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Célio Rodrigues, fale um pouco de você: idade, naturalidade, família... Tenho 37 anos, sou paranaense da cidade de Guarapuava, comecei no Muay Thai aos 12 anos, me formei no Muay Thai em Curitiba, com mestre Rubens Melantonio. Sou casado há 19 anos com Neida, minha filha Bruna tem 14 anos e a caçula, Bárbara Vitória, tem 8 anos e elas são meus troféus. Elas treinam Muay Thai? Já estão praticando até por uma questão de disciplina, o exemplo tem que vir de casa, se amanhã forem competir cabe a elas decidir. Como a esposa vê sua carreira? Quando ela me conheceu eu já treinava e na época... foi meio difícil, ela me disse: ou ela ou a academia, eu continuei na academia achando que ia perder a namorada e veja só, há 19 anos estamos juntos, agora casados e ela me dá o maior apoio! Posso dizer que tenho uma grande mulher, uma grande companheira, es- posa e mãe e duas filhas maravilhosas que me fazem dizer: quem não tem motivo pra tocar a vida, que faça, e eu fiz dois motivos! Sua formação nos estudos e algum outro tipo de atuação além de atleta? Fiz o 2° grau completo e não dei continuidade por causa dos treinos que peguei firme, depois casei cedo, mas se Deus quiser, independente da idade, pretendo voltar a estudar e me formar. Trabalhei em outras áreas, como supervisor de ven- das, em Curitiba, e também em duas empresas multinacionais, servi ao exército. Tudo isso me serviu de experiência, não tem o que o ser humano não faça, se não faz é porque não quer fazer. Atualmente só estou cuidando dos meus títulos e do esporte. Você tem academia em Guarapuava? Não tenho hoje academia especificamente minha, mas estou Em nossa edição n° 46, entrevistamos o veterano técnico de Muay Thai, Fábio Noguchi, con- sagrado no Estado do Paraná que prima pela produção de grandes campeões. A matéria teve uma repercussão muito boa em todo Brasil, já que nossa revista cobre todo o território naci- onal. Nesta edição, com o mesmo objetivo, trazemos uma entrevista com o atleta também paranaense Deucélio Rodrigues, que ostenta importantes títulos nacionais e internacionais. 38 - por Xicão Joly [email protected] www.lutadoresdobrasil.com.br Fotos: arquivo pessoal deucelio.p65 21/7/2009, 17:29 2

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Célio Rodrigues, fale um pouco de você: idade, naturalidade, família...Tenho 37 anos, sou paranaense da cidade de Guarapuava, comecei noMuay Thai aos 12 anos, me formei no Muay Thai em Curitiba, com mestreRubens Melantonio. Sou casado há 19 anos com Neida, minha filha Brunatem 14 anos e a caçula, Bárbara Vitória, tem 8 anos e elas são meustroféus.

Elas treinam Muay Thai?Já estão praticando até por uma questão de disciplina, o exemplo temque vir de casa, se amanhã forem competir cabe a elas decidir.

Como a esposa vê sua carreira?Quando ela me conheceu eu já treinava e na época... foi meio difícil,ela me disse: ou ela ou a academia, eu continuei na academiaachando que ia perder a namorada e veja só, há 19 anos estamosjuntos, agora casados e ela me dá o maior apoio! Posso dizerque tenho uma grande mulher, uma grande companheira, es-posa e mãe e duas filhas maravilhosas que me fazem dizer:quem não tem motivo pra tocar a vida, que faça, e eu fiz doismotivos!

Sua formação nos estudos e algum outro tipo de atuaçãoalém de atleta?Fiz o 2° grau completo e não dei continuidade por causa dostreinos que peguei firme, depois casei cedo, mas se Deusquiser, independente da idade, pretendo voltar a estudar e meformar. Trabalhei em outras áreas, como supervisor de ven-das, em Curitiba, e também em duas empresas multinacionais,servi ao exército. Tudo isso me serviu de experiência, não tem oque o ser humano não faça, se não faz é porque não quer fazer.Atualmente só estou cuidando dos meus títulos e do esporte.

