elaboração e desenvolvimento de projetos de intervenção pedagógica como estratégias para a...

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Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Departamento de Química da Universidade Federal de Ouro Preto (DEQUI/UFOP) XVII Encontro Nacional de Ensino de Química (XVII ENEQ) Ouro Preto, MG, Brasil 19 a 22 de agosto de 2014. FP Elaboração e Desenvolvimento de Projetos de Intervenção Pedagógica como Estratégias para a Formação Inicial de Professores de Química. Jéssica Pereira de Oliveira 1* (IC), Igor Divino Silveira 1 (IC), Karla Amâncio Pinto Field’s 1 (PQ). *[email protected] 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Câmpus Itumbiara (IFG-Itumbiara), Av. Furnas, n°44 Bairro Village Itumbiara/GO CEP: 75.555-000. Palavras-Chave: Projetos, Estágio, CTSA. RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar as apropriações de um grupo de estagiários por meio da elaboração e desenvolvimento de um projeto de Intervenção Pedagógica. Todas as atividades foram realizados na disciplina de Estágio II. Inicialmente fez-se várias leituras e discussão de artigos, relacionados a educar pela pesquisa e a abordagem CTS. O tema escolhido pelos estagiários oportunizou que eles relacionassem os conteúdos químicos, com os aspectos históricos da cultura indígena e negra. Também foi possível contextualizar este tema ao abordar a questão econômica do crescimento de lojas que vendem chocolates na cidade de Itumbiara. Verificamos que houve uma articulação dos conteúdos químicos presentes no chocolate com a saúde dos indivíduos que consomem este produto. Introdução Entendemos o Estágio Supervisionado como um campo de conhecimento, no qual visa contribuir para a formação de docentes, criando condições para que os estagiários possam refletir sobre as diversas situações que ocorrem na sala de aula. É por meio do Estágio que os futuros professores farão uma integração dos conhecimentos trabalhados na Licenciatura com o campo social, na qual a prática educativa será desenvolvida. Baseados nas concepções de Stenhouse (1975) e Donald Schön (1983, 1987) entendemos que a pesquisa tem um papel relevante na formação dos docentes, pois por meio da pesquisa podemos criar condições para que os estagiários possam confrontar suas experiências com as teorias discutidas em sala de aula. Foster (1999) argumenta que a relevância para a pesquisa educacional é quando estas efetivamente investigam sobre os problemas da sala de aula e da prática escolar. Dessa forma, a pesquisa na formação inicial de professores depende de seu conteúdo e da forma de participação dos licenciandos no desenvolvimento da investigação. Segundo Perrenoud (1993) para que a pesquisa na formação docente seja positiva para o licenciando é necessário que esteja relacionada à área educacional e que o futuro professor participe ativamente desse processo contribuindo para o seu desenvolvimento profissional. As razões citadas por este autor, para o uso da investigação na formação inicial de professores, esta na oportunidade que esses licenciandos terão de confrontar-se com dúvidas e incertezas de um determinado assunto ou tema e de ser iniciado nos métodos e na epistemologia de investigação, sendo estimulado a apropriar-se ativamente dos conhecimentos científicos. Nessa perspectiva, o Estágio Supervisionado poderá se constituir como uma atividade de pesquisa. Almejamos que os licenciados possam construir propostas de ensino de química, baseado em temas sociais verificando com base na literatura as tendências na área de ensino de química, colocando em ação as propostas planejadas,

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Este artigo tem como objetivo apresentar as apropriações de um grupo de estagiários por meio da elaboração e desenvolvimento de um projeto de Intervenção Pedagógica. Todas as atividades foram realizados na disciplina de Estágio II. Inicialmente fez-se várias leituras e discussão de artigos, relacionados a educar pela pesquisa e a abordagem CTS. O tema escolhido pelos estagiários oportunizou que eles relacionassem os conteúdos químicos, com os aspectos históricos da cultura indígena e negra. Também foi possível contextualizar este tema ao abordar a questão econômica do crescimento de lojas que vendem chocolates na cidade de Itumbiara. Verificamos que houve uma articulação dos conteúdos químicos presentes no chocolate com a saúde dos indivíduos que consomem este produto.

