elementos visuais

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  • I- Ponto, linha, textura, cor, valor, forma, espao

    II- Equilbrio,. nfase, Proporo, Movimento, Ritmo, Padro e Harmonia

    O ponto o elemento mais simples da linguagem visual. Quando batemos com a ponta do lpis no papel estamos fazendo um registro, uma marca.

    Este registro pode ser feito com materiais diferentes em suportes diferentes e, por isso, pode ter caractersticas peculiares e ter diversas interpretaes. Por exemplo: um ponto feito com carvo ou giz pastel mais seco, e deixa registrado o gesto do artista, a intensidade da fora de sua mo ao desenhar. Pontos feitos com bico de pena e nanquim so delicados e suaves, e podem criar texturas.

    Pontos feitos com uma goiva na madeira criam texturas que podemos sentir ao tocarmos em relevos entalhados. Pequenos furos feitos na argila criam texturas nas cermicas e podem caracterizar a produo artesanal de um povo

  • Pintura corporal: Caracterstica dos povos primitivos, como os povos indgenas brasileiros e as tribos africanas, por exemplo. Na pintura corporal, o corpo o suporte para a arte. Ela representa, por exemplo, a idade e o estado civil de uma pessoa, ou pode fazer parte de rituais de uma comunidade.

    Observe a pintura corporal deste ndio ianomni. Ela representa sua tribo.

  • Pontos coloridos pintados numa superfcie, um ao lado do outro, podem criar uma iluso de tica que une as cores para criar outra cor. Essa tcnica de pintura chamada dePontilhismo, e seu criador foi Georges Seurat, pintor francs ps-impressionista. Um domingo de vero na ilha da Grande Jatte (1884-1886)

  • Pontos feitos com tinta respingada numa tela guardam um momento, uma ao que o artista quis deixar registrada para sempre. Observe esta tela de Jackson Pollock, artista plstico americano expressionista abstrato. Seu trabalho chamado de action paint, pintura de ao.

  • Na linguagem visual, as linhas podem ser usadas literalmente, como na tecelagem, nos bordados ou nas esculturas de arame.

    Um grupo de artess guatemaltecas confecciona, em teares tradicionais, mantas e tecidos de colorido brilhante com fibras naturais, em alguns casos previamente tingidas com tinturas naturais.

  • Esta pea, produzida em Nuremberg em princpios do sculo XVIII, serve como uma aula de bordado. Os diversos tipos de bordado aparecem especificados nos cinco retngulos da parte inferior.

  • Tipos de linha

    Na linguagem visual, as linhas podem variar de direo, tamanho, espessura e cor. Por exemplo, uma linha reta pode ser inclinada, longa, grossa e amarela. Ou pode ser horizontal, curta, fina e azul. Elas podem ser:

  • Linha e expresso Esses elementos da linguagem visual tambm podem expressar sentimentos e sensaes. Por exemplo: Linhas horizontais e verticais so estveis e seguras. Observe esta telaComposio em vermelho, azul e amarelo (1930), de Piet Mondrian, pintor holands, criador do movimento da Arte Moderna De Stjil. Ele usou linhas retas negras, horizontais e verticais para nos transmitir segurana, estabilidade, solidez.

  • Linhas quebradas no esto nem na vertical nem na horizontal, e portanto esto em movimento. Elas nos passam uma sensao de raiva e fora. Linhas diagonais so confusas, vibrantes. Nas composies bidimensionais linhas diagonais indicam profundidade, criando uma iluso de perspectiva. Linhas curvas e espirais criam movimento, fluidez e passam a sensao de sonho. Linhas sinuosas so sensuais e suaves, e podem nos transmitir uma sensao de sonho. Observe este trabalhoCampo de trigo e ciprestes (1889) de Van Gogh, pintor holands ps-impressionista. Ele usou linhas curvas para desenhar a textura do campo de trigo e das plantas, e tambm para desenhar as montanhas e as nuvens, transmitindo uma sensao de movimento, de alucinao.

