vida, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o subsídio do faixa 1 alcançou R$ 18 bilhões, enquanto o

das duas outras faixas ficou em R$ 2 bilhões.

Na segunda etapa - de 2011 a 2014 -, a faixa 1 teve R$ 62,5 bilhões em subsídios e as duas outras faixas, por volta de R$ 5 bilhões. Nas duas etapas, ao longo de cinco anos, o governo contratou 1,7 milhão de casas para as famílias que ganham até R$ 1,6 mil. Dessas, foram entregues 761 mil casas.

Nova faixaPara resolver o problema,

o governo estuda criar uma nova faixa para o progra-ma, com renda entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil, para ser subsidiada também com os recursos do FGTS. As famí-lias poderão comprometer até 27,5% da renda familiar com o financiamento da casa própria. Nessa nova modali-

dade, o subsídio será menor, porque haverá uma contra-partida do próprio interes-sado, do governo estadual ou da prefeitura. A solução encontrada pelo governo foi diminuir a participação das verbas federais no subsídio dado a essa nova faixa. As famílias com orçamento me-nor do que os R$ 1,2 mil continuarão desamparadas.

No primeiro semestre deste ano, o governo federal contratou mais de 202.064 mil unidades do programa habitacional popular

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B7MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 País

Brasil usará drones para monitorar a AmazôniaProjeto de iniciativa do instituto Chico Mendes pretende usar o aparelho para captar ações ilegais como as queimadas

O Brasil passará a adotar drones para monitorar ativida-des ilegais nas ma-

tas da Amazônia e do Cerrado, como o desmatamento e quei-madas. A ideia é do projeto Ecodrones, é uma iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversida-de, o ICMBio, ligado ao Minis-tério do Meio Ambiente, e da organização WWF-Brasil.

Por transmitirem imagens em tempo real, os veículos aé-reos não-tripulados (Vant) vão observar áreas que sofrem constantes ataques de ma-deireiros ou são consumidas por incêndios. Desta forma, a vigilância pelo ar vai facilitar a mobilização de fiscais e equipes de bombeiros.

O Ecodrones já conta com três equipamentos, mas ape-nas um tem permissão de voar. O modelo Nauru 500, com autonomia de 4 horas de voo e alcance de 80 quilôme-tros, é utilizado pelo ICMBio no monitoramento completo do Parque Nacional Pau Bra-sil, resquício de Mata Atlân-tica na Bahia.

Outros dois Vants aguar-dam pela regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por enquanto,

só podem voar para testes em uma área delimitada do interior de Goiás. Segundo Leonardo Mohr, coordena-dor geral de proteção do Instituto Chico Mendes, os drones são ferramentas importantes para a con-servação por terem capa-cidade de alcançar locais de acesso impossível.

“Tem algumas áreas de com-bate ao desmatamento em que os madeireiros ilegais dificultam o nosso acesso, colocando toras pela estra-da. A gente só consegue ficar sabendo disso quando chega ao local. Nessas situações o equipamento será utilizado e repassará informações remo-tas”, explica Mohr.

Da guerra para a proteção

A tecnologia, considerada polêmica já que ainda há de-bate em torno de sua regula-mentação no país, é conhecida por ser empregada principal-mente por forças armadas em combates pelo planeta. Os Es-tados Unidos, por exemplo, são um dos países que usam modelos armados para des-truir alvos no Oriente Médio.

Em alguns lugares, os veícu-los não-tripulados são usados para inspeção de linhas de transmissão, de rodovias ou grandes obras. Mas os “avi-ões-robô” também ajudam a “fazer o bem”. Exemplares de diversos tamanhos auxiliam o governo da África do Sul, onde a caça predatória dimi-nui a cada ano a população de rinocerontes e elefantes, e provoca mortes de guarda-parques que tentam coibir a prática criminosa.

Marcelo Oliveira, especia-lista do WWF-Brasil, explica que no Brasil já foram feitos experimentos com drones em estudos com a população do boto-cor-de-rosa e antas, ambos feitos na Amazônia.

Ele comenta ainda que em locais onde os aviões-robôs foram usados para conserva-ção de animais ameaçados, houve queda de mortes. Projeto deverá começar pela Amazônia e o Cerrado, devido ao grande ataque de madeireiros

DIVULGAÇ

ÃO

COLABORAÇÃO O projeto também tem a participação de técnicos da Universi-dade Federal de Goiás e de uma ONG inter-nacional. Expectativa dos especialistas é que pelo menos 300 unida-des sejam beneficiadas

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Imagem da criança-soldado com o morto chocou o mundo

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ULG

AÇÃO

Criança é usada para decapitar homem sírio

Uma criança-soldado re-crutada pelo grupo Estado Islâmico aparentemente decapitou um oficial do Exército sírio, primeira ocorrência do tipo já docu-mentada, disse o fundador do grupo de monitoramento do conflito na Síria, o Ob-servatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

A criança está entre os centenas dos chamados “filhotes do Califado”, jo-vens cujas idades variam de cerca de 10 anos até a adolescência que recebem treinamento militar e são doutrinados no pensamento extremista, após serem re-crutados perto de escolas, mesquitas e em áreas públi-cas onde o Estado Islâmico opera. Imagens divulgadas pelo grupo militante na pro-

víncia de Homs, centro da Sí-ria, mostraram uma criança, aparentemente com cerca de 10 anos, em uniforme camuflado, segurando uma cabeça humana e uma faca manchada de sangue.

O oficial sírio foi captura-do pelo grupo militante após a tomada de controle da cidade de Palmira, em maio, a leste de Homs, de acordo com Rami Abdul Rahman, chefe do OSDH, com sede na Grã-Bretanha. Ele disse ter recebido uma cópia do vídeo. “Este é o primeiro caso do tipo de uma deca-pitação feita por uma crian-ça”, disse Rahman. O Estado Islâmico tem decapitado ou fuzilado civis e combaten-tes sírios, trabalhadores humanitários estrangeiros e jornalistas.

ESTADO ISLÂMICO

Decisão foi anunciada neste fim de semana pelo governo japonês, que se comprometeu a reduzir em 26% a emissão dos gases até o ano de 2030

Japão promete reduzir as emissões de gases

O governo japonês anunciou a decisão de reduzir até 2030 as emissões de ga-

ses causadores de efeitos estufa em 26%, em relação aos níveis de 2013. O com-promisso vai ser apresentado na 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudan-ça do Clima, que acontecerá em Paris, em novembro e de-zembro deste ano.

O ministro da Economia, Co-mércio e Indústria japonês, Yoichi Miyazawa, apresen-tou em coletiva de imprensa o plano, que classificou de “ambicioso”, segundo a agên-cia Kyodo. Contudo, a meta definida representa um cor-te de 18% em relação ao ano base de 1990, fixado no Protocolo de Quioto, do qual o Japão é signatário. Gru-pos ambientalistas japone-ses consideraram o objetivo proposto ‘insuficiente’.

De concreto, o plano japonês reduz 21,9% das emissões de gases causadores de efeito de estufa, mediante a aplicação de medidas de poupança ener-gética e aumento da produ-ção de eletricidade através de energias renováveis. Dentro do pacote de medidas energé-tico que o governo prevê para 2030, as energias renováveis

contribuiriam entre 22% e 24% de toda a eletricidade consumida no país.

Já as centrais nucleares assumiriam entre 20% e 22% do total, apesar da oposição

dos japoneses em reativa-rem centrais nucleares após o acidente de Fukushima, em março de 2011. O corte res-tante (4,1%) viria da maior absorção de dióxido de car-

bono, graças a programas de reflorestamento e redução no uso dos clorofluorcar-bonos, que estão entre os principais gases causadores de efeito estufa.

Governo japonês classificou com ambiciosa a medida tomada para redução dos gases

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Dia a diaCade

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[email protected], DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1041

Marina do Davi aguarda revitalização

Dia a dia C4 e C5

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Equoterapia ajuda na transformação de vidasPrograma desenvolvido na Cavalaria da Polícia Militar auxilia na reabilitação de portadores de doenças neuromotoras

Para muitos, uma doença pode ser o fim. Porém, algu-mas pessoas estão

mostrando que sempre pode haver um recomeço. Alguns profissionais auxiliam neste desenvolvimento. Muitas ve-zes, pela simples recompen-sa de um sorriso. Esse é o caso do grupo que atua no projeto da equoterapia no Regimento de Cavalaria da Polícia Militar do Amazonas, localizado no Dom Pedro, Zona Oeste. Há mais de 20 anos, o projeto funcio-na atendendo pessoas com diversas patologias. Entre elas, as mais comuns são paralisias e autismo.

Atualmente, 54 pessoas são acompanhadas semanalmen-te pelo grupo de profi ssionais formado por policiais, fi sio-terapeutas, neurologistas, fonoaudiólogos e psicólogos. Eles trabalham conjuntamen-te para avaliar cada partici-pante e, posteriormente, in-dicar a prática para obter o melhor resultado.

O serviço é oferecido de forma gratuita pela Polícia Militar. Conforme o chefe da equoterapia, o tenente Fer-nando Yukio, a procura por uma vaga no projeto é muito grande. Por esse motivo, é im-possível atender à crescente demanda diária.

“Atualmente, temos mais de 300 pessoas na fi la de espera. O atendimento fun-ciona de segunda a sexta-feira, meia hora por pessoa. Três policiais acompanham o praticante para manter a segu-rança. Fora isso, sempre temos um psicólogo e um fi siotera-peuta que procuram orientar corporalmente a pessoa para obter o melhor resultado”, explica Yukio.

Trabalhando a parte moto-ra, o equilíbrio dos troncos e o movimento dos membros, a equoterapia vem mudando vidas. A fi sioterapeuta Carol Castelo Branco, 28, afi rma que

a evolução dos praticantes é notada em pouco tempo. Al-guns, em apenas três meses já conseguem realizar ativida-des simples do cotidiano, como pentear o cabelo.

“Vemos os benefícios com um determinado tempo. Um praticante consegue se ves-tir sozinho, comer, pentear o cabelo e fazer as ati-vidades diárias. Isso varia de paciente para paciente. Alguns, dentro de três me-ses, já começam a apre-sentar melhora. Mas outros demoram um pouco mais”, obseva a fisioterapeuta.

AtençãoUm exemplo deste sucesso

é a praticante Vânia Freitas, 62. Há dois anos realizando a equoterapia, ela revela que o tratamento mudou sua vida. “A equoterapia mudou tudo na minha vida, porque os meus mo-vimentos eram mais limitados. Agora, estou com mais estabili-dade no tronco, o que me ajuda a andar. O atendimento é muito bom. Eles são ótimos. Todos, des-de a pessoa que limpa, até os ins-trutores. P o d e -mos ver esse ca-rinho só obser-vando a ma-n e i r a que co-locam e tiram os pacientes do cavalo. Eles tem um cuida-do imen-so”, decla-ra Vânia.

THIAGO FERNANDO

FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

Gratidão pela evolução do fi lhoApesar do pouco apoio

que os envolvidos no projeto recebem, eles não desani-mam. Para a fi sioterapeu-ta Carol, é muito emocio-nante ver que o praticante e que todos os esforços geraram bons frutos.

“A gente, que acompanha desde o início, não tem como explicar a emoção que sen-timos quando vemos que o praticante consegue fazer as coisas sozinho. É muito bom ver o nosso trabalho surtindo efeito”, avalia Carol.

Segundo o tenente Fer-nando Yukio, o projeto também é uma realização

pessoal. O fi lho do ofi -cial também tem proble-mas para se locomover e usará no futuro a terapia para melhorar.

