efeito do programa bolsa família no estado...
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Efeito do Programa Bolsa Família no estado nutricional de crianças participantes da coorte
de nascimentos de Pelotas 2004.
Dr. Aluísio J D Barros
Centro de Pesquisas Epidemiológicas, UFPel
Doutoranda Kelen H. Schmidt, USP
Doutorando Jeremy Labrecque, McGill Univ.
INTRODUÇÃO
Mudanças no padrão de saúde e de consumo alimentar (BRASIL, 2012)
Desenvolvimento socioeconômico, urbanização, organização sistema saúde, acesso aos serviços, redução pobreza, exclusão
social, fome e desnutrição.
TRANSIÇÃO
Demográfica EpidemiológicaNutricional
Enorme redução da subnutrição e de sua desigualdade social
Políticas voltadas à redução da subnutrição
Importância da Alimentação e Nutrição no contexto da atenção
primária
Direito Humano à Alimentação Adequada
Objetivos do milênio WHO
Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)
Políticas e Programas de Saúde
Programas de Transferência Condicionada de Renda
Transf. renda
����mortalidade infantil (<5a), desnutrição e
diarréia(pobreza)
Rasella e col, 2013)
���� prevalência de sobrepeso e obesidade
(SISVAN BRASIL, 2009; Silva, 2011)
���� desnutrição e mortalidade
infantil(MORRIS e col., 2004; PAES-
SOUSA e col., 2011; MONTEIRO e col., 2009; VICTORA e col., 2011)
Melhoria da renda e dos padrões de alimentação (Cotta e Machado,
2013)
Gasto benefício
com alimentação (Cotta e Machado,
2013)
> gasto com alimentação e > disponibilidade de calorias nos beneficiados
(Martins, 2013)
Poucas mudanças no
perfil de consumo e restrição de
acesso a variedade de
alimentos(Martins, 2013)
���� ingestão proteínas
(adequação) nos
beneficiários(Piperata e col, 2011)
Justificativa� Alguma evidência de efeitos positivos do PBF na
situação nutricional de crianças� Mas limitada e há controvérsias na literatura
� Metodologia frequentemente frágil
� Há grandes desafios a serem enfrentados
� PBF: principal estratégia de enfrentamento e minimização da pobreza no país� Grande abrangência do PBF e gasto público
Coorte 2004 – ótima oportunidade
� Em 2004 todos os nascidos na zona urbana de Pelotas foram recrutados para um estudo
� Grande quantidade de informação coletada sobre saúde e nutrição
� Avaliações ao longo do tempo� 3, 12, 24, 48 meses, 6 anos
� Desde o nascimento, dados antropométricos
� Aos 6 anos avaliação detalhada da composição corporal� Massa magra, massa gorda� Bodpod, DXA, varredura fotônica tridimensional
� Informação de consumo alimentar� Padrões alimentares
Seguimento da Coorte 2004
Informação sobre PBF� Apenas uma pergunta aos 6 anos (31% sim)
� Desafio para o projeto� Ligar informações gerenciais do PBF com as famílias
participantes da coorte
Curiosa relação entre IEN e renda para beneficiários
� A média do IEN é muito parecida para beneficiários e não beneficiários
� Mas a média de renda não…
Info já obtida� Através do MDS
� Dados cadastrais do município de Pelotas� Valores pagos a partir de 2008� Ainda estamos tentando obter dados de 2004!
� A ligação de registros é difícil� Nem sempre o beneficiário é a mãe da criança da coorte� Nomes variam muito� Nunca registramos número de documentos� Temos que cruzar o nome da mãe e o da criança
HIPÓTESES� Crianças beneficiárias do PBF, comparadas com não
beneficiárias de mesmo nível de renda � Apresentam padrões de consumo alimentar diferente,
mais semelhante com crianças de nível econômico superior
� Apresentam maior altura, especialmente aquelas beneficiárias desde o nascimento
� Apresentam maior índice de massa gorda
� O maior tempo de benefício aumenta os efeitos observados
Objetivos� Estudar o efeito do PBF entre as crianças da Coorte
2004 em termos de � Composição corporal
� Padrão alimentar
� Crescimento
Composição corporal e crescimento
� Aos 6 anos as crianças foram avaliadas com � Bodpod = volume corporal
� Estimativa massa gorda
� DXA = absorção de raios X� Estimativa por segmentos de massa gorda, magra e óssea
� Avaliação antropométrica� Peso, altura, pregas cutâneas
� Aos 3, 12, 24, 48 meses e 6 anos
Padrões alimentares� Aos 12, 24, 48 meses
� Consumo alimentar em 24 horas a partir de uma lista de alimentos comuns
� Usando análise de componentes principais, obtivemos “perfis”alimentares
� Aos 6 anos� Questionário de frequência alimentar com 54 itens
� Reagrupados em 22 itens
� Análise de componentes principais para obter padrões alimentares
Análise estatística� Abordagem tradicional
� Modelos de regressão com ajuste para variáveis de confusão
� Pareamento por escore de propensão� Beneficiários e não beneficiários são pareados por um
escore estimado a partir de variáveis que predizem a chance de ser beneficário do programa
� Regressão descontínua� Avalia se há descontinuidade (mudança abrupta) do
desfecho em relação à renda no ponto de corte para pertencer ao programa
Etapas já desenvolvidas� Dados da Coorte 2004 disponíveis para as análises
� Dados identificados do cadastro de Pelotas e dos pagamentos a partir de 2008 já disponibilizados pelo MDS
� Análises preliminares em relação a composição corporal
� Próximos passos� Ligação de registros
� Obter dados de 2004 a partir dos bancos da prefeitura municipal de Pelotas