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EFEITO DA DADE DO SOLO NA REATMDADE DAS FRAÇÕES GLOTRICAS DE CALCÁRIO LS PEDRO DE MELO PLESE Engeeiro Agrônomo Orientador: Prof. Dr. JORGE DE CASTRO EHL Dissertação apresentada à Escola Superior de Aicultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mese em Aonomia, Área de concenação: Solos e Nuição de Plantas. PCICABA Estado de São Paulo - Brasil Maio - 2000

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Page 1: EFEITO DA UMIDADE DO SOLO NA REATMDADE DAS FRAÇÕES ...€¦ · Substituir "27 dias" por "22 dias"' pg. 29, linha 1 retirar a expressão: "próximo ao Latossolo Vermelho" pg. 29,

EFEITO DA UMIDADE DO SOLO NA REATMDADE DAS FRAÇÕES

GRANULOMÉTRICAS DE UM CALCÁRIO

LUÍS PEDRO DE MELO PLESE Engenheiro Agrônomo

Orientador: Prof. Dr. JORGE DE CASTRO KIEHL

Dissertação apresentada à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Agronomia, Área de concentração: Solos e Nutrição de Plantas.

PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil

Maio - 2000

Page 2: EFEITO DA UMIDADE DO SOLO NA REATMDADE DAS FRAÇÕES ...€¦ · Substituir "27 dias" por "22 dias"' pg. 29, linha 1 retirar a expressão: "próximo ao Latossolo Vermelho" pg. 29,

pg. 7. linha 17

Retirar a expressão "do solo"

pg. 8. linha 1 O

ERRATA

colocar no final da palavra "calcinado" a expressão "Brasil (1982)"

pg. 13, linha 25

substituir a equação: "NC=[CTC(V2-V 1)/10f' por "NC=(CTC(V2-V 1 )]/10f'

pg. 28

Figura 1

Substituir "27 dias" por "22 dias"'

pg. 29, linha 1

retirar a expressão: "próximo ao Latossolo Vermelho"

pg. 29, linha 27 e pg. 30. linha 1 e 2

retirar a oração: "Para a umidade de 53% da CRA. o maior pH foi alto de pH CaCh 0,01

mol L-1

deu-se quando a amostra de terra era submetida ao ciclo de 7 dias umedecida e 7

dias secas. " e substituir por "Para a umidade de 53% da CRA, o maior pH foi alto de pH

CaCb 0,01 mol L"1

deu-se quando a amostra de terra era submetida ao ciclo de 7 dias

umedecida e 7 dias seca."

pg. 30. linha 20 e pg. 31. linha 1

retirar a oração: "As demais frações, resultados foram ...... esperada." substituir pela

oração "As demais frações, mesmo submetidas às três diferentes freqüências de

molhamento e quatro umidades, não elevaram a V% ao valor esperado.''

pg. 38. linha 4

retirar a referência "BRASIL Leis e Decretos. 1982" e substituir por "BRASIL,

Ministério da Agricultura. Inspeção e fiscalização da produção e do comércio de

fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes e biofertilizantes destinados à

agricultura - Legislação e Fiscalização. Secretária Nacional de defesa Agropecuária,

Divisão de Corretivos e Fertilizantes. Brasília, DF., 1982, 88p. Portaria 01 de

04/03/83; Portaria 03 a 12/06/86."

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Dados internacionais de catalogação na Publicação <CIP> DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - campus "Luiz de Queirozn/USP

Plese, Luís Pedro de Melo Efeito da umidade do solo na reatividade das frações granulométricas de um calcário

/ Luís Pedro de Melo Plese. - - Piracicaba, 2000.

49 p.

Dissertação (mestrado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2000. Bibliografia.

1. Acidez do solo 2. Calagem 3. Calcário 4. Corretivo agrícola 5. Granulometriado solo 6. Umidade do solo 1. Título

CDD 631.432

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"A vida não é boa nem má. É o que é. É preciso aceitá-la e tentar

modificar com nossos fracos recursos. Como? Pelo trabalho, pela

modéstia e pela paciência."

Voltaire

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AOS MEUS PAIS, JOSÉ plNDARO E MARIA HELENA

E MINHA IRMÃ, CAROLINA

PELA APOIO RECEBIDO

OFEREÇO

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AGRADECIMENTOS

Em especial aos professores Dr. Jorge de Castro Kiehl e Dr. Luís Ignácio Prochnow,

pela atenção, paciência, orientação e a amizade desenvolvida ao longo do curso;

Ao Prof. Dr. José Eduardo Corrente e à estagiária Ana Paula Gomes da Silva

Gimenes, pelo apoio nos cálculos estatísticos;

Ao qUÍmico Luís Silva Júnior, do Departamento de Solos e Nutrição de Plantas da

ESALQ/USP, pela grande colaboração nas análises laboratoriais;

Aos amigos Silvino Guimarães Moreira, Cristiano Alberto de Andrade, Roberto

Hiroyuki Konno e Luciano Mendes Souza Vaz, Jorge Anderson Guimarães, Marcia

Aparecida Simonete e Marcos Gama Piedade, pelo apoio e ajuda fornecidos;

À Coordenação do Curso de Solos e Nutrição de Plantas e aos seus professores, pela

colaboração e apoio;

Á Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela

concessão da bolsa de estudo;

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sUMÁRIo

página RESUMO.......................................................................................................... vi

SUMM.A.R Y ........................................................................... ........................... viii

1 INTRODUÇAO............................................................................................. 1-3

2 REVISAO DE LITERA TURA.................................................................... 4

2.1 Acidez do Solo............................................................................................ 4-5

2.2 Corretivo de Acidez................................................................................... 5-7

2.3 Qualidade do Corretivo de Acidez............................................................ 7-12

2.4 Métodos para Correção do Solo............................................................... 12-13

2.5 Efeito da Calagem sobre o Solo e Produtividade das

2.6 Fatores do Corretivo na elevação da

Culturas ............ .

saturação por

14-15

Bases.................................................................................................................. 16-19 r

3 MATERIAL E METO DOS................................................ ......................... 20

3.1 Solo.............................................................................................................. 20

3.2 Calcário....................................................................................................... 21

3.2.1 Delineamento Experimental.................................................................. 21

3.2.2 Instalação e Condução............................................................................ 22-23

3.2.3 Análise Estatística................................................................................... 23

4 RESULTADOS E DISCUSSAO.................................................................. 24

4.1 Efeito da granulometria do calcário e da umidade nos valores de pH 24-29

do solo ............................................................................................................... .

4.2 Efeito da freqüência de molbamento nos valores de pH do solo........... 29-30

4.3 Efeito da granulometria do calcário, freqüência de molbamento e

níveis de umidade do solo na saturação por bases........................................ 30-34

5 CONCLUSA O............................................. .................................................. 35 A r

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA............................................................... 36-45 A

APENDICE....................................................................................................... 46-49

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EFEITO DA UMIDADE DO SOLO NA REATIVIDADE DAS FRAÇÕES

GRANULO MÉTRICAS DE UM CALCÁRIO

RESUMO

Autor: LUÍS PEDRO DE :rvtELO PLESE

Orientador: Prof Dr. Jorge de Castro Kiehl

As taxas de eficiência de cada fração granulo métrica dos calcários agrícolas,

atuahnente utilizadas para calcular sua reatividade (RE) e poder relativo de neutralização

total (PRNT), foram determinadas em laboratório considerando-se a proporção da fração

que reage num período de três meses em amostra de solo com umidade ajustada para a

capacidade de retenção de água. Essa condição de umidade normalmente não acontece

no campo, o que poderia explicar o fato de, na prática, se obterem muitas vezes valores

de saturação por bases (V%) inferiores aos projetados. Sabe-se que a presença de água é

fundamental para a solubilização do carbonato de cálcio no solo, pois participa da reação

química pela qual esse composto é convertido em bicarbonato. Portanto, pode-se supor

que a solubilização do corretivo aumente com a umidade do solo, e que níveis de

umidade abaixo do ideal devam reduzir sensivelmente a eficiência dos corretivos pouco

solúveis. Pode-se supor ainda que a alternância entre períodos secos e úmidos também

influa na reatividade. Apesar da elevada importância dessa característica do solo, pouca

informação existe na literatura sobre o efeito da umidade na eficiência dos corretivos.

Este trabalho teve o objetivo de estudar, em laboratório, o efeito de diferentes

níveis de umidade do solo e da alternância entre períodos secos e úmidos, sobre a

reatividade das frações granulométricas de um calcário agrícola. Os tratamentos

constaram da aplicação de calcário em quatro frações granulométricas « 2,38-2,00, <

2,00-0,84, < 0,84-0,30 e < 0,30 mm) e uma testemunha (sem calcário), de quatro níveis

de umidade da terra (O, 27, 53 e 80% da capacidade de retenção de água) e de três

freqüências de molhamento [amostras mantidas úmidas durante todo o período de três

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vii

meses (A) e amostra mantida úmida e seca em períodos alternados de 15 dias (B) e de 7

dias (C) ]. O número de repetições foi quatro, perfazendo-se um total de 240 parcelas.

Independentemente da umidade e época, a fração granulo métrica que conferiu

valores mais altos de pH foi a fração menor que 0,30 mm, seguida da fração < 0,84-

0,30 mm. As duas frações mais grosseiras resultaram em valores iguais ou muito

próximos aos da testemunha, mesmo após 3 meses de incubação, indicando baixa

reatividade dessas partículas.

A fração menor que 0,30 mm foi a que mais reagiu no período de 90 dias,

permitindo elevar a V% até o valor esperado (70%) ou acima deste, para todas as

umidades e freqüências de molhamento estudadas. As demais frações, mesmo

submetidas às três diferentes freqüências de molhamento e quatro umidades, não

elevaram a V% ao valor esperado. A fração < 0,84-0,30 mm foi quase tão eficiente

quanto a fração mais fina, resultando valores de V% próximo de 70%.

Os aumentos de pH e V% foram cada vez menores quanto mais grosseira era

fração. Valores mais altos de umidade do solo favoreceram a elevação do pH e da

saturação por bases pelo calcário, mas esse efeito foi pequeno. A freqüência de

molhamento do solo influi muito pouco na reatividade do calcário. O método da

calagem baseado na saturação por bases mostrou-se adequado somente para a fração <

0,30 mm e no período de 90 dias, não tendo sido influenciado pelo teor de água do solo

e freqüência de molhamento.

