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1 Diálogo e Ação Liderança• Em conversa com o líder CRESCENDO NA FÉ A adolescência é época de crescimento, tanto físico quanto mental e emocional. Nestes próximos três meses, quando estudaremos o Evangelho de João, teremos oportunidade de ver nossos adolescentes crescendo es- piritualmente. É a proposta da EBD que conheçam Jesus, o Salvador, e que vivam pela fé nele, como Filho de Deus e Senhor. Observe as sugestões do calendário trimestral, também, pois elas fo- ram feitas procurando engajar os alunos em atividades culturais, cívicas e de responsabilidade social. Também, nesse quesito eles precisam crescer. As oficinas educativas podem se tornar momentos muito interessan- tes, pois adolescentes gostam de participar de encontros onde todos po- dem contribuir para o conhecimento geral. As oficinas oferecem propos- tas de dinâmicas em pequenos grupos, fazem uso da Bíblia e possibilitam reflexões sobre a felicidade do crente, o enfrentamento das provações e a esperança da vitória, que provém da fé. Como anda sua visão educativa? Fez ou pensa fazer mudanças estru- turais no processo ensino-aprendizagem? Então, “Dinamizando a EBD” e “Recursos pedagógicos” são leituras obrigatórias. Definir a visão e mo- bilizar recursos, com certeza, lhe proporcionará alcançar êxito ao ensinar. O professor da EBD deve cuidar de sua saúde. Um dos cuidados mais importantes é o controle do próprio peso, pois ele revela riscos potenciais. Os planos de aula são apenas sugestões. Adapte-os conforme a neces- sidade e as possibilidades de que dispõe. Um excelente trimestre de estudos. Que Deus a todos abençoe.

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Page 1: Em conversa com o líder - Convenção Batista Brasileira ...€¦ · 4 'LiORJRH$omR – Liderança ... cristã e, principalmente, para o cresci-mento saudável e seguro das igrejas,

1Diálogo e Ação – Liderança•

Em conversa com o líder

CresCendo na fé

A adolescência é época de crescimento, tanto físico quanto mental e emocional. Nestes próximos três meses, quando estudaremos o Evangelho de João, teremos oportunidade de ver nossos adolescentes crescendo es-piritualmente.

É a proposta da EBD que conheçam Jesus, o Salvador, e que vivam pela fé nele, como Filho de Deus e Senhor.

Observe as sugestões do calendário trimestral, também, pois elas fo-ram feitas procurando engajar os alunos em atividades culturais, cívicas e de responsabilidade social. Também, nesse quesito eles precisam crescer.As oficinas educativas podem se tornar momentos muito interessan-tes, pois adolescentes gostam de participar de encontros onde todos po-dem contribuir para o conhecimento geral. As oficinas oferecem propos-tas de dinâmicas em pequenos grupos, fazem uso da Bíblia e possibilitam reflexões sobre a felicidade do crente, o enfrentamento das provações e a esperança da vitória, que provém da fé.

Como anda sua visão educativa? Fez ou pensa fazer mudanças estru-turais no processo ensino-aprendizagem? Então, “Dinamizando a EBD” e “Recursos pedagógicos” são leituras obrigatórias. Definir a visão e mo-bilizar recursos, com certeza, lhe proporcionará alcançar êxito ao ensinar.O professor da EBD deve cuidar de sua saúde. Um dos cuidados mais importantes é o controle do próprio peso, pois ele revela riscos potenciais. Os planos de aula são apenas sugestões. Adapte-os conforme a neces-sidade e as possibilidades de que dispõe.

Um excelente trimestre de estudos. Que Deus a todos abençoe.

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2 • Diálogo e Ação – Liderança

Sumário

ISSN 1984-8358

LITeraTUra BaTIsTaAno LXXXIII • Nº 336

Diálogo e Ação

Diálogo e Ação – Professor é uma revista destinada

a professores de adolescentes (12 a 17 anos) na

Escola Bíblica Dominical e aos líderes na Divisão de

Crescimento Cristão, contendo orientações didáticas

e outras matérias que favorecem o seu trabalho

em busca do crescimento do adolescente nas mais

diferentes áreas

Copyright © Convicção EditoraTodos os direitos reservados

Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por

quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, fotográficos,

gravação, estocagem em banco de dados etc.), a não

ser em breves citações, com explícita informação da fonte

Publicado com autorização

por Convicção EditoraCNPJ (MF): 08.714.454/0001-36

endereçosCaixa Postal, 13333

CEP: 20270-972 – Rio de Janeiro, RJ Telegráfico – BATISTAS

Eletrônico – [email protected]

editorSócrates Oliveira de Souza

Coordenação editorial

Solange Cardoso de Abreu d’Almeida (RP/16897)

redaçãoTione Echkardt

Produção editorialOliverartelucas

Produção e distribuiçãoConvicção Editora

Tel.: (21) 2157-5567Rua José Higino, 416 – Prédio 16

Sala 2 – 1o Andar Tijuca – Rio de Janeiro, RJ

CEP [email protected]

Em conversa com o líder ........................................1Expediente ...............................................................2Agenda – Calendário trimestral .............................3Bíblioteca – Indicações especiais de livros para o trimestre ...............................................................4Para falar com os professores ...............................6Recursos pedagógicos ............................................9Refletindo sobre o tema do trimestre ..................11Recurso para o trimestre ......................................16Hino do trimestre ..................................................18EBD – Visão geral ..................................................19

PLANOS DE AULA – EBD

EBD 1 – Jesus, o Verbo eterno .............................20EBD 2 – Um convidado especial ..........................23EBD 3 –Deus entre nós ........................................26EBD 4 – A água da vida ........................................30EBD 5 – Saúde para viver ....................................33EBD 6 – O essencial na vida ................................36EBD 7 – Vendo o invisível .....................................39EBD 8 – Vida plena, vida eterna ..........................42EBD 9 – O preço da salvação ...............................45EBD 10 – A hora da despedida ............................48EBD 11 – Alguém para ajudar .............................51EBD 12 – Longe de casa, perto de Jesus ...........54EBD 13 – A vitória final .........................................57Avaliação do trimestre ..........................................60Reunião de planejamento ....................................61DCC – Visão geral .................................................62

PLANOS DE ESTUDO – DCC

Unidade 1 – Dúvidas que geram crises espirituaisDCC 1 – Deus existe? ...........................................63DCC 2 – Deus existe mesmo? ..............................64DCC 3 – Salvação: sem medo de ser feliz ..........65DCC 4 – A caminhada da salvação ......................66Unidade 2 – Comunicação socialDCC 5 – Princípios de comunicação ....................67DCC 6 – Saber falar e saber ouvir .......................68DCC 7 – Comunicando positivamente .................69DCC 8 – Na busca da comunicação efetiva ........70Unidade 3 – Estudo da personalidadeDCC 9 – Na nebulosa do inconsciente ................71DCC 10 – Cara a cara com o medo ......................72DCC 11 –Vivendo em grupo de modo sadio .......73DCC 12 – Indecisão x Decisão .............................74

Estudo especial. ....................................................75Gabarito .................................................................80

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3Diálogo e Ação – Liderança •

Agenda

Dezembro

Calendário trimestral

Novembro

Outubro

4 – Domingo: Reunião de planejamento (Dia do poeta)11 – Domingo: Programa regular12 – Dia da criança15 – Dia do professor18 – Domingo: Programa regular25 – Domingo: Programa regular28 – Dia nacional do livro31 – Dia da Reforma Luterana

Atividades especiais – Algumas da-tas comemorativas não oficiais podem ser aproveitadas. Por exemplo, marcar um concurso de poesia evangélica; re-alizar um trabalho evangelístico com crianças; um jantar para os professores da igreja (seculares e da EBD); assistir ao filme Lutero e, depois, ouvir um preletor comentá-lo.

