eliana goes saboia de albuquerque
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ESCOLA DE SAÚDE PUBLICA DO CEARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA CLÍNICA
ELIANA GOES SABOYA DE ALBUQUERQUE
CENTRO CIRÚRGICO :
AVALIAÇÃO ORIENTADORA DE UM ESTABELECIMENTO
ASSISTENCIAL DE SAÚDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE
FORTALEZA, CEARÁ
FORTALEZA
2008
ELIANA GOES SABOYA DE ALBUQUERQUE
CENTRO CIRÚRGICO:
AVALIAÇÃO ORIENTADORA DE UM ESTABELECIMENTO
ASSISTENCIAL DE SAÚDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE
FORTALEZA, CEARÁ
Monografia submetida à Escola de SaúdePública do Ceará, como parte dos requisitospara obtenção do título de Especialista emEngenharia Clínica.
Orientador: Prof. Ms. Francisco Vieira Paiva
FORTALEZA
2
2008
ELIANA GOES SABOYA DE ALBUQUERQUE
CENTRO CIRÚRGICO:
AVALIAÇÃO ORIENTADORA DE UM ESTABELECIMENTO
ASSISTENCIAL DE SAÚDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE
FOTALEZA, CEARÁ
Especialização em Engenharia Clínica
Escola de Saúde Pública do Ceará
Aprovado em ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
________________________________________Prof. Ms. Francisco Vieira Paiva
Orientador - ESP
________________________________________Profa. Dra. Msc. Leria Rosane Holsbach
Examinadora - ESP
________________________________________Prof. Ms. Francisco Humberto de Carvalho Junior
3
Examinador
À DEUS por me transmitir a luz da sabedoria
e o estímulo para seguir sempre em frente.
À minha família pelo amparo constante.
4
AGRADECIMENTOS
À Deus por me indicar o caminho.
Ao Secretário Municipal de Saúde de Fortaleza, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, que me
proporcionou esta especialização.
Ao meu orientador, Ms. Francisco Paiva, pela sua paciência em minha orientação.
Ao meu co-orientador, Engo. Clínico Antônio Augusto, pela presteza em tirar minhas
dúvidas.
À Coordenadora, Dra. Leria Rosane Holsbach, e aos professores que não mediram esforços
para o sucesso deste curso.
À minha filha, Diana, pelo apoio constante.
À minha família pela compreensão de minha ausência.
5
“Sempre que te perguntarem se podes fazerum trabalho, responde que sim e te ponhasem seguida a aprender como se faz”.
F. Roosevelt
6
RESUMO
O Centro Cirúrgico (CC) é considerado uma importante unidade hospitalar, pois nele sãorealizados procedimentos cirúrgicos e, portanto não deve ter falhas em suas instalações. Estaspodem levar a perda de vidas humanas e podem estar relacionadas a um planejamentoinadequado de sua infra-estrutura, da manutenção e segurança elétrica deste setor e dosequipamentos eletromédicos que o compõem. Este estudo é uma proposta de avaliação dedesempenho de um Centro Cirúrgico em um Estabelecimento Assistencial de Saúde Públicado município de Fortaleza, que utiliza equipamentos Eletromédicos. Possui o objetivo deidentificar falhas em instalações inadequadas, de acordo com as normas que regem osEstabelecimentos Assistenciais de Saúde, a Resolução da Diretoria Colegiada de Nº 50 e oManual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Trata-se de uma pesquisa exploratória, decaráter transversal e de natureza quantitativa, cujos instrumentos utilizados foram um chek listdo ambiente e um questionário, que foi aplicado a dez profissionais de saúde, atuantes amais de dois anos neste CC. Nos resultados foram identificados pontos críticos em suasinstalações que interferem na funcionalidade de seus espaços inadequados, e falhas em suainfra-estrutura de segurança elétrica e de sanidade. Comprovou-se também a falta de umacapacitação periódica de seus funcionários, para acompanhar as novas tecnologias e novosprocedimentos médicos e de uma manutenção preventiva de suas instalações e doseletromédicos. Confirmou-se a grande carência que existe em hospitais de saúde pública, poisprecisa de maior assistência de seus gestores e de verbas do governo para assegurar amelhoria de sua infra-estrutura básica. Conclui-se que para ajustar essa carência propõe-se asua ampliação e adequação às normas vigentes para melhorar seu desempenho.
Palavras chave: Centro Cirúrgico, Avaliação, Saúde Pública, Infra-estrutura, Eletromédicos
7
ABSTRACT
The Surgical Center (CC) is considered an important hospital unit, because surgicalprocedures are carried through and imperfections are not accepted in its installations. Thesecan take human being lives and be related to an inadequate planning of its structure, themaintenance, electric security of this sector and medical equipment. This study is proposalevaluation of the Surgical Center performance in a Public Assistance Health Center in thecity of Fortaleza , that uses medical equipment. The objective is to identify imperfections ininadequate installations, in accordance of the Assistance Health regulations, the Medicalcolleague Resolution # 50 and the Brazilian Hospital Manual. This consists in an exploratoryresearch in a transversal and quantitative view, which the instruments used was a check list ofthe area and a questionnaire, ten professionals of health operating more than two years in thisCC applied it. The results identified critical points in the installations that intervene with thefunctionality of an inadequate spaces and imperfections in the electric security and healthstructure. It was proved a lack of a periodic qualification of the employees to newtechnologies, new medical procedures, preventive maintenance of installations and medicalequipments. It was confirmed great lack in Public health hospitals, therefore it is necessary ahard assistance of the managers and a big amounts of money from the government to assurethe improvement in its basic infrastructure. In conclusion to adjust this lack it is important toenlarge and adequate norms to improve its performance.
Key words: Surgical Center, Evaluation, Public Health, Infrastructure, Medical equipments.
8
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 Representação gráfica do percentual de satisfação no ambiente de trabalho no
CC.......................................................................................................................73
GRÁFICO 2 Representação gráfica do percentual relacionado à compatibilidade da estrutura
física às necessidades do CC..............................................................................74
GRÁFICO 3 Representação gráfica do percentual relacionado à confortabilidade às
necessidades dos profissionais para que não haja estresse no CC.....................75
GRÁFICO 4 Representação gráfica do percentual relacionado à presença de problemas de
desempenho no CC.............................................................................................75
GRÁFICO 5 Representação gráfica do percentual relacionado aos fatores que afetam o
desempenho dos profissionais do CC.................................................................76
GRÁFICO 6 Representação gráfica do percentual referente ao pior item relacionado aos
fatores que afetam o desempenho dos profissionais do
CC.......................................................................................................................76
GRÁFICO 7 Representação gráfica do percentual referente ao item que deve ser corrigido
urgentemente......................................................................................................77
GRÁFICO 8 Representação gráfica do percentual referente a satisfação de capacitação dos
profissionais........................................................................................................78
GRÁFICO 9 Representação gráfica do percentual referente ao conhecimento em operar todos
os equipamentos presentes no CC......................................................................78
GRÁFICO 10 Representação gráfica do percentual referente a presença de capacitação
periódica de profissonais para a utilização de novas
tecnologias......................................................................................................79
GRÁFICO 11 Representação gráfica do percentual referente a presença de manutenção
periódica da infra estrutura do CC .................................................................79
GRÁFICO 12 Representação gráfica do percentual referente a presença de manutenção de
EEM quanto a ser preventiva ou corretiva .....................................................80
GRÁFICO 13 Representação gráfica do percentual referente à presença de programa de
prevenção a infecção hospitalar......................................................................80
GRÁFICO 14 Representação gráfica do percentual referente ao uso de bactericida no CC e
qual é usado.....................................................................................................81
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AC – Ar Condicionado
ADE – A Depender do Equipamento
CC – Centro Cirúrgico
EAS – Estabelecimento Assistencial de Saúde
EASP – Estabelecimento Assistencial de Saúde Pública
EC – Engenharia Clínica
ED – Elétrica Diferenciada
EE – Elétrica de Emergência
EEM – Equipamento Eletromédico
FAM – Fonte de Ar Comprimido Medicinal
FN – Fonte de Óxido Nitroso
FO – Fonte de Oxigênio
FVC – Fonte de Vácuo Clínico
HF – Água Fria
HQ – Água Quente
MBAH – Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar
MS – Ministério da Saúde
NBR – Normas Brasileiras
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
RPA – Recuperação Pós-Anestésica
RX – Raios X
TMH – Tecnologia Médico Hospitalar
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................13
2 OBJETIVOS ...................................................................................................................15
2.1 Objetivo geral ................................................................................................................15
2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................15
3 CENTRO CIRÚRGICO ..............................................................................................16
3.1 Histórico .........................................................................................................................16
3.2 Finalidades do Centro Cirúrgico ..............................................................................18
3.3 Planejamento físico da unidade de Centro Cirúrgico ..........................................18
3.4 Localização do Centro Cirúrgico .............................................................................19
3.5 Composição física do centro Cirúrgico ..................................................................19
3.5.1 Elementos que compõem o Centro Cirúrgico ....................................................20
3.5.1.1 Vestiários masculinos e femininos ...............................................................................21
3.5.1.2 Sala de Conforto ...........................................................................................................21
3.5.1.3 Sala de anestesiologistas / cirurgiões para prescrições médicas ..................................21
3.5.1.4 Sala de enfermagem .....................................................................................................22
3.5.1.5 Posto de enfermagem e serviços ..................................................................................22
3.5.1.6 Sala de recepção de pacientes ......................................................................................22
3.5.1.7 Sala de espera ...............................................................................................................23
3.5.1.8 Sala / depósito de material de limpeza (DML) ............................................................23
3.5.1.9 Sala para guarda de equipamentos ...............................................................................23
3.5.1.10 Sala para armazenamento de material esterilizado ....................................................23
3.5.1.11 Lavabos ......................................................................................................................23
3.5.1.12 Salas de cirurgias .......................................................................................................24
3.5.1.13 Sala de recuperação pós-anestésica ............................................................................25
3.5.1.14 Sala de depósitos de gases medicinais ......................................................................26
3.5.1.15 Sala para guarda e preparo de anestésico ...................................................................26
3.5.1.16 Sala de indução anestésica .........................................................................................26
3.5.1.17 Sala de esterilização ...................................................................................................27
11
3.5.1.17 Expurgo ou utilidades ................................................................................................27
3.6 Apoio técnico-administrativo ....................................................................................28
3.6.1 Elementos de apoio técnico ....................................................................................28
3.6.1.1 Banco de sangue ...........................................................................................................28
3.6.1.2 Raios X .........................................................................................................................29
3.6.1.3 Laboratório e anatomia patológica ...............................................................................29
3.6.1.4 Serviços de auxiliares de anestesia ..............................................................................29
3.6.1.5 Serviços de engenharias de manutenção e de engenharia clínica ................................29
3.6.1.6 Farmácia .......................................................................................................................30
3.6.2 Apoio Administrativo ...............................................................................................30
3.6.2.1 Segurança .....................................................................................................................30
3.6.2.2 Secretaria ......................................................................................................................30
3.7 Circulações e acessos ..................................................................................................31
3.8 Projeto Executivo – Infra estrutura...........................................................................31
3.8.1 Teto ...............................................................................................................................33
3.8.2 Rodapés .......................................................................................................................33
3.8.3 Paredes ........................................................................................................................34
3.8.4 Pisos .............................................................................................................................34
3.8.5 Portas ...........................................................................................................................35
3.8.6 Janelas .........................................................................................................................35
3.8.7 Iluminação ..................................................................................................................35
3.8.8 Ventilação ...................................................................................................................36
3.8.9 Rede de Gases e Vácuo Medicinais .....................................................................38
3.8.9.1 Oxigênio .......................................................................................................................39
3.8.9.2 Ar Comprimido ............................................................................................................39
3.8.9.3 Vácuo Clínico ..............................................................................................................40
3.8.9.4 Óxido Nitroso ...............................................................................................................40
3.8.9.5 Nitrogênio ....................................................................................................................40
3.8.10 Instalações elétricas e eletrônicas .....................................................................41
3.8.10.1 Tomadas .....................................................................................................................43
3.8.10.2 Instalação e proteção contra descarga elétrica (P) .....................................................44
12
3.8.11 Sistema de Comunicação em CC .......................................................................44
3.8.12 Sistema Contra Incêndio ......................................................................................45
3.8.13 Relógio Mestre – Hora unificada .......................................................................46
3.8.14 Vídeo ..........................................................................................................................46
3.8.15 Termômetro ..............................................................................................................46
3.8.16 Alarme de Incêndios ..............................................................................................47
3.9 Equipamentos e Acessórios para Salas de Cirurgia ............................................47
3.9.1 Equipamentos móveis ..............................................................................................47
3.9.2 Equipamentos fixos ..................................................................................................48
3.9.3 Equipamentos usados na sala de cirurgia .........................................................48
4 METODOLOGIA .........................................................................................................54
4.1 Tipo de Pesquisa ...........................................................................................................54
4.2 População e Amostra ...................................................................................................54
4.3 Local e Período .............................................................................................................55
4.4 Critérios de Inclusão ....................................................................................................55
4.5 Critérios de Exclusão ..................................................................................................56
4.6 Método de Coleta de dados .......................................................................................56
4.7 Técnicas de análise e sistemas utilizados ...............................................................57
4.8 Comitê de Ética – Aspectos éticos ...........................................................................58
5 RESULTADOS E DISCURSÕES ...........................................................................59
5.1 Chek list ..........................................................................................................................59
5.2 Questionário ..................................................................................................................73
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................82
REFERÊNCIAS ................................................................................................................84
APÊNDICES .......................................................................................................................87
ANEXOS ............................................................................................................................113
13
1 INTRODUÇÃO
Os Centros Cirúrgicos (CC) nem sempre estão em conformidade com as
exigências das Normas Brasileiras de Saúde. Sabe-se que Estabelecimentos Assistenciais de
Saúde Pública (EASP) são os que contêm às vezes mais falhas, geralmente por estarem
localizados em prédios antigos, que não acompanharam a evolução tecnológica dos
eletromédicos (EM), pois são muito poucos hospitais que planejam seus Centros Cirúrgicos
dentro das normas técnicas, com padrões e por conceitos mais avançados, e isto interfere no
atendimento de saúde, gerando riscos graves de integridade física, que podem levar até à
morte (BORBA, apud Nunes, 2003).
Há riscos de acidentes em Centros Cirúrgicos, em paciente anestesiado, devido a
uma infra-estrutura errada ou inadequada, cuja rede elétrica não acompanha a evolução dos
eletomédicos, e que não foi projetada para equipamentos cada vez mais potentes, sendo
colocados sob diferenças de potenciais. Este paciente, por estar anestesiado, não reage ao
choque elétrico e também por estar muito debilitado, tem seu quadro clínico agravado
(TORRES ap. NUNES, 2003).
Casos de queimaduras, infecções hospitalares, manipulações erradas de
equipamentos descalibrados ou que estão com defeitos, têm afetado o usuário, provocando
uma recuperação tardia ou que podem levar ao óbito. Assim sendo, uma boa capacitação
técnica sistemática sobre riscos e acidentes é recomendável aos profissionais de saúde, para
que se possa reduzir a ocorrência destes acidentes (BRITO, 2006).
Sabendo que, a evolução dos eletromédicos cresce cada vez mais e que a
adequação da infra-estrutura de um Estabelecimento Assistencial de Saúde Pública não
consegue acompanhá-la na mesma proporção, pois o uso de equipamentos cada vez mais
sofisticados tem se mostrado incompatível com a estrutura física e com as instalações
elétricas, é portanto, que se faz necessária uma Avaliação Orientadora para Adequação de
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde Pública.
O Centro Cirúrgico é considerado o lugar mais complexo de um Estabelecimento
Assistencial de Saúde pela sua especificidade, cuja presença de estresse e o risco à saúde dos
pacientes submetidos a procedimentos médicos é constante. É um lugar preparado de acordo
com os requisitos que o tornam apto à prática de cirurgia, e visa atender a resolução de
intercorrências cirúrgicas, através da ação de uma equipe integrada (POSSARI, 2006).
14
Tanto assim que Santos, N. (2006) define cirurgia como:
“[...] um método de tratamento de doenças, como lesão ou deformidade externa ouinterna, que requer preparo, ambiente, pessoal e equipamentos específicos para cadaárea do corpo, ou seja, para cada especialidade, requerendo principalmentehabilidade da equipe médica, do cirurgião, seus auxiliares e a enfermagem”(SANTOS, N. 2006, p.15)
Dada a sua complexidade, o Centro Cirúrgico necessita de um adequado
planejamento de arquitetura, instalações elétricas especiais, instalações de gases medicinais,
ar comprimido, sistema de climatização ambiente, funcionalidade, conforto ambiental e um
lay-out específico.”Não pode ter os fatores ambientais como um motivo a mais de estresse”
(GOES, 2004, p.105).
As etapas do planejamento para construção do CC devem ser bastante estudadas,
para que não ocorram falhas nas instalações físicas e especiais que venham acarretar possíveis
transtornos, como: equipamentos eletromédicos não passarem pela porta por ela ser estreita,
ou caírem do teto por sobre o paciente, funcionário levar choque elétrico por falta de
aterramento, tomada sem amperagem necessária ou circuito inadequado, que implicariam em
prováveis prejuízos, por danificarem estes equipamentos. O cuidado com a segurança elétrica
e física é um dos pontos primordiais do planejamento.
A infra-estrutura de um CC conta com adaptações que às vezes não contém
projetos adequados e nem pessoal qualificado para executar serviços especializados em sua
íntegra.
Este projeto tem como objetivo avaliar Centros Cirúrgicos, para orientar na sua
adequação, promovendo a funcionalidade e a segurança dos equipamentos eletromédicos e
dos usuários deste setor. Ele será executado, através de avaliações orientadoras das
necessidades básicas de infra-estrutura, fundamentando-se na Resolução de Diretoria
Colegiada Nº 50 (RDC 50) e no Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH).
15
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Avaliar o Centro Cirúrgico de um Estabelecimento Assistencial de Saúde Pública,
do município de Fortaleza, Ceará, identificando as suas falhas para orientar na sua adequação,
fundamentada na Resolução da Diretoria Colegiada Nº 50 (RDC 50) e no Manual Brasileiro
de Acreditação Hospitalar (MBAH).
2.2 Objetivos Específicos
• Verificar e analisar a adequação de todos os componentes do Centro Cirúrgico em
estudo.
• Identificar as falhas e relacionar com a Resolução da Diretoria Colegiada Nº 50 (RDC
50) e as exigências do Manual de Acreditação Hospitalar.
• Verificar sua funcionalidade, segurança elétrica e de sanidade, para viabilizar o bom
êxito nos procedimentos de saúde e na melhoria da saúde ou cura dos usuários dos
serviços pertinentes a este setor.
• Propor um Centro Cirúrgico adequado, observando suas falhas, para assegurar sua
orientação em conformidade com as Normas Brasileiras de Saúde.
16
3 CENTRO CIRÚRGICO
Fig. 01 – Centro Cirúrgico (SANTOS, G. 2007)
De acordo com Possari (2006), “o Centro Cirúrgico é constituído de um conjunto
de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança
para o paciente, e de conforto para a equipe que o assiste” (POSSARI, 2006, p.27), como
mostra a figura 01.
Sendo um ambiente considerado de risco de infecção hospitalar, é classificado
como sendo de área crítica, devido nele ser realizado procedimentos de risco, pois o paciente
encontra-se com seu sistema imunológico debilitado (BRASIL,1996 apud NUNES, 2003).
[...] Acreditamos ser importante, impor-se minimizar os riscos de Infecção
Hospitalar ligando-se à técnica, a fatores ambientais e a exposição a microorganismos, cuja
sua difusão pode ser controlada mediante determinadas precauções de prevenção e controle
(PEREIRA e MORIYA, 1994).
