elaboraÇÃo revisÃo final datilografia e desenho ... · 6.3 relevo e vegetaÇÃo ... existiu...

23

Upload: dongoc

Post on 17-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente
Page 2: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

ELABORAÇÃO

- COORDENAÇÃO, PESQUISA GEOGRÁFICA, HISTÓRICA, ANÁLISE ARTÍSTICA E REDAÇÃO

FINAL: Alcília Afonso Alburquerque Costa - Arquiteta

- REVISÃO FINAL: Ana Clélia Barrada Correia – Historiadora; Ana Márcia Silva de Moura -

Arquiteta

- DATILOGRAFIA E DESENHO: Ana Márcia Silva de Moura - Arquiteta

- FOTOGRAFIA: Diva Maria Freire Figueiredo - Arquiteta

- LABORATÓRIO FOTOGRÁFICO: Foto Magazin.

Page 3: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

S U M Á R I O

1. IDENTIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO

2. HISTÓRICO DE EDIFICAÇÃO

3. CARACTERISTICAS ARQUTETONICAS

3.1 DESCRIÇÃO DO IMÓVEL

3.1.1 FORMA

3.1.2 ESTRUTURA

3.1.3 ESQUADRIAS

3.1.4 PISO

3.1.5 TELHADO

3.1.6 FORRO

3.1.7 ORNAMENTAÇÃO INTERNA

3.1.8 CRUZEIRO

3.2 DESCRIÇÃO DO ENTORNO

3.3 ESTADO DE CONSERVAÇÃO ATUAL

4. JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA DE TOMBAMENTO

5. ÁREA EM ESTUDO (OEIRAS)

6. INFORMAÇÕES SOBRE O LOCAL

6.1 LOCALIZAÇÃO

6.2 CLIMA

6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO

6.4 HIDROGRAFIA

6.5 ACESSOS

6.6 ATRATIVOS TURÍSTICOS

7. FONTES DE INFORMAÇÃO

7.1 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

8. NOTAS

9. ANEXOS

9.1 FOTOGRAFIAS

9.2 FIGURAS

9.3 REPRODUÇÃO XEROGRÁFICA – FOTOGRAFIAS ANTIGAS

Page 4: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

A P R E S E N T A Ç Ã O

O presente trabalho trata de uma proposta de tombamento a na

igreja de Nossa Senhora do Rosário, localizada na cidade de Oeiras, no

centro do Piauí.

Esperamos atingir com tal proposta a sensibilidade das pessoas

envolvidas em tal decisão, para que colaborem na preservação dos

monumentos históricos piauienses.

Foi elaborada pela equipe que compõe o Departamento Histórico,

Artístico e Natural do Estado do Piauí, vinculado a Secretaria de

Cultura, Desporto e Turismo e Fundação Cultural do Piauí, durante os

meses de dezembro de 1985 e janeiro de 1986.

Page 5: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

1. IDENTIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO

- MUNINCÍPIO: Oeiras

- MONUMENTO: Igreja de nossa Senhora do Rosário

- ENDEREÇO: Largo do Rosário

- PROPRIETÁRIO: Diocese de Floriano e Oeiras

- USO ATUAL: Culto Religioso e Cristão

- ÁREA DA CONSTRUÇÃO: 356.00m²

2. HISTÓRICO DA EDIFICAÇÃO

A igreja de Nossa Senhora do Rosário foi edificada pelos

padres jesuítas, em épocas posteriores a 1711 e anterior à matriz, a

igreja de Nossa Senhora da Vitória, no local da antiga capelinha que

pertencia ao conjunto arquitetônico da morada de Domingos Afonso

Mafrense, em um largo que veio a ser chamado de largo do Rosário. E o

segundo depoimento teria sido a igreja dos pretos, “com suas

proporções elegantes, mas sobre o alto e denotando o partido adotado

na matriz”.

A arquiteta produzida pelos padres jesuítas não possuía

compromisso com ninguém ou com partito arquitetônico algum (Lemos.