Mês dedicado à música1 – Domingo: Programa regular2 – Feriado nacional (Finados)5 – Dia do cinema brasileiro8 – Domingo: Programa regular15 – Domingo: Programa regular (Dia da Proclamação da República)17 – Dia da criatividade19 – Dia da bandeira22 – Domingo: Programa regular (Dia do músico)

29 – Domingo: Programa regular30 – Dia do teólogo

Atividades especiais – Algumas datas comemorativas não oficiais po-dem ser aproveitadas. Por exemplo, programar um encontro para abordar a temática moral e cívica; realizar um encontro com ordem de culto criativa, participações e ações criativas; assistir a um filme brasileiro; homenagear os músicos (profissionais e da igreja); ho-menagear os seminaristas e teólogos da igreja.

1 – Dia mundial do combate à AIDS6 – Domingo: Programa regular8 – Dia nacional da família13 – Domingo: Programa regular16 – Dia do teatro amador20 – Domingo: Programa regular24 – Dia do órfão25 – Natal27 – Domingo: Programa regular

Atividades especiais – Participar, ativamente, de campanhas de conhe-cimento e combate à AIDS; realizar uma semana de teatro amador sobre passagens bíblicas; visitar orfanatos e cultuar a Deus ali; programação orien-tada para a celebração do nascimento do Salvador.

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4 • Diálogo e Ação – Liderança

Biblioteca

Para auxiliar o seu trabalho na preparação das aulas deste trimestre, tanto em relação aos estudos das lições da EBD quanto ao que diz respeito aos estudos das lições da DCC, estamos oferecendo uma lista de livros que poderão ser consul-tados e, se examinados, contribuirão para melhor qualidade do ensino.

Livros sugeridos pArA os estudos dAs Lições dA eBd

ALLMEN, J. J. Von (org.). Vocabulário Bíblico. Trad. de Alfonso Zimmermann. 2ª edição. São Paulo: ASTE, 1972, 455p.

BAXTER, J. Sidlow. Examinai as Escrituras. Trad. de Neyd Siqueira. São Paulo: Vida Nova, 1992, 386p. Vol. 5.

CHOURAQUI, André. A Bíblia: Iohanân (O evangelho segundo João). Trad. de Leneide Duarte e Leila Duarte. Rio de Janeiro: Imago, 1997, 340p. Vol. 11.

GUNDRY, Robert. H. Panorama do Novo Testamento. Trad. de João Marques Bentes. 4ª.edição. São Paulo: Vida Nova, 1991, 450p.

HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento. 3ª edição. Rio de Janeiro: JUERP, 1989, 485p.

SANTOS, João Ferreira. Teologia dos Milagres de Jesus: série monografias – 1. Rio de Janeiro: JUERP, 1992, 170p.

TENNEY, Merrill C. O Novo Testamento: sua origem e análise. 2ª edição. São Paulo: Vida Nova, 1989, 490p.

IndICações esPeCIaIs Para o TrImesTre

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5Diálogo e Ação – Liderança •

Livros sugeridos pArA os estudos dAs Lições dA dCC

unidAde 1 – dúvidas que geram crises espirituais

BUSCH, Wilhelm. A certeza da salvação em Jesus. SC: 91p.

CONNER, Walter Thomas. O evangelho da redenção. Trad. de David Gomes e Jabes Torres. 2ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1981, 285p.

GRAHAM, Billy. Paz com Deus. 3ª ed. Trad. de Jorge Rosa. Rio de Janeiro: JUERP, 256p.

GROESCHEL, Craig. Quem Deus realmente é? São Paulo: Editora Vida, 191p.

HOLE, F. B. O plano de salvação. Depósito de Literatura Cristã, 128p.

MONDIN, Batista. Quem é Deus? São Paulo: Editora Paulus, 456p.

SCHAEFFER, Francis. A morte da razão. 7ª ed. São Paulo: Fiel e ABU Editora, 1997. 96p.

SPURGEON, Charles H. O caminho da salvação. Trad. de Ivan Carlos Parecy Jr. Projeto Spurgeon. 13p.

unidAde 2 – Comunicação social

OSBORNE, Cecil. A arte de aprender a amar-se a si mesmo. Trad. de Roberto Alves de Souza. 5ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1989, 240p.

OSBORNE, Cecil. A arte de relacionar-se com as pessoas. Trad. de Josias Cunha de Souza e Roberto Alves de Souza. 3ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1990. 240p.

OSBORNE, Cecil. A arte de compreender-se a si mesmo. Trad. de João Barbosa Batista. 6ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1988, 375p.

PRICE, J. M. A pedagogia de Jesus: o Mestre por excelência. Trad. de Waldemar W. Wey. 5ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1986, 162p.

unidAde 3 – estudo da personalidade

MASTON, T. B. Certo ou Errado? Trad. de José dos Reis Pereira. 3ª ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1980, 190p.

PALAU, Luis. Diga sim para mudar. Trad. de Myrian Thalita Lins. MG: Betânia, 1993, 172p.

SHEDD, Russell Philip. O mundo, a carne e o Diabo. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1995, 126p.

SWINDOLL, Charles R. Vivendo sem máscaras. Trad. de Myrian Talitha Lins. MG: Betânia, 1987, 224p.

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6 • Diálogo e Ação – Liderança

Para falar com os professores

Cadê a Escola Bíblica Dominical? – Talvez esta seja a pergunta que mais se ouve em muitas igrejas batistas nes-te nosso imenso Brasil. A cada ano que passa ficamos sabendo que as Escolas Bíblicas Dominicais estão sendo ex-tintas em muitas igrejas e por inúme-ros motivos.

Não estou fazendo uma crítica às igrejas que tomaram tal decisão, mas quero abordar sobre a importância da Escola Bíblica Dominical para a vida cristã e, principalmente, para o cresci-mento saudável e seguro das igrejas, dos cristãos e da nossa denominação.

Sou um pastor que não consigo ver uma igreja sem a Escola Bíblica Dominical. Poderia citar inúmeros pas-tores que, ao longo dos anos, têm escri-to sobre a mesma importância, mas vou abordar sobre alguns pensamentos re-lacionados à extinção da Escola Bíblica Dominical e pretendo apresentar argu-mentos sobre sua importância.

a ImPorTânCIa da esCoLa BíBLICa domInICaL

um novo momentoMuitos pensam que extinguir a

Escola Bíblica Dominical faz parte de um novo momento e que isto é a atu-alidade. Quero lembrar-lhes que igreja cheia não é sinônimo de igreja funda-mentada na Palavra. Há muitas pessoas que preferem não ter seus pecados con-frontados pela Palavra nem sentir a ne-cessidade de mudança de vida.

Ser cristão é ser regenerado pelo Espírito Santo de Deus e isto não sig-nifica ter poder para realizar alguma coisa, mas ter alegria por ter o nome escrito no livro da vida (Lc 10.19,20). Muitas pessoas vão aos cultos procuran-do receber do Espírito Santo um tipo de passe como ocorre nas religiões africa-nas. Isto não é de hoje, desde o Antigo Testamento e até com Jesus as pessoas queriam apenas os milagres, mas quan-do eram confrontadas com a Palavra de Deus deixavam de segui-lo (Jo 6.60,66).

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7Diálogo e Ação – Liderança •

A igreja que elimina a EBD de seu departamento está deixando de ensi-nar a doutrina de Deus, dos apóstolos, os ensinamentos de Cristo, isto é, está deixando de alimentar o povo de Deus e dar a todos a certeza do motivo da es-perança que tem na salvação (1Pe 3.15).

A EBD é o espaço em que os cris-tãos podem tirar as suas próprias dúvi-das, aprender a respeitar as opiniões con-trárias, edificar as suas próprias e se ali-mentar da Palavra de Deus. Sem a EBD os cristãos são levados por qualquer ven-to de doutrina e passam a ouvir ensina-mentos de pessoas que estão em evidên-cia e, muitas vezes, são pessoas que fa-lam coisas que agradam aos seus cora-ções (2Tm 4.3,4). Chegamos a este mo-mento, infelizmente. Por isso, a EBD é muito importante, pois a igreja estuda a Palavra de Deus, se alimenta com os en-sinamentos e, ao mesmo tempo, está ca-pacitando novos líderes e despertando novos obreiros para a seara. Então, não desanimem, nem pensem em largar ou extinguir a sua classe da EBD, pois ela é muito útil para o reino de Deus.