3.1 Histórico
Os primeiros Centros Cirúrgicos surgiram com a evolução da medicina e
conseqüentemente com as cirurgias. Antigamente, o corpo humano era considerado muito
17
complexo pelos médicos, que adotavam então, apenas o tratamento clínico no processo de
cura, pois temiam operar seus doentes. Os cirurgiões não passavam por uma universidade,
mas por um curso prático não acadêmico. A medicina interna era mais importante que a
cirurgia, que era tida como trabalho essencialmente manual; havia a divisão entre o saber e o
fazer. Para eles o trabalho só mental era mais nobre. Sendo assim, os estudos que precisavam
de mais reflexão e percepção não incorporava a cirurgia como uma de suas disciplinas. A
cirurgia era executada pelos práticos, os então chamados “cirurgiões barbeiros”, que tinham
maior habilidade manual (PORTER apud POSSARI, 2006).
O cirurgião, por suas habilidades manuais, era considerado como uma categoria
inferior à do médico internalista. A cirurgia era vista como uma prática rebaixada e profana,
pois enquanto que os médicos clínicos trabalhavam com mãos limpas, os cirurgiões lidavam
com matérias de carne decadente, como: tumores, cistos, fraturas, gangrenas dentre outros
tipos de doenças (POSSARI, 2006).
Na Antigüidade e Idade Média os cirurgiões realizavam muitos procedimentos
paliativos, como curativos de feridas externas de tumores, lancetavam furúnculos, sempre
evitando o abdômen e outras cavidades corpóreas. O grande problema para a cirurgia era
livrar o paciente da dor, da hemorragia e da infecção (LACLETTE apud POSSARI, 2006).
O primeiro passo para o surgimento da anestesia geral foi com a descoberta do
dióxido de nitrogênio (NO²), por Joseph Priestley, em 1773, mas somente em 1796, um
aprendiz de farmácia conseguiu experimentar os efeitos inaladores com NO². Com a evolução
dos estudos da técnica cirúrgica foram se descobrindo novos procedimentos anestésicos ao
longo dos anos (POSSARI, 2006).
O século em que a cirurgia moderna foi iniciada só aconteceu em 1846, na sala
de cirurgias do Hospital de Massachutts, na cidade de Boston. O procedimento foi a retirada
de um tumor no pescoço do paciente Gilbert Abbot, pelo cirurgião JoHn Collins Warren e o
médico anestesista William Thomas Morton com o uso da narcose, a anestesia da dor por
inalação de gases químicos (LACLETTE apud POSSARI, 2006).
Com a evolução dos procedimentos cirúrgicos, foram criados pelos cirurgiões
novos instrumentos cirúrgicos, que permitiram um refinamento nas manobras cirúrgicas. Em
1874, Louis Pasteur sugeriu que os instrumentos fossem desinfetados com água fervente e
passados sobre uma chama de fogo. O uso de luvas na cirurgia surgiu em 1890, não para a
proteção do paciente, mas para proteger a enfermeira que era alérgica a antisépticos. Com a
evolução dos procedimentos e a necessidade por mais leitos, houve o crescimento da
instituição hospitalar. Com o aumento de mais leitos e unidades de internação, foram surgindo
18
os serviços de diagnóstico e de terapêutico, como laboratórios, banco de sangue, dentre
outros. Para racionalizar a utilização de áreas comuns, como lavabos, vestiários, laboratórios e
outros, ocorreu a centralização das salas de operações, surgindo então o espaço no hospital
que é destinado à realização de cirurgias (SILVA, 1998).
3.2 Finalidade do Centro Cirúrgico
A finalidade do CC é realizar procedimentos cirúrgicos, devolvendo o paciente
com melhor condição física e sem risco de infecção. Ele também pode servir para a formação
de recursos humanos e para desenvolver pesquisas científicas e o para a evolução de novas
técnicas cirúrgicas (POSSARI, 2006).
3.3 Planejamento físico da unidade de Centro Cirúrgico
O Centro Cirúrgico de um Estabelecimento Assistencial de Saúde é o setor mais
importante e de mais complexidade do hospital. A organização e funcionalidade de um CC
vão depender de um bom planejamento físico e dos projetos complementares como: elétrico,
hidráulico, sanitário, fluido/mecânico, climatização, incêndio e luminotécnico. Os materiais
de construção e de acabamento devem ser de primeira qualidade para suportar a higienização
e ter durabilidade, pois uma reforma requer muito tempo e um CC não deve parar, pois dele
depende o salvamento de vidas (NUNES, 2003)
No CC são usados os mais diversos tipos de Equipamentos Eletromédicos (EEM),
que vão exigir um pré-dimensionamento das cargas elétricas, do sistema elétrico, de circuitos
independentes, do aterramento e da dimensão dos equipamentos para orientação da planta
física básica. É através de um bom projeto arquitetônico que depende a organização de um
CC. A funcionalidade da organização física é gerada de acordo com as atividades e que vão
caracterizar os ambientes (BRASIL, 2002).
A organização de um hospital é tida como um sistema muito complexo, tendo suas
estruturas e processos tão interligados que o funcionamento de um setor pode interferir em
19
todo o conjunto e no resultado final (BRASIL, 2002).
3.4 Localização do Centro Cirúrgico
O Centro Cirúrgico deve ser implantado o mais perto das Unidades de Internação,
da Unidade de Terapia Intensiva e da Emergência, para que se agilize o atendimento dos
pacientes. Sendo considerado como zona crítica para transmissão de infecção hospitalar, deve
ficar longe de ruídos, de fluxo de pessoas e de poeira. No seu planejamento deve-se observar
bastante os aspectos ou itens que estão ligados à segurança contra incêndios, pois é uma área
em que são usados muitos equipamentos eletromédicos complexos e gases medicinais que
tornam o ambiente propício a incêndios, se não tiver um projeto de segurança elétrica bem
executado. Casos de manipulação errônea de equipamentos, equipamentos com defeitos,
instalação elétrica com problemas, de aterramento incompatível com suas necessidades são
fontes potenciais de risco de incêndio. Um dos equipamentos usados nos procedimentos que
pode trazer problemas é a unidade eletrocirúrgica (bisturi elétrico), pois trabalha com alta
tensão e alta freqüência de corrente elétrica, que vai de 300 Khz a 3 Mhz, e gera faíscas e
interferência eletromagnética. Esta corrente é gerada através de circuitos osciladores, e várias
freqüências de corte e coagulação e quando utilizadas podem provocar riscos tanto para o
cirurgião como para o paciente, e que também pode provocar incêndios (BRITO, 2006).
3.5 Composição física do Centro Cirúrgico
O CC é composto por elementos fundamentais e com finalidades determinadas
para que se execute os procedimentos médicos, dentro de uma funcionalidade exeqüível e de
segurança, tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde. O número de salas de
cirurgia deve corresponder a 5% do número de leitos cirúrgicos, ou seja, para cada 50 leitos,
duas salas de cirurgia. Esses ambientes podem ser compartilhados por duas ou mais unidades,
dependendo do layout de cada uma delas (BRASIL, 2002).
20
Para Fernandes(2005):
“No centro cirúrgico, são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa eestéril. A zona de proteção é representada pelos vestiários masculinos e femininos;a zona limpa é composta pelos agrupamentos do centro cirúrgico que não osvestiários, salas de cirurgia e salas de esterilização, enquanto que são consideradaszonas estéreis a sala de cirurgia. A zona de proteção é a área de relacionamentoentre o sistema hospitalar e a zona limpa” (FERNANDES, 2005, p.01, grifo doautor).
3.5.1 Elementos que compõem o Centro Cirúrgico:
O Centro Cirúrgico é formado por elementos independentes e imprescindíveis
para o seu funcionamento. Cada elemento possui área com finalidade determinada, e que
compõe uma unidade hospitalar (POSSARI, 2006).
Os projetos de arquitetura e os complementares são pontos que vão determinar a
sua organização físico-funcional e buscam sempre a interação entre espaço, equipamentos e
instalações (NUNES, 2003).
O layout da planta física arquitetônica é o fator que determina a composição do
quantitativo e qualitativo dos equipamentos essenciais ao CC e das instalações elétricas,
hidráulicas e sanitárias (BRASIL, 2002).
Elementos que compõem o Centro Cirúrgico (CC):
• Vestiários masculinos e femininos
• Sala de conforto
• Sala dos anestesiologistas / cirurgiões
• Sala de enfermagem
• Posto de enfermagem e serviços
• Sala de recepção de pacientes
• Sala de espera
• Sala de material de limpeza
• Sala para guarda de equipamentos
• Sala para armazenamento de material esterilizado
• Lavabos
21
• Salas de cirurgia
• Sala de recuperação pós-anestésica
• Sala de depósito de gases medicinais
• Sala de guarda e preparo de anestésicos
• Sala de indução anestésica
• Sala de esterilização
• Sala de expurgo (utilidades)
3.5.1.1 Vestiários masculinos e femininos
Os vestiários devem estar localizados na entrada do CC, para o controle da
entrada, que só é permitida ao setor depois da troca de roupa (POSSARI, 2006). O vestiário
deve ter armários para guarda dos pertences dos usuários e ter em anexo sanitários, chuveiro e
lavabos (ENFERMAGEMWEB, 2007)
3.5.1.2 Sala de conforto
Área para lanches rápidos, com o intuito dos profissionais não lancharem em lugar
inadequado. Deve ser ambientado com mesas, cadeiras e sofás. (POSSARI, 2006)
3.5.1.3 Sala de anestesiologista / cirurgiões para prescrições médicas
Sala onde são feitos os relatórios médicos (POSSARI, 2006). Ela deve ter um
mínimo de 2,0 m² e ter instalações: elétricas de emergência (EE) (BRASIL, 2002).
22
3.5.1.4 Sala de enfermagem
É a área de controle administrativo do CC. Deve localizar-se em lugar de acesso
fácil e ter uma visão geral de todo o Centro Cirúrgico (POSSARI, 2006). Deve possuir
sinalização luminosa imediata para dar assistência ao paciente e possuir identificação em cada
leito e nas portas voltadas para o corredor (BRASIL/MS, 2002)
3.5.1.5 Posto de Enfermagem e serviços
Deve ter um a cada doze leitos de recuperação pós-anestésica. A sua área deve ser
de no mínimo 6,0 m². Deve ter instalações de: água fria (HF), ar condicionado (AC), ponto de
chamada elétrica (alarme) e elétrica de emergência (EE) (BRASIL, 2002).
3.5.1.6 Sala de recepção de pacientes
Espaço em que se faz a transferência dos pacientes para o Centro Cirúrgico.
Nesta sala eles podem receber medicação pré-anestésica, se não tiverem recebido no seu lugar
de origem (POSSARI, 2006).
Este espaço deve ficar localizado na entrada do CC, sendo específico só para troca
de macas, visando a não contaminação do ambiente cirúrgico, pois as rodas destas são fontes
de possíveis contaminações (MARGARIDO, 1996 apud NUNES, 2003).
Deve conter campainha e sinal luminoso para chamar a enfermagem. A
quantidade deve ser de no mínimo uma, e ter dimensão suficiente para passar uma maca
(BRASIL, 2002).
23
3.5.1.7 Sala de espera
Destinada para familiares ou acompanhantes que esperam o fim da cirurgia e da
recuperação pós-anestésica (FERNANDES, 2005).
3.5.1.8 Sala / depósito de material de limpeza (DML)
Lugar reservado para guarda de materiais e utensílios usados na limpeza do
Centro Cirúrgico (POSSARI, 2006).
3.5.1.9 Sala para guarda de equipamentos
É a área onde são guardados os equipamentos, como: microscópios, racks
laparoscópicos, bisturis, monitores cardíacos, dentre outros. Os equipamentos só devem ficar
se estiverem em condições de uso imediato (POSSARI, 2006).
3.5.1.10 Sala para armazenamento de material esterilizado
Sala para armazenar materiais estéreis para uso em salas de operação (POSSARI,
2006).
3.5.1.11 Lavabos
Trata-se de uma área para escovação, devendo ter duas torneiras para cada duas
salas de cirurgia. As torneiras devem ter características específicas para serem abertas ou
24
fechadas sem o uso das mãos. Os tanques devem ser profundos (0,90 m). No local deve ter
escovas e solução anti-séptica (FERNANDES, 2005).
O preparo para cirurgias ou degermação cirúrgica das mãos e antebraços deve
feita ser feita antes das cirurgias e procedimentos invasivos como drenagem pleural,
cateterismo umbilical, punção vascular central, laparoscopia, flebotomia, traqueostomia,
punção de líquido ascítico, punção articular, dentre outros (STIER, 1996).
A dimensão do lavabo deve ser de 1,10 m por torneira, com dimensão mínima de
1,0 m. Lavabos com uma única torneira devem ter dimensões mínimas iguais a 0,50 m de
largura, 1,00 m de comprimento e 0,50 m de profundidade. A cada torneira inserida deve-se
acrescentar 0,80 m ao comprimento da peça. Deve ter instalações de água fria e água quente
(BRASIL, 2002).
3.5.1.12 Salas de cirurgias
É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas
(FERNANDES, 2005).
O tamanho das salas independe do tamanho da cirurgia a ser realizada e sim dos
equipamentos necessários aos tipos de intervenção cirúrgica (GHELLERE, ANTONIO e
SOUZA, 1993).
Cada sala deve possuir um sistema de sinalização luminosa indicando que a
mesma está em utilização e que não se pode entrar. Este sistema é composto por um indicador
luminoso instalado acima da porta da sala e um interruptor dentro da sala para o acionamento
e cancelamento deste sistema.
Nas salas cirúrgicas todas as tubulações de elétrica, hidráulica e mecânica não
podem ser embutidas, mas sim correndo em forros falsos e desembocando em poços visitáveis
e também não devem ter conexões e caixas de passagem para facilitar a manutenção.
De acordo com a resolução RDC 50 de 21 de janeiro de 2002, da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as salas de cirurgias podem ser de três tipos:
Sala pequena de cirurgia (Oftalmologia, Endoscopia, Otorringolaringologia,
etc); devem ser 2 salas e para cada 50 leitos não especializados ou para cada 15 leitos
cirúrgicos deve ter uma sala. Esta sala deve ser de 20,0 m², com dimensão igual a 3,45 m. As
instalações obrigatórias são as de Oxigênio (FO), Óxido Nitroso (FN), Ar Comprimido
25
Medicinal (FAM),Vácuo Clínico (FVC), Ar Condicionado(AC), Elétrica de Emergência (EE),
Elétrica diferenciada (ED) e a depender dos equipamentos utilizados (ADE), em que neste
caso deve ser obrigatória a apresentação do layout da sala com o equipamento. Cada sala só
deve conter uma única mesa cirúrgica. O pé-direito (altura do piso ao teto), deve ser igual no
mínimo a 2,7 m (BRASIL, 2002). O ideal é que não seja inferior a 3,00 m sem contar com o
espaço deixado para o uso de dispositivos de sustentação e dutos.
Sala média de cirurgia (geral); devem ser 2 salas e para cada 50 leitos não
especializados ou 15 leitos cirúrgicos deve ter uma sala. Esta sala deve ter 25,0 m², com
dimensão mínima de 4,65m. As instalações obrigatórias são as de Oxigênio (FO), Óxido
Nitroso (FN), Ar Comprimido Medicinal (FAM), Vácuo Clínico (FVC), Ar Condicionado
(AC), Elétrico de Emergência (EE), Elétrica diferenciada (ED) e a depender dos
equipamentos utilizados (ADE), em que neste caso devem ser obrigatórios a apresentação do
layout da sala com o equipamento.Cada sala só deve conter uma única mesa cirúrgica. O pé-
direito (altura do piso ao teto), deve ser igual no mínimo a 2,7 m (BRASIL, 2002, p. 59, grifo
nosso).O ideal é que não seja inferior a 3,00 m sem contar com o espaço deixado para o uso
de dispositivos de sustentação e dutos.
Sala de grande cirurgia (ortopedia, neurologia, cardiologia); devem ser 2 salas
para cada 50 leitos não especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos deve ter uma sala.
Esta sala deve ter 36,0 m², com dimensão mínima de 5,00 m. As instalações obrigatórias são
as de Oxigênio (FO), Óxido Nitroso (FN), Ar Comprimido Medicinal (FAM), Vácuo Clínico
(FVC), Ar Condicionado(AC), Elétrica de Emergência (EE), Elétrica diferenciada (ED) e a
depender dos equipamentos utilizados (ADE), em que neste caso deve ser obrigatória a
apresentação do layout da sala com o equipamento. Cada sala só deve conter uma única mesa
cirúrgica. O pé direito (altura do piso ao teto) deve ser igual no mínimo a 2,7 m (BRASIL,
2002).O ideal é que não seja inferior a 3,00 m sem contar com o espaço deixado para o uso de
dispositivos de sustentação e dutos.
3.5.1.13 Sala de recuperação pós-anestésica
A sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) é a área destinada à permanência do
paciente logo depois do término da cirurgia. Nesta sala o paciente fica aos cuidados do
anestesista, das equipes de enfermagem e médica. Sua permanência na sala varia de 1 a 6
26
horas (FERNANDES, 2005).
O CC deve ter no mínimo uma sala, contendo 2 macas com distância entre elas de
0,80 m, entre macas e paredes, com exceção da cabeceira que é igual a 0,60m e com espaço
suficiente para manobra de maca junto a elas. A quantidade de macas deve ser igual ao
número de salas cirúrgicas mais uma. Em caso de operações de alta complexidade, a
recuperação pode ser feita na UTI. Neste caso, o cálculo do número de macas deve considerar
as salas para operações menos complexas. No caso de cirurgias de alta complexidade a
recuperação pode ser na UTI. Nesse caso para o cálculo de macas deve ser considerado só as
salas de cirurgia menos complexas. As instalações obrigatórias são as de Água Fria (HF),
Oxigênio (FO), de Ar Comprimido Medicinal (FAM), de Ar Condicionado (AC), de Vácuo
Clínico (FVC), de Elétrica de Emergência (EE) e de Elétrica Diferenciada (ED) (BRASIL,
2002).
3.5.1.14 Sala de depósito de gases medicinais
Sala onde se armazenam torpedos contendo gases medicinais, como ar
comprimido, oxigênio, óxido nitroso e nitrogênio para uso em sistemas pneumáticos
(trépanos, serras, craniótomos.) (POSSARI, 2006).
3.5.1.15 Sala para guarda e preparo de anestésicos
É a sala onde se guarda e onde os anestésicos são preparados. Deve ter no mínimo
4,0m². As instalações obrigatórias são as de Água Fria (HF) e a de Ar Comprimido Medicinal
(FAM) (BRASIL, 2002).
3.5.1.16 Sala de indução anestésica
Local onde é realizada a indução anestésica no paciente. Deve conter duas
27
macas no mínimo, com distância entre elas de 0,80m, entre macas e paredes, menos a
cabeceira, que é igual a 0,60 m e com espaço suficiente para a manobra da maca junto a elas.
As instalações obrigatórias são as de Água Fria (HF), Óxido Nitroso (FN), de Vácuo Clínico
(FVC), de Oxigênio (FO), de Ar comprimido Medicinal (FAM), de Ar condicionado (AC), de
Elétrica de Emergência (EE) e de Elétrica Diferenciada (ED) (BRASIL, 2002).
3.5.1.17 Sala de esterilização
É o local onde são esterilizados os artigos médicos e o instrumental cirúrgico
(BRASIL, 2002).
É um componente da zona estéril, devendo ser dotada de uma autoclave de alta
pressão, servindo como local para abrigar roupas e instrumentais estéreis. Deve possuir uma
saída para o corredor externo.
A central de material e esterilização pode vir a constituir um elo importante da
cadeia de infecções, devendo em seu planejamento prever o controle e profilaxia da
ocorrência de infecções cruzadas, destacando-se atualmente a contaminação pelo HIV e o
vírus da hepatite B (GHELLERE, ANTONIO e SOUZA, 1993).