“É muito gratifi cante. Isso aqui é um projeto pessoal. Tenho um fi lho que também tem problema locomotor e sei que ele vai precisar. É muito bom ver a evolução das crianças e adultos. O projeto é importante para todos os profi ssionais. Per-cebemos que por meio de meia hora de exercícios, conseguimos reabilitar uma pessoa que tem diversas patologias”, pontua.

Trabalho refl ete os resultados

Participantes são avaliados para os exer-

cícios ideais

Equoterapia auxiliou na

evolução de Rui Felipe

sa de um sorriso. Esse é o caso do grupo que atua no projeto da equoterapia no Regimento de Cavalaria da Polícia Militar do Amazonas, localizado no Dom Pedro, Zona Oeste. Há mais de 20 anos, o projeto funcio-na atendendo pessoas com diversas patologias. Entre elas, as mais comuns são paralisias e autismo.

Atualmente, 54 pessoas são acompanhadas semanalmen-te pelo grupo de profi ssionais formado por policiais, fi sio-terapeutas, neurologistas, fonoaudiólogos e psicólogos. Eles trabalham conjuntamen-te para avaliar cada partici-pante e, posteriormente, in-dicar a prática para obter o melhor resultado.

O serviço é oferecido de forma gratuita pela Polícia Militar. Conforme o chefe da equoterapia, o tenente Fer-nando Yukio, a procura por uma vaga no projeto é muito grande. Por esse motivo, é im-possível atender à crescente demanda diária.

“Atualmente, temos mais de 300 pessoas na fi la de espera. O atendimento fun-ciona de segunda a sexta-feira, meia hora por pessoa. Três policiais acompanham o praticante para manter a segu-rança. Fora isso, sempre temos um psicólogo e um fi siotera-peuta que procuram orientar corporalmente a pessoa para obter o melhor resultado”, explica Yukio.

Trabalhando a parte moto-ra, o equilíbrio dos troncos e o movimento dos membros, a equoterapia vem mudando vidas. A fi sioterapeuta Carol Castelo Branco, 28, afi rma que

vidades diárias. Isso varia de paciente para paciente. Alguns, dentro de três me-ses, já começam a apre-sentar melhora. Mas outros demoram um pouco mais”, obseva a fisioterapeuta.

AtençãoUm exemplo deste sucesso

é a praticante Vânia Freitas, 62. Há dois anos realizando a equoterapia, ela revela que o tratamento mudou sua vida. “A equoterapia mudou tudo na minha vida, porque os meus mo-vimentos eram mais limitados. Agora, estou com mais estabili-dade no tronco, o que me ajuda a andar. O atendimento é muito bom. Eles são ótimos. Todos, des-de a pessoa que limpa, até os ins-trutores. P o d e -mos ver esse ca-rinho só obser-vando a ma-n e i r a que co-locam e tiram os pacientes do cavalo. Eles tem um cuida-do imen-so”, decla-ra Vânia.

geraram bons frutos.“A gente, que acompanha

desde o início, não tem como explicar a emoção que sen-timos quando vemos que o praticante consegue fazer as coisas sozinho. É muito bom praticante consegue fazer as coisas sozinho. É muito bom praticante consegue fazer as

ver o nosso trabalho surtindo efeito”, avalia Carol.

Segundo o tenente Fer-nando Yukio, o projeto também é uma realização

Tenho um fi lho que também tem problema locomotor e sei que ele vai precisar. É tem problema locomotor e sei que ele vai precisar. É tem problema locomotor e

muito bom ver a evolução das crianças e adultos. O projeto é importante para todos os profi ssionais. Per-cebemos que por meio de meia hora de exercícios, conseguimos reabilitar uma pessoa que tem diversas patologias”, pontua.

Participantes são avaliados para os exer-

cícios ideais

Há mais de 10 anos, a assistente administrati-va Gilbermara Nogueira, 38, leva o fi lho Rui Felipe Nogueira, 13, para fazer tratamento na cavalaria. Durante este período, Mara acompanhou a evolução do primogênito por meio da equoterapia.

“O tratamento surgiu na vida do Rui a partir do momento em que o levei ao neurolo-gista. A equoterapia ajuda muito na coorde-nação motora da crian-ça. No estímulo para andar e levantar. Ele

melhorou bastante, pois tinha muitas difi culdades para se movimentar. Ele não sentava e nem ro-lava. Era completamen-te molezinho”, explica a mãe orgulhosa.

Conforme Mara, o fi lho, hoje, tem uma vida normal,

em virtude dos exer-cícios e do apoio da

equipe que atua no projeto.

“Hoje, ele anda sozinho, estu-

da e tem uma vida s o c i a l ” , diz ela.

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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Revogação de Estatuto pode ser um ‘tiro no pé’PL que revoga o Estatuto do Desarmamento tem apenas fins econômicos e é alvo de críticas de entidades de direitos humanos

Com a instalação da Comissão Especial do Desarmamento, uma série de debates vem ocorrendo em algumas cidades do país. As audiências dividem opiniões e em alguns casos ocorrem protestos

Tramita desde no-vembro de 2014, na Câmara dos De-putados, em Brasí-

lia, o Projeto de Lei (PL) nº 3722/2012, de autoria do deputado Rogério Peni-nha Mendonça (PMDB-SC). O texto revoga o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) e muda as nor-mas sobre a aquisição, posse e circulação de armas de fogo, desde as usadas pelas Forças Armadas, até as dos cidadãos, colecionadores e esportistas.

A proposta também reduz de 25 anos para 21 anos a idade mínima para por-te de armas, retira a exi-gência de justificativa da Polícia Federal, para quem deseja ter uma arma e am-plia de seis para nove o número de armas de fogo por cidadão.

Outro item também previs-to no referido Projeto de Lei é a elevação da quantidade de munições permitidas anu-almente. Passaria das atu-ais 50 por arma, para 50 munições mensais, podendo atingir 5,4 mil munições por ano, caso o comprador tenha o número máximo de armas. Uma Comissão Especial foi instalada pela Câmara dos Deputados, em abril, para

percorrer o país e realizar debates sobre o assunto.

ProtestosA medida tem gerado pro-

testos de entidades de direi-tos humanos e ativistas da paz pelo Brasil, como o movi-mento “Sou da Paz”, a “Rede Desarma Brasil” e o “Movi-mento Ativistas da Paz pela Vida (PAZ)”. Em visita de três dias a Manaus, o ex-deputa-

do federal (BA) e atual co-ordenador nacional do PAZ, Luiz Carlos Bassuma, critica duramente a proposta.

“O próprio nome do pro-jeto está errado. Não há desarmamento no Brasil. Qualquer cidadão que se en-quadre na lei pode adquirir uma. O que essa comissão quer é voltar aos tempos do velho-oeste”, critica.

Segundo Bassuma, a in-dicação de quantidade

de munição e armas que cada pessoa pode comprar prova o interesse real da medida. “O interesse é pu-ramente financeiro. A in-dústria armamentista tem um lobby forte”.

PoderBassuma faz uma reflexão

interessante. “Um criminoso tem o fator surpresa a seu favor. Uma pessoa armada tem de superar essa desvan-tagem. Mesmo que consiga, precisa acertar um tiro cer-teiro e ainda torcer para o bandido estar sozinho. Isso sem contar o risco para a sua família”.

Pensando nisso, EM TEM-PO procurou um profissional para tentar responder exata-mente esta pergunta: o que leva um indivíduo a sentir-se mais seguro com uma arma, mesmo sabendo dos potenciais riscos de enfren-tar um criminoso também ar-mado e que ainda conta com o fator surpresa?

O psicólogo Fábio Roes-ler explica. “Mesmo com o perigo de uma criança (um filho, por exemplo) pe-gar a arma, ela traz uma simbologia de um poder fálico, de uma suposta onipotência. Quem a tem pensa que poderia exercer esse poder, ainda que sem fundamento algum”.

AVALIAÇÃOO relator da Comissão Especial do Desarma-mento, deputado fede-ral Laudívio Carvalho (PMDB/MG), deve apre-sentar o relatório sobre o tema até o fim do mês de agosto, quando encerram os debates

A cada hora, cinco pesso-as foram mortas por armas de fogo no Brasil em 2012. Ao todo, mais de 42,4 mil vidas foram perdidas após disparos de armas de fogo nos 366 dias daquele ano, conforme o levantamento do Mapa da Violência 2015, divulgado no último mês de maio. Esse é o pior resulta-do de toda a série histórica iniciada em 1980.

Elaborado com base nos

dados do Subsistema de Informação sobre Morta-lidade (SIM), do Ministério da Saúde, que registra as declarações de óbito ex-pedidas em todo o país, o levantamento mostra que 94,5% dessas mortes, mais de 40 mil ao todo, resultaram de homicídios. As demais causas são: aci-dente (284), suicídio (989) ou indeterminada (1.066). Do total de vítimas de

arma de fogo, 94% são do sexo masculino.

De acordo com o Mapa da Violência, entre 1980 e 2012, mais de 880 mil pessoas morreram vítimas de disparo de arma de fogo. Esse número saltou de 8.710, em 1980, para 42.416 em 2012 – um cres-cimento de 387%. A taxa de crescimento populacional no mesmo período foi de aproximadamente 61%.

Aumentam as mortes por armas de fogo

Deputado Peninha é autor do PL que pretende revogar o atual Estatuto do Desarmamento

FRED SANTANA

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Vazante traz à tona lixoe incômodo à populaçãoÁreas afetadas pela cheia do rio Negro, além de revelarem sujeira, vêm enfrentando algumas pragas urbanas

Com o início da va-zante, as ruas de Manaus, que atin-gidas pela quarta

maior cheia do rio Negro, foram invadidas pelo lixo. Quem mora ou trabalha pró-ximo a esses locais, reclama não só do odor, mas do medo de adquirir alguma doença. Dados da Defesa Civil dão conta de que 12 comunidades rurais e 15 bairros da capital foram afe-tados pela cheia esse ano, e mais de 3 mil famílias foram prejudicadas.

Entre eles está o bairro Presidente Vargas (Mati-nha), na Zona Centro-Sul, onde é possível encontrar di-versos pontos com lixo após a descida das águas. No beco da Olaria, onde foram construídas pontes e ma-rombas, o lixo tomou conta da entrada. Com isso urubus, ratos, baratas e outros in-setos passaram a conviver com a comunidade.

O comerciante Raimundo Lima, 61, conta que o cheiro de lixo é muito forte e inco-moda bastante. De acordo com ele, durante o período da cheia, o igarapé trans-

bordou e foi parar pratica-mente na rua principal que corta a entrada do beco. “É complicado conviver com a sujeira e o odor, a gente que trabalha com comércio fica ainda mais prejudicado, por-que isso afasta os clientes. Gostaria que a prefeitura mandasse pessoas para lim-par essa sujeira, porque está

insuportável”, declara.Ainda na Matinha, na tra-

vessa Rayol, o cenário é o semelhante e incomoda não só os moradores, mas quem passam diariamente pelo lo-cal. O carregador Vinicius Leonardo, 25, mora em outra rua do bairro, mas passa todas as manhãs pelo local, para ir trabalhar, e conta que busca sempre passar rapida-

mente, pois não aguenta o cheiro forte do lixo.

“Acho que o órgão res-ponsável deveria vir aqui no bairro e tomar as medidas necessárias para resolver essa situação, pois sei que eles possuem um produto químico que inibe esse odor. É comum o cheiro do igarapé sujo, mas com a descida do rio fica ainda mais forte. Fora a sujeira que se espalhou na rua”, comenta.

O bairro da Glória que está entre os mais afetados, também passa por situação semelhante. Os moradores reclamam que várias ruas ficaram com lixo e agora os ratos e baratas estão invadi-do as residências que ficam próximas ao igarapé.

