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Em Frente (Contacto com os Préseminaristas Dehonianos) Publicação Mensal Ano IX nº 189 Julho de 2009 Proprietário, Director e Editor: Pe. Fernando Ribeiro, SCJ Redacção e Administração: Caminho do Monte, 9 | Ap. 430 | 9001905 FUNCHAL Telf.: 291 22 10 23 | Web site: emfrente.wordpress.com | Email: [email protected] Impresso nos Serviços Privativos do Colégio Missionário Sagrado Coração FUNCHAL Depósito Legal nº 120 306 Como dizemos na primeira página, recordando o que já devias saber e consta da ‘folha verde’, vamos ter o nosso ‘encontro formativo’, ao qual tradicionalmente damos o nome de ‘Estágio de Admissão’. É, de facto, durante este ‘encontro’ que fazemos a admissão ao Colégio Missionário daqueles que têm vindo a prepararse e têm manifestado essa intenção. Intenção que deveria ser a de todos os préseminaristas. De facto, como temos explicado repetidas vezes e qualquer pessoa minimamente inteligente compreende, ser préseminarista é uma situação anterior a ser seminarista. Sendo assim, não faz sentido nenhum ser préseminarista sem essa intenção. No último ‘encontro’, em Maio, foi preciso dizer a um préseminarista para deixar de o ser, exactamente por não manifestar essa intenção. Além disso, é um ‘encontro’ um pouco mais longo do que os habituais. Vamos aproveitálo para nos conhecermos melhor e também para aprofundarmos aqueles conhecimentos que dizem respeito ao PréSeminário e ao tema fundamental da ‘vocação’. Vamos também dar uma atenção especial ao trabalho de casa e, por isso, aqui vai a recomendação para todos trazerem, além do RRR bem feito, também os últimos números do Em Frente, ou seja, os de Maio e Junho. O RRR a apresentar é o de Junho. Aproveitamos já para adiantar que no ‘Encontro de Verão’, em Agosto, será necessário trazer e apresentar dois trabalhos: o RRR de Julho e o RRR de Agosto. Isto requer, como sempre deveria acontecer, um cuidado muito grande para não perder o Em Frente, mas, ao contrário, coleccionálo e guardálo em lugar bem seguro, com as coisas do PréSeminário. Uma palavra também acerca do livro de ‘Leitura Espiritual’. Deve trazerse sempre, mesmo que não esteja acabado. Alguns têm sido um bocado descuidados neste aspecto. DATA: de 02 (quintafeira à tarde) e 05 (domingo) de Julho. CHEGADA: entre as 18.00 e as 21.00 h. da quintafeira. REGRESSO: no domingo, depois das 13.30 e, possivelmente, antes das 14.00 horas. Não te esqueças de trazer tudo o que é preciso, também roupa suficiente (sobretudo interior) para esses quase três dias, que podem ser de calor. Nota: Sendo o dia 2 um dia de semana, é natural que os pais só possam vir trazer os filhos mais tarde. Por isso, a chegada poderá ser até às 21 horas. Quem vier para jantar, terá de informar a tempo e chegar antes das 19.30. Caro PRÉSEMINARISTA! Não tendo havido nenhum ‘encontro formativo’ durante todo o mês de Junho, recebes este número do teu jornalzinho ainda antes de acabar o mês, sobretudo devido à ‘convocatória’ para o chamado ‘estágio de admissão’ que é logo no princípio de Julho. Pelo que te foi dito no último ‘encontro’, recordado no Em Frente do mês passado e, além de tudo, consta da ‘folha verde’, não tens razão nenhuma para não comparecer. Mas, a este respeito, lê bem tudo o que te é dito na última página, onde encontras a ‘Convocatória’. Quero pedirte que estejas bem consciente de que em Julho vives o teu primeiro mês inteiro de férias. A respeito deste tempo de descanso e de lazer já te foram feitas recomendações. No entanto, precisas de as recordar e pôr em prática. O ‘Em Frente’ te uma ajuda nesse sentido. Assim a saibas aproveitar. E saberás aproveitar como deve ser, se ao longo de todo o mês tiveres o cuidado de ler, e até de reler estas páginas, com atenção e interesse, mostrando assim a tua boa vontade e o teu sentido de responsabilidade. Assim, poderás melhor cultivar e manter bem viva a consciência daquilo que és. E é isso que, mês após mês, estas páginas pretendem. Todos os meses, mas muito especialmente nestes meses de maior descontracção, elas querem despertar e manter bem viva a tua consciência de préseminarista com tudo o que isso significa. Já pensaste na desgraça que seria esqueceres a tua “especial situação” e passares este tempo de Verão como um rapaz qualquer? Pelo amor de Deus! Em qualquer circunstância, no descanso e no divertimento, em casa e fora de casa, és sempre um rapaz com compromissos próprios, entre os quais se destaca o de “viver em atitude permanente de discernimento vocacional”. Desse compromisso derivam, como sabes, todos os outros. Por seres préseminarista, deves ser um “rapaz diferente” nas tuas atitudes e nos teus comportamentos, cumpridor fiel das tuas obrigações sem falhas nem falsas desculpas. Pe. Fernando Ribeiro, SCJ E E E m Fr m Fr m Fr e e e n n n t t t e e e Publ. Mensal nº 189 Julho de 2009 Preço 0,25€ (IVA incl.) Contacto com os Pré Contacto com os Pré seminaristas Dehonianos seminaristas Dehonianos