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EFFECT OF SOIL MOISTURE ON THE REACTIVITY OF

DIFFERENTP ARTICLE SIZA OF A LIMESTONE

SUMMARY

Autbor: LUÍS PEDRO DE MELO PLESE

Adviser: Prof. Dr. Jorge de Castro Kiehl

The efficiency rates of each granulometric fraction of limestones presently used to

calculate the reactivity and the relative power of total neutralization (RPTN) of these

materiais were determined in laboratory considering the proportion of the fraction that

would react in a period of three months when mixed to a soil sample with a moisture

content of 100% of the water hoIding capacity. This moisture condition is rarely found

in the field, a fact that could expIain why in most cases the soil base saturation achieved

after liming is somewhat Iess then the predicted value. It is known that water is essential

for the solubilization of calcium carbonate in the soil, since it participates in the

chemical reaction by which this compound is converted to bicarbonate. Therefore, it is

fair to suppose that lime solubilization wilI increase with soil moisture, and that water

content leveIs below the ideaI vaIue should decrease the efficiency of pH corrective

materiais oflow solubility. It is aIso supposed that subjecting the soil to different wetting

regimes or drying/wetting cycles will influence lime reaction. Despite of the high

importance of this soil characteristic, the amount of information in the literature about

the in:fluence of soil moisture on the efficiency of limestone is very small.

This experiment was carried out in the State of São Paulo, Brazil, to study in the

laboratory the effect of soil moisture and of soil drying/wetting patterns on the reactivity

of the following granulometric fractions of a limestone: <2.38-2.00 mm; <2.00-0.84

mm; <0.84-0.30 mm; and <0.30 mm; there was a control treatments to which no lime

was added. Moisture leveIs were 0%, 27%, 53% and 80% of the soil water holding

capacity, whereas wetting regimes were: samples maintained wet for a three-month

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IX

period or subjected to dry and wet condition in cyc1es of 15 and 7 days for three months.

The number ofreplicates was four.

IrrespectiveIy to soil moisture and time, the highest soil pH vaIues were observed

for the fraction <0,30 mm, followed by the fraction <0,84-0,30 mm. The two coarsest

fractions resuIted pH values that were equaI to or similar to those of the contraI

treatment, even afier 3 months of incubation; this indicates that these fractions present a

very low reactivity in the soil.

The fraction <0.30 mm was the most reactive in the period of 90 days, resulting an

increase in base saturation up to the expected value (70%) or higher, for alI the moisture

leveIs and wetting regimes studied. The fraction < 0.84-0.30 mm was almost as efficient

as the finest one, since the results obtained were cIose to 70%.

The increases in pH and V% were pragressiveIy smaller as lime fraction became

coarser. Higher moisture leveis favored the increase in soil pH and base saturation by

lime, but this effect was small. The wetting regime had a very small influence on the

reaction of lime in the soil. The Iiming method based on the increase in soil base

saturation showed to be adequate only for the fraction <030 mm and afier a period of 90

days; the results obtained with this method were not influenced by soil moisture leveI

and wetting regime.

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1 INTRODUÇÃO

A maioria dos solos brasileiros apresenta alta acidez, o que normalmente traz

como conseqüência, baixa produtividade das plantas cultivadas. A acidez do solo está

diretamente relacionada ao conteúdo de hidrogênio ionizável, ao teor de AI em suas

diferentes formas iônicas e, em menor grau, ao teor dos íons manganês e ferro. Todas

essas espécies estão em equilíbrio com a solução do solo, onde ocorrem as mais variadas

reações de hidrólise. Portanto, os solos ácidos podem apresentar níveis tóxicos de

alumínio e manganês, associados a deficiência de cálcio, magnésio e fósforo.

O fato de existirem na natureza solos ácidos, solos neutros e solos alcalinos deve­

se ao modo e intensidade com que certos fatores ligados ao clima, à vegetação e ao

manejo agem sobre o solo; além desses fatores externos, a natureza do material de

origem também pode exercer certa influência sobre a reação. Pode-se dizer que a reação

de um solo é o resultado da interação de todos esses fatores, ainda que alguns tenham

maior influência que outros.

A prática que favorece a eliminação total ou parcial da acidez do solo é a calagem,

que consiste na aplicação ao solo de determinados materiais ricos em cálcio e magnésio,

com o objetivo de reduzir sua acidez e tomá-lo mais adequado ao desenvolvimento das

plantas. Além de corrigir o pH, a calagem aumenta os teores de cálcio e magnésio do

solo, comumente baixos sob condições de acidez, aumenta a disponibilidade de alguns

nutrientes, diminui ou elimina os efeitos tóxicos de certos elementos como AI e Mn, e

melhora as propriedades fisicas e biológicas do solo. Outra contribuição da calagem é o

aumento da capacidade de troca de cátions efetiva, o que resulta em maior retenção de

nutrientes catiônicos e menores perdas por lixiviação. Inúmeros trabalhos realizados em

solos ácidos têm demonstrado haver resposta das culturas à aplicação desses materiais,

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genericamente chamados de corretivos.

O corretivo de acidez mais utilizado é o calcário agrícola, que vem a ser a rocha

calcária moída e peneirada, contendo CaC03 ou mistura de CaC03 e MgC03. Outros

corretivos são a cal virgem (CaO ou mistura de CaO e MgO) e a cal hidratada [Ca(OH)z

ou mistura de Ca(OH)2 com Mg(OH)z]; também podem ser utilizados como corretivos as

margas, as conchas moídas e certos resíduos industriais.

Os calcários agrícolas variam quanto à sua característica mineralógica,

composição química e propriedades físico-químicas. Podem conter em sua composição a

calcita (CaC03), a dolomita (CaC03.MgC03), ou uma combinação desses compostos.

Dependendo do seu teor de magnésio, os calcários podem ser calcíticos, magnesianos e

dolomíticos.

Há algumas décadas, a capacidade dos calcários em corrigir a acidez do solo era

medida apenas pelo seu poder de neutralização (PN). O PN é a capacidade potencial ou

teórica do corretivo em neutralizar a acidez do solo, o que depende não só do teor dos

neutralizantes mas também da natureza química dos mesmos. O PN de um corretivo

também é chamado de equivalente em CaC03, pois expressa a massa de CaC03 com a

mesma capacidade neutralizante de uma unidade de massa do corretivo.

Posteriormente, verificou-se que a avaliação de um corretivo apenas pelo seu PN

era inadequada, uma vez que não levava em conta uma importante característica dos

materiais de baixa solubilidade: o grau de subdivisão ou tamanho das partículas. Para

contornar esse inconveniente, foi introduzido o conceito de reatividade (RE) do

corretivo, determinada pelas taxas de eficiência de neutralização das diferentes frações

granulométricas que compõem o material.

As taxas de eficiência de cada fração granulométrica foram determinadas em

laboratório considerando-se a proporção do corretivo que reage num período de três

meses em amostra de solo com umidade ajustada para a capacidade de retenção de água.

Essa condição de umidade normalmente não acontece no campo, o que poderia explicar

o fato de, na prática, se obterem muitas vezes valores de saturação por bases (V%)

inferiores aos projetados. Sabe-se que a presença de água é fundamental para a

solubilização do carbonato de cálcio no solo, pois participa da reação química pela qual

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3

esse composto é convertido em bicarbonato. Portanto, pode-se supor que a solubilidade

do corretivo aumente com a umidade do solo, e que níveis de umidade abaixo do ideal

devam reduzir sensivelmente a eficiência dos corretivos pouco solúveis. Pode-se supor

ainda que a alternância entre períodos secos e úmidos também influa na reatividade.

Apesar da elevada importância dessa característica do solo, pouca informação

existe na literatura sobre o efeito da umidade na eficiência dos corretivos.

Este trabalho teve o objetivo de estudar, em laboratório, o efeito de diferentes

níveis de umidade do solo e da alternância entre períodos secos e úmidos, sobre a

reatividade das frações granulométricas de um calcário agrícola.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Acidez dos Solos

Os solos brasileiros situam-se na região tropical e estão expostos a altas

temperaturas e pluviosidade. Estas condições levam à predominância de elevadas taxas

de intemperização. Desta forma, a maior parte dos solos brasileiros são desgastados e

possuem reação ácida.

Os solos ácidos apresentam-se inadequados para o desenvolvimentos da maioria

das culturas. Isto porque, associada à acidez do solo, aparece a toxicidade de AI (pavan

et aI., 1982) e a deficiência de cálcio (Ritchey et al., 1982), que têm sido apontadas

como as restrições mais sérias no crescimento radicular, levando a baixas

produtividades nos solos ácidos. Autores como Mohr (1960), Kamprath (1967) e Reeve

& Summer (1970) consideram o AI trocável o principal causador do baixo rendimento

das culturas em solos com pH menor que 5. Para Volkweiss (1970), o baixo rendimento

das culturas em solos brasileiros é devido à toxicidade de manganês, que também

ocorre devido ao baixo pH.

A acidez ativa do solo é definida como todo o hidrogênio (Ir) presente na

solução, medida pelo pH. Essa acidez pode ser determinada com um potenciômetro,

utilizando-se dois métodos principais: no primeiro, utiliza-se uma suspensão de terra

em água, e no segundo, em cloreto de cálcio (CaCh) 0,01 moI L-I. A acidez trocável ou

de troca é formada pelos íons de Al+3 na forma trocável no solo. Estes íons são

extraídos do solo por meio de uma solução de KCll moI L-I. A acidez de troca inclui o

íon de hidrogênio quando este está retido como trocável, por carga constante.

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5

A acidez potencial é a acidez resultante da somatória da acidez divida aos íons

AI+3 trocáveis e dos íons hidrogênios ligados covalentemente aos colóides e que são

neutralizados com a elevação do pH até 7,0 ou 7,5. Esta acidez é extraída com solução

tamponada de sal neutro (acetato de cálcio) ao pH 7,0, ou por meio da solução tampão

SMP, ao pH 7,5.

O pH no qual os íons de Al+3 começam a se hidrolisar depende das quantidades

de íons W e At3 presentes no solo. A hidrólise do alumínio ocorre completamente

quando o pH atinge o valor de 5,3 ou 5,4. Assim, o pH da solução depende largamente

da quantidade de íons W. Com isto, a hidrólise do alumínio só ocorrerá quando todo o

íon W for neutralizado (Yuan, 1963).