Moradora do bairro há mais de 10 anos, a dona de casa Eliza Campos, 30, dis-se que se sente prejudicada com a sujeira, porque além do mau cheiro, ratos, baratas e até cobra passaram a inva-dir sua residência. “Todos os anos essa sujeira fica acumu-lada e a demora na limpeza sempre acontece. Esse ano achamos que eles iriam lim-par tudo rapidamente, mas até agora ninguém veio ver nossa situação”, reclama.

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Travessa Rayol está tomada pela sujeira, que incomoda moradores e quem passa pela área

LIMPEZAA Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) informa que atua diariamente na limpeza pós-cheia, tendo como base um mapa dos bairros afetados, cedido pela Defesa Civil

MICHELLE FREITAS

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 C5

À espera de uma reformaCom orçamento ini-

cial de mais de R$ 1 milhão, o projeto de revitalização da

Marina do Davi, localiza-da no bairro Ponta Negra, Zona Leste, ainda está sem previsão de sair do papel, conforme informações da Secretaria Municipal de In-fraestrutura (Seminf).

A reforma do espaço inclui a implantação de um miran-te, um Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), um posto de saúde, um terminal de ônibus, entre outros servi-ços. Entretanto, a reforma do lugar divide opiniões de comerciantes e donos de em-barcações, sobre o projeto.

O projeto de revitalização que mudará o cenário da Ma-rina do Davi - que atualmente atende por dia em torno de 6 mil pessoas que utilizam o espaço como ponto de em-barque e desembarque para as sete comunidades próxi-mas à capital e abriga 12 es-tabelecimentos comerciais -, foi elaborado pela Prefeitura de Manaus em 2013.

De acordo com os comer-ciantes do local que esperam pelo início da obra há mais de dois anos, a última visita dos técnicos do executivo municipal, ocorreu antes da realização da Copa do Mundo de 2014. Após isso, nem os serviços básicos vem sendo realizados no local, como afi rma o comerciante Kaio Carvalho, 23.

Trabalhando no espaço há sete anos, Kaio afi rma que devido a falta de interven-ção da prefeitura na Marina, empresários da região estão utilizando o local não somen-te como posto de embarque

e desembarque de pessoas, mas também como porto para o descarregamento de materiais de construção, o que tem comprometido a segurança do lugar.

“O projeto não saiu e prova-velmente não saia do papel. A obra que era para ter início antes da Copa, ainda nem foi aprovada segundo informa-ções que nos repassaram. Há uns cinco anos, uma equipe da prefeitura veio ao lo-cal fazer uma avaliação da real situação da Marina e na ocasião falou que voltaria para fazer o cadastro dos comerciantes para que todos fossem comtemplados com novos boxes após a conclu-são das obras, sendo que até o momento nada mudou. No ano passado voltaram para realizar mais uma avalia-ção, mas não conversaram mais com a gente, só fa-laram que iam dar início à revitalização. Mais uma vez nada aconteceu. Isso aqui está uma bagunça, terra sem dono. Sem fi scalização, sem um estacionamento decen-te e os empresários estão fazendo a Marina de porto para descarregarem tijolos. Queremos uma solução, que-remos que o projeto saía do papel”, afi rma.

A comerciante Elza Men-des, 26, salienta que prefere visualizar o cenário atual ain-da por muito tempo a ver o projeto executado. Segundo Elza, caso a revitalização saia do papel, os comerciantes da Marina seriam prejudicados com os impostos aplicados pelo município.

“Sabemos que nada é de graça. Hoje não pagamos aluguel, nem aquelas monta-nhas de impostos. Pagamos sim, os tributos necessários

FOTOS: IONE MORENOHá dois 2 anos, moradores das comunidades próximas à Marina do Davi aguardam a revitalização do espaço que, além dos benefícios arquitetônicos, resultará em retorno econômico ao poder público municipal

para o funcionamento do nosso comércio, mas se a prefeitura realizar essa obra aqui na Marina, com certeza teremos uma dívida eterna com o órgão. Pagaremos além de aluguel pelo novos boxes, como outros impostos absurdos que são aplicados pelo município. Onde a pre-feitura mete o dedo, a situ-ação desanda”, avalia.

Outra obra a ser entregue à população manauara e que não saiu do papel, é o Memorial Encontro das Águas, localizado no bair-ro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste. O projeto foi assinado pelo arquite-to Oscar Niemeyer, morto em 2012, foi apresenta-do à população em 2005, e custou R$ 600 mil aos cofres públicos. Os inves-timentos previstos para a construção do espaço eram de aproximadamente R$ 48 milhões.

O complexo que também estava incluso no pacote de obras da capital para Copa do Mundo, inicialmente era de responsabilidade da Pre-feitura de Manaus, mas foi assumido pelo Governo do Estado em 2013.

A área seria utilizada como Fan Park - espaços onde o público que não vai ao estádio pode assistir aos jogos do campeona-

to, com toda estrutura de telões, praça de alimen-tação e mobilidade urba-na -, durante o mundial, o que não aconteceu.

Opção turísticaDe acordo com o órgão

responsável pelo projeto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sein-fra) o Memorial Encontro das Águas terá 9.383,33 m² de área construída no local conhecido como Mirante da Embratel.

O conjunto arquitetônico será composto por um pa-vilhão em formato de oca, com 35 metros de diâme-tro na base e altura de sete metros, elevado em relação ao piso da pra-ça, proposto como espaço aberto à paisagem.

A estrutura irá dispor tam-bém de um subsolo onde funcionará o restaurante com visão panorâmica para o ponto turístico do Encon-tro das Águas.

Memorial também no papel

CONCLUSÃOEm nota, a Seminf explica que a revi-talização da Marina do Davi será execu-tada, mas o projeto se encontra em fase de conclusão e na captação de recur-sos

Falta de intervenção no local estaria contribuindo para descarregamento irregular de produtos

Espaço serve de ponto de parti-da para várias comuindades da área rural de Manaus e que também serão benefi ciadas com as melho-rias

O arquiteto e urbanista, Kleyton Marinho, acrescen-ta que a execução do projeto da Marina do Davi, além de ser necessária para a melhoria do local, que atu-almente encontra-se com as instalações em situação precária e sem nenhum tipo de valorização, reforçará o sistema de segurança no embarque e desembarque das pessoas que utilizam o espaço. Outro ponto citado pelo especialista é o desen-volvimento do turismo local, já que muitos usam o espa-ço como acesso a diversos pontos turísticos.

Além desses pontos, Kleyton destaca ainda a importância desse empre-endimento para a economia de Manaus. Segundo o ur-banista, o projeto viabili-zará um retorno fi nanceiro bastante signifi cativo ao município, já que irá con-

tribuir com a arrecadação de impostos, mesmo sendo um porto público.

“A revitalização da Marina do Davi, com certeza irá melhorar a vida de pelo menos 5 mil pessoas que utilizam diariamente a atual instalação. É um projeto ino-vador, que valorizará a área, além que garantir retorno ao município, na questão de tributos que poderão ser gerados com o novo complexo. Mesmo sendo público, o empreendimento irá garantir um bônus eco-nômico à Prefeitura de Ma-naus. Após a entrega desse empreendimento, o turismo será mais explorado, já que o porto é ponto de acesso à diversas praias, pontos turísticos e comunidades in-dígenas. Esse projeto trará desenvolvimento à cidade de Manaus, sem dúvida al-guma”, fi naliza.

Economia será benefi ciada

GERSON FREITAS

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 C5

À espera de uma reformaCom orçamento ini-

cial de mais de R$ 1 milhão, o projeto de revitalização da

Marina do Davi, localiza-da no bairro Ponta Negra, Zona Leste, ainda está sem previsão de sair do papel, conforme informações da Secretaria Municipal de In-fraestrutura (Seminf).

A reforma do espaço inclui a implantação de um miran-te, um Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), um posto de saúde, um terminal de ônibus, entre outros servi-ços. Entretanto, a reforma do lugar divide opiniões de comerciantes e donos de em-barcações, sobre o projeto.

O projeto de revitalização que mudará o cenário da Ma-rina do Davi - que atualmente atende por dia em torno de 6 mil pessoas que utilizam o espaço como ponto de em-barque e desembarque para as sete comunidades próxi-mas à capital e abriga 12 es-tabelecimentos comerciais -, foi elaborado pela Prefeitura de Manaus em 2013.

De acordo com os comer-ciantes do local que esperam pelo início da obra há mais de dois anos, a última visita dos técnicos do executivo municipal, ocorreu antes da realização da Copa do Mundo de 2014. Após isso, nem os serviços básicos vem sendo realizados no local, como afi rma o comerciante Kaio Carvalho, 23.

Trabalhando no espaço há sete anos, Kaio afi rma que devido a falta de interven-ção da prefeitura na Marina, empresários da região estão utilizando o local não somen-te como posto de embarque

e desembarque de pessoas, mas também como porto para o descarregamento de materiais de construção, o que tem comprometido a segurança do lugar.

“O projeto não saiu e prova-velmente não saia do papel. A obra que era para ter início antes da Copa, ainda nem foi aprovada segundo informa-ções que nos repassaram. Há uns cinco anos, uma equipe da prefeitura veio ao lo-cal fazer uma avaliação da real situação da Marina e na ocasião falou que voltaria para fazer o cadastro dos comerciantes para que todos fossem comtemplados com novos boxes após a conclu-são das obras, sendo que até o momento nada mudou. No ano passado voltaram para realizar mais uma avalia-ção, mas não conversaram mais com a gente, só fa-laram que iam dar início à revitalização. Mais uma vez nada aconteceu. Isso aqui está uma bagunça, terra sem dono. Sem fi scalização, sem um estacionamento decen-te e os empresários estão fazendo a Marina de porto para descarregarem tijolos. Queremos uma solução, que-remos que o projeto saía do papel”, afi rma.

A comerciante Elza Men-des, 26, salienta que prefere visualizar o cenário atual ain-da por muito tempo a ver o projeto executado. Segundo Elza, caso a revitalização saia do papel, os comerciantes da Marina seriam prejudicados com os impostos aplicados pelo município.

“Sabemos que nada é de graça. Hoje não pagamos aluguel, nem aquelas monta-nhas de impostos. Pagamos sim, os tributos necessários

FOTOS: IONE MORENOHá dois 2 anos, moradores das comunidades próximas à Marina do Davi aguardam a revitalização do espaço que, além dos benefícios arquitetônicos, resultará em retorno econômico ao poder público municipal

para o funcionamento do nosso comércio, mas se a prefeitura realizar essa obra aqui na Marina, com certeza teremos uma dívida eterna com o órgão. Pagaremos além de aluguel pelo novos boxes, como outros impostos absurdos que são aplicados pelo município. Onde a pre-feitura mete o dedo, a situ-ação desanda”, avalia.

Outra obra a ser entregue à população manauara e que não saiu do papel, é o Memorial Encontro das Águas, localizado no bair-ro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste. O projeto foi assinado pelo arquite-to Oscar Niemeyer, morto em 2012, foi apresenta-do à população em 2005, e custou R$ 600 mil aos cofres públicos. Os inves-timentos previstos para a construção do espaço eram de aproximadamente R$ 48 milhões.

O complexo que também estava incluso no pacote de obras da capital para Copa do Mundo, inicialmente era de responsabilidade da Pre-feitura de Manaus, mas foi assumido pelo Governo do Estado em 2013.

A área seria utilizada como Fan Park - espaços onde o público que não vai ao estádio pode assistir aos jogos do campeona-

to, com toda estrutura de telões, praça de alimen-tação e mobilidade urba-na -, durante o mundial, o que não aconteceu.

