efeito fisiologico obtido pelo uso de diferentes tecnologias e taxas de aplicaÇao de opera em soja

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EFEITO FISIOLOGICO OBTIDO PELO USO DE DIFERENTES TECNOLOGIAS E TAXAS DE APLICAÇAO DA MISTURA PIRACLOSTROBINA + EPOXICONAZOL EM SOJA. Costa, I.F.D. 1 ; Coradini, C. 2 ; Stefanelo, M. 2 ; Arrué, A. 2 ; Pizzutti, M. 2 ; Rossato, G.A. 2 ; Rodrigues, J.S. 2 1 INTRODUÇÃO O Brasil é o segundo produtor mundial de soja. Na safra 2009/10, embora tenha decrescido a área, produção e produtividade, ainda assim a cultura ocupou uma área de 21,710 milhões de hectares, o que totalizou uma produção de 57,195 milhões de toneladas, obtendo uma produtividade média de 2 635 kg.ha -1 (IBGE, 2009). Esta oleaginosa tem uma importante participação nas exportações brasileiras sendo que em 2008 o total exportado do complexo soja foi de 39,106 milhões de toneladas, com um resultado comercial de US$ 17.986 bilhões (ABIOVE, 2009). O potencial genético de produção de grãos da cultura é de aproximadamente 18.000 kg.ha -1 (VENTIMIGLIA et al., 1999), porém, pela ação de diversos fatores que limitam esse potencial, os valores de produção se reduzem para menos de 4000 kg.ha -1 . Dentre esses fatores, o mais importante e de difícil controle são as doenças, pelas quais a soja apresenta grande suscetibilidade. Dentre essas doenças está a causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow. 1 Professor Adjunto, Departamento de Defesa Fitossanitária, CCR – UFSM. 2 Aluno do Curso de Graduação em Agronomia, CCR – UFSM. 1

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EFEITO FISIOLOGICO OBTIDO PELO USO DE DIFERENTES

TECNOLOGIAS E TAXAS DE APLICAÇAO DA MISTURA

PIRACLOSTROBINA + EPOXICONAZOL EM SOJA.

Costa, I.F.D.1; Coradini, C.2; Stefanelo, M.2; Arrué, A.2; Pizzutti, M.2; Rossato,

G.A.2; Rodrigues, J.S.2

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é o segundo produtor mundial de soja. Na safra 2009/10, embora tenha

decrescido a área, produção e produtividade, ainda assim a cultura ocupou uma área de

21,710 milhões de hectares, o que totalizou uma produção de 57,195 milhões de

toneladas, obtendo uma produtividade média de 2 635 kg.ha-1 (IBGE, 2009). Esta

oleaginosa tem uma importante participação nas exportações brasileiras sendo que em

2008 o total exportado do complexo soja foi de 39,106 milhões de toneladas, com um

resultado comercial de US$ 17.986 bilhões (ABIOVE, 2009).

O potencial genético de produção de grãos da cultura é de aproximadamente

18.000 kg.ha-1 (VENTIMIGLIA et al., 1999), porém, pela ação de diversos fatores que

limitam esse potencial, os valores de produção se reduzem para menos de 4000 kg.ha -1.

Dentre esses fatores, o mais importante e de difícil controle são as doenças, pelas quais

a soja apresenta grande suscetibilidade. Dentre essas doenças está a causada pelo

fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow.

A ferrugem a soja, causada por Phakopsora pachyrhizi Sydow, está disseminada

na maioria das regiões produtores de soja, possuindo alto potencial de dano à cultura,

pois pode causar rápido amarelecimento e queda prematura de folhas, prejudicando a

plena formação dos grãos. Desde o ano de 2001, epidemias da doença têm sido

constatadas em algumas regiões do Brasil, sendo que na região do planalto do Rio

Grande do Sul ocorreram perdas de até 48% (BALARDIN, 2002). Segundo MILES et al.

(2007) a rápida disseminação de P. pachyrhizi e seu potencial para reduzir o rendimento,

faz da ferrugem a doença foliar mais destrutiva da cultura da soja.

Este alto potencial de dano está associado à elevada taxa de progressão da

doença, sendo que são necessários apenas 6 a 8 dias para que o ciclo primário seja

1 Professor Adjunto, Departamento de Defesa Fitossanitária, CCR – UFSM.2 Aluno do Curso de Graduação em Agronomia, CCR – UFSM.