A monitorização dos processos de esterilização consiste no registro de dados
relacionados ao funcionamento dos aparelhos e validação para comprovar o controle de
qualidade do material esterilizado (SILVA, RODRIGUES e CASARETTI, 1997).
“O enfermeiro possui papel fundamental no gerenciamento da Central deEsterilização e na coordenação das atividades que detém o conhecimento de todas astécnicas e princípios de enfermagem, atuando na conscientização da equipe nodesenvolvimento das normas e rotinas, alertando quanto à importância na execuçãodas técnicas corretas em todas as atividades, à assistência prestada ao cliente”(ROMANO e QUELHAS, 1996, p. 01).
3.5.1.18 Expurgo ou utilidades
Local onde se desprezam as secreções vindas das salas de cirurgias. Deve ter vaso
sanitário apropriado com descarga para receber as secreções e também ter uma pia com
28
bancada em inox, para lavar os artigos utilizados nos procedimentos (POSSARI, 2006).
3.6 Apoio técnico-administrativo
Este apoio pode estar localizado no hospital e também no CC, de acordo com o
seu tamanho e o grau de complexidade que torna imprescindível estes elementos, para agilizar
a programação cirúrgica (POSSARI, 2006c, p.40).
3.6.1 Elementos de Apoio Técnico:
• Banco de Sangue
• Raios X
• Laboratório e anatomia patológica
• Auxiliares de anestesia
• Serviço de engenharia de manutenção e engenharia clínica
• Farmácia
3.6.1.1 Banco de Sangue
É um espaço equipado com um ou mais refrigeradores, onde ficam as bolsas de
sangue e hemoderivados que são reservados para as operações eletivas que estão previstas
para aquele dia (POSSARI, 2006).
29
3.6.1.2 Raios X
Lugar que contém uma câmara escura para a revelação e fixação e também para
guardar o equipamento móvel de Raios X (POSSARI, 2006). Deve possuir um circuito
independente com no mínimo 4500 VA.
3.6.1.3 Laboratório e anatomia patológica
Espaço equipado com aparelhos específicos, mesa e pia com bancada em inox,
destinados a exames de diagnóstico emergencial. Esse serviço de anatomia patológica precisa
de todo aparelhamento para o procedimento de cortes de congelação no próprio CC, com a
finalidade de fornecer resposta segura aos casos duvidosos (POSSARI, 2006)
3.6.1.4 Serviços de auxiliares de anestesia
Fazem a previsão dos artigos usados pelos anestesiologistas e também os auxiliam
durante o ato anestésico. Algumas atividades já são desenvolvidas pelos integrantes da equipe
de enfermagem (POSSARI, 2006).
3.6.1.5 Serviços de engenharias de manutenção e de engenharia clínica
São os serviços necessários de manutenção preventiva e corretiva, como: elétrica,
eletrônica, hidráulica e mecânica (POSSARI, 2006).
30
3.6.1.6 Farmácia
Procede a realização e previsão de medicamentos e o controle de psicofármacos e
entorpecentes (POSSARI, 2006)
3.6.2 Apoio Administrativo
• Segurança
• Secretaria
3.6.2.1 Segurança
Equipe de segurança de outra equipe que assiste o paciente, e que permite a
entrada no CC só de pessoas que trabalham ali ou que tenham autorização da administração
(POSSARI, 2006).
3.6.2.2 Secretaria
Destina-se ao controle de administração e funcionamento do CC. Tem que estar
em local de acesso fácil para informações internas para elaboração de relatórios da
produtividade do CC e externas para a programação de cirurgias (POSSARI, 2006).
31
3.7 Circulações e Acessos
O acesso ao CC é totalmente restrito e visa reduzir o tráfego de pessoas estranhas
ao serviço do setor. As circulações devem obedecer a um estudo bem dimensionado, que
permita um fluxo fácil. As circulações internas, privativas do CC devem ter largura mínima
de 2.00 m. As portas de acesso principal e das salas de operações devem ter um mínimo de
1.20 x 2.10 m e conter visores (BRASIL, 2002 apud NUNES, 2003).
A concepção de localizar as salas de operações entre duas circulações internas,
em que uma é chamada de “circulação limpa” e a outra de “circulação suja”, não melhora a
assepsia do bloco cirúrgico; podendo, ao contrário, prejudicá-la por introdução de mais um
acesso; é uma solução arquitetônica mais onerosa e sem justificativa técnica, apenas é um
recurso para compensar a circulação principal, subdimensionada do Centro Cirúrgico
(Fiorentini, Lima e Karman, 1995).
3.8 Projeto Executivo – Infra-estrutura
• Teto
• Rodapés
• Paredes
• Pisos
• Portas
• Janelas
• Iluminação
• Ventilação
• Rede de Gases e Vácuo Medicinais
• Instalações Elétricas
• Sistema de Comunicação em CC
• Sistema de combate a incêndio em CC
• Relógio Mestre-Hora Unificada
• Vídeo
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• Termômetro
• Equipamentos e acessórios para CC
Segundo a RDC 50, este documento apresenta as recomendações necessárias para
a construção adequada de um CC, tais como:
• Os materiais a serem usados para o revestimento de tetos, paredes e pisos
devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes e devem seguir as
normas do manual Processamento de Artigos e Superfícies em
Estabelecimentos de Saúde 2ª Edição, Ministério da Saúde / Coordenação de
Controle de Infecção Hospitalar. Brasília-DF, 1994(BRASIL, 2002).
• Devem ser priorizados, os materiais de acabamento que tornem as superfícies
monolíticas, isto é, com o menor número possível de ranhuras ou brechas,
mesmo após o uso contínuo.
• Se forem usados materiais cerâmicos, o índice de absorção de água não pode
ser superior a 4 % individualmente ou depois de colocados no ambiente. Se
existir rejunte o material deve ter o mesmo nível de absorção.
• O uso de cimento sem qualquer aditivo antiabsorvente para rejuntar as
cerâmicas ou outro similar é vedado tanto para paredes, como para pisos.
• O uso de tintas elaboradas a base de epóxi, PVC, poliuretano ou outras para o
uso em áreas molhadas, podem ser usadas nas paredes, tetos, e pisos, desde que
sejam resistentes à limpeza e ao uso de desinfetantes. Elas não devem ser
aplicadas com pincel. Quando forem usadas no piso, devem ser resistentes as
abrasões e aos impactos a que serão submetidas.
• O uso de divisórias removíveis no CC, que é uma área considerada crítica não
é permitido, mas paredes pré-fabricadas podem ser instaladas, desde que
tenham acabamento monolítico, sem ranhuras, ou perfis estruturais aparentes, e
também sejam resistentes à limpeza, e ao uso de desinfetantes de acordo com o
manual de controle a infecção hospitalar, citado no primeiro item. Nas áreas
semicríticas, podem usar divisórias se forem resistentes à abrasão da limpeza
com sabão e desinfetantes.
• Não deve haver tubulações aparentes nas paredes e tetos de zonas críticas e
semicríticas. Quando elas não forem embutidas, é obrigatório proteger toda a
33
sua extensão com um material resistente a impactos, a lavagem e ao uso dos
desinfetantes.
3.8.1 Teto
O teto do CC deve ser contínuo, totalmente liso, sem porosidade, com acabamento
que não permita o acúmulo de poeira ou bactérias.(BRASIL, 2002).
Deve ter condições perfeitas para assepsia, e ser resistente aos processos de
limpeza, descontaminação e desinfecção.
É proibido o uso de forros falsos removíveis, pois interferem na assepsia do
ambiente.
Também se deve prever que na laje de forro vai ser inserido equipamentos tais
como: foco de luz, microscópio ou outros.
O ideal para o CC é que tenha um piso técnico, onde todas as tubulações, rede de
dutos e fixação de luminárias (focos), fiquem acima da laje da sala, para facilitar as
manutenções sem a necessidade de parar os procedimentos feitos na sala. Quando não existir
esta possibilidade deve ser utilizado um forro modular que facilite o acesso, mas que evite o
acúmulo de partículas de sujeira.
3.8.2 Rodapés
A junção entre o rodapé e o piso deve ser de tal forma que permita a limpeza do
canto formado. A união do rodapé com a parede devem ser alinhadas um com o outro, não
ficando nenhum ressalto para o acúmulo de pó, tornando a limpeza difícil
(ENFERMAGEMWEB, 2007).
34
3.8.3 Paredes
As paredes devem ter cantos arredondados em todas as junções para facilitar a
limpeza. Deve-se revestir as paredes com materiais resistentes, que proporcionem uma textura
lisa e lavável como a pintura com tinta a base de epóxi. O material usado deve ajudar na
diminuição dos ruídos externos. A cor deve ser neutra e ser repousante
(ENFERMAGEMWEB, 2007).
3.8.4 Pisos
O piso da sala de cirurgia deve ser condutivo, devido à associação de substancias
anestésicas inflamáveis com oxigênio ou óxido nitroso, sendo bom condutor de eletricidade.
O material tem que ser liso, sem ranhuras ou saliências e deve ser resistente para o uso de
água e soluções desinfetantes (ENFERMAGEMWEB, 2007). A necessidade de colocação de
pisos condutivos nas salas cirúrgicas é preciso, como uma tentativa de eliminação ou redução
de cargas eletrostáticas. Em hospitais ou clínicas e em locais onde se usam determinados tipos
de gases anestésicos ou materiais químicos de limpeza, há risco de que uma explosão seja
deflagrada por descargas eletrostáticas, além de outras causas como a possibilidade de choque
elétrico em pacientes em função dessas descargas.
Na sala de cirurgia deve ser usado um piso condutivo contendo fibras condutoras
que conduzem as cargas elétricas para a terra, e isto é feito com a utilização de primer
condutivo e uma fita de cobre auto adesiva, conectando a um ponto de terra eficiente e com
uma caixa de inspeção para possível medida de resistência de aterramento. Este piso deve
também ser resistente a fogo com baixo índice de formação de fumaça.
Assim é definido pela ANVISA (2002) através do Sistema FAQ:
“As cargas eletrostáticas são geradas por atrito entre materiais isolantes e dependem
de uma série de fatores, como umidade do ar, eletricidade desenvolvida por fricção
dos materiais envolvidos, caminho elétrico para o escoamento destas cargas dentre
outros. A maneira mais segura de certificar-se de que não haverá acúmulo de carga
35
eletrostática no piso é garantir um bom caminho ao seu escoamento para o potencial
de terra e este pode ser feito através do referido piso, além claro de um bom
aterramento dos equipamentos” (ANVISA, 2002, p.01)
3.8.5 Portas
As portas devem ser amplas para dar acesso fácil à passagem das macas e
equipamentos cirúrgicos. Elas devem ser revestidas de material lavável, serem corrediças para
evitar movimentação de ar e ter cor neutra. Precisam possuir proteção para prevenir possíveis
danos por esbarrões de macas. Necessitam ser provida de visor para facilitar a visualização
do interior da sala, sem precisar abri-las durante os procedimentos cirúrgicos
(ENFERMAGEMWEB, 2007).
3.8.6 Janelas
As janelas devem ficar em local que permita a entrada de luz natural em todo o
ambiente, ser do estilo basculante, com vidro fosco e telado para evitar entrada de insetos. A
iluminação artificial da sala cirúrgica é feita através da luz do teto, com luz direta e
fluorescente. A luz dos focos irá permitir a luminosidade ideal em todo o campo cirúrgico,
garantindo a ausência de sombra e a naturalidade das cores dos tecidos. Os tipos de focos
usados são: fixo ou central, frontal e auxiliar (ENFERMAGEMWEB, 2007).
3.8.7 Iluminação
A iluminação do ambiente hospitalar no Brasil, é tratada legalmente pela NR-
17(Ergonomia) da Portaria nº 3214/78 e através da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) (POSSARI, 2006).
36
A iluminação pode ser natural e artificial, embora a natural perdeu seu
significado, pois a luz artificial é a que possui padrões ideais para o Centro Cirúrgico. São
elementos que caracterizam a iluminação do CC: adequação ao campo operatório, redução de
reflexos, eliminação de sombras, eliminação do calor e proteção em caso de interrupção da
energia elétrica. O campo cirúrgico deve ser iluminado por foco multi-direcional com a
finalidade de eliminar sombras, e deverá incidir perpendicularmente à ferida da operação,
com uma distância de 120 cm. Segundo a necessidade do procedimento ele pode ser mudado
de posição (ENFERMAGEMWEB, 2007).
A problemática do calor gerado deve ser minimizada com o uso de filtros de
vidro. Deve-se também evitar a luz fria na sala de recuperação e de cirurgia, pois ela
modifica as cores dos tecidos, impedindo o diagnóstico de cianose. Outro fato relevante é o
reflexo de luz produzido por diferentes materiais: os tecidos refletem de 8 a 10% da luz que
lhes incidem, sendo que as compressas brancas ali usadas refletem cerca de 70 a 80% e os
instrumentos metálicos chegam a atingir 90% (ENFERMAGEMWEB, 2007).
3.8.8 Ventilação
Segundo POSSARI (2006), o sistema de ventilação/ar condicionado de um CC,
deve abranger aspectos especiais e atender às exigências da norma da ABNT NBR nº 7256/82
tais como:
• Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e
saúde.
• Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior
das salas de operação sem acarretar turbulência aérea.
• Impedir a entrada no Centro Cirúrgico de partículas
potencialmente contaminantes, oriundas de áreas adjacentes ao CC.
• Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente
de conforto e segurança para o paciente e para a equipe que o
assiste.
• Manter nível sonoro mínimo de instalação do sistema de
ventilação/ar conforto e segurança para o paciente e para a equipe
37
que o assiste.
• Sistema energético alternativo para o funcionamento do sistema de
ventilação/ar condicionado na falta do sistema elétrico principal.
O ato da ventilação abrange três aspectos: promover aeração no ambiente,
remover partículas contaminadas geradas nos procedimentos cirúrgicos e impedi-las de entrar
em outros ambientes, levando em conta as correntes de ar que são fatores de disseminação de
infecções; pois existem diferenças de pressão e temperatura entre as áreas das salas. É ideal
que se tenha fluxo linear de ar, com filtros potentes, que vão reter as partículas de até 5 micras
de diâmetro. Devemos relembrar que o sistema clássico de ar condicionado é contra indicado,
pois aumenta o risco de infecções (ENFERMAGEMWEB, 2007).
O sistema de ar condicionado em cada sala de operações deve ser independente.
Um sistema de ar separado ou especial de vácuo deve ser fornecido para remoção
de vestígio de gases. As grelhas de insuflamento devem ser locadas no teto, de tal modo que
englobe todo o campo cirúrgico. A melhor localização da grelha seria na luminária sobre a
mesa do paciente. As grelhas de retorno deverão ser instaladas na parede com a borda inferior
distando 20 cm do piso.
São estas as condições recomendadas para salas cirúrgicas, cauterização,
cistocopia e fraturas:
• A variação de temperatura deve ser de 20 a 24°C.
• A umidade do ar deve ficar entre 50% no mínimo e no máximo com 60%.
• A pressão positiva do ar deve ser de 24,9 Pa dentro das salas de operações em
relação à pressão de ar dos corredores e salas adjacentes.
• Instalação dos manômetros de modo a permitir a leitura das pressões de ar das
salas.
• O indicador de umidade ser locado de modo a permitir com facilidade a sua
observação.
• A eficiência dos filtros serem de acordo com as normas específicas.
• A filtragem do ar de exaustão só é necessária para a proteção dos arredores
junto a descarga de partículas com radiação e microorganismos patogênicos.
• No insuflamento devem ser usados filtros tipo bolsa na saída da máquina e
filtros no terminal das grelhas.
• O suprimento de todo o ar com grelhas locadas no teto e a exaustão do ar
devem ser locadas pelo menos em dois locais perto do piso, e a exaustão não deve
38
ficar a menos de 20 cm acima do piso.
• O volume de renovação do ar dentro da sala deve ser no mínimo de 25 trocas
por hora.
• O nível de ruídos admissível dos dutos e do sistema deve ser de 50 dB.
• Ter centro de controle que possa monitorar e ajustar a temperatura, a umidade e
pressão do ar e ser localizado na mesa do supervisor cirúrgico.
• Ter termômetro de máxima e mínima.
Estudos confirmaram que a maior parte das bactérias encontradas na sala de
cirurgia vem da equipe cirúrgica e que estudando sobre os sistemas de distribuição de ar na
sala cirúrgica, evidencia-se que o ar vindo das grelhas locadas acima do campo cirúrgico e
com grelhas de exaustão localizadas em paredes a 20 cm do piso é provavelmente, o padrão
mais efetivo de movimentação de ar para manter a concentração de contaminação em nível
aceitável.
Segundo a RDC 50, todas as entradas de ar externas devem ficar o mais alto
possível, em relação ao nível do piso e devem ficar longe das saídas de ar dos incineradores e
das chaminés das caldeiras (BRASIL, 2002).
3.8.9 Rede de Gases e Vácuo Medicinais
Para instalações fluído-mecânicas são adotadas as normas:
• NBR 12.188 – sistemas centralizados de oxigênio, ar comprimido, óxido
nitroso e vácuo para uso medicinal em estabelecimentos de saúde.
• NBR 13.587 - concentrador de oxigênio para uso em sistema centralizado de
oxigênio medicinal para uso medicinal em estabelecimentos de saúde.
A cor de referência dos gases medicinais seguem as normas nacionais e
internacionais, e são distribuídos com as seguintes cores, que seguem a NBR nº 6493/94 e
NBR nº 12188:
39
• Verde emblema – gás oxigênio
• Azul marinho – gás óxido nitroso
• Amarelo segurança – gás ar comprimido medicinal
• Cinza claro – sistema canalizado de vácuo medicinal
Os gases medicinais podem ser: o oxigênio, o ar comprimido, vácuo e óxido
nitroso.
3.8.9.1 Oxigênio
O oxigênio é um gás incolor, inodoro, altamente oxidante e não é inflamável,
embora o seu poder oxidante alimente o fogo. Sua aplicação está na alimentação do sistema
de manutenção da vida.
Os sistemas de abastecimento de gases medicinais podem ser: centralizados e
descentralizados (POSSARI, 2006)
O sistema centralizado é indicado para CC com maior consumo de gases
medicinais, onde o oxigênio é transportado por tubulação da central até os pontos de
aplicação. Podem ser acondicionado em cilindro ou tanque criogênico. Em cilindro o
oxigênio é mantido em alta pressão (120 a 190 Kgf/cm²) e deve ter duas baterias de cilindros
para fornecer alternadamente o gás à rede de distribuição sem haver interrupção.
O sistema descentralizado o suprimento é feito através de cilindros transportáveis
até o ponto de utilização. Ele é indicado para CC com pequeno consumo de oxigênio.
3.8.9.2 Ar comprimido medicinal
O ar comprimido é o ar atmosférico, não é inflamável, não tem cheiro e cor,
sendo composto de: 21% de oxigênio e 79 % de nitrogênio em seu volume. O ar comprimido
medicinal serve para o transporte de substâncias medicamentosas para pacientes por via
respiratória, como agente de secagem e limpeza, fração gasosa na ventilação mecânica, na
movimentação dos equipamentos, como fonte de vácuo do princípio do venturi, etc.
40
O ar comprimido deve ter grau de pureza apropriado para seres humanos, isto é:
isento de microorganismos patogênicos, poeiras, líquidos (óleo, água) ou outrem que não
façam parte da composição original.
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado através de cilindros, com
pressões que estejam entre 120 a 190 Kgf/cm², ou centralizado com suprimento de reserva de
compressor (POSSARI, 2006).
3.8.9.3 Vácuo clínico
A produção do vácuo é por bombas, com capacidade máxima de consumo de
100%, podendo trabalhar alternadamente ou em paralelo em caso de emergência. Para isto é
preciso ter suprimento de energia elétrica de emergência. É necessário também que se tenha
um reservatório de vácuo para que as bombas não trabalhem continuamente sob baixa de
demanda. No CC deve ter outro suprimento autônomo de emergência, com a finalidade da
manutenção da rede de vácuo em caso de pane na produção de vácuo (POSSARI, 2006).