Opção turísticaDe acordo com o órgão

responsável pelo projeto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sein-fra) o Memorial Encontro das Águas terá 9.383,33 m² de área construída no local conhecido como Mirante da Embratel.

O conjunto arquitetônico será composto por um pa-vilhão em formato de oca, com 35 metros de diâme-tro na base e altura de sete metros, elevado em relação ao piso da pra-ça, proposto como espaço aberto à paisagem.

A estrutura irá dispor tam-bém de um subsolo onde funcionará o restaurante com visão panorâmica para o ponto turístico do Encon-tro das Águas.

Memorial também no papel

CONCLUSÃOEm nota, a Seminf explica que a revi-talização da Marina do Davi será execu-tada, mas o projeto se encontra em fase de conclusão e na captação de recur-sos

Falta de intervenção no local estaria contribuindo para descarregamento irregular de produtos

Espaço serve de ponto de parti-da para várias comuindades da área rural de Manaus e que também serão benefi ciadas com as melho-rias

O arquiteto e urbanista, Kleyton Marinho, acrescen-ta que a execução do projeto da Marina do Davi, além de ser necessária para a melhoria do local, que atu-almente encontra-se com as instalações em situação precária e sem nenhum tipo de valorização, reforçará o sistema de segurança no embarque e desembarque das pessoas que utilizam o espaço. Outro ponto citado pelo especialista é o desen-volvimento do turismo local, já que muitos usam o espa-ço como acesso a diversos pontos turísticos.

Além desses pontos, Kleyton destaca ainda a importância desse empre-endimento para a economia de Manaus. Segundo o ur-banista, o projeto viabili-zará um retorno fi nanceiro bastante signifi cativo ao município, já que irá con-

tribuir com a arrecadação de impostos, mesmo sendo um porto público.

“A revitalização da Marina do Davi, com certeza irá melhorar a vida de pelo menos 5 mil pessoas que utilizam diariamente a atual instalação. É um projeto ino-vador, que valorizará a área, além que garantir retorno ao município, na questão de tributos que poderão ser gerados com o novo complexo. Mesmo sendo público, o empreendimento irá garantir um bônus eco-nômico à Prefeitura de Ma-naus. Após a entrega desse empreendimento, o turismo será mais explorado, já que o porto é ponto de acesso à diversas praias, pontos turísticos e comunidades in-dígenas. Esse projeto trará desenvolvimento à cidade de Manaus, sem dúvida al-guma”, fi naliza.

Economia será benefi ciada

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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Artistas buscam sustento nos semáforos de ManausOriundos de países vizinhos, malabaristas e equilibristas se apresentam diariamente nos sinais para ganhar uns trocados

Quem nunca parou em um semáforo em Ma-naus e não reparou na destreza de um artis-

ta, que, com malabares, cus-pindo fogo ou se equilibrando em bicicletas de uma roda só, tenta entreter por alguns minu-tos, durante o sinal fechado, os motorista,s chamando a aten-çao com as suas artes?

Uma das principais rotas para quem viaja pela América do Sul, pelos rios, Manaus tem se tornado o palco improvisa-do para artistas de ruas, que transformam as avenidas da capital em ganha pão. Argen-tinos, venezuelanos, peruanos, colombianos que vivem entre um país e outro e buscam a fraternidade das ruas.

O venezuelano Kevin Som-brera, 26, apresenta sua arte no sinal da Constantino Nery, nas proximidades do Hemoram, na Zona Centro-Sul, declara - arranhando algumas palavras em português e outras em um portunhol -, quase incompreen-sível, que está em Manaus há apenas três meses.

“Venho da Venezuela, mas já passei pela Argentina, Peru, Bo-lívia e Colômbia. Estou passando um período aqui, depois vou para o Maranhão”. Kevin vive, além dos malabares, também vende

peças de artesanato que ele mesmo produz, como pulseiras, cordões, brincos e outros arti-gosfeitos manualmente.

Nos sinais da Constantino Nery, localizados no entorno da Arena da Amazônia, vários artistas se dividem entre uma apresentação e outra, a cada vez que o semáforo fecha. O único artista manauense encontrado pela reportagem do EM TEMPO,

o “Bruce Lee”, 62, revela que trabalha há 15 anos em sinais pelo Brasil afora.

“Fico aqui ganhando o meu trocado. Dá para ir ganhando o pão de cada dia. Faço ar-tesanato, peças com garrafas de refrigerante. Mas já andei por várias cidades do Brasil, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Goiânia. As pes-soas gostam do nosso tralho, tem gente que já me conhece”

afi rma “Bruce Lee”.O venezuelano Gabriel, 35,

está em Manaus há cinco meses, mas há 12 anos faz malabares. “Isso é o meu sustento, minha roupa, minha comida. Meu alu-guel, para tudo dependo disso. Na vida real sou soldador. Mas não quero voltar para a vida real”, declara entre risos.

“Para onde a gente quer ir, nós vamos! Se quiser voltar, nós voltamos. As pessoas acei-tam o nosso trabalho, mas tem dias que é muito devagar para ganhar dinheiro. Teve um dia, por exemplo, que ganhei apenas R$ 1. Trabalhei desde as 4h e só ganhei isso. Mas está bom! Há dias em que a gente ganha mais, dia em que ganhamos menos”, se diverte.

Sobre a preferência por Manaus, Gabriel fala que a escolha da capital se dá pelo fato dela estar entre as prin-cipais capitais sul-americanas. “Aqui em Manaus a gente pode escolher em seguir para frente ou voltar para trás. Se você vem da Ve-nezuela por terra ou vem da Argentina tem que passar por aqui. Então é um local de fácil acesso. Daqui va-mos para a Bolívia, Co-lômbia, o rio vai para onde você quiser”.

STÊNIO URBANO

PASSAGEMA maioria dos artistas de rua é oriunda de países latinos e consi-dera Manaus um local de fácil acesso para se deslocar a outras cidades, já que sempre estão de passagem de um lugar para outro

“Faço malabares, mas também faço acrobacias de circo. É uma forma de viver e de ganhar dinheiro em qualquer país que a gente chega. É uma for-ma prazerosa de viver. Não temos compromisso com ninguém”, declara Se-bastian, 27, que divide o aluguel e as viagens com Gabriel, pelos recantos da América Latina.

A argentina Mila As-sunção, 25, divide espa-ço entre carros e pessoas com seu monociclo na bola

do Eldorado, Zona Cen-tro-Sul, e diz que desde criança admira os artistas de circences.

“Sempre admirei a arte do circo e aquelas pessoas que se apresentavam nas ruas. Quando fui morar em Buenos Aires, tive a oportunidade de conhe-cer um grupo de artistas que me ensinarou a arte das ruas, os truques. En-tão decidi que queria ser uma artista de rua, que-ria seguir esse caminho”, pontua a artista.

Arte circense é a inspiração

só ganhei isso. Mas está bom! Há dias em que a gente ganha mais, dia em que ganhamos menos”, se diverte.

Sobre a preferência por Manaus, Gabriel fala que a escolha da capital se dá pelo fato dela estar entre as prin-cipais capitais sul-americanas. “Aqui em Manaus a gente pode escolher em seguir para frente ou voltar para trás. Se você vem da Ve-nezuela por terra ou vem da Argentina tem que passar por aqui. Então é um local de fácil acesso. Daqui va-mos para a Bolívia, Co-lômbia, o rio vai para onde você quiser”.

Em busca da liberdade

Em poucos minutos, artistas mostram

destreza com equi-pamentos

“Bruce Lee” é um dos poucos brasilei-ros a se apresentar

nos semáforos

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Gabriel afi rma que começou a se apre-sentar nas ruas desde os 12 anos, mas havia muita repressão do gover-no da Venezuela, antes de Hugo Chavez. “Antes do Chavez os artistas não podiam se apresentar nas ruas. Se andássemos em grupos de três ou quatro você era parado pela polícia e era até preso. Depois do Chavez tudo isso mudou. Ganhamos mais liberdade. As pessoas falam que na Venezuela tem ditadura, é

mentira. Quem diz isso são os ri-cos”, afi rma.

Conhecido como um dos povos mais politizados da América do Sul, com seus famosos panelaços, o grupo de argentinos que também se apresen-ta em um dos semáforos da Constantino Nery, afi r-

mou não ter simpatia com a i m p r e n s a . “Não falamos com a im-prensa, pois ela representa a elite, e somos contra a elite”, diz um dos artis-tas, que não permite que a equipe do EM TEMPO fotografe a apresentação dos seus malabares.

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C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Hidratação ajuda a manter a saúde durante o verãoA ingestão de água, durante a estação mais quente do ano, evita a desidratação, que em alguns casos pode ser fatal

A sensação de sede já é o primeiro sintoma da desidra-tação, de acordo com a nutri-cionista Elisa Goulart, porém, infelizmente, nem sempre é um indicador confiável da ne-cessidade do corpo por água, especialmente em crianças e idosos. O melhor indicador

é a cor da urina: clara ou de cor clara significa que o corpo está bem hidratado, enquanto uma cor amarela ou âmbar escuro geralmente significa desidratação.

A gerente de relaciona-mento com o mercado do Laboratório Sabin classifica a

desidratação em duas fases: leve e severa. A primeira resul-ta em boca seca e pegajosa; sonolência ou cansaço; sede; diminuição da produção de urina (para bebês, não molhar a fralda por três horas ou mais); pouca ou nenhuma lá-grima ao chorar; pele seca; dor

de cabeça; prisão de ventre; tonturas ou vertigens.

A severa se refere a uma emergência médica, poden-do causar sede extrema; preguiça extrema ou sono-lência em bebês e crianças; irritabilidade e confusão em adultos; entre outras.

Organismo revela alguns sinais de alerta

O verão amazônico chegou e com ele o alerta referen-te à hidratação.

Por conta das temperatu-ras elevadas, as pessoas transpiram mais e correm o risco de ficar desidrata-das, caso a água eliminada pelo organismo não seja re-cuperada. É preciso redo-brar os cuidados, já que a doença é potencialmente grave e pode ser fatal.

De acordo com a nutri-cionista e gerente de rela-cionamento com o mercado do Laboratório Sabin, Elisa Goulart, a desidratação mata muito mais do que a inani-ção por alimentos. “Podemos viver vários dias sem nos alimentar, mas nenhum dia sem água”, assevera.

A jornalista Bárbara Vas-concelos aprendeu a lição, já que costumava abdicar da água em sua rotina. Em ambientes refrigerados não sentia sede ou muitas ve-zes preferia o consumo de café. Por conta disso, pas-sou a ter prisão de ventre e pele ressacada.

Para aliviar o intestino, ela comia bastante aveia, no en-tanto, os médicos sempre a alertavam de que este hábi-

to não era saudável sem a necessária hidratação. “Eles comparavam com a lava-gem com água e sabão. Você não consegue lavar algo só passando sabão, precisa da água. No nosso organismo, aveia, linhaça, entre outros,

funcionam como um ‘sa-bão’, mas somente a água permite o funcionamento eficaz”, comenta.

Por conta do período de gestação da sua primeira filha, este cenário mudou. Bárbara pontua que, em consequência, o intestino passou a funcionar regu-larmente. Hoje, uma das suas tarefas diárias é se-parar uma garrafinha e esvaziá-la ao menos duas vezes durante o dia.

ÁGUA DE COCOA água de coco deve ser considerada ape-nas acompanhante na busca pela hidratação. A composição da água de coco difere muito da água, principalmen-te quanto às concen-trações de potássio

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Atenção com a quantidade de água consumida, durante o verão deve ser redobrada, para evitar a desidratação do organismo

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Estudo deve acelerar diagnóstico da denguePesquisa elaborada pela Fiocruz Amazônia pretende identificar a doença em até uma hora, após coleta de material

Pesquisadores do Insti-tuto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) estão de-

senvolvendo um estudo para beneficiar o Sistema Único de Saúde (SUS) de um método para diagnóstico imediato da dengue. O objetivo é permitir a identificação da doença em até uma hora, após a obten-ção do material genético do paciente. Atualmente, a de-gue só pode ser confirmada de sete a 12 dias após a transmissão pelo mosquito Aedes aegypti e depois do aparecimento dos sintomas.

