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em comunidade 1 Em 11 de Outubro passado o Papa Bento XVI abriu solenemente o Ano da Fé. Muitas graças serão auferidas ao longo deste Ano pelos cristãos católicos que procederem de acordo com as diretrizes do Papa e do nosso Bispo Diocesano D. Ercílio Turco. O Ano da Fé é o encontro, ou reencontro, dos fiéis cristãos com as raízes e as razões da Fé Católica, se constituindo também em um novo impulso na transmissão do Patrimônio da Fé, que os cristãos vivem e partilham há tanto tempo, desde as origens. O Ano da Fé comemora, também, o 50º aniversário do Concílio Vaticano II, cujas lições nos impactam diariamente ainda hoje. O Papa João Paulo II promoveu também a edição do Catecismo da Igreja Católica, uma exposição completa da doutrina, que completa agora 20 anos de sua edição original. Os documentos do Concílio e os textos do CIC devem ser lidos e meditados, sempre que possível. Para nos lembrar disso, a Igreja Católica pede, como mínimo, que todo fiel recite diariamente a sua Profissão de Fé, o Credo. Há, pelo menos, 3 fórmulas válidas da Profissão de Fé, sendo as mais conhecidas o Símbolo dos Apóstolos e o Símbolo Niceno- constantinopolitano. O primeiro é rezado nas Missas dominicais habitualmente e o segundo é rezado nas grandes festas litúrgicas, como o Natal do Senhor e a Páscoa da Ressurreição do Senhor. Para melhor nos habituarmos a isto, o EM COMUNIDADE irá focar, em cada um dos próximos 12 números, uma parte do Credo de acordo com a Liturgia mensal. Neste mês de Dezembro temos o Natal do Senhor Jesus. Então mostramos, no texto dos 2 Credos, o que cremos a respeito da Encarnação de Jesus Cristo, o Verbo de Deus. Em um outro mês, como por exemplo no tempo de Pentecostes, focalizaremos o Espírito Santo, e assim por diante. Vamos todos procurar entender o desenvolvimento do Ano de Fé e as comunicações da Igreja. Você irão aprender muito e poderão lucrar muitas indulgencias plenárias, para si próprios ou para os fiéis falecidos, ao longo do Ano da Fé, seguindo as prescrições da Igreja. Pe. Marcos Galdino Boletim informativo Mensal Ano XI - Nº 126 - Dezembro | 2012 Diocese de Osasco Distribuição interna e gratuita Palavra do Pároco Ano da Fé Pag.05 São Pedro Canísio O Padre não é um homem, é o sacrifício de um homem. Em mais uma época difícil para a Igreja, em função do crescimento do protestantismo, a Divina Providência trás ao mundo São Pedro Canísio. Este sa- cerdote sacrificou toda a sua vida... São Nicolau – O Santo que originou Papai Noel São Nicolau nasceu na cidade de Mira, da Província de Lícia, Ásia Menor, no ano de 275. Desde sua infância, demonstrou sua profunda religiosidade. Após a morte dos seus pais, São Nicolau herdou uma... São João Evangelista Assim como a grande maioria dos personagens do Novo Testamento, não conhecemos quase nenhuma referência histórica sobre a vida de são João Evangelista. O que sabemos sobre ele deduzimos de suas epístolas... Pag.06 Pag.03 Símbolo Niceno-constantinopolitano ......Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E, por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus: e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem......”. Símbolo dos Apóstolos .....Creio .... em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria.........”.

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Em 11 de Outubro passado o Papa Bento XVI abriu solenemente o Ano da Fé. Muitas graças serão auferidas ao longo deste Ano pelos cristãos católicos que procederem de acordo com as diretrizes do Papa e do nosso Bispo Diocesano D. Ercílio Turco.

O Ano da Fé é o encontro, ou reencontro, dos fiéis cristãos com as raízes e as razões da Fé Católica, se constituindo também em um novo impulso na transmissão do Patrimônio da Fé, que os cristãos vivem e partilham há tanto tempo, desde as origens. O Ano da Fé comemora, também, o 50º aniversário do Concílio Vaticano II, cujas lições nos impactam diariamente ainda hoje.

O Papa João Paulo II promoveu também a edição do Catecismo da Igreja Católica, uma exposição completa da doutrina, que completa agora 20 anos de sua edição original. Os documentos do Concílio e os textos do CIC devem ser lidos e meditados, sempre que possível.

Para nos lembrar disso, a Igreja Católica pede, como mínimo, que todo fiel recite diariamente a sua Profissão de Fé, o Credo. Há, pelo menos, 3 fórmulas válidas da Profissão de Fé, sendo as mais conhecidas o Símbolo dos Apóstolos e o Símbolo Niceno-constantinopolitano. O primeiro é rezado nas Missas dominicais habitualmente e o segundo é rezado nas grandes festas litúrgicas, como o Natal do Senhor e a Páscoa da Ressurreição do Senhor.

