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distribuição gratuita emcartaz edição especial | dezembro de 2012 | Principais eventos, ações e investimentos da Secretaria Municipal de Cultura nos últimos 4 anos RETROSPECTIVA CULTURA EM

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Edição especial retrospectiva

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| Principais eventos, ações e investimentos da Secretaria Municipal de Cultura nos últimos 4 anos

RETROSPECTIVA

CULTURAEM

Seu conteúdo traz os eventos realizados nos espaços da

Secretaria Municipal de Cultura. Você pode fazer buscas

por linguagem, local, região, artista etc. e acompanhar

o roteiro diário com informações sobre cada atividade,

além de ver notícias, entrevistas, fotos e vídeos sobre o

melhor da programação em todas as regiões da cidade.

O endereço do guia online é

www.spcultura.prefeitura.sp.gov.br

SPCultura.Acesse o site

emcartazsiga-nos no twitter:@revistaemcartaz

http://www.facebook.com /revistaemcartaz

inaugurações de dezembro2 Praça das Artes4 Hemeroteca5 Centro Cultural da Penha6 Guia de Bens Culturais7 Centro Cultural São Paulo 8 Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes 10 Bibliotecas Reformadas 12 DVD Glauco Velásquez

novas instituições13 Centro de Memória do Circo 14 Pavilhão das Culturas Brasileiras 15 Torre da Memória Paulistana 16 Escritório de Cinema de São Paulo 17 Gabinete do Desenho 18 Casa da Imagem de São Paulo

incentivo à leitura19 Feira de Troca de Livros e Gibis20 Reformas de Bibliotecas Públicas22 Projeto De Mão em Mão24 Bibliotecas Temáticas26 Informatização do acervo das bibliotecas

valorização do centro27 Biblioteca Mário de Andrade28 Theatro Mvnicipal de São Paulo30 Solar da Marquesa de Santos 31 Recuperação da Antiga Cinelândia32 Virada Cultural: a festa da cidade36 Edifício Sampaio Moreira

descentralização37 Teatros Distritais38 Centro Cultural da Juventude40 Ônibus-biblioteca42 Bosques e Pontos de Leitura

fomento à produção artística43 Fomento às Artes47 Programa VAI

preservação do patrimônio48 Conpresp49 Fonte Monumental50 Arquivo Histórico de São Paulo

divulgação52 Em Cartaz 54 Portal de Acervos Culturais 55 Site SPCultura 56 Redes Sociais57 Publicações

programação cultural58 Piano na Praça59 Bibliotecas 60 Theatro Mvnicipal

gestão62 Foco na Gestão

Grupo francês Expédition Paddock: Virada Cultural 2009

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PrAÇA DAS ArtES

Salão do Conservatório restaurado

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No dia 27 de outubro de 2012, a ence-nação de uma montagem vanguar-dista da ópera “Orfeu e Eurídice”,

de Christoph Willibald Gluck, na futura sala de ensaio da Orquestra Sinfônica Municipal (OSM), lançou, extraoficialmente, a Praça das Artes, conjunto cultural que irá integrar os seis corpos artísticos do Theatro Municipal de São Paulo: OSM, Orquestra Experimental de Reper-tório, Quarteto de Cordas, Coral Lírico, Balé da Cidade e Coral Paulistano, além das escolas de dança e de música.

Sedes artísticas e reurbanização

Ocupando uma área de 28,5 mil metros quadrados, formada pelo quadrilátero das Ruas Formosa e Conselheiro Crispiniano, Praça Ramos de Azevedo e Avenida São João, a Praça das Artes começou a se concretizar em 2009. O objetivo deste novo equipamento é oferecer uma sede adequada às escolas e aos corpos artísticos do Municipal e reurbanizar a área do Anhangabaú, além de pro-mover a restauração do edifício do Conservatório

Sylvia Masini

theatro Municipal de São Paulo ganha um anexo que revitaliza a Quadra 27, no centro de São Paulo

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Dramático e Musical de São Paulo, que estava em péssimo estado de conservação, sendo desapro-priado pela Secretaria Municipal de Cultura para voltar a ser a tradicional sala de concertos de câmara da cidade.

Projeto revitaliza Quadra 27

Com o propósito de revitalizar a região central a partir de intervenções em pontos estratégicos, o projeto de restauro do Conservatório fornece a ân-cora da Praça das Artes, que melhora a arquitetura de toda a Quadra 27, onde o complexo está inse-rido. Desse modo, o vetor cultural contribui para promover a reurbanização urbana, assim como a Virada Cultural promoveu a reurbanização humana do centro histórico da cidade.

O projeto foi idealizado por Marcos Cartum, arquiteto da Secretaria Municipal de Cultura, e desenvolvido em parceria com Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, do escritório Brasil Arquitetura. Até o fim de 2012, terão sido investidos R$ 140 milhões, oriundos do Fundo de Desenvolvimento Urbano, (Fundurb), vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

A inauguração do primeiro módulo da Praça das Artes ocorreu em 5 de dezembro de 2012.

Por dentro da Praça das Artes

MódULO I A sede dos corpos artísticos tem frente para a Rua Formosa, no espaço do antigo Cine Cairo. É constituída por um prédio de 12 andares que abrigará as salas de ensaio das Orquestras Sinfônica Municipal e Experi-mental de Repertório, do Balé da Cidade de São Paulo e dos Corais Lírico e Paulistano. O andar térreo reproduz as dimensões do palco do Theatro Municipal, destinando-se a ensaios de ópera.

MódULO II O estacionamento com entrada pela Rua Conselheiro Crispiniano oferece 200 vagas, distribuídas em dois pisos. Na laje superior, foi construída uma praça.

MódULO III Encontram-se aqui as instalações das Escolas de Música e de Dança de São Paulo e o Conservatório Dramático e Musical renova-do, que passa a ser a sede do Quarteto de Cordas e também o Centro de Documentação Artística. Nele, estão armazenados os acervos do Museu do Theatro Municipal, da Discoteca Oneyda Alvarenga e do arquivo de partituras das orquestras do Theatro Municipal.O restauro do edifício do Conservatório implicou raspagem manual das paredes para chegar à camada original e a recuperação das peças de gesso. Os salões inferior e superior foram reconstituídos, assim como o palco do antigo Salão Steinway.Em setembro de 2012, as escolas de dança e de música começaram a ocupar gradualmente a Praça das Artes. No início de dezembro, os salões do Conservatório Dramático e Musical foram inaugurados com recitais e com a exposição temática “O Conservatório na Praça das Artes”. Os módulos II e III foram concluídos em 2012. O interior do módulo I e a entrada do conjunto cultural pelo Anhangabaú demandam ainda obras com duração de cerca de um ano.

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Aula da Escola de Dança de São Paulo

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HEMErOtECA rEÚNE JOrNAIS, rEVIStAS E COLEÇÃO DA ONU

Sala de consulta do acervo da Hemeroteca

Os sinais de que a capacidade da Biblioteca Mário de Andrade estava comprometida começaram a aparecer há, pelo menos,

cinco décadas. O fato foi detectado, com precisão, a partir da publicação, em 2006, no jornal Folha de S. Paulo, da coluna intitulada “Há 50 Anos”, que mostrava, em uma nota, o antigo diretor da Biblioteca, Sérgio Milliet, declarando que “somente a construção de uma segunda torre resolveria o problema da lotação do local”.

Dessa forma, tornou-se fundamental incluir no projeto de modernização e restauro da Mário de Andrade a aquisição de um anexo para receber a hemeroteca, o que foi possível com a cessão do Governo do Estado à Prefeitura de São Paulo do antigo prédio do Instituto de Pagamen-tos Especiais de São Paulo (Ipesp). Situado na Rua Bráulio Gomes, nºs 125/129, em frente à Praça Dom José Gaspar, o edifício tem 16 andares e 8.500 metros quadrados de área.

Iniciada em dezembro de 2009 e entregue à população três anos depois, nesse mesmo mês, a reforma atingiu todos os andares, com adaptação para novos usos; auditório para conferências, treinamento e cursos; laboratórios de digitalização; trabalhos de restauro, encadernação e microfilma-gem. Além da reforma interna, foram colocados brises frontais no prédio (elemento arquitetônico formado por uma ou mais lâminas, afixado na fachada externa do edifício, e que tem a função de controlar a incidência de radiação solar).

Desenvolvido pela Piratininga Arquitetos Asso-ciados, o projeto e a obra ficaram sob a responsabi-lidade da Construtora Cronacron e custaram R$ 15,2 milhões. Com o novo espaço, a coleção de jornais e revistas de assuntos gerais, o acervo de microfilmes e a coleção da ONU estarão bem acomodados, depois de passar por limpeza, nova catalogação e digitalização. Dois andares foram destinados para consulta e atendimento ao público.

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Localizado na Rua Dr. João Ribeiro, em frente ao tradicional Largo do Rosário, na zona leste, o Centro Cultural da

Penha (CCP) reúne, sob a mesma coordenação, a Biblioteca José Paulo Paes, o Teatro Martins Penna, além de atividades de formação e centro de cultura digital.

O edifício recebeu investimento de R$ 3,1 milhões em obras que contemplam instalação de elevadores, instrumentos de acessibilidade nos banheiros e uma reforma geral do Teatro Martins Penna, incluindo cenotecnia, ilumina-

ção e instalação de ar-condicionado. O CCP deverá agregar atividades ligadas

a mídias digitais, como estúdios de gravação semelhantes ao do Centro Cultural da Juventu-de Ruth Cardoso, equipamento de edição para produções audiovisuais e musicais, além de um telecentro.

O novo espaço da zona leste apresenta programação variada, com exibição de filmes, encenações teatrais, shows musicais, jam de danças urbanas, oficinas, cursos e encontros de contação de histórias.

CENtrO CULtUrAL DA PENHA rEÚNE BIBLIOtECA, tEAtrO, tELECENtrO E EStÚDIO

Biblioteca José Paulo Paes integra o centro culturalSylvia Masini

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L ançado em 18 de dezembro de 2012, o Guia de Bens Culturais da Cida-de de São Paulo, do Departamento

do Patrimônio Histórico (DPH), oferece à população um registro detalhado de 200 espaços importantes da capital. Trata-se de uma seleção de edifícios, conjuntos arquite-tônicos, parques, monumentos, entre outros, que representam diversos momentos, fatos e processos sociais, econômicos e cultu-rais que contribuíram para a formação da metrópole.

O material foi produzido pela empresa Memórias Assessoria e Projetos, que reali-zou pesquisa textual e iconográfica, sob a coordenação do DPH e apoio de seu quadro técnico. A publicação foi organizada em 26 áreas urbanas principais, que correspondem a territórios definidos pela geografia e por ações sociais e culturais que nelas ocorrem. Entre elas, estão o “Parque D. Pedro II”, o

“Vale do Anhangabaú”, “Da Luz aos Campos Elíseos”, a “Barra Funda”, “Da Consolação a Higienópolis”, “Do Brás à Mooca” e “Além Rios ‘Tietê’ e ‘Pinheiros’”.

Entre os bens registrados estão ícones bastante familiares dos paulistanos, como o Theatro Municipal de São Paulo, o Cemitério da Consolação, o Mercado Municipal, a Es-tação Júlio Prestes e o Edifício Esther. Além desses edifícios, são citados outros que, vi-sualmente, não são imediatamente reconhe-cidos por nome, mas por sua arquitetura. É o caso do Edifício Viadutos, localizado no bairro da Bela Vista, que não passa desper-cebido pelos transeuntes e motoristas que percorrem o Viaduto Nove de Julho.

No final do guia o leitor pode conferir, ainda, uma tabela com usos e programas dos bens culturais relacionados, que informam sobre uso cultural, administração pública, ensino, saúde, recreativo e outros dados.

DPH LANÇA GUIA DE BENS CULtUrAIS DA CIDADE DE SP

Cemitério da Consolação é uma das áreas incluídas na publicação

Sylvia Masini

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CCSP CELEBrA 30 ANOS COM MODErNIZAÇÃO DAS SALAS

Sala Jardel Filho após reforma

O Centro Cultural São Paulo (CCSP) é um espaço de referência e efervescência cultural na cidade. Mais do que um

equipamento que oferece cinema, teatro, espa-ço expositivo e bibliotecas, ele é tido por seus frequentadores como um ponto de encontro e também de estudos. Tal condição pode ser explicada por dois fatores principais: a fácil acessibilidade, pois é um espaço integrado à estação Vergueiro da linha azul do metrô, e o prédio convidativo, com sua arquitetura aberta e transparente projetada por Eurico Prado Lopes e Luiz Telles.

Em maio de 2012, o CCSP completou 30 anos e uma série de reformas foi inicia-da. Com cabines interligadas, as salas de cinema Lima Barreto e Paulo Emílio Salles Gomes receberam tratamento acústico, troca dos pisos, das telas e de toda a estru-tura de som. O sistema de ar-condicionado também passou por revestimento acústico,

para deixar a sala mais silenciosa durante a projeção dos filmes. O projetor de 2k, usado para projeção digital, teve instalação definitiva sem interferir com a localização dos projetores de película.

O teatro Jardel Filho, dedicado às artes cênicas, também passou por melhorias. Seu urdimento foi substituído, as varandas foram refeitas com estrutura e pisos metá-licos, toda a sinalização de emergência foi renovada, assim como a vestimenta cênica (cortinas, coxia etc). O sistema de ar-condi-cionado também foi revisto, redistribuído e sua tubulação, tratada com revestimento acústico para reduzir o ruído.

Na sala Adoniran Barbosa, que recebe prioritariamente shows musicais, foram realizadas atualizações técnicas, renovação dos acabamentos, melhorias no condicio-namento de ar, no isolamento acústico, na acessibilidade e na segurança.

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O distrito de Cidade Tiradentes abriga o maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina,

com cerca de 300 mil habitantes, e um dos mais expressivos índices de vulnerabilidade juvenil da cidade de São Paulo. Para mini-mizar a carência de equipamentos públicos na região, a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) inaugurou, no dia 22 de dezembro de 2012, o Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes.

Pela primeira vez, São Paulo tem um equipamento municipal que integra ativida-des culturais e formação profissionalizante nessa área, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos moradores da zona leste paulistana.

