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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Jessyca Rodrigues de Souza Nathalia Cristina Alves Odilio Ferreira da Silva Netto EFEITO DO TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES EM MEIO LIQUIDO PARA ATLETAS DE FUTEBOL Unisalesiano Lins LINS SP 2014

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Jessyca Rodrigues de Souza

Nathalia Cristina Alves

Odilio Ferreira da Silva Netto

EFEITO DO TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA

MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES EM MEIO

LIQUIDO PARA ATLETAS DE FUTEBOL

Unisalesiano Lins

LINS – SP

2014

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Jessyca Rodrigues de Souza

Nathalia Cristina Alves

Odilio Ferreira da Silva Netto

EFEITOS DO TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR DE MEMBROS

INFERIORES EM MEIO LIQUIDO PARA ATLETAS DE FUTEBOL

LINS – SP

2014

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Bacharelado em Educação Física Sob a orientação do Prof. Me. Leandro Rodrigues Gomes e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

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EFEITOS DO TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR DE

MEMBROS INFERIORES EM MEIO LIQUIDO PARA ATLETAS DE FUTEBOL

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para

obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Aprovada em: _____/_____/_____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Leandro Paschoali______________________________________

Titulação: Doutor em Ciências – Biodinâmica do Movimento pela USP de São Paulo

Assinatura: ___________________________________

1º Prof. (a)___________________________________________________________

Titulação:____________________________________________________________

___________________________________________________________________

Assinatura: ___________________________________

2º Prof. (a)___________________________________________________________

Titulação:____________________________________________________________

___________________________________________________________________

Assinatura: ___________________________________

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível, em

seguida agradeço a minha família, meus pais e meu irmão que são a base da minha

vida e de tudo que conquistei até agora e por fim aos meus amigos e amigas que

estiveram ao meu lado sempre que necessitei de ajuda ou apenas de um ombro

amigo, especialmente ao TOP3.

Nathalia

Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе minha

vida, е nãо somente nestes anos como universitária, mаs que еm todos оs

momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.

Jessyca

Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо apenas

racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе

formação profissional. А palavra mestre, nunca fará justiça аоs professores

dedicados аоs quais sеm nominar terão оs meus eternos agradecimentos.

Jessyca

Agradeço а minha mãе Valdiceia, heroína qυе mе dеυ apoio, incentivo nаs horas

difíceis, de desânimo е cansaço. Ao mеυ pai Osvaldo, qυе apesar dе todas аs

dificuldades mе fortaleceu е qυе pаrа mіm foi muito importante.

Jessyca

A todos aqueles que direta ou indiretamente, contribuíram para esta imensa

felicidade que estou sentido nesse momento. À todos vocês, о mеυ muito obrigado.

Jessyca

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DEDICATÓRIA

A meus pais, que sempre apoiaram minhas escolhas e me deram forças

para seguir em frente até alcançar este sonho, primeiro de muitos outros a serem

realizados. Obrigada por cada momento. Amo vocês!

Nathalia

Aos meus companheiros de TCC, pois a jornada foi longa, com muitos obstáculos,

mas conseguimos e realizamos o nosso trabalho com muito amor e dedicação.

Nathalia

Aos meus familiares e amigos, principalmente a um amigo em especial, que

esteve comigo em todos os momentos em que precisei, sem medir esforços para me

ajudar e em momentos de alegria, compartilhando de muitas energias positivas.

Nathalia

Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ser essencial em minha vida, autor

do meu destino, meu guia e socorro presente na hora da angústia. Dedico esta, bem

como todas as minhas demais conquistas aos meus amados pais, minha irmã e toda

minha família que com muito carinho e apoio estiveram sempre ao meu lado. Que

falta vocês me fazem!

Jessyca

A minha querida e amada Mãe, seu cuidado e dedicação, foi que deram em alguns

momentos esperança para seguir. Sua presença significou segurança e certeza de

que não estou sozinha nessa caminhada.

Jessyca

Aos meus amigos, pelas alegrias, tristezas e dores compartilhadas. Com vocês as

pausas entre um parágrafo e outro melhora tudo que tenho produzido na vida. A

todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim, me

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proporcionando forças para que eu não desistisse de ir atrás do que eu buscava

para minha vida. Muitos obstáculos foram impostos para mim durante esses últimos

anos, mas graças a vocês eu não fraquejei. Obrigado por tudo família, professores,

amigos e colegas.

Jessyca

Á Deus, por ter me dado tantas oportunidade de vencer e colocar pessoas de bem

no meu caminho que só vieram pra somar tanto no profissional como no pessoal.

Odílio

Aos meus pais, porto seguro, os únicos que sabem tudo que já passei e em todas as

dificuldades estiveram la pra me amparar, sempre com a mão estendida pra me

ajudar, não tenho nem como agradecer tudo o que já fizeram por mim, amo vocês.

Odílio

A meu amor, por ser a companheira perfeita, muito mais que minha mulher minha

amiga companheira parceira de todas as horas me ajudando e me dando forças

todos os momento, espero que possamos crescer cada dia mais te amo.

Odílio

Aos meus parceiros, Diego Morelli, Tudela e João Felippe parceiros que estão junto

comigo a muito tempo sabem bem todos os perrengues que passei, e sei que hoje

posso contar pra toda uma vida.

Odílio

As minhas companheiras de TCC, obrigado por fazerem parte deste momento tão

importante em minha vida desejo muito sucesso em suas carreiras e toda a

felicidade do mundo.

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Odílio

Minhas amigas, Camila e Nathy o que dizer de vocês, são quatro anos juntos, rindo

chorando, enfrentando todos os problemas juntos , hoje tenho a certeza que esta

amizade só tem a crescer, e sei que vamos viver muitas coisa juntos.

Odílio

Meu Filho, carinha que veio só pra me engrandecer, hoje tenho uma razão pra me

tornar cada dia melhor, sua chegada só me deu mais forças pra continuar e cada dia

quero mais em razão de você, te amo meu pequeno.

Odílio

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Salto Horizontal................................................................................... 28 Figura 2: Teste do quadrado.............................................................................. 29 Figura 3: Corrida de vinte metros....................................................................... 30 Figura 4: Shuttle run 20 metros.......................................................................... 31

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Estudos e efeitos da associação do treinamento em meio líquido em atletas de futebol, pré e pós dois meses e meio de intervenção..................

33

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

GC: grupo controle

TML: Grupo treinamento em meio liquido

CTD: conhecimento tático declarativo

CTD: conhecimento tático processual

PEF: preparação especial de força

SH: Salto Horizontal

T20M: Teste de 20metros

TP: teste de Potencia

P: Significância

AGI: Agilidade

TRS: Shuttle Run

KM/H: Quilômetros por Hora

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RESUMO

O futebol e um esporte dinâmico e intenso e tem como principais capacidades físicas resistência, agilidade, potência de membros inferiores e velocidade. Esta pesquisa se propõe a uma investigação que envolve futebol e treinamento complementar em meio liquido com o objetivo de melhorar as capacidades físicas mais utilizadas nesta modalidade. Para avaliar as capacidades físicas, primeiramente foram utilizados os seguintes testes: Teste do quadrado (agilidade), Corrida de 20 metros (velocidade), Salto Horizontal (potencia de membros inferiores) e Shuttle Run (resistência). Como resultado, foi encontrado melhora estatisticamente significativa nas capacidades de agilidade, velocidade e resistência. Já na capacidade de potencia de membros inferiores não foi encontrado melhora estatisticamente significativa, com P ≤ 0,05. Para a avaliação estatística, foi utilizado o teste t-student. Concluem-se através deste estudo os seguintes aspectos nas respectivas capacidades: Agilidade, velocidade e resistência, que obtiveram uma melhora significativa, pois estão interligadas entre si, demonstrando a efetividade do treinamento em meio liquido para atletas de futebol, considerando que pode ser valido para o treinamento de alto nível melhorando sua performance em um breve período de tempo. Nota-se que o planejamento do treinamento é fundamental quando o objetivo é melhorar capacidades físicas, principalmente em equipes amadoras onde os atletas não são monitorados constantemente. Lembrando que o treinamento em meio liquido serve como complemento, não substituindo o treinamento especifico da modalidade.

Palavras-chave: Educação Física; meio líquido; treinamento, futebol.

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ABSTRACT

Football and a dynamic and intense sport and its main physical abilities endurance, agility , power and speed of the lower limbs . This research proposes an investigation involving additional training football and in liquid medium with the aim of improving the physical capabilities most used in this embodiment . Square test ( agility ) , Race 20 meters (speed ) , Horizontal Leap ( power of lower limbs ) and Shuttle Run (resistance ) : To assess the physical abilities , primarily the following tests were used . As a result , we found statistically significant improvement in the skills of agility , speed and endurance . In the capacity of power of lower limbs was not found statistically significant improvement , with P ≤ 0.05 . For statistical analysis , the Student t test was used. Are concluded through this study the following aspects in their abilities : Agility, speed and endurance , which had a significant improvement , since they are interconnected , demonstrating the effectiveness of training for soccer athletes liquid medium, whereas it may be valid for the high level of training to improve their performance in a short period of time. We note that the planning of training is critical when the goal is to improve physical abilities, particularly in amateur teams where athletes are not monitored constantly. Remembering that training in liquid medium serves as a complement, not a substitute for specific training mode.