  • Alguns desenhos podem ter linha de contorno, e o tipo de linha usada pode tornar o desenho mais delicado ou mais pesado. Observe esta xilogravura do Sutra do Diamante. Seus traos so delicados e suaves. Sutra do Diamante: Texto budista, o primeiro livro impresso conhecido. A capa do livro mostra sua caracterstica combinao de texto e ilustraes, estas ltimas, obra de artistas annimos.

  • Algumas coisas tm um relevo em sua superfcie, a que chamamos de textura. Ns podemos perceber a textura dos objetos ao toc-los ou apenas observando a sua superfcie atentamente. A textura pode ser macia, spera, lisa, enrugada etc. A textura pode nos transmitir sensaes e sentimentos, como: Textura lisa: tranquilidade, suavidade, frio. Textura spera: raiva, calor. Textura macia: conforto, aconchego. Textura enrugada: tristeza, umidade.

  • Textura desenhada Na linguagem visual, a textura pode ser trabalhada de diversas maneiras. Ns podemos desenhar texturas usando pontos, linhas retas, curvas, sinuosas ou quebradas. Observe esta litografia "Os prazeres da vida no campo",de Honor Daumier, pintor e caricaturista francs do sculo XIX. Usando apenas linhas e pontos ele fez uma crtica da sociedade da poca.

  • Outra maneira de desenharmos texturas fazendo frottage. uma tcnica que foi valorizada por um pintor surrealista chamado Max Ernst. Consiste em rabiscar, com grafite, num papel sobre uma superfcie que tenha uma textura caracterstica, como por exemplo um cho de madeira. Ento, como mgica, a textura da madeira passa para o papel, e justamente essa fora do acaso e das infinitas possibilidades de reproduo que encantou os surrealistas. Para eles, a arte tinha a funo de representar o inconsciente, o acaso; eles buscavam a arte pura dos loucos e das crianas. Surrealismo: Movimento da Arte Moderna, de 1924. Consequncia do Dadasmo, o surrealismo enfatizava o papel do inconsciente na atividade criadora.

  • Arte Moderna: Estilo das artes visuais do sculo XX, at meados dos anos 70. Engloba diversos movimentos, e tem como uma de suas caractersticas o fato de possuir mltiplas linguagens, mltiplas ideias e mltiplos suportes, dando ao artista a possibilidade de escolher a melhor maneira de se expressar, e dando-lhe tambm a liberdade de, durante sua vida, andar de um movimento para o outro sem perder sua identidade e personalidade artstica. Existem controvrsias quanto separao entre Arte Contempornea e Arte Moderna. Alguns tericos acreditam que no existe essa separao. Alguns artistas modernos e contemporneos trabalham com texturas como tema em si. Suas pinturas e esculturas enfocam a sensao que as texturas causam nos espectadores, seja por meio do olhar ou do tato. So mltiplas mdias, ideias e suportes. A imagem e seu simbolismo so revalorizados em todas essas linguagens.

  • Arte Contempornea: Os artistas no final do sculo XX tm a liberdade de explorar diversas linguagens e formas de expresso artstica, como pintura, escultura, objeto, desenho, desenho de animao, gravura, cermica, vdeo, teatro, dana, msica, instalaes, textos, computao grfica, arte digital etc. Existem controvrsias quanto separao entre Arte Contempornea e Arte Moderna. Alguns tericos acreditam que no existe essa separao.

  • Colagens e relevos Para conseguirmos o efeito de textura num desenho, podemos colar objetos texturizados numa superfcie ou usar materiais como massa corrida e gesso, que dependendo de como os trabalhamos, quando secam ficam rugosos ou speros. Observe a capa desse manuscrito do sculo XI, onde foram incrustadas pedras e objetos entalhados:

    Manuscrito: Qualquer documento escrito mo. Na Idade Mdia, os livros eram manuscritos pelos monges da Igreja Catlica.

