efeito da liberacao muscular hernia

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    1/54

    UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

    JASOM PAMATO

    PRISCILA LOURENO

    EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTES COM

    HRNIA DE DISCO

    Tubaro

    2010

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    2/54

    JASOM PAMATO

    PRISCILA LOURENO

    EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTES COM

    HRNIA DE DISCO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado no cursode Fisioterapia da Universidade do Sul de SantaCatarina, como requisito obteno de grau deBacharel em Fisioterapia.

    Orientador: Prof. MSc. Ralph Fernando Rosas

    Tubaro2010

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    3/54

    JASOM PAMATO

    PRISCILA LOURENO

    EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTES COM

    HRNIA DE DISCO

    Este trabalho de Concluso de Curso foijulgado adequado obteno do ttulo deBacharel em Fisioterapia e aprovado em suaforma final pelo Curso de Fisioterapia daUniversidade do Sul de Santa Catarina.

    Tubaro, 18 de novembro de 2010.

    ____________________________________________Prof. Orientador Msc. Ralph Fernando Rosas

    Universidade do Sul de Santa Catarina

    ____________________________________________Prof Msc. Fabiana Durante de MedeirosUniversidade do Sul de Santa Catarina

    ____________________________________________Prof Msc. Rodrigo da Rosa Iop

    Universidade do Sul de Santa Catarina

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    4/54

    DEDICATRIA

    Este trabalho dedicado acima de tudo a

    Deus, aos nossos pais, irmos, familiares e a

    todos aqueles que estiveram presente nesta

    batalha.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    5/54

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos ao nosso Deus, que nos deu a oportunidade de chegarmos at aqui, que

    embora aparecessem s dificuldades, Ele se mostrou muito presente, nos dando fora e

    capacitando para enfrentar todas as situaes.

    Aos nossos amados pais, que nos apoiaram durante todos esses anos, que nem por um

    momento mediram esforos para chegarmos aonde chegamos, eles estiveram do nosso lado

    nos momentos mais difceis, nos dando todo amor, sabedoria, pacincia e dedicao e toda

    fora necessria para seguir em frente. Amamos vocs!Aos nossos queridos irmos, que participaram de cada dia dessa luta, demonstrando

    seu carinho, companheirismo e nos dando fora para continuar.

    Aos familiares, que sempre torceram por ns, nos incentivaram, contribuindo para

    nosso crescimento como acadmico.

    Ao meu noivo Jonas, que esteve presente durante todos esses anos, me apoiando e

    incentivando, mostrando o seu amor, dedicao, carinho e companheirismo.

    Ao Artur que contribui diretamente para a finalizao deste trabalho, nos ajudando

    com seu conhecimento da lngua inglesa.

    Ao orientador Ralph Fernando Rosas, que contribuiu para nossa carreira profissional

    com seus conhecimentos, pelo tempo que se dedicou para podermos concluir esse trabalho,

    por se mostrar disposto a nos ajudar durante todo esse perodo.

    Ao nosso professor Rodrigo Iop, que nos alegrou com suas gargalhadas e brincadeiras,

    e nos fez crescer como acadmicos e futuros fisioterapeutas nos repassando o grande

    conhecimento que tem. Chico parabns pela tua humildade e sabedoria, continue assim,

    agradecemos muito voc.

    A todos os professores que puderam enriquecer nossos conhecimentos na busca de formar

    grandes profissionais.

    Aos nossos verdadeiros amigos, que estiveram ao nosso lado, nos apoiando at os

    ltimos dias de faculdade. Valeu pelas nossas risadas, palhaadas, troca de conhecimentos,

    companheirismo, enfim agradecemos vocs por fazerem parte dessa histria.

    Aos examinadores da banca por aceitarem esse convite, pela dedicao e

    disponibilidade para avaliar o nosso trabalho.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    6/54

    Enfim, a todos aqueles que no foram citados, mas que estiveram de alguma forma

    presentes nesta histria, ajudando a sorrir e a caminhar.

    A todos vocs, fica aqui o nosso eterno muito obrigado!

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    7/54

    Apesar dos nossos defeitos, precisamosenxergar que somos prolas nicas no teatro

    da vida e entender que no existem pessoas

    de sucesso e pessoas fracassadas. O que

    existem so pessoas que lutam pelos seus

    sonhos ou desistem deles.

    (Augusto Cury)

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    8/54

    RESUMO

    A hrnia de disco um processo de rompimento do anel fibroso, deslocando assim a massacentral do disco para espaos intervertebrais. Essa disfuno promove alteraes corporais

    sendo a dor e diminuio da flexibilidade os fatores que mais limitam os pacientes. Esta

    patologia comum e acaba limitando o indivduo de realizar as suas atividade de vida diria.

    A tcnica de liberao muscular vem com o objetivo de relaxar os msculos, dentre eles, o

    quadrado lombar, glteo mximo, iliopsoas e piriforme, os quais do suporte coluna lombar,

    proporcionando ao indivduo uma melhor qualidade de vida. Esta pesquisa tem como

    objetivos analisar o efeito da liberao muscular na dor lombar em pacientes com hrnia dedisco, avaliar o nvel de dor e flexibilidade antes e aps a submisso ao tratamento. A amostra

    foi composta por 6 indivduos de ambos os gneros com faixa etria entre 25 a 55 anos. Foi

    realizada a avaliao e reavaliao da dor atravs da escala visual analgica (EVA) e da

    flexibilidade atravs do teste de finger-floor. Para anlise de dados, foi utilizado o teste de

    Wilcoxon. Na avaliao da dor, houve diferena estatstica (p 0,3). Em concluso, o efeito da liberao muscular

    em pacientes com hrnia de disco foi eficaz em relao dor.

    Palavras chave: Dor lombar. Flexibilidade. Fisioterapia.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    9/54

    ABSTRACT

    The herniated disc is a process of a rupture in the fibrocartilagenous material

    (annulus fibrosis), moving the central mass of the disc to the gaps between the vertebrates.

    This disfunction causes bodily alterations being pain and a lesser flexibility, which are the

    factors that most affect the patients. The muscular release technique has the objective of

    relaxing the muscles, those being the quadratus lumborum, gluteus maximus, iliopsoas and

    piriformis, which give support to the lumbar spine, providing the person with a better quality

    of life. This study has as an objective to analyze the effect of the muscular release on the low

    back on patients with a herniated disc, and evaluate the level of pain and flexibility before and

    after the submission of treatment. The sample was composed by 6 individuals of both genreswith ages between 25 and 55 years old. The evaluation and reevaluation of the pain was

    analyzed through the analogic visual scaled and flexibility through thefinger-floor test. On

    the data analysis it was utilized the test Wilcoxon. There was statistical difference on the

    evaluation of pain (p0,3). In

    conclusion, the effect of the muscular release in patients with a herniated disc was effective

    in accordance to pain.

