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Em Frente (Contacto com os Préseminaristas Dehonianos) Publicação Mensal Ano IX nº 192 Outubro de 2009 Proprietário, Director e Editor: Pe. Fernando Ribeiro, SCJ Redacção e Administração: Caminho do Monte, 9 | Ap. 430 | 9001905 FUNCHAL Telf.: 291 22 10 23 | Web site: emfrente.wordpress.com | Email: [email protected] Impresso nos Serviços Privativos do Colégio Missionário Sagrado Coração FUNCHAL Depósito Legal nº 120 306 Pronto. O Verão passou. As férias chegaram ao fim. O novo ano lectivo já está em andamento. Estamos de novo cada um no nosso trabalho. E, em princípio, devíamos estar todos empenhados em desempenhar as nossas tarefas com muito sentido de responsabilidade. O teu trabalho, aquele que se refere à tua actual profissão, é estudar, com tudo o que isso significa. Das tuas tarefas fazem parte também aquelas que se prendem com a tua especial situação de préseminarista, para a qual não deve ter havido férias. Pelo menos era isso que se esperava de ti e foi isso que te recomendámos. Tens aqui a “CONVOCATÓTIA” para o nosso segundo “encontro formativo” do novo ano lectivo”. É no fimdesemana a seguir ao Dia Mundial das Missões. Este Dia das Missões é muito festejado no Colégio Missionário. Vêm imensas pessoas que passam cá o dia, participando na Eucaristia e, depois do almoço, numa tarde muito animada e divertida. A esta festa tão significativa para nós do Colégio Missionário era bom que viessem alguns préseminaristas (pelo menos os que são de mais perto) e suas famílias. Já o ano passado fizemos este convite. Veio quem quis. Vamos a ver se este ano aparece mais alguém. Mas o importante é não faltar ao ‘encontro formativo’. E trazer o RRR bem feito. Para evitar confusões, dizemos já a seguir qual é o trabalho que deves apresentar. No mês passado apresentaste dois trabalhos, não é verdade? Quem eventualmente não tenha vindo ao ‘encontro’ de Setembro ou não tenha apresentado o trabalho completo, desta vez tem de o apresentar, juntamente com o novo. Este último terá o título de ‘RRR de Outubro’ e será constituído pelas respostas às perguntas que vão aqui na página anterior, relendo, para isso, os textos do ‘Em Frente’ de Setembro. DATA: 23 e 24 de Outubro. CHEGADA: no sábado, entre as 9.00 e as 10.30 horas. REGRESSO A CASA: no domingo, logo após o almoço, de preferência antes das 14.00 horas. TRAZER: As coisas do costume, sem esquecer aquilo que deve ser entregue à chegada, a saber: Cartão de préseminarista, Folhinha da Fidelidade eo RRR de Outubro. Caro PRÉSEMINARISTA! O novo ano lectivo já está em andamento. As férias pertencem ao passado. Não fiques triste, por causa disso. Pelo contrário, alegrate, porque voltaste à tua vida normal, à tua escola, aos teus amigos. Alegrate também, porque, com energias renovadas, podes retomar a tua caminhada como estudante, na preparação do teu futuro. Mas acontece, bem sabes, que não és só estudante. És muito mais do que isso. E o muito mais que tu és não deve ter estado de férias, não deve ter sofrido interrupção. Assim sendo, com o mês de Outubro, não vais propriamente retomar toda a tua caminhada. Retomas os estudos, mas continuas tudo o resto. Como préseminarista, por exemplo, não se trata de retomar, mas de continuar em frente com entusiasmo cada vez maior. E, se, para alguma coisa serviram as férias, deve ter sido exactamente para renovar esse entusiasmo, de modo a poderes enfrentar o novo ano lectivo perfeitamente consciente daquilo que Jesus – e não só Ele – espera de ti. Como préseminarista que é estudante, voltaste ou deverias ter voltado à tua escola e aos teus estudos de uma forma mais madura e responsável. O ano passado foi o que foi. Para alguns até foi bastante bom. Para outros, nem por isso. Este ano tem de ser melhor. Cresceste mais um bocadito, deves também ter amadurecido um pouco mais. Encara as coisas com mais empenho e seriedade. Mostra que cresceste. As coisas importantes da vida não podem ser levadas na brincadeira. Os estudos, por exemplo, merecem a tua aplicação responsável desde o início do ano. Repito: “desde o início”. Por isso, não vais cair no erro de alguns estudantes – erro que talvez tu próprio já cometeste – de estudar só na véspera dos testes ou de deixar tudo para o fim do período ou do ano. Lembrate bem disto: tens de dar o teu melhor, logo desde o princípio. Aliás, deves dar sempre o teu melhor, em tudo o que diz respeito à tua vida. E não caias, nem agora nem nunca, no erro de te limitares ao mínimo dos mínimos. Além disso, não esqueças o que deves saber a respeito do desânimo. Pe. Fernando Ribeiro, SCJ E E E m Fr m Fr m Fr e e e n n n t t t e e e Publ. Mensal nº 192 Outubro de 2009 Preço 0,25€ (IVA incl.) Contacto com os Pré Contacto com os Pré seminaristas Dehonianos seminaristas Dehonianos