3.8.9.4 Óxido nitroso
O óxido nitroso (NO²) é um gás atóxico, insípido, não inflamável, mas com
poder oxidante forte, podendo agir como comburente de materiais oxidantes. Como não é
inflamável é mais usado em casos de anestesia que os outros anestésicos gasosos. O seu
abastecimento pode ser centralizado e descentralizado.O centralizado é usado para alto
consumo e o óxido nitroso é transportado por tubulações dos cilindros da central até o local de
utilização. O descentralizado é para baixos consumos e é abastecido através de cilindros
transportáveis até o ponto de uso.
Deve-se testar periodicamente para que não ocorra vazamentos, entupimento de
válvulas e verificar a pressão nas saídas das salas de cirurgia (POSSARI, 2006).
3.8.9.5 Nitrogênio
41
O nitrogênio é um gás inodoro, não inflamável ocupando o volume de 78% da
atmosfera. É usado em misturas gasosas e como fonte de energia para o funcionamento de
equipamentos pneumáticos. É abastecido em cilindros com pressão que varia de 120 e 190
Kgf/cm² e também em forma líquida. Ao ser misturado com o oxigênio é chamado de ar
estéril (POSSARI, 2006).
3.8.10 Instalações elétricas e Eletrônicas
Para as instalações elétricas e eletrônicas são adotadas normas complementares da
RDC 50, a saber:
• ABNT NBR 13.534 – Instalações de Elétrica em EAS – Requisitos de
Segurança, exceto a tabela B3 – classificação dos locais, substituída pela
listagem do item 7.2.1(BRASIL, 2002);
• ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
• ABNT NBR 5413 – iluminância de interiores;
Nos EAS, em especial no CC, existem variados tipos de equipamentos eletro-
eletrônicos que são imprescindíveis para a sustentação da vida humana, pois requerem
monitoração dos sinais vitais. Por este motivo é necessário um sistema de alimentação de
emergência, que seja capaz de fornecer energia elétrica em caso de falta ou queda superior a
10% do valor normal por um tempo que seja superior a 3s. A NBR 13.534 divide estas
instalações de emergência em 3 classes, de acordo com o restabelecimento desta alimentação
energética.
Classe 0.5:
Trata-se de uma fonte que assume automaticamente o suprimento de energia em
no máximo 0.5s e a mantém por no mínimo 1h. É a classe destinada para a alimentação de
luminárias cirúrgicas.
Classe 15:
Os equipamentos eletromédicos, usados nos procedimentos cirúrgicos de
42
sustentação de vida, (ventilação mecânica), ou àqueles integrados ao suprimento de gases,
devem ter a sua alimentação chaveada automaticamente em no máximo 15s, quando a queda
for superior a 10% do valor normal.
Classe > 15
Equipamentos eletro-eletrônicos não ligados a pacientes, como os equipamentos
de lavanderia, esterilização de materiais e sistemas de descarte de resíduos, adimitem o
chaveamento automático ou manual em um período de superior a 15s, devendo a rede garantir
o suprimento por 24 h no mínimo.
Essa mesma norma classifica as instalações quanto ao nível de segurança elétrica,
garantindo a manutenção dos serviços e divide em três grupos segundo a atividade realizada
no ambiente:
Grupo O:
Equipamento eletromédico sem parte aplicada.
Grupo 1:
Equipamento eletromédico com:
• parte aplicada externa;
• parte aplicada a fluídos corporais, porém não aplicada ao coração.
Grupo 2:
Equipamento eletromédico com parte aplicada ao coração. Adicionalmente os
eltromédicos de sustentação à vida dos pacientes.
No Centro Cirúrgico são obrigadas as classes de alimentação energética em salas
de indução anestésica (quando usados gases inflamáveis) e salas de cirurgia (não importando
o porte): Grupo 2, Classe 15 e Classe 0,5 para luminárias cirúrgicas e eletromédicos que se
queira associar à fonte de segurança de restabelecimento energético em no máximo 0.5s; na
sala de recuperação pós anestésica são exigidos o Grupo 1, a Classe 15 e a Classe 0.5 para
eletromédicos que queiram associar à fonte energética de restabelecimento de alimentação em
no máximo 0.5 s. Nos demais usa-se: Grupo 1 e Classe 15.
O sistema de alimentação em salas de cirurgia deve ser de acordo com a NBR
13534, ser do tipo IT-Médico, pois ela se enquadra no grupo 2 e classe 0,5.
Para a proteção das salas de cirurgias deve-se ter:
• Quadro de distribuição geral da sala cirúrgica ser alimentado por um
transformador separador na faixa de 6 a 8 KVA e cada sala ter seu quadro e
transformador independente.
43
• A proteção por transformador separador de um circuito elétrico serve para evitar o
surgimento de tensões de contato perigosas em caso de falha de isolamento no
circuito separado. A sua função principal é evitar a circulação de corrente para terra
no circuito secundário, o que proporciona a sua proteção contra choques elétricos.
• A proteção por diferencial não é recomendada, pois qualquer fuga de corrente
para terra de baixa intensidade não prejudicial o corpo vai acionar o disjuntor
interrompendo o fornecimento de energia para a sala cirúrgica. De modo que é
recomendado o supervisor de isolamento.
• O supervisor de isolamento deve ser instalado internamente no quadro de força
da sala cirúrgica com um painel de alarme sonoro e visual localizado dentro da sala e
apresentando as características seguintes:
- Resistência de no mínimo 100 Ohms.
- Tensão de medição menor ou igual a 25 V.
- Corrente de medição sob condições de falta não ser superior a 1 mA.
- A indicação de queda de tensão da resistência do isolamento deve ocorrer antes
que esta atinja 50 K Ohms, ou no máximo quando ela atingir este valor.
- Deve ser provido de dispositivo de teste para que permita verificar a
conformidade com esta característica particularmente.
3.8.10.1 Tomadas
Nas salas de cirurgias devem ter dois conjuntos com quatro tomadas cada um,
em paredes distintas e uma tomada para aparelhos transportáveis de raios X. Em caso de
utilização de equipamentos tipos monitores multiparamédicos, justificam-se a utilização de
somente seis tomadas (BRASIL, 2002).
As tomadas devem ficar na parede a 1,5 m do piso e possuírem sistema de
aterramento para prevenir choques e queimaduras nos pacientes ou na equipe de profissionais
(ENFERMAGEMWEB, 2007).
O oxigênio é usado como anestésico, e sendo ele um agente inflamável, em
conjunto com descargas eletrostáticas, com a utilização de extensões ou com o uso de
tomadas para mais de um equipamento pode desencadear riscos de explosão (SANTANA,
1996). É proibido, portanto o uso de extensões elétricas em salas de cirurgia (BRASIL/MS,
44
1996).
Todas as instalações elétricas devem ser executadas a 1,50 m do piso para evitar a
zona de risco, e caso sejam executadas devem ser blindadas (NUNES, 2003).
Zona de risco é a zona que se situa de 0,30 m até 1,50 m do piso. É a área de
risco de explosões devido à densidade dos anestésicos serem maiores que a do ar e se
concentra nesta faixa de altura, e que depende da circulação de pessoas e do sistema de
circulação de ar, sendo, portanto aconselháveis todas as instalações elétricas serem executadas
acima desta altura (SANTANA, 1996).
3.8.10.2 Instalação De Proteção Contra Descarga Elétrica (P)
Segundo a RDC 50, todas as instalações elétricas do CC devem possuir sistema de
aterramento que leve em consideração a equipotencialidade das massas metálicas expostas e
devem atender às normas da ABNT NBR 13.534, NBR 5410 e NBR 5419 que definem como
devem ser os aterramentos. Fica proibido o sistema TN-C da norma 13.534 em EAS, e
nenhuma tubulação pode ser usada com o fim de aterramento.
Os riscos de acidentes elétricos se reduzem quando ações básicas são
implementadas, como: aterramento dos equipamentos elétricos com carcaça metálica. Os
aterramentos têm a função de assegurar, de maneira eficaz a fuga de corrente elétrica para a
terra, criando proteção, segurança e boa funcionabilidade de uma instalação elétrica (MAIA
JÚNIOR e SILVA, 2004).
No CC é obrigatório piso condutivo, devido ao o uso de misturas anestésicas,
como também pelo uso de agentes de desinfecção; sistema de ventilação para diminuir a
concentração de misturas anestésicas inflamáveis no ambiente, limitação nas salas descritas,
de uma zona especial chamada de Zona de Risco, que é composta por outra, a Zona M.
3.8.11 Sistema de Comunicação em CC
Os sistemas de comunicação em CC podem ser: sinais luminosos, campainhas,
45
telefones, interfones e circuito interno de televisão.
Os sinais luminosos devem ser identificados por cores, colocados na parte
superior da porta da sala de cirurgia e serve para indicar se pode ser aberta, se a sala está
ocupada ou se está em processo de limpeza. A sinalização é utilizada para evitar a abertura da
sala de operação quando ela está sendo usada, proporcionando fácil visualização.Na sala deve
ter um interruptor para acionamento e cancelamento da sinalização (POSSARI, 2006).
O CC deve possuir um sistema com central e interfones para chamadas que
permita o atendimento simultâneo com mais de duas chamadas a central. A central deve ficar
na recepção e os interfones nas salas cirúrgicas. Um sistema de som pode ser acoplado a
central de chamada e quando se usa o interfone para anuncio ele fica inoperante. Em cada sala
instala-se um potenciômetro para o controle do volume do som e sonofletores que são
embutidos no teto e são compostos de arandela, alto-falante e transformador causador de
impedância. A central é instalada na secretaria do CC e indica por um led e um sinal sonoro
a sala chamada. Na sala é instalado uma estação de chamada, presença e cancelamento que
fica embutida na parede em uma caixa de passagem de 4 x 4”, e acima da porta do lado
externo é inserido um sinalizador luminoso na cor vermelha solicitando atendente e na cor
verde o atendimento sendo realizado.
3.8.12 Sistema Contra Incêndio
Devido o grande número de artigos de fácil combustão e de um sistema elétrico
de alta complexidade, em que são usados equipamentos que geram corrente elétrica e emitem
faíscas, como é o caso do bisturi elétrico é que se faz necessário dispor de um sistema de
instalações para combate a incêndios.
Este sistema deve proporcionar segurança aos pacientes e profissionais do CC em
casos de incêndio, minimizar a propagação do fogo e facilitar ações de socorro
público.Devem possuir detectadores de fumaça que são acionados a qualquer sinal de
fumaça no ambiente e emite um sinal
Os sistemas aplicados em CC são os extintores e hidrantes. Outros sistemas
podem integrar este conjunto como: alarmes, iluminação de emergência, sprinklers, escada e
brigada de incêndio.
46
Os extintores devem ser instalados próximos às saídas do CC. Devem ser
distribuídos de modo a serem adequados à extinção dos tipos de incêndios dentro de sua área
de proteção. Devem estar visíveis e bem sinalizados. Devem ser fixados à parede não
ultrapassando a 1,60m de altura em relação ao piso e estar em suporte que impeça a sua
queda. Cada extintor deve ter ficha de controle de inspeção (POSSARI, 2006).
Os hidrantes possibilitam o controle e a extinção de princípios de incêndios. Eles
devem ser distribuídos por toda a área do CC a fim de propiciarem o combate ao fogo através
de jatos em um raio de 40 m (30 m de mangueira e 10 m de jato d'agua). O registro de
manobra dos hidrantes deve ter sua altura relacionada com o piso, compreendida entre 1,00 m
e 1,50 m. Os esguichos agulhetas podem ser substituídos por esguichos reguláveis. É obrigada
a sua instalação junto à entrada principal do CC (POSSARI, 2006).
3.8.13 Relógio Mestre - Hora Unificada
Constitui-se, de um relógio mestre que controla todos os relógios do sistema e em
cada sala de cirurgia é instalado um relógio digital informando a mesma hora do relógio
mestre. O relógio digital é fixado na parede em local de fácil visualização.
3.8.14 Video
Um sistema de vídeo pode ser instalado do qual deixa-se um ponto para
instalação de uma filmadora na sala e que a mesma possa enviar as imagens para outro recinto
dentro do próprio CC ou para outro lugar do hospital, para que se possa acompanhar a
cirurgia fora da sala de operações, sem aumentar o número de pessoas dentro da sala.
3.8.15 Termômetro
É instalado um termômetro na sala cirúrgica, para se controlar a temperatura
ambiente e através desta indicação pode-se variar a temperatura da sala utilizando
47
dispositivos no sistema de condicionamento de ar.
3.8.16 Alarme de incêndios
Dentro das salas devem ter detectadores de fumaça que são acionados a qualquer
sinal de fumaça no ambiente e emitem um sinal sonoro acendendo um led vermelho de
sinalização e ao mesmo tempo acionam a central geral de alarme do edifício.
3.9 Equipamentos e Acessórios para Salas de Cirurgias
A qualidade dos equipamentos e acessórios para salas de cirurgias são importantes
pois implicam na boa qualidade da assistência prestada ao paciente.
Os equipamentos e acessórios utilizados em uma sala de cirurgia podem ser fixos
e móveis (POSSARI, 2006).
3.9.1 Equipamentos móveis
Os equipamentos e acessórios podem ser:
• Aparelho de anestesia
• Aspirador portátil elétrico
• Banco giratório
• Balde para lixo
• Balança para pesar compressas
• Bisturi elétrico
• Carro abastecedor (para compressas, campos, aventais, cuba rim,
cúpulas, manoplas)
48
• Carro com medicamentos
• Coxins
• Escada com dois degraus
• Estrados
• Focos auxiliares
• Mesa de cirurgia com todos os acessórios (arco de narcose, ombreiras,
suportes laterais, portas-coxas, munhequeira, colchonetes em espuma)
• Mesa auxiliar para acondicionar pacote de aventais
• Mesa de Mayo
• Mesa para instrumental cirúrgico (simples ou com traves ou suportes)
• Suporte de braço
• Suporte de Hamper
• Suporte de soro
3.9.2 Equipamentos fixos
Os equipamentos fixos são aqueles que ficam fixados na estrutura da sala de
operações que são:
• Foco central
• Negatoscópio
• Torre retrátil ou painel de gases medicinais
3.9.3 Equipamentos usados na sala de cirurgia
Os equipamentos podem ser deslocados ou acrescidos à sala de cirurgia de acordo
com a necessidade do ato cirúrgico (POSSARI, 2006).
Os principais são:
• Aspirador elétrico de secreção - é um aparelho projetado para
executar drenagens ou aspiração de secreções e substâncias
49
líquidas do organismo do paciente;
• Aspirador ultra-sônico - é um equipamento que realiza a
fragmentação, irrigação e sucção da lesão;
• Aparelho de anestesia - é responsável pela a administração de gases e
vapores anestésicos ao paciente, por meio de ventilação mecânica, como
mostra a figura 02:
Fig. 02 – Aparelho de anestesia (HB, 2008).
• Artroscópio - é usado para tratamento de lesões articulares, pois
permite a visualização direta da articulação, principalmente do joelho e é
um procedimento feito com o auxílio da óptica e de uma micro câmera
acoplada ao equipamento de vídeo;
• Balão intra-aórtico - é um equipamento que aumenta a perfusão
coronariana e cerebral, por meio de um cateter do tipo balão instalado na aorta
torácica do paciente, sendo insuflado em sincronia com os batimentos
cardíacos;
• Bisturi de argônio - é um bisturi a gás de argônio que transfere a
corrente elétrica à superfície dos tecidos através de um canal de gás ionizado,
mas estável e de fácil controle, que proporciona coagulação mais rápida e
uniforme;
• Bisturi elétrico ou eletrônico - é um equipamento elétrico-eletrônico
portátil destinado a gerar e aplicar a corrente elétrica alternada de baixa
freqüência comum em corrente elétrica de alta freqüência e alta potência,
(POSSARI, 2006), como mostra a figura 03.
• Bisturi elétrico/eletrônico com sistema REM - são bisturis aterrados
ou com sistema REM com monitoração do eletrodo de retorno. A corrente
elétrica retorna para o gerador. Neste tipo, caso a placa desconecte-se
50
durante o uso do aparelho, o gerador deixa de enviar corrente, evitando
queimaduras no paciente;
• Bisturi ultra-sônico - é um equipamento que usa energia ultra-sônica
para permitir o corte e/ou coagulação hemostática de tecido;
Fig. 03 – Bisturi elétrico/eletrônico
(Hospitalar, 2008).
• Bomba de circulação extracorpórea - compreende um conjunto de
máquinas, aparelhos, circuitos e técnicas, mediante as quais se substituem
temporariamente as funções do coração e dos pulmões, enquanto aqueles
órgãos ficam excluídos durante os procedimentos médicos;
• Cardioversor ou desfibrilador - são monitores cardíacos acoplados
a desfibriladores isto é possuem o sistema de monitoramento dos sinais
gerados no músculo cardíaco, auxiliando no momento exato para a
desfibrilação que pode ser manual ou sincronizada;
• Colchão d’água para hiper e hipotermia - o colchão de água elétrico
é um sistema de prevenção da hiper ou hipotermia, destinado a manter a
temperatura corpórea em normotermia. A temperatura programada pelo
operador é transmitida ao paciente via colchão, pelo qual circula a água
aquecida ou resfriada pela unidade;
• Criogênico - é usado em cirurgias oftalmológicas na parte da retina.
Para funcionar é preciso conectar a um tipo de gás, que pode ser o nitrogênio
ou o gás carbônico, e utilizar acessório específico esterilizado, a caneta;
• Facoemulsificador - transforma a energia elétrica em energia mecânica
por meio de um transdutor piezoelétrico. Ele é usado para a fragmentação
da catarata por meio de irrigação, aspiração e emulsificação;
51
• Heteroscópio - é um equipamento óptico conectado a uma fibra óptica
que permite a visualização da cavidade uterina através do canal vaginal
e orifício do colo uterino;
• Laser - (light amplification by stimulated emission of radiation)
significa a amplificação de luz estimulada por emissão de radiação, que é
capaz de cortar estruturas duras como ossos, e moles como os tecidos dos
corpos;
• Focos cirúrgicos - promovem a iluminação necessária às cirurgias;
Focos auxiliares são usados de acordo com a necessidade como mostra as
figuras 4 a 8 (SANTOS, G. 2007);
• Foco Central
• Focos auxiliares
• Foco Frontal
• Foco cobra
Fig. 04 – Foco Cirúrgico Central Fig. 05 – Cirurgião com foco na cabeça
Fig. 06 - Foco Cirúrgico Fig. 07 - Foco auxiliar
52
Fig. 08 – Foco cobra Fig. 09 – Foco Frontal
Figuras 4, 5, 6, 7, 8 e 9 ( SANTOS, G. 2007).
• Fotofaro (é um sistema óptico que proporciona um campo de
iluminação homogêneo e livre de aberrações cromáticas);
• Laparoscópio (é uma espécie de luneta de alta resolução que aumenta
em 20 vezes a imagem observada. É um procedimento que
possibilita visualizar o interior da cavidade abdominal fazendo
um inventário que facilita a manipulação de vísceras abdominais
em busca de anormalidades);
• Litotriptor (é um equipamento que utiliza sonda eletrohidráulica ou
probe que provoca a vaporização de um pequeno volume de água,
criando ondas de choque que fragmentam o cálculo);
• Manta térmica (equipamento elétrico com um aquecedor e um
ventilador que por meio de uma manta aquece a área corporal do paciente);
53
Fig. 10 – Mesa de Operação (SANTOS, G. 2007).