    Key words: Low Back Pain.Flexibility.Physiotherapy

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    10/54

    LISTA DE ILUSTRAO

    Figura 1: Liberao do msculo psoas.....................................................................................29

    Figura 2: Liberao do msculo quadrado lombar...................................................................30

    Figura 3: Liberao do msculo piriforme...............................................................................30

    Figura 4: Liberao do msculo glteo mximo......................................................................31

    Figura 5: Liberao do diafragma.............................................................................................32

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    11/54

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Dados referentes dor (EVA), em centmetros......................................................37

    Quadro 2 - Mdia da dor (EVA) na avaliao e reavaliao....................................................38

    Quadro 3 - Dados referentes flexibilidade (finger-floor), em centmetros............................39

    Quadro 4 - Mdia da flexibilidade (finger-floor, em cm) na avaliao e reavaliao..............39

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    12/54

    SUMRIO

    1 INTRODUO....................................................................................................................14

    2 LIBERAO MUSCULAR NA HRNIA DE DISCO...................................................17

    2.1ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL......................................................................17

    2.1.1Vrtebra..........................................................................................................................18

    2.1.2Disco intervertebral.......................................................................................................18

    2.1.3Ligamentos......................................................................................................................19

    2.1.4Miologia da coluna vertebral........................................................................................202.1.5Principais msculos que influenciam na regio lombar.............................................21

    2.1.6Curvaturas fisiolgicas..................................................................................................22

    2.1.7Movimentos da Coluna Vertebral................................................................................23

    2.2 HRNIA DE DISCO..........................................................................................................23

    2.2.1 Patognese......................................................................................................................24

    2.2.2 Etiologia..........................................................................................................................25

    2.2.3 Tipos de hrnia...............................................................................................................252.2.4 Tipos de dor....................................................................................................................26

    2.3 LIBERAO MUSCULAR..............................................................................................26

    2.3.1 Avaliao da musculatura tensionada.........................................................................27

    2.3.1.1 Avaliao da tenso do msculo psoas........................................................................27

    2.3.1.2 Avaliao da tenso do msculo piriforme..................................................................28

    2.3.1.3 Avaliao da tenso do msculo quadrado lombar......................................................28

    2.3.2Tcnica de liberao da musculatura tencionada......................................................282.3.2.1 Liberao do msculo psoas........................................................................................29

    2.3.2.2 Liberao do msculo quadrado lombar......................................................................29

    2.3.2.3 Liberao do msculo piriforme..................................................................................30

    2.3.2.4 Liberao do msculo glteo mximo.........................................................................31

    2.3.2.5 Liberao do diafragma...............................................................................................31

    3 DELINEAMENTO DA PESQUISA.................................................................................33

    3.1TIPO DE PESQUISA........................................................................................................33

    3.2MATERIAL.......................................................................................................................33

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    13/54

    3.3 MTODO ..........................................................................................................................34

    3.3.1 Populao/amostra........................................................................................................34

    3.3.2 Procedimentos para coleta de dados...........................................................................35

    3.3.3 Procedimentos para anlise de dados.........................................................................36

    3.3.4 Aspectos ticos da pesquisa.........................................................................................36

    4 ANLISE E DISCUSSO DE DADOS...........................................................................37

    5 CONSIDERAES FINAL..............................................................................................42

    REFERNCIAS ...................................................................................................................43

    ANEXOS................................................................................................................................47

    ANEXO A Ficha de avaliao ............................................................................................48

    ANEXO B Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)....................................52

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    14/54

    141 INTRODUO

    A herniao de disco um processo de rompimento do anel fibroso, deslocando

    assim a massa central do disco para espaos intervertebrais. Esta patologia comum e, de

    certa forma, acaba limitando o indivduo de realizar as suas atividade de vida diria. Diversos

    fatores contribuem para o surgimento dessa patologia como alterao msculo-esqueltica,

    causas extrnsecas, posturas inadequadas, sobrecarga. O lugar mais comum de aparecer este

    tipo de patologia, respectivamente, L4/L5, L5/S1, L3/L41

    .

    Essa alterao patolgica pode ser gerada em trs tempos. No primeiro momento,

    a flexo do tronco aumenta a proximidade dos discos na parte anterior, e aumenta o espao naposterior, com isso, a substncia nuclear desloca-se posteriormente. No segundo momento,

    quando ocorre uma presso axial muito forte, o disco intervertebral desloca sua substncia

    para parte posterior. No terceiro momento, quando o tronco j est em total alinhamento, o

    espao em que a hrnia discal passou se fecha, devido a presso exercida pelos plats

    vertebrais, e a massa formada pela hrnia fica bloqueada sob o ligamento vertebral 2.

    A hrnia de disco uma das principais causas de dor lombar. Normalmente ela

    aparece como resultado de pequenos traumas na coluna, que com o passar do tempo lesiona asestruturas do disco intervertebral, ou tambm por um grande trauma sobre a estrutura

    vertebral. Em geral, o primeiro sintoma que aparece a dor na rea do disco afetado, levando

    o indivduo a adotar uma posio antlgica, tendo assim alteraes musculares1,3.

    A dor nas costas acomete grande parte da populao mundial e essa dor gera

    diversas limitaes sendo considerada a segunda maior causa de incapacidade funcional. Na

    hrnia de disco esta dor mostra-se bem presente, devido ao deslocamento do ncleo pulposo.

    Esse deslocamento gera um desequilbrio significativo na postura do indivduo levando omesmo a sofrer dores de variadas intensidades 4.

    Devido a presena de herniao, pode-se perceber uma reduo relevante da

    flexibilidade, limitando assim alguns movimentos. Sabemos que 5% a 10% de flexo de

    tronco ocorre entre as vrtebras L1e L4, 20% a 25% entre L4e L5, e numa maior porcentagem

    temos a regio onde chamamos de dobradia, que so as vrtebras L5e S1, a qual representa

    60% a 75% do movimento. Com isso podemos perceber a importncia desta regio, e a

    influncia desta no movimento de tronco. Sendo assim, devemos ter uma boa flexibilidade

    para obtermos uma reduo da presso nos discos intervertebrais, vrtebras e facetas 5.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    15/54

    15

    Buscando solucionar a dor e melhorar a flexibilidade, a tcnica de liberao

    muscular vem com o objetivo de relaxar os msculos desta regio, dentre eles, o quadrado

    lombar, glteo mximo, iliopsoas e piriforme, os quais do suporte coluna lombar, a fim de

    proporcionar ao indivduo uma melhor qualidade de vida 5.

    Partindo do princpio do efeito da liberao muscular na hrnia de disco lombar e

    das questes levantadas pergunta-se: a liberao muscular em pacientes com hrnia de disco

    lombar gera alvio da dor e aumento da flexibilidade?

    A hrnia discal uma patologia frequentemente comentada na sociedade. Ela

    atinge diferentes idades e gneros, surgindo principalmente, por maus hbitos dirios, sendo a

    coluna lombar a principal regio acometida. Um paciente com esta disfuno sofre diversas

    alteraes corporais sendo a dor e diminuio de mobilidade os fatores que mais limitam ospacientes. Esse tipo de limitao, quando em casos mais avanados, foram os pacientes a se

    afastarem do seu trabalho e, como consequncia, terem a sua vida econmica tambm

    prejudicada.