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Page 1: em frente 09-10 · porque voltaste à tua vida normal, à tua escola, aos teus amigos. Ale‐ gra‐te também, porque, com energias renovadas, podes retomar a tua caminhada como

Em Frente (Contacto com os Pré‐seminaristas Dehonianos) Publicação Mensal ‐ Ano IX ‐ nº 192 ‐ Outubro de 2009 

Proprietário, Director e Editor: Pe. Fernando Ribeiro, SCJ Redacção e Administração: Caminho do Monte, 9 | Ap. 430 | 9001‐905 ‐ FUNCHAL 

Telf.: 291 22 10 23 | Web site: emfrente.wordpress.com | Email: [email protected]  Impresso nos Serviços Privativos do Colégio Missionário Sagrado Coração ‐ FUNCHAL 

Depósito Legal nº 120 306 

Pronto. O Verão passou. As férias chegaram ao fim. O novo ano lecti‐vo já está em andamento. Estamos de novo cada um no nosso trabalho. E, em princípio, devíamos estar todos empenhados em desempenhar as nossas  tarefas com muito sentido de responsabilidade. O  teu trabalho, aquele que se  refere à tua actual profissão, é estudar, com tudo o que isso significa. 

Das tuas tarefas fazem parte também aquelas que se prendem com a tua especial situação de pré‐seminarista, para a qual não deve ter havido férias. Pelo menos era  isso que se esperava de ti e foi  isso que te reco‐mendámos. 

Tens aqui a “CONVOCATÓTIA” para o nosso segundo “encontro for‐mativo” do novo ano  lectivo”. É no fim‐de‐semana a seguir ao Dia Mun‐dial das Missões. Este Dia das Missões é muito festejado no Colégio Mis‐sionário.  Vêm  imensas  pessoas  que  passam  cá  o  dia,  participando  na Eucaristia e, depois do almoço, numa tarde muito animada e divertida. 

A  esta  festa  tão  significativa  para  nós  do  Colégio Missionário  era bom  que  viessem  alguns  pré‐seminaristas  (pelo menos  os  que  são  de mais perto) e suas famílias. Já o ano passado fizemos este convite. Veio quem quis. Vamos a ver se este ano aparece mais alguém. Mas o impor‐tante  é não  faltar  ao  ‘encontro  formativo’.  E  trazer o RRR bem  feito. Para evitar confusões, dizemos  já a  seguir qual é o  trabalho que deves apresentar. 

No mês passado apresentaste dois trabalhos, não é verdade? Quem eventualmente não tenha vindo ao ‘encontro’ de Setembro ou não tenha apresentado o trabalho completo, desta vez tem de o apresentar, junta‐mente com o novo. Este último terá o título de ‘RRR de Outubro’ e será constituído pelas respostas às perguntas que vão aqui na página anterior, relendo, para isso, os textos do ‘Em Frente’ de Setembro. 