  • Ns podemos tocar os relevos e as esculturas e sentir a textura dos materiais com que foram feitos. Podemos criar texturas entalhando a madeira ou a pedra, vincando o metal ou marcando a argila. Observe estes relevos. Relevos: Os alto e baixo relevos so um tipo de escultura onde as formas esculpidas esto apoiadas num plano, numa superfcie. A aspereza morna da madeira:

    Entalhe: O artista trabalha uma escultura cortando ou extraindo o material suprfluo, at obter a forma desejada.

    Talha medieval, procedente da porta de uma igreja norueguesa arte viking

  • A suavidade gelada do mrmore

    Baixo-relevo em mrmore do fim do sculo VI a.C - arte etrusca Baixo relevo: O relevo fica abaixo da superfcie que lhe serve de suporte

  • A superfcie lisa do metal. Observe nestas esculturas:

    O David (1430-1435) de bronze, deDonatello, o primeiro nu na escultura renascentista .Renascimento: Movimento artstico que se manifestou na pintura, escultura e arquitetura, em toda a Europa, aproximadamente de 1400 a 1600. Os traos principais da arte renascentista so a imitao das formas clssicas da antiguidade greco-romana e a preocupao com a vida profana, o humanismo e o indivduo. (Fonte: Enciclopdia Microsoft Encarta)

  • A delicadeza gelada do mrmore:

    Coquille baillante (1964-65) uma escultura realizada pelo escultor e poeta dadasta francs Jean Arp. Criada em mrmore, uma cpia de um estuque(Espcie de argamassa feita geralmente com p de mrmore, cal fina, gesso e areia) ou gesso original. Arp, que foi um dos primeiros escultores a criar formas deste tipo, as denominou "concrees". Dadasmo: Movimento da Arte Moderna, de 1920. Os dadastas pregavam uma revoluo contra a arte convencional.

  • Ns vemos as cores por causa da luz. Cada coisa neste mundo, quando iluminada, emite ondas que nos fazem ver determinada cor. Cada pessoa percebe a cor diferentemente de outra pessoa, pois a cor tambm depende do olho de quem v. Muitas vezes uma mesma cor pode mudar quando est perto de uma outra cor, pois a nossa percepo cria uma terceira cor entre elas. Observe como a mesma cor parece diferente dependendo da cor do fundo do desenho:

  • As cores tm trs propriedades: 1-Tom ou matiz: o nome da cor; 2-Intensidade: a caracterstica de pureza ou de mistura de uma cor. 3-Valor: a caracterstica de claridade ou escurido de uma cor, ou a quantidade de preto ou de branco que uma cor tem.

    Amarelo

    abbota

    Amarelo escuro Amarelo claro

    Tanto a gradao suave de intensidade quanto a gradao suave de valor de um tom ou matiz nos do a sensao de luz, de iluminao. Gradao: Mistura gradativa das cores.

  • Gradao de intensidade de tom do amarelo ao azul

    Gradao de valor do amarelo ao preto

    Gradao de tom e de valor

  • Tintas Na linguagem visual, de modo geral, para pintar ns precisamos das tintas. As tintas so formadas pelo pigmento, pelo aglutinante e pelo solvente. Os pigmentos, que do a cor s tintas, em geral so encontrados na natureza, como os minerais e as plantas, e so utilizados em p.

    Processo industrial de fabricao de tintas

  • O aglutinante a liga da tinta. Ele une o p do

    pigmento, e d as caractersticas da tinta:

    a tinta leo tem como aglutinante leo de linhaa, a tinta guache tem como aglutinante goma e gesso,

    a tinta aquarela tem como aglutinante gua, a tmpera tem como aglutinante a gema de ovo.

    O solvente o lquido que dissolve a tinta. Por

    exemplo: o solvente da tinta leo a terebentina; o

    solvente do guache, da tmpera e da aquarela a

    gua.