Coleman et alo (1964) sugerem que a ionização do H dos óxidos e hidróxidos de

Fe e AI ocorre na porção da CTC com cargas dependentes do pH de Oxissolos e

Ultissolos. Coleman & Thomas (1967) verificaram que acima do pH 5,5 os hidrogênios

dos hidróxidos de Fe e AI e matéria orgânica estão ionizados.

2.2 Corretivos de Acidez

Todo material utilizado para corrigir a acidez do solo contém componentes

neutralizantes, como carbonatos, óxidos, hidróxidos e/ou silicatos de cálcio e/ou

magnésio. Os componentes neutralizantes são C03-2, OH-, e Si03-2, e não os cátions

Ca2+ e Mg2+. Dentre os materiais existentes, o mais utilizado é o calcário, por se

apresentar com relativa abundância e freqüência na natureza.

Os óxidos de cálcio ou magnésio são obtidos da calcinação do calcário, sendo

conhecidos como cal virgem. Esse corretivo apresenta-se na forma de um pó fino. Os

hidróxidos de cálcio ou magnésio, também conhecidos como cal hidratada ou cal

extinta, possuem características e propriedades semelhantes às dos óxidos; o calcário

calcinado é obtido pela calcinação parcial do calcário, dando origem a um produto onde

nem todo o carbonato de cálcio e magnésio são decompostos; portanto, trata-se de um

produto intermediário ao calcário e à cal. O outro tipo de corretivo é a escória

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siderúrgica, um subproduto da indústria do ferro e do aço; nesse material, o

componente da neutralização é o silicato de cálcio e/ou magnésio, cujo papel é muito

semelhante ao do calcário (Gomes et a!., 1962; Wutke & Gargantini, 1962; Gomes et

al., 1965).

Existem outros materiais neutralizantes que podem ser utilizados, tais como:

margas (depósitos terrestres de carbonato de cálcio), calcários marinhos (corais,

sambaquis) e subprodutos de diversas indústrias. A cal cita ou aragonita apresenta alta

pureza em carbonato de cálcio, contendo 56% de cálcio na forma de óxido de cálcio. A

doi omita é altamente pura, contendo 30,4% de CaO e 21,8% de MgO (Boynton,1966).

o termo calcário é geralmente utilizado para designar a rocha carbonatada moída,

composta de carbonato de cálcio ou combinação de carbonato de cálcio e de magnésio;

possui, ainda, quantidades variáveis de impurezas, sendo as mais comuns minerais

contendo silício e alumínio.

Os calcários podem ser calcíticos, quando possuem menos que 5% de MgO;

dolomítico, quando contém mais que 12% de MgO; e magnesiano, quando apresenta

em tomo de 5 a 12% MgO (Alcarde, 1992).

Todos os pesquisadores em geologia concordam que o calcário pode ser

composto de quatro minerais e impurezas restritas: ca1cita - CaC03; aragonita -

CaC03; doi omita - CaC03.MgC03 e magnesita - MgC03.

A solubilidade em água das espécies neutralizantes de corretivos é baixa. Por

exemplo, o carbonato de cálcio apresenta uma solubilidade de 0,014 g L-I a 25° C

(Alcarde, 1992). Em água destilada pura, que é livre de C02 dissolvido e numa

atmosfera também livre de C02 livre, o calcário é virtualmente insolúvel, mas com o

aumento parcial da pressão do CO2, a solubilidade aumenta até o ponto onde pode ser

considerado como sendo fracamente solúvel (Boynton, 1966). Contrariamente, com

C02 elevado e aumento da temperatura, há diminuição na solubilidade do calcário.

A umidade do solo é outro fator de extrema importância na dissolução do

calcário. Três experimentos foram realizados por Shaw (1961), em condição de

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7

laboratório, com diferentes solos, umidades e frações granulométricas de um calcário

calcítico. No primeiro experimento estudaram-se as frações 10, 18, 35 e 60 mesh

submetidas a dois níveis de umidade (80% e 100% da saturação do solo), sendo que as

frações granulométricas 18 e 35 mesh foram as que mais reagiram na umidade de 100%

da saturação do solo. Para as frações granulométricas de 10 e 60 mesh não houve

diferença entre os dois níveis de umidade; o autor explica esse fato corno sendo devido

à pequena diferença entre os dois níveis de umidade.

No segundo experimento amostras de solo foram tratadas com as frações

granulométricas 18,35 e 60 mesh e incubadas sob três níveis de umidade (60%, 80% e

100% da saturação), sendo avaliada a solubilidade do calcário nas épocas de 30, 60 e

90 dias. O autor observou que todas as partículas apresentaram maior solubilidade para

a umidade de 100% da saturação do solo.

No terceiro experimento, Shaw (1961) estudou as frações granulométricas 60

mesh no período de 7 dias e 120 mesh nas épocas de 7 e 14 dias, para níveis de

umidade de 50% a 150% da saturação do solo. Os resultados demonstraram que,

quanto maior o nível de umidade, maior a dissolução das frações do calcário. O autor

relata que o nível baixo de umidade age mais lentamente do solo na dissolução das

frações mais grossas que mais fmas.

2.3 Qualidade dos Corretivos de Acidez

Um dos parâmetros para avaliar o corretivo de acidez é o poder de neutralização

(PN). O PN leva em consideração a quantidade de base química presente no corretivo.

É determinado de forma direta por titulação (Koche et aI., 1989). O PN tem sido

calculado a partir dos teores de cálcio e magnésio do corretivo, utilizando-se a

expressão PN = 1,79 x %CaO + 2,48 x %MgO. Contudo, o valor de PN calculado

geralmente é maior que o determinado, pois inclui os teores de cálcio e magnésio

ligados a bases inexpressivas como fosfatos e sulfatos (Alcarde & Rodella, 1996a;

Alcarde & Rodella, 1996b).

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8

A legislação brasileira exige que o calcário encaminhado para a detenrunação do

poder de neutralização tenha a granulometria comercial, diferentemente de como é

realizado nos Estados Unidos, onde a partícula do calcário é moída. Resultados de

Alcarde & Rodella (1996b) demonstraram que as amostras moídas e passadas em

peneira de número 100 (ABNT) foram mais adequadas à análise (por se ter uma

amostra mais homogênea) e produziram valores mais corretos de poder relativo de

neutralização total (PRNT).

A legislação brasileira (Brasil, 1986) exige um PN mínimo para o calcário,

sambaquis e margas de 67%; 125% para as cais virgens agrícolas; 94% para cais

hidratas; 60% para as escórias; 80% para calcários calcinados. Os teores mínimos de

cálcio e magnésio (%CaO + %MgO) exigidos são: 38% nos calcários, margas e

sambaquis; 68% na cal virgem agrícola; 50% na cal hidratado agrícola; 30% nas

escórias; 43% nos calcários calcinados.

O segundo parâmetro para avaliar os calcários agrícolas está relacionado à

granulometria: é a reatividade. Esta é obtida separando-se o material em diferentes

frações granulométricas e atribuindo-se taxas de reatividade para cada fração. A taxa de

reatividade é definida como sendo a fração de determinada granulometria do corretivo

que reage em um período de três meses.

No Brasil, a legislação prevê o cálculo da reatividade (RE) dos corretivos

levando-se em consideração as taxas de reatividade que constam da Tabela 1. Estas

taxas de reatividade foram obtidas em experimentos realizados em laboratório em

condições ideais de temperatura e umidade. Alcarde et al. (1989), avaliando a

reatividade de corretivos, verificaram que as taxas médias de reatividade de diferentes

frações granulométricas obtidas em 90 dias são semelhantes às adotadas pela legislação

brasileira. A fórmula para o cálculo da reatividade é: RE (%) = O x (% retida na peneira

de número 10) + 0,2 x (% retida entre as peneiras de número 10 a 20) + 0,6 x (% retida

entre as peneiras de número 20 a 50) + 1,0 x (% que passa na peneira 50), sendo os

números das peneiras correspondentes aos da ABNT.

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Tabela 1. Taxas de reatividade das partículas de diferentes tamanhos dos calcários, adotadas pela legislação brasileira

Fração granulométrica Taxa de Reatividade

Peneira ~ (ABNT) Dimensão

mm %

Maior que 10 Maior que 2,00 O

10-20 2,00 a 0,84 20

20-50 0,84 a 0,30 60

Menor que 50 Menor que 0,30 100

9

A granulometria mínima exigida pela legislação brasileira é do seguinte modo:

os calcários devem passar no mínimo 95% na peneira de número 10, 70% de número

20 e 50% de número 50.

Davis (1951), Webster et alo (1953), e Thomas & Gross (1952), estudando

diferentes corretivos, determinaram que as partículas de mesmo tamanho dos calcários

calcíticos reagem mais rapidamente que as do dolomítico. A reação das partículas do

calcário é mais intensa e rápida quanto maior a sua área de contato com o solo

(Albretch, 1946). Barber (1967) também determinou que o calcário calcítico é mais

reativo que o dolomítico. Para Meyer & Volk (1952), o calcário calcítico apresenta

uma reatividade pouco maior que o dolomítico, embora em frações mais finas que 50

mesh, o calcário dolomítico tendeu a ser mais reativo que o calcítico ..

No Brasil, Verlengia & GargantiIú (1972) demonstraram que o calcário

dolomítico é mais efetivo que o calcítico na elevação do pH e dos teores de cálcio e

magnésio do solo. Resultados contrários foram observados por Gargantini (1974),

trabalhando com calcários calcíticos e dolomíticos passados através das peneiras de

malhas 10, 18,35,40 e 50 mesh. Partindo de material que passou 100% na peneira de

10 mesh e 50% na de 50 mesh, não observou diferença no efeito entre os dois calcários

na produção de trigo e para as granulometrias estudadas. Kurihara et aI. (1999) também

não observaram diferença entre os calcários calcítico e dolomítico de mesma natureza

geológica, quanto à eficiência em elevar o pH do solo.

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10

Em experimento desenvolvido em casa-de-vegetação, utilizando Terra Roxa e

três tipos de corretivos com granulometrias situadas entre 65-150 e 150 e 270 mesh,

Gallo et al. (1956) não observaram diferenças significativas no pH e no teor de H não

trocável (chamado de H+ trocável pelos autores, como era denominado na época) para

quaisquer dos três materiais utilizados: calcário calcítico, calcário dolomítico

sedimentar e calcário dolomítico cristalino.