Classes teológicasOutro ponto que é importante des-

tacar é que a EBD não é uma classe de formação teológica. Digo isto por ex-periência própria. Afinal, leciono teo-logia há 20 anos, fui diretor de um se-minário por 10 anos, tenho livros escri-tos e exerço a teologia há muito tempo e afirmo que teologia é muito diferen-te e está muito distante da importân-cia da EBD.

Ser teólogo é ter um conhecimen-to das coisas relacionadas ao divino e

ao nosso Deus, mas não significa ter o conhecimento necessário para a edifi-cação da vida cristã. Conhecer herme-nêutica, homilética, a história dos pais da igreja e todas as outras disciplinas de um curso de teologia é muito bom, porém, não significam que irão firmar a fé do cristão.

A teologia estuda e se envolve em todas as áreas filosóficas e científicas existentes, porém, é muito comum tam-bém ver teólogos sendo envolvidos e in-fluenciados por estas áreas e a Bíblia já declarava que o conhecimento deste mundo nos cega para as coisas de Deus (2Co 4.3,4).

Fazer teologia é bom, abre o conhe-cimento e ajuda o cristão, porém, não dá ao cristão a base do conhecimento que edifica e fortalece a vida cristã. Ter fé só é possível por conhecer os ensi-namentos bíblicos e isto deve ser algo constante, diário na vida dos cristãos. Afinal, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17) e ouvir significa ou-vir, entender e praticar.

É por isso que a EBD é fundamental para a vida da igreja e para a vida indi-vidual de cada cristão. Uma igreja sem Escola Bíblica Dominical é uma igreja fraca e que será levada por todo e qual-quer vento de doutrina, basta surgir um bom orador.

A sua classe de EBD, meu querido professor, é uma das colunas que susten-tará a sua igreja e é uma das principais fontes formadoras de pastores, missio-nários e outros obreiros para o reino de Deus. Acredite nisto e tenha ciência da importância da sua classe e da sua vida como professor.

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8 • Diálogo e Ação – Liderança

uma igreja forte e firmada na palavra

Uma igreja forte e firmada na Palavra de Deus é uma igreja que tem Escola Bíblica Dominical. Isto não é ultrapassado, se for assim a Bíblia, em pouco tempo, será um livro obsoleto para muitos.

Há pessoas que passam meses ou anos estudando para concursos públicos ou para vestibulares, mas leem as lições da EBD nos dez minutos finais do sábado à noite ou no domingo antes de ir para a igreja. Só na EBD é que estas pessoas entenderão a importância da Bíblia pa-ra todos os âmbitos de sua vida.

Lembro-me que na virada do milê-nio ouvi muitos dizerem que na Bíblia estava escrito que a 1000 chegarás, mas que de 2000 não passarás, citando Nostradamus como se fosse um profeta bíblico. Ainda hoje há pessoas que insis-tem em dizer que não cai sequer uma fo-lha no chão se não for a vontade de Deus, citando o Alcorão como se fosse uma passagem da Bíblia.

É só na EBD que estas e outras de-turpações acabarão.

Você, professor da EBD, é muito im-portante para o fortalecimento das pes-soas que congregam em sua igreja. Você é muito importante para despertar vi-das para o reino de Deus. Por isso, de-dique-se à sua classe da EBD; dedique-se aos estudos, aos alunos; dedique-se à leitura bíblica devocional para sua vi-da. Seja um testemunho vivo para seus alunos e para sua igreja.

Reúna os demais professores. Crie classes para planejamentos, reuniões pa-

ra os trimestres e o ensino. Dedique-se ao reino de Deus e capacite os seus servos.

ConclusãoA sua igreja pode ter muitos mem-

bros ou pode ter poucos, mas ela precisa estar fundamentada na Palavra de Deus. Acredite, poucas pessoas estão lendo a Bíblia, há um número menor ainda que conhece os ensinamentos e que são trans-formados pela leitura da Palavra de Deus e atuação do Espírito Santo.

A prioridade de um professor da EBD é incentivar os alunos a lerem, en-tenderem e praticarem os ensinamentos bíblicos. Apesar de parecer que estamos correndo contra muitos neste mundo, a Bíblia nos diz que isto aconteceria, mas que devemos ter ânimo, avivar a nossa alma, pois Cristo passou pelo mesmo e venceu o mundo, tendo ressuscitado.

A nossa luta não irá terminar e, acredi-to que, a cada ano que passa, ela se tornará mais intensa, porém, foram homens que se dedicaram exclusiva e exaustivamente a estudar a Bíblia e a pregar seus ensina-mentos de forma correta que fizeram as maiores reformas que existem e que le-varam inúmeras vidas aos pés de Cristo.

Eu desafio e convoco a você a me aju-dar nesta árdua, mas edificante tarefa de fortalecer a EBD e, para isso, você pode-rá enviar e-mails para a Redação desta revista dando ideias, contando experi-ências de forma que juntos edifiquemos mais vidas para servir ao nosso Senhor.

Que Deus os abençoe.

Tione EchkardtRedator

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9Diálogo e Ação – Liderança •

Recursos pedagógicos

A Bíblia nos ensina que Jesus sem-pre incentivou e até cobrou dos seus ser-vos a importância em conhecer os ensina-mentos que constam na Palavra de Deus.

Há anos venho enfatizando que as pessoas conhecem a Bíblia por ouvi-la e não por lê-la e, infelizmente, estamos vi-vendo um momento que o número de co-nhecedores por ouvir tem sido alarmante.

Apesar da facilidade do acesso a estu-dos bíblicos, palestras, mensagens e qual-quer outra informação sobre a Bíblia e pe-los mais diversos meios de comunicação, as pessoas estão se acomodando apenas a ouvir o que interessa e isto não é saudá-vel para vida do cristão.

A Bíblia nos exorta a ouvirmos os en-sinamentos de Deus e este ouvir significa ouvir, entender e praticar, porém, como a língua portuguesa é composta por inú-meros sinônimos, muitos cristãos pensam que ouvir significa apenas deixar que as palavras entrem em sua mente pelo que ouvem e não fazem nada mais.

Nos dias atuais é muito comum ver pessoas contendo versões eletrônicas da Bíblia em seus celulares e isto é fabuloso, pois facilita a leitura constante da Palavra de Deus, porém, as finalidades de tais apli-cativos não estão sendo utilizadas como princípio de edificação para a vida cristã.

ConHeça maIs a PaLaVra de deUsConheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é cer-

ta; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra – Oseias 6.3

Ter uma versão da Bíblia no celular não significa que não precisamos mais lê-la constantemente; deveria ser o con-trário. Por termos esta facilidade deve-ríamos ler a Bíblia em todo lugar e a to-do instante.

O fato também de termos muitos pro-gramas televisivos, vídeos com estudos e palestras na internet e os programas ra-diofônicos podemos aprender mais e ser mais estimulados para o estudo e conhe-cimento da Palavra.

Apesar de toda esta facilidade que te-mos a nossa disposição, em momento al-gum devemos diminuir ou parar o con-tato direto com as páginas da Escritura Sagrada e isto é muito importante para o cristão e, principalmente, para os profes-sores de Escola Bíblica Dominical.

O salmista Davi declara em diversos sal-mos o quanto ele ama a lei do Senhor, como ela é motivo constante de sua alegria e co-mo ele medita nela dia e noite. Devemos se-guir esta orientação e este exemplo de Davi.

Por mais que a nossa revista, assim como toda a literatura batista, seja pro-duzida por pessoas competentes, inteli-gentes e estudiosas da Palavra de Deus; e mesmo com todo aparato didático que as nossas revistas possam apresentar, em momento algum estamos trocando ou in-centivando os professores a não lerem as Escrituras Sagradas.

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10• Diálogo e Ação – Liderança

Cada professor deve ter consciência da sua responsabilidade diante de Deus, do seu reino e do povo de Deus, ao lecio-nar as lições que são sugeridas para cada trimestre do ano e, por isso, deve ler a Bíblia diariamente, orar e buscar a cada dia mais informações sobre o texto ou li-vro que será estudado.