De acordo com o coordena-dor do estudo e vice-diretor de Pesquisa da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, o reconhecimen-to imediato da dengue fará com que o tratamento passe a ser mais adequado. “A vantagem é identificar mais rápido e, assim, saber tratar a especificidade da dengue. Tem muitas doenças que apresentam sintomas pa-recidos, então se identificarmos desde o início a infecção, o médico terá a certeza que é dengue”, destaca Naveca.

A pesquisa iniciou em 2013 no âmbito do Programa de Pesqui-sa para o Sistema Único de Saú-de (SUS): gestão compartilhada

em Saúde (PPSUS/Rede), com aporte financeiro do Departa-mento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e do go-verno do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Os trabalhos iniciaram com a bolsista de iniciação cientí-fica, Dana Cristina Monteiro,

e atualmente são realizados pelo graduando em Ciências Biológicas no Instituto Fede-ral de Ciências e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Arlesson Silva. Segundo Naveca, o es-tudo tem previsão de término em 2016 com a apresentação dos resultados ao Ministério da Saúde (MS) podendo chegar à Rede Básica de Saúde.

Arlesson Silva explica que o

objetivo do estudo é modificar a forma de reconhecimento da dengue a partir do exame de detecção molecular. “O diag-nóstico molecular, pela meto-dologia de LAMP (Loop-media-ted Isothermal Amplification), é uma técnica que, basicamente, só necessita manter a reação em uma única temperatura de 65ºC. Essa metodologia apre-senta alta sensibilidade, espe-cificidade e resultado rápido”, informa o acadêmico de ciên-cias Biológicas.

Os exames de sangue mais comuns para detecção da den-gue são pelo método de IgM, que detecta a doença a partir de sete dias, e o isolamento viral, que leva de 10 a 12 dias para identificar o vírus.

MetodologiaConforme Arlesson, na pri-

meira parte do projeto foram testados os quatro sorotipos que o vírus apresenta, demons-trando a eficácia do exame mo-lecular como uma ferramenta que pode ser utilizada para aná-lise e diagnóstico da dengue. “A próxima fase do estudo será a aplicação do teste de colori-metria, com a qual é possível identificar a reação positiva a ‘olho nu’”, revela Silva.

DIVULGAÇ

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Resultado do estudo pode chegar à rede pública, após apresentação ao Ministério da Saúde

REGISTROSDe acordo com o Mi-nistério da Saúde, no Amazonas, a incidência de dengue diminuiu 40,662% se comparado com os quatro primei-ros meses de 2014, quando ocorreram 4.356 casos

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[email protected], DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1042 Plateia D3

A ‘nova musa do forró’ vem ao ‘Garota Vip’

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AÇÃO

Um novo

Obras iniciadas na sede do Serviço Social do Comércio (Sesc) prometem abrigar melhor atividades voltadas para arte e cultura

TESCpara Manaus

ASAFE AUGUSTO

“O Tesc não é de alvenaria”. O diretor do Teatro Expe-

rimental do Sesc (TESC), Márcio Souza, defi niu assim a situação do Tesc no período de reformas, com duração de 2 anos e seis meses, no prédio do Serviço Social do Comércio (Sesc), na rua Henrique Martins, no centro da capital.

Márcio Souza afi rma que, mesmo não sabendo onde o elenco vai ensaiar, os tra-balhos continuam e não há problemas quanto a ensaios, pois o espetáculo já está há muito tempo preparado. “Na verdade, estamos com o espetáculo pronto, e isso não exige muito ensaio, é um espetáculo que já está há 2 anos e meio em cartaz, com muitos pedidos. O elenco vai apenas passar no dia e no local de uma apresentação, antes de começar o espetá-culo”, afi rma o dramaturgo amazonense, que pretende manter o mesmo espetácu-lo até o fi m do ano, para que não haja necessidade de ensaios complexos.

Segundo Márcio, o prédio do Sesc na rua Henrique Mar-tins, que era um exemplo de arquitetura em Manaus, vai ser restaurado como era em 1949. O escritor disse ainda que as dependências do prédio já começaram a ser demolidas, e será cons-truído um estacionamento para 150 lugares.

Márcio afi rmou que todos os materiais como, fi guri-no, cenário, materiais de esculturas e para pinturas foram devidamente embala-dos e guardadas no balneá-rio do Sesc, no anfi teatro, divididos em salas.

Para o escritor, essa re-forma será o maior inves-timento público e privado para um espaço dedicado à arte e à cultura no Estado. “A parte de alvenaria onde se concentrava toda a ativida-de cultural, inclusive o Tesc, está sendo demolida para

dar lugar a estruturas muito boas que, com certeza, trarão melhorias culturais para o Amazonas”, explica.

As obras do Sesc trazem algumas novidades. Em con-junto com essa reforma há outros investimentos em es-trutura para ajudar a desen-volver a cultura na cidade de Manaus. No Sesc será cons-truída, ainda, uma galeria de artes de quatro metros de altura onde poderão ser exi-bidas grandes esculturas.

O chamado “teatrinho do Sesc”, que é considerado um patrimônio, será restaura-do como ele era em 1968. A diferença nele serão os equipamentos modernos e que o teatro vai poder com-portar cem espectadores. Além disso, está previsto nas obras que seja constru-ída uma sala de cinema de cem lugares e uma biblioteca pública, com mídias digitais e os livros convencionais. O projeto prevê que outro teatro para 400 lugares também será construído.

De acordo com Márcio, há intenções de que em novem-bro o Sesc irá inaugurar um teatro de arena e até lá o Tesc pretende estrear um novo espetáculo chamado “Tartufo”. O espetáculo se trata de uma comédia de Mo-lière que fala sobre um falso religioso, que usa a religião para explorar os outros. “Isso é um tema que está bem em vista no momento”, ressalta o diretor teatral.

Márcio lembra que outra obra está em andamento em Manaus. “É um centro social que está sendo construído próximo à bola do Produtor. Vai ter um teatro para 400 lugares, um cinema e uma quadra de esportes. A pre-feitura está fazendo o prédio e o Sesc vai fi car com ele e montar toda a estrutura”.

Uma grande construção está prevista em meio às obras. O Sesc vai construir a réplica do teatro The Glo-be, de Shakespeare, baseado em uma réplica que há em Londres. Márcio Souza disse que o Tesc vai fazer circuitos

e abrir espaço para a classe teatral de Manaus.

DetonandoO “Sábados detonados”

era uma espécie de crônica das atividades políticas e sociais da cidade e do Brasil. O elenco do espetáculo era quem ficava incumbido de preparar os textos. Após seis anos de apresentações, que levavam grandes públicos ao teatro do Sesc, o projeto foi encerrado. “Nós não traba-lhávamos por fins lucrativos, era mais pelo lado artístico”, diz Márcio, ressaltando que sempre há possibilidade de voltar. “Nós fizemos durante 6 anos, quando apareceu uma praga chamada “stand up comedy”. O elenco gos-tava de fazer, mas chega o momento que não vale a pena insistir, chega a ser fatídico. Mas quem sabe voltamos”, completa.

Projeções virtuais apresentam como serão fachada (no alto) e espaço interno (acima) da nova sede do Sesc em Manaus

Escritor Márcio Souza, que dirige o Teatro Experimental do Sesc, fala sobre novos horizontes

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>> Luto . O high society de Manaus

está de luto.. O falecimento do tradicional

advogado Carlos Fausto Gon-çalves deixou uma ala especial cidade triste. Carlos Fausto era marido da chic Iêda Antony Gon-çalves e pai da querida Adriane Antony Gonçalves. A coluna de associa aos inúmeros votos de pesar à família.

Último dia para conhecer e tirar fotos com Peppa Pig

Os fãs da personagem Pe-ppa Pig têm até hoje para aproveitar a oportunidade de tirar fotos com ela e seu irmão, George, das 14h às 20h. A porquinha está presente no primeiro Play-ground da Peppa Pig na re-gião Norte, exclusivamente na praça central do Amazo-nas Shopping. Mas, apesar do retorno da família Pig a sua terra natal, o parque temático segue até o dia 26 de julho, durante todo o horário de funcionamento do mall. Com intervalos de 30 minutos entre as apre-sentações, o “Meet&Greet” é gratuito e liberado para todas as faixas etárias. Tanto crianças quanto ado-lescentes e adultos têm a oportunidade de eternizar o encontro com Peppa e Geor-ge no Playground da Peppa Pig, lançado no último dia 5. Localizado na praça de eventos, no primeiro piso do shopping, o espaço tem 268

metros quadrados de área e conta com uma série de brinquedos para a diversão da garotada. Um portal de arco-íris abre o playground, apresentando o grande Car-rossel de Balões, com capaci-dade para cinco adultos e dez crianças. Cada cliente paga R$ 15 para dar um passeio de cinco minutos no brinquedo, com altura aproximada de seis metros. O simulador do barco do Vovô Pig também está na programação, com ingresso ao custo de R$ 10. Quem deseja aproveitar am-bas atrações pode adquirir o combo promocional de R$ 20. Também há atrações gratuitos para visitação, como o espaço tire-fotos, no qual as crianças aproveitam o cenário desenhado com características do desenho; a casa da Peppa; a poça de lama (cama elástica); o balanço de molas do Lago dos Patos e o escorregador da Casa da Árvore.

INFANTIL

A porquinha está presente no “Playground da Peppa Pig”, na praça central do Amazonas Shopping

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AÇÃO

SERVIÇOENCONTRO COM PEPPA E GEORGE

Onde

Quando

Quanto

Amazonas Sho-ppingaté hoje, das 14h às 20h (com intervalos de 30 minutos entre as apresentações)

atração gratuita

SERVIÇOPLAYGROUND DA PEPPA PIG

Onde

Quando

Quanto

Amazonas Sho-ppingaté 26 de julho, durante horário de funcionamen-to do shopping

a atração tem partes pagas e gratuitas. Valor do ticket para a área paga: Carrossel – R$ 15 (para 5 minu-tos); Simulador – R$ 10 (para 5 minutos)

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

>> Medalha. Foi para tratar de assuntos rela-

cionados a entrega da Medalha de Méritop Imaculada Conceição e a previa escolha dos homenageados, a reunião da Associação Amigos da Catedral realizada no salão de eventos do condomínio Walderez Simões.

. A solenidade para a entrega da Medalha será dia 4 de Dezembro.

Ricardo e Car-mem Nóvoa Silva com os fi lhos Elias e Miguel

Adiene Viei-ralves e Lia-na Mendonça de Souza

Luiza Dantas e Yara Lanza

Irineu e Aldenora Assis com Vânia Pimentel

Dahilton e Wey-marina Cabral

Célia Simões, Weymarina Cabral e Carmem Nóvoa

>> Solenidade. O presidente do Sistema Federa-

ção do Comércio, Centro do Comér-cio, Sesc, Senac Amazonas e grau colar da Ordem do Mérito Comercial do Amazonas, Roberto Tadros, foi anfi trião de solenidade que reuniu time peso-pesado da cidade.

. O evento aconteceu no Salão de Eventos do Sesc Balneário, local que serviu de cenário para a condeco-ração às personalidades Amazonino Mendes (grau de Gran Cruz), Cristina Calderaro Corrêa (grau de comenda-dor) e Mario Guerreiro (grau de co-mendador). Noite concorridíssima.