Keywords: Fisic Education, liquid environment; training; football.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................... 12 1. CONCEITOS PRELIMINARES............................................................. 14 1.1 Futebol................................................................................................... 14 1.1.1 História do futebol.................................................................................. 14 1.2 Conceito de técnica e tática................................................................... 14 1.2.1 Técnica e tática no futebol..................................................................... 16 1.3 Capacidades físicas............................................................................... 17 1.3.1 Conceito de potência............................................................................. 17 1.3.1.1 Potência no futebol................................................................................ 18 1.3.2 Conceito de resistência......................................................................... 18 1.3.2.1 Resistência no futebol........................................................................... 19 1.3.3 Conceito de agilidade............................................................................ 19 1.3.3.1 Agilidade no futebol............................................................................... 20 1.3.4 Conceito de força................................................................................... 21 1.3.4.1 Força no futebol..................................................................................... 22 1.3.5 Conceito de velocidade......................................................................... 22 1.3.5.1 Velocidade no futebol............................................................................ 23 1.3.6 Característica do jogador....................................................................... 24 1.4 Treinamento em meio líquido................................................................ 25 1.4.1 Resistência muscular em meio líquido.................................................. 25 1.4.2 Treinamento complementar em meio líquido para atletas de futebol.... 27 2. EXPERIMENTO..................................................................................... 28 2.1 Casuística e métodos............................................................................ 28 2.1.1 Sujeitos.................................................................................................. 28 2.1.2 Protocolos.............................................................................................. 29 2.1.3 Salto horizontal...................................................................................... 29 2.1.4 Teste do quadrado................................................................................. 30 2.1.5 Corrida de vinte metros......................................................................... 31 2.1.6 Shuttle run............................................................................................. 32 2.2 Procedimentos....................................................................................... 33 2.2.1 Protocolo salto horizontal...................................................................... 33 2.2.2 Protocolo teste do quadrado.................................................................. 34 2.2.3 Protocolo corrida de 20 metros.............................................................. 34 2.2.4 Protocolo shuttle run.............................................................................. 34 2.3 Análise estatística.................................................................................. 34 2.4 Resultados............................................................................................. 35 2.5 Discussão............................................................................................... 36

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2.6 Conclusão.............................................................................................. 40 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 41 ANEXOS.............................................................................................................. 51 APÊNDICES........................................................................................................ 53

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INTRODUÇÃO

Dentre vários esportes coletivos o futebol se destaca como sendo o mais

popular no mundo, sendo praticado e adorado por ambos os sexos e pessoas de

todas as idades. Ao longo dos anos houve muitas mudanças que tornaram o Futebol

um esporte dinâmico exigindo uma boa preparação das capacidades físicas dos

atletas que precisam agüentar 90 minutos de uma partida sem deixar o seu

rendimento cair (SOUZA; ZUCAS, 2003). Como passo inicial, analisamos as

capacidades físicas especificas da modalidade.

A potência é uma das variáveis mais importantes e determinante para o

preparo do jogador de futebol, pois está relacionada com a maior parte das ações de

jogo, como os chutes, os saltos para o cabeceio e outros (WISLOFF, et al., 2004).

A resistência relaciona-se fundamentalmente com a fadiga e a capacidade de

recuperação dos praticantes, influenciando o desempenho segundo diversas

vertentes: energética, coordenativa, biomecânica e psicológica.

A agilidade trata-se da capacidade do atleta de mudar de direção de forma

rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ações que enganem o

adversário a sua frente (BOMPA, 2002).

Aponta que a velocidade que o jogador de futebol precisa ter é diferente de

um velocista, pois ele sofre interferência do adversário, além de conduzir a bola,

observando o posicionamento dos companheiros e adversários. O mesmo autor diz

ainda que a velocidade está presente em quase todos os momentos do jogo como

no pênalti, antecipação, drible e corrida em direção ao gol. (AOKI, 2002)

Esta pesquisa se propõe a uma investigação que envolve futebol e

treinamento complementar em meio liquido, alem de ter relação direta com

avaliações das capacidades físicas em atletas da categoria Sub15, adotando como

tema “Efeitos do treinamento de resistência muscular localizado de membros

inferiores para atletas de futebol”.

Conforme citado na obra de BOMPA (2002):

Para o desenvolvimento das capacidades físicas (resistência, velocidade, potencia muscular e agilidade), torna-se importante a elaboração de um programa de treinamento que atenda as características do futebol, e que permita ao futebolista atingir a alta forma desportiva durante a principal competição.

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Baseando-se nesta informação o estudo delimita-se a investigar a melhora

das capacidades físicas de agilidade, potência muscular, velocidade e resistência,

importantes nesta modalidade.

Pensando em uma alternativa de treinamento pouco explorada nos Clubes de

futebol buscamos pesquisar um treinamento complementar em meio liquido, onde o

presente estudo tem como objetivo avaliar a influência do treinamento em meio

liquido na melhora das capacidades físicas como: resistência, velocidade, agilidade

e potência de membros inferiores.

A pesquisa foi realizada com 16 atletas de futebol categoria Sub.15, que

foram divididos em dois grupos, onde GC (grupo controle) e TML (grupo

treinamento) que realizou o treinamento complementar em meio liquido. Os atletas

foram avaliados através dos testes shuttle run, potencia de membros inferiores (salto

horizontal), velocidade (corrida de 20m) e agilidade (teste do quadrado). Os testes

foram aplicados ao fim do recrutamento dos atletas, e que foram reavaliados após 2

meses e meio de treinamento, nas dependências do Unisalesiano de Lins. Os

critérios de exclusão utilizados foram: lesões durante a intervenção e faltas

consecutivas aos treinamentos.

Baseando-se nas afirmações descritas anteriormente, o estudo indaga: o

treinamento de resistência de membros inferiores em meio liquido influencia na

melhora das capacidades físicas de agilidade e resistência do atleta de futebol? Em

resposta a este questionamento sugere-se, estabelecida uma base de valores para

estas capacidades com a primeira avaliação, os atletas apresentem uma melhora na

avaliação subsequente, mostrando a evolução destas capacidades após a

intervenção.

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1. CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Futebol

1.1.1 História do Futebol

Dentre vários esportes coletivos o futebol se destaca como sendo o mais

popular no mundo, sendo praticado e adorado por ambos os sexos e pessoas de

todas as idades. No Brasil o futebol se difundiu graças a Charles Miller Filho do

cônsul Britânico que jogou na primeira divisão do futebol Inglês e retornou ao Brasil

em 1894,na cidade de São Paulo iniciando a pratica do futebol, trazendo da

Inglaterra as primeiras bolas e uniformes (SILVA, et al., 2013).

Atualmente o Brasil é considerado como uma das potencias na modalidade

sendo que no ano de 2002 havia por volta de 7 milhões de praticantes, 11 mil

jogadores federados, 800 clubes federados além de 13 mil times amadores

participantes de jogos organizados. (SILVA, et al., 2013). Segundo Valquer e Barros

(2004), a FIFA possui mais de 200 milhões de atletas registrados , sendo 204 países

filiados em toda parte do mundo.

Ao longo dos anos ouve muitas mudanças que tornaram o Futebol um esporte

dinâmico exigindo uma boa preparação das capacidades físicas dos atletas que

precisam agüentar 90 minutos de uma partida sem deixar o seu rendimento cair,

devido há isto cada dia mais os clubes vem investindo em treinamentos aonde se

priorize as capacidades físicas separadamente visando atingir um bom desempenho

das capacidades de potência, resistência, agilidade, força e velocidade alem destas

capacidades bem trabalhadas os futebolistas necessitam de um bom preparo

relacionado aos aspectos técnico, tático, físico e psicológico. (SOUZA; ZUCAS,

2003)

1.2 Conceito de técnica e tática

Segundo Filin (1996), o objetivo da técnica é melhorar o resultado, permitindo

uma ação mais econômica e efetiva dos movimentos. Para tal, segundo o autor,

inicia-se com o método verbal, que consiste na explicação e demonstração dos

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exercícios. A seguir, através do desmembramento do exercício, deve-se evidenciar a

execução prática pelos meios técnicos de ensino. Nesse entendimento, a técnica é

meramente uma etapa da preparação, sendo uma das formas de obter rendimento.

A descontextualização, característica da tendência tecnicista poderia dificultar o

entendimento da modalidade esportiva. A utilização de abordagens tradicionais para

o ensino da técnica é bastante comum tanto nos treinamentos quanto na realidade

educacional.

Para Weineck (1999), o método de ensino parcial é utilizado na execução de

movimentos complexos, sendo treinados em partes, que serão articuladas quando

forem dominadas.

Segundo Garganta (2002), nesse método, em que o gesto técnico é

privilegiado, a abordagem do jogo é retardada até que as habilidades alcancem o

rendimento desejado. Outras desvantagens, segundo Gama Filho (2001), é que não

ocorrem os processos de tomada de decisão, pois o aluno possui conhecimento

antecipado do movimento a ser realizado. Além disso, os exercícios repetitivos não

estimulam a motivação dos participantes; por outro lado, o mecanismo de execução

é altamente evidenciado, possibilitando o domínio do movimento.

Segundo Mesquita (2000), para que ocorra a transposição das habilidades

técnicas para o jogo, o aluno deve vivenciar, desde o início da aprendizagem,

algumas progressões que evidenciem as situações de jogo. As tarefas devem ser

realizadas de forma que integrem a estrutura e funcionalidade do jogo, dando

sentido à aprendizagem. As habilidades técnicas estariam condicionadas às

características do jogo. Nos esportes coletivos as situações de jogo se modificam a

cada ataque, fazendo com que as habilidades técnicas estejam sujeitas as variações

de ritmo, intensidade e amplitude.

Em contrapartida à tendência tecnicista, surge a preocupação com o processo

de ensino da tática nos esportes. Segundo Garganta (2002), “a tática é entendida

como algo que se refere à forma como os jogadores e as equipes gerem os

momentos do jogo”. Para o autor, as experiências táticas devem ser orientadas

inicialmente a partir da análise da estrutura do jogo, para configurar a especificidade

de cada esporte e dessa forma realizar o planejamento de acordo com os objetivos.

Desse modo, o objetivo da aprendizagem tática, segundo Greco; Souza (1997), é

que o aluno aprenda a tomar decisões e resolver problemas que ocorrem durante o

processo.

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1.2.1 Técnica e tática no futebol

No Futebol, as capacidades táticas e os processos cognitivos subjacentes à

tomada de decisão são considerados requisitos essenciais para a excelência do

desempenho esportivo. Durante uma partida surgem inúmeras situações cuja

frequência, ordem cronológica e complexidade não podem ser previstas, exigindo

uma elevada capacidade de adaptação e de resposta imediata por parte dos

jogadores e das equipes (GARGANTA, 2002).

A tática também pode ser considerada como uma capacidade senso-cognitiva,

baseada em processos psicofisiológicos de recepção, transmissão, análise de

informações, elaboração de uma resposta até a execução da ação motora,

concretizada com o emprego de uma técnica específica, na qual se reflete a ação do

jogador. Nesse instante, fatores cognitivos e físicos influenciam a detecção e

utilização das informações do jogo necessárias para uma orientação adequada das

ações em direção a um determinado objetivo (SOUZA; GRECO; PAULA, 2000;

JÚLIO; ARAÚJO, 2005).