• Mesa de operação (é a mesa onde são realizados os procedimentos
cirúrgicos nos pacientes, como mostra a figura 10);
• Microscópio eletrônico (permite focalizar estruturas não visíveis a
olho nu);
• Monitor multiparamétrico (monitor de parâmetros fisiológicos com
alta capacidade de monitorização para pacientes que requerem cuidados
intensivos);
• Robótica (robôs mecânicos de alta precisão, aliados aos recursos
da videoendoscopia e à realidade virtual usados na realização de cirurgias do
miocárdio, de reparo de válvulas cardíacas e neurocirurgias estereotáxicas
entre outras);
• Trépano/craniótomo (é usado para perfurar e serrar ossos/calota
craniana, em neurocirurgia);
• Vitreófago (é usado para cirurgia de retina e vítreo).
54
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de Pesquisa
Esse estudo caracterizou-se como sendo uma pesquisa exploratória, de caráter
transversal e natureza quantitativa.
Foi uma pesquisa e seleção de Normas do Ministério de Saúde do Brasil para
Centros Cirúrgicos, que são específicas para os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde; a
Resolução da Diretoria Colegiada de nº 50 (RDC 50), de 21 de fevereiro de 2002 e os ítens do
Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH), específicos para infra-estrutura física
de Centro Cirúrgico. Através delas foi desenvolvido uma verificação dos ambientes e da
infra-estrutura do Centro Cirúrgico de um hospital municipal de Fortaleza, Ceará, de acordo
com estas normas vigentes. Em seguida foram avaliados os dados obtidos, identificando os
itens críticos de infra-estrutura que não estavam em conformidade com as normas que
regulam os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. De posse destes dados, foi feita a
pesquisa com os profissionais de saúde, sobre os problemas e as necessidades deste Centro
Cirúrgico, respaldando-se nas Normas Brasileiras de Saúde, para em seguida se propor um
Centro Cirúrgico mais adequado e seguro.
4.2 População e Amostra
A população foi composta por profissionais que atuavam no Centro Cirúrgico
55
(CC) como: enfermeiras, auxiliares de enfermagem, médicos cirurgiões, anestesistas,
traumatologistas e engenharia de manutenção e teve como amostra, 10 profissionais que
atuavam neste Centro Cirúrgico. A escolha de dez profissionais foi feita por a proposta ter
como pré-requisito, que o questionário fosse aplicado em profissionais de CC que atuassem
a mais de seis meses e de preferência com mais tempo de trabalho, tendo sido escolhido
aqueles que trabalhavam a mais de dois anos, e selecionados de trinta profissionais atuantes,
para que o diagnóstico de problemas de segurança à vida e de funcionalidade deste CC fosse o
mais realista possível a fim de que a orientação de sua adequação se tornasse mais exeqüível,
pois profissionais com mais experiência e tempo à serviço, possuem mais vivência e
experiência suficiente para saber de todos os problemas que ocorrem ou que ocorreram e o
porque ainda estão acontecendo. É uma análise que não pode ser feita por pessoas que estão a
pouco tempo trabalhando neste CC, pois eles não possuem dados suficientes para esta coleta.
Como diariamente trabalham neste CC uma média de dois cirurgiões de dia e dois à noite,
sete profissionais em enfermagem de dia e cinco à noite, um traumatologista de dia e outro à
noite e um de manutenção quando é necessário, se torna pequena a quantidade de funcionários
mais antigos, sendo este o motivo da pesquisa ser feita só em dez profissionais.
O questionário foi aplicado em quatro médicos, sendo dois cirurgiões gerais, um
anestesista e um traumatologista, em duas enfermeiras e duas auxiliares de enfermagem. A
Engenharia Clínica ou de Manutenção como atua com apenas dois profissionais, aplicou-se o
questionário nos dois, pois são de grande importância os dados referentes à infra-estrutura de
instalações de gás, hidráulica, elétrica e eletrônica de um CC.
4.3 Local e Período
A pesquisa foi realizada em um Hospital de Saúde Pública do Município de
Fortaleza, Ceará.
O período de coleta de dados foi feito no mês de agosto de 2008
4.4 Critérios de Inclusão
56
Foram incluídos todos que atuavam direto ou indiretamente no Centro Cirúrgico e
que aceitaram participar desta pesquisa e que trabalhavam em Centro Cirúrgico há mais de
seis meses, e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
4.5 Critérios de Exclusão
Foram excluídos todos que não atuavam ou não tinham experiência de mais de
seis meses em Centro Cirúrgico e que não assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido.
4.6 Método de Coleta dos Dados
A coleta de dados foi realizada em um Hospital Municipal de Fortaleza, Ceará, e
foi feita através dos formulários, elaborados de acordo com as normas que regem os EAS: a
Resolução RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002 e o Manual Brasileiro de Acreditação
Hospitalar (MBAH).
A elaboração da avaliação constou de questões pertinentes aos requisitos básicos
mínimos dos aspectos de construção, da organização funcional, da infra-estrutura e da
acreditação hospitalar, que é exigida para o seu funcionamento.
A coleta de dados obedeceu à seguinte seqüência:
○ Fase 1 : revisão bibliográfica de normas reguladoras de CC;
○ Fase 2 : informações gerais através de aplicação de formulários (Apêndice
A) sobre a existência dos projetos do Centro Cirúrgico(CC), pois é
necessário o conhecimento dos projetos arquitetônico e complementares
como o estrutural, o hidro-sanitário, o elétrico, o de rede de gases e vácuo
medicinais e o de ar condicionado, com anotações de atualizações feitas nas
57
plantas das alterações, que facilitou o estudo de orientação para fins de
correção, reforma ou ampliação da unidade e observação direta com check
list de identificação de itens de ambientes e da infra-estrutura do CC, que
não estavam em conformidade com as normas;
Check List – é a lista de itens que foram checados para identificar o que
estava ou não em conformidade com as normas no Centro Cirúrgico em
relação a Resolução da Diretoria Colegiada nº 50 (RDC 50), de 21 de
fevereiro de 2002 e do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar:
• Ambientes obrigatórios
• Ambientes de apoio obrigatórios
• Ambientes de apoio não obrigatórios
• Aspectos funcionais
• Aspectos construtivos
○ Fase 3 : entrevistas feitas através da aplicação de questionários com os
profissionais e que serviram para averiguar as insatisfações dos
profissionais em relação à infra-estrutura e o desempenho do CC, e foram
feitas no próprio local de trabalho no dia e horário agendados. A
entrevistadora esclareceu os objetivos do trabalho, e em seguida, entregou o
termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice B) em duas vias para
que o profissional o lesse e assinasse; uma das vias ficou com o profissional
avaliado. Somente após seu consentimento, o questionário (Apêndice C) foi
entregue a ele, que respondeu às questões na presença do entrevistador,
pronto a esclarecer dúvidas de interpretação das perguntas e/ou alternativas
de resposta.
○ Fase 4 : Concluído o estudo e a pesquisa, foi proposto um CC mais seguro
e funcional para otimizar seu desempenho, orientando para a sua
adequação.
4.7 Técnica de Análise dos Dados e Sistemas Utilizados
58
Os dados obtidos foram analisados e mostrados em números absolutos e
percentuais a partir das informações contidas no questionário, por meio de gráficos e tabelas
confeccionadas no editor Excel 2002 da Microsolft®.
4.8 Comitê de Ética – Aspectos Éticos
A pesquisa foi iniciada após aprovação do Comitê de Ética da Escola de Saúde
Pública do Ceará, seguindo a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde / Ministério
da Saúde onde se destacou o cumprimento de garantias como confidencialidade, de
anonimato, de não utilizações de informações em prejuízo dos indivíduos e do emprego das
informações somente para os fins previstos na pesquisa.
59
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Avaliação orientadora para CC foi aplicada em um hospital público do
município de Fortaleza, Ceará.
Este possui 50 leitos e média complexidade. É especializado em urgência
traumatológica e realiza pequenas cirurgias, cirurgias gerais e ortopédicas. Encontra-se a
trinta anos em funcionamento.
A aplicação da proposta de avaliação deste EAS, o chek list, foi realizado em
companhia da chefa do CC e algumas vezes com o responsável pela manutenção desta
unidade.
Os resultados são apresentados de acordo com a verificação que foi adotada pelo
chek list e questionário, identificando as principais não conformidades encontradas.
5.1 Chek list
As principais não conformidades identificadas são resultados de trinta anos de
funcionamento, de um acompanhamento rudimentar de sua infra-estrutura básica em relação a
evolução de novas tecnologias e aos novos procedimentos médicos.
DESCRIÇÃO GERAL
EAS Complexidade Tipos de cirurgias querealiza
Nº desalas
cirúrgicas
RPA
Hospital Municipal de 50 leitos Urgência traumatológica e Salas 3 leitos
60
DESCRIÇÃO GERAL
EAS Complexidade Tipos de cirurgias querealiza
Nº desalas
cirúrgicas
RPA
Saúde Pública Média Cirurgia GeralTipo fraturas expostas,
laparotomia exploradora,apendicite
médias2
A aplicação da proposta de avaliação orientadora apresenta a situação em que o
EAS se encontrava em agosto de 2008.
As principais não conformidades identificadas em relação à Resolução da
Diretoria Colegiada, RDC 50 (Brasil/MS, 2002) e do Manual Brasileiro de Acreditação
Hospitalar, MBAH (Brasil/MS, 2002), foram agrupadas e listadas abaixo e se apresentam
grifadas.
LEGENDA
1. Entrada de pacientes em maca2. Saída de material estéril3. Entrada de material sujo4. Armazenamento de material estéril5. Expurgo ou sala de utilidades6. Sala de preparo de material7. Autoclaves8. Copa9. Circulação10. Vestiário feminino11. Estar de funcionários12. Vestiário masculino13. Sala de cirurgia 114. Saída de material e resíduos cirúrgicos15. Sala de saída de material e resíduos
cirúrgicos16. Lavabo17. WC funcionários18. Posto de enfermagem19. WC paciente20. SRPA21. Saída de pacientes22. Sala de cirurgias 2
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Fig. 11 – Esquema do Centro Cirúrgico estudado
Foi constatado que o EAS tem um lugar para a guarda dos projetos de construção
deste hospital, mas que não estão devidamente organizados e não possuem um lugar adequado
para serem preservados. Também não possuem todos os projetos e os que existem poucas
atualizações foram encontradas. Parece que não existe uma preocupação maior com registros
gráficos o que complica a manutenção do EAS e os planos de ampliação para o futuro.
� Projeto Arquitetônico – existe e foi modificado, mas não se acha todas as
atualizações registradas na planta.
� Projetos estruturais – não são encontrados todos os projetos, só os mais novos.
� Projeto hidro-sanitário – existe só da parte nova.
� Projeto de rede de gases – não existe
� Projeto de ar condicionado – não existe.
� Projeto elétrico – existe só uma parte e sem as atualizações registradas na planta.
� Projeto de prevenção de incêndio – existe somente o básico composto de extintores
e hidrantes. Para maior segurança o ideal seria adotar outros sistemas como: alarme,
iluminação de emergência e sprinklers.
O ideal para este EASP, é que fossem levantados todos os dados de sua infra-
estrutura, refeito os projetos de arquitetura, elétrica e eletrônica, hidráulica e de gases e
passados para CDs, para que se tenha os registros gráficos sempre em mãos, para o estudo
de novas reformas e mesmo para a correção de suas instalações que com o passar dos tempos
precisam ser restauradas e atualizadas às novas tecnologias.
NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS SEGUNDO A RDC 50:
• Ambientes obrigatórios
São ambientes imprescindíveis do setor, não podendo ficar em outro lugar mesmo
que seja vizinho.
� Área de recepção de pacientes – possui, embora não tenha uma área maior para
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melhorar o fluxo, pois fica muito perto da circulação de pessoas. Não possui
campainha e sinal luminoso.
� Sala de guarda e preparo de anestésicos – não existe, os anestésicos são preparados
na própria sala de operações.
� Área de indução anestésica – não existe, ela é feita na sala de cirurgias.
� Área de escovação (lavabo) – possui um lavabo com três torneiras, com utilização do
cotovelo para abri-las, mas com dimensões inadequadas, pois para cada torneira deve
ser de no mínimo 1,0 m linear e sendo três torneiras o certo seria um espaço mínimo
de 0,80 m para cada torneira, totalizando 2,40m e o que existe é apenas 2,0m..
� Salas de cirurgias – possui duas, com dimensões de 5,48 x 4,44 m que equivale a
24,33 m² estando abaixo do tamanho tabelado para o tamanho médio que é 25 m²,
mas dentro dos 5% abaixo permitido. O único senão é que às vezes acontecem
cirurgias ortopédicas que exigem tamanho de sala grande que é de 36 m² o exigido.
� Sala de apoio às cirurgias especializadas – não tem, e é exigido para cirurgias
especializadas, uma sala de no mínimo 12m².
� Área de prescrição médica - não existe. É obrigatório ter uma sala com um mínimo
de 2,0 m² para as prescrições médicas, segundo a RDC 50.
� Posto de enfermagem e serviços – Praticamente não existe. Possui apenas um posto
na sala de RPA, mas não têm as dimensões exigidas pela RDC e não tem visão total
do CC. Deveria possuir no mínimo 6,0 m² e ter as instalações e equipamentos
adequados às necessidades e à demanda.
� Área de recuperação pós-anestésica – possui, mas é inadequada, pois embora tenha
três leitos, cumprindo a exigência de um leito a mais em relação ao número de salas de
cirurgias, não têm o tamanho adequado para que as macas fiquem a 0,80m da parede
ou de outra maca e ter o espaço de 0,60m entre a cabeceira da maca e a parede e
também não têm condições ideais para a manobra de macas. Quando a demanda de
cirurgias é grande, chega a receber cinco pacientes sem condições de acomodações
ideais, pois o tempo de permanência varia de 1 a 6 horas e a sala se torna pequena para
o número de pacientes. Não possui a quantidade necessária de eletromédicos.
• Ambientes de apoio obrigatórios
Os ambientes de apoio obrigatórios devem estar dentro do Centro Cirúrgico para
agilizar as decisões e as ações.
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� Sala de expurgo ou de utilidades – existe só o da central do EAS que fica vizinho ao
CC. É um setor que precisa melhorar sua infra-estrutura para se adaptar aos novos
procedimentos de higienização. É preciso ter uma cuba de coleta de dejetos, com
profundidade adequada para não salpicar resíduos contaminados na profissional e
canalizá-los para um depósito para depois de tratado ser jogado na rede de esgoto.
Também é necessário um lavatório para o(a) profissional fazer a higienização de suas
mãos.
� Vestiários com banheiros – possui masculino e feminino na entrada da do CC, mas
não são adequados, pois são pequenos e não possuem armários suficientes para
guarda dos pertences e nem atende as necessidades ideais para a higiene e o conforto
dos seus usuários. Possui tubulação aparente no WC masculino o que precisa ser
embutida pois acumula poeira e prejudica a higienização.
� Sala administrativa – não possui, embora não sendo obrigatório ser dentro do CC,
ela é imprescindível. Quando se têm uns graus de complexidade maior agiliza a
programação cirúrgica.
� Laboratório para revelação de chapas - não existe, mas tem no hospital, embora
não entrega a revelação em tempo hábil, o que prejudica o procedimento.
� Depósito de material de limpeza – possui, mas necessita de prateleiras para
acomodação dos materiais e se ter melhor organização.
� Depósito de equipamentos e materiais (DML) – não possui e é muito necessário,
para agilizar seu uso na hora certa e porque o trânsito de equipamentos calibrados de
um lugar para outro pode afetar o seu desempenho. O certo é que eles devem estar
aptos a serem usados, pois estes eletromédicos podem apresentar diferenças até com
a mudança de temperaturas.
� Sala de distribuição de hemocomponentes – não tem dentro do CC, mas tem no
hospital o que prejudica um pouco a agilidade de seu uso.
• Ambientes de apoio não obrigatórios
São ambientes que não são obrigatórios, dentro do CC, mas precisam que sejam
vizinhos a ele para agilizar as ações.
� Sala de preparo de equipamentos / material – não tem, embora não seja
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obrigatório seria bom ter vizinho, pois agiliza as ações.
� Copa – Não existe, mas é improvisada na sala de estar dos funcionários que funciona
na entrada dos vestiários e já é bastante pequena para a demanda.
� Sala de espera para acompanhantes - não tem, embora a sua existência fosse um
ato de melhor humanização com os parentes dos pacientes.
� Sanitários para acompanhantes - não existem.
� Sala de estar para funcionários – possui e não tem confortabilidade adequada.
� Área para guarda de macas e cadeiras de rodas – não existe. É usado o corredor
para depósito delas.
� Área de biópsia de congelamento – não possui.
� Sala de biópsia de congelação - não existe.
• Aspectos funcionais
� Acesso – possui acesso restrito.
� Sala de indução anestésica - não tem. As anestesias são feitas dentro das salas de
cirurgias.
� Salas de cirurgias – Tem duas salas de tamanho médio com dimensões de 5,44 x
4,44 m que equivale a 24,33m² que está dentro do permitido que é de 5% de 25m². O
que não está em conformidade é que realizam cirurgias especializadas como é a de
ortopedia que teria que ser em uma sala grande de 36m².
� Sala de apoio às cirurgias especializadas – não tem, embora façam cirurgias
especializadas o que seria obrigatório a ter uma de no mínimo 12 m².
� Sala de cirurgia contaminada – não possui.
Todo procedimento cirúrgico deve ser considerado contaminado para execução da
limpeza, que vai desde a mais simples à mais complexa cirurgia, pois não se conhece se o
paciente é um portador sadio, se o pessoal que ali trabalha não está sendo veículo de
transmissão de infecção(BIANCHI apud POSSARI, 2006).
� Área para prescrição médica – não tem. Deveria ter uma com no mínimo 2m².
� Posto de enfermagem e serviços – possui só na RPA, tem visão de todos os leitos,
mas não do CC, mas não é adequado, pois mede 2,96m x 1,80 m, apresentando área
de 5,328 m² que não atinge os 6,0m² mínimos exigidos.
� Área de recuperação pós-anestésica (RPA) – é próxima às salas de cirurgias, mas
com o acesso ruim pois o corredor tem dimensões menores que 2,0m que dificulta a
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manipulação das macas. A porta também tem dimensões limitadas para um acesso
fácil que seria de no mínimo 1,20m e a que existe é de 1,00m. Apresenta porta para
saída de pacientes o que não pode existir, pois é um agente contaminante para o CC.
� Quarto de isolamento para cirurgias contaminadas – não possui.
• Aspectos construtivos
� Pé direito – possui pé direito com 2,70 m, mas o ideal seria de 3,60m para se ter um
piso técnico com altura de 0,80m para que a manutenção possa agir sem parar os
procedimentos médicos em caso de ter central de ar condicionado.
� Forma das salas de cirurgias – é retangular e com dimensões compatíveis com o
fluxo dos EEM e os procedimentos médicos exigidos para salas do tipo médio.
� Paredes da sala de cirurgia – não são totalmente lisas, pois são de azulejos com
rejuntes que acumulam sujeiras e bactérias. O ideal seria que fossem lisas e pintadas
com tinta tipo epoxi. Não possui cantos arredondados que facilitam a limpeza.
� Piso da sala de cirurgia – não possui o piso condutivo que conduzem e dissipam
eficazmente a eletricidade estática que constitui um perigo para explosões. Possui piso
do tipo industrial.
� Esquadrias – As portas não tem dimensões mínimas de 1,50m x 2,10 m o que não
facilita a entrada e saída dos eletromédicos. Não tem visores nas portas. As portas são
de madeira e estão velhas e deterioradas e com várias camadas de tinta que não as
tornam tão lisas prejudicando a sua higiene.
� Circulações horizontais – possui uma única circulação com dimensão de 1,76m que
prejudica o trânsito de macas pois o ideal seria ter no mínimo 2,0m de largura.
• Infra-estrutura elétrica e eletrônica
Abastecimento de Energia Elétrica de Emergência(EE) do CC e RPA:
� Rede concessionária local – possui.
� Fontes obrigatórias – tem duas, a da concessionária local, e a produzida por um
grupo de geradores.