Fau/Usp). Ao chegarem em cidades recém-fundadas concebiam templos que

se enquadravam dentro das mais modernas regras arquitetônicas e no

estilo maneirista da época, que possuía uma grande severidade, com

suas formas regulares, modernas, obedecendo a um enquadramento

clássico, valorizado por uma modenatura bem marcada, elegante, contudo

fria.

Page 6: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

Supõe-se que para a construção da igreja, foi utilizada a

mão de obra indígena, que muito contribuiu com suas ideias, técnicas e

plásticas.

Inicialmente tem-se notícia que a construção original

possuía telhado em duas águas, com desnível do mesmo na área

correspondente aos corredores laterais, apresentando características

das capelas mais pobres construídas das capelas mais pobres

construídas pelos jesuítas. Contudo, da antiga capela tudo o que resta

é a nave central. A capela-mor, que foi arruinada, possuía uma

magnífica pintura de forro, que é a única de que se tem notícia em

nossas igrejas (Carvalho,1983).

A primeira e mais significativa transformação sofrida pela

igreja foi em 1937. Assim, dá-se início à reconstrução de uma nova

igreja, que aproveitará a nave principal, tendo-se a ampliação da

capela-mor e do arco-cruzeiro. Foi construída também nessa época uma

nova sacristia. Das velhas – pois eram duas situadas lateralmente à

capela-mor – ainda existem os alicerces (relatório da CLAP,1976). A

torre, primeiro elemento a ser edificado na nova construção, é

apêndice já da época da alvenaria. Conservam-se os altares laterais,

ao lado do arco cruzeiro em diagonal; um púlpito de madeira talhada

sobre cálice de pedra trabalhada; o coro; e uma balaustrada de

jacarandá que divide a nave da capela-mor, acompanhando uma diferença

de nível no piso, que teve suas tijoleiras substituída por ladrilho

hidráulico em 1964 (relatório da CLAP,1976).

A partir dessa construção, a igreja tem-se mantido com tais

características até os dias atuais, funcionando como local de culto

religioso cristão e o seu largo, acolhendo durante alguns meses do ano

um ciclo de grandes festas religiosas. Festejavam-se além de São

Gonçalo e da padroeira Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e São

Page 7: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

Sebastião – santos de maior frequentada por eles, a quem era destinada

a parte que fica além da balaustrada (Carvalho, 1983).

A igreja de Nossa Senhora do rosário, inspiradora da matriz

da Vitória, apesar de pequena e simples, possibilita, através do

estudo de sua concepção, construção e uso, um maior conhecimento

acerca da nossa história, na qual contribuíram padres jesuítas, índios

e negros.

3. CARACTERÍSTICAS ARQUITETONICAS

3.1 DESCRIÇÃO DO IMÓVEL

3.1.1 FORMA

A igreja apresenta planta de formato retangular, formada por

quatro retângulos, conforme podemos observar nos desenhos a seguir.

Seus espaços são constituídos por uma única nave, capela-mor,

sacristia, nave de acesso à torre sineira e coro.

O partido utilizado de uma só nave, tão generalizado, como cita

o mestre Lúcio Costa, é próprio das igrejas brasileiras mais antigas,

as construídas pelos padres jesuítas: “igreja onde aparece

perfeitamente diferenciadas a nave na capela-mor propriamente ditas,

de largura e pé-direito menores”.

O frontispício enquadra também no tipo mais antigo e mais

simples, utilizando pelos padres da Companhia de Jesus, possuindo

frontão retilíneo, clássico, e composto por duas aberturas no

pavimento superior (o coro) e três aberturas no pavimento térreo,

enquadrada por cunhais salientes de pedra. As vergas das esquadrias do

Page 8: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

frontispício são de nível, retas. Geralmente a abertura existente no

frontão era o óculo, substituído aqui por um nincho, onde fica a

imagem da santa padroeira. Existe também acoplado ao corpo principal o

volume da torre sineira, que é encimada por uma forma piramidal

trabalhada.

3.1.2. ESTRUTURA

A construção mais antiga é a nave, que supõe-se ter as paredes

em pedra e cal, auto-portantes.

A estrutura do telhado é em madeira (aroeira), composta por

tesouras. É visível a alteração que houve na estrutura do telhado,

pois foram utilizadas tesouras diferentes das originais, e houve,

devido a má execução dos trabalhos, um desnível no mesmo.