Coletivamente poderão ser eficazes se a organização da equipe permitir o

controle do jogo, manutenção da posse de bola, variações na circulação da bola,

alterações de ritmo, do tipo de passe e de táticas que propiciem romper o equilíbrio

da equipe adversária para se chegar mais facilmente ao gol (RIOS; MESQUITA,

2004; JÚLIO; ARAÚJO, 2005).

Assim, o comportamento dinâmico de uma equipe de Futebol é mais do que a

soma de variáveis quantitativas e qualitativas dos seus integrantes, é um processo

de coordenação intra e interpessoal altamente relevante para a compreensão da

eficácia e da dinâmica da equipe no jogo. Esses comportamentos, além de serem

aprendidos incidentalmente (à revelia, sem saber que se está aprendendo, nos

jogos/brincadeiras de rua), também são aprendidos, de forma organizada e eficaz,

nos processos de ensino-aprendizagem reflexivos, onde as regras de estruturação

do jogo estão relacionadas com a lógica da atividade, nomeadamente com a

dimensão da área de jogo, com a repartição dos jogadores no terreno, com a

distribuição de papéis e alguns preceitos simples de organização que podem permitir

a elaboração de estratégias (RAMOS, 2000). Para um determinado confronto, a

preparação do grupo se baseia em orientações específicas que definem a maneira

de jogar de acordo com as normas de conduta do adversário, as condições de jogo

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e as estratégias definidas pela equipe, considerando sempre o conhecimento tático

dos jogadores (JÚLIO; ARAÚJO, 2005).

Em relação ao conhecimento tático, nas ciências do esporte distinguem-se

dois tipos: o conhecimento tático declarativo (CTD) e o conhecimento tático

processual (CTP). O CTD refere-se à capacidade do atleta de saber “o que fazer”,

ou seja, conseguir declarar de forma verbal e/ou escrita qual a melhor decisão a ser

tomada e o porquê desta decisão. O CTP refere-se a “como fazer”. É a capacidade

do atleta de operacionalizar a ação sem, geralmente, ser capaz de descrevê-la

verbalmente, ou seja, está intimamente ligada a ação motora em si (GARGANTA,

1997; MESQUITA, 1998; GRECO, 1999).

É relevante salientar que os dois tipos de conhecimento se interagem, porque

a forma como o jogador vai executar uma ação no jogo está relacionada com a

forma como ele compreende o mesmo (GARGANTA, 1997; MESQUITA, 1998;

GRAÇA, 2002; GIACOMINI, 2007). Além disso, outros pesquisadores afirmam que

para se atingir um elevado nível tático, o jogador deve passar durante anos por uma

experiência diversificada de forma aliar as suas capacidades de avaliação ótico-

motoras à capacidade de esforço e desenvolvimento técnico específico com as

ações táticas (MAHLO, 1980; GRECO, et al., 1998; OLIVEIRA; PAES, 2004).

1.3 Capacidades Físicas

1.3.1 Conceito de Potência

Segundo Fleck & Kraemer (1999), "potência é a velocidade em que se

desempenha o trabalho". Já para Zatsiorsky (1999), "potência é a força dividida pela

unidade de tempo".

Seguindo estas definições, várias formas de potência (que na verdade

seguem o mesmo princípio) podem ser sugeridas dentro de determinados contextos

e necessidades específicas como, por exemplo: potência aeróbia, potência

anaeróbia (lática e alática), potência muscular, potência explosiva, onde caberá

analisar cada movimento e/ou esporte para seguir o princípio da especificidade e

fazer uso da potência adaptada a sua condição ótima em cada caso.

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1.3.1.1 Potência no futebol

O futebol é uma modalidade que solicita dos jogadores diferentes qualidades

físicas. Dentre estas destaca-se a potência muscular, caracterizada como o produto

da força pela velocidade, isto é, todo o trabalho realizado em um determinado

período(KOMI, 2000), esta capacidade é uma das variáveis mais importante e

determinante para o preparo do jogador de futebol, pois está relacionada com a

maior parte das ações de jogo, como os chutes, os saltos para o cabeceio e outros

(WISLOFF, et al., 2004).

Segundo Hoff e Helgerud (2004), os deslocamentos curtos em altas

intensidades, intercaladas com pequenos períodos de recuperação ao longo da

partida (sprints) são ações determinantes em um jogo de futebol. Estes estímulos

representam apenas 1-3% do tempo total de jogo, mas são nestes momentos que

ocorrem as ações decisivas.

1.3.2 Conceito de resistência

Não existe um conceito universal de resistência. As características

particulares de uma carga física induzem perfis de manifestação variados, isto é, no

fundo, diferentes tipos de resistência. Todavia, numa primeira análise, a resistência

relaciona-se fundamentalmente com a fadiga e a capacidade de recuperação dos

praticantes, influenciando o desempenho segundo diversas vertentes: energética,

coordenativa, biomecânica e psicológica.

Segundo Bompa (2009), "a resistência pode ser definida como a capacidade

do organismo em resistir à fadiga numa atividade motora prolongada." Entende-se

por fadiga a diminuição transitória e reversível da capacidade de trabalho do atleta.

Zintl (1991), mais detalhadamente, define resistência como:

A capacidade de manter um equilíbrio psíquico e funcional o mais adequado possível perante uma carga de intensidade e duração suficientes para desencadear uma perda de rendimento insuperável (manifesta), assegurando, simultaneamente, uma recuperação rápida após esforços físicos.

Num contexto desportivo, o desenvolvimento da resistência implica o adiar da

instalação da fadiga e/ou a diminuição das suas consequências durante a execução

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de um determinado exercício físico, promovendo, ainda, a otimização dos processos

de recuperação após o esforço.

A duração necessária para que um exercício possa ser considerado como de

resistência surge com uma amplitude de variação muito elevada. Na verdade, o

conceito de resistência aplica-se a períodos de tempo extremamente diversos, de

muito breves a muito longos, retirando a sua legitimidade da noção de que se trata

sempre de manter, para um determinado período de esforço, a mais elevada

intensidade média de trabalho possível.

1.3.2.1 Resistência no futebol

Segundo Platonov e Bulatova (2003), para se conseguir um elevado nível de

resistência específica, o atleta deve ter a condição de manifestar integralmente

certas propriedades e capacidades nas condições determinadas pelas atividades

competitivas.

O jogo de futebol é caracterizado pelas inconstantes e múltiplas mudanças de

direções direcionadas através dos aspectos individuais e coletivos dentro do modelo

de jogo determinado pela tática individual e coletiva da equipe e do seu respectivo

adversário.

A distância total percorrida em um jogo de futebol, assim como todas as suas

ações de alta ou baixa intensidade são realizadas através gestos curtos com

acelerações e desacelerações (DI SALVO, et al., 2007) proporcionando uma soma

de estímulos que através das mudanças de direções adaptam o organismo do

futebolista ao desempenho específico da modalidade.

1.3.3 Conceito de agilidade

Segundo Caldas e Rocha (1977), a agilidade é “a qualidade que permite uma

mudança rápida e efetiva de direção em um movimento executado com velocidade”.

Já para Tubino (1979), agilidade é “a qualidade física que permite mudar a posição

do corpo no menor tempo possível”.

A agilidade é “uma variável neuromotora que se caracteriza conforme

Stanziola e Prado (apud MATSUDO, 1987), pela capacidade de realizar trocas

rápidas de direção, de sentido e de deslocamento da altura do centro de gravidade

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de todo o corpo ou parte dele”. Barbanti (1996) concorda com esta definição e diz

que “a agilidade é a qualidade de executar movimentos rápidos, ligeiros, com

mudanças de direção”.

A “valência física que possibilita mudar a posição do corpo ou a direção do

movimento no menor tempo possível” refere-se à agilidade conforme afirma Dantas

(1998). Barros (apud OLIVEIRA, 2000) corroborando essa afirmativa salientam que

a agilidade é “uma variável neuromotora caracterizada pela capacidade de realizar

trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade

de todo corpo ou parte dela".

Por fim, Bompa (2002) alega que “a agilidade trata-se da capacidade do atleta

de mudar de direção de forma rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou

fingir ações que enganem o adversário a sua frente”.

1.3.3.1 Agilidade no futebol

Para os jogadores de futebol, o treinamento da agilidade é ótimo para

melhorar os níveis de habilidade. “A agilidade desenvolve-se por meio de exercícios

que exigem uma inversão rápida dos movimentos com participação de todo o corpo”

(KUNZE, 1987).

O treinamento da agilidade, durante a pré-temporada, deveria ser realizado

de duas a três vezes por semana e, durante a temporada, uma ou duas vezes por

semana (OLIVEIRA, 2002).

Segundo estudo realizado por Cunha (2003), 57% das equipes de futebol da

categoria juvenil realiza um trabalho específico de agilidade. Isso pode ser

explicado, pois muitos preparadores físicos não distinguem o trabalho da velocidade

com da agilidade, treinando as duas capacidades conjuntamente. A definição

fornecida por Barbanti (1996) para a velocidade acíclica confirma essa afirmação.

Para o autor, velocidade acíclica também é conhecida como agilidade.

A conclusão de Manso; Valdivielso; Caballero (1996) é de que a agilidade é

uma valência física ligada à velocidade e em particular às suas diversas

características, como velocidade de deslocamento, a velocidade de reação e a

velocidade de decisão.

Assim, a agilidade no futebol é a habilidade para mudar os movimentos o

mais rápido possível frente a situações imprevisíveis, tomando rápidas decisões e

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executando ações de modo eficiente (OLIVEIRA, 2002).

Fica evidente que o desenvolvimento da agilidade é de grande importância no

trabalho diário, para que o atleta consiga uma adaptação mais rápida às condições

de mudanças imediatas de direção que o jogo apresenta, promovendo uma maior

eficácia desses movimentos, levando a uma maior economia do gasto energético

(MORAES, 2003 apud MONTE; MONTE, 2007).

1.3.4 Conceito de Força

Força pode ser definida sob vários aspectos.