� Grupo de geradores que forneça energia para as áreas críticas do CC. – possui,
mas ainda não é adequado o sistema de acionamento pois a alimentação de energia só
é acionada em um tempo de 30 a 60 segundos.
66
� Conjunto de baterias que garantam o fornecimento para as áreas críticas do CC
– possui e está com defeito.
� Dispositivo automático de transferência de uma fonte para outra para áreas
críticas - não possui. Não tem Nobreak
� A autonomia do conjunto por um tempo de 24 horas a todas cargas alimentadas
pelo sistema de energia elétrica de emergência(EE) - possui mas o tempo de entrar
em funcionamento não é o ideal.
• Detalhes construtivos para a recuperação pós-anestésica(rpa):
� Pé direito – possui de 2,70m.
� Paredes – não são lisas. São de azulejos com rejuntes.
� Teto – não é liso, não é feito com massa corrida e é pintado com tinta mineral o que
acumula sujeiras.
� Portas – é simples, com 0.90m de largura o que é exigido pela norma é ser dupla
com dimensões de 1,50m x 2,10m.
� Bancadas para apoio de EEM na cabeceira da maca - existe e não é adequada.
• Instalações elétricas e eletrônicas, específicas para recuperação pós-
anestésica:
� Instalação elétrica ligada ao sistema elétrico de emergência (EE) – possui.
� Instalação elétrica ligada ao sistema elétrico diferenciado (ED) – não tem .
� Tubulação do sistema elétrico – parte da tubulação é embutida e parte é feito através
de canaletas .
� Tomadas – as tomadas da RPA são tomadas para equipamentos vitais, mas elas não
possuem sistema de comutação elétrica para funcionar em 0,5 segundos o que acarreta
um perigo de perdas humanas em caso de falta de energia. Não possui 8 tomadas por
maca, apenas 2 por leito, são aterradas, e estão instaladas a 1,10m do piso, ficando na
área de risco que é abaixo de 1,50m o que torna um perigo, para ocasionar incêndio já
que não são blindadas nem lacradas. Não existem tomadas identificadas para o uso de
eletromédicos. Não possui tomada específica para Raios X transportável, nem
transformador de separação individualizado por aparelho de Raios X.
67
• Iluminação na sala de recuperação pós-anestésica:
� Iluminação na RPA igual a 500 lux – possui um conjunto com quatro lâmpadas de
32 Watt. Está ligada ao sistema de EE, mas as lâmpadas fluorescentes são as do tipo,
branca fria. As luminárias são de sobrepor e não são protegidas por acrílico, o que
ocasiona acúmulo de poeira e prejudica a higienização deste CC. Não possui
luminárias de cabeceira.
• Climatização para salas cirúrgicas
� Central de Ar Condicionado – não tem, e não é medido nem a umidade do ar nem a
pressão. Possui ar condicionado tipo split, que é um sistema que não possui filtros que
é o adequado para procedimentos médicos, pois o ar é fonte de contaminação
ambiental. Deve se avaliar a possibilidade de adequar as salas de cirurgia, a um
sistema de ar condicionado do tipo fluxo laminar unidirecional com pressão positiva.
Não havendo pressão positiva no interior das salas o ar é igual dentro e fora das
mesmas, pois além da circulação da equipe que provoca zona de turbulências no ar e
contribui também contribui para o risco de infecção. O ar é contaminado por partículas
que transportam microorganismos. As fontes destas partículas incluem pacientes e
toda a equipe de cirurgia. Estas partículas soltas no ar podem depositar-se na ferida
cirúrgica e infeccioná-la. A central de ar além de evitar turbulências ela possui filtros
que retém estas partículas e não as jogam novamente no ambiente. O controle da
temperatura, da umidade relativa, da pressão, do número de trocas de ar realizadas por
hora, a paramentação, o tráfego e número de pessoas nas salas, a manutenção e a
limpeza são fatores que reduzem o número de microorganismos no ambiente de uma
sala de cirurgia (AFONSO, SOUZA, TIPPLE at al, 2006).
• Infra - estrutura elétrica e eletrônica
• Dispositivos de Proteção:
� Transformador de segurança – não possui, não tem sistema de alarme contra falha
de isolação em monitor de isolamento de linha ou monitor dinâmico e nem também
transformador separador suplementar de sala cirúrgica.
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• Disjuntores:
� Disjuntores para salas cirúrgicas – Possui, disjuntores setorizados identificados para
cada sala de cirurgia e fica no corredor quase em frente as salas de cirurgias.
• Iluminação de Áreas de Apoio e Corredores do CC:
� Nível de iluminação – as áreas de apoio e corredores possuem luminárias com 32
wattto que prejudica o trabalho. Todas as luminárias estão ligadas ao sistema de EE.
• Tomadas em Áreas de Apoio e Corredores:
� Tubulações do sistema elétrico do CC – não correm pelo espaço técnico, pois ele
não existe. São embutidas em geral, apresentando algumas expostas na RPA e...As
tomadas estão inseridas na parede a 1,10m do piso quando o obrigatório seria de
1,50m para evitar riscos de explosões.Não possui sistemas independentes para
equipamentos elétricos e eletrônicos.
• Instalações elétrica e eletrônica em salas de cirurgias:
� Instalações elétricas - são ligadas ao sistema de energia elétrica de emergência (EE).
São ligadas ao sistema de aterramento (ED).Não possuem sistema específico a
depender do equipamento (ADE).
� Tubulações do sistema elétrico – não correm no espaço técnico. São todas
embutidas.
� Circuitos elétricos – não possui circuitos alimentados por fases diferentes para
equipamentos eletromédicos geradores de interferências. Não existem circuitos
alimentados por fases diferentes para equipamentos de monitoração. Tem circuito
independente para o foco cirúrgico. Não existe estabilizador e regulador de
voltagem.
• Iluminação para salas de cirurgias
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� Iluminação – não tem iluminação com 1000 lux, nem no campo cirúrgico com no
mínimo 10.000 a 20.000 lux.
� Luminárias – as lâmpadas não são do tipo luz do dia e não tem proteção contra
poeira. As luminárias do campo cirúrgico são ligadas ao sistema EE, mas não há
comutação do sistema de EE em 0,5 segundos, mas em cerca de 60 segundos.
� Tomadas de Raios X transportável - não são ligadas ao sistema EE, nem ao sistema
de aterramento (ED).Não possui transformador de separação individualizado por
aparelho. Não possui circuito mínimo de 4500 VA para 30 ámperes. As tomadas para
Raios X não são identificadas e nem existe em nenhum local do CC.
• Tomadas e pontos elétricos das salas de cirurgias:
� Tomadas – possui só um conjunto com tomadas em cada sala em uma só parede,
com a voltagem de 220V fornecida pela concessionária local. O certo seriam 2
conjuntos de tomadas e no mínimo uma tomada de 110V em cada conjunto.
� Pontos e tomadas na Zona de Risco – As tomada estão inseridas na parede abaixo da
medida exigida pela RDC 50, não estão blindadas e nem lacradas. Estão colocadas a
1,10m do piso e não são padronizadas e há o uso de extensão elétrica. Não existe
tomada específica para bisturi, o que compromete a segurança, pois ele é um
equipamento que gera correntes de fuga e faíscas elétricas e compromete também os
outros aparelhos pois ele também gera interferências eletromagnéticas. Não há ponto
de força para laser e nem tomada para comando de mesas cirúrgicas e nem para coluna
retrátil. Existe ponto de energia para o negatoscópio.
• Pisos Condutivos em Salas Cirúrgicas:
� Piso condutivo – não existe piso condutivo. O piso de todo o CC é do tipo industrial
e não é aterrado por malha.
• Sistema de Sinalização em Salas Cirúrgicas:
� Sinalização em sala de enfermagem – não possui sinalização para sala quando está
ocupada, nem para chamar a enfermagem e nem para aviso de procedimento de
70
anestesia.
• Alimentação das Áreas por Circuito Crítico de Energia Elétrica de Emergência
(EE):
� Sala de pequenas cirurgias - existe este tipo de sala só for do centro cirúrgico.
� Salas de média cirurgia – não possui tomadas selecionadas para EEM vitais (G2, C <
0,5) que são ligadas ao sistema EE e transmita a energia em 0,5s, nem para (G2, C <
15) que transmite em menos de 15 segundos. A transmissão de EE se dá em 60
segundos e não é automática é manual. O foco cirúrgico embora esteja ligado a EE
também não atende ao sistema G2, C < 0,5”. Nenhuma das tomadas atende a
classificação G2, C < 0,5 e G2 < 0,15. Possui luminárias selecionadas e ligadas ao
EE.
� Sala de indução anestésica – não existe sala de indução. As induções são feitas nas
salas de cirurgias. Seria bom ter, pois é um item obrigatório. Ela agiliza os
procedimentos, pois as salas de cirurgias precisam de um tempo de higienização entre
uma cirurgia e outra e existindo a sala de indução é eliminado o tempo de espera para
limpeza da sala e para ela estar pronta para novos procedimentos.
• Sistema de Aterramento e Proteção Contra Choque elétrico em Centro
Cirúrgico:
� Salas de cirurgia – não possui relatório técnico que comprove a existência de
aterramento. Não há piso condutivo.
� Sala de recuperação pós-anestésica – não possui.
� Sala de indução anestésica – não existe esta sala.
• Proteção Contra Choques:
� Proteção contra choques – não possui Sistema IT Médico para locais do grupo 2
(G2).
• Instalações hidro-sanitárias
71
� Sala de indução anestésica – não existe esta sala.
� Sala de cirurgia – existe infiltração de água.
� Sala de apoio para cirurgias especializadas – não existe esta sala.
� Sala de recuperação pós-anestésica - possui instalações de água fria e apresenta
infiltração.
• Instalações de rede de gases e vácuo medicinal
� Ar comprimido medicinal (FAM) – não possui ar comprimido medicinal, nem
central e nem cilindros.
� Oxigênio medicinal (FO)- é utilizado FO através de cilindro. Um ponto para cada
sala de cirurgia e tres pontos para a sala de RPA.
� Óxido nitroso (FN) – não possui abastecimento de óxido nitroso, o que seria certo ter
um ponto para cada mesa de cirurgia e um ponto para cada leito de sala de indução
anestésica.
� Vácuo clínico (FVC) – não possui fonte de vácuo clínico nem nas salas de cirurgias
nem na sala de RPA. Tem apenas o aspirador cirúrgico manual. Não possui bombas de
sucção.
� Oxigênio medicinal – a fonte é por cilindros transportáveis, tendo um ponto para cada
mesa cirúrgica e para cada leito da sala de RPA.
NÃO CONFORMIDADES RELACIONADAS COM O MANUAL BRASILE IRO DE
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR:
A busca de qualidade na assistência hospitalar é obrigação de todo EAS. A
acreditação é uma das ferramentas de avaliação desta qualidade. É um estímulo para a
melhoria de qualidade dos serviços de Saúde (POSSARI, 2006).
Para avaliar a qualidade da instituição utiliza-se o Manual Brasileiro de
Acreditação Hospitalar (MBAH). Devido a variedade de serviços de saúde foi adotado no
Brasil, o sistema de padrões em níveis diferenciados. O padrão 1 diz respeito a segurança. O 2
a organização e o 3 a qualidade e produtividade.
72
• Infra – estrutura do centro cirúrgico – nível 1
� Vestiários – possui vestiários de barreira embora sejam pequenos para a demanda e
inadequados o que prejudica higienização e o conforto de seus usuários.
� Zona de transferências – possui e fica em um lugar congestionado, com bastante
fluxo de pessoas na entrada para a parte privatizada. Poderia ter ao seu lado uma sala
de espera e um sanitário para os familiares dos pacientes.
� Lavabos – possui lavabos com dimensões menores do que as normas exigem.
� Depósito para equipamentos – não existe.
� Sala de recuperação pós-anestésica - possui, mas é inadequada. Não tem espaço
suficiente para acomodar segundo as normas as macas e os eletromédicos.
• Instalações elétricas do Centro Cirúrgico - Nível 1
� Aterramento – as instalações contam com aterramento das tomadas, não existindo
relatório técnico que comprove a sua existência. Não possui piso condutivo. Não
possui elétrica diferenciada para equipamentos de sistemas vitais.
� Iluminação de emergência – possui sistema de iluminação de emergência e não é
comutada em 0,5 s.
• REDE DE GASES E VÁCUO MEDICINAIS – ANESTESIOLOGIA / NÍVEL 1
� Circuito de gases medicinais – possui a identificação de acordo com a ABNT nos
pontos abastecidos por cilindros. Não há central de gases.
� Oxigênio medicinal (FO) – o abastecimento de FO é feito através de cilindros e está
em boas condições de uso. O uso de uma instalação de uma central depende da
demanda.
• Rede de gases e vácuo medicinais - anestesiologia / nível 2
� Ar comprimido medicinal – não possui ar comprimido medicinal.
• Instalações elétricas para recuperação pós-anestésica
� Iluminação de emergência -possui embora não atenda ao sistema G2, C < 0,5s.
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� Aterramento - possui só nas tomadas.
No processo de avaliação para acreditação de um CC é preciso checar todos os
itens e conferir se existe mesmo esta eficiência da infra-estrutura analisada. O MBAH não
questiona esta eficiência, apenas avalia a existência dos padrões existentes. Os níveis para CC
são de complexidade crescente. Para se chegar ao nível 3 que é o de qualidade e produtividade
é necessário ter alcançado primeiramente o 1 e depois o 2.
Este EAS nunca passou por uma avaliação de acreditação. Para atingir o nível 1 é
preciso em primeiro lugar que as instalações sejam adequadas. Comprovar todos os itens
pertinentes a este nível, pois não depende só da estrutura física, mas da habilitação da
equipe, do atendimento aos requisitos fundamentais de segurança para com o paciente, das
ações e procedimentos médicos e da estrutura básica que garante a assistência orientada para
a execução coerente das tarefas.
5.2 Questionário
O perfil dos 10 profissionais do questionário caracterizou-se como sendo os mais
antigos deste CC, variando entre dois a oito anos, onde 40% são médicos (2cirurgiões e 2
anestesistas), 40% são da enfermagem (2 enfermeiras e 2 auxiliares de enfermagem) e 20% do
setor de manutenção(1 da elétrica/eletrônica e 1 da administração do setor). Dentre eles 50%
são homens e 50% são mulheres.
De acordo com os dados obtidos no questionário 80% estão satisfeitos em
trabalhar neste CC e 20% responderam negativamente. Estes correspondem a 10% médicos e
10% da manutenção. O percentual de enfermagem encontra-se satisfeita.
74
30%
40%
10%
10%
10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Sim Não
Satisfação no trabalho
Manutenção
Enfermagem
Médicos
GRÁFICO 1 – Representação gráfica do percentual de satisfação no ambiente de trabalho no CC
Questionados o porquê dentre os 80%, 75% responderam que a satisfação vem do
trabalho, do gosto do que fazem, do bom relacionamento da parte humana, pois apesar das
carências que existe neste EAS, conseguem realizar muitos procedimentos com eficiência;
12,5% responderam que é porque ele atende as condições básicas para realizar a maioria das
cirurgias com o perfil do hospital que é secundário; 12,5% que as informações chegam rápido
ao setor o que proporciona agilidade nas decisões. Dos 20% que não estão satisfeitos,
relataram ser pela falta de equipamentos apropriados, infra-estrutura inadequada, falta de
medicamentos como drogas anestésicas mais modernas.
Com relação à compatibilidade da estrutura física, 80% acham não ser compatível
com as necessidades.
Quando questionados ao que não é compatível, 20% citaram a sala de
recuperação pós-anestésica (SRPA), pois é mal distribuída não atendendo a necessidade por
possuir apenas três leitos, sendo insuficientes para a demanda e a carência de pessoal
qualificado. 70% que dizem que o espaço é inadequado por faltarem salas cirúrgicas para
atender a demanda e 10% responderam ser o sistema de ar condicionado e de aspiração
inadequados.
75
80%
20%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Não compatível Compatível
Compatibilidade da Estrutura Física
GRÁFICO 2 – Representação gráfica do percentual relacionado à compatibilidade da estrutura física às
necessidades do CC
Sobre a confortabilidade, 30% dizem ser por não ter um repouso para os
funcionários de nível médio, um estar e uma copa adequada; 30% entendem ter espaço
inadequado para as necessidades; 10% relatam que era confortável de maneira satisfatória;
10% acham que não tem material cirúrgico de boa qualidade; 10% acha que é o sistema de ar
condicionado e os outros 10% acham que é devido o péssimo estado dos equipamentos
existentes, pois alguns como o bisturi elétrico vive com problemas.
30% 30%
10% 10% 10% 10%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Confortabilidade
Repouso, estar e copainadequados
Espaço inadequados
Confortável
Mat. Cirurgicoinqualificados
Ar condicionado
Equipamentos em malestado
GRÁFICO 3 – Representação gráfica do percentual relacionado à confortabilidade às necessidades dos
profissionais para que não haja estresse no CC.
Questionados sobre o desempenho, 90% dizem que o CC tem problemas e apenas
um negou.
76
90%
10%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não
Problemas de desempenho
GRÁFICO 4 – Representação gráfica do percentual relacionado à presença de problemas de desempenho
no CC
Foram relacionados diversos fatores que afetam o desempenho de um CC, como a
autoclave, que já tem 30 anos e existe desde a fundação do EAS e as qualidades dos materiais
cirúrgicos são precárias (30%); o sistema de ar condicionado (20%); a carência de
equipamentos (20%); a segurança elétrica (10%); os funcionários não qualificados e
insuficientes (10%); e 10% não relataram nada.
30%
20% 20%
10% 10% 10%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Fatores que afetam o desempenho do CC
Autoclave e materiais precários
Sistema de Ar condicionado
Carência de equipamentos
Segurança elétrica
Funcionários não qualificadosou insuficientes
Nenhum item
GRÁFICO 5 – Representação gráfica do percentual relacionado aos fatores que afetam o desempenho dos
profissionais do CC
Quanto ao que é pior para eles, 20% falaram ser uma SRPA inadequada e a falta
de equipamentos, como monitores, 10% a autoclave, 20% pessoal não qualificado, 10%
77
espaço inadequado, 20% segurança elétrica e refrigeração, 10% não existe um pior, pois todos
complicam o desempenho e 10% não indicaram nada.
20%
10%
20%
10%
20%
10% 10%
0%
5%
10%
15%
20%
Pior item complicador de desempenhoSRPA inadequado e ausênciade equipamentos
Autoclave
Profissionais não qualificados
Espaço inadequado
Segurança elétrica erefrigeração
Todos complicam odesempenho
Nenhum item
GRÁFICO 6 – Representação gráfica do percentual referente ao pior item relacionado aos fatores que
afetam o desempenho dos profissionais do CC
Indagados quanto ao que deve ser corrigido o mais urgente possível, 20% dizem
ser a ampliação do CC, 20% uma autoclave novo, 20% o sistema de ar condicionado, 10% as
manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos, 10% o vestiário dos médicos e
enfermeiras, 10% indicam ser a troca do aspirador portátil por um sistema de vácuo e 10% a
relação entre funcionários.
20% 20% 20%
10% 10% 10% 10%
0%
5%
10%
15%
20%
Item que deve ser corrigido Ampliação do CC
Autoclave novo
Sistema de Arcondicionado
Manutenção preventiva ecorretiva de equipamentos
Vestiário
Troca de apirador portátil
Relação entre funcionários
GRÁFICO 7 – Representação gráfica do percentual referente ao item que deve ser corrigido
urgentemente.
78
Segundo o relato, 50% dos funcionários afirmam que é comum, funcionários
levarem choque elétrico de equipamentos e também queimaduras com o bisturi, e devido à
precariedade do sistema de instalações elétricas, estes ocasionam danos nos equipamentos. Os
outros 50% afirmam não terem tido problemas.
Perguntados sobre a satisfação de sua capacitação, 60% responderam estarem
satisfeitos, 30% não e 10% estão mais ou menos.