Arquitetura e projeto

O projeto de arquitetura, que privilegia a livre circulação entre o espaço paisagístico e a área construída, é de autoria de José Rol-lemberg Filho, que contou com a colabora-ção de Lara Melo e Souza, ambos arquitetos então pertencentes aos quadros da SMC.

Além dos cursos profissionalizantes, outras características inéditas deste novo equipamento público de cultura estão em sintonia com reivindicações locais identi-ficadas pela SMC na concepção do projeto. É o caso do Centro de Memória, espaço de pesquisa, acervo e documentação da memó-ria do bairro de apenas 30 anos e de seus

CENtrO DE FOrMAÇÃO CULtUrAL DE CIDADE tIrADENtES

Fachada do centro cultural construído entre 2009 e 2012

Pela primeira vez, São Paulo tem um equipamento municipal que integra atividades de cultura, lazer e formação profissional

Sylvia Masini

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habitantes, com especial atenção às questões relativas à cultura afro-brasileira.

Outro anseio da comunidade, a inter-face com os Direitos Humanos, deverá ter espaço em uma biblioteca sobre o tema. A articulação de iniciativas voltadas à intersec-ção entre cultura e meio-ambiente deverá ainda responder à demanda por ações que considerem a preservação dos ricos trechos de parque e mata atlântica nativa presentes na região.

Cultura, lazer e telecentro

O conjunto conta com um edifício de 7.300 metros quadrados de área construída, implanta-do em um terreno com cerca de 30 mil metros quadrados. No andar térreo, estão a bibliote-ca, o centro de memória e o cinema com 162 lugares.

O primeiro pavimento contará com um te-lecentro, um laboratório de literatura e línguas,

área para exposições e um terraço descoberto. O segundo andar será destinado aos cursos de artes, com duas salas, e terá, ainda, um jardim interno. No terceiro pavimento, há instalações para as aulas de formação profissional, um labo-ratório multimídia e um teatro com 260 lugares.

Os cursos poderão abranger áreas como ce-nografia, iluminação, sonoplastia, figurino, artes visuais, música, dança, teatro, artes circenses, animação, audiovisual e webdesign.

O local possui, também, infra-estrutura dire-cionada ao lazer e ao esporte, implantada em meio a um parque com quadra poli-esportiva, pista de skate, playground, áreas de convivência e anfiteatro ao ar livre.

Foram investidos R$ 21,6 milhões nas obras, iniciadas em maio de 2009. O Governo do Esta-do contribuiu com R$ 3 milhões e o governo da região de Île-de-France (França) doou cerca de R$ 800 mil. A Prefeitura de São Paulo comple-tou o investimento, aplicando cerca de R$ 18 milhões no novo equipamento.

Ambiente interno do centro cultural

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O programa de requalificação das bibliotecas públicas inaugurou, em dezembro, duas unidades que pas-

saram recentemente por obras: a Biblioteca Prestes Maia, temática em arquitetura e urbanismo, localizada em Santo Amaro, zona sul; e a Biblioteca Paulo Sérgio Milliet, no Tatuapé, zona leste.

Dando sequência ao projeto de biblio-tecas temáticas, a Prestes Maia é a décima unidade a oferecer, além de seu acervo

regular com cerca de 53 mil itens, entre livros de literatura e informação, revistas, atlas e multimídia, também uma coleção especializada, neste caso, em arquitetura e urbanismo.

O patrono foi chefe da Secretaria de Viação e Obras Públicas da Prefeitura de São Paulo entre 1926 e 1930, quando elabo-rou um plano de reestruturação da cidade. Mais tarde, em 1938, foi nomeado prefeito da capital, onde permaneceu até 1945. Por

BIBLIOtECAS rEFOrMADASEntrada da Biblioteca Prestes Maia após reforma geral

Sylvia Masini

Bibliotecas Prestes Maia, temática em arquitetura e urbanismo, Paulo Sérgio Milliet e Sérgio Buarque de Holanda são modernizadas

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Espaço infantil da Biblioteca Paulo Sérgio Milliet

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conta de seu trabalho, Prestes Maia deixou um acervo particular valioso, formado de plantas, documentos, fotografias e outros, que registram a urbanização da cidade. Toda a documentação, que soma cerca de 880 itens, estará à disposição dos interes-sados no ambiente temático. Na reforma geral, foram investidos R$ 6,2 milhões.

A Biblioteca Paulo Sérgio Milliet passou por intervenções que lhe garantiram um novo layout, paisagismo, acessibilidade, revisão elétrica e hidráulica, com investimento de R$ 568 mil. Seu acervo possui 34 mil exemplares e o espaço ganhou, também, um telecentro

com 19 terminais de computadores.Em Itaquera, na zona leste, a Bibliote-

ca Sérgio Buarque de Holanda inicia sua mudança para uma nova sede ainda em dezembro, com previsão de reabertura em janeiro. Em razão da rescisão do contra-to da empresa que executava as obras de construção da nova sede e da contratação de uma outra para dar sequência aos traba-lhos, optou-se por ocupar duas antigas edi-ficações reformadas, localizadas no mesmo terreno, que servirão como sede provisória da Biblioteca até que seu prédio original esteja concluído.

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trIOS DE GLAUCO VELÁSQUEZ SÃO GrAVADOS EM DVD

Capa do primeiro registro audiovisual da obra escrita para trios do compositor

Em 11 de dezembro, ocorreu o lançamen-to do primeiro registro audiovisual da obra integral escrita para trios (violino,

violoncelo e piano) de um dos mais importantes compositores do período romântico brasileiro, Glauco Velásquez.

Em maio de 2012, no Theatro Municipal de São Paulo, ocorreu a gravação do DVD que integra o material lançado, no qual são interpretadas, pelo grupo de câmara Aulustrio, diversas composições do autor. Há, ainda, o documentário “A Humanidade Poderosa e Irresistível da Música de Glauco Velásquez”, dirigido pelo cineasta Carlos de Moura Ribeiro Mendes, com depoimentos de maestros, musicólogos e estudiosos, que comentam a vida e a obra do compositor,

e dois CDs com as gravações dos trios nos formatos CD-áudio/MP3, além de todas as partituras em formato PDF para livre im-pressão. A revisão musical e a digitalização das partituras originais foram realizadas pelo maestro Lutero Rodrigues.

Com o lançamento de mais este regis-tro, o Centro Cultural São Paulo conclui o quarto grande trabalho na área musical, re-alizado com o apoio da Petrobras. O projeto “Música Contemporânea Brasileira” recu-pera a antiga vocação da Discoteca Oneyda Alvarenga, que é produzir gravações de obras inéditas. Entre os registros populares e eruditos anteriores estão “Missão de Pes-quisas Folclóricas”, “Música Contemporânea Brasileira” e “Camargo Guarnieri”.

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Apesar da famosa canção gravada por Nara Leão e por Maria Bethânia dizer: “Todo mundo vai ao circo, menos eu...”, um

novo espaço criado em novembro de 2009 pela Secretaria Municipal de Cultura procura mostrar os bastidores e história das artes do picadeiro até para quem nunca pisou em um. Instalado na Ga-leria Olido, o Centro de Memória do Circo (CMC) tem direção da especialista Verônica Tamaoki.

O processo de implantação da nova institui-ção, única no Brasil do gênero, foi iniciado em 2008, a partir da exposição “Largo do Paiçandu, Onde o Circo se Encontra”. Exibida na sobreloja da Galeria Olido, a mostra foi resultado de um levantamento com 13 entrevistas, fotos e ceno-grafia, que também foram expostas na ocasião.

O espaço permite que se conheça melhor a história do circo e sua importante relação com a cidade de São Paulo, sobretudo na região

central, já que o Largo do Paiçandu (próximo ao CMC) foi a principal referência do circo brasileiro no século 20. O acervo inicial é proveniente de companhias e famílias circenses, com destaque para os arquivos dos Circos Nerino (1913-1964) e Garcia (1928-2003).

O CMC iniciou a pesquisa “Entre Risos e Lágri-mas, o Teatro no Circo”, realizada em parceria com o Arquivo Miroel Silveira, da Escola de Comunicação e Arte (ECA), da Universidade de São Paulo. Em sua primeira fase, o estudo contou, ainda, com a participação da Escola de Palhaço dos Doutores da Alegria e do curso de humor da SP Escola de Teatro.

Em dezembro de 2012, entrou em cartaz uma nova exposição que ocupa a sobreloja e o primeiro andar da Galeria Olido. Intitulada “Hoje Tem Espetáculo”, a mostra é dividida em núcleos, exibindo uma linha do tempo sobre o circo no Brasil e maquetes.

CENtrO DE MEMÓrIA DO CIrCO É INStItUIÇÃO ÚNICA NO BrASIL

Exposição “Hoje Tem Espetáculo” em cartaz na Galeria OlidoSylvia Masini

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PAVILHÃO DAS CULtUrAS BrASILEIrAS DIFUNDE A ArtE POPULAr

Entrar no Pavilhão das Culturas Brasileiras em pleno Parque Ibirapuera, por si só, já é uma experiência enriquecedora. Separado

por amplas janelas de vidro dos jardins cinquen-tenários criados pelo paisagista Burle Marx, o prédio, projetado pelo arquiteto Oscar Nie-meyer para as comemorações dos 400 anos de fundação da cidade de São Paulo, em 1954, é um convite instigante para o descobrimento da cultu-ra produzida no Brasil. Para complementar essa experiência e visando preservar e difundir nosso patrimônio cultural popular, o espaço expositivo foi inaugurado em 2010 com a mostra “Puras Misturas”, com curadoria de Adélia Borges.

Depois disso, foram realizadas as mostras “Novas Aquisições - Artes Plásticas”, com curadoria de José Alberto Nemer; “Autoria Compartilhada”, de Mônica Nador; “Rio São Francisco Navegado”, assinada pelo estilista mineiro Ronaldo Fraga; e “Artefatos Indígenas”, de Cristiana Barreto e Luís Donisete Grupioni.

O acervo do Pavilhão, novo museu da Secre-taria Municipal de Cultura (SMC), é formado pela Coleção Rossini Tavares de Lima, transferida do antigo Museu do Folclore para SMC e composta por 13 mil itens, entre livros, documentos e obje-

tos. Também está na instituição a coleção de re-gistros do Departamento do Patrimônio Histórico, que inclui peças doadas por Orlando Villas-Bôas, José Mauro de Vasconcelos e outros. Proveniente de diferentes etnias indígenas, o acervo reúne cerca de 700 peças de cerâmica, arcos, flechas, bancos e outros artefatos. Foram adquiridos, ainda, 600 novos itens considerados importantes para a composição de três núcleos distintos: Artes Visuais, Arte Indígena e Design Popular.

Fechado para reformas no final de 2011, foram realizadas obras de adequação no prédio. Foram demolidos elementos que não constavam do projeto original de Oscar Nie-meyer, no pavimento superior. A cobertura foi substituída e os brises da fachada de concreto, que impedem a incidência direta da luz solar, restaurados. Essas foram algumas das inúmeras intervenções que devem terminar em dezem-bro de 2012, permitindo que o local volte a ter exposições já no início do próximo ano.

O custo da obra reúne recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (R$ 8 milhões) e de Termo de Ajuste de Conduta do Ministério Público Estadu-al (R$ 3 milhões).

“Puras Misturas”: exposição que inaugurou o Pavilhão das Culturas Brasileiras

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Em dezembro de 2006, foi iniciado o processo de desapropriação do prédio conhecido como Casa do Politéc-

nico ou “Cadopô”, antiga sede do Grêmio Politécnico da Universidade de São Paulo. A busca por uma área para a ampliação das instalações, conservação e atendimento do público do Arquivo Histórico de São Pau-lo resultou na desapropriação, em 2008, daquele prédio, localizado atrás do Edifício Ramos de Azevedo, sede da instituição. No local, será armazenada a documentação da administração municipal, integrante do acervo permanente do Arquivo, relativa ao período de 1936 até a década de 1970.

O anexo de nove andares recebeu o

nome de Torre da Memória Paulistana e está sendo adaptado ao custo de R$ 2,9 milhões. As obras, em andamento e com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2013, são realizadas pela Construtora Progredior.

Em seus quase 3.300 metros quadrados, o local receberá a maior área de guarda do Ar-quivo, além das novas instalações do laborató-rio de restauração e encadernação e do Núcleo de Denominação de Logradouros Públicos.

O edifício atenderá tanto à atividade interna de armazenagem e preservação de documentação histórica quanto ao público interessado em consultar o acervo sob a guarda do Arquivo Histórico de São Paulo, único na cidade.

tOrrE DA MEMÓrIA PAULIStANA É O ANEXO DO ArQUIVO HIStÓrICO

Fachada em reforma do futuro anexo do Arquivo Histórico de São PauloSylvia Masini

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ECINE AUXILIA FILMAGENS DE CINEMA E PUBLICIDADE

O número de produções cinematográficas e publicitárias que utilizam a cidade de São Paulo como cenário aumenta a cada ano.

Não existia, porém, nenhuma forma de organizar nem atender essas demandas. Tudo era conduzido de maneira isolada, obrigando os produtores a realizar contatos com diversos órgãos do poder municipal para viabilizar seus trabalhos. Os procedimentos para conseguir, hoje, autorização para filmar na cidade tornaram-se mais ágeis com a criação do Ecine (Escritório de Cinema de São Paulo), em 2007.

A exemplo do que acontece em outras metró-poles do mundo, o Ecine é um órgão que auxilia e incentiva a criação cinematográfica na capital. Para tanto, o Escritório desburocratiza o proces-so de produção, coordenando ações de apoio logístico e institucional e articulando as instâncias do poder público envolvidas na realização de uma filmagem, como CET, SP Trans e Guarda Municipal.

Desde sua criação, o Ecine já auxiliou, ao todo, mais de 340 produções, entre novelas, documentários, videoclipes, curtas e longas-me-tragens. Em 2007, foram 22 atendimentos. Já em 2012, o número saltou para 98. Entre os diversos filmes ambientados na cidade, está “Ensaio sobre a Cegueira”, superprodução internacional dirigida pelo brasileiro Fernando Meirelles, que utilizou diversos espaços urbanos como locação, entre eles, a Ponte Estaiada, o Theatro Municipal de São Paulo e o Minhocão.