Você tem academia em Guarapuava?Não tenho hoje academia especificamente minha, mas estou

Em nossa edição n° 46, entrevistamos o veterano técnico de Muay Thai, Fábio Noguchi, con-

sagrado no Estado do Paraná que prima pela produção de grandes campeões. A matéria teve

uma repercussão muito boa em todo Brasil, já que nossa revista cobre todo o território naci-

onal. Nesta edição, com o mesmo objetivo, trazemos uma entrevista com o atleta também

paranaense Deucélio Rodrigues, que ostenta importantes títulos nacionais e internacionais.

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por Xicão [email protected]

www.lutadoresdobrasil.com.br

Fotos: arquivo pessoal

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pensando em uma clínica de treinamento onde possamosdar aula de personal, pra competidores e uma escolinha deKickboxing para crianças num trabalho junto à prefeitura deGuarapuava e a alguns empresários. Dou aulas no momen-to na Atletic Center onde treino também.

Nós sabemos que no Brasil ainda é difícil conseguir apoiopara as artes marciais com políticas ou prefeituras. Esseapoio com o qual você conta hoje tem a ver com suas con-quistas de títulos?Me formei no Muay Thai em 1995 em Curitiba, mas voltei àminha terra, Guarapuava, com a idéia de abrir uma academiae lá começou minha carreira, de atleta e lutador. Queria mos-trar quem era o Célio Rodrigues e fui conquistando váriostítulos amadores no Brasil. Logo depois veio o título profissi-onal brasileiro, sul-americano, inter-continental, pan-ameri-cano e dois títulos mundiais pela CBKF e pela WAKO. Tenhotítulo mundial de Low Kicks e Kickboxing cat. 58,200 e títulomundial de k-1 rules Muay Thai cat.58,200. Esses títulos me trouxeram oapoio da prefeitura, como atletaguarapuavano, na pessoa do prefeitoFernando Ribas, e do deputadoFernando Filho. Assim posso defendermeu país lá fora com muito orgulho, poissem apoio realmente não é nada fácil,ser campeão mundial implica num gas-to muito grande.

Na época em que você começou a trei-nar era meio complicado vestir a camisa, as academias daépoca eram meio rivais, não?Era complicado sair com a camiseta na rua, sempre paravaum carro, desciam dois ou três caras que queriam arrancarsua camisa aí era pancadaria... rolava o fighting nas ruas deCuritiba, sempre tinha um ou outro lado que se estressavademais e aí...

Coisas que já passaram!Hoje quem fizer uma coisa dessas não só é punido na aca-demia como pela Lei. Hoje tudo é profissional, vejo pessoasformadas em várias faculdades que vão lutar no exterior eganham 200, 500 mil dólares... Eu posso dizer que tenho ummestre lá em cima que é Deus e um aqui em baixo que é oRubens: todas as minhas dúvidas tiro com ele e seus conse-lhos me valem muito e eu levo sempre pro ringue. MestreNélio Naja - que formou o Rubens - eu não cheguei a conhe-cer, ele logo passou a academia pro Rubens e foi ensinarMuay Thai no Rio de Janeiro, onde expandiu a modalidade.

Eu também treinei nessa época, 1985... pelo que sei os trei-nos seguiam um regime quase militar, como era isso?Vou te falar, Xicão, não era quase regime militar, era regimemilitar mesmo, os novatos limpavam os banheiros, eu que

era baixinho, não graduado e o último da fila então! mas su-perei tudo e aprendi muito e me sinto orgulhoso por isso,hoje qualquer desafio eu sei enfrentar porque na época obicho pegava! se um errasse todo mundo pagava e todomundo cantava o brado de guerra e isso te preparava praservir ao exército, e no Muay Thai você aprendia a nocautear omais rápido possível, nada de ficar enrolando.

O esporte sociabiliza, prepara para a vida, você que é cam-peão mundial professor e mestre, sabe que tem filhos quenão respeitam os pais nem os mais velhos da família equando chegam na academia a coisa muda, ninguém le-vanta a crista pro professor, isso é disciplina e educação.Eu tive um aluno de 15 anos, Rogério, que vinha pra acade-mia e a mãe dele, quando perguntavam onde ele estava,respondia: “na igreja”... porque a academia melhorou tanto ocomportamento dele em casa que era como uma igreja! Elechega em casa, arruma suas coisas, não fica mais nas ruas,

adquiriu uma disciplina que ninguémvai tirar dele como o que eu aprendininguém vai tirar de mim.