  • Na linguagem visual, as formas podem estar nas imagens, como nos desenhos, pinturas, fotografias, vdeos e filmes. Exemplo: Split (Diviso), pintada em 1959, de Kenneth Noland, pintor americano expressionista abstrato.

    Expressionismo abstrato: Movimento das artes visuais que fez parte da Arte Moderna. Comeou em meados dos anos 40, nos EUA, e caracterizava-se pelo esprito de revolta e pela crena na liberdade de expresso.

  • Ou podem ser construdas, como as esculturas, os objetos, os relevos e os edifcios. Coluna maquete (1923), de Naum Gabo, artista construtivista russo.

    Construtivismo: Movimento da arte moderna, de 1915. Os artistas construam esculturas abstratas, partindo de materiais industriais.

  • 1- Formas figurativas Tanto as imagens das formas quanto as formas construdas podem ser figurativas, representaes de coisas conhecidas, verdadeiras cpias da realidade. Observe esta tela de Jan Vermeer, pintor holands barroco. Ela quase uma fotografia, e registra um momento do dia-a-dia de uma holandesa do sculo XII

  • Formas figurativas estilizadas

    As formas figurativas podem ser estilizadas, pois o artista pode interpretar as coisas do mundo com seu trao particular. Observe esta tela "Mulheres em um interior" (1921) de Fernand Lger, pintor francs cubista, onde as figuras humanas esto geometrizadas.

  • 2- Formas abstratas As formas tambm podem ser abstratas. As formas abstratas podem ser: a-orgnicas, b-geomtricas, c-ornamentais d-simblicas

    a- Formas orgnicas so formas irregulares e assimtricas. Observe esta obra de Barbara Hepworth, escultora inglesa moderna. Ela usava o espao vazio em suas obras.

  • b-Formas abstratas geomtricas Formas geomtricas so aquelas que correspondem s figuras geomtricas como os quadrados, retngulos, tringulos. Observe este exemplo de arquitetura contempornea. Finlndia Hall, em Helsinki, Finlndia.

  • c-Formas abstratas ornamentais

    Este tapete foi feito para a mesquita-mausolu do x Tahmasp, em Ardabil, Ir. O motivo central, em forma de medalho, tpico dos tapetes dasmesquitas.

  • d-Formas abstratas simblicas Outro tipo de formas so as simblicas. So formas figurativas que perdem seu significado original porque o artista lhes deu outro significado. Observe esta instalao de George Segal, escultor americano contemporneo. Ele utilizou elementos do cotidiano para expressar solido.

    Arte contempornea: Os artistas no final do sculo XX tm a liberdade de explorar diversas linguagens e formas de expresso artstica, como pintura, escultura, objeto, desenho, desenho de animao, gravura, cermica, vdeo, teatro, dana, msica, instalaes, textos, computao grfica, arte digital, etc...

  • 3- Figura - positivo e negativo Na linguagem visual, quando pensamos em formas, imaginamos que elas existem em relao a um fundo, um espao, que pode ser o plano do papel ou mesmo o espao real, no caso de uma escultura. Formas positivas e negativas figura e fundo A relao entre a figura e o fundo nos traz uma outra definio de forma: Forma positiva: a figura. Forma negativa: o fundo. Observe esta tela Meryon (1960-

    1961),de Franz Kline, pintor americano expressionista abstrato. Ele pintava grandes formas de cor negra que parecem flutuar sobre a brancura da tela.

  • O reconhecimento do que figura e do que fundo um grande passo no aprendizado da linguagem visual. A percepo de figura e fundo est condicionada por nosso instinto de colocar ordem e significado nas informaes visuais. Quando olhamos para uma imagem tendemos a finalizar uma concluso sobre o significado, e ignoramos as outras possibilidades. difcil perceber as outras imagens. Treinar o olho a perceber depois da primeira impresso um desenvolvimento crucial na alfabetizao visual. Observe este desenho que utiliza formas bidimensionais:

    Afinal o que figura e o que fundo neste desenho? Se escolhermos o branco como fundo, veremos as taas como figura. Se escolhermos o preto como fundo, veremos vrios rostos.

