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EFP - ISEG 1 Economia e Finanças Públicas Aula T14 4.2 As contas e os saldos das AP 4.2.1 O saldo global das AP 4.2.2 A classificação económica das receitas e das despesas 4.2.3 Os saldos orçamentais

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EFP - ISEG 1

Economia e Finanças Públicas Aula T14

4.2 As contas e os saldos das AP 4.2.1 O saldo global das AP 4.2.2 A classificação económica das

receitas e das despesas 4.2.3 Os saldos orçamentais

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Conceitos a reter

Conta das Administrações Públicas Saldo da AP e de cada subsector Receitas e despesas efectivas Classificação económica (receitas e despesas) Saldo global (ou efectivo) Saldo corrente e de capital Saldo primário Necessidade e capacidade de financiameento “Regra de ouro” das Finanças Públicas

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Bibliografia

Livro EFP, Cap 11 e Cap.12 Pág.356-360, 363, 396-400 (2ª Ed.) Pág.348-352, 355, 384-388 (1ª Ed.)

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O Sector Público

O sector público divide-se em: 1. Administrações públicas (ou sector público

administrativo), com a seguinte estrutura Administração Central (Estado + SFA) Administração Regional e Local Segurança Social

2. Sector público empresarial (empresas públicas, empresas municipais, SA de capitais maioritariamente públicos,...)

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SPA ou AP: duas abordagens diferentes

Perspectiva mais jurídica –institucional (influenciada pelo direito administrativo): Sector público administrativo (SPA)

Contas do SPA na óptica da Contabilidade Pública

Perspectiva mais económica (influenciada pela economia pública): Administrações públicas (AP)

Contas das AP na óptica da Contabilidade Nacional

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Saldo Global das AP

As expressões défice ou excedente orçamental referem-se ao valor (negativo ou positivo) do saldo global das AP

O saldo global é apurado com base nas contas dos subsectores cuja informação é fundamental para uma boa gestão das finanças públicas

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Cálculo do Saldo Global:Aspectos a ter em conta

1. A contabilização pode ser feita : na óptica da Contabilidade Nacional para efeitos

de supervisão da politíca orçamental no quadro da UEM (o PEC estabelece um limite ao défice das AP, em CN – Cap. 6)

na óptica da Contabilidade Pública para efeitos da elaboração do OE

2. São consideradas apenas receitas e despesas efectivas (excluindo activos e passivos financeiros), de todos os sub-sectores das AP

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C.N. versus C.P.

A contabilização em cada óptica permite identificar informação para diferentes fins: CN: saldo global para efeitos de supervisão pela

UEM CP: transferências entre subsectores da AP

Em regra, o saldo global tem valores muito próximos nas duas ópticas

Nota: far-se-á a análise em termos de CP

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1 – Valores de todos os subsectores

das AP

Saldo global das AP: Soma dos saldos globais de:

Estado, FSA, Administração Regional e Local (Regiões e Municípios) e Segurança Social

Saldo global de cada subsector: Dado pelas receitas efectivas menos

as despesas efectivas (não consolidadas)

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2 – Valores de todos os subsectores das AP: 2005 (em CN)

Estado SFA ARL SS A.P.

Saldo global

-4,228,4

342,6 -78 -33.2 -3997,1

Quadro 11.4 do Livro EFP (Linha 20: capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento líquido)

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Receitas e despesas efectivas e não efectivas

Exclui-se do cálculo do saldo global das AP as receitas e despesas não efectivas, isto é, com activos e passivos financeiros Activos financeiros: situações credoras Passivos financeiros: situações devedoras

Esta tipologia (efectivas e não efectivas) é obtida a partir da classificação económica das receitas e das despesas (Cap.12 de EFP)

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Classificação económica das receitas

Receitas Correntes Receitas de Capital1. Impostos directos 9. Venda bens

investimento

2. Impostos indirectos 10. Transferências capital

3. Contrib. sociais 11. Activos financeiros

4. Taxas, multas (...) 12. Passivos financeiros

5. Rendimentos propriedade

13. Outras receitas capital

6. Transferências correntes

7. Venda de bens e serviços

8. Outras receitas correntes

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Classificação económica das receitas (Cont.)

Receitas efectivas: 1 a 10 e 13. Receitas não efectivas:

11 - Receitas de activos financeiros (venda de títulos de crédito e reembolso de empréstimos concedidos)

12 – Receitas de passivos financeiros (emissão de obrigações e empréstimos contraídos)

Nota: Grande parte do défice é coberto com receitas de passivos financeiros

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Classificação económica das receitas (Cont.)

Informação relevante: 1. Importância das receitas fiscais 2. Importância do recurso ao crédito 3. Importância do Sector Empresarial

do Estado (rendimentos de propriedade)

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Classificação económica das despesas

Despesas Correntes Despesas de Capital1. Despesas com pessoal 7. Aquisição bens de

capital

2. Aquisição bens e serviços

8. Transferências de capital

3. Encargos correntes da dívida

9. Activos financeiros

4. Transferências correntes

10. Passivos financeiros

5. Subsídios 11. Outras despesas de capital

6. Outras despesas correntes

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Classificação económica das despesas (Cont.)

Despesas efectivas: 1 a 8 e 11 Despesas não efectivas:

9 – com activos financeiros (ex. compra de títulos e concessão de empréstimos)

10 – com passivos financeiros (ex. amortização da dívida ou execução de avales e garantias)

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Saldos orçamentais

A análise da conta das AP permite identificar quatro importantes tipos de saldos orçamentais: saldo corrente saldo de capital saldo global ou efectivo saldo primário

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Saldos corrente e de capital Saldo corrente

Receitas correntes (efectivas) - Despesas correntes (efectivas)

Saldo de capital Receitas de capital (efectivas) - Despesas

de capital (efectivas) Significado:

Relacionam determinados tipos de receitas e despesas (Classificação Económica)

Saldo global= Saldo corrente+ saldo de capital

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“Regra de ouro” das FP

Saldo corrente não deve ser negativo ou seja, não devem ser pagas despesas

correntes com receitas de capital Formulação alternativa:

“O valor do deficit orçamental não deverá ser superior ao valor das despesas de investimento”

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Saldo global ou efectivo Saldo global ou efectivo das AP

Receitas efectivas - Despesas efectivas (para o total dos sub-sectores)

(Se +): superavit, excedente ou capacidade de financiamento.

(Se -): défice ou necessidade de financiamento Em % do PIB, é o critério orçamental mais

importante do PEC (limite dos 3%) Significado:

É o saldo mais importante pois indica a necessidade de recorrer ao endividamento (défice) ou a capacidade de diminuir o endividamento (superavit).

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Saldo primário Saldo primário:

Receitas efectivas (correntes+capital) - Despesas primárias

Despesas primárias: (Despesas correntes – juros da dívida pública) + despesas de capital

Significado: Esclarece o que seria o saldo se não

houvesse dívida pública (logo, juros) NOTA: Os juros fazem parte da despesa

corrente