O Ecine também atua na divulgação da imagem de São Paulo no Brasil e no exterior, fomentando a realização de festivais e mostras e atraindo investimentos, novas produções e fluxo turístico.

Ao longo dos anos, o órgão também coordenou os editais de cinema da Secretaria Municipal de Cultura, realizados pelo Núcleo de Fomentos Culturais.

Cena do filme “Ensaio sobre a Cegueira” com a Ponte Estaiada ao fundo

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raro exemplar de uma capital de séculos passados, a Chácara Lane, localizada na Rua da Consolação, nº 1.024, é o mais

recente imóvel que integra a rede de casas históricas do Museu da Cidade de São Paulo. Com um investimento de R$ 1,3 milhão, o casarão foi recuperado, valorizando sua estrutura e dando visibilidade aos materiais e aos detalhes do projeto arquitetônico original. Com área de 480 metros quadrados, o edifício foi tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (Conpresp) em 2004.

Construída entre os anos de 1870 e 1890 e representativa da arquitetura eclética residencial das chamadas chácaras de passagem existentes entre os séculos 19 e 20, a Chácara Lane passa, nesta nova fase, aberta ao público no dia 1º de dezembro de 2012, a exibir exposições tempo-rárias, além de receber o acervo de papel da Coleção de Arte da Cidade.

Iniciada em janeiro de 2011 e concluída em maio de 2012, a restauração devolveu a forma original do local, mantendo a divisão dos cômo-dos, e introduziu adequações para seu novo uso e recursos de acessibilidade.

Batizado agora de Gabinete do Desenho, o espaço procura valorizar esse suporte artístico, visto como esboço, percepção visual, peça de es-tudo, simples anotação, em qualquer gênero do conhecimento, sem se constituir exclusivamente como obra acabada.

Desde a reabertura, podem ser vistas, no lo-cal, duas exposições. O andar térreo exibe obras em papel que pertencem à Coleção de Arte da Cidade, produzidas por Joan Miró, Lasar Segall, Tarsila do Amaral e outros. No primeiro pavi-mento, estão trabalhos que pertencem a outras instituições, galerias ou coleções, realizados por Arnaldo Antunes, Irmãos Campana, Ton Marar, entre outros artistas.

GABINEtE DO DESENHO rECEBE ACErVO DE PAPEL DA COLEÇÃO DE ArtE DA CIDADE

Ambiente exposto no Gabinete do DesenhoSylvia Masini

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rEStAUrADA, CASA DA IMAGEM DE SÃO PAULO EXIBE EXPOSIÇÕES

Casa da Imagem abriga acervo iconográfico

O sobrado de três andares que ocupava o nº 1 da antiga Rua do Carmo, atual Roberto Simonsen, encostado ao Pátio

do Colégio, teve inúmeras funções. A partir do século 17, serviu de moradia. Em 1855, abrigou o Colégio Ateneu Paulistano e, em 1890, foi sede da Estação Central de Urbanos e da Sociedade de Imigração. A Cia. de Gás do Governo do Estado de São Paulo instalou-se em suas dependências entre 1894 e 1910. Essas são algumas das inúmeras ocupações que tiveram o imóvel secular como endereço.

Entre 2008 e 2011, a antiga Casa nº 1 e seu vizinho, Beco do Pinto, foram restau-rados, com investimento de R$ 4 milhões. As obras foram coordenadas pelo Depar-tamento do Patrimônio Histórico. Entre as principais intervenções estavam o reparo da estrutura, adaptação para acessibilida-de, rede de lógica e telefonia, instalação do reservatório para combate a incêndio e recomposição das pinturas ornamentais internas.

A Casa nº 1, batizada agora de Casa da Imagem, preserva o acervo iconográfico de São Paulo e desenvolve ações voltadas à memória do registro documental da cidade. A coleção de 710 mil fotografias passou por detalhada intervenção de conservação pre-ventiva e foi guardada em reserva técnica especialmente projetada, segundo padrões internacionais. Cerca de 130 mil destas imagens foram digitalizadas e encontram-se disponíveis em um banco de dados com acesso pela internet.

Desde sua reabertura, em novembro de 2011, a Casa exibiu seis exposições, entre elas, “Guilherme Gaensly, Fotógrafo Cosmo-polita, “A Cidade Desaparecida de Militão Augusto de Azevedo” e a atual, “German Lorca e o IV Centenário de São Paulo”. O Beco do Pinto recebeu as instalações “NO AR”, de Laura Vinci; “Meu Chapéu Tá Lá no Alto do Céu”, de Ana Paula Oliveira; e “Corte e Retenção”, de Rubens Mano, em exibição até maio de 2013.

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FEIrA DE trOCA DE LIVrOS E GIBIS PrOMOVE ENCONtrO DE LEItOrES

Feira realizada no Parque Ibirapuera

A gora, é comum ver pessoas que, aos domingos, uma vez por mês, se dirigem aos parques municipais carregando, em

vez de bolas, raquetes e brinquedos, pilhas de livros e gibis. Esses são os usuários do projeto da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) que se tornou tradicional na cidade: a Feira de Troca de Livros e Gibis.

Realizada desde 2007, a atividade tem a coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas e transforma parques e praças da cidade em verdadeiras bibliotecas ao ar livre. A primeira edição foi realizada em 2007 nos Parques do Ibirapuera, Carmo e Luz. Com o sucesso da iniciativa, SMC ampliou o projeto no ano seguinte para oito parques, número que chegou a dez em 2011.

Inspirada em experiência colombiana, a Feira dá a oportunidade aos leitores de renovar seus acervos particulares. Até 2012, foram realizadas 73 mil trocas, com 30 mil usuários beneficiados nas 52 edições da atividade. Nessas feiras, as estantes temáticas são divididas em categorias, como literatura, literatura infantojuvenil e gibis, e as trocas são realizadas em mesas.

O visitante pode trocar um título que esteja exposto e deixar outro no lugar, ou realizar a troca diretamente com outro frequenta-dor. O intuito é que as mesas funcionem como pontos de encontro para os leitores de determinado gênero.

Para poder participar do projeto e realizar a troca, é necessário que os livros não sejam didáticos e que estejam em bom estado de conservação. Para os gibis não há restrição nem de gênero, nem de época de publicação. As feiras acontecem uma vez por mês, são gratuitas, e funcionam sempre das 10h às 15h.

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Endereços:Parque Buenos AiresAvenida Angélica, alt. do nº 1.500, HigienópolisParque Lions Clube TucuruviRua Alcindo Bueno de Assis, alt. do nº 500, TucuruviParque AnhangueraAvenida Fortunata Tadiello Natucci, nº 1.000, PerusParque Lydia Natalízio DiogoRua João Pedro Lecor, s/nº, Vila PrudenteParque PiqueriRua Tuiuti, nº 515, TatuapéParque do CarmoAvenida Afonso de Sampaio e Souza, nº 951, ItaqueraParque IndependênciaRua dos Patriotas, alt. do nº 300 com Avenida Nazareth, s/nº, IpirangaParque Jardim da LuzRua Ribeiro de Lima, nº 99, LuzParque IbirapueraAvenida República do Líbano, nº 1.151 - Por-tão 7, MoemaParque Raposo TavaresRua Telmo Coelho Filho, nº 200 - KM 15 da Rodovia Raposo Tavares, Butantã

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Desde o início desta gestão, em 2005, a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) priorizou a recuperação de seus equipa-

mentos públicos. Em 2007, após a transferência das bibliotecas para SMC (antes pertenciam à Secretaria de Coordenação das Subprefeituras), deu-se início a um amplo processo de recupera-ção dessas unidades.

Com a criação do Sistema Municipal de Bibliotecas, resultado da fusão dos departamen-tos que coordenavam as bibliotecas públicas e as infantojuvenis, a administração centralizada ganhou em racionalidade e eficiência. Dessa forma, puderam ser realizadas novas aquisições de acervo, a readequação dos espaços físicos

e a padronização de procedimentos técnicos. Também melhoraram o atendimento ao público e o aproveitamento dos recursos humanos.

A cidade de São Paulo possui a maior rede de bibliotecas do Brasil. Das 52 unidades distribuídas pelos bairros, SMC reformou 40, mais da metade da sua rede, e concluirá mais duas obras até o fim de 2012: as Bibliotecas Prestes Maia, em Santo Amaro, e Sérgio Buar-que de Holanda, em Itaquera.

O investimento total na recuperação foi de R$ 47,2 milhões. Entre 2009 e 2012, a rede recebeu um público de cerca de 4 milhões de pessoas e emprestou mais de 3 milhões de livros.

QUArENtA E DUAS BIBLIOtECAS PÚBLICAS FOrAM rEFOrMADAS

Fachada da Biblioteca José Mauro de VasconcelosSylvia Masini

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BIBLIOtECA PAULO SEtÚBAL

Em junho de 2010, a Biblioteca Paulo Setúbal, foi reaberta após passar por obras, que deram cara nova ao prédio. Logo na entrada, o público já percebe a diferença, pois foram removidos 420 metros quadrados de grades que cercavam o prédio, dando lugar a um calçadão. No interior do edifício, a principal diferença é a concentração do acervo de livros no primeiro andar, deixando o térreo para ati-vidades multidisciplinares, como exposições e saraus. Nesse mesmo piso, encontra-se o novo Teatro Zanoni Ferrite. Originalmente concebi-do como auditório, o espaço foi transformado em teatro nessa obra que ordenou o palco e as coxias, criou dois camarins e deixou a sala com capacidade para receber 210 espectadores, além de acessibilidade para portadores de deficiência e mobilidade reduzida. Na reforma do prédio da biblioteca e transformação do auditório em teatro, a Secretaria Municipal de Cultura investiu R$ 1,1 milhão.

Destacamos duas bibliotecas recentemente reformadas:

BIBLIOtECA PEDrO NAVA

Reaberta em outubro de 2012, a Biblio-teca Pedro Nava, localizada no Manda-qui, Zona Norte, passou por reforma, adaptação e obras de paisagismo, intervenções iniciadas em março deste ano. O acervo da biblioteca é composto de mais de 25 mil exemplares e pode ser consultado pelo catálogo eletrônico. Na parte interna do prédio, foram realiza-das as seguintes intervenções: substitui-ção dos pisos, revisão elétrica, substitui-ção dos revestimentos das paredes etc. A fachada passou por um tratamento com argamassa impermeabilizante e os tetos e paredes foram pintados. Também foram realizadas obras de acessibilidade com implantação de piso tátil, adapta-ção dos banheiros e balcões de atendi-mento. A área externa recebeu paisagis-mo e jardinagem, seis novos bancos de concreto e novos postes de iluminação.

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DE MÃO EM MÃO

Inspirado no projeto Libro al Viento, de-senvolvido em Bogotá (Colômbia), cidade eleita pela ONU, em 2007, “capital mun-

dial do livro”, o programa De Mão em Mão foi implantado em São Paulo pela Secreta-ria Municipal de Cultura, em parceria com a Editora Unesp, em dezembro de 2011.

Na ocasião, foi lançado o livro “Missa do Galo e Outros Contos”, uma seleção de textos de autoria de Machado de Assis.

Incentivo à leitura

Incentivar o gosto pela leitura por meio da oferta, gratuita, de obras em locais com ampla circulação de pessoas é o objetivo do programa. Com apoio da SPTrans, os livros são distribuídos em quiosques de terminais

de ônibus. O leitor pode pegar uma publi-cação, sem necessidade de cadastro ou re-gistro de retirada, com o compromisso de, após terminar a leitura, passá-la “de mão em mão” ou devolvê-la em um dos pontos de distribuição, possibilitando compartilha-mento com outros interessados.

Cada pessoa pode retirar um exemplar por vez. Os livros, sempre obras curtas de grande valor literário, são preparados espe-cialmente para o projeto.

A iniciativa se insere nas ações da Secre-taria Municipal de Cultura que buscam a efe-tivação das políticas de leitura e informação, permitindo que todos os cidadãos tenham acesso à cultura. Acredita-se que, se a leitura for prazerosa, o leitor será estimulado a bus-car publicações em espaços dedicados a ele.

Capas de alguns títulos lançados pelo projeto

Inspirada no programa Libro al Viento, da cidade colombiana de Bogotá, Secretaria Municipal de Cultura lança projeto que distribui obras literárias, gratuitas, em terminais de ônibus

São Paulo em guerra

1924Baseado em A Coluna da Morte,

de João Cabanas

Os dias de guerra vividos em São Paulo durante a Revolução de 1924 são relembra-dos nessa adaptação para quadrinhos do primeiro capítulo de A Coluna da Morte, livro em que o tenente João Cabanas relata sua participação no maior conito bélico da história da cidade.

Coleção De Mão em MãoEste projeto procura incentivar o gosto

pela leitura. Consiste em distribuir livros gratuitamente em locais de ampla circula-ção. O leitor poderá levar as publicações sem registrar a retirada, com o compromisso de entregar as obras em pontos de devolução para, assim, compartilhá-las com outros fu-turos leitores.

GU

AZZELLI | São Paulo em

guerra – 1924

GUAZZELLI

CIRCULAÇÃO GRATUITA

VENDA PROIBIDA

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ISBN 978-85-393-0085-3

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ISBN 978-85-7060-928-1

ninguém morre duas vezes

Pioneiro da literatura policial brasileira, o paulistano Luiz Lopes Coelho nos apre-senta em seus contos o delegado Leite, de-tetive de aguda capacidade de observação e raciocínio. Seus textos envolvem o leitor pelo humor e leveza com que abordam as nuances da convivência humana.

Coleção De Mão em MãoEste projeto procura incentivar o gosto

pela leitura. Consiste em distribuir livros gratuitamente em locais de ampla circula-ção. O leitor poderá levar as publicações sem registrar a retirada, com o compromisso de entregar as obras em pontos de devolução para, assim, compartilhá-las com outros fu-turos leitores.

luiz lopes coelho | ninguém m

orre duas vezes

LUIZ LOPES COELHO

CIRCULAÇÃO GRATUITA

VENDA PROIBIDA

9 7 8 8 5 3 9 3 0 3 6 7 0

ISBN 978-85-393-0367-0

9 7 8 8 5 7 0 6 0 6 2 0 4

ISBN 978-85-7060-620-4

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Ninguem_morre_2X_CAPA_Grafica.indd 1 29/11/12 16:32

histórias de horror

Medo, perigo, estranhamento, a morte e o inconcebível em contos de alguns dos maiores autores da �cção de horror – Joseph Conrad, Ambrose Bierce, Arthur Conan Doyle, Robert Louis Stevenson, Horacio Quiroga e Edgar Allan Poe.