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Page 1: em frente 07-09 · 2009-07-01 · Sendo assim, não faz sentido nenhum ser pré‐seminarista sem essa intenção. No último ‘encontro’, em Maio, foi preciso dizer a um pré‐seminarista

Em Frente (Contacto com os Pré‐seminaristas Dehonianos) Publicação Mensal ‐ Ano IX ‐ nº 189 ‐ Julho de 2009 

Proprietário, Director e Editor: Pe. Fernando Ribeiro, SCJ Redacção e Administração: Caminho do Monte, 9 | Ap. 430 | 9001‐905 ‐ FUNCHAL 

Telf.: 291 22 10 23 | Web site: emfrente.wordpress.com | Email: [email protected]  Impresso nos Serviços Privativos do Colégio Missionário Sagrado Coração ‐ FUNCHAL 

Depósito Legal nº 120 306 

Como dizemos na primeira página, recordando o que  já devias saber e consta da  ‘folha verde’, vamos ter o nosso  ‘encontro  formativo’, ao qual tradicionalmente  damos  o  nome  de  ‘Estágio  de Admissão’.  É,  de  facto, durante este  ‘encontro’ que  fazemos a admissão ao Colégio Missionário daqueles que têm vindo a preparar‐se e têm manifestado essa intenção. 

Intenção que deveria ser a de todos os pré‐seminaristas. De facto, como temos explicado  repetidas  vezes e qualquer pessoa minimamente  inteli‐gente  compreende,  ser  pré‐seminarista  é  uma  situação  anterior  a  ser seminarista.  Sendo  assim,  não  faz  sentido  nenhum  ser  pré‐seminarista sem essa  intenção. No último  ‘encontro’, em Maio, foi preciso dizer a um pré‐seminarista para deixar de o ser, exactamente por não manifestar essa intenção. 

Além disso, é um ‘encontro’ um pouco mais longo do que os habituais. Vamos aproveitá‐lo para nos  conhecermos melhor e  também para apro‐fundarmos aqueles conhecimentos que dizem respeito ao Pré‐Seminário e ao tema fundamental da ‘vocação’. Vamos também dar uma atenção espe‐cial ao  trabalho de casa e, por  isso, aqui vai a  recomendação para  todos trazerem,  além  do RRR bem  feito,  também os  últimos  números  do  Em Frente, ou seja, os de Maio e Junho. O RRR a apresentar é o de Junho. 

Aproveitamos já para adiantar que no ‘Encontro de Verão’, em Agosto, será necessário trazer e apresentar dois trabalhos: o RRR de Julho e o RRR de Agosto. Isto requer, como sempre deveria acontecer, um cuidado mui‐to grande para não perder o Em Frente, mas, ao contrário, coleccioná‐lo e guardá‐lo em lugar bem seguro, com as coisas do Pré‐Seminário. 

Uma palavra também acerca do livro de ‘Leitura Espiritual’. Deve trazer‐‐se sempre, mesmo que não esteja acabado. Alguns têm sido um bocado descuidados neste aspecto. 

‐ DATA: de 02 (quinta‐feira à tarde) e 05 (domingo) de Julho. ‐ CHEGADA: entre as 18.00 e as 21.00 h. da quinta‐feira. ‐ REGRESSO: no domingo, depois das 13.30 e, possivelmente, antes 

das 14.00 horas. Não  te esqueças de  trazer  tudo o que é preciso,  também  roupa  sufi‐

ciente (sobretudo interior) para esses quase três dias, que podem ser de calor. 

Nota: Sendo o dia 2 um dia de semana, é natural que os pais só possam vir  trazer os  filhos mais  tarde.  Por  isso,  a  chegada poderá  ser  até  às  21 horas. Quem vier para jantar, terá de informar a tempo e chegar antes das 19.30.  