InternetNa internet é possível encontrar vá-

rios sites com estudos, palestras e outros assuntos teológicos que abordam os li-vros e os mais diversificados temas bíbli-cos, além de existir inúmeros livros, co-mentários e dicionários como também Bíblias e muitos são gratuitos para o au-xílio de quem quer conhecer e se apro-fundar mais na Palavra de Deus.

Entretanto, é preciso tomar cuidado e dedicar tempo para cada consulta, pois nem todo estudo, livro, site ou outras fon-tes são confiáveis. Para saber qual é a me-lhor e confiável é necessário que o profes-sor pesquise pelo menos cinco fontes di-ferentes e faça comparações com os ensi-namentos bíblicos e doutrinários.

LiteraturaTambém temos um crescente número

de livros sendo lançados, editados nova-mente e muitos destes, até alguns antigos, se encontram disponíveis para venda em vários locais, inclusive, em muitos sebos.

É muito importante que o cristão te-nha livros e leia sempre. Porém, é mui-to mais importante que o professor da EBD tenha acesso a livros e que mon-te uma biblioteca em sua casa para que possa consultar os livros sempre que for necessário.

Cursos Teológicos e de Capacitação

Outra boa oportunidade que tem sur-gido são os diversos cursos teológicos e de capacitação, reconhecidos pelo MEC ou livres. Atualmente, é possível fazer cursos de capacitação ou cursos livres de teologia até mesmo pela internet e na plataforma EAD (Ensino a Distância).

Para qualquer pesquisa ou aprofun-damento no conhecimento da Palavra de Deus é preciso que quem procura tenha uma noção ou orientação sobre como es-colher ou qual deve ser feito. É muito im-portante saber a doutrina que está sen-do ensinada e se o ensino segue os prin-cípios bíblicos e, no nosso caso, que seja conforme a nossa doutrina.

Prossigamos em ConhecerO professor não deve se sentir desa-

nimado ou pensar que é difícil lecionar as lições da EBD e, também, não deve pensar que já sabe tudo sobre a Bíblia por ser um membro antigo ou por le-cionar por anos.

O professor deve lembrar que a Palavra de Deus é viva e eficaz e que ela se faz no-va a cada manhã. Então, diante da cor-reria e das enormes mudanças que ocor-rem no mundo atual, o professor preci-sa estar ciente que sempre é preciso co-nhecer mais a Palavra de Deus e que de-ve estudá-la constantemente.

Então, querido professor, aproveite todas as oportunidades que tiver e que encontrar disponíveis para auxiliá-lo no aprofundamento da Palavra de Deus, co-nheça e prossiga sempre em conhecer mais a Deus e sua Palavra.

Tione EchkardtRedator

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11Diálogo e Ação – Liderança •

Refletindo sobre o tema do trimestre

a mensagem do eVangeLHo de João

O Evangelho de João começa apre-sentando Jesus como Verbo que existe desde antes do início com Deus, o Pai, isto é, mostra que Jesus é eterno (Jo 1.1,2). Também apresenta que João Batista enfatizou que seu ministério era apresentar o Cristo e, por isso, fez questão de dizer que ele não era o Messias prometido e esperado por tantos e há tanto tempo (Jo 1.19,20).

João Batista afirma que Jesus é o Messias prometido (Jo 1.29) e ainda reafirma isto diante de dois discípulos de Jesus (Jo 1.35,36). Então, o primei-ro capítulo do Evangelho de João apre-senta a Jesus como sendo o Messias, o Salvador do mundo, que Deus havia

prometido ao povo de Israel por meio dos profetas.

No capítulo 2, o evangelista João, que não é o Batista, apresenta um mi-lagre realizado por Jesus – João 2.1-12 – onde Jesus está num casamento e transforma a água em vinho. O mais importante nesse milagre é que os dis-cípulos de Jesus começaram a crer nele como o Messias prometido (Jo 2.11).

Ainda neste capítulo e, após o mi-lagre das bodas de Caná, o Evangelho de João apresenta Jesus como tendo a autoridade que só Deus poderia dar a alguém que é a purificação do templo (Jo 2.23).

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12• Diálogo e Ação – Liderança

No capítulo 3 do Evangelho de João é apresentado o diálogo entre Jesus e Nicodemos, em que é destacada a im-portância da nova vida que a pessoa pas-sa a ter ao aceitar Cristo como Senhor de sua vida, a saber, o novo nascimen-to em Cristo (Jo 3.1-21). Em João 3.31-36, o evangelista apresenta outro teste-munho de João Batista após esses rela-tos, confirmando que Jesus era o Cristo prometido. Assim começa o Evangelho de João.

Este Evangelho é o mais conheci-do e o mais utilizado para pregar as bo-as-novas de salvação a todas as pesso-as, inclusive, a nossa denominação tem extensa literatura sobre ele para classe de batismos e para os cultos nos lares. Isto porque o Evangelho de João é um Evangelho escrito numa linguagem sim-ples e voltado para o mundo gentílico.

É lógico que o intuito do Evangelho não foi apenas os gentios, mas parece que o evangelista estava direcionando sua mensagem para os cristãos gentios que faziam parte de sua comunidade, pelo menos é o que alguns estudiosos afirmam e apresentam bons argumen-tos para esta teoria.

Independentemente da teoria a ser seguida, uma coisa fica muito clara no conteúdo do Evangelho de João: ape-sar de ser muito conhecido pelo texto de João 3.16, este Evangelho está mais para uma sentença de Deus direcionada ao mundo do que uma carta romântica declarando o amor de Deus.

O termo mundo, kosmos em gre-go (κóσμος) aparece cerca de 60 vezes no Evangelho e sempre fazendo uma

clara distinção entre Jesus e seus discí-pulos para com o mundo e os que ne-le habitam.

No Evangelho de João, o termo mun-do designa as pessoas que não creem no evangelho de salvação, isto é, aqueles que rejeitam a luz que é Cristo (Jo 1.9,10). João deixa bem claro que Jesus veio pa-ra eliminar o pecado dessas pessoas, do mundo (Jo 1.29), foi por isso que Deus o amou de uma maneira incompreensí-vel que o fez entregar seu único Filho, porém, só para os que creem nele (3.16) e aqui está o auge do evangelho: crer em Jesus como o Messias prometido, o Salvador do mundo.

Desde o início, João esclarece que Jesus não veio para julgar o mundo, mas salvá-lo, porém, o mundo é mau e ama mais as trevas do que a luz e este é o jul-gamento a ser feito (Jo 3.17,19). A sal-vação está em crer que Jesus é o úni-co que pode salvar o mundo (Jo 4.42), pois Jesus deu a sua vida para salvar o mundo (Jo 6.51).

Enquanto esteve no mundo, e hoje por meio de todo cristão, o evangelho denuncia o mundo e as suas obras de-clarando-os maus (Jo 7.7). Diante des-sa posição e das declarações de Jesus, é demonstrado uma clara distinção entre os que creem e os que não creem, pois a salvação é para aqueles e a condena-ção para estes (Jo 8.23,26).

Como o mundo vive em trevas, Jesus veio para ser a sua luz, isto é, o direcionamento correto para a vida e para a salvação (Jo 9.5) e é anuncian-do que Jesus coloca o mundo em juí-zo (Jo 9.39; 12.31).

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13Diálogo e Ação – Liderança •

O Evangelho deixa bem claro que não há compatibilidade entre Jesus e o mundo (Jo 16.20) e que os que creem nele não são do mundo, como ele tam-bém não é (Jo 17.14,16; 18.36).

É muito comum ouvir as pessoas de-clararem algum local para Jesus. Às ve-zes, declaram cidades ou países queren-do expressar que Jesus é o Senhor do lo-cal e, assim, procuram declarar a vitó-ria contra Satanás, porém, o Evangelho de João deixa bem claro que isto é im-possível e que nunca acontecerá, pois Jesus não é deste mundo, o seu reino não é daqui (Jo 14.17; 16.8-11). O pró-prio Jesus se recusou a orar para o mun-do desta forma (Jo 17.9). Então, orar desta forma ou declarar isto, nos dias atuais, é não conhecer as Escrituras e, pior, é deturpá-las.