Para melhor nos habituarmos a isto, o Em ComunidadE irá focar, em cada um dos próximos 12 números, uma parte do Credo de acordo com a Liturgia mensal. Neste mês de Dezembro temos o Natal do Senhor Jesus. Então mostramos, no texto dos 2 Credos, o que cremos a respeito da Encarnação de Jesus Cristo, o Verbo de Deus.

Em um outro mês, como por exemplo no tempo de Pentecostes, focalizaremos o Espírito Santo, e assim por diante.

Vamos todos procurar entender o desenvolvimento do Ano de Fé e as comunicações da Igreja. Você irão aprender muito e poderão lucrar muitas indulgencias plenárias, para si próprios ou para os fiéis falecidos, ao longo do Ano da Fé, seguindo as prescrições da Igreja.

Pe. Marcos Galdino

Boletim informativo MensalAno XI - Nº 126 - Dezembro | 2012Diocese de OsascoDistribuição interna e gratuita

Palavra do Pároco

Ano da Fé

Pag.05São Pedro CanísioO Padre não é um homem, é o sacrifício de um homem. Em mais uma época difícil para a Igreja, em função do crescimento do protestantismo, a Divina Providência trás ao mundo São Pedro Canísio. Este sa-cerdote sacrificou toda a sua vida...

São Nicolau – O Santo que originou Papai NoelSão Nicolau nasceu na cidade de Mira, da Província de Lícia, Ásia Menor, no ano de 275. Desde sua infância, demonstrou sua profunda religiosidade. Após a morte dos seus pais, São Nicolau herdou uma...

São João EvangelistaAssim como a grande maioria dos personagens do Novo Testamento, não conhecemos quase nenhuma referência histórica sobre a vida de são João Evangelista. O que sabemos sobre ele deduzimos de suas epístolas...

Pag.06Pag.03

Símbolo Niceno-constantinopolitano“......Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E, por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus: e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem......”.

Símbolo dos Apóstolos “.....Creio .... em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria.........”.

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EXPEDIENTEPÁROCOPe. Marcos de Oliveira Galdino

ENDEREÇOSGruta: Pça Oiapoque, 300 - Alphaville - Barueri - SP - CEP 06454-060TEL. 4191 1742 - 4193 3437Igreja Matriz: Av. Piraíba, 432 - AlphavilleCapela São José: Calç.Orquídeas, 209 - 3º [email protected] www.paroquiansdelourdes.org.br

CURSO DE BATISMO1º Domingo do Mês das 16h00 às 18h00-Gruta

BATIZADOS3º Domingo do mês – 17h00 BENÇÃO RESIDENCIAL E COMERCIAL6ª feiras - marcar horário na secretaria

HORÁRIO DAS MISSAS GRUTA:- 2ª a 6ª feira: 7h30- Sábados: 16h00- Domingos: 9h30 - 11h00

IGREJA MATRIZ- Domingos 19h30- Domingos - (Em espanhol) -18h00- 1ª sexta-feira do mês - 20h00

SOLAR VILLE GARAUDE Última 4ª feira do mês - 15h00

CAPELA SÃO JOSÉ- 5ª Feira - 12h30- Última 2º do mês: 20h00

CAPELA SÃO JOSÉ - GRUPO DE ORAÇÃO - atividades

- 2ª feiras: 19h30- 4ª feiras: 12h30- 5ª feiras: SOS Oração: 13h30 às 17h00- Sábados: SOS Oração: 14h00 às 17h30- 1ª sexta feira do mês: Vigília de Oração: 21h00- Diariamente: Visita ao Santíssimo:9h00 às 17h00

SECRETARIA2ª,4ª,5ª e 6ª feiras: 7h30 às 16h453ª feiras - 7h30 às 10h00 Sábado 9h00 às 11h00

CONFISSÃO5ª feira: 8h00 - 11h00

PASTORAL DA COMUNICAÇÃOCoordenação: Luiz WeyColaboradores: Ana Paula e Celso Tracco, Celeste Wey, Luciano Bandeira, Silvania Renesto, Marie Takeda, Jair Ortega, Silvia e Ricardo Anauate, Noêmia Fernandes, Wes-ley Oda, Marivan Pinheiro e Marilaine M. Pires De LuciaSite: Cláudio Victor DonatoProjeto Gráfico: ML&A ComunicaçõesImpressão: Santhafé Gráfica Tiragem: 1.000 exemplares

As opiniões expressas nas páginas deste jornal são de total e inteira responsabilidade dos autores identificados em cada artigo.

No domingo, 30 de Dezembro, celebramos a festa da Sagrada Família. O projeto de Deus para a redenção de toda a humanidade tem como centro a encarnação do seu Filho como homem vivendo entre nós. Deus Pai escolheu para acolher Jesus, uma família humilde e honrada. Os Anjos intercederam junto a Maria e a José que aceitaram e aderiram plenamente ao desígnio de Deus e se disponibilizaram a amar e educar Jesus, constituindo a Sagrada Família. Assim se cumpriram as profecias e a nossa salvação.