A capacitação dos profissionais é a base da qualidade dos serviços e da não
danificação dos eletromédicos. Segundo Possari (2006, p 124), a educação do funcionário no
local do trabalho deve ser um processo que o torna capaz de executar seu trabalho,
propiciando novos conhecimentos que refletem no desempenho do funcionário e alcança os
objetivos da instituição.
60%
30%
10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Satisfação da capacitação
Sim
Não
Mais ou menos
GRÁFICO 8 – Representação gráfica do percentual referente a satisfação de capacitação dos profissionais
Quanto a saberem como se opera todos os equipamentos do CC, 60% sabem
operá-los e 40% não sabem como se opera.
Cientes que a capacitação ajuda na ascensão profissional, 80% afirmam que não
existe capacitação periódica com as novas tecnologias e 20% dizem que existe.
Sobre a manutenção preventiva das condições de infra-estrutura do CC, 90%
disseram que não acontece e 10% afirmam existir.
79
60%
40%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Sabe operar Não sabe operar
Operação em todos os equipamentos
GRÁFICO 9 – Representação gráfica do percentual referente ao conhecimento em operar todos os
equipamentos presentes no CC
20%
80%
0%
10%
20%
30%
40%
50%60%
70%
80%
Existe Não existe
Presença de capacitação periódica
GRÁFICO 10 – Representação gráfica do percentual referente a presença de capacitação periódica de
profissonais para a utilização de novas tecnologias
10%
90%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não
Manutenção preventiva de infra-estrutura
GRÁFICO 11 – Representação gráfica do percentual referente a presença de manutenção periódica da
infra estrutura do CC
80
Em relação à manutenção preventiva da rede elétrica, 100% falaram não ocorrer.
Quanto a manutenção preventiva dos equipamentos eletromédicos (EEM), 90%
afirmam que só existe a corretiva e 10% afirmam que fazem manutenção preventiva nos
EEM.
90%
10%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Corretiva Preventiva
Manutenção de EEM
GRÁFICO 12 – Representação gráfica do percentual referente a presença de manutenção de EEM quanto
a ser preventiva ou corretiva
Com referência ao programa de prevenção de infecção hospitalar, 80% dizem
existir e 20% não, pois estavam até pouco tempo sem médico na comissão de infecção
hospitalar e dizem que o hospital é sujo, pois constantemente encontram-se baratas que deve
ser porque a equipe de limpeza é pequena para o serviço.
80%
20%
0%
10%
20%
30%40%
50%60%
70%
80%
Existe Não existe
Programa de prevenção a infecção hospitalar
GRÁFICO 13 – Representação gráfica do percentual referente a presença de programa de prevenção a
infecção hospitalar
81
A infecção hospitalar determina o aumento da morbidade, da mortalidade e custos
dos pacientes admitidos por qualquer causa em um hospital. Estudos nos Estados Unidos,
dizem que a permanência de um paciente no hospital em pelo menos quatro dias, gera um
custo adicional de US$ 1.800,00. No Brasil, todos os hospitais são obrigados por lei, a terem
um programa permanente de controle e prevenção hospitalar (POSSARI, 2006, p.189).
Inquiridos sobre o descarte de materiais das cirurgias, 100% relataram que são
usadas luvas para este procedimento. Os outros 30% revelaram que só sabem que depois de
acondicionadas as peças vão para o velório.
Segundo POSSARI (2006, p.258) os hospitais precisam ter seus planos de
gerenciamento de resíduos aprovados pelos órgãos competentes, contemplando não apenas os
fatores estéticos e de controle de infecção hospitalar, mas também considerando as questões
ambientais tão importantes para a geração atual e futura.
Quanto ao bactericida usado, 100% dizem que é utilizado de acordo com a
especificidade, sendo que 50% citaram que são usados, hipoclorito de sódio, glutaraldeído,
detergentes enzimáticos, ácidos paracético e peroxitane e 50% sabem que se usa, mas não
sabe quais.
50%
50%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não
Uso de bactericida no CC
Não soube informar
Hipoclorito de sódio,glutaraldeído, detergenteenzimático, ácidoparacético e peroxitane
GRÁFICO 14 – Representação gráfica do percentual referente ao uso de bactericida no CC e qual é usado
82
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O planejamento de um Centro Cirúrgico exige uma equipe multidisciplinar, para
que se possa organizar um programa de necessidades deste setor, a fim de gerar um modelo
de CC adequado aos procedimentos médicos e que apresente ser flexível à adaptação às novas
tecnologias com segurança.
Um CC é constituído de elementos independentes e indispensáveis para o seu
funcionamento. Cada elemento, cada área tem a sua função e que em conjunto ajudam no
bom funcionamento do setor, implicando na qualidade e segurança da assistência prestada ao
paciente.
Da elaboração de seu projeto arquitetônico e em especial da planta baixa, vai
depender sua boa funcionalidade. Uma estrutura física mal dimensionada vai prejudicar o
desenvolvimento dos serviços, comprometendo seu desempenho.
A equipe técnica encarregada da preparação do projeto deve discutir bastante as
propostas que vão integrar suas necessidades, atuando juntamente com a equipe médica e de
enfermagem, para propor um espaço físico que atinja as metas a que ele se propõe e não
apresente erros irremediáveis que vão gerar mais custo ao EAS.
Observou-se com os resultados obtidos, que algumas não conformidades
encontradas concentram-se na tecnologia utilizada.
Outras não conformidades relacionam-se com a sua infra-estrutura básica, que
não atende a demanda e a segurança elétrica e de sanidade que são precárias. Por exemplo,
dentro da Central de Esterilização existe uma copa. Isto não pode acontecer, pois é uma fonte
de contaminação que pode afetar o material esterilizado. Deve-se então replanejar os espaços
físicos e adequar às normas vigentes suas instalações físicas, elétricas e hidrosanitárias.
O uso do piso condutivo nas salas de operações deve ser utilizado, para que se
comprove a necessidade dele para o escoamento da eletricidade estática, pois estas novas
tecnologias contribuem muito para a diminuição de risco de explosões, reduzindo prováveis
83
incêndios em CC.
Existe uma grande necessidade de maior disponibilidade de verbas destinadas à
recuperação ou ampliação dos EASP. As tecnologias e os procedimentos médicos estão
evoluindo a passo rápido, gerando grandes necessidades de correções. Só através de maiores
recursos, conseguiremos adequá-los, dentro das normas de sanidade e segurança elétrica,
para melhorar a qualidade do serviço prestado.
Quanto ao desgaste e problemas com os EEM, eles estão relacionados com o não
gerenciamento dos equipamentos. Poderiam ser minimizados por uma equipe de engenharia
clínica, a qual possui características multidisciplinares apropriadas para o caso: como
conhecimentos clínicos, de engenharia, física, arquitetura, além das tecnologias hospitalares
que dependem deste suprimento como os equipamentos médicos hospitalares (EMH), para
melhorar o sistema e proporcionar um bom atendimento aos serviços de saúde.
A desinformação técnica e a falta de capacitação dos recursos humanos também
ajudam a aumentar as não conformidades. Sugere-se um programa de capacitação periódica
sobre procedimentos médicos e novas tecnologias para melhorar o gerenciamento da
tecnologia médico hospitalar (TMH).
Devido os resultados encontrados, propõe-se então a ampliação deste CC, e a sua
adequação às normas vigentes, para melhorar o seu desempenho.
Sugere-se uma reforma de ampliação do CC: que se construa mais duas salas
cirúrgicas. Que as novas salas sejam de tamanho grande (36m²) e tenham salas de apoio para
servir às cirurgias especializadas. Que sejam providas de uma central de ar condicionado, com
pressão positiva e fluxo linear vertical e tenham um teto técnico (80cm) para o uso do setor de
manutenção, sem precisar parar os procedimentos médicos.
Além destes ambientes sugeridos devem ser construídos: as salas de
administração, de indução anestésica, uma SRPA mais adequada e que atenda a demanda,
uma sala de equipamentos, um posto de enfermagem e serviços com visão para todo o CC,
uma sala de hemo-componentes, uma circulação que facilite o fluxo de macas, uma central de
esterilização maior e com melhor condição para um funcionamento mais adequado, uma copa
e repouso para os profissionais, ampliar os vestiários, uma segurança elétrica, de sanidade e
de comunicação mais adequada e de acordo com as normas, dentre outros requisitos que são
exigidos pelas Normas Brasileiras de Saúde.
Este trabalho permitiu mostrar a grande carência que Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde Pública (EASP) apresentam, no que se refere ao acompanhamento de
sua infra-estrutura, com a evolução das tecnologias e dos novos procedimentos médicos.
84
REFERÊNCIAS
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______.NBR 5410. Instalações Elétricas de Baixa Tensão.Rio de Janeiro, 1997
______.NBR 13.534. Instalações de Elétrica em EAS – requisitos de segurança.Brasília,2002.
______.NBR 5413: Iluminância de Interiores. Brasília, 2002.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Departamento de Normas Técnicas.Resolução da Diretoria Colegiada nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre oRegulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetosfísicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília, 2002. Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf>. Acesso em: 12 nov 2007.
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BRITO, L. F. M. Segurança Aplicada às Instalações Hospitalares. 4ª edição. São Paulo:Editora Senac São Paulo, 2006.
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86
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87
APÊNDICE A – FORMULÁRIOS
HOSPITAL MUNICIPAL DE SAÚDE PÚBLICA DE FORTALEZA, C EARÁ
Fundação 21 DE DEZEMBRO DE 1973
Porte 50 LEITOS
Especialidade URGÊNCIA TRAUMATOLÓGICA /CIRURGIA GERAL
Nível de Complexidade MÉDIO
Tipos de CirurgiasRealizadas
FRATURAS EXPOSTAS / LAPARATOMIAEXPLORADORA / APENDICITE, ETC.
INFORMAÇÕES DE PROJETOS DO CENTRO CIRÚRGICO
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
PROJETO ARQUITETÔNICO
Verificação dos itens:
Ítem de Verificação: Projeto Arquitetônico sim não
Existe
Modificado
Modificações registradas na planta
PROJETO ESTRUTURAL
Ítem de Verificação: Projeto Estrutural sim não
Existe
Modificado
Modificações registradas na planta
PROJETO HIDRO-SANITÁRIO
89
Ítem de Verificação: Projeto Hidro-sanitário sim não
Existe
Modificado
Modificações registradas na planta
PROJETO DE REDE DE GASES
Ítem de Verificação: Projeto de Rede de Gases sim não
Existe
Modificado
Modificações registradas na planta
ROJETO DE AR CONDICIONADO
Ítem de Verificação: Projeto de Ar Condicionado sim não
Existe
Modificado
Modificações registradas na planta
PROJETO ELÉTRICO
Ítem de Verificação: Projeto Elétrico sim não
Existe
Modificado
Modificações registradas na planta
PROJETO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Ítem de Verificação: Projeto De Prevenção De Incêndio sim não
Existe
Modificado
Modificações registradas na planta
CHEK LIST
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DA RDC 50 / MS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
90
AMBIENTES OBRIGATÓRIOS:
Verificação dos itens :
RESOLUÇÃO RDC 50 DE 2002 sim não
Área de recepção de paciente
Sala de guarda de preparo anestésicos
Área de indução anestésica
Área de escovação(lavabo)
Sala pequena de cirurgia(oftalmologia, endoscopia, Otorr...)
Sala média de cirurgia (geral)
Sala grande de cirurgia (ortopedia, Neurologia,cardiologia,etc)
Sala de apoio às cirurgias especializadas
Área de prescrição médica
Posto de enfermagem e serviços
Área de recuperação pós-anestésica
AMBIENTES DE APOIO OBRIGATÓRIOS:
Verificação dos itens :
RESOLUÇÃO RDC 50 DE 2002 sim não
Sala de utilidades
Banheiros com vestiários para funcionários (barreira)
Sala administrativa
Laboratório para revelação de chapas (“in loco ou não”)
DML (depósito para material de limpeza)
Depósito de equipamentos e materiais
Sala de distribuição de hemocomponentes(“in loco ou não”)
AMBIENTES DE APOIO NÃO OBRIGATÓRIOS:
Verificação dos itens :
RESOLUÇÃO RDC 50 DE 2002 sim não
Sala de preparo de equipamentos/material
Copa
Sala de espera para acompanhantes (anexa à unidade)
Sanitários para acompanhantes (sala de espera)
Sala de estar para funcionário
91
RESOLUÇÃO RDC 50 DE 2002 sim não
Área para guarda de macas e cadeiras de rodas
Área de biópsia de congelamento
Sala de biópsia de congelação
Segundo a RDC 50 os Centros cirúrgicos exclusivamente ambulatoriais(CCA)
podem ter o programa simplificado em relação ao centro cirúrgico não ambulatorial.
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DA RDC 50 / MS
CENTROS CIRÚRGICOS AMBULATORIAIS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
Ítens de verificação:
RESOLUÇÃO RDC 50 DE 2002 – PROGRAMA MÍNIMO DE CCA sim não
Área de recepção e preparo do paciente
Área de escovação (lavabos)
Sala de pequena cirurgia(pode ser única)
Área de recuperação pós-anestésica com posto de enfermagem (uma ou maismacas)
Sala de espera para pacientes e acompanhantes (anexa à unidade)
Sala de utilidades
Vestiários / sanitários masculino e feminino para funcionários / pacientes( barreira à entrada da unidade) / (Quando o CCA for composto de uma únicasala de cirurgia, o vestiário/sanitário pode ser único)
Depósito de material de limpeza (DML) in loco” ou não
CENTRO CIRÚRGICO : RESOLUÇÃO RDC 50 DE 2002
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ASPECTOS FUNCIONAIS
Verificação dos itens :
ACESSO sim não
Acesso restrito
INDUÇÃO ANESTÉSICA
Área para conter 2 macas no mínimo
A distância entre as macas deve é igual a 0.80m
A distância entre o leito e a cabeceira é igual a 0.60m
92
ACESSO sim não
A distância entre o leito e a parede é igual a 0.80m
Espaço mínimo para a manobra da maca junto ao pé da mesma
Área de indução ao lado das salas cirúrgicas
Área de indução nas próprias salas cirúrgicas
SALAS DE CIRURGIAS Nº
Número de Salas Cirúrgicas
Número de salas pequenas
Número de salas médias
Número de salas grandes
SALAS CIRÚRGICAS PEQUENAS sim não
Área mínima de 20.0 m² com dimensão mínima de 3.45 m
SALAS CIRÚRGICAS MÉDIAS sim não
Área mínima de 25.0 m² com dimensão mínima de 4.65 m
SALAS CIRÚRGICAS GRANDES sim não
Área mínima de 36 m²
As salas devem ser anexas umas as outras
ASPECTOS FUNCIONAIS (RESOLUÇÃO RDC 50 DE 2002)
Verificação dos itens :
SALA DE APOIO ÀS CIRURGIAS ESPECIALIZADAS sim não
Número de salas de apoio às cirurgias especializadas
Ser ao lado de cada sala grande de cirurgia
Ter dimensões mínimas de 12.0 m²
SALA DE CIRURGIA CONTAMINADA sim não
Existe sala só para cirurgia contaminada
ÁREA PARA PRESCRIÇÃO MÉDICA sim não
Existe área para prescrição médica
POSTO DE ENFERMAGEM E SERVIÇOS sim não
Ao lado da sala de recuperação pós-anestésica
Ter visão de todo os leitos
Possuir área mínima de 6.0 m²
Ser um posto para cada 12 leitos de RPA
ÁREA DE RECUPERAÇÃO PÓS -ANESTÉSICA(RPA) sim não
Próxima e com fácil acesso às salas cirúrgicas
93
SALA DE APOIO ÀS CIRURGIAS ESPECIALIZADAS sim não
Ter no mínimo uma
Conter no mínimo duas macas
Número de macas deve ser igual ao número de salas cirurgicas + 1(Cirurgias de alta complexidade usa a UTI para RPA ( se usar a UTI, ocálculo do nº de macas = nº de salas de cirurgias – nº de complexas)
QUARTO DE ISOLAMENTO DE ÁREA DE RPA sim não
Área de isolamento para cirurgias contaminadas
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DA RDC 50 / MS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Verificação dos itens :
ASPECTOS CONSTRUTIVOS
PÉ DIREITO sim não
Pé-direito das salas de cirurgia ser no mínimo igual a 2.70 m
Foco cirúrgico principal sustentado adequadamente
FORMA DAS SALAS DE CIRURGIA sim não
Área que facilita o fluxo do uso de vários EEM sem prejudicar o fluxo paraos procedimentos médicos simultaneamente
FORMA DAS SALAS DE CIRURGIA sim não
Facilidade de usar os EEM simultaneamente
As salas de cirurgias possuem cantos arredondados
PAREDES DA SALA DE CIRURGIA sim não
Totalmente lisa, não porosa e sem frestas
Resistente e com facilidade para limpar
Com cantos arredondados
PISO DA SALA DE CIRURGIA sim não
Piso Condutivo(semi-condutivo)
Totalmente liso(não poroso), sem saliências e frestas
Ter verificação periódica da condutibilidade elétrica do piso
ESQUADRIAS sim não
Portas com dimensões de 1.50 x 2.10 m (mínimo)
Porta da entrada principal do CC com 1.50 x 2.10 m (mínimo)
94
ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Facilidade para entrada e saída dos EEM
As portas das salas de cirurgias têm visores
As maçanetas das portas devem ser do tipo alavanca ou similares
CIRCULAÇÕES HORIZONTAIS sim não
Tem largura mínima de 2.00 m
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA DE EMERGÊNCIA(EE) DO CC E
DA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
Verificação dos itens :
ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PARA EAS sim não
Rede concessionária local
Linha independente da concessionária(fornecer ininterruptamente esimultaneamente, com intervalo não maior que 2 horas, comprovado nosúltimos 5 anos
Duas fontes obrigatórias
Grupo de geradores que garantam o fornecimento para áreas críticas do CC
Conjunto de baterias que garantam o fornecimento para áreas críticas do CC
Dispositivo automático de transferência de uma fonte para outra fonte para asáreas críticas.
Dispositivo manual de transferência de uma fonte para outra para áreas semi-críticas.