  

Caro PRÉ‐SEMINARISTA! Não tendo havido nenhum ‘encontro formativo’ durante todo 

o mês de  Junho,  recebes este número do  teu  jornalzinho ainda antes de acabar o mês, sobretudo devido à ‘convocatória’ para o chamado ‘estágio de admissão’ que é  logo no princípio de Julho. Pelo que te foi dito no último ‘encontro’, recordado no Em Frente do mês passado e, além de tudo, consta da ‘folha verde’, não tens razão  nenhuma  para  não  comparecer. Mas,  a  este  respeito,  lê bem  tudo  o  que  te  é  dito  na  última  página,  onde  encontras  a ‘Convocatória’. 

Quero pedir‐te que estejas bem  consciente de que em  Julho vives o teu primeiro mês inteiro de férias. A respeito deste tem‐po de descanso e de  lazer  já te foram feitas recomendações. No entanto, precisas de as recordar e pôr em prática. O  ‘Em Frente’ dá‐te uma ajuda nesse sentido. Assim a saibas aproveitar. E sabe‐rás aproveitar como deve ser, se ao longo de todo o mês tiveres o cuidado de ler, e até de reler estas páginas, com atenção e inte‐resse, mostrando assim a tua boa vontade e o teu sentido de res‐ponsabilidade.  

Assim, poderás melhor cultivar e manter bem viva a consciên‐cia daquilo que és. E é isso que, mês após mês, estas páginas pre‐tendem. Todos os meses, mas muito especialmente nestes meses de maior  descontracção,  elas  querem  despertar  e manter  bem viva  a  tua  consciência  de  pré‐seminarista  com  tudo  o  que  isso significa. 

Já pensaste na desgraça que seria esqueceres a tua “especial situação” e passares este tempo de Verão como um  rapaz qual‐quer? Pelo amor de Deus! Em qualquer circunstância, no descanso e no divertimento, em casa e  fora de casa, és sempre um  rapaz com  compromissos  próprios,  entre  os  quais  se  destaca  o  de “viver em atitude permanente de discernimento vocacional”. 

Desse  compromisso  derivam,  como  sabes,  todos  os  outros. Por  seres  pré‐seminarista,  deves  ser  um  “rapaz  diferente”  nas tuas atitudes e nos teus comportamentos, cumpridor fiel das tuas obrigações sem falhas nem falsas desculpas. 

Pe. Fernando Ribeiro, SCJ 

EEEm Frm Frm Freeennnttteee Publ. Mensal ‐ nº 189 ‐ Julho de 2009 ‐ Preço 0,25€ (IVA incl.) 

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Para ti, A PALAVRA DO PADRE DEHON 

S. Tarcísio era acólito. Conhecemos a história deste jovem santo. Foi‐‐lhe confiada a Eucaristia. Mas sabe que não é só para ele. Tem de levá‐la aos  prisioneiros.  Atravessa  a  cidade  rezando,  adorando  o  seu  Jesus. Sabe que está exposto a perigos, à distracção e à perseguição. A distrac‐ção evita‐a tanto quanto possível. Evita o “forum”; escolhe as ruas mais discretas, menos frequentadas. Adora. 

É assim que eu procedo? Levo sempre Jesus que está no meu coração pela sua vida mística. Levo‐o para mim e também para os outros a quem devo edificar? Tenho gosto pelo  silêncio,  a  calma, o  recolhimento e o desapego, que  são  condições para bem  levar  Jesus e para  ser  fiel aos actos da vida interior? 

 COMENTÁRIO: 

Encontras nestas páginas a breve história de S. Tarcísio. Recordando‐a, o Pe. Dehon convida‐nos a reflectir. Para isso, formula algumas perguntas. Pergunta, por  exemplo,  se  também  nós  sabemos  levar  Jesus  aos  outros.  Sim,  porque Jesus não é só para nós. Ele é para todos. E quem O possui pela fé, quem O tem no  seu  coração deve  levá‐l’O  aos  seus  irmãos.  Concretamente, deve  levá‐l’O, edificando‐os. Edificar significa dar bom exemplo. Somos edificantes, quando os nossos comportamentos e atitudes são exemplares. É isso que se espera do todo o bom pré‐seminarista: que edificando os outros lhes leve Jesus. 