Jesus cresceu e viveu com proteção, amor, formação religiosa, escolar, cívica, e profissional. Quando o Messias começou a trilhar os caminhos, aldeias e cidades, pregando o Evangelho, era conhecido como o filho de José, o carpinteiro da Galiléia. Até ser identificado como o Filho de Deus aguardado pelo povo eleito, Jesus trabalhou, conheceu as agruras dos operários e o suor necessário para ganhar o pão de cada dia.

A Sagrada Família é a referência de todos os tempos. Jesus, Maria e José, viveram inteiramente voltados para Deus Pai, numa vida de doação, simplicidade e generosidade. A família é a primeira célula da sociedade; é a Igreja doméstica, é a escola das virtudes, é onde primeiramente vivenciamos os mandamentos de Deus, exercitando a obediência, a confiança, a cooperação, o perdão, o respeito e a caridade, de tal forma que estas práticas nos formem e nos preparem para assumirmos nosso papel no mundo. Os pais devem ser para os filhos os primeiros educadores da fé, mediante a Palavra e o exemplo. O amor, a sinceridade, a compreensão e o diálogo, fortalecem a união familiar. O lar cristão deve ser como o de Nazaré, onde Deus está no centro do amor entre todos.

A vivência do dia a dia nos coloca frente a alegrias e dissabores, mas os ensinamentos da Sagrada Família nos mostram que a fé, a serenidade, o amor e o respeito são os alicerces que nos fortalecem para enfrentar todas as situações e dificuldades. A proposta não é nos fazer ingênuos, mas prudentes e sábios, impedindo que o egoísmo e a soberba tenham espaço. Os obstáculos do caminho não são para a queda, mas são as ocasiões propícias para o aprimoramento espiritual e o encontro com Cristo.

Santificar o lar é cuidar sempre, rezar sempre, confiar em Deus em todos os momentos, porque só o Senhor Deus pode curar onde dói e pode ir onde não podemos ir.

Peçamos a Deus Pai que abençoe as famílias! Que Cristo Senhor, Rei do Universo, esteja presente, como nas bodas de Caná, em cada lar cristão, para dar luz, alegria, serenidade e fortaleza. Como disse o Papa João Paulo II “o futuro da humanidade passa pela família”.

Silvania Renesto

SAGRADA FAMÍLIAJESUS, MARIA e JOSÉ

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Assim como a grande maioria dos personagens do Novo Tes-tamento, não conhecemos quase nenhuma referência histórica sobre a vida de são João Evangelista. O que sabemos sobre ele deduzimos de suas epístolas, do evangelho atribuído à sua comunidade e do livro do Apocalipse, escritos que a teologia cristã denomina de corpus joanino. Também são de grande va-lia os documentos escritos pelos primeiros Padres da Igreja, como são Policarpo (+156), bispo de Éfeso e discípulo de são João e santo Irineu (+ 202) discípulo de Policarpo.Segundo a tradição cristã, João era o mais jovem dos discípulos de Jesus e também aquele que morreu com a mais longa ida-de, cerca de 95 anos. João era pescador, assim com seu irmão Tiago (maior), filhos de Zebedeu e provavelmente trabalhavam próximos de Pedro e André, também pescadores no Mar da Galiléia. De acordo com o Evangelho de Marcos, João estava entre os quatros primeiros discípulos que Jesus chamou (cf. Mc 1,16-20). O mesmo relato, com pequenas diferenças, também aparece em Mt 4,18-22 e Lc 5,1-11. Portanto João estava, des-de o início da vida pública de Jesus, ao seu lado. São inúmeras as passagens nos evangelhos que mencionam João (faça por sua conta essa pesquisa bíblica, quantas vezes João (evange-lista) é mencionado nos evangelhos sinóticos). Ainda segundo a tradição da Igreja, João era o discípulo que Jesus amava, no entanto, apenas no evangelho de João é mencionada essa pas-sagem; a que Jesus, na cruz, diz: “Mulher, eis teu filho” e ao discípulo, “Eis tua mãe”(cf. Jo 19, 25-27). João sofreu exilo na ilha de Patmos (cf. Ap 1, 9). Livre da prisão viveu em Éfeso, onde morreu por volta do ano 100, de acordo com Eusébio de Cesaréia (+ 340) em História Eclesiástica.O corpus joanino é vasto e com vários tipos de literatura como, cartas, narrativas e apocalíptica. João e sua comunidade eram profundos conhecedores das tradições judaicas, tais como: festas, rituais, símbolos e sua cosmologia. Isso transparece

SÃO JOÃO EVANGELISTA

No dia 30/10/2012, às 20h, aconteceu à noite de preparação para o “Envio” dos Ministros Ex-traordinários da Comunhão, do Batismo, da Palavra e do Enfermo; este envio tem a duração, ou mandato, de 3 anos e, quando termina poderá ser renovado ou não, conforme decisão in-dividual e do nosso pároco. Hoje, nossa comunidade conta com 81 Ministros extraordinários.

O Envio aconteceu na cerimônia de Cristo Rei, no dia 25/11/2012, onde o nosso Bispo Dom Ercilio Turco, reuniu toda a diocese no Ginásio José Correia em Barueri. Foi um acontecimen-to muito bonito e todos os Padres da Diocese de Osasco concelebram com o Bispo D. Ercílio.