Verlengia & Gargantini (1972) verificaram que o tempo não influencia no

aumento do efeito do calcário, mas a granulometria altera sensivelmente a eficiência do

material. Love et al. (1960) verificaram que a eficiência relativa obtida em função do

tempo aumenta a reatividade de todas as frações, especialmente as frações grossas.

Beacher & Merkle (1948), conduzindo experimento em laboratório com

aplicação de calcário de diferentes granulometrias, verificaram que, quanto mais fina a

granulometria, mais rápida era a correção da acidez do solo. Gargantini (1974) não

observou diferença significativa entre as diferentes frações de corretivos estudadas.

Hoyert & Axley (1952) também verificaram que o efeito na elevação do pH não é

devido à fmura da partícula do calcário, mas sim, às doses.

Meyer & Volk (1952) estudaram o efeito do tamanho das partículas do calcário

na reação do solo, troca de cátions e crescimento da planta, e observaram que as

partículas maiores que 50-mesh necessitam de 18 meses para causar o efeito total no

solo. Mielniczuk et aI. (1970), em trabalho de laboratório utilizando carbonato,

observaram reação completa em menos de 21 dias após aplicação. Pierre (1929)

observou que, para a fração granulométrica que não passa pela peneira de 20 mesh, a

reatividade é lenta, e no período de 2 anos, a reação foi de apenas 20% em relação ao

carbonato de cálcio puro. Por sua vez, as frações que passaram pela peneira de 60 mesh

apresentaram reatividade de 100% no mesmo período.

Souza & Neptune (1979) estudaram os efeitos da granulometria de calcários

dolomíticos apresentando as seguintes granulometrias: (a) um comercial, 55% retido na

peneira 40, 7% na peneira 50, 3% na peneira 60 e 35% passando na peneira 60; (b)

60% retido na peneira 40 e 40% na peneira 50; ( c) 60% retido na peneira 40 e 40%

passando pela peneira de 60. Esses materiais foram aplicados em Latossolo Vermelho-

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11

Escuro textura média. A única influência da granulometria nos valores do pH do solo

foi observada aos 107 dias, tendo a granulometria mais fina superando a testemunha.

Para uma mesma fração granulométrica, calcários de origem metamórfica e

sedimentar não apresentaram diferença quanto à reatividade (Camargo, 1972;

Bellingieri, 1983; Bellingieri et al., 1989). Por outro lado, Kurihara et aI. (1999)

demonstraram que a eficiência relativa do calcário de origem sedimentar é, em geral,

superior à dos metamórficos, principalmente no Latossolo Roxo distrófico.

A eficiência dos calcários na correção da acidez dos solos, desde que com o

mesmo grau de finura, é influenciada pelo tipo de solo (Bellingieri, 1983; Bellingieri et

al., 1988a; Bellingieri et al., 1988b; Bellingieri et al., 1989; Alcarde et aI., 1989;

Padolfo & Tedesco 1996a e 1996b; Kurihara et al., 1999).

Em estudo realizado por Raij (1977) com diferentes de peneiras, no qual se

determinaram as eficiências relativas e o PRNT das frações, obtiveram-se resultados

semelhantes aos adotados pela legislação. Bellingieri et aI. (1988a e 1989), contudo,

encontraram valores mais elevados para Er granulométrica (eficiência relativa

agrícola). A eficiência relativa das partículas do calcário foi de 35% para fração retida

entre as peneiras de 10 e 30, sendo que a fração granulométrica retida entre as peneiras

de número 30 e 50 atingiu 75% e a partícula granulométrica que passou pela peneira 50

foi de 100%. Bellingieri et aI. (1988a), concluíram que as fórmulas que têm sido

utilizadas para o cálculo do PRNT dos calcários agrícolas no Brasil devem subestimar a

eficiência desse produto nas condições brasileiras, além de carecerem de um respaldo

mais convincente.

Para as frações de 2,00-0,84 mm, 0,84-0,30 mm e menor que 0,30mm, Padolfo &

Tedesco (1996a) obtiveram eficiências relativas das partículas de calcário para o

período de 2 anos, iguais a 31,5%, 68,0% e 100%, respectivamente. Enquanto isso,

Padolfo & Tedesco (1 996b ) obtiveram eficiências relativas das partículas do calcário

com diâmetro entre 2,00 e 0,30 mm, num período de 2 anos, variando de 18,5% a

63,5% num solo Podzólico Vermelho Escuro (PE), e de 44,6% a 90,1% em solo

Latossolo Bruno álico (LB).

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12

Em condições de campo, a umidade dificilmente é mantida por três meses

próxima da capacidade de campo, tal como é realizado nos laboratórios. Este pode ser

um dos principais motivos que têm levando a valores de V inferiores ao calculado. Os

outros motivos encontrados por Gomes (1994) e Gomes et aI. (1996), são a

granulometria, a composição química e a morfologia das partículas.

Para melhor avaliar o calcário, criou-se o poder relativo de neutralização total

(PRNT), que se baseia nos valores do poder de neutralização e a reatividade. A

fórmula utilizada é: PRNT(%) = (PN) (RE/1 00).

2.4 Métodos para Correção da Acidez

Vários métodos têm sido utilizados no Brasil para o cálculo da necessidade de

calagem, destacando-se o do alumínio, o da solução tampão SMP e o da saturação por

bases (V%). O método do alumínio foi introduzido no Brasil através do Programa

Internacional de Análise de Solo (CATE, 1965), que inicialmente utilizava a fórmula

Ae+x 1,5 = t ha-1 de CaC03, sendo o AI expresso em cmolc dm-3•

O método da solução tampão SMP (Shoemaker et aI.. 1961) é utilizado no Rio

Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC). É um método de simples execução,

consistindo na determinação do pHSMP de uma suspensão de solo, água e a solução

tampão. Obtém-se a quantidade de calcário necessária para elevar o pH do solo a um

valor desejado, utilizando-se tabelas previamentes elaboradas.

Um dos primeiros trabalhos referentes ao método da V% foi o de Catani & Gallo

(1955), que consistiu na elevação da saturação por bases, preconizando o princípio da

correlação entre o pH e a V% do solos. Neste trabalho, os autores obtiveram um

correlação de r = 0,9477 entre o pH e V%. Em experimento desenvolvido por Castro et

al. (1972), foram encontradas altas correlações entre o pH em cloreto de cálcio e V%. A

fórmula desenvolvida baseia-se nos teores de H+Al e na saturação por bases. A fórmula

pode ser descrita assim:

NC=H(i2-il)/(1-il)

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13

onde:

NC = necessidade de calagem em t ha-l de CaC03 (20 cm de profundidade)

H = teores de H+AI em mmolc 100g-1 de terra, determinado pela extração com acetato de

cálcio a pH 7,0

i2 = saturação por bases desejada (70%)

il = saturação por bases atual do solo, obtida através do pH empregando-se a equação:

4,288 + 0,03126 V% (r=0,97).

Malavolta (1976) deduziu uma fórmula mais simples para o cálculo de calagem,

na qual fixa o valor de V%=85. Esta fórmula utiliza somente o H+Al determinado pelo

acetato de cálcio e a capacidade de troca de cátions (CTC).

L=H+AI-0,15T

onde:

L = necessidade de cal agem em t ha-I para 20 cm de profundidade

T = capacidade de troca de cátions em mmolc 100g-1 de terra

0,15 = fator que fixa V= 85% (1,0 - 0,85 = 0,15)

A fórmula utilizada atualmente no Estado de São Paulo, adaptada de Quaggio (1983), é

a seguinte:

NC = [CTC (V2 - VI) flOf

NC = necessidade de calagem expressa em t ha- l para 20 cm de profundidade

T = capacidade de troca de cátions, expressa em mmolc L-I

VI = saturação por bases atual do solo, %

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V 2 = saturação por bases desej ada, %

f = fator de calagem (f = 1001PRNT)

Substituindo-se o valor de f, a fórmula da NC pode ser escrita da seguinte maneira:

NC = CTC(V2 - VJ) /10 x PRNT

14

Além do Estado de São Paulo, outros estados também constataram a importância

em se conhecer a relação entre a saturação por bases e o pH. Sousa et aI. (1989)

coletaram amostras de solos do Estado de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia, e determinaram que em áreas sob cerrados, para se

obter um pH em água entre 5,5 e 6,0, a V deverá estar entre 35% e 50%.

2.5 Efeito da Calagem sobre o Solo e Produtividade das Culturas

A calagem é uma prática que atua na neutralização da acidez, agindo na

neutralização de íons de H+ e dos íons de Ae+ (Kenney & Corey, 1963). Kamprath

(1970) verificou que a ação do calcário no solo propiciou uma pequena reação com os

W na forma não trocável presentes nos hidróxidos de alumínio, ferro e os grupos

carboxílicos da matéria orgânica, enquanto o AI+3 trocável foi totalmente neutralizado,

mudando o pH inicial de 4,5 para 5,4. Para Thomas (1960), o alumínio na forma

trivalente é neutralizado por três grupos OH.

A quantidade de calcário utilizada por Gargantini (1974) possibilitou eliminar o

alumínio presente no solo, e foi suficiente para elevar o pH a 6,5 e permitir maiores

produções de matéria seca de milho e trigo em condição de casa-de-vegetação. Beacher

et aI. (1952) também obtiveram para calcários calcíticos e dolomíticos passados em

peneiras de 100 mesh, efeito igual ao dos calcários hidratados em termos de aumento

do pH e diminuição nos teores de H, AI e Mn presentes no solo.

A calagem aumentou a produção de amendoim por proporcionar um aumento no

número de grãos por vagens (Caíres & Rosolem, 1995). Oliveira et aI. (1997),

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estudando a resposta da cultura do milho à calagem em Latossolo Vermelho-Escuro

álico, observaram que a correção do solo proporcionou um aumento no pH e

diminuição no teor de manganês na folha do milho. Quaggio et aI. (1982) obtiveram o

mesmo resultado para a soja. Paula et al. (1989) também obtiveram uma redução do

teor de AI e Mn na folha de sorgo devido ao efeito da calagem. Quaggio et aI. (1985a)

observaram que a calagem aumentou a disponibilidade de nutrientes como cálcio,

magnésio, fósforo e molibdênio, e reduziu a disponibilidade de manganês.