DATA: 23 e 24 de Outubro.     

CHEGADA: no sábado, entre as 9.00 e as 10.30 horas. 

REGRESSO A CASA: no domingo, logo após o almoço, de preferên‐cia antes das 14.00 horas.  

TRAZER: As coisas do costume, sem esquecer aquilo que deve ser entregue à chegada, a saber: Cartão de pré‐seminarista, Folhi‐nha da Fidelidade e o RRR de Outubro.  

Caro PRÉ‐SEMINARISTA! 

O novo ano  lectivo  já está em andamento. As férias pertencem ao passado. Não  fiques  triste,  por  causa  disso.  Pelo  contrário,  alegra‐te, porque voltaste à  tua vida normal, à  tua escola, aos  teus amigos. Ale‐gra‐te também, porque, com energias renovadas, podes retomar a tua caminhada como estudante, na preparação do teu futuro. 

Mas acontece, bem sabes, que não és só estudante. És muito mais do que isso. E o muito mais que tu és não deve ter estado de férias, não deve ter sofrido interrupção. Assim sendo, com o mês de Outubro, não vais propriamente retomar toda a tua caminhada. Retomas os estudos, mas continuas tudo o resto. 

Como pré‐seminarista, por exemplo, não se trata de retomar, mas de  continuar  em  frente  com  entusiasmo  cada  vez maior.  E,  se,  para alguma coisa serviram as férias, deve ter sido exactamente para renovar esse entusiasmo, de modo a poderes enfrentar o novo ano lectivo per‐feitamente consciente daquilo que Jesus – e não só Ele – espera de ti. 

Como  pré‐seminarista  que  é  estudante,  voltaste  ou  deverias  ter voltado à tua escola e aos teus estudos de uma forma mais madura e responsável. O ano passado foi o que foi. Para alguns até foi bastante bom. Para outros, nem por isso. Este ano tem de ser melhor. Cresceste mais  um  bocadito,  deves  também  ter  amadurecido  um  pouco mais. Encara as coisas com mais empenho e seriedade. Mostra que cresceste. 

As coisas importantes da vida não podem ser levadas na brincadei‐ra. Os estudos, por exemplo, merecem a tua aplicação responsável des‐de o  início do ano. Repito: “desde o  início”. Por  isso, não vais cair no erro de alguns estudantes – erro que talvez tu próprio  já cometeste – de estudar  só na véspera dos  testes ou de deixar  tudo para o  fim do período ou do ano. 

Lembra‐te bem disto: tens de dar o teu melhor, logo desde o princí‐pio. Aliás, deves dar sempre o teu melhor, em tudo o que diz respeito à tua vida. E não caias, nem agora nem nunca, no erro de te  limitares ao mínimo  dos mínimos. Além  disso,  não  esqueças o que  deves  saber  a respeito do desânimo.  

Pe. Fernando Ribeiro, SCJ 

EEEm Frm Frm Freeennnttteee Publ. Mensal ‐ nº 192 ‐ Outubro de 2009 ‐ Preço 0,25€ (IVA incl.) 

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Para ti, A PALAVRA DO PADRE DEHON 

Obra  de  amor,  a  Eucaristia  pertence  ao  Coração  de  Jesus  e  reclama‐o como seu princípio e seu lugar de origem. S. João ensinou‐o ao mundo, indo fazer a sua acção de graças pelo dom  inefável que acabava de  receber na própria fonte donde sabia que ele provinha – o Coração de Jesus. 

 COMENTÁRIO: 

"Mistério da fé!" – diz o sacerdote logo após a consagração, na qual se faz a Eucaris‐tia. Na verdade, a Eucaristia é um mistério de tal ordem, que só por fé pode ser aceite. Mas o sacerdote poderia igualmente dizer: “Eis o mistério do amor!”. 