Você falou de seus títulos, fale umpouco de seu início como lutador.Poucas academias hoje fazem isso,mas uma coisa que me ajudou mui-to foram as lutas internas. Quandotinha exame de faixa eu era semprevoluntário pra lutar, vivia perguntan-do: “Tem luta pra mim? Quero lutar!” -

então eu pegava o adversário que viesse, com 5, 10 quilos dediferença pra mais, já cheguei, com 60kg na época, pegarum atleta de 86kg e de nível técnico mais avançado, então foiatravés dessas loucuras que eu consegui aquela adrenalinade encarar os desafios. Você dorme a luta, come a luta, sesente vivo pela luta, o coração acelera, subi várias vezes aoringue, desci às vezes com a derrota, muitas vezes com avitória e vieram os títulos que já falei, campeão paranaenseamador, campeão brasileiro amador, fui pro profissional, cam-peão brasileiro profissional, depois o título sul-americanocontra a Argentina aqui no Brasil e depois em Buenos Aires,na revanche, confirmei o título, depois recebi uma propostade lutar o título mundial Lowkicks na Itália em luta de 12 roundse nocauteei no 5° round, foi uma festa ganhar o título na casado adversário. Depois ganhei de um francês aqui emGuarapuava no 2° round, ele pediu a revanche, 6 meses de-pois ganhei dele novamente, na França, no 5° round. Depoisveio a defesa de título em Portugal, ganhei, depois novamen-te na França, ganhei no 7° round, aí fui pra Sérvia - antigaYoguslávia - contra Millos Wamik e lá eu perdi por pontos.Voltei chateado, minha primeira derrota, mas disse a mimmesmo: “Vamos pensar pra frente!”, então veio a proposta delutar o título mundial de Muay Thai no K-1 Rules, a CBKB e aprefeitura de Guarapuava trouxeram um lutador português

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Hoje tudo é profissional,

vejo pessoas formadas em

várias faculdades que vão

lutar no exterior e ganham

200, 500 mil dólares...

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que venci por nocaute no 1° round e ganhei mais esse títuloe assim o tempo foi passando, lutei na Croácia fazendo lutasextras profissionais, no Rio de Janeiro obtive o recorde mun-dial profissional de nocaute mais rápido: 5 segundos, contraum lutador italiano. Depois passei um mês na Tailândia prapegar novos conhecimentos porque nem tudo que serve praeles serve pra nós e vice-versa, então fiz uma luta lá. Recen-temente fiz a revanche em Guarapuava, contra Miloos e destavez ganhei por nocaute no 3° round. Eu gosto do nocaute!Tinha perdido dele na Sérvia por pontos e desta vez tirei qual-quer dúvida!

É, por nocaute não tem essa de dizer que tava com dor debarriga, com gripe, que o juiz lateral rou-bou...Com honestidade eu digo que esse ne-gócio de arbitragem é complicado e a gen-te vê isso até no futebol. Você tem queprocurar o nocaute, por pontos éconsequência. E tem outra, eu aprendimuito, se perdeu por pontos, aconteceu!não adiante reclamar, dar murro na mesa,por ponto é comum ganhar o cara da casa!mesmo uma arbitragem neutra deixamargem pra interpretação, tem a ver tam-bém com o promotor da luta... Quando euestou no ringue, não precisa o técnico fi-car falando, eu já sei se estou ganhandoou se estou perdendo. São anos de ba-gagem, por isso quando treino meus atle-tas, depois de uma luta-sparring eu per-gunto a eles; “O que você acha? Ganhouou perdeu?” - eles têm que ter uma avali-ação de si mesmos e aprender a pensardentro do ringue.