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  • Diviso de Ensino de Qumica da Sociedade Brasileira de Qumica (ED/SBQ) Departamento de Qumica da Universidade Federal de Ouro Preto (DEQUI/UFOP)

    XVII Encontro Nacional de Ensino de Qumica (XVII ENEQ) Ouro Preto, MG, Brasil 19 a 22 de agosto de 2014.

    FP

    Elaborao e Desenvolvimento de Projetos de Interveno Pedaggica como Estratgias para a Formao Inicial de Professores de Qumica.

    Jssica Pereira de Oliveira1* (IC), Igor Divino Silveira1 (IC), Karla Amncio Pinto Fields1 (PQ).

    *[email protected]

    1Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois Cmpus Itumbiara (IFG-Itumbiara), Av.

    Furnas, n44 Bairro Village Itumbiara/GO CEP: 75.555-000. Palavras-Chave: Projetos, Estgio, CTSA. RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar as apropriaes de um grupo de estagirios por meio da elaborao e desenvolvimento de um projeto de Interveno Pedaggica. Todas as atividades foram realizados na disciplina de Estgio II. Inicialmente fez-se vrias leituras e discusso de artigos, relacionados a educar pela pesquisa e a abordagem CTS. O tema escolhido pelos estagirios oportunizou que eles relacionassem os contedos qumicos, com os aspectos histricos da cultura indgena e negra. Tambm foi possvel contextualizar este tema ao abordar a questo econmica do crescimento de lojas que vendem chocolates na cidade de Itumbiara. Verificamos que houve uma articulao dos contedos qumicos presentes no chocolate com a sade dos indivduos que consomem este produto.

    Introduo Entendemos o Estgio Supervisionado como um campo de conhecimento, no

    qual visa contribuir para a formao de docentes, criando condies para que os estagirios possam refletir sobre as diversas situaes que ocorrem na sala de aula. por meio do Estgio que os futuros professores faro uma integrao dos conhecimentos trabalhados na Licenciatura com o campo social, na qual a prtica educativa ser desenvolvida.

    Baseados nas concepes de Stenhouse (1975) e Donald Schn (1983, 1987) entendemos que a pesquisa tem um papel relevante na formao dos docentes, pois por meio da pesquisa podemos criar condies para que os estagirios possam confrontar suas experincias com as teorias discutidas em sala de aula. Foster (1999) argumenta que a relevncia para a pesquisa educacional quando estas efetivamente investigam sobre os problemas da sala de aula e da prtica escolar. Dessa forma, a pesquisa na formao inicial de professores depende de seu contedo e da forma de participao dos licenciandos no desenvolvimento da investigao.

    Segundo Perrenoud (1993) para que a pesquisa na formao docente seja positiva para o licenciando necessrio que esteja relacionada rea educacional e que o futuro professor participe ativamente desse processo contribuindo para o seu desenvolvimento profissional. As razes citadas por este autor, para o uso da investigao na formao inicial de professores, esta na oportunidade que esses licenciandos tero de confrontar-se com dvidas e incertezas de um determinado assunto ou tema e de ser iniciado nos mtodos e na epistemologia de investigao, sendo estimulado a apropriar-se ativamente dos conhecimentos cientficos. Nessa perspectiva, o Estgio Supervisionado poder se constituir como uma atividade de pesquisa.

    Almejamos que os licenciados possam construir propostas de ensino de qumica, baseado em temas sociais verificando com base na literatura as tendncias na rea de ensino de qumica, colocando em ao as propostas planejadas,

  • Diviso de Ensino de Qumica da Sociedade Brasileira de Qumica (ED/SBQ) Departamento de Qumica da Universidade Federal de Ouro Preto (DEQUI/UFOP)

    XVII Encontro Nacional de Ensino de Qumica (XVII ENEQ) Ouro Preto, MG, Brasil 19 a 22 de agosto de 2014.

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    observando e analisando os resultados obtidos e que possam corrigir caminhos que se mostrarem poucos satisfatrios (SANTOS, 2006). Defendemos essa ideia como forma de desenvolvimento profissional dos licenciandos e tambm como uma estratgia para a melhoria do ensino, tanto nos cursos de formao de professores quanto no ensino de qumica da educao bsica.

    Segundo o artigo 2 da Lei 9.394/96 a educao tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho (BRASIL, 1996). Na tentativa de cumprir os fundamentos desta lei surgiu em 1999 os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) que tem por objetivo orientar os professores para que seus contedos possam ser trabalhados de forma interdisciplinar, contextualizados e que desenvolvam em seus alunos habilidade e competncias. Visando atender essas exigncias as Orientaes Curriculares Nacionais do Ensino Mdio (OCNEM) prope que as aulas possam ser trabalhadas numa abordagem a partir de temas sociais, de forma que o aluno compreenda os processos qumicos envolvidos e possa discutir aplicaes tecnolgicas includas ao tema, compreendendo efeitos das tecnologias na sociedade, na melhoria da qualidade de vida das pessoas e nas suas decorrncias ambientais.

    A pesquisa em educao deve estar relacionada com aspectos sociais, polticos, econmicos e ambientais, com o desenvolvimento no apenas dos contedos conceituais, mas procedimentais e atitudinais (MARTINS, 2003). Essa proposta coloca os futuros professores como produtores de conhecimento, em vez de consumidores, transmissores e implementadores do conhecimento produzido em outras instncias (SANTOS, 2010, p.17).

    Objetivos O curso de Licenciatura em Qumica do Instituto Federal de Educao, Cincia

    e Tecnologia de Gois prev a diviso do Estgio em quatro etapas. As atividades aqui descritas foram desenvolvidas durante o primeiro semestre de 2014 na disciplina de Estgio Supervisionado II, que tinha como um dos objetivos identificar os pressupostos tericos e metodolgicos que fundamentam a proposta de se trabalhar por projetos de pesquisa e analisar como estes projetos podem contribuir na formao de docentes. Para tanto, os alunos matriculados nesta disciplina tinham como atividade principal a elaborao, desenvolvimento e anlise de um projeto de Interveno Pedaggica (IP), mediante as necessidades apontadas pelos professores na educao bsica.

    Assim, este artigo tem como objetivo apresentar as apropriaes de um grupo de estagirios por meio da elaborao e desenvolvimento de um projeto de Interveno Pedaggica.

    Percurso Metodolgico A disciplina de Estgio Supervisionado II, ofertado no 6 perodo do curso de

    Licenciatura em Qumica do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Cmpus Itumbiara tem como ementa: Elaborao/ execuo/ avaliao de projetos de pesquisa e interveno. Assim, no primeiro semestre de 2014, essa disciplina foi desenvolvida em 5 etapas. Na primeira etapa foi apresentando aos estagirios vdeos de pesquisador Pedro Demo (https://www.youtube.com/watch?v=5M3aTST4yQs) falando sobre a importncia da pesquisa na formao inicial. Em seguida foi sugerido aos alunos a leitura de textos relacionados nesta perspectiva, para que eles pudessem identificar os pressupostos tericos e metodolgicos que fundamentam a proposta de se trabalhar por projetos de pesquisa (DEMO, 1997). Na semana seguinte os estagirios apresentaram suas consideraes com relao a educar pela pesquisa.

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    A segunda etapa contemplou uma apresentao e discusso sobre a organizao, formatao e estrutura de um projeto de pesquisa voltado ao ensino.

    A terceira etapa foi a apresentao de seminrios pelos estagirios sobre a abordagem CTS. Inicialmente foi discutido o texto de Santos e Mortimer (2002) e posteriormente os estagirios selecionaram artigos da Revista Qumica Nova na Escola que discutiam como desenvolver essa perspectiva na sala de aula (REBELLO et al.,2012; SILVA, MORTIMER, 2012). Esta atividade objetivou que os estagirios pudessem identificar os aspectos tericos e metodolgicos que fundamentam essa abordagem e que fosse um alicerce para que eles pudessem propor seus projetos de ensino.

    Posteriormente, foi solicitado aos estagirios que eles elaborassem um projeto de interveno pedaggica, tendo como referencial a abordagem CTS (SANTOS, MORTIMER, 2002). Para a escolha do tema, os estagirios foram s escolas para verificar quais necessidades de ensino aprendizagem, quais as estratgias de ensino que os professores da educao bsica utilizam em sala de aula. Dessa forma, o tema escolhido para o desenvolvimento deste projeto foi previamente acordado entre os professores em formao inicial, professores da educao bsica e professora formadora. Essa etapa se configurou como a quarta etapa.

    A quinta etapa foi o desenvolvimento do projeto de interveno pedaggica e a anlise por meio da escrita de um dirio reflexivo, no qual os estagirios puderam refletir sobre sua prtica pedaggica e sobre como essa estratgia contribuiu para sua formao profissional. Dessa forma, os resultados apresentados abaixo mostram inicialmente as apropriaes dos estagirios com relao perspectiva do educar pela pesquisa e a abordagem CTS e posteriormente a elaborao e desenvolvimento do projeto de Interveno Pedaggica.

    Resultados e Discusso Segundo Demo (1998), ao passo que os alunos tm aulas com professores

    pesquisadores e estes professores fundamentam suas aulas sobe a perspectiva de pesquisa estes alunos consequentemente tambm se tornaram pesquisadores. Para Galiazzi (2002) o educar pela pesquisa tem um sentido mais amplo, pois propicia aos

    [...] a educao pela pesquisa na formao inicial de professores propicia uma formao qualificada tanto no sentido formal quanto poltico. O educar pela pesquisa propicia aos sujeitos se assumires no discurso pedaggico e na linguagem cientfica, possibilitando-lhes o desenvolvimento de competncias questionadoras e argumentativas, indicadoras de uma complexifixao de conhecimentos e prticas dos licenciandos (GALIAZZI, 2002, p.245).

    Analisando a proposta de Pedro Demo (2007) temos uma viso realista, mas que poucas pessoas concordam, onde ele prope um evidente recuo das aulas propriamente ditas, baseadas em repasse de informaes, ele acredita que o aluno deve buscar seu material e ele mesmo deve elabor-lo e assim argumentar sobre o que ele criou, tornando-o crtico. Com isso o sujeito se tornaria mais autnomo e aprenderia mais e melhor. Contudo ele concorda que existem alguns problemas em relao a esta perspectiva e afirma que

    O problema principal no est no aluno, mas na recuperao da competncia do professor, vtima da precariedade da formao original, a dificuldade de capacitao permanente adequada, at a desvalorizao profissional extrema, em particular na educao bsica (DEMO, 2007).

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    O segundo tema abordado pela professora supervisora foi a perspectiva CTSA, ela entregou um material que foi lido e discutido em sala-de-aula. Foi abordado o que seria o currculo com nfase em CTSA, o histrico, os objetivos e a estrutura conceitual. Depois buscamos outras fontes sobre essa temtica.

    De acordo com Krasilchik (1987), no Brasil na dcada de 70, os currculos educacionais de cincias comearam a incorporar uma viso de Cincias como fruto do contexto econmico, poltico e social. Na dcada de oitenta, o ensino de cincias passou a se orientar pelo objetivo de analisar as implicaes sociais do desenvolvimento cientfico e tecnolgico.

    Neste contexto, segundo Santos e Mortimer (2002) vrios materiais didticos e projetos foram construdos, incorporando elementos dessa perspectiva. A principal contribuio dos currculos em CTS disponibilizar aos cidados instrumentos que lhe permitam identificar as inter-relaes entre o conhecimento cientfico, as aplicaes tecnolgicas e suas implicaes sociais, permitindo que os aspectos histricos, ticos, polticos e socioeconmicos sejam discutidos.

    Essa perspectiva CTS se configura como uma proposta didtica, como uma forma de compreender as inter-relaes entre Cincia, Tecnologia, Sociedade e que depois originou uma vertente na qual se inclui as consequncias destas interaes com o meio ambiente, sendo neste caso, denominada de Cincia-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA) (SANTOS, 2007).

    Elaborao do Projeto A proposta era a de criar um projeto de pesquisa fundamentado na perspectiva

    CTS, ento o tema principal escolhido pelo nosso grupo foi com relao ao chocolate que depois foi intitulado Chocolate: as propriedades teraputicas dos polifenis e benefcios da ingesto de derivados do cacau.

    Uma pergunta que direcionou o projeto de pesquisa foi: como a anlise da composio do chocolate pode ajudar na disciplina de qumica no Ensino Mdio? Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN+) do ensino mdio propem que o aprendizado de qumica deve:

    Possibilitar ao aluno compreenso tanto dos processos qumicos em si quanto da construo de um conhecimento cientfico em estreita relao com as aplicaes tecnolgicas e suas implicaes ambientais, sociais, polticas e econmicas (BRASIL, 2002, p.87).

    Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) determinam ainda, que: O ensino de qumica nas escolas promova uma contextualizao sociocultural a fim de reconhecer o papel da qumica no sistema produtivo, industrial e rural, como tambm, reconhecer as relaes entre o desenvolvimento cientfico e tecnolgico da Qumica e aspectos scio-poltico e culturais (BRASIL, 2002, p.39).

    Segundo Santos e Mortimer (2002) a abordagem CTS pretende envolver conhecimento cientfico e a vivncia pessoal e social de cada indivduo a fim de formar cidados crticos comprometidos com a sociedade em que vivem (2002, p.5). Essa interao advm da conciliao do dia-a-dia do aluno e o que ensinado em sala de aula, pretendendo assim aliar a teoria e a prtica para que fique evidente a real importncia de se aprender determinados contedos. Santos e Mortimer (2002), segundo citao de Bybee,(1987) observa que:

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    A orientao curricular CTS como pesquisa e desenvolvimento de currculos que comtemplem, entre outros: (i) a apresentao de conhecimentos e habilidades cientficos e tecnolgicos em um contexto pessoal e social; (ii) a incluso de conhecimentos e habilidades tecnolgicos; (iii) a ampliao dos processos de investigao de modo a incluir de deciso e (iv) a implementao de projetos de CTS no sistema escolar. (SANTOS, 2002, p.3).

    Noutra perspectiva, mas dentro no nosso contexto, temos a Lei 11.645/2008 institui a obrigatoriedade do ensino da temtica Histria e Cultura Afro-brasileira e Indgena, sendo exigidos que os contedos programticos sejam articulados a fim de se resgatar as contribuies dessas culturas nas reas social, econmicas e poltica, pertinentes histria do Brasil (BRASIL, 2008).

    A partir desta perspectiva este projeto teve como um dos objetivos ressaltar a contribuio do cacau na histria do Brasil, seja ela em relao a cultura indgena ou em paralelo com a cultura negra. Quando cultura indgena o cacau fora utilizado em diversos rituais como um presente aos deuses assim como tambm era feito em outras culturas e ainda por ser considerada to valiosa fora utilizada pelos ndios como moeda. Com relao a cultura negra identificamos que no perodo da escravido os negros atuaram nas plantaes de cacau sendo estes explorados por fazendeiros.

    Vale ressaltar que houve vrios momentos de orientao, devido as dificuldades que tnhamos em organizar as ideias, afinal era um trabalho novo. A orientao da professora supervisora foi de extrema importncia, pois ela proporcionou atravs de esclarecimento de dvidas e orientao sobre a fundamentao do projeto, o direcionamento necessrio nesta etapa.

    Foram disponibilizadas trinta vagas que seriam divididas entre trs escolas: Colgio JFF, Colgio E AM e IFG- Cmpus Itumbiara, porm apesar do interesse dos alunos do primeiro colgio, eles no tiveram acesso ao projeto por falta de condies propcias, pois no dia em que foi desenvolvido o projeto houve um evento na referida escola que impossibilitou a participao destes alunos.

    Quadro1: Mapa de atividade

    Objetivos Contedos

    Recursos didticos

    I

    Apresentar o processo histrico de produo do cacau e condies ambientais especficas do fruto;

    Identificar a influncia do cacau na histria da cultura da cultura indgena e afro-brasileira.

    Fatos histricos sobre o nome e descoberta do cacau com nfase na cultura indgena e o uso do cacau nas tribos;

    Condies ambientais para cultivo do fruto e influncia do uso de mo de obra escrava no plantio;

    Localizao dos principais produtores de cacau e movimentao do capital brasileiro.

    Quadro branco;

    Pincel;

    Apagador;

    Datashow;

    Caixa de som;

    Notebook.

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    FP

    II

    Observar os teores de polifenis presentes no cacau e como os processos industriais podem influenciar nos valores encontrados em seus derivados;

    Apresentar estudos que comprove que o consumo de chocolate pode trazer benefcios a sade.

    Descrio dos compostos presentes no cacau;

    Apresentao da estrutura carbnica dos polifenis;

    Valores de polifenis encontrados no cacau;

    Propriedades benficas dos polifenis ao corpo humano;

    Estudo descritivo das capacidades antioxidante, anti-inflamatria e cardioprotetora;

    Processos industriais envolvidos na produo do chocolate e influncia destes processos na diminuio do teor de polifenis.

    Quadro branco;

    Pincel;

    Apagador;

    Datashow;

    Caixa de som;

    Notebook.

    III

    Quantificar a produo de cacau e seus derivados no Brasil e sua relao com a economia nacional, enfatizando caractersticas especficas da venda de produtos derivados do cacau na cidade de Itumbiara.

    Ressaltar o valor econmico do cacau a nvel mundial;

    Apresentar os valores necessrios para abrir uma franquia de chocolates;

    Identificar os produtos adicionados ao chocolate que influenciam no sabor, teor de gorduras totais.

    Quadro branco;

    Pincel;

    Apagador;

    Datashow;

    Caixa de som;

    Notebook.

    I. Investigando o cacau

    A abordagem inicial do tema foi feita por meio das seguintes perguntas: Qual a fruta que origina o chocolate? Existe uma condio ambiental especfica para o cultivo do cacau? Como feito o chocolate? Estas perguntas foram feitas a fim de avaliar os conhecimentos iniciais dos alunos.

    Como introduo a discusso das origens do cacau, foi exibido aos alunos o vdeo (https://www.youtube.com/watch?v=A1k_5W1KnTU0) que reproduz um episdio do programa Globo Reprter da Rede Globo que traz a anlise do cacau e suas propriedades, porm ele no foi to aprofundado. Em seguida, foi abordado o cacau a partir dos fatos histricos, falando sobre o nome Cacau que pode ser representado de diversas maneiras, sendo considerado por diversas tribos indgenas, o fruto da rvore da vida, e chamado de Manjar dos Deuses pelo seu sabor. Da a origem do nome cientfico Theobroma cacao, que significa alimento dos Deuses. O cacau teve forte influncia na cultura indgena, e isso foi evidenciado durante a aula. Quando os colonizadores chegaram Amrica, o cacau j era cultivado pelos ndios, e desde

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    aquela poca o cacaueiro era considerado fruto sagrado. O plantio do cacau, tambm manteve forte influncia com o trfico negreiro, analisando que os negros eram trazidos para o Brasil para trabalharem nas plantaes deste fruto. O cacau cultivado no Brasil era posteriormente vendido para os pases europeus.

    Os alunos foram questionados sobre as regies onde o cacau era cultivado, a fim de faz-los refletir sobre o plantio do fruto em nossa regio. O cultivo do fruto se d nas regies de florestas pluviais da Amrica Tropical, e h botnicos, portanto, que acreditam que o cacau originrio das cabeceiras do rio Amazonas. O cacaueiro exige solos profundos, argilo-arenoso, e as rvores ficam ligadas ao solo retendo sais minerais e gua, fatores fundamentais para o desenvolvimento vegetal da planta. E dentre os estados onde o cacau cultivado esto: Bahia, Esprito Santo, Minas Gerais, Par, Rondnia e Amazonas, com essas informaes eles puderam analisar porque nossa regio no era propcia o cultivo do cacau.

    II. A qumica do cacau

    Quanto qumica propriamente dita, foi apresentado, com o uso da tabela abaixo, os principais compostos qumicos presentes no cacau, dando nfase na (+)- catequina, (-)- epicatequina e procianidina B2, que so os compostos responsveis pelos benefcios sade.

    Tabela 1: Principais polifenis encontrados nas sementes de cacau. Fonte: Porter et al. (1991); Sanbongi et al.

    (1998); Sanchez Rabaneda et al. (2003); Counet et al. (2006).

    Como embasamento terico, foram apresentados os principais grupos funcionais, com enfoque nos fenis afinal seria o grupo estudado durante as aulas, para tanto foi utilizado o quadro a seguir:

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    Quadro 1: Principais grupos funcionais.

    Em seguida, foi explicado o porqu dos principais compostos presentes no cacau serem chamados de polifenis fazendo-os analisar a cadeia carbnica destes compostos identificando os elementos qumicos que justificam este nome.

    Foram apresentados estudos feitos com estes flavonis, que so encontrados em maior proporo no fruto sendo eles a (-)-epicatequina e a (+)-catequina, em relao as suas propriedades: antioxidante, anti-inflamatria e cardioprotetora.

    Com relao capacidade antioxidante foi apresentado um vdeo (https://www.youtube.com/watch?v=2WCGUh-clrI) com a finalidade de ilustrar como feita a absoro de radicais livres. Como comparativo entre derivados de cacau e outros alimentos foi apresentada a seguinte tabela que informa a diferena do nmero de ORAC (Capacidade de absoro de radicais de oxignio).

    Alimento ou bebida ORAC *

    (mmol de equivalente Trolox.100 g-1)

    Liquor de cacau 40,0

    Chocolate amargo 13,0

    Chocolate ao leite 6,7

    Maa 0,2

    Vinho Tinto 0,7

    Infuso ch preto (2 g ch.200 mL-1 gua)

    1,6

    Tabela 1: Capacidade antioxidante de alguns alimentos e bebidas. Fonte: Arts et al. (2000); Hammerstone et al. (2000); Osakabe et al. (1998); Wang et al. (2000); Cao et al. (1996, 1998 apud

    STEINBERG et al., 2003).

    A propriedade anti-inflamatria consiste em se auxiliar na diminuio da atividade em torno se uma leso causada pelo processo fisiolgico que ocorre na decorrncia da ativao de mecanismos de defesa do corpo gerados por alteraes nos componentes humorais ou por celulares aps injria tecidual. A exposio a um patgeno gera uma migrao de clulas circulantes, que so direcionadas pela presena de substncias quimiotticas no stio inflamatrio. A resposta na rea da leso caracteriza a rea inflamada que apresenta sinais clnicos como rubor, calor, edema, dor e prejuzo funcional (CRUVINEL et al, 2010).

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    FP

    Com relao a propriedade cardioprotetora foi apresentado um vdeo (https://www.youtube.com/watch?v=qPiVDpaNxOw) sobre o colesterol, mostrando como se d o acmulo de gordura nas veias. Sabemos que as plaquetas no nosso sangue podem, na presena de muita gordura, se unir (agregar) formando placas no interior das veias e artrias, dificultando a passagem do sangue, essas placas so chamadas de arteriosclerticas. E os flavonis presentes no chocolate evitam que estas plaquetas se unam e assim impedem a formao destas placas (LATIF, 2013, p.65). Os flavonis diminuem a tendncia de agregao de plaquetas, e de cogulos que podem ser gerados por altos teores de colesterol, diabetes, fumo e obesidade.

    Questionamos os alunos em relao aos processos industriais necessrios para a produo do chocolate. Aps ouvirmos suas respostas foi apresentado um vdeo (https://www.youtube.com/watch?v=KOBOfne7HzY) que fora gravado em uma fbrica de chocolate, para que eles tivessem uma melhor viso destes processos. Em seguida foram explicados quais e a finalidade de cada um, sendo eles: fermentao, secagem, torrao e alcalinizao do p.

    Perguntamos qual era o tipo preferido de chocolate de cada um dos ouvintes, em seguida foi explicado qual a influncia da adio de determinados componentes no sabor, teor de gorduras totais e principalmente na quantidade de polifenis. Para que os alunos avaliassem a influncia dos processos industriais e assim evidenciar a diminuio dos valores de polifenis encontrados nas sementes de cacau ao longo da fermentao, que o primeiro estgio, foi mostrado o quadro abaixo:

    Quadro 2: Teores de flavonis eprocianidinas (mg/g) em base seca e desengordurada, em sementes de cacau, ao longo da fermentao. Fonte: Kealey et al. (1998)

    Flavonis (mg.100 g-1)

    Tempo de Fermentao (h)

    0 24 48 96 120

    Monmeros 21,99 21,09 20,89 9,55 8,58

    Dmeros 10,07 9,76 9,89 5,78 4,66

    Trmeros 10,2 9,12 9,47 5,06 4,07

    Tetrmeros 7,79 7,06 7,34 3,36 2,56

    Pentmeros 5,31 4,74 4,906 2,14 1,63

    Hexmeros 3,24 2,91 2,93 1,16 0,89

    Heptmeros 1,31 1,36 1,33 0,46 0,33

    Octmeros 0,63 0,61 0,69 0,25 0,17

    Nonmeros 0,42 0,36 0,41 0,14 0,12

    Decmeros 0,15 0,18 0,3 0 0

    Undecmeros Traos Traos Traos nd nd

    Total 60,45 57,25 58,17 27,91 22,97

    Nd: no detectado

    III. Chocolate e a economia

    Nesta terceira e ltima, partiu-se do pressuposto que o cacau movimenta a renda per capita de vrios pases, sendo um deles os Estados Unidos. Assim, introduziu-se os valores necessrios para se abrir franquias em cidades que apresentam mais de 100 mil habitantes. As principais so: Cacau Show, Chocolates Brasil Cacau e Copenhagen. Aqui pudemos analisar a reao dos alunos ao verem quais eram estes valor, de forma geral todos ficaram surpresos devido a estes altos valores. Para se abrir estas franquias alm de preencher os pr-requisitos necessrios o futuro franqueado deveria desembolsar no caso da Cacau Show cerca de

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    R$90.000,00, para a Chocolates Brasil Cacau R$180.000,00 e para ter uma loja Copenhagen cerca de R$350.000,00. Dados estes, disponibilizados nos respectivos sites destas empresas.

    Dando continuidade a aula voltou-se a questionar se os alunos sabiam quais os processos industriais envolvidos no preparado o chocolate. Em seguida, foi perguntado aos alunos qual o tipo preferido de chocolate de cada um, e explicado qual a influncia da adio de determinados componentes no sabor, teor de gorduras totais. Aqui foi disposto que os processos industriais para a produo do chocolate acrescentam diversos tipos de acares, gorduras, sendo estes responsveis pela alterao do gosto do chocolate tornando-o o sabor mais agradvel para aqueles que gostam do sabor mais adocicado.

    Consideraes Finais Os resultados apresentados mostram que as estratgias de ensino escolhidas

    para o desenvolvimento do Estgio Curricular Supervisionado foram importantes para que os estagirios pudessem se apropriar dos pressupostos tericos e metodolgicos que fundamentam as propostas de se trabalhar com projetos de pesquisa e com a abordagem CTS.

    O tema escolhido pelos estagirios oportunizou que eles relacionassem os contedos qumicos, com os aspectos histricos da cultura indgena e negra. Tambm foi possvel contextualizar este tema ao abordar a questo econmica do crescimento de lojas que vendem chocolates na cidade de Itumbiara.

    Verificamos que houve uma articulao dos contedos qumicos presentes no chocolate com a sade dos indivduos que consomem este produto.

    Os jovens atualmente veem muitos vdeos e dessa forma este recurso foi utilizado pelos estagirios para o desenvolvimento da interveno pedaggica. Este recurso trouxe mais dinamicidade nas aulas e mais contextualizao.

    Entendemos que estas atividades realizadas na disciplina de Estgio II no so suficientes para promover a total compreenso dos processos de educao pela pesquisa. Mas, fundamental que possamos reconhecer e continuar produzindo estratgias de ensino que articule o ensino e a pesquisa na formao inicial de professores.

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