Tivemos também em complemento a preparação dos Ministros ou, Semana dos Ministérios, que aconteceu entre os dias 06 a 09 de Novembro de 2012, com a seguinte programação:

06/11/2012 Palestrante: Padre Edilson. Tema: Fundamentação da Doutrina dos Ministérios Leigos na Igreja.

07/11/2012 Palestrante: Padre Edilson. Tema: Orientação das Celebrações dos Ministérios Leigos na Igreja.

08/11/2012 Palestrante: Padre Rogério Tema: Ministérios Leigos na Igreja Primitiva

09/11/2012 Missa de encerramento - Padres Edilson, Rogério e Márcio.

Para finalizar o processo de confirmação do Envio de nossos Ministros, teremos no dia 09/12/12 uma única Missa às 11hs na Igreja Matriz, em que todos os Ministros estarão presentes.

Marilaine M. Pires De Lucia

Ministros Extraordinários

fortemente em seus escritos. Sua teologia é cristocêntrica re-forçando a natureza divina da encarnação em Jesus. João, prin-cipalmente em suas epístolas, já combate as primeiras heresias surgidas no cristianismo nascente. A primeira carta de João traz uma das afirmações mais impactantes do cristianismo, hoje lar-gamente usada e difundida: “Deus é amor” (cf. 1 Jo 4,8.16).Todo o corpus joanino enfatiza a natureza divina de Jesus, o Messias, Filho de Deus. Desde o prólogo, em seu evangelho, João mostra a relação íntima de Jesus com o Pai. Essa mani-festação de Jesus como Filho de Deus, constituirá todo o corpo do Evangelho de João. A manifestação do Pai no Filho é para a glória de Deus, porém, essa glória não é estática, contem-plativa. Ela reside na revelaçaão recíproca do Pai e do Filho, através do amor (cf. Jo 17,15), desde o início de seu ministério na Galiléia até a sua Paixão na cruz.Muito importante para nós cristãos e católicos, é que os dis-cípulos estão associados a essa glória, não como meros espectadores, mas na medida em que contribuem para manifestar a revelação, na qualidade de seguidores e no perfeito seguimento de Jesus. Este verdadeiro seguimento é o que os capacita para serem testemunhas de Cristo no meio do mundo. Assim, para cum-prir sua função de revelação, as ações do discipulado derivam de um ato de fé sem o qual as obras de Jesus ficariam sem significado. João é o evan-gelista que mais exorta a divindade de Jesus.

Celso Tracco

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A religiosidade popular, a devo-ção a Maria Santíssima manifes-tada nas orações do Terço, nas

Ladainhas, nas Novenas, etc foi por muito tempo o que sustentou a

fé dos fiéis católicos, principalmente quando da escassez do Clero ou na difi-

culdade de acesso dos Padres aos fiéis leigos. A Igreja reconhece e honra Maria como verdadeira Mãe de Deus, o nosso redentor. Ela filha predileta, em vista da sua par-ticipação nos méritos de Seu Filho, foi desde sempre prepara-da para ser o sacrário do Espírito Santo e “enriquecida com a sublime prerrogativa e dignidade de Mãe de Deus Filho” (LG 53). O senso dos fiéis, isto é, o povo de Deus, meditando a Palavra de Deus e contemplando os mistérios do Rosário foi a muito entendendo que a Mãe de Deus fora preservada da mancha do pecado, mas houve muito debate e estudo por parte dos Padres da Igreja e por diversos teólogos. Santo Agostinho declara: “Quando se trata de pecado em Maria, pela honra de-vida ao Senhor, não quero nem discutir. É impossível entregar Maria ao Diabo, sequer por um só momento”. Dionísio o Car-tucho, afirma: “É horroroso para nós dizer que esta mulher, que iria esmagar a cabeça da Serpente, tenha sido alguma vez esmagada por ela...”. Miss Baker: “Depois que descobri Cris-to como Deus, a mera suposição de uma falta em Maria me parecia infligir a ele um ultraje”. As principais bases bíblicas meditadas por teólogos e pelos Santos Padres foram: 1 – Cheia de graça (Lc 1,28) esta expressão é única em toda Bíblia, sig-nifica literalmente “plenamente agraciada”, “repleta de graça”, cheia de graça desde o momento de sua concepção. 2 – “Por-que realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso” (Lc 1,49), uma das maravilhas é sua imaculada conceição. A graça da imaculada está a serviço da encarnação redentora de Seu Filho Jesus e assim também entendemos como Maria foi a pri-

meira redimida por Seu Filho e de modo perfeito, porque para ser Mãe do Salvador foi preservada da mancha do pecado ori-ginal. “O modo de redenção para nós é curativo, enquanto para a Virgem foi preventivo”. (Fr. Clodovis Boff).