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completado, dando origem a ciclos secundários de reinfecção, principalmente em

condições favoráveis como temperatura entre 19 e 30°C e umidade relativa maior que

90%.

Os sintomas iniciais da doença são pequenas pústulas foliares, de coloração

castanha a marrom-escura, sendo que na face inferior da folha as urédias rompem-se e

liberam os uredósporos. Segundo Yang et al. (1991) em uma estação de crescimento da

soja podem ocorrer seis a oito ciclos de produção de uredósporos.

Plantas severamente infectadas pelo patógeno apresentam desfolha precoce,

comprometendo a formação de grãos, o enchimento de vagens e o peso final do grão.

Quanto mais cedo ocorrer a desfolha, menor será o tamanho do grão e,

conseqüentemente maior a perda de rendimento e de qualidade da soja (YANG et al.,

1991). Além de tudo, o patógeno sobrevive na entressafra por infectar uma ampla gama

de hospedeiros, ao redor de 95 espécies dentro de 45 gêneros da família Leguminosae

(YANG et al., 1991).

No campo a maioria das cultivares comerciais de soja são suscetíveis a ferrugem

asiática e a incorporação de uma resistência total nesses materiais ainda poderá demorar

muitos anos (MILES et al., 2007). O manejo da ferrugem da soja tem sido realizado

primeiramente com fungicidas e estes aliados a estratégias integradas de manejo.

O controle mais eficaz, equilibrado e econômico tem sido obtido pela utilização de

todas as medidas disponíveis de controle, ou seja, pela adoção do manejo integrado de

doenças (MID). Apesar dos esforços dos programas de melhoramento genético que

buscam a obtenção de cultivares resistentes para as doenças mais destrutivas, a maioria

das culturas de interesse agronômico não pode abrir mão da proteção química com

fungicidas (BALARDIN, 2002).

O controle da ferrugem da soja compreende diversas medidas conjuntas de

manejo, entretanto o controle químico com fungicidas é até o momento, o principal

método de controle da doença (SOARES et al., 2004).

Quatro famílias de fungicidas são recomendadas para o controle de ferrugens, os

triazóis (epoxiconazol, tebuconazol, ciproconazol, propiconazol, miclobutanil),

estrobilurinas (azoxistrobina, piraclostrobina, trifloxistrobina, picoxistrobina e cresoxim-

metil), cloronitrilos (clorotalonil) e carboxamidas (oxicarboxim) (BUTZEN et AL., 2005).

Dessa maneira o controle químico com o uso de fungicidas entra como uma das

alternativas de controle de doenças mais utilizado, visto que não existem cultivares no

mercado que apresentem um resistência satisfatória, para controle das doenças na

cultura como é o caso de Phakopsora pachyrhizi.

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Page 3: EFEITO FISIOLOGICO OBTIDO PELO USO DE DIFERENTES TECNOLOGIAS E TAXAS DE APLICAÇAO DE OPERA EM SOJA

Dentro desse contexto, fungicidas aplicados de forma preventiva tem se

destacado como a estratégia mais eficaz no controle destas doenças. Maior período

residual e melhor desempenho dos fungicidas foram obtidos por VITTI et al. (2004)

devido à aplicação preventiva de fungicidas. Da mesma forma, OLIVEIRA (2004)

observou aumento no rendimento de até 100% quando realizou o controle das doenças

preventivamente.

O maior período de proteção à planta é obtido com duas aplicações de fungicidas,

refletindo em menor severidade da doença e resultando nos maiores incrementos de

rendimento (SANTOS et al. 2004; MOURA et al. 2004; SILVA et al. 2004).

Segundo o conceito moderno de tecnologia de aplicação, uma boa aplicação é

aquela que, realizada no momento correto, proporciona cobertura suficiente do alvo e

nele deposita a quantidade de defensivos necessária para eliminar ou abrandar, com

segurança, um determinado problema, a fim de evitar a ocorrência de danos econômicos

(MATUO, 1998).

A eficiência da tecnologia de aplicação é determinada pela adequada colocação e

distribuição do produto no alvo. Para tanto, a escolha da ponta de pulverização é

fundamental para que se obtenha uma gota de tamanho ideal, somada ao momento de

aplicação, compondo um conjunto de fatores que deve ser considerado na tomada de

decisão para o controle da doença (MADALOSSO, 2007).