E você consegue, na luta, escutar o queo seu técnico ou o do adversário dizem?por que tem gente que diz que não escuta nada!A concentração na luta é um fator psicológico muito compli-cado. Você tem que ter concentração mas ao mesmo temponão se concentrar demais senão você perde a adrenalina efica apático no combate. Tem que estar atento ao adversário,ao que o teu técnico diz, ao que o técnico dele diz e conseguesim, quando o lutador pega experiência consegue! Eu consi-go ouvir a torcida, a minha esposa gritando por mim, massem perder a análise da luta! É difícil? é difícil. É complicado?é complicado. Mas isso é alguma coisa muito pessoal quevai de cada lutador.

Você tem algum atleta de ponta, ou você não trabalha tantocom os atletas devido à sua carreira?Não, tenho que pensar neles sim, tenho que ter tempo pra

eles! estou há 23 anos competindo e defendendo títulos, mastenho muitos atletas bons: o Márcio, o Cardoso, a MichelleLarissa, o Eduardo Borba... Sempre preparando atletas quevão nos suceder amanhã.

A Michele Larissa é do Muay Thai ou Kickboxing?Eu sempre digo que o Muay Thai abre as portas pra váriasmodalidades. Ela é campeã brasileira e sul-americana deMuay Thai amador - ainda não é profissional - campeã deKickboxing Low Kicks e de Light Contact. Foi tirando técnicasdo Muay Thai, aperfeiçoando a técnica de tatame e hoje écampeã nessas três modalidades. É uma atleta que prome-te muito, vem se dedicando bastante e servindo de exemplo

para as mulheres que querem lutar, queestão procurando seu espaço no meioda luta hoje.

Como você vê as categorias femininas?Olha Xicão, sem lutar elas já dominam ohomem se elas quiserem (rsrsrsrs) seipor mim, sou o homem das três mulhe-res e vou te falar, elas são dominadoras!No esporte estão se saindo muitíssimobem e provando que luta não é violência,não é coisa de marginal. Eu tenho alu-nas universitárias, uma dentista, que es-tão aí treinando pra competição. Sem fa-lar que a prática do esporte e do combateesportivo ajuda a saúde, a emagrecer, acriar músculos naturalmente e perdergorduras, a defesa pessoal, ajuda a es-tar de bem com a vida!

Falando em violência, ainda infelizmen-te tem gente que acha o esporte de lu-tas coisa de muita violência, agora eupergunto não é violento o cidadão che-gar em casa bêbado e bater na mulher e

nos filhos ou beber e sair por aí dirigindo e matando aspessoas?Sem dúvida! e eu também chamo de violência a fome e amiséria... Sem falar nas guerras! O atleta que sobe numringue sabe o que está fazendo e há juízes, tempo e regras.Tive o caso de um guri que a mãe trouxe pra praticar, mas medisse: “Pelo amor de Deus, não quero que ele se machuque!Se ele vier machucado para casa...”. O guri tinha uns 12 anose passados cerca de 15 dias, ele que vinha de bicicleta paraa academia, foi olhar uma menina, não viu uma pedra nocaminho, bateu, entortou a bicicleta e se machucou todo. Euliguei pra mãe e pedi que viesse buscar o filho... ela nem medeixou explicar, bateu o telefone e apareceu furiosa: “Eufalei que ele ia se machucar, eu falei!” Pedi calma e entãoexpliquei o que tinha acontecido, ela nem sabia o que dizer! É

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Deucélio e as filhas Bruna e

Bárbara Vitória, em antiga foto

do álbum de família

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assim, na rua você pode sofrer uma violência a qualquermomento, ser agredido, atropelado... sem aviso! Na luta vocêsabe o que está fazendo e o que seu adversário está fazen-do! Tem profissionalismo! Você tem seu técnico, você temseu treinamento, você tem suas defesas... O lutador tem queestar sempre preparado, eu, se não estiver bem, nem subono ringue!

Hoje o MMA é uma febre e muitos lutadores de MMA vieramde outras modalidades, quais as personalidades do MMAque você citaria que vieram do Muay Thai?Vou falar dos atletas dos quais sou fã, como é o caso doWanderley Silva, do Anderson Silva, do Shogun, do Ninja... eoutros ainda que vieram do Muay Thaipara o MMA e se formaram também emJiu-jitsu. Como diz meu preparador físi-co, o Madison Ramos: “O bom atleta éaquele que treina!”