É exactamente isso que o Padre Dehon afirma: que a Eucaristia é, de facto, um mis‐tério do amor que  Jesus  tem para com os homens e que, ao  instituí‐la, atingiu o seu extremo limite. Quer dizer que Jesus, apesar da sua omnipotência divina, não podia ter feito mais por amor dos homens: “amou‐os até ao fim”. Durante a última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, S. João encontrava‐se junto d’Ele, em posição de poder recli‐nar a cabeça  sobre o seu peito e sentir as palpitações do seu Coração. Percebeu assim que  era  exactamente naquele  Coração  cheio de  amor que  tinha origem  a  Eucaristia. Nascia do amor “até ao fim” do Coração de Jesus. 

OBRA DE

11 

[eler]  [eflectir] [esponder] 1.

2. 3.

4.

5. 6.

7. 8.

a) Que dificuldade tiveram alguns dos que foram admitidos ao Seminário? b) Que é que só fazes bem, se fizeres? c) Que caminhada está a fazer um pré‐seminarista? d) Que é, afinal, a ‘vocação’? e) Qual deve ser a atitude de um pré‐seminarista, se Jesus o chamar a ser uma pes‐soa consagrada? f) Que é que esperamos que este ano não aconteça? 

a) Que espécie de ‘corações’ pede Jesus, segundo o Pe. Dehon? b) Que é que quer dizer o Pe. Dehon com a palavra ‘corações’? 

a) Que é que se exige, no dizer do Papa, daqueles que são chamados? b) Que recorda o ‘Catecismo da Igreja Católica’? c) Que é que pressupõe sempre uma resposta positiva? 

a) Que é que nunca é demais recomendar‐te? b) Refere os dois provérbios que são citados no texto. c) Que acontece a quem não foge das más companhias? 

a) Que pediu Bento XVI a 02/08/2009 a milhares de acólitos? b) Que é a amizade com Jesus? 

a) Que palavras se juntaram no interior do futuro Pe. L. Merta? b) Que tentou ele fazer, a princípio? c) Que é que era muito difícil? d) Que escolhas tinha ele de fazer? e) Que significaria a primeira opção? 

a) Que significava para aquele jovem “amar por amor”? b) Como deve ser, segundo ele, o nosso amor? 

Perguntas sobre o “Directório” (página 22‐24) a) Que possibilidade dá o pré‐seminário? b) Que procura o pré‐seminário favorecer? c) Que ideal exaltante procura o pré‐seminário manter vivo? d) Que procura o pré‐seminário desenvolver? e) Quais são os sinais reveladores do chamamento de Deus? f) Para que consciência procura o pré‐seminário despertar? g) Que pode também garantir o pré‐seminário? h) Donde podem advir múltiplas dificuldades? 

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A paz de Cristo esteja convosco! Sou uma jovem de 18 anos que muito ama aqueles 

que se dispõem a seguir Jesus. Peço a todos que rezem por mim,  pela minha  vocação,  para  que  eu  responda prontamente a tudo o que o Mestre quiser de mim. Só quero fazer a sua vontade. Assim, sou muito, muito feliz. 

Aproveito para deixar um pequeno recado. Não  importa  a  tua  idade.  O  importante  é  seres 

aquilo  que  és.  Por  vezes  pensas  que  és mais  um  ser humano no meio de quatro biliões. Esqueces que Deus pensou em ti desde a eternidade, e que com profundo e infinito amor te chamou à vida. 

Deus sentiu que tu fazias falta no mundo. O mundo é  como que um  jardim, e  cada pessoa é uma  flor  com um  aroma  e uma  cor bem definidos.  Sem  ti, o mundo teria menos  razão  de  ser.  Para Deus  tu  tens  um  valor único. És peça muito importante para que o mundo fun‐cione. 

Por vezes não te dão a devida atenção, o teu esfor‐ço passa despercebido aos homens, mas Jesus está sem‐pre  a  olhar‐te  com  tanto  amor!  Tu  és  tão  importante para Deus, que Ele deu a sua vida por ti. E, se só existis‐ses tu na terra, Ele teria feito o mesmo.  Isto não é fan‐tástico? Dar a vida, a maior prova de amor. Jesus criou‐te para seres feliz, e tu só serás feliz, quando O conheceres e amares acima de tudo o resto. 