    Um estudo mostrando a eficincia de um tratamento neste caso seria de suma

    importncia tanto para a cincia, a fim de aprimorar ainda mais o tratamento sobre a mesma e,

    tambm para a sociedade, visto que essa alterao traz populao problemas que repercutem

    de forma global vida do indivduo.Grandes especialistas buscam solues para esta disfuno, pois os mesmos

    acreditam que um conjunto de fatores est associado ao surgimento dessa. Com isso, pode-se

    observar que este caso deve ser trabalhado de forma multidisciplinar, sendo a fisioterapia,

    uma das reas de grande importncia nessa interao profissional.

    Contudo, faz-se necessrio pesquisar e divulgar a eficincia de tratamentos nesta

    rea, que iro contribuir para a cincia e para a populao mundial, incentivando assim novas

    pesquisas mostrando diferentes tratamentos, onde visem resolver as alteraes causadas.A pesquisa teve como objetivo geral, analisar o efeito da liberao muscular na

    dor lombar em pacientes com hrnia de disco, e objetivos especficos, avaliar o nvel de dor,

    utilizando a escala visual analgica, e comparar a flexibilidade, utilizando o teste de finger-

    floor, dos pacientes antes e aps a submisso ao tratamento de liberao muscular.

    Diante dos objetivos propostos, tem-se como hiptese, haver relao significativa

    entre o tratamento de liberao muscular e a diminuio da dor e no haver relao

    significativa entre o mesmo com a diminuio da dor, ou ainda, haver relao significativa

    entre a liberao muscular e o aumento da flexibilidade e no haver relao significativa entre

    essa com o aumento da flexibilidade.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    16/54

    16

    A pesquisa se define como quase-experimental, ou seja, apresenta variaes no

    plano clssico do experimento, no obtendo um grupo controle. O nvel de profundidade

    exploratrio com uma abordagem quantitativa, tratando-se de um projeto que ir mensurar a

    dor e a flexibilidade 6.

    O trabalho divide-se em cinco captulos, sendo que, o primeiro captulo destina-se a

    introduo deste estudo. No segundo captulo apresenta-se um referencial terico. No terceiro

    captulo est disposto o delineamento da pesquisa. O quarto captulo demonstra e analisa

    estatisticamente os resultados obtidos na pesquisa, finalizando com as consideraes finais deste

    trabalho no quinto captulo.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    17/54

    172 LIBERAO MUSCULAR NA HRNIA DE DISCO

    A coluna vertebral composta por uma sequncia de ossos sobrepostos, formando

    um eixo central do corpo 8. A mobilidade e a estabilidade desse eixo central depende da

    articulao entre cada vrtebra, dos ligamentos e da ao muscular 8, 9. As articulaes

    interapofisrias vo proporcionar os movimentos de flexo e extenso, e rotao da coluna

    vertebral, devido a sua anatomia. Os ligamentos vo conectar as vrtebras e promover

    estabilidade, suficiente para manter o indivduo em posio ortosttica. Os msculos, atravs

    da sua contrao e tenso produzida iro oferecer movimentos e equilbrio entre as

    articulaes 9.Entre os corpos vertebrais existem amortecedores que tem a funo de reduzir a

    carga e os impactos, que so denominados disco intervertebrais. Nas regies de maior

    mobilidade pode ocorrer a ruptura ou extravasamento deste disco, causando dor. Essa dor ir

    causar uma alterao muscular, gerando um maior desconforto 3, 8, 9.

    Na coluna vertebral embora apresente essas estruturas que estabilizam e

    mobilizam o tronco, existem curvaturas fisiolgicas que tem a funo de aumentar a

    capacidade de suporte de carga e beneficiar a esttica corporal. So elas: coluna cervical,coluna torcica, coluna lombar e coluna sacral 3.

    Quando h alguma alterao nessas estruturas que formam a coluna vertebral,

    podem estar presente espasmos musculares e outras disfunes as quais podem levar a um

    desconforto ao paciente e a tcnica de energia muscular (TEM) ir proporcionar de certa

    forma um equilbrio msculo-esqueltico e tambm diminuindo o quadro lgico 7.

    2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL

    A coluna vertebral constituda por 33 (trinta e trs) vrtebras sobrepostas as

    quais so divididas por regies: cervical , torcica, lombar, sacral e coccgea. Elas so

    compostas da seguinte forma 3:

    a) cervical: constituda por sete vrtebras;

    b) torcica: constituda por doze vrtebras;

    c) lombar: constituda por cinco vrtebras;

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    18/54

    18

    d) sacral: constituda por cinco vrtebras;

    e) coccgeas: constituda por quatro vrtebras.

    2.1.1 Vrtebra

    As vrtebras tpicas so compostas por: corpo, arco e processos. O corpo ele

    formado por osso esponjoso, porm ao redor das vrtebras superiormente e inferiormente o

    osso composto de forma compacta 8. Ele possui uma forma cilndrica a qual tem a funo de

    suportar a maior parte da carga exercida sobre a vrtebra 8, 9.O arco constitudo pelos pedculos direito e esquerdo, e tambm pelas lminas

    direita e esquerda 8. Esse arco protege as estruturas nervosas que passam entre o canal

    vertebral (conjunto dos forames vertebrais) 8, 9.

    Os processos so apndices sseos onde se fixam os tendes, ligamentos e onde

    ocorre a articulao entre as vrtebras. So eles: processo articular, processo espinhoso e

    processo transverso 8, 9.

    As vrtebras lombares tm caractersticas que as diferem das outras, como: seucorpo vertebral grande, o canal vertebral triangular 8, disco intervertebral mais espesso,

    sendo que o mesmo tem uma forma anatmica uniforme e articularmente falando possuem

    mobilidade. Seu formato permite movimentos nos planos sagital, frontal e transversal 9.

    2.1.2 Disco intervertebral

    O disco intervertebral vem a ser um coxim elstico localizado entre os corpos

    vertebrais o qual tem a funo de absorver e dissipar cargas, impactos e compresses

    exercidas sobre a coluna vertebral 3, 9. Esse disco composto basicamente por um ncleo

    pulposo rodeado por um anel fibroso 8.

    O anel fibroso constitudo por tecido fibroelstico, que ficam ao redor do ncleo

    pulposo e estabelecem a limitao externa do disco 10. Suas principais funes so de

    estabilizar os corpos vertebrais, possibilitar mobilidade entre os mesmos, impedir o

    extravasamento do ncleo pulposo e amortecer impactos 3, 8.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    19/54

    19

    O ncleo pulposo possui um lquido no seu interior que quando submetido a

    cargas acaba gerando uma presso intra-discal provocando, como consequncia, um

    alongamento das fibras do anel 3. Ele tem como principais funes absorver as foras

    exercidas entre as vrtebras e tambm de nutrir o disco atravs da troca de lquidos com os

    capilares vertebrais 8.

    2.1.3 Ligamentos

    Os ligamentos intervertebrais so de suma importncia para a coluna vertebral,pois sem os mesmos, seria praticamente impossvel proporcionar estabilidade a essa estrutura.

    Existem dois de todos os ligamentos intervertebrais que percorrem toda a coluna, o ligamento

    longitudinal anterior e ligamento longitudinal posterior 9.