Com a aceitação do Muay Thai o nú-mero de academias cresceu bastan-te, antes eram bem poucas... você po-deria citar algumas de ponta, entre asmelhores do país?Ah! São muitas, tem aí o Edinei Pedroso,que está preparando o Ariel, tem a ThaiBrasil com o Fefê, no Rio tem o LuizAlves e o Artur Mariano... e além dos ve-teranos tem a turma nova, aqui emCuritiba, na pesagem de um eventoamador nunca vi tanto atleta e isso ébom porque na Europa, na Ásia no quediz respeito a treinamento eles estãomuito na nossa frente, mas nós temosraça e dedicação e a turma nova tá mostrando isso, precisa-mos de mais apoio, a bolsa atleta veio ajudar, mas falta mui-to ainda e essas academias de ponta têm mostrado muitotrabalho. Nossos talentos têm muita garra, em qualquer aca-demia forte a gente vê isso.

Vamos falar um pouco de sua preparação física, até porquejá falamos que o atleta tem que estar sempre preparado...É pena que eu não ganhe o suficiente para pagar ao Madisono que eu gostaria, o que ele merece! Além de amigo particu-lar dele, vou na casa dele treinar, aqui em Curitiba, na verda-de ele nunca me cobrou nada, é um companheirão, faz noveanos que eu treino com ele, ele sabe como me prepararconforme a modalidade que vou lutar, é como uma receita debolo que levo pra Guarapuava, a 250km de Curitiba, passopro meu prof. de educação física, ele olha... “Esse treino aquié treino pra louco!”, mas é treino pra vencer ou você nemsobe no ringue, é um trabalho forte que o Madison vaiajustando pra mim conforme eu vou treinando, a parte física,

condicionamento, a parte técnica... quando eu preciso eu ligo:“Madison, estou fazendo assim e assim mas tá dando um pro-blema” e ele dá uma ajustada e funciona que é uma beleza!

Você nunca pensou em fazer MMA? As categorias do UFCdevem abrir aí pra 60kg.Eu já fiz três lutas de MMA, ganhei duas muito bem, vou con-tinuar treinando a parte de chão e se a oportunidade apare-cer vou agarrar e vou pro MMA sem dúvida!

E 37 anos não é muita coisa...Não... eu me sinto cada vez mais experiente e mais forte equando eu tiver que parar Deus vai me dar o momento certo!

Tudo pode acontecer, se um empresá-rio quiser investir em mim pode estarcerto de que não vou decepcionar! Nãopreciso provar mais nada pra ninguém,sou um cara tranquilo e quando subono ringue se for lamentar alguma coisaé pelo adversário!

Você também é produtor de eventos,promoveu em Guarapuava a CopaToycas-Toyota , três ou quatro edições,o público correspondeu?Bastante! Guarapuava é uma cidade dointerior do Estado do Paraná e o curio-so, quando eu comecei com o Muay Thailá, é que ainda havia pistoleiros a cava-lo que diziam: “Que luta, nada, meu ne-gócio é na arma! nada de ficar se agar-rando!”. Hoje eu faço um evento, lota oginásio, é criança, adulto, homem, mu-lher, velho, gente que trabalha e troca

de horário pra poder vir no evento, Guarapuava abraçou oesporte, MMA, Muay Thai, Kickboxing... e isso faz o esportecrescer e dar oportunidade a atletas de todo o Brasil!

Muito bacana! você gostaria de deixar um recado para osleitores da revista, para os praticantes?Para mim é uma honra ter dado esta entrevista para os leito-res da Combat Sport que é apreciada no Brasil inteiro e naAmérica do Sul. Eu, particularmente, sempre que leio a revis-ta tiro dicas importantes pra mim de treinamento e dieta, en-tão quero deixar um abraço a todos e dizer para aqueles queainda não praticam, que procurem uma academia conceitua-da, conversem com o professor e vejam em qual modalidadese encaixam melhor, façam um treino experimental porque éuma questão de saúde, de se sentir bem, de autoconfiançaque de repente pode até virar uma profissão!

contato: [email protected]

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Eu já fiz três lutas de MMA, vou

continuar treinando a parte de chão e

se a oportunidade aparecer vou

agarrar e vou pro MMA sem dúvida!

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