  • O espao, na linguagem visual, pode ser definido como:

    1-Tridimensional: o espao real, onde as obras de arte tridimensionais esto situada. 2- Bidimensional: a representao do espao tridimensional em uma superfcie bidimensional, como a superfcie do papel ou a tela da pintura. Num desenho, quando a figura e o fundo se separam, temos a impresso de que existem vrios planos e de que as formas so tridimensionais. Por exemplo: pinturas, imagens de fotografias, imagens da tv, do cinema, dos cartazes, das revistas e dos livros esto em superfcies bidimensionais e mesmo assim representam formas tridimensionais.

  • No espao tridimensional, as formas tm altura, largura e profundidade. Elas ocupam lugar no espao. Elas so usadas na arquitetura, nas esculturas e nos objetos utilitrios. Observe este exemplo de arquitetura Zulu, da costa oriental da frica.Essas formas tm o ar como elemento circundante, como fundo. Ns podemos acrescentar ou retirar partes desses objetos, de todos os

    lados. As formas tridimensionais podem ser uma unidade que foi escavada ou entalhada, como nas esculturas de argila e pedra.

    Casa colmeia - frica do Sul Arteso modelando a argila.

  • 1- Cnvexas: formas arredondadas para fora. As formas tridimensionais podem ser convexas. Por exemplo: nosso corpo tem formas convexas, e as esculturas figurativas realistas utilizam formas tridimensionais convexas . A Vnus de Milo (150?-100 a.C.), descoberta em Milo em 1820, a escultura clssica produzida em mrmore mais conhecida do mundo antigo. Mede 2,05 metros de altura e representa Afrodite (Vnus, na mitologia romana), a deusa grega do amor e da beleza.

  • 2- Cncavas: formas arredondadas para dentro. como nos objetos utilitrios de cermica.

  • 3- Vazadas: Podem ter espaos vazios ou serem furadas. Observe esta "Figura reclinada no. 2" (1963), escultura de Henry Moore, escultor ingls moderno. Ele usava o espao vazio em suas obras Espao vazio: A arte moderna resgatou o espao vazio, ou a forma vazada, to comum nas artes primitivas. A falta de uma forma tem tanto valor quanto sua presena.

  • 4-Plana : figura que tem duas dimenses, altura e largura

    Observe este detalhe de uma escultura de Anthony Caro, escultor minimalista ingls. Ele utilizou formas planas em sua obra. Detalhe "Early One Morning" (1962), de Anthony Caro .

  • Podemos desenhar as formas no espao bidimensional com pontos, linhas retas, linhas curvas, linhas sinuosas, linhas quebradas, com cores, com texturas, com todos esses elementos juntos ou com cada um

    separadamente.

  • J nesta tela de Pierre Bonnard, pintor francs impressionista, as formas so feitas com massa de cor, sem linha de contorno, criando uma atmosfera cheia de luz e tranquilidade.

  • Nesta tela O Beijo, de Gustav Klimt, pintor austraco que pertenceu ao grupo dos Nabis, as formas so definidas pelas texturas e padres criados pelo artista.

  • As formas desenhadas em superfcies bidimensionais podem criar a iluso de ter trs dimenses. Para isso podemos usar os seguintes recursos: 1- Sobreposio Quando duas formas esto sobrepostas em um desenho, aquela que tem o contorno completo a que est na frente, e isso nos d a impresso de existirem vrios planos. Observe esta pintura O Filho do Homem de Ren Magritte, pintor belga surrealista. Sabemos que o homem est atrs da ma porque seu rosto est incompleto, e sabemos que o homem est na frente do muro de pedras, porque o desenho do muro est interrompido, incompleto.