As aparições de Nossa Senhora das Graças (1831-1832) prepa-ram a fé no dogma e as aparições de Nossa Senhora de Lourdes (1857) confirma o dogma declarado em 1854 pelo Papa Pio IX na bula Ineffabilis Deus: “Em honra da Santa e indivisível Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para a exaltação da fé católica e para o incremento da Reli-gião Cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos santos Apóstolos Pedro e Paulo e com a Nossa, DECLA-RAMOS, PRONUNCIAMOS E DEFINIMOS como doutrina revelada por Deus o seguinte: A Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, por singular graça e privi-légio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, FOI PRESERVADA IMUNE DE TODA MANCHA DE PECADO ORIGINAL. Essa doutrina, pois, deve ser crida firmemente e inviolavelmente por todos os fiéis...”. É isso que o dogma da Imaculada Conceição confessa, que Maria a cheia de graça, a repleta de graça, foi redimida des-de a sua concepção. Contudo ser a repleta de graça, a plena de graça, não fez com que o caminho de Maria fosse mais fácil do que o nosso caminho, mas ela soube sempre de modo exemplar contornar as dificuldades e cooperar com a missão de Seu Filho Jesus, em tudo Maria aponta para Jesus, ela não quer nada para ela, pois se reconhece criatura, ela aponta para Jesus: “Fazei tudo o que Ele vos disser...” (Jo 2,5). Na escola de Maria apren-demos o abandono sem reservas a Deus, tudo nela é Paz, tudo nela é Amor, tudo nela conduz ao único e verdadeiro caminho: seu Filho Jesus Cristo. Que Deus os abençoe e os guarde!

Marie Tajima Takeda

8 de dezembro - Festa da Imaculada Conceição de Maria

No dia 12 de dezembro comemoramos Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América e Estrela da Nova Evangelização. As aparições da Virgem de Guadalupe ao índio asteca Juan Diego, ocorridas em 1531, no Monte Tepeyac, México, promoveram uma renovação espiritual no povo de então, e nos povos da atualidade, através de uma nova evangelização.

Que presente maravilhoso de Deus para todos nós! - o retrato de Maria Imaculada, Mãe de Deus e nossa, estampado por mãos não humanas, na “tilma” (manto) do índio convertido, presente este que permanece para nossa sincera devoção, até os dias de hoje. Des-de os tempos mais remotos, o monte Tepeyac era utilizado pelos povos meso-americanos para a realização do culto a uma divindade chamada Tonantzin, que significa na língua indígena “nossa mãezinha”.

Este fato, por desígnio divino, facilitou a assimilação da mensagem trazida pela Virgem de Guadalupe: QUE ELA É A MÃE DO VERDADEIRO DEUS E NOSSA MÃE.

Temos uma Mãe misericordiosa, que muito nos ama e intercede por nós junto a seu filho Jesus, quando a Ela nos dirigimos com confiança filial.

Atualmente, Nossa Senhora de Guadalupe, Virgem Milagrosa, é visitada por milhões de fiéis, fazendo de sua Basílica, o 2º santuário mais visitado do mundo católico.

O beato Papa João Paulo II visitou-a por três vezes, ajoelhou-se diante da imagem da Virgem, invocando a sua assistência maternal e dirigiu-se a Ela como “a Mãe da América”. Para o pontífice não existem Américas, mas uma só América, aquela sob o manto da Virgem de Guadalupe. Como João Paulo II, entreguemos todos nossos anseios, nas mãos redentoras da Mãe Amada.

Nossa Senhora de Guadalupe, a vós recorremos em nossas necessidades, lembrando sempre vossas palavras amorosas, que afirma-ram a Juan Diego “Não estou eu aqui, que sou tua mãe?”

Marivan Pinheiro

Nossa Senhora de Guadalupe

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O Padre não é um homem, é o sacrifício de um homem. Em mais uma época difícil para a Igreja, em função do crescimento do protestantismo, a Divina Providência trás ao mundo São Pedro Canísio. Este sacerdote sacrificou toda a sua vida pre-gando e ensinando a doutrina católica. Natural de Nimega, na Holanda, onde nasceu em 8 de maio de 1521, filho de Jacob Canísio, burgomestre local, e Egídia van Houwenin-gen, Pedro perdeu a mãe aos dois anos de idade. Na idade escolar, foi enviado para Colônia para o estudo de artes, direito civil e teologia. Aos 19 anos recebeu o grau de doutor em direito civil, e foi para Louvaina estudar o Direito Canônico. Mais tarde, viria a ser também Doutor em Teologia e Doutor da Igreja. Decidiu dedicar sua vida à evangelização como membro da Companhia de Jesus.

Foi ficando cada vez mais conhecido em função da notável inteligência de seus sermões. O Cardeal Othon Truchess, Bispo de Augsburgo, admirado com o conhecimento e virtude de Canísio pen-sou em convidá-lo para o Concílio de Trento. Antes de fazer o convite, consultou Santo Inácio de Loyola que prontamente disse que a escolha não poderia ter sido me-lhor. Suspensas as sessões do Concílio, Santo Inácio de Loyola chamou-o a Roma. Os dois san-tos tinham necessidade de se conhecerem pessoalmen-te. Todo encontro de Santos neste mundo é sempre um céu na terra! Permaneceu durante cinco meses na Casa-mãe dos Jesu-ítas em Roma. Depois disso Santo Inácio o enviou para ensinar retórica no colégio de Messina. Em função do crescimento dos protestantes Santo Inácio de Loyola sentiu a necessidade de preparar homens para o combate da fé. Esses homens supera-ram rapidamente os hereges.