Interação de um objeto com tudo aquilo que o cerca, inclusive outros objetos,

ou agente que produz ou tende a produzir uma mudança no estado de repouso ou

de movimento de um objeto (ENOKA, 2000).

A força muscular é definida por vários autores, entre eles: Barbanti (1979)

define força muscular como a capacidade de exercer tensão muscular contra uma

resistência, envolvendo fatores mecânicos e fisiológicos que determinam a força em

algum movimento particular.

Para Guedes (1997) força é a capacidade de exercer tensão muscular contra

uma resistência, superando, sustentando ou cedendo à mesma.

Zatsiorsky (1999),sugere que força é a medida instantânea da interação entre

dois corpos. Devido a essas várias definições de força muscular, Weineck (1999)

define força quanto às suas manifestações em força máxima, força explosiva e força

de resistência:

a) força máxima: é a maior força que o sistema neuromuscular pode mobilizar

através de uma contração máxima voluntária, ocorrendo(dinâmica) ou

não(estática) movimento articular (WEINECK,1999; PLATONOV ; BULATOVA,

1998);

b) força explosiva: é definida como a força produzida na unidade de tempo

(ZATSIORSKY,1999; BADILLO ; AYESTÄRAN,2001);

c) força de resistência: é a capacidade de o sistema neuromuscular sustentar níveis

de força moderado por intervalos de tempo prolongado (WEINECK,1999;

PLATONOV & BULATOVA,1998; GUEDES,1997).

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A Preparação Especial de Força (PEF) é parte integrante do processo de

treinamento para qualquer modalidade esportiva (VERKOSHANSKI,1995).

1.3.4.1 Força no futebol

Barbanti (2001 apud Alves, 2006), afirma que o “treino de força aplicado ao

desporto, tem como objetivo, acima de tudo, um melhor rendimento desportivo na

modalidade em questão”. Treinar força permite o desenvolvimento dos grupos

musculares mais importantes no futebol.

Também constitui um importante fator de prevenção de lesões musculares e

articulares. Melhora a eficácia dos gestos desportivos que dependem diretamente da

força e contribui para o desenvolvimento de outras capacidades motoras como a

velocidade, coordenação e resistência. (BANGSBO, 2002, apud ALVES, 2006).

A força se manifesta de diversas formas no futebol, ela é divida em três: força

máxima, força explosiva e resistência de força. As divisões das manifestações de

força estão em quase todos os momentos do jogo, no qual, invariavelmente, uma se

sobrepõe e predomina sobre as outras.

Todas, porém, estão agindo em conjunto na maior parte das ações do jogo. A

junção dessas três divisões é classificada como força específica do futebolista

(SARGENTIM, 2010).

1.3.5 Conceito de Velocidade

Do ponto de vista esportivo, velocidade é definida como “a capacidade que o

organismo ou parte dele possui para realizar um movimento ou uma sequencia de

movimentos no menor tempo possível” (AOKI, 2002).

Segundo Ide; Lopes; Sarraipa (2010), esta é uma das capacidades mais

importantes para ser desenvolvida no treinamento esportivo, pelo qual são

necessárias combinações de fatores técnicos, coordenativos e fisiológicos.

Aoki (2002) aponta que a velocidade que o jogador de futebol precisa ter é

diferente de um velocista, pois ele sofre interferência do adversário, além de

conduzir a bola, observando o posicionamento dos companheiros e adversários. O

mesmo autor diz ainda que a velocidade está presente em quase todos os

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momentos do jogo como no pênalti, antecipação, drible e corrida em direção ao gol.

1.3.5.1 Velocidade no futebol

A velocidade pode se manifestar de algumas maneiras no futebol, como

descrito abaixo por Acero (2000): ato motor acíclico sem resistência elevada:

acompanhar, empurrar, passar a bola, atos motores elementares e cíclicos que

acontecem em pouco espaço e sem resistência elevada: skippings e tappings. atos

motores com maior resistência (superior a 30% da força máxima), sobretudo

movimentos de aceleração: saídas, lançamentos, saltos, ações de combates, atos

motores acíclicos e cíclicos que se repetem várias vezes: várias saídas e sprints,

sem e com mudanças de direção, ações de jogo e de combate, atos motores

integrais, em situações simples e complexas: em jogo - análises de informação

rápida e resistência de velocidade: tomada de decisão rápida (com êxito).

Para Weineck (2000), existe uma complexa classificação das formas como se

apresenta a velocidade no futebol:

a) velocidade de percepção: por meio dos sentidos (visão, olfato, audição),

absorverem rapidamente as informações importantes para o jogo, capacidade de

antecipação – sobre a base da experiência e do conhecimento do adversário

prever as ações dos companheiros e adversários.

b) velocidade de decisão: decidir-se no menor tempo possível por uma ação efetiva

entre várias possibilidades;

c) velocidade de reação: reagir rápido em ações surpresas do adversário, da bola e

dos companheiros de equipe;

d) velocidade de movimento sem bola: realizar movimentos cíclicos e acíclicos em

alta velocidade;

e) velocidade de ação com bola: realizar ações com bola em alta velocidade;

f) velocidade-habilidade: agir de forma rápida e efetiva em relação às suas

possibilidades técnico-táticas e condicionais.

Godik e Popov (1999) também consideram que a velocidade se expressa de

diversas formas no futebol.

Segundo Schmid e Alejo (2002), a velocidade é mais complexa do que correr

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o mais rápido possível. A velocidade no futebol inclui rapidez, tiros curtos,

movimentos rápidos em todas as direções, a habilidade de reagir e parar

rapidamente, velocidade e tempo de reação. Velocidade é uma combinação de força

e excelente resistência, o que é necessário para a realização dos movimentos com

máxima rapidez em todo o tempo.

1.3.6 Característica do jogador

Para o desenvolvimento desses aspectos, torna-se importante a elaboração

de um programa de treinamento que atenda as características do futebol, e que

permita ao futebolista atingir a alta forma desportiva durante a principal competição

(BOMPA, 2002).

O programa de treinamento deve ter como base as características do jogo e

dos jogadores. Para o bom desempenho do Atleta é necessário entender o estado

maturacional. Jovens do sexo masculino maturacionalmente avançados evidenciam,

geralmente, melhores performances do que os atrasados na maturação, contudo ao

afirmar que os jovens atletas são diferentes dos não atletas da sua idade e sexo,

devemos questionar se tal diferença é devido ao treino ou à variabilidade do

processo de maturação, dado que uma grande parte das diferenças nas dimensões,

forma, composição do corpo e performance é governada pelo estatuto maturacional

(SEABRA; MAIA; GARGANTA, 2001).

Segundo Silva, et al. (2013) alguns estudos apontaram o fato de que a

maturação biológica estaria influenciando diretamente a capacidade funcional de

jovens jogadores de futebol da faixa etária de 13 a 15 anos, sugerindo que o

sucesso dos atletas jovens estaria relacionado á seleção daqueles com uma

maturidade biológica precoce, que resultaria em uma maior estatura e massa

corporal nessa fase, podendo auxiliar em seu desempenho em uma situação real de

jogo.

Entretanto, Seabra, et al. (2001) verificou que o treinamento de agilidade teve

uma maior influência do que a maturação em atletas de futebol na faixa etária de 12

a 16 anos.

Portanto para um bom desempenho de um atleta entre 12 a 16 anos é

importante levar em consideração o treinamento físico adequado respeitando os

limites maturacionais de cada indivíduo.

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1.4 Treinamento em meio liquido

Para Maglischo (2003 apud RODRIGUES, 2004) o meio líquido é um bom

ambiente para o desenvolvimento da força, já que a água cria uma resistência aos

movimentos do praticante de hidroginástica, portanto, ao tentar deslocar um corpo

no meio líquido, o indivíduo vivencia uma força de impedimento ou arrasto.

Segundo Vorontsov & Rumyantsev (2004 apud RODRIGUES, 2004) “a

natureza desta força é explicada pelas propriedades físicas da água, tais como a

pressão interna, densidade e viscosidade”. A água pode apresentar duas reações ao

corpo que está se movendo:

a) forças de pressão perpendicular à sua área frontal;

b) forças de fricção atuando ao longo da superfície do corpo.

Assim, o trabalho mecânico que o praticante de hidroginástica realiza é

direcionado para superar o arrasto hidrodinâmico.

Segundo Figueiredo (1996, p 19) baseado na lei de Pascal, a pressão do

liquido é exercida de forma igual sobre todas as áreas da superfície de um corpo

imerso, em repouso, a uma certa profundidade.

A viscosidade aumenta a pressão, oferecendo resistência ao movimento

embaixo da água, de acordo com a velocidade com que os movimentos são

executados proporcionam maior ou menor força de arrasto.

Essa força de arrasto produzirá cargas resistivas de acordo com o

treinamento de cada individuo, afirma Rodrigues nesse trecho:

Por ser um meio de grande plasticidade na interação com outros organismos, uma das características mais fantásticas da água, é que a mesma é ilimitada na produção de cargas resistivas. Isto significa, que a cada dia que o praticante torna-se mais forte, maior também será a contra-resistência produzida pela água a este organismo, e o extraordinário; é que este fato ocorre automaticamente e de forma específica para cada indivíduo.(2004)

1.4.1 Resistência muscular em meio liquido

O treinamento em meio liquido gera beneficio para o individuo destacando o

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ganho de resistência.

Para adquirir resistência e um bom condicionamento cardiorrespiratório é

necessário praticar exercícios aeróbicos. O termo aeróbico se refere ao uso de

oxigênio, durante a produção de energia no músculo, de acordo com a autora Anna

Adami:

Os exercícios aeróbicos são as atividades que envolvem múltiplos grupos musculares, de forma ritmada, continua e por um longo período de tempo este tipo de exercício proporciona benefícios à saúde, pois melhora a qualidade de vida e reduz a probabilidade de doenças.”

Resumindo, quanto mais oxigênio nós levamos ao corpo, transportamos e

transferimos para as células, maior energia aeróbica produzimos.

A resistência muscular é uma habilidade muito trabalhada no meio liquido,

“onde o músculo faz contrações repetidas com uma carga inferior a máxima.