Para O  conheceres  tens  de O  escutar  através  da sua Palavra, e falar‐Lhe com uma oração simples e since‐ra. 

Fala com Ele como falas com um teu amigo. Só que há uma grande diferença: é que Ele é o teu maior amigo. 

Ana Luísa 

PARA LER E MEDITAR 

Jesus ama‐te! 

Quem pode considerar‐se digno de  ingressar no ministério sacer‐dotal? Quem pode abraçar a vida consagrada contando apenas com os seus recursos humanos? Mais uma vez convém reafirmar que a res‐posta da pessoa à vocação divina – sempre que se esteja consciente de que é Deus a tomar a iniciativa e é Ele também a levar a bom ter‐mo o seu projecto salvífico – não se reveste jamais do cálculo medro‐so do  servo preguiçoso, que por medo escondeu na  terra o  talento que lhe fora confiado (cf. Mt 25, 14‐30), mas exprime‐se numa pronta adesão ao convite do Senhor, como fez Pedro quando, apesar de ter trabalhado  toda  a  noite  sem  nada  apanhar,  não  hesitou  em  lançar novamente as redes confiando na palavra d’Ele (cf. Lc 5, 5). Sem abdi‐car de forma alguma da responsabilidade pessoal, a resposta livre do homem a Deus torna‐se assim «corresponsabilidade», responsabilida‐de em e com Cristo, em virtude da acção do seu Santo Espírito; faz‐se comunhão com Aquele que nos torna capazes de dar muito fruto (cf. Jo 15, 5). 

 COMENTÁRIO: 

Estas palavras  fazem parte da Mensagem do Papa para Dia Mundial das Vocações deste ano. No fundo, o Papa quer dizer que, na questão da vocação, a iniciativa é sem‐pre de Deus, à qual aquele que é chamado deve dar uma adesão (resposta) pronta e cheia de confiança. Confiança não nas nossas forças, mas na ajuda de Deus que nunca falha.  Assim  é  que  “a  resposta  livre  do  homem  a  Deus  se  torna  ‘corresponsa‐bilidade’ (responsabilidade em e com Cristo)”. E o Santo Padre recorda a atitude de S. Pedro que, depois de ter passado toda a noite na pesca sem apanhar nada, confia em Jesus  que  lhe manda  lançar  novamente  as  redes  e  acabou  por  fazer  uma  pescaria extraordinária.  

A PALAVRA DO PAPA, para ti 

PRONTA ADESÃO

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UMA HISTÓRIA DE CADA VEZ 

Um bom lavrador da Holanda, sen‐tindo‐se na agonia, chamou os  filhos. Quando os viu junto de si, disse‐lhes: 

‐ Meus  filhos, agora que vou mor‐rer, quero descobrir‐vos um  segredo. Muitas vezes vos queixastes de que as orações da noite eram demoradas. Ao acabar  o  terço,  rezávamos  sempre mais  um mistério  “por  uma  intenção particular”.  Quantas  vezes  me  per‐guntastes que  intenção era essa e eu nunca vos respondi! Vou dizê‐la agora. 

No dia do nosso casamento, a vos‐sa  mãe  e  eu  fizemos  na  igreja  uma promessa  muito  importante.  Prome‐temos  que  havíamos  de  rezar  todos os dias mais um mistério do terço para alcançar que ao menos um dos nossos filhos  fosse missionário. Agora morro contente, ao ver três dos meus filhos missionários. Alcancei o que pedia. 

Nunca vos quis dizer isto, para que vós escolhêsseis com toda a liberdade a vossa vocação. 

Pouco  depois  de  ter  proferido estas palavras, morreu piedosamente. 