Quaggio et alo (1985b) estudaram a calagem para a sucessão batata-triticale-milho

utilizando calcário dolomítico, calcítico e magnesiano, com doses de 0, 3, 6, 9 e 12 t ha-

1. Observaram, para a cultura da batata e da triticale, diminuição nos teores foliares de

alumínio e manganês quando aplicaram calcário.

Mascarenhas et alo (1968) estudaram o efeito de doses crescentes de calcário em

Latossolo Roxo sob vegetação de cerrado, recém-desbravado. Verificaram elevação do

pH e dos teores de cálcio e magnésio, como também redução do teor de alumínio, após

a segunda colheita de soja. No segundo ano de produção de soja, Bellingieri et alo

(1992) encontraram diminuição do teor de manganês somente para o tratamento que

recebeu o calcário calcítico. Resultados semelhantes foram encontrados por Meyer &

Volk (1952), trabalhando com diferentes frações granulométricas de calcário

dolomítico e calcítico. Obtiveram, para as frações entre 40-50, 60-80 e < 100 mesh,

diminuição do teor de manganês no solo, onde foram cultivada soja e alfafa.

Gallo et aI. (1956), avaliando o efeito dos calcários calcítico, dolomítico

sedimentar e dolomítico cristalino na reação do solo e no desenvolvimento da soja,

observaram que todos os tratamentos que receberam calcário, indistintamente do tipo

empregado, propiciaram maior desenvolvimento da cultura. Oliveira et aI. (1983)

trabalharam com cultivares de milho resistentes à acidez do solo, sendo que a eficiência

da aplicação de calcário demonstrou existir uma relação positiva entre a produção de

grãos e a calagem.

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2.6 Fatores do corretivo na elevação da saturação por bases

Nos trabalhos descritos na literatura brasileira têm sido utilizados calcários com

diferentes origens para elevar a saturação por bases ao valor desejado, e isto vem

trazendo uma certa dúvida quanto à eficiência do método da saturação por bases e ao

tempo de reatividade do calcário no solo. Os resultados mostram que os valores de

saturação por bases obtidos geralmente ficam aquém daquele previsto pela fórmula.

Quaggio et aI. (1982) utilizaram um calcário com PRNT de 57% em Latossolo

Roxo distrófico recém-desbravado e obtiveram, após 6 meses da aplicação, uma V de

68% com a dose de 12 t ha- l, Os autores explicam que esperavam atingir valores mais

altos de V%, e que isto não foi possível devido à granulometria do calcário ser muito

grosseira. Caires & Rosollem (1993) utilizaram calcário filler (com reatividade maior

100%) com PRNT de 96%, e mesmo assim não conseguiram chegar a valores de V

acima de 55% a 60% na camada arável. Segundo os autores, os valores de V da ordem

de 55% a 60% encontram-se mais próximos do teórico, mas, desse ponto em diante há

grande divergência das curvas, indicando que o poder tampão do solo é maior que o

estimado, em função das divergências observadas nos coeficientes angulares. Tiritan et

al. (1998) observaram, em um Latossolo Vermelho-Amarelo. uma V de 41% dois meses

após a aplicação de um calcário com PRNT de 83,4%, em dose calculada para elevar a

saturação por bases a 90%.

Oliveira et aI. (1997) realizaram um experimento em Latossolo Vermelho Escuro

álico aplicando doses de O, 2,2, 4,4, 6,6 e 8,8 t ha- l de calcário dolomítico com

PRNT= 100%. Apesar de ter sido observado aumento na V%, os valores calculados de

saturação por bases ficaram a desejar. Os autores enfatizam que este comportamento,

freqüentemente encontrado na literatura, pode ser atribuído a diversos fatores, tais como:

eventuais perdas de Ca e Mg, poder tampão do solo, equilíbrio químico das reações do

calcário e a granulometria grosseira do corretivo, dificultando-lhe a solubilização.

Bellingieri et al. (1992) aplicaram em um Latossolo Vermelho Escuro, textura média,

doses de calcários dolomítico (PRNT=78%) e calcínado (PRc~T=104%), suficientes para

elevar a saturação por bases a 70%, mas obtiveram, após 111 dias da aplicação, uma V

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17

de 39,50% e 49,50%. Os autores explicam que esse fato se deve à baixa reatividade do

calcário.

Nascimento et al. (1983) estudaram o efeito da calagem sobre algumas

características químicas de um Latossolo Vermelho Escuro álico, textura argilosa, sob

vegetação de cerrado. Nesse experimento, em que foi aplicado um calcário de

PRNT=61%, em doses que variaram de O a 5,6 t ha- l; os resultados mostraram diferença

significativa da testemunha com as demais doses, verificando-se que nos tratamentos

que receberam calagem a V ficou em torno de 93% a 100%, enquanto a testemunha

atingiu a V de 73%.

Para solos orgânicos, Quaggio et aI. (1985a) conseguiram chegar a índices de

saturação por bases de 40% e 50% quando utilizaram dose de 12 t ha- l de calcários

magnesiano e dolomítico com PRNT de 86,2% e 67,7%, respectivamente. Esses níveis

de saturação por bases encontrados são inferiores aos recomendados para solos minerais

para as culturas de milho e feijão. Embora o calcário magnesiano tenha apresentado uma

relativa superioridade na saturação por bases, a explicação fornecida pelos autores foi a

de que o carbonato de cálcio é mais solúvel que o de magnésio, além de possuir

melhores propriedades fisicas e químicas.

Num experimento desenvolvido em Cambissolo álico, utilizando três calcários

(dolomítico, magnesiano e calcítico), observou-se que após 6 meses da aplicação da

dose de 12 t ha- l, os valores V foram iguais a 30%, 42% e 39%, respectivamente

(Quaggio et al., 1985b). Nesta mesma condição, Quaggio & Ramos (1986) conseguiram

elevar a saturação por bases do solo a 76%, após aplicar novamente 12 t ha- l de calcário

dolomítico com PRNT de 69,5%. Segundo os autores, isso se deve à reaplicação de

calcário na mesma área e dose, utilizando no experimento com sucessão milho-triticale­

milho (Quaggio et al., 1985b), pois no experimento de Quaggio et aI. (1985b), o V para

a dose de 12 t ha- I de calcário atingiu apenas a metade do V conseguido por Quaggio &

Ramos (1986).

Gallo et aI. (1986) cultivaram soja e sorgo em Latossolo Vermelho-Amarelo álico

textura argilosa adicionando calcário nas doses O, 7 e 10 t ha- I. A V do solo cultivado

com soja foi de até 60% para as doses 7 e 10 t ha- l de calcário.

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18

Em estudo de longa duração, com a cultura do algodoeiro em Latossolo Roxo

distrófico com 47% de argila, Silva et alo (1995) aplicaram calcário dolomítico com

PRNT de 68% nas doses de 0, 2, 4, 6 e 8 t ha-1 no primeiro ano. Nos demais anos, o

calcário foi aplicado em função da análise de solo. Esses autores só conseguiram atingir

a V adequada de 54% na reaplicação da dose máxima do calcário com PRNT de 68%.

Caires & Rosolem (1995) aplicaram calcário dolomítico calcínado com PRNT de

95% em Latossolo Vermelho Escuro, textura média com a V de 8% doses de 0, 4, 6 e 8 t

ha-1 para atingir valores de V iguais a 50, 70 e 90%, sendo as amostragens de terra feitas

após cerca de dois meses (1990/91) e dezesseis meses (1991/92). Após a aplicação do

calcário, os autores obtiveram a melhor produção de vagens a uma V de 50%.

Em Latossolo Vermelho Escuro álico textura média, Morelli et aI. (1992)

utilizaram calcário com PRNT de 63% e gesso, nas doses de 0, 2, 4 e 6 t ha-1• Para a

dose de calcário de 6 t ha-1, a V, que deveria ser de 60%, ficou em tomo de 52% após 27

meses.

Em condição controlada, Gomes (1994) e Gomes et aI. (1996) aplicaram quatro

corretivos agrícolas (calcário calcítico, calcário magnesiano biogênico, mármore

dolomítico - ES e mármore dolomítico - MG), com valores respectivos de PRNT iguais

a 58,9%, 72,4%, 77,4% e 73,2%, em Latossolo Vermelho-Amarelo (MG). As

reatividades encontradas foram distintas entre os corretivos e iguais a 54,0%, 54,8%,

40,0% e 35,8%, e os corretivos não reagiram de forma a elevar o V a 60% após 120 dias.

Os autores concluíram que a reatividade dos corretivos estudados depende da

granulometria, da composição quimica e da morfologia de suas partículas.

Natale & Coutinho (1994) estudaram a eficiência agronômica das frações

granulométricas ( 4,00-2,00, 2,00-0,6, 0,6-0,30 e < 0,30 mm) de um calcário dolomítico,

em Latossolo Vermelho-Escuro textura argilosa, aplicado nas doses de 3 e 6 t ha-1• Os

autores verificaram que a saturação por bases do solo mostrou-se adequada para avaliar

a eficiência das frações granulométricas do calcário. As frações granulométricas 4,00-

2,00 mm foram ineficientes para alterar a V no período de 30 meses, enquanto as frações

intermediárias (2,00-0,60 e 0,60-0,30 mm) melhoraram seu desempenho ao longo do

período experimentai. A fração granulométrica < 0,30 mm demonstrou ser menos

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eficiente que a 0,6-0,30 mm em prolongar os beneficios da calagem, devido ao seu

menor efeito residual.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

o experimento foi conduzido em condição de laboratório, no Departamento de

Solos e Nutrição de Plantas da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

(ESALQ-USP), no período de abril a julho de 1999.

3.1 Solo

Amostras de um Latossolo Vermelho Distroférrico típicos classificado segundo

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 1999) (Latossolo Roxo) do

Município de Piracicaba foram coletados na profundidade de 0-20 cm, secas ao ar e

tamisadas na peneira de 2,00 mm. A análise granulométrica realizada de acordo com

Camargo et al. (1986) revelou que os teores de areia, silte e argila são 200, 130 e 670 g

kg- l, respectivamente. As propriedades químicas do solo, determinada segundo Raij &

Quaggio (1983), são: pH em CaClz 0,01 moI L-1= 4,3, M.O.= 30,6 g dm-\ K, Ca, Mg,

AI, H+Al, SB e CTC, respectivamente iguais a de 1,9; 23; 6,0; 1,0, 64,0, 30,6; 94,9

mmolc dm-3, V= 31,6% e m= 3,1%.