    O ligamento longitudinal anterior se estende desde o tubrculo anterior da C1at a

    superfcie plvica do sacro. Ele percorre e funde-se anteriormente aos corpos vertebrais e ao

    disco vertebral 8.

    O ligamento longitudinal posterior fixa-se no osso occipital e se estende at ocanal sacral. Ele se localiza interiormente ao canal vertebral percorrendo posteriormente aos

    corpos vertebrais e discos 8.

    Alm desses temos os ligamentos que tem a funo de se conectarem com os

    processos espinhosos, transversos e com as lminas. So o ligamento supra-espinhoso e os

    trs segmentares: ligamento amarelo, ligamentos interespinhosos e ligamentos

    intertransversos 11.

    Ligamento supra-espinhoso tem como funo conectar os processos espinhososem suas extremidades desde C7at o sacro. Este ligamento possui uma elasticidade junto com

    o ligamento nucal, que permite fazer com que a cabea volte a ter a orientao normal, aps

    um movimento de flexo de pescoo 8, 11, 12.

    O ligamento amarelo est em cada segmento motor tanto no lado direito como ao

    lado esquerdo, ele tem como funo unir as vrtebras adjacentes em cada segmento, e

    contribuir para restabelecer a orientao normal da coluna aps a flexo da coluna vertebral11.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    20/54

    20

    Ligamentos interespinhais sua funo unir os processos espinhosos das vrtebras

    adjacentes, so de suma importncia na regio lombar. Esse ligamento limita o movimento de

    flexo 8, 11, 12.

    Ligamentos intertransversais seu papel ligar os processos transversos adjacentes

    limitando assim a flexo-lateral 8, 13.

    A combinao dos ligamentos permite uma boa mobilidade em toda coluna

    vertebral, na regio lombar so delgados e membranceos 11, 13.

    2.1.4 Miologia da coluna vertebral

    A ao muscular na estrutura vertebral varia de acordo com suas funes.

    Geralmente, quando a musculatura ativada bilateralmente, ocorrem os movimentos de

    flexo e extenso de tronco, porm, quando ativados unilateralmente, esses movimentos

    podem ocorrer, mas associados a outros, como o de flexo-lateral e rotao axial ipsilateral 14.

    A miologia da coluna vertebral, para melhor organizao e compreenso,

    dividida em trs grupos: anterior, lateral e posterior.Os msculos anteriores so: reto anterior da cabea, reto lateral da cabea, longo

    da cabea, longo do pescoo, hiideos (supra-hiideos e infra-hiideos), reto abdominal,

    oblquo externo do abdmen, oblquo interno do abdmen, transverso do abdmen 13. A

    musculatura lateral produz a flexo lateral da coluna, sendo que a flexo ocorre para o lado

    em que ocorre a maior parte da atividade muscular 14, sendo assim, so eles:

    esternocleidomastideo, levantador da escpula, escalenos, quadrado lombar e iliopsoas 13. Os

    posteriores tm como funo principal a extenso de tronco, so eles: trapzio, esplnio dacabea, esplnio do pescoo, suboccipitais, eretor da espinha (iliocostal, longussimo e

    espinal), transverso-espinhoso (semi-espinal, multfidos e rotadores), interespinal e

    intertransversrio 15.

    Os msculos posteriores do tronco podem ser divididos por camadas, sendo elas:

    superficial, intermediria e profunda. Os msculos da camada superficial so: trapzio, grande

    dorsal, rombides, levantador da escpula e serrtil anterior. Os msculos camada

    intermediria so: serrtil posterior-superior e posterior-inferior. Os msculos da camada

    profunda so: os eretores da espinha (espinhal, longussimo e intercostal), transverso espinhal

    (semi-espinal, multfidos e rotadores), segmentar curto (interespinal e intertransversrio) 13.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    21/54

    212.1.5 Principais msculos que influenciam na regio lombar

    Alm da importncia dos ligamentos e outras estruturas que foram citadas acima,

    a amplitude de movimento depende tambm da parte muscular, onde esta de suma

    importncia para a realizao de diversos movimentos 11.

    Temos diversos msculos envolvidos na regio lombar, para assim obtermos os

    movimentos necessrios para nossa vida diria, e para isso ocorrer eles tem que estar

    equilibrados de forma harmnica 15.

    O msculo eretor da espinha importante na regio lombar, pois quando

    apresenta uma alterao na regio lombar, ao palp-lo, o msculo est dolorido e retrado.Este msculo constitui-se de outros msculos como: espinhal, longssimo e o iliocostal 15.

    O msculo quadrado lombar situa-se posteriormente, na parede abdominal, ele se

    fixa proximalmente a dcima segunda costela e s pontas dos processos transversos de L1-L4,

    e distalmente ao ligamento iliolombar e a crista ilaca. Sua inervao provem dos ramos

    anteriores dos nervos espinhais de T12a L315. Ele constitui-se de trs tipos de fibras que se

    entrelaam, sendo elas verticais e oblquas. So elas 15:

    a) Fibras que conectam a dcima segunda costela crista ilaca;b) Fibras que conectam a dcima segunda costela aos processos transversos das

    vrtebras lombares;

    c) Fibras que ligam os processos transversos de L1-L4 crista ilaca.

    Quando em contrao esse msculo realiza flexo lateral de tronco homolateral,

    elevao da pelve homolateral, quando contrado bilateralmente realiza extenso de tronco e

    tambm bscula anterior da pelve e atua tambm no sistema respiratrio 15.

    Quando sob tenso causa um desequilbrio muscular, podendo alterar oalinhamento plvico devido a estar diretamente ligado a crista ilaca, com isso podemos

    perceber a importncia dele nesta regio 11.

    O msculo iliopsoas formado pela juno dos msculos psoas maior, psoas

    menor e ilaco, sua insero proximal a face anterior do processo transverso de L1-L5, corpo

    vertebral (face lateral) e disco intervertebral da T12 e L1-L5, e dois teros superiormente a

    fossa ilaca no lbio interno da crista ilaca e ligamento sacrilacos (iliolombar e anterior) e se

    fixam distalmente no trocnter menor do fmur. Ele inervado pelos ramos do plexo lombar

    do nervo femoral. Quando em contrao este msculo realiza inclinao lateral da coluna

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    22/54

    22homolateral, rotao da coluna ipsilateral, flexo da coluna toracolombar sobre a pelve, flexo

    e aduo do quadril 15.

    O diafragma um msculo que separa a cavidade toraco-abdominal 15. Esse

    msculo uma lmina musculotendnea fina e cupuliforme, sendo que superiormente ele o

    assoalho torcico e inferiormente o teto da cavidade abdominal. Ele possui trs fixaes

    sseas que se dividem em costal, esternal e lombar 13.

    Este msculo se fixa nas partes externas do quadrado lombar e psoas maior

    atravs de dois arcos aponeurticos. Ele inervado pelas razes nervosas de C3- C5 (nervo

    frnico), sendo de suma importncia e muito qualitativo na inspirao, sua contrao promove

    um aumento da cavidade torcica e aumento da presso intra-abdominal 13, 15.