LEVAR JESUS

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[eler]  [eflectir] [esponder] 1. a) Por que razão Junho é o mês do Coração de Jesus? 

b) Que foi o “Ano Jubilar Paulino”? c) Por que considerou S. Paulo todas as coisas como lixo? 

a) Quem é a cabeça do “Corpo místico” de Jesus? E quem são os seus mem‐bros? 

b) Que é que podemos acrescentar ao que já sabíamos a respeito de Jesus? c) Que simbolizam a “cabeça” e o “coração”? d) Por que é que Jesus é o nosso coração? e) E por que é que é mais “nosso coração do que nossa cabeça”? 

a) Que é que o Papa diz que é “um dom divino”? b) Onde se insere esse dom? c) Que é que sobressai dentro da vocação universal à santidade? d) Para que chamou o “divino Mestre” (que é Jesus) os Apósto‐

los? e) Por que é que devemos dar graças ao Senhor? 

a) Que é que deve ter todo o verdadeiro amigo de Jesus? b) Que continha a terceira lista? 

As vocações sacerdotais e religiosas são sinal de quê? 

a) Porque queria o futuro bispo sair do Seminário? b) E porque é que ele achava que não tinha vocação? c) E que achas que significa a expressão “ouvir o Espírito Santo”? 

Transcreve a frase de S. Paulo que achas mais significativa? 

Qual é uma das mais belas características da Religião Católica”? 

Perguntas sobre o “Directório” (páginas 18‐19) a) Pode um pré‐seminarista dizer “Eu ando no Pré‐Seminário”? Porquê? b) Como deveria, então, dizer? c) Na definição de ‘pré‐seminário’ entram cinco elementos. Refere‐os um por 

um. d) Por que é que a definição de ‘pré‐seminário’ é relativamente longa? e) É completamente diferente a situação do ‘pré‐seminarista’ e a do 

‘seminarista’? Porquê?

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Senhor, fazei de nós um arco‐íris,  um sinal visível de paz e de perdão.  Um corajoso arco‐íris que una o passado e o futuro,  o antigo e o novo. Um sinal do céu que Vós mesmo colocastes ao longe. Um sinal da promessa que nunca engana. O arco‐íris será para todos um sinal de esperança.  Um sinal do vosso amor pela criação,  da promessa do vosso Espírito que renova o universo. Fazei que Vos sigamos com sadia inquietude. Tornai‐nos inquietos, quando nos sentimos satisfeitos e seguros de nós próprios; quando, em vez de caminhar, pensarmos ter cortado a meta. Tornai‐nos inquietos, quando nós, além de nos satisfazermos com as coisas que possuímos, perdemos a sede da vossa presença e da paz na justiça. Não permitais que, em vista do futuro,  nos domine a indiferença nem a cegueira de cada dia, nem o zelo alucinado, nem a agitação. Dai‐nos a paz, fruto da união conVosco, o tacto, a amizade, a cortesia e a amabilidade para com todos os seres vivos e todas as criaturas inanimadas. Senhor, mantende‐nos vigilantes,  para que sejamos ousados e mutuamente solidários, atentos à vossa Palavra, sensíveis aos gritos dos pobres, abertos às gerações jovens. Concedei‐nos que Vos sigamos com total fidelidade. Sim, fazei de nós um arco‐íris, um sinal de esperança apara o Mun‐do Novo. 

PARA LER E MEDITAR 

Dêmos graças  ao Senhor, que  continua hoje  também  a  convocar trabalhadores  para  a  sua  vinha.  Se  é  verdade  que,  em  algumas regiões,  se  regista  uma  preocupante  carência  de  presbíteros  e  que não faltam dificuldades e obstáculos no caminho da  Igreja, sustenta‐    ‐nos a certeza inabalável de que esta é guiada firmemente nas sendas do tempo rumo à realização definitiva do Reino por Ele, o Senhor, que livremente escolhe e convida a segui‐l'O pessoas de qualquer cultura e idade, segundo os insondáveis desígnios do seu amor misericordioso. 

Por conseguinte o nosso primeiro dever é manter viva, através de uma oração incessante, esta invocação da iniciativa divina nas famílias e nas paróquias, nos movimentos e nas associações empenhados no apostolado, nas comunidades religiosas e em todas as articulações da vida diocesana. Devemos rezar para que todo o povo cristão cresça na confiança em Deus, sabendo que o «Senhor da messe» não cessa de pedir  a  alguns  que  livremente  disponibilizem  a  sua  existência  para colaborar mais intimamente com Ele na obra da salvação. 

(Da Mensagem de 2009) 

A PALAVRA DO PAPA, para ti 

DEVEMOS REZAR

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UMA HISTÓRIA DE CADA VEZ 

Precisava de sentir-se útil O Manuel nascera saudável e robusto 

e  assim  se  desenvolveu  no  seio  de  uma família cristã. 

Desde  muito  novo  demonstrou  um temperamento  alegre  e  bondoso.  Afei‐çoava‐se  facilmente  aos  companheiros mais  fracos e ai de quem  se atrevesse a incomodá‐los. O Manuel lá estava sempre presente  e  pronto  a  defendê‐los.  Estes, por sua vez, retribuíam‐lhe com uma ami‐zade  sincera.  E  era  vê‐los  torcer  pela equipa em que o Manuel  jogava a ponta de lança. 

Outro aspecto do seu  temperamento que aos poucos se foi manifestando era o gosto pela aventura. Estas características levaram‐no  a  procurar  uma maneira  de viver, uma “vocação”, diríamos nós, que a princípio não era clara. 

Quando os pais  lhe perguntavam que curso  queria  seguir,  ele  encolhia  os ombros. O pai, que era professor univer‐sitário, gostaria de vê‐lo seguir e mesma carreira. Mas não pressionava. 

Entretanto,  o Manuel  ia  crescendo  e estudando.  Não  quer  dizer  que  não  se preocupasse  com  o  seu  futuro.  Queria, de  facto,  descobrir  a  sua  vocação. Mas não via com clareza o modo de realizar a sua ânsia de aventura, a sua necessidade de  emoções  fortes  e  de  entrega  aos outros. 

Pedia a Deus que o  iluminasse, sobre‐tudo  ao  ver  aproximar‐se  o  tempo  de tomar  uma  decisão.  E,  depois  de muito pensar, acabou por decidir‐se pelo curso de engenharia naval. 

Os  pais  não  contavam  com  tal  deci‐são, mas  souberam  compreender  e  res‐peitar.  Sofreram  principalmente  quando viram chegar a altura de o filho, já tenen‐te da Marinha, começar as suas andanças permanentes pelos mares. 

    O Manuel também sofria, porque não 

se  sentia  plenamente  feliz  e  realizado. Aventuras não  lhe  faltavam na  vida que tinha. Mas e o resto? Precisava de sentir‐  ‐se útil, de  fazer  algo pelos outros. Mas como? 

Como bom cristão, continuava a rezar e a pedir  luz. Até que um dia teve a  res‐posta.  Era  exactamente  o  Dia  Mundial das Missões. Na Missa, ouviu o sacerdote dizer: 

‐ jovens generosos, fortes e corajosos, neste dia dedicado  às Missões,  recordo‐   ‐vos a maior aventura em que podeis rea‐lizar‐vos como homens e como cristãos: a de  vos  entregardes  para  ir  levar  a  Boa Nova a quem não a conhece ainda; a de ir falar de Jesus e do seu amor a quem nun‐ca ouviu falar d’Ele. 

E, como era Missionário, falou da sua Congregação  e  dos  Seminários  que  pre‐param  os  jovens  para  a  mais  bela  das aventuras. 

O  engenheiro  Manuel  saiu  da  igreja alegre,  esclarecido  e  decidido.  Iria  con‐tactar o  Seminário das Missões.  Lá  teria tempo  para  reflectir  e  verificar  se  era mesmo essa a sua vocação. 

Assim  fez. E em boa hora o  fez, por‐que  a  vocação  missionária  cimentou‐se nele,  uma  vez  que  correspondia  como nenhuma outra à sua maneira de ser. Era jovem, forte, dinâmico, despido de ambi‐ção pessoa, desejoso de ajudar e comuni‐car aos outros a Mensagem Salvadora. 

Preparou‐se,  foi  ordenado  sacerdote e  partiu  depois  para  terra  de  Missão, onde encontrou finalmente uma alegria e uma felicidade nunca antes sentida.   9 

sabedoria

10 grãos de

1.  Dai e dar‐se‐vos‐á. Pois com a medida que empregardes vos será por sua vez medido a vós. (Jesus) 

2.  Temos de abandonar‐nos em  tudo a Nosso Senhor e viver  serenos nos braços da sua Providência, como crianças nos braços de sua mãe. (Padre Dehon) 

3.  O  impossível  retira‐se  à  medida  que  vamos  ao  seu  encontro.  (Saint‐Exupéry)  

4.  A única maneira de garantir a própria felicidade é não pensar senão na dos outros. (Raoul Follereau) 

5.  A  juventude  consegue  a  sua  verdadeira  riqueza,  quando  é  vivida,  de modo particular, como tempo de reflexão vocacional. (João Paulo II) 

6.  Os  santos  indicam‐nos  o  caminho  para  sermos  felizes  e mostram‐nos como se consegue ser pessoas verdadeiramente humanas. (Bento XVI) 

7.  Eu creio que os homens que vivem para os outros conseguirão, um dia, reconstruir o que os egoístas destruíram. (Luther King) 

8.  As grandes obras são levadas a efeito não pela força, mas pela perseve‐rança. (Johnson)  

9.  As vitórias de ontem são menos importantes do que os planos para ama‐nhã. (Home Almance) 

10. Dá‐se com a oração o que se dá com o corpo, quando repousa no silêncio pacífico de uma tarde de domingo depois do trabalho fatigante da sema‐na. A oração é a poesia da vida eterna. A oração é a característica mais específica do homem. (Tihamér Toth)

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adaptações. Era um estudo puxado com professores  exigentes  demais.  Mas  o Cleodon  conseguiu  superar.  Foi  aprova‐do.  

OS PRIMEIROS DIAS NO SEMINÁRIO:  No  começo,  o  Cleodon  estava  muito 

eufórico e feliz. Era, enfim, o que ele sem‐pre quisera.  Seis meses depois, foi transferido para 

a Cidade de Aparecida do Norte, onde, no Seminário Maior,  cursou  Filosofia.  Preci‐sava de fazer o vestibular, mas não tinha tido  tempo para  se preparar, pois o  seu curso  Colegial  exigiu muito  dele.  Fez  as provas.  Por  providência  de  Deus,  foi aprovado.  Tudo  estava  sob  controlo. O  reitor do 

seminário era da  sua Diocese, o que  lhe dava segurança. Aparecida  do  Norte  fica  a  20  km  de 

Lorena.  Todas  as  semanas  estava  em casa de seus pais, visitando‐os.  O  seu Director  Espiritual,  Pe.  Toninho, 

da Arquidiocese de Aparecida, era muito bom e ajudou‐o muito.  Nunca  se  arrependeu da  sua  condição 

de  vida,  enquanto  esteve  no  seminário. Era tudo o que queria.  

CRISES E MOMENTOS DIFÍCEIS As  crises  vocacionais  são  comuns  e 

quem não as tem não é uma pessoa nor‐mal.  Como  dizia  o meu  Director  Espiritual: 

"É normal passar pelas crises vocacionais; mas é muito  importante  superá‐las. Per‐manecer nelas é sinal de profundo dese‐quilíbrio emocional". A  única  maneira  de  superar  as  crises 

vocacionais  é  através  da  oração.  Sem dúvida  nenhuma,  não  pode  faltar  um bom Director Espiritual.  É bom lembrar, que há crises em todo o 

tipo  de  trabalho  e  em  todo  o  tipo  de vocação.  Por  exemplo,  um  homem  que se casou e depois se separou, passou por crise vocacional no casamento e não con‐

seguiu  superar.  Se  conseguisse,  estaria com a mesma esposa.  

PADRE,  APRESENTADOR.  OUTROS  OB‐JECTIVOS Quer fazer doutoramento em Sagradas 

Escrituras. Já tem o Mestrado.  Um  outro  trabalho  que  quer  fazer  é 

gravar  um  bom  CD  com  repercussão nacional. Já tem um contrato assinado e está  desenvolvendo  um  trabalho  nesta linha.  

FACTO MARCANTE E INESQUECÍVEL Quando  visitou  a  Terra  Santa,  numa 

reportagem que realizou para a TV SÉCU‐LO  21,  no momento  em  que  entrou  no Santo  Sepulcro.  Foi  muito  forte  o  que sentiu ali.  

SER PADRE Ser Padre é ser do povo. Dar ao povo o 

que  tanto procura: Deus. Procurar aque‐les de entre o povo que estão distantes de Deus.  Ser  Padre  para  ele  é  transcender  a 

sacristia e os limites da paróquia. É muito fácil  ser  padre  para  aqueles  que  vão  à Igreja.  Deus  precisa  de  Padres‐Pastores, que aceitem o desafio de buscar as ove‐lhas desgarradas: aqueles que foram bap‐tizados, mas só são católicos de nome.  

MENSAGEM  PARA  OS  QUE  QUEREM "SER PADRES" É  um  chamamento maravilhoso.  Você 

sentir‐se‐á sempre na presença de Deus. Pertinho d’Ele.  O mundo precisa de você como padre‐

pai. A Igreja precisa de você como padre‐administrador.  Deus  precisa  de  você como padre‐pastor.  

Não  importa que  tipo de padre  você vá  ser.  O  importante  é  que  seja  padre. Uma  vez padre,  a  sua  tendência natural para o trabalho pastoral vai desabrochar. 

 Pe. Cleodon Amaral de Lima  

PÁGINA VOCACIONAL 

Jesus,  o  Servo  e  o  Senhor,  é  também  aquele  que  chama.  Chama  a  ser como Ele, porque só no serviço, o ser humano descobre a dignidade pró‐pria e a dos outros. Ele chama a servir como Ele serviu: quando as  rela‐ções interpessoais são inspiradas no serviço recíproco, cria‐se um mundo novo, e neste desenvolve‐se uma autêntica cultura vocacional. Com esta mensagem queria, quase, emprestar a voz a Jesus, para propor a  tantos  jovens o  ideal do  serviço, e ajudá‐los a superar as  tentações do individualismo e a  ilusão de buscar, deste modo, a  felicidade. Apesar de certos  impulsos  contrários,  todavia presentes na mentalidade hodierna, existe no coração de muitos  jovens uma natural disposição para se abrir ao  outro,  especialmente  ao mais  necessitado.  Isto  torna‐os  generosos, capazes de empatia, dispostos a esquecer‐se de si mesmos para antepor o outro aos próprios interesses. Servir,  caros  jovens, é  vocação natural, porque o  ser  humano  é  natural‐mente servo, não sendo dono da própria vida e sendo, por sua vez, neces‐sitado de tantos serviços dos outros. Servir é manifestação de  liberdade face à invasão do próprio eu e de responsabilidade em relação ao outro; e servir  é  possível  a  todos,  através  de  gestos  aparentemente  pequenos, mas, de facto, grandes, se animados pelo amor sincero. O verdadeiro ser‐vo é humilde, consciente de ser "inútil" (cfr Lc 17,10), não procura provei‐tos egoístas, mas gasta‐se pelos outros, experimentando no dom de si a alegria da gratuidade. Espero, caros jovens, que saibais escutar a voz de Deus que vos chama ao serviço. É esta a estrada que abre para tantas formas de ministerialidade em favor da comunidade: do ministério ordenado aos outros ministérios instituídos e reconhecidos: a catequese, a animação litúrgica, a educação dos  jovens, as várias expressões da caridade (cfr Novo millennio  ineunte, 46). Recordei, na conclusão do Grande Jubileu, que esta é "a hora de uma nova ‘fantasia’ da caridade" (ibidem, 50). Compete a vós jovens, de modo particular,  fazer  com que  a  caridade  se exprima em  toda  a  sua  riqueza espiritual e apostólica.  João Paulo II  

SER- VIR

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TESTEMUNHO 

PCSB!EP!FTQjSJUP!TBOUP!

INFÂNCIA Nasceu em São Paulo (Brasil), aos qua‐

tro de Abril de 1966.  A família mudou‐se para Lorena –  Inte‐

rior de São Paulo – quando tinha 7 anos. Sua mãe tinha mais segurança em criar os filhos no Interior, do que na Capital, pois nela,  eram mais  presos.  O  Cleodon  é  o segundo de 6 filhos.  Começou a frequentar a Igreja Católica 

com  sua  avó  paterna. Na  altura  tinha  8 anos. A sua base vocacional nasce aí.  

ADOLESCÊNCIA Foi acólito durante alguns anos da ado‐

lescência. Fez a Primeira Comunhão e foi crismado na Paróquia de Santo António, em Lorena, onde começou a servir, entre outros lugares, como acólito. Frequentou muito  os  oratórios  salesianos,  onde conheceu os ensinamentos de Dom Bos‐co  e  teve  contacto  com o  seu  "Método Preventivo". Quando tinha os seus 12 anos, Cleodon 

tinha um desvio de personalidade chama‐do  "cleptomania". Menino  extremamen‐te  carente,  começou  a  roubar  para "chamar  a  atenção"  e  "sentir‐se  impor‐tante". Sofreu muito por não entender o momento  que  estava  a  atravessar.  A família também. 

IGREJA EVANGÉLICA Aos  14  anos,  começou  a  frequentar 

uma  Igreja  Evangélica:  Assembleia  de Deus. Conheceu o filho do pastor e torna‐ram‐se amigos.  A sua  ligação com Deus era muito  for‐

te.  Foi  exactamente  isto  que  o  levou  a continuar a procurar a Face de Deus. Era difícil permanecer na Igreja Católica 

por causa da vigilância cerrada, que mui‐tos mantinham  sobre ele, devido à clep‐tomania. Ninguém o  levou ao psicólogo. Ninguém  se  sentava  para  conversar  e orientar, na paciência.  Continuava sem entender o que se pas‐

sava com ele. O seu maior medo era ser um dia preso pelo próprio pai – que era polícia na altura.  Sentia‐se bem na  Igreja Evangélica. Lá, 

ninguém o vigiava. Claro! Ninguém sabia que  roubava. Para eles,  tinham  acabado de conquistar mais um  jovem que queria ser padre; que era acólito de padre.  Fique bem  claro: o Cleodon  foi para  a 

Igreja Evangélica, porque na Igreja Católi‐ca se sentia constrangido. Foi uma situa‐ção  que  ele  mesmo  criou.  Não  foi  por motivo de fé ou por convicções doutriná‐rias.  No entanto, enquanto evangélico,  tor‐

nou‐se  professor  de  Escola  Dominical; 

assistente pedagógico da Escola Domini‐cal; evangelista, teólogo. Além disso, can‐tava no coro, pregava em todas as situa‐ções  possíveis  e  já  apresentava  progra‐mas de rádio. O  chamamento  vocacional  ainda  era 

forte. Lá, como não podia ser padre, esta‐va‐se preparando para se tornar pastor.  

REGRESSO À IGREJA CATÓLICA Um  dia,  uma  amiga  sua  –  a  primeira 

professora de Escola Dominical que teve –  aproximou‐se  e  perguntou‐lhe  se conhecia o Pe. Jonas Abib.  O Cleodon  conhecia muitos padres de 

Lorena. Mas justamente esse, não.  Ela então pediu que, na primeira opor‐

tunidade que tivesse, ouvisse o padre. Ela mesma disse que o padre  tinha um pro‐grama de rádio todos os dias ao meio dia. Naquela  época  ainda  não  existia  a  TV Canção Nova.  Cleodon foi e ouviu o Pe. Jonas.  Uma mudança  começou  a  ocorrer  na 

sua vida. Foi obra do Espírito.  Sentiu um forte impulso para conhecer 

pessoalmente o padre.  Através  da  intercessão  de  Nossa 

Senhora e da unção do Espírito Santo, o Pe.  Jonas  conseguiu  fazer  com  que  a Palavra  de  Deus  penetrasse  no  coração daquele  jovem,  durante  a  conversa  que tiveram. Foi um momento de difícil decisão.  Alguns  meses  mais  tarde,  depois  de 

muito estudo e aprofundamento da Pala‐vra de Deus, Cleodon resolveu voltar para a Igreja Mãe – a Católica.  

NAMORO Toda  a  experiência  de  namoro  que  o 

Cleodon  teve  foi  enquanto  estava  na Igreja Evangélica. Como lá tudo era peca‐do, os seus namoros foram sempre muito comedidos.  Chegou  quase  a  ficar  noivo. Só  não  ficou,  porque  estava  na  adoles‐cência;  sentia‐se muito  imaturo para dar um passo tão grande. 

DESCOBERTA VOCACIONAL  Na verdade, o Cleodon já dizia que que‐

ria  ser  padre  quando  tinha  8  aninhos  e frequentava  a  Igreja  com  a mãe  de  seu pai.  Como  a  vocação  ainda  latejava  no seu  interior,  foi para a  Igreja Evangélica. Lá  continuava  seguindo  o  caminho  de Deus. Não se quis apartar da presença do Senhor.  Quando voltou para a Igreja Católica, o 

Cleodon  procurou  entrar  o  mais  cedo possível  no  seminário.  Achava  que  já tinha perdido tempo demais.  

DIFICULDADES NO SEMINÁRIO:  Claro!  Já no começo.  Poderia  ter  entrado  para  o  Seminário 

Salesiano. Mas o Cleodon não tinha von‐tade  de  viver  em  comunidade,  como  a Vida Religiosa. Apesar de um padre sale‐siano o ter ajudado muito a voltar para a Igreja Católica.  Na  Diocese  de  Lorena,  ele  teria  uma 

certa  dificuldade,  porque  era  muito conhecido  na  cidade.  Inclusive,  era conhecido como Pastor sem ainda o ser. Por  isto,  o  Bispo  de  Lorena  na  época, Dom João Hipólito de Morais, seu padri‐nho  de  Crisma,  sentiu‐se  reticente  em recebê‐lo. Queria  acompanhá‐lo  vocacio‐nalmente, antes de o enviar para o semi‐nário.  Isto  levaria um certo  tempo. Tem‐po que o  jovem Cleodon não queria per‐der.  Um padre da Diocese de Lorena estava‐

‐se a transferir, na época, para a Diocese de Bragança Paulista. Era amigo do Cleo‐don e apresentou‐o ao Bispo da sua futu‐ra Diocese,  que  o  recebeu,  com  todo  o carinho, imediatamente.  Entrou no Seminário Menor da Cidade 

de Bragança  Paulista,  onde  terminou  os estudos secundários.  O  Cleodon  veio  de  um  colégio  onde 

estudava Ciências Biológicas. Foi transfe‐rido para um Colégio comum de Bragan‐ça Paulista. Por  isso, foi obrigado a fazer