Alguns aspectos da tecnologia de aplicação tem sido amplamente discutidos,

porém devido ao aumento do custo de produtos fitossanitários e outros componentes,

existe uma preocupação com relação ao acúmulo de resíduos no ambiente, fato que

mostra a necessidade da utilização de melhores tecnologias para levar o produto químico

ao alvo correto, bem como da utilização de métodos e equipamentos adequados a maior

proteção do trabalho (BONINI, 2003).

Esta utilização correta e com maiores critérios de agrotóxicos é um objetivo cada

vez mais procurado, não só por técnicos e produtores, como também por toda a

sociedade, o que torna imprescindível o domínio de novas tecnologias de aplicação

(SCHRÖDER, 1996).

Desta forma, não basta somente se conhecer a dose do produto que chega aos

diversos locais da planta, mas o local onde o agrotóxico é aplicado na planta também é

uma questão importante, principalmente, no caso de produtos de contato. Isso leva a

busca de uma eficiente cobertura da superfície das folhas (IRLA, 1990). Todas as partes

da planta devem ser atingidas pela pulverização, sendo primordial que os terços médios

e inferiores das plantas sejam atingidos, quando se busca o controle de doenças foliares

(SCHRÖDER, 2007).

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Atualmente, as quantidades utilizadas de agrotóxicos são muito maiores do que

as necessárias para o controle efetivo da praga ou do patógeno. O domínio da técnica

utilizada é muito importante visando a redução do desperdício do agrotóxico e também da

contaminação do ambiente. A escolha do produto adequado e o momento mais

adequado a sua aplicação são fatores que concorrem para que se obtenha medidas

fitossanitárias eficazes, aliados ao conhecimento da melhor técnica de aplicação (IRLA,

1990). Atualmente, a tendência na aplicação de agrotóxicos é o uso de volumes cada vez

menores, sendo que o desenvolvimento de novos equipamentos de pulverização

caminham todos nesse sentido (SCHRÖDER, 2004).

A deposição, ou perdas de produto são influenciadas pelas características de

trabalho dos pulverizadores, pela velocidade do vento, evaporação, altura da cultura e

condições meteorológicas, arquitetura da planta, características morfológicas como

pilosidade e cerosidade, estádio de desenvolvimento e volume de aplicação (SOUZA et

al., 2003).

Assim, a escolha e o uso adequado de pontas de pulverização são essenciais

para a melhoria das condições de precisão e segurança na aplicação de defensivos

(WOMAC et al., 1997). O conhecimento das condições de trabalho e, principalmente, do

desempenho operacional das pontas é básico para uma aplicação eficiente

(CHRISTOFOLETTI, 1999). Segundo JOHNSON & SWETNAM (1996), a seleção

apropriada das pontas é o fator determinante da quantidade aplicada por área, da

uniformidade de aplicação, da cobertura obtida e do risco potencial de deriva.

A qualidade de pulverização está fundamentada na caracterização do tamanho e

do espectro de gotas produzido pelo equipamento utilizado. Estes fatores se tornam

importantes para prever o comportamento da pulverização em relação à cobertura do

alvo e também determinar o potencial de risco de perdas por evaporação e deriva,

quando as condições de clima, como vento, temperatura e umidade relativa do ar se

mostram mais críticas (CHRISTOFOLETTI, 2005).

As gotas podem ser geradas por bicos hidráulicos ou por atomizadores rotativos,

de discos ou de tela. Os bicos mais empregados são aqueles que utilizam pontas para

formar jatos tipo cônico ou bicos que formam jatos planos. Os volumes de aplicação

empregados situam-se, na maioria dos casos, entre 150 e 400 l.ha-1.

Atomizadores rotativos são apropriados para pulverizações de fungicidas, e

possuem tambores de tela ou de discos, que giram a alta velocidade, fracionando o

líquido em gotas muito uniformes, com tamanho entre 100 e 200 mm, o que é desejável e

recomendável. O volume de calda situa-se entre 10 e 20 l.ha-1 (RESENDE, 2007).