    O glteo mximo um msculo situado posteriormente ao quadril a qual contemuma massa muscular espessa, sua insero proximal linha gltea posterior e parte posterior

    do sacro do cccix, distalmente ele se insere na tuberosidade gltea no fmur e no trato

    iliotibial, sua inervao provm do nervo glteo inferior. Suas principais funes so de

    extenso e rotao lateral de quadril e retroverso da pelve 13, 15.

    O msculo piriforme tambm conhecido como piramidal. Sua contrao

    promover rotao lateral e abduo do quadril. Ele se insere proximalmente na face anterior

    do sacro e distalmente ao trocnter maior. Esse msculo inervado pelo plexo sacral15

    .

    2.1.6 Curvaturas fisiolgicas

    As curvaturas da coluna apresentam-se num plano sagital sobre um eixo frontal:

    cervical, torcica, lombar e sacral. A coluna cervical apresenta uma lordose, a qual promove asustentao e os movimentos da cabea, tendo como funo primria garantir o centro de

    gravidade ao ser humano. A coluna torcica possui uma cifose, com pouca mobilidade, a qual

    tem a funo de proteger os rgos torcicos (pulmo e corao) 9. A coluna lombar apresenta

    uma curvatura lordtica e sua principal funo garantir a mobilidade da pelve 9. Na coluna

    sacral ocorre uma fuso num nico osso triangular e formam assim o sacro 8,12. Possui pouco

    movimento e sua funo primria de sustentar os segmentos cervical, torcico e lombar 9,12.

    Logo embaixo do sacro temos uma estrutura chamada cccix que esta permite a

    proteo das estruturas da poro inferior da pelve e serve tambm como ponto de insero

    para alguns msculos 3, 12.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    23/54

    232.1.7 Movimentos da Coluna Vertebral

    As articulaes que formam a coluna vertebral permitem que a mesma realize

    movimentos nos trs planos: sagital, frontal e transversal. A mobilidade vertebral engloba um

    nmero grande de articulaes pois, o movimento entre duas vrtebras adjacentes pequeno.

    A coluna vertebral capaz de realizar movimentos de flexo, extenso, flexo-lateral (direita

    e esquerda) e rotao 16.

    Com relao ao movimento de flexo/extenso, na coluna lombar e cervical esses

    movimentos so amplos, porm, na coluna torcica a amplitude de movimento menor. No

    movimento de flexo-lateral, a coluna cervical a regio que possui maior mobilidade sendoseguida pela torcica e lombar, porm, a sacral um pouco mais mvel que a lombar nesse

    movimento. Na rotao, assim como na flexo-lateral, a coluna cervical a mais mvel

    diminuindo essa amplitude ao longo da estrutura vertebral sendo pouqussimo mais mvel na

    regio sacral em relao lombar 16.

    2.2 HRNIA DE DISCO

    A herniao do disco intervertebral trata-se de leso no mesmo e no como

    consequncia de alguma patologia, a leso e a dor provem da localizao anatmica do disco

    o qual por sua vez, por estar lesionado acaba envolvendo a coluna funcional 17.

    Segundo Mixter*, os sinais e sintomas clnicos da hrnia do disco foram descritos

    h mais de 70 (setenta) anos. Tm-se como principais manifestaes dor e alterao na raiznervosa acometida, em funo disso pode estar presente dor irradiada, disfuno nervosa,

    alteraes de motricidade, sensibilidade e reflexo articuladas as razes nervosas 18.

    Habitualmente, os pacientes relatam dor na regio lombar e em membros

    inferiores que acaba limitando a realizao de certas atividades funcionais 18. Essa dor, na

    maioria dos casos, traz consigo conseqncias secundrias tais como insnia, alterao do

    humor, concentrao, sexualidade e, com isso, essas alteraes podero descondicionar o

    indivduo fisicamente e isso tornar o quadro clnico do paciente ainda mais grave 19.

    *Mixter WJ. Rupture of the lumbar intervertebral disk: na etiologic factor for so-called sciatic pain. Ann Surg.1937; 106(4):777-87. apud 18.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    24/54

    24

    Essa disfuno ocorre com maior frequncia em pessoas entre 30 (trinta) e 50

    (cinquenta) anos de idade. De 2 a 3% dos indivduos so acometidos por este processo, onde

    se tem uma prevalncia maior em homens do que em mulheres e em torno dos 37 (trinta e

    sete) anos que se manifesta o primeiro sintoma decorrente da patologia, porm o que vem

    anteceder esta patologia so crises de dor lombares 20.

    2.2.1 Patognese

    A hrnia discal pode ocorrer devido a um acmulo de leses, quando ocorre essasleses contnuas tanto musculares ou dos tecidos moles, levar uma alterao biomecnica

    que isto poder afetar a estrutura articular numa sequncia, podendo provocar leses no anel

    fibroso acarretando num extravasamento do ncleo pulposo, ou seja, acarretar numa protuso

    do disco ou extruso do disco 21.

    Os movimentos combinados de flexo, extenso, flexo lateral e rotao da

    estrutura vertebral, desempenham foras significativas, sobre as articulaes e o disco, esse

    stress sobre essas estruturas mais significativo na regio lombar, devido a maior carga desustentao 10.

    Essas leses provem de trs mecanismos10:

    a) Descarga de peso, a qual provoca a compresso do disco;

    b) Rotaes associadas com flexes laterais, provocando assim uma toro no

    disco;

    c) Movimentos excessivos na coluna vertebral desencadeando um stress nas

    articulaes.Segundo Charnley*, uma leso no disco pode resultar em sete fatores que

    desencadearo nas patologias discais. Podemos ter 10:

    a) Toro aguda do dorso que ocorre quando h leso das fibras do anel fibroso,

    leso dos ligamentos posteriores ou leso das estruturas msculotendinosas;

    b) Ingesto de lquidos, que quando ocorre uma absoro maior do lquido

    pulposo;

    *Charnley J. Acute lumbago and sciatica. Britisb Medical Journal. 4904 (1); 344-346, 1955. apud 10.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    25/54

    25

    c) Ruptura pstero-lateral do anel, no qual ocorre um rompimento das lminas do

    anel fibroso, que ir acarretar em irritaes, podendo ser, mecnica, inflamatria ou qumica.

    d) Proeminncia do disco, extravasamento do ncleo, pinando a estrutura

    nervosa.

    e) Fragmento sequestrado, quando h presena de uma partcula, do ncleo

    pulposo ou do anel fibroso, que esto livres dentro do espao articular e causa irritao.

    f) O mesmo fragmento citado anteriormente, porm o mesmo se move para o

    interior do canal vertebral ou forame intervertebral.

    g) Degenerao do disco intervertebral e progressivamente do anel fibroso.

    2.2.2 Etiologia

    Constatou-se que alguns casos devido ao processo degenerativo lento ou por

    traumas, principalmente em pessoas jovens, a causa do aparecimento vem a ser por algum

    esforo brusco 22.