 Isto  deu‐se  na  Holanda,  país  de 

muitos missionários. Mas também em Portugal não  faltam mães que  vivem este sublime  ideal: ter um filho sacer‐dote  ou missionário.  Há  alguns  anos 

atrás  uma  noiva  escreveu  esta  carta ao Reitor do Seminário de Évora: 

“Reverendo  Senhor.  Peço  que aceite a pequeníssima esmola que vai junta, que é de uma rapariga pobre e que  tem  uma  aspiração:  ter  um  filho Padre.  Por  isso  peço  as  orações  dos que vivem nessa casa e que eu tenha a imensa  alegria  de  ver  no meu  futuro lar desabrochar  ao menos uma  voca‐ção.  Todos  os  dias  dirijo  ao  Senhor preces  por  essa  intenção.  Se  quiser fazer  publicidade  desta  carta,  pode fazê‐lo, pois  talvez desperte no  cora‐ção de muitas raparigas o meu grande sonho: ter um filho Padre!”. 

Mesmo nos nossos dias, apesar de serem muitas  as  famílias  com  pouca ou  sem  nenhuma  fé,  nós  próprios somos  testemunhas  de  que  muitos sacerdotes e  freiras atribuem a graça da  sua  vocação  consagrada  às  ora‐ções dos seus pais.  

SEXTO MISTÉRIO

sabedoria

10 grãos de

1.  Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à verdadeira vida; e quão poucos são os que o encontram. (Jesus) 

2.  O amor coloca Deus no seu lugar e faz d’Ele verdadeiramente o Senhor, o centro e o ideal de tudo. (Padre Dehon) 

3.  Estamos na  terra para mostrar aos outros, através de nós, que Deus nos ama. (Alguém)  

4.  O que fazes com alegria resulta melhor. (A. Bonnafous)  

5.  Se puderdes, dai a vossa vida com alegria, sem medo, a Ele, que antes deu a sua vida por vós. (João Paulo II) 

6.  A maior parte dos sacerdotes e dos missionários deve a origem da sua vocação aos exemplos e lições do pai e da mãe. (Pio XII) 

7.  Visto que não podemos ver Cristo, não podemos exprimir‐Lhe o nosso amor; mas o nosso próximo vemo‐lo e devemos fazer por ele o que quereríamos fazer por Cristo, se fosse visível. Devemos estar  abertos  a Deus,  a  fim de que Ele possa  servir‐Se de nós. (Madre Teresa de Calcutá) 

8.  Começa a viver já e considera cada dia como uma vida. (Séneca) 

9.  Não temais. O Espírito Santo está convosco e nunca vos abando‐na. A quem confia em Deus nada é impossível. (Bento XVI) 

10. Ninguém calcula o bem que faz, quando faz tudo bem. (Alguém)  

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Dou‐Te  graças,  Senhor,  por me  teres  hoje  aqui,  considerado digno de confiança para o desempenho deste ministério. 

A Ti, Mãe Maria, por estar seguro de que foste Tu que me acom‐panhaste durante toda a minha vida e em especial nestes anos da minha formação missionária. 

Dou‐Te graças, Pai Deus, pela minha família, que, apesar de não estar neste momento  junto a mim,  reza e vive este momento em comunhão comigo. 

Dou‐Te graças pelos pais que me deste, porque foram eles que ao colocarem as bases da minha  fé me  levaram a que hoje esteja aqui a dar este passo que também é muito significativo para eles, já que,  ter dado a minha vida a Ti, Jesus, não  foi para me esquecer deles, mas para que a sua vida, um dia, também chegue a ser tua. 

Dou‐Te graças pela minha Santa Madre  Igreja que me acolheu como seu filho na pessoa do nosso Padre e Arcebispo Mons. Túlio Manuel Chirivella e à qual espero servir e com a qual quero colabo‐rar com todo o meu coração neste dom que por suas mãos me foi conferido.  E,  neste  contexto  de  Igreja,  quero  agradecer  a  todos vós que  representais  a  acção do Espírito  Santo, manifestada nos diferentes carismas. A todos os jovens aqui presentes que dão vida e esperança à Igreja e especialmente aos companheiros do seminá‐rio Divina Pastora que colaboraram nesta celebração Eucarística do meu diaconado. 