Esta ideia de vencer Satanás como muitos pensam também é descartada no Evangelho, pois Jesus diz que ven-ceu o mundo (Jo 16.33) e que com sua ressurreição, além de vencer o mundo, ele o declara culpado, expõe suas obras malignas e a sua luz expulsa Satanás (Jo 8.12; 12.31; 14.30,31).

Outra ênfase muito forte que o Evangelho de João apresenta é a rela-ção que existe entre o mundo e os ju-deus, isto é, os religiosos. Ele declara que Satanás é o príncipe deste mundo e o pai dos judeus, isto é, dos religio-sos (Jo 8.44). Esta declaração é forte e muito pesada, mas tem uma explicação clara no Evangelho, pois Jesus veio pri-meiro para os judeus, o seu povo, mas eles o rejeitaram e amaram mais as tre-vas do que a luz (Jo 1.11).

Podemos perceber que o Evangelho de João faz uma nítida distinção entre os que creem nele e os que não creem, mas são do mundo e andam em trevas, por isso, quem nega o mundo, toda sua influência e religiosidade é o que tem a vida eterna (Jo 12.25).

O evangelho de salvação é para os gentios, os que creram em Jesus como Messias prometido, como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 12.46,47). É neste Evangelho que, tam-bém, é dada uma maravilhosa explica-ção de como o Espírito Santo age e on-de habita (Jo 14.17).

Até a paz, que é parte da essência de Deus e fruto do seu Espírito, atuante no interior do cristão, é declarada co-mo sendo uma distinção entre o mun-do e os que creem (Jo 14.27). É por is-so que o mundo nos odeia, porque es-tamos nele, mas não fazemos parte de-

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14• Diálogo e Ação – Liderança

le e nem somos mais dele, ao contrário, denunciamos as suas obras más porque somos o sal da terra e a luz do mundo (Jo 15.18,19).

Neste Evangelho é que entendemos melhor a vida eterna e onde ela será, pois Jesus veio dela, retornou para ela e os que creem irão morar com ele por-que obedecem sua Palavra e creem ne-le (João 17.16).

Enquanto estamos neste mundo, Deus nos protege das obras más do mundo (Jo 17.11,15). Então, podemos entender que nossa missão neste mun-do é única: pregar o evangelho ao mun-do (Jo 17.18,21).

Então, enquanto vivemos neste mun-do devemos pregar o evangelho; deve-mos condenar as obras do mundo, não com palavras ou denúncias, mas com a nossa vida, com a luz de Cristo que bri-

lha em nós; devemos, assim como Jesus, proclamar a salvação a todos, o tempo todo e em todo lugar (Jo 18.20).

É muito importante entendermos que não devemos declarar ou procurar ter uma vida boa, conforme os padrões que o mundo apresenta, muito menos querer declarar que o mundo será de Jesus, pois o seu reino não é daqui e a certeza da salvação é que iremos para o seu reino (Jo 16.28; 18.36).

Esta é a mensagem que o Evangelho de João nos dá sobre a salvação e é o que ensina para nossa vida.

Autoria

A escola europeia não atribuía a autoria do quarto Evangelho a João, embora o considerassem como par-ticipante da tradição. Entre as pesso-as que já foram citadas como autoras

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15Diálogo e Ação – Liderança •

deste Evangelho estão: João o ancião de Éfeso, João Marcos, Lázaro, João o sumo sacerdote. Há os que acreditam que da mesma forma que Tércio foi es-criba de Paulo (Rm 16.22) e Silvano de Pedro (1Pe5.12), João utilizou também um amanuense, isto é, um secretário.

Ao levar em consideração os textos de 13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20,24, acre-dita-se que o autor é o discípulo a quem Jesus amava. Ainda há outras questões que favorecem a autoria: como em 21.2; 20.24; 1.45-51 e Atos 12.2.

Como fonte de extrema importân-cia para dar a autoria a João, filho de Zebedeu, são utilizados os testemu-nhos de Irineu, Clemente, Tertuliano, Orígenes e outros. Há também a ques-tão que este foi o Evangelho utilizado pelos heréticos para apoiar as suas te-orias, neste caso só poderia ser aceito como canônico se fosse da autoria de um discípulo, mas não poderia ter sido citado para não dar ênfase às heresias.

Pedro e Filipe não podem ser seus autores porque os seus nomes são men-cionados frequentemente na 3ª pessoa. E ainda, no texto, o autor fala do privi-légio de ter sido testemunha ocular do ministério de Jesus (21.24).

Acredita-se que o autor tenha sido um judeu, acostumado a pensar em ara-maico porque há muitas cláusulas no texto e palavras hebraicas ou aramaicas com uma explicação em seguida (19.13).

Nota-se que o autor estava muito fa-miliarizado com a tradição e as festas judaicas por isso explica-as cuidadosa-mente e era um profundo conhecedor: dos costumes judaicos (7.37-39; 8.10,11),

da topografia da Palestina antes de 70 d.C. (5.2). Há também detalhes impor-tantes que só quem os vivenciou poderia citá-los: números (2.6; 21.8,11), nomes como Nicodemos (3.1), Lázaro (11.1) e Malco (18.10), entre outros.

Local e data

Conforme o testemunho da Igreja Primitiva, este Evangelho foi escrito em Éfeso, Ásia Menor. Irineu afirma que o discípulo que se recostou sobre o pei-to de Jesus publicou um Evangelho du-rante a sua residência em Éfeso. No en-tanto, sabe-se que Irineu foi discípulo de Policarpo, o qual foi um seguidor de João, filho de Zebedeu. Também di-zem que pode ter sido escrito no Egito ou na Antioquia.

Parece ter sido escrito num ambien-te gentílico, porque as festas e costumes judaicos são explicados em benefícios daqueles que não estavam familiariza-dos com elas (2.13; 19.31).

Há várias controvérsias em relação à data da escrita do Evangelho de João, da mesma forma que houve com a au-toria. Alguns acham que foi escrito en-tre 80 e 90 d.C., outros o datam entre 40 e 140 d.C.

John A. T. Robinson, em seu livro, Redating the New Testament, expõe que talvez tenha sido escrito antes de 70 d.C., já que a destruição do templo foi algo tão importante quanto à ressur-reição de Jesus e não foi citada.

Tione Echkardt

Redator

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16• Diálogo e Ação – Liderança

Recurso para o trimestre

sUPLemenTo dIdÁTICoO suplemento sugerido para este trimestre é uma visualização dos temas do-

minicais. Faça dele um lindo painel e coloque em lugar de destaque para que os adolescentes da igreja visualizem.

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17Diálogo e Ação – Liderança •

Há inúmeros tipos de recursos que podem ser utilizados para incentivar a par-ticipação dos adolescentes no trimestre e, por isso, daremos algumas sugestões que poderão ser utilizadas além do painel.

Chamada por vídeoUma boa alternativa é realizar chamadas para as lições por meio de um vídeo

que pode ser feito buscando na internet, como figuras, estudos, temas ou até mes-mo algum vídeo pronto que fale sobre o Evangelho de João.

Fazer um vídeo também não é tão complicado. O Windows apresenta uma ferramenta chamada Movie Maker, assim como outros programas, e que é mui-to fácil de manuseio e rápido para produção de um vídeo simples.

Você pode fazer slides com diversas transições, colocar temas e ainda pode acrescentar músicas para o seu vídeo. Se você produzir um vídeo assim, coloque- o para passar nos cultos da igreja e, caso sua igreja tenha uma página na internet, divulgue-o na internet, no facebook e, até mesmo, você pode enviá-lo por e-mail pa-ra os seus alunos.

CartazesCaso sua igreja não tenha projetor multimídia, você pode preparar cartazes

com temas das lições de cada domingo ou de uma das lições que serão leciona-das no decorrer de um mês.

Faça o cartaz e o coloque em local visível e de constante acesso por todos os membros da igreja, principalmente os adolescentes.

BoletimVocê também pode utilizar o boletim de sua igreja ou qualquer outro tipo de in-

formativo que ela tenha para divulgar as lições que serão estudadas neste trimestre.Escolha figuras com atividades. A internet tem uma grande variedade de fi-

guras com os temas das lições, coloque-as no informativo da igreja. O ideal que seja figura que tenha atividades como: jogo de erros, caça palavras, completar etc. Divulgue no informativo da sua igreja para que os adolescentes o vejam, realizem as atividades e coloque uma chamada para a EBD ou DCC acima das atividades para que os adolescentes se interessem pelas lições.