    Num disco intervertebral sabemos que existem foras que atuam sobre ele. Tm-se dois movimentos que prejudicam o mesmo, como uma compresso significativa numa

    direo axial e o movimento de flexo anterior, a unio desses movimentos o fator principal

    para o aparecimento da hrnia de disco e sua protuso 22.

    Independente do mecanismo que ir desencadear esta patologia, a protuso de

    disco acaba pressionando as estruturas adjacentes, a direo mais comum deste caso

    postero-lateral, podendo levar assim um pinamento da raz nervosa, tendo como

    consequncia dor na regio das costas, ndegas, coxas, pernas e p e tambm ao desequilbriomuscular 10, 20.

    2.2.3 Tipos de hrnia

    A hrnia de disco, antomo-patologicamente, pode ser distinguida em trs tipos:

    hrnia de disco externa, hrnia de disco interna e hrnia de disco medial 23:

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    26/54

    26

    a) Hrnia de disco externa: quando a herniao desloca a raz nervosa para ointerior. O paciente apresenta leve lombalgia com dor mais intensa no membro inferior. O

    movimento de flexo-lateral homolateral intensifica a dor, j o contralateral promove alvio;

    b) Hrnia de disco interna: quando a hrnia desloca a raz exteriormente. Opaciente refere dor mais intensa na lombar do que no membro inferior. O movimento de

    flexo-lateral contralateral aumenta a dor enquanto que o movimento homolateral alivia;

    c) Hrnia de disco medial: neste caso, a hrnia de disco compromete vrias razesnervosas e geralmente, isso ir proporcionar ao paciente uma ciatalgia bilateral.

    A durao e a melhora com relao tratamento/doena variam de acordo com a

    localizao da hrnia. Dentre os trs tipos de hrnia discal, a externa a que apresenta um

    melhor prognstico, seguida pela interna, medial e a hrnia de disco em vrios nveis 23.

    2.2.4 Tipos de dor

    A dor transmitida por impulsos nervosos atravs das fibras aferentes (Tipo C).

    De acordo com a leso, esses impulsos transmitem diferentes tipos de sensao de dor osquais so classificados como23:

    a) Dores sseas e sinoviais so dores que provm de patologias reumticas

    (artrose, poliartrite reumtica, espondilite anquilosante);

    b) Dores cpsulo-ligamentares essa desencadeada por meio de traes ou

    tores;

    c) Dores musculares so dores difusas e profundas que ocorrem por espamos

    musculares;Essas dores levaro a uma tenso muscular e, com essa alterao, ir ocorrer um

    desequilbrio msculo-esqueltico 23.

    A liberao muscular promover um alvio dessa tenso, provocando, de certa

    forma, analgesia e restaurao do equilbrio corporal 23.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    27/54

    272.3 LIBERAO MUSCULAR

    A tcnica de liberao muscular, segundo Brodin*, denominada de TEM a qual

    foi criada por Fred Mitchell em 1958, sendo aperfeioada por vrios outros profissionais. Essa

    tcnica de terapia manual que tem como princpio a utilizao da contrao muscular, de

    forma a produzir maior amplitude de movimento nas articulaes, aumento de flexibilidade

    muscular, reduzindo assim dores gerados pelo desequilbrio msculo-esqueltico 24. Ela

    utiliza os seus msculos, controlando a posio do segmento corporal direcionando-o

    especificamente 6.

    2.3.1 Avaliao da musculatura tensionada

    Diversas disfunes do sistema msculo-esqueltico esto ligadas a tenso

    muscular. A tenso muscular quando presente nos msculos antagonistas pode levar a uma

    inibio recproca, limitando o movimento e podendo gerar dor7

    .

    Segundo Janda, antes de realizar o tratamento de hrnia discal necessrio fazer

    uma avaliao correta, para identificar corretamente a tenso muscular e o grau da limitao,

    para isso temos que analisar alguns itens: a posio de incio, tcnica de fixao, sentido do

    movimento, a fora a ser exercida deve trabalhar em apenas uma articulao e num

    movimento rtmico apropriado lento e preciso, deve-se ter a certeza de que no apresenta

    bloqueios mecnicos, impedindo o movimento 7.

    2.3.1.1 Avaliao da tenso do msculo psoas

    Paciente na posio supina, com perna a no ser testada em flexo de joelho e

    quadril estabilizando a coluna lombar, e a perna a ser testada em extenso. Se o paciente no

    *Brodin H. Inhibition-facilitation techique for lumbar pain treatment. Acta Belg Med Phys 1983; 1(6): 31-5.apud 24.Janda V 1983 Muscle function testing. Butterworths, London. apud 7.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    28/54

    28conseguir colocar a coxa em total contato com a maca, indica que h uma retrao do msculo

    iliopsoas 6.

    2.3.1.2 Avaliao da tenso do msculo piriforme

    Paciente em posio supina, posicionando o membro inferior a ser testado em

    flexo de quadril e joelho com p em contato total com a maca lateralmente ao joelho

    contralateral, tendo a pelve a no ser testada estabilizada pelo terapeuta.

    Realiza-se o movimento de aduo na perna a ser testada a fim de alongar omsculo piriforme. Se o msculo estiver tensionado, o paciente relatar um desconforto na

    regio posterior do quadril 6.

    2.3.1.3 Avaliao da tenso do msculo quadrado lombar

    Paciente na posio de decbito lateral (DL), o terapeuta o instrui a realizar uma

    abduo de quadril. Se ocorrer uma ativao dessa musculatura abdutora do quadril antes dos

    25 isso indicar uma tenso de energia muscular anormal nesse msculo 6.

    2.3.2 Tcnica de liberao da musculatura tensionada

    A tcnica de liberao muscular utiliza contraes isomtricas em todos os planos

    da articulao a ser mobilizada. O auxlio do paciente durante a realizao da tcnica de

    suma importncia para um bom resultado da mesma. A fora realizada pelo terapeuta durante

    a tcnica deve ser controlada de forma lenta e precisa 6.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    29/54

    29

    2.3.2.1 Liberao do msculo psoas

    Paciente em decbito dorsal (DD) sobre a maca, flexiona o quadril do membro a

    ser tratado sendo que o terapeuta realizar uma resistncia de modo a promover uma

    contrao isomtrica do msculo. A mo de cima do terapeuta realizar uma frico no eixo

    transversal do msculo de forma a alongar e relaxar suas fibras 22.

    Figura 1 Liberao do msculo psoas

    Fonte: Ricard F., 2001 22.

    2.3.2.2 Liberao do msculo quadrado lombar

    Paciente em DL com o membro inferior de baixo com flexo de quadril e o de

    cima a ser tratado em posio neutra, a fim de obter melhor resultado na tcnica de liberao.

    O terapeuta ficar em p, perpendicular ao corpo do paciente com as mos na pelve (crista

    ilaca). Os braos do terapeuta iro realizar rotao e flexo-lateral contralateral associando ao

    movimento ativo de flexo-lateral homolateral rotao para o lado oposto ao do terapeuta, a

    fim de promover uma leve contrao isomtrica 6, 23.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    30/54

    30

    Figura 2 Liberao do msculo quadrado lombar

    Fonte: Chaitow L, Liebenson C, 2001 6.