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Os sistemas que aplicam baixos volumes de calda, como o Sistema BVO®

desenvolvido pelo CBB em 1998, usam, obrigatoriamente, como veículo os óleos

vegetais, ou coadjuvantes que reduzem a evaporação das neblinas a fim de minimizar a

evaporação dos produtos aplicados e utilizam os sistemas de atomização rotativa de tela

ou de discos, para produzir uma neblina com gotas de tamanhos muito próximos entre

elas. O volume de líquido aplicado por hectare é controlado pela quantidade de mistura

injetada no atomizador através de discos com orifícios controlados e o tamanho das

gotas varia de acordo com a rotação dos discos (MONTEIRO, 2005). Esse autor explica

que a calda é constituída pela mistura orientada de óleo, emulsificante, defensivos e

água, resultando em emulsão invertida estável, com baixo índice de evaporação, o que

permite a aplicação de baixos volumes de calda, entre 2 e 10 l.ha-1, com reduzida perda

por evaporação.

A cultura da soja é uma das mais suscetíveis ao ataque de patógenos causadores

de doenças. Entre eles destaca-se a Phakopsora pachyrhizi Sydow., causador da

ferrugem da soja, que causa danos muito significativos que refletem no rendimento final.

Das tecnologias disponíveis para o controle dessa doença, a mais usada é o

controle químico com fungicidas. Dentre os grupos de fungicidas mais usados estão os

triazóis e as estrubilurinas. Produtos do grupo das estrubilurinas, além de proporcionar

um efeito residual maior na planta, proporcionam outros efeitos, como maior tempo de

retenção foliar, aumentando o tempo de atividade da fotossíntese e produzindo mais

fotossintatos, refletindo em maior produtividade. Para que a aplicação destes produtos

seja eficiente, a cobertura do alvo biológico deve ser o mais próximo possível do perfeito,

e para isso existe a necessidade da utilização de equipamentos de pulverização que

possibilitem esta perfeita aplicação.

Os objetivos deste trabalhos foram ratificar o efeito fisiológico de Piraclostrobina +

Epoxiconazol, através da melhor eficácia de produção de fotoassimilados proporcionada

pela aplicação de calda fungicida com diferentes equipamentos.

influência de diferentes equipamentos para melhorar a cobertura e penetração da

calda fungicida e facilitar a disponibilidade de fotoassimilados;

efeito de Piraclostrobina + Epoxiconazol no controle de Phakopsora pachyrhizi

Sydow , objetivando reflexos na produtividade;

determinar a durabilidade da área foliar remanescente da cultura;

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Page 6: EFEITO FISIOLOGICO OBTIDO PELO USO DE DIFERENTES TECNOLOGIAS E TAXAS DE APLICAÇAO DE OPERA EM SOJA

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em área comercial, no município de Espumoso,

localizada na latitude de 28°45’S e longitude de 52°49’O, com altitude média de 420 m.,

em solo Argissolo bruno-acinzentado distrófico típico. Está área possui um clima Cfa, de

acordo com a classificação climatológica de Köppen.

Foram utilizadas sementes de soja da cultivar NIDERA 6001 (PG=85%). A

semeadura foi realizada em 25/11/2008, com espaçamento de 45 cm entre linhas,

densidade de 15 sementes por metro linear, totalizando 330.000 plantas.ha-1. A adubação

foi de 250 kg.ha-1 de NPK 2-25-15.

O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com sete

tratamentos e quatro repetições. As unidades experimentais tiveram área de oito metros

de largura e dez metros de comprimento, totalizando 80,00m2. Para área útil, foram

desprezados 2,0m de cada lado e 1,0m nas cabeceiras de cada UE, totalizando assim,

32,00m2 de área útil. O manejo da cultura foi de acordo com as recomendações técnicas

para a cultura da soja na região sul (REUNIÃO..., 2008). Os tratamentos estão

especificados na Tabela 1.

Foram realizadas duas aplicações fungicidas, a primeira no estágio R2 e a

segunda no estágio R5.1, de acordo com a classificação fenológica modificada por Costa

& Marchesan (1982). As aplicações dos tratamentos foram realizadas com pulverizador

tratorizado, marca Jacto, com uma barra de sete metros, contendo 14 bicos do tipo leque

(XR 11002 Teejet) e com Atomizadores Rotativos de Disco (TurboTrator CBB), conforme

o tratamento em questão. A taxa de aplicação utilizada foi de 150 l.ha -1 para bico

hidráulico e 35 l.ha-1 para atomizadores, com uma velocidade de aplicação de 5 km.h-1.