3.1.3 ESQUADRIAS

No fronstispício há quatro janelas de vergas retas, com duas

folhas de madeira fichada, que receberam pintura na cor cinza. A porta

principal é mais larga, possuindo também vergas retas, e envolta, tal

como as janelas, por obreiras de pedra.

Há outras aberturas em forma de óculos nas laterais da igreja,

existindo ainda outras janelas com duas folhas, que não possuem

ombreiras.

Page 9: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

3.1.4 PISO

O piso original do pavimento térreo da igreja foi modificado,

substituindo-se a tijoleira por ladrilhos hidráulicos. O piso do coro

é de tabuado corrido e é possível que seja o primitivo.

3.1.5 TELHADO

O telhado foi modificado. Na sua forma primitiva possuía um

desnível na parte correspondente aos corredores laterais. Contudo, com

a reconstrução da igreja, adquiriu a configuração atual: duas águas

com telha cerâmica tipo canal, com pé direito mais baixo na sacristia.

Os beirais são mínimos só ficando à mostra a borda das telhas.

Em época mais recente foi feita uma mudança na parte que

corresponde ao coro, que como foi citado anteriormente, pela má

execução, apresenta uma diferença de nível em relação ao telhado

original.

3.1.6 FORRO

Do forro original temos apenas alguns resquícios que se

encontram atualmente expostos no Museu de Arte Sacra de Oeiras, sabe-

se que era um forro de madeira, com afresco precioso e primitivista

com a imagem de Nossa Senhora, que devido às intempéries do nosso

clima, não se conservou sem sua integridade até os dias atuais.

Page 10: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

3.1.7. ORNAMENTAÇÃO INTERNA

O interior da igreja do rosário é bastante simples. No altar-

mor existe um retábulo de madeira simples e acanhado, com pintura

recente em azul e prateado. Há também mais dois pequenos retábulos,

postos em diagonal, na parede em que está o arco-cruzeiro, nos mesmos

tons. É bom frisar que todo interir do rosário foi repintado de azul e

branco, o que faz com que a igreja perdesse muito de sua beleza

primitiva.

O púlpito possui consolo e bacia em pedra trabalhada e tambor

de madeira talhada, também nas cores azul e prateado.

A balaustrada que separa o altar-mor da nave é em jacarandá

revestida atualmente com pintura. A baluastrada do coro, em madeira

trabalhada com formas antropomorfas, está igualmente pintada.

3.1.8 CRUZEIRO

O cruzeiro é original, com base de pedras em forma piramidal e

cruz de madeira, localizando-se na frente da igreja, em nível

inferior, existindo quatro degraus para alcança-la.

3.2. DESCRIÇÃO DO ENTORNO

A igreja de Nossa Senhora do rosário situa-se em um alto, o

alto do Rosário, também chamado de Largo do Rosário, em um dos pontos

mais elevados da cidade de Oeiras.

Page 11: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

Atualmente a edificação encontra-se isolada na paisagem, o que

favoreceu bastante, pois a torna leve, solta, apesar de sua imponência

formal e sobriedade maneirista.

Sabe-se, baseando em gravuras, que durante o século XVIII

existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, prédios

que após a expulsão dos mesmos, serviu durante um determinado período

de Palácio de Governo, por ser a edificação mais imponente da época,

vindo posteriormente a ruir. Houve também nas imediações do local, a

antiga casa da misericórdia de Oeiras, que como o antigo colégio, já

não mais existe.

3.3. ESTADO DE CONSERVAÇÃO ATUAL

Externamente a igreja encontra-se bem conservada, necessitando

apenas de uma pintura nas paredes das fachadas, limpezas de pedra que

marca a modenatura do frontispício e torre, e de uma pintura nas

esquadrias.

Quanto ao telhado, é preciso que seja feita uma homogeneização

estrutural com a correção do desnível existente exteriormente, a fim

de que seja mantida a harmonia visual do interior da igreja.

O seu interior foi prejudicado pela pintura recente, fazendo

com que as peças que receberam tal revestimento perdessem a sua beleza

primitiva, natural e rústica. O ideal é que os elementos fossem

restituídos à sua forma original.