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21

3.2. Calcário

Amostras de um calcário dolomítico sedimentar da região de Saltinho, SP, foram

separadas em quatro frações granulométricas: frações retidas entre as peneiras de

números 8 e 10 ABNT « 2,38-2,00 mm), entre as de números 10 e 20 ABNT « 2,00-

0,84 mm), entre as de números 20 e 50 ABNT « 0,84-0,30 mm) e a fração

remanescente no coletor « 0,30 mm), segundo normas da Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT).

A análise química das frações do calcário foi realizada segundo a legislação

brasileira, para determinar o poder de neutralização do corretivo de acidez pelo método

direto (Koche et aI., 1989). Os resultados são apresentados Tabela 2.

Tabela 2. Características químicas do calcário dolomítico sedimentar

Fração impurezas CaO MgO CaO PN PN determinado + calculado

MgO mm

<2,38-2,00 9.90 26,88 18,95 45.83 95,12 91,0 < 2,00-0,84 9.60 26,88 18,95 45.83 95,12 90,5 <0,83-0,30 10.83 26,88 18,95 45.83 95,12 90,0

<0,30 9.04 26.88 18,95 45.83 95,12 92,0

3.2.1 Delineamento Experimental

O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado. Os

tratamentos, em arranjo fatorial, constaram da aplicação de calcário em quatro frações

granulométricas ( < 2,38-2,00, < 2,00-0,84, < 0,84-0,30 e < 0,30 mm) e uma

testemunha (sem calcário), de quatro níveis de umidade da terra (O, 27, 53 e 80% da

capacidade de retenção de água) e de três freqüências de molhamento [amostras

mantidas úmidas durante todo o período de três meses (A) e amostra mantida úmida e

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22

seca em períodos alternados de 15 dias (B) e de 7 dias (C) ]. O número de repetições

foi quatro, perfazendo-se um total de 240 parcelas.

3.2.2 Instalação e Condução

Amostras de 381 g terra, eqüivalentes a um volume de 400 mL, foram colocadas

em copos plásticos de 500 mL, tendo sido previamente homogeneizadas com o calcário

aplicado na dose de 801 mg por amostra. Essa dose foi calculada segundo Raij et al.,

(1996), para elevar a saturação por bases a 70%, considerando-se o poder de

neutralização (PN) médio das quatro frações.

As quantidades de água destilada necessárias para conferir umidades iguais a O,

27, 53 e 80% da capacidade de retenção do solo foram de O, 33, 65 e 99 mL por

parcela. A determinação da capacidade de retenção de água do solo foi determinada

pelo método torrão separado pela frente de molhamento (TSFM) (Costa, 1983). A

aplicação da água nas parcelas foi realizada retirando-se metade da terra presente no

copo, adicionando-se metade da quantidade de água e colocando-se posteriormente o

restante da terra e da água.

Os copos foram mantidos na bancada cobertos por uma lona plástica, repondo-se

a água evaporada por pesagem, a cada 2 ou 3 dias. Para as parcelas com alternância de

umidade, os copos eram mantidos por dois dias em estufa a 40° C ao final do período

úmido e, em seguida, retomados à bancada para completar o período seco.

Antes de efetuar cada amostragem de terra nas parcelas mantidas úmidas, a água

era reposta, a amostra retirada, e o copo pesado novamente para se ter a nova

referência. Nas parcelas mantidas secas, a amostra era retirada, o copo pesado e a

quantidade de água necessária ao período úmido era recalculada.

A coleta das amostras de terra foi feita passando-se previamente a terra dos

copos para lençol plástico, homogeneizando-a e retirando-se um volume de

aproximadamente 20 mL. Essas amostras foram colocadas em copos plásticos de 50

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mL secadas em estufa à temperatura de 40° C. Quando necessário, as amostras eram

tamisadas na peneira de 2,00 mm para facilitar a retirada da quantidade de terra

adequada com o cachimbo. As determinações de pR em CaClz 0,01 moI L-I foram

feitas nas amostras coletadas aos 22, 45,67 e 90 dias. Nessa última época determinou­

se também a saturação por bases pelo método de Raij & Quaggio (1983).

3.2.3 Análise Estatística

A interpretação estatística dos resultados foi feita considerando-se a testemunha

como um dos níveis do fator fração granulométrica. Os resultados de pR em CaCh 0,01

moI L-I e V% foram avaliados por meio de análise de variància (teste F), sendo que,

para os valores de pR, esta foi aplicada aos resultados de cada época separadamente.

As médias dos fatores fração granulométrica e freqüência foram comparados pelo teste

de Tukey ao nível de 5%, enquanto o efeito do fator umidade foi avaliado por meio de

regressão polinomial.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Efeito da granulometria do calcário e da umidade nos valores de pH do solo

A análise de variância dos resultados de pH em CaCh 0,01 moI L-I mostrou que

houve efeito significativo da fração granulométrica e da umidade do solo, bem como da

interação entre esses fatores, sobre o pH do solo para todas as épocas (Apêndices 1 a

4).

Em todas as épocas de amostragem (22,45,67 e 90 dias de incubação) ocorreu

interação significativa entre as diferentes frações granulométricas do calcário e os

níveis de umidade (O, 27, 53 e 80%). Os valores de pH do solo, em função da

granulometria do calcário e dos níveis de umidades do solo, podem ser observados na

Tabela 3.

Independentemente da umidade e época, a fração granulométrica que conferiu

valores mais altos de pH foi a fração menor que 0,30 mm, seguida da fração < 0,84-

0,30 mm (Tabela 3). As duas frações mais grosseiras resultaram valores iguais ou

muito próximos aos da testemunha, mesmo após 3 meses de incubação, indicando

baixa reatividade dessas partículas. Shaw (1961) observou que, sob níveis baixos de

umidade, as frações mais grossas levam mais tempo para reagir que as finas. Albertch

(1946) e Barrows et al. (1948) verificaram que a reação mais intensa e rápida se deve à

maior superficie específica do calcário e do contato mais íntimo deste com o solo

quando as partículas são mais finas.

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25

Tabela 3. Efeito da granulometria do calcário sobre o pH de um Latossolo Vermelho Distroférrico típicos após diferentes períodos de incubação sob quatro níveis de umidade.

Fração Umidade (% da CRA2)

granulométrica

O 27 53 80 mm 22 dias

< 2.38-2.00 4A4 bel 4AOe 4,32 e 4,32 e < 2.00-0.84 4A2e 4,33 e 4,33 e 4,34 c < 0.84-0.30 455b 4,62 b 4A6b 4,52 b

<0.30 553 a 5A4a 5,30 a 5,24 a Testemunha 4,26 d 4.28 c 4,32 e 4,34 c

CV (O/o) 2,39

45 dias < 2.38-2.00 4.19b 4.23 e 4J6e 4,23 c < 2.00-0.84 4.19b 4.19 e 4.15 e 4.15 d < 0.84-0.30 4,29 b 4,32 b 4.25b 4.46 b

<0.30 5.10 a 5,07 a 5,09 a 5.15 a Testemunha 4.15 e 4,07 d 4.05 d 4.12 d

CV(%) 1,32

67 dias < 2.38-2.00 4A5 be 4A6 bc 4.40 e 4,51 c < 2.00-0.84 4,39 e 4AOe 4AOe 4.41 c < 0.84-0.30 4,53 b 453 b 4,55 b 4.78 b

<0.30 5,23 a 5,29 a 5,36 a 5,35 a Testemunha 4,34 e 4.27 d 4.27 d 4.28 d

CV (0/0) 2,28

90 dias < 2.38-2.00 452 be 457be 4A6c 4.60 c < 2.00-0.84 450be 4A8c 4A8e 4,54 cd < 0.84-0.30 4,63 b 4,65 b 4.69b 4,93 b

<0.30 5,27 a 5,35 a 5Ala 5,37 a Testemunha 4.42 e 4.41 c 4.40 e 4.44 d

CV (0/0) 3,05 IPara cada época e nível de umidade, médias seguidas por letras distintas diferem entre si ao nível de 5% r.e1o teste de Tukey. Capacidade de retenção de água.

Neste experimento, os resultados de pH em CaCh 0,01 moI L-I na época de 90

dias e para a fração menor que 0,30 mm foram inferiores aos encontrados por Alcarde

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26

et alo (1989), os quais estudaram a fração granulométrica 0,30-0,25 mm incorporada

num Latossolo Roxo com 20% da umidade gravimétrica, aos 90 dias. Para a fração

granulométrica < 0,84-0,30 mm, os resultados também se mostraram inferiores aos

obtidos por Alcarde et alo (1989) no Latossolo Roxo. Kurihara et aI. (1999), estudando

a mesma fração para o calcário calcítico sedimentar, e mantendo o solo com 40% da

umidade gravimétrica, obtiveram valores mais altos de pH em CaCho Uma possível

explicação para o fato desses autores terem obtido valores acima dos encontrados neste

experimento foi o uso de outro método para determinar a capacidade de retenção de

água do solo, o que teria resultado valores mais altos de umidade e, como

conseqüência, maior reatividade do calcário; outra hipótese, para o caso dos resultados

encontrados por A1carde et alo (1989), foi o fato desses autores de terem elevado a

saturação por bases a 80%, e no caso de Kurihara et aI. (1999), o fato de terem

procedido a incubação prévia de CaC03 p.a. para determinar a dose necessária para

elevar o pH CaCh a 6,0, o que teria exigido maior quantidade de calcário a aplicar no

solo.

Os resultados de pH determinados nas diferentes épocas, para a fração menor que

0,30 mm, também se encontram inferiores aos de Bellingieri et aI. (1989) e Bellingieri

(1983), que determinaram o pH em água após 80 dias da incubação do calcário na

fração retida entre 0,30-0,25 mm, com terras mantidas a 60% (Bellingieri et aI., 1989) e

30% (Bellingieri, 1983) da capacidade de retenção de água. Camargo (1972) também

obteve, aos 90 dias da incubação de calcário Itau com terra mantida na capacidade de

retenção de água, valores mais elevados de pH (entre 5,8 a 6,0) para as frações 0,42 a

0,21 mm, 0,21-0,105mm, 0,105-0,074 mm e < 0,074 mm. Para as frações do calcário

ltau de tamanho 0,21-0,105, 0,105-0,074 e <0,074, aplicadas em solo de Capão Bonito,

o autor obteve resultados semelhantes aos descritos na Tabela 3 para a fração

granulométrica < 0,30 mm. Fato semelhante ocorreu para os dados de Kurihara et alo

(1999), que estudaram a reatividade dos calcários calcítico e dolomítico metamórficos

nas frações granulométricas 0,84-0,30 e 0,30-0,21 mm e durante período de 100 dias.