José Aze-vedo e Roberto Tadros, na solenidade de entrega das conde-corações da Ordem do Mérito Co-mercial do Amazonas

A presidente do TRE, desembar-gadora Socorro Guedes Moura e a presidente do Tribunal de Jus-

tiça do Estado do Amazonas, desembarga-

dora Graça Figueiredo

Célia Villas-Boas e Wilson Périco

Os homenageados Mario Guerreiro, Cristina Calderaro Correa e Amazoni-no Mendes

Adjunto Afonso e José Alves Pacifi co

Amazonino Men-des, fi gura emble-mática da política do Amazonas, um dos maiores nomes da política do país, condecorado com o grau de Gran Cruz da Ordem do Mérito Comercial do Amazonas

FOTOS: MAURO SMITH

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Rainha Elsa no parque Cidade da Criança, hoje

A programação deste fi m de semana no parque Cidade da Criança traz diversas opções de lazer, principalmente para quem ainda está no ritmo das férias. Haverá a exibição da animação “Frozen- Uma aventura congelante” e a presença da “Rainha Elsa”, uma das personagens prin-cipais do fi lme, para ses-sões de fotos e interação com as crianças. A entra-da e toda a programação são gratuitas.

Hoje, a partir das 15h, a praça de alimentação do parque está de por-tas abertas para receber as crianças na ofi cina de criatividade com “Pintura Facial”. No espaço, os re-creadores do parque ofe-recem às crianças diversos desenhos e elas escolhem o seu preferido para ser pintado no rosto.

A atividade “Aventuras na tirolesa” é uma das mais pedidas entre os frequen-tadores do parque, que curtem esportes radicais. Hoje, a atração estará dis-ponível das 15h às 18h. A tirolesa é recomendada para crianças de 5 a 12 anos. Para os meninos e meninas que gostam de música, o parque oferece o “Show musical com in-teratividade”, a partir das 18h, no anfi teatro.

Para os fãs da animação “Frozen – Uma aventura congelante”, o parque exi-birá com entrada gratuita o fi lme, hoje a partir das 18h, no cineminha. Além da exibição, a programação inclui a presença da “Rai-nha Elsa”, protagonista da animação da Disney, para interação e uma sessão de fotos com as crianças, a partir das 15h, na biblio-teca. A atração faz parte do projeto “Personagens Infantis no Parque”.

O Parque Cidade da Crian-ça funciona neste mês de julho em horário especial de férias. De terça a sexta-feira das 9h às 18h e no fi m de semana de 10h às 20h. O espaço é administrado pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Even-tos (Manauscult) e está lo-calizado na Avenida André Araújo, s/n, com entrada pela Rua Castro Alves, no Aleixo, zona Centro-Sul.

‘FROZEN’

PROGRAMAÇÃO15h às 18h- Aventuras na Tirolesa - Faixa etária: 5 a 12 anos- Torres da Tirolesa.15h às 17h- Sessão de fotos com “RAINHA ELSA”, da animação Frozen- Biblioteca.A partir das 15h- Ofi cina de Criatividade “Pintura Facial” - Se-rão distribuídas senhas para atendimento- Praça de Alimentação.17h15 às 18h- Brincadeiras Populares- Anfi teatro.18h às 18h30- Show musical com interatividade- Anfi teatro.18h às 19h42- Exibição do fi lme “Frozen, Uma Aventura Conge-lante” - Cineminha.

Personagem Rainha Elsa se faz presente às 18h

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A cantora cearense Márcia Fellipe é sucesso no Brasil e, em agosto, se apresenta pela primeira vez em Manaus, no comando da banda Forró Curtição

A ‘Musa do forró’ pela primeira vez em Manaus

No dia 15 de agosto, o Sam-bódromo vai receber três

grandes atrações nacio-nais que arrastam mul-tidões por onde passam. O evento é o “Garota Vip Manaus” que traz de volta à capital amazo-nense o cantor Wesley Safadão e o grupo baia-no Harmonia do Samba. A novidade no “lineup” é a cantora Márcia Felli-pe e a banda Forró da Curtição, que se apre-sentam pela primeira vezem Manaus.

Márcia Fellipe está a frente do grupo Curtição há pouco menos de 1 ano, mas já possui uma história de sucesso tri-lhada em outras gran-des bandas de forró. A cantora já passou pelas bandas ‘Garota Safada’ e ‘Aviões do Forró’.

Mesmo com pouco tempo de estrada com a atual formação, o For-ró da Curtição já possui músicas que viraram hits indispensáveis nos reper-tórios de várias bandas do Brasil. A ideia, quan-do criada, foi transformar um grupo comum numa banda diferente – com estilo próprio e que pas-sasse ao seu público uma energia única.

O sucesso é tanto que, a agenda de shows de Márcia e o forró da Cur-tição no mês de julho, possui apenas sete dias de descanso. Entre os Estados que receberam e que ainda vão receber o show da cantora estão Bahia, Piauí, Maranhão, Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará.

Sucesso eternizadoO grupo gravou em dezem-

bro de 2014 em Teresina (PI) seu primeiro DVD. A necessi-dade veio para atender a de-manda diante do sucesso da primeira música de trabalho do Forró da Curtição – “Vai no Cavalinho” – que “estou-rou” no repertório das maio-res bandas de forró do Brasil e que se tor-nou HIT nacional – tendo milhares de visualizações no Youtube.

Entre os su-cessos do ál-bum, estão “Sofro de ressaca mas não morro de amor”, “Se você quer saber”, “Tudo Pelo Seu Amor”, “Mal Acom-panhada” e “Pode Morrer de Chorar”.

Márcia Fellipe está há quase 1 ano liderando os vocais da banda Forró Curtição

SERVIÇOGAROTA VIP MANAUS

QuandoOnde

Quanto

Vendas

Informações

dia 15 de agostoSambódromo de ManausPista 3º Lote – R$ 40; Camarote – R$ 100 por pessoa; Área Vip com Open Bar 2º Lote – R$ 160. Open Bar de água, cerveja, refri-gerante, caipirinha e caipiroska até as 3h. Entrada diferenciada, bares e banheiros exclusivos, além de acesso ao Front Sta-ge; Camarote All Ni-ght Cîroc – R$ 300 - ingressos limitados. Todos os preços são de meia-entrada.Stand Amazonas Shopping, Loja do Shopping Cidade Leste e Loja Sumaú-ma Park Shopping; e www.fabricaingres-sos.com

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D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Supercolisor, superqualidadeRESENHA

PERFIL

Emir FadulRadialista da rádio EM TEMPO

Com uma sonorida-de diferente das demais, esta banda mais uma vez inova,

sem exageros. Concebida ini-cialmente como Malbec, hoje rebatizada de Supercolisor, mantém o capricho nos deta-lhes dos arranjos. A respeito da troca do nome, o motivo é mais que óbvio: já existir ou-tra banda com nome igual. O novo batismo casa perfeita-mente com o material sonoro evocando o “diferente”.

Seguindo a linha incomum, o álbum “Zen Total do Oci-dente” é o segundo trabalho da banda manauense e mais uma vez apresenta excelên-cia em TODOS os quesitos. Mantendo a formação de su-cesso do primeiro trabalho, composta por Ian Fonseca (voz e piano), Zé Cardoso (voz e guitarra), Diego Souza (baixo e voz) e Natan Fonseca (bateria), recebe um reforço nos graves, músico expe-riente com diversos traba-lhos autorais semelhantes, falo do Diego.

Este segundo álbum foi lançado em 2015 com 13 faixas, produzido pelo voca-lista Ian Fonseca e lançado pelo selo independente In-vern Records, que já produziu Supercolisor, Luneta Mági-ca, Raphael Fonseca, Alia-ses, entre outros. O toque fi nal na mixagem e maste-rização teve dedo de gringo e a primeira lapidação foi

de Daniel Schlett, em Nova York. O complemento fi nal de masterização fi cou a cargo de Joe Lambert, que masterizou o primeiro álbum da banda, em Nova Jersey.

O álbum foi introduzido ao público através do videoclipe da sua primeira música de trabalho, “Planetário”, fei-to todo em animação, uma sacada interessante e inte-ligente que poderia muito bem ser seguida por outras bandas. Hoje quem não tem seu network atualizado ou em planejamento, pode esperar o pior futuro.

A nova fase da banda abandonou de vez os sons estridentes das guitarras, dando lugar às frequências mais acústicas produzidas por violões, banjos e outros instrumentos ressonantes. O quarteto foi além da sonori-dade alternativa e percebe-se um novo estilo surgindo em breve no cenário musical, e certamente a Supercolisor será incluída nele. O trabalho realizado nos vocais mostra aonde a banda quer che-gar, próximo da perfeição. A dupla de vozes composta por Zé e Ian trouxe a identi-dade e leveza que a música necessita. Destaco também os arranjos de piano bem presentes na base das com-posições, harmonizando e deixando o som misterioso e ao mesmo tempo interessan-te, pois ninguém ouve o que

não tem interesse.Diferente da Supercoli-

sor, algumas bandas não progridem pois não buscam esse progresso. A Colisor mantém sempre atualiza-das suas composições de tal modo que a cada álbum tem uma surpresa agradá-vel em forma de arranjo, de participação ou duetos nos vocais.

Com trabalho forte e mar-cante na internet, a banda ganha muitos fãs e, assim como fez com o primeiro trabalho, promoverá um tour pelo país a fi m de divulgar seu trabalho em conjunto com seu selo independente. Todo o material da banda pode ser encontrado em seu site ofi cial www.supercolisor.com.

FICHA TÉCNICA:

ÁLBUM: “Zen Total do Ocidente”BANDA: SupercolisorSELO: Invern RecordsFAIXAS:1Caronte2 Sim3 Planetário4 Insône5 Valentina6 Três Luzes Fixas7 Zen Total do Ocidente8 Pista Íntima9 Corte10 Casa da Lua11Os Cinco12 Não13 Móbile

O quarteto foi além da sonoridade alternativa e percebe-se um novo estilo surgindo em breve no cenário musical, e certamente a Supercolisor será incluída nele”

FOTOS: DIVULGAÇÃO

CONCURSO

Brasil Vocal abre inscriçõesA quinta edição do Bra-

sil Vocal no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, tem a missão de mostrar as novidades do cenário da música vocal de todo o Brasil. Este ano o projeto faz dois concursos: Concurso de Arranjo Vocal e Concurso de Novos Grupos Vocais – Coral Juvenil. As inscrições estarão abertas até o dia 22 de setembro e já podem ser feitas pelo site do CCBB Rio (http://cul-turabancodobrasil.com.br/portal/brasil-vocal-2015-concurso-de-novos-grupos-vocais-coral-juvenil/http://culturabancodobrasil.com.br/portal/brasil-vocal-2015-concurso-de-arranjo-vocal/).

Desde o início, em 2011, o projeto coleciona cerca de mais de 250 inscrições vindas de todo o país, com mais de 100 apresentações até aqui. Carlos Belém, curador

do projeto, tem para este ano a expectativa de um número maior de inscritos. “Devemos fi car acima da média anual, dada a demanda reprimida

na área de coros, que é o segmento contemplado pela edição deste ano do Brasil Vocal”, explica. A abertura fi ca por conta do grupo Arranco de Varsóvia no dia 27 de julho, e terá em novembro apresentações do Barbatu-

ques e da Chicas, além dos premiados em 2014 e dos fi nalistas deste ano.

O objetivo principal do pro-jeto é fomentar o repertório de música brasileira para gru-pos vocais, bem como o surgi-mento de novos arranjadores, e propiciar às novas gerações de grupos vocais – Corais Juvenis – a oportunidade de divulgação de seus trabalhos em âmbito nacional.