Após vistoria feita no local, podemos afirmar que o estado de

conservação é bom, estando porém sua estabilidade em estado regular,

sendo imprescindível uma pequena restauração na edificação.

Page 12: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

4. JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA DE TOMBAMENTO

De acordo com o capitulo I, artigo 1º da lei nº 3.742, do dia

02 de julho de 1980¹¹, a igreja de Nossa Senhora do Rosária está

inserida no seguinte item:

“I – construção e obras de arte de notável qualidade estética

ou particularmente representativa de determinado estilo ou época”.

Como foi visto anteriormente a Igreja do Rosário é um exemplar

ainda vivo da arquitetura jesuítica produzida no Piauí pelos padres da

Companhia de Jesus, que naquela época escolhiam os pontos mais altos

da cidade para darem início à catequização da população. Onde

empregavam as regras maneiristas de influencia das igrejas

renascentistas italianas, somadas às técnicas e materiais construtivos

locais, utilizando para isso mão-de-obra indígena. Tal exemplar é de

valor inestimável para nossa história e para a arquitetura piauiense,

com poucos exemplares de arquitetura religiosa jesuítica, tão marcante

durante os séculos XVII e XVIII nas cidades brasileiras.

Por esse motivo, o Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do

estado do Piauí, propõe o tombamento do imóvel, a fim de que o mesmo

possa ser preservado evitando assim alterações na sua volumetria,

tratamento de superfícies, etc.

Desse modo, igreja do Rosário, com suas características

marcantes, possui não só valor arquitetônico, como também histórico,

que nos diz muito a respeito de nossa sociedade, sendo por isso

necessário sua conservação, afim de que se possa evitar possíveis

intervenções na sua forma maneirista pela proteção legal.

Page 13: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

5. ÁREA EM ESTUDO (OEIRAS)

A área em estudo é a cidade de Oeiras, que tem a sua origem¹¹

ligada à existência de um antigo arraial, onde habitavam índios

domesticados que ocupavam as terras de Julião Afonso Serra Negra. Esse

arraial, que algum tempo depois tornou-se povoado, era inicialmente

filiado á freguesia de Cabrobró, Pernambuco. Somente em 1969, é que o

povoado foi elevado a freguesia; em 1712 torna-se vila e

posteriormente, por ser uma vila de capitania, chega a capital.

Entre 1696 e 1758, houve uma grande produção arquitetônica em

Oeiras, e foi no primeiro quartel do século XVIII que se edificou a

igreja do Rosário e iniciou a construção da matriz. Nesse período,

havia no local um grande incremento sócio-economico, político e

cultural. Os padres da Companhia de Jesus atuavam intensamente na

região, construindo igrejas, catequizando o povo, e pregando os

princípios da contra-reforma.

De 1758 a 1852, Oeiras foi capital do Piauí, havendo durante

esse período fatos relevantes para a nossa história. Com a mudança de

capital, a antiga vila vai, pouco a pouco, se estagnando e

economicamente, o que acarretou uma paralisação da produção

arquitetônica. E como produto desse acontecimento, vamos ter um

conjunto arquitetônico, na sua maioria, pertencente aos séculos XVIII

e XIX, que tem hoje um valor inestimável.

Page 14: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

6. INFORMAÇÕES SOBRE O LOCAL

6.1. LOCALIZAÇÃO: a cidade está localizada no sul do Piauí,

limitando-se ao norte com Valença (91km) e Amarante (156km); ao sul

com Simplício Mendes (102 km); a oeste com Floriano (115 km) e a leste

com Picos (82 km).

6.2 CLIMA: o clima de Oeiras é Aw, tropical quente úmido,

apresentando chuvas de verão. Os meses chuvosos são fevereiro, março e

abril, e os mais quentes são de junho a agosto. Possui uma temperatura

média de 27,5° e a umidade do ar em torno de 60 a 70%.

6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO: o relevo local é caracterizado por

vales pedimentados e a sua vegetação é predominante de campos

cerrados, possuindo como principais espécies a lixeira e os paus-

terra.