Gomes (1994) e Gomes et al. (1996) observaram, em amostras de terra mantidas

com umidade próxima da capacidade de retenção de água e incubadas por 90 dias com

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corretivos (calcário calcítico, calcário magnesiano biogênico, mármore dolomítico ES e

MG), valores de pH iguais a 5,7, 6,0, 5,7 e 5,6, correspondentes aos respectivos

corretivos. Esses valores são mais altos do que os obtidos neste estudo porque o pH em

H20 tende a ser cerca de 0,6 a 0,7 unidade mais alto do que o pH em cloreto de cálcio

(Davies, 1971). Portanto os valores de pH foram próximos ao deste experimento

provavelmente devido à umidade do solo ter sido mais elevada.

Na Figura 1 estão apresentados os efeitos dos níveis de umidade do solo sobre os

valores de pH em CaCh, para cada uma das épocas avaliadas. Foram incluídas apenas

as regressões significativas, com exceção da testemunha. Para a fração granulométrica

< 0,30 mm, o pH em CaCh 0,01 moI L-I aumentou de forma quadrática com a umidade

aos 45 dias, e de forma linear aos 67 e 90 dias.

Chama a atenção o fato de que essa fração mais fina ter corrigido o pH do solo

em todas as épocas, mesmo quando a amostra foi mantida na condição de terra seca ao

ar. É que a água é essencial à solubilização (bicarbonatação) do carbonato de cálcio,

conforme representado na seguinte reação:

Uma explicação é a de que a elevação do pH tenha ocorrido durante o preparo da

suspensão para leitura, por dissolução direta de parte do material mais finamente

subdividido. Para explicar a sensível diminuição do pH com o aumento da umidade

observados aos 22 dias (Figura 1), pode-se supor que, na terra seca, a solubilização ter­

se-ia iniciado somente no momento do preparo da suspensão, e o pH é mais alto por

não ter havido tempo suficiente de as bases liberadas reagirem com os componentes da

acidez potencial. Nas amostras tratadas com níveis maiores de umidade, as reações de

neutralização teriam início já na fase de incubação, e 22 dias seriam suficientes para

que as bases solubilizadas fossem neutralizadas pelo solo, fazendo o pH baixar.

É possível que esse efeito de redução do pH com o aumento da umidade não

tenha ocorrido nas terras incubadas por mais de 22 dias porque, nesse casos, o maior

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-Q

é ... O = u = Co

6

• •

<1,38-1.00..... y~0.0038.+5.5317 R' =0,9759

<0,30..... Y -0.0016. +4.4367 R' -0,895 - • 1]- • testelllUllba

27 das

5,5 .-._.-._._, _._"-'-'_.~._.-._.- ,

'-

5

5,5

5

4 <0.84-0.30 mm

• <O.30om

y -8&05xl· 0,0034. +4,5416 R' =0,9676

y-o,OOI6x+S,1466 R'=O,8158

67 das

._._._._ .... _._._._._L._._.-._· ..

......... •• Â

4,5 ..••. , ...•... .1 •••.•.••.•..••.•••

!"-.. _n .. _ .. .fI._ .. _ .. _ .. .fl .. _ .. - .. _ .. ~

4 i i i i

O W ~ ro ~

I <1,oo.o,84nm y-0,0006x+4,1967 R' =0,8647

4<O,84-0,3Onm y=6&05xl·0,0031x+4,3099 R' =6,716

'<O,3Oom y-3&05xl-0,00l2x+5,108l R'=I

O testelWllha y =5&05xl· 0,00431 +4,1513 R' =0.9939

28

45das _.-., . __ ._._._ ... __ ._.-.-... _._.-

.... 1 . """ •..•...•..•....•.. ,. 'A'" .• ,. , ..

f:-' :::'.::, -: :-_-:~:-:: ~--.:' ~.--~ :---.--: .:-::::-=~ \ i t

4 <O,84-0,30nm y-8&05xl· 0,0016.+4,6419 R' =0,9671

• <O,30om y=O.OO14.+5,1991 R' =0,6299

- .. 0- .. te5telDJJ1ba

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O

UMIDADE (% da eRA)

Figura 1- Efeito dos níveis de umidade, para cada fração granulométrica do calcário dolomítico aplicado em amostras de em um Latossolo Vermelho Distroférrico típicos, no pH em CaCh 0,01 moI L· I avaliado em quatro épocas.

tempo de contato do calcário com o solo teria permitido certa neutralização das bases

liberadas.

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29

próximo ao do Latossolo Vermelho. Uma quantidade de 80 mg da fração

granulométrica menor que 0,30 mm do calcário foi adicionada à solução, esta foi

agitada por alguns segundos e o pH lido novamente, obtendo-se o valor de 5,73. Após

30 minutos, a suspensão foi agitada novamente e o pH passou a 6,65, chegando a 7,41

após 2 horas. Portanto, isso mostra que, mesmo sendo muito pouco solúvel, o calcário

subdividido em partículas pequenas exerce efeito quase imediato sobre o pH.

Para a fração < 0,84-0,30 mm do corretivo de acidez, houve efeito da umidade

em todas as épocas exceto aos 22 dias, sendo que as variações ocorreram de forma

quadrática e os valores mais altos de pH foram observados na umidade de 80% (CRA).

Shaw (1960) encontrou resultados semelhantes a esses, ao estudar o efeito de diferentes

saturações de água no solo; observou que umedecimento do solo ao nível de 100% de

saturação permite maior dissolução das frações mais finas do calcário calcítico.

Para a fração < 2,38-2,00 mm aos 22 dias e a fração < 2,00-0,84 mm aos 45 dias

o pH diminuiu linearmente com o aumento da umidade do solo. Esses resultados são

opostos aos encontrados por Shaw (1961). Padolfo & Tedesco (1996a) atribuíram a

maior reatividade das frações mais grosseiras (2,00-0,84, 0,84-0,50 e 0,50-0,25 mm)

em um Latossolo Bruno álico, ao maior teor de argila e à precipitação média anual mais

elevada nesta região, quando comparados aos da região em que se encontra o Podzólico

Vermelho Escuro distrófico.

4.2 Efeito da freqüência de molhamento nos valores de pH do solo

As análises de variância realizadas separadamente para cada época de

amostragem mostraram que os efeitos da freqüência de molhamento sobre os valores de

pH do solo foram significativos apenas aos 45 dias (Apêndice 2).

Nota-se na Tabela 4 que a influência da freqüências de molhamento dependeu

consideravelmente do nível de umidade. Quando este era de 27% da CRA, o valor mais

alto de pH CaCh 0,01 moI L -I deu-se quando a amostra de terra era submetida ao ciclo

de 7 dias umedecida e 7 dias seca. Para a umidade de 53% da CRA, o maior pH foi

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alto de pH CaCh 0,01 moI L-I deu-se quando a amostra de terra era submetida ao ciclo

de 7 dias umedecida e 7 dias seca. Para a umidade de 53% da CRA, o maior pH foi

obtido quando a terra era mantida constantemente úmida, e para a umidade de 80% não

houve diferença entre as freqüências de molhamento.

Tabela 4. Efeito da freqüência de molhamento, sob diferentes níveis de umidade, no pH de um Latossolo Vermelho Distroférrico típicos, após 45 dias de incubação com calcário dolomítico.

Freqüência de

molhamento l

A

B

C

CV (%.)

o 4,42 a2

4,37 b

4,36 b

1,32

27

4,35 b

4,37 ab

4,41 a

53 80

4,40 a 4,44 a

4,33 b 4,42 a

4,30 b 4,41 a

[ Amostra mantida úmida durante todo o período de três meses (A) e amostra mantida úmida e seca em períodos alternados de 15 dias (B) e de 7 dias (C). 2Médias seguidas por letras distintas diferem entre si ao nível de 5% pelo teste Tukey. 3 Capacidade de retenção de água.

4.3 Efeito da granulometria do calcário, freqüência de molhamento e níveis de

umidade do solo na saturação por bases

A análise de variância dos resultados da saturação por bases obtidos aos 90 dias

mostrou ter havido efeito significativo da fração granulométrica e da umidade do solo,

bem como da interação tripla entre fração granulométrica, umidade e freqüência de

molhamento (Apêndice 5).

Nota-se na Tabela 5 que a fração menor que 0,30 mm foi a que mais reagiu no

período de 90 dias, permitindo elevar a V% até o valor esperado (70%) ou acima deste,

para todas as umidades e freqüências de molhamento estudadas. As demais frações,

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31

resultados foram próximos do calculado e, mesmo que em alguns casos não tenham se

diferenciado significativamente dos obtidos com a fração menor, não atingiram a V%

esperada. É possível que, para as frações granulométricas que não atingiram os valores

calculados, haja a necessidade de maior tempo para que as reações de solubilização do

calcário se processem e permitam o aumento do pH e da V%.

O efeito da freqüência de molhamento sobre a saturação por bases foi menor que

o efeito da granulometria do calcário (Tabela 5), mas algumas diferenças se mostram

significativas. Na umidade de 80% da CRA, os valores da saturação por bases

proporcionados pelas frações granulométricas < 2,00-0,84 e < 0,84-0,30 mm foram

menores quando as amostras foram mantidas úmidas durante todo o período de três

meses do que quando submetidas a ciclos de umedecimento e secamento. Para a

umidade de 53% da CRA, a fração < 2,00-0,84 mm conferiu valor de saturação por

bases mais baixo quando amostra mantida úmida e seca em períodos alternados de 15

dias, é mais quando mantida úmida durante todo o período de três meses. Para a

umidade de 27% da CRA a fração granulométrica < 2,38-2,00 mm resultou valor mais

baixo de V quando a terra era mantida úmida durante todo o período de três meses.

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32

Tabela 5. Efeito das frações granulométricas de um calcário, níveis de umidade e freqüências de molhamento, na a saturação por bases em um Latossolo Vermelho Distroférrico típicos incubado até o período de 90 dias.