No caso do Concurso para Arranjos Vocais serão sele-cionados, para apresentação pública, até oito arranjos e, destes, três serão premiados. O primeiro lugar ganha R$ 5 mil; o segundo, R$ 3 mil; e o terceiro, R$ 1 mil.

E para o Concurso de No-vos Grupos Corais - Corais Juvenis serão selecionados, para apresentação pública, até oito corais e, destes, três serão premiados, nos mes-mos valores e proporções.

PROJETOEste ano, a quinta edição do Brasil Vocal no Centro Cultural Banco do Brasil promove dois concursos: Concurso de Arranjo Vocal e Con-curso de Novos Grupos Vocais – Coral Juvenil

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D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoEquipe defi nidaFoi defi nida a equipe que

irá colaborar com Rosane Svartman e Paulo Halm na novela “Totalmente Demais”, a próxima das 19h na Globo. Foram convocados: Mário Via-na, Cláudia Sardinha, Fabrício Santiago, Felipe Cabral e Char-les Peixoto. Na direção-geral Luiz Henrique Rios.

A trama“Totalmente Demais”, subs-

tituta de “I Love Paraisópolis”, vai falar sobre os bastidores das revistas de moda. A prota-gonista, vivida por Marina Ruy Barbosa, não quer ser modelo de jeito nenhum, mas, devido a uma série de circunstâncias, acaba se rendendo à profi ssão e fazendo o maior sucesso. Estreia em novembro.

BandidosJuliana Paes e o português

Paulo Rocha farão uma dupla bem do mal em “Totalmente Demais”. A atriz, principalmen-te, está bastante empolgada com a personagem, mesmo ciente das limitações impos-tas ao horário das sete horas da noite pela classifi cação indicativa.

Aguarde cenasA pergunta da vez, nos inte-

riores do “CQC”, diz respeito a Marco Luque: ele para ou continua no programa em

2016? Em 27 de novembro do ano passado, em meio a todo o processo de renovação do programa, ele havia reno-vado contrato por mais uma temporada. Agora, resta saber se alguma coisa mudou.

Dúvida no arAgora que o poder absoluto

é da produtora Endemol/Shi-ne, na Band, por enquanto, ninguém sabe informar quem irá dirigir o “MasterChef Ju-nior”, previsto para estrear em outubro, em 8 episódios. Patrício Diaz, da edição adulta, com toda certeza não estará à frente desta versão kids.

Pressão A Rede TV! fez investimentos

importantes na sua progra-mação e é até natural uma cobrança da sua direção por

melhores resultados de audi-ência e faturamento. O pes-soal desses departamentos, segundo apurado, já captou a mensagem disparada pelo vice, Marcelo de Carvalho.

Reino...No complexo de estúdios

Recnov, os mais otimistas re-solveram brincar com a triste situação das demissões que serão realizadas por lá. E ao melhor estilo perde-se o amigo mas não se perde a piada.

...sem súditosComo entre setembro e

janeiro o RecNov fi cará com-pletamente vazio, porque não haverá produção funcionando, a “Rainha” Xuxa Meneghel, simplesmente não terá uma enorme legião de súditos para saudá-la diariamente.

Melhor amigaA partir de amanhã,

segunda-feira, “Além do Tempo” vai abrir sua segunda sema-na de exibições na faixa das 18h da Globo. E até aqui com boas críticas. No destaque, Anita, personagem de Letí-cia Persiles, a melhor amiga da Lívia (Alin-ne Moraes).

Bate – Rebate* Há na Globo quem de-

fende a escolha do casal Pe-rina, de “Malhação Sonhos”, para apresentação do “The Voice Kids”...

* ...No caso, os atores Rafael Vitti e Isabela Santoni. Como sempre, a última palavra será do diretor Boninho...

* ... Há também uma forte torcida por Chay Suede na apresentação do “Kids”.

* Algumas séries exibi-das pelo Multishow irão passar por uma intensa rodada de avaliações...

* O canal da Globosat en-tende que, entre algumas coisas boas, existem outras, muito ruins, apenas tapando buraco....

* E que as críticas negativas são justas, aliás, justíssimas.

Atrás de parceira para Otaviano

A direção da Globo está pes-quisando um outro nome em seu elenco, ou mesmo fora dele, para formar dupla com Otaviano Costa na apresentação do “Ví-deo Show” em 2016.

Portanto, façam suas apos-tas: quem será a nova compa-nheira de trabalho do Otaviano? Numa dessas, a Globo, inclusive, deve estar aceitando sugestões! Manda lá.

GLOBO/ESTEVAM AVELLAR.

A equipe de “I Love Parai-sópolis” já detectou uma boa vantagem de Caio Castro so-bre Maurício Destri em relação ao desfecho da novela, o fi nal feliz com Bruna Marquezine.

Isso porque o persona-gem Grego não é visto como um vilão pela maioria dos telespectadores.

Para alterar esse quadro, só mesmo uma ação mais forte dos autores Alcides Nogueira e Mário Teixeira.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

Esta semana, o prefeito Arthur Neto, em sua página no Face-book, demonstrou afeto e dever cumprido ao expor novamente as duas estátuas do artista Geraldo Carvalho, ambas expostas na pra-ça da Saudade, antes da última reforma. Para conhecimento, as estátuas foram retiradas do lo-cal, por conta de que o projeto de restauro da praça, à época, cerca de alguns anos, pretendia retra-tar com o máximo de detalhes, os aspectos originais da praça quando de sua criação.

Mas o que nos interessa aqui é dizer que um internauta, em resposta a publicação do pre-feito, disse que este deveria se preocupar com coisas mais “prioritárias”, como tapar bura-cos de ruas, construir mais es-colas etc. O chefe do Executivo, educada e sabiamente – e aqui, em resumo – disse uma corre-tíssima frase a quem conside-ro perfeita: “Cultura também é nossa prioridade”. A declaração, reafi rmo, é perfeita.

Cultura, assim como qualquer outra área, também é um aspecto da necessidade humana. O que faz um administrador público? Cria as condições necessárias para que as pessoas possam sa-tisfazer as suas próprias necessi-dades, coordena a operacionali-zação destas condições, detecta quais são estas necessidades e assim por diante.

Logo, o buraco da rua não é mais prioritário que o buraco da alma, que é a ausência de “poesia” no cotidiano de muitas pessoas. Poesia aqui está sendo empregada em seu sentido fi lo-sófi co, ou seja, é o atributo de criação do espírito humano, a fantasia de um mundo que nos permite o sonho e o devaneio, o extravasamento de tensões por

meio do contato corporal, uma visão de mundo.

As estátuas chamadas do Homem Pré-Histórico e do Ho-mem Moderno foram postas da Praça, segundo Maria Evany do Nascimento, em 1964 a pedido da então Secretaria de Educa-ção e Cultura. Dispostas uma defronte a outra, a escultura do Homem Pré-Histórico insi-nua um caminhar, um caminhar que propõe uma evolução, evo-lução pelas Eras até chegar a sua composição moderna.

O Homem Moderno, por sua vez, levemente agachado, com “trajes de atleta”, aponta para o futuro, e o futuro se insinua a cada segundo, como bem sabe-mos. Este conjunto escultórico, uma vez na praça da Saudade, e agora, nos jardins do Paço da Liberdade, é carregado de memó-rias e sentimentos, lembranças de uma Manaus de beleza em tom melancólico, austera, bem próxi-ma de Liverpool, como bem nos evidenciou David Pennington.

Portanto, cultura é prioridade, sempre foi. Os gregos valori-zavam e muito o contato dos seus cidadãos com o teatro, por exemplo, inclusive pagando para que os próprios assistissem a espetáculos que tratavam das idiossincrasias e da identidade helênica. Embora as estátuas não sejam assim o melhor es-pécime de escultura produzida no Amazonas, de modo algum é feia. Guarda mais do que mui-tas outras obras, vai além da técnica em bronze, pois fala de amor, e traz consigo as lem-branças de muito dos nossos. Não existe a máxima tacanha de pôr a saúde e a educação como mais importantes que a cultura. Tudo é importante. Tudo é necessário. Sempre.

Márcio BrazE-mail: [email protected]

Márcio Brazator, diretor e

cientista social

Os gregos valorizavam e muito o contato dos seus cida-dãos com o teatro, inclu-sive pagando para que os próprios assistissem a espetá-culos que tratavam da identidade helênica”

Cultura: uma prioridade

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D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 19 DE JULHO DE 2015

Programação de TV

HoróscopoÁRIES - 21/3 a 19/4 Pequenas mudanças no jeito de ser ou na sua imagem corporal contribuem para libertá-lo de vínculos ultrapassados. Vale a pena um pouco mais de ousadia diante dos obstáculos.

TOURO - 20/4 a 20/5 A intuição poderá hoje funcionar a seu favor, em especial se estiver diante de um problema que não consiga resolver pelos meios comuns. Confi e na grandeza da vida.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 O bom aspecto do dia favorece o aconte-cimento de pequenos fatos positivos no campo profi ssional. As boas ideias se unem ao uso criativo das condições existentes.

CÂNCER - 22/6 a 22/7Boas inspirações favorecem a ação rápida e ágil dentro de sua atividade profi ssio-nal. Pequenas mudanças oportunas fazem milagres quanto a liberá-lo de velharias inúteis.

LEÃO - 23/7 a 22/8O pagamento de dívidas está favorecido, ainda mais se você se dispor a doses ex-tra de generosidade. Novos caminhos se abrem na exata medida em que se livra das dívidas.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Suas relações são favorecidas pela boa disposição para se entender com as pes-soas. Um dia de bom convívio com a pes-soa amada, ou com parceiros em outras atividades.

LIBRA - 23/9 a 22/10A disposição para trabalhar depende de você estar no comando das tarefas. Se não estiver no comando, provavelmente não vai gostar do que tem para fazer.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Os encontros sociais estão favorecidos, e deles surge um encontro mais estimulante. A capacidade intelectual e criativa favorece atividades de cunho criativo e artístico.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Do fundo dos seus sentimentos surge im-pulso renovador para sua expressão afetiva, criativa e artística. Momento de renovação do ambiente amoroso e doméstico.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Pequenas mudanças em sua rotina e em seu lar abrirão novos portais para você se sentir bem em seus ambientes. Procure renovar a conduta e o modo de estar em sua casa.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Certas negociações e atividades fi nancei-ras caminham melhor se você utilizar de criatividade e ousadia. Use de imaginação para realizar o potencial que o dia lhe traz.

PEIXES - 19/2 a 20/3Momento propício para resolver pequenos problemas práticos e materiais. Um dia também para colocar em prática boas ideias na lida com dinheiro e materiali-dade.