    2.3.2.3 Liberao do msculo piriforme

    Paciente em DL, com o membro inferior a ser tratado para cima, e com quadril e

    joelho flexionados bilateralmente. O terapeuta se posiciona na frente do indivduo, na altura

    do quadril e coloca o cotovelo na direo ceflica posteriormente ao trocnter e a mo de

    baixo no tornozelo. Realiza-se uma rotao interna passiva a fim de alongar o msculo

    piriforme. O terapeuta ir instruir o paciente a realizar uma rotao externa contra aresistncia do terapeuta, com o objetivo de contrariar isometricamente o msculo piriforme, e

    ir realizar uma presso com o cotovelo contra o trocnter (a resistncia ao movimento feita

    com a mo de baixo do terapeuta) 6.

    Figura 3 Liberao do msculo piriforme

    Fonte: Chaitow L, Liebenson C, 2001 6.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    31/54

    312.3.2.4 Liberao do msculo glteo mximo

    Paciente em DD com elevao da perna a ser tratada e joelhos estendidos, a perna

    contralateral mantm-se em flexo de quadril e joelho. Instrui-se ao paciente realizar uma

    extenso de quadril contra a resistncia do terapeuta de forma a promover uma contrao

    isomtrica, mantendo-se sempre o joelho estendido. O terapeuta ir pressionar a regio do

    glteo durante a extenso 6.

    Figura 4 Liberao do msculo glteo mximoFonte: Chaitow L, Liebenson C, 2001 6.

    2.3.2.5 Liberao do diafragma

    Paciente em DD, o terapeuta se localiza ao lado do indivduo, que fica oposto ao

    lado a ser liberado, posicionando suas mos na borda inferior da caixa torcica do mesmo e

    pedindo ao paciente inspirar de forma fisiolgica e tranquila, e expirar vagarosamente. No

    momento da expirao o terapeuta segue o movimento do diafragma para dentro da caixa

    torcica e em seguida atravs de seus polegares elevam a caixa torcica anteriormente 6.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    32/54

    32

    Figura 5 Liberao do diafragma

    Fonte: Travell J, Simons, DG, 2006 24.

    A aplicao da TEM possui pontos importantes que devem ser enfatizados ao

    paciente e ao terapeuta, pra que o resultado da tcnica seja eficaz. Os pontos principais so 6,7:

    a) A resistncia do terapeuta deve-se combinar com o esforo do paciente, a fim

    de promover apenas uma contrao isomtrica.

    b) O paciente deve utilizar 20% do total esforo da contrao muscular possvel.

    c) O tempo mantido de contrao deve ser de 7 (sete) a 10 (dez) segundos.

    d) A quantidade de contraes isomtricas exercidas de acordo com o terapeuta.

    O ponto principal da TEM trata-se da utilizao da energia do paciente com a

    finalidade de atingir os tecidos moles, liberando-os 6.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    33/54

    333 DELINEAMENTO DA PESQUISA

    Neste momento o investigador determinou a abrangncia e entendimento sobre o

    assunto, ou seja, explicou detalhadamente como foi feito seu trabalho, os meios que utilizou

    durante a pesquisa, a metodologia e os demais procedimentos 25.

    3.1 TIPO DE PESQUISA

    A pesquisa se definiu como quase-experimental, ou seja, apresentou variaes no

    plano clssico do experimento, no obtendo um grupo controle 25.

    O nvel de profundidade foi exploratrio com uma abordagem quantitativa,

    tratando-se de um projeto que mensurou a dor e a flexibilidade 25.

    O presente estudo apresentou como variveis dependentes flexibilidade e dor e

    como varivel independente a liberao muscular.

    3.2 MATERIAL

    Foram utilizados para a coleta de dados:

    a) Ficha de avaliao com escala visual analgica (EVA) para medir a dor emcentmetros (ANEXO A);

    b) Fita mtrica, para medir a flexibilidade em centmetros;c) Banco de 15 (quinze) cm de altura para realizar o teste definger-floor;d) Maca.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    34/54

    343.3 MTODO

    Para nossa vida cotidiana temos sempre que escolher a melhor opo, e na

    pesquisa este aspecto tambm no se torna diferente, nela temos que ter uma linha de

    raciocnio para assim chegarmos a nossos objetivos 25.

    3.3.1 Populao e Amostra

    A pesquisa definida como no-probabilstica intencional. Foi realizada com uma

    populao composta de indivduos que estavam devidamente inscritos na lista de espera da

    Clnica Escola de Fisioterapia - UNISUL, Campus Regional Sul / Unidade Tubaro, com

    diagnstico de hrnia de disco lombar. A amostra foi constituda dos indivduos que

    obedeceram aos seguintes critrios de incluso:

    a) Constar na lista de espera citada acima, com o diagnstico de hrnia de disco

    lombar.b) Idade cronolgica de 25 a 55 anos de ambos os gneros.

    Como critrios de excluso foram estabelecidos os seguintes parmetros:

    a) Faltar qualquer interveno fisioteraputica.

    b) Realizar outro tratamento teraputico simultaneamente com a fisioterapia ou,

    ter realizado outro tratamento fisioteraputico num intervalo menor que seis meses.

    c) No conseguir realizar os movimentos necessrios para a realizao do

    tratamento (dor) ou utilizao de roupas que limitem a aplicao das tcnicas (roupasinadequadas).

    d) Realizar exerccio fsico duas vezes ou mais por semana (musculao, yga,

    Pilates, RPG, cooper, ginstica, isostretching).

    e) Utilizar medicao analgsica e/ou antiinflamatria em concomitncia com o

    tratamento proposto.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    35/54

    353.3.2 Procedimentos para coleta de dados

    Foi realizado o contato com os pacientes que apresentaram hrnia de disco lombar

    por telefone atravs da lista de espera da Clnica Escola de Fisioterapia e foram contatados

    para comparecer em data e horrio agendados para a avaliao fisioteraputica.

    Aps a seleo de 6 (seis) indivduos que se enquadraram aos critrios de incluso,

    os mesmos foram submetidos a nove consultas fisioteraputicas. Na primeira consulta foi

    explicado ao paciente os objetivos e as tcnicas a serem utilizadas, esclarecendo todos os

    critrios que podiam exclu-lo da amostra. Aps o paciente aceitar fazer parte da amostra o

    mesmo assinou um termo de consentimento livre esclarecido TCLE confirmando estar cientede todos os procedimentos a serem utilizados no tratamento. Logo em seguida foi avaliado

    dor atravs da EVA e flexibilidade pelo teste definger-floor.

    A EVA consiste em uma linha de 10 cm. O ponto inicial da escala representado

    por 0 cm o qual identifica que o indivduo no apresenta dor e o ponto final por 10 cm

    quantificando a pior dor possvel. Ser pedido ao paciente para que o mesmo faa um trao

    nessa linha de 10 cm que corresponda ao valor de sua dor no momento da avaliao.

    No teste definger-floor, o paciente faz flexo da coluna, anotando-se a distncia,em centmetros, da ponta do terceiro dedo ao solo4. Nesse estudo, foi utilizado um banco de

    15 cm de altura, para quantificar com fidedignidade essa distncia.