Em 1552, Santo Inácio o enviou ao novo colégio da Compa-nhia, em Viena. Na Áustria, perigava a fé. Não só o clero se-cular e as ordens religiosas, como também as escolas, estavam impregnadas pelo pensamento de Lutero. Havia cidades sem pastor, os sacramentos estavam abandonados, não se celebra-vam mais cerimônias religiosas. Nessa triste situação, Canísio multiplicou-se por si mesmo, pregando na corte, ao povo e às crianças. Durante a peste que assolou o país, pregou a recon-versão a Deus e assistiu heroicamente os empestados e os mo-ribundos. O Imperador germânico Ferdinando havia pedido a Santo Inácio um apanhado curto e sólido da doutrina católica, capaz de refutar inúmeros panfletos protestantes contra a Fé. Canísio foi incumbido dessa tarefa, surgindo assim a “Suma da Doutrina Cristã”. Ferdinando divulgou e distribuiu tal súmula por todo seu Império, e Felipe II, da Espanha, a fez imprimir e distribuir em seus Estados do novo e do velho continentes.

Dessa súmula diz o bem-aventurado Papa Pio IX, no breve de beatificação de Pedro Canísio: “Tendo notado que a heresia se propagava por toda parte por meio de pequenos livros, Canísio pensou que não havia melhor remédio contra o mal do que um bom resumo da doutrina cristã. Ele compôs então o seu, mas com tanta exatidão, clareza e precisão, que não existe outro

tão próprio para instruir e confirmar os povos na Fé católica”. São Pedro Canísio tinha uma especial qualidade para resumir os ensinos dos grandes teólogos e os apresentar de maneira simples para que o povo pudesse entender. Redigiu dois Cate-cismos, um mais simples para uso de principiantes, e outro um

pouco maior e mais detalhado. Ambos usavam o método de perguntas e respostas. O primeiro com 59 perguntas e

o segundo com 122.

Naquela época era comum haver amplos de-bates entre Católicos e protestantes. Por escolha dos príncipes católicos e ordem do Papa, tomou parte nas discussões re-ligiosas com os luteranos, refutando Me-lanchton, discípulo predileto de Lutero. Antes de participar do debate, escreveu ao Papa dizendo que esses tipos de dis-cussões em assembleias eram inúteis. Observou previamente que, como nin-guém quer ficar por baixo, a paz das consciências e a busca da verdade são

trocadas por discordâncias tenazes e rancores amargos. Mesmo contra a sua

vontade, mas por humildade e obediência ao Papa, aceitou participar. Os debates come-

çam em 11 de Setembro de 1557. Canísio, logo de início, fez apenas uma “pergunta-armadilha”

para Melanchton que lançou confusão total entre os protestantes, que começaram a discutir entre si, até pro-

vocar o fim da assembleia. A pergunta foi: “condenais os erros de Calvino, Zuínglio e Ilírico?” Como tinha dito para o Papa as discussões eram inúteis, porém, com brilhante inteligência, ganhou o debate com apenas uma pergunta. Como não queria discutir, jogou a discussão para os protestantes. Sabia que o consenso e a unidade seriam impossíveis entre eles. Ganhou, pois a fé católica é una! Como nos lembra G.K. Chesterton: “A Igreja Católica é a única que já está preparada contra qualquer tipo de erro ou heresia, já que sua doutrina é imutável quanto o próprio Deus.”

Nos trinta anos de seu incansável trabalho de missionário, per-correu trinta mil quilômetros pela Alemanha, Áustria, Holanda e Itália. Parecia incansável, e a quem lhe recomendava descan-sar um pouco respondia: “Descansaremos no céu!”. Por mui-tas cidades da Alemanha foi fundando colégios católicos para formar religiosamente os alunos. Além disso, ajudou a fundar numerosos seminários para a formação dos futuros sacerdotes. A Alemanha, depois de São Pedro Canísio era mais católica. Ele se deu conta do imenso bem que fazem as boas leituras, e assim, propôs-se a formar uma associação de escritores ca-tólicos. Ele foi o primeiro de uma infinidade de espetaculares escritores jesuítas. Estando em Friburgo (Suíça) em 21 de de-zembro de 1597, depois de ter rezado o santo Rosário, excla-mou cheio de alegria e emoção: “Olhem-na, aí esta. Aí está”. E morreu. A Virgem Santíssima tinha vindo para levar-lhe ao céu. O Sumo Pontífice Pio XI, depois de canonizá-lo, decla-rou-o Doutor da Igreja, em 1925. São Pedro Canísio, interceda por nós para que possamos sempre estar prontos a defender a nossa fé em Cristo, ensinada de maneira perfeita na Sua Igreja!