Exercícios de resistência, na verdade, aumentam o número de vasos capilares que

trazem oxigênio para o músculo exercitado” (CASE, 1998, p. 07). O volume muscular

não aumentará notoriamente, mas o tônus e o nível de energia do corpo vão

melhorar. O tônus pode ser conseguido mais depressa em treinamentos que utilizam

a resistência da água do que em treinamento de solo, os movimentos equilibrados

na água são mais indicados que os movimentos vigorosos. Por exemplo, repetir

qualquer exercício de 15 a 30 vezes melhora o tônus. Se você está andando na

água precisa andar por mais tempo. Se você está fazendo flexão do joelho, terá que

fazer maior número delas com menor esforço.

Esse trabalho de resistência em meio liquido pode ser aplicado em atletas de

várias modalidades, dentre elas o futebol, mesmo sendo um método de treinamento

pouco praticado pelos clubes. Segundo Santos (2003), o conjunto de exercícios bem

aplicados em um meio liquido onde não há ação da gravidade incide diretamente no

atleta minimizando micro-traumas resultando em uma atividade que interage vários

domínios, entre eles: afetivos, cognitivos e motores. Assim diversificando os meios

de treinamento do atleta e deixando-o preparado para as competições sem que

diminua seu rendimento.

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1.4. 2 Treinamento complementar em meio liquido para atletas de futebol

O treinamento complementar pode ser aplicado em atletas de futebol, pois

permite que se reduza o volume de treinamento em campo, enquanto se procura

melhorar e manter a performance. Este treinamento oferece grande oportunidade de

superar o desempenho, ao mesmo tempo em que diminuem o risco de desgaste.

Com o treinamento complementar pode-se trabalhar exercícios com maior

intensidade sem correr a maioria dos riscos comuns no treinamento de campo, onde

ocorrem problemas articulares de joelhos e tornozelos.

Dentro de um programa de treinamento que utiliza a água como fator

importante em todas as suas fases, deve-se dar grande importância à especificidade

da modalidade praticada, volume, intensidade e variação do treinamento, para se

treinar um individuo dentro do meio líquido é necessário recorrer a estes quatro

princípios do treinamento. Independente do treino na água ou em campo, pode se

mudar a intensidade, alterar o volume e variar os exercícios, percebendo o mesmo

beneficio quando se usado movimentos específicos do futebol.

No meio líquido também pode ser feito a correção da técnica e dos

movimentos, já que o mesmo, por possuir uma resistência, torna-se evidente as

falhas técnicas. Não existem regras para o treinamento complementar, cada atleta é

único; mas em esportes coletivos procura-se generalizar os exercícios, buscando um

condicionamento geral da equipe.

Segundo Alboarrage Jr. (1997), exercícios aquáticos são limitados somente

pela imaginação, portanto, use a criatividade: pode-se fazer adaptações dos

exercícios de campo na água e obter resultados satisfatórios. Estes métodos podem

ser ministrados em todas as categorias, desde infantil ao profissional, mas é claro,

que as cargas estabelecidas têm que ser dosadas e adaptadas conforme a

categoria.

Atualmente os esportes de alto rendimento têm a preocupação de manter a

integridade física e psicológica do atleta para que sua vida útil seja maior no esporte,

e ao terminar a sua carreira o mesmo esteja pleno em suas capacidades físicas,

sem maiores problemas que muitas vezes afetam a maioria dos ex-atletas por isso o

trabalho complementar na água, diminui o desgaste proporcionado pelos

treinamentos tradicionais e específicos do esporte. (ABOARRAGE Jr, 1997).

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2. EXPERIMENTO

2.1 Casuística e métodos

A pesquisa foi desenvolvida no campus do Centro Universitário Unisalesiano

de Lins, limitando-se ao campo de futebol.As avaliações foram realizadas em 2014

no mês de Março nos dias 27 e 28 e as avaliações após o período de intervenção

foram realizadas no mês de Junho nos dias 16 e 17. A primeira bateria de testes de

cada período foi realizada nos dias 27/03(pré-treinamento) e 16/06 (pós-

treinamento), os atletas dirigiam-se para a avaliação do salto horizontal, em seguida

realizavam o teste do quadrado e sendo finalizado com a corrida de 20 metros. A

segunda bateria de testes foi realizada no dia 28/03 (pré-treinamento) e 17/06 (pós-

treinamento), onde foi aplicado o teste shuttle run. As avaliações aconteceram no

período vespertino.

As avaliações foram realizadas simultaneamente permitindo que os testes

fossem realizados em sequência e, quando necessário, os atletas eram submtidos

ao tempo de repouso.

A sequência dos testes utilizados em cada bateria foi definida de acordo com

o local da avaliação, disponibilidade dos atletas, esforço realizado e materiais

disponíveis. Em seguida as baterias foram definidas da seguinte forma: primeiro dia

de testes (primeira bateria) – salto horizontal, teste do quadrado e corrida de 20

metros; segundo dia de testes ( segunda bateria) – shuttle run.

2.1.1 Sujeitos

A amostra experimental foi composta por 16 indivíduos do sexo masculino de

14 e 15 anos, atletas de futebol categoria sub 15, matriculados na escola Chute

Inicial Corinthians Unidade Lins. Os mesmos foram divididos em dois grupos,

através de sorteio, aonde um grupo foi submetido apenas ao treinamento de futebol

(grupo controle) e o segundo grupo (grupo treinamento em meio liquido) foi

submetido ao treinamento de futebol e treinamento específico de resistência em

meio liquido 2 vezes por semana, com duração de 1 hora cada sessão. Ambos os

grupos receberam treinamento de futebol 3 vezes por semana, com duração de 1h e

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30min cada sessão. (APÊNDICE A).

Após esclarecidos verbalmente sobre os procedimentos aos quais seriam

submetidos, os responsáveis pelos participantes assinaram um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A).Os seguintes critérios de exclusão

foram adotados: Lesões durante a intervenção e Faltas consecutivas aos

treinamentos.

Dos 16 indivíduos selecionados, dois participantes pertencentes ao GC e dois

do TML não concluíram o estudo. Dois por motivos de não conseguirem se adequar

aos horários de treinamento, um por motivos pessoais e outro por lesão ocorrida em

partida amistosa durante a intervenção.Assim ambos os grupos terminaram a

intervenção com seis indivíduos.

2.1.2 Protocolos

Inicialmente, e primordial destacar que uma avaliação física tem como

objetivo: obter informações sobre as condição física do avaliado, cada avaliação de

acordo com suas particularidades. São realizadas antes do inicio do programa de

treinamento (avaliação inicial) e repetidas após aproximadamente de 3 a 6 meses.

(QUEIROGA, 2005).

A avaliação das capacidades físicas serve como base para prescrição de

treinamentos, tornando perceptível a evolução das capacidades do atleta, podendo

ajustar os programas de treinamento de acordo com as evoluções apresentadas e

proporcionar motivação ao atleta, que através da avaliação pode perceber sua

própria evolução, o que faz com que o mesmo treine mais pra melhorar ainda mais.

(QUEIROGA, 2005).

2.1.3 Salto horizontal

Para avaliar a potencia de membros inferiores foi utilizado o teste de salto

Horizontal (SH). O teste permite encontrar a maior potencia dos membros inferiores

do avaliado, através de um salto horizontal onde será utilizada apenas a força

muscular dos membros inferiores. Este teste já foi utilizado pelo Governo Federal em

2007, em um projeto chamado PROESP-BR 2007. E utilizado em varias avaliações,

como em um monitoramento com atletas de futsal, onde o autor explica os

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procedimentos utilizados em seu estudo da seguinte maneira:

Na posição inicial, o atleta ficou em pé em posição ereta e com os braços ao lado do corpo. Na execução, o atleta realizou uma breve flexão de joelhos, tornozelos e tronco, imediatamente seguida de um salto horizontal, sendo permitido o auxílio dos braços. (SANTA CRUZ, 2011, p.49)

Materiais: Uma trena e uma linha traçada no solo.

Orientação: A trena e fixada ao solo, perpendicularmente a linha, ficando o

ponto zero sobre a mesma. O avaliado coloca-se imediatamente atrás da linha, com

os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semiflexionados, tronco

ligeiramente projetado a frente. Ao sinal o avaliado devera saltar à maior distancia

possível. Serão realizadas três tentativas, registrando-se o melhor resultado.

(PROESP, 2007)

Figura 1: Salto Horizontal

Fonte: PROESP-BR, 2007

2.1.4 Teste do quadrado

O Teste escolhido para avaliar o nível de agilidade foi o teste do quadrado

utilizado pelo Governo Federal em 2007, em um projeto chamado PROESP-BR

2007.

Materiais: um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante

com 4m de lado, 4 cones de 50 cm de altura.

Orientação: O aluno parte da posição de pé, com um pé avançado a frente

imediatamente atrás da linha de partida. Ao sinal do avaliador, devera deslocar-se

ate o próximo cone em direção diagonal. Na seqüência, corre em direção ao cone a

sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado

em diagonal). Finalmente, corre em direção ao ultimo cone, que corresponde ao

ponto de partida. O cronômetro devera ser acionado pelo avaliador no momento em

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que o avaliado realizar o primeiro passo tocando com o pé o interior do quadrado.

Serão realizadas três tentativas, sendo registrado o melhor tempo de execução.

(PROESP, 2007)

Figura 2: Teste do quadrado

Fonte: PROESP-BR 2007

2.1.5 Corrida de vinte metros

Para avaliar a velocidade de deslocamento de cada atleta foi escolhido o teste

“corrida de vinte metros”. Utilizado em vários estudos, como no projeto do Governo

Federal, chamado PROESP-BR 2007.

Materiais: um cronômetro e uma pista de 22 metros seis cones para

demarcada das três linhas paralelas no solo, a demarcação será feita da seguinte

forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distancia 20m da primeira (linha de

cronometragem ou linha de chegada) a e terceira (linha de referencia), marcada a

dois metros da segunda (linha de Chegada). A terceira linha serve como referencia

de chegada para o avaliado na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleração

antes de cruzar a linha de cronometragem.