Autonomia do conjunto por um tempo de 24 horas a todas as cargasalimentadas pelo sistema de energia elétrica de emergência(EE)
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DA RDC 50 / MS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
DETALHES CONSTRUTIVOS PARA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA (RPA)
Verificação dos itens:
PÉ DIREITO sim não
Um mínimo de 2,70 m
PAREDES sim não
Lisas, sem texturas, relevos ou ranhuras e resistentes a limpeza
95
PÉ DIREITO sim não
TETO sim não
Liso, sem texturas, relevos ou ranhuras e contínuo
PORTAS sim não
Portas duplass com 1,50 x 2,10 m
BANCADA PARA O APOIO DE EEM À CABECEIRA DA MACA sim não
Existe bancada de apoio para os EEM
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DA RDC 50 / MS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
INSTALAÇÕES ELÉTRICA E ELETRÔNICA ESPECÍFICAS PARA
RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA (RPA)
Verificação dos itens:
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS sim não
Instalações elétricas ligadas ao sistema elétrica de emergência (EE)
Instalações elétricas ligadas ao sistema (ED)
TUBULAÇÃO DO SITEMA ELÉTRICO sim não
Embutida
Exposta
TOMADAS sim não
Tomadas selecionadas da sala de RPA para equipamentos vitais (C < 0,5)
Tomadas de corrente: 8 por maca
Uma tomada com tensão diferente (110V)
Tomadas identificadas: para uso dos eletromédicos (EEM)
As tomadas possuem aterramento
Tomadas de corrente instaladas a 1,50 m do piso
TOMADAS DE RAIOS X sim não
Tomadas para RX transportável
Transformador de separação individualizado por aparelho de RX
Uma tomada de RX a cada tres leitos
Tomada de RX com distância até a cama menor que 10 m (220 ou 380 V)
Tomadas aterradas
Tomadas de RX instaladas a 1,50 m do piso
ILUMINAÇÃO NA RPA sim não
Iluminação na RPA = 500 lux
96
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS sim não
Ligadas ao sistema de EE
Luminárias com lâmpadas fluorescentes tipo luz do dia (geral)
Luminárias protegidas com acrílico
Luminárias de cabeceira
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DA RDC 50 / MS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
CLIMATIZAÇÃO PARA SALA CIRÚRGICA
Verificação dos itens:
TIPO DE SISTEMA DE AR CONDICIONADO sim não
Central de ar condicionado
Fluxo laminar linear vertical
Fluxo laminar linear horizontal
Split
Aparelho de ar condicionado tipo janeleiro
AR CONDICIONADO sim não
Pressão do ar no ambiente em relação ao ambiente contíguo: positiva
Umidade relativa do ar entre 45 a 60%
CENTRO CIRÚRGICO: I REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Verificação dos itens :
TRANSFORMADOR DE SEGURANÇA sim não
Transformador separador de segurança
Complementado com o sistema de alarme contra falha de isolação commonitor de isolamento de linha, ou monitor dinâmico
Transformador separador suplementar de sala cirúrgica
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
97
DISJUNTORES
Verificação dos itens :
DISJUNTORES PARA SALAS DE CIRURGIA sim não
Disjuntores setorizados para cada sala de cirurgia
Identificação de locais de comando
Local acessível
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ILUMINAÇÃO DE ÁREAS DE APOIO E CORREDORES DO CC
Verificação dos itens :
NÍVEL DE ILUMINAÇÃO sim não
Áreas de apoio e corredores igual a 500 lux
LUMINÁRIAS DE ÁREAS DE APOIO E CORREDORES sim não
Algumas luminárias são ligadas ao sistema EE
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
TOMADAS EM ÁREAS DE APOIO E CORREDORES
Verificação dos itens :
TUBULAÇÕES DO SISTEMA ELÉTRICO DO CC sim não
Correm pelo espaço técnico
Embutidas
Expostas
Tomadas instaladas a 1.50m do piso
Circuitos independentes dos mesmos que alimentam os equipamentoseletromédicos e equipamentos eletrônicos
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA PARA
SALAS DE CIRURGIA DE PORTE : PEQUENA – MÉDIA - GRAN DE
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
98
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA
Verificação dos itens :
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS sim não
Ligadas ao sistema de energia elétrica de emergência(EE)
Ligadas ao sistema de aterramento(ED)
Ligadas a um sistema elétrico específico dependendo do tipo deequipamento(ADE)
TUBULAÇÕES DO SISTEMA ELÉTRICO sim não
Correm em espaço técnico
TUBULAÇÕES DO SISTEMA ELÉTRICO sim não
Embutidas
Expostas
CIRCUITOS ELÉTRICOS sim não
Circuitos alimentados por fases diferentes para equipamentos eletromédicosgeradores de interferências
Circuitos alimentados por fases diferentes para equipamentos demonitoração
Circuito independente para o foco cirúrgico
Estabilizador de voltagem e regulador de voltagem
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA PARA SALAS DE CIRURGIA
DE PORTE : PEQUENA – MÉDIA – GRANDE
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ILUMINAÇÃO
Verificação dos itens :
ILUMINAÇÃO sim não
Lâmpada fluroescente tipo luz do dia
Luminárias com proteção contra poeira
Algumas luminárias ligadas ao sistema elétrico de emergência(EE)
Iluminação das salas de cirurgia igual a 1.000 lux
Iluminação do campo cirúrgico com no mínimo 10.000 a 20.000 lux
Luminárias do campo cirúrgico ligadas ao sistema elétrico deemergência(EE) em 0.5 segundos
99
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA PARA
SALAS DE CIRURGIA DE PORTE : PEQUENA – MÉDIA – GRAN DE
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
TOMADAS, INTERRUPTORES E PONTOS DE FORÇA
Verificação dos itens :
TOMADAS DE RX - TRANSPORTÁVEL sim não
Ligadas ao sistema elétrico de emergência(EE)
Ligadas ao sistema de aterramento(ED)
Ligadas ao sistema a depender do equipamento(ADE)
Transformador de separação individualizado por aparelho
Circuito mínimo de 4.500 VA para 30 A
Identificadas para o uso de Raios X
Localizadas na sala de cirurgia
Localizadas no corredor
TOMADAS, INTERRUPTORES E PONTOS ELÉTRICOS DAS SALAS sim não
Mínimo de 2 conjuntos, com 4 tomadas com voltagem fornecida pelaconcessionária local (220 V)
Mínimo de uma tomada com voltagem diferenciada (110V)
ZONA DE RISCO sim não
Tomadas com altura mínima de 1.50m do piso pronto
Interruptores com altura mínima de 1.50m do piso pronto
ZONA DE RISCO sim não
Luminária cirúrgica instalada a altura mínima de 1.50m do piso pronto
Instalações de tomadas abaixo de 1.50m sendo blindadas e lacradas
Tomadas padronizadas
Uso de extensões elétricas
Utilização de T
Utilização de adaptadores de tomadas
Tomada específica para uso do bisturi
Ponto de força para laser
Tomada para comando de mesa cirúrgicas
Ponto de energia para negatoscópio
Coluna retrátil
100
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
PISOS CONDUTIVOS
Verificação dos itens :
PISO CONDUTIVO sim não
Pisos condutivos em salas cirúrgicas
Malha metálica
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO EM SALAS CIRÚRGICAS
Verificação dos itens :
SINALIZAÇÃO EM SALA DE ENFERMAGEM sim não
Sinalização de enfermagem em sala de cirurgia
Sinalização de sala ocupada
Sinalização de anestesia
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ALIMENTAÇÃO DAS ÁREAS POR CIRCUITO CRÍTICO DE ENERG IA
ELÉTRICA DE EMERGÊNCIA (EE): Classificaçãodos locais do CC (G)/tipo de
equipamento(C) – Alimentação de segurança
Verificação dos itens :
SALA PEQUENA DE CIRURGIA sim não
Tomadas selecionadas para EEM vitais (G2, C < 0,5)
Tomadas selecionadas (G2, C < 15)
Todas as tomadas são (G2, C < 0,5)
Todas as tomadas são (G2, C < 0,15)
Foco Cirúrgico ( G2 < 0,5 )
101
SALA PEQUENA DE CIRURGIA sim não
Nenhuma tomada atende a classificação: G2, C < 0,5 e G2 < 0,15 (tomadasselecionadas e foco cirúrgico)
Luminárias selecionadas ligadas ao EE
SALA MÉDIA DE CIRURGIA sim não
Tomadas selecionadas para EEM vitais (G2, C < 0,5)
Tomadas selecionadas (G2, C < 15)
Todas as tomadas são (G2, C < 0,5)
Todas as tomadas são (G2, C < 0,15)
Foco Cirúrgico ( G2 < 0,5 )
Nenhuma tomada atende a classificação: G2, C < 0,5 e G2 < 0,15 (tomadasselecionadas e foco cirúrgico)
Luminárias selecionadas ligadas ao EE
SALA GRANDE DE CIRURGIA sim não
Tomadas selecionadas para EEM vitais (G2, C < 0,5)
Tomadas selecionadas (G2, C < 15)
Todas as tomadas são (G2, C < 0,5)
Todas as tomadas são (G2, C < 0,15)
Foco Cirúrgico ( G2 < 0,5 )
Nenhuma tomada atende a classificação: G2, C < 0,5 e G2 < 0,15 (tomadasselecionadas e foco cirúrgico)
Luminárias selecionadas ligadas ao EE
SALA DE INDUÇÃO ANESTÉSICA sim não
Tomadas selecionadas ( G2, C < 0,5 )
Tomadas selecionadas ( G1, C < 0,15 )
Todas as tomadas são ( G2, C < 0,5 )
Todas as tomadas são ( G2, C < 0,15 )
Nenhuma tomada atende a classificação: G2, C < 0,5 e G2 < 0,15 (tomadasselecionadas e foco cirúrgico)
Luminárias selecionadas ligadas ao EE
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
SISTEMA DE ATERRAMENTO E PROTEÇÃO CONTRA CHOQUE ELÉ TRICO
EM CENTRO CIRÚRGICO
102
Verificação dos itens :
SISTEMA SE ATERRAMENTO sim não
Aterramento em salas de cirurgia
Aterramento em sala de RPA
Aterramento em sala de indução anestésica
PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES sim não
Sistema IT Médico para locais do grupo 2
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA / INST.HIDROSSANITÁRIAS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
AMBIENTES OBRIGATÓRIOS
Verificação dos itens :
SALA DE INDUÇÃO ANESTÉSICA sim não
Possui instalações de água fria (HF)
Existe infiltração ou vazamento
SALA DE CIRURGIA sim não
Existe infiltração na sala de cirurgia
SALA DE APOIO PARA CIRURGIA ESPECIALIZADA sim não
Existe instalações de HF
Possui infiltração ou vazamento
SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA (RPA) sim não
Existe instalações de HF e água quente (HQ)
Possui infiltração ou vazamento
SALA DE APOIO À CIRURGIA ORTOPÉDICA sim não
Existe instalações de HF
Existe sistema de esgoto com caixa de separação para gesso
Possui infiltração ou vazamento
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA / INST.DE REDE DE GASES E VÁCUO MEDICINAIS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
103
AR COMPRIMIDO MEDICINAL (FAM)
Verificação dos itens :
CENTRAL DE GASOTERAPIA sim não
Central de gasoterapia (destina-se a localização de registros e manômetro deentrada das tubulações de rede de gases que alimentam o CC e a RPA
Existe central de alarmes
AR COMPRIMIDO MEDICINAL sim não
Centrais geradoras e armazenadoras
Comressor dotipo anel líquido com pontos de tomadas isentas de óleo
Cilindros
OXIGÊNIO MEDICINAL (FO) – SALA DE INDUÇÃO ANESTÉSICA sim não
Um ponto para cada leito
OXIGÊNIO MEDICINAL (FO) – SALA DE CIRURGIA sim não
Um ponto para cada mesa de cirurgia
OXIGÊNIO MEDICINAL (FO) – ÁREA DE RPA sim não
Um ponto para cada leito
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA / INST.DE REDE DE GASES E VÁCUO MEDICINAIS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ÓXIDO NITROSO PARA CC E RPA
Verificação dos itens :
ÓXIDO NITROSO (FN) sim não
Abastecimento centralizado (alto consumo)
Abastecimento descentralizado (baixo consumo)
ÓXIDO NITROSO (FN) – SALA DE INDUÇÃO ANESTÉSICA sim não
Um ponto para cada leito (se for sistema centralizado)
ÓXIDO NITROSO (FN) – SALA DE CIRURGIA sim não
Um ponto para cada mesa de cirurgia ( para cada sala de cirurgia)OBS: A sala de RPA não precisa de FN
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA / INST.DE REDE DE GASES E VÁCUO MEDICINAIS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
104
VÁCUO CLÍNICO
Verificação dos itens :
VÁCUO CLÍNICO (FVC ) - DO TIPO SECO sim não
Fonte de Vácuo Clínico (FVC)
Aspirador cirúrgico
BOMBA DE SUCÇÃO sim não
Duas bombas ( alternado para uso normal ou em paralelo para emergências)
VÁCUO CLÍNICO (FVC ) - SALA DE INDUÇÃO ANESTÉSICA sim não
Um ponto para cada leito
VÁCUO CLÍNICO (FVC ) - SALA DE CIRURGIA sim não
Dois pontos para cada mesa cirurgica ( para cada sala de cirurgia)
VÁCUO CLÍNICO (FVC ) - SALA DE RPA sim não
Um ponto para cada leito
CENTRO CIRÚRGICO: REQUISITOS DA RDC 50 / MS
INFRA-ESTRUTURA / INST.DE REDE DE GASES E VÁCUO MEDICINAIS
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
OXIGÊNIO MEDICINAL (FO)
Verificação dos itens :
OXIGÊNIO MEDICINAL (FO) sim não
Cilindros transportáveis (baixo consumo)
Centrais de reserva (maior consumo)
Central de produção de oxigênio ( alto consumo)
Duas bombas ( alternado para uso normal ou em paralelo para emergências)
OXIGÊNIO MEDICINAL (FO) - SALA DE INDUÇÃO ANESTÉSICA sim não
Um ponto para cada leito
OXIGÊNIO MEDICINAL (FO ) - SALA DE CIRURGIA sim não
Dois pontos para cada mesa cirurgica ( para cada sala de cirurgia)
ÓXIGÊNIO MEDICINAL (FO) - SALA DE RPA sim não
Um ponto para cada leito
Estes são os formulários de infra-estrutura para o CC, para verificar o que não
está em conformidade com o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH):
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DO MBAH
105
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ACREDITAÇÃO NÍVEL 1
Verificação dos itens referentes a infra-estrutura física:
MBA – INFRA-ESTRUTURA ACREDITAÇÃO
VESTIÁRIOS sim não
Nível – 1Centro Cirúrgico
Tem vestiários
ZONA DE TRANSFERÊNCIAS sim não
Tem zona de transferência
lAVABOS sim não
Tem lavabos
DEPÓSITOS PARA EQUIPAMENTOS sim não
Tem depósito para equipamentos
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA sim não
Tem recuperação pós-anestésica
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DO MBAH
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
ACREDITAÇÃO NÍVEL 1
Verificação dos itens referentes a infra-estrutura física:
MBA – INFRA-ESTRUTURA ACREDITAÇÃO
VESTIÁRIOS sim não
Nível – 1Centro Cirúrgico
Tem vestiários
ZONA DE TRANSFERÊNCIAS sim não
Tem zona de transferência
lAVABOS sim não
Tem lavabos
DEPÓSITOS PARA EQUIPAMENTOS sim não
Tem depósito para equipamentos
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA sim não
Tem recuperação pós-anestésica
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DO MBAH
106
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ACREDITAÇÃO NÍVEL 1
Verificação dos itens:
ATERRAMENTO sim não ACREDITAÇÃO
As instalações elétricas contam com sistema deaterramento
NÍVEL – 1CENTRO CIRÚRGICOILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA sim não
Existe sistema de iluminação de emergência
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DO MBAH
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
REDE DE GASES E VÁCUO MEDICINAIS
ACREDITAÇÃO NÍVEL 1
Verificação dos itens:
CIRCUITO DE GASES MEDICINAIS sim não ACREDITAÇÃO
Existe circuito de Gases Medicinais identificado comas cores padronizadas pela ABNT
NÍVEL – 1ANESTESIOLOGIAOXIGÊNIO MEDICINAL (FO ) sim não
Instalações de FO em boas condições em todas salasdo Centro Cirúrgico
CENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DO MBAH
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
REDE DE GASES E VÁCUO MEDICINAIS
ACREDITAÇÃO NÍVEL 2
Verificação dos itens:
AR COMPRIMIDO MEDICINAL (FAM) sim não ACREDITAÇÃO
Boas condições de instalações de FAM em todas assalas do CC
NÍVEL – 1ANESTESIOLOGIA
ENTRO CIRÚRGICO : REQUISITOS DO MBAH
107
INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA PARA RPA
EAS: Hospital Municipal de Saúde Pública de Fortaleza, Ceará
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ACREDITAÇÃO NÍVEL 1
Verificação dos itens:
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA sim não ACREDITAÇÃO
Boas condições das instalações de iluminação deemergência
NÍVEL – 1CENTRO CIRÚRGICOATERRAMENTO sim não
As instalações elétricas possuem aterramento
108
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE EESCLARECIDO
Eu, Eliana Goes Saboya de Albuquerque estou realizando a pesquisa intitulada
“Centro Cirúrgico: Avaliação Orientadora de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
Pública ” e esta pesquisa tem o objetivo de avaliar e identificar falhas no Centro Cirúrgico
de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde Pública, para propor sua adequação de acordo
com as normas brasileiras exigidas pelo Ministério da Saúde. A pesquisa será desenvolvida
através da aplicação de um chek list para identificar os itens que não estão em conformidade
com as normas RDC 50 e Manual de Acreditação Hospitalar e um questionário aplicado aos
profissionais usuários deste CC, não apresentando riscos e apenas benefícios para o bom
êxito dos procedimentos médicos e um bom funcionamento deste CC, pois visa a segurança
física de pacientes e profissionais usuários.
Dentre as normas previstas na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde /
Ministério da Saúde destacamos o cumprimento da garantia de você:
• Ter contato, em qualquer etapa do estudo com os profissionais responsáveis pela
pesquisa, e com a instituição de ensino para esclarecimentos de qualquer duvida, o
coordenador desta pesquisa é o professor Francisco Vieira Paiva e o aluno pesquisador
Eliana Goes Saboya de Albuquerque.
• Receber esclarecimento a qualquer dúvida sobre a pesquisa e de como será sua
participação.
• Retirar seu consentimento a todo momento da pesquisa, sem que isso ocorra em
penalidades de qualquer espécie.
• Receber garantias de que não haverá divulgação do seu nome ou de qualquer outra
informação que ponha em risco sua privacidade e anonimato.
• Acessar as informações sobre o resultado do estudo.
• Que o pesquisador utilizará as informações somente para esta pesquisa.
___________________________________
109
Aluna - Eliana Goes Saboya de Albuquerque
Endereço do trabalho: Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Rua do Rosário, 283 , Centro - (6º andar, sala 608 - Setor de Ambiência /3452.2360 )
TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito do que li ou do que foi dito
para mim, descrevendo o estudo “Centro Cirúrgico: Avaliação Orientadora de
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde Pública”, ficando claro para mim quais são os
objetivos do estudo, a forma de coleta de informações, os riscos e os benefícios, as garantias
de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, sem penalidade, prejuízo ou perda de qualquer beneficio.
Fortaleza, de 2008
__________________________
Sujeito da pesquisa
110
APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO
• Você esta satisfeito(a) em trabalhar neste CC?
SIM ( ) NÃO ( )
2. Porque?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. O CC têm estrutura física compatível com a sua necessidade?
SIM ( ) NÃO ( )
4.O que não é compatível?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
5. Este CC possui confortabilidade suficiente, para que não aumente mais o estresse
dos profissionais e qual o item mais importante para você?
SIM ( ) NÃO ( )
_______________________________________________________________________
6. Para você este CC apresenta problemas de desempenho?
Sim ( ) NÃO ( )
7. Cite alguns.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
111
_____________________________________________________________________
8. Qual o pior para você?
________________________________________________________________________
9. De acordo com sua experiência em CC, por ordem de importância, qual o item que
deve ser corrigido o mais urgente possível?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
10. A segurança elétrica e a de sanidade, são pontos especiais de um CC. Com
relação a estes itens, este CC já teve problemas graves e qual?
SIM ( ) NÃO ( )
______________________________________________________
11. Você está satisfeito com sua capacitação para CC?
SIM ( ) NÃO ( ) MAIS OU MENOS ( )
12. Existe equipamento no CC que você não sabe como operá-lo e qual?
SIM ( ) NÃO ( ) ________________________________
13. A capacitação dos profissionais para a atualização com as novas tecnologias, é feita
periodicamente?
SIM ( ) NÃO ( )
14. Existe programa de manutenção preventiva das condições
de infra-estrutura do CC?
SIM ( ) NÃO ( )
15. Existe programa de manutenção preventiva do sistema de rede elétrica?
SIM ( ) NÃO ( )
16. Existe programa de manutenção preventiva dos eletromédicos?
SIM ( ) NÃO ( )
112
18. Existe programa de prevenção à infecção hospitalar?
SIM ( ) NÃO ( )
• No procedimento de descarte de materiais usados em cirurgias é usado luvas no
acondicionamento destes?
SIM ( ) NÃO ( )
Como é feito este descarte e para onde são levados o descarte de peças humanas?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
20. É usado bactericida no CC? Qual?
SIM ( ) NÃO ( )
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
113