  • 2- Tamanho das formas Em um desenho, as formas maiores parecem estar mais perto de ns e as menores, mais distantes. Observe esta gravura La Goulue entrando no Moulin Rouge de Toulouse-Lautrec, pintor francs ps-impressionista. As pessoas maiores parecem estar mais prximas de ns e as menores mais distantes, criando uma iluso de profundidade.

  • 3- Perspectiva linear Refere-se iluso na qual os objetos parecem convergir para um ponto de fuga (PF) em relao linha do horizonte

    (LH).

    O ponto de convergncia pode estar em diversos lugares no plano, dependendo do ponto de vista do observador, e ele pode ser visvel ou imaginrio.

    Observe esta tela Os esponsais da Virgem"

    (1504) de Rafael, pintor renascentista. O ponto de fuga est no centro do quadro, e a convergncia nos d a impresso de

    profundidade.

  • 4- Perspectiva atmosfrica

    Na perspectiva atmosfrica o que est mais perto tem mais detalhes, contraste, textura e est desenhado na metade inferior do desenho. Normalmente a maioria dessas qualidades so usadas em combinao e nos do a impresso de profundidade, de trs dimenses.

    Observe esta paisagem: Los picos de Europa" (1876) do pintor romntico espanhol Carlos de

    Haes.

  • 5- Registro da luz e da sombra Para ressaltar o volume de um objeto retratado e dar-lhe tridimensionalidade precisamos criar uma atmosfera de luz incidente usando a gradao de tons e valores, para ressaltar suas sombras. Observe este retrato "Francis Bacon" (1952) feito por Lucian Freud, pintor alemo contemporneo.

  • 6- Transparncia: O uso de formas transparentes em desenhos ou pinturas um recurso para criar a iluso de vrios planos. Em geral, as formas transparentes parecem estar na frente de formas opacas. Observe como o crculo parece estar mais prximo de ns.

  • Simetria

    Existe um equilbrio entre o espao, as formas, texturas e cores. Observe neste quadro Seurat, pintior francs precursor do Pontilismo ( Neo-impressionismo)

    como as duas metades da tela completam-se e equilibram-se, em um trabalho harmonioso.

  • Assimetria

    As formas e cores

    equilibram-se de

    maneira informal.

    Observe esta tela

    de Willem de Kooning,

    pintor

    holands expressionista

    abstrato. Nossos olhos

    passeiam pela tela at

    conseguir decifr-la,

    causando uma sensao

    de ansiedade.

  • Os objetos, os animais, os vegetais, os minerais e as pessoas que esto a nossa volta podem ser classificados, quanto forma, em simtricos e assimtricos.

    Quando se quer saber se uma figura ou um objeto qualquer simtrico ou assimtrico, deve-se traar uma linha dividindo-o ao meio.

    Se os dois lados forem iguais, tem-se uma figura simtrica. Se os dois lados forem diferentes, ela assimtrica.

    Portanto, o eixo a linha que divide as figuras em duas metades iguais.

  • Simetria real ou bilateral: as duas metades so exatamente iguais

  • Apenas o rosto sem a flor Apenas a cabea do animal

  • Simetria radial: todas as retas passam pelo centro de um crculo ou se irradiam do centro para fora.

  • Exemplos de Simetria na natureza.

  • Vejamos um exemplo de simetria na arquitetura. simetria em espelho d'agua.

  • A simetria axial ou reflexo uma transformao que

    produz na imagem o efeito de espelhamento sem, no entanto,

    alterar as dimenses da figura.

  • Tem simetria ou assimetria nas obras de Alfredo Volpi.

  • Nas obras de Rubem Valentim.

    Emblema, 1978.

    Emblema, 1987.

  • Nas obras de Vicente do Rego Monteiro

    Piet, 1924 As religiosas, 1969

  • Os conceitos de simetria e assimetria so intimamente relacionados aos dois hemisfrios do crebro humano e organizao simtrica do corpo ao longo do eixo vertical , produzindo duas metades idnticas. As duas mos so tambm quase espelhos anatomicamente perfeitos, mas so claramente assimtricas no que diz respeito funo ou fisiologia

  • A maioria da populao (90%) prefere a mo direita

    para atividades manuais, como o controle motor superior fino.