Orientação: o avaliado parte da posição de pé, com um pé avançado a frente

imediatamente atrás da linha e será informado que devera cruzar a terceira linha o

mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o avaliado devera deslocar-se, o mais

rápido possível, em direção a linha de chegada. O cronometrista devera acionar o

cronômetro no momento em que o avaliado der o primeiro passo, ultrapassando a

linha de partida. Quando o avaliado cruzar a segunda linha (20 metros) será

interrompido o cronômetro. (PROESP, 2007).

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Figura 3 – Corrida de vinte metros

Fonte: PROESP-BR 2007

2.1.6 Shuttle run

Técnicas: Através dos protocolos shuttle run: O teste permite encontrar a

capacidade do individuo de coletar, transportar e utilizar oxigênio nas células, o

chamado consumo máximo de oxigênio, ou VO2max. Em vários estudos é possível

encontrar alta correlação (r) do resultado do Shuttle Run 20 metros com os

resultados obtidos em testes diretos, chegando até r=0,91 (DUARTE e DUARTE,

2001). Os materiais necessários para aplicação do teste Shuttle Run 20 metros são:

Um local plano de pelo menos 25 metros, áudio próprio do teste, reprodutor de

áudio, fita crepe e 4 cones para a demarcação dos 20 metros a serem percorridos.

Além disso, são utilizadas folhas para as anotações sobre cada avaliado (DUARTE e

DUARTE, 2001).

Este teste pode ser aplicado para grupos de 6 a 10 pessoas, que correndo

juntas num ritmo cadenciado por uma fita gravada especialmente para este fim,

devem cobrir um espaço de 20 metros, delimitado entre duas linhas paralelas. A fita

emite bips, a intervalos específicos para cada estagio, sendo que cada bip o

avaliado deve estar cruzando com um dos pés uma das duas linhas paralelas, ou

seja, saindo de uma das linhas corre em direção a outra, cruza esta com pelo menos

um dos pés ao ouvir um “bip” e volta em sentido contrario. (DUARTE e DUARTE,

2001).

O teste é iniciado com uma velocidade de 8,5Km/h, que é aumentada em

0,5Km/h a cada termino de estágio, com duração média de 1 minuto, avisado pela

gravação própria do teste com dois bips seguidos. O termino do teste se dá quando

o avaliado não consegue mais acompanhar os bips. Uma distância de dois metros

antes de cada linha é considerada como área de exclusão, se ao soar o bips o

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avaliado estiver antes dessa área, e considerado que ele não conseguiu

acompanhar o ritmo; então, o avaliado e comunicado para aumentar seu ritimo de

corrida; caso o avaliado não alcance a determinada área por mais duas vezes

seguidas, o teste e encerrado. Outra maneira de encerrar o teste é por desistência

do próprio avaliado. (DUARTE e DUARTE, 2001).

Para melhor entendimento do procedimento a ser realizado será apresentado

um esquema da disposição dos materiais que podem ser visualizados na imagem a

baixo:

Figura 4: Shuttle run 20 metros

Fonte: elaborada pelos autores, 2014

2.2 Procedimentos

2.2.1 Protocolo Salto Horizontal

Realizado no primeiro dia de testes, contou com a participação dos três

avaliadores, com as funções de anotar os dados coletados, medir a distância do

salto com uma fita métrica de 30 metros graduada em centímetros. Foi precedido de

um aquecimento de 15’. Para tornar dinâmica a avaliação e o tempo de descanso,

os atletas formaram uma fila, sendo divididos os saltos em séries, quando o ultimo

atleta realizava seu primeiro salto, era encerrada a primeira série, assim, o atleta

que realizou o primeiro salto já teria o tempo suficiente para sua recuperação.

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2.2.2 Protocolo Teste do quadrado

Também aplicado no primeiro dia de testes, com a presença e participação

dos três avaliadores, com as funções de cronometrar o tempo do percurso e realizar

as devidas anotações. Os participantes já aquecidos formaram uma fila e o primeiro

saía ao ouvir o som de um apito da marca Fox 40, passando ao redor de quatro

cones completando o quadrado e quando o ultimo atleta realizava seu primeiro

percurso, era encerrada a primeira série, assim, o atleta que iniciou o teste já estaria

descansado.

2.2.3 Protocolo Corrida de 20 metros

Ultimo teste da primeira bateria de avaliação. Foi realizado após o protocolo

do Teste do quadrado, onde os atletas formaram uma fila e o primeiro ao som do

apito percorria, em velocidade máxima, uma distância de 20 metros demarcados

com cones. Logo em seguida o avaliador anotava o tempo do atleta e o

encaminhava para o final da fila.

2.2.4 Protocolo Shuttle Run

Realizado no segundo dia de testes, contando com a participação dos três

avaliadores, responsáveis por cronometrar os testes, incentivar e verificar o

momento das desistencias e faltas dos avaliados além de anotar os dados obtidos.

Teve um aquecimento prévio de 10’ e logo após os atletas foram posicionados para

o inicio do teste.

2.3 Análise estatística

Para os dados obtidos utilizou-se o teste t-Student, pois o mesmo verifica as

amostras independentes e as possíveis diferenças entre os grupos nas condições

iniciais e se encaixou melhor ao objetivo e variáveis do estudo.

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2.4 Resultados

Os resultados coletados durante o processo de avaliação serão

demonstrados em forma de tabelas para uma melhor visualização dos mesmos.

Tabela 1 – Estudos e efeitos da associação do treinamento em meio líquido em atletas de futebol, Pré e Pós dois meses e meio de intervenção. T M L

(MÉDIA ± DP)

P G C

(MÉDIA ± DP)

P

T20M PRE

(SEGUNDOS) 3,59 ± 0,19

0,02

3,72 ± 0,30

S/N

T20M PÓS

(SEGUNDOS) 3,51 ± 0,10* 3,65 ± 0,27

TP PRÉ

(METROS) 2,01 ± 0,16

S/N

2,05 ± 0,17

S/N TP PÓS

(METROS) 2,14 ± 0,13 2,15 ± 0,11

AGI PRÉ

(SEGUNDOS) 6,83 ± 0,34

0,01

6,91 ± 0,45

0,04 AGI PÓS

(SEGUNDOS) 6,43 ± 0,13* 6,51 ± 0,28 ⃰

TRS PRÉ

(KM/H) 11,66 ± 0,60

0,003

12,16 ± 0,81

S/N TRS PÓS

(KM/H) 12,83 ± 0,60* 12,41 ± 0,80

Fonte: elaborada pelos autores, 2014. *P ≤ 0,05 em relação ao pré treinamento

Observando a tabela identifica-se que o grupo TML em relação ao GC teve

uma melhora estatisticamente significativa nas capacidades de velocidade (T20M),

agilidade (AGI) e resistência (TRS). Enquanto o GC teve apenas uma melhora

significativa na capacidade de agilidade (AGI).

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2.5 Discussão

Nossa pesquisa teve como objetivo avaliar a influência do treinamento em

meio liquido na melhora das capacidades físicas como: resistência, velocidade,

agilidade e potência de membros inferiores.

. Com essa intervenção notou-se uma melhora estatística na maioria das

capacidades físicas avaliadas nos indivíduos.

Maglischo (2003 apud Rodrigues, 2004) o meio líquido é um bom ambiente

para o desenvolvimento da força, já que a água cria uma resistência aos

movimentos do praticante de hidroginástica, portanto, ao tentar deslocar um corpo

no meio líquido, o indivíduo vivencia uma força de impedimento ou arrasto.

Rodrigues (2004) em seu estudo realizado com atletas da Seleção Santista,

praticantes da modalidade de futsal a mais de 10 anos, obtiveram resultados

significativos no pós-teste. Foram utilizados, como parâmetros comparativos, testes

motores, descritos por Giannichi (1998). O programa aconteceu durante 4 meses,

com frequencia de 3 dias semanais e duração de 50 minutos para cada sessão. Foi

utilizado o programa de treinamento Water Force que mostrou alterações positivas,

demonstrando que o programa foi eficiente na potencialização da performance das

capacidades inerentes ao jogo.

Comparando o presente estudo podemos observar que também obtvemos

resultados positivos, mas diferente do estudo acima, o tipo de treinamento que foi

desenvolvido, foi elaborado pelos próprios autores, pois é um protocolo que adaptou

movimentos do campo para o meio líquido. Mesmo tendo foco apenas em membros

inferiores, onde o treinamento era voltado para movimentos específicos da

modalidade (corridas, mudanças de direções e saltos), fazendo com que o atleta

melhorasse em campo, devido aos movimentos de resistência e grande força de

arrasto.

Entre as capacidades avaliadas, podemos observar os resultados obtidos na

agilidade que tem relação com o tipo de intervenção que foi desenvolvida. Segundo

Kunze (1987) “A agilidade desenvolve-se por meio de exercícios que exigem uma

inversão rápida dos movimentos com participação de todo o corpo”.

Tendo em vista o treinamento realizado pelos atletas os exercícios

desenvolvidos tinham mudanças de direções frequentes, levando o corpo a se

movimentar de forma ágil enfrentando a força de arrasto. De acordo com o autor

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POYHONEN et al (2001) percebe-se que aumentando a velocidade de execução do

movimento, existe um aumento na ativação muscular, isto pode ser atribuído ao

aumento da força de arrasto (resistência da água) que ocorreu principalmente por

ser um exercício contínuo que ocasiona um fluxo turbulento.

O fluxo gerado pela atividade executada em meio liquido no presente estudo,

provocou maior turbulência e consequentemente maior resistência ao movimento,

principalmente ao mudar de de direção.

A água oferece um ambiente adequado para a prática de exercícios em que

as condições específicas do meio líquido amenizam o impacto sobre as articulações,

enquanto geram resistência aos movimentos. As atividades na água parecem ser

uma alternativa de treinamento para a melhora da performance muscular, assim

como um meio atraente de reabilitação física.

Baseado na lei de Pascal, a pressão do liquido é exercida de forma igual

sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso, em repouso, a uma certa

profundidade. A viscosidade aumenta a pressão, oferecendo resistência ao

movimento embaixo da água, de acordo com a velocidade com que os movimentos

são executados proporcionam maior ou menor força de arrasto. (FIGUEIREDO,

1996).

Contudo podemos observar que os exercícios de deslocamento, correnteza

ou força de arrasto contribuíram para a melhora da agilidade dos atletas, já que os

exercícios eram semelhantes aos movimentos utilizados no jogo em campo, pois

dentro do meio liquido há uma resistência maior.