Luciano Bandeira

São Pedro Canísio

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São Nicolau nasceu na cidade de Mira, da Província de Lícia, Ásia Menor, no ano de 275. Desde sua infância, demonstrou sua profunda religiosidade. Após a morte dos seus pais, São Nicolau herdou uma grande fortuna a que começou a dis-tribuir entre os pobres. Ele se empenhou em ajudar secreta-mente, para que ninguém pudesse agradecer-lhe. O seguinte caso mostra, como ele ajudava aos infelizes: havia na cidade de Patara um rico comerciante com 3 filhas. Quando as suas filhas chegaram à maturidade, as transações comerciais do pai delas fracassaram e ele chegou à completa falência. Daí ele teve uma idéia criminosa de usar a beleza das filhas para conseguir meios de sobrevivência. São Nicolau ficou ao par do seu plano e decidiu salvar a ele junto com as filhas de tal pecado e vergonha. Aproximando-se durante a noite à casa do comerciante falido ele jogou na janela aberta um saquinho com moedas de ouro. O comerciante, achando o ouro, com grande alegria preparou o enxoval da filha mais velha e arran-jou-lhe um bom casamento. Passado um pouco de tempo, São Nicolau novamente jogou na janela um saquinho com ouro, o suficiente para o enxoval e o casamento da segunda filha. Quando o São Nicolau jogou o terceiro saquinho com ouro para a filha mais nova, o comerciante já estava à espera dele. Prostrando-se diante do Santo, agradeceu com lágrimas pela salvação da sua família de um horrível pecado e vergonha. Após o casamento das três filhas, o comerciante conseguiu recuperar os seus negócios e começou a ajudar aos próximos, imitando o seu benfeitor. Talvez aí possamos encontrar a ori-gem do Papai Noel.

São Nicolau desejou visitar os lugares santos e embarcou num barco de Patara para a Palestina. O mar era calmo, mas ao Santo foi revelado que em breve haveria uma tempesta-de e ele avisou aos outros viajantes. E realmente, veio uma tremenda tempestade e o barco virou um brinquedo indefeso das ondas violentas. Como todos sabiam que São Nicolau era padre, todos pediram a ele rezar pela salvação. Após a oração do Santo, o vento se acalmou e veio uma grande calmaria.

Depois disto, um dos barqueiros foi derrubado pelo vento do mastro ao convés e morreu. São Nicolau ressuscitou-o com suas orações.

Após a sua peregrinação a lugares santos, São Nicolau queria se isolar num deserto e passar a sua vida inteira longe dos homens. Mas não era esta a vontade de Deus. Deus escolheu o Santo a ser o bom pastor dos homens. São Nicolau ouviu uma voz, ordenando a ele voltar à sua pátria e servir aos ho-mens. O Santo se estabeleceu lá como um pobre. Como ele amava a igreja, ele ía para lá diariamente, logo que se abriam as portas dela.

Nesta época o bispo de Mira faleceu e os bispos vizinhos se reuniram para eleger o seu sucessor. Como eles não conse-guiam chegar à unanimidade na escolha, um deles aconse-lhou: “O Senhor deve Ele mesmo nos indicar a pessoa certa. Assim irmãos, vamos rezar, jejuar e esperar pelo escolhido de Deus.” E ao mais velho dos bispos Deus revelou, que a pri-meira pessoa a entrar na igreja após a abertura da porta deve ser eleito o bispo. Ele contou o seu sonho aos outros bispos e antes da missa da manhã, ficou vigiando a porta e esperando pelo eleito de Deus. São Nicolau, conforme o seu costume, chegou primeiro para rezar. Vendo o Santo, o bispo perguntou a ele: “Como é seu nome?” São Nicolau humildemente res-pondeu: “Me siga, meu filho”- disse o bispo, pegou na mão dele, conduziu-o até a igreja e avisou, que ele será ordenado bispo de Mira.São Nicolau tinha medo de aceitar o cargo tão alto, mas teve que ceder à vontade dos bispos e do povo.

Após a sua ordenação, São Nicolau resolveu: “Até agora eu pude viver para mim mesmo e para a salvação da minha alma, mas daqui em diante todo o momento da minha vida deve ser dedicado aos outros.” E esquecendo a si mesmo, o Santo abriu a porta de sua casa a todos e tornou-se o verdadeiro pai dos órfãos e pobres, defensor dos oprimidos e benfeitor de todos. Conforme o testemunho dos seus contemporâneos, ele era humilde, pacífico, se vestia mais simplesmente possível, comeu só o estritamente necessário e ainda só uma vez por dia, à noite.

Quando, no reinado do imperador Diocleciano (284-305) co-meçou a perseguição da Igreja, São Nicolau foi encarcerado. E lá na prisão ele também esqueceu a si e com as suas pala-vras e seu exemplo apoiava os cristãos, que estavam sofrendo junto com ele. Mas não era a vontade de Deus para que ele morresse como mártir. O novo imperador Constantino era benévolo aos cristãos e deu à eles o direito de abertamente confessar a sua fé e suas convicções religiosas.