    Portanto, dois objetos podem mostrar simetria em

    relao forma e estrutura, embora as funes sejam

    claramente assimtricas, e o que aplica-se aos dois

    hemisfrios cerebrais, que pelo menos na superfcie parecem

    ser imagens de espelho simetricamente perfeitas que compem

    as metades direita e esquerda do crebro.

    Porm h diferenas funcionais, estruturais

    (microscpicas anatmicas), e neuroqumicas que geram o

    padro complexo cerebral, e at mesmo muitas doenas, como

    a esquizofrenia, so originadas devido s assimetrias cerebrais.

  • nfase quando o artista usa elementos contrastantes da linguagem para exagerar um sentimento, uma opinio, uma sensao. Observe esta tela de Goya, pintor espanhol rococ, onde ele usou o contraste do claro e escuro das cores para nos mostrar o desespero do condenado.

    O 3 de maio de 1808 em Madri (1814), de Goya

  • A proporo o uso de formas de tamanhos contrastantes. Ela pode ser usada para dar impresso de profundidade ou para expressar sentimentos. Esta uma pgina do manuscrito Livro dos Mortos. Ela mostra o uso da proporo caracterstica da arte egpcia, onde quanto maior fosse o desenho de um homem em relao aos outros homens, mais poder ele tinha.

  • o princpio da linguagem visual que cria a sensao de dinmica e de velocidade. Movimento literal Acontece quando as obras de arte tm movimento real, fsico. Existem esculturas que se movimentam de forma eletrnica ou mecnica. Este estbile de Alexander Calder, artista americano da arte cintica, movimenta-se com o vento.

  • Representao do movimento Os artistas podem usar em desenhos e pinturas as linhas diagonais para representar o movimento. Podem colocar as formas em posies diagonais e conseguir a impresso de movimento. Observe esta tela futurista de Frank Kupka, pintor checo. A repetio das formas tambm sugere o movimento. Observe esta tela de Marcel Duchamp, pintor francs dadasta.

  • Nossos olhos se movem quando olhamos para uma composio, criando um ritmo. O ritmo a velocidade na qual o espectador percebe os componentes da composio. Os artistas podem, intencionalmente, levar os nossos olhos a passearem pela tela usando cores e formas. Observe esta gravura de Daniel Hopfer, artista renascentista. Nossos olhos caminham acompanhando as formas.

  • Na linguagem visual, o padro a repetio de unidades de forma ou figura, de linhas, de pontos e de cores. Ns vemos padres nos mosaicos, nas estampas das roupas e nas estampas dos tapetes, por exemplo. Os padres carregam muita simbologia. Eles sugerem espiritualidade, pois existem muitas religies que usam padres como smbolos, como as mandalas hindus. Observe este mosaico romano. Ele tem padres caractersticos que ns reconhecemos como romanos. Este cho de mosaico, que se acha na vila

    romana de Fishbourne (West Suex), foi construdo entre 71 d.C. e 80 d.C. e representa um tema aqutico: um menino que monta em um delfim aparece rodeado por cavalos marinhos e panteras

  • Observe esta tela de Dante Gabriel Rossetti, artista ingls, criador do movimento Pr-Rafaelita. Observe como a riqueza de padres desta pintura nos transmite a delicadeza de sentimentos dos dois amantes.

  • A harmonia de uma obra de arte visual est no equilbrio entre todos os elementos, criando uma unidade coerente e suave. Observe esta construo de Niemeyer e a harmonia de suas formas e cores.

  • A variedade a harmonia pela diferena, pelo desequilbrio. Observe esta tela expressionista abstrata de Hans Hofmann, artista americano. Quantas linhas gestuais, cores vibrantes e figuras disformes.