A partir do próximo ano estaremos disponibilizando suplementos mais di-dáticos e interativos com a finalidade de envolver todos os adolescentes e me-lhorar os recursos para todos os professores da classe dos adolescentes, tanto da EBD quanto da DCC.

sUgesTões de oUTros reCUrsos

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18• Diálogo e Ação – Liderança

Hino do trimestre

Hino 264 do Hinário para o Culto CristãoLetra e música: William Augustine OgdenTradução: Salomão Luiz Ginsburg

oH, oLHaI, PoIs, e VIVeI!

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19Diálogo e Ação – Liderança •

EBD – Visão geral

o evangelho de JoãoO Evangelho de João é o Evangelho utilizado em todo o mundo

para pregar as boas-novas de salvação. No decorrer deste trimes-tre, estaremos estudando assuntos importantes, evangelísticos e doutrinários que este Evangelho apresenta e nos proporciona.

objetivos – Compreender a teologia evangelística e doutrinária que o Evangelho de João apresenta, aplicando o conteúdo das lições conforme o contexto de cada igreja. Incentivar os adoles-centes a lerem o Evangelho de João no decorrer deste trimestre e utilizá-lo para evangelizar seus amigos.

estudos da eBd

EBD 1 – Jesus, o Verbo eternoEBD 2 – Um convidado especialEBD 3 – Deus entre nósEBD 4 – A água da vidaEBD 5 – Saúde para viverEBD 6 – O essencial na vidaEBD 7 – Vendo o invisívelEBD 8 – Vida plena, vida eternaEBD 9 – O preço da salvaçãoEBD 10 – A hora da despedidaEBD 11 – Alguém para ajudarEBD 12 – Longe de casa, perto de JesusEBD 13 – A vitória final

QUem esCreVeUOs planos de aula foram elaborados pela Coordenação Editorial

da CBB e pelo Pastor Tione Echkardt.

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20• Diálogo e Ação – Liderança

PLano de aULa 1

Jesus, o Verbo eterno

texto bíblico: João 1.1-18

oBJeTIVos

▪Entender o significado da pala-vra Verbo, quando aplicada a Jesus.

▪Saber o significado da palavra luz no Evangelho de João.

▪Entender o significado da pala-vra evangelho.

▪Reconhecer a divindade de Jesus e sua preexistência.

▪Identificar Jesus como o Messias prometido e Salvador do mundo.

reCUrsos dIdÁTICos

▪Uma folha de papel manilha;▪Uma folha de cartolina branca;▪Canetas Pilot (azul, vermelha e

preta);▪Quadro-negro;▪Giz.

TéCnICas de ensIno

▪Para este estudo, sugerimos al-gumas atividades:

▪Leitura silenciosa e conversação sobre o significado do “evangelho” e a particularização do nome “Evange-lho de João”;

▪Exposição pelo professor dos tó-picos da lição;

▪Divisão em grupos de partilha;

▪Dinâmica para conclusão.

dICas

▪Preparar durante a semana car-taz feito com cartolina contendo a pergunta: “O que significa evange-lho?”

▪Preparar um cartaz feito com papel manilha contendo as palavras verbo, luz e evangelho e seus signifi-cados.

▪Ilustrar o mural com figuras e mensagens que serão apresentadas nas lições.

▪Pesquisar, durante a semana, co-mentários bíblicos que falam a res-peito do Evangelho de João.

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21Diálogo e Ação – Liderança •

desenVoLVImenTo do esTUdo

1. Iniciar a aula apresentando o cartaz contendo a pergunta: “O que significa evangelho?” e iniciar uma conversação com os alunos sobre o que eles entendem sobre o significa-do da palavra “evangelho”.

2. Explicar que a palavra evange-lho, na Bíblia, significa as boas-novas de salvação, isto é, o anúncio das bo-as-novas e explicar que os quatro pri-meiros livros do Novo Testamento são apresentados como Evangelhos porque apresentam o ministério de Jesus e o anúncio da salvação feito pelo Messias.

3. Apresentar o cartaz contendo as palavras: verbo, luz e evangelho e pedir que os alunos façam a leitura do item “Por que verbo?” que consta na lição.

4. Explicar que o Evangelho de João apresenta Jesus como sendo a Palavra de Deus que já se encontra desde o princípio da criação e que consta no livro de Gênesis e demons-trar que esta palavra é a que nos dá certeza da salvação desde o Antigo Testamento.

5. Demonstrar que o Evangelho de João apresenta que Jesus estava com Deus desde o início da criação e que era o próprio Deus e que por sua palavra tudo foi criado e que Cristo é esta palavra de Deus.

6. Destacar a palavra luz que está no cartaz, feito em papel manilha e pedir que leiam o item da lição: “Por que luz?”

7. Perguntar aos alunos o que eles entendem quando se diz que Jesus é a luz do mundo e pedir que comen-tem como pode haver ligação entre o Verbo e a luz no Evangelho de João.

8. Explicar que o Verbo é a pala-vra de Deus, a ação de criar que par-te de Deus e cria qualquer coisa sem precisar que algo antes exista e que esta palavra é a vida, a salvação.

9. Destacar que o mundo vive em trevas e que o homem precisa de salvação e que, por isso, a palavra de Deus é a luz para o mundo que está em trevas, isto é, ela é a salvação para o pecador.

10. Destacar a palavra evangelho e pedir que leiam o item da lição: “O que entendi”.

11. Perguntar aos alunos como eles entendem a importância do Evangelho de João em apresentar Je-sus como sendo o Verbo e a luz do mundo.

12. Questionar como eles podem participar da proclamação do evan-gelho para os pecadores nos dias de hoje.

13. Explicar que o evangelho de Jesus é a proclamação das boas-novas de salvação e que isto é levar luz ao mundo que se encontra em trevas e demonstrar que cada adolescen-

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22• Diálogo e Ação – Liderança

anúncio do início de um novo tempo sob o governo de Deus. Aqui está a boa-nova.

Na igreja primitiva, o evangelho estava focalizado em proclamar a morte e a ressurreição de Jesus. Crer nisto trazia a vida eterna, por isso, em grego, o termo para evangelho aparece cerca de 60 vezes nos escri-tos de Paulo.

Marcos usou o termo no versí-culo de abertura de sua obra: “Prin-cípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Posteriormente, a palavra evangelho ou boa notícia passou a designar todo o relato de Marcos a respeito da missão, morte e ressurreição de Jesus, bem como outros relatos de Mateus, Lucas e João.

PersPeCTIVas eVangéLICas soBre JesUs

Entre os Evangelhos do Novo Tes-tamento, João sustenta uma pers-pectiva singular. Enquanto Mateus, Marcos e Lucas escreveram sob a mesma perspectiva, João tem um foco diferente.

O Evangelho de João tem como proposta teológica assumir, pela fé no Salvador, a vida trazida por Jesus. Muitos têm rejeitado o Verbo eterno de Deus. Nós, como cristãos, preci-samos deixar que Cristo, o Verbo de Deus, brilhe em nossa vida.

te tem uma função importante em pregar o evangelho a todos os seus amigos, conhecidos e pessoas com as quais convive.

14. Terminar desafiando os alu-nos a realizarem, no decorrer da se-mana, a tarefa sugerida no término da lição.

Informações ComPLemenTares

o que significa evangelho?A palavra “evangelho é a trans-

literação de uma palavra grega que significa boa notícia ou boas-novas. A palavra grega era usada em épo-cas antigas para fazer referência ao nascimento de um imperador que era considerado um deus. No Anti-go Testamento, o termo equivalente em hebraico era usado para anunciar a nomeação de um rei (1Rs 1.24), o nascimento de um filho (Jr 20.15) e uma vitória em batalha (1Sm 31.8-10).