A colheita foi realizada quando os grãos se encontravam com umidade

apropriada, e foram colhidas todas as plantas da área útil da parcela, que foram trilhadas

em uma trilhadeira estacionária. Estas amostras foram pesadas e seu peso corrigido para

13% de umidade.

Foi estimado o teor de clorofila na folha com clorofilômetro, marca Minolta

(modelo SPAD-502), aos 21 dias após a segunda aplicação, utilizando-se 10 folhas por

parcela. As leituras com o medidor de clorofila foram feitas em pontos situados na

metade do comprimento da folha amostrada, a partir da base.

O etileno emanado das folhas coletadas foi quantificado segundo técnica de

Saltveit & Yang (1987). Amostras de 1,0 cm3 da atmosfera livre dos frascos Erlenmeyer

foram coletadas com o auxílio de seringas de 1,0 cm3 de volume (agulhas 29 G ½”).

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Injeção de igual volume de ar foi efetuada para equilibrar-se a pressão no interior dos

recipientes.

As amostras foram injetadas em cromatógrafo a gás Hewlett-Packard 5890, série

II, equipado com um detetor de ionização de chama e uma coluna de aço inoxidável (1,0

m x 6,0 mm), empacotada com Porapak-N (80-100 mesh). O gás de arraste foi o

nitrogênio, em fluxo de 30 cm3 min-1. Os fluxos do hidrogênio e do ar foram mantidos em

30 e 320 cm3 min-1, respectivamente. As temperaturas da coluna, do injetor e do detetor

foram mantidas em 60, 110 e 150 ºC, respectivamente. A quantificação do etileno foi

determinada a partir de áreas de pico de etileno, computadas com o software Peaksimple

II (PEAKSIMPLE, 2005), associado ao cromatógrafo, por comparação com áreas do

padrão de etileno.

RESULTADOS E DISCUSÃO

Nos tratamentos onde foram testados bicos hidráulicos, ocorreu a formação de

gotas maiores, que proporcionaram uma maior deposição no estrato superior do dossel

da cultura. Nos tratamentos com atomizadores, houve uma distribuição mais homogênea.

Para uma aplicação correta, é necessário levar em consideração a cobertura do

alvo. Na média, a maior quantidade de gotas no terço médio foi observada nos

tratamentos com atomizador rotativo.

A maior quantidade de produto no terço inferior foi obtida com o uso do

atomizador rotativo, diferindo dos demais tratamentos. A razão para maior densidade

neste estrato foi o tamanho reduzido da gota que proporcionou uma cobertura mais

homogênea, juntamente com o uso do óleo na calda, que reduziu perdas ocasionadas

pela evaporação (Figura 1). Schröder (2003) relata que gotas menores são mais

eficientemente captadas pelo alvo proporcionando melhores resultados. Em relação ao

volume da calda, os resultados não diferiram para terço médio, porém para terço inferior,

o atomizador rotativo de disco apresentou maior deposição que bico hidráulico.

Além da deposição, a penetração percentual de gotas no dossel da cultura pode

ser observada na Figura 2, representada pela percentagem de gotas que foi captada

pelos papéis hidrossensíveis nos estratos médio e inferior do dossel. A Figura 2 está

diretamente relacionada com a de densidade de gotas, por se tratar dos mesmos

resultados, porém avaliados através de percentagem.

De uma maneira geral, o equipamento atomizador rotativo de discos apresentou

maior penetração de produto em relação ao bico hidráulico. Isto ocorre devido a um

aumento no diâmetro de gotas, com o acréscimo de óleo à calda de pulverização, o que

reduz a deriva.

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A produtividade da soja é muito influenciada pelo tipo de tratamento realizado, em

função do controle da ferrugem. Em vários trabalhos realizados com esta doença, o uso

da mistura Piraclostrobina + Epoxiconazol se mostra muito eficiente para o seu controle.

Os resultados obtidos neste experimento mostram diferenças estatísticas

significativas em produtividade, para o uso de OPERA (Piraclostrobina + Epoxiconazol) e

OPUS (Epoxiconazol). Estes produtos, independente do equipamento utilizado,

mostraram-se superiores à testemunha sem tratamento e também ao fungicida COMET

(Piraclostrobina). COMET, apresentou-se superior à testemunha sem tratamento, porém

diferiu significativamente de OPERA e OPUS, para os dois equipamentos testados. Os

tratamentos OPERA e OPUS, embora não diferindo estatisticamente entre si, mostram

diferenças de produtividade, sendo que OPERA, com atomizador rotativo de discos,

apresentou produtividade 13,67% superior a OPUS com o mesmo equipamento. Para o

equipamento bicos hidráulicos, OPERA teve produtividade 4,9% superior ao OPUS.