Outra capacidade que obteve uma melhora estatisticamente significativa foi a

velocidade, avaliada pelo teste de 20 metros. Segundo Ide; Lopes; Sarraipa (2010),

esta é uma das capacidades mais importantes para ser desenvolvida no treinamento

esportivo, pelo qual são necessárias combinações de fatores técnicos,

coordenativos e fisiológicos.

Bortoni e Bojikian (2007) em seu estudo tiveram como objetivo de verificar o

efeito de um programa de iniciação esportiva na aptidão física deescolares.

Participaram do estudo 87escolares do sexo masculino com idade de 11 a 13 anos

divididos em grupoparticipação (GP n= 50) e grupo controle (GC n= 37), onde o GP

participou deuma intervenção com futebol de salão duas vezes por semana com a

duraçãode 90 minutos. Foram avaliadas as variáveis antropométricas (peso

corporal,estatura, índice de massa corporal) e neuromotoras (força de

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membrosinferiores, agilidade e velocidade).

Destacando o teste de 20 metros do estudo de Bortoni e Bojikian quando

analisadas as diferenças entre os pré e pós-testes, podemos observar que a

capacidade de velocidade apresentou melhora na performance de 2,3%.

Comparando esta variável com o presente estudo, nota-se uma melhora da

velocidade de 2%, sendo que ambas as pesquisas obtiveram melhora significativa,

mesmo não tendo o mesmo método de intervenção e linha de pesquisa.

A velocidade pode se manifestar de algumas maneiras no futebol, como

descrito por Acero (2000): atos motores com maior resistência, sobretudo

movimentos de aceleração: saídas, lançamentos, saltos, ações de combates. Atos

motores acíclicos e cíclicos que se repetem várias vezes: várias saídas e sprints,

sem e com mudanças de direção, ações de jogo e de combate.

E para a melhora dessa capacidade foram utilizados no meio liquido,

movimentos que buscavam a associação da velocidade com a amplitude de

movimento, pois segundo LOBATO (2008) a maneira mais eficiente de se treinar a

musculatura é atraves de toda amplitude de movimento. Atraves da velocidade

podemos aumentar a intensidade com eficiência, porem o lado ruim é que ela

prejudica a amplitude total de movimento. Se a velocidade é aumentada

possivelmente a amplitude diminuirá, mas deve ser orientado a manter o equilíbrio

entre o aumento de velocidade e a amplitude de movimento,a medida que a corrida

fica mais rápida, deve-se manter a amplitude completa. Se acaso isso não acorrer

deve-se diminuir a velocidade e enfatizar os movimentos vigorosos com boa técnica

e toda a amplitude de movimento para que a melhora na capacidade aconteça.

No presente estudo a capacidade de resistência obteve uma melhora

estatisticamente significativa, após 2 meses e meio de intervenção. Segundo Bompa

(2009), "a resistência pode ser definida como a capacidade do organismo em resistir

à fadiga numa atividade motora prolongada." Entende-se por fadiga a diminuição

transitória e reversível da capacidade de trabalho do atleta.

Num contexto desportivo, o desenvolvimento da resistência implica o adiar da

instalação da fadiga e/ou a diminuição das suas consequências durante a execução

de um determinado exercício físico, promovendo, ainda, a otimização dos processos

de recuperação após o esforço.

O treinamento desenvolvido no presente estudo destacou a resistência

muscular como a capacidade mais exigida, pois é a mais trabalhada no meio liquido,

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onde o músculo faz contrações repetidas com uma carga inferior a máxima.

Exercícios de resistência, na verdade, aumentam o número de vasos capilares que

trazem oxigênio para o músculo exercitado (CASE, 1990).

O volume muscular não aumentará notoriamente, mas o tônus e o nível de

energia do corpo vão melhorar. O tônus pode ser conseguido mais depressa em

treinamentos que utilizam a resistência da água do que em treinamento de solo, os

movimentos equilibrados na água são mais indicados que os movimentos vigorosos

(ALBOARRAGE, 1997).

Em relação a potencia de membros inferiores,não foram obtidos resultados

estatisticamente significativos pois acredita-se que deveria ser feito um treinamento

priorizando a pliometria.

Um dos meios para se potencializar a força explosiva dos atletas é atraves do

treino da pliometria. A pliometria é um método de treinamento baseado no uso do

ciclo alongamento-encurtamento (CAE) cujo componente elástico de um

determinado grupo muscular ao ser precedido por uma ação excêntrica (pré-

alongamento) na ação concentrica resultante geraria uma força maior (acúmulo de

energia potencial elástica) (ZATSIORSKY, 1999).

Assim o meio liquido não favorece o treinamento pliométrico para membros

inferiores, já que, devido a flutuação, há um declínio na sobrecarga. Segundo Lobato

(2008) não há uma resistência pois a flutuação oferece resistência do sentido do

fundo da piscina e oferece facilidade na direção da superfície da água.

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2.6 Conclusão

Concluem-se através deste estudo os seguintes aspectos nas respectivas

capacidades: Agilidade, velocidade e resistência, que obtiveram uma melhora

significativa, pois estão interligadas entre si, demonstrando a efetividade do

treinamento em meio liquido para atletas de futebol, considerando que pode ser

valido para o treinamento de alto nível melhorando sua performance em um breve

período de tempo.

Nota-se que o planejamento do treinamento é fundamental quando o objetivo

é melhorar capacidades físicas, principalmente em equipes amadoras onde os

atletas não são monitorados constantemente. Lembrando que o treinamento em

meio liquido serve como complemento, não substituindo o treinamento especifico da

modalidade.

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SEABRA. A.; J. A. MAIA; R.GARGANTACrescimento, maturação , aptidão física, força explosiva e habilidades motoras especificas.Estudo em jovens futebolistas e não futebolistas do sexo masculino dos 12 aos 16 anos de idade Revista de ciência em desporto, 2001. Disponível em: http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/RPCD_vol.1_nr.2.pdf#page=24. acesso em: 10 de mai.2014. SILVA L. J. ; ET. AL, Associação entre “Shuttle Run”e “Shuttle Run” com Bola e sua relação com o desempenho Disponível em :http://www.maisativa.com.br/img/download/1349362469Futebol%20-%20Silva%20el%20al%20-%20RBCM%202007.doc Acesso em: 10 mai.2014. SORROCHE S. A; BECEGATTO P. G. M, LIMA Y. C. S. Sensibilidade de protocolos diretos e indiretos na Determinação da Aptidão Aerobia em Jogadores de Futebol, 2012. Monografia (Graduação Educação Física Bacharel) – Faculdade de Educação Física de Lins, Lins. SOUZA, J; ZUCAS, S. M., Alterações da resistência aeróbia em jovens futebolistas em um período de 15 semanas de treinamento Maringá, 2003. Disponível em: http://eduemojs.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/3478. Acesso e: 10 de mai.2014. SOUZA, P.; GRECO, P. J.; PAULA, P. Tática e processos cognitivos subjacentes a tomada de decisões nos jogos desportivos coletivos. In: GARCIA, E. S.; LEMOS, K. L. (Ed.). Temas Atuais V - Educação Física e Esportes. Belo Horizonte: Health Editora, 2000. p. 11-27. TAVARES, F. A capacidade de decisão táctica no jogador de basquetebol: estudo comparativo dos processos perceptivo-cognitivos em atletas seniores e cadetes. (1993). (doutorado) - Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Fernando Tavares, Porto, 1993. O processamento da informação nos jogos desportivos. In: GRAÇA, A.; OLIVEIRA, J. (Ed.). O ensino dos jogos desportivos. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto: Rainho & Neves Lda, 1994. Cap.3. p. 35-46. TAVARES, F.; GRECO, P. J.; GARGANTA, J. Perceber, conhecer, decidir e agir nos jogos desportivos coletivos. In: TANI, G.; BENTO, J. O.; PETERSEN, R. (Ed.). Pedagogia do Desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 284-298.

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ANEXOS

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ANEXO A

Autorização

Eu_________________________________________________________________________

Portador do R.G________________ autorizo meu filho ____________________________

_____________________________________________ a participar do projeto científico “A

Influencia da Natação em Atletas de Futebol” sobre a responsabilidade dos alunos Odílio F. Netto,

Jessyca R. Souza e Nathalia C. Alves com a supervisão do Professor Leandro Paschoali no período de

1° de outubro a 16 de dezembro de 2013

___________________________________________

Ass. do Responsável

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

TREINAMENTO DE FUTEBOL

Segunda 30/03/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em campo e saída de bola, transição campo de defesa para campo

de ataque.

Quarta 02/04/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação 3 contra 3 e um cone.

2º estação todo o grupo conduzindo bola, em um espaço limitado.

3º estação todo o grupo conduzindo a bola.

4º estação 3 contra 3, manter a posse de bola.

5º estação 3 contra 3 jogando com a perna, que tem menos habilidade, vale gol.

6º estação exercícios de passe, em dupla.

7º estação exercício de cabeceio, em dupla.

8º estação 4 contra 2. O grupo de 4 jogadores so pode dar 2 toques. O grupo de 2

jogadores joga, livremente.

Todas as estações foram realizadas no tempo de 2m com intervalo de 1m

para troca de estação, foram realizados 3 passagem com intervalo de 5m entre cada

passagem, para hidratação.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

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Sexta 04/04/2014 coletivo.

Trabalho reduzido, trabalho utilizando campo toda com dois toques na bola.

Segunda 07/04/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em campo e saída de bola pelas laterais, transição campo de defesa

para campo de ataque.

Quarta 09/04/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação Jogador, com a bola na mão executa 30 abdominais, coloca a bola no

chão e conduz até a próxima estação .

2º estação passa a bola pelo lado das barreiras, salta e conduz a bola até a próxima

estação.

3º estação dribla várias estacas.

4º estação faz um cruzamento para a saída do goleiro.

5º estação salta com as pernas, alternadas, sobre aros.

6º estação conduzir a bola entre varias estacas.

7º estação passa a bola pelo lado e executa vários saltos sobre uma corda elástica.

8º estação conduzir a bola entre os cones.

9º estação condução e linha reta.

10º estação chuta a gol.