Os cânticos do Servo em Isaías profetizam que um servo procla-maria a boa notícia de libertação e o início de um novo tempo (Is 40.1-5; 52.7-10). No Novo Testamento, de-pois da prisão de João, Jesus anun-ciava a boa notícia que vem de Deus. Ele dizia: “Chegou a hora, e o reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evan-gelho” (Mc 1.14,15). Neste caso, a boa notícia ou evangelho significa o

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23Diálogo e Ação – Liderança •

oBJeTIVos

▪Entender que Jesus deu início ao seu ministério em Caná da Galileia, durante um casamento.

▪Identificar o milagre realizado nas bodas de Caná como sinal do início da era messiânica.

▪Reconhecer a importância da obediência na vida cristã

▪Reconhecer que Jesus ainda rea-liza milagres.

reCUrsos dIdÁTICos

▪Uma folha de papel manilha;▪Uma folha de cartolina branca;▪Canetas Pilot (azul, vermelha e

preta);▪Quadro-negro;▪Giz.

TéCnICas de ensIno

▪Para este estudo, sugerimos al-gumas atividades:

▪dinâmica: Conversação – apre-sentar algumas perguntas como: você acredita em milagre? Tem al-gum para compartilhar? Como você vê Deus sendo glorificado neste mi-lagre? Assim os alunos participarão expressando suas experiências e po-derão se inserir no contexto apresen-tado no texto.

▪Gerar um debate sobre os assun-tos expostos.

dICas

▪Preparar durante a semana um cartaz, feito com cartolina, conten-do a pergunta: “O que é milagre?” (que se encontra no item Informa-ções complementares).

▪Preparar um cartaz, feito com papel manilha, contendo algumas passagens bíblicas que falam da im-portância da obediência.

▪Pesquisar, durante a semana, co-mentários bíblicos que falam a res-peito do milagre nas bodas de Caná.

Um convidado especialtexto bíblico: João 2.1-11

PLano de aULa 2

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24• Diálogo e Ação – Liderança

desenVoLVImenTo do esTUdo

1. Iniciar a aula apresentando o cartaz contendo a pergunta: “O que significa milagre?” Iniciar uma con-versação com os alunos sobre o que eles entendem sobre a palavra “milagre”.

2. Explicar que a Bíblia apresenta vários milagres, mas que todos estão relacionados às manifestações diretas de Deus para com o homem e que estas manifestações têm o objetivo de honrar e glorificar o nome de Deus.

3. Explicar sobre milagres utili-zando as informações contidas no item “Informações complementares”.

4. O Evangelho de João apresenta o início do evangelho de Jesus com o milagre ocorrido nas bodas de Caná.

5. Explicar como eram as festas de casamentos, as bodas, no período bíblico, conforme consta na lição.

6. Destacar que Jesus não era uma pessoa festeira, porém, que em todo lugar que estava, seu principal objetivo era anunciar o evangelho de salvação das mais variadas formas possíveis, buscando alcançar as pes-soas pecadoras e levá-las ao arrepen-dimento e reconhecimento de que ele era o Messias prometido.

7. Pedir que os alunos leiam o item “Jesus costumava ir a festas” que consta na lição.

8. Pedir que eles comentem o que entendem sobre o milagre ocorrido nessa festa e como imaginam ter sido.

9. Destacar que o mais importan-te neste milagre é a obediência dos servos, principalmente por se tratar de estar vindo de um convidado.

10. Apresentar o cartaz contendo algumas passagens bíblicas sobre a obe-diência e pedir que os alunos comen-tem como eles entendem a obediência que o cristão deve ter para com Deus.

11. Perguntar aos alunos se eles se consideram obedientes aos ensina-mentos que constam na Bíblia.

12. Questionar se eles já leram a Bíblia toda e se têm o costume de lê- la em seus momentos devocionais.

13. Explicar que para entender os ensinamentos de Deus e ser-lhe obediente é necessário ler a Bíblia para conhecê-los, pois só assim é que o cristão será capaz de saber quando está obedecendo à voz de Deus ou desobedecendo.

14. Perguntar se eles acreditam em milagres ou se alguém tem algum milagre que ocorreu em sua vida e que possa contar para todos os presentes.

15. Pedir que os alunos partici-pem desse momento comentando como eles veem Deus sendo honrado e glorificado diante do milagre com-partilhado.

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25Diálogo e Ação – Liderança •

16. Terminar desafiando os alunos a realizarem, no decorrer da semana a tarefa, sugerida no término da lição.

Informações ComPLemenTares

o casamento judaico – Os ju-deus que viviam à época de Jesus entendiam o matrimônio como uma união sagrada. Afirma Ausu-bel: “A noiva judia era consagrada ao seu noivo e tornava-se sagrada para ele em virtude do ato de con-sagração” (KOOGAN A. (Ed.) Enciclopédia Ju daica, Volume 5, 1989, p. 126).

Afirma a jornalista e cerimonia-lista Daisy Monte que o casamento (no hebraico kidushin) é “a santifica-ção do homem e da mulher, um para o ou tro. A cerimônia de casamento judai co tradicional é cheia de rituais significantes que simbolizam a be-leza da relação de marido e mulher assim como as obrigações entre si e o po vo judeu. A cerimônia é primoro-sa e comemorada com festa”. Os noi-vos ficam proibidos de se verem na semana que antecede ao ca samento. Os locais mais comuns da cerimônia são a sinagoga ou um lo cal onde se constrói uma tenda. Dayse afirma sobre a tenda ce rimonial: “Origi-nalmente, era mon tada ao ar livre, sob as estrelas, sinal de bênção dada por Deus ao patriar ca Abraão, e fei-

ta com colunas que sustentam um tecido branco, decorado com flores e representando a casa a ser dividi-da pelo novo casal. Deve ser aberta nos quatro lados, co mo era a tenda de Sara e Abraão, para receberem pa-rentes e amigos com hos pitalidade. Os convidados homens ao entrarem no recinto devem colocar um solidéu acima dele, acompanhando-o, prote-gendo-o e guiando-o”.

o casamento judaico e o vi-nho – Uma festa de casamento, naquela época, podia durar até uma semana. E uma falha na hospitali-dade era consi derada ofensa séria; naquela comemo ração, o vinho aca-bou. Duas taças de vinho são servi-das no casamento judaico. O vinho é um sím bolo de alegria na tradição judaica e está associado com o casa-mento, com a ora ção de santificação recitada no Sábado e com as festivi-dades.

A falta do vinho foi resolvida pelo Senhor Jesus com o milagre da trans formação da água em vinho. As seis ta lhas de pedra, que eram usa-das nas pu rificações dos judeus, ti-nham capacida de para 450 litros. A água foi transfor mada em vinho de superior qualidade, representando a nova ordem da era mes siânica, pois o vinho viria a simbolizar o sangue de Cristo (DOCKERY, David S. (Ed.) Manual bíblico Vida Nova. São Pau-lo: Vida Nova, p. 648).

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26• Diálogo e Ação – Liderança

PLano de aULa 3

Deus entre nóstexto bíblico: João 3.1-18

oBJeTIVos

▪Entender o que é novo nasci-mento.

▪Reconhecer que a salvação não pode ser obtida por nenhum outro meio se não pela graça salvadora.

▪Reconhecer a necessidade de crer em Jesus para nascer de novo.

▪Entender que crer, na Bíblia, significa seguir fielmente os ensina-mentos de Jesus.

▪Reconhecer que é necessário nascer de novo, mudar de vida para ser um cristão.

reCUrsos dIdÁTICos

▪Uma folha de papel manilha;

▪Uma folha de cartolina branca;

▪Canetas Pilot (azul, vermelha e preta);

▪Quadro-negro;

▪Giz.

TéCnICas de ensIno

Para este estudo sugerimos a uti-lização de recursos visuais, interação com a aula por meio de leituras e da explosão de ideias, análise dos textos bíblicos, comparação com os fatos da atualidade.

Também sugerimos a pesquisa e a informação atualizada para que os textos a serem estudados sejam com-parados com a vida cotidiana dos adolescentes.

dICas

▪Preparar durante a semana car-taz, feito com cartolina, contendo a pergunta: “O que é nascer de novo?”

▪Preparar um cartaz, feito com papel manilha, contendo o fruto do Espírito que consta em Gálatas 5.22,23.

▪Pesquisar, durante a semana, a respeito do comportamento cristão no mundo de hoje.