Coleção De Mão em MãoEste projeto procura incentivar o gosto

pela leitura. Consiste em distribuir livros gratuitamente em locais de ampla circula-ção. O leitor poderá levar as publicações sem registrar a retirada, com o compromisso de entregar as obras em pontos de devolução para, assim, compartilhá-las com outros fu-turos leitores.

VÁRIOS AUTORES

CIRCULAÇÃO GRATUITA

VENDA PROIBIDA vários autores | histórias de horror

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ISBN 978-85-393-0259-8

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ISBN 978-85-401-0087-9

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Capas de alguns títulos lançados pelo projeto

títulos lançados

Além de Machado de Assis, foram lan-çados, inicialmente, coletâneas de obras de dois outros importantes escritores brasilei-ros: “Contos Paulistanos”, de Antônio Alcân-tara Machado, e “A Nova Califórnia e Outros Contos”, de Lima Barreto.

Em seguida, foi publicado “São Paulo! Comoção de Minha Vida...”, antologia iné-dita de prosa e poesia de Mário de Andrade na qual a cidade é protagonista. O quinto título, “Histórias de Horror”, reúne contos de alguns dos maiores autores mundiais do gênero, entre eles, Edgar Allan Poe, Joseph Conrad e Arthur Conan Doyle. Desde o início do programa, já foram distribuídos mais de 90 mil exemplares.

Em dezembro de 2012, serão lançados três novos títulos. São eles “Ninguém Morre Duas Vezes”, coletânea de contos policiais de Luiz Lopes Coelho; o inédito “São Paulo em Guerra - 1924”, história em quadrinhos

de Eloar Guazzelli baseada em “A Coluna da Morte”, livro em que o tenente João Cabanas relata sua participação na Revolução de 1924; e “Os Fantasmas da São Paulo Antiga”, de Miguel Milano, oitavo título da coleção.

Os quiosques ficam abertos de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados, das 10h às 18h. Os livros também estão disponíveis em versão digital, que pode ser baixada, gratuitamente, no site http://www.projetodemaoemmao.com.br/.

São Paulo! comoção

de minha vida…

Antologia inédita de prosa e poesia de Mário de Andrade, este livro revela a ligação visceral do escritor com sua cidade. Irônico com sua obra, seu país e seu tempo, versan-do as contradições do progresso, as injusti-ças sociais e a inelutável solidão do homem, sua literatura revela-se de impressionante atualidade.

Coleção De Mão em MãoEste projeto procura incentivar o gosto

pela leitura. Consiste em distribuir livros gratuitamente em locais de ampla circula-ção. O leitor poderá levar as publicações sem registrar a retirada, com o compromisso de entregar as obras em pontos de devolução para, assim, compartilhá-las com outros fu-turos leitores.

mário de andrade | SÃo Paulo! Com

oção de minha vida…

MÁRIO DE ANDRADE

SELETA ORGANIZADA PORTelê Ancona Lopez e Tatiana Longo Figueiredo

CIRCULAÇÃO GRATUITA

VENDA PROIBIDA

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9 7 8 8 5 3 9 3 0 2 5 4 3

ISBN 978-85-393-0254-3

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Contospaulistanos

O livro apresenta as coletâneas de contos Brás, Bexiga e Barra Funda e Laranja-da-Chi-na, do escritor paulistano Alcântara Macha-do, que descrevem, em narrativas curtas, de linguagem bem-humorada e agradável ora-lidade, o cotidiano de personagens da São Paulo das primeiras décadas do século XX.

Coleção De Mão em MãoEste projeto procura incentivar o gosto

pela leitura. Consiste em distribuir livros gratuitamente em locais de ampla circula-ção. O leitor poderá levar as publicações sem registrar a retirada, com o compromisso de entregar as obras em pontos de devolução para, assim, compartilhá-las com outros fu-turos leitores.

antônio de alcântara machado

| contos paulistanos

ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

VENDA PROIBIDA

9 7 8 8 5 3 9 3 0 2 3 3 8

ISBN 978-85-393-0233-8

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A NOVA CALIFÓRNIA

E OUTROS CONTOS

A desencantada escrita de Lima Barreto cria, nos contos reunidos neste livro, um retrato contundente da incipiente vida re-publicana brasileira. Carregada de sátira, a coletânea oferece ao leitor contemporâneo uma crítica muito atual das relações de po-der e privilégios de classe em nosso país.

Coleção De Mão em MãoEste projeto procura incentivar o gosto

pela leitura. Consiste em distribuir livros gratuitamente em locais de ampla circula-ção. O leitor poderá levar as publicações sem registrar a retirada, com o compromisso de entregar as obras em pontos de devolução para, assim, compartilhá-las com outros fu-turos leitores.

lima barreto

| A NOVA CALIFÓRNIA E OUTROS CONTOS

LIMA BARRETO

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

VENDA PROIBIDA

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ISBN 978-85-393-0241-3

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Quiosques De Mão em Mão

TERMInAL MERCAdO - Avenida do Esta-do, nº 3.350. TERMInAL SAnTO AMARO - Avenida Padre José Maria, nº 400. TERMInAL PIRITUbA - Avenida Dr. Luís Felipe Pinel, nº 60.TERMInAL VILA CARRãO - Avenida Dezenove de Janeiro, nº 884.

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Integrante da política de requalificação das bibliotecas desenvolvida desde o retorno das bibliotecas das subprefeituras para a Secre-

taria Municipal de Cultura, o projeto Bibliotecas Temáticas se revelou estratégia acertada. Veto-res de atratividade na rede, dez das 54 unidades de bairro passaram a atuar como âncoras de programação e de divulgação de conteúdos.

As unidades são bibliotecas públicas que, além do acervo comum a todas as

outras, colocam à disposição da população obras específicas e oferecem ampla progra-mação cultural sobre determinado tema. Redecorados e redesenhados, seus espaços ganham novos usos.

Dotada de singularidade, a biblioteca de bairro passa a adquirir novo papel na cena cultural da cidade. A escolha é feita de acordo com a história, a localização, a estrutura e a vocação de cada uma.

BIBLIOtECAS tEMÁtICAS, NOVAS FOrMAS DE INtErAÇÃO COM O PÚBLICO

Biblioteca Temática em Cinema Roberto SantosSylvia Masini

Bibliotecas temáticas ganham ambientação própria e acervos especializados em poesia, ciências, meio ambiente, música, cultura popular, contos de fadas, literatura fantástica, cinema, cultura negra e arquitetura e urbanismo

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Por dentro das Bibliotecas temáticas

• Biblioteca Alceu Amoroso Lima (Pinhei-ros - zona oeste): Poesia Criada em 2006, tem importante acervo de poesia brasileira dos séculos 19 e 20, poesia portuguesa e francesa.

• Biblioteca Belmonte (Santo Amaro - zona sul): Cultura Popular Criada em 2007, incorporou o Núcleo de Cultura Popular que funcionava na Biblio-teca desde 2003. O projeto de ambienta-ção temática, criado pelo artista Ernesto Bonato, recebeu o Prêmio Culturas Populares 2007, da Secretaria da Identida-de e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

• Biblioteca Hans Christian Andersen (Ta-tuapé - zona leste): Contos de Fadas Criada em 2007, foi inspirada no fato de ter sido a primeira biblioteca infantoju-venil da zona leste, inaugurada em 1952. O cenógrafo Sidnei Caria criou um espaço aconchegante e lúdico para a leitura, atraindo crianças para o universo mágico das fadas. • Biblioteca Cassiano Ricardo (Tatuapé - zona leste): Música Criada em 2007, possui 500 novos títulos, DVDs de música e cerca de mil CDs com aproximadamente 30 mil fonogramas de composições produzidas até 1964, além de um acervo de música brasileira em discos de 78 rotações da Discoteca Oneyda Alvarenga, do Centro Cultural São Paulo.

• Biblioteca Roberto Santos (Ipiranga - zona sul): Cinema Criada em 2008, com um novo acervo de 400 títulos e mais 500 DVDs é ponto de encontro entre cinéfilos. A programação oferece exibição de filmes e oficinas sobre produção audiovisual.

• Biblioteca Mário Schenberg (Lapa - zona oeste): Ciências Criada em 2008 para despertar a vocação científica nos jovens, a unidade é vizinha da Estação Ciência, da USP, e transformou-se num centro moderno e interativo de pesqui-sa científica, principalmente para alunos do Ensino Fundamental e Médio.

• Biblioteca Viriato Corrêa (Vila Mariana - zona sul): Literatura Fantástica Criada em 2008, possui 2.000 mil livros de vários gêneros da literatura fantástica.

• Biblioteca Raul Bopp (Aclimação - centro): Meio Ambiente Criada em 2009 com grande acervo sobre o tema, encontra-se dentro do Parque da Aclimação.

• Biblioteca Paulo Duarte (Jabaquara - zona sul): Cultura Negra Criada em 2012, abriga o Acervo da Memória e do Viver Afro-Brasileiro Caio Egydio de Souza Aranha, criado por lei em 1992.

• Biblioteca Prefeito Prestes Maia (Santo Ama-ro - zona sul): Arquitetura e Urbanismo Criada em 2012, abriga acervo de livros e objetos do politécnico e urbanista Prefeito Francisco Prestes Maia, além de acervo de livros específicos na área e de plantas do Departamento de Edificações da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.

Biblioteca Temática em Poesia Alceu Amoroso Lima

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Em 19 de dezembro de 2011, foi realiza-da uma cerimônia na Biblioteca Alceu Amoroso Lima para celebrar a conclusão

da informatização total do acervo de 2.520.479 exemplares de livros das bibliotecas públicas. Iniciada em 2006, esta operação é inédita em âmbito nacional, pois se trata de uma ação retrospectiva, ou seja, inclui livros novos e tam-bém títulos já existentes nas unidades.

Com o novo serviço, a consulta a todo o acervo passou a ser possível por meio do endereço eletrônico http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa, a partir de qualquer computador com acesso à inter-

net. Com este trabalho, foi realizada uma avaliação de item por item e os livros que se encontravam desatualizados ou em mau estado de conservação foram descartados.

Com mais de 2,5 milhões de livros, o acervo geral pode ser acessado a partir de um cadastro único que permite a qualquer pessoa emprestar itens em uma das 52 bibliotecas de bairro; da Mário de Andrade, segunda maior do país; das quatro unida-des do Centro Cultural São Paulo, dos 12 ônibus-biblioteca; dos 15 Pontos de Leitura e da biblioteca do Centro Cultural da Juven-tude Ruth Cardoso.

INFOrMAtIZAÇÃO INÉDItA DO ACErVO FACILItA ACESSO DOS LEItOrES

Acervo para empréstimos da Biblioteca Mário de Andrade conta com mais de 40 mil livrosSylvia Masini

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Em 25 de janeiro de 2011, dia em que a cidade de São Paulo completou 457 anos, sua maior biblioteca, a Mário de Andrade, foi reaberta

após reforma e modernização. Inaugurada em 1926, a Biblioteca ocupava, ini-

cialmente, um edifício localizado na Rua 7 de Abril, sendo transferida, em 1943, para o atual prédio. Ocupando uma área de 12 mil metros quadrados, a construção, projetada pelo arquiteto francês Jacques Pilon em estilo art déco, foi tombada, em 1992, pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (Conpresp).

Com uma coleção composta por cerca de 2 milhões de itens, dentre os quais 327 mil livros –51 mil considerados raros ou especiais–, a Mário de Andrade é a segunda do país em quantidade de acervo, ficando atrás apenas da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Essa importância exigia da Prefeitura empenho para devolver ao equipamento a capacidade de acomodar melhor seu acervo e agregar funcionalidades.

Integrando o programa de revitalização do centro, a obra teve início em setembro de 2007 e

custou R$ 16,4 milhões, valor que reuniu recursos vindos de empréstimos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida da Prefei-tura de São Paulo.

As obras, entre outras, chegaram à fachada, que foi restaurada. As redes internas de infraes-trutura lógica e elétrica foram modernizadas, os andares de armazenamento do acervo, reade-quados com mecanismos de proteção ambiental e a área destinada a coleções de obras raras e voltadas às artes foi ampliada. A Biblioteca Circulante ganhou um mezanino para a guarda de seu acervo e uma moderna interligação que a une ao saguão de entrada da Mário de Andrade. Móveis originais foram restaurados e três salas de consulta, reconstruídas.

Com sua capacidade de armazenamento praticamente esgotada, tornou-se fundamental a existência de um anexo. Em 2006, o antigo prédio do Instituto de Pagamentos Especiais de São Paulo (Ipesp) foi transferido do Governo do Estado para a Prefeitura de São Paulo para ser transformado em hemeroteca, inaugurada em dezembro de 2012.

BIBLIOtECA MÁrIO DE ANDrADE É rEStAUrADA E MODErNIZADA

Fachada do prédio da Biblioteca Mário de Andrade ganha passagem envidraçada

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Com a proximidade da celebração do centenário do Theatro Municipal de São Paulo, em 12 de setembro de 2011, a Se-

cretaria Municipal de Cultura iniciou um plano para a restauração e a atualização tecnológica desta que é a principal casa lírica da cidade.

Construído a partir de projeto do escritório de Ramos de Azevedo, o Municipal foi inaugu-rado em 1911 ante uma multidão de 20 mil pes-soas fascinadas pela nova conquista da cidade de São Paulo, que passava a integrar o roteiro internacional de grandes espetáculos.

Nas décadas seguintes, a casa confirmou seu status de referência cultural do país, rece-bendo alguns dos mais consagrados nomes das artes, como Maria Callas, Enrico Caruso, Bidú

Sayão, Isadora Duncan, Rudolf Nureyev, Duke Ellington e Ella Fitzgerald. Em suas dependên-cias, ocorreu a célebre Semana de Arte Moderna de 1922, que iria influenciar toda a produção artística brasileira.