6.4 HIDROGRAFIA: o município é banhado pelos rios Canindé,

Corrente e Salinas. Há também os riachos Melo e Tranqueiras,

localizados na porção sul da região

6.5 ACESSOS: a distancia Oeiras/Teresina é 326 km, interligados

pelas rodovias federais BR 316 e BR 230, que também ligam o município

a Floriano, Picos e Valença. Conta ainda com duas rodovias estaduais,

a PI 230 (Oeiras/Regeneração) e a PI 143 (Oeiras/Simplício Mendes)

6.6. ATRATIVOS TURÍSTICO: famosa por sua tradição histórica e

importante acervo arquitetônico setecentista e oitocentista, composto

por igrejas, capelas dos passo, Palácio Episcopal e conjunto urbano

como um todo. No local há também o Museu de Arte Sacra onde estão

expostas peças que contam um pouco da história eclesiástica do Piauí.

São famosas as manifestações religiosas, tais como: festas dos Passos,

durante a Semana Santa; a festa de N. Sra. Das Vitórias, no mês de

agosto; a festa de N. Sra. Da Conceição em dezembro; e a festa do

vaqueiro em maios. As rodas de São Gonçalo e o Reisado são as

principais danças folclóricas de Oeiras. Além de todos os atrativos

Page 15: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

turísticos dos municípios, existem próximos a região outros pontos de

interesse, como Campinas do Piauí (antiga fábrica de Laticínios);

Santo Inácio (conjunto Jesuítico); e Amarante (cidade com conjunto

arquitetônico característico do século XIX).

Page 16: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

7. FONTES DE INFORMAÇÃO

7.1. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- CARVALHO JR, Dagoberto – “ Passeio a Oeiras”, 2ª Ed.,

COMEPI, Teresina, 1983.

- Um Munincípio Piauiense – Oeiras, IPAM, Teresina, 1978.

- CASTELO BRANCO FILHO, Moysés – “ A Habitação – Arquitetura

Colonial do Piauí.

- NUNES, Odilon – “Depoimentos Histórico”, COMEPI, Teresina,

1981.

- LEMOS, Carlos A. C – “ Arquitetura Brasileira”, FAU/USP.

- COSTA, Lúcio – “ Arquitetura Jesuítica no Brasil”, Revista

SPHAN n° 05, Rio de Janeiro, Rio de Jeneiro, 1941.

- SNATOS, Paulo Ferreira – “ O Barroco e o Jesuítico”,

Livraria Kosmos Editora, Rio de Janeiro, 1951.

ÁVILA, Afonso ET Alli – “ Barroco Mineiro – Glossário da

Arquitetura e Ornamentação”, Fundação João Pinheiro e Fundação

Roberto Marinho, Rio de Janeiro, 1979.

- Legislação Estadual – Diário Oficial – 09 de julho de 1980.

Page 17: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

Vista da igreja e seu entorno. A edificação encontra-se isolada na paisagem

Detalhe da marcação do cunhal em pedra

Figura 1 vista da igreja e seu entorno. Edificação encontra-se isolada na paisagem.

Figura 2 Vista da igreja e seu entorno. A edificação encontra-se isolada na paisagem.

Page 18: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

Coro, com baluastrada em madeira trabalhada em formas antropormorfas.

Estrutura do telhado em tesouras de madeira (aroeira). Ao fundo, a diferença

das tesouras colocadas em épocas mais recentes.

Page 19: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

Interior da igreja, onde se pode observar a disposição do arco-cruzeiro, alter-mor, altares

laterais, baluastrada e púlpito.

Detalhe do retábulo do altar-mor. Ao centro, a

imagem setecentista de n. Sra. Do Rosário e nas

laterais as de S. Sebastião e S. Benedito.

Page 20: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente

Pulpito com consolo e bacia em pedra trabalhada e tambor em madeira talhada.

Page 21: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente
Page 22: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente
Page 23: ELABORAÇÃO REVISÃO FINAL DATILOGRAFIA E DESENHO ... · 6.3 RELEVO E VEGETAÇÃO ... existiu próximo à igreja um antigo colégio de padres jesuítas, ... Como foi visto anteriormente