em crise, indústria prevê fechamento de mais de 610 mil...

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1 Boletim 834/2015 – Ano VII – 17/09/2015 Em crise, indústria prevê fechamento de mais de 610 mil vagas neste ano Em seis grandes setores, número de demissões vai mais que triplicar em relação ao ano passado, que já foi considerado ruim; para presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o governo continua sem atacar os ‘problemas reais’ ANDRÉ BORGES - O ESTADO DE S. PAULO BRASÍLIA - Em meio a uma crise classificada como uma das piores da história, seis grandes setores da indústria nacional preveem que mais de 610 mil vagas de emprego serão fechadas neste ano. O número é puxado pelos trabalhadores da construção civil, segmento que deve eliminar 500 mil postos de trabalho. No ano passado, esses seis setores – construção, máquinas, siderurgia, automóveis, química e eletroeletrônicos – demitiram 200 mil pessoas. O setor de máquinas, que depende fundamentalmente das obras da construção civil, já acusou o golpe. Mais de 25 mil vagas foram fechadas no 1.º semestre e outros 25 mil cortes estão a caminho até dezembro, carimbando 2015 como o pior ano na história para as empresas do segmento. Sem obras ou máquinas, não há o que fazer na siderurgia, que já adiou US$ 2,1 bilhões em investimentos neste ano e desativou 20 unidades produtivas País afora. O resultado foi a demissão de 11,2 mil funcionários, 10% de toda a força de trabalho do setor. Outros 4 mil postos de emprego devem ser fechados até o fim do ano. Com a paralisação da indústria e as demissões em massa, cresce a pressão sobre as vendas minguadas das montadoras, que já cortaram mais de 11 mil empregos até agosto e, para evitar novos cortes em massa, têm hoje 27 mil funcionários em férias coletivas ou em suspensão temporária do contrato, o chamado “lay off”. O consumidor, que tem adiado a troca do carro, também decidiu postergar a compra de bens mais acessíveis, como telefone celular e computador, que viram suas vendas caírem 17% e 20%, respectivamente, no 1.º semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014. A indústria de eletrônicos reagiu imediatamente. As demissões, que em 2014 atingiram 15 mil trabalhadores, reduzindo de 310 mil para 295 mil o número de empregados no setor, aceleraram o processo de deterioração neste ano. A cada mês, 3 mil pessoas que

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Boletim 834/2015 – Ano VII – 17/09/2015

Em crise, indústria prevê fechamento de mais de 610 mil vagas neste ano

Em seis grandes setores, número de demissões vai ma is que triplicar em relação ao ano passado, que já foi considerado ruim; para pres idente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o governo continua sem ata car os ‘problemas reais’

ANDRÉ BORGES - O ESTADO DE S. PAULO BRASÍLIA - Em meio a uma crise classificada como uma das piores da história, seis grandes setores da indústria nacional preveem que mais de 610 mil vagas de emprego serão fechadas neste ano. O número é puxado pelos trabalhadores da construção civil, segmento que deve eliminar 500 mil postos de trabalho. No ano passado, esses seis setores – construção, máquinas, siderurgia, automóveis, química e eletroeletrônicos – demitiram 200 mil pessoas.

O setor de máquinas, que depende fundamentalmente das obras da construção civil, já acusou o golpe. Mais de 25 mil vagas foram fechadas no 1.º semestre e outros 25 mil cortes estão a caminho até dezembro, carimbando 2015 como o pior ano na história para as empresas do segmento. Sem obras ou máquinas, não há o que fazer na siderurgia, que já adiou US$ 2,1 bilhões em investimentos neste ano e desativou 20 unidades produtivas País afora. O resultado foi a demissão de 11,2 mil funcionários, 10% de toda a força de trabalho do setor. Outros 4 mil postos de emprego devem ser fechados até o fim do ano.

Com a paralisação da indústria e as demissões em massa, cresce a pressão sobre as vendas minguadas das montadoras, que já cortaram mais de 11 mil empregos até agosto e, para evitar novos cortes em massa, têm hoje 27 mil funcionários em férias coletivas ou em suspensão temporária do contrato, o chamado “lay off”. O consumidor, que tem adiado a troca do carro, também decidiu postergar a compra de bens mais acessíveis, como telefone celular e computador, que viram suas vendas caírem 17% e 20%, respectivamente, no 1.º semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014.

A indústria de eletrônicos reagiu imediatamente. As demissões, que em 2014 atingiram 15 mil trabalhadores, reduzindo de 310 mil para 295 mil o número de empregados no setor, aceleraram o processo de deterioração neste ano. A cada mês, 3 mil pessoas que

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trabalham para a indústria eletroeletrônica perdem o emprego. Em 2015, serão mais de 30 mil demitidos. Problemas. “Começamos o ano com 3 milhões de empregados e fecharemos com 2,5 milhões. É realmente inacreditável o que estamos vivendo hoje, e o governo continua sem atacar os problemas reais, que são os gastos públicos”, diz disse José Carlos Martins, presidente Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).

Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), diz que, em termos de número de trabalhadores, as montadoras recuaram para 2010, com 134 mil funcionários. “Quanto à produção, retornamos ao nível de 2006. Hoje, nosso empenho está em buscar alternativas para evitar mais demissões.” Até mesmo setores menos expostos às oscilações do varejo, como a indústria química, têm sentido o peso da paralisação da economia. O segmento conseguiu fechar 2014 com os mesmos 400 mil funcionários com os quais começou, mas neste ano as coisas se complicaram. Entre janeiro e julho, cerca de 6 mil pessoas já foram demitidas. Os estragos na indústria e, consequentemente, no mercado de trabalho, estão refletidos nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Nos últimos 12 meses, a crise na economia já acabou com mais de 850 mil vagas no País, o pior desempenho da série desde a sua criação, em 1996. As previsões mais atuais indicam que o número poderá superar 1 milhão de cortes neste ano.

Perspectivas para a economia são ‘pouco animadoras’ , dizem analistas

Segundo presidente da Abimaq, algumas empresas só n ão estão mandando embora porque não podem pagar

ANDRÉ BORGES - O ESTADO DE S. PAULO BRASÍLIA - Há dez meses Willian Farias procura trabalho em Brasília, batendo na porta de empresas e de agências. “Estou atrás de qualquer coisa, mas está muito difícil. Trabalho desde os 15 anos de idade. Nunca fiquei tanto tempo sem conseguir emprego”, diz o rapaz de 26 anos, que já foi vigia, ajudante geral e porteiro. Da “Agência do Trabalhador”, ele saiu mais uma vez sem perspectiva de ter a carteira assinada. Ouviu que não tinha vaga para o seu perfil.

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Na década de 1950, foram seus avós que deixaram o Ceará em busca de trabalho no Cerrado. Trabalharam, na época, na construção da futura capital federal. “Hoje, estamos aqui, tentando sobreviver. Eles fazem a crise, e o povo é a vítima disso tudo”, diz o pai de Willian, Alberto de Araújo. As perspectivas econômicas sinalizam que o jovem pode demorar a arrumar um novo emprego. “Estamos vivendo hoje um círculo vicioso na economia. E o maior problema é que a retomada do emprego vai demorar”, diz Renato da Fonseca, gerente de pesquisa e competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Demitir as pessoas custa caro, contratar também, mas como não há perspectivas de mudança no curto prazo, muitas empresas optam por mandar embora parte de seus funcionários.” A avaliação é a mesma do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que nesta semana divulgou relatório sobre a conjuntura do trabalho no País. “De maneira geral, as perspectivas para o mercado de trabalho são pouco animadoras, dado que o prolongamento da crise atual tende a acentuar a deterioração das condições de emprego e renda. Adicionalmente, há o fato de que o mercado de trabalho reage de forma defasada às variações da atividade econômica”, declara o instituto.

Para Carlos Pastoriza, presidente Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as atuais tentativas do ajuste fiscal não apontam luz no fim do túnel. “Hoje estamos numa situação de calamidade. Está acontecendo de empresas não mandarem embora porque não têm dinheiro para pagar”, diz Pastoriza. “Essa crise econômica foi fabricada pela crise política. É preciso que o governo agora dê um jeito nisso.”

Funcionários públicos farão greve contra pacote fis cal

Greve geral está marcada para a quarta-feira da pró xima semana; servidores protestam contra o adiamento do reajuste dos salári os, medida anunciada pelo governo para aliviar as contas públicas

MURILO RODRIGUES ALVES - O ESTADO DE S. PAULO BRASÍLIA - Os funcionários públicos marcaram uma greve geral para quarta-feira da semana que vem contra a decisão do governo de congelar por sete meses o reajuste dos salários da categoria . A medida, segundo o Executivo, vai economizar R$ 7 bilhões aos cofres públicos. Em reunião que acabou na madrugada desta quarta-feira, 16, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), e mais 20 entidades representativas dos servidores montaram uma estratégia para reverter a decisão do governo. "A nossa meta é colocar

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pressão para derrubar essa situação que que nos foi imposta. Temos que nos preparar para o pior", disse Sérgio Ronaldo da Silva, da Condsef, nesta quarta. A entidade reúne 36 sindicatos que representam 80% dos servidores do Executivo. Segundo Silva, no dia 23 haverá greve em todo o serviço público com manifestações nas ruas. Na próxima segunda, os movimentos do funcionalismo público se reúnem com as centrais sindicais para chamar uma greve geral sem prazo definido. Pela estimativa da Condsef, cerca de 100 mil servidores públicos - dos 850 mil do Executivo - estão em greve atualmente. De acordo com o Ministério do Planejamento, a maior parte dos grevistas está lotada nas 56 universidades federais. Entidades sindicais dos técnicos administrativos, dos docentes e dos servidores federais da educação básica dessas instituições estão em greve há mais de 100 dias, em alguns casos. Já os servidores do INSS estão em greve há 70 dias.

Ontem mesmo, os fiscais do Ministério da Agricultura foram os primeiros a informar o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, de que vão entrar em greve a partir de hoje, como resposta ao anúncio feito na segunda de segurar o reajuste de janeiro para agosto. Os sindicatos se mobilizam para terem adesão de outras categorias, que chegaram a entrar em greve - como os funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego - e retomaram as atividades. Ainda nesta quarta, será divulgado um manifesto contra o ajuste fiscal. Os sindicatos ainda criticam a decisão de eliminar o abono de permanência, benefício pago aos servidores que adquirem o direito de se aposentar, mas que continuam trabalhando. De acordo com dados oficiais, há 101 mil servidores nessa situação, com previsão de 123 mil para os próximos cinco anos.

Funcionários dos Correios entram em greve em São Pa ulo e no Rio de Janeiro

Trabalhadores pedem 10% de aumento real e reajuste no benefício de alimentação; empresa diz ter plano para garantir as entregas

AGÊNCIA BRASIL Os funcionários dos Correios da capital paulista, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba estão em greve desde a noite de terça-feira. A decisão ocorreu após a assembleia do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect-SP) recusar a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os trabalhadores pedem reposição da inflação e mais 10% de aumento real, além de reajuste no benefício de alimentação.

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A reunião de mediação realizada pelo TST em Brasília, na última sexta-feira, terminou com uma proposta do vice-presidente do tribunal, ministro Ives Gandra, que incluiu reajuste salarial zero, com uma gratificação de R$ 150 mensais a partir de agosto e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, até o fim da vigência do acordo coletivo, ou seja, agosto de 2016.

Segundo nota dos Correios, o TST prevê “incorporação de 25% dos R$ 200 em agosto de 2016”. Essa última proposta inclui também reajuste de 9,56% nos benefícios.

O sindicato reiterou a preocupação de que esse porcentual não seja incorporado aos salários, afirmando que “o grande problema é que só há previsão de incorporação de R$ 50 aos salários, o restante continuaria 'por fora' indefinidamente, e poderia acabar sendo retirado pela empresa”.

No Rio de Janeiro, os trabalhadores dos Correios também decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Além do aumento de 10% de ganho real, as principais reivindicações são a manutenção das condições do plano de saúde da categoria, a realização de concurso público imediato e a contratação de 1,5 mil trabalhadores. Diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect), Emerson Marinho informou que a greve ocorreu porque a empresa apresentou proposta que não garante a reposição da inflação. "Ela (empresa) apresentou uma proposta linear que não é incorporada imediatamente ao salário e que vem em forma de gratificação, o que não traz reflexo remuneratório nem nas férias nem no décimo terceiro salário. Outro aspecto é o ataque frontal que a empresa vem fazendo ao nosso plano de saúde. Hoje, só pagamos quando usamos, mas os Correios querem instituir uma cobrança mensal de 13% do salário bruto, que hoje tem piso inicial de R$ 1.134,00.” Por meio da assessoria de comunicação, os Correios informaram que a proposta apresentada pelo TST previa um reajuste equivalente a cerca de 20% do salário inicial do agente de Correios, em forma de gratificação, representando um reajuste linear de R$ 200. Segundo a empresa, o reajuste médio dos empregados no período 2011-2014 chegou a 36%, para uma inflação de 27,3% no período. Além disso, de acordo com os Correios, os carteiros recebem vale-alimentação mais cesta básica de cerca de R$ 1 mil mensais, adicionais de atividade, plano de saúde, auxílios creche e babá, bolsas de estudos e vale cultura. A mobilização dos trabalhadores dos Correios é nacional. A empresa disse que nos locais em que houver aprovação de paralisação serão aplicadas medidas do plano de continuidade para garantir as entregas.

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Vendas no varejo em julho têm a queda mais forte de sde 2000 Em julho, as vendas recuaram 1% na comparação com j unho e registraram o pior resultado para o mês em 15 anos, segundo o IBGE; no ano, varejo já recuou 2,4% IDIANA TOMAZELLI - O ESTADO DE S. PAULO As vendas do comércio varejista restrito caíram 1,0% em julho ante junho e registraram o sexto recuo seguido, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira, 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é a mais intensa para o mês desde 2000, quando teve início a série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado apurado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 1,90% até um recuo de 0,40%. A última vez em que houve uma sequência tão grande de queda no varejo foi entre janeiro e julho de 2001, com recuo acumulado de 2,9% naquele intervalo. "É uma proporção diferente de queda", disse Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "Em julho deste ano, tivemos uma intensificação dos recuos em todos os recortes", acrescentou. Na comparação com julho do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram queda de 3,5% em julho deste ano. O recuo é o mais intenso para o mês desde 2003 (-4,4%). Até julho, as vendas do varejo restrito acumulam queda de 2,4% no ano e recuo de 1,0% nos últimos 12 meses. Ampliado. Já as vendas do varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, subiram 0,6% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O resultado positivo foi o primeiro desde novembro do ano passado. Na comparação com julho do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram queda de 6,8% em julho deste ano. No ano, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 6,5% e recuo de 4,9% nos últimos 12 meses. Veículos. Em julho, as vendas de veículos cresceram 5,1% na comparação com junho. Foi a maior alta desde novembro de 2014 neste tipo de confronto. Segundo o IBGE, esse crescimento não sinaliza uma retomada do setor. "Seria precipitado dizer que a venda de veículos cresceu. É apenas uma compensação. O setor segue numa trajetória descendente", disse Isabella. A prova disso é que, na comparação com julho de 2014, o setor continuou registrando perdas. As vendas encolheram 13,3% no confronto anual. Dependente de crédito e da confiança dos consumidores, o setor não encontra conjuntura favorável, afirmou Isabella. (Fonte: Estado SP dia 17-09-2015).

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