Pela minha querida Família Verbum Dei à qual estou mui‐to grato por  tudo o que sou e por  tudo o que  tenho; dela recebi  conhecer  Deus  de  forma  vivencial  através  da  sua Palavra, e dela  recebi compreensão, carinho, paciência em todas  as  ocasiões  em  que  partilhámos:  Alegrias,  Tristezas, Lutas e  Ilusões. Estou  consciente de que, por  trás de mim, há muitas pessoas a quem Deus me entregou, no decurso de toda esta história que Ele  iniciou há 12 anos e mesmo antes de me formar no ventre de minha mãe.  

Pai Deus, Jesus, Espírito Santo, quero terminar pedindo‐Vos que se faça realidade em mim este lema da minha ordenação diaconal: Quem iniciou esta boa obra em mim a leve a bom termo. Acom‐panha‐me, Maria, com o teu afectuoso amor de mãe para que a minha consagração à Palavra viva de Deus e pregação da mesma, seja propagação contínua da Vida de Deus por gerações. Ámen.  

Na Ordenacao diaconal de Jorge Luis Flores Cabenas

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DSJTUP!DPOUJOVB!

B!DIBNBS!Para  responder  ao  chamamento  de Deus  e  pôr‐se  a  caminho, 

não é necessário que sejamos já perfeitos. Sabemos que o reconheci‐mento do próprio pecado  fez com que o  filho pródigo  retornasse e experimentasse a alegria da reconciliação com o Pai. 

No mistério da Igreja, Corpo Místico de Cristo, o poder divino do amor muda o coração do homem, dando‐lhe a capacidade de comuni‐car o amor de Deus aos irmãos. 

Durante tantos séculos, muitos homens e mulheres, transforma‐dos pelo amor divino, consagraram a sua existência à causa do Reino. 

Maria, Mãe de Jesus, directamente associada, na sua peregrina‐ção  de  fé,  ao mistério  da  encarnação  e  da  redenção,  é  o modelo daqueles  que  são  chamados  a  testemunhar,  de modo  particular,  o amor de Deus.  

Relembrados  da  recomendação  de  Jesus:  “A messe  é  grande, mas poucos  são os operários! Orai para que o dono da messe mande operários à sua messe!”(Mt. 9:37), advertimos vivamente para a neces‐sidade de rezar pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada.  

Cristo, Sumo Sacerdote, na sua solicitude pela Igreja, chama, em cada geração, diversas pessoas para cuidar do seu povo. 

Cristo chama ao ministério sacerdotal homens que exerçam uma função paterna, cuja fonte reside na mesma paternidade de Deus (cfr Ef. 3:14). A missão do sacerdote na Igreja é insubstituível. 

Mesmo se, em certos lugares, há escassez de sacerdotes, não se deve ter menos certeza de que Cristo ainda continue a chamar homens, que como os Apóstolos, abandonan‐do todas as outras tarefas, se dediquem totalmente à celebração  dos  santos  mistérios,  à  pregação  do Evangelho e ao ministério pastoral. 

(Bento XVI)  

PÁGINA VOCACIONAL 

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TESTEMUNHO 

“Considero  a minha  vida  como  uma  história de Amor  em  que  o protagonista principal é Deus.” 

O meu nome é Jorge Luís Flores Cobeñas, nasci nas quentes ter‐ras  de  Sullana,  no  dia  29  de Novembro  de  1968,  no  seio  de  uma família  a quem quero muito  e da qual  fazem parte  sete  irmãos  e meus pais que graças a Deus estão vivos. 

Fiz os meus estudos primários e secundários em Piura; depois de cumprir o meu serviço militar durante dois anos, entrei na Universi‐dade Nacional de Piura no ano de 1989 na Faculdade de Contabilida‐de,  lugar onde conheci o Senhor (onde não me passaria pela cabe‐ça), e  comecei pela primeira vez na minha vida a  ter um  conheci‐mento  próximo  e  vivencial  de  diálogo  íntimo  e  afectivo  com  o Senhor. Este conhecimento  foi através do  testemunho das missio‐nárias Verbum Dei e através das Fraternidades, momentos de ora‐ção, convívios, retiros que nos ofereciam a nós estudantes. 