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desenVoLVImenTo do esTUdo

1. Iniciar a aula pedindo que os alunos leiam a primeira parte da lição.

2. Questionar se os alunos têm conversado com Deus sobre suas dú-vidas, seus projetos e sobre sua vida cristã.

3. Explicar que o encontro de Ni-codemos apresenta a necessidade de dialogar com Deus e que ele sempre está disposto a nos ensinar, assim como Jesus fez com Nicodemos.

4. Explicar que as respostas de Deus vêm das mais variadas formas, principalmente, pela atuação do Espírito Santo sobre a vida de cada cristão.

5. Pedir que os alunos leiam o item “O olhar de Nicodemos para Jesus” e perguntar se, quando os alu-nos conversam com Deus, o veem como sendo o Senhor de suas vidas.

6. Destacar que Deus não tem a obrigação de realizar as nossas von-tades, porque ele é o Senhor de nossa vida, por isso, o respeito de Nicode-mos em reconhecê-lo como Mestre é muito importante para nossa vida.

7. Apresentar o cartaz, feito com cartolina, contendo a pergunta: o que é nascer de novo?

8. Questionar sobre o que os alu-nos entendem ser o novo nascimento na vida cristã e como eles podem de-monstrar isto para as pessoas.

9. Destacar que o mais importan-te nos dias atuais é que cada cristão apresente mudança em sua vida.

10. Apresentar o resultado da pesquisa, feita no decorrer da sema-na, sobre como tem sido o compor-tamento cristão.

11. Perguntar aos alunos como eles veem os evangélicos nos dias atuais e quais os exemplos de mu-dança de vida que eles podem desta-car nos dias de hoje.

12. Questionar se eles têm de-monstrado esta mudança em seu lar, sua escola, entre seus amigos e vizi-nhos e, até mesmo, na igreja.

13. Explicar que o novo nasci-mento do cristão, isto é, a mudan-ça de vida que o cristão apresenta é resultado de uma vida dirigida pelo Espírito Santo e que isto ocorre quando o cristão dá plena liberdade para que o Espírito Santo atue em sua vida.

14. Apresentar o cartaz, feito com papel manilha, contendo o tex-to de Gálatas 5.22,23 e que apresen-ta o fruto do Espírito.

15. Pedir que os alunos desta-quem os frutos que eles percebem estarem sendo produzidos em suas vidas.

16. Incentivar os alunos a darem mais liberdade ao Espírito Santo de Deus para que suas vidas sejam di-rigidas por ele e, assim, produzam

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frutos dignos de arrependimento, conforme a Bíblia orienta.

17. Terminar desafiando os alu-nos a realizarem, no decorrer da se-mana, a tarefa sugerida no término da lição.

Informações ComPLemenTares

regeneração – Significa tornar a gerar; dar à luz de novo; nascer de novo. Então, regeneração significa que a pessoa recebe uma nova e san-ta natureza de Deus. Santa porque é separada para Deus e por ele. Qual-quer pessoa que queira fazer parte do reino de Deus precisa ser regenerada, isto quer dizer que a pessoa preci-sa ter esta nova vida (natureza) em Cristo.

Então, a regeneração significa nas-cer de novo (1Pe 1.3-5) e quem nas-ce de novo torna-se uma nova pessoa (2Co 5.17).

Somos uma nova criatura em Cristo, pois somos gerados por inter-médio da Palavra de Deus (Tg 1.18); se somos gerados por intermédio da Palavra de Deus, somos gerados pelo o que Deus falou. Então, Deus é quem nos dá a vida e, por isso, somos seus filhos (Jo 1.10-13).

Somos feitos filhos de Deus, por-que cremos em Jesus como nosso Se-nhor e Salvador. É por isso que somos regenerados e o Espírito Santo de Deus é o nosso regenerador. Quem é regenerado, quem é nascido de Deus, quem é nascido de novo não

é condenado ao inferno pelo pecado (Rm 8.1,2).

Ao crermos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Salvador, somos libertos do pecado (Rm 6.1-14) e quem crê em Jesus como Senhor e Salvador da sua vida, guarda e obe-dece aos seus mandamentos (1Jo 5.3,4) e não vive na prática do pe-cado (1Jo 3.8-11). Isto não significa que ao aceitarmos Cristo nunca mais pecaremos e, sim, que não viveremos praticando o pecado continuamen-te. Vamos entender isto melhor. Pe-camos, vemos que estamos errados, pedimos perdão a Deus e não pra-ticamos mais esse pecado. Também não temos mais prazer nele. Pois quem não tem Cristo como Senhor e Salvador da sua vida tem prazer em pecar, mas nós, não. Afinal, estamos vivendo uma nova vida.

Temos uma nova vida, nascemos de novo, somos regenerados e pode-mos provar isto porque amamos o próximo (1Pe 1.22; 1Jo 4.7,20,21), pois temos um novo coração dado por Deus (Ez 36.26-28). Recebemos um transplante de coração “ESPIRI-TUAL” e este coração vem de Deus, podemos dizer assim.

Agora, somos filhos de Deus, gerados pela sua Palavra (Bíblia) de salvação pelo sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados (Ef 4.17-5.21).

A essência do novo nascimento – O fundo do discurso sobre o novo nascimento consiste na insuficiência de uma crença baseada em sinais ex-ternos. Uma mudança radical do co-

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ração é imprescindível para o novo nascimento e essa mudança se des-creve em termos de um nascimento vindo do alto, isto é, de Deus.

Nicodemos mostra-se impressio-nado com os milagres que Jesus faz, mas uma crença baseada em milagres é inadequada, pois deixa o âmago da personalidade humana infrutífera. Somente a renovação interior permi-te ao homem participar no reino de Deus.

Nicodemos maravilha-se com Je-sus, mas não o entende. Jesus nãoes-tava falando de um nascimento físi-co, mas de um ato criativo de Deus no homem interior.

A vida espiritual não se transmite por processo natural, nem se identi-fica com qualquer existência carnal. Ela se encontra em Jesus, que veio do céu com perfeito conhecimento de Deus, a fim de revelá-lo aos homens (SHEDD, Russel (Ed.) Novo Co-mentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, p. 1.068, Vol. III).

A nova vida em Cristo – A re-generação, isto é, a nova vida, é algo que Jesus não só ensinava como as pessoas sentiam e viviam ao terem o primeiro contato com ele e isto ocor-re até os dias de hoje conforme João 3.1-7.

Ser cristão inicia com um a deci-são pessoal diante de Jesus, porém, seguir seus ensinamentos e viver a vida como ele ensinou é um processo que precisamos conhecer a cada dia e a todo instante, por isso, devemos sempre ler a Bíblia, orar e ir à igreja.

A pergunta feita por Nicodemos no texto de João é muito pertinente até para nós. Afinal, como será, o que será e em que momento ela inicia, fazem parte de outras que temos a partir do momento que aceitamos Cristo. Ape-sar das perguntas aumentarem cada vez mais, sempre encontraremos as res-postas na Bíblia e pela oração. Então, vamos ver o que a Bíblia relata sobre a nova vida em Cristo.

– Quem aceita Jesus como seu Se-nhor e Salvador é uma nova criatura, isto é, passa a viver uma nova vida – 2 Coríntios 5.17;

– O cristão deve se libertar dos de-sejos do homem sem Deus e se revestir como nova criatura em Cristo – Efé-sios 4.20-24;

– A nova vida em Cristo nos muda completamente do que éramos no pas-sado – Tito 3.3-6;

– Quem nasce de novo não é con-denado ao inferno e não vive na práti-ca do pecado – Romanos 8.1,2; 1João 3.7-10.

O cristão é uma nova criatura li-bertado domínio do pecado e que obe-dece aos mandamentos de Deus – 1 João 5.3,4; Romanos 6.1-14

Nascer de novo não é algo simples, é como um nascimento de uma crian-ça mesmo. Passamos por todas as eta-pas que uma criança passa, porém com um entendimento diferente e sentindo a presença de Deus em nossas vidas.

Para que aprendamos a viver a nova vida em Cristo precisamos ler a Bíblia, orar, ir à igreja e buscar a Deus a cada dia mais.