Fração mm

< 2,38-2,00 < 2,00-0,84 < 0,84-0,30

<0,30 Testemunha

< 2,38-2,00 < 2,00-0,84 < 0,84-0,30

<0,30 Testemunha

< 2,38-2,00 < 2,00-0,84 < 0,84-0,30

<0,30 Testemunha

< 2,38-2,00 < 2,00-0,84 < 0,84-0,30

<0,30 Testemunha

Freqüência de molhamento1

A B C 0%

33,75 A2 c3 33,59 A b 38,37 Acd 44,12 A b 39,67 A b 31,70Bd 63,59 A a 63,52 A a 60,72 A b 72,22 A a 71,59 A a 70,32 A a 39,20 A bc 40,29 A b 41,27 A c

----------------------27%-------------------

34,47 Bc 39,27 A c 62,50 A b 71,97 A a 41,29 A c

43,09 A c 35,84 A c 60,45 A b 71,72 A a 41,57 A c

43,35 A c 41,12 A c 61,20 A b 74,62 A a 40,32 A c

----------- 53% ------------40,70 A c 54,40 A b 63,40 A a 71,09 A a 41,09 A c

40,84 A c 44,12 Bc 64,69 A b 74,04 A a 36,59 A c

42,37 A c 45,82 AB c 66,32 A b 75,92 A a 37,82 A c

---------------- 80% ------------45,09 A c 32,30 B d 54,05 B b 75,34 A a 41,22 A cd

43,75 A b 42,35 A b 66,57 A a 75,22 A a 44,00 A b

43,79 A c 40,15 A c 63,97 A b 77,27 A a 42,50 A c

CV (0/0) 8,92 ( Amostra mantida úmida durante todo o período de três meses (A) e amostra mantida úmida e seca em períodos alternados de 15 dias (B) e de 7 dias (C). 2Letras maiúsculas comparam cada fração granulométrica dentro das freqüência de molhamento e cada nível de umidade ao nível de significância de 5% pelo teste Tukey. 3Letras minúsculas comparam as frações granulométrícas dentro de cada freqüência de molhamento e nível de umidade, ao nível de significância de 5% pelo teste Tukey.

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33

Os resultados de saturação por bases obtidos com a aplicação das frações < 0,84-

0,30 mm e < 0,30 mm, submetidas aos diferentes níveis de umidade e freqüências de

molhamento, foram superiores aos obtidos por Gomes (1994) e Gomes et aI. (1996);

nos estudos desses autores, a saturação por bases não atingiu o valor de 60% em

Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico submetido a 100% da capacidade de retenção

de água durante 120 dias. Os resultados encontrados pelos autores foram de 54,8%,

54,0%, 40,05 e 35,8% para os respectivos corretivos: calcário magnesiano biogênico,

calcário calcítico, mármore MG e ES.

Como pode ser observado na Tabela 3, os valores de pH para a fração menor que

0,30 mm estão dentro da faixa descrita como média por Raij et aI. (1996) no Boletim

100 do IAC, que varia de 5,1 a 5,5. Os valores de saturação por bases apresentados na

Tabela 5 para a mesma granulometria também se encontram na faixa considerada

média pelos mesmos autores, que é de 51 % a 70%. Isto indica que o método de

calagem baseado na saturação por bases apresenta-se adequado somente para a fração <

0,30 mm e no período de 90 dias, não sendo influenciado pelo teor de água e freqüência

de molhamento. As demais frações necessitam de maior tempo para que as reações de

neutralização ocorram, permitindo o aumento do pH e V%.

A Figura 2 apresenta o efeito da umidade do solo sobre os valores da saturação

por bases (V%). Nessa figura foram incluídas apenas as regressões significativas, com

exceção da testemunha. Para a granulometria < 2,38-2,00 mm, os valores de V

aumentaram linearmente com a umidade da amostra quando esta permanecia úmida

durante todo o período (Figura 2A) ou quando era mantida úmida e seca em períodos

alternados de 15 dias (Figura 2B). Para a fração < 2,00-0,84 mm, e quando a amostra

foi mantida úmida, o valor de V máximo de 47,10%, atingido quando a umidade era de

32,16% da CRA (Figura 2A). Para as amostras mantidas úmidas e secas com

alternância no período de 7 dias o valor de V máximo foi de 44,89% com a umidade de

50,43% da CRA (Figura 2C). Para a fração menor que 0,30 mm e amostra de terra

mantida úmida e seca com alternância no período de 7 dias, os valores de V

aumentaram linearmente com a umidade.

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34

• < 1,38 ... 2,00 18m y -O,1489x + 32,392 R' =0,9257

80 • <1,00-0,84 ... Y -.0,0053.' +0,3409. +41,626 R' -0,3919

.. <Ot34 .. 0,30 18m Y --0,1047. + 65,074 R' =0,615 - -X- -testemunba

6(} --.. ----.. -. ..... -.... -----. -~ .... -.......... '"' .. '" • • A ~---------------'1-' . 4(} -:.: .% -• •

2(}

(} ~I--------~--------~--------~--------~

• <2,38-2,00mm y =O,1065x + 36,066 R' =0,6179

8 (} 1 _.-_:(-- --testemunba

6(}

:J+--~._~_._----~_:_--_---~-· B

• <2,00 - 0,84 mm y =-0,005312 + O,5346x + 31,413 R' =0,9833

• <O,30mm y=O,083Ix+71,202 R'=O,9034

80 1 - -X----testemunha " r' _. -.-. -.a. -. - ~-' - .... -.- ~ - ~ -'.

c 40 *- ------------x------

20

o o 20 40 60 80

UMIDADE (% da CRA)

Figura 2 - Efeito dos níveis de umidade na saturação por bases de um Latossolo Vermelho Distroférrico típicos tratado com diferentes frações de calcário dolomíticos e incubado por 90 dias. Amostra mantida úmida durante todo o período de três meses (A) e amostra mantida úmida e seca em períodos alternados de 15 dias (B) e de 7 dias (C).

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5 CONCLUSÕES

./ A fração < 0,30 mm foi a que conferiu os maiores aumentos do pH e da

saturação por bases do solo. Esses aumentos foram cada vez menores quanto mais

grosseira era a fração .

./ Valores mais altos de umidade do solo favoreceram a reação do calcário no solo,

mas esse efeito foi pequeno .

./ A freqüência de molhamento do solo influiu muito pouco na reatividade do

calcário .

./ O método da calagem baseado na saturação por bases mostrou-se adequado

somente para a fração < 0,30 mm e no período de 90 dias, não tendo havido influência

do teor de água do solo e freqüência de molhamento nos resultados.

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Apêndice 1 A análise de variância para valores de pH em CaCh 0,01 moI L-I aos 22

dias.

Causa de Variação G.L. S.Q. Q.M. Valor F Probo > F

Fração (F) 4 38,7651607 9,6912902 802,9601 0,00001*

Umidade (U) 3 0,3824536 0,1274845 10,5626 0,00002*

Freq. molh. (FREQ) 2 0,0122457 0,0061228 0,5073 0,60875

FxU 12 0,6431703 0,0535975 4,4408 0,00002*

FxFREQ 8 0,0660878 0,0082610 0,6845 0,70661

UxFREQ 6 0,0364210 0,0060702 0,5029 0,80703

FxUxFREQ 24 0,2335782 0,0097324 0,8064 0,72637

Resíduo 180 2,1725019 0,0120695

Total 239 42.3116191

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Apêndice 2 A análise de variância para valores de pH em CaCh 0,01 moI L-I aos 45

dias.

Causa de Variação G.L. S.Q. Q.M. Valor F Probo > F

Fração (F) 4 32,7668188 8,1917047 2437,1286 0,00001*

Umidade (U) 3 0,1939829 0,0646610 19,2374 0,00001 *

Freq. Molh. (FREQ) 2 0,0547328 0,0273664 8,1418 0,0069*

FxU 12 0,2768494 0,0230708 6,8638 0,00001*

FxFREQ 8 0,0181834 0,0022729 0,6762 0,71378

UxFREQ 6 0,1272664 0,0212111 6,3105 0,00003*

FxUxFREQ 24 0,1031496 0,0042979 1,2787 0,18382

Resíduo 180 0,6050181 0,0033612

Total 239 34,1460015

Apêndice 3 A análise de variância para valores de pH em CaCh 0,01 moI L-I aos 69

dias.

Causa de Variação G.L. S.Q. Q.M. Valor F Probo > F

Fração (F) 4 31,2997625 7,8249406 700,7159 0,00001*

Umidade (U) 3 0,2847582 0,0949194 8,4999 0,0010*

Freq. molho (FREQ) 2 0,0135085 0,0067542 0,6048 0,55236

FxU 12 0,5035760 0,0419647 3,7579 0,0012*

FxFREQ 8 0,031415 0,0039364 0,3525 0,94340

UxFREQ 6 0,0584915 0,0097486 0,8730 0,51702

FxUxFREQ 24 0,1981754 0,0082573 0,7394 0,80616

Resíduo 180 2,0100720 0,0111671

Total 239 34,3998355

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49

Apêndice 4 A análise de variância para valores de pH em CaCh 0,01 moI L-I aos 90

dias.

Causa de Variação G.L. S.Q. Q.M. Valor F Probo > F

Fração (F) 4 27,2528994 6,8l32248 330,0980 0,00001*

Umidade (U) 3 0,4073825 0,l357942 6,5792 0,00053*

Freq. molho (FREQ) 2 0,0046255 0,0023127 0,1121 0,89377

FxU 12 0,0496779 0,0496779 2,4069 0,00670*

FxFREQ 8 0,0097218 0,0097218 0,4710 0,87581

UxFREQ 6 0,0095047 0,0095047 0,4605 0,83779

FxUxFREQ 24 0,1735054 0,0072294 0,3503 0,99781

Resíduo 180 3,7152017 0,0206400

Total 239 32,2845515

Apêndice 5 A análise de variância para valores da V% aos 90 dias.

Causa de Variação G.L. S.Q. Q.M. Valor F Probo > F

Fração (F) 4 46390,17506 11597,54376 549,0703 0,00001*

Umidade (U) 3 458,3873728 152,7957909 7,2339 0,00029*

Freq. molho (FREQ) 2 45,1002503 22,5501252 1,0676 0,34682

FxU 12 1086,694176 90,5578480 4,2873 0,00003*

FxFREQ 8 209,3672709 26,1709089 1,2390 0,27802

UxFREQ 6 345,0724607 57,5120768 2,7228 0,01478*

FxUxFREQ 24 984,2547665 41,0106153 1,9416 0,00797*

Resíduo 180 3801,986434 21,1221469

Total 239 53321,03779