Intervenções necessárias

Cartão postal da capital, o Theatro exigia intervenções, que foram possíveis devido ao Programa de Reabilitação da Área Central do Município de São Paulo (Procentro). As obras, que se estenderam por três anos, exigiram investimento de R$ 28,3 milhões –cerca de 85% desse total financiados pelo Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID) e o restante pela

tHEAtrO MVNICIPAL rEStAUrADOSala de espetáculos recupera cor da década de 1950

Sylvia Masini

As obras de restauração e atualização tecnológica custaram 28,3 milhões e, agora, a casa se transforma na Fundação theatro Municipal de São Paulo

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Secretaria Municipal de Cultura. O investimento foi distribuído entre a reforma do salão nobre, fachada e restaurante (R$ 7,2 milhões); reforma das poltronas e da atualização tecnológica do palco (R$ 19,6 milhões) e pintura interna (R$ 1,5 milhão).

Um século depois de sua abertura, e agora restaurado, o Theatro Municipal confirma sua vocação de casa de espetáculos líricos e de dança e amplia sua série de concertos sinfônicos e camerísticos, oferecendo uma programação diversa e de qualidade, capaz de agradar aos vá-rios públicos que habitam ou visitam a cidade.

Novo modelo administrativo

Outra conquista desta administração marca a atual fase do Municipal: a casa pas-sou a ter uma nova organização administra-tiva com a aprovação da criação da Funda-ção Theatro Municipal de São Paulo. Trata-se de uma Fundação de Direito Público (a casa continua vinculada à Secretaria Municipal de Cultura, mas passa a ter autonomia artística e financeira). A implementação desse proces-so foi iniciada em 2012 e deve se consolidar no próximo ano.

Fachada do Theatro Municipal após obras de restauro

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Propriedade histórica que teve, entre seus ilustres moradores, dona Domi-tila de Castro Canto e Melo, a célebre

Marquesa de Santos, o solar, localizado na Rua Roberto Simonsen, próximo ao Pátio do Colégio, passou por processo de restauração inserido no programa de revitalização do centro de São Paulo. Coordenadas pelo Departamento do Patrimônio Histórico, as obras se estenderam de 2008 a 2010 e receberam investimento de R$ 2,4 milhões.

O Solar da Marquesa de Santos foi perdendo suas características originais por conta de seus diferentes usos ao longo dos anos. Como não seria possível fazer um restauro que repro-duzisse fielmente características das épocas de ocupação, optou-se, então, por preservar elementos importantes das modificações mais antigas feitas no espaço.

Realizado conforme normas internacionais para intervenções em bens arquitetônicos tombados por órgão de preservação, o trabalho

manteve e destacou elementos das várias eta-pas construtivas. Foram conservados os amplos ambientes do andar térreo (resultantes de várias demolições) e, no pátio interno, preservados vestígios do calçamento do século 18. Houve ainda demolições de intervenções realizadas nos anos 1960.

As obras contemplaram fachada, pinturas das paredes e salões. Foi também criada uma sala refrigerada para armazenamento do acervo iconográfico de São Paulo, que até então estava guardado precariamente.

A casa exibe, atualmente, uma exposição que conta a história do solar e da Marquesa. Encontram-se ali reunidos os poucos objetos que sobreviveram ao tempo –uma cama, um espelho, uma espreguiçadeira e pequenos utensílios que foram garimpados em museus pelo país.

Atualmente, funciona também no local a sede do Museu da Cidade de São Paulo, que administra toda a rede de casas históricas.

SOLAr DA MArQUESA rELEMBrA A SÃO PAULO DO SÉCULO 18

Solar da Marquesa após restauroSylvia Masini

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Foi-se o tempo em que ir ao cinema exigia terno e gravata para os homens e traje elegante, muitos deles com luvas,

para as mulheres. A partir da década de 1930, o entorno da Avenida São João acomodava esse tipo de espectador nas suntuosas salas de cinema da região, conhecida como Cinelândia Paulistana. Depois dos anos 1970, a área foi se deteriorando, muitos cinemas foram fechados e outros passaram a exibir filmes pornográ-ficos. Três desses espaços, porém, devem retomar o esplendor do passado: os Cines Art Palácio, Ipiranga e Marrocos.

Uma das primeiras salas construídas na Ave-nida São João, o Cine Art Palácio, projetado pelo renomado arquiteto Rino Levi e inaugurado em 1936, foi desapropriado e aguarda o início das obras de recuperação. A desapropriação custou R$ 7,1 milhões à Prefeitura. Sua fachada deve ser restaurada e a sala adaptada para espetáculos musicais, a exemplo do Radio City Music Hall, de

Nova York. O projeto, a cargo do escritório do arquiteto Paulo Bruna, utilizará as plantas origi-nais, conservadas na biblioteca da FAU/USP.

Também projetado por Levi, o Cine Ipiranga, localizado na avenida de mesmo nome, foi inau-gurado em 1943. A ideia é que o local recupere sua função original de “palácio do cinema”, devendo ser restaurado na íntegra. Tombado internamente pelo Conpresp em 2009, o Ipiranga ainda preserva suas características originais, como poltronas, elevadores e plateias superiores pulman.

Projetado pelos engenheiros João Bernardes Ribeiro e Nelson Scuracchio e aclamado pela imprensa da época por seu estilo “mourisco modernizado”, o Marrocos, construído na déca-da de 1940 e inaugurado em 1952, encontra-se na Rua Conselheiro Crispiniano, vizinho ao conjunto cultural da Praça das Artes, a qual estará integrado na próxima fase das obras em curso no local.

ANtIGA CINELÂNDIA SErÁ rECUPErADA

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Fachada do Cine Art Palácio na década de 1940

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I r ao centro da cidade às 18h do sábado que marca o início de qualquer edição da Virada Cultural é uma experiência

única. Milhares de pessoas, das mais varia-das tribos, dirigem-se, por metrô, ônibus, trem ou a pé, para ver, ao vivo, seus artistas favoritos. E essa maratona se estende por 24 horas seguidas. Criado em 2005 e sem patrocinadores, o evento cumpriu a missão de contribuir para a revitalização do centro pelo vetor da cultura.

Além da rede municipal de equipamen-tos –incluindo os Centros Educacionais Unifi-cados (CEUs)–, a organização da Virada conta com parceiros estratégicos como o SESC e o Governo do Estado, que participam com seus

equipamentos culturais descentralizados, além das adesões espontâneas de diversos espaços culturais, gastronômicos e outros.

Desde a primeira edição, a curadoria do evento foi feita pelo diretor de programação José Mauro Gnaspini, funcionário da Secreta-ria Municipal de Cultura.

5ª Virada Cultural (2009)

Em 2009, o evento, que ocorreu entre os dias 2 e 3 de maio, integrou as comemora-ções do Ano da França no Brasil, recebendo alguns grupos franceses, como Carabosse, que apresentou uma instalação de fogo no Parque Jardim da Luz; e Les Souffleurs, que

VIrADA CULtUrAL: A FEStA DA CIDADE

Público circula próximo ao Theatro Municipal durante edição de 2009 do eventoSylvia Masini

A Virada Cultural – 24h seguidas de shows e performances artísticas– evidencia a possibilidade de revitalização da região central pelo viés cultural

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“soprou” poesias de “A Confidência dos Pás-saros Migratórios” na Catedral da Sé.

Entre algumas das atrações dessa edição, estavam Jon Lord, tecladista e organista do Deep Purple, que se apresentou ao lado da Orquestra Sinfônica Municipal; a criação de um palco em homenagem aos 20 anos da morte do cantor e compositor Raul Seixas; e a reunião, depois de anos afastados, dos integrantes do grupo ícone da Tropicália, Os Novos Baianos. A cantora Maria Rita encer-rou a maratona de shows.

O Theatro Municipal de São Paulo trouxe uma concorrida programação dedicada à reedição de discos históricos. Tom Zé relem-brou “Grande Liquidação”, álbum de 1968; e Fafá de Belém se apresentou, no segundo dia, interpretando faixas do LP “Água”, de 1977. Nas edições seguintes, de 2010 e 2011, o Theatro foi fechado para obras de moder-nização e restauração e não participou da Virada.

Também nesta edição, pela primeira vez, as barracas de pastel premiadas no concurso promovido anualmente pela Prefeitura de

São Paulo foram convidadas a vender suas especialidades ao público.

6ª Virada Cultural (2010)

Com show de abertura de Barbarito Torres e Ignacio Mazacote, do Buena Vista Social Club, em frente da Estação Júlio Prestes, foi dado início à 6ª edição da Virada Cultural, realizada entre os dias 15 e 16 de maio de 2010. Dedica-do ao rock, o palco, localizado na Avenida São João, recebeu Big Brother & The Holding Co., primeiro grupo a excursionar com a cantora Janis Joplin; CPM 22, Pitty e a banda Titãs.

O tradicional palco localizado no Largo do Arouche, um dos maiores sucessos em todas as edições por convidar artistas bem populares, desta vez recebeu o cantor Sidney Magal, Wan-derléa, entre outros nomes de sucesso.

7ª Virada Cultural (2011)

Realizada entre os dias 16 a 17 de abril, a 7ª Virada Cultural apresentou artistas como

Cie. Carabosse no Parque Jardim da Luz

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Dominguinhos, Rita Lee, Erasmo Carlos, Marina Lima, Gaby Amarantos e Martn’ália.

No Bulevar São João, a banda Beatles 4Ever interpretou, durante 24h, todos os discos de Os Beatles, respeitando a ordem cronológica de lançamento. O sambista Paulinho da Viola, acom-panhado pela Orquestra Sinfônica de Curitiba, fez um show antológico na Praça da República.

Pela primeira vez, comediantes de stand-up tiveram um palco só para si, montado sob o Viaduto do Chá. Lá, apresentaram-se expoentes do gênero como Danilo Gentili, Oscar Filho e Rafael Cortez.

8ª Virada Cultural (2012)

Em 2012, o evento ocorreu nos dias 5 e 6 de maio. No Palco Júlio Prestes, foram escalados mú-sicos que flertam com sonoridades africanas, entre eles, Ray Lema, Seun Kuti e Gilberto Gil, encarrega-do de encerrar esta edição da Virada Cultural.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança e a Jazz Sinfônica também participaram da programação. Seguindo a tradição de palcos temáticos, desta vez, a homenageada foi a cantora Elis Regina, cuja morte completou 30 anos nesse ano. Cantoras da nova geração, como Verônica Ferriani e Tatiana Parra, in-terpretaram discos inteiros da “pimentinha”.

Com as obras finalizadas, o Theatro Mu-nicipal voltou a trazer artistas relembrando seus discos antológicos, entre eles, Arnaldo Baptista, Zezé Motta e Ângela Maria ao lado de Cauby Peixoto.

O perímetro da Virada de 2012 teve inclusão, pela primeira vez, do Elevado Costa e Silva, o popular Minhocão, que recebeu barracas com produtos do Mercado Mundo Mix. Também no viaduto, renomados chefs de cozinha puderam comercializar seus pra-tos a preço popular.

Espetáculo de piano aéreo durante a edição de 2012

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Público em frente ao palco do Bulevar São João

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PrIMEIrO ArrANHA-CÉU DA CIDADE, SAMPAIO MOrEIrA SErÁ SEDE DA SECrEtArIA DE CULtUrA

t ombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) e considera-

do o maior arranha-céu de sua época (foi inaugurado em 1924), o Edifício Sampaio Moreira passa por obras de restauração e modernização para abrigar a futura sede da

Secretaria Municipal de Cultura. Os trabalhos tiveram início em abril de

2012 com término previsto para o primeiro semestre de 2014. Os recursos investidos no projeto são da ordem de R$ 21,5 milhões, contemplando as obras de restauro e mo-dernização, a desapropriação do edifício

e de duas construções anexas, que serão demolidas para dar lugar a uma praça. Essa nova passagem possibilitará o acesso ao edifício por sua lateral. Nos fundos, haverá um balcão para atendimento e identificação dos munícipes.

Além de uma cobertura, o edifício tem 12 andares que serão readequados para o novo uso, com a demolição interna das paredes e a instalação de uma passarela metálica interna que integrará a parte frontal da construção aos fundos, espaços que são separados por um vão de iluminação. O novo prédio contará, ainda, com um refei-tório na sua cobertura para os servidores.

O 5º andar será integralmen-te restaurado, de modo a servir de testemunho do projeto origi-nal. Os outros pavimentos terão a pintura artística do hall dos elevadores, escadas e área de circulação também restaurados.

Com a conclusão das obras, esse exemplar arquitetônico his-tórico voltará a figurar entre os mais belos edifícios da cidade.

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Fachada do Ediício Sampaio Moreira na Rua Líbero Badaró

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tEAtrOS DIStrItAIS SÃO MODErNIZADOS

A lgumas das expressões artísticas mais antigas da humanidade, o teatro, a dança e a música, têm o mérito

de provocar em seus espectadores diversos sentimentos: de reflexão, de contemplação ou de puro entretenimento. Mas, para que estes possam ser plenamente vividos hoje em dia, é preciso que as salas em que os espetáculos são apresentados estejam modernizadas e em bom estado de conservação.

Ao detectar, em 2005, a defasagem de seus teatros, a Secretaria Municipal de Cultura procurou revitalizar sua rede. Além da refor-ma de seis salas já existentes, quatro novas foram instaladas em bibliotecas públicas.

Foram investidos R$ 36 milhões para modernizar os Teatros João Caetano (zona sul), Cacilda Becker (zona oeste), Alfredo Mesquita (zona norte) e Martins Penna (zona leste). Outros três, o Artur Azevedo e o Flávio Império (zona leste) e o Paulo Eiró (zona sul), estão sendo revitalizados.

O auditório da Biblioteca Anne Frank

(zona oeste) foi transformado no Teatro Décio de Almeida Prado, somando um investimento de R$ 628 mil. Na Biblioteca Paulo Setúbal (zona leste), o antigo auditório deu lugar ao moderno Teatro Zanoni Ferrite. A reforma, que atingiu o prédio da biblioteca como um todo, custou R$ 1,2 milhão. A mais nova unidade que passou por reformulações foi a Prestes Maias, com investimento de R$ 2,2 milhões, e abrigando, em seu interior, o novo teatro Leopoldo Fróes.