    Aps a avaliao destas variveis, ainda na primeira consulta, foi realizada a

    interveno atravs da tcnica de liberao muscular. Num todo, foram realizadas nove

    consultas, sendo que, na ltima foi feito uma reavaliao da dor do paciente, atravs da EVA,

    e o terapeuta verificou o grau de flexibilidade por meio do teste definger-floor.

    A coleta foi feita no perodo de maro de 2010 novembro de 2010, sendo quecada paciente foi atendido duas vezes por semana, com durao de 40 minutos cada consulta.

    As tcnicas de liberao muscular foram realizadas nas posies descritas no captulo

    anterior. Os atendimentos aos pacientes foram feitos nos perodos matutino (4 pacientes),

    vespertino (1 paciente) e noturno (2 pacientes).

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    36/54

    363.3.3 Procedimentos para anlise de dados

    Foi feito uma anlise da dor e flexibilidade do paciente atravs da EVA e teste

    finger-floor.

    Os dados foram armazenados em uma planilha do Excel. A anlise estatstica da

    dor e da flexibilidade foi feita atravs do teste de Wilcoxon ( = 0,05) para amostras

    independentes comparados os valores da avaliao e reavaliao da EVA, em centmetros, e

    do teste definger-floor, tambm em centmetros.

    3.3.4 Aspectos ticos da pesquisa

    A pesquisa teve incio logo aps a aprovao do projeto de pesquisa pelo Comit

    de tica em Pesquisa da UNISUL, com o cdigo 10.020.4.08.III.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    37/54

    374 ANLISE E DISCUSSO DE DADOS

    Neste captulo sero apresentados os resultados e a discusso coletados no estudo. Os

    dados sero demonstrados atravs de tabelas relacionando os mesmos com as avaliaes e

    reavaliaes de flexibilidade e dor.

    Para anlise de dados, foi utilizado o teste de Wilcoxoncom nvel de significncia de

    5% a fim de verificar diferena estatstica entre as mdias das variveis analisadas.

    Logo abaixo, foram descritos os dados coletados na avaliao e reavaliao dos

    pacientes com hrnia de disco lombar submetidos ao tratamento de liberao muscular.

    No quadro 1, foram apresentados os dados relacionados a dor, avaliados pr e ps otratamento de liberao muscular, com auxlio da EVA.

    4.1 Dor (EVA)

    Na avaliao, foi possvel observar que quatro dos seis pacientes apresentavam dornvel 8, sendo que, na reavaliao ps-tratamento, trs dos mesmos zeram o nvel de quadro

    lgico.

    Quadro 1 Dados referentes dor (EVA), em cm.

    Amostra Avaliao Reavaliao

    1 8 02 8 0

    3 7 2

    4 8 3

    5 5 0

    6 8 0

    Os dados dos indivduos com relao dor na avaliao obtiveram uma mdia de 7,33cm na EVA (1,21), sendo a medida mnima de 5 cm e mxima de 8 cm (moda = 8 cm). Na

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    38/54

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    39/54

    39

    Todavia, no h significncia quanto anlise estatstica dos dados relacionados

    flexibilidade (p>0,3).

    Para facilitar a visualizao, os dados acima esto demonstrados na tabela a seguir:

    Quadro 3 Dados referentes flexibilidade (finger-floor), em cm.

    Amostra Avaliao Reavaliao

    1 15 6,5

    2 17 9

    3 31 23

    4 10 14

    5 31 33

    6 43 25

    Quadro 4 Mdia da flexibilidade (finger-floor, em cm) na avaliao e reavaliao.

    Pacientes Avaliao Reavaliao

    Mdia 24,5 18,42

    Desvio padro 12,51 10,27

    Mnimo 10 6,5

    Mxima 43 33

    Moda 31 No h.

    Segundo Salter e Kapandji 1, 3, a hrnia discal vem a ser a principal causa de dores na

    coluna lombar. Alm disso, a diminuio da flexibilidade outra alterao que pode estarassociada herniao do disco. 5.

    Lombalgias frequentemente trazem consigo alteraes associadas tais como espasmos

    e fraquezas musculares alm de diminuio de flexibilidade. Algumas ocupaes profissionais

    podem, dentre outras alteraes, desencadear tenses musculares por exigir posturas

    inadequadas. Contraes contnuas por tempos prolongados desencadeiam alteraes

    circulatrias e metablicas significativas podendo promover, dentre outras alteraes,

    hipersensibilidade e rigidez temporrias23

    .

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    40/54

    40

    Os resultados demonstrados no estudo de Thomas, Silman, Papageorgiou, Macfarlane

    e Croft 26, apontam que a mobilidade na regio lombar pode estar associada a lombalgias.

    Estudos realizados afirmam que tcnicas teraputicas manuais, quando baseadas em

    manobras miofasciais, mostram eficcia principalmente no que diz respeito lombalgias

    agudas 27. A TEM tem por finalidade eliminar tenses musculares, promovendo assim

    relaxamento muscular e, por conseguinte, melhoras com relao qualidade de vida ao

    indivduo 5. Pde-se observar que no presente estudo, as variveis acima citadas apresentaram

    alteraes positivas, comprovando assim os resultados obtidos durante essa pesquisa, onde

    com a aplicao da tcnica de liberao muscular obtivemos um alvio significativo da dor.

    Um estudo sobre a dor, afirma aos profissionais da sade a necessidade de avaliao e

    mensurao da dor de forma regular, assim como os sinais vitais. O mesmo ainda afirma, decerta forma, aprimorar e segurar respectivamente a teraputica e equipe profissional, alm

    de garantir melhoras com relao qualidade de vida 28.

    Um estudo prospectivo realizado por Wilson, Payton, Donegan-Shoaf e Dec 29, que

    tinha o objetivo de analisar os resultados da TEM em pacientes com lombalgia aguda, avaliou

    e tratou dez homens e nove mulheres com esse diagnstico. Foram formados dois grupos

    aleatoriamente, sendo um, o grupo controle, o qual recebeu um tratamento de reeducao

    neuromuscular e treinamento de resistncia, e o outro, o grupo experimental, que eracomposto do mesmo plano de tratamento do grupo anterior, porm, somada TEM. Ambos

    foram submetidos ao tratamento respectivo ao grupo oito vezes em um perodo de quatro

    semanas.

    Os resultados do estudo acima demonstraram diferena estatisticamente significativa

    com o grupo experimental apresentando maior melhora no que diz respeito capacidade

    funcional que o grupo controle.

    Salvador, El Daher Neto e Ferrari

    23

    , realizaram um estudo sobre a aplicao da TEMem coletores de lixo com lombalgia mecnica aguda. Participaram da pesquisa 28 indivduos,

    sendo os mesmo divididos aleatoriamente em dois grupos. O primeiro, grupo experimental,

    aplicava-se a TEM. No segundo, grupo controle, os indivduos eram submetidos

    eletroestimulao transcutnea. Ambos os grupos utilizaram EVA e testes de comprimento

    muscular a fim de avaliar e reavaliar os indivduos. Ao final desse estudo, pde-se observar

    uma melