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EIXO TEMÁTICO: JOGOS CAP.9 – JOGOS CONCEITOS, ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO Falar sobre o jogo enquanto manifestação da cultura corporal significa traçar o que tal Conteúdo Estruturante foi, desde sua constituição até a atualidade, refletindo sobre as possibilidades de recriá-lo por meio de uma intervenção consciente. Quando pronunciamos a palavra jogo, cada um pode entendê-la de modo diferente. Além disso, existe uma associação muito forte do seu conceito com o termo brincadeira, pelo fato de a palavra jogo se originar do vocábulo latino “iocus”, que significa diversão, brincadeira. Crianças brincando. Fonte: http://www.ancorador.com.br Os jogos existem desde a pré-história e seus registros indicam as mais variadas formas de jogar, nas diversas partes do mundo. Como forma de manifestação da cultura de povos na Ásia, na América pré-colombiana, na África, na Austrália e entre os indígenas das ilhas mais longínquas do Oceano Pacífico, foram encontrados jogos de expressão utilitária, recreativa e religiosa (RAMOS, 1982, p.56). Alguns jogos passaram por alterações e muitos deles vieram compor um elenco de modalidades que mais tarde foram disputadas nos Jogos Olímpicos da Grécia antiga. Este último evento tinha, em sua origem, como um dos princípios, a finalidade de aclamar os deuses do Olímpio. Conceitualmente podemos dizer que o Jogo é toda e qualquer atividade em que as regras são feitas ou criadas em um ambiente restrito ou até mesmo de imediato. (...) são atividades estruturadas ou semi-estruturadas, normalmente praticadas com fins recreativos e, em alguns casos, como instrumento educacional. Podemos dizer também que o jogo é uma atividade livre que deve ser realizada sem o caráter da obrigatoriedade. Possibilita a liberdade e a criação, permitindo o surgimento de outras formas de jogar, implicando um sentido e um significado que, com o tempo, passam a fazer parte da cultura do grupo, comunidade, povo ou nação que o inventou. 2. ORIGEM A arqueologia registra a presença dos jogos na humanidade desde 2600 a.C, fazendo este parte da vida do homem mesmo que de forma intuitiva, na qual os povos desta época retratavam aspectos do cotidiano. Na Pré-história, os jogos estavam presentes como forma de lazer e de representar atividades rotineiras, além de servir como instrumento para passar herança cultural e conhecimentos entre as gerações. Na Idade Média, os jogos foram proibidos pela Igreja de serem praticados na escola, já que o culto ao corpo visto na Grécia, diferentemente nessa época, era considerado uma heresia, podendo ser punido de maneira cruel. Após o início do Renascimento, com o surgimento da Pedagogia Moderna, que estava baseada na participação lúdica e afetiva do aluno, mostra-se a importância do jogo no processo de ensino aprendizagem. Ludwig Wittigenstein foi o 1º filósofo acadêmico a criar uma definição para jogos (1989), como a criação do termo “Jogos de linguagem”, considerando que o jogo não pode ser agrupado por uma única definição, mas por um conjunto de

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EIXO TEMÁTICO: JOGOS

CAP.9 – JOGOS CONCEITOS, ORIGEM E

CLASSIFICAÇÃO

Falar sobre o jogo enquanto manifestação da

cultura corporal significa traçar o que tal Conteúdo

Estruturante foi, desde sua constituição até a

atualidade, refletindo sobre as possibilidades de

recriá-lo por meio de uma intervenção consciente.

Quando pronunciamos a palavra jogo, cada um pode

entendê-la de modo diferente. Além disso, existe

uma associação muito forte do seu conceito com o

termo brincadeira, pelo fato de a palavra jogo se

originar do vocábulo latino “iocus”, que significa

diversão, brincadeira.

Crianças brincando. Fonte: http://www.ancorador.com.br

Os jogos existem desde a pré-história e

seus registros indicam as mais variadas formas de

jogar, nas diversas partes do mundo. Como forma de

manifestação da cultura de povos na Ásia, na

América pré-colombiana, na África, na Austrália e

entre os indígenas das ilhas mais longínquas do

Oceano Pacífico, foram encontrados jogos de

expressão utilitária, recreativa e religiosa (RAMOS,

1982, p.56). Alguns jogos passaram por alterações e

muitos deles vieram compor um elenco de

modalidades que mais tarde foram disputadas nos

Jogos Olímpicos da Grécia antiga. Este último

evento tinha, em sua origem, como um dos princípios,

a finalidade de aclamar os deuses do Olímpio.

Conceitualmente podemos dizer que o Jogo é

toda e qualquer atividade em que as regras são

feitas ou criadas em um ambiente restrito ou até

mesmo de imediato. (...) são atividades estruturadas

ou semi-estruturadas, normalmente praticadas com

fins recreativos e, em alguns casos, como

instrumento educacional. Podemos dizer também que

o jogo é uma atividade livre que deve ser realizada

sem o caráter da obrigatoriedade. Possibilita a

liberdade e a criação, permitindo o surgimento de

outras formas de jogar, implicando um sentido e um

significado que, com o tempo, passam a fazer parte

da cultura do grupo, comunidade, povo ou nação que

o inventou.

2. ORIGEM

A arqueologia registra a presença dos jogos

na humanidade desde 2600 a.C, fazendo este parte

da vida do homem mesmo que de forma intuitiva, na

qual os povos desta época retratavam aspectos do

cotidiano. Na Pré-história, os jogos estavam

presentes como forma de lazer e de representar

atividades rotineiras, além de servir como

instrumento para passar herança cultural e

conhecimentos entre as gerações.

Na Idade Média, os jogos foram proibidos

pela Igreja de serem praticados na escola, já que o

culto ao corpo visto na Grécia, diferentemente

nessa época, era considerado uma heresia, podendo

ser punido de maneira cruel.

Após o início do Renascimento, com o

surgimento da Pedagogia Moderna, que estava

baseada na participação lúdica e afetiva do aluno,

mostra-se a importância do jogo no processo de

ensino aprendizagem.

Ludwig Wittigenstein foi o 1º filósofo

acadêmico a criar uma definição para jogos (1989),

como a criação do termo “Jogos de linguagem”,

considerando que o jogo não pode ser agrupado por

uma única definição, mas por um conjunto de

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definições que compartilham características entre

si. Na Atualidade, o jogo apresenta várias funções

que podemos destacar em forma de instrumento

educativo, meio de lazer, meio de expressar

sentimentos e emoções, etc.

3. CARACTERÍSTICAS DO JOGO (CALLOIS):

1) Livre implica ser o jogo uma atividade voluntária,

não imposta;

2) Que todo jogo acontece em espaço e tempo

delimitados pela própria brincadeira;

3) Que o resultado do jogo é sempre imprevisto e

incerto, pois o destaque está no prazer de jogar, na

ludicidade;

4) Que a natureza improdutiva do jogo significa

não estar este vinculado à aquisição de bens, nem à

produção de trabalho;

5) Que seu desenvolvimento se dá pela existência

de regras (implícitas ou explícitas);

6) Que jogar significa acessar o mundo imaginário,

fictício.

4. CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS

CONCEITO EXEMPLOS

Brincadeiras Ação que se desenvolve no ato

de jogar. Aprendizado

cultural que se expressa de

diversas formas. A

brincadeira é um estado

existencial das pessoas em

diversas situações das suas

vidas (SÃO LUÍS, 2004).

Manifesta-se nos jogos,

brinquedos em forma de

objetos, cultura popular,

reuniões de amigos,

montagem ou confecção

de brinquedos entre

outros (SÃO LUÍS, 2004

).

Jogos

Simbólicos

A função desse tipo de

atividade lúdica "consiste em

satisfazer o eu por meio de

uma transformação do real

em função dos desejos", ou

seja, tem como função

assimilar a realidade. A

criança tende a reproduzir

nesses jogos as relações

predominantes no seu meio

ambiente e assimilar dessa

Brincadeiras ou jogos de

faz- de- conta, de papeis

ou de representações

(SÃO LUÍS, 2004).

maneira a realidade e uma

maneira de se auto-expressar

( PIAGET APUD RIZ 1997 ).

Jogos

Esportivizados

[...] contêm alguns

fundamentos de modalidades

esportivas em que as regras

são alteradas e/ou criadas de

outra forma (MATO

GROSSO, 1998, p. 22).

Basquetão, futebol de

cadeira, futebol em

duplas, tênisbol, câmbio,

10 passes, volençol, etc.

Jogos

Populares

São aqueles conhecidos

também como jogos de rua ou

jogos tradicionais, que não

exigem recursos materiais

mais sofisticados, pois sua

gênese está na cultura

popular.

Queimado, amarelinha,

rouba bandeira, boca-de-

forno, mãe da rua, chuta

lata, manchete, tacobol,

etc.

Jogos de Salão São aqueles em que o jogador

depreende menos energia por

parte da movimentação

corporal, realizado em

ambientes mais fechados

(salas), usando-se tabuleiros e

pequenas peças para

representação dos jogadores,

em que suas regras são pré-

determinadas. Na atualidade

muitos desses jogos são pré-

fabricados /industrializados

(SOUZA JR.; TAVARES,

2007).

Dama, xadrez, ludo

dominó, pega-vareta,

palavras cruzadas,

baralho, desapareceu

alguém, transformação de

palavras, etc.

Jogos

Cooperativos

Os jogos cooperativos são

jogos de compartilhar, unir

pessoas, despertar a coragem

para assumir riscos, tendo

pouca preocupação com o

fracasso e o sucesso em si

mesmos. Eles reforçam a

confiança pessoal e

interpessoal, uma vez que,

ganhar e perder são apenas

referências para o contínuo

aperfeiçoamento de todos.

Dessa forma os jogos

cooperativos resultam no

envolvimento total, em

sentimentos de aceitação e

vontade de continuar jogando.

Amigos de Jó, estamos

todos no mesmo saco,

cesta de frutas, dominó

cooperativo, etc

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5. JOGO COMPETITIVO X JOGO

COOPERATIVO

A competitividade se desenvolve ao longo da

vida, de acordo com as experiências e a forma como

somos estimulados a competir? Como era a

competição antes do modo de produção capitalista?

Até que ponto a competição que se estabeleceu na

sociedade capitalista – em que a disputa pelas

melhores posições sociais, econômicas e culturais –

pode nos tornar individualistas, sem a preocupação

com interesses coletivos? Será que a escola tornou-

se um ambiente que também promove a competição

egoísta, valorizando apenas aqueles que se

sobressaem?

Uma forma de oportunizar a participação

coletiva nas aulas, sem que a competição torne-se o

principal objetivo, pode se da através dos jogos

cooperativos. Assim como outras formas de jogo, os

jogos cooperativos também apresentam registros

em vários continentes.

6. JOGO NA ESCOLA

Quando falamos dos jogos na escola,

buscamos trabalhá-lo na perspectiva da cultura

corporal, onde são apresentadas a espontaneidade,

flexibilidade, descompromisso, criatividade e

expressividade representadas de diversas formas

próprias de cada cultura.

PRATICANDO CAP.9

1) São jogos conhecidos também como jogos de

rua ou jogos tradicionais, que não exigem

recursos materiais mais sofisticados, pois sua

gênese está na cultura popular. Estamos falando

dos jogos:

a) cooperativos;

b) competitivos;

c) populares;

d) simbólicos;

e) brincadeiras;

2) Queimado, amarelinha, rouba bandeira, boca-

de-forno, mãe da rua, chuta lata, manchete,

tacobol, são classificados em jogos:

a) cooperativos;

b) competitivos;

c) populares;

d) simbólicos;

e) brincadeiras;

3) Na educação física escolar, a atividade cuja

prática conduz a criança a ensaiar combinações

de ideias e comportamentos, buscando

alternativas de ações, tornando-as mais flexíveis

e de prática mais prazerosa é o (a)

a) ginástica;

b) luta;

c) esporte;

d) dança;

e) jogo;

4) A função desse tipo de atividade lúdica

"consiste em satisfazer o eu por meio de uma

transformação do real em função dos desejos",

JOGO COMPETITIVO JOGO COOPERATIVO

Divertido para alguns Divertido para todos

Alguns se sentem perdedores Todos se sentem ganhadores

Alguns são excluídos por falta de

habilidade

Todos se envolvem de acordo

com as habilidades

Estimula a desconfiança e o

egoísmo Estimula o compartilhar e confiar

Cria barreiras entre as pessoas Cria pontes entre as pessoas

Os perdedores saem e observam Os jogadores ficam juntos e

desenvolvem suas capacidades

Estimula o individualismo e o desejo

que o outro sofra

Ensina a ter senso de unidade e

solidariedade

Reforçam sentimentos de

depreciação, rejeição,

incapacidade, inferioridade, etc.

Desenvolvem e reforçam os

conceitos de nível AUTO (auto-

estima, auto-aceitação, etc.)

Fortalece o desejo de desistir

frente às dificuldades

Fortalece a perseverar frente às

dificuldades

Poucos são bem sucedidos Todos encontram um caminho

para crescer e se desenvolver

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ou seja, tem como função assimilar a realidade.

A criança tende a reproduzir nesses jogos as

relações predominantes no seu meio ambiente e

assimilar dessa maneira a realidade e uma

maneira de se auto-expressar. Esses tipos de

jogo podem ser classificados em:

a) cooperativos;

b) competitivos;

c) populares;

d) simbólicos;

e) brincadeiras;

5) Conceitualmente podemos dizer que o Jogo é:

a) Toda e qualquer atividade em que as regras

são feitas ou criadas num ambiente restrito ou

até mesmo de imediato;

b) Toda atividade em que as regras são feitas e

não podem ser modificadas, sendo praticada em

ambiente público de forma obrigatória;

c) Uma atividade que deve ser feita com caráter

de seriedade, aproveitando os espaços livres e a

competitividade;

d) Uma atividade feita somente para pessoas que

gostam de competitividade, pois são pessoas que

não possuem habilidades;

e) Construída a partir de situações do cotidiano

das pessoas, mostrando as oportunidades que

temos sempre de vencer nossos adversários.

EIXO TEMÁTICO: DANÇA

CAP.10 – DANÇA: CONCEITO, HISTÓRICO E

CLASSIFICAÇÃO

A dança é uma das três principais artes

cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da

música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo

movimentos previamente estabelecidos

(coreografia) ou improvisados (dança livre). Na

maior parte dos casos, a dança, com passos

cadenciados é acompanhada ao som e compasso de

música e envolve a expressão de sentimentos

potencializados por ela, mas não é somente através

do som de uma música que se pode dançar, pois os

movimentos podem acontecer independentes do som

que se ouve e até mesmo sem ele. Podemos dizer

então que a dança é a arte de mexer o corpo através

de uma cadência de movimentos e ritmos, criando

uma harmonia própria.

A história da dança retrata que seu

surgimento se deu ainda na pré-história, quando os

homens batiam os pés no chão, aos poucos, foram

dando mais intensidade aos sons, descobrindo que

podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos

com as mãos, através das palmas.

Já as em formato de grupo aconteceu

através dos rituais religiosos, onde as pessoas

faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e

a chuva. Os primeiros registros dessas danças

mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois

mil anos antes de Cristo, mais tarde, já perdendo o

costume religioso, as danças apareceram na Grécia,

em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O

Japão preservou o caráter religioso das danças,

onde as mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias

dos tempos primitivos. Em Roma, as danças se

voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao

deus Baco (deus do vinho), onde se dançava em

festas e bacanais.

Dança no Egito. Fonte: http://mol-tagge.blogspot.com.br

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Nas cortes do período renascentista, as

danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se

perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com

esse propósito. Praticamente daí foi que surgiu o

sapateado e o balé, apresentados como espetáculos

teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação

e cenário compõem sua estrutura. No século XVI

surgiram os primeiros registros das danças, onde

cada localidade apresentava características

próprias.

No século XIX surgiram as danças feitas em

pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras.

Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais

conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n

roll, que revolucionou o estilo musical e,

conseqüentemente, os ritmos das danças.

Dança nas cortes. Fonte: http://www.raquelelem.com.br

Assim como a mistura dos povos foram

acontecendo, os aspectos culturais foram se

difundindo. O maracatu, o samba e a rumba são

provas disso, pois através das danças vindas dos

negros, dos índios e dos europeus, esses ritmos se

originaram. Hoje em dia, as danças voltaram-se

muito para o lado da sensualidade, sendo mais

divulgadas e aceitas por todo o mundo. Nos países

do Oriente Médio a dança do ventre é muito

difundida e no Brasil, o funk e o samba. Além

desses, o striptease tem tido grande repercussão,

principalmente se unido à dança inglesa, pole dance,

mais conhecida como a dança do cano.

CLASSIFICAÇÃO

DANÇA NA ESCOLA

A Dança na escola, associada à Educação

Física, deverá ter um papel fundamental enquanto

atividade pedagógica e despertar no alunado uma

relação concreta sujeito-mundo. Deverá propiciar

atividades geradoras de ação e compreensão,

favorecendo a estimulação para ação e decisão no

desenrolar das mesmas e também reflexão sobre os

resultados de suas ações, para assim, poder

modificá-las perante algumas dificuldades que

possam aparecer e, através dessas mesmas

atividades, reforçar a auto-estima, a auto-imagem, a

autoconfiança e o auto-conceito. Não devemos nos

preocupar com a quantidade de atividades que

iremos oferecer para os alunos, mas sim, qualidade,

adequação e principalmente uma participação

QUANTO AO

MODO DE

DANÇAR

Dança solo (ex.: coreografia de solista no balé,

sapateado);

Dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, forró

etc);

Dança em grupo (ex.: danças de roda,

sapateado).

QUANTO

A ORIGEM

Dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado

etc);

Dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota

etc);

Dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);

Dança étnica (ex.: danças tradicionais de países

ou regiões).

QUANTO

A

FINALIDADE

dança erótica (ex.: can can, striptease, pole

dancing);

dança cênica ou performática (ex.: balé, dança

do ventre, sapateado);

dança social (ex.: dança de salão, axé)

dança religiosa/dança profética

(ex.: dança sufi).

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espontânea, que acima de tudo proporcione prazer,

para não cairmos num processo instrucional

mecanicista.

Através das atividades de Dança,

pretendemos que o aluno evolua quanto ao domínio

de seu corpo, desenvolvendo e aprimorando suas

possibilidades de movimentação, descobrindo novos

espaços, novas formas, superação de suas limitações

e condições para enfrentar novos desafios quanto

aos aspectos motores, sociais, afetivos e cognitivos.

Abaixo seguem quadros sobre benefícios que

adquirimos com a dança.

a) Domínios do Comportamento Humano.

Desenvolvimento

Cognitivo

Desenvolvimento

Motor

Desenvolvimento

sócio-afetivo

Desenvolvimento

das capacidades

Perceptivas

Motoras e

Conceitos

Acadêmicos.

Desenvolvimento

das capacidades

Perceptivas

Motoras e

Conceitos

Acadêmicos.

Formação de um

auto-conceito e

sociabilização.

b) Variação no tempo-espaço, objeto e eixos do

movimento.

Tempo Espaço Objeto Noções de

Movimento

Lento

moderado

acelerando

acelerado

desacelerando

direção:

frente,

atrás,lado,

subindo e

descendo.

níveis:

alto,

médio e

baixo.

planos:

sagital,

corda

jornal

bola

arco

lençol

instrumentos

musicais

sucatas,

e outros.

Vivenciar

movimentos

das

articulações

da cabeça,

cintura

escapular,

cintura

pélvica,

cotovelo e

outras.

frontal e

horizontal.

extensões:

pequena e

grande.

c) Habilidades e Capacidades físico-motoras.

Velocidade Promover atividade que permita uma

sucessão rápida de gestos.

Força

Atividades que possibilite o músculo

vencer uma resistência ou produzir

uma tensão.

Equilíbrio Atividades que promovam equilíbrio

dinâmico, estático e recuperado.

Agilidade

Atividades que exijam num menor

tempo possível, o aluno conseguir

mudar o corpo de posição.

Resistência

Atividades aeróbicas, que promovam

melhora da capacidade cardio-

vascular, respiratória e aumento da

capacidade das fibras musculares.

Coordenação

Promover movimentos com várias

ações musculares numa seqüência de

movimento.

Ritmo Atividades com variação de ritmo (do

lento ao rápido).

Flexibilidade

Atividades que evidencie amplitude

dos movimentos das diferentes

partes do corpo.

CAP.11 - DANÇAS DO MARANHÃO

01. BUMBA-MEU-BOI:

No Maranhão, o Bumba-meu-boi representa

o ponto alto das chamadas festas juninas, que giram

em torno das figuras de São João, São Pedro, Santo

Antônio e São Marçal, envolvendo intensamente a

cidade de São Luís e o interior do Estado.

Tradicionalmente, o Bumba-meu-boi maranhense é

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realizado na intenção de São João, a partir da

crença de que agrada a esse santo e organizar um

Boi ou brincar num que já esteja organizado. Dentro

desse contexto, identifica-se, na “brincadeira”, uma

forte marca religiosa, em que o boi funciona como

elemento de ligação entre o santo e os devotos,

inclusive para pagamento de “promessas”.

O Bumba-meu-boi é considerado uma dança

dramática, tendo como ponto central um “auto”, no

qual se encenava uma comédia, um drama, através de

falas-diálogos, e de cantigas-toadas. Essa

representação, assumida por um conjunto de

personagens, constituía-se na antiga “matança” do

boi, cujo cenário era uma fazenda, onde se

desenrolava uma trama em torno da vida, peripécias,

morte e ressurgimento de um boi. Atualmente, essa

forma tradicional de apresentação do bumba é

raramente feita na sua integridade, dando-se a sua

substituição por uma simplificada “meia-lua”, onde

predominam as “toadas” e a “tropeada”, no caso, o

batuque dos instrumentos.

Fonte: http://severino-neto.blogspot.com.br

Nessa perspectiva, na forma de

apresentação ora utilizada, o destaque é dado a uma

seqüência de toadas, que têm um repertório anual,

marcado por certa ordem crescente, iniciando-se

com a toada do “guarnecer” (a preparação do grupo

para entrar em ação) e prosseguindo com “o lá vai”

(o aviso de que a “brincadeira” está a caminho), vem

depois a “chegada” (o anúncio da presença do novilho

no terreiro), ganha pique com as “toadas de cordão”

(cantigas de temas livres, em torno de assuntos

variados), pode passar pela encenação de um

arremedo do “auto”, dá ênfase à toada do “urrou” (o

grito de renovação da vida do boi) e termina com a

“despedida” (uma retirada melancólica e romântica).

O Bumba-meu-boi maranhense apresenta

uma dinâmica de funcionamento específica, - o

chamado Ciclo da Festa - com determinadas etapas:

os ensaios (que começam no Sábado de Aleluia e

hoje vão até o Sábado mais próximo do dia de Santo

Antonio – 13 de junho); o batismo (que ocorre na

véspera do aniversário de São João – 23 de junho);

as apresentações públicas (realizadas no período de

24 a 30 de junho, dia de São Marçal, com “pique” no

dia de São Pedro – 29 de junho) e a morte do boi

(que acontece nos finais de semana dos meses de

julho a setembro). Não se pode deixar de falar,

atualmente, nas apresentações extra-época, que são

feitas por certos grupos fora do tempo peculiar à

“boiada”, ou seja, em qualquer época do ano, para

atender, sobretudo, as exigências do turismo.

Os Bois maranhenses estão divididos em

“sotaques”, que representam os estilos, as formas, a

maneira de ser predominante nos grupos. Os

“sotaques” provêm de diversas regiões do Estado,

ocorrendo entre eles variações quanto ao ritmo, ao

bailado, aos instrumentos, ao guarda-roupa, às

toadas, ao “auto”... Embora ocorram diferenças de

opiniões entre os entendidos a respeito da

classificação dos “sotaques”, quatro deles podem

ser apontados como principais: matraca, zabumba,

orquestra e da Baixada.

O “sotaque de matraca” é peculiar aos “bois

da ilha” de São Luís, caracterizando-se pelas

matracas, (duas tabuinhas de madeira que, batidas

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uma contra a outra, causam um som estridente), ao

lado dos pandeirões e dos tambores-onças.

O “sotaque de zabumba” tem características

mais africanas, ressaltando-se a presença dos

tantãs (tambores enormes, de percussão rústica),

apresentando um ritmo mais socado.

O “sotaque de orquestra” é marcado por um

conjunto de instrumentos sonoros: clarinetes,

banjos, saxofones, pistons, entre outros, tendo um

ritmo mais alegre e suave.

O “sotaque de Pindaré” advém da região da

Baixada Maranhense e nele se destacam o guarda-

roupa rico e exuberante, com grandes chapéus de

penas, bordados e fitas, além de matracas e

pandeiros menores que os usados nos “bois da ilha”,

daí o seu ritmo mais lento.

02. TAMBOR DE CRIOULA

O Tambor de Crioula originou-se na costa do

Maranhão, trazido pelos primeiros escravos que ali

chegaram para o trabalho e, posteriormente,

formaram o primeiro quilombo da região, o Quilombo

de Frechal. Constitui-se numa dança popular

maranhense marcada por uma grande influência

negra, cujos traços estão presentes nos seus vários

elementos, ou seja, no ritmo, na música, nos cantos,

na coreografia, nos instrumentos e no guarda-roupa.

Inicialmente, o tambor era utilizado para

comunicação, para o treinamento da capoeira e, com

o tempo, foi adotado para as festas e brincadeiras

daqueles que ali residiam.

Nessa dança, transparece um sentimento

religioso aliado a um caráter profano. A

religiosidade concentra-se em torno da figura de

Benedito, São Benedito, o Santo Preto, escravo

cozinheiro que trabalhava na casa grande e que

costumava roubar comida da cozinha, para alimentar

e ajudar os negros que estavam sendo castigados

nos troncos e nas festas de tambor (de prática de

capoeira), que aconteciam nas senzalas. Por seus

feitos corajosos, driblando feitores e senhores de

escravos, depois de sua morte foi transformado em

santo e em padroeiro do Tambor de Crioula.

Tradicionalmente, se dança o tambor,

podendo essa homenagem ser estendida a outros

santos, inclusive como forma de pagamento de

promessa.

Tambor de crioula. Fonte: http://advivo.com.br/blog/luisnassif

O lado profano aparece na característica

que tem o tambor de ser uma diversão para os seus

brincantes, por ocasião de uma festa de aniversário,

matança de bumba-meu-boi, nascimento de uma

criança, chegada ou despedida de parente ou amigo,

comemoração pela vitória de um time de futebol, ou

num final de semana de lua cheia, sendo a dança um

motivo de diversão, uma forma de extravasamento

das preocupações com a dura luta pela

sobrevivência, enfrentada pelas camadas populares.

Sim, porque o Tambor de Crioula é comumente

dançado por pessoas inseridas nas camadas

populares, tanto da cidade de São Luís, como de

diversos municípios do interior do estado do

Maranhão.

Os participantes organizam-se em grupos de

pessoas predominantemente negras de ambos os

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sexos, embora haja o exercício de funções

diferentes por parte de mulheres e homens no

decorrer da dança.

O Tambor de Crioula é dançado, geralmente,

ao ar livre, na porta de uma casa, numa rua, num

pátio, numa praça, ou em qualquer outro lugar que

permita a livre movimentação do grupo, dando vazão

a uma coreografia solta e variada.

Para dançar o tambor, forma-se uma roda,

um círculo, ficando de um lado as mulheres, que são

as dançantes, uma junto da outra, e, de outro lado,

os homens, que são tocadores e cantadores. As

mulheres, chamadas de “coreiras”, vão se revezando

para dançar, uma de cada vez, diante dos tambores,

fazendo, inicialmente, uma reverência a estes para

depois desenvolverem, de maneira graciosa e

faceira, uma dança que mexe com todo o seu corpo.

O revezamento se dá através da “punga”,

uma batida rápida de barriga da mulher que está

dançando no meio da roda em outra companheira,

como um convite para que esta a substitua. Enquanto

isso, os homens, chamados de “coureiros”, ficam

cantando as toadas, tocando os tambores e também

dançando, com um movimento mais pesado, parecido

com a capoeira. Pelo lado de fora da roda fica a

“assistência”, formada pelos parentes, amigos,

acompanhantes e o público em geral, que é

conclamado a participar, cantando o refrão das

toadas e movimentando o corpo com os passos da

dança.

Quanto aos instrumentos, utilizam-se três

tambores feitos de madeira ou, mais modernamente,

de grossos canos, cobertos de couro. Esses

tambores têm tamanhos diferentes: o tambor

grande é chamado de roncador ou rufador, o médio

de meião, socador ou chamador e o pequeno de

perengue, merengue ou crivador.

Os tambores são tocados com as mãos,

sendo que cada tocador coloca o tambor entre as

pernas e nele vai batendo num ritmo quente e

envolvente. No caso do tambor grande, verifica-se,

ainda, que um outro tocador bate, na parte

posterior, com paus de madeira, - “as matracas”.

Para melhor afinação, durante a dança, os tambores

são esquentados no fogo. As “coreiras” usam saias

coloridas, estampadas, blusas com bordados e

rendas, colares e pulseiras em cores variadas, e os

“coureiros” vestem camisas também coloridas, que

podem ter estampas semelhantes às das mulheres, e

chapéus de palha. Em São Luís, atualmente, o

Tambor de Crioula é dançado em qualquer época do

ano, embora sua maior incidência seja no carnaval e

no período das festas juninas.

Instrumentos Fonte: http://caravanacultural.zip.net/

03. DANÇA DO CACURIÁ

São várias as denominações da Dança do

Cacuriá: Bambaê de Caixa, Carimbó de Caixa e Baile

de Caixa (Penalva). Originalmente, a dança faz parte

da Festa do Divino Espírito Santo e acontece por

ocasião da derrubada do mastro, sendo praticada

por um grupo de homens e mulheres. Algumas destas

são as responsáveis pelo toque das caixas que são os

únicos instrumentos musicais que acompanham a

dança - e, por isso, são chamadas de “caixeiras”. Ao

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tocar, entoam versos espontâneos ou já conhecidos,

cada qual com sua característica própria. Os demais

dançantes se dividem em casais para a execução da

coreografia, que depende das músicas cantadas,

sendo estas profanas na sua totalidade. A dança

pode ser realizada ao redor do mastro do Divino, em

local fechado ou no próprio salão da festa do Divino.

Atualmente, a Dança do Cacuriá acontece fora do

ciclo do Divino, constituindo isto uma inovação.

Cacuriá. Fonte: http://blogdobois.blogspot.com.br

O Cacuriá foi criado há aproximadamente 32

anos no interior da capital e levada para a cidade de

São Luís, por Dona Florinda e o Senhor Lauriano,

mais conhecidos como: Filoca e Lauro. O Cacuriá foi

criado a partir do carimbó de caixa (instrumento de

batuque), que era tocado com a caixa da Festa do

Divino Espírito Santo.

A representante mais conhecida do cacuriá é

Dona Teté uma percussionista maranhense muitas

vezes creditada como uma das criadoras do ritmo e

considerada responsável pela introdução dos novos

instrumentos.

04. DANÇA DO LELÊ

Com a denominação de Dança do Péla (de

péla porco), essa manifestação folclórica é

encontrada na cidade de Rosário, em povoados desse

município e de outros que lhe são próximos. Seus

brincantes são, geralmente, lavradores de ambos os

sexos, pessoas maduras ou idosas, de onde vem a

designação de “dança de velhos”. De origem

européia, essa dança de salão assemelha-se à

quadrilha e apresenta coreografia e cantos bastante

variados. É acompanhado por um conjunto musical,

que tem o violão, o cavaquinho e o pandeiro são

instrumentos básicos, embora outros dele façam

parte: a rebeca, o pífano e as castanholas. A Dança

do Lelê se divide em quatro partes:

O Chorado: é a parte que inicia a festa e em

que os brincantes escolhem seus pares, formando os

cordões. É uma espécie de convite à dança, expresso

em estrofes cantadas de seis versos, que saúdam a

plateia, apresentam os cantadores e os tocadores,

louvam os santos, criticam os presentes, etc.

A Dança Grande: É a parte mais longa da

festa na qual os brincantes, já muito animados,

apresentam uma coreografia diversificada, cujos

passos recebem nomes especiais. Cantam-se

estrofes de quatro versos envolvendo temas

satíricos e diálogos entre os cantadores.

Lelê. Fonte: http://www.flogao.com.br/culturamaranhense

A Talavera dançada na madrugada, com os

brincantes sempre de braços dados. Os cantos,

feitos em estrofes de quatro versos, falam dos

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motivos de estar na festa, sendo as abordagens

geralmente românticas.

O Cajueiro: é dançado ao alvorecer, quando

os brincantes cantam estrofes de quatro versos,

saudando os músicos, o dono da casa e os

espectadores. No final do Cajueiro, a coreografia é

muito variada, sendo conhecida como “juntar

castanha e entregar o caju”. Embora possa

acontecer em qualquer época do ano, a Dança do

Lelê costuma ser apresentada por ocasião das

festas católicas (São Benedito, Nossa Senhora do

Rosário, Nossa Senhora da Conceição, Divino

Espírito Santo, etc) e até na época do carnaval.

Apesar do seu vigor, no seio da população rural dos

municípios citados, essa manifestação folclórica

pode desaparecer no futuro.

05. DANÇA-DO-COCO

Conhecida como Dança-do-côco-babaçu,

Dança-do-côco-ariri, Dança-do-côco ou

simplesmente Coco, é um folguedo tradicional, ligado

ao trabalho escravo. Dele se tem notícias a partir

de 1828, em Alagoas, com o nome de Coco Praiano. É

dançado por grupos de pessoas, geralmente da

periferia da cidade ou da zona rural, constituídos

por homens, mulheres e crianças, grupos esses que

podem ter até mais de 100 participantes.

A origem africana do Coco é evidenciada nas

umbigadas, nas batidas de palmas, de pés, nos

meneios do corpo, enquanto a influência portuguesa

ou indígena se manifesta no seu movimento de roda.

A dança é praticada no mês de junho,

durante os festejos juninos, e no período natalino,

em algumas regiões. Tendo sido, por algum tempo,

uma dança de salão, passou, com o correr dos anos, a

ser representada unicamente a céu aberto, ou seja,

em praças ou ruas, enfeitadas com ariris e

bandeirinhas.

A coreografia do Coco caracteriza-se pela

pequena movimentação, organizando-se os dançantes

em círculo, onde se alternam homens e mulheres. No

meio do círculo fica o marcador ou mandador do

Coco, que comanda as músicas, faz as marcações e

tira os improvisos, sendo o líder do grupo desde os

ensaios até a última apresentação.

Há ainda os coordenadores, encarregados de

manter a ordem no cordão, observar quem está

cantando ou dançando bem e orientar os mais novos

no grupo. Há um momento especial na brincadeira: o

da comédia ou enredo, variável conforme o Côco,

embora seja sempre o mesmo no Coco babaçu. Nesse

momento, o grupo que representa a comédia ocupa o

centro do círculo, ficando os demais brincantes

acocorados até o final da dramatização, após o que

voltam a cantar e dançar.

Dança do coco. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

A toada é sempre a mesma, enquanto os

versos, improvisados pelos cantadores, retratam as

coisas e os fatos do dia-a-dia, apresentando um

conteúdo satírico. Se a brincadeira é feita como

pagamento de uma promessa, podem revelar um

conteúdo religioso.

Os instrumentos utilizados na Dança-do-

Côco são os seguintes: saxofone, pistom, trombone,

banjo, pandeiro, triângulo de ferro, maracá-de-lata

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e tambor-surdo, que formam uma pequena

orquestra. Os homens usam calças e sapatos do

cotidiano, camisas iguais, listradas ou estampadas e

um facão na cintura. As mulheres usam vestidos da

mesma fazenda estampada, com babados e rendas.

Enfeitam-se com brincos, colares, chapéus e rosas

nos cabelos e calçam tamancos.

Na cintura amarram um pequeno cofo com

amêndoas e levam na mão a imitação de um machado.

A coreografia das mulheres imita os gestos do

trabalho cotidiano. O facão, carregado pelos

homens, simboliza o papel do desbravador de

caminhos; o cofo com amêndoas traduz as relações

de produção entre o proprietário e os coletores de

coco.

Quando o grupo é liderado por pessoa ligada

à Umbanda ou ao Candomblé, a forma de dançar e o

conteúdo dos cantos sofrem influências dessas

religiões. O calendário das apresentações do Coco é

rigorosamente cumprido, havendo a crença de que,

se ele for desrespeitado, advirão castigos para os

brincantes.

06. DANÇA DO CAROÇO

Praticada na cidade de Tutóia, vizinha do

Estado do Piauí, a Dança do Caroço é segundo alguns

depoimentos, de origem africana, segundo outros,

de origem indígena. Trata-se de uma dança livre,

pouco ou nada ritualizada, cujos participantes, de

ambos os sexos e de qualquer idade, apresentam

uma coreografia bastante variada. E que depende

dos cantos, cuja letra leva os brincantes às

respostas, expressas na dança e nas toadas que

improvisam. Essas toadas são feitas em versos e

envolvem fatos e coisas do cotidiano de Tutóia

Velha, isto é, a relação dos seus habitantes com a

natureza: o mar, os rios, a vegetação, os animais, a

pesca etc. Uma das brincantes, a que melhor dança e

canta, faz a puxada da brincadeira. É a Rainha do

Caroço, que exerce certa liderança no grupo, no qual

há um “representante do prefeito”, que leva a este

os pedidos do pessoal e avisa os participantes,

sempre que essa autoridade marca uma dança.

Nesta podem tomar parte até os

assistentes, mas são sempre os melhores cantores

do grupo que puxam a música, respondendo os

demais elementos com as estrofes. Os instrumentos

utilizados são: quatro caixas (tambores) e uma

curica (cabaça envolta por um trançado de

sementes).

Quanto ao traje dos brincantes, vê-se que já

foi modernizado: as mulheres usam vestidos de

corpo baixo em cor branca, mangas em folhos de

fazenda estampada, a mesma da saia, que é curta e

tem três folhos; os homens vestem calça branca, de

boca estreita, um pouco arregaçada e camisa do

mesmo tecido estampado da saia das mulheres.

Caroço. Fonte: http://mundodadanca1.blogspot.com

Os caixeiros (homens e mulheres) calçam

sandálias japonesas e os brincantes (homens e

mulheres) dançam descalços. Fazendo parte da vida

dos brincantes de Tutóia, o Caroço é no seu próprio

dizer, uma “brincadeira”, que pode acontecer quando

“dá vontade”, por ocasião de aniversários ou festas

religiosas.

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Apesar de sua espontaneidade, essa dança

vem sofrendo, como é natural, algumas mudanças ao

longo do tempo. Basta dizer que ela é,

constantemente, apresentada para turistas, em

concursos ou através de contratos com particulares.

07. DANÇA DE SÃO GONÇALO

A dança de São Gonçalo, baile de São

Gonçalo, ou simplesmente São Gonçalo é realizada

em quase todo o Estado do Maranhão, assumindo

características diversas em cada região ou mesmo

em cada município. Dela participam lavradores,

pescadores, operários, donas de casa, estudantes.

Os instrumentos utilizados são o violino, a viola ou o

violão.

São Gonçalo. Fonte: http://www.flickr.com/photos/encontrosertaoveredas

A dança se realiza em espaço fechado,

previamente decorado para tal finalidade, dentro de

casa ou em tendas reservadas a festas religiosas.

Na frente do salão é colocado um altar com as

imagens de São Gonçalo, São Benedito e de outros

santos, ao lado do qual permanece o dono da festa,

sentado numa cadeira, durante toda a apresentação.

A dança é distribuída em dois cordões de

igual número: um formado por homens e outro por

mulheres, colocados um ao lado do outro, ficando um

espaço no meio para a movimentação, que ocorre

com um passo para a direita e outro para a

esquerda. Cada casal desenvolve uma série de passos

trocados e vai se deslocando até o altar, onde

presta a sua reverência ao santo, volta para o

cordão, sempre em movimento, cantando músicas

religiosas próprias da dança e recitando versos,

acompanhados pelos instrumentos musicais.

Ao final, todos se colocam diante do altar,

oferecem flores ao santo e, com a platéia, rezam

uma ladainha oferecida a São Gonçalo.

08. QUADRLHA

Os estudos colocam que a dança de quadrilha

teve origem na Inglaterra, por volta dos séculos

XIII e XIV. A guerra dos Cem Anos entre França e

Inglaterra, serviu também para promover uma

transferência cultural entre esses países. A França

adotou a quadrilha e levou-a para os palácios,

tornando-a assim uma dança nobre. Rapidamente se

espalhou por toda a Europa, sendo assim uma dança

presente em todas as festividades da nobreza.

Originalmente, em sua forma francesa, a

quadrilha era dançada em cinco partes, em

compassos que variavam de 6/8 a 2/4, dependendo

da parte que estava sendo dançada, terminando

sempre em um galope, que normalmente

atravessava-se o salão.

A quadrilha não só se popularizou como dela

apareceram várias derivadas no interior. Assim a

Quadrilha Caipira, no interior paulista (e mineiro), o

baile sifilítico na Bahia e Goiás, a saruê (deturpação

de soirée) no Brasil Central e, porventura a mais

interessante dentre todas elas, a mana chica e suas

variantes... Várias danças do fandango usam

marcação de quadrilha, da mesma forma que o

pericón e outros bailes guascas da campanha no Rio

Grande do Sul.

Nota-se que, numa coincidência que a

Sociologia e a História explicam uma dança nascida

no meio do povo seis ou sete séculos atrás, voltou ao

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povo, em outro país e outra etnia, mas praticamente

conservando a mesma função antropológica, social e

cultural. A Guerra dos Cem Anos, entre a França e

Inglaterra, acabaria levando a "country dance” para

a França. Lá, a palavra se afrancesou, transformou-

se em contredance, uma dança em que os pares

executam a coreografia, frente a frente, ou "vis-a-

vis". A contredance se aportuguesou como

"contradança" e quadrilha, mas que implica a

formação de pares em alas apostas; a palavra é

provavelmente derivada da "country dance" inglesa.

Quadrilha. Fonte:http://www.brasilcultura.com.br/

Em dois séculos, a contradança perdeu

aquela sua característica camponesa e rural para

tornar-se a dança nobre por excelência,

conquistando, primeiramente, a corte francesa e, em

seguida, todas as cortes européias, incluindo a

portuguesa. Chegou-se ao ponto de, no século 18, ela

ter sido a grande dança protocolar de abertura dos

bailes da corte. À medida que ela foi se

popularizando, principalmente no Brasil e Portugal, o

nome ‘quadrilha' foi começando a ser usado,

seguindo, aliás, uma terminologia utilizada na

Espanha e na Itália, onde identificava a

contradança, dançada por quatro pessoas. Desta

"quadrilha de quatro” derivou a "quadrilha geral”.

A quadrilha chegou ao Brasil no século XIX,

com a vinda da Corte Real portuguesa. Rapidamente

essa dança de salão, típica da nobreza, caiu nas

graças do nosso povo animado e festeiro. É

importante lembrar que a quadrilha é uma dança

característica dos caipiras, pessoas que moram na

roça e têm costumes muito pitorescos. Hoje, porém,

a dança apresenta marcação alternadamente, em

português e francês macarrônico e mesmo em

francês e linguagem sertaneja, utilizando

expressões como: "Balancê" que quer dizer

Balancear, significando que todos os participantes

devem dançar balançando em seus lugares, pares

desligados. "Cumprimenta vis-a-vis. Avan tú", que

quer dizer avançar para o centro a fim de

cumprimentar com aceno de cabeça. "Anarriér", que

quer dizer voltar aos seus lugares.

Em 1952 foram apresentadas,

simultaneamente, 20 quadrilhas pelo "Baile do Poço"

o que demonstrava o quanto este gênero era

apreciado aqui no Brasil. Os compositores

brasileiros tomaram gosto pelo gênero e hoje em dia

as quadrilhas possuem características bem

nacionais. A quadrilha é dançada em homenagem aos

santos juninos (Santo Antônio, São João e São

Pedro) e para agradecer as boas colheitas na roça.

Tal festejo é importante, pois o homem do campo é

muito religioso, devoto e respeitoso a Deus. Dançar,

comemorar e agradecer. Em quase todo o Brasil, a

quadrilha é dançada por um número par de casais e a

quantidade de participantes da dança é determinada

pelo tamanho do espaço que se tem para dançar. A

quadrilha é comandada por um marcador, que orienta

os casais usando palavras afrancesadas e

portuguesas. Existem diversas marcações para uma

quadrilha e, a cada ano, vão surgindo novos

comandos, baseados nos acontecimentos nacionais e

na criatividade dos grupos e marcadores.

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09. A DANÇA DA MANGABA

A Mangaba, dança de origem africana, veio

para o Maranhão, principalmente para o Vale do

Mearim, através da gente do Piauí. Antigamente, a

Mangaba era denominada Baião, o que a faz ser

conhecida até hoje, em algumas regiões, por este

nome.

Mangaba. Fonte: http://jeremiasregistrandomomentos.blogspot.com.br

Seus brincantes são de ambos os sexos e de

idades variadas, embora haja predominância de

jovens. As pessoas que praticam a Dança da

Mangaba, não constituem um grupo organizado; são

as que a conhecem e sabem dançá-la, incluindo aí os

cantores e os músicos. O acompanhamento dessa

dança é, principalmente, de percussão. Em algumas

regiões, onde ela se manifesta, são utilizados

caixões de madeira. Em outras regiões, há também o

uso de tambores e taróis. Originalmente, fazia

parte dessa instrumentação a rabeca e a viola, que

desapareceram em virtude da dificuldade de se

encontrar quem as toque.

A Dança da Mangaba tem um ritmo contagiante. Sua

coreografia apresenta evoluções, formando, no

entanto, um núcleo comum. Todos os passos são

feitos ao redor de uma formação, tomada ao iniciar

a brincadeira (a forma do número oito). Mesmo com

toda a movimentação da dança, há a exigência de

manter a forma do número oito no decorrer do

espetáculo. A Mangaba se constitui, principalmente,

num divertimento, num lazer, sendo dançada, com

mais freqüência, na época junina.

A presença desse folguedo na realidade cultural

maranhense demonstra que ele tem conseguido se

manter vivo através do tempo, podendo, no entanto,

como ocorreu com outras manifestações,

desaparecer no futuro, de onde vem a preocupação

com o seu registro.

10. A MARUJADA

A Dança do Marujo ou Marujada, também

conhecida como Chegança do Marujo, Barca

Fandango, os Fandangos, Nau Clarineta ou apenas

Chegança, é de origem portuguesa que se espalhou

por todo o Brasil. Chegou ao Maranhão pelo Piauí e

fixou-se em Caxias. Os brincantes são do sexo

masculino, de idade que varia de 13 a 50 anos e,

geralmente, são açougueiros, magarefes e feirantes.

A Dança do Marujo apresenta uma

coreografia simples, formada por dois cordões de

participantes, que pouco falam ou cantam, mas

respondem em forma de coro e dançam imitando as

ondas do mar. Arrumam-se em forma de barco,

ficando, em uma extremidade, o rei Mouro e seus

embaixadores (muçulmanos) e, na outra, o chefe de

divisão e seus tripulantes (cristãos). O grupo sai

cantando do local de ensaio para o de apresentação,

entoando uma música denominada cantiga de rua.

Page 16: EIXO TEMÁTICO: JOGOS feitas ou criadas em um ambiente ... · então que a dança é a arte de mexer o corpo através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia

Marujada. Fonte: http://nargilass.blogspot.com.br

Dependendo do local de apresentação, os

brincantes fazem saudações ao dono da casa ou a

algum santo, de preferência São Benedito, e à

platéia. A dança é acompanhada apenas por maracás

de latas. A Dança do Marujo, em Caxias, é composta

de sete partes independentes entre si, que são

apresentadas com diálogos cantados ou falados.

Essas partes são: Mora (Rei Mouro), Piloto, Chiquito,

Capitão-General, Rizinga, Mestre-Patrão e

Bandeireiro. A dança inicia-se pela saída da nau

portuguesa do porto (Mora ou Rei Mouro). Nessa

parte há o confronto entre o chefe de divisão e os

embaixadores, na tentativa destes serem

convertidos ao cristianismo. Finaliza com o batizado

dos embaixadores.

A partir da parte do Piloto, a dança gira em

torno do navio que fica à deriva, danificado. O piloto

embriaga-se. Surge uma série de brigas e

desentendimentos, em que estão envolvidos: o

piloto, o mestre-patrão, o calafatinho, o

contramestre, o chefe de divisão, o guarda-marinha

e o doutor. O doutor consegue salvar a vida do

contramestre, que foi esfaqueado pelo piloto, e

este, já sóbrio, pede desculpas e é perdoado.

Na parte do Chiquito, este, como

personagem central, se apresenta com uma luneta na

mão à procura de terra; os demais marujos vivem um

período de desolação. Na fase final ou Bandeireiro,

a dança apresenta a parte mais curta e o espetáculo

fica por conta da coreografia. Ao encerrar a dança,

os participantes cantam uma melodia de despedida.

A dança do Marujo faz parte das festas

natalinas, podendo prolongar-se até 15 de janeiro.

De acordo com informações de Enóquio Sousa, esse

folguedo encontra-se, hoje, totalmente desativado

e, portanto, em fase de completa extinção.

PRATICANDO CAP.10 e 11

1) Hoje no mundo globalizado são desenvolvidas

diversas atividades que visam à qualidade de vida

de seus praticantes, onde podemos destacar a

dança, que possui hoje inúmeros adeptos,

principalmente o público de 3ª idade. Analisando

a evolução da dança, podemos dizer que ela

surgiu da (o):

a) Necessidade de imitar os sons produzidos pelos

animais.

b) Momento que os homens da pré-história batiam

palmas e os pés no chão descobrindo assim sons

produzidos.

c) Momento histórico da descoberta da capoeira

pelos brancos onde os negros utilizavam os sons

dos instrumentos para ludibriar os seus

escravizadores no momento em que estavam

treinando a capoeira.

d) Descoberta da dança como forma de terapia por

parte de alguns médicos

e) Influência da dança como maneira de produção de

movimentos, colaborando assim com a cultura

corporal do indivíduo

2) Muitos anos após o seu surgimento, a dança

apareceu na Grécia. Assinale com qual objetivo a

dança era praticada nessa nação.

a) Homenagear o Deus Baco (Deus do vinho)

b) Comemorar a abertura e o encerramento das

olimpíadas

c) Dar início a dança em pares

d) Surgimento do caráter teatral da dança

e) Melhorar a condição física das mulheres

3) Dentro das diversas classificações existentes da

dança, observamos a classificação dada da

seguinte forma: quanto ao modo de dançar,

quanto à origem e quanto à finalidade. Assinale a

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opção que mostra como a dança se classifica

quanto ao modo de dançar.

a) Dança folclórica, histórica e cerimonial

b) Dança solo, em duplas e em grupo

c) Dança erótica, cênica e performática

d) Dança social, religiosa e profética

e) Dança em grupo, solo e cênica

4) A Dança na escola, associada à Educação Física,

deverá ter um papel fundamental enquanto

atividade pedagógica e despertar no alunado uma

relação concreta sujeito-mundo. Deverá propiciar

atividades geradoras de ação e compreensão,

favorecendo a estimulação para ação e decisão no

desenrolar das mesmas, e também reflexão sobre

os resultados de suas ações, para assim, poder

modificá-las defronte a algumas dificuldades que

possam aparecer e através dessas mesmas

atividades, reforçar a auto-estima, a auto-

imagem, a autoconfiança e o auto-conceito.

Através das atividades de Dança, pretendemos

que o aluno evolua quanto ao domínio de seu

corpo, desenvolvendo e aprimorando suas

possibilidades de movimentação, descobrindo

novos espaços, novas formas, superação de suas

limitações e condições para enfrentar novos

desafios quanto aos aspectos motores, sociais,

afetivos e cognitivos. Assinale a alternativa que

mostra três benefícios que a dança pode trazer

nas capacidades físico-motoras.

a) Velocidade, força e equilíbrio

b) Tempo, espaço e ritmo

c) Resistência, objetos e coordenação

d) Força, tempo e agilidade

e) Espaço, objetos e flexibilidade

5) O Tambor de Crioula constitui-se numa dança

popular maranhense, marcada por uma grande

influência negra, cujos traços estão presentes

nos seus vários elementos, ou seja, no ritmo, na

música, nos cantos, na coreografia, nos

instrumentos e no guarda-roupa. Marque a opção

correta dos três tambores que são utilizados

nesta dança.

a) Roncador, meião, crivador.

b) Rufador, socador, tamborim

c) Roncador, surdo, tamborim

d) Perengue, meião, surdo

e) Chamador, roncador, rufador

6) Qual dessas danças abaixo é encontrada na

cidade de Rosário, em povoados desse município e

de outros que lhe são próximos e é conhecida

também pelos nomes de péla, péla porco ou dos

velhos, onde geralmente, os brincantes são

lavradores de ambos os sexos, pessoas maduras

ou idosas?

a) Marujada

b) Lêle

c) Mangaba

d) Quadrilha

e) São Gonçalo

7) Dança de origem africana, veio para o Maranhão,

principalmente para o Vale do Mearim através da

gente do Piauí. Antigamente, era denominado

Baião, o que a faz ser conhecida até hoje, em

algumas regiões, por este nome. Seus brincantes

são de ambos os sexos e de idade variada,

embora haja predominância de jovens. As pessoas

que praticam a dança, não constituem um grupo

organizado; são as que a conhecem e sabem

dançá-la, incluindo aí os cantores e os músicos.

Sua característica principal é a exigência de

manter a forma do número oito no decorrer do

espetáculo. De que dança estamos falando?

a) Marujada

b) Lêle

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c) Mangaba

d) Pagode

e) Coco

8) Com o surgimento de algumas danças em nosso

estado, observamos que algumas foram extintas e

outras permanecem hoje sem muitos praticantes,

tentando sobreviver, uma delas de origem

africana nasceu em Tutóia cidade vizinha com o

estado do Piauí e foi trazida para nossa capital

através de pesquisadores e praticantes que aqui

chegaram, assinale a alternativa correta da

dança que nasceu em Tutóia.

a) Marujada

b) Lêle

c) Pagode

d) Caroço

e) São Gonçalo

9) Originalmente, o Cacuriá faz parte da Festa do

Divino Espírito Santo e acontece por ocasião da

derrubada do mastro, sendo praticada por um

grupo de homens e mulheres. A representante

mais conhecida do Cacuriá é Dona Teté uma

percussionista maranhense muitas vezes creditada

como uma das criadoras do ritmo e considerada

responsável pela introdução dos novos

instrumentos. Mas antes dela, o titulo de

pioneiros do Cacuriá era de Dona Florinda e o

Senhor Lauriano, que eram conhecidos como:

a) Flor e Lau

b) Filuca e Laro

c) Filoca e louro

d) Florzinha e Lauro

e) Filoca e Lauro

10) Sobre o bumba-meu-boi no maranhão,

podemos dizer que acontece o ano todo

independente da data, mas, o ponto alto

acontece nas festas juninas, que giram em torno

das figuras de São João, São Pedro, Santo

Antônio e São Marçal, envolvendo intensamente a

cidade de São Luís e o interior do Estado. O

Bumba-meu-boi maranhense apresenta uma

dinâmica de funcionamento específica, o chamado

Ciclo da Festa que acontece da seguinte forma:

a) Ensaios, batismo, apresentações públicas e a

morte do boi

b) Ensaios, levantamento de mastro, derrubada de

mastro e a morte do boi

c) Batismo, ensaios, apresentações públicas e

derrubada do mastro

d) Batismo, apresentações, ensaios e derrubada de

mastro

e) Levantamento do mastro, batismo, ensaios e

derrubada do mastro.

EIXO TEMÁTICO: GINÁSTICA

CAP.12 – GINÁSTICA: CONCEITO, HISTÓRIA

E CLASSIFICAÇÃO

A história da Ginástica confunde-se com a

história do homem. A Ginástica entendida por Ramos

(1982) como a prática do exercício físico “vem da

Pré-história, afirma-se na Antiguidade, estaciona na

Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e

sistematiza-se nos primórdios da Idade

Contemporânea”. No homem pré-histórico, a

atividade física tinha papel relevante para sua

sobrevivência, expressa principalmente na

necessidade vital de atacar e defender-se. O

exercício físico de caráter utilitário e

sistematizado de forma rudimentar era transmitido

através das gerações e fazia parte dos jogos,

rituais e festividades.

Na Antiguidade, principalmente no Oriente,

os exercícios físicos aparecem nas várias formas de

luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de

atirar com o arco, como exercícios utilitários, nos

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jogos, nos rituais religiosos e na preparação

guerreira de maneira geral.

Na Grécia, nasceu o ideal da beleza humana,

o qual pode ser observado nas obras de arte

espalhadas pelos museus em todo o mundo, onde a

prática do exercício físico era altamente valorizada

como educação corporal em Atenas e como

preparação para a guerra em Esparta. O fato de ser

a Grécia o berço dos Jogos Olímpicos, disputados

293 vezes durante quase 12 séculos (776 a. C - 393

d. C), demonstra a importância da atividade física

nesta época.

Em Roma, o exercício físico tinha como

objetivo principal a preparação militar e num

segundo plano a prática de atividades desportivas

como as corridas de carros e os combates de

gladiadores que estavam sempre ligados às questões

bélicas. Recordações das magníficas instalações

esportivas desta época como as termas, o circo, o

estádio, ainda hoje impressionam quem as visita pela

magnitude de suas proporções.

Na Idade Média, os exercícios físicos foram

a base da preparação militar dos soldados, que

durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas

Cruzadas empreendidas pela igreja. Entre os

nobres, eram valorizadas a esgrima e a equitação

como requisitos para a participação nas Justas e

Torneios, jogos que tinham como objetivo

“enobrecer o homem e fazê-lo forte e apto” (Ramos,

1982). Há ainda registros de outras atividades

praticadas neste período como o manejo do arco e

flecha, a luta, a escalada, a marcha, a corrida, o

salto, a caça e a pesca e jogos simples e de pelota,

um tipo de futebol e jogos de raqueta.

O exercício físico na Idade Moderna,

considerada simbolicamente a partir de 1453,

quando da tomada de Constantinopla pelos turcos,

passou a ser altamente valorizado como agente de

educação. Vários estudiosos da época, entre eles,

inúmeros pedagogos, contribuíram para a evolução

do conhecimento da Educação Física com a

publicação de obras relacionadas à pedagogia, à

fisiologia e à técnica. A partir daí surgiu um grande

movimento de sistematização da Ginástica.

Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa, a palavra Ginástica vem do grego

Gymnastiké e significa a “Arte ou ato de exercitar o

corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade.

A ginástica é um conceito que engloba

modalidades competitivas e não competitivas, e

envolve a prática de uma série de movimentos

exigentes de força, flexibilidade e coordenação

motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e

mental.

Podemos dizer também que é o conjunto de

exercícios corporais sistematizados, realizados no

solo ou com auxílio de aparelhos e aplicados com

objetivos educativos, competitivos, terapêuticos,

etc.

FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA

FUNDAMENTOS

DA GINÁSTICA

CONCEITOS

Saltar Desprender-se da ação da gravidade,

manter-se no ar e cair sem

machucar-se.

Equilibrar Permanecer ou deslocar-se em uma

superfície limitada, vencendo a ação

da gravidade.

Rolar/girar Dar volta sobre o eixo do próprio

corpo

Trepar/subir Subir em suspensão pelo braço, com

ou sem ajuda das pernas, em

superfícies verticais ou inclinadas.

Balançar/embalar Impulsionar-se e dar ao corpo um

movimento de “vaivém” tal qual um

pêndulo.

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CLASSIFICAÇÃO DA GINÁSTICA

1- Ginástica de Condicionamento Físico:

Englobam todas as modalidades que têm por

objetivo de aquisição ou a manutenção da condição

física do indivíduo normal e/ou do atleta, como

exemplos temos: Ginástica aeróbia, hidroginástica,

localizada com aparelhos, localizada sem aparelhos,

etc.

2- Ginásticas de Competição: Reúnem todas as

modalidades competitivas. Exemplos: Ginástica

artística/olímpica, Ginástica rítmica, Ginástica

acrobática, Tumbling.

3- Ginásticas Fisioterápicas: Responsáveis

pela utilização do exercício físico na prevenção ou

tratamento de doenças. Exemplo: Pilates.

4- Ginástica de Conscientização Corporal:

Reúnem as Novas propostas de abordagem do corpo,

também conhecidas por Técnicas alternativas, ou

que foram introduzidas no Brasil a partir da década

de 70, tendo como pioneira a Anti-Ginástica. A

maioria destes trabalhos teve origem na busca da

solução de problemas físicos e posturais. Como

exemplos, temos, Yoga, pilates, treinamento

funcional.

5- Ginásticas de Demonstração: Sua principal

característica é a não-competitividade, tendo como

função principal a interação social isto é, a formação

integral do indivíduo nos seus aspectos: motor,

cognitivo, afetivo e social. Exemplo: Ginástica Geral.

MÉTODOS GINÁSTICOS

A) MÉTODO DE GINÁSTICA SUECA:

Perh Henrik Ling (Pedro Enrique Ling), poeta

e educador, representa no campo das atividades

físicas um nome inconfundível. Sua obra “A Ginástica

Sueca ou de Ling” evoluiu, extraordinariamente,

constituindo hoje em dia, um verdadeiro monumento

educacional. Contrariando as ideias dominantes da

época, estabeleceu novos rumos à prática dos

exercícios físicos, a fim de regenerar o povo sueco,

minado pela tuberculose, o raquitismo e o alcoolismo.

Suas são as seguintes palavras: “se não tenho razão

minha obra perecerá, se tenho ela vencerá apesar

dos gritos” Ling foi influenciada pelos antigos

filósofos e médicos gregos (buscou ensinamentos

que o levarão a dirigir a razão humana para

estabelecer um sistema de acordo com a ciência), e

pelos educadores europeus que o precederam

(sábios preceitos pedagógicos, metodológicos e

técnicos que fundamentaram sua obra, onde é

estabelecido que a educação deve ter em vista o

indivíduo de uma maneira integral) tais como: Locke,

Schelling, Rousseau, Guthsmuts, Nachtegall, Vieth,

Jahn e Pestalozzi.

Ginástica sueca.Fonte: http://ginasticasueca.zip.net/

Em 1808, a Suécia deu os primeiros passos

da ginástica escolar com um regulamento que

determinou que em todos os centros de educação

fossem criadas condições favoráveis para a prática

de exercícios de escalada, saltos, acrobacias,

natação, etc., sob a direção de um monitor. Em 1826,

um novo regulamento estabeleceu: “Nenhum jovem

deve ser dispensado da ginástica, salvo se provar

que ela lhe é nociva”.

Em 1813, em prosseguimento à sua grandiosa

obra, Ling fundou o Instituto de Estocolmo

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“Instituto Central de Ginástica –GCI” Com a morte

de Ling em 1839, a ginástica sueca pedagogia se

estagnou, pois seu sucessor, Branting, pouco se

preocupou com ela, interessado exclusivamente com

a ginástica médica.

Entretanto, mais tarde, já na direção do Instituto, o

filho de Ling, Hjalmar Ling, retomou a ginástica

pedagógica ou higiênica o seu devido lugar. Em 1944,

o Instituto deu um passo decisivo, transferindo-se

para local mais adequado, onde foi completamente

modernizado.

Ling estabeleceu idéias gerais, princípios e

exercícios sistematizados, que deram a sua obra

valor incontestável, assim como: Os movimentos

ginásticos devem basear-se nas necessidades e nas

leis do organismo humano.

A ginástica deve desenvolver

harmonicamente o corpo, atuando sobre as suas

diferentes partes. Todo movimento necessita ter

uma forma determinada, isto é, uma posição de

partida, certo desenvolvimento e uma posição final.

Os exercícios pedagógicos devem ser

convenientemente selecionados, tendo em vista

exercer um efeito corretivo sobre a atitude, e

precisam ser simples e atraentes.

A ginástica deve desenvolver gradualmente o

corpo por meio de exercícios de intensidade e

dificuldade crescente, levando em conta a

capacidade do praticante. A ginástica visa tanto o

corpo como o espírito, de tal maneira que, a sua

prática seja sempre acompanhada de prazer. A

ginástica precisa sempre combinar a teoria com a

prática. A saúde é necessária aos dois sexos,

possivelmente mais a mulher porque a sua vida dará

origem à outra vida. Estabelecidos os princípios,

passou Ling a criar os diferentes exercícios do

sistema, concebidos dentro de uma base anatômica.

Atualmente, nada mais tem haver o

Instituto com a formação de militares

especializados e com a parte da ginástica médica,

sendo então para a preparação única de professores

(diretores de ginástica) para as necessidades de

ginástica escolar e extra-escolares de

especialidade.

Muitos se passaram após Ling, porém, o mais

importante depois dele foi Josef Gottfrid Thulin,

que com seus estudos teóricos sobre os movimentos

em geral, incorporou: o ritmo e a música na educação

física da mulher, testes coletivos e individuais na

verificação dos resultados ginásticos, organizou

cursos em campos internacionais e explorou sessões

estoriadas nas práticas infantis. Portanto, colocou a

Ginástica Sueca no seu verdadeiro lugar, como meio

poderoso de revigoramento físico e de educação

integral.

B) MÉTODO DE GINÁSTICA FRANCÊS

A Escola de Joinville-le-Pont foi fundada em

15 de julho de 1852, no mesmo local onde ainda se

encontra. A sua verificou quando o Marechal Soult,

que alimentava ideias favoráveis à educação física,

era Ministro da Guerra contando com a colaboração

do Comandante D’Argy, antigo secretário e discípulo

de Amoros e Napoleão Laisné, suboficial de

engenharia e que também fora discípulo de Amoros.

A Escola adotou então o Regulamento

Francês de Ginástica, aprovado em 24 de agosto de

1846, pelo Ministro da Guerra, como o título

“Instrução para o Ensino da Ginástica nos Corpos de

Tropa e nos Estabelecimentos Militares”, que foi

elaborado por uma comissão: General Aupik, Coronel

Amoros, Capitão D’Argy, Napoleão Laisné e outros.

Em 1815, o comandante D’Argy publicou “Instruções

para o Ensino da Ginástica”, que se fazia acompanhar

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de um plano e de uma relação de aparelhos usados

no exército.

Em 22 de dezembro de 1904, por decreto do

Presidente da República Francesa, foi instituída uma

comissão interministerial para tratar da unificação

dos métodos nas escolas, ginásios e regimentos,

onde presidiu o General Castex e outros 13

membros, resultando no “Manual d’Exercices

Physiques et de Jeux Scolaires”.

Ginástica francesa. Fonte: www.novomilenio.inf.br

Após várias tentativas, ensaios em alguns

novos regulamentos, baseados sempre nos

anteriores, com pequenas modificações, que fizeram

parte Tissié e Herbert, com a experiência da guerra

de 1914-18, então surgiu em 1919 um complemento

ao “Manual d’Exercices Physiques et de Jeux

Scolaires”. Era um manual completamente novo de

título “Projet de Réglement General d’Education

Physique”. Tal projeto foi consolidado em 1927,

sendo reeditado em 1932.

Podemos analisar este método da seguinte

forma:

Bases Fisiológicas – A educação física deverá ser

orientada pelos princípios de fisiologia. Durante a

infância, a educação física deve visar o

desenvolvimento harmônico do corpo, enquanto na

idade adulta o seu papel é manter e melhorar o

funcionamento dos órgãos, aumentar o poder do

coração e dos vasos sanguíneos, o valor funcional do

aparelho respiratório, a precisão e eficácia dos

movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar

a saúde.

Bases Pedagógicas – segundo a definição do método,

a educação física compreende o conjunto de

exercícios cuja prática racional e metódica é

susceptível de fazer o homem atingir o mais alto

grau de aperfeiçoamento físico, compatível com sua

natureza, e utilizando-se de várias formas de

trabalho: jogos, assouplissements (flexionamentos),

4 exercícios educativos, aplicações (as grandes

famílias - marchar, trepar, saltar, levantar e

transportar, correr, lançar e atacar, e defender-

se), desportos individuais, desportos coletivos.

Existiam algumas regras para a aplicação

deste método são elas:

1) Grupamento dos Indivíduos – baseado na

fisiologia e na experiência, adotou a classificação

racional em grupos de valor fisiológico

sensivelmente equivalente: educação física

elementar ou pré-pubertária (crianças de 4 a 13

anos); educação física secundária ou pubertária e

pós-pubertária (adolescentes de 13 a 18 anos);

educação física superior ou desportiva e atlética

(adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e

ginástica de conservação para a idade madura

(adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos).

2) Adaptação ao Exercício – o regime de

trabalho físico a que serão submetidos depende: do

fim a atingir, da dificuldade e da intensidade dos

exercícios e das qualidades que estes exercícios são

susceptíveis de desenvolver ou de aperfeiçoar. Para

compor o programa de exercícios foram elaborados

quadros de exercícios por ciclos (elementar,

secundário e superior) e que constava de:

grupamento, fim a atingir (objetivo), o programa de

exercício e regime de trabalho.

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3) Atração do Exercício – os exercícios físicos

devem ser higiênicos e salutares quanto maior o

prazer com que for praticado. O instrutor deverá

esforçar-se para tornar a sessão atraente, pela

escolha judiciosa dos exercícios que variará

frequentemente, pela introdução de jogos em

momento oportuno no decorrer da lição e,

principalmente, pela emulação e disposição para o

trabalho que provocará em sua classe.

4) Verificação Periódica da Instrução – a

verificação periódica dos exercícios físicos é

realizada pelo médico e pelo professor e repousa

nos exames fisiológicos e práticos. A verificação

médica é efetuada no início e final do ano letivo,

seguido de exame prático de dificuldade compatível

com o valor físico dos concorrentes.

UMA SESSÃO COMPREENDE TRÊS PARTES

1. Preparatória – duração de 2/10 do tempo

total da sessão. Comporta evoluções e

flexionamentos dos braços, pernas, tronco,

combinados, assimétricos e de caixa torácica.

2. Lição Propriamente Dita – duração de 7/10

da sessão. Abrange exercícios grupados nas sete

famílias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar,

levantar e transportar, correr, lançar e atacar e

defender-se.

3. Volta á Calma – duração de 1/10 da sessão.

Contém: marcha lenta com exercícios respiratórios,

marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem.

PLANO DE AULA EDUCAÇÃO FÍSICA

MÉTODO FRANCÊS

1º IDENTIFICAÇÃO

2º AQUECIMENTO

3º PARTE PRINCIPAL

4º PARTE FINAL

C) MÉTODO DE GINÁSTICA CALISTÊNICO

A calistenia, segundo marinho, 1980 citado

por costa, 1998 vem do grego kallos (belo), sthenos

(força) e mais o sufixo "ia”, com origem na ginástica

sueca apresenta uma divisão de oito grupos de

exercícios localizados associando música ao ritmo

dos exercícios que são feitos à mão livre usando

pequenos acessórios para fins corretivos,

fisiológicos e pedagógicos. Este método era

formado por um conjunto de exercícios com

movimentos rápidos, ritmados e com paradas

bruscas, que se executavam ao som da música. Eram

praticados com aparelhos leves ou à mão livre,

visando grandes massas musculares com o objetivo

de manter boa atitude, permitindo perfeito

funcionamento das grandes funções e órgãos.

A calistenia - é por assim dizer, o verdadeiro

marco do desenvolvimento da ginástica moderna com

fundamentos específicos e abrangentes destinada à

população mais necessitada: os obesos, as crianças,

os sedentários, os idosos e também às mulheres.

Dada à sua mobilidade e simplicidade, adapta-se a

qualquer tipo humano, podendo ser considerada

como uma ginástica eclética. Segundo marinho, 1980

Christian Carl André foi quem pôs em prática a

calistenia na escola de Salzman em 1785, para uso

em dias que as condições climáticas não permitiam

atividades ao ar livre. Todavia somente em 1829 a

calistenia toma corpo graças ao trabalho de Ling,

Nachtegal, Jahn e outros.

No ano de 1829, o suiço Phoktion Heinrich

Clias, professor de ginástica na Suiça, França e

Inglaterra; publica o livro kallistnic- exercícios para

beleza e força com proposta inicial de melhorar a

forma física dos americanos que mais precisavam.

Por isso mesmo, deveria ser uma ginástica simples,

fundamentada na ciência e cativante, em função

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disso o Dr. Lewis era contra os métodos militares

sob alegação que os mesmos desenvolviam somente a

parte superior do corpo e que os esportes atléticos

não proporcionavam harmonia muscular. Em 1860 a

calistenia foi introduzida nas escolas americanas,

com o nome de nova ginástica.

Lewis defendia:

1) Os exercícios devem desenvolver a flexibilidade,

graça e agilidade e melhorar a saúde geral.

2) Os exercícios deveriam ser acompanhados por

musica ou tambor p/ marcar o ritmo.

3) Participação de homens e mulheres na mesma

aula, acrescentando a sociabilidade ao prazer da

aula.

Lewis combatia:

1) A ideia de que grande força era a essência do

bem estar e de que ginástica era só para

ginastas.

2) Os métodos militares, pois só desenvolviam

superior de tronco e conduziam a posições

forçadas

Lewis opinava:

1) Desportos atléticos desenvolviam o corpo

desarmonicamente

2) A nova ginástica de Lewis representava uma

combinação de exercícios livres com a calistenia,

incluindo exercícios com materiais do tipo

halteres, bastões, bolas, como também passos de

dança.

As ACM (Associação Cristã de Moços) nos EUA

por intermédio de Wood e Roberts adotou para seu

programa de educação física a nova ginástica de

Lewis, que se popularizou no mundo inteiro levada

pelos secretários e diretores de educação física

graduados nas escolas de Springfield e Chicago.

Imediatamente a calistenia foi lançada na

América do sul e firmando-se no Brasil através da

ACM que se instala aqui em 1893 no Rio de Janeiro

(marinho,1981). A abertura de varias academias

trouxe de clubes e da ACM, professores de

ginástica que especificamente trabalhavam com o

sexo masculino e que tinham no método calistênico a

base de seu trabalho, assim através destes

professores as academias implantaram o método

calistênico, passando a ter uma nova tendência

metodológica para a ginástica.

PRATICANDO CAP. 12

1) Considerando o conteúdo ginástica e observando a

ginástica rítmica, podemos considerar que:

I - Ela é considerada ginástica competitiva

II - Seu grande representante no Brasil é Diego

Hypólito

III - Ela é considerada ginástica fisioterápica

pelo fato de trabalhar com muito alongamento

IV - Não utiliza as massas, cordas, bolas e fitas

como instrumentos

V - Apesar de ser ginástica, também pode ser

considerada um esporte olímpico.

Todas as afirmações estão corretas em:

a) V, F, F, F, V

b) F, V, F, V, F

c) V, F, V, F, V

d) V, V, F, F, V

e) F, V, V, V, V

2) Qual o método ginástico que estabeleceu novos

rumos à prática dos exercícios físicos, a fim de

regenerar o povo sueco, minado pela tuberculose,

o raquitismo e o alcoolismo.

a) calistênico

b) francês

c) sueco

d) francês – sueco

e) medicina preventiva

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3) Sobre os campos de atuação da ginástica

podemos destacar um que reúnem as novas

propostas de abordagem do corpo, também

conhecidas por Técnicas alternativas, ou que

foram introduzidas no Brasil a partir da década

de 70, tendo como pioneira a Anti-Ginástica. A

maioria destes trabalhos teve origem na busca da

solução de problemas físicos e posturais. Podemos

dizer que esse campo de atuação é:

a) Condicionamento físico

b) Competitivo

c) Conscientização corporal

d) Demonstração

e) Fisioterápica

4) Calistenia vem do termo grego “Kallistenés”

que significa?

a) força isotônica

b) cheio de vigor

c) espírito vigoroso

d) força isométrica

e) vigor saudável

5) Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa, a palavra Ginástica vem do grego

Gymnastiké e significa a?

a) Arte de exercitar o espírito para beneficiar o

corpo

b) Arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-

lo e dar-lhe agilidade

c) Exercitar o corpo para trazer um relaxamento e

velocidade

d) Trabalhar o corpo para deixá-lo bonito

e) Arte de moldar o corpo.

EIXO TEMÁTICO: ESPORTES

CAP.13 - ATLETISMO

A história do atletismo é muito bonita, pois

se inicia com a própria história da humanidade,

quando o homem primitivo praticava suas atividades

naturais para sobrevivência. O homem das cavernas,

de forma natural, praticava uma série de

movimentos, nas atividades de caça, em sua defesa

própria etc. Ele saltava, corria, lançava, enfim

desenvolvia uma série de habilidades relacionadas

com as diversas provas de uma competição de

atletismo.

Podemos verificar que as provas de

atletismo são atividades naturais e fundamentais do

homem: o andar, o correr, o saltar e o arremessar.

Por esta razão, é considerado o atletismo o “esporte

base” e suas provas competitivas compõem-se de

marchas, corridas, saltos e arremessos. Além disso,

o desenvolvimento dessas habilidades são

necessárias à prática de outras modalidades

esportivas.

O atletismo, sob forma de competição, teve

sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi

derivada da raiz grega, “ATHI, competição”, o

princípio do heroísmo sagrado grego, o espírito de

disputa, o ideal do belo etc. – o que se chamou de

espírito agonístico. Surgiram então as competições

que foram perdendo o caráter de religiosidade e

assumindo exclusivamente o caráter esportivo.

Atletismo na grécia antiga: http://www.canalolimpico.com.br

Podemos conceituar o atletismo como um

conjunto de atividades esportivas (corrida, saltos e

arremessos), que tem a origem nas primeiras

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Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos

primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C,

eram realizadas provas de corridas e arremessos de

peso

CLASSIFICAÇÃO DO ATLETISMO

Hoje em dia o atletismo é dividido em

modalidades de: provas de pista e campo, corridas

de rua, cross-country, e marcha atlética.

Pista atletismo: http://www.estadao.com.br/

As provas de pista e campo são disputadas

em pista de atletismo e reúnem: corridas rasas,

corridas com barreiras ou com obstáculos. Já as

provas de campo englobam saltos, arremesso e

lançamentos. Há ainda as provas combinadas, como o

Decatlo e Heptatlo. Atualmente as provas oficiais

são:

CORRIDAS

As corridas são, em certo sentido, as formas

de expressão atlética mais pura que o homem já

desenvolveu. Embora exista algo de estratégia e

uma técnica implícita, a corrida é uma prática que

envolve basicamente o bom condicionamento físico

do atleta. As corridas dividem-se em curta distância

ou velocidade (tiro rápido), que nas competições

oficiais vão até os 400 metros inclusive; média

distância ou de meio fundo (800 metros e 1 500

metros); e longa distância ou de fundo (3 000

metros ou mais, chegando até às ultra maratonas de

100 quilômetros). Podem ser divididas também de

acordo com a existência ou não de obstáculos

(barreiras) colocados no percurso.

Nas corridas de curta distância, a explosão

muscular na largada é determinante no resultado

obtido pelo atleta. Por isso, existe um

posicionamento especial para a largada, que consiste

em apoiar os pés sobre um bloco de partida (fixado

na pista) e apoiar o tronco sobre as mãos

encostadas no chão (posição de quatro apoios). São

frequentes as falsas partidas, quando o atleta sai

antes do tiro de partida, que é o sinal dado para

começar a prova. Qualquer atleta que dê uma falsa

partida será desclassificado. Contudo, nas provas

combinadas (ex decatlo) cada atleta tem direito a

uma falsa partida.

Nas provas mais longas a partida não tem um

papel tão decisivo, e os atletas saem para a corrida

em uma posição mais natural, em pé, sem poder

colocar as mãos no chão. Uma das provas de corrida

é a maratona é uma corrida de longa distância ou de

fundo, realizada parcialmente ou totalmente fora do

estádio, ou seja em estrada. A distância que,

segundo a lenda, teria percorrido um soldado grego,

Filípides, para anunciar que os helenos haviam

vencido uma batalha contra os persas. O trecho

teria sido entre a planície de Maratona (o local da

batalha) até a cidade de Atenas.

Corrida com barreiras.

fonte: http://academiavirtualduduprestes.esporteblog.com.br

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A maratona é uma prova que envolve grande

resistência física, sendo seu percurso estabelecido

em 42 quilômetros e 195 metros (aceite tolerância

por excesso de + 42 metros). Organizam-se ainda

corridas de cross country ou um "corta-mato" de

campo e de montanha. Em pista podemos ainda

assistir a corridas de barreiras e de obstáculos.

SALTOS

As provas de salto podem ser divididas em

provas de salto vertical e de salto horizontal.

Dentre as provas de salto vertical, temos o salto em

altura e o salto com vara. As provas de salto

horizontal envolvem o salto em distância chamado

também de salto em comprimento e o salto triplo ou

triplo salto. Os atletas tomam impulso numa pequena

pista de balanço, objetivando maior distância no

salto. O salto em altura, que tem por objetivo

ultrapassar uma barra horizontal (fasquia), é

realizado mediante tentativas. A fasquia é colocada

em determinada altura à qual os atletas devem

tentar saltar. Se conseguirem, os atletas progridem

para a próxima altura a que os Juízes colocarem a

fasquia.

Salto com vara. Fonte: http://lilieducacaofisica.zip.net

Qualquer atleta que realize três derrubes

da fasquia (3 ensaios nulos), será impedido de

continuar, sendo creditado com a marca

correspondente à maior altura em que conseguiu

realizar uma ensaio válido. O salto com vara

funciona do mesmo modo, mas neste salto, o atleta

tem o apoio de uma vara. Em ambos os saltos, há um

colchão para amortecer a queda do atleta após o

salto.

Salto e altura. Fonte: epveducacionfisica.blogspot.com.br

No salto em distância e no salto triplo /

triplo salto, o atleta faz sua aterrissagem numa

caixa de areia. Há uma tábua de chamada na pista

que indica o limite máximo de corrida de balanço

antes do salto; caso o atleta ultrapasse ou toque

nessa marca, realizará um ensaio nulo. Caso tenha

saltado antes da tábua de chamada, a distância do

ensaio será considerada apenas entre o limite na

tábua de chamada até o local onde aterrissou. É

importante destacar que vale o ponto de

aterrissagem mais próximo à tábua de chamada.

ARREMESSOS E LANÇAMENTOS

As disciplinas oficiais de lançamento

envolvem o arremesso de peso, o lançamento de

martelo, o lançamento de disco e lançamento do

dardo.

O arremesso de peso no Brasil consiste no

arremesso de uma esfera metálica que pesa 7,26 kg

para os homens adultos e 4 kg para as mulheres. O

martelo é similar a essa esfera, mas possui um cabo,

o que permite imprimir movimento linear à esfera e

assim atingir uma distância maior. Já o disco é um

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pouco mais leve, pesando 1 quilograma para as

mulheres e 2 quilogramas para os homens. E o dardo

pesa 600 gramas para as mulheres e 800 gramas

para os homens.

Arremesso de peso. fonte: http://educacaofisicanamente.blogspot.com.br/

Os lançamentos são executados dentro de

áreas limitadas, são círculos demarcado no solo para

o arremesso ou lançamento de peso, de martelo e

disco, e antes de uma linha demarcada no solo para o

lançamento do dardo. A partir dessas marcas é que

é contada a distância dos lançamentos.

Normalmente, as competições envolvem

várias tentativas por parte dos atletas, que

aproveitam as melhores marcas obtidas nessas

tentativas. As provas de lançamento são

normalmente praticadas no espaço interior à pista

das corridas.

Arremesso de martelo. Fonte: http://www.livresportes.com.br

A origem desta atividade é também

irlandesa, pois nos jogos Tailteanos, no início da Era

de Cristo, os celtas disputavam uma prova de

arremesso de pedra que pelas descrições se

assemelhavam à prova atual. Alias, é interessante

notar que na Península Ibérica, nas províncias onde

ainda se encontram concentrações humanas

etnicamente celtas, Galiza na Espanha e Trás-os-

Montes em Portugal, ainda se disputa uma

competição chamada de “arremesso do calhau”, que

se assemelha ao nosso moderno arremesso do peso.

De qualquer forma, a codificação da prova, tal como

ela é hoje, é totalmente britânica, inclusive o peso

do implemento, 7,256 kg, correspondente a 16 libras

inglesas, que era precisamente o que pesavam os

projéteis dos famosos canhões britânicos do início

do século XIX.

Lançamento de dardo. Fonte: http://globoesporte.globo.com

As primeiras marcas registradas pertencem

ao inglês Herbert Williams, que em Londres, em 28

de maio de 1860, lançou o peso a 10,91 m, e o da Era

IAAF ao americano Ralph Rose, que em 21 de agosto

de 1909 arremessou 15,54 m em São Francisco.

William Parry O’ Brien revolucionou esta prova,

criando um novo estilo, no qual o atleta começa o

movimento de costas para o local do arremesso.

Parry O’ Brien venceu os Jogos Olímpicos de

Helsinque e Melbourne, ganhou a prata em Roma e

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ainda se classificou em 4º lugar em Tóquio 12 anos

depois de iniciar a sua carreira olímpica. Foi também

o primeiro atleta a vencer mais de 100 competições

consecutivas. No Brasil, o primeiro recorde

reconhecido foi do atleta E. Engelke, vencedor do

primeiro Campeonato Brasileiro de 1925, com a

marca de 11,81 metros.

Lançamento de disco. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Algumas competições esportivas envolvem

uma combinação de várias modalidades, no intuito de

consagrar um atleta mais completo. As provas

oficiais do decatlo (para os homens) e do heptatlo

(para as mulheres) combinam corridas, saltos e

lançamentos. Os atletas pontuam de acordo com as

suas marcas nas provas individuais (tendo por base

uma tabela de conversão de marcas por pontos), e

esses pontos são somados para definir o vencedor.

A PISTA

A pista de corrida normalmente contém 8

raias, cada uma com 1 metro e 22 centímetros que

são os caminhos pelos quais os atletas devem correr.

Deste modo, a largura da pista é de no mínimo 10

metros, com algum espaço além das raias interna e

externa. Uma pista oficial de atletismo é

constituída de duas retas e duas curvas, possuindo

raias concêntricas; tem o comprimento de 400

metros na raia interna (mais próxima ao centro). A

raia mais externa é mais longa, possuindo 449

metros. Nas corridas de curta distância, os atletas

devem permanecer nas raias a partir das quais

largaram. Nas corridas de média e longa distância,

os atletas não precisam correr nas raias, e

geralmente se encaminham para a raia mais interior,

evitando percorrer distâncias maiores.

As barreiras têm 1,06 metros, nas

competições para homens, e de 84 centímetros, nas

competições para mulheres. Se o atleta derrubar as

barreiras enquanto corre, não é desclassificado -

conquanto perca tempo substancial. As corridas com

barreiras têm 10 obstáculos. Embora a maratona

seja disputada nas ruas de uma cidade ou em um

local externo, o seu trajeto é estabelecido de modo

que a chegada se dê num estádio ou pista de

atletismo,

PROVAS OFICIAIS

• Corridas de velocidade: 100 metros, 200

metros, 400 metros

• Corridas de revezamento: 4x100 metros -

4x400 metros

• Corridas com barreiras ou obstáculos: 100

metros c/barreiras feminino - 110 metros com

barreiras c/barreiras masculino - 400 metros

c/barreiras - 3.000 m.c/obstáculo

• Corridas de meio-fundo: 800 metros - 1.500

metros

• Corridas de fundo: 5.000 metros - 10.000

metros

Saltos: Salto em altura, salto triplo, salto em

distância, salto com vara

• Arremessos e lançamentos: arremesso de peso,

arremesso de disco, arremesso do martelo,

lançamento de dardo

• Provas combinadas: Heptatlo (para mulheres:

100m c/barreiras, salto em altura, 200 metros,

santo em distância, lançamento de dardo e 800

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metros) Decatlo (para homens: 100 metros, salto em

distância, arremesso de peso, salto em altura, 400

metros, 110 m c/barreiras, arremesso de disco,

salto com vara, arremesso de dardo, 1.500 metros).

PRATICANDO CAP.13

1) Nas provas de arremesso de peso a bola a

ser lançada tem seu peso diferenciado para

homens e mulheres. Assinale a alternativa que

mostra o peso da bola para homens e mulheres no

atletismo respectivamente.

a) 6,29kg e 4kg

b) 7,26kg e 4kg

c) 4kg e 2kg

d) 5,57kg e 3.79kg

e) 7,39 e 5.39kg

2) Sobre as provas de salto em distância onde nossa

maior representante é Maurren Higa Maggi,

nesta prova temos uma obrigatoriedade, que é a

saída do atleta da caixa de areia que deve ser

feita de que forma?

a) Saída pelo fundo ou pelos lados da caixa de areia

b) Saída pela frente ou pelo fundo da caixa de

areia

c) Saída por qualquer um dos lados da caixa de

areia

d) Saída por onde o atleta quiser

e) Saída somente pelo fundo da caixa de areia

3) O atletismo é baseado em contagem de tempo e

de distancias. Analisando a pista de atletismo

assinale a opção que traz as medidas respectivas

da pista e das raias?

a) 400m na parte interna e 1,22m de largura

b) 449m na parte interna e 1,24m de largura

c) 800m na parte externa e 1,28m de largura

d) 400m na parte externa e 1,23m de largura

e) 449m na parte externa e 1,22m de largura

4) Sobre as provas de pista e campo do atletismo,

assinale a alternativa que mostra 2 provas

oficiais do atletismo de pista.

a) 100m rasos e 110m com barreiras para mulheres

b) 4 x 100m e 210m com barreiras masculino

c) 4 x 800m e 300m com barreiras feminino

d) 700m e 110m com barreiras para homens

e) 4 x 300m e 200m com obstáculos para mulheres

5) Sobre as provas de maratona, assinale a

alternativa que mostra a distância real da prova?

a) 43,178m

b) 42,195m

c) 39,189m

d) 56,980m

e) 76,990m

CAP.14 - BASQUETEBOL

O nome vem do basketball, que significa

literalmente "bola na cesta”. É um das modalidades

mais populares do mundo. O basquetebol tem como

caracteristica principal é passar a bola por um aro e

com esse propósito existiram vários jogos, como:

pok-ta-pok, cauderale, chlachli, korfball. nett-ball e

el pato, que podemos considerar os predecessores

do basquetebol.

O basquetebol apareceu no cenário esportivo

não por acaso, mas por esforços de pessoas de uma

entidade, a YCMA (young men’s christian association

– associação cristã de moços). Que foi fundada pelo

jovem george Willians em 06 de junho de 1844, em

londres na inglaterra. Esta entidade foi trazida para

as américas em 25 de novembro de 1951, em

Montreal no Canadá, um mês depois no dia 29 de

dezembro na cidade de Boston nos EUA.

Na América do Sul, a ACM (associação cristã

de moços) foi fundada em 04 de julho de 1893, na

cidade do Rio de Janeiro, por Myron Clark. Em

seguida surgiram em outros paises como Argentina e

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México em 1901, no Uruguai em 109, no Chile em

1912 e em outros paises num total de 26 sedes.

O CRIADOR E O “NOVO JOGO”

Em 1890, quando o professor James

Naismith ingressou na YMCA (Associação Cristã de

Moços de Springfield, Massachussets, nos Estados

Unidos) para ministrar aulas de educação física,

praticava-se apenas alguns jogos coletivos, tais

como, Rubgy, Beisebol e muito pouco o Futebol,

sendo que a partir da época em que paravam de

praticar o Rubgy no fim de outono, até o início do

verão, os alunos eram obrigados a praticar ginástica

em aparelhos ou ginástica calistênica.

James Naismith. Fonte: http://www.ayushveda.com

Precisavam de um tipo de jogo que fosse

interessante, agradável e pudesse ser praticado no

inverno em recinto fechado. Diante desses fatos, o

Dr.Gulick (diretor do colégio Springfield College),

solicitou ao professor Naismith que procurasse

criar um novo jogo.

Naismith então se pôs a pensar em que tipo

de jogo poderia criar, que, dentre outras qualidades,

pudesse ser motivante, e que não provocasse muito

contato físico e que tivesse um sentido coletivo.

Idealizou então as seguintes situações: a

partir de um grupo de dezoito alunos que lhe fora

atribuído, grupo este muito descontente com o fato

de praticar apenas atividades ginásticas durante

todo o inverno, Naismith arrumou uma câmera de

bola de futebol e solicitou a um funcionário da ACM

duas caixas com mais ou menos 45cm de diâmetro.

Como não havia, lhe foram arrumados dois cestos

velhos de colher pêssegos, que Naismith pediu para

serem colocados a uma altura de 10 pés (3,05cm).

O grupo então foi divididos em dois, cada um

com nove alunos e as seguintes regras transmitidas

foram: o início do jogo seria no meio do campo com

dois jogadores saltando para tocar a bola, a bola só

poderia se deslocar através de passes entre os

companheiros e o objetivo final era o de arremessar

a bola na cesta do adversário. Venceria o jogo quem

acertasse mais arremessos.

Conta à história que o maior problema deste

primeiro jogo (realizado em dezembro de 1891) foi

fazer com que os alunos parassem de jogá-lo. A

partir de então, iniciou-se um processo de

popularização do basquetebol, primeiramente dentro

dos EUA e logo após, por outros países da Europa e

das Américas.

Livro de regras basquetebol. Fonte: http://vainabola.wordpress.com

O BASQUETEBOL NO BRASIL

O Brasil foi o quinto país do mundo e o

primeiro da América do Sul a conhecer o

basquetebol, cinco anos após a sua invenção, em

1896, através da chegada do professor Auguste

Farnham Shaw no colégio Mackenzie de São Paulo,

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localizado no cruzamento das ruas Maria Antonia e

Itambé. Vindo dos EUA, ele trouxe uma bola (já

oficial do esporte), o que ensejou a prática no

referido colégio

Shaw nasceu em Clayville, Nova Iorque,

EUA, no dia 31 de dezembro de 1865 estudou no

Wellsboro High Scholl e no Phillips-Andover

academy antes de receber grau de bacharel em

artes na Yale University.

No Brasil a modalidade foi praticada

primeiramente pelas alunas internas da escola

americana Mackenzie, logo depois o jogo passou a

ser praticado pelas alunas do instituto de Educação

Caetano de Campos – Escola Normal da Praça- para

onde foi levado pelo professor Oscar Thompson. O

basquete era considerado naquela época como

modalidade para mulheres, assim como o futebol era

para os homens, já que tinha sido trazida por

Charles Miller em 1894. Podemos observar um

trecho da 1ª publicação da época no Brasil, com data

de junho de 1905, impresso pela editora Siqueira,

Nagel & CIA em 1911 e que Federação Paulista de

Basketball publicou em 1962. “Além dos benefícios

physicos que o Basketball proporciona aos

jogadores, desenvolve em alto grau a coragem, a

paciência, a vivacidade de espírito e a virtude de

subordinar A Victoria do team -À vontade individual.

É o Basketball para as mulheres assim como o foot-

ball para os homens”.

BASQUETEBOL MARANHENSE

O basquetebol no Maranhão passou a ser

praticado por jovens e adultos na década de 50.

Nessa época surgiram algumas equipes com nome de

clubes como o Moto Club, o Grêmio 8 de Maio, o

Vera Cruz, e General Sampaio que era do exercito e

uma equipe da policia militar, ambas jogavam em uma

quadra pertencente ao Moto Club na Fabril (antiga

fabrica de tecidos).

Já a nível escolar o basquetebol passou a ser

desenvolvido apenas a partir da década de 60 pelo

professor Rubem Gulart e posteriormente pelo

professor Dimas. Algumas escolas e clubes nessa

época passaram se destacar como: Colégios Batista,

Marista, São Luís, CEMA e nos clubes Lítero e

Jaguarema.

Um fato marcante no basquetebol

maranhense aconteceu na década de 70 com o

aparecimento dos Jogos escolares Brasileiros

(JEB’S), despertando o interesse em alguns alunos

que já praticavam o basquete como: Paulo e Carlos

Tinoco, Miranda e outros, fazendo com que o

basquetebol maranhense aparecesse no cenário

nacional com equipes masculinas e femininas com

atletas inclusive nas Seleções Brasileiras masculinas

e femininas.

CARACTERISTICAS DO BASQUETEBOL

De acordo com De Rose Jr, FERREIRA A.E.X

(1987) “o basquetebol é constituído por uma soma

de habilidades que, unidas, compõe o jogo”, sendo

que podemos completar esse raciocínio com as

palavras de Daiuto (1983) “é um esporte completo”.

Como é completo nós podemos observar que

o basquetebol nos oferece varias qualidades nos

planos físico e motor, técnico, tático, cognitivo e

afetivo-social. No físico observamos as capacidades

físicas básicas que envolvem os fundamentos como:

coordenação, velocidade, equilíbrio, força, agilidade,

ritmo, flexibilidade e resistência cardiorespiratória

(aeróbia e anaeróbia). No técnico podemos observar

ao longo da caminhada de treinos de nossos alunos a

melhoria na execução dos fundamentos do

basquetebol como passes, arremessos, dribles, no

tático e cognitivo observamos o poder de

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concentração para o aprendizado, raciocínio rápido

para tomada de decisões dentro do jogo, visão

periférica com percepção espaço-temporal tanto no

ataque quanto na defesa.

No aspecto afetivo podemos destacar a

sociabilização, o espírito de luta e ajuda ao próximo,

controle da ansiedade e auto-estima.

POSIÇÕES DO BASQUETEBOL

São usadas, geralmente, no basquete, três

posições: alas, pivôs e armador. Na maioria das

equipes temos dois alas, dois pivôs e um armador.]

Armador ou base é como o cérebro da equipe.

Planeja as jogadas e geralmente começa com a bola.

Em inglês essa posição é conhecida como point guard

ou simplesmente PG.

Ala e ala/armador ou extremos jogam pelos cantos.

A função do ala muda bastante. Ele pode ajudar o

base, ou fazer muitas cestas. Em inglês essas

posições são conhecidas como small forward ou

simplesmente SF e shooting guard ou simplesmente

SG, respectivamente.

Ala/pivô e Pivô ou postes são, na maioria das vezes,

os mais altos e mais fortes. Com a sua altura, pegam

muitos rebotes, fazem muitos afundaços

(enterradas) e bandejas, e na defesa ajudam muito

com os tocos. Em inglês essas posições são

conhecidas como power forward ou simplesmente PF

e center ou simplesmente C.

REGULAMENTO (FIBA)

Equipe - Existem duas equipes que são compostas

por 5 jogadores cada (em jogo), mais 7 reservas.

Início do jogo – O Jogo começa com o lançamento

da bola ao ar, pelo árbitro, entre dois jogadores

adversários no círculo central e esta só pode ser

tocada quando atingir o ponto mais alto. A equipe

que não ganhou a posse de bola fica com a seta a seu

favor.

Duração do jogo – Quatro períodos de 10 minutos

de tempo útil cada (Na NBA, são 12 minutos), com

um intervalo de meio tempo entre o segundo e o

terceiro período com uma duração de 15 minutos, e

com intervalos de dois minutos entre o primeiro e o

segundo período e entre o terceiro e o quarto

período. O cronometro só avança quando a bola se

encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro

interrompe o jogo, o tempo é parado de imediato.

Reposição da bola em jogo - Depois da marcação de

uma falta, o jogo recomeça por um lançamento fora

das linhas laterais, excepto no caso de lances livres.

Após a marcação de ponto, o jogo prossegue com um

passe realizado atrás da linha do campo da equipe

que defende.

Como jogar a bola - A bola é sempre jogada com as

mãos. Não é permitido andar com a bola nas mãos ou

provocar o contato da bola com os pés ou pernas.

Também não é permitido driblar com as duas mãos

ao mesmo tempo.

Pontuação - Um cesto é válido quando a bola entra

pelo aro, por cima. Um cesto de campo vale 2 pontos,

a não ser que tenha sido conseguido para além da

linha dos 3 pontos, situada a 6,25 m (valendo,

portanto, 3 pontos); um cesto de lance livre vale 1

ponto.

Empate – Os jogos não podem terminar empatados.

O desempate processa-se através de períodos

suplementares de 5 minutos.Excetuando torneios

cujo regulamento obrigue a mais que uma mão, todos

os clubes de possíveis torneios devem concordar

previamente com o regulamento. Assim como jogos

particulares, após o término do tempo regulamentar

se ambas as equipas concordarem podem dar a

partida por terminada.

Resultado – O jogo é ganho pela equipa que marcar

maior número de pontos no tempo regulamentar.

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Lançamento livre – Na execução, os vários

jogadores, ocupam os respectivos espaços ao longo

da linha de marcação, não podem deixar os seus

lugares até que a bola saia das mãos do executante

do lance livre (A6); não podem tocar a bola na sua

trajetória para o cesto, até que esta toque no aro.

Penalizações de faltas pessoais – Se a falta for

cometida sobre um jogador que não está em ato de

lançamento, a falta será cobrada por forma de uma

reposição de bola lateral, desde que a equipa(e) não

tenha cometido mais do que 4 (quatro) faltas

coletivas durante o período, caso contrário é

concedido ao jogador que sofreu a falta o direito a

dois lances livres. Se a falta for cometida sobre um

jogador no acto de lançamento, o cesto conta e

deve, ainda, ser concedido um lance livre. No caso

do lançamento não tiver resultado cesto, o lançador

irá executar o(s) lance(s) livres correspondentes às

penalidades (2 ou 3 lances livres, conforme se trate

de uma tentativa de lançamento de 2 ou 3 pontos).

Regra dos 5 segundos - Um jogador que está sendo

marcado não pode ter a bola em sua posse (sem

driblar) por mais de 5 segundos.

Regra dos 3 segundos - Um jogador não pode

permanecer mais de 3 segundos dentro da área

restritiva (garrafão) do adversário, enquanto a sua

equipe esteja na posse da bola.

Regra dos 8 segundos - Quando uma equipe ganha a

posse da bola na sua zona de defesa, deve, dentro

de 8 segundos, fazer com que a bola chegue à zona

de ataque.

Regra dos 24 segundos - Quando uma equipe está

de posse da bola, dispõe de 24 segundos para a

lançar ao cesto do adversário.

Bola presa – Considera-se bola presa quando dois ou

mais jogadores (um de cada equipa pelo menos)

tiverem uma ou ambas as mãos sobre a bola, ficando

esta presa. A posse de bola será da equipe que tiver

a seta a seu favor.

Transição de campo – Um jogador cuja equipe está

na posse de bola, na sua zona de ataque, não pode

provocar a ida da bola para a sua zona de defesa

(retorno).

Dribles - Quando se dribla pode-se executar o n.º

de passos que pretender. O jogador não pode bater

a bola com as duas mãos simultaneamente, nem

efetuar dois dribles consecutivos (bater a bola,

agarrá-la com as duas mãos e voltar a batê-la).

Passos – O jogador não pode executar mais de dois

passos com a bola na mão.

Faltas pessoais – É uma falta que envolve contato

com o adversário, e que consiste nos seguintes

parâmetros: Obstrução, Carregar, Marcar pela

retaguarda, Deter, Segurar, Uso ilegal das mãos,

Empurrar.

Falta antidesportiva – Falta pessoal que, no

entender do árbitro, foi cometida intencionalmente,

com objetivo de prejudicar a equipa adversária.

Falta técnica – Falta cometida por um jogador sem

envolver contacto pessoal com o adversário, como,

por exemplo, contestação das decisões do árbitro,

usando gestos, atitudes ou vocabulário ofensivo, ou

mesmo quando não levantar imediatamente o braço

quando solicitado pelo árbitro, após lhe ser

assinalada falta.

Falta da equipe – Se uma equipe cometer num

período, um total de quatro faltas, para todas as

outras faltas pessoais sofrerá a penalização de dois

lançamentos livres.

Número de faltas – Um jogador que cometer cinco

faltas está desqualificado da partida.

Altura do aro - A altura do aro até o solo é de 3,05

metros. Sendo na liga norte americana a NBA a

altura é de 3,10 metros.

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Fundamentos

Empunhadura geral - É feita com os dedos e a

parte calosa das mãos, polegares um de frente para

o outro nas laterais da bola. Não é correto segurar a

bola com as palmas da mão.

Manejo de corpo - São movimentos corporais

utilizado no basquete que visam facilitar a

aprendizagem dos fundamentos com a bola. Esses

movimentos incluem: finta, giro, mudança de

direção, mudança de ritmo e parada brusca.

Finta - Pela frente, por trás, reversão, por baixo

das pernas e em passe livre.

Giros ou rotações - Para frente e para trás.

Falando sobre tempo, você não pode: No

1º,2º e 3º período pode 1 tempo de 1 min. no 4º

período, 2 tempos de 1 min. Os intervalos entre cada

período são de 2 minutos, mas entre o 2º e 3º há um

intervalo de 15 minutos. Não é permitido ficar

dentro do garrafão por mais de 3 segundos com ou

sem posse de bola. Não é permitido ficar (com a

bola) mais de 8 segundos na zona (lado da quadra)

de defesa. Após os 8 segundos mencionados acima,

você tem 24 segundos para arremessar a bola (zona

de ataque). Quando há um marcador a menos de 1m

de distância do atacante, o mesmo, não pode segurar

a bola por mais de 5 segundos

Paradas - A um tempo e a dois tempos. Podendo ser

chamado de jump, uma jogada ao qual o atleta da um

tempo no ar para executar um arremesso.

Corridas - De frente, lateral, de costas, zigue-

zague e perseguições.

Drible

Drible de progressão – Utilizado fundamentalmente

para sair de uma zona congestionada e avançar no

terreno.

Drible de proteção - Serve fundamentalmente para

abrir linhas de passe e para garantir a posse de

bola. É um tipo de drible, que face a uma maior

proximidade do defesa, o jogador tem de dar maior

atenção à protecção da bola. "Roubar" a bola do

adversário é considerado um drible de proteção.

Drible pedalada - Pique a bola no chão e faça o

movimento da pedalada do futebol por cima da bola.

Regras de Drible - Um jogador não poderá tirar o

pé-de-pivô do chão para iniciar uma progressão sem

antes executar um drible. Um jogador poderá tirar

o pé-de-pivô do chão para executar um passe ou um

arremesso, mas a bola deverá deixar sua mão antes

que o pé retorne ao solo.

O pé-de-pivô é determinado da seguinte

forma:

1- Jogador recebe a bola com um dos pés no chão:

Aquele pé é o pé-de-pivô.

2- Jogador recebe a bola com os dois pés no chão:

Quando retirar um dos pés, o outro será

considerado pé-de-pivô.

3- Jogador recebe a bola no ar e um dos pés toca o

solo antes do outro: o pé que primeiro toca o solo é

o pé-de-pivô.

4- Jogador recebe a bola no ar e cai com os dois pés ao

mesmo tempo: Quando retirar um dos pés, o outro

será considerado pé-de-pivô.

5- Um jogador que esteja driblando ou receba um

passe durante uma progressão (ou seja, correndo),

pode executar dois tempos rítmicos e, a seguir,

arremessar ou passar a bola; isso não significa

necessariamente dois passos (como é mais

comumente executado), pois o jogador pode, por

exemplo, executar dois saltos consecutivos; desde

que mantenha o mesmo ritmo.

Mas o esquema dos passos não é a única

restrição. Você também não pode: driblar a bola,

pegá-la com as mãos e driblá-la novamente; Não

pode driblar a bola com ambas as mãos; Não pode

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apoiar a bola por baixo, ou seja, conduzir a bola

levando a mão sob a bola. Todos estes aspectos são

considerados drible ilegal e tem a mesma penalidade

da caminhada.

Passe O passe tem como objetivo a colocação da

bola num companheiro que se encontre em melhor

posição, para a criação de situações de finalização

ou para a progressão no terreno de jogo. Existem

vários tipos de passe: peito, picado, por cima com 2

mãos, lateral com 1 mão, por trás das costas, etc.

Passe com uma mão

Usado para lançar a bola mais longe.

Técnicas determinantes:

1. jogue a bola com uma mão.

Passe de peito

Como o nome indica, com a bola à altura do

peito é arremessada frontalmente na direcção do

alvo. Neste movimento os polegares é que darão

força ao passe e as palmas das mãos deverão

apontar para fora no final do gesto técnico.

Técnicas determinantes:

1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;

2. Avançar um dos apoios;

3. Executar um movimento de repulsão com os

braços;

4. Executar a rotação dos pulsos;

5. Após a execução do passe, deve-se ficar

com as palmas das mãos viradas para fora e os

polegares a apontar para dentro e para baixo.

Passe peito. Fonte: http://lucia-desporto.blogspot.com.br

Passe picado ou quicado

Muito semelhante ao passe de peito, tendo em conta

que o alvo inicial é o solo; O ressalto da bola terá um

objetivo comum ao do passe de peito, isto é, a mão

alvo do colega ou as zonas próximas do peito.

Técnicas determinantes:

1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;

2. Avançar um dos apoios;

3. Executar um movimento de repulsão com os

braços.

Passe picado. Fonte: http://www.prof2000.pt

Passe de ombro (ou de basebol)

É utilizado nas situações que solicitam um passe

comprido. A bola é lançada como no lançamento de

uma bola no baseball (daí o nome). É um tipo de

passe com uma trajetória linear (sem arco), e em

direcção ao alvo.

Técnicas determinantes:

1. Segurar a bola com as duas mãos e por cima

do ombro;

2. Colocar o cotovelo numa posição levantada;

3. Avançar o corpo e a perna do lado da bola;

4. Fazer a extensão do braço e finalizar o

passe para as distâncias maiores.

Passe de ombro. Fonte: http://www.basquetepaulinia.org.br

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Passe por cima da cabeça

É usado quando existe um adversário entre dois

jogadores da mesma equipe.

Técnicas determinantes:

1. Elevar os braços acima da cabeça;

2. Avançar um dos apoios;

3. Executar o passe com o movimento dos

pulsos e dos dedos.

Utilização dos passes

Passes de peito e picado ou quicado

Utilizado em curtas e médias distâncias.

Passe por cima da cabeça

Também utilizado em curtas e médias distâncias,

sendo mais específicos para o pivô.

Passe de ombro

Utilizado em médias e longas distâncias, sendo muito

utilizados em contra ataques.

Arremesso

Driblar e jogar a bola na cesta.

Bandeja

É um arremesso que tem que dar dois passos:o

primeiro de equilíbrio e o segundo de distância., que

pode ser feito em movimento com passe ou

driblando.

Com uma das mãos

Partindo da posição fundamental, com o peso do

corpo na perna da frente, a bola na altura do peito,

o jogador flexionará as pernas simultaneamente a

elevação da bola acima da cabeça.

Jump

Driblando em direção a cesta e parando numa

posição de equilíbrio, flexionando as pernas,saltar

elevando a bola acima e à frente da cabeça com

ambas as mãos e executar o arremesso no momento

mais alto do pulo.

Rebote

É a recuperação da bola após um arremesso não

convertido.

Assistência

Assistência é um passe certeiro que encontra outro

companheiro de equipe, livre de marcação, e acaba

convertido em cesto. O jogador que faz a

assistência é tão importante como o jogador que

marca o cesto.

Enterradas

É movimento que conjuga o salto e a colocação com

firmeza da bola diretamente na cesta.

Ponte-aérea

É quando um jogador lança a bola diretamente a um

de seus parceiros, que pula recebe a bola e finaliza a

jogada arremessando a bola antes de tocar o chão.

Também pode ser feita com um jogador

arremessando a bola na tabela com outro jogador

pegando o rebote e finalizando a jogada

imediatamente em seguida com arremesso ou

enterrada.Esta jogada é conhecida como alley-oop

na NBA.

PRATICANDO CAP.14

1) De acordo com a história do basquetebol assinale

a alternativa que mostra a cidade e o país onde

surgiu essa modalidade?

a) Auckland, Nova Zelândia

b) Springfield, Estados Unidos

c) Atlanta, Estados Unidos

d) Copenhage, Dinamarca

e) Halifax, Canadá

2) Depois do surgimento, após quantos anos o Brasil

conheceu o Basquete e quem foi o responsável por

ele ter chegado em nosso país?

a) 7 anos, Scotie Pippen

b) 5 anos, Auguste Shaw

c) 6 anos, Charles Barkley

d) 3 anos, Hakken Olajuwon

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e) 8 anos, Muggise Bogs

3) Assinale a alternativa que mostra três tipos de

passe que fazem parte do basquete.

a) Picado, chutado e sobre a cabeça

b) Peito, picado e sobre a cabeça

c) Sobre a cabeça, chutado e jump

d) Chutado, de ombro e jump

e) Boliche, de ombro e sobre a cabeça

4) No jogo de basquete, a recuperação da bola após

um arremesso não convertido, chamamos de?

a) Passe

b) Arremesso

c) Drible

d) Rebote

e) Finta

5) No jogo de basquete, um jogador que está sendo

marcado com a bola em suas mãos pode ficar com

ela por quanto tempo sem quicá-la?

a) 7 segundos

b) 4 segundos

c) 5 segundos

d) 8 segundos

e) 3 segundos

CAP.15 - VOLEIBOL

O vôlei foi criado em 1895, pelo americano

William G. Morgan, então diretor de educação física

da Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de

Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos. O

primeiro nome deste esporte que viria se tornar um

dos maiores do mundo foi mintonette.

Naquela época, o esporte da moda era o

basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas

que tivera uma rápida difusão. Era, no entanto, um

jogo muito cansativo para pessoas de idade. Por

sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan

idealizou um jogo menos fatigante para os

associados mais velhos da ACM e colocou uma rede

semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros,

sobre a qual uma câmara de bola de basquete era

batida, surgindo assim o jogo de vôlei.

A primeira bola usada era muito pesada e,

por isso, Morgan solicitou à firma A.G. Spalding &

Brothers a fabricação de uma bola para o Referido

esporte.

Bola de voleibol. fonte: http://leo-sembola.blogspot.com.br

No início, o mintonette ficou restrito à

cidade de Holyoke e ao ginásio onde Morgan era

diretor. Um ano mais tarde, numa conferência no

Springfield's College, entre diretores de educação

física dos Holyoke fizeram uma demonstração e

assim o jogo começou a se difundir por Springfield e

outras cidades de Massachussetts e Nova

Inglaterra.

Em Springfield, o Dr. A.T. Halstead sugeriu

que o seu nome fosse trocado para volley ball, tendo

em vista que a ideia básica do jogo era jogar a bola

de um lado para outro, por sobre a rede, com as

mãos. Em 1896, foi publicado o primeiro artigo

sobre o volley ball, escrito por J.Y. Cameron na

edição do "Physical Education" na cidade de Búfalo,

Nova Iorque. Este artigo trazia um pequeno resumo

sobre o jogo e de suas regras de maneira geral. No

ano seguinte, estas regras foram incluídas

oficialmente no primeiro handbook oficial da Liga

Atlética da Associação Cristã de Moços da América

do Norte.

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A primeira quadra de Voleibol tinha as

seguintes medidas: 15,24m de comprimento por

7,62m de largura. A rede tinha a largura de 0,61m.

O comprimento era de 8,235m, sendo a altura de

1,98m (do chão ao bordo superior). A bola era feita

de uma câmara de borracha coberta de couro ou

lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7

a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336g.

O volley ball foi rapidamente ganhando novos

adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário

mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte

chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados

Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em

outros países, como na China, Japão (1908), Filipinas

(1910), México entre outros países europeus,

asiáticos, africanos e sul americanos.

Na América do Sul, o primeiro país a

conhecer o volley ball foi o Peru, em 1910, através

de uma missão governamental que tinha a finalidade

de organizar a educação primária do país.

O primeiro campeonato sul-americano foi

patrocinado pela Confederação Brasileira de

Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca

de Volley Ball e aconteceu no ginásio do Fluminense,

no Rio, entre 12 e 22 de setembro de 1951, sendo

campeão o Brasil, no masculino e no feminino.

A Federação Internacional de Volley Ball

(FIVB) foi fundada em 20 de abril de 1947, em

Paris, sendo seu primeiro presidente o francês Paul

Libaud e tendo como fundadores os seguintes

países: Brasil, Egito, França, Holanda, Hungria,

Itália, Polônia, Portugal, Romênia, Tchecoslováquia,

Iugoslávia, Estados Unidos e Uruguai.

O primeiro campeonato mundial foi

disputado em Praga, na Tchecoslováquia, em 1949,

vencido pela Rússia.

Em setembro de 1962, no Congresso de

Sofia, o volley ball foi admitido como esporte

olímpico e a sua primeira disputa foi na Olimpíada de

Tóquio, em 1964, com a presença de 10 países no

masculino - Japão, Romênia, Rússia, Tchecoslováquia,

Bulgária, Hungria, Holanda, Estados Unidos, Coréia

do Sul e Brasil. O primeiro campeão olímpico de

volley ball masculino foi a Rússia; a Tchecoslováquia

foi a vice e a medalha de bronze ficou com o Japão.

No feminino, o campeão foi o Japão, ficando

a Rússia em segundo e a Polônia em terceiro.

O criador do volley ball, Willian Morgan,

conhecido pelo apelido de "armário", devido ao seu

porte físico, morreu em 27 de dezembro de 1942,

aos 72 anos de idade.

Regras

Para se jogar voleibol são necessários 12

jogadores divididos igualmente em duas equipes de

seis jogadores cada.

As equipes são divididas por uma rede que

fica no meio da quadra. O jogo começa com um dos

times que devem sacar.Logo depois do saque a bola

deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do

adversário onde os jogadores tentam evitar que a

bola entre no seu campo usando qualquer parte do

corpo (antes não era válido usar membros da cintura

para baixo, mas as regras foram mudadas). O

jogador pode rebater a bola para que ela passe para

o campo adversário sendo permitidos dar três

toques na bola antes que ela passe, sempre

alternando os jogadores que dão os toques. Caso a

bola caia é ponto do time adversário.

O jogador pode encostar na rede (desde que

não interfira no andamento do jogo), exceto na

borda superior, caso isso ocorra o ponto será para o

outro time. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais

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toques seguidos na bola, exceção no caso do toque

de Bloqueio.

O campo

É retangular, com a dimensão de 18 x 9

metros, com uma rede no meio colocada a uma altura

variável, conforme o sexo e a categoria dos

jogadores (exemplo dos séniores e juniores:

masculino -2,43 m; femininos 2,24 m).

Há uma linha de 3 metros em direção do

campo para a rede, dos dois lados e uma distância de

6 metros até o fim da quadra. Fazendo uma quadra

de extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9

metros de lado a lado.

Quadra de voleibol. Fonte: duca-a-acaofisica.blogspot.com.br/

A equipe

É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores

efectivos -6 jogadores suplentes -Até 2 líberos

Equipamento.

As partidas de voleibol são confrontos

envolvendo duas equipes disputados em ginásio

coberto ou ao ar livre conforme desejado.

O campo mede 18 metros de comprimento

por 9 de largura (18 x 9 metros), e é dividido por

uma linha central em um dos lados de nove metros

que constituem as quadras de cada time. O objetivo

principal é conquistar pontos fazendo a bola

encostar na sua quadra ou sair da área de jogo após

ter sido tocada por um oponente.

Acima da linha central, é postada uma rede

de material sintético a uma altura de 2,43 m para

homens ou 2,24 m para mulheres (no caso de

competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as

alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez

dividida em duas áreas de tamanhos diferentes

(usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma

linha que se localiza, em cada lado, a três metros da

rede ("linha de 25 metros").

No voleibol, todas as linhas delimitadoras

são consideradas parte integrante do campo. Deste

modo, uma bola que toca a linha é considerada

"dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima da

quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido

lateral por duas antenas postadas em cada uma das

extremidades da rede. No sentido vertical, os

únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.

Caso a bola toque em uma das antenas ou nas

estruturas físicas do ginásio, o ponto vai

automaticamente para o oponente do último jogador

que a tocou.

A bola empregada nas partidas de voleibol é

composta de couro ou couro sintético e mede

aproximadamente 65 cm de perímetro. Ela pesa em

torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido

a uma pressão de 0,30 kg/cm².

Pontos

Existem basicamente duas formas de marcar

pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a

bola aterrissar sobre a quadra adversária como

resultado de um ataque, de um bloqueio bem

sucedido ou, mais raramente, de um saque que não

foi corretamente recebido. A segunda ocorre

quando o time adversário comete um erro ou uma

falta.

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Diversas situações são consideradas erros:

1 A bola toca em qualquer lugar exceto em um

dos doze atletas que estão em quadra, ou no campo

válido de jogo ("bola fora").

2 O jogador toca consecutivamente duas vezes

na bola ("dois toques")

3 O jogador empurra a bola, ao invés de

acertá-la. Este movimento é denominado "carregar

ou condução".

4 A bola é tocada mais de três vezes antes de

retornar para o campo adversário.

5 A bola toca a antena, ou passa sobre ou por

fora da antena em direção à quadra adversária.

6 O jogador encosta na borda superior da

rede.

7 Um jogador que está no fundo da quadra

realiza um bloqueio.

8 Um jogador que está no fundo da quadra pisa

na linha de três metros ou na área frontal antes de

fazer contato com a bola acima do bordo superior

da rede ("invasão do fundo").

9 Postado dentro da zona de ataque da quadra

ou tocando a linha de três metros, o líbero realiza

um levantamento de toque que é posteriormente

atacado acima da altura da rede.

10 O jogador bloqueia o saque adversário.

11 O jogador está fora de posição no momento

do saque.

12 O jogador saca quando não está na posição 1.

13 O jogador toca a bola no espaço aéreo acima

da quadra adversária em uma situação que não se

configura como um bloqueio ("invasão por cima").

14 O jogador toca a quadra adversária por

baixo da rede com qualquer parte do corpo exceto

as mãos ou os pés ("invasão por baixo").

15 O jogador leva mais de oito segundos para

sacar

16 No momento do saque, os jogadores que

estão na rede pulam e/ou erguem os braços, com o

intuito de esconder a trajetória da bola dos

adversários. Esta falta é denominada screening

17 Os "dois toques" são permitidos no primeiro

contato do time com a bola, desde que ocorram em

uma "ação simultânea" - a interpretação do que é ou

não "simultâneo" fica a cargo do arbitro.

18 A não ser no bloqueio. O toque da bola no

bloqueio não é contabilizado.

19 A invasão por baixo de mãos e pés é

permitida apenas se uma parte dos membros

permanecer em contato com a linha central.

Fundamentos

Um time que deseja competir em nível

internacional precisa dominar um conjunto de seis

habilidades básicas, denominadas usualmente sob a

rubrica "fundamentos". Elas são: saque, passe,

levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um

destes fundamentos compreende um certo número

de habilidades e técnicas que foram introduzidas ao

longo da história do voleibol e são hoje consideradas

prática comum no esporte.

Saque ou serviço

O saque ou serviço marca o início de uma

disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se

atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o

braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar

o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas

antenas e aterrissar na quadra adversária. Seu

principal objetivo consiste em dificultar a recepção

de seu oponente controlando a aceleração e a

trajetória da bola.

Existe a denominada área de saque, que é

constituída por duas pequenas linhas nas laterais da

quadra, o jogador não pode sacar de fora desse

limite.

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Um saque que a bola aterrissa diretamente

sobre a quadra do adversário sem ser tocada pelo

adversário - é denominado em voleibol "ace", assim

como em outros esportes tais como o tênis.

No voleibol contemporâneo, foram

desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:

Saque por baixo ou por cima: indica a forma como

o saque é realizado, ou seja, se o jogador acerta a

bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro

lança-a no ar para depois acertá-la acima do nível do

ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente

considerada muito fácil, e por esta razão esta

técnica não é mais utilizada em competições de alto

nível.

Jornada nas estrelas: um tipo específico de saque

por baixo, em que a bola é acertada de forma a

atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O

aumento no raio da parábola descrito pela trajetória

faz com que a bola desça quase em linha reta, e em

velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado na

década de 1980 pela equipe brasileira,

especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele

hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais

empregado em competições internacionais.

Saque com efeito: denominado em inglês "spin

serve", trata-se de um saque em que a bola ganha

velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-

la, graças a um efeito produzido dobrando-se o

pulso no momento do contato.

Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a

bola é tocada apenas de leve no momento de

contato, o que faz com que ela perca velocidade

repentinamente e sua trajetória se torne

imprevisível.

Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador

lança a bola, faz a aproximação em passadas como no

momento do ataque, e acerta-a com força em

direção à quadra adversária. Supõe-se que este

saque já existisse desde a década de 1960, e tenha

chegado ao Brasil pelas mãos do jogador Feitosa. De

todo modo, ele só se tornou popular a partir da

segunda metade dos anos 1980.

Saque oriental: o jogador posta-se na linha de

fundo de perfil para a quadra, lança a bola no ar e

acerta-a com um movimento circular do braço

oposto. O nome deste saque provém do fato de que

seu uso contemporâneo restringe-se a algumas

equipes de voleibol feminino da Ásia.

Passe

Também chamado recepção, o passe é o

primeiro contato com a bola por parte do time que

não está sacando e consiste, em última análise, em

tentativa de evitar que a bola toque a sua quadra, o

que permitiria que o adversário marcasse um ponto.

Além disso, o principal objetivo deste fundamento é

controlar a bola de forma a fazê-la chegar

rapidamente e em boas condições nas mãos do

levantador, para que este seja capaz de preparar

uma jogada ofensiva.

O fundamento passe envolve basicamente

duas técnicas específicas: a "manchete", em que o

jogador empurra a bola com a parte interna dos

braços esticados, usualmente com as pernas

flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque",

em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos

acima da cabeça.

Quando, por uma falha de passe, a bola não

permanece na quadra do jogador que está na

recepção, mas atravessa por cima da rede em

direção à quadra da equipe adversária, diz-se que

esta pessoa recebeu uma "bola de graça".

Manchete

É uma técnica de recepção realizada com as

mãos unidas e os braços um pouco separados e

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estendidos, o movimento da manchete tem início nas

pernas e é realizado de baixo para cima numa

posição mais ou menos cômoda, é importante que a

perna seja flexionada na hora do movimento,

garantindo maior precisão e comodidade no

movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa

altura, e que não tem chance de ser devolvida com o

toque.

É considerada um dos fundamentos da

defesa, sendo o tipo de defesa do saque e de

cortadas mais usado no jogo de voleibol. É uma das

técnicas essenciais para o líbero mas também é

empregada por alguns levantadores para uma melhor

colocação da bola para o atacante.

Levantamento

O levantamento é normalmente o segundo

contato de um time com a bola. Seu principal

objetivo consiste em posicioná-la de forma a

permitir uma ação ofensiva por parte da equipe, ou

seja, um ataque.

A exemplo do passe, pode-se distinguir o

levantamento pela forma como o jogador executa o

movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e

"levantamento de manchete". Como o primeiro

usualmente permite um controle maior, o segundo só

é utilizado quando o passe está tão baixo que não

permite manipular a bola com as pontas dos dedos,

ou no voleibol de praia, em que as regras são mais

restritas no que diz respeito à infração de

"carregar".

Também costuma-se utilizar o termo

"levantamento de costas", em referência à situação

em que a bola é lançada na direção oposta àquela

para a qual o levantador está olhando.

Quando o jogador não levanta a bola para ser

atacada por um de seus companheiros de equipe,

mas decide lançá-la diretamente em direção à

quadra adversária numa tentativa de conquistar o

ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de

segunda".

Ataque

O ataque é, em geral, o terceiro contato de

um time com a bola. O objetivo deste fundamento é

fazer a bola aterrissar na quadra adversária,

conquistando deste modo o ponto em disputa. Para

realizar o ataque, o jogador dá uma série de passos

contados ("passada"), salta e então projeta seu

corpo para a frente, transferindo deste modo seu

peso para a bola no momento do contato.

O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas

individuais de ataque:

Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador

que não se encontra na rede, ou seja, por um

jogador que não ocupa as posições 2-4. O atacante

não pode pisar na linha de três metros ou na parte

frontal da quadra antes de tocar a bola, embora

seja permitido que ele aterrisse nesta área após o

ataque.

Diagonal ou Paralela: indica a direção da trajetória

da bola no ataque, em relação às linhas laterais da

quadra. Uma diagonal de ângulo bastante

pronunciado, com a bola aterrissando na zona

frontal da quadra adversária, é denominada

"diagonal curta".

Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a

bola é acertada com força, com o objetivo de fazê-

la aterrissar o mais rápido possível na quadra

adversária. Uma cortada pode atingir velocidades de

aproximadamente 200 km/h.

Largada: refere-se a um ataque em que jogador não

acerta a bola com força, mas antes toca-a

levemente, procurando direcioná-la para uma região

da quadra adversária que não esteja bem coberta

pela defesa.

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Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que

o jogador não pretende fazer a bola tocar a quadra

adversária, mas antes atingir com ela o bloqueio

oponente de modo a que ela, posteriormente,

aterisse em uma área fora de jogo.

Ataque sem força: o jogador acerta a bola mas

reduz a força e consequentemente sua aceleração,

numa tentativa de confundir a defesa adversária.

Bola de xeque: refere-se à cortada realizada por

um dos jogadores que está na rede quando a equipe

recebe uma "bola de graça" (ver passe, acima).

Bloqueio

O bloqueio refere-se às ações executadas

pelos jogadores que ocupam a parte frontal da

quadra (posições 2-3-4) e que têm por objetivo

impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária.

Elas consistem, em geral, em estender os braços

acima do nível da rede com o propósito de

interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de

uma bola que foi cortada pelo oponente.

Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que

os jogadores têm por objetivo interceptar

completamente o ataque, fazendo a bola permanecer

na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar,

estender os braços para dentro do espaço aéreo

acima da quadra adversária e manter as mãos

viradas em torno de 45-60° em direção ao punho.

Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado,

em que bola é direcionada diretamente para baixo

em uma trajetória praticamente ortogonal em

relação ao solo, é denominado "toco".

Um bloqueio é chamado, entretanto,

"defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola

e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a

que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores

que se situam no fundo da quadra. Para a execução

do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de

penetração dos braços na quadra adversária, e

procura manter as palmas das mãos voltadas em

direção à sua própria quadra.

O bloqueio também é classificado, de acordo

com o número de jogadores envolvidos, em "simples",

"duplo" e "triplo".

Defesa

A defesa consiste em um conjunto de

técnicas que têm por objetivo evitar que a bola

toque a quadra após o ataque adversário. Além da

manchete e do toque, já discutidos nas seções

relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas

das ações específicas que se aplicam a este

fundamento são:

Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse

mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o

movimento sob o próprio abdômen.

Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o

próprio corpo após ter feito contato com a bola.

Esta técnica é utilizada, especialmente, para

minimizar a possibilidade de contusões após a queda

que é resultado da força com que uma bola fora

cortada pelo adversário.

Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos

fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Esta

técnica é empregada, especialmente, para

interceptar a trajetória de bolas que se encontram

a uma altura que não permite o emprego da

manchete, mas para as quais o uso do toque não é

adequado, pois a velocidade é grande demais para a

correta manipulação com as pontas dos dedos.

PRATICANDO CAP.15

1) Após o surgimento do voleibol muitas pessoas

passaram a praticá-lo em diversas partes do

mundo. Assinale a alternativa mostra qual foi o

primeiro público a praticar essa luta nos Estados

Unidos?

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a) Crianças

b) Mulheres

c) Idosos

d) Negros

e) Adolescentes

2) Depois do surgimento, o voleibol passou a ser

praticado em vários paises no mundo

principalmente nas americas. Assinale a

alternativa que mostra o pais da America do Sul

que foi o primeiro a praticar o voleibol?

a) Argentina

b) Canadá

c) Peru

d) Brasil

e) Venezuela

3) De acordo com a história, assinale a alternativa

que mostra qual era a medida em comprimento

oficial da primeira quadra de voleibol:

a) 16,35m

b) 15,24m

c) 18,09m

d) 17,45m

e) 13,78m

4) Esse é um tipo específico de saque, em que a

bola é acertada de forma a atingir grandes

alturas (em torno 25 metros). O aumento no raio

da parábola descrito pela trajetória faz com que

a bola desça quase em linha reta, e em

velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado

na década de 1980 pela equipe brasileira,

especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman,

ele hoje é considerado ultrapassado, e já não é

mais empregado em competições internacionais.

Assinale a alternativa que mostra esse tipo de

saque:

a) Viagem

b) Jornada nas estrelas

c) Spin serve

d) Flutuante

e) Com efeito

5) É uma técnica de recepção realizada com as mãos

unidas e os braços um pouco separados e

estendidos, o movimento tem início nas pernas e

é realizado de baixo para cima numa posição mais

ou menos cômoda, é importante que a perna seja

flexionada na hora do movimento, garantindo

maior precisão e comodidade no movimento. De

que tipo de recepção estamos falando?

a) Peixinho

b) Toque

c) Pingada

d) Manchete

e) Curtinha

CAP.16 – HANDEBOL

Atribui-se a invenção do Handebol ao

professor Karl Schellenz, da Escola Normal de

Educação Física de Berlim, durante a primeira

guerra mundial. No início, o Handebol era praticado

apenas por moças e as primeiras partidas foram

realizadas nos arredores de Berlim. Os campos

tinham 40x20m. Pouco depois em campos de

dimensões maiores, o esporte passou a ser praticado

por homens e logo se espalhou por toda a Europa.

Karl Schellenz. Fonte: http://www.dojolotus.com.br

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Em 1927 foi criada a Federação

Internacional de Handebol Amador, F.I.H.A. Mas,

em 1946, durante o Congresso de Copenhague (10 a

13 de julho), os suecos oficializaram seu Handebol

de Salão para apenas 7 jogadores por equipe,

passando a F.I.H.A. a denominar-se Federação

Internacional de Handebol, F.I.H., e o jogo de 11

jogadores em segundo plano.

Em 1933 foi criada a federação alemã que,

três anos depois, introduzia o Handebol nos Jogos

Olímpicos de Berlim. Em 1954, a F.I.H. contava com

25 nações. No dia 26 de Fevereiro de 1940 foi

fundada, em São Paulo, a Federação Paulista de

Handebol, mas o esporte já era praticado no Brasil

desde 1930. Até 1950, a sede da F.I.H. era na

Suécia. Transferiu-se no ano seguinte para a Suíça.

A primeira vez que o Handebol foi disputado

em uma olimpíada foi em 1936, depois foi retirado e

voltou em 1972, já na sua nova versão (de 7

jogadores) e em 1976 o Handebol feminino também

passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos.

O Handebol é um dos esportes mais antigos

de que se tem notícia. Ele já apresentou uma grande

variedade de formas até a praticada atualmente.

Um jogo com bola foi descrito por Homero em "A

Odisséia", onde a bola era jogada com as mãos e o

objetivo era ultrapassar o oponente, através de

passes, isto está gravado em uma pedra na cidade

de Atenas e data de 600 A.C..

De acordo com as escritas do médico

Romano, Claudius Galenus (130-200 D.C.), os

Romanos possuíam um jogo de Handebol chamado

"Harpaston". Na Idade Média, as legiões de

cavaleiros jogavam um jogo de bola, o qual era

fundamentado em passes e metas, isto foi descrito

por Walther von der Vogelwide (1170-1230), que o

chamou de "Jogo de Pegar Bola", que é precursor do

atual jogo de Handebol. Na França, Rabelais (1494-

1533), fala sobre um jogo de Handebol em que "Eles

jogam bola, usando a palma da mão".

O Supervisor de Educação Física Alemão,

Holger Nielsen, adaptou o "Haanbold-Spiel" (Jogo

de Handebol) para ser jogado em quadras, na cidade

de Ortrup em 1848, remodelando as regras e

método como o jogo deveria ser praticado.

Eventualmente os alemães desenvolveram o esporte

e finalizaram as regras em 1897, onde atualmente é

baseado o Handebol de Quadra (Indoor) e o

Handebol Olímpico.

Quadra de handebol. Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br

Era uma forma de 7 jogadores por time, em

uma quadra pouco maior do que a de Basquete, com

gols de Futebol de 2m de altura por 2,5m de

comprimento.

Na Suécia, em 1910, G. Wallstrom foi quem

introduziu o Handebol. Na Alemanha, em 1912,

Hirschmann (O Secretário Geral Alemão da

Associação Internacional de Futebol) tentou

introduzir o Handebol em um jogo de "campo",

seguindo as regras do Futebol. Durante 1915-1917, o

Supervisor de Educação Física Max Heiser (1879-

1921), introduziu o Handebol de Campo para as

mulheres, sendo considerado o real criador do

esporte, assim como Karl Schelenz (1890-1956), um

professor de esportes da Escola Superior de

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Educação Física é considerado o fundador do

Handebol. Karl Schelenz foi o responsável pelo

desenvolvimento do Handebol na Alemanha, Áustria

e Suíça, onde ele foi treinador.

Em 13 de Setembro de 1920, Carl Diem, o

Diretor da Escola Superior de Educação Física

Alemã, completou o estabelecimento do esporte no

cenário mundial, reconhecendo-o oficialmente como

esporte. O jogo era praticado em campos de Futebol

com traves do mesmo tamanho. O primeiro jogo

internacional foi disputado em 3 de Setembro de

1925, com vitória da Alemanha sobre a Áustria por

6 a 3.

A Era Pioneira do Handebol

Durante seu desenvolvimento, o jogo de

Handebol não era reconhecido como um esporte

independente, assim como o Basquete e o Vôlei, era

representado pelas Associações de Educação Física

e Associações Atléticas Nacionais. Em um nível

internacional, a Federação Atlética Amadora

Internacional (FAAI) observou os interesses do

Handebol desde 1928. Um Comitê Especial foi

formado no VII Congresso da FAAI na Holanda, em

1926, para organizar os países que praticavam

Handebol para formar "regras básicas" para eventos

internacionais.

A FAAI estava preparando e organizando a

formação de uma associação internacional

independente e exclusiva ao Handebol. O congresso

se formou em 4 de Agosto de 1928 em Amsterdam,

Holanda, onde 11 países criaram a Federação

Internacional de Handebol Amador (FIHA). O

Handebol se tornou um esporte internacional em

1934, sendo jogado por 25 membros da FIHA. O

primeiro "grande" evento internacional de Handebol

ocorreu em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, e

no 10° aniversário da FIHA, o primeiro Campeonato

Mundial de Handebol, realizado em 1938.

Após o término da II Guerra Mundial, o jogo

cresceu rapidamente no âmbito internacional e em

1946, após a FIHA ser considerada extinta, foi

fundada a atual Federação Internacional de

Handebol (FIH), na Dinamarca.

A partir de 1952, o Handebol de Campo era

dominante nas nações participantes. O Handebol de

Quadra (Indoor) era mais praticado por países do

Norte Europeu. No entanto, devido a condições

climáticas e o fato de que após o "Hóckey no Gelo",

o Handebol de Quadra era o esporte mais rápido

existente, este começou a ganhar muita

popularidade pelo mundo.

Com regras de outros esportes introduzidas

e maiores punições à faltas violentas, o jogo se

tornou mais seguro, simples de se jogar e mais

emocionante de se observar. O Handebol se tornou

um esporte de inverno, levando o espectador a sair

do frio e se emocionar com mais ação e maiores

placares do que o Futebol. A partir de 1960 o

Handebol de Campo perdeu rapidamente sua

popularidade e o último Campeonato Mundial foi

disputado em 1966.

O Handebol sempre foi dominado por nações

Européias. Nos anos em que estava se praticando o

Handebol de Campo, Alemanha, Áustria e Dinamarca

dominaram o cenário mundial, também pelo fato de

não ter muitas nações fora da Europa que

praticavam o esporte.

História Olímpica

O Handebol fez sua estréia nos Jogos

Olímpicos de Berlim, em 1936. Na época, era mais

popular e mais divulgado, o Handebol de Campo. Este

era praticado em campos de grama com dimensões e

gols similares aos do Futebol, com 11 jogadores por

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equipe. Houve apenas competições masculinas e esta

foi a única vez que este tipo de Handebol participou

das Olimpíadas (atualmente não se pratica mais esta

variável do Handebol, ocorrem ocasionalmente

apenas alguns jogos em eventos ou por antigos

admiradores).

Sendo reintroduzido nos Jogos Olímpicos de

Munique, em 1972, o Handebol voltou ao cronograma

olímpico, mas com outra modalidade, o Handebol de

Quadra (conhecido atualmente apenas por

Handebol). Este possui times com 7 jogadores, é

praticado em quadras de 40m por 20m e gols de 2m

por 3m. Em 1972 apenas ocorreram competições

masculinas. As competições femininas foram

introduzidas nos Jogos Olímpicos de Montreal, em

1976. A partir desta data não houveram mudanças

significativas do Handebol nas Olimpíadas.

NO MUNDO

O Handebol não foi criado ou inventado A

bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos

mais antigos do mundo e vem cativando o homem há

milênios. O jogo de "Urânia", praticado na antiga

Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã,

usando as mãos, mas sem balizas é citado por

Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo

Cláudio Galeno (130-200 DC), conheciam um jogo

praticado com as mãos, o "Harpastum". Mesmo

durante a Idade Média, eram os jogos com bola

praticados como lazer por rapazes e moças. Na

França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de

handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume).

Em meados do século passado (1848), o

professor dinamarquês Holger Nielsen criou, no

Instituto de Ortrup, um jogo denominado

"Haandbold", determinando suas regras. Na mesma

época, os Tchecos conheciam jogo semelhante

denominado "Hazena". Fala-se também de um jogo

similar na Irlanda e no "El Balon" do uruguaio

Gualberto Valetta, como precursores do handebol.

Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi

introduzido na última década do século passado, na

Alemanha, como "Raftball". Quem o levou para o

campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então

Secretário da Federação lnternacional de Futebol.

O período da I Grande Guerra (1915-1918)

foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando

um professor de ginástica, o berlinense Max Heiser,

criou um jogo ao ar livre para as operárias da

Fábrica Siemens, derivado do "Torball", e quando os

homens começaram a praticá-lo, o campo foi

aumentado para as medidas do futebol.

Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz

reformulou o "Torball", alterando seu nome para

"Handball" com as regras publicadas pela Federação

Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores.

Schelenz levou o jogo como competitivo para a

Áustria, Suíça, além da Alemanha. Em 1920, o

Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha

tornou o jogo desporto oficial.

A divulgação na Europa deste novo desporto

não foi difícil, visto que Karl Schelenz era professor

na então famosa Universidade de Berlim onde seus

alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram

as regras então propostas para vários países.

Por sua vez, existia na Tchecoslováquia

desde 1892 um jogo praticado num campo de

45x30m e com 7 jogadores que também era jogado

com as mãos e o gol era feito em balizas de 3x2m.

Este jogo, o "Hazena", segundo os livros, foi

regulamentado pelo Professor Kristof Antonin,

porém, somente em 1921 suas regras foram

publicadas e divulgadas por toda a Europa. Mas, foi

o Handebol jogado no campo de futebol, que

chamamos de "Handebol de Campo", que teve maior

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popularização, tanto que foi incluído nos Jogos

Olímpicos realizados em Berlim em 1936.

Com o grande crescimento do futebol com

quem dividia o espaço de jogo, com as dificuldades

do rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o

Handebol de Campo foi paulatinamente sendo

substituído pelo Hazena que passou a ser o

"Handebol a 7", chamado de "Handebol de Salão",

que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos

Jogos Olímpicos realizados em Munique-Alemanha, o

Handebol (não mais era necessário o complemento

"de salão") foi incluído na categoria masculina,

reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976

(masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

NO BRASIL

O Handebol no Brasil Após a I Grande

Guerra Mundial, um grande número de imigrantes

alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na

região sul por conta das semelhanças climáticas.

Dessa forma os brasileiros passaram a ter

um maior contato com a cultura, tradição folclórica

e por extensão as atividades recreativas e

desportivas por eles praticadas, dentre os quais o

então Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele

teve seu maior desenvolvimento, principalmente

quando em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a

Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 °

Presidenta Otto Schemelling.

O Handebol de Salão somente foi

oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de

Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol

que foi jogado em campo improvisado ao lado do

campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo

esse demarcado com cal (40x20m e balizas com

caibros de madeira 3x2m).

Este Handebol praticado com 7 jogadores e

em um espaço menor agradou de tal maneira que a

Confederação Brasileira de Desportos - CBD órgão

que congregava os Desportos Amadores a nível

nacional, criou um departamento de Handebol

possibilitando assim a organização de torneios e

campeonatos brasileiros nas várias categorias

masculina e feminina.

Contudo, a grande difusão do Handebol em

todos os Estados adveio com a sua inclusão nos III

Jogos Estudantis Brasileiros realizado em Belo

Horizonte-MG em julho de 1971 como também nos

Jogos Universitários Brasileiros realizado em

Fortaleza-CE em julho de 1972. Como ilustração, nos

JEB's/72 o Handebol teve a participação de

aproximadamente 10 equipes femininas e 12

masculinas, já em 1973 nos IV JEB's em Maceió-AL

tivemos cerca de 16 equipes femininas e 20

masculinas.

A atual Confederação Brasileira de Handebol

- CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo

como primeira sede São Paulo e o primeiro

Presidente foi o professor Jamil André.

Quadra

A quadra deve ser retangular, com um

comprimento de 38 a 44m e uma largura de 18 a

22m (mas por convenção fala-se que as quadras de

Handebol possuem comprimento de 40m e largura de

20m). A área privativa do goleiro será determinada

por um semi-círculo cujo raio medirá 6m, desde o

centro do gol. Nesta área somente o goleiro pode

ficar, atacantes e defensores devem ficar fora dela

(não é permitido nem pisar na linha, entretanto

pode-se pula de fora para dentro, desde que se

solte a bola enquanto estiver no ar). O outro semi-

círculo será colocado a 9m, este sendo tracejado e

determinando a linha do tiro livre (de onde

geralmente são cobradas as faltas realizadas pela

defesa). A baliza possui largura interior de 3m e

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altura de 2m. Em frente e ao meio de cada baliza, e

a uma distância de 7m, traça-se uma linha paralela à

do gol, de 1m de comprimento e chamada de marca

dos 7m (penalidade máxima), este lance apenas é

ordenado com a execução de uma falta grave sobre

o adversário enquanto este atacava a meta da

defesa.

O Jogo

Em cada jogo confrontam-se duas equipes.

Estas devem estar devidamente uniformizadas, a

numeração dos jogadores deve ser visível e

obrigatória. Cada equipe é composta por 12

jogadores, dos quais 6 de quadra, 1 goleiro e o

restante na reserva. A duração de cada tempo é de

30 minutos, com intervalo de 10 minutos (Nas

olimpíadas de Atlanta foi permitida a utilização de

tempo, como no Voleibol).

O número de substituições é ilimitado, mas

deve ser feito em um espaço de 4,45m, partindo da

linha central da quadra (não é necessário parar o

jogo para realizar as substituições, e estas apenas

podem se realizar após que o jogador a ser

substituído saia completamente da quadra).

Seu objetivo básico é ultrapassar o

adversário através de toques de bola até atingir a

meta adversária, marcando um ponto caso a bola

ultrapasse a linha de gol. Para realizar tal coisa

necessita-se de muita habilidade e agilidade, pois o

jogo é muito rápido e exige que os reflexos estejam

bem apurados. Com o auxílio de jogadas "ensaiadas"

(previamente treinadas) é possível confundir a

defesa adversária e encantar o público.

Bola de Handebol

Existem três tamanhos de bolas de

Handebol, cada uma possui certo peso pré-

determinado e representa uma categoria específica.

São denominados por H3, H2 e H1. Elas têm que ser

de couro e não escorregadias. (Para uma melhor

aderência e maior liberdade nas jogadas usa-se uma

cola especial para Handebol, aplicando-a nas pontas

dos dedos).

H3 Esta é usada para a categoria Adulto

Masculino (sendo a maior bola de Handebol), deve

medir no início da partida, 58,4cm de circunferência

e pesar 453,6 gramas.

H2 Esta bola é usada nas categorias Adulto

Feminino e Juvenil Masculino (possuindo um tamanho

intermediário), deve medir no início da partida

56,4cm de circunferência e pesar 368,5 gramas.

H1 Esta bola é usada nas categorias Infantis

Masculino e Feminino e Juvenil Feminino.

Bola de handebol. Fonte: http://www.bellsub.com/Produto

POSIÇÕES

No ataque, o time é dividido em: Pontas,

Meias, Armador (conhecido também como Central),

Pivô e Goleiro.

Posições handebol. Fonte: http://www.colegiovisao.com.br

Armador

É a "locomotiva" do time no ataque. Este

jogador esta no centro do ataque e comanda o curso

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e o tempo do mesmo. Este é geralmente o mais

experiente jogador do time, deve saber arremessar

com força e ter um grande repertório de passes.

Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar

as mudanças na defesa adversária. Força,

concentração, tempo de jogo e passes certos são o

que destacam um bom armador.

Meia

O "combustível" do time no ataque. Os

meias, geralmente, possuem os mais fortes

arremessos e são, geralmente, os mais altos

jogadores do time. (No masculino variam de 180cm a

210cm e no feminino variam de 175cm a 190cm).

Entretanto, existem excepcionais jogadores que são

menores que a média, mas possuem arremessos

poderosos e técnica muito apurada. Estes são

geralmente os jogadores mais perigosos durante o

ataque, pois os arremessos costumam partir deles

ou de outro jogador o qual tenha recebido um passe

dele.

Ponta

Geralmente são eles que começam as jogadas de

ataque. Os pontas são velozes e ágeis; e devem

possuir a capacidade de arremessar em ângulos

fechados. O destaque no arremesso não é a força,

mas a habilidade e mira, podendo mudar o destino da

bola apenas momentos antes de soltá-la em direção

ao gol. Estes jogadores também são muito

importantes nos contra-ataques, apoiados em sua

velocidade e posicionamento.

Pivô

O "coringa" do time no ataque. Posiciona-se

entre as linhas de 6m e a de 9m. Seu objetivo é

abrir espaço na defesa adversária para que seus

companheiros possam arremessar de uma distância

menor, ou se posicionar estrategicamente para que

ele mesmo possa receber a bola e arremessar em

direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de

arremessos do time, pois ele deve passar pelo

goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força,

impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente

rápidas.

Goleiro

Se o goleiro defender um arremesso ou

conseguir um tiro livre, ele deve ter a habilidade e o

raciocínio rápido para observar se algum jogador se

encontra em uma posição de contra-ataque, fazendo

assim o lançamento que deve ser rápido e certeiro.

O goleiro não é apenas um jogador de defesa, mas

um importante armador de contra-ataques.

Defesa

Os jogadores na defesa precisam trabalhar

em equipe. Comunicação é absolutamente vital. Onde

está o pivô? Quem está marcando quem? Onde está

o foco do ataque? No nível de elite do Handebol,

existem times que possuem jogadores

especializados na defesa, que são fisicamente

grandes, muito fortes, rápidos e com muita

concentração. Esses jogadores ainda possuem a

habilidade de detectar o foco do ataque e se

adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores

situados no meio precisam ser muito fortes e altos

para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs.

O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro

pode representar mais de 50% da performance de

um time. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a

ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um

reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante

pretende arremessar e habilidade de ajustar força,

reflexos e total concentração (eliminado qualquer

coisa que não seja referente ao jogo) focando seu

objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se

comunicar com seu time, (pois possui maior visão de

jogo por estar fora dos lances de ataque)

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incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e

orientando seus companheiros no ataque.

Posições handebol. Fonte: http://www.colegiovisao.com.br

PRATICANDO CAP.16

1) Um dos esportes mais praticados no mundo,

principalmente na Europa, o handebol passou a

ter muitos adeptos chegando a ser um dos mais

praticados principalmente nas escolas públicas.

Marque a opção que mostra o nome de inventor

do handebol?

a) Karl Schellenz

b) Adolph Hitler

c) Jean Grojan

d) James Naismith

e) Augusto Shaw

2) Esta bola é usada para a categoria Adulto

Masculino (sendo a maior bola de Handebol), deve

medir no início da partida, 58,4cm de

circunferência e pesar 453,6 gramas. Assinale a

opção que traz essa bola.

a) H3

b) H5

c) H2

d) H6

e) H4

3) De acordo com as suas medidas oficiais, podemos

dizer que a quadra de handebol possui as mesmas

medidas da quadra do.

a) Hoquei

b) Tenis

c) Futsal

d) Badminton

e) Basquete

4) Ele é considerado o "coringa" do time no ataque.

Posiciona-se entre as linhas de 6m e a de 9m.

Seu objetivo é abrir espaço na defesa adversária

para que seus companheiros possam arremessar

de uma distância menor, ou se posicionar

estrategicamente para que ele mesmo possa

receber a bola e arremessar em direção ao gol.

a) Meia

b) Ponta

c) Lateral

d) Armador

e) Pivô

5) É a "locomotiva" do time no ataque. Este jogador

esta no centro do ataque e comanda o curso e o

tempo do mesmo. Este é geralmente o mais

experiente jogador do time, deve saber

arremessar com força e ter um grande repertório

de passes.

a) Meia

b) Ponta

c) Lateral

d) Armador

e) Pivô

CAP.17 - FUTEBOL

O futebol é um dos esportes mais populares

no mundo. Praticado em centenas de países, este

esporte desperta tanto interesse em função de sua

forma de disputa atraente. O futebol é um esporte

coletivo jogado, como o seu próprio nome diz

(foot=pés; Ball= bola), principalmente com os pés. Os

jogadores deslocam-se conduzindo ou tocando a bola

com qualquer parte do corpo, exceto as mãos.

Embora não se tenha muita certeza sobre os

primórdios do futebol, historiadores descobriram

vestígios dos jogos de bola em várias culturas

Page 53: EIXO TEMÁTICO: JOGOS feitas ou criadas em um ambiente ... · então que a dança é a arte de mexer o corpo através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia

antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o

futebol, pois não havia a definição de regras como

há hoje, porém demonstram o interesse do homem

por este tipo de esporte desde os tempos antigos.

O futebol tornou-se tão popular graças a seu

jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de

jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço,

crianças e adultos possam se divertir com o futebol.

Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou

até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de

vários cantos do mundo começam a praticar o

futebol.

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os

militares chineses praticavam um jogo que na

verdade era um treino militar. Após as guerras,

formavam equipes para chutar a cabeça dos

soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos

inimigos foram sendo substituídas por bolas de

couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas

equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a

bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a

para dentro de duas estacas fincadas no campo.

Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.

Origens do futebol no Japão Antigo

No Japão Antigo, foi criado um esporte

muito parecido com o futebol atual, porém se

chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte

do imperador japonês, o kemari acontecia num

campo de aproximadamente 200 metros quadrados.

A bola era feita de fibras de bambu e entre

as regras, o contato físico era proibido entre os 16

jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do

futebol encontraram relatos que confirmam o

acontecimento de jogos entre equipes chinesas e

japonesas na antiguidade.

Origens do futebol na Grécia e Roma

Os gregos criaram um jogo por volta do

século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo,

soldados gregos dividiam-se em duas equipes de

nove jogadores cada e jogavam num terreno de

formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os

jogadores, também militares, usavam uma bola feita

de bexiga de boi cheia de areia ou terra.

O campo onde se realizavam as partidas, em

Esparta, era bem grande, pois as equipes eram

formadas por quinze jogadores. Quando os romanos

dominaram a Grécia, entraram em contato com a

cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros,

porém o jogo tomou uma conotação muito mais

violenta.

O FUTEBOL NA IDADE MÉDIA

Há relatos de um esporte muito parecido

com o futebol, embora se usasse muito a violência. O

Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média

por militares que se dividiam em duas equipes:

atacantes e defensores. Era permitido usar socos,

pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há

relatos que mostram a morte de alguns jogadores

durante a partida. Cada equipe era formada por 27

jogadores, onde grupos tinham funções diferentes

no time: corredores, dianteiros, sacadores e

guarda-redes.

Na Itália Medieval apareceu um jogo

denominado gioco del calcio. Era praticado em

praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam

levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois

cantos extremos da praça. A violência era muito

comum, pois os participantes levavam para campo

seus problemas causados, principalmente por

questões sociais típicas da época medieval.

O barulho, a desorganização e a violência

eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que

decretar uma lei proibindo a prática do jogo,

Page 54: EIXO TEMÁTICO: JOGOS feitas ou criadas em um ambiente ... · então que a dança é a arte de mexer o corpo através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia

condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo

não terminou, pois integrantes da nobreza criaram

uma nova versão dele com regras que não permitiam

a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes

deveriam fazer cumprir as regras do jogo.

O futebol chega à Inglaterra

Pesquisadores concluíram que o gioco de

calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta

do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras

diferentes e foi organizado e sistematizado. O

campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas

pontas seriam instalados dois arcos retangulares

chamados de gol. A bola era de couro e enchida com

ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou

a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza

inglesa.

Aos poucos foi se popularizando. No ano de

1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-

se um único código de regras para o futebol. No ano

de 1871 foi criada a figura do guarda-redes

(goleiro) que seria o único que poderia colocar as

mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para

evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida

a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi

estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da

área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do

impedimento.

O profissionalismo no futebol foi iniciado

somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na

Inglaterra, a International Board, entidade cujo

objetivo principal era estabelecer e mudar as regras

do futebol quando necessário. No ano de 1897, uma

equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez

uma excursão fora da Europa, contribuindo para

difundir o futebol em diversas partes do mundo

Em 1888, foi fundada a Football League com

o objetivo de organizar torneios e campeonatos

internacionais. No ano de 1904, foi criada a FIFA (

Federação Internacional de Futebol Association )

que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a

FIFA que organiza os grandes campeonatos de

seleções (Copa do Mundo) de quatro em quatro anos.

Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha,

que teve a Itália como campeã e a França como vice.

A FIFA também organiza campeonatos de clubes

como, por exemplo, a Copa Libertadores da América,

Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa

Sul-Americana, entre outros.

No começo do século XX a popularidade do

futebol em todo o mundo levou à

criação, em 1904, de uma organização internacional,

a Federação Internacional de Futebol Association

(FIFA).

Foram sete os países fundadores: Bélgica,

Dinamarca, França, Países Baixos, Espanha, Suécia e

Suíça. A FIFA tem como metas principais a

uniformização das regras do jogo, elaborada pela

International Board, e a organização de um torneio

internacional entre as entidades afiliadas -- a Copa

do Mundo, disputada a partir de 1930.

Desde sua fundação, a FIFA teve os

seguintes presidentes: Robert Guérin (1904-1906),

D. B. Woolfall (1906-1921), Jules Rimet (1921-

1954), R. W. Seeldrayers (1954-1955), Arthur

Drewry (1955-1961), Stanley Ford Rous (1961-1974)

e João Havelange, a partir de 1974.

HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL

Nascido no bairro paulistano do Brás,

Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos

de idade para estudar. Lá tomou contato com o

futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na

bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto

de regras. Podemos considerar Charles Miller como

sendo o precursor do futebol no Brasil.

Page 55: EIXO TEMÁTICO: JOGOS feitas ou criadas em um ambiente ... · então que a dança é a arte de mexer o corpo através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia

O primeiro jogo, de futebol no Brasil foi

realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários

de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os

funcionários também eram de origem inglesa. Este

jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA

DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO

RAILWAY. O primeiro time a se formar no Brasil

foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de

maio de 1888.

Charles Miller. Fonte: http://www.silvioluiz.com.br

No início, o futebol era praticado apenas por

pessoas da elite, sendo vedada a participação de

negros em times de futebol. A partir dessa

iniciativa, vários clubes se formaram: em 1898, o

São Paulo Athletic Club e, no ano seguinte, a

Associação Atlética Mackenzie College e o Sport

Club Germânia. No Rio de Janeiro, o pioneiro foi

Oscar Cox, que estudou na Europa e trouxe de lá

material esportivo. Depois de organizar partidas

entre uma equipe criada por ele e o Rio Cricket and

Athletic Association, de Niterói, Cox tornou-se um

dos líderes do movimento que resultou na fundação

do Fluminense Futebol Clube, em 1902.

De uma dissidência neste clube, nasceu, em

1911, o departamento de futebol do Clube de

Regatas do Flamengo. Embora reunisse os melhores

jogadores da época, que haviam sido campeões no

ano anterior, o Flamengo perdeu seu primeiro jogo

para os que ficaram no Fluminense, por 3 a 2, o que

gerou a célebre rivalidade do Fla x Flu.

Oscar Cox. Fonte: http://www.flumania.com.br

Na década de 1910, surgiram clubes e

federações por todo o Brasil, cada estado começou

a realizar seu próprio campeonato e cresceu o

interesse do público e da imprensa pelo esporte. Em

1914, criou-se a Federação

Brasileira de Sports e, dois anos depois, a

Confederação Brasileira de Desportos (CBD).

Em 1919, o Brasil sagrou-se campeão sul-

americano de futebol ao vencer o Uruguai por 1 a 0

no Rio de Janeiro. Com a difusão do esporte por

todo o país foi realizado, em 1922, o primeiro

campeonato de seleções estaduais. Durante quase

quarenta anos o futebol foi exercido no Brasil por

amadores -- estudantes, empregados de companhias

e jovens de nível social elevado.

Em 1933, oficializou-se no Rio de Janeiro e

em São Paulo, o profissionalismo, até então

praticado de forma disfarçada. Após um período de

transição, em que os jogadores hesitaram em

aceitar o novo regime, teve início a fase de

afirmação do futebol brasileiro, em 1938, ano da

primeira Copa em que o Brasil chegou às semifinais e

ficou em terceiro lugar.

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As arrecadações das partidas aumentaram e

estimulou a construção de estádios, o maior dos

quais foi o Maracanã, inaugurado no Rio de Janeiro

em 1950, para a IV Copa do Mundo. Em 1959, nasceu

a Taça Brasil, um campeonato interclube de âmbito

nacional, disputada em eliminatórias pelos campeões

estaduais. Em 1971, o torneio foi oficializado como

Campeonato Brasileiro de Clubes, cujos vencedores

disputam com clubes de outros países sul-

americanos a Taça Libertadora da América.

Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no

Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o

título, em pleno Maracanã, para a seleção uruguaia

(Uruguai 2 x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de

Futebol será realizada novamente no Brasil.

CARACTERÍSTICAS DO FUTEBOL

O futebol permite ao praticante o

desenvolvimento de habilidades no manejo da bola

com o corpo todo. Uma partida de futebol é

disputada por duas equipes, cada uma composta por

11 jogadores, um dos quais é o goleiro. O número de

reservas pode variar. As equipes devem se

apresentar uniformizadas com calção, camisas,

meias e chuteiras próprias para o jogo sobre campo

gramado. Além dos 22 jogadores, participam do jogo

também quatro oficiais de arbitragem: um árbitro,

dois bandeirinhas (auxiliares) e um 4º árbitro

(representante), que faz anotações.

Brasil Londres 2012, fonte: http://claudia.abril.com.br

Oficialmente uma partida de futebol é

composta de dois tempos de 45 minutos cada, com

um intervalo de quinze para descanso. Antes de

iniciar a partida, o árbitro faz o sorteio entre as

duas equipes e decide quem terá a posse de bola e

quem terá o direito de escolher o campo. A partida

é iniciada no centro do campo, com as duas equipes

no seu campo defensivo.

Após o apito do árbitro, o jogador

encarregado de dar o toque inicial, dentro do círculo

central, chuta a bola para seu companheiro. Para

receber ou passar a bola pode se usar qualquer

parte do corpo, menos as mãos com exceção dos

goleiros: cabeça, peito, coxa, pés.

Os demais jogadores da equipe avançam para

o campo adversário, colocando-se em posições que

permitem ao companheiro de posse da bola enxergá-

los. O objetivo do jogo de futebol é marcar gols e

impedir que o adversário faça o mesmo. Para isso, é

necessário que a bola seja deslocada pelos

jogadores, que a passam entre si, conduzindo-a e

progredindo até chegar a uma posição que lhe

permita arremessar ou chutar contra o gol

adversário.

Vence a partida a equipe que fizer mais gols.

Pode haver situações de empate com ou sem gols

marcados. O campo de futebol é retangular e deve

ter de 45 a 90 metros de largura por 90 a 120

metros de comprimento. O campo de futebol é

limitado pelas linhas laterais e de fundo. É dividido

ao meio pala linha de meio campo. O circulo central

serve para indicar a posição dos jogadores no início

do jogo.

FUNDAMENTOS

Podemos dividir os fundamentos técnicos em dois

tipos de ações:

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a) MOVIMENTOS SEM BOLA (corrida com

mudança, saltos, giros, etc.);

b) MOVIMENTOS COM BOLA (recepção, passe,

chute, etc.).

De acordo com essa divisão, pretendemos

desenvolver aqui somente as técnicas básicas do

futebol pertencentes ao grupo b (movimentos com

bola), executando as ações específicas

desenvolvidas pelos jogadores que ocupam a posição

de goleiro.

Para uma melhor prática do futebol, faz-se

necessário o conhecimento e domínio de algumas

técnicas básicas, tais como: condução, passe, chute,

drible ou finta, recepção, cabeceio e arremesso

lateral.

Brasil Londres 2012. Fonte: http://veja.abril.com.br

O cabeceio e o arremesso lateral serão

abordados como elementos pertencentes a outros

fundamentos técnicos, ou seja, o arremesso lateral

seria considerado uma forma de passe, e o cabeceio,

dentro dos demais fundamentos. As técnicas serão

abordadas na seguinte sequência: definição e

conceituação do termo, descrição da técnica e as

possíveis variações e formas.

1) CONDUÇÃO: É o ato de deslocar-se pelos

espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de

bola.

Técnica de condução de bola: Posicionar o corpo e

movimentá-lo de maneira a facilitar o tipo de

condução desejada, manter a bola numa distância

que facilite a sequência da condução, bem como as

variações necessárias de acordo com exigência da

situação; utilizar o tipo de toque adequado à

situação; postura adequada à movimentação, com o

centro de gravidade um pouco mais baixo, quando

necessário um melhor domínio e mais alto, quando

conduzir em alta velocidade; distribuir a atenção na

bola, no espaço e nos demais jogadores.

2) PASSE: É um elemento técnico inerente ao

fundamento chute, que se caracteriza pelo ato de

impulsionar a bola para um companheiro.

Técnica do passe: Posicionamento do corpo de

maneira favorável a sua execução; pé de apoio ao

lado (atrás ou à frente) da bola; projeção da perna

(membro inferior direito ou esquerdo) a ser

utilizada em direção à bola; toque propriamente dito

(durante a execução do movimento, o braço ajuda na

coordenação e equilíbrio).

3) CHUTE: É o ato de golpear a bola, desviando ou

dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em

movimento.

Técnica do chute: É semelhante à técnica do passe,

sendo o objetivo das ações sua grande diferença. O

chute tem como objetivo finalizar uma ação para o

gol ou impedir o prosseguimento das ações do

adversário.

4) DRIBLE OU FINTA: É o ato que o jogador,

estando ou não em posse da bola, tenta ludibriar o

seu adversário o drible, de acordo com a sua origem

inglesa (dribbling), seria a progressão com a bola.

Entretanto, no cotidiano do futebol, o drible é

entendido como a forma de ludibriar o adversário. O

termo correto para a ação de

desvencilhar-se de um adversário seria finta, mas,

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como a palavra drible tornou-se muito utilizada

neste sentido, consideraremos os dois como

sinônimos.

Técnica do drible ou finta: Posicionar o corpo de

maneira favorável ao drible (ou finta) desejado;

manter a bola próxima ao corpo e o centro de

gravidade baixo, permitindo assim um melhor

domínio sobre a mesma; utilizar o tipo de toque e

movimentação adequados ao drible desejado, de

acordo com a situação; na execução do drible, a

atenção é dirigida para a movimentação do

adversário para o espaço e para a bola.

5) RECEPÇÃO: Se o aluno não consegue Ter a posse

da bola quando tenta interromper a trajetória da

mesma, dizemos que houve uma má recepção. Este

mesmo fundamento aparece na literatura como os

seguintes sinônimos: abafamento, amortecimento,

travar ou dominar a bola. Lembre-se que,

cotidianamente, o domínio de bola é entendido como

recepção. Entretanto, consideramos que o domínio

ou controle da bola expressam um nível de

referência quanto ao “desenvolvimento” das

capacidades coordenativas de condução e adaptação

do movimento, sendo que o domínio pode manifestar-

se com mais evidencia nas técnicas de condução,

recepção e drible.

Técnicas da recepção: Posicionamento do corpo de

maneira favorável a recepção, com a parte do corpo

a realizar o contato voltado para a bola; ao

aproximar-se da bola, amortecê-la, tentando

inicialmente, diminuir a sua velocidade, manter a

bola próxima ao corpo, favorecendo assim, o seu

domínio.

6) CABECEIO: É o ato de impulsionar a bola

utilizando a cabeça. Esse gesto técnico é bastante

utilizado durante o jogo e pode ser aplicado, tanto

para ações ofensivas como defensivas. O cabeceio

apresenta-se como uma das alternativas para a

realização de outros fundamentos, tais como: passe,

chute, recepção, etc. O cabeceio poderá ser

executado parado ou em movimento, estando ou não

em suspensão. Aconselha-se principalmente, o uso da

testa como a região da cabeça que irá realizar o

contato com a bola. Existem duas posições básicas

do tronco em relação à bola, no momento da

execução do gesto técnico: frontal ou lateral.

7) DOMINIO DE BOLA: Para receber ou dominar

(matar) a bola, podem ser usadas diferentes

partes do corpo. Estes domínios podem ser

definidos de técnicas de futebol.

1- Quando a bola vem alta, ela amortecida com um

movimento de recuo da cabeça na hora do toque.

2- Quando a bola é enviada na altura do peito,

procura-se amortecê-la com um movimento de recuo

no peito, que forma uma concavidade, ajudada com a

projeção dos braços para frente.

3- A bola rasteira, no entanto, é recebida com os

pés e, dependendo da maneira como ela chega, é

recebida pelas partes interna e externa ou pela

planta dos pés.

4- Quando a bola vem em uma altura média, abaixo

da cintura, a recepção é feita palas coxas. Condução

da bola. A bola deverá ser conduzida com o lado

externo do pé, colocada ao lado do corpo sempre em

posição de chute. Durante uma partida de futebol,

dominando a bola, o jogador levanta a cabeça e

observa a posição de seus companheiros. Como não

está bem colocado ou fortemente marcado, o

jogador conduz a bola em direção a meta do

adversário. Mantém a cabeça erguida para observar

os companheiros e os adversários, procurando uma

oportunidade para passar a bola.

8) FINTA- Muitas vezes, durante uma partida de

futebol, o jogador está conduzindo a bola e é

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bloqueado por um adversário. Neste caso, a

ultrapassagem fica difícil e o jogador é obrigado a

aplicar uma finta. Já vimos que fintas são

movimentos que o jogador realiza para confundir ou

ultrapassar o adversário.

No futebol, pode ser aplicada com as partes

internas ou externas dos pés. Também pode ser

dada pelo alto ou apenas com um movimento de

corpo. Como a finta é uma maneira de desequilibrar

o adversário e passar por ele antes que tenha tempo

de se recuperar, deve ser aplicada rapidamente,

antes que perceba nossa intenção.

CAP.18 - OUTRAS VARIEDADE DO FUTEBOL

FUTSAL

O futebol de salão ou futsal é jogado entre

duas equipes de 5 jogadores cada uma, sendo um

deles o goleiro. É disputado em dois tempos de 20

minutos cada um. Cada jogo é realizado sobre uma

superfície de material sólido com cerca de 40 por

20 metros. As outras regras são praticamente

iguais às do futebol tradicional, com poucas

diferenças, como a ausência do impedimento e o uso

dos pés para cobrar os arremessos laterais.

Desde 1989 é realizado o Campeonato Mundial de

Futsal, equivalente à Copa do Mundo FIFA para este

desporto, que também é organizado pela FIFA.

Futsal. Fonte: http://worldsports.bravehost.com

FUTEBOL DE AREIA

Assim como o futsal, o futebol de areia

possui grandes semelhanças com o futebol

tradicional. Participam duas equipes de cinco

jogadores cada uma, sendo um deles o goleiro. Joga-

se num campo de cerca de 35 por 25 metros, que é

coberto inteiramente por areia.

Cada partida é constituída de três tempos

de 12 minutos cada um e, diferentemente de outras

variantes do futebol, o tempo para quando o árbitro

marca um tiro livre, marca um pênalti ou consta que

um jogador está fazendo o tempo passar de forma

inapropriada. Todos os tiros livres são diretos e sem

barreira da equipe adversária. Se um jogador

recebe dois cartões amarelos, receberá um cartão

azul e deverá sair do campo de jogo por 2 minutos,

sem poder ser substituído por outro jogador. Se um

jogador recebe um cartão vermelho ou três

amarelos, será expulso e não poderá ser substituído

por outro. Os arremessos laterais podem ser

executados com os pés. As outras regras são

praticamente iguais às do futebol tradicional.

A competição mais importante atualmente é

a Copa do Mundo de Futebol de Areia, que é

disputada desde 1995, ainda que somente a partir

de 2005 sob a organização da FIFA.

Beach soccer. Fonte: http://m.esporte.uol.com.br/futebol-de-areia/

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SHOWBOL

O Showbol é muito parecido com o futsal,

mas em um campo menor. Foi criado em 2007 e,

ainda que não é muito conhecido pelo mundo, na

América do Sul ganhou muitos adeptos. A ideia foi

divulgada pelos ex-jogadores Diego Armando

Maradona (argentino) e Iván Zamorano (chileno).

Basicamente é uma espécie de "Show" a base do

futebol; onde os jogadores são reconhecidos ex-

jogadores de futebol tradicional.

Há várias seleções de Showbol, destacando-

se a argentina, a chilena, a peruana, a uruguaia, a

brasileira e a mexicana.

Qudra de showbol. Fonte: http://www.chuteiradefutebol.com.br/

BOSSABALL

Outras variantes Um jogador efetua uma

bicicleta durante um jogo de bossaball na Espanha.

À parte de todas as variantes supracitadas,

existem outros desportos que possuem grandes

semelhanças com o futebol tradicional ou que mesmo

combinam aspectos de outros desportos, ainda que

as regras dos mesmos variam de acordo com o local

onde são jogados e aos meios disponíveis.

O jogo denominado bossaball ou futevôlei

inflável combina aspectos do futebol tradicional e

do voleibol. Baseado nas regras do voleibol, é jogado

sobre uma superfície de colchões infláveis e camas

elásticas, o que permite maior número de toques e

uma maior disputa pelos pontos nos saltos. Joga-se

entre duas equipes de até 5 jogadores, que devem

passar a bola por cima da rede utilizando qualquer

parte de seu corpo, mas com um número limitado de

toques.

Bossabol. Fonte: http://superstars.kids.sapo.pt

FUTETÊNIS

O futetênis, como o nome indica, combina

aspectos do futebol tradicional e o tênis. É jogado

sobre um terreno similar ou igual ao campo de tênis,

onde cada uma das duas equipes deve passar a bola

por cima da rede utilizando a cabeça e os pés. A

altura da rede pode variar, com que o terreno

poderia ser substituído por uma quadra de voleibol.

Variações Independentes

Futebol Society: Variação jogada em campos

gramados (ou artificiais) menores, com pelo menos

sete metros de cada lado. Já existem campeonatos

amadores na América do Sul.

Futebol de Salão Fifusa: Muitíssimo parecido com

o Futsal, é decorrente de uma rixa entre a FIFA e a

FIFUSA que era a única Federação Internacional de

Futebol de salão, As regras são consideradas mais

clássicas, tendo a bola um pouco menor e mais

pesada, entre outras diferenças.

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PRATICANDO CAP.17 E 18

1) Considerado o futebol o esporte mais praticado

no mundo e analisando a sua história de criação

assinale a alternativa que mostra o país onde o

futebol se organizou?

a) Itália

b) França

c) Inglaterra

d) Alemanha

e) Bulgaria

2) Marque a alternativa que mostra corretamente o

brasileiro que trouxe o futebol para o Rio de

Janeiro.

a) Tadeu Shimith

b) Oscar cox

c) Michael jay fox

d) Larrie taylor

e) João da silva

3) Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles

Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de

idade para estudar. Lá tomou contato com o

futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe

na bagagem a primeira bola de futebol e um

conjunto de regras. Podemos considerar Charles

Miller como sendo o precursor do futebol no

Brasil. O primeiro jogo, de futebol no Brasil foi

realizado em 15 de abril de 1895 entre

funcionários de empresas inglesas que atuavam

em São Paulo. Os funcionários também eram de

origem inglesa. Este jogo foi entre equipes que

representavam quais empresas:

a) Ferroviária x cola

b) Ferroviária x gás

c) Metalúrgica x gás

d) Cola x elétrica

e) Gás x elétrica

4) O futebol após a sua criação os poucos foi se

popularizando no mundo e 46 anos após a sua

criação veio para o Brasil através de Charles

Miller que em sua bagagem trouxe um livro de

regras que ano de 1848, numa conferência em

Cambridge, foi estabelecido um único código de

regras para o futebol. Anos após outras regras

foram criadas e passaram a compor este livro. A

última a ser instituída foi a do impedimento no

ano de:

a) 1848

b) 1894

c) 1904

d) 1907

e) 1910

5) No futebol variações (outros jogos) que foram

criadas a partir do futebol tradicional (de campo

com 11 jogadores), um deles foi o showbol, que:

a) É muito parecido com o futsal, mas em um campo

menor. Foi criado em 2007 e, ainda que não é

muito conhecido pelo mundo, na América do Sul

ganhou muitos adeptos. A ideia foi divulgada

pelos ex-jogadores Diego Maradona e Iván

Zamorano.

b) É muito parecido com o beach soccer mas em um

campo menor. Foi criado em 2005 e, ainda que

não é muito conhecido pelo mundo, na América do

Sul ganhou muitos adeptos. A ideia foi divulgada

pelos ex-jogadores pelé e zidane

c) Sua referência vem do futebol de cegos, as

medidas do campo são iguais as do society, foi

criado na decada de 90 pelos ex- jogadores

Júnior e Roberto Baggio, sendo muito conhecido

na América do Sul e na Europa

d) Nasceu da ideia de dois ex- árbitros de futebol,

que não queriam parar de apitar mas não tinham

muita condição física, campo com dimensões do

futsal, foi muito praticado na América do Sul e

na Eurupa e criado no ano de 2000.

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e) Sua referência vem do futebol de cegos, as

medidas do campo são iguais as do futsal, foi

criado no ano de 2003 pelos ex- jogadores

Júnior Negão e Claudio Taffarel, sendo muito

conhecido na América do Sul e na Europa.

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REFERÊNCIAS

DA SILVA, Pedro Antônio. 3000 exercícios e jogos para educação física. Vol.3. São Paulo: Sprint, 2003. 269p.

Educação Física / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. –248 p.

BARBOSA, Marco Octávio. Beach Soccer, da iniciação à competição. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. 99p.

TREUHERZ, Mário Rolf. Educação física: exercícios básicos e específicos 2ª Ed. São Paulo: Maltele, 1996.

323p.

COUTINHO, Nilton Ferreira. Basquetebol na escola. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. 152p.

LEMOS, Ailton de Souza. Voleibol escolar. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. 104p.

TENROLLER, Carlos. Handebol teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. 128p.

< http//www.ufma.br/arquivos > acesso em 20 de Jul. 2012

<http://www.turismo-ma.com.br/danca > acesso em 20 de Jul. 2012

<http://www.cbv.com.br> acesso em 20 de Jul. 2012

<http://www.cbat.org.br> acesso em 20 de Jul. 2012

<http://www. brasilhandebol.com.br > acesso em 20 de Jul. 2012

<http://www. cbb.com.br > acesso em 20 de Jul. 2012

<http://www.cbginástica.com.br > acesso em 20 de Jul. 2012

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