Modernização nos sistemas de cenotec-nica, acessibilidade, camarins adequados, projetos de paisagismo, aparelhos de ar-condicionado, instalação de novas poltronas foram algumas das intervenções feitas nesses teatros. Em alguns deles, as obras chegaram a renovar a própria fachada, o saguão de entra-da e o palco. Dessa forma, suas salas ficaram à altura dos bons espetáculos encenados na cidade, quer dando condições técnicas para que as montagens sejam realizadas como no conforto proporcionado ao público.

Teatro Alfredo Mesquita depois da reforma geral

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Fachada do prédio do CCJ, inaugurado em 2006

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CCJ SE CONSOLIDA COMO OPÇÃO CULtUrAL NA ZONA NOrtE

Inaugurado em março de 2006, o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ) tem 8 mil metros quadrados e reúne bi-

blioteca, auditório, arena multiuso, estúdios de gravação e de animação, ilhas de edição, além de ampla área de convivência. É um equipamento multidisciplinar que foi criado a partir da estrutura abandonada de um antigo sacolão.

Por sua programação diferenciada, com shows de bandas independentes e artistas do circuito alternativo, o local ganhou notorie-dade e atraiu, em 2012, um público de mais de 215 mil pessoas. Entre 2009 e 2012, mais de 500 mil pessoas visitaram o CCJ para con-ferir a programação, que contou com mais de 4.500 atividades artísticas e culturais, entre shows musicais, espetáculos cênicos, encontros literários, exibições de vídeos,

oficinas de criação, agendamentos para uso de espaços e equipamentos e participação nos editais lançados pela instituição.

O Núcleo Paulistano de Animação (Nupa) é uma produtora-escola de filmes de ani-mação, onde artistas profissionais e jovens iniciantes trabalham de forma colaborativa na criação de filmes sobre a cidade de São Paulo. Coordenado pelo ilustrador e cineasta Céu D’Ellia, já produziu dois trabalhos, sendo que outros três estão em processo de produção.

Entre as parcerias que merecem desta-que, está o Programa Jovem Monitor, desen-volvido com o Instituto Tomie Ohtake. Seu principal objetivo é promover um processo de formação e vivência profissional que facilite a inserção de jovens na economia criativa da cidade.

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Ambiente interno é amplo e de fácil circulação

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DOZE ÔNIBUS-BIBLIOtECA CHEGAM A 72 LOCAIS

Cada veículo do ônibus-biblioteca transporta cerca de 4 mil livros

O ônibus-biblioteca tem como função essencial promover o acesso gratuito à leitura nas regiões periféricas da cidade,

carentes de equipamentos culturais. Cada veí-culo contém um acervo médio de 4 mil títulos, constantemente renovados, cujos procedimen-tos para empréstimo são os mesmos adotados nas bibliotecas municipais.

Atualmente, os itinerários passam por 72 lo-cais de atendimento: 24 na zona sul, 24 na leste, 18 na norte e seis na oeste, sempre de terça-feira a domingo. Os roteiros são estabelecidos de acordo com o número de bibliotecas públicas disponíveis nos locais e com o Índice de Desen-volvimento Humano (IDH) de cada região.

O projeto remonta ao ano de 1936, quando o escritor e primeiro diretor do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo, Mário de Andrade, propôs ao então prefeito Fábio Prado a implantação de uma unidade móvel para

que os livros fossem ao encontro dos leitores: a Biblioteca Circulante. Lugares como Largo da Concórdia, Jardim da Luz e Praça da República era visitados pela “caminhonete-biblioteca” Ford, doada pela empresa.

Após períodos de interrupção, o serviço foi retomado em 1979. No ano de 2005, circulava apenas um ônibus – em mau estado de conser-vação. Em vista da precariedade do atendimen-to, a Secretaria Municipal de Cultura recebeu, em comodato da SPTrans, alguns ônibus que foram adaptados para esta finalidade. Um deles começou a circular em 2007 e outros três deram início à atividade em outubro de 2008. A ideia de expansão avançou em 2011 e, após amplo programa de treinamento, o serviço passou a contar com dez veículos nas ruas, cada qual atendendo seis roteiros, num total de 54. Em 2012, a frota do ônibus-biblioteca conta com 12 veículos circulando pela cidade.

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Projeto foi ampliado de dois para 12 ônibus

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BOSQUES E PONtOS DE LEItUrA AMPLIAM SUA rEDE

Entre 2005 e 2012, a Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas,

ampliou significativamente o acesso ao livro e à leitura na cidade, sobretudo em bairros distan-tes do centro expandido e em locais de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Foram implantados 15 Pontos de Leitura e 13 Bosques da Leitura, além dos ônibus-biblioteca e das feiras de troca de livros e gibis.

Os Pontos de Leitura são minibibliotecas instaladas em espaços públicos ou comu-nitários, em parceria com subprefeituras ou instituições privadas com atuação no campo da cultura. Com um acervo inicial de 2.000 mil livros, hoje muitos Pontos já ul-trapassam 4.000 mil exemplares, sem con-tar os jornais e revistas. Possuem materiais para consulta local e empréstimo domiciliar e oferecem programação cultural variada, com contação de histórias, mediação de leitura, encontro com escritores e música.

Criados para atender mais rapidamente à demanda por bibliotecas nos bairros da periferia, hoje, os Pontos de Leitura estão

nas regiões de Cidade Tiradentes, São Mateus, Itaim Paulista, São Miguel Paulista, Mooca, Sé, Butantã, Parelheiros, Capela do Socorro M’Boi Mirim e Perus.

Os Bosques da Leitura são áreas loca-lizadas dentro de parques da cidade, que oferecem livros e periódicos para consulta local, aos domingos, e, em alguns endere-ços, também aos sábados.

Desde 2006, foram implantadas unidades nos Parques: do Carmo, do Jardim da Luz, Anhanguera, Cidade de Toronto, Santo Dias, Raposo Tavares, Lions Club Tucuruvi, do La-jeado, do Trote, Esportivo dos Trabalhadores, Guarapiranga e Rodrigo de Gásperi.

Desenvolvido no início da década de 1990, o projeto esteve presente somente em dois parques até 2006. O primeiro foi implantado em 1992, no Parque Ibirapue-ra. Em 1999, foi inaugurado o Bosque da Leitura do Parque do Piqueri, no Tatuapé. Dez anos depois, acolhendo reivindicação da população da zona leste, o espaço foi transformado em Ponto de Leitura, com atendimento diário.

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Ponto de Leitura do Parque do Piqueri

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FOMENtOS ÀS ArtES

Espetáculo “Cabaret Extravaganza” do grupo Os Satyros foi contemplado pelo Fomento ao Teatro

Em outubro de 2012, foi criado o Núcleo de Fomentos Culturais. A ideia foi subordinar, ao Gabinete

da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), os Programas Municipais de Fomento ao Teatro, à Dança e ao Cinema e o Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais

(VAI). Há, ainda, projetos experimentais, como o edital Arte na Cidade, que financia intervenções de artes visuais em áreas urba-nas. A relação com todos os contemplados entre 2009 e 2012 pode ser consultada no site oficial da SMC (www.cultura.prefeitura.sp.gov.br).

Fomento ao teatro

Criado em 2002, o Programa Municipal de Fomento ao Teatro chegou a sua 21ª edi-ção no segundo semestre de 2012, quando completou dez anos. Entre 2009 e 2012, o total de investimento chegou a cerca de R$ 51 milhões, distribuídos entre 120 projetos. A cada ano, os recursos disponíveis foram incrementados, passando de R$ 11,6 milhões para R$ 14,6 milhões.

Por ano, são publicados dois editais que selecionam propostas de manutenção e criação de projetos de trabalho continuado de pesquisa e produção teatral. Ao todo, são selecionados 30 projetos por ano. Entre os grupos beneficiados pelo programa estão: Engenho Teatral, As Meninas do Conto, Grupo XIX de Teatro, Cia. Patética, Os Fofos Encenam, Cia. de Teatro Os Satyros e Cia. Pia Fraus.

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Morena Nascimento durante o espetáculo “Claraboia”

Inédito no Brasil, o Programa Municipal de Fomento à Dança foi lançado em 2005, com o objetivo de investir na manutenção e desenvolvimento de projetos de trabalho continuado em dança contemporânea. Entre 2009 e 2012, foram investidos cerca de R$ 23 milhões de forma crescente: de R$ 4,7 milhões, em 2009, para R$ 8,4 milhões, em 2012. Nesse período, foram contemplados 109 projetos, cada um recebendo R$ 300 mil em média.

A seleção de projetos é semestral e a lei permite que sejam selecionados até 30 projetos a cada ano. Sua Comissão Julga-dora é composta por sete pessoas: quatro

indicadas pela SMC e três representantes de entidades ligadas à área, especialistas no tema, eleitos pelos inscritos na edição. Em geral, ocorrem mostras anuais exibindo os trabalhos desenvolvidos no período. Entre as contempladas estão: as Cias. Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira, Mariana Muniz, Borelli de Dança, Minik Momdó, de Dança Jorge Garcia, o Núcleo Artístico Vera Sala e a bailarina Morena Nascimento.

Em setembro de 2012, foi lançado o livro “Fomento à Dança - 5 Anos”, contendo o histórico do Programa, a relação das com-panhias contempladas e algumas reflexões sobre dança contemporânea.

Fomento à Dança

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Cena do filme “Dois Coelhos”, de Afonso Poyart

Desde o início da década de 1990, a SMC incentiva a produção cinematográfica por meio de editais de copatrocínio, publicados ao longo dos anos. Atualmente, o Fomento ao Cinema se destina à produção e finali-zação de obras audiovisuais em diversos estágios e formatos: longas e curtas-metra-gens, roteiros, documentários e filmes de animação.

Entre 2009 e 2010, foram lançados 24 editais de copatrocínio, com investimento total de R$ 25,3 milhões, contemplando 185 produções.

No âmbito dos longas-metragens, a SMC atua com recursos complementares. Entre 2009 e 2012, houve editais para produção, desenvol-vimento e finalização. Em 2011, filmes como o premiado documentário “Raul, o Início, o Fim, o Meio”, de Walter Carvalho, e o elogiado longa de ação, “Dois Coelhos”, do estreante Afonso Poyart, receberam recursos por meio do edital de copatrocínio para produção.

Para curtas-metragens, foram lançadas novas modalidades. A de copatrocínio para produção de documentários Crônicas da Cidade produziu dez filmes, com duração de 5 minutos cada, enfocando particularidades de São Paulo. A primeira edição aconteceu em 2007 e um novo edital foi lançado em 2011 com investimento de R$ 300 mil. Outra nova modalidade foi a de copatrocínio à produção de interprogramas com o tema Virada Cultural, em 2010. Ao todo, foram selecionados três projetos e o investimento foi de R$ 74,3 milhões.

O Projeto História dos Bairros de São Paulo, lançado em novembro de 2005, soma sete edições. A partir de 2009, foram enfocados bairros como Vila Formosa, Canindé, Butantã, Casa Verde, República e Consolação, entre 34 relativos a diferentes regiões da cidade. Somente para os editais relacionados a este projeto, foram distribuí-dos cerca de R$ 3,2 milhões.

Fomento ao Cinema

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“Clara-clara”, instalação de Laura Vinci

Em junho de 2010, foi lançado um edital inédito em São Paulo com o objetivo de incentivar a produção de artes plásticas ao ar livre. Em setembro de 2011, as obras contempladas começaram a ganhar as ruas. Foram selecionados sete projetos de artistas brasileiros, entre obras individuais ou con-juntos de intervenções. Ao todo, foi inves-

tido R$ 1,2 milhão nos projetos: “Nuvem”, de Eduardo Coimbra; “Clara-clara”, de Laura Vinci; “Projeto para uma Pintura com Tem-poral 6”, de Thiago Rocha Pitta; “Canteiro de Operações”, de José Resende; “O Descanso da Sala”, de José Spaniol; “Cartografitti”, de Mauro Sérgio Neri; e “Tamanduateí”, de Pau-lo Camilo Penna.

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VAI INVEStE r$ 11,4 MILHÕES EM 550 PrOJEtOS

Existem regiões da cidade que são caren-tes de equipamentos públicos. Lá vivem jovens de baixa renda com um grande

potencial artístico e cultural, que não têm oportunidade de concretizar seus projetos. Para atender essa faixa da população, a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) tem investido na ampliação do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais. Popularmente conhecido como VAI, o projeto, criado em 2004, dá apoio financeiro a esses novos artistas.

Caracterizados pela diversidade, os tra-balhos aprovados mesclam, em sua maioria, diversas linguagens artísticas. Montagens, produções, apresentações de espetáculos e performances nas áreas das artes cênicas (te-atro e dança) e da música, além de exibições e produções audiovisuais, gravações de CDs, oficinas e eventos culturais são algumas das linguagens contempladas.

Com seleção anual feita por uma comissão de avaliação –composta por representantes da Prefeitura e da sociedade civil, indicadas por entidades com atuação cultural–, pode se inscrever no VAI qualquer pessoa, física ou ju-rídica sem fins lucrativos, e com domicílio ou sede na cidade de São Paulo há, no mínimo, dois anos. Cada projeto aprovado, assim como suas despesas, são acompanhados por SMC. Os grupos recebem um manual de orientações para prestação de contas e um treinamento quanto aos procedimentos a serem seguidos.

Entre 2005 e 2008, foram aprovados 417 projetos, recebendo cada um deles R$ 18,6 mil. Nesse período, foram investidos, no total, R$ 6,7 milhões. De 2009 a 2012, esse valor saltou para R$ 11,4 milhões, distri-buídos entre 550 projetos. Atualmente, a quantia destinada a cada trabalho é de até R$ 23 mil.

Prédios do projeto Cingapura recebem grafitagem patrocinada pelo VAI

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Entre 2009 e 2012, o Conselho Muni-cipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da

Cidade de São Paulo (Conpresp) promoveu o reconhecimento de diversos imóveis e áreas da cidade. Integram o Conselho membros da Câmara Municipal de São Paulo, do Institu-to dos Arquitetos do Brasil, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Departamento do Patrimônio Histórico e das Secretarias de Habitação e Desenvolvimento Urbano, de Negócios Jurídicos e de Cultura (SMC).

No período, foram deliberados, entre outros, o tombamento definitivo do Aeropor-to de Congonhas, do Complexo Industrial do Gasômetro do Brás, de elementos rema-nescentes das antigas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, da Companhia Fiat Lux e de áreas internas do Cine Ipiranga. As Cavas de Ouro da Região do Jaraguá tiveram abertura de processo de tombamento em 2011 e, já no ano seguinte, foi aprovado seu tombamento definitivo.