Cruzadinhas

SBT GLOBO4h45 JORNAL DA SEMANA SBT

6h BRASIL CAMINHONEIRO

6h30 TURISMO & AVENTURA

7h15 ACELERADOS

8h CHAVES

10h DOMINGO LEGAL

14h ELIANA

18h RODA A RODA JEQUITI

18h45 SORTEIO DA TELESENA

19h PROGRAMA SILVIO SANTOS

23h CONEXÃO REPÓRTER

0h SÉRIE: SOBRENATURAL

1h SÉRIE: NIKITA

2h SÉRIE: GAROTO DE OURO

3h BIG BANG

3h30 IGREJA UNIVERSAL

RECORDBAND

5h SANTO CULTO EM SEU LAR

5h30 DESENHOS BÍBLICOS

7h55 RECORD KIDS – PICA PAU

9h30 DOMINGO SHOW

13h25 JOGOS PAN-AMERICANOS TO-

RONTO – 2015 – VÔLEI MASCULINO

(SEMI FINAL)

15h30 HORA DO FARO

18h DOMINGO ESPETACULAR

20h25 JOGOS PAN-AMERICANOS

TORONTO – 2015 – FUTEBOL FEMI-

NINO: BRASIL X CANADÁ

22h30 REPÓRTER EM AÇÃO

23h30 JOGOS PAN-AMERICANOS

TORONTO – 2015

0h15 PROGRAMAÇÃO IURD

5h POWER RANGERS – FÚRIA DA SELVA

6h SANTA MISSA NO SEU LAR

7h POWER RANGERS

8h30 MASKATE NA TV

9h30 GAME MANIA

10h10 LIGA MUNDIAL DE VÔLEI DE

QUADRA – Final

12h30 BAND ESPORTE CLUBE

13h30 GOL: O GRANDE MOMENTO DO

FUTEBOL

13h20 COPA DO MUNDO DE BEACH

SOCCER DA FIFA 2015 – Final

14h30 FUTEBOL 2015 – Campeonato

Brasileiro

16h50 3º TEMPO

19h SABE OU NÃO SABE

20h SÓ RISOS

21h15 PÂNICO NA BAND

0h15 CANAL LIVRE

1h15 COMO EU CONHECI SUA MÃE

1h50 FILHOS DA ANARQUIA

2h40 IGREJA UNIVERSAL

Cinema

DIV

ULG

AÇÃO

5h25 Santa Missa

6h25 Amazônia Rural

6h55 Pequenas Empresas, Grandes

Negócios

7h30 Globo Rural

8h25 Auto Esporte

9h Esporte Espetacular (Liga Mundial de

Vôlei Masculino)

12h10 Esquenta

13h10 Temperatura Máxima. Filme:

Como Treinar o Seu Dragão

15h Futebol 2015: Campeonato Brasilei-

ro – Fluminense X Vasco da Gama

17h Domingão do Faustão

20h Fantástico

22h18 Tomara que Caia (estreia)

23h Domingo Maior. Filme: Encontro

Explosivo

1h28 Sessão de Gala. Filme: Cavalo de

Guerra

3h15 Mentes Criminosas

3h58 Mentes Criminosas

PRÉ-ESTREIA

A série “Garoto de ouro” está em cartaz na madrugada do SBT

Homem Formiga: EUA. 12 anos. Dotado com a incrível capacidade de diminuir em escala, mas crescer em força, o vigarista Scott Lang (Paul Rudd) precisa assumir o lado heróico e ajudar seu mentor, Dr. Hank Pym (Michael Douglas), a proteger os segredos por trás do espetacular traje do Homem-Formiga de uma nova geração de ameaças. Contra obstáculos aparentemente intransponíveis, Lang e Pym precisam planejar e realizar um assalto que salvará o planeta. Cinemark 4 – 19h20, 22h10 (3D/dub/diariamente), Cinemark 6 – 12h50, 15h40, 18h30, 21h20 (3D/dub/diariamente), 0h10 (3D/dub/somente sexta-feira e sábado), Cinemark 7 – 11h50, 14h40, 17h30, 20h20 (dub/diariamente), 23h10 (dub/somente sex-ta-feira e sábado); Cinépolis Millennium 1 – 12h45, 15h30, 18h15, 21h (3D/dub/diaria-mente); Cinépolis Millennium 6 – 18h45, 21h30 (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 13h45, 19h15 (dub/diariamente), 16h30, 22h (leg/diariamente); Playarte 1 – 13h30, 16h, 18h30, 21h (3D/dub/diariamente), 23h30 (3D/dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 5 – 12h40, 15h10, 17h40, 20h10 (dub/dia-riamente), 22h40 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 7 – 21h25 (leg/diariamente), 19h (3D/leg/diariamente).

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

ESTREIA

CONTINUAÇÃO

Carrossel: BRA. Livre. A turma do Carrossel está de férias da escola Mundial e os amigos se reúnem no acampamento Panapaná, onde embarcam em novas aventuras. Juntos, eles viverão dias incríveis, participando de brincadeiras organiza-das pelo senhor Campos, um velhinho muito simpático, que faz de tudo para que as crianças se divirtam ao máximo. Enquanto as crianças se divertem, Gonzáles, funcionário de uma incorporadora, aparece no acampamento com a missão de comprar o terreno para transformá-lo em uma fábrica poluidora. Enquanto o vilão procura sabotar e difamar o Pa-napaná para obrigar o senhor Campos a fechá-lo, a esperta turma da escola Mundial se une para atrapalhar seus planos e manter o acampamento em funcionamento. Cinemark 4 – 13h, 15h10, 17h20 (somente quarta-feira); Cinépolis Mil-lennium 2 – 14h45, 17h45 (somente quarta-feira); Playarte 4 – 14h45, 16h45 (diariamente).

Cidades de Papel: EUA. 12 anos. Cinemark 2 – 11h, 13h20, 15h50, 21h (dub/diariamente), 23h40 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinépolis Millen-nium 5 – 15h, 20h (dub/diariamente), 17h30, 22h30 (leg/diariamente); Playarte 6 – 22h40 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 10 – 12h40, 14h50, 17h, 19h10 (dub/diariamente), 23h30 (dub/somente sexta-feira e sábado), 21h20 (leg/diariamente).

O Exterminador do Futuro - Gênesis: EUA. 12 anos. Cinemark 3 – 21h50 (3D/dub/exceto terça-fei-ra), Cinemark 5 – 12h, 14h50, 17h40, 20h30 (3D/dub/diariamente), 23h30 (3D/dub/somente sexta-feira e sábado); Cinépolis Millennium 3 – 13h, 16h (3D/dub/diariamente), 19h (3D/leg/diariamente); Playarte 3 – 18h, 20h30 (dub/diariamente), 23h (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 9 – 13h30, 18h10 (dub/diariamente).

Meu Passado Me Condena 2: BRA. 12 anos. Cinemark 1 – 11h30 (exceto sábado), 14h, 16h30, 19h, 21h30 (diariamente), 0h (somente sexta-feira e sábado); Cinépolis Millennium 2 – 19h45, 22h15 (diariamente); Cinépolis Millennium 7 – 17h (diaria-mente); Playarte 4 – 12h30, 19h, 21h10 (diariamente), 23h30 (somente sexta-feira e sábado), Playarte 9

– 16h, 20h40 (diariamente), 22h50 (somente sexta-feira e sábado).

Minions: EUA. Livre. Cinemark 3 – 12h40, 15h, 17h10 (dub/diariamente), 19h30 (dub/exceto terça-feira), Cinemark 8 – 11h15 (dub/exceto sábado), 13h40, 16h, 18h10, 20h40 (dub/diariamente), 23h (dub/somente sexta-feira); Cinépolis Millennium 4 – 13h30, 15h45, 18h, 20h30 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Millennium 6 – 14h, 16h15 (dub/diariamen-te); Playarte 3 – 12h, 14h, 16h (dub/diariamente), Playarte 6 – 12h30, 14h30, 16h30, 18h30, 20h40 (dub/diariamente), Playarte 7 – 13h, 15h, 17h (dub/diariamente).

Divertida Mente: EUA. Livre. Cinépolis Millennium 7 – 14h30 (dub/diariamente); Playarte 8 – 12h45, 14h55, 17h05, 21h10 (dub/diariamente), 23h20 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros: EUA. 14 anos. Cinépolis Millennium 7 – 21h45 (dub/dia-riamente); Playarte 2 – 13h10, 15h40, 18h20, 20h50 (dub/diariamente), 23h20 (dub/somente sexta-feira e sábado).

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Alô Alô! Olha aí uma nova ideia de me comunicar com vocês! Escrever matérias de assuntos variados para fi carmos mais conectados e próximos. Estou muito feliz e que-ro iniciar falando de longevidade. Estive no Rio de Janeiro recente-mente, e numa visita à clínica do cirurgião plástico Rômulo Mêne (pioneiro no Brasil na utilização do laser para cirurgia plástica), ele, de maneira muito simpática e precisa, conversou comigo sobre o processo de envelhecimento e quais recursos podemos utilizar para minimizar isso. Doutor Rô-mulo diz que o envelhecimento é um processo infl amatório crônico progressivo e irreversível e que não tem escapatória, todos que não morrem cedo vão passar por isso. Não é só a cirurgia plástica que vai rejuvenescer, mas um con-junto de ações que determinam a desaceleração desse envelhe-cimento. Na base de tudo está a alimentação, e o médico (pensa-dor) que sabe disso pode corrigir, e retroceder 10, 20, 30 anos em uma pessoa, sem cortes! Somos o que comemos! Quem ainda não ouviu essa frase? O maior distúrbio do envelhecimento está na base alimentar. Carência da ingesta de proteínas, muito carboidrato, e uma carga excessiva de açúcar que trazem as gorduras acumuladas, inchaços, cansaço etc... Durante

suas viagens ao exterior, doutor Rômulo que diz que não é um cirurgião plástico convencional e, sim, um pensador, observando os povos mais longevos do Oriente Médio, que comem muitos grãos como as lentilhas, grão de bico, favas e pouco carboidrato. Então resolveu criar a Sopa da Longe-vidade, que, segundo ele, além de alimentar, emagrece e desincha. Essa sopa pode ter variações além dos grãos, com proteínas, e dá uma saciedade incrível! Aliás, sabemos de muito tempo que uma sopinha à noite sempre cai bem, dormimos mais leves e temos sonhos mais coloridos. Para não perdermos o entusiasmo, é bom saber que podemos nos comparar ao povo mais longevo do mundo, que é o povo da Sardenha, já que a base da alimentação deles é o peixe e a nossa também (rico em ômega 3). Se observarmos direitinho o nosso caboclo, tem a pele fi rme e quase nada de rugas. Junte a isso as verduras e frutas vermelhas com saladas variadas (que é a proteção antioxidante) e corte o açúcar, então a barriguinha vai para o espaço e podemos sonhar com aquela silhueta espetacular que deixa os estrangeiros en-cantados com as Manazinhas de gengiva roxa e coxas sem celulite. É o poder que vem da fl oresta. Vamos à receita!

SOPA DA LONGEVIDADE

DR. RÔMULO MÊNE

INGREDIENTES: Um punhado de lentilhas, grão de bico, feijão branco (nunca o preto), favas, ervilha crua e outros grãos da sua preferência. Sugestão: Pegue uma garrafa pet, coloque os grãos crus (verifi car se não tem bichos) e guarde na sua geladeira. Esse é o seu Mix de Grãos.

MODO DE PREPARO: 1. Colocar 300 g do Mix de Grãos em água e lavar por duas a três vezes. 2. A última água permanece com os grãos por 4 horas ou mais (hidratar). 3. Pre-parar um refogado de cebola e alho: • Coloque em uma panela 4 colheres de azeite de oliva e aqueça. • Picar 1 cebola de tamanho médio e dourar levemente. • Acrescentar 4 dentes de alho. 4. Juntar os grãos, previamente hidrata-dos, com o refogado de cebola e alho e adicio-

nar 1.200 ml de água fi ltrada. • Cozinhar por 20 minutos em panela de pressão (Fechar a panela somente quando a mis-tura começar a ferver). • Abrir a panela de pressão com cuidado (após eliminar o vapor pela válvula) e adicionar sal e outros temperos a gosto. • Acrescentar algumas folhas de repolho rasgado e deixar cozinhar em fogo lento por mais 10 minutos. • Depois, acrescen-tar couve rasgada e deixar cozinhar por 3 – 4 minutos. • Está pronta a Sopa da Longevidade. 5. Tomar 1 ou 2 conchas à noite, substituindo toda a sua janta (se você quiser emagrecer). Pode acrescentar azeite de oliva a gosto ou queijo parmesão ralado.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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