Foram realizadas 4 passagem.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

Sexta 11/04/2014 coletivo.

Trabalho reduzido, trabalho utilizando campo toda com dois toques na bola.

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Segunda 14/04/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em cobrança de escanteios, saída de contra taque em

velocidade.

Quarta 16/04/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação salta por entre os arcos.

2º estação salta sobre barreiras.

3º estação mudança de direção entre os cones.

4º estação condução de bola em velocidade entre os cones.

5º estação jogar a bola por baixo da corda e salta.

6º estação finalização em gol.

Foram realizadas 4 passagem.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

Sexta 18/04/2014 coletivo.

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toque no

campo de ataque.

Segunda 21/04/2014 Treinamento Tático.

Treinamento de faltas, Trabalho de compaquitação defencivo.

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Quarta 23/04/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação 1 contra 1 ficar com a posse de bola.

2º estação trabalho de troca passe em dupla.

3º estação condução entre as estacas.

4º estação trabalho de cabeceio em dupla.

5º estação 1 contra 1 valendo gol.

6º estação condução de bola em linha reta.

7º estação condução em oito.

8º estação passe longo em dupla.

9º estação condução de bola com a perna não dominante.

10º estação saída da posição sentado, jogando a bola, para o alto e cabeceando

para o companheiro.

11º estação 1 contra 1 só com a perna não dominante.

Foram realizadas 4 passagem

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

Sexta 25/04/2014 coletivo.

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toque no

campo de ataque e finalização com pé não dominante.

Sábado 26/04/2014 Amistoso.

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Segunda 28/04/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em cobrança de escanteios, saída de contra taque em velocidade.

Quarta 30/04/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação 3 contra 3 e um cone.

2º estação todo o grupo conduzindo bola, em um espaço limitado.

3º estação todo o grupo conduzindo a bola.

4º estação 3 contra 3, manter a posse de bola.

5º estação 3 contra 3 jogando com a perna, que tem menos habilidade, vale gol.

6º estação exercícios de passe, em dupla.

7º estação exercício de cabeceio, em dupla.

8º estação 4 contra 2. O grupo de 4 jogadores so pode dar 2 toques. O grupo de 2

jogadores joga, livremente.

Todas as estações foram realizadas no tempo de 2m com intervalo de 1m para troca

de estação, foram realizados 3 passagem com intervalo de 5m entre cada

passagem, para hidratação.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

Sexta 02/05/2014 coletivo.

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toques no

campo de ataque.

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Segunda 05/05/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em cobrança de escanteios, saída de contra taque em velocidade.

Quarta 07/05/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação Jogador, com a bola na mão executa 30 abdominais, coloca a bola no

chão e conduz até a próxima estação .

2º estação passa a bola pelo lado das barreiras, salta e conduz a bola até a próxima

estação.

3º estação dribla várias estacas.

4º estação faz um cruzamento para a saída do goleiro.

5º estação salta com as pernas, alternadas, sobre aros.

6º estação conduzir a bola entre varias estacas.

7º estação passa a bola pelo lado e executa vários saltos sobre uma corda elástica.

8º estação conduzir a bola entre os cones.

9º estação condução e linha reta.

10º estação chuta a gol.

Foram realizadas 4 passagem.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

Sexta 09/05/2014 coletivo.

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toque no

campo de ataque.

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Sábado 10/05/2014 Amistoso.

Segunda 12/05/2014 Treinamento Tático.

Ligação direta defesa ataque, saída de contra taque em velocidade.

Quarta 14/05/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação salta por entre os arcos.

2º estação salta sobre barreiras.

3º estação mudança de direção entre os cones.

4º estação condução de bola em velocidade entre os cones.

5º estação jogar a bola por baixo da corda e salta.

6º estação finalização em gol.

Foram realizadas 4 passagem.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades

Sexta 16/05/2014 coletivo .

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toques no

campo de ataque.

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Segunda 19/05/2014 Treinamento Tático.

Contenção de bola no campo de ataque.

Quarta 21/05/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação 1 contra 1 ficar com a posse de bola.

2º estação trabalho de troca passe em dupla.

3º estação condução entre as estacas.

4º estação trabalho de cabeceio em dupla.

5º estação 1 contra 1 valendo gol.

6º estação condução de bola em linha reta.

7º estação condução em oito.

8º estação passe longo em dupla.

9º estação condução de bola com a perna não dominante.

10º estação saída da posição sentado, jogando a bola, para o alto e cabeceando

para o companheiro.

11º estação 1 contra 1 só com a perna não dominante.

Foram realizadas 4 passagem.

Todas as estações foram realizadas no tempo de 2m com intervalo de 1m para troca

de estação, foram realizados 3 passagem com intervalo de 5m entre cada

passagem, para hidratação.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

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Sexta 23/05/2014 coletivo.

Trabalho de marcação sobre pressão .

Sábado 24/05/2014 Amistoso.

Segunda 26/05/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em cobrança de escanteios, saída de contra taque em velocidade.

Quarta 28/05/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação 3 contra 3 e um cone.

2º estação todo o grupo conduzindo bola, em um espaço limitado.

3º estação todo o grupo conduzindo a bola.

4º estação 3 contra 3, manter a posse de bola.

5º estação 3 contra 3 jogando com a perna, que tem menos habilidade, vale gol.

6º estação exercícios de passe, em dupla.

7º estação exercício de cabeceio, em dupla.

8º estação 4 contra 2. O grupo de 4 jogadores so pode dar 2 toques. O grupo de 2

jogadores joga, livremente.

Todas as estações foram realizadas no tempo de 2m com intervalo de 1m para troca

de estação, foram realizados 3 passagem com intervalo de 5m entre cada

passagem, para hidratação.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

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Sexta 30/05/2014 coletivo.

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toque no

campo de ataque.

Segunda 02/06/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em cobrança de escanteios, saída de contra taque em velocidade.

Quarta 04/06/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação salta por entre os arcos.

2º estação salta sobre barreiras.

3º estação mudança de direção entre os cones.

4º estação condução de bola em velocidade entre os cones.

5º estação jogar a bola por baixo da corda e salta.

6º estação finalização em gol.

Foram realizadas 4 passagem.

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

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Sexta 06/06/2014 coletivo.

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toques no

campo de ataque.

Sábado 07/06/2014 Amistoso.

Segunda 09/06/2014 Treinamento Tático.

Posicionamento em cobrança de escanteios, saída de contra taque em velocidade.

Quarta 11/06/2014 Circuito Físico Técnico.

1º estação 1 contra 1 ficar com a posse de bola.

2º estação trabalho de troca passe em dupla.

3º estação condução entre as estacas.

4º estação trabalho de cabeceio em dupla.

5º estação 1 contra 1 valendo gol.

6º estação condução de bola em linha reta.

7º estação condução em oito.

8º estação passe longo em dupla.

9º estação condução de bola com a perna não dominante.

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10º estação saída da posição sentado, jogando a bola, para o alto e cabeceando

para o companheiro.

11º estação 1 contra 1 só com a perna não dominante.

Foram realizadas 4 passagem

Os atletas foram instruídos as fazerem todas as atividades 100% da suas

capacidades.

Sexta 13/06/2014 coletivo

Trabalho utilizando campo toda com três toques campo de defesa e dois toques no

campo de ataque finalização de primeira.

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APÊNDICE B

1 Exercícios de Resistencia em Meio Líquido

Aquecimento

5 min. de corrida moderada em volta da piscina.

5 min. De caminhada dentro do meio líquido para adaptação.

Treinamento de Correnteza

Resistência e agilidade de menbros inferiores (3 séries/ pausa

1min)

1-Em um círculo( dentro da piscina), os atletas se locomovem na máxima

velocidade permitida pela força de arrasto e após 30 seg, ao som de um

apito,muda-se a direção, passando de sentido horário para anti-horário. (4

trocas de direção)

2- Idem ao 1, mas executando a corrida lateral.

Velocidade e agilidade. ( 3 séries / pausa 1min)

1- Posiciona-se os atletas, lado a lado, proximo a parede lateral da piscina.

Ao som do apito, inicia-se uma elevação alternada de joelhos simulando uma

corrida no mesmo lugar em máxima velocidade e amplitude completa do

movimento durante 30 seg., ao segundo som do apito, os atletas saem em

disparada até o outro lado da piscina, toca a mão na borda e retorna ao ponto

de partida.

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2- Idem ao 1, mas executando a corrida (sprints) de frente e retornando de

costas.

Treinamento localizado

Membros inferiores (3 séries/ 2min / pausa 40seg.)

1- Com os dois pés apoiados no fundo, pernas estendidas e afastadas, realizar

alternadamente uma flexão e extensão de joelhos a frente, e juntos, elevando os

mesmos ao máximo, se possível quebrando a linha da água.

2- Idem ao 1, mas com as pernas unidas e realizar saltitos simultaneamente uma

flexão de joelhos a frente e retorna com uma extensão.

3- Idem ao 2, mas realizar saltitos de um lado para o outro, nas laterais.

4- Com um dos pés apoiado no fundo e o outro ligeiramente elevado, pernas

estendidas, realizar uma grande extensão a frente, seguida de uma grande flexão

atrás na articulação coxo-femural de aproximadamente 60°.(ora perna direita, ora

perna esquerda)

5- De pé, pernas estendidas e unidas. Realizar uma flexão e logo após uma

extensão de pernas elevada a frente (chute), e em seguida, uma flexão e logo

após uma extensão de pernas elevada atrás (empurrar). Repetir com a mesma

perna até o final de 10 repetições e realizar com a outra perna.

6- Idem ao anterior, alternando as pernas.

7- Com as duas pernas unidas realizar um saltito e elevar as duas pernas com os

joelhos flexionados e simultaneamente estender os joelhos a frente em seguida

retornas cm as penas ao solo.

8- De pé, pernas estendidas e unidas com as mãos apoiadas na borda da piscina

ou parede, respectivamente, realizar extensão de quadril com extensão de

joelhos, mantendo a coluna ereta, alternando as pernas.

Relaxamento e alongamento.

5min. de flutuação para a recuperação e volta a calma (diminuição dos batimentos

cardíacos) e 5min. de alongamento dos membros inferiores (músculos anteriores,

posteriores, abdutores e adutores da coxa).

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