Foram abertos processos de tombamento de imóveis integrantes do Complexo da Cia. Nitro Química, dos antigos armazéns Pirati-ninga e de outros espaços. Ao todo, foram decididos, pelo Conpresp, 19 aberturas de processo de tombamento e 27 tombamentos.

Medidas administrativas também foram tomadas para tornar mais ágil as análises dos processos, como por exemplo, a reso-lução nº 18 de 2011, que trata da remoção de árvores em espaços públicos. Em 2012, por meio da resolução nº 15, foi transferida para as Subprefeituras da Vila Mariana, do Ipiranga, da Lapa e da Sé e para a Secretaria

de Habitação a análise e aprovação de inter-venções em imóveis localizados em área de tombamento ambiental ou em áreas envol-tórias de bens tombados. Tais medidas visam reduzir o tempo de espera dos interessados.

Em 2006, a SMC regulamentou o Funcap (Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano). Em novembro de 2012, foi enviado à Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que reduz e detalha os parâmetros de cálculo de multa, introdu-zindo particularidades como o conceito de tombamento ambiental, que não estava ca-racterizado nem na legislação de criação do Conpresp, nem na primeira regulamentação do Funcap. O objetivo é trazer para a SMC a maior parte da tramitação dos processos de multa de preservação, introduzindo regras de prazos, detalhando procedimentos de notificação, recurso e lavratura das multas e detalhando o procedimento. Dessa forma, pretende-se reforçar a necessidade para re-composição do bem que sofreu intervenções que o descaracterizaram.

Antiga sede da Companhia Paulista Antarctica na Mooca

CONPrESP PrOtEGE PAtrIMÔNIO HIStÓrICO E CULtUrAL DA CIDADE DE SÃO PAULO

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Fonte Monumental após obras de restauro

Popularmente conhecida como a “fonte das lagostas”, devido aos elementos decorativos em bronze que representam

o crustáceo, a Fonte Monumental, situada na Praça Júlio de Mesquita, desde muito tempo sofre com a degradação. Até o célebre e brinca-lhão Adoniran Barbosa chamou a atenção ao fato, quando compôs, nos anos 1970, a música “Roubaram a Lagosta”.

Iniciada em agosto de 2012, a restauração da primeira obra de arte pública projetada e realizada por uma escultora brasileira, Nicolina Vaz de Assis Pinto do Couto, chega a sua fase final em dezembro de 2012. Implantada na re-gião central em 1927, a fonte foi confeccionada na Itália, em mármore de Carrara, e ornamen-tada com alegorias em bronze assinadas pelo artista Roque de Mingo. O projeto refletia o desejo dos governantes da época de embelezar “à francesa” certos espaços públicos da cidade de São Paulo.

A obra de recuperação deste importante patrimônio paulistano foi coordenada pelo Departamento do Patrimônio Histórico, que acompanhou o trabalho executado pela empresa Concrejato S/A, com base no projeto do Estúdio Sarasá. O investimento foi R$ 515.235,92. Além da restauração, a fonte traz novos sistemas de iluminação cênica e de hidráulica.

Há décadas sem funcionamento e expos-ta a frequentes atos de vandalismo, a Fonte Monumental alcançou um nível preocupante de deterioração, cuja perda de elementos sinalizou sua descaracterização. Por esse motivo, quando for inaugurada, em janeiro, apresentará uma proteção. Será implantado, em caráter experimental na cidade, uma proteção de vidro temperado, visando a uma melhor conservação material da obra, a exemplo da Fonte de Las Nereidas, em Buenos Aires (Argentina).

FONtE MONUMENtAL É rEStAUrADA

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Entre 2007 e 2008, o Edifício Ramos de Azevedo, sede do Arquivo Histórico de São Paulo, passou por um restauro de

fachada. Seu anexo, construído na década de 1920, ao lado do prédio principal, foi recuperado e armazena documentos de 1922 a 1935.

No primeiro semestre de 2012, foram iniciadas as obras internas que contemplam acessibilidade e restauração arquitetônica de todos os elementos construtivos do Edifício. Ao todo, foram investidos nesta recuperação R$ 4,5 milhões.

Para acompanhar o novo patamar no qual se encontra uma das principais instituições de ar-quivo documental de São Paulo, em junho deste ano, o Arquivo Histórico foi alçado à categoria de departamento, o que lhe garante mais autono-mia administrativa e financeira.

Em dezembro de 2011, foi lançado, em coedição com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, o livro “Arquivo Histórico de São

Paulo: História Pública da Cidade”. A obra reúne reproduções de 95 documentos entre manuscri-tos, mapas, pranchas de arquitetura, desenhos e fotografias, que abrangem o período de 1555 a 1954, pesquisados pela equipe do Arquivo His-tórico. Os textos foram redigidos e organizados pelo arquiteto Eudes Campos.

Criado em 1907, o Arquivo Histórico de São Paulo preserva a memória da administração pública municipal, assegurando o recolhimento, a organização e o acesso pleno aos documentos pú-blicos, como atas da câmara e livros de registro de cemitérios, que servem de material de pesquisa.

A desapropriação da antiga sede do vizinho Grêmio Politécnico da Universidade de São Pau-lo, conhecido como “Cadopô”, e sua adaptação para recebimento do acervo do período de 1936 até a década de 1970 complementam as ações de valorização deste patrimônio da cidade. O novo anexo receberá o nome de Torre da Memória Paulistana.

Anexo restaurado do Arquivo Histórico de São Paulo

rEFOrMADO E AMPLIADO, ArQUIVO HIStÓrICO GANHA AUtONOMIA DE DEPArtAMENtO

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Fachada do Edifício Ramos de Azevedo Sylv

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Edições do guia de programação da Secretaria Municipal de Cultura

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GUIA EMCArtAZ COMPLEtA 64 EDIÇÕES INFOrMANDO OS LEItOrES

Lançada em maio de 2007 como guia de programação cultural, a revista EmCartaz fortaleceu, ao longo de mais de cinco anos,

seu diálogo com os frequentadores dos equipa-mentos subordinados à Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e, também, com outras instituições culturais que passaram a receber a publicação mensalmente.

Em 2012, a tiragem passou de 62.500 exem-plares para 70 mil, possibilitando uma distribui-ção mais ampla, incluindo pontos estratégicos da cidade, como o Aeroporto de Congonhas e a Rodoviária do Tietê.

Ao longo de sua existência, foram publicadas 64 edições, que destacaram os principais projetos da SMC, as reformas e inaugurações de seus equipamentos e, principalmente, a programa-ção oferecida nas bibliotecas, centros culturais, teatros e até mesmo no maior evento da cidade, a Virada Cultural, cinco vezes matéria de capa do EmCartaz.

A partir de 2012, também passou a ser en-cartado, em todas as edições do guia, um mapa destacável da rede SPCultura, que reúne todos os equipamentos culturais administrados pela SMC. O projeto partiu da necessidade de levar ao conhecimento das pessoas o fato de que bibliote-cas, centros culturais, pontos de leitura, bosques da leitura, ônibus-biblioteca, teatros e salas de cinema integravam uma rede única, pertencente à Prefeitura de São Paulo. A iniciativa contou, ainda, com a impressão de um grande mapa, em exposição na Galeria Olido, e teve outros desdo-bramentos, como o desenvolvimento de um site homônimo, exclusivo para programação cultural (www.spcultura.prefeitura.sp.gov.br).

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Em novembro de 2012, foi lançado o Portal de Acervos da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Por meio

do endereço http://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br, o interessado tem acesso à mais recente ferramenta de pesquisas de acervos públicos. Ao todo, mais de 150 mil itens, pertencentes a 16 coleções distintas, estão disponíveis para consulta.

O lançamento do novo site ocorreu na Casa da Imagem, instituição que abriga uma das principais coleções representadas pelo portal. Além das mais de 40 mil imagens do acervo fotográfico da Casa, é possível consultar mais de 12 mil programas de espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo, além de todo seu acer-vo de figurinos; o acervo do Centro de Memória do Circo, sediado na Galeria Olido; e catálogos de exposições de arte da Biblioteca Alfredo Volpi, vinculada ao Centro Cultural São Paulo. Podem ainda ser vistos os mais de 3 mil itens do Pavilhão das Culturas Brasileiras; o acervo de

obras de arte em áreas públicas que pertence ao Departamento do Patrimônio Histórico e que inclui, por exemplo, o Monumento às Bandei-ras, um dos ícones paulistanos; cerca de 600 fonogramas da Discoteca Oneyda Alvarenga, que poderão ser ouvidos na íntegra, e outros 70 mil podem ser consultados.

Por meio de uma ferramenta de busca simples, o usuário pode localizar qualquer item do acervo que será apresentado por uma foto em média ou baixa resolução e informa-ções técnicas como ano de produção, técnica utilizada, no caso de obras de arte, dimensões, entre outros dados. Há também a possibilidade de guiar a busca selecionando diretamente uma coleção específica, pois todas estarão relaciona-das na página principal do site.

A SMC investiu R$ 300 mil na produção do novo portal, desenvolvido pela empresa CWI Software. A hospedagem fica na Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam).

Interface do Portal de Acervos

POrtAL DE ACErVOS tEM MAIS DE 150 MIL ItENS PArA CONSULtA

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No dia 1º de dezembro de 2012, foi lançado o site SPCultura, projeto que complementa as ações que visam tornar conhecida toda

a rede de equipamentos administrados pela Secre-taria Municipal de Cultura. A página online oferece a mesma divisão por linguagens que o público já conhece por meio do guia EmCartaz e traz uma ver-são eletrônica do mapa que indica a localização dos equipamentos culturais distribuídos pela cidade.

O objetivo deste site é facilitar o acesso do usuário à programação, separada por dança, teatro, cinema, música popular, música erudita, exposições, oficinas, palestras e outras. Seu prin-cipal instrumento é a possibilidade de realizar

buscas por meio de palavras-chave em todo o banco de dados disponível. O usuário pode optar por pesquisa geral ou segmentada por lingua-gem, local, região, artista, nome de filme, ator etc. Outra possibilidade é a de buscar eventos por dia, por meio de um calendário que aparece em todas as páginas. Apenas com o clique em uma data, pode-se visualizar toda a programação que acontecerá nessa ocasião.

SPCultura é um serviço complementar e dinâmico ao que o guia EmCartaz oferece à população mensalmente, pois traz atualiza-ção imediata dos eventos. Seu endereço ele-trônico é www.spcultura.prefeitura.sp.gov.br.

Novo site de programação da Secretaria Municipal de Cultura

SItE SPCULtUrA FACILItA BUSCA DA PrOGrAMAÇÃO CULtUrAL

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A participação nas redes sociais tornou-se ferramenta indispensável para divulgação e interação com

frequentadores dos espaços da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Entre os pio-neiros nas redes, está o Centro Cultural São Paulo, que soma mais de 30 mil seguidores em seu perfil no Twitter (@centrocultural) e cerca de 17 mil pessoas curtiram seu perfil no Facebook (www.facebook.com.br/centro-cultural).

O Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso também tem perfil em ambas as redes. No Twitter (@ccjuventude), tem cerca de 4.500 seguidores e no Facebook, (www.facebook.com/ccjuventude), mais de 8.200 pessoas acompanham suas atualizações.

O guia EmCartaz criou perfil nas duas redes para divulgar a programação de toda

a SMC. Atualmente, seu perfil no Twitter (@revistaemcartaz) é acompanhado por mais de 7 mil pessoas. Recentemente, foi criado um perfil no Facebook (www.facebook.com/revistaemcartaz), que já foi curtido por mais de 500 pessoas.

Depois de suas obras de restauro e mo-dernização, a Biblioteca Mário de Andrade foi reaberta entre 2010 e 2011, período em que criou um perfil no Facebook (www.face-book.com/BibliotecaMariodeAndrade).

Mais de 1.000 pessoas acompanham, no Facebook, as bibliotecas públicas de São Paulo (www.facebook.com/BibliotecasSP).

Como não poderia ser diferente, o maior evento de rua da cidade de São Paulo, a Virada Cultural, tem grande repercussão nas redes sociais. Seu perfil no Twitter (@virada) é acompanhado por mais de 20 mil pessoas.

EQUIPAMENtOS CULtUrAIS MArCAM PrESENÇA NAS rEDES SOCIAIS

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Como forma de divulgar o acervo das instituições municipais, foram lançadas publicações que trazem registros perten-

centes a diversas coleções, como a iconográfica da Casa da Imagem, de documentos do Arquivo

Histórico de São Paulo, de exposições, entre outras. Em dezembro de 2011, foi lançado o projeto De Mão em Mão, que publica livros com textos literários para distribuição gratuita em terminais de ônibus.

PUBLICAÇÕES DIVULGAM ACErVOS E PrOMOVEM LItErAtUrA

Por dentro das publicações

LIVROSSão Paulo, Memória e Sabor (Rosa • Belluzzo)Guilherme Gaensly (Boris Kossoy, • Henrique Siqueira, Hugo Segawa, Rubens Fernandes Junior), coedição com a editora Cosac NaifyTaipa, Canela-preta e Concreto (Lia • Mayumi)Militão Augusto de Azevedo (Rubens • Fernandes Junior, Heloisa Barbuy, Fraya Frehse e Henrique Siqueira)Pavilhão das Culturas Brasileiras: • Puras Misturas (Adélia Borges e Cris-tiana Barreto org.)Theatro Mvnicipal de São Paulo - 100 • Anos (Márcia Camargos)Arquivo Histórico de São Paulo - His-• tória Pública da Cidade (Eudes Cam-pos org.), coedição com a Imprensa Oficial do Estado de São PauloTítulos da Coleção “De Mão em Mão”, co-• edição da Secretaria Municipal de Cultura com a Editora UNESP e Imprensa OficialMissa do Galo e Outros Contos (Machado • de Assis)A Nova Califórnia e Outros Contos • (Lima Barreto)Contos Paulistanos (Antônio de Alcân-• tara Machado)Histórias de Horror (Vários autores)• São Paulo! Comoção de Minha Vida • (Mário de Andrade)São Paulo em Guerra - 1924 (Cabanas • –Guazelli)

Ninguém Morre Duas Vezes (Luiz Lopes • Coelho)Os Fantasmas da São Paulo Antiga (Miguel • Milano) Guia de Bens Culturais da Cidade de São • Paulo (Departamento do Patrimônio Histórico)

CdS

Uirapuru - Villa-Lobos • Arranjadores - Projeto Memória Brasileira•

dVdS

História dos Bairros de São Paulo • Crônicas de São Paulo• Camargo Guarnieri • Caderneta de Campo - Missão de Pesqui-• sas FolclóricasGlauco Velásquez 4 Trios•

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Se “um banquinho e um violão” dá música, e das boas, o que dizer de um piano em meio a uma praça arborizada, cercada por

cadeiras? O projeto Piano na Praça, lançado em 2005 durante a 1ª Virada Cultural, virou sucesso de público ao transformar a Praça Dom José Gaspar em palco para recitais gratuitos e ao ar livre.

