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EM 736 - 9 SELEÇÃO DE TÉCNICAS EXPERIMENTAIS BIBLIOGRAFIA Técnicas de Análise Microestrutural – Angelo Fernando Padilha e Francisco Ambrozio Filho.

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EM 736 - 9

SELEÇÃO DE TÉCNICAS EXPERIMENTAIS

BIBLIOGRAFIATécnicas de Análise Microestrutural – Angelo Fernando

Padilha e Francisco Ambrozio Filho.

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Introdução

O estudo de microestrutura é de extrema importância visto que ela determina em última análise as propriedades dos materiais.Por outro lado a análise microestrutural é prejudicada por algumas dificuldades inerentes.

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Defeitos cristalinos e constituintes microestruturais , como fases e inclusões têm características diferentes e ampla faixa de tamanhos – de Angstrons a milímetros –exigindo frequentemente a utilização de numerosas técnicas experimentais complementares, tais como microscópios de diferentes características e resoluções.

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Estas técnicas ou equipamentos podem ser classificados conforme sua utilização:

Muito frequente: MO, DRX, Microdureza e Dilatometria.Frequentes: MEV, Microanálises Químicas Semiquantitativa (Fluorescência de raios-X e EDS), Análises Térmicas e Resistividade elétrica.Pouco frequentes: MET e Análises Químicas Quantitativa de micro-regiões.Raras: Espectroscopia Auger, Difração de nêutrons e Microscopia Iônica.

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Identificação das fases em um material

Embora características como morfologia das fases, cor, comportamento sob luz polarizada ou sob determinado ataque metalográfico, microdureza e outras auxiliam na identificação de uma fase, isto é geralmente passível de dúvidas.Métodos mais precisos envolvem determinação da estrutura cristalina por DRX ou de elétrons em área selecionada no MET e/ou determinação de composição in situ das fases.

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MEV

DRX com MO com Microdureza Vickers

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MET com SADP

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A identificação por meio da estrutura cristalina é facilitada pela existência de informações catalogadas pelo JCPDS de cerca de mais de 30.000 substâncias inorgânicas.O conhecimento da composição da fase a ser identificada também é de extrema utilidade.Porém pode ser insuficiente.

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Exemplo: As fases intermetálicas σ e χ, frequentemente encontradas em aços inoxidáveis austeníticos, têm composições similares tornando difícil sua identificação através da composição. Mas facilmente diferenciadas através de DRX ou de elétrons.

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Isopleta do diagrama de equilíbrio de um aço AISI 410S, comuma linha isobárica de 0,25 MPa pressão parcial denitrogênio; (b) micrografia óptica da seção transversal de umaço AISI 410S nitretado a 1200oC sob 0,25 MPa por 6 h.

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Tipos de microestruturas

Microestrutura tipo A (material monofásico: substâncias puras e soluções sólidas).

Este é o caso mais simples e a fase presente pode ser facilmenteidentificada por DRX em superfície polida.

É conveniente eliminar a camada deformada, proveniente de processamento (corte) ou do polimento mecânico por meio de polimento químico ou eletrolítico uma vez que a maior parte da intensidade do feixe difratado é proveniente dos 2 µm e a presença de deformação acarreta alargamento dos máximos de difração.

Em fases não cúbicas e/ou brutas de fusão é mais comum também a presença de textura acentuada.

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Tipos de microestruturasNesse caso, podem-se utilizar amostras na forma de pós, obtidos por limagem ou moagem (dependendo da plasticidade do material), recozê-las para ocorrência de recristalização, podendo-se utilizar difratômetro ou câmara de Debye-Scherrer ou ainda, se uma maior precisão na determinação dos parâmetros de rede for necessária, uma câmara de Guinier. Deve-se destacar que para a análise nas câmaras mencionadas, cerca de 1 mg de pó já é suficiente, ao contrário do difratômetro, que exige amostras maiores.

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Tipos de microestruturasMicroestrutura do tipo B (ligas duplex: fração volumétrica ≥ 5% e

diâmetro médio ≥ 10%).

A identificação das fases é similar ao caso anterior, sendo que os problemas de textura são mais acentuados.Por meio de DRX podem-se determinar também as frações volumétricas das fases presentes.Exemplos típicos são as determinações de austenita retida em matrizes martensíticas e de ferrita δ e de martensita induzida por deformação em aços inoxidáveis austeníticos.A preparação de lâminas finas para eventual análise por MET desta classe de materiais é mais difícil que no caso anterior.A preparação por polimento eletrolítico levará certamente ao afinamento preferencial de uma das fases. Nestes casos o afinamento por erosão iônica é de grande valia.

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Tipos de microestruturasMicroestrutura tipo C (ligas com dispersões médias de precipitados: fração volumétrica ≤ 5% e diâmetro médio entre 1 e 10 µm).

Nestas ligas o DRX muito provavelmente só detectará máximos de difração referentes à matriz.

A utilização de MET é também de pouca serventia, pois precipitados deste tamanho são dificilmente transmissíveis a elétrons e além disso são geralmente destacados da amostra durante a preparação da lâmina fina por meio de polimento químico ou eletrolítico.

Partículas deste tamanho podem ser analisadas pelas técnicas de análise química in situ uma vez que a região excitada pelo feixe de elétrons é da ordem de 1 µm.

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Tipos de microestruturasA técnica mais indicada nesse caso é, todavia, a extração de precipitados por meio químico ou eletrolítico.Nessa técnica a matriz é dissolvida e os precipitados são separados por filtragem ou centrifugação e analisados dor DRX.O resíduo extraído pode também ser analisado quimicamente e dependendo do número e da composição das fases presentes, suas composições podem ser determinadas com excelente precisão.

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Tipos de microestruturasMicroestrutura tipo D (ligas com dispersões muito finas de precipitados: diâmetro médio ≤ 1 µm e fração volumétrica qualquer).

As dificuldades encontradas na identificação por DRX das fasespresentes são similares à microestrutura do tipo C.

A diferença consiste em que no tipo C as partículas não são identificadas por apresentarem uma baixa fração volumétrica, e no caso D elas não o são por serem muito pequenas.

Em microestruturas do tipo D é muito utilizada a técnica da extração de precipitados com posterior análise química por DRX.

A determinação da composição das fases pelos métodos de análise química in situ para precipitados menores que 1 µm éaltamente imprecisa devido à ativação, pelo feixe de elétrons incidentes, da matriz adjacente ao precipitado.

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Tipos de microestruturas

Para esta determinação é extremamente útil o emprego de MET com difração de elétrons de área selecionada.

Esta técnica também pode ser aplicada para a determinação de relação de orientação com a fase matriz, além da técnica de identificação por meio de estrutura.