Quando a comparação é feita entre OPERA e COMET, estas diferenças ficam mais

evidentes. Para atomizadores, OPERA apresentou produtividade 38,41% superior,

enquanto que para bicos hidráulicos esta diferença foi de 42,64% (Tabela 2).

Quando a variável analisada foi severidade de Phakopsora pachyrhizi, para a

avaliação realizada em R5.1, pode-se ver a superioridade dos fungicidas a base de

Piraclostrobina para exercer o controle da doença (Tabela 2), mostrando-se estes

superiores estatisticamente aos demais tratamentos. A severidade da ferrugem, na

maioria dos tratamentos foi inversamente proporcional à produtividade. O uso de

produtos do grupo triazol oferece boa proteção contra Phakopsora pachyrhizi, porém seu

efeito residual é limitado a poucos dias, comparado ao efeito da estrubilurina, que pode

chegar a mais de 20 dias. Do mesmo modo, produtos formulados apenas com

estrubilurinas têm sua proteção também limitada, visto que, quando se faz a aplicação e

já ocorreu a infecção, os fungicidas a base de estrubilurinas não conseguem combater

essas lesões já estabelecidas, apenas evitando a ocorrência de outras, ao contrário dos

produtos triazois, que paralisam o crescimento de lesões pré-estabelecidas.

O uso de fungicidas com formulação composta por mistura de um triazol e uma

estrubilurina tem sido testado em campo para o controle de ferrugem em soja, com

resultados altamente satisfatórios para o controle da doença (NETO et al. 2007). Os

resultados obtidos neste experimento, mostraram níveis de controle acima de 80%, em

relação à testemunha não tratada, o que confirma os dados obtidos por Godoy & Canteri

(2004), que também obtiveram valores superiores a 80% de controle em relação a

testemunha com o uso de mistura dos princípios ativos estrubilurinas + triazois.

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Page 9: EFEITO FISIOLOGICO OBTIDO PELO USO DE DIFERENTES TECNOLOGIAS E TAXAS DE APLICAÇAO DE OPERA EM SOJA

Quando se faz uma relação entre a média de produtividade obtida pelas plantas

de soja, em função dos produtos utilizados e também dos equipamentos testados

(Quadro 1), pode-se ver uma baixa diferença existente entre equipamentos para um

mesmo produto.

Assim, OPERA nos dois sistemas apresenta uma diferença de produtividade em

sacos por hectare de apenas 0,84 quando comparados entre si. OPUS apresenta

diferença de 2,58 sc.ha-1 entre equipamentos de aplicação, enquanto a diferença para

COMET é de apenas 0,01 sc.ha-1.

A diferença entre produtos, para atomizador rotativo de discos, apresenta-se baixa

para OPERA e OPUS (2,71 sc.ha-1), porém para OPERA e COMET esta diferença

aumenta significativamente para 7,61 sc.ha-1. Quando se analisa o efeito de bicos

hidráulicos, entre os produtos OPERA e OPUS a produtividade tem diferença de apenas

0,97 sc.ha-1, e para OPERA e COMET o incremento de produtividade é de 8,44 sc.ha-1.

As diferenças de produtividade em relação à testemunha sem tratamento, superam 14

sc.ha-1 proporcionado por OPERA com a utilização de bicos hidráulicos, até 6,38 sc.ha-1

para COMET aplicado com atomizador rotativo de discos.

A média das diferenças entre rendimento obtidos, em função dos produtos e

independente do equipamento utilizado (Tabela 3), mostra que entre OPUS e OPERA

existe um incremento de produtividade superior a 5%, equivalendo a 1,84 sc.ha-1,

Esta diferença, aos preços atuais do saco de soja, em torno de R$ 45,00 cobre os

custos com a aplicação do fungicida OPERA (aproximadamente R$ 70,00), restando

ainda ao produtor R$ 35,00/ha. Quando a análise é realizada em função da testemunha,

este ganho em rendimento aumenta para 14,41 sc.ha-1, proporcionando um retorno

financeiro, a preços atuais, de aproximadamente R$ 657,24 por hectare.