Encontrei‐me com o Senhor no ano de 1993 e, a partir daí, come‐çou uma revolução na minha vida, porque nesse encontro eu expe‐rimentei uma felicidade muito grande na minha vida, uma felicidade que nunca antes tinha sentido assim. 

Quanto à minha chamada e à minha saída do Peru para o México no dia  3 de Outubro de  1997  (dia de  S.  Francisco de Assis)  como missionário, nem eu sei explicar; como vêem  foram quatro  longos anos a lutar com o Senhor e só sei que eu era um rapaz que aspirava casar‐me e ter muitos filhos e sobretudo desejava triunfar na vida. Por  isso não considero que sigo o Senhor porque era um  falhado, nem porque não  tinha outra  solução, mas porque Ele me venceu, como disse na sua Palavra: “ Seduziste‐me, Senhor, e eu me deixei seduzir por Ti” (Jeremias, 7,20) 

HISToRIA DE

AMOR

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Considero que os 6 anos que estive no México, foram os melho‐res anos da minha formação missionária, só pelo simples facto de estar no País onde se ama a Virgem Maria (A Lupita como dizem os mexicanos), ela que quis ficar como padroeira do México e sobre‐tudo da América. Não  sabem o amor que aprendi a  ter à Virgem Maria. No meio das festas e nas nossas capelas e Igrejas não falta‐va a imagem da nossa Mãe, “la morenita”, a sempre Virgem Maria.  

No México  tive  a  oportunidade  de  fazer  os  meus  primeiros Votos temporários no dia 28 de Agosto de 1999 (dia de São Santo Agostinho, o pecador perdoado); os meus segundos votos tempo‐rários, fi‐los no dia 14 de Julho de 2002 (dia dos anos do meu Pai); no dia 6 de Agosto do ano 2003 (dia da transfiguração do Senhor), recebi o Acolitado e Leitorado. Nesse mesmo ano, para terminar os meus estudos, viajei para Espanha  (Loeches‐Madrid) e, neste últi‐mo ano, estando nas quentes  terras Peruanas,  fiz os meus votos perpétuos no auditório da UNP (onde estudei) no sábado, dia 3 de Setembro (dia de S. Gregório Magno, um grande Pastor da Igreja) 

Deus deu‐me a graça, este Domingo 12 de Fevereiro, de poder realizar  a minha  ordenação  diaconal  nestas  terras  venezuelanas, mais especificamente em Barquisimeto, Cidade onde estou a reali‐zar  a missão  que  Cristo me  confiou,  na  companhia  de  outros  2 sacerdotes: Domingo Garcia e Gilmer Valderrama. 

Por  último  quero  terminar  dando  graças  a  Deus  e  dizer‐lhe: Como te pagarei por todo o bem que me fizeste e por isso hoje lhe digo que se voltasse a nascer e Deus me perguntasse: “Filho, que gostarias de ser...?” eu responder‐lhe‐ia: Missionário para sempre. 

Ser Missionário é o melhor que me poderia  ter acontecido na vida, mas não só pela felicidade que experimento, mas pela alegria e felicidade que vi aparecer em tantos rostos sombrios, de tantas vidas que  não  tinham  sentido para  viver. Na  verdade,  fiquei  sur‐preendido de ver  tanta gente que  tinha  tudo e não era  feliz, por isso agora, no momento da minha ordenação diaconal, quero dizer‐‐lhes que esta proposta de ser seu diácono, que significa servidor, é para mim uma honra muito grande que me ultrapassa,  já que Ele me disse: “onde estou, aí quero este meu servidor” (João 12, 26). Por isso, por Amor a Jesus e por amor aos meus irmãos de todo o mundo, hoje novamente quero dizer a Deus com todo o meu cora‐ção como disse a Virgem: “Faça‐se”, e sempre com a confiança que diz o Lema da minha ordenação diaconal: “Ele que iniciou esta obra em mim, leva‐la‐á a fim feliz” (Filipenses 1, 6)  

Despede‐se o vosso irmão em Cristo: Jorge Flores