E São Nicolau pode voltar ao seu povo. É quase impossível de enumerar todos os casos da ajuda dele e seus milagres. Acon-teceu que na Lícia começou fome. São Nicolau apareceu em sonho a um comerciante, que na Itália estava carregando seus barcos com trigo, deu a ele moedas de ouro e mandou-lhe navegar para a cidade de Mira na Lícia. Ao acordar, o comer-ciante achou na sua mão moedas de ouro, e possuído de um grande temor, não ousou desobedecer à ordem do Santo. Ele trouxe o seu trigo para a Lícia e contou aos habitantes o seu milagroso sonho, graças ao qual ele chegou lá. Naquele tem-po, em muitas igrejas começou uma forte agitação a respeito da heresia de Aria que negava a Divindade do Senhor Jesus Cristo. Para apaziguar a Igreja, o imperador Constantino o Grande convocou o Primeiro Concílio na cidade de Nicéia,

São NicolauO Santo que

Originou Papai Noel

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em 325. Entre os bispos do Concílio estava também o São Nicolau. O Concílio condenou a heresia de Aria e elaborou o Credo, onde com palavras bem definidas ficou expressa a fé ortodoxa em Senhor Jesus Cristo, como Filho Unigênito, com a mesma essência do Pai. Durante os debates, São Nicolau, ouvindo a blasfemia do Aria, ficou tão indignado, que perante todo mundo bateu no rosto dele. Pela indisciplina, o Con-cílio desapossou São Nicolau da dignidade de bispo. Mas, logo após este incidente, alguns bispos tiveram uma visão em que Senhor Jesus Cristo entregou à São Nicolau Evangelho e Nossa Senhora colocou nele o Seu manto. Os bispos entende-ram, como é contrária à Deus a heresia de Aria e reintegraram o São Nicolau no seu bispado.

Da hagiografia de São Nicolau sabemos, que uma vez o im-perador condenou à morte 3 dos seus chefes. Estes se lembra-ram dos milagres de S. Nicolau e mandaram-lhe um pedido de ajuda. O Santo rezou e no sonho apareceu ao imperador e ordenou à ele libertar os seus fieis servos, ameaçando, que no caso contrário, o imperador será castigado. Quem és tu - perguntou o imperador- que ousas mandar aqui?” “Eu sou Ni-colau, arcebispo de Mira,” respondeu o Santo. Não ousando desrespeitar a ordem, o imperador reviu com atenção o caso dos seus chefes e libertou-os com as devidas honras.

Aconteceu, que saiu do Egito para a Líbia um barco. No mar começou uma horrível tempestade e o barco estava afundan-do. Algumas pessoas se lembraram do São Nicolau e come-çaram a rezar a ele. E viram claramente, como o Santo estava correndo à eles por cima das ondas enfurecidas, entrou no barco e pegou o leme com as suas mãos. A tempestade acal-mou e o barco chegou ao porto ileso.

São Nicolau morreu muito velho em meados do século IV em 06 de dezembro de 324, mas com a morte dele, a sua ajuda não cessou. Durante mais de 1500 anos ele dá a sua rápida ajuda a todos, que rezam à ele. Os testemunhos da ajuda dele constituem uma vasta literatura e o amor da gente ortodoxa aumenta a cada dia.

Quando, em 1087 a província de Lícia foi devastada, o Santo apareceu no sonho a um padre em Bari, na Itália e mandou trasladar as suas relíquias para esta cidade. Esta ordem do Santo foi ràpidamente cumprida e desde aquela época, o San-to repousa na igreja de Bari. As suas relíquias vertem bálsa-mo, que cura os doentes.São Nicolau, rogai por nós!

Jair Ortega - Grupo de Oração Nossa Senhora de Lourdes

Confraternização de Final de Ano

Santo Almoço de Domingo, em família…

Você que sempre se reúne com familiares e amigos

para o almoço de domingo, não perca a oportunidade

de participar da nossa Confraternização de Final de Ano, acompanhada da

tradicional Paella ede boa música.

Dia 09/12/2012,após a missa das 11h00

PARTICIPE !!!

Traga seus filhos – Crianças até 7 anos não pagam.

Convites na Secretaria da Capela – 4191-1742

ECC Equipe Dirigente

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Data Evento

08/12 Primeira Eucaristia com missa às 11 horas na Matriz

09/12 Missa de envio dos Ministros às 11 horas na Matriz

24/12 Missa às 20 horas na Matriz

25/12 Missa e batismo às 10 horas na Matriz

31/12 Missa às 20 horas na Matriz

01/01 Missa às 10 horas na Matriz

AVISOEM JANEIRO NÃO TEREMOS BATISMO, CONSEQUENTEMENTE

NÃO HAVERÁ PREPARAÇÃO PARA O SACRAMENTO.

A SECRETARIA VAI ESTAR FECHADA NO PERÍODO DE 24/12 A 01/01/2013.

Elizete Santos

PROGRAMAÇÃO DE EVENTOSDO FINAL DO ANO