Além de promover um controle preventivo complementar aos produtos do grupo

triazol, a estrubilurina oferece influência positiva em fatores metabólicos, como o aumento

da atividade da enzima nitrato-redutaze, a qual aumenta a capacidade de fixação de N,

oferecendo influência em fatores reguladores e diminuindo a produção de etileno,

conforme pode-se observar pela Tabela 4 e pela Figura 3, já que esta diminuição da

produção de etileno gera uma maior resistência ao stress e menor risco da antecipação

da maturação, fazendo com que a planta fique mais tempo com folhas realizando

fotossíntese. Esses são efeitos extras causados pelas estrubilurinas, já que produtos do

grupo triazol agem na inibição da síntese do ergosterol, atuando com maior efeito

curativo. A estrubilurina complementa esse efeito com ação preventiva, acrescida de

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todas essas atividades adicionais, causando um melhor controle dos patógenos e

aumentando assim a produtividade.

O efeito proporcionado pela estrubilurina pode ser visto quando se analisa a

diferença de produtividade entre OPERA (750 ml.ha-1), aplicado nos estádios R3 e R5.1,

OPUS e COMET, aplicados nos mesmos estádios. A diferença entre a média de

produtividade de OPERA e OPUS (1,84 sc.ha-1), pode ser atribuída ao efeito da

estrubilurina na fisiologia da planta, uma vez que produtos da linha F500 já possuem

efeito fisiológico comprovado, tendo ainda o seu efeito potencializado através da

associação com ingrediente ativo do grupo triazol, diminuindo a produção de etileno,

gerando conseqüentemente, a diminuição da senescência das plantas, que assim

permaneceram mais tempo aptas para produzir energia para o crescimento e produção

de grãos, fato que pode ser observado através das Figuras 4 e 5, que mostram os índices

de clorofila nas plantas tratadas, obtidos através de clorofilömetro.

CONCLUSÃO

A utilização de Piraclostrobina + Epoxiconazol se mostrou eficiente no controle de

Phakopsora pachyrhizi. Quando da aplicação de produtos formulados à base de triazóis +

estrubilurinas, pode-se notar um maior efeito protetor contra o patógeno, redundando em

um aumento significativo na produtividade. Assim, pode-se concluir que:

I. O uso de OPERA, aplicado via foliar, com diferentes equipamentos de aplicação

propiciam aumento de rendimento de grãos, bem como melhor aproveitamento de

fotossintatos nos tecidos foliares;

II. O uso de OPERA promove um maior controle de Phakopsora pachyrhizi, obtendo

eficácia de controle acima de 80% na dose de 750 ml.ha-1;

III. O efeito fisiológico da PIRACLOSTROBINA atua como promotor de maior

produtividade;

IV. OPERA, independentemente do equipamento de aplicação utilizado, possuí

eficácia para controlar Phakopsora pachyrhizi;

V. OPERA pode ser recomendado para aplicação no sistema Baixo Volume Oleoso

(B.V.O.).

7 AGRADECIMENTOS

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Page 11: EFEITO FISIOLOGICO OBTIDO PELO USO DE DIFERENTES TECNOLOGIAS E TAXAS DE APLICAÇAO DE OPERA EM SOJA

Os autores agradecem a BASF S.A., em especial aos técnicos Nelton Brandão de

Jezus, Edi Werner Jann e Alisson Gosenheimer pelo apoio recebido durante a condução

dos experimentos.

8 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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TABELA 1. Tratamentos utilizados para controle da ferrugem (Phakopsora pachyrhizi), em aplicação na parte aérea da cultura da soja. Santa Maria, 2008.

TRATAMENTOS

Dose PC2

(ml.ha-1)

Dose i.a.3

(g.i.a.ha-1)

Equipamento Taxa de

Aplicação1

Produto

Comercial

Bico Hidráulico 150 OPERA 750 25 + 66,5

Bico Hidráulico 150 OPUS 750 93,75

Bico Hidráulico 150 COMET 300 75

Atomizador Rot. Discos 35 OPERA 750 25 + 66,5

Atomizador Rot. Discos 35 OPUS 750 93,75

Atomizador Rot. Discos 35 COMET 300 75

--- --- TESTEMUNHA -- --

1 l.ha-1; 2 Produto Comercial; 3 Ingrediente Ativo.