Em 2006, tornou-se projeto permanente, reali-zando edições regulares com o objetivo de divulgar o repertório de MPB, jazz e música erudita. Para interpretá-lo, foram convidados musicistas tanto consagrados como em início de carreira.

O projeto já teve seis temporadas e convidou mais de 100 pianistas desde a primeira edição. Rea-lizado quinzenalmente aos sábados e, desde 2012,

também aos domingos, o Piano recebeu artistas como João Donato, Francis Hime, Cida Moreira, Ar-rigo Barnabé, Eduardo Dussek, Guilherme Arantes, João Carlos Assis Brasil, Juliana D’Agostini, Arthur Moreira Lima, Gilberto Tinetti, Freddy Cole, Eumir Deodato, Wagner Tiso, David Feldman, Jane Duboc e muitos outros.

Assim como ocorre com a Virada Cultural, o Piano na Praça tem seu sucesso associado ao fato de ser realizado no centro de São Paulo, local até então pouco valorizado por atividades culturais. O palco é instalado na praça atrás da recém-restau-rada e modernizada Biblioteca Mário de Andrade, localizada em uma região que foi antigo reduto intelectual e artístico da cidade.

Hermeto Pascoal se apresentou em 2012 no projeto Piano na Praça

PIANO NA PrAÇA LEVA rECItAIS AO CENtrO DA CIDADE

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BIBLIOtECAS OFErECEM PrOGrAMAÇÃO VArIADA

Cuidar da estrutura da rede de bibliotecas públicas era uma necessidade pre-mente. Agora, com os espaços em boas

condições de funcionamento, tornou-se possível a ampliação de sua programação cultural, que apresenta encontros com escritores, oficinas e cursos sobre literatura, cultura popular, xilogra-vura, confecção de livros, grafitti, entre outros.

Atualmente, oito bibliotecas públicas re-cebem, quinzenalmente, encenações de tea-tro infantil, principalmente de animação. Nos roteiros dos ônibus-biblioteca e nos Bosques de Leitura, que funcionam nos parques da cidade, há apresentações de teatro de rua.

Em parceria com o Centro Cultural da Juventude ruth Cardoso, o projeto “A Hora e a Vez do Vestibular”, oferece palestras com professores universitários sobre as obras literárias exigidas nessa prova. Além das aulas, algumas bibliotecas são palco de apresentações teatrais sobre o tema, como as peças “O Cortiço” e “Capitães da Areia”, do Grupo trapiche.

Criado em 2005, o Festival “A Arte de Contar Histórias” acontece, tradicionalmente, em outubro, mês das crianças, e convida

alguns dos principais narradores para se apresentar nos equipamentos do Sistema Municipal de Bibliotecas. Além desses en-contros, oficinas, exposições, mesas-redon-das e palestras sobre o gênero são realiza-das na Biblioteca Hans Christian Andersen, temática em contos de fada. A atividade de contação de histórias já representava, em 2009, cerca de 50 % da programação mensal das bibliotecas.

Vencedor do 24º troféu HQ Mix, em 2012, na categoria Grande Contribuição, o projeto Fanzines nas Zonas de Sampa leva quadri-nistas importantes a ensinar, aos jovens, como produzir suas histórias em quadrinhos.

Shows também chegaram às bibliotecas, entre eles, os dos compositores Francis Hime e Alzira Espíndola. temática em música, a Biblioteca Cassiano ricardo apresentou diversos espetáculos, como a série “Quarentões Bolachões”, que homenageou as bandas the Beatles, Creedence Clearwater revival e outras.

Mostras de cinemas variadas fizeram parte da programação das Bibliotecas roberto Santos (temática no gênero), Viriato Corrêa, Cora Coralina e Monteiro Lobato.

Grupo Meninas do Conto se apresenta no Festival “A Arte de Contar Histórias”

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Montagem da ópera “Macbeth” teve direção cênica de Robert Wilson

APÓS rEABErtUrA, tHEAtrO MVNICIPAL rECEBE MAIS DE 280 MIL ESPECtADOrES

Depois das obras de restauro que ocor-reram entre 2008 e 2011, o Theatro Municipal de São Paulo foi reaberto em

junho do ano passado. Para atrair o público de volta à principal casa lírica da cidade, a progra-mação contou com óperas, concertos, recitais e apresentações de balé.

No dia 12 de setembro de 2011, em comemoração ao centenário do Municipal, foi encenada a ópera “Rigoletto”, de Verdi, com Fe-lipe Hirsch assinando a direção cênica e Daniela Thomas, a de arte.

Em permuta com o Palácio das Artes de Belo Horizonte (Minas Gerais), o Theatro rece-beu a ópera “A Menina das Nuvens”, de Villa-Lobos. “O Morcego”, de Strauss Filho, encerrou a temporada líricas de 2011. Nesse ano, a casa promoveu, ainda, 21 concertos com seus corpos artísticos e mais três óperas, totalizando 29 récitas.

A temporada de 2012 iniciou em feverei-ro, celebrando os 90 anos da Semana da Arte Moderna de 22.

Foram encenadas as óperas “Magdalena”, de

Sylvia Masini

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Villa-Lobos (produção mon-tada inicialmente no Teatro Le Châtelet, em Paris, França, e posteriormente doada ao Municipal), e “Pedro Malazarte”, de Camargo Guarnieri. Ao longo do ano, o Municipal encenou “La Traviata”, de Verdi, com 11 récitas; “Crepúsculo dos Deuses”, de Wagner; e “Pélleas et Melisande”, de Debussy.

No mês de novembro, numa coprodução com o Teatro Comunale de Bolonha (Itália), a ópera “Macbeth”, de Verdi, ganhou direção cênica do norte-americano Bob Wilson. Montada pela primeira vez no Brasil, “O Rouxinol”, de Stravinsky, encerrou a progra-mação lírica de 2012. Nesse ano, foram realizados, ainda, 17 concertos e 14 recitais com os corpos artísticos, totalizando 56 récitas.

Apresentações de balé também integraram a progra-mação. Em 2011, o Festival de Dança reuniu cinco renomadas companhias de São Paulo, em homenagem ao centenário do Theatro, entre elas, a Cisne Negro Cia. de Dança e o Ballet Stagium. Entre 2009 e 2012, o Balé da Cidade de São Paulo apresentou sete novas coreo-grafias. Três delas foram “Nos Outros”, de autoria da diretora da companhia, Lara Pinheiro; “Cidade Incerta”, do português André Mesquita; e “Paraí-so Perdido”, do coreógrafo grego Andonis Foniadakis, que estreou no SESC Vila Mariana e depois foi reapresentada no palco do Municipal.

Entre 2011 e 2012, o The-atro recebeu mais de 280 mil espectadores. “Paraíso Perdido” é assinada pelo grego Andonis Foniadakis

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Foco na Gestão

OBRAS/ INVESTIMENTOS

PESSOAL E BENEFÍCIOS

ATIVIDADE FIM(Programação e Fomento)

CONTRATOS/CUSTEIO

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SMC - grupos de despesas 2009/2012

1. reorganização Institucional e principais projetos e atividades da gestão

ASecretaria Municipal de Cultura (SMC) promoveu transformações administrati-vas intensas entre 2009 e 2012. Com um

orçamento de R$ 440 milhões em 2012, o grande desafio foi modernizar e tornar mais eficiente uma instituição que administra uma rede de equipa-mentos formada por 60 bibliotecas públicas, 10 teatros distritais, 15 Casas Históricas, o Theatro Municipal, a Biblioteca Mário de Andrade, o Centro Cultural São Paulo, o Centro Cultural da Juventu-de, entre outros. São mais de 120 equipamentos distribuídos pela cidade, que recebem um público de mais de 3 milhões de usuários/ano. Somente o Sistema Municipal de Bibliotecas empresta mais de 1 milhão de livros por ano, 300 mil deles por intermédio de 12 ônibus-biblioteca que percorrem

as áreas periféricas, contempladas em 72 roteiros semanais.

Além de seus oito departamentos: Administra-ção e Finanças, Expansão Cultural, Patrimônio His-tórico, Arquivo Histórico, Centro Cultural São Pau-lo, Biblioteca Mário de Andrade, Centro Cultural da Juventude e Sistema Municipal de Bibliotecas, a SMC também abriga o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp), órgão de preservação municipal e a Fundação Theatro Municipal. Em 2010, foi implantado o Núcleo de Fomentos, que possibilitou um melhor atendimento aos editais de fomento ao Teatro, à Dança e ao Cinema, além de viabilizar um melhor acompanhamento dos projetos do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), importante ação de descentralização cultural que contemplou mais de 900 projetos, beneficiando regiões carentes da cidade.

A Virada Cultural, principal evento de rua de São Paulo, teve oito edições, desde 2005, e se

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RESUMO dAS METAS *

CONCLUÍDAS 18 60%

PARCIALMENTE CONCLUÍDA 1 3%

EM ANDAMENTO 10 33%

META INVIABILIZADA 1 3%

30 100%

tornou a “festa da cidade”, atraindo milhões de pessoas para o centro.

Criou-se a Praça das Artes, conjunto arquite-tônico situado entre a rua Conselheiro Crispiniano, a Avenida São João e o Anhangabaú, que abriga as novas instalações das escolas municipais de música e dança e devolve o Conservatório Dramá-tico e Musical, edifício da década de 1880 que foi restaurado, com sua tradicional sala de concerto de câmara.

Reformaram-se 42 bibliotecas públicas e cinco teatros distritais.

A Biblioteca Mário de Andrade e o Arquivo Histórico Municipal foram alçados à categoria de departamento, o que lhes garante autonomia financeira e administrativa.

Neste mês de dezembro, foi inaugurado o Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes, equipamento que reúne opções de lazer, cultura e formação profissional. Localizado em uma das áreas mais carentes de São Paulo, com população de cerca de 300 mil habitantes, o espaço abriga biblioteca, cinema, teatro, áreas expositivas, salas para formação técnica na área de cultura, além de um parque de 20 mil metros quadrados com quadra poliesportiva e pista de skate.

2. Equilíbrio Orçamentário / Financeiro

Tal programa exigiu uma concepção clara de gestão, baseada na descentralização adminis-trativa, na corresponsabilidade entre gabinete e departamentos na busca de um equilíbrio orça-mentário/financeiro, com investimentos equili-brados entre programação cultural e fomentos, reforma e ampliação dos espaços existentes e a criação de novos equipamentos.

3. Pessoal e Eficiência Administrativa

Apesar da aposentadoria de quase 400 funcio-nários nos últimos quatro anos, o que reduziu 20% da sua força de trabalho, a Secretaria de Cultura obteve um ganho de eficiência de 56 % na execu-ção orçamentária, passando de R$ 293 milhões em 2009 (atualizado IPC-FIPE) para R$ 400 milhões em 2012.

4. Agenda de Metas 2012

A Secretaria Municipal de Cultura concluiu cerca de 60% de sua metas, conforma demons-tra o quadro abaixo:

O orçamento médio nos últimos quatro anos R$ 329,3 milhões foi assim distribuído: 28 % com pessoal16 % com contratos de manutenção26 % com investimentos (reformas e constru-ção de novos equipamentos) e30 % com atividade fim (programação cultu-ral e fomentos)

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Organização

Conheça os responsáveis por cada departamento da Secretaria Municipal de Cultura

Secretário Municipal de CulturaCarlos Augusto Machado Calil

Secretário AdjuntoJosé Roberto Sadek

Chefe de GabinetePaulo Rodrigues

Theatro Municipal de São PauloBeatriz Franco do Amaral (diretora

administrativa)Abel Rocha (diretor artístico)

Sistema Municipal de BibliotecasMaria Zenita Monteiro

Biblioteca Mário de AndradeMaria Christina Barbosa de Almeida

Centro Cultural São PauloRicardo Resende

Patrimônio HistóricoWalter Pires

Arquivo Histórico de São PauloLiliane Schrank Lehmann

Expansão CulturalBranca Lopéz Ruiz

Administração e FinançasElizangela Rodrigues de Moraes

Assessoria JurídicaMauricio Morais Tonin

Assessoria de ComunicaçãoGiovanna Longo e

Luiz Quesada (editor EmCartaz)Viviane Lopes Faria (diagramação)

Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico,

Cultural e Ambiental)José Eduardo de Assis Lefèvre

CAAPC (Comissão de Averiguação e Avaliação de Projetos Culturais)

Regina Célia Vieira Muniz

Centro Cultural da PenhaLuciana Schwinden

Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes

Guilherme de Cerqueira Cesar

Centro Cultural da JuventudeLeandro Marquez Benetti

Núcleo de Fomentos CulturaisMaria do Rosário Ramalho

Museu da Cidade de São PauloRegina Ponte

Escritório de CinemaEder Mazini

64 EDIÇÃO ESPECIAL | emcartaz

• 40 mil imagens do Acervo Fotográfico da Casa da Imagem.

• 12 mil programas de espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo.

• Mais de 3 mil itens do Pavilhão das Culturas Brasileiras.

• Cerca de 2.400 fonogramas da Discoteca Oneyda Alvarenga.

Acesse: www.acervosdacidade.sp.gov.br

MAIS DE 150 MIL ITENS, PERTENCENTES A 16 ACERVOS DISTINTOS, DISPONÍVEIS PARA CONSULTA

Fotografia de German Lorca registra construção do Parque Ibirapuera

cenários paulistanos

FOtO: GErMAN LOrCA