eixo temÁtico: jogos feitas ou criadas em um ambiente ... · então que a dança é a arte de...
TRANSCRIPT
EIXO TEMÁTICO: JOGOS
CAP.9 – JOGOS CONCEITOS, ORIGEM E
CLASSIFICAÇÃO
Falar sobre o jogo enquanto manifestação da
cultura corporal significa traçar o que tal Conteúdo
Estruturante foi, desde sua constituição até a
atualidade, refletindo sobre as possibilidades de
recriá-lo por meio de uma intervenção consciente.
Quando pronunciamos a palavra jogo, cada um pode
entendê-la de modo diferente. Além disso, existe
uma associação muito forte do seu conceito com o
termo brincadeira, pelo fato de a palavra jogo se
originar do vocábulo latino “iocus”, que significa
diversão, brincadeira.
Crianças brincando. Fonte: http://www.ancorador.com.br
Os jogos existem desde a pré-história e
seus registros indicam as mais variadas formas de
jogar, nas diversas partes do mundo. Como forma de
manifestação da cultura de povos na Ásia, na
América pré-colombiana, na África, na Austrália e
entre os indígenas das ilhas mais longínquas do
Oceano Pacífico, foram encontrados jogos de
expressão utilitária, recreativa e religiosa (RAMOS,
1982, p.56). Alguns jogos passaram por alterações e
muitos deles vieram compor um elenco de
modalidades que mais tarde foram disputadas nos
Jogos Olímpicos da Grécia antiga. Este último
evento tinha, em sua origem, como um dos princípios,
a finalidade de aclamar os deuses do Olímpio.
Conceitualmente podemos dizer que o Jogo é
toda e qualquer atividade em que as regras são
feitas ou criadas em um ambiente restrito ou até
mesmo de imediato. (...) são atividades estruturadas
ou semi-estruturadas, normalmente praticadas com
fins recreativos e, em alguns casos, como
instrumento educacional. Podemos dizer também que
o jogo é uma atividade livre que deve ser realizada
sem o caráter da obrigatoriedade. Possibilita a
liberdade e a criação, permitindo o surgimento de
outras formas de jogar, implicando um sentido e um
significado que, com o tempo, passam a fazer parte
da cultura do grupo, comunidade, povo ou nação que
o inventou.
2. ORIGEM
A arqueologia registra a presença dos jogos
na humanidade desde 2600 a.C, fazendo este parte
da vida do homem mesmo que de forma intuitiva, na
qual os povos desta época retratavam aspectos do
cotidiano. Na Pré-história, os jogos estavam
presentes como forma de lazer e de representar
atividades rotineiras, além de servir como
instrumento para passar herança cultural e
conhecimentos entre as gerações.
Na Idade Média, os jogos foram proibidos
pela Igreja de serem praticados na escola, já que o
culto ao corpo visto na Grécia, diferentemente
nessa época, era considerado uma heresia, podendo
ser punido de maneira cruel.
Após o início do Renascimento, com o
surgimento da Pedagogia Moderna, que estava
baseada na participação lúdica e afetiva do aluno,
mostra-se a importância do jogo no processo de
ensino aprendizagem.
Ludwig Wittigenstein foi o 1º filósofo
acadêmico a criar uma definição para jogos (1989),
como a criação do termo “Jogos de linguagem”,
considerando que o jogo não pode ser agrupado por
uma única definição, mas por um conjunto de
definições que compartilham características entre
si. Na Atualidade, o jogo apresenta várias funções
que podemos destacar em forma de instrumento
educativo, meio de lazer, meio de expressar
sentimentos e emoções, etc.
3. CARACTERÍSTICAS DO JOGO (CALLOIS):
1) Livre implica ser o jogo uma atividade voluntária,
não imposta;
2) Que todo jogo acontece em espaço e tempo
delimitados pela própria brincadeira;
3) Que o resultado do jogo é sempre imprevisto e
incerto, pois o destaque está no prazer de jogar, na
ludicidade;
4) Que a natureza improdutiva do jogo significa
não estar este vinculado à aquisição de bens, nem à
produção de trabalho;
5) Que seu desenvolvimento se dá pela existência
de regras (implícitas ou explícitas);
6) Que jogar significa acessar o mundo imaginário,
fictício.
4. CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS
CONCEITO EXEMPLOS
Brincadeiras Ação que se desenvolve no ato
de jogar. Aprendizado
cultural que se expressa de
diversas formas. A
brincadeira é um estado
existencial das pessoas em
diversas situações das suas
vidas (SÃO LUÍS, 2004).
Manifesta-se nos jogos,
brinquedos em forma de
objetos, cultura popular,
reuniões de amigos,
montagem ou confecção
de brinquedos entre
outros (SÃO LUÍS, 2004
).
Jogos
Simbólicos
A função desse tipo de
atividade lúdica "consiste em
satisfazer o eu por meio de
uma transformação do real
em função dos desejos", ou
seja, tem como função
assimilar a realidade. A
criança tende a reproduzir
nesses jogos as relações
predominantes no seu meio
ambiente e assimilar dessa
Brincadeiras ou jogos de
faz- de- conta, de papeis
ou de representações
(SÃO LUÍS, 2004).
maneira a realidade e uma
maneira de se auto-expressar
( PIAGET APUD RIZ 1997 ).
Jogos
Esportivizados
[...] contêm alguns
fundamentos de modalidades
esportivas em que as regras
são alteradas e/ou criadas de
outra forma (MATO
GROSSO, 1998, p. 22).
Basquetão, futebol de
cadeira, futebol em
duplas, tênisbol, câmbio,
10 passes, volençol, etc.
Jogos
Populares
São aqueles conhecidos
também como jogos de rua ou
jogos tradicionais, que não
exigem recursos materiais
mais sofisticados, pois sua
gênese está na cultura
popular.
Queimado, amarelinha,
rouba bandeira, boca-de-
forno, mãe da rua, chuta
lata, manchete, tacobol,
etc.
Jogos de Salão São aqueles em que o jogador
depreende menos energia por
parte da movimentação
corporal, realizado em
ambientes mais fechados
(salas), usando-se tabuleiros e
pequenas peças para
representação dos jogadores,
em que suas regras são pré-
determinadas. Na atualidade
muitos desses jogos são pré-
fabricados /industrializados
(SOUZA JR.; TAVARES,
2007).
Dama, xadrez, ludo
dominó, pega-vareta,
palavras cruzadas,
baralho, desapareceu
alguém, transformação de
palavras, etc.
Jogos
Cooperativos
Os jogos cooperativos são
jogos de compartilhar, unir
pessoas, despertar a coragem
para assumir riscos, tendo
pouca preocupação com o
fracasso e o sucesso em si
mesmos. Eles reforçam a
confiança pessoal e
interpessoal, uma vez que,
ganhar e perder são apenas
referências para o contínuo
aperfeiçoamento de todos.
Dessa forma os jogos
cooperativos resultam no
envolvimento total, em
sentimentos de aceitação e
vontade de continuar jogando.
Amigos de Jó, estamos
todos no mesmo saco,
cesta de frutas, dominó
cooperativo, etc
5. JOGO COMPETITIVO X JOGO
COOPERATIVO
A competitividade se desenvolve ao longo da
vida, de acordo com as experiências e a forma como
somos estimulados a competir? Como era a
competição antes do modo de produção capitalista?
Até que ponto a competição que se estabeleceu na
sociedade capitalista – em que a disputa pelas
melhores posições sociais, econômicas e culturais –
pode nos tornar individualistas, sem a preocupação
com interesses coletivos? Será que a escola tornou-
se um ambiente que também promove a competição
egoísta, valorizando apenas aqueles que se
sobressaem?
Uma forma de oportunizar a participação
coletiva nas aulas, sem que a competição torne-se o
principal objetivo, pode se da através dos jogos
cooperativos. Assim como outras formas de jogo, os
jogos cooperativos também apresentam registros
em vários continentes.
6. JOGO NA ESCOLA
Quando falamos dos jogos na escola,
buscamos trabalhá-lo na perspectiva da cultura
corporal, onde são apresentadas a espontaneidade,
flexibilidade, descompromisso, criatividade e
expressividade representadas de diversas formas
próprias de cada cultura.
PRATICANDO CAP.9
1) São jogos conhecidos também como jogos de
rua ou jogos tradicionais, que não exigem
recursos materiais mais sofisticados, pois sua
gênese está na cultura popular. Estamos falando
dos jogos:
a) cooperativos;
b) competitivos;
c) populares;
d) simbólicos;
e) brincadeiras;
2) Queimado, amarelinha, rouba bandeira, boca-
de-forno, mãe da rua, chuta lata, manchete,
tacobol, são classificados em jogos:
a) cooperativos;
b) competitivos;
c) populares;
d) simbólicos;
e) brincadeiras;
3) Na educação física escolar, a atividade cuja
prática conduz a criança a ensaiar combinações
de ideias e comportamentos, buscando
alternativas de ações, tornando-as mais flexíveis
e de prática mais prazerosa é o (a)
a) ginástica;
b) luta;
c) esporte;
d) dança;
e) jogo;
4) A função desse tipo de atividade lúdica
"consiste em satisfazer o eu por meio de uma
transformação do real em função dos desejos",
JOGO COMPETITIVO JOGO COOPERATIVO
Divertido para alguns Divertido para todos
Alguns se sentem perdedores Todos se sentem ganhadores
Alguns são excluídos por falta de
habilidade
Todos se envolvem de acordo
com as habilidades
Estimula a desconfiança e o
egoísmo Estimula o compartilhar e confiar
Cria barreiras entre as pessoas Cria pontes entre as pessoas
Os perdedores saem e observam Os jogadores ficam juntos e
desenvolvem suas capacidades
Estimula o individualismo e o desejo
que o outro sofra
Ensina a ter senso de unidade e
solidariedade
Reforçam sentimentos de
depreciação, rejeição,
incapacidade, inferioridade, etc.
Desenvolvem e reforçam os
conceitos de nível AUTO (auto-
estima, auto-aceitação, etc.)
Fortalece o desejo de desistir
frente às dificuldades
Fortalece a perseverar frente às
dificuldades
Poucos são bem sucedidos Todos encontram um caminho
para crescer e se desenvolver
ou seja, tem como função assimilar a realidade.
A criança tende a reproduzir nesses jogos as
relações predominantes no seu meio ambiente e
assimilar dessa maneira a realidade e uma
maneira de se auto-expressar. Esses tipos de
jogo podem ser classificados em:
a) cooperativos;
b) competitivos;
c) populares;
d) simbólicos;
e) brincadeiras;
5) Conceitualmente podemos dizer que o Jogo é:
a) Toda e qualquer atividade em que as regras
são feitas ou criadas num ambiente restrito ou
até mesmo de imediato;
b) Toda atividade em que as regras são feitas e
não podem ser modificadas, sendo praticada em
ambiente público de forma obrigatória;
c) Uma atividade que deve ser feita com caráter
de seriedade, aproveitando os espaços livres e a
competitividade;
d) Uma atividade feita somente para pessoas que
gostam de competitividade, pois são pessoas que
não possuem habilidades;
e) Construída a partir de situações do cotidiano
das pessoas, mostrando as oportunidades que
temos sempre de vencer nossos adversários.
EIXO TEMÁTICO: DANÇA
CAP.10 – DANÇA: CONCEITO, HISTÓRICO E
CLASSIFICAÇÃO
A dança é uma das três principais artes
cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da
música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo
movimentos previamente estabelecidos
(coreografia) ou improvisados (dança livre). Na
maior parte dos casos, a dança, com passos
cadenciados é acompanhada ao som e compasso de
música e envolve a expressão de sentimentos
potencializados por ela, mas não é somente através
do som de uma música que se pode dançar, pois os
movimentos podem acontecer independentes do som
que se ouve e até mesmo sem ele. Podemos dizer
então que a dança é a arte de mexer o corpo através
de uma cadência de movimentos e ritmos, criando
uma harmonia própria.
A história da dança retrata que seu
surgimento se deu ainda na pré-história, quando os
homens batiam os pés no chão, aos poucos, foram
dando mais intensidade aos sons, descobrindo que
podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos
com as mãos, através das palmas.
Já as em formato de grupo aconteceu
através dos rituais religiosos, onde as pessoas
faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e
a chuva. Os primeiros registros dessas danças
mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois
mil anos antes de Cristo, mais tarde, já perdendo o
costume religioso, as danças apareceram na Grécia,
em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O
Japão preservou o caráter religioso das danças,
onde as mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias
dos tempos primitivos. Em Roma, as danças se
voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao
deus Baco (deus do vinho), onde se dançava em
festas e bacanais.
Dança no Egito. Fonte: http://mol-tagge.blogspot.com.br
Nas cortes do período renascentista, as
danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se
perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com
esse propósito. Praticamente daí foi que surgiu o
sapateado e o balé, apresentados como espetáculos
teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação
e cenário compõem sua estrutura. No século XVI
surgiram os primeiros registros das danças, onde
cada localidade apresentava características
próprias.
No século XIX surgiram as danças feitas em
pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras.
Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais
conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n
roll, que revolucionou o estilo musical e,
conseqüentemente, os ritmos das danças.
Dança nas cortes. Fonte: http://www.raquelelem.com.br
Assim como a mistura dos povos foram
acontecendo, os aspectos culturais foram se
difundindo. O maracatu, o samba e a rumba são
provas disso, pois através das danças vindas dos
negros, dos índios e dos europeus, esses ritmos se
originaram. Hoje em dia, as danças voltaram-se
muito para o lado da sensualidade, sendo mais
divulgadas e aceitas por todo o mundo. Nos países
do Oriente Médio a dança do ventre é muito
difundida e no Brasil, o funk e o samba. Além
desses, o striptease tem tido grande repercussão,
principalmente se unido à dança inglesa, pole dance,
mais conhecida como a dança do cano.
CLASSIFICAÇÃO
DANÇA NA ESCOLA
A Dança na escola, associada à Educação
Física, deverá ter um papel fundamental enquanto
atividade pedagógica e despertar no alunado uma
relação concreta sujeito-mundo. Deverá propiciar
atividades geradoras de ação e compreensão,
favorecendo a estimulação para ação e decisão no
desenrolar das mesmas e também reflexão sobre os
resultados de suas ações, para assim, poder
modificá-las perante algumas dificuldades que
possam aparecer e, através dessas mesmas
atividades, reforçar a auto-estima, a auto-imagem, a
autoconfiança e o auto-conceito. Não devemos nos
preocupar com a quantidade de atividades que
iremos oferecer para os alunos, mas sim, qualidade,
adequação e principalmente uma participação
QUANTO AO
MODO DE
DANÇAR
Dança solo (ex.: coreografia de solista no balé,
sapateado);
Dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, forró
etc);
Dança em grupo (ex.: danças de roda,
sapateado).
QUANTO
A ORIGEM
Dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado
etc);
Dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota
etc);
Dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);
Dança étnica (ex.: danças tradicionais de países
ou regiões).
QUANTO
A
FINALIDADE
dança erótica (ex.: can can, striptease, pole
dancing);
dança cênica ou performática (ex.: balé, dança
do ventre, sapateado);
dança social (ex.: dança de salão, axé)
dança religiosa/dança profética
(ex.: dança sufi).
espontânea, que acima de tudo proporcione prazer,
para não cairmos num processo instrucional
mecanicista.
Através das atividades de Dança,
pretendemos que o aluno evolua quanto ao domínio
de seu corpo, desenvolvendo e aprimorando suas
possibilidades de movimentação, descobrindo novos
espaços, novas formas, superação de suas limitações
e condições para enfrentar novos desafios quanto
aos aspectos motores, sociais, afetivos e cognitivos.
Abaixo seguem quadros sobre benefícios que
adquirimos com a dança.
a) Domínios do Comportamento Humano.
Desenvolvimento
Cognitivo
Desenvolvimento
Motor
Desenvolvimento
sócio-afetivo
Desenvolvimento
das capacidades
Perceptivas
Motoras e
Conceitos
Acadêmicos.
Desenvolvimento
das capacidades
Perceptivas
Motoras e
Conceitos
Acadêmicos.
Formação de um
auto-conceito e
sociabilização.
b) Variação no tempo-espaço, objeto e eixos do
movimento.
Tempo Espaço Objeto Noções de
Movimento
Lento
moderado
acelerando
acelerado
desacelerando
direção:
frente,
atrás,lado,
subindo e
descendo.
níveis:
alto,
médio e
baixo.
planos:
sagital,
corda
jornal
bola
arco
lençol
instrumentos
musicais
sucatas,
e outros.
Vivenciar
movimentos
das
articulações
da cabeça,
cintura
escapular,
cintura
pélvica,
cotovelo e
outras.
frontal e
horizontal.
extensões:
pequena e
grande.
c) Habilidades e Capacidades físico-motoras.
Velocidade Promover atividade que permita uma
sucessão rápida de gestos.
Força
Atividades que possibilite o músculo
vencer uma resistência ou produzir
uma tensão.
Equilíbrio Atividades que promovam equilíbrio
dinâmico, estático e recuperado.
Agilidade
Atividades que exijam num menor
tempo possível, o aluno conseguir
mudar o corpo de posição.
Resistência
Atividades aeróbicas, que promovam
melhora da capacidade cardio-
vascular, respiratória e aumento da
capacidade das fibras musculares.
Coordenação
Promover movimentos com várias
ações musculares numa seqüência de
movimento.
Ritmo Atividades com variação de ritmo (do
lento ao rápido).
Flexibilidade
Atividades que evidencie amplitude
dos movimentos das diferentes
partes do corpo.
CAP.11 - DANÇAS DO MARANHÃO
01. BUMBA-MEU-BOI:
No Maranhão, o Bumba-meu-boi representa
o ponto alto das chamadas festas juninas, que giram
em torno das figuras de São João, São Pedro, Santo
Antônio e São Marçal, envolvendo intensamente a
cidade de São Luís e o interior do Estado.
Tradicionalmente, o Bumba-meu-boi maranhense é
realizado na intenção de São João, a partir da
crença de que agrada a esse santo e organizar um
Boi ou brincar num que já esteja organizado. Dentro
desse contexto, identifica-se, na “brincadeira”, uma
forte marca religiosa, em que o boi funciona como
elemento de ligação entre o santo e os devotos,
inclusive para pagamento de “promessas”.
O Bumba-meu-boi é considerado uma dança
dramática, tendo como ponto central um “auto”, no
qual se encenava uma comédia, um drama, através de
falas-diálogos, e de cantigas-toadas. Essa
representação, assumida por um conjunto de
personagens, constituía-se na antiga “matança” do
boi, cujo cenário era uma fazenda, onde se
desenrolava uma trama em torno da vida, peripécias,
morte e ressurgimento de um boi. Atualmente, essa
forma tradicional de apresentação do bumba é
raramente feita na sua integridade, dando-se a sua
substituição por uma simplificada “meia-lua”, onde
predominam as “toadas” e a “tropeada”, no caso, o
batuque dos instrumentos.
Fonte: http://severino-neto.blogspot.com.br
Nessa perspectiva, na forma de
apresentação ora utilizada, o destaque é dado a uma
seqüência de toadas, que têm um repertório anual,
marcado por certa ordem crescente, iniciando-se
com a toada do “guarnecer” (a preparação do grupo
para entrar em ação) e prosseguindo com “o lá vai”
(o aviso de que a “brincadeira” está a caminho), vem
depois a “chegada” (o anúncio da presença do novilho
no terreiro), ganha pique com as “toadas de cordão”
(cantigas de temas livres, em torno de assuntos
variados), pode passar pela encenação de um
arremedo do “auto”, dá ênfase à toada do “urrou” (o
grito de renovação da vida do boi) e termina com a
“despedida” (uma retirada melancólica e romântica).
O Bumba-meu-boi maranhense apresenta
uma dinâmica de funcionamento específica, - o
chamado Ciclo da Festa - com determinadas etapas:
os ensaios (que começam no Sábado de Aleluia e
hoje vão até o Sábado mais próximo do dia de Santo
Antonio – 13 de junho); o batismo (que ocorre na
véspera do aniversário de São João – 23 de junho);
as apresentações públicas (realizadas no período de
24 a 30 de junho, dia de São Marçal, com “pique” no
dia de São Pedro – 29 de junho) e a morte do boi
(que acontece nos finais de semana dos meses de
julho a setembro). Não se pode deixar de falar,
atualmente, nas apresentações extra-época, que são
feitas por certos grupos fora do tempo peculiar à
“boiada”, ou seja, em qualquer época do ano, para
atender, sobretudo, as exigências do turismo.
Os Bois maranhenses estão divididos em
“sotaques”, que representam os estilos, as formas, a
maneira de ser predominante nos grupos. Os
“sotaques” provêm de diversas regiões do Estado,
ocorrendo entre eles variações quanto ao ritmo, ao
bailado, aos instrumentos, ao guarda-roupa, às
toadas, ao “auto”... Embora ocorram diferenças de
opiniões entre os entendidos a respeito da
classificação dos “sotaques”, quatro deles podem
ser apontados como principais: matraca, zabumba,
orquestra e da Baixada.
O “sotaque de matraca” é peculiar aos “bois
da ilha” de São Luís, caracterizando-se pelas
matracas, (duas tabuinhas de madeira que, batidas
uma contra a outra, causam um som estridente), ao
lado dos pandeirões e dos tambores-onças.
O “sotaque de zabumba” tem características
mais africanas, ressaltando-se a presença dos
tantãs (tambores enormes, de percussão rústica),
apresentando um ritmo mais socado.
O “sotaque de orquestra” é marcado por um
conjunto de instrumentos sonoros: clarinetes,
banjos, saxofones, pistons, entre outros, tendo um
ritmo mais alegre e suave.
O “sotaque de Pindaré” advém da região da
Baixada Maranhense e nele se destacam o guarda-
roupa rico e exuberante, com grandes chapéus de
penas, bordados e fitas, além de matracas e
pandeiros menores que os usados nos “bois da ilha”,
daí o seu ritmo mais lento.
02. TAMBOR DE CRIOULA
O Tambor de Crioula originou-se na costa do
Maranhão, trazido pelos primeiros escravos que ali
chegaram para o trabalho e, posteriormente,
formaram o primeiro quilombo da região, o Quilombo
de Frechal. Constitui-se numa dança popular
maranhense marcada por uma grande influência
negra, cujos traços estão presentes nos seus vários
elementos, ou seja, no ritmo, na música, nos cantos,
na coreografia, nos instrumentos e no guarda-roupa.
Inicialmente, o tambor era utilizado para
comunicação, para o treinamento da capoeira e, com
o tempo, foi adotado para as festas e brincadeiras
daqueles que ali residiam.
Nessa dança, transparece um sentimento
religioso aliado a um caráter profano. A
religiosidade concentra-se em torno da figura de
Benedito, São Benedito, o Santo Preto, escravo
cozinheiro que trabalhava na casa grande e que
costumava roubar comida da cozinha, para alimentar
e ajudar os negros que estavam sendo castigados
nos troncos e nas festas de tambor (de prática de
capoeira), que aconteciam nas senzalas. Por seus
feitos corajosos, driblando feitores e senhores de
escravos, depois de sua morte foi transformado em
santo e em padroeiro do Tambor de Crioula.
Tradicionalmente, se dança o tambor,
podendo essa homenagem ser estendida a outros
santos, inclusive como forma de pagamento de
promessa.
Tambor de crioula. Fonte: http://advivo.com.br/blog/luisnassif
O lado profano aparece na característica
que tem o tambor de ser uma diversão para os seus
brincantes, por ocasião de uma festa de aniversário,
matança de bumba-meu-boi, nascimento de uma
criança, chegada ou despedida de parente ou amigo,
comemoração pela vitória de um time de futebol, ou
num final de semana de lua cheia, sendo a dança um
motivo de diversão, uma forma de extravasamento
das preocupações com a dura luta pela
sobrevivência, enfrentada pelas camadas populares.
Sim, porque o Tambor de Crioula é comumente
dançado por pessoas inseridas nas camadas
populares, tanto da cidade de São Luís, como de
diversos municípios do interior do estado do
Maranhão.
Os participantes organizam-se em grupos de
pessoas predominantemente negras de ambos os
sexos, embora haja o exercício de funções
diferentes por parte de mulheres e homens no
decorrer da dança.
O Tambor de Crioula é dançado, geralmente,
ao ar livre, na porta de uma casa, numa rua, num
pátio, numa praça, ou em qualquer outro lugar que
permita a livre movimentação do grupo, dando vazão
a uma coreografia solta e variada.
Para dançar o tambor, forma-se uma roda,
um círculo, ficando de um lado as mulheres, que são
as dançantes, uma junto da outra, e, de outro lado,
os homens, que são tocadores e cantadores. As
mulheres, chamadas de “coreiras”, vão se revezando
para dançar, uma de cada vez, diante dos tambores,
fazendo, inicialmente, uma reverência a estes para
depois desenvolverem, de maneira graciosa e
faceira, uma dança que mexe com todo o seu corpo.
O revezamento se dá através da “punga”,
uma batida rápida de barriga da mulher que está
dançando no meio da roda em outra companheira,
como um convite para que esta a substitua. Enquanto
isso, os homens, chamados de “coureiros”, ficam
cantando as toadas, tocando os tambores e também
dançando, com um movimento mais pesado, parecido
com a capoeira. Pelo lado de fora da roda fica a
“assistência”, formada pelos parentes, amigos,
acompanhantes e o público em geral, que é
conclamado a participar, cantando o refrão das
toadas e movimentando o corpo com os passos da
dança.
Quanto aos instrumentos, utilizam-se três
tambores feitos de madeira ou, mais modernamente,
de grossos canos, cobertos de couro. Esses
tambores têm tamanhos diferentes: o tambor
grande é chamado de roncador ou rufador, o médio
de meião, socador ou chamador e o pequeno de
perengue, merengue ou crivador.
Os tambores são tocados com as mãos,
sendo que cada tocador coloca o tambor entre as
pernas e nele vai batendo num ritmo quente e
envolvente. No caso do tambor grande, verifica-se,
ainda, que um outro tocador bate, na parte
posterior, com paus de madeira, - “as matracas”.
Para melhor afinação, durante a dança, os tambores
são esquentados no fogo. As “coreiras” usam saias
coloridas, estampadas, blusas com bordados e
rendas, colares e pulseiras em cores variadas, e os
“coureiros” vestem camisas também coloridas, que
podem ter estampas semelhantes às das mulheres, e
chapéus de palha. Em São Luís, atualmente, o
Tambor de Crioula é dançado em qualquer época do
ano, embora sua maior incidência seja no carnaval e
no período das festas juninas.
Instrumentos Fonte: http://caravanacultural.zip.net/
03. DANÇA DO CACURIÁ
São várias as denominações da Dança do
Cacuriá: Bambaê de Caixa, Carimbó de Caixa e Baile
de Caixa (Penalva). Originalmente, a dança faz parte
da Festa do Divino Espírito Santo e acontece por
ocasião da derrubada do mastro, sendo praticada
por um grupo de homens e mulheres. Algumas destas
são as responsáveis pelo toque das caixas que são os
únicos instrumentos musicais que acompanham a
dança - e, por isso, são chamadas de “caixeiras”. Ao
tocar, entoam versos espontâneos ou já conhecidos,
cada qual com sua característica própria. Os demais
dançantes se dividem em casais para a execução da
coreografia, que depende das músicas cantadas,
sendo estas profanas na sua totalidade. A dança
pode ser realizada ao redor do mastro do Divino, em
local fechado ou no próprio salão da festa do Divino.
Atualmente, a Dança do Cacuriá acontece fora do
ciclo do Divino, constituindo isto uma inovação.
Cacuriá. Fonte: http://blogdobois.blogspot.com.br
O Cacuriá foi criado há aproximadamente 32
anos no interior da capital e levada para a cidade de
São Luís, por Dona Florinda e o Senhor Lauriano,
mais conhecidos como: Filoca e Lauro. O Cacuriá foi
criado a partir do carimbó de caixa (instrumento de
batuque), que era tocado com a caixa da Festa do
Divino Espírito Santo.
A representante mais conhecida do cacuriá é
Dona Teté uma percussionista maranhense muitas
vezes creditada como uma das criadoras do ritmo e
considerada responsável pela introdução dos novos
instrumentos.
04. DANÇA DO LELÊ
Com a denominação de Dança do Péla (de
péla porco), essa manifestação folclórica é
encontrada na cidade de Rosário, em povoados desse
município e de outros que lhe são próximos. Seus
brincantes são, geralmente, lavradores de ambos os
sexos, pessoas maduras ou idosas, de onde vem a
designação de “dança de velhos”. De origem
européia, essa dança de salão assemelha-se à
quadrilha e apresenta coreografia e cantos bastante
variados. É acompanhado por um conjunto musical,
que tem o violão, o cavaquinho e o pandeiro são
instrumentos básicos, embora outros dele façam
parte: a rebeca, o pífano e as castanholas. A Dança
do Lelê se divide em quatro partes:
O Chorado: é a parte que inicia a festa e em
que os brincantes escolhem seus pares, formando os
cordões. É uma espécie de convite à dança, expresso
em estrofes cantadas de seis versos, que saúdam a
plateia, apresentam os cantadores e os tocadores,
louvam os santos, criticam os presentes, etc.
A Dança Grande: É a parte mais longa da
festa na qual os brincantes, já muito animados,
apresentam uma coreografia diversificada, cujos
passos recebem nomes especiais. Cantam-se
estrofes de quatro versos envolvendo temas
satíricos e diálogos entre os cantadores.
Lelê. Fonte: http://www.flogao.com.br/culturamaranhense
A Talavera dançada na madrugada, com os
brincantes sempre de braços dados. Os cantos,
feitos em estrofes de quatro versos, falam dos
motivos de estar na festa, sendo as abordagens
geralmente românticas.
O Cajueiro: é dançado ao alvorecer, quando
os brincantes cantam estrofes de quatro versos,
saudando os músicos, o dono da casa e os
espectadores. No final do Cajueiro, a coreografia é
muito variada, sendo conhecida como “juntar
castanha e entregar o caju”. Embora possa
acontecer em qualquer época do ano, a Dança do
Lelê costuma ser apresentada por ocasião das
festas católicas (São Benedito, Nossa Senhora do
Rosário, Nossa Senhora da Conceição, Divino
Espírito Santo, etc) e até na época do carnaval.
Apesar do seu vigor, no seio da população rural dos
municípios citados, essa manifestação folclórica
pode desaparecer no futuro.
05. DANÇA-DO-COCO
Conhecida como Dança-do-côco-babaçu,
Dança-do-côco-ariri, Dança-do-côco ou
simplesmente Coco, é um folguedo tradicional, ligado
ao trabalho escravo. Dele se tem notícias a partir
de 1828, em Alagoas, com o nome de Coco Praiano. É
dançado por grupos de pessoas, geralmente da
periferia da cidade ou da zona rural, constituídos
por homens, mulheres e crianças, grupos esses que
podem ter até mais de 100 participantes.
A origem africana do Coco é evidenciada nas
umbigadas, nas batidas de palmas, de pés, nos
meneios do corpo, enquanto a influência portuguesa
ou indígena se manifesta no seu movimento de roda.
A dança é praticada no mês de junho,
durante os festejos juninos, e no período natalino,
em algumas regiões. Tendo sido, por algum tempo,
uma dança de salão, passou, com o correr dos anos, a
ser representada unicamente a céu aberto, ou seja,
em praças ou ruas, enfeitadas com ariris e
bandeirinhas.
A coreografia do Coco caracteriza-se pela
pequena movimentação, organizando-se os dançantes
em círculo, onde se alternam homens e mulheres. No
meio do círculo fica o marcador ou mandador do
Coco, que comanda as músicas, faz as marcações e
tira os improvisos, sendo o líder do grupo desde os
ensaios até a última apresentação.
Há ainda os coordenadores, encarregados de
manter a ordem no cordão, observar quem está
cantando ou dançando bem e orientar os mais novos
no grupo. Há um momento especial na brincadeira: o
da comédia ou enredo, variável conforme o Côco,
embora seja sempre o mesmo no Coco babaçu. Nesse
momento, o grupo que representa a comédia ocupa o
centro do círculo, ficando os demais brincantes
acocorados até o final da dramatização, após o que
voltam a cantar e dançar.
Dança do coco. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br
A toada é sempre a mesma, enquanto os
versos, improvisados pelos cantadores, retratam as
coisas e os fatos do dia-a-dia, apresentando um
conteúdo satírico. Se a brincadeira é feita como
pagamento de uma promessa, podem revelar um
conteúdo religioso.
Os instrumentos utilizados na Dança-do-
Côco são os seguintes: saxofone, pistom, trombone,
banjo, pandeiro, triângulo de ferro, maracá-de-lata
e tambor-surdo, que formam uma pequena
orquestra. Os homens usam calças e sapatos do
cotidiano, camisas iguais, listradas ou estampadas e
um facão na cintura. As mulheres usam vestidos da
mesma fazenda estampada, com babados e rendas.
Enfeitam-se com brincos, colares, chapéus e rosas
nos cabelos e calçam tamancos.
Na cintura amarram um pequeno cofo com
amêndoas e levam na mão a imitação de um machado.
A coreografia das mulheres imita os gestos do
trabalho cotidiano. O facão, carregado pelos
homens, simboliza o papel do desbravador de
caminhos; o cofo com amêndoas traduz as relações
de produção entre o proprietário e os coletores de
coco.
Quando o grupo é liderado por pessoa ligada
à Umbanda ou ao Candomblé, a forma de dançar e o
conteúdo dos cantos sofrem influências dessas
religiões. O calendário das apresentações do Coco é
rigorosamente cumprido, havendo a crença de que,
se ele for desrespeitado, advirão castigos para os
brincantes.
06. DANÇA DO CAROÇO
Praticada na cidade de Tutóia, vizinha do
Estado do Piauí, a Dança do Caroço é segundo alguns
depoimentos, de origem africana, segundo outros,
de origem indígena. Trata-se de uma dança livre,
pouco ou nada ritualizada, cujos participantes, de
ambos os sexos e de qualquer idade, apresentam
uma coreografia bastante variada. E que depende
dos cantos, cuja letra leva os brincantes às
respostas, expressas na dança e nas toadas que
improvisam. Essas toadas são feitas em versos e
envolvem fatos e coisas do cotidiano de Tutóia
Velha, isto é, a relação dos seus habitantes com a
natureza: o mar, os rios, a vegetação, os animais, a
pesca etc. Uma das brincantes, a que melhor dança e
canta, faz a puxada da brincadeira. É a Rainha do
Caroço, que exerce certa liderança no grupo, no qual
há um “representante do prefeito”, que leva a este
os pedidos do pessoal e avisa os participantes,
sempre que essa autoridade marca uma dança.
Nesta podem tomar parte até os
assistentes, mas são sempre os melhores cantores
do grupo que puxam a música, respondendo os
demais elementos com as estrofes. Os instrumentos
utilizados são: quatro caixas (tambores) e uma
curica (cabaça envolta por um trançado de
sementes).
Quanto ao traje dos brincantes, vê-se que já
foi modernizado: as mulheres usam vestidos de
corpo baixo em cor branca, mangas em folhos de
fazenda estampada, a mesma da saia, que é curta e
tem três folhos; os homens vestem calça branca, de
boca estreita, um pouco arregaçada e camisa do
mesmo tecido estampado da saia das mulheres.
Caroço. Fonte: http://mundodadanca1.blogspot.com
Os caixeiros (homens e mulheres) calçam
sandálias japonesas e os brincantes (homens e
mulheres) dançam descalços. Fazendo parte da vida
dos brincantes de Tutóia, o Caroço é no seu próprio
dizer, uma “brincadeira”, que pode acontecer quando
“dá vontade”, por ocasião de aniversários ou festas
religiosas.
Apesar de sua espontaneidade, essa dança
vem sofrendo, como é natural, algumas mudanças ao
longo do tempo. Basta dizer que ela é,
constantemente, apresentada para turistas, em
concursos ou através de contratos com particulares.
07. DANÇA DE SÃO GONÇALO
A dança de São Gonçalo, baile de São
Gonçalo, ou simplesmente São Gonçalo é realizada
em quase todo o Estado do Maranhão, assumindo
características diversas em cada região ou mesmo
em cada município. Dela participam lavradores,
pescadores, operários, donas de casa, estudantes.
Os instrumentos utilizados são o violino, a viola ou o
violão.
São Gonçalo. Fonte: http://www.flickr.com/photos/encontrosertaoveredas
A dança se realiza em espaço fechado,
previamente decorado para tal finalidade, dentro de
casa ou em tendas reservadas a festas religiosas.
Na frente do salão é colocado um altar com as
imagens de São Gonçalo, São Benedito e de outros
santos, ao lado do qual permanece o dono da festa,
sentado numa cadeira, durante toda a apresentação.
A dança é distribuída em dois cordões de
igual número: um formado por homens e outro por
mulheres, colocados um ao lado do outro, ficando um
espaço no meio para a movimentação, que ocorre
com um passo para a direita e outro para a
esquerda. Cada casal desenvolve uma série de passos
trocados e vai se deslocando até o altar, onde
presta a sua reverência ao santo, volta para o
cordão, sempre em movimento, cantando músicas
religiosas próprias da dança e recitando versos,
acompanhados pelos instrumentos musicais.
Ao final, todos se colocam diante do altar,
oferecem flores ao santo e, com a platéia, rezam
uma ladainha oferecida a São Gonçalo.
08. QUADRLHA
Os estudos colocam que a dança de quadrilha
teve origem na Inglaterra, por volta dos séculos
XIII e XIV. A guerra dos Cem Anos entre França e
Inglaterra, serviu também para promover uma
transferência cultural entre esses países. A França
adotou a quadrilha e levou-a para os palácios,
tornando-a assim uma dança nobre. Rapidamente se
espalhou por toda a Europa, sendo assim uma dança
presente em todas as festividades da nobreza.
Originalmente, em sua forma francesa, a
quadrilha era dançada em cinco partes, em
compassos que variavam de 6/8 a 2/4, dependendo
da parte que estava sendo dançada, terminando
sempre em um galope, que normalmente
atravessava-se o salão.
A quadrilha não só se popularizou como dela
apareceram várias derivadas no interior. Assim a
Quadrilha Caipira, no interior paulista (e mineiro), o
baile sifilítico na Bahia e Goiás, a saruê (deturpação
de soirée) no Brasil Central e, porventura a mais
interessante dentre todas elas, a mana chica e suas
variantes... Várias danças do fandango usam
marcação de quadrilha, da mesma forma que o
pericón e outros bailes guascas da campanha no Rio
Grande do Sul.
Nota-se que, numa coincidência que a
Sociologia e a História explicam uma dança nascida
no meio do povo seis ou sete séculos atrás, voltou ao
povo, em outro país e outra etnia, mas praticamente
conservando a mesma função antropológica, social e
cultural. A Guerra dos Cem Anos, entre a França e
Inglaterra, acabaria levando a "country dance” para
a França. Lá, a palavra se afrancesou, transformou-
se em contredance, uma dança em que os pares
executam a coreografia, frente a frente, ou "vis-a-
vis". A contredance se aportuguesou como
"contradança" e quadrilha, mas que implica a
formação de pares em alas apostas; a palavra é
provavelmente derivada da "country dance" inglesa.
Quadrilha. Fonte:http://www.brasilcultura.com.br/
Em dois séculos, a contradança perdeu
aquela sua característica camponesa e rural para
tornar-se a dança nobre por excelência,
conquistando, primeiramente, a corte francesa e, em
seguida, todas as cortes européias, incluindo a
portuguesa. Chegou-se ao ponto de, no século 18, ela
ter sido a grande dança protocolar de abertura dos
bailes da corte. À medida que ela foi se
popularizando, principalmente no Brasil e Portugal, o
nome ‘quadrilha' foi começando a ser usado,
seguindo, aliás, uma terminologia utilizada na
Espanha e na Itália, onde identificava a
contradança, dançada por quatro pessoas. Desta
"quadrilha de quatro” derivou a "quadrilha geral”.
A quadrilha chegou ao Brasil no século XIX,
com a vinda da Corte Real portuguesa. Rapidamente
essa dança de salão, típica da nobreza, caiu nas
graças do nosso povo animado e festeiro. É
importante lembrar que a quadrilha é uma dança
característica dos caipiras, pessoas que moram na
roça e têm costumes muito pitorescos. Hoje, porém,
a dança apresenta marcação alternadamente, em
português e francês macarrônico e mesmo em
francês e linguagem sertaneja, utilizando
expressões como: "Balancê" que quer dizer
Balancear, significando que todos os participantes
devem dançar balançando em seus lugares, pares
desligados. "Cumprimenta vis-a-vis. Avan tú", que
quer dizer avançar para o centro a fim de
cumprimentar com aceno de cabeça. "Anarriér", que
quer dizer voltar aos seus lugares.
Em 1952 foram apresentadas,
simultaneamente, 20 quadrilhas pelo "Baile do Poço"
o que demonstrava o quanto este gênero era
apreciado aqui no Brasil. Os compositores
brasileiros tomaram gosto pelo gênero e hoje em dia
as quadrilhas possuem características bem
nacionais. A quadrilha é dançada em homenagem aos
santos juninos (Santo Antônio, São João e São
Pedro) e para agradecer as boas colheitas na roça.
Tal festejo é importante, pois o homem do campo é
muito religioso, devoto e respeitoso a Deus. Dançar,
comemorar e agradecer. Em quase todo o Brasil, a
quadrilha é dançada por um número par de casais e a
quantidade de participantes da dança é determinada
pelo tamanho do espaço que se tem para dançar. A
quadrilha é comandada por um marcador, que orienta
os casais usando palavras afrancesadas e
portuguesas. Existem diversas marcações para uma
quadrilha e, a cada ano, vão surgindo novos
comandos, baseados nos acontecimentos nacionais e
na criatividade dos grupos e marcadores.
09. A DANÇA DA MANGABA
A Mangaba, dança de origem africana, veio
para o Maranhão, principalmente para o Vale do
Mearim, através da gente do Piauí. Antigamente, a
Mangaba era denominada Baião, o que a faz ser
conhecida até hoje, em algumas regiões, por este
nome.
Mangaba. Fonte: http://jeremiasregistrandomomentos.blogspot.com.br
Seus brincantes são de ambos os sexos e de
idades variadas, embora haja predominância de
jovens. As pessoas que praticam a Dança da
Mangaba, não constituem um grupo organizado; são
as que a conhecem e sabem dançá-la, incluindo aí os
cantores e os músicos. O acompanhamento dessa
dança é, principalmente, de percussão. Em algumas
regiões, onde ela se manifesta, são utilizados
caixões de madeira. Em outras regiões, há também o
uso de tambores e taróis. Originalmente, fazia
parte dessa instrumentação a rabeca e a viola, que
desapareceram em virtude da dificuldade de se
encontrar quem as toque.
A Dança da Mangaba tem um ritmo contagiante. Sua
coreografia apresenta evoluções, formando, no
entanto, um núcleo comum. Todos os passos são
feitos ao redor de uma formação, tomada ao iniciar
a brincadeira (a forma do número oito). Mesmo com
toda a movimentação da dança, há a exigência de
manter a forma do número oito no decorrer do
espetáculo. A Mangaba se constitui, principalmente,
num divertimento, num lazer, sendo dançada, com
mais freqüência, na época junina.
A presença desse folguedo na realidade cultural
maranhense demonstra que ele tem conseguido se
manter vivo através do tempo, podendo, no entanto,
como ocorreu com outras manifestações,
desaparecer no futuro, de onde vem a preocupação
com o seu registro.
10. A MARUJADA
A Dança do Marujo ou Marujada, também
conhecida como Chegança do Marujo, Barca
Fandango, os Fandangos, Nau Clarineta ou apenas
Chegança, é de origem portuguesa que se espalhou
por todo o Brasil. Chegou ao Maranhão pelo Piauí e
fixou-se em Caxias. Os brincantes são do sexo
masculino, de idade que varia de 13 a 50 anos e,
geralmente, são açougueiros, magarefes e feirantes.
A Dança do Marujo apresenta uma
coreografia simples, formada por dois cordões de
participantes, que pouco falam ou cantam, mas
respondem em forma de coro e dançam imitando as
ondas do mar. Arrumam-se em forma de barco,
ficando, em uma extremidade, o rei Mouro e seus
embaixadores (muçulmanos) e, na outra, o chefe de
divisão e seus tripulantes (cristãos). O grupo sai
cantando do local de ensaio para o de apresentação,
entoando uma música denominada cantiga de rua.
Marujada. Fonte: http://nargilass.blogspot.com.br
Dependendo do local de apresentação, os
brincantes fazem saudações ao dono da casa ou a
algum santo, de preferência São Benedito, e à
platéia. A dança é acompanhada apenas por maracás
de latas. A Dança do Marujo, em Caxias, é composta
de sete partes independentes entre si, que são
apresentadas com diálogos cantados ou falados.
Essas partes são: Mora (Rei Mouro), Piloto, Chiquito,
Capitão-General, Rizinga, Mestre-Patrão e
Bandeireiro. A dança inicia-se pela saída da nau
portuguesa do porto (Mora ou Rei Mouro). Nessa
parte há o confronto entre o chefe de divisão e os
embaixadores, na tentativa destes serem
convertidos ao cristianismo. Finaliza com o batizado
dos embaixadores.
A partir da parte do Piloto, a dança gira em
torno do navio que fica à deriva, danificado. O piloto
embriaga-se. Surge uma série de brigas e
desentendimentos, em que estão envolvidos: o
piloto, o mestre-patrão, o calafatinho, o
contramestre, o chefe de divisão, o guarda-marinha
e o doutor. O doutor consegue salvar a vida do
contramestre, que foi esfaqueado pelo piloto, e
este, já sóbrio, pede desculpas e é perdoado.
Na parte do Chiquito, este, como
personagem central, se apresenta com uma luneta na
mão à procura de terra; os demais marujos vivem um
período de desolação. Na fase final ou Bandeireiro,
a dança apresenta a parte mais curta e o espetáculo
fica por conta da coreografia. Ao encerrar a dança,
os participantes cantam uma melodia de despedida.
A dança do Marujo faz parte das festas
natalinas, podendo prolongar-se até 15 de janeiro.
De acordo com informações de Enóquio Sousa, esse
folguedo encontra-se, hoje, totalmente desativado
e, portanto, em fase de completa extinção.
PRATICANDO CAP.10 e 11
1) Hoje no mundo globalizado são desenvolvidas
diversas atividades que visam à qualidade de vida
de seus praticantes, onde podemos destacar a
dança, que possui hoje inúmeros adeptos,
principalmente o público de 3ª idade. Analisando
a evolução da dança, podemos dizer que ela
surgiu da (o):
a) Necessidade de imitar os sons produzidos pelos
animais.
b) Momento que os homens da pré-história batiam
palmas e os pés no chão descobrindo assim sons
produzidos.
c) Momento histórico da descoberta da capoeira
pelos brancos onde os negros utilizavam os sons
dos instrumentos para ludibriar os seus
escravizadores no momento em que estavam
treinando a capoeira.
d) Descoberta da dança como forma de terapia por
parte de alguns médicos
e) Influência da dança como maneira de produção de
movimentos, colaborando assim com a cultura
corporal do indivíduo
2) Muitos anos após o seu surgimento, a dança
apareceu na Grécia. Assinale com qual objetivo a
dança era praticada nessa nação.
a) Homenagear o Deus Baco (Deus do vinho)
b) Comemorar a abertura e o encerramento das
olimpíadas
c) Dar início a dança em pares
d) Surgimento do caráter teatral da dança
e) Melhorar a condição física das mulheres
3) Dentro das diversas classificações existentes da
dança, observamos a classificação dada da
seguinte forma: quanto ao modo de dançar,
quanto à origem e quanto à finalidade. Assinale a
opção que mostra como a dança se classifica
quanto ao modo de dançar.
a) Dança folclórica, histórica e cerimonial
b) Dança solo, em duplas e em grupo
c) Dança erótica, cênica e performática
d) Dança social, religiosa e profética
e) Dança em grupo, solo e cênica
4) A Dança na escola, associada à Educação Física,
deverá ter um papel fundamental enquanto
atividade pedagógica e despertar no alunado uma
relação concreta sujeito-mundo. Deverá propiciar
atividades geradoras de ação e compreensão,
favorecendo a estimulação para ação e decisão no
desenrolar das mesmas, e também reflexão sobre
os resultados de suas ações, para assim, poder
modificá-las defronte a algumas dificuldades que
possam aparecer e através dessas mesmas
atividades, reforçar a auto-estima, a auto-
imagem, a autoconfiança e o auto-conceito.
Através das atividades de Dança, pretendemos
que o aluno evolua quanto ao domínio de seu
corpo, desenvolvendo e aprimorando suas
possibilidades de movimentação, descobrindo
novos espaços, novas formas, superação de suas
limitações e condições para enfrentar novos
desafios quanto aos aspectos motores, sociais,
afetivos e cognitivos. Assinale a alternativa que
mostra três benefícios que a dança pode trazer
nas capacidades físico-motoras.
a) Velocidade, força e equilíbrio
b) Tempo, espaço e ritmo
c) Resistência, objetos e coordenação
d) Força, tempo e agilidade
e) Espaço, objetos e flexibilidade
5) O Tambor de Crioula constitui-se numa dança
popular maranhense, marcada por uma grande
influência negra, cujos traços estão presentes
nos seus vários elementos, ou seja, no ritmo, na
música, nos cantos, na coreografia, nos
instrumentos e no guarda-roupa. Marque a opção
correta dos três tambores que são utilizados
nesta dança.
a) Roncador, meião, crivador.
b) Rufador, socador, tamborim
c) Roncador, surdo, tamborim
d) Perengue, meião, surdo
e) Chamador, roncador, rufador
6) Qual dessas danças abaixo é encontrada na
cidade de Rosário, em povoados desse município e
de outros que lhe são próximos e é conhecida
também pelos nomes de péla, péla porco ou dos
velhos, onde geralmente, os brincantes são
lavradores de ambos os sexos, pessoas maduras
ou idosas?
a) Marujada
b) Lêle
c) Mangaba
d) Quadrilha
e) São Gonçalo
7) Dança de origem africana, veio para o Maranhão,
principalmente para o Vale do Mearim através da
gente do Piauí. Antigamente, era denominado
Baião, o que a faz ser conhecida até hoje, em
algumas regiões, por este nome. Seus brincantes
são de ambos os sexos e de idade variada,
embora haja predominância de jovens. As pessoas
que praticam a dança, não constituem um grupo
organizado; são as que a conhecem e sabem
dançá-la, incluindo aí os cantores e os músicos.
Sua característica principal é a exigência de
manter a forma do número oito no decorrer do
espetáculo. De que dança estamos falando?
a) Marujada
b) Lêle
c) Mangaba
d) Pagode
e) Coco
8) Com o surgimento de algumas danças em nosso
estado, observamos que algumas foram extintas e
outras permanecem hoje sem muitos praticantes,
tentando sobreviver, uma delas de origem
africana nasceu em Tutóia cidade vizinha com o
estado do Piauí e foi trazida para nossa capital
através de pesquisadores e praticantes que aqui
chegaram, assinale a alternativa correta da
dança que nasceu em Tutóia.
a) Marujada
b) Lêle
c) Pagode
d) Caroço
e) São Gonçalo
9) Originalmente, o Cacuriá faz parte da Festa do
Divino Espírito Santo e acontece por ocasião da
derrubada do mastro, sendo praticada por um
grupo de homens e mulheres. A representante
mais conhecida do Cacuriá é Dona Teté uma
percussionista maranhense muitas vezes creditada
como uma das criadoras do ritmo e considerada
responsável pela introdução dos novos
instrumentos. Mas antes dela, o titulo de
pioneiros do Cacuriá era de Dona Florinda e o
Senhor Lauriano, que eram conhecidos como:
a) Flor e Lau
b) Filuca e Laro
c) Filoca e louro
d) Florzinha e Lauro
e) Filoca e Lauro
10) Sobre o bumba-meu-boi no maranhão,
podemos dizer que acontece o ano todo
independente da data, mas, o ponto alto
acontece nas festas juninas, que giram em torno
das figuras de São João, São Pedro, Santo
Antônio e São Marçal, envolvendo intensamente a
cidade de São Luís e o interior do Estado. O
Bumba-meu-boi maranhense apresenta uma
dinâmica de funcionamento específica, o chamado
Ciclo da Festa que acontece da seguinte forma:
a) Ensaios, batismo, apresentações públicas e a
morte do boi
b) Ensaios, levantamento de mastro, derrubada de
mastro e a morte do boi
c) Batismo, ensaios, apresentações públicas e
derrubada do mastro
d) Batismo, apresentações, ensaios e derrubada de
mastro
e) Levantamento do mastro, batismo, ensaios e
derrubada do mastro.
EIXO TEMÁTICO: GINÁSTICA
CAP.12 – GINÁSTICA: CONCEITO, HISTÓRIA
E CLASSIFICAÇÃO
A história da Ginástica confunde-se com a
história do homem. A Ginástica entendida por Ramos
(1982) como a prática do exercício físico “vem da
Pré-história, afirma-se na Antiguidade, estaciona na
Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e
sistematiza-se nos primórdios da Idade
Contemporânea”. No homem pré-histórico, a
atividade física tinha papel relevante para sua
sobrevivência, expressa principalmente na
necessidade vital de atacar e defender-se. O
exercício físico de caráter utilitário e
sistematizado de forma rudimentar era transmitido
através das gerações e fazia parte dos jogos,
rituais e festividades.
Na Antiguidade, principalmente no Oriente,
os exercícios físicos aparecem nas várias formas de
luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de
atirar com o arco, como exercícios utilitários, nos
jogos, nos rituais religiosos e na preparação
guerreira de maneira geral.
Na Grécia, nasceu o ideal da beleza humana,
o qual pode ser observado nas obras de arte
espalhadas pelos museus em todo o mundo, onde a
prática do exercício físico era altamente valorizada
como educação corporal em Atenas e como
preparação para a guerra em Esparta. O fato de ser
a Grécia o berço dos Jogos Olímpicos, disputados
293 vezes durante quase 12 séculos (776 a. C - 393
d. C), demonstra a importância da atividade física
nesta época.
Em Roma, o exercício físico tinha como
objetivo principal a preparação militar e num
segundo plano a prática de atividades desportivas
como as corridas de carros e os combates de
gladiadores que estavam sempre ligados às questões
bélicas. Recordações das magníficas instalações
esportivas desta época como as termas, o circo, o
estádio, ainda hoje impressionam quem as visita pela
magnitude de suas proporções.
Na Idade Média, os exercícios físicos foram
a base da preparação militar dos soldados, que
durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas
Cruzadas empreendidas pela igreja. Entre os
nobres, eram valorizadas a esgrima e a equitação
como requisitos para a participação nas Justas e
Torneios, jogos que tinham como objetivo
“enobrecer o homem e fazê-lo forte e apto” (Ramos,
1982). Há ainda registros de outras atividades
praticadas neste período como o manejo do arco e
flecha, a luta, a escalada, a marcha, a corrida, o
salto, a caça e a pesca e jogos simples e de pelota,
um tipo de futebol e jogos de raqueta.
O exercício físico na Idade Moderna,
considerada simbolicamente a partir de 1453,
quando da tomada de Constantinopla pelos turcos,
passou a ser altamente valorizado como agente de
educação. Vários estudiosos da época, entre eles,
inúmeros pedagogos, contribuíram para a evolução
do conhecimento da Educação Física com a
publicação de obras relacionadas à pedagogia, à
fisiologia e à técnica. A partir daí surgiu um grande
movimento de sistematização da Ginástica.
Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, a palavra Ginástica vem do grego
Gymnastiké e significa a “Arte ou ato de exercitar o
corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade.
A ginástica é um conceito que engloba
modalidades competitivas e não competitivas, e
envolve a prática de uma série de movimentos
exigentes de força, flexibilidade e coordenação
motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e
mental.
Podemos dizer também que é o conjunto de
exercícios corporais sistematizados, realizados no
solo ou com auxílio de aparelhos e aplicados com
objetivos educativos, competitivos, terapêuticos,
etc.
FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA
FUNDAMENTOS
DA GINÁSTICA
CONCEITOS
Saltar Desprender-se da ação da gravidade,
manter-se no ar e cair sem
machucar-se.
Equilibrar Permanecer ou deslocar-se em uma
superfície limitada, vencendo a ação
da gravidade.
Rolar/girar Dar volta sobre o eixo do próprio
corpo
Trepar/subir Subir em suspensão pelo braço, com
ou sem ajuda das pernas, em
superfícies verticais ou inclinadas.
Balançar/embalar Impulsionar-se e dar ao corpo um
movimento de “vaivém” tal qual um
pêndulo.
CLASSIFICAÇÃO DA GINÁSTICA
1- Ginástica de Condicionamento Físico:
Englobam todas as modalidades que têm por
objetivo de aquisição ou a manutenção da condição
física do indivíduo normal e/ou do atleta, como
exemplos temos: Ginástica aeróbia, hidroginástica,
localizada com aparelhos, localizada sem aparelhos,
etc.
2- Ginásticas de Competição: Reúnem todas as
modalidades competitivas. Exemplos: Ginástica
artística/olímpica, Ginástica rítmica, Ginástica
acrobática, Tumbling.
3- Ginásticas Fisioterápicas: Responsáveis
pela utilização do exercício físico na prevenção ou
tratamento de doenças. Exemplo: Pilates.
4- Ginástica de Conscientização Corporal:
Reúnem as Novas propostas de abordagem do corpo,
também conhecidas por Técnicas alternativas, ou
que foram introduzidas no Brasil a partir da década
de 70, tendo como pioneira a Anti-Ginástica. A
maioria destes trabalhos teve origem na busca da
solução de problemas físicos e posturais. Como
exemplos, temos, Yoga, pilates, treinamento
funcional.
5- Ginásticas de Demonstração: Sua principal
característica é a não-competitividade, tendo como
função principal a interação social isto é, a formação
integral do indivíduo nos seus aspectos: motor,
cognitivo, afetivo e social. Exemplo: Ginástica Geral.
MÉTODOS GINÁSTICOS
A) MÉTODO DE GINÁSTICA SUECA:
Perh Henrik Ling (Pedro Enrique Ling), poeta
e educador, representa no campo das atividades
físicas um nome inconfundível. Sua obra “A Ginástica
Sueca ou de Ling” evoluiu, extraordinariamente,
constituindo hoje em dia, um verdadeiro monumento
educacional. Contrariando as ideias dominantes da
época, estabeleceu novos rumos à prática dos
exercícios físicos, a fim de regenerar o povo sueco,
minado pela tuberculose, o raquitismo e o alcoolismo.
Suas são as seguintes palavras: “se não tenho razão
minha obra perecerá, se tenho ela vencerá apesar
dos gritos” Ling foi influenciada pelos antigos
filósofos e médicos gregos (buscou ensinamentos
que o levarão a dirigir a razão humana para
estabelecer um sistema de acordo com a ciência), e
pelos educadores europeus que o precederam
(sábios preceitos pedagógicos, metodológicos e
técnicos que fundamentaram sua obra, onde é
estabelecido que a educação deve ter em vista o
indivíduo de uma maneira integral) tais como: Locke,
Schelling, Rousseau, Guthsmuts, Nachtegall, Vieth,
Jahn e Pestalozzi.
Ginástica sueca.Fonte: http://ginasticasueca.zip.net/
Em 1808, a Suécia deu os primeiros passos
da ginástica escolar com um regulamento que
determinou que em todos os centros de educação
fossem criadas condições favoráveis para a prática
de exercícios de escalada, saltos, acrobacias,
natação, etc., sob a direção de um monitor. Em 1826,
um novo regulamento estabeleceu: “Nenhum jovem
deve ser dispensado da ginástica, salvo se provar
que ela lhe é nociva”.
Em 1813, em prosseguimento à sua grandiosa
obra, Ling fundou o Instituto de Estocolmo
“Instituto Central de Ginástica –GCI” Com a morte
de Ling em 1839, a ginástica sueca pedagogia se
estagnou, pois seu sucessor, Branting, pouco se
preocupou com ela, interessado exclusivamente com
a ginástica médica.
Entretanto, mais tarde, já na direção do Instituto, o
filho de Ling, Hjalmar Ling, retomou a ginástica
pedagógica ou higiênica o seu devido lugar. Em 1944,
o Instituto deu um passo decisivo, transferindo-se
para local mais adequado, onde foi completamente
modernizado.
Ling estabeleceu idéias gerais, princípios e
exercícios sistematizados, que deram a sua obra
valor incontestável, assim como: Os movimentos
ginásticos devem basear-se nas necessidades e nas
leis do organismo humano.
A ginástica deve desenvolver
harmonicamente o corpo, atuando sobre as suas
diferentes partes. Todo movimento necessita ter
uma forma determinada, isto é, uma posição de
partida, certo desenvolvimento e uma posição final.
Os exercícios pedagógicos devem ser
convenientemente selecionados, tendo em vista
exercer um efeito corretivo sobre a atitude, e
precisam ser simples e atraentes.
A ginástica deve desenvolver gradualmente o
corpo por meio de exercícios de intensidade e
dificuldade crescente, levando em conta a
capacidade do praticante. A ginástica visa tanto o
corpo como o espírito, de tal maneira que, a sua
prática seja sempre acompanhada de prazer. A
ginástica precisa sempre combinar a teoria com a
prática. A saúde é necessária aos dois sexos,
possivelmente mais a mulher porque a sua vida dará
origem à outra vida. Estabelecidos os princípios,
passou Ling a criar os diferentes exercícios do
sistema, concebidos dentro de uma base anatômica.
Atualmente, nada mais tem haver o
Instituto com a formação de militares
especializados e com a parte da ginástica médica,
sendo então para a preparação única de professores
(diretores de ginástica) para as necessidades de
ginástica escolar e extra-escolares de
especialidade.
Muitos se passaram após Ling, porém, o mais
importante depois dele foi Josef Gottfrid Thulin,
que com seus estudos teóricos sobre os movimentos
em geral, incorporou: o ritmo e a música na educação
física da mulher, testes coletivos e individuais na
verificação dos resultados ginásticos, organizou
cursos em campos internacionais e explorou sessões
estoriadas nas práticas infantis. Portanto, colocou a
Ginástica Sueca no seu verdadeiro lugar, como meio
poderoso de revigoramento físico e de educação
integral.
B) MÉTODO DE GINÁSTICA FRANCÊS
A Escola de Joinville-le-Pont foi fundada em
15 de julho de 1852, no mesmo local onde ainda se
encontra. A sua verificou quando o Marechal Soult,
que alimentava ideias favoráveis à educação física,
era Ministro da Guerra contando com a colaboração
do Comandante D’Argy, antigo secretário e discípulo
de Amoros e Napoleão Laisné, suboficial de
engenharia e que também fora discípulo de Amoros.
A Escola adotou então o Regulamento
Francês de Ginástica, aprovado em 24 de agosto de
1846, pelo Ministro da Guerra, como o título
“Instrução para o Ensino da Ginástica nos Corpos de
Tropa e nos Estabelecimentos Militares”, que foi
elaborado por uma comissão: General Aupik, Coronel
Amoros, Capitão D’Argy, Napoleão Laisné e outros.
Em 1815, o comandante D’Argy publicou “Instruções
para o Ensino da Ginástica”, que se fazia acompanhar
de um plano e de uma relação de aparelhos usados
no exército.
Em 22 de dezembro de 1904, por decreto do
Presidente da República Francesa, foi instituída uma
comissão interministerial para tratar da unificação
dos métodos nas escolas, ginásios e regimentos,
onde presidiu o General Castex e outros 13
membros, resultando no “Manual d’Exercices
Physiques et de Jeux Scolaires”.
Ginástica francesa. Fonte: www.novomilenio.inf.br
Após várias tentativas, ensaios em alguns
novos regulamentos, baseados sempre nos
anteriores, com pequenas modificações, que fizeram
parte Tissié e Herbert, com a experiência da guerra
de 1914-18, então surgiu em 1919 um complemento
ao “Manual d’Exercices Physiques et de Jeux
Scolaires”. Era um manual completamente novo de
título “Projet de Réglement General d’Education
Physique”. Tal projeto foi consolidado em 1927,
sendo reeditado em 1932.
Podemos analisar este método da seguinte
forma:
Bases Fisiológicas – A educação física deverá ser
orientada pelos princípios de fisiologia. Durante a
infância, a educação física deve visar o
desenvolvimento harmônico do corpo, enquanto na
idade adulta o seu papel é manter e melhorar o
funcionamento dos órgãos, aumentar o poder do
coração e dos vasos sanguíneos, o valor funcional do
aparelho respiratório, a precisão e eficácia dos
movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar
a saúde.
Bases Pedagógicas – segundo a definição do método,
a educação física compreende o conjunto de
exercícios cuja prática racional e metódica é
susceptível de fazer o homem atingir o mais alto
grau de aperfeiçoamento físico, compatível com sua
natureza, e utilizando-se de várias formas de
trabalho: jogos, assouplissements (flexionamentos),
4 exercícios educativos, aplicações (as grandes
famílias - marchar, trepar, saltar, levantar e
transportar, correr, lançar e atacar, e defender-
se), desportos individuais, desportos coletivos.
Existiam algumas regras para a aplicação
deste método são elas:
1) Grupamento dos Indivíduos – baseado na
fisiologia e na experiência, adotou a classificação
racional em grupos de valor fisiológico
sensivelmente equivalente: educação física
elementar ou pré-pubertária (crianças de 4 a 13
anos); educação física secundária ou pubertária e
pós-pubertária (adolescentes de 13 a 18 anos);
educação física superior ou desportiva e atlética
(adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e
ginástica de conservação para a idade madura
(adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos).
2) Adaptação ao Exercício – o regime de
trabalho físico a que serão submetidos depende: do
fim a atingir, da dificuldade e da intensidade dos
exercícios e das qualidades que estes exercícios são
susceptíveis de desenvolver ou de aperfeiçoar. Para
compor o programa de exercícios foram elaborados
quadros de exercícios por ciclos (elementar,
secundário e superior) e que constava de:
grupamento, fim a atingir (objetivo), o programa de
exercício e regime de trabalho.
3) Atração do Exercício – os exercícios físicos
devem ser higiênicos e salutares quanto maior o
prazer com que for praticado. O instrutor deverá
esforçar-se para tornar a sessão atraente, pela
escolha judiciosa dos exercícios que variará
frequentemente, pela introdução de jogos em
momento oportuno no decorrer da lição e,
principalmente, pela emulação e disposição para o
trabalho que provocará em sua classe.
4) Verificação Periódica da Instrução – a
verificação periódica dos exercícios físicos é
realizada pelo médico e pelo professor e repousa
nos exames fisiológicos e práticos. A verificação
médica é efetuada no início e final do ano letivo,
seguido de exame prático de dificuldade compatível
com o valor físico dos concorrentes.
UMA SESSÃO COMPREENDE TRÊS PARTES
1. Preparatória – duração de 2/10 do tempo
total da sessão. Comporta evoluções e
flexionamentos dos braços, pernas, tronco,
combinados, assimétricos e de caixa torácica.
2. Lição Propriamente Dita – duração de 7/10
da sessão. Abrange exercícios grupados nas sete
famílias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar,
levantar e transportar, correr, lançar e atacar e
defender-se.
3. Volta á Calma – duração de 1/10 da sessão.
Contém: marcha lenta com exercícios respiratórios,
marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem.
PLANO DE AULA EDUCAÇÃO FÍSICA
MÉTODO FRANCÊS
1º IDENTIFICAÇÃO
2º AQUECIMENTO
3º PARTE PRINCIPAL
4º PARTE FINAL
C) MÉTODO DE GINÁSTICA CALISTÊNICO
A calistenia, segundo marinho, 1980 citado
por costa, 1998 vem do grego kallos (belo), sthenos
(força) e mais o sufixo "ia”, com origem na ginástica
sueca apresenta uma divisão de oito grupos de
exercícios localizados associando música ao ritmo
dos exercícios que são feitos à mão livre usando
pequenos acessórios para fins corretivos,
fisiológicos e pedagógicos. Este método era
formado por um conjunto de exercícios com
movimentos rápidos, ritmados e com paradas
bruscas, que se executavam ao som da música. Eram
praticados com aparelhos leves ou à mão livre,
visando grandes massas musculares com o objetivo
de manter boa atitude, permitindo perfeito
funcionamento das grandes funções e órgãos.
A calistenia - é por assim dizer, o verdadeiro
marco do desenvolvimento da ginástica moderna com
fundamentos específicos e abrangentes destinada à
população mais necessitada: os obesos, as crianças,
os sedentários, os idosos e também às mulheres.
Dada à sua mobilidade e simplicidade, adapta-se a
qualquer tipo humano, podendo ser considerada
como uma ginástica eclética. Segundo marinho, 1980
Christian Carl André foi quem pôs em prática a
calistenia na escola de Salzman em 1785, para uso
em dias que as condições climáticas não permitiam
atividades ao ar livre. Todavia somente em 1829 a
calistenia toma corpo graças ao trabalho de Ling,
Nachtegal, Jahn e outros.
No ano de 1829, o suiço Phoktion Heinrich
Clias, professor de ginástica na Suiça, França e
Inglaterra; publica o livro kallistnic- exercícios para
beleza e força com proposta inicial de melhorar a
forma física dos americanos que mais precisavam.
Por isso mesmo, deveria ser uma ginástica simples,
fundamentada na ciência e cativante, em função
disso o Dr. Lewis era contra os métodos militares
sob alegação que os mesmos desenvolviam somente a
parte superior do corpo e que os esportes atléticos
não proporcionavam harmonia muscular. Em 1860 a
calistenia foi introduzida nas escolas americanas,
com o nome de nova ginástica.
Lewis defendia:
1) Os exercícios devem desenvolver a flexibilidade,
graça e agilidade e melhorar a saúde geral.
2) Os exercícios deveriam ser acompanhados por
musica ou tambor p/ marcar o ritmo.
3) Participação de homens e mulheres na mesma
aula, acrescentando a sociabilidade ao prazer da
aula.
Lewis combatia:
1) A ideia de que grande força era a essência do
bem estar e de que ginástica era só para
ginastas.
2) Os métodos militares, pois só desenvolviam
superior de tronco e conduziam a posições
forçadas
Lewis opinava:
1) Desportos atléticos desenvolviam o corpo
desarmonicamente
2) A nova ginástica de Lewis representava uma
combinação de exercícios livres com a calistenia,
incluindo exercícios com materiais do tipo
halteres, bastões, bolas, como também passos de
dança.
As ACM (Associação Cristã de Moços) nos EUA
por intermédio de Wood e Roberts adotou para seu
programa de educação física a nova ginástica de
Lewis, que se popularizou no mundo inteiro levada
pelos secretários e diretores de educação física
graduados nas escolas de Springfield e Chicago.
Imediatamente a calistenia foi lançada na
América do sul e firmando-se no Brasil através da
ACM que se instala aqui em 1893 no Rio de Janeiro
(marinho,1981). A abertura de varias academias
trouxe de clubes e da ACM, professores de
ginástica que especificamente trabalhavam com o
sexo masculino e que tinham no método calistênico a
base de seu trabalho, assim através destes
professores as academias implantaram o método
calistênico, passando a ter uma nova tendência
metodológica para a ginástica.
PRATICANDO CAP. 12
1) Considerando o conteúdo ginástica e observando a
ginástica rítmica, podemos considerar que:
I - Ela é considerada ginástica competitiva
II - Seu grande representante no Brasil é Diego
Hypólito
III - Ela é considerada ginástica fisioterápica
pelo fato de trabalhar com muito alongamento
IV - Não utiliza as massas, cordas, bolas e fitas
como instrumentos
V - Apesar de ser ginástica, também pode ser
considerada um esporte olímpico.
Todas as afirmações estão corretas em:
a) V, F, F, F, V
b) F, V, F, V, F
c) V, F, V, F, V
d) V, V, F, F, V
e) F, V, V, V, V
2) Qual o método ginástico que estabeleceu novos
rumos à prática dos exercícios físicos, a fim de
regenerar o povo sueco, minado pela tuberculose,
o raquitismo e o alcoolismo.
a) calistênico
b) francês
c) sueco
d) francês – sueco
e) medicina preventiva
3) Sobre os campos de atuação da ginástica
podemos destacar um que reúnem as novas
propostas de abordagem do corpo, também
conhecidas por Técnicas alternativas, ou que
foram introduzidas no Brasil a partir da década
de 70, tendo como pioneira a Anti-Ginástica. A
maioria destes trabalhos teve origem na busca da
solução de problemas físicos e posturais. Podemos
dizer que esse campo de atuação é:
a) Condicionamento físico
b) Competitivo
c) Conscientização corporal
d) Demonstração
e) Fisioterápica
4) Calistenia vem do termo grego “Kallistenés”
que significa?
a) força isotônica
b) cheio de vigor
c) espírito vigoroso
d) força isométrica
e) vigor saudável
5) Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, a palavra Ginástica vem do grego
Gymnastiké e significa a?
a) Arte de exercitar o espírito para beneficiar o
corpo
b) Arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-
lo e dar-lhe agilidade
c) Exercitar o corpo para trazer um relaxamento e
velocidade
d) Trabalhar o corpo para deixá-lo bonito
e) Arte de moldar o corpo.
EIXO TEMÁTICO: ESPORTES
CAP.13 - ATLETISMO
A história do atletismo é muito bonita, pois
se inicia com a própria história da humanidade,
quando o homem primitivo praticava suas atividades
naturais para sobrevivência. O homem das cavernas,
de forma natural, praticava uma série de
movimentos, nas atividades de caça, em sua defesa
própria etc. Ele saltava, corria, lançava, enfim
desenvolvia uma série de habilidades relacionadas
com as diversas provas de uma competição de
atletismo.
Podemos verificar que as provas de
atletismo são atividades naturais e fundamentais do
homem: o andar, o correr, o saltar e o arremessar.
Por esta razão, é considerado o atletismo o “esporte
base” e suas provas competitivas compõem-se de
marchas, corridas, saltos e arremessos. Além disso,
o desenvolvimento dessas habilidades são
necessárias à prática de outras modalidades
esportivas.
O atletismo, sob forma de competição, teve
sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi
derivada da raiz grega, “ATHI, competição”, o
princípio do heroísmo sagrado grego, o espírito de
disputa, o ideal do belo etc. – o que se chamou de
espírito agonístico. Surgiram então as competições
que foram perdendo o caráter de religiosidade e
assumindo exclusivamente o caráter esportivo.
Atletismo na grécia antiga: http://www.canalolimpico.com.br
Podemos conceituar o atletismo como um
conjunto de atividades esportivas (corrida, saltos e
arremessos), que tem a origem nas primeiras
Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos
primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C,
eram realizadas provas de corridas e arremessos de
peso
CLASSIFICAÇÃO DO ATLETISMO
Hoje em dia o atletismo é dividido em
modalidades de: provas de pista e campo, corridas
de rua, cross-country, e marcha atlética.
Pista atletismo: http://www.estadao.com.br/
As provas de pista e campo são disputadas
em pista de atletismo e reúnem: corridas rasas,
corridas com barreiras ou com obstáculos. Já as
provas de campo englobam saltos, arremesso e
lançamentos. Há ainda as provas combinadas, como o
Decatlo e Heptatlo. Atualmente as provas oficiais
são:
CORRIDAS
As corridas são, em certo sentido, as formas
de expressão atlética mais pura que o homem já
desenvolveu. Embora exista algo de estratégia e
uma técnica implícita, a corrida é uma prática que
envolve basicamente o bom condicionamento físico
do atleta. As corridas dividem-se em curta distância
ou velocidade (tiro rápido), que nas competições
oficiais vão até os 400 metros inclusive; média
distância ou de meio fundo (800 metros e 1 500
metros); e longa distância ou de fundo (3 000
metros ou mais, chegando até às ultra maratonas de
100 quilômetros). Podem ser divididas também de
acordo com a existência ou não de obstáculos
(barreiras) colocados no percurso.
Nas corridas de curta distância, a explosão
muscular na largada é determinante no resultado
obtido pelo atleta. Por isso, existe um
posicionamento especial para a largada, que consiste
em apoiar os pés sobre um bloco de partida (fixado
na pista) e apoiar o tronco sobre as mãos
encostadas no chão (posição de quatro apoios). São
frequentes as falsas partidas, quando o atleta sai
antes do tiro de partida, que é o sinal dado para
começar a prova. Qualquer atleta que dê uma falsa
partida será desclassificado. Contudo, nas provas
combinadas (ex decatlo) cada atleta tem direito a
uma falsa partida.
Nas provas mais longas a partida não tem um
papel tão decisivo, e os atletas saem para a corrida
em uma posição mais natural, em pé, sem poder
colocar as mãos no chão. Uma das provas de corrida
é a maratona é uma corrida de longa distância ou de
fundo, realizada parcialmente ou totalmente fora do
estádio, ou seja em estrada. A distância que,
segundo a lenda, teria percorrido um soldado grego,
Filípides, para anunciar que os helenos haviam
vencido uma batalha contra os persas. O trecho
teria sido entre a planície de Maratona (o local da
batalha) até a cidade de Atenas.
Corrida com barreiras.
fonte: http://academiavirtualduduprestes.esporteblog.com.br
A maratona é uma prova que envolve grande
resistência física, sendo seu percurso estabelecido
em 42 quilômetros e 195 metros (aceite tolerância
por excesso de + 42 metros). Organizam-se ainda
corridas de cross country ou um "corta-mato" de
campo e de montanha. Em pista podemos ainda
assistir a corridas de barreiras e de obstáculos.
SALTOS
As provas de salto podem ser divididas em
provas de salto vertical e de salto horizontal.
Dentre as provas de salto vertical, temos o salto em
altura e o salto com vara. As provas de salto
horizontal envolvem o salto em distância chamado
também de salto em comprimento e o salto triplo ou
triplo salto. Os atletas tomam impulso numa pequena
pista de balanço, objetivando maior distância no
salto. O salto em altura, que tem por objetivo
ultrapassar uma barra horizontal (fasquia), é
realizado mediante tentativas. A fasquia é colocada
em determinada altura à qual os atletas devem
tentar saltar. Se conseguirem, os atletas progridem
para a próxima altura a que os Juízes colocarem a
fasquia.
Salto com vara. Fonte: http://lilieducacaofisica.zip.net
Qualquer atleta que realize três derrubes
da fasquia (3 ensaios nulos), será impedido de
continuar, sendo creditado com a marca
correspondente à maior altura em que conseguiu
realizar uma ensaio válido. O salto com vara
funciona do mesmo modo, mas neste salto, o atleta
tem o apoio de uma vara. Em ambos os saltos, há um
colchão para amortecer a queda do atleta após o
salto.
Salto e altura. Fonte: epveducacionfisica.blogspot.com.br
No salto em distância e no salto triplo /
triplo salto, o atleta faz sua aterrissagem numa
caixa de areia. Há uma tábua de chamada na pista
que indica o limite máximo de corrida de balanço
antes do salto; caso o atleta ultrapasse ou toque
nessa marca, realizará um ensaio nulo. Caso tenha
saltado antes da tábua de chamada, a distância do
ensaio será considerada apenas entre o limite na
tábua de chamada até o local onde aterrissou. É
importante destacar que vale o ponto de
aterrissagem mais próximo à tábua de chamada.
ARREMESSOS E LANÇAMENTOS
As disciplinas oficiais de lançamento
envolvem o arremesso de peso, o lançamento de
martelo, o lançamento de disco e lançamento do
dardo.
O arremesso de peso no Brasil consiste no
arremesso de uma esfera metálica que pesa 7,26 kg
para os homens adultos e 4 kg para as mulheres. O
martelo é similar a essa esfera, mas possui um cabo,
o que permite imprimir movimento linear à esfera e
assim atingir uma distância maior. Já o disco é um
pouco mais leve, pesando 1 quilograma para as
mulheres e 2 quilogramas para os homens. E o dardo
pesa 600 gramas para as mulheres e 800 gramas
para os homens.
Arremesso de peso. fonte: http://educacaofisicanamente.blogspot.com.br/
Os lançamentos são executados dentro de
áreas limitadas, são círculos demarcado no solo para
o arremesso ou lançamento de peso, de martelo e
disco, e antes de uma linha demarcada no solo para o
lançamento do dardo. A partir dessas marcas é que
é contada a distância dos lançamentos.
Normalmente, as competições envolvem
várias tentativas por parte dos atletas, que
aproveitam as melhores marcas obtidas nessas
tentativas. As provas de lançamento são
normalmente praticadas no espaço interior à pista
das corridas.
Arremesso de martelo. Fonte: http://www.livresportes.com.br
A origem desta atividade é também
irlandesa, pois nos jogos Tailteanos, no início da Era
de Cristo, os celtas disputavam uma prova de
arremesso de pedra que pelas descrições se
assemelhavam à prova atual. Alias, é interessante
notar que na Península Ibérica, nas províncias onde
ainda se encontram concentrações humanas
etnicamente celtas, Galiza na Espanha e Trás-os-
Montes em Portugal, ainda se disputa uma
competição chamada de “arremesso do calhau”, que
se assemelha ao nosso moderno arremesso do peso.
De qualquer forma, a codificação da prova, tal como
ela é hoje, é totalmente britânica, inclusive o peso
do implemento, 7,256 kg, correspondente a 16 libras
inglesas, que era precisamente o que pesavam os
projéteis dos famosos canhões britânicos do início
do século XIX.
Lançamento de dardo. Fonte: http://globoesporte.globo.com
As primeiras marcas registradas pertencem
ao inglês Herbert Williams, que em Londres, em 28
de maio de 1860, lançou o peso a 10,91 m, e o da Era
IAAF ao americano Ralph Rose, que em 21 de agosto
de 1909 arremessou 15,54 m em São Francisco.
William Parry O’ Brien revolucionou esta prova,
criando um novo estilo, no qual o atleta começa o
movimento de costas para o local do arremesso.
Parry O’ Brien venceu os Jogos Olímpicos de
Helsinque e Melbourne, ganhou a prata em Roma e
ainda se classificou em 4º lugar em Tóquio 12 anos
depois de iniciar a sua carreira olímpica. Foi também
o primeiro atleta a vencer mais de 100 competições
consecutivas. No Brasil, o primeiro recorde
reconhecido foi do atleta E. Engelke, vencedor do
primeiro Campeonato Brasileiro de 1925, com a
marca de 11,81 metros.
Lançamento de disco. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br
Algumas competições esportivas envolvem
uma combinação de várias modalidades, no intuito de
consagrar um atleta mais completo. As provas
oficiais do decatlo (para os homens) e do heptatlo
(para as mulheres) combinam corridas, saltos e
lançamentos. Os atletas pontuam de acordo com as
suas marcas nas provas individuais (tendo por base
uma tabela de conversão de marcas por pontos), e
esses pontos são somados para definir o vencedor.
A PISTA
A pista de corrida normalmente contém 8
raias, cada uma com 1 metro e 22 centímetros que
são os caminhos pelos quais os atletas devem correr.
Deste modo, a largura da pista é de no mínimo 10
metros, com algum espaço além das raias interna e
externa. Uma pista oficial de atletismo é
constituída de duas retas e duas curvas, possuindo
raias concêntricas; tem o comprimento de 400
metros na raia interna (mais próxima ao centro). A
raia mais externa é mais longa, possuindo 449
metros. Nas corridas de curta distância, os atletas
devem permanecer nas raias a partir das quais
largaram. Nas corridas de média e longa distância,
os atletas não precisam correr nas raias, e
geralmente se encaminham para a raia mais interior,
evitando percorrer distâncias maiores.
As barreiras têm 1,06 metros, nas
competições para homens, e de 84 centímetros, nas
competições para mulheres. Se o atleta derrubar as
barreiras enquanto corre, não é desclassificado -
conquanto perca tempo substancial. As corridas com
barreiras têm 10 obstáculos. Embora a maratona
seja disputada nas ruas de uma cidade ou em um
local externo, o seu trajeto é estabelecido de modo
que a chegada se dê num estádio ou pista de
atletismo,
PROVAS OFICIAIS
• Corridas de velocidade: 100 metros, 200
metros, 400 metros
• Corridas de revezamento: 4x100 metros -
4x400 metros
• Corridas com barreiras ou obstáculos: 100
metros c/barreiras feminino - 110 metros com
barreiras c/barreiras masculino - 400 metros
c/barreiras - 3.000 m.c/obstáculo
• Corridas de meio-fundo: 800 metros - 1.500
metros
• Corridas de fundo: 5.000 metros - 10.000
metros
Saltos: Salto em altura, salto triplo, salto em
distância, salto com vara
• Arremessos e lançamentos: arremesso de peso,
arremesso de disco, arremesso do martelo,
lançamento de dardo
• Provas combinadas: Heptatlo (para mulheres:
100m c/barreiras, salto em altura, 200 metros,
santo em distância, lançamento de dardo e 800
metros) Decatlo (para homens: 100 metros, salto em
distância, arremesso de peso, salto em altura, 400
metros, 110 m c/barreiras, arremesso de disco,
salto com vara, arremesso de dardo, 1.500 metros).
PRATICANDO CAP.13
1) Nas provas de arremesso de peso a bola a
ser lançada tem seu peso diferenciado para
homens e mulheres. Assinale a alternativa que
mostra o peso da bola para homens e mulheres no
atletismo respectivamente.
a) 6,29kg e 4kg
b) 7,26kg e 4kg
c) 4kg e 2kg
d) 5,57kg e 3.79kg
e) 7,39 e 5.39kg
2) Sobre as provas de salto em distância onde nossa
maior representante é Maurren Higa Maggi,
nesta prova temos uma obrigatoriedade, que é a
saída do atleta da caixa de areia que deve ser
feita de que forma?
a) Saída pelo fundo ou pelos lados da caixa de areia
b) Saída pela frente ou pelo fundo da caixa de
areia
c) Saída por qualquer um dos lados da caixa de
areia
d) Saída por onde o atleta quiser
e) Saída somente pelo fundo da caixa de areia
3) O atletismo é baseado em contagem de tempo e
de distancias. Analisando a pista de atletismo
assinale a opção que traz as medidas respectivas
da pista e das raias?
a) 400m na parte interna e 1,22m de largura
b) 449m na parte interna e 1,24m de largura
c) 800m na parte externa e 1,28m de largura
d) 400m na parte externa e 1,23m de largura
e) 449m na parte externa e 1,22m de largura
4) Sobre as provas de pista e campo do atletismo,
assinale a alternativa que mostra 2 provas
oficiais do atletismo de pista.
a) 100m rasos e 110m com barreiras para mulheres
b) 4 x 100m e 210m com barreiras masculino
c) 4 x 800m e 300m com barreiras feminino
d) 700m e 110m com barreiras para homens
e) 4 x 300m e 200m com obstáculos para mulheres
5) Sobre as provas de maratona, assinale a
alternativa que mostra a distância real da prova?
a) 43,178m
b) 42,195m
c) 39,189m
d) 56,980m
e) 76,990m
CAP.14 - BASQUETEBOL
O nome vem do basketball, que significa
literalmente "bola na cesta”. É um das modalidades
mais populares do mundo. O basquetebol tem como
caracteristica principal é passar a bola por um aro e
com esse propósito existiram vários jogos, como:
pok-ta-pok, cauderale, chlachli, korfball. nett-ball e
el pato, que podemos considerar os predecessores
do basquetebol.
O basquetebol apareceu no cenário esportivo
não por acaso, mas por esforços de pessoas de uma
entidade, a YCMA (young men’s christian association
– associação cristã de moços). Que foi fundada pelo
jovem george Willians em 06 de junho de 1844, em
londres na inglaterra. Esta entidade foi trazida para
as américas em 25 de novembro de 1951, em
Montreal no Canadá, um mês depois no dia 29 de
dezembro na cidade de Boston nos EUA.
Na América do Sul, a ACM (associação cristã
de moços) foi fundada em 04 de julho de 1893, na
cidade do Rio de Janeiro, por Myron Clark. Em
seguida surgiram em outros paises como Argentina e
México em 1901, no Uruguai em 109, no Chile em
1912 e em outros paises num total de 26 sedes.
O CRIADOR E O “NOVO JOGO”
Em 1890, quando o professor James
Naismith ingressou na YMCA (Associação Cristã de
Moços de Springfield, Massachussets, nos Estados
Unidos) para ministrar aulas de educação física,
praticava-se apenas alguns jogos coletivos, tais
como, Rubgy, Beisebol e muito pouco o Futebol,
sendo que a partir da época em que paravam de
praticar o Rubgy no fim de outono, até o início do
verão, os alunos eram obrigados a praticar ginástica
em aparelhos ou ginástica calistênica.
James Naismith. Fonte: http://www.ayushveda.com
Precisavam de um tipo de jogo que fosse
interessante, agradável e pudesse ser praticado no
inverno em recinto fechado. Diante desses fatos, o
Dr.Gulick (diretor do colégio Springfield College),
solicitou ao professor Naismith que procurasse
criar um novo jogo.
Naismith então se pôs a pensar em que tipo
de jogo poderia criar, que, dentre outras qualidades,
pudesse ser motivante, e que não provocasse muito
contato físico e que tivesse um sentido coletivo.
Idealizou então as seguintes situações: a
partir de um grupo de dezoito alunos que lhe fora
atribuído, grupo este muito descontente com o fato
de praticar apenas atividades ginásticas durante
todo o inverno, Naismith arrumou uma câmera de
bola de futebol e solicitou a um funcionário da ACM
duas caixas com mais ou menos 45cm de diâmetro.
Como não havia, lhe foram arrumados dois cestos
velhos de colher pêssegos, que Naismith pediu para
serem colocados a uma altura de 10 pés (3,05cm).
O grupo então foi divididos em dois, cada um
com nove alunos e as seguintes regras transmitidas
foram: o início do jogo seria no meio do campo com
dois jogadores saltando para tocar a bola, a bola só
poderia se deslocar através de passes entre os
companheiros e o objetivo final era o de arremessar
a bola na cesta do adversário. Venceria o jogo quem
acertasse mais arremessos.
Conta à história que o maior problema deste
primeiro jogo (realizado em dezembro de 1891) foi
fazer com que os alunos parassem de jogá-lo. A
partir de então, iniciou-se um processo de
popularização do basquetebol, primeiramente dentro
dos EUA e logo após, por outros países da Europa e
das Américas.
Livro de regras basquetebol. Fonte: http://vainabola.wordpress.com
O BASQUETEBOL NO BRASIL
O Brasil foi o quinto país do mundo e o
primeiro da América do Sul a conhecer o
basquetebol, cinco anos após a sua invenção, em
1896, através da chegada do professor Auguste
Farnham Shaw no colégio Mackenzie de São Paulo,
localizado no cruzamento das ruas Maria Antonia e
Itambé. Vindo dos EUA, ele trouxe uma bola (já
oficial do esporte), o que ensejou a prática no
referido colégio
Shaw nasceu em Clayville, Nova Iorque,
EUA, no dia 31 de dezembro de 1865 estudou no
Wellsboro High Scholl e no Phillips-Andover
academy antes de receber grau de bacharel em
artes na Yale University.
No Brasil a modalidade foi praticada
primeiramente pelas alunas internas da escola
americana Mackenzie, logo depois o jogo passou a
ser praticado pelas alunas do instituto de Educação
Caetano de Campos – Escola Normal da Praça- para
onde foi levado pelo professor Oscar Thompson. O
basquete era considerado naquela época como
modalidade para mulheres, assim como o futebol era
para os homens, já que tinha sido trazida por
Charles Miller em 1894. Podemos observar um
trecho da 1ª publicação da época no Brasil, com data
de junho de 1905, impresso pela editora Siqueira,
Nagel & CIA em 1911 e que Federação Paulista de
Basketball publicou em 1962. “Além dos benefícios
physicos que o Basketball proporciona aos
jogadores, desenvolve em alto grau a coragem, a
paciência, a vivacidade de espírito e a virtude de
subordinar A Victoria do team -À vontade individual.
É o Basketball para as mulheres assim como o foot-
ball para os homens”.
BASQUETEBOL MARANHENSE
O basquetebol no Maranhão passou a ser
praticado por jovens e adultos na década de 50.
Nessa época surgiram algumas equipes com nome de
clubes como o Moto Club, o Grêmio 8 de Maio, o
Vera Cruz, e General Sampaio que era do exercito e
uma equipe da policia militar, ambas jogavam em uma
quadra pertencente ao Moto Club na Fabril (antiga
fabrica de tecidos).
Já a nível escolar o basquetebol passou a ser
desenvolvido apenas a partir da década de 60 pelo
professor Rubem Gulart e posteriormente pelo
professor Dimas. Algumas escolas e clubes nessa
época passaram se destacar como: Colégios Batista,
Marista, São Luís, CEMA e nos clubes Lítero e
Jaguarema.
Um fato marcante no basquetebol
maranhense aconteceu na década de 70 com o
aparecimento dos Jogos escolares Brasileiros
(JEB’S), despertando o interesse em alguns alunos
que já praticavam o basquete como: Paulo e Carlos
Tinoco, Miranda e outros, fazendo com que o
basquetebol maranhense aparecesse no cenário
nacional com equipes masculinas e femininas com
atletas inclusive nas Seleções Brasileiras masculinas
e femininas.
CARACTERISTICAS DO BASQUETEBOL
De acordo com De Rose Jr, FERREIRA A.E.X
(1987) “o basquetebol é constituído por uma soma
de habilidades que, unidas, compõe o jogo”, sendo
que podemos completar esse raciocínio com as
palavras de Daiuto (1983) “é um esporte completo”.
Como é completo nós podemos observar que
o basquetebol nos oferece varias qualidades nos
planos físico e motor, técnico, tático, cognitivo e
afetivo-social. No físico observamos as capacidades
físicas básicas que envolvem os fundamentos como:
coordenação, velocidade, equilíbrio, força, agilidade,
ritmo, flexibilidade e resistência cardiorespiratória
(aeróbia e anaeróbia). No técnico podemos observar
ao longo da caminhada de treinos de nossos alunos a
melhoria na execução dos fundamentos do
basquetebol como passes, arremessos, dribles, no
tático e cognitivo observamos o poder de
concentração para o aprendizado, raciocínio rápido
para tomada de decisões dentro do jogo, visão
periférica com percepção espaço-temporal tanto no
ataque quanto na defesa.
No aspecto afetivo podemos destacar a
sociabilização, o espírito de luta e ajuda ao próximo,
controle da ansiedade e auto-estima.
POSIÇÕES DO BASQUETEBOL
São usadas, geralmente, no basquete, três
posições: alas, pivôs e armador. Na maioria das
equipes temos dois alas, dois pivôs e um armador.]
Armador ou base é como o cérebro da equipe.
Planeja as jogadas e geralmente começa com a bola.
Em inglês essa posição é conhecida como point guard
ou simplesmente PG.
Ala e ala/armador ou extremos jogam pelos cantos.
A função do ala muda bastante. Ele pode ajudar o
base, ou fazer muitas cestas. Em inglês essas
posições são conhecidas como small forward ou
simplesmente SF e shooting guard ou simplesmente
SG, respectivamente.
Ala/pivô e Pivô ou postes são, na maioria das vezes,
os mais altos e mais fortes. Com a sua altura, pegam
muitos rebotes, fazem muitos afundaços
(enterradas) e bandejas, e na defesa ajudam muito
com os tocos. Em inglês essas posições são
conhecidas como power forward ou simplesmente PF
e center ou simplesmente C.
REGULAMENTO (FIBA)
Equipe - Existem duas equipes que são compostas
por 5 jogadores cada (em jogo), mais 7 reservas.
Início do jogo – O Jogo começa com o lançamento
da bola ao ar, pelo árbitro, entre dois jogadores
adversários no círculo central e esta só pode ser
tocada quando atingir o ponto mais alto. A equipe
que não ganhou a posse de bola fica com a seta a seu
favor.
Duração do jogo – Quatro períodos de 10 minutos
de tempo útil cada (Na NBA, são 12 minutos), com
um intervalo de meio tempo entre o segundo e o
terceiro período com uma duração de 15 minutos, e
com intervalos de dois minutos entre o primeiro e o
segundo período e entre o terceiro e o quarto
período. O cronometro só avança quando a bola se
encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro
interrompe o jogo, o tempo é parado de imediato.
Reposição da bola em jogo - Depois da marcação de
uma falta, o jogo recomeça por um lançamento fora
das linhas laterais, excepto no caso de lances livres.
Após a marcação de ponto, o jogo prossegue com um
passe realizado atrás da linha do campo da equipe
que defende.
Como jogar a bola - A bola é sempre jogada com as
mãos. Não é permitido andar com a bola nas mãos ou
provocar o contato da bola com os pés ou pernas.
Também não é permitido driblar com as duas mãos
ao mesmo tempo.
Pontuação - Um cesto é válido quando a bola entra
pelo aro, por cima. Um cesto de campo vale 2 pontos,
a não ser que tenha sido conseguido para além da
linha dos 3 pontos, situada a 6,25 m (valendo,
portanto, 3 pontos); um cesto de lance livre vale 1
ponto.
Empate – Os jogos não podem terminar empatados.
O desempate processa-se através de períodos
suplementares de 5 minutos.Excetuando torneios
cujo regulamento obrigue a mais que uma mão, todos
os clubes de possíveis torneios devem concordar
previamente com o regulamento. Assim como jogos
particulares, após o término do tempo regulamentar
se ambas as equipas concordarem podem dar a
partida por terminada.
Resultado – O jogo é ganho pela equipa que marcar
maior número de pontos no tempo regulamentar.
Lançamento livre – Na execução, os vários
jogadores, ocupam os respectivos espaços ao longo
da linha de marcação, não podem deixar os seus
lugares até que a bola saia das mãos do executante
do lance livre (A6); não podem tocar a bola na sua
trajetória para o cesto, até que esta toque no aro.
Penalizações de faltas pessoais – Se a falta for
cometida sobre um jogador que não está em ato de
lançamento, a falta será cobrada por forma de uma
reposição de bola lateral, desde que a equipa(e) não
tenha cometido mais do que 4 (quatro) faltas
coletivas durante o período, caso contrário é
concedido ao jogador que sofreu a falta o direito a
dois lances livres. Se a falta for cometida sobre um
jogador no acto de lançamento, o cesto conta e
deve, ainda, ser concedido um lance livre. No caso
do lançamento não tiver resultado cesto, o lançador
irá executar o(s) lance(s) livres correspondentes às
penalidades (2 ou 3 lances livres, conforme se trate
de uma tentativa de lançamento de 2 ou 3 pontos).
Regra dos 5 segundos - Um jogador que está sendo
marcado não pode ter a bola em sua posse (sem
driblar) por mais de 5 segundos.
Regra dos 3 segundos - Um jogador não pode
permanecer mais de 3 segundos dentro da área
restritiva (garrafão) do adversário, enquanto a sua
equipe esteja na posse da bola.
Regra dos 8 segundos - Quando uma equipe ganha a
posse da bola na sua zona de defesa, deve, dentro
de 8 segundos, fazer com que a bola chegue à zona
de ataque.
Regra dos 24 segundos - Quando uma equipe está
de posse da bola, dispõe de 24 segundos para a
lançar ao cesto do adversário.
Bola presa – Considera-se bola presa quando dois ou
mais jogadores (um de cada equipa pelo menos)
tiverem uma ou ambas as mãos sobre a bola, ficando
esta presa. A posse de bola será da equipe que tiver
a seta a seu favor.
Transição de campo – Um jogador cuja equipe está
na posse de bola, na sua zona de ataque, não pode
provocar a ida da bola para a sua zona de defesa
(retorno).
Dribles - Quando se dribla pode-se executar o n.º
de passos que pretender. O jogador não pode bater
a bola com as duas mãos simultaneamente, nem
efetuar dois dribles consecutivos (bater a bola,
agarrá-la com as duas mãos e voltar a batê-la).
Passos – O jogador não pode executar mais de dois
passos com a bola na mão.
Faltas pessoais – É uma falta que envolve contato
com o adversário, e que consiste nos seguintes
parâmetros: Obstrução, Carregar, Marcar pela
retaguarda, Deter, Segurar, Uso ilegal das mãos,
Empurrar.
Falta antidesportiva – Falta pessoal que, no
entender do árbitro, foi cometida intencionalmente,
com objetivo de prejudicar a equipa adversária.
Falta técnica – Falta cometida por um jogador sem
envolver contacto pessoal com o adversário, como,
por exemplo, contestação das decisões do árbitro,
usando gestos, atitudes ou vocabulário ofensivo, ou
mesmo quando não levantar imediatamente o braço
quando solicitado pelo árbitro, após lhe ser
assinalada falta.
Falta da equipe – Se uma equipe cometer num
período, um total de quatro faltas, para todas as
outras faltas pessoais sofrerá a penalização de dois
lançamentos livres.
Número de faltas – Um jogador que cometer cinco
faltas está desqualificado da partida.
Altura do aro - A altura do aro até o solo é de 3,05
metros. Sendo na liga norte americana a NBA a
altura é de 3,10 metros.
Fundamentos
Empunhadura geral - É feita com os dedos e a
parte calosa das mãos, polegares um de frente para
o outro nas laterais da bola. Não é correto segurar a
bola com as palmas da mão.
Manejo de corpo - São movimentos corporais
utilizado no basquete que visam facilitar a
aprendizagem dos fundamentos com a bola. Esses
movimentos incluem: finta, giro, mudança de
direção, mudança de ritmo e parada brusca.
Finta - Pela frente, por trás, reversão, por baixo
das pernas e em passe livre.
Giros ou rotações - Para frente e para trás.
Falando sobre tempo, você não pode: No
1º,2º e 3º período pode 1 tempo de 1 min. no 4º
período, 2 tempos de 1 min. Os intervalos entre cada
período são de 2 minutos, mas entre o 2º e 3º há um
intervalo de 15 minutos. Não é permitido ficar
dentro do garrafão por mais de 3 segundos com ou
sem posse de bola. Não é permitido ficar (com a
bola) mais de 8 segundos na zona (lado da quadra)
de defesa. Após os 8 segundos mencionados acima,
você tem 24 segundos para arremessar a bola (zona
de ataque). Quando há um marcador a menos de 1m
de distância do atacante, o mesmo, não pode segurar
a bola por mais de 5 segundos
Paradas - A um tempo e a dois tempos. Podendo ser
chamado de jump, uma jogada ao qual o atleta da um
tempo no ar para executar um arremesso.
Corridas - De frente, lateral, de costas, zigue-
zague e perseguições.
Drible
Drible de progressão – Utilizado fundamentalmente
para sair de uma zona congestionada e avançar no
terreno.
Drible de proteção - Serve fundamentalmente para
abrir linhas de passe e para garantir a posse de
bola. É um tipo de drible, que face a uma maior
proximidade do defesa, o jogador tem de dar maior
atenção à protecção da bola. "Roubar" a bola do
adversário é considerado um drible de proteção.
Drible pedalada - Pique a bola no chão e faça o
movimento da pedalada do futebol por cima da bola.
Regras de Drible - Um jogador não poderá tirar o
pé-de-pivô do chão para iniciar uma progressão sem
antes executar um drible. Um jogador poderá tirar
o pé-de-pivô do chão para executar um passe ou um
arremesso, mas a bola deverá deixar sua mão antes
que o pé retorne ao solo.
O pé-de-pivô é determinado da seguinte
forma:
1- Jogador recebe a bola com um dos pés no chão:
Aquele pé é o pé-de-pivô.
2- Jogador recebe a bola com os dois pés no chão:
Quando retirar um dos pés, o outro será
considerado pé-de-pivô.
3- Jogador recebe a bola no ar e um dos pés toca o
solo antes do outro: o pé que primeiro toca o solo é
o pé-de-pivô.
4- Jogador recebe a bola no ar e cai com os dois pés ao
mesmo tempo: Quando retirar um dos pés, o outro
será considerado pé-de-pivô.
5- Um jogador que esteja driblando ou receba um
passe durante uma progressão (ou seja, correndo),
pode executar dois tempos rítmicos e, a seguir,
arremessar ou passar a bola; isso não significa
necessariamente dois passos (como é mais
comumente executado), pois o jogador pode, por
exemplo, executar dois saltos consecutivos; desde
que mantenha o mesmo ritmo.
Mas o esquema dos passos não é a única
restrição. Você também não pode: driblar a bola,
pegá-la com as mãos e driblá-la novamente; Não
pode driblar a bola com ambas as mãos; Não pode
apoiar a bola por baixo, ou seja, conduzir a bola
levando a mão sob a bola. Todos estes aspectos são
considerados drible ilegal e tem a mesma penalidade
da caminhada.
Passe O passe tem como objetivo a colocação da
bola num companheiro que se encontre em melhor
posição, para a criação de situações de finalização
ou para a progressão no terreno de jogo. Existem
vários tipos de passe: peito, picado, por cima com 2
mãos, lateral com 1 mão, por trás das costas, etc.
Passe com uma mão
Usado para lançar a bola mais longe.
Técnicas determinantes:
1. jogue a bola com uma mão.
Passe de peito
Como o nome indica, com a bola à altura do
peito é arremessada frontalmente na direcção do
alvo. Neste movimento os polegares é que darão
força ao passe e as palmas das mãos deverão
apontar para fora no final do gesto técnico.
Técnicas determinantes:
1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar um movimento de repulsão com os
braços;
4. Executar a rotação dos pulsos;
5. Após a execução do passe, deve-se ficar
com as palmas das mãos viradas para fora e os
polegares a apontar para dentro e para baixo.
Passe peito. Fonte: http://lucia-desporto.blogspot.com.br
Passe picado ou quicado
Muito semelhante ao passe de peito, tendo em conta
que o alvo inicial é o solo; O ressalto da bola terá um
objetivo comum ao do passe de peito, isto é, a mão
alvo do colega ou as zonas próximas do peito.
Técnicas determinantes:
1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar um movimento de repulsão com os
braços.
Passe picado. Fonte: http://www.prof2000.pt
Passe de ombro (ou de basebol)
É utilizado nas situações que solicitam um passe
comprido. A bola é lançada como no lançamento de
uma bola no baseball (daí o nome). É um tipo de
passe com uma trajetória linear (sem arco), e em
direcção ao alvo.
Técnicas determinantes:
1. Segurar a bola com as duas mãos e por cima
do ombro;
2. Colocar o cotovelo numa posição levantada;
3. Avançar o corpo e a perna do lado da bola;
4. Fazer a extensão do braço e finalizar o
passe para as distâncias maiores.
Passe de ombro. Fonte: http://www.basquetepaulinia.org.br
Passe por cima da cabeça
É usado quando existe um adversário entre dois
jogadores da mesma equipe.
Técnicas determinantes:
1. Elevar os braços acima da cabeça;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar o passe com o movimento dos
pulsos e dos dedos.
Utilização dos passes
Passes de peito e picado ou quicado
Utilizado em curtas e médias distâncias.
Passe por cima da cabeça
Também utilizado em curtas e médias distâncias,
sendo mais específicos para o pivô.
Passe de ombro
Utilizado em médias e longas distâncias, sendo muito
utilizados em contra ataques.
Arremesso
Driblar e jogar a bola na cesta.
Bandeja
É um arremesso que tem que dar dois passos:o
primeiro de equilíbrio e o segundo de distância., que
pode ser feito em movimento com passe ou
driblando.
Com uma das mãos
Partindo da posição fundamental, com o peso do
corpo na perna da frente, a bola na altura do peito,
o jogador flexionará as pernas simultaneamente a
elevação da bola acima da cabeça.
Jump
Driblando em direção a cesta e parando numa
posição de equilíbrio, flexionando as pernas,saltar
elevando a bola acima e à frente da cabeça com
ambas as mãos e executar o arremesso no momento
mais alto do pulo.
Rebote
É a recuperação da bola após um arremesso não
convertido.
Assistência
Assistência é um passe certeiro que encontra outro
companheiro de equipe, livre de marcação, e acaba
convertido em cesto. O jogador que faz a
assistência é tão importante como o jogador que
marca o cesto.
Enterradas
É movimento que conjuga o salto e a colocação com
firmeza da bola diretamente na cesta.
Ponte-aérea
É quando um jogador lança a bola diretamente a um
de seus parceiros, que pula recebe a bola e finaliza a
jogada arremessando a bola antes de tocar o chão.
Também pode ser feita com um jogador
arremessando a bola na tabela com outro jogador
pegando o rebote e finalizando a jogada
imediatamente em seguida com arremesso ou
enterrada.Esta jogada é conhecida como alley-oop
na NBA.
PRATICANDO CAP.14
1) De acordo com a história do basquetebol assinale
a alternativa que mostra a cidade e o país onde
surgiu essa modalidade?
a) Auckland, Nova Zelândia
b) Springfield, Estados Unidos
c) Atlanta, Estados Unidos
d) Copenhage, Dinamarca
e) Halifax, Canadá
2) Depois do surgimento, após quantos anos o Brasil
conheceu o Basquete e quem foi o responsável por
ele ter chegado em nosso país?
a) 7 anos, Scotie Pippen
b) 5 anos, Auguste Shaw
c) 6 anos, Charles Barkley
d) 3 anos, Hakken Olajuwon
e) 8 anos, Muggise Bogs
3) Assinale a alternativa que mostra três tipos de
passe que fazem parte do basquete.
a) Picado, chutado e sobre a cabeça
b) Peito, picado e sobre a cabeça
c) Sobre a cabeça, chutado e jump
d) Chutado, de ombro e jump
e) Boliche, de ombro e sobre a cabeça
4) No jogo de basquete, a recuperação da bola após
um arremesso não convertido, chamamos de?
a) Passe
b) Arremesso
c) Drible
d) Rebote
e) Finta
5) No jogo de basquete, um jogador que está sendo
marcado com a bola em suas mãos pode ficar com
ela por quanto tempo sem quicá-la?
a) 7 segundos
b) 4 segundos
c) 5 segundos
d) 8 segundos
e) 3 segundos
CAP.15 - VOLEIBOL
O vôlei foi criado em 1895, pelo americano
William G. Morgan, então diretor de educação física
da Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de
Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos. O
primeiro nome deste esporte que viria se tornar um
dos maiores do mundo foi mintonette.
Naquela época, o esporte da moda era o
basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas
que tivera uma rápida difusão. Era, no entanto, um
jogo muito cansativo para pessoas de idade. Por
sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan
idealizou um jogo menos fatigante para os
associados mais velhos da ACM e colocou uma rede
semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros,
sobre a qual uma câmara de bola de basquete era
batida, surgindo assim o jogo de vôlei.
A primeira bola usada era muito pesada e,
por isso, Morgan solicitou à firma A.G. Spalding &
Brothers a fabricação de uma bola para o Referido
esporte.
Bola de voleibol. fonte: http://leo-sembola.blogspot.com.br
No início, o mintonette ficou restrito à
cidade de Holyoke e ao ginásio onde Morgan era
diretor. Um ano mais tarde, numa conferência no
Springfield's College, entre diretores de educação
física dos Holyoke fizeram uma demonstração e
assim o jogo começou a se difundir por Springfield e
outras cidades de Massachussetts e Nova
Inglaterra.
Em Springfield, o Dr. A.T. Halstead sugeriu
que o seu nome fosse trocado para volley ball, tendo
em vista que a ideia básica do jogo era jogar a bola
de um lado para outro, por sobre a rede, com as
mãos. Em 1896, foi publicado o primeiro artigo
sobre o volley ball, escrito por J.Y. Cameron na
edição do "Physical Education" na cidade de Búfalo,
Nova Iorque. Este artigo trazia um pequeno resumo
sobre o jogo e de suas regras de maneira geral. No
ano seguinte, estas regras foram incluídas
oficialmente no primeiro handbook oficial da Liga
Atlética da Associação Cristã de Moços da América
do Norte.
A primeira quadra de Voleibol tinha as
seguintes medidas: 15,24m de comprimento por
7,62m de largura. A rede tinha a largura de 0,61m.
O comprimento era de 8,235m, sendo a altura de
1,98m (do chão ao bordo superior). A bola era feita
de uma câmara de borracha coberta de couro ou
lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7
a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336g.
O volley ball foi rapidamente ganhando novos
adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário
mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte
chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados
Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em
outros países, como na China, Japão (1908), Filipinas
(1910), México entre outros países europeus,
asiáticos, africanos e sul americanos.
Na América do Sul, o primeiro país a
conhecer o volley ball foi o Peru, em 1910, através
de uma missão governamental que tinha a finalidade
de organizar a educação primária do país.
O primeiro campeonato sul-americano foi
patrocinado pela Confederação Brasileira de
Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca
de Volley Ball e aconteceu no ginásio do Fluminense,
no Rio, entre 12 e 22 de setembro de 1951, sendo
campeão o Brasil, no masculino e no feminino.
A Federação Internacional de Volley Ball
(FIVB) foi fundada em 20 de abril de 1947, em
Paris, sendo seu primeiro presidente o francês Paul
Libaud e tendo como fundadores os seguintes
países: Brasil, Egito, França, Holanda, Hungria,
Itália, Polônia, Portugal, Romênia, Tchecoslováquia,
Iugoslávia, Estados Unidos e Uruguai.
O primeiro campeonato mundial foi
disputado em Praga, na Tchecoslováquia, em 1949,
vencido pela Rússia.
Em setembro de 1962, no Congresso de
Sofia, o volley ball foi admitido como esporte
olímpico e a sua primeira disputa foi na Olimpíada de
Tóquio, em 1964, com a presença de 10 países no
masculino - Japão, Romênia, Rússia, Tchecoslováquia,
Bulgária, Hungria, Holanda, Estados Unidos, Coréia
do Sul e Brasil. O primeiro campeão olímpico de
volley ball masculino foi a Rússia; a Tchecoslováquia
foi a vice e a medalha de bronze ficou com o Japão.
No feminino, o campeão foi o Japão, ficando
a Rússia em segundo e a Polônia em terceiro.
O criador do volley ball, Willian Morgan,
conhecido pelo apelido de "armário", devido ao seu
porte físico, morreu em 27 de dezembro de 1942,
aos 72 anos de idade.
Regras
Para se jogar voleibol são necessários 12
jogadores divididos igualmente em duas equipes de
seis jogadores cada.
As equipes são divididas por uma rede que
fica no meio da quadra. O jogo começa com um dos
times que devem sacar.Logo depois do saque a bola
deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do
adversário onde os jogadores tentam evitar que a
bola entre no seu campo usando qualquer parte do
corpo (antes não era válido usar membros da cintura
para baixo, mas as regras foram mudadas). O
jogador pode rebater a bola para que ela passe para
o campo adversário sendo permitidos dar três
toques na bola antes que ela passe, sempre
alternando os jogadores que dão os toques. Caso a
bola caia é ponto do time adversário.
O jogador pode encostar na rede (desde que
não interfira no andamento do jogo), exceto na
borda superior, caso isso ocorra o ponto será para o
outro time. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais
toques seguidos na bola, exceção no caso do toque
de Bloqueio.
O campo
É retangular, com a dimensão de 18 x 9
metros, com uma rede no meio colocada a uma altura
variável, conforme o sexo e a categoria dos
jogadores (exemplo dos séniores e juniores:
masculino -2,43 m; femininos 2,24 m).
Há uma linha de 3 metros em direção do
campo para a rede, dos dois lados e uma distância de
6 metros até o fim da quadra. Fazendo uma quadra
de extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9
metros de lado a lado.
Quadra de voleibol. Fonte: duca-a-acaofisica.blogspot.com.br/
A equipe
É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores
efectivos -6 jogadores suplentes -Até 2 líberos
Equipamento.
As partidas de voleibol são confrontos
envolvendo duas equipes disputados em ginásio
coberto ou ao ar livre conforme desejado.
O campo mede 18 metros de comprimento
por 9 de largura (18 x 9 metros), e é dividido por
uma linha central em um dos lados de nove metros
que constituem as quadras de cada time. O objetivo
principal é conquistar pontos fazendo a bola
encostar na sua quadra ou sair da área de jogo após
ter sido tocada por um oponente.
Acima da linha central, é postada uma rede
de material sintético a uma altura de 2,43 m para
homens ou 2,24 m para mulheres (no caso de
competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as
alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez
dividida em duas áreas de tamanhos diferentes
(usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma
linha que se localiza, em cada lado, a três metros da
rede ("linha de 25 metros").
No voleibol, todas as linhas delimitadoras
são consideradas parte integrante do campo. Deste
modo, uma bola que toca a linha é considerada
"dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima da
quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido
lateral por duas antenas postadas em cada uma das
extremidades da rede. No sentido vertical, os
únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.
Caso a bola toque em uma das antenas ou nas
estruturas físicas do ginásio, o ponto vai
automaticamente para o oponente do último jogador
que a tocou.
A bola empregada nas partidas de voleibol é
composta de couro ou couro sintético e mede
aproximadamente 65 cm de perímetro. Ela pesa em
torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido
a uma pressão de 0,30 kg/cm².
Pontos
Existem basicamente duas formas de marcar
pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a
bola aterrissar sobre a quadra adversária como
resultado de um ataque, de um bloqueio bem
sucedido ou, mais raramente, de um saque que não
foi corretamente recebido. A segunda ocorre
quando o time adversário comete um erro ou uma
falta.
Diversas situações são consideradas erros:
1 A bola toca em qualquer lugar exceto em um
dos doze atletas que estão em quadra, ou no campo
válido de jogo ("bola fora").
2 O jogador toca consecutivamente duas vezes
na bola ("dois toques")
3 O jogador empurra a bola, ao invés de
acertá-la. Este movimento é denominado "carregar
ou condução".
4 A bola é tocada mais de três vezes antes de
retornar para o campo adversário.
5 A bola toca a antena, ou passa sobre ou por
fora da antena em direção à quadra adversária.
6 O jogador encosta na borda superior da
rede.
7 Um jogador que está no fundo da quadra
realiza um bloqueio.
8 Um jogador que está no fundo da quadra pisa
na linha de três metros ou na área frontal antes de
fazer contato com a bola acima do bordo superior
da rede ("invasão do fundo").
9 Postado dentro da zona de ataque da quadra
ou tocando a linha de três metros, o líbero realiza
um levantamento de toque que é posteriormente
atacado acima da altura da rede.
10 O jogador bloqueia o saque adversário.
11 O jogador está fora de posição no momento
do saque.
12 O jogador saca quando não está na posição 1.
13 O jogador toca a bola no espaço aéreo acima
da quadra adversária em uma situação que não se
configura como um bloqueio ("invasão por cima").
14 O jogador toca a quadra adversária por
baixo da rede com qualquer parte do corpo exceto
as mãos ou os pés ("invasão por baixo").
15 O jogador leva mais de oito segundos para
sacar
16 No momento do saque, os jogadores que
estão na rede pulam e/ou erguem os braços, com o
intuito de esconder a trajetória da bola dos
adversários. Esta falta é denominada screening
17 Os "dois toques" são permitidos no primeiro
contato do time com a bola, desde que ocorram em
uma "ação simultânea" - a interpretação do que é ou
não "simultâneo" fica a cargo do arbitro.
18 A não ser no bloqueio. O toque da bola no
bloqueio não é contabilizado.
19 A invasão por baixo de mãos e pés é
permitida apenas se uma parte dos membros
permanecer em contato com a linha central.
Fundamentos
Um time que deseja competir em nível
internacional precisa dominar um conjunto de seis
habilidades básicas, denominadas usualmente sob a
rubrica "fundamentos". Elas são: saque, passe,
levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um
destes fundamentos compreende um certo número
de habilidades e técnicas que foram introduzidas ao
longo da história do voleibol e são hoje consideradas
prática comum no esporte.
Saque ou serviço
O saque ou serviço marca o início de uma
disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se
atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o
braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar
o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas
antenas e aterrissar na quadra adversária. Seu
principal objetivo consiste em dificultar a recepção
de seu oponente controlando a aceleração e a
trajetória da bola.
Existe a denominada área de saque, que é
constituída por duas pequenas linhas nas laterais da
quadra, o jogador não pode sacar de fora desse
limite.
Um saque que a bola aterrissa diretamente
sobre a quadra do adversário sem ser tocada pelo
adversário - é denominado em voleibol "ace", assim
como em outros esportes tais como o tênis.
No voleibol contemporâneo, foram
desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:
Saque por baixo ou por cima: indica a forma como
o saque é realizado, ou seja, se o jogador acerta a
bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro
lança-a no ar para depois acertá-la acima do nível do
ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente
considerada muito fácil, e por esta razão esta
técnica não é mais utilizada em competições de alto
nível.
Jornada nas estrelas: um tipo específico de saque
por baixo, em que a bola é acertada de forma a
atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O
aumento no raio da parábola descrito pela trajetória
faz com que a bola desça quase em linha reta, e em
velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado na
década de 1980 pela equipe brasileira,
especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele
hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais
empregado em competições internacionais.
Saque com efeito: denominado em inglês "spin
serve", trata-se de um saque em que a bola ganha
velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-
la, graças a um efeito produzido dobrando-se o
pulso no momento do contato.
Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a
bola é tocada apenas de leve no momento de
contato, o que faz com que ela perca velocidade
repentinamente e sua trajetória se torne
imprevisível.
Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador
lança a bola, faz a aproximação em passadas como no
momento do ataque, e acerta-a com força em
direção à quadra adversária. Supõe-se que este
saque já existisse desde a década de 1960, e tenha
chegado ao Brasil pelas mãos do jogador Feitosa. De
todo modo, ele só se tornou popular a partir da
segunda metade dos anos 1980.
Saque oriental: o jogador posta-se na linha de
fundo de perfil para a quadra, lança a bola no ar e
acerta-a com um movimento circular do braço
oposto. O nome deste saque provém do fato de que
seu uso contemporâneo restringe-se a algumas
equipes de voleibol feminino da Ásia.
Passe
Também chamado recepção, o passe é o
primeiro contato com a bola por parte do time que
não está sacando e consiste, em última análise, em
tentativa de evitar que a bola toque a sua quadra, o
que permitiria que o adversário marcasse um ponto.
Além disso, o principal objetivo deste fundamento é
controlar a bola de forma a fazê-la chegar
rapidamente e em boas condições nas mãos do
levantador, para que este seja capaz de preparar
uma jogada ofensiva.
O fundamento passe envolve basicamente
duas técnicas específicas: a "manchete", em que o
jogador empurra a bola com a parte interna dos
braços esticados, usualmente com as pernas
flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque",
em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos
acima da cabeça.
Quando, por uma falha de passe, a bola não
permanece na quadra do jogador que está na
recepção, mas atravessa por cima da rede em
direção à quadra da equipe adversária, diz-se que
esta pessoa recebeu uma "bola de graça".
Manchete
É uma técnica de recepção realizada com as
mãos unidas e os braços um pouco separados e
estendidos, o movimento da manchete tem início nas
pernas e é realizado de baixo para cima numa
posição mais ou menos cômoda, é importante que a
perna seja flexionada na hora do movimento,
garantindo maior precisão e comodidade no
movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa
altura, e que não tem chance de ser devolvida com o
toque.
É considerada um dos fundamentos da
defesa, sendo o tipo de defesa do saque e de
cortadas mais usado no jogo de voleibol. É uma das
técnicas essenciais para o líbero mas também é
empregada por alguns levantadores para uma melhor
colocação da bola para o atacante.
Levantamento
O levantamento é normalmente o segundo
contato de um time com a bola. Seu principal
objetivo consiste em posicioná-la de forma a
permitir uma ação ofensiva por parte da equipe, ou
seja, um ataque.
A exemplo do passe, pode-se distinguir o
levantamento pela forma como o jogador executa o
movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e
"levantamento de manchete". Como o primeiro
usualmente permite um controle maior, o segundo só
é utilizado quando o passe está tão baixo que não
permite manipular a bola com as pontas dos dedos,
ou no voleibol de praia, em que as regras são mais
restritas no que diz respeito à infração de
"carregar".
Também costuma-se utilizar o termo
"levantamento de costas", em referência à situação
em que a bola é lançada na direção oposta àquela
para a qual o levantador está olhando.
Quando o jogador não levanta a bola para ser
atacada por um de seus companheiros de equipe,
mas decide lançá-la diretamente em direção à
quadra adversária numa tentativa de conquistar o
ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de
segunda".
Ataque
O ataque é, em geral, o terceiro contato de
um time com a bola. O objetivo deste fundamento é
fazer a bola aterrissar na quadra adversária,
conquistando deste modo o ponto em disputa. Para
realizar o ataque, o jogador dá uma série de passos
contados ("passada"), salta e então projeta seu
corpo para a frente, transferindo deste modo seu
peso para a bola no momento do contato.
O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas
individuais de ataque:
Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador
que não se encontra na rede, ou seja, por um
jogador que não ocupa as posições 2-4. O atacante
não pode pisar na linha de três metros ou na parte
frontal da quadra antes de tocar a bola, embora
seja permitido que ele aterrisse nesta área após o
ataque.
Diagonal ou Paralela: indica a direção da trajetória
da bola no ataque, em relação às linhas laterais da
quadra. Uma diagonal de ângulo bastante
pronunciado, com a bola aterrissando na zona
frontal da quadra adversária, é denominada
"diagonal curta".
Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a
bola é acertada com força, com o objetivo de fazê-
la aterrissar o mais rápido possível na quadra
adversária. Uma cortada pode atingir velocidades de
aproximadamente 200 km/h.
Largada: refere-se a um ataque em que jogador não
acerta a bola com força, mas antes toca-a
levemente, procurando direcioná-la para uma região
da quadra adversária que não esteja bem coberta
pela defesa.
Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que
o jogador não pretende fazer a bola tocar a quadra
adversária, mas antes atingir com ela o bloqueio
oponente de modo a que ela, posteriormente,
aterisse em uma área fora de jogo.
Ataque sem força: o jogador acerta a bola mas
reduz a força e consequentemente sua aceleração,
numa tentativa de confundir a defesa adversária.
Bola de xeque: refere-se à cortada realizada por
um dos jogadores que está na rede quando a equipe
recebe uma "bola de graça" (ver passe, acima).
Bloqueio
O bloqueio refere-se às ações executadas
pelos jogadores que ocupam a parte frontal da
quadra (posições 2-3-4) e que têm por objetivo
impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária.
Elas consistem, em geral, em estender os braços
acima do nível da rede com o propósito de
interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de
uma bola que foi cortada pelo oponente.
Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que
os jogadores têm por objetivo interceptar
completamente o ataque, fazendo a bola permanecer
na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar,
estender os braços para dentro do espaço aéreo
acima da quadra adversária e manter as mãos
viradas em torno de 45-60° em direção ao punho.
Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado,
em que bola é direcionada diretamente para baixo
em uma trajetória praticamente ortogonal em
relação ao solo, é denominado "toco".
Um bloqueio é chamado, entretanto,
"defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola
e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a
que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores
que se situam no fundo da quadra. Para a execução
do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de
penetração dos braços na quadra adversária, e
procura manter as palmas das mãos voltadas em
direção à sua própria quadra.
O bloqueio também é classificado, de acordo
com o número de jogadores envolvidos, em "simples",
"duplo" e "triplo".
Defesa
A defesa consiste em um conjunto de
técnicas que têm por objetivo evitar que a bola
toque a quadra após o ataque adversário. Além da
manchete e do toque, já discutidos nas seções
relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas
das ações específicas que se aplicam a este
fundamento são:
Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse
mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o
movimento sob o próprio abdômen.
Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o
próprio corpo após ter feito contato com a bola.
Esta técnica é utilizada, especialmente, para
minimizar a possibilidade de contusões após a queda
que é resultado da força com que uma bola fora
cortada pelo adversário.
Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos
fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Esta
técnica é empregada, especialmente, para
interceptar a trajetória de bolas que se encontram
a uma altura que não permite o emprego da
manchete, mas para as quais o uso do toque não é
adequado, pois a velocidade é grande demais para a
correta manipulação com as pontas dos dedos.
PRATICANDO CAP.15
1) Após o surgimento do voleibol muitas pessoas
passaram a praticá-lo em diversas partes do
mundo. Assinale a alternativa mostra qual foi o
primeiro público a praticar essa luta nos Estados
Unidos?
a) Crianças
b) Mulheres
c) Idosos
d) Negros
e) Adolescentes
2) Depois do surgimento, o voleibol passou a ser
praticado em vários paises no mundo
principalmente nas americas. Assinale a
alternativa que mostra o pais da America do Sul
que foi o primeiro a praticar o voleibol?
a) Argentina
b) Canadá
c) Peru
d) Brasil
e) Venezuela
3) De acordo com a história, assinale a alternativa
que mostra qual era a medida em comprimento
oficial da primeira quadra de voleibol:
a) 16,35m
b) 15,24m
c) 18,09m
d) 17,45m
e) 13,78m
4) Esse é um tipo específico de saque, em que a
bola é acertada de forma a atingir grandes
alturas (em torno 25 metros). O aumento no raio
da parábola descrito pela trajetória faz com que
a bola desça quase em linha reta, e em
velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado
na década de 1980 pela equipe brasileira,
especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman,
ele hoje é considerado ultrapassado, e já não é
mais empregado em competições internacionais.
Assinale a alternativa que mostra esse tipo de
saque:
a) Viagem
b) Jornada nas estrelas
c) Spin serve
d) Flutuante
e) Com efeito
5) É uma técnica de recepção realizada com as mãos
unidas e os braços um pouco separados e
estendidos, o movimento tem início nas pernas e
é realizado de baixo para cima numa posição mais
ou menos cômoda, é importante que a perna seja
flexionada na hora do movimento, garantindo
maior precisão e comodidade no movimento. De
que tipo de recepção estamos falando?
a) Peixinho
b) Toque
c) Pingada
d) Manchete
e) Curtinha
CAP.16 – HANDEBOL
Atribui-se a invenção do Handebol ao
professor Karl Schellenz, da Escola Normal de
Educação Física de Berlim, durante a primeira
guerra mundial. No início, o Handebol era praticado
apenas por moças e as primeiras partidas foram
realizadas nos arredores de Berlim. Os campos
tinham 40x20m. Pouco depois em campos de
dimensões maiores, o esporte passou a ser praticado
por homens e logo se espalhou por toda a Europa.
Karl Schellenz. Fonte: http://www.dojolotus.com.br
Em 1927 foi criada a Federação
Internacional de Handebol Amador, F.I.H.A. Mas,
em 1946, durante o Congresso de Copenhague (10 a
13 de julho), os suecos oficializaram seu Handebol
de Salão para apenas 7 jogadores por equipe,
passando a F.I.H.A. a denominar-se Federação
Internacional de Handebol, F.I.H., e o jogo de 11
jogadores em segundo plano.
Em 1933 foi criada a federação alemã que,
três anos depois, introduzia o Handebol nos Jogos
Olímpicos de Berlim. Em 1954, a F.I.H. contava com
25 nações. No dia 26 de Fevereiro de 1940 foi
fundada, em São Paulo, a Federação Paulista de
Handebol, mas o esporte já era praticado no Brasil
desde 1930. Até 1950, a sede da F.I.H. era na
Suécia. Transferiu-se no ano seguinte para a Suíça.
A primeira vez que o Handebol foi disputado
em uma olimpíada foi em 1936, depois foi retirado e
voltou em 1972, já na sua nova versão (de 7
jogadores) e em 1976 o Handebol feminino também
passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos.
O Handebol é um dos esportes mais antigos
de que se tem notícia. Ele já apresentou uma grande
variedade de formas até a praticada atualmente.
Um jogo com bola foi descrito por Homero em "A
Odisséia", onde a bola era jogada com as mãos e o
objetivo era ultrapassar o oponente, através de
passes, isto está gravado em uma pedra na cidade
de Atenas e data de 600 A.C..
De acordo com as escritas do médico
Romano, Claudius Galenus (130-200 D.C.), os
Romanos possuíam um jogo de Handebol chamado
"Harpaston". Na Idade Média, as legiões de
cavaleiros jogavam um jogo de bola, o qual era
fundamentado em passes e metas, isto foi descrito
por Walther von der Vogelwide (1170-1230), que o
chamou de "Jogo de Pegar Bola", que é precursor do
atual jogo de Handebol. Na França, Rabelais (1494-
1533), fala sobre um jogo de Handebol em que "Eles
jogam bola, usando a palma da mão".
O Supervisor de Educação Física Alemão,
Holger Nielsen, adaptou o "Haanbold-Spiel" (Jogo
de Handebol) para ser jogado em quadras, na cidade
de Ortrup em 1848, remodelando as regras e
método como o jogo deveria ser praticado.
Eventualmente os alemães desenvolveram o esporte
e finalizaram as regras em 1897, onde atualmente é
baseado o Handebol de Quadra (Indoor) e o
Handebol Olímpico.
Quadra de handebol. Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br
Era uma forma de 7 jogadores por time, em
uma quadra pouco maior do que a de Basquete, com
gols de Futebol de 2m de altura por 2,5m de
comprimento.
Na Suécia, em 1910, G. Wallstrom foi quem
introduziu o Handebol. Na Alemanha, em 1912,
Hirschmann (O Secretário Geral Alemão da
Associação Internacional de Futebol) tentou
introduzir o Handebol em um jogo de "campo",
seguindo as regras do Futebol. Durante 1915-1917, o
Supervisor de Educação Física Max Heiser (1879-
1921), introduziu o Handebol de Campo para as
mulheres, sendo considerado o real criador do
esporte, assim como Karl Schelenz (1890-1956), um
professor de esportes da Escola Superior de
Educação Física é considerado o fundador do
Handebol. Karl Schelenz foi o responsável pelo
desenvolvimento do Handebol na Alemanha, Áustria
e Suíça, onde ele foi treinador.
Em 13 de Setembro de 1920, Carl Diem, o
Diretor da Escola Superior de Educação Física
Alemã, completou o estabelecimento do esporte no
cenário mundial, reconhecendo-o oficialmente como
esporte. O jogo era praticado em campos de Futebol
com traves do mesmo tamanho. O primeiro jogo
internacional foi disputado em 3 de Setembro de
1925, com vitória da Alemanha sobre a Áustria por
6 a 3.
A Era Pioneira do Handebol
Durante seu desenvolvimento, o jogo de
Handebol não era reconhecido como um esporte
independente, assim como o Basquete e o Vôlei, era
representado pelas Associações de Educação Física
e Associações Atléticas Nacionais. Em um nível
internacional, a Federação Atlética Amadora
Internacional (FAAI) observou os interesses do
Handebol desde 1928. Um Comitê Especial foi
formado no VII Congresso da FAAI na Holanda, em
1926, para organizar os países que praticavam
Handebol para formar "regras básicas" para eventos
internacionais.
A FAAI estava preparando e organizando a
formação de uma associação internacional
independente e exclusiva ao Handebol. O congresso
se formou em 4 de Agosto de 1928 em Amsterdam,
Holanda, onde 11 países criaram a Federação
Internacional de Handebol Amador (FIHA). O
Handebol se tornou um esporte internacional em
1934, sendo jogado por 25 membros da FIHA. O
primeiro "grande" evento internacional de Handebol
ocorreu em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, e
no 10° aniversário da FIHA, o primeiro Campeonato
Mundial de Handebol, realizado em 1938.
Após o término da II Guerra Mundial, o jogo
cresceu rapidamente no âmbito internacional e em
1946, após a FIHA ser considerada extinta, foi
fundada a atual Federação Internacional de
Handebol (FIH), na Dinamarca.
A partir de 1952, o Handebol de Campo era
dominante nas nações participantes. O Handebol de
Quadra (Indoor) era mais praticado por países do
Norte Europeu. No entanto, devido a condições
climáticas e o fato de que após o "Hóckey no Gelo",
o Handebol de Quadra era o esporte mais rápido
existente, este começou a ganhar muita
popularidade pelo mundo.
Com regras de outros esportes introduzidas
e maiores punições à faltas violentas, o jogo se
tornou mais seguro, simples de se jogar e mais
emocionante de se observar. O Handebol se tornou
um esporte de inverno, levando o espectador a sair
do frio e se emocionar com mais ação e maiores
placares do que o Futebol. A partir de 1960 o
Handebol de Campo perdeu rapidamente sua
popularidade e o último Campeonato Mundial foi
disputado em 1966.
O Handebol sempre foi dominado por nações
Européias. Nos anos em que estava se praticando o
Handebol de Campo, Alemanha, Áustria e Dinamarca
dominaram o cenário mundial, também pelo fato de
não ter muitas nações fora da Europa que
praticavam o esporte.
História Olímpica
O Handebol fez sua estréia nos Jogos
Olímpicos de Berlim, em 1936. Na época, era mais
popular e mais divulgado, o Handebol de Campo. Este
era praticado em campos de grama com dimensões e
gols similares aos do Futebol, com 11 jogadores por
equipe. Houve apenas competições masculinas e esta
foi a única vez que este tipo de Handebol participou
das Olimpíadas (atualmente não se pratica mais esta
variável do Handebol, ocorrem ocasionalmente
apenas alguns jogos em eventos ou por antigos
admiradores).
Sendo reintroduzido nos Jogos Olímpicos de
Munique, em 1972, o Handebol voltou ao cronograma
olímpico, mas com outra modalidade, o Handebol de
Quadra (conhecido atualmente apenas por
Handebol). Este possui times com 7 jogadores, é
praticado em quadras de 40m por 20m e gols de 2m
por 3m. Em 1972 apenas ocorreram competições
masculinas. As competições femininas foram
introduzidas nos Jogos Olímpicos de Montreal, em
1976. A partir desta data não houveram mudanças
significativas do Handebol nas Olimpíadas.
NO MUNDO
O Handebol não foi criado ou inventado A
bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos
mais antigos do mundo e vem cativando o homem há
milênios. O jogo de "Urânia", praticado na antiga
Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã,
usando as mãos, mas sem balizas é citado por
Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo
Cláudio Galeno (130-200 DC), conheciam um jogo
praticado com as mãos, o "Harpastum". Mesmo
durante a Idade Média, eram os jogos com bola
praticados como lazer por rapazes e moças. Na
França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de
handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume).
Em meados do século passado (1848), o
professor dinamarquês Holger Nielsen criou, no
Instituto de Ortrup, um jogo denominado
"Haandbold", determinando suas regras. Na mesma
época, os Tchecos conheciam jogo semelhante
denominado "Hazena". Fala-se também de um jogo
similar na Irlanda e no "El Balon" do uruguaio
Gualberto Valetta, como precursores do handebol.
Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi
introduzido na última década do século passado, na
Alemanha, como "Raftball". Quem o levou para o
campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então
Secretário da Federação lnternacional de Futebol.
O período da I Grande Guerra (1915-1918)
foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando
um professor de ginástica, o berlinense Max Heiser,
criou um jogo ao ar livre para as operárias da
Fábrica Siemens, derivado do "Torball", e quando os
homens começaram a praticá-lo, o campo foi
aumentado para as medidas do futebol.
Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz
reformulou o "Torball", alterando seu nome para
"Handball" com as regras publicadas pela Federação
Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores.
Schelenz levou o jogo como competitivo para a
Áustria, Suíça, além da Alemanha. Em 1920, o
Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha
tornou o jogo desporto oficial.
A divulgação na Europa deste novo desporto
não foi difícil, visto que Karl Schelenz era professor
na então famosa Universidade de Berlim onde seus
alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram
as regras então propostas para vários países.
Por sua vez, existia na Tchecoslováquia
desde 1892 um jogo praticado num campo de
45x30m e com 7 jogadores que também era jogado
com as mãos e o gol era feito em balizas de 3x2m.
Este jogo, o "Hazena", segundo os livros, foi
regulamentado pelo Professor Kristof Antonin,
porém, somente em 1921 suas regras foram
publicadas e divulgadas por toda a Europa. Mas, foi
o Handebol jogado no campo de futebol, que
chamamos de "Handebol de Campo", que teve maior
popularização, tanto que foi incluído nos Jogos
Olímpicos realizados em Berlim em 1936.
Com o grande crescimento do futebol com
quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades
do rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o
Handebol de Campo foi paulatinamente sendo
substituído pelo Hazena que passou a ser o
"Handebol a 7", chamado de "Handebol de Salão",
que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos
Jogos Olímpicos realizados em Munique-Alemanha, o
Handebol (não mais era necessário o complemento
"de salão") foi incluído na categoria masculina,
reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976
(masculino e feminino) e não mais parou de crescer.
NO BRASIL
O Handebol no Brasil Após a I Grande
Guerra Mundial, um grande número de imigrantes
alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na
região sul por conta das semelhanças climáticas.
Dessa forma os brasileiros passaram a ter
um maior contato com a cultura, tradição folclórica
e por extensão as atividades recreativas e
desportivas por eles praticadas, dentre os quais o
então Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele
teve seu maior desenvolvimento, principalmente
quando em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a
Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 °
Presidenta Otto Schemelling.
O Handebol de Salão somente foi
oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de
Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol
que foi jogado em campo improvisado ao lado do
campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo
esse demarcado com cal (40x20m e balizas com
caibros de madeira 3x2m).
Este Handebol praticado com 7 jogadores e
em um espaço menor agradou de tal maneira que a
Confederação Brasileira de Desportos - CBD órgão
que congregava os Desportos Amadores a nível
nacional, criou um departamento de Handebol
possibilitando assim a organização de torneios e
campeonatos brasileiros nas várias categorias
masculina e feminina.
Contudo, a grande difusão do Handebol em
todos os Estados adveio com a sua inclusão nos III
Jogos Estudantis Brasileiros realizado em Belo
Horizonte-MG em julho de 1971 como também nos
Jogos Universitários Brasileiros realizado em
Fortaleza-CE em julho de 1972. Como ilustração, nos
JEB's/72 o Handebol teve a participação de
aproximadamente 10 equipes femininas e 12
masculinas, já em 1973 nos IV JEB's em Maceió-AL
tivemos cerca de 16 equipes femininas e 20
masculinas.
A atual Confederação Brasileira de Handebol
- CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo
como primeira sede São Paulo e o primeiro
Presidente foi o professor Jamil André.
Quadra
A quadra deve ser retangular, com um
comprimento de 38 a 44m e uma largura de 18 a
22m (mas por convenção fala-se que as quadras de
Handebol possuem comprimento de 40m e largura de
20m). A área privativa do goleiro será determinada
por um semi-círculo cujo raio medirá 6m, desde o
centro do gol. Nesta área somente o goleiro pode
ficar, atacantes e defensores devem ficar fora dela
(não é permitido nem pisar na linha, entretanto
pode-se pula de fora para dentro, desde que se
solte a bola enquanto estiver no ar). O outro semi-
círculo será colocado a 9m, este sendo tracejado e
determinando a linha do tiro livre (de onde
geralmente são cobradas as faltas realizadas pela
defesa). A baliza possui largura interior de 3m e
altura de 2m. Em frente e ao meio de cada baliza, e
a uma distância de 7m, traça-se uma linha paralela à
do gol, de 1m de comprimento e chamada de marca
dos 7m (penalidade máxima), este lance apenas é
ordenado com a execução de uma falta grave sobre
o adversário enquanto este atacava a meta da
defesa.
O Jogo
Em cada jogo confrontam-se duas equipes.
Estas devem estar devidamente uniformizadas, a
numeração dos jogadores deve ser visível e
obrigatória. Cada equipe é composta por 12
jogadores, dos quais 6 de quadra, 1 goleiro e o
restante na reserva. A duração de cada tempo é de
30 minutos, com intervalo de 10 minutos (Nas
olimpíadas de Atlanta foi permitida a utilização de
tempo, como no Voleibol).
O número de substituições é ilimitado, mas
deve ser feito em um espaço de 4,45m, partindo da
linha central da quadra (não é necessário parar o
jogo para realizar as substituições, e estas apenas
podem se realizar após que o jogador a ser
substituído saia completamente da quadra).
Seu objetivo básico é ultrapassar o
adversário através de toques de bola até atingir a
meta adversária, marcando um ponto caso a bola
ultrapasse a linha de gol. Para realizar tal coisa
necessita-se de muita habilidade e agilidade, pois o
jogo é muito rápido e exige que os reflexos estejam
bem apurados. Com o auxílio de jogadas "ensaiadas"
(previamente treinadas) é possível confundir a
defesa adversária e encantar o público.
Bola de Handebol
Existem três tamanhos de bolas de
Handebol, cada uma possui certo peso pré-
determinado e representa uma categoria específica.
São denominados por H3, H2 e H1. Elas têm que ser
de couro e não escorregadias. (Para uma melhor
aderência e maior liberdade nas jogadas usa-se uma
cola especial para Handebol, aplicando-a nas pontas
dos dedos).
H3 Esta é usada para a categoria Adulto
Masculino (sendo a maior bola de Handebol), deve
medir no início da partida, 58,4cm de circunferência
e pesar 453,6 gramas.
H2 Esta bola é usada nas categorias Adulto
Feminino e Juvenil Masculino (possuindo um tamanho
intermediário), deve medir no início da partida
56,4cm de circunferência e pesar 368,5 gramas.
H1 Esta bola é usada nas categorias Infantis
Masculino e Feminino e Juvenil Feminino.
Bola de handebol. Fonte: http://www.bellsub.com/Produto
POSIÇÕES
No ataque, o time é dividido em: Pontas,
Meias, Armador (conhecido também como Central),
Pivô e Goleiro.
Posições handebol. Fonte: http://www.colegiovisao.com.br
Armador
É a "locomotiva" do time no ataque. Este
jogador esta no centro do ataque e comanda o curso
e o tempo do mesmo. Este é geralmente o mais
experiente jogador do time, deve saber arremessar
com força e ter um grande repertório de passes.
Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar
as mudanças na defesa adversária. Força,
concentração, tempo de jogo e passes certos são o
que destacam um bom armador.
Meia
O "combustível" do time no ataque. Os
meias, geralmente, possuem os mais fortes
arremessos e são, geralmente, os mais altos
jogadores do time. (No masculino variam de 180cm a
210cm e no feminino variam de 175cm a 190cm).
Entretanto, existem excepcionais jogadores que são
menores que a média, mas possuem arremessos
poderosos e técnica muito apurada. Estes são
geralmente os jogadores mais perigosos durante o
ataque, pois os arremessos costumam partir deles
ou de outro jogador o qual tenha recebido um passe
dele.
Ponta
Geralmente são eles que começam as jogadas de
ataque. Os pontas são velozes e ágeis; e devem
possuir a capacidade de arremessar em ângulos
fechados. O destaque no arremesso não é a força,
mas a habilidade e mira, podendo mudar o destino da
bola apenas momentos antes de soltá-la em direção
ao gol. Estes jogadores também são muito
importantes nos contra-ataques, apoiados em sua
velocidade e posicionamento.
Pivô
O "coringa" do time no ataque. Posiciona-se
entre as linhas de 6m e a de 9m. Seu objetivo é
abrir espaço na defesa adversária para que seus
companheiros possam arremessar de uma distância
menor, ou se posicionar estrategicamente para que
ele mesmo possa receber a bola e arremessar em
direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de
arremessos do time, pois ele deve passar pelo
goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força,
impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente
rápidas.
Goleiro
Se o goleiro defender um arremesso ou
conseguir um tiro livre, ele deve ter a habilidade e o
raciocínio rápido para observar se algum jogador se
encontra em uma posição de contra-ataque, fazendo
assim o lançamento que deve ser rápido e certeiro.
O goleiro não é apenas um jogador de defesa, mas
um importante armador de contra-ataques.
Defesa
Os jogadores na defesa precisam trabalhar
em equipe. Comunicação é absolutamente vital. Onde
está o pivô? Quem está marcando quem? Onde está
o foco do ataque? No nível de elite do Handebol,
existem times que possuem jogadores
especializados na defesa, que são fisicamente
grandes, muito fortes, rápidos e com muita
concentração. Esses jogadores ainda possuem a
habilidade de detectar o foco do ataque e se
adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores
situados no meio precisam ser muito fortes e altos
para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs.
O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro
pode representar mais de 50% da performance de
um time. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a
ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um
reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante
pretende arremessar e habilidade de ajustar força,
reflexos e total concentração (eliminado qualquer
coisa que não seja referente ao jogo) focando seu
objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se
comunicar com seu time, (pois possui maior visão de
jogo por estar fora dos lances de ataque)
incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e
orientando seus companheiros no ataque.
Posições handebol. Fonte: http://www.colegiovisao.com.br
PRATICANDO CAP.16
1) Um dos esportes mais praticados no mundo,
principalmente na Europa, o handebol passou a
ter muitos adeptos chegando a ser um dos mais
praticados principalmente nas escolas públicas.
Marque a opção que mostra o nome de inventor
do handebol?
a) Karl Schellenz
b) Adolph Hitler
c) Jean Grojan
d) James Naismith
e) Augusto Shaw
2) Esta bola é usada para a categoria Adulto
Masculino (sendo a maior bola de Handebol), deve
medir no início da partida, 58,4cm de
circunferência e pesar 453,6 gramas. Assinale a
opção que traz essa bola.
a) H3
b) H5
c) H2
d) H6
e) H4
3) De acordo com as suas medidas oficiais, podemos
dizer que a quadra de handebol possui as mesmas
medidas da quadra do.
a) Hoquei
b) Tenis
c) Futsal
d) Badminton
e) Basquete
4) Ele é considerado o "coringa" do time no ataque.
Posiciona-se entre as linhas de 6m e a de 9m.
Seu objetivo é abrir espaço na defesa adversária
para que seus companheiros possam arremessar
de uma distância menor, ou se posicionar
estrategicamente para que ele mesmo possa
receber a bola e arremessar em direção ao gol.
a) Meia
b) Ponta
c) Lateral
d) Armador
e) Pivô
5) É a "locomotiva" do time no ataque. Este jogador
esta no centro do ataque e comanda o curso e o
tempo do mesmo. Este é geralmente o mais
experiente jogador do time, deve saber
arremessar com força e ter um grande repertório
de passes.
a) Meia
b) Ponta
c) Lateral
d) Armador
e) Pivô
CAP.17 - FUTEBOL
O futebol é um dos esportes mais populares
no mundo. Praticado em centenas de países, este
esporte desperta tanto interesse em função de sua
forma de disputa atraente. O futebol é um esporte
coletivo jogado, como o seu próprio nome diz
(foot=pés; Ball= bola), principalmente com os pés. Os
jogadores deslocam-se conduzindo ou tocando a bola
com qualquer parte do corpo, exceto as mãos.
Embora não se tenha muita certeza sobre os
primórdios do futebol, historiadores descobriram
vestígios dos jogos de bola em várias culturas
antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o
futebol, pois não havia a definição de regras como
há hoje, porém demonstram o interesse do homem
por este tipo de esporte desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a seu
jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de
jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço,
crianças e adultos possam se divertir com o futebol.
Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou
até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de
vários cantos do mundo começam a praticar o
futebol.
Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os
militares chineses praticavam um jogo que na
verdade era um treino militar. Após as guerras,
formavam equipes para chutar a cabeça dos
soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos
inimigos foram sendo substituídas por bolas de
couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas
equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a
bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a
para dentro de duas estacas fincadas no campo.
Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.
Origens do futebol no Japão Antigo
No Japão Antigo, foi criado um esporte
muito parecido com o futebol atual, porém se
chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte
do imperador japonês, o kemari acontecia num
campo de aproximadamente 200 metros quadrados.
A bola era feita de fibras de bambu e entre
as regras, o contato físico era proibido entre os 16
jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do
futebol encontraram relatos que confirmam o
acontecimento de jogos entre equipes chinesas e
japonesas na antiguidade.
Origens do futebol na Grécia e Roma
Os gregos criaram um jogo por volta do
século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo,
soldados gregos dividiam-se em duas equipes de
nove jogadores cada e jogavam num terreno de
formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os
jogadores, também militares, usavam uma bola feita
de bexiga de boi cheia de areia ou terra.
O campo onde se realizavam as partidas, em
Esparta, era bem grande, pois as equipes eram
formadas por quinze jogadores. Quando os romanos
dominaram a Grécia, entraram em contato com a
cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros,
porém o jogo tomou uma conotação muito mais
violenta.
O FUTEBOL NA IDADE MÉDIA
Há relatos de um esporte muito parecido
com o futebol, embora se usasse muito a violência. O
Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média
por militares que se dividiam em duas equipes:
atacantes e defensores. Era permitido usar socos,
pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há
relatos que mostram a morte de alguns jogadores
durante a partida. Cada equipe era formada por 27
jogadores, onde grupos tinham funções diferentes
no time: corredores, dianteiros, sacadores e
guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo
denominado gioco del calcio. Era praticado em
praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam
levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois
cantos extremos da praça. A violência era muito
comum, pois os participantes levavam para campo
seus problemas causados, principalmente por
questões sociais típicas da época medieval.
O barulho, a desorganização e a violência
eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que
decretar uma lei proibindo a prática do jogo,
condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo
não terminou, pois integrantes da nobreza criaram
uma nova versão dele com regras que não permitiam
a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes
deveriam fazer cumprir as regras do jogo.
O futebol chega à Inglaterra
Pesquisadores concluíram que o gioco de
calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta
do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras
diferentes e foi organizado e sistematizado. O
campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas
pontas seriam instalados dois arcos retangulares
chamados de gol. A bola era de couro e enchida com
ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou
a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza
inglesa.
Aos poucos foi se popularizando. No ano de
1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-
se um único código de regras para o futebol. No ano
de 1871 foi criada a figura do guarda-redes
(goleiro) que seria o único que poderia colocar as
mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para
evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida
a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi
estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da
área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do
impedimento.
O profissionalismo no futebol foi iniciado
somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na
Inglaterra, a International Board, entidade cujo
objetivo principal era estabelecer e mudar as regras
do futebol quando necessário. No ano de 1897, uma
equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez
uma excursão fora da Europa, contribuindo para
difundir o futebol em diversas partes do mundo
Em 1888, foi fundada a Football League com
o objetivo de organizar torneios e campeonatos
internacionais. No ano de 1904, foi criada a FIFA (
Federação Internacional de Futebol Association )
que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a
FIFA que organiza os grandes campeonatos de
seleções (Copa do Mundo) de quatro em quatro anos.
Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha,
que teve a Itália como campeã e a França como vice.
A FIFA também organiza campeonatos de clubes
como, por exemplo, a Copa Libertadores da América,
Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa
Sul-Americana, entre outros.
No começo do século XX a popularidade do
futebol em todo o mundo levou à
criação, em 1904, de uma organização internacional,
a Federação Internacional de Futebol Association
(FIFA).
Foram sete os países fundadores: Bélgica,
Dinamarca, França, Países Baixos, Espanha, Suécia e
Suíça. A FIFA tem como metas principais a
uniformização das regras do jogo, elaborada pela
International Board, e a organização de um torneio
internacional entre as entidades afiliadas -- a Copa
do Mundo, disputada a partir de 1930.
Desde sua fundação, a FIFA teve os
seguintes presidentes: Robert Guérin (1904-1906),
D. B. Woolfall (1906-1921), Jules Rimet (1921-
1954), R. W. Seeldrayers (1954-1955), Arthur
Drewry (1955-1961), Stanley Ford Rous (1961-1974)
e João Havelange, a partir de 1974.
HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL
Nascido no bairro paulistano do Brás,
Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos
de idade para estudar. Lá tomou contato com o
futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na
bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto
de regras. Podemos considerar Charles Miller como
sendo o precursor do futebol no Brasil.
O primeiro jogo, de futebol no Brasil foi
realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários
de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os
funcionários também eram de origem inglesa. Este
jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA
DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO
RAILWAY. O primeiro time a se formar no Brasil
foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de
maio de 1888.
Charles Miller. Fonte: http://www.silvioluiz.com.br
No início, o futebol era praticado apenas por
pessoas da elite, sendo vedada a participação de
negros em times de futebol. A partir dessa
iniciativa, vários clubes se formaram: em 1898, o
São Paulo Athletic Club e, no ano seguinte, a
Associação Atlética Mackenzie College e o Sport
Club Germânia. No Rio de Janeiro, o pioneiro foi
Oscar Cox, que estudou na Europa e trouxe de lá
material esportivo. Depois de organizar partidas
entre uma equipe criada por ele e o Rio Cricket and
Athletic Association, de Niterói, Cox tornou-se um
dos líderes do movimento que resultou na fundação
do Fluminense Futebol Clube, em 1902.
De uma dissidência neste clube, nasceu, em
1911, o departamento de futebol do Clube de
Regatas do Flamengo. Embora reunisse os melhores
jogadores da época, que haviam sido campeões no
ano anterior, o Flamengo perdeu seu primeiro jogo
para os que ficaram no Fluminense, por 3 a 2, o que
gerou a célebre rivalidade do Fla x Flu.
Oscar Cox. Fonte: http://www.flumania.com.br
Na década de 1910, surgiram clubes e
federações por todo o Brasil, cada estado começou
a realizar seu próprio campeonato e cresceu o
interesse do público e da imprensa pelo esporte. Em
1914, criou-se a Federação
Brasileira de Sports e, dois anos depois, a
Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
Em 1919, o Brasil sagrou-se campeão sul-
americano de futebol ao vencer o Uruguai por 1 a 0
no Rio de Janeiro. Com a difusão do esporte por
todo o país foi realizado, em 1922, o primeiro
campeonato de seleções estaduais. Durante quase
quarenta anos o futebol foi exercido no Brasil por
amadores -- estudantes, empregados de companhias
e jovens de nível social elevado.
Em 1933, oficializou-se no Rio de Janeiro e
em São Paulo, o profissionalismo, até então
praticado de forma disfarçada. Após um período de
transição, em que os jogadores hesitaram em
aceitar o novo regime, teve início a fase de
afirmação do futebol brasileiro, em 1938, ano da
primeira Copa em que o Brasil chegou às semifinais e
ficou em terceiro lugar.
As arrecadações das partidas aumentaram e
estimulou a construção de estádios, o maior dos
quais foi o Maracanã, inaugurado no Rio de Janeiro
em 1950, para a IV Copa do Mundo. Em 1959, nasceu
a Taça Brasil, um campeonato interclube de âmbito
nacional, disputada em eliminatórias pelos campeões
estaduais. Em 1971, o torneio foi oficializado como
Campeonato Brasileiro de Clubes, cujos vencedores
disputam com clubes de outros países sul-
americanos a Taça Libertadora da América.
Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no
Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o
título, em pleno Maracanã, para a seleção uruguaia
(Uruguai 2 x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de
Futebol será realizada novamente no Brasil.
CARACTERÍSTICAS DO FUTEBOL
O futebol permite ao praticante o
desenvolvimento de habilidades no manejo da bola
com o corpo todo. Uma partida de futebol é
disputada por duas equipes, cada uma composta por
11 jogadores, um dos quais é o goleiro. O número de
reservas pode variar. As equipes devem se
apresentar uniformizadas com calção, camisas,
meias e chuteiras próprias para o jogo sobre campo
gramado. Além dos 22 jogadores, participam do jogo
também quatro oficiais de arbitragem: um árbitro,
dois bandeirinhas (auxiliares) e um 4º árbitro
(representante), que faz anotações.
Brasil Londres 2012, fonte: http://claudia.abril.com.br
Oficialmente uma partida de futebol é
composta de dois tempos de 45 minutos cada, com
um intervalo de quinze para descanso. Antes de
iniciar a partida, o árbitro faz o sorteio entre as
duas equipes e decide quem terá a posse de bola e
quem terá o direito de escolher o campo. A partida
é iniciada no centro do campo, com as duas equipes
no seu campo defensivo.
Após o apito do árbitro, o jogador
encarregado de dar o toque inicial, dentro do círculo
central, chuta a bola para seu companheiro. Para
receber ou passar a bola pode se usar qualquer
parte do corpo, menos as mãos com exceção dos
goleiros: cabeça, peito, coxa, pés.
Os demais jogadores da equipe avançam para
o campo adversário, colocando-se em posições que
permitem ao companheiro de posse da bola enxergá-
los. O objetivo do jogo de futebol é marcar gols e
impedir que o adversário faça o mesmo. Para isso, é
necessário que a bola seja deslocada pelos
jogadores, que a passam entre si, conduzindo-a e
progredindo até chegar a uma posição que lhe
permita arremessar ou chutar contra o gol
adversário.
Vence a partida a equipe que fizer mais gols.
Pode haver situações de empate com ou sem gols
marcados. O campo de futebol é retangular e deve
ter de 45 a 90 metros de largura por 90 a 120
metros de comprimento. O campo de futebol é
limitado pelas linhas laterais e de fundo. É dividido
ao meio pala linha de meio campo. O circulo central
serve para indicar a posição dos jogadores no início
do jogo.
FUNDAMENTOS
Podemos dividir os fundamentos técnicos em dois
tipos de ações:
a) MOVIMENTOS SEM BOLA (corrida com
mudança, saltos, giros, etc.);
b) MOVIMENTOS COM BOLA (recepção, passe,
chute, etc.).
De acordo com essa divisão, pretendemos
desenvolver aqui somente as técnicas básicas do
futebol pertencentes ao grupo b (movimentos com
bola), executando as ações específicas
desenvolvidas pelos jogadores que ocupam a posição
de goleiro.
Para uma melhor prática do futebol, faz-se
necessário o conhecimento e domínio de algumas
técnicas básicas, tais como: condução, passe, chute,
drible ou finta, recepção, cabeceio e arremesso
lateral.
Brasil Londres 2012. Fonte: http://veja.abril.com.br
O cabeceio e o arremesso lateral serão
abordados como elementos pertencentes a outros
fundamentos técnicos, ou seja, o arremesso lateral
seria considerado uma forma de passe, e o cabeceio,
dentro dos demais fundamentos. As técnicas serão
abordadas na seguinte sequência: definição e
conceituação do termo, descrição da técnica e as
possíveis variações e formas.
1) CONDUÇÃO: É o ato de deslocar-se pelos
espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de
bola.
Técnica de condução de bola: Posicionar o corpo e
movimentá-lo de maneira a facilitar o tipo de
condução desejada, manter a bola numa distância
que facilite a sequência da condução, bem como as
variações necessárias de acordo com exigência da
situação; utilizar o tipo de toque adequado à
situação; postura adequada à movimentação, com o
centro de gravidade um pouco mais baixo, quando
necessário um melhor domínio e mais alto, quando
conduzir em alta velocidade; distribuir a atenção na
bola, no espaço e nos demais jogadores.
2) PASSE: É um elemento técnico inerente ao
fundamento chute, que se caracteriza pelo ato de
impulsionar a bola para um companheiro.
Técnica do passe: Posicionamento do corpo de
maneira favorável a sua execução; pé de apoio ao
lado (atrás ou à frente) da bola; projeção da perna
(membro inferior direito ou esquerdo) a ser
utilizada em direção à bola; toque propriamente dito
(durante a execução do movimento, o braço ajuda na
coordenação e equilíbrio).
3) CHUTE: É o ato de golpear a bola, desviando ou
dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em
movimento.
Técnica do chute: É semelhante à técnica do passe,
sendo o objetivo das ações sua grande diferença. O
chute tem como objetivo finalizar uma ação para o
gol ou impedir o prosseguimento das ações do
adversário.
4) DRIBLE OU FINTA: É o ato que o jogador,
estando ou não em posse da bola, tenta ludibriar o
seu adversário o drible, de acordo com a sua origem
inglesa (dribbling), seria a progressão com a bola.
Entretanto, no cotidiano do futebol, o drible é
entendido como a forma de ludibriar o adversário. O
termo correto para a ação de
desvencilhar-se de um adversário seria finta, mas,
como a palavra drible tornou-se muito utilizada
neste sentido, consideraremos os dois como
sinônimos.
Técnica do drible ou finta: Posicionar o corpo de
maneira favorável ao drible (ou finta) desejado;
manter a bola próxima ao corpo e o centro de
gravidade baixo, permitindo assim um melhor
domínio sobre a mesma; utilizar o tipo de toque e
movimentação adequados ao drible desejado, de
acordo com a situação; na execução do drible, a
atenção é dirigida para a movimentação do
adversário para o espaço e para a bola.
5) RECEPÇÃO: Se o aluno não consegue Ter a posse
da bola quando tenta interromper a trajetória da
mesma, dizemos que houve uma má recepção. Este
mesmo fundamento aparece na literatura como os
seguintes sinônimos: abafamento, amortecimento,
travar ou dominar a bola. Lembre-se que,
cotidianamente, o domínio de bola é entendido como
recepção. Entretanto, consideramos que o domínio
ou controle da bola expressam um nível de
referência quanto ao “desenvolvimento” das
capacidades coordenativas de condução e adaptação
do movimento, sendo que o domínio pode manifestar-
se com mais evidencia nas técnicas de condução,
recepção e drible.
Técnicas da recepção: Posicionamento do corpo de
maneira favorável a recepção, com a parte do corpo
a realizar o contato voltado para a bola; ao
aproximar-se da bola, amortecê-la, tentando
inicialmente, diminuir a sua velocidade, manter a
bola próxima ao corpo, favorecendo assim, o seu
domínio.
6) CABECEIO: É o ato de impulsionar a bola
utilizando a cabeça. Esse gesto técnico é bastante
utilizado durante o jogo e pode ser aplicado, tanto
para ações ofensivas como defensivas. O cabeceio
apresenta-se como uma das alternativas para a
realização de outros fundamentos, tais como: passe,
chute, recepção, etc. O cabeceio poderá ser
executado parado ou em movimento, estando ou não
em suspensão. Aconselha-se principalmente, o uso da
testa como a região da cabeça que irá realizar o
contato com a bola. Existem duas posições básicas
do tronco em relação à bola, no momento da
execução do gesto técnico: frontal ou lateral.
7) DOMINIO DE BOLA: Para receber ou dominar
(matar) a bola, podem ser usadas diferentes
partes do corpo. Estes domínios podem ser
definidos de técnicas de futebol.
1- Quando a bola vem alta, ela amortecida com um
movimento de recuo da cabeça na hora do toque.
2- Quando a bola é enviada na altura do peito,
procura-se amortecê-la com um movimento de recuo
no peito, que forma uma concavidade, ajudada com a
projeção dos braços para frente.
3- A bola rasteira, no entanto, é recebida com os
pés e, dependendo da maneira como ela chega, é
recebida pelas partes interna e externa ou pela
planta dos pés.
4- Quando a bola vem em uma altura média, abaixo
da cintura, a recepção é feita palas coxas. Condução
da bola. A bola deverá ser conduzida com o lado
externo do pé, colocada ao lado do corpo sempre em
posição de chute. Durante uma partida de futebol,
dominando a bola, o jogador levanta a cabeça e
observa a posição de seus companheiros. Como não
está bem colocado ou fortemente marcado, o
jogador conduz a bola em direção a meta do
adversário. Mantém a cabeça erguida para observar
os companheiros e os adversários, procurando uma
oportunidade para passar a bola.
8) FINTA- Muitas vezes, durante uma partida de
futebol, o jogador está conduzindo a bola e é
bloqueado por um adversário. Neste caso, a
ultrapassagem fica difícil e o jogador é obrigado a
aplicar uma finta. Já vimos que fintas são
movimentos que o jogador realiza para confundir ou
ultrapassar o adversário.
No futebol, pode ser aplicada com as partes
internas ou externas dos pés. Também pode ser
dada pelo alto ou apenas com um movimento de
corpo. Como a finta é uma maneira de desequilibrar
o adversário e passar por ele antes que tenha tempo
de se recuperar, deve ser aplicada rapidamente,
antes que perceba nossa intenção.
CAP.18 - OUTRAS VARIEDADE DO FUTEBOL
FUTSAL
O futebol de salão ou futsal é jogado entre
duas equipes de 5 jogadores cada uma, sendo um
deles o goleiro. É disputado em dois tempos de 20
minutos cada um. Cada jogo é realizado sobre uma
superfície de material sólido com cerca de 40 por
20 metros. As outras regras são praticamente
iguais às do futebol tradicional, com poucas
diferenças, como a ausência do impedimento e o uso
dos pés para cobrar os arremessos laterais.
Desde 1989 é realizado o Campeonato Mundial de
Futsal, equivalente à Copa do Mundo FIFA para este
desporto, que também é organizado pela FIFA.
Futsal. Fonte: http://worldsports.bravehost.com
FUTEBOL DE AREIA
Assim como o futsal, o futebol de areia
possui grandes semelhanças com o futebol
tradicional. Participam duas equipes de cinco
jogadores cada uma, sendo um deles o goleiro. Joga-
se num campo de cerca de 35 por 25 metros, que é
coberto inteiramente por areia.
Cada partida é constituída de três tempos
de 12 minutos cada um e, diferentemente de outras
variantes do futebol, o tempo para quando o árbitro
marca um tiro livre, marca um pênalti ou consta que
um jogador está fazendo o tempo passar de forma
inapropriada. Todos os tiros livres são diretos e sem
barreira da equipe adversária. Se um jogador
recebe dois cartões amarelos, receberá um cartão
azul e deverá sair do campo de jogo por 2 minutos,
sem poder ser substituído por outro jogador. Se um
jogador recebe um cartão vermelho ou três
amarelos, será expulso e não poderá ser substituído
por outro. Os arremessos laterais podem ser
executados com os pés. As outras regras são
praticamente iguais às do futebol tradicional.
A competição mais importante atualmente é
a Copa do Mundo de Futebol de Areia, que é
disputada desde 1995, ainda que somente a partir
de 2005 sob a organização da FIFA.
Beach soccer. Fonte: http://m.esporte.uol.com.br/futebol-de-areia/
SHOWBOL
O Showbol é muito parecido com o futsal,
mas em um campo menor. Foi criado em 2007 e,
ainda que não é muito conhecido pelo mundo, na
América do Sul ganhou muitos adeptos. A ideia foi
divulgada pelos ex-jogadores Diego Armando
Maradona (argentino) e Iván Zamorano (chileno).
Basicamente é uma espécie de "Show" a base do
futebol; onde os jogadores são reconhecidos ex-
jogadores de futebol tradicional.
Há várias seleções de Showbol, destacando-
se a argentina, a chilena, a peruana, a uruguaia, a
brasileira e a mexicana.
Qudra de showbol. Fonte: http://www.chuteiradefutebol.com.br/
BOSSABALL
Outras variantes Um jogador efetua uma
bicicleta durante um jogo de bossaball na Espanha.
À parte de todas as variantes supracitadas,
existem outros desportos que possuem grandes
semelhanças com o futebol tradicional ou que mesmo
combinam aspectos de outros desportos, ainda que
as regras dos mesmos variam de acordo com o local
onde são jogados e aos meios disponíveis.
O jogo denominado bossaball ou futevôlei
inflável combina aspectos do futebol tradicional e
do voleibol. Baseado nas regras do voleibol, é jogado
sobre uma superfície de colchões infláveis e camas
elásticas, o que permite maior número de toques e
uma maior disputa pelos pontos nos saltos. Joga-se
entre duas equipes de até 5 jogadores, que devem
passar a bola por cima da rede utilizando qualquer
parte de seu corpo, mas com um número limitado de
toques.
Bossabol. Fonte: http://superstars.kids.sapo.pt
FUTETÊNIS
O futetênis, como o nome indica, combina
aspectos do futebol tradicional e o tênis. É jogado
sobre um terreno similar ou igual ao campo de tênis,
onde cada uma das duas equipes deve passar a bola
por cima da rede utilizando a cabeça e os pés. A
altura da rede pode variar, com que o terreno
poderia ser substituído por uma quadra de voleibol.
Variações Independentes
Futebol Society: Variação jogada em campos
gramados (ou artificiais) menores, com pelo menos
sete metros de cada lado. Já existem campeonatos
amadores na América do Sul.
Futebol de Salão Fifusa: Muitíssimo parecido com
o Futsal, é decorrente de uma rixa entre a FIFA e a
FIFUSA que era a única Federação Internacional de
Futebol de salão, As regras são consideradas mais
clássicas, tendo a bola um pouco menor e mais
pesada, entre outras diferenças.
PRATICANDO CAP.17 E 18
1) Considerado o futebol o esporte mais praticado
no mundo e analisando a sua história de criação
assinale a alternativa que mostra o país onde o
futebol se organizou?
a) Itália
b) França
c) Inglaterra
d) Alemanha
e) Bulgaria
2) Marque a alternativa que mostra corretamente o
brasileiro que trouxe o futebol para o Rio de
Janeiro.
a) Tadeu Shimith
b) Oscar cox
c) Michael jay fox
d) Larrie taylor
e) João da silva
3) Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles
Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de
idade para estudar. Lá tomou contato com o
futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe
na bagagem a primeira bola de futebol e um
conjunto de regras. Podemos considerar Charles
Miller como sendo o precursor do futebol no
Brasil. O primeiro jogo, de futebol no Brasil foi
realizado em 15 de abril de 1895 entre
funcionários de empresas inglesas que atuavam
em São Paulo. Os funcionários também eram de
origem inglesa. Este jogo foi entre equipes que
representavam quais empresas:
a) Ferroviária x cola
b) Ferroviária x gás
c) Metalúrgica x gás
d) Cola x elétrica
e) Gás x elétrica
4) O futebol após a sua criação os poucos foi se
popularizando no mundo e 46 anos após a sua
criação veio para o Brasil através de Charles
Miller que em sua bagagem trouxe um livro de
regras que ano de 1848, numa conferência em
Cambridge, foi estabelecido um único código de
regras para o futebol. Anos após outras regras
foram criadas e passaram a compor este livro. A
última a ser instituída foi a do impedimento no
ano de:
a) 1848
b) 1894
c) 1904
d) 1907
e) 1910
5) No futebol variações (outros jogos) que foram
criadas a partir do futebol tradicional (de campo
com 11 jogadores), um deles foi o showbol, que:
a) É muito parecido com o futsal, mas em um campo
menor. Foi criado em 2007 e, ainda que não é
muito conhecido pelo mundo, na América do Sul
ganhou muitos adeptos. A ideia foi divulgada
pelos ex-jogadores Diego Maradona e Iván
Zamorano.
b) É muito parecido com o beach soccer mas em um
campo menor. Foi criado em 2005 e, ainda que
não é muito conhecido pelo mundo, na América do
Sul ganhou muitos adeptos. A ideia foi divulgada
pelos ex-jogadores pelé e zidane
c) Sua referência vem do futebol de cegos, as
medidas do campo são iguais as do society, foi
criado na decada de 90 pelos ex- jogadores
Júnior e Roberto Baggio, sendo muito conhecido
na América do Sul e na Europa
d) Nasceu da ideia de dois ex- árbitros de futebol,
que não queriam parar de apitar mas não tinham
muita condição física, campo com dimensões do
futsal, foi muito praticado na América do Sul e
na Eurupa e criado no ano de 2000.
e) Sua referência vem do futebol de cegos, as
medidas do campo são iguais as do futsal, foi
criado no ano de 2003 pelos ex- jogadores
Júnior Negão e Claudio Taffarel, sendo muito
conhecido na América do Sul e na Europa.
REFERÊNCIAS
DA SILVA, Pedro Antônio. 3000 exercícios e jogos para educação física. Vol.3. São Paulo: Sprint, 2003. 269p.
Educação Física / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. –248 p.
BARBOSA, Marco Octávio. Beach Soccer, da iniciação à competição. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. 99p.
TREUHERZ, Mário Rolf. Educação física: exercícios básicos e específicos 2ª Ed. São Paulo: Maltele, 1996.
323p.
COUTINHO, Nilton Ferreira. Basquetebol na escola. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. 152p.
LEMOS, Ailton de Souza. Voleibol escolar. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. 104p.
TENROLLER, Carlos. Handebol teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. 128p.
< http//www.ufma.br/arquivos > acesso em 20 de Jul. 2012
<http://www.turismo-ma.com.br/danca > acesso em 20 de Jul. 2012
<http://www.cbv.com.br> acesso em 20 de Jul. 2012
<http://www.cbat.org.br> acesso em 20 de Jul. 2012
<http://www. brasilhandebol.com.br > acesso em 20 de Jul. 2012
<http://www. cbb.com.br > acesso em 20 de Jul. 2012
<http://www.cbginástica.com.br > acesso em 20 de Jul. 2012