TABELA 2 Médias de concentração de etileno, concentração de nitrito, severidade de Phakopsora pachyrhizi, AACPD e produtividade de soja, Cv. NIDERA 6601, em função do uso de fungicidas e diferentes equipamentos de aplicação. Santa Maria, 2009.

TratamentosDose (ml.ha-1) Severidade

R5.1

(%)Efic. (%)

Produt.(kg.ha-1) Dif.6 (%)

P.C. i.a.

Opera BH 750 25 + 66,5 10,1 c* 85,82078,25

a* 174,89

Opera BVO 750 25 + 66,5 10,6 c 85,12027,75

a 170,62

Opus BH 750 93,75 11,2 c 84,32020,25

a 169,99

Opus BVO 750 93,75 12,7 c 82,21865,25

a 156,95

Comet BH 300 75 19,4 b 72,81571,75

b 132,25

Comet BVO 300 75 17,5 b 75,51571,25

b 132,21

Testemunha --- --- 71,3 a 0,01188,50

c 100,00

C.V.(%) 11,30 13,66

*Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5%

de significância.

TABELA 3. Produtividade média de plantas de soja, em sacos por hectare, submetidas a

tratamento com diferentes fungicidas. Santa Maria, 2009.

Produto Comercial Ingrediente Ativo Rendimento Dif.

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(sc.ha-1) (sc.ha-1)

OPERA Piraclostrobina + Epoxiconazol 34,22 ---

OPUS Epoxiconazol 32,38 1,84

COMET Piraclostrobina 26,20 8,18

Testemunha --- 19,81 14,41

TABELA 4. Quantidades de etileno detectadas em espectrofotômetro a partir de folhas de

soja, CV. NIDERA 6001, submetidas a diferentes tratamentos fungicidas.

Santa Maria, 2009.

TratamentosDatas de coletas de folhas

PréSpray 24.01 30.01 06.02OPERA BH 0,2088 0,1324 0,0881 0,1816OPERA BVO 0,1907 0,2623 0,1016 0,1272COMET BH 0,2460 0,3444 0,1998 0,2176COMET BVO 0,2063 0,2514 0,1906 0,2182OPUS BH 0,1576 0,1696 0,1934 0,4150OPUS BVO 0,1985 0,2428 0,2105 0,3741TESTEMUNHA 0,1435 0,1770 0,4255 0,7560

Tratamentos Produt.

(sc.ha-1)

OPERA BH

34,64

OPER

A BH

OPERA ARD

33,80 0,84

OPER

A ARD

OPUS BH

33,67 0,97 0,13

OPUS

BH

OPUS ARD

31,09 3,55 2,71 2,58

OPUS

ARD

COMET BH

26,20 8,44 7,60 7,47 4,89

COMET

BH

COMET ARD

26,19 8,45 7,61 7,48 4,90 0,01

COMET

ARD

Testemunha

19,81 14,83 13,99 13,86 11,28 6,39 6,38

BH – bicos hidráulicos; ARD – atomizador rotativo de discos.

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QUADRO 1 Diferenças de produtividade de soja, em sacas por hectare, devido a utilização de diferentes fungicidas e equipamentos de aplicação. Santa Maria, 2009.

FIGURA 1 Médias de densidade de gotas em três extratos do dossel da cultura da soja, Cv. NIDERA 6001, obtido pela aplicação de calda fungicida com bicos hidráulicos e atomizadores rotativos de discos. Santa Maria, 2009.

FIGURA 2 Médias de penetração de gotas em três extratos do dossel da cultura da soja, Cv. NIDERA 6001, obtido pela aplicação de calda fungicida com bicos hidráulicos e atomizadores rotativos de discos. Santa Maria, 2009.

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FIGURA 3. Médias de etileno em folhas de plantas de soja, Cv. NIDERA 6001, obtidos após aplicação de diferentes caldas fungicidas, com bicos hidráulicos e atomizadores rotativos de discos. Santa Maria, 2009.

FIGURA 4. Índices médios de clorofila em folhas de plantas de soja, Cv. NIDERA 6001, obtidos após aplicação de diferentes caldas fungicidas, com bicos hidráulicos. Santa Maria, 2009.

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FIGURA 5. Índices médios de clorofila em folhas de plantas de soja, Cv. NIDERA 6001, obtidos após aplicação de diferentes caldas fungicidas, com atomizadores rotativos de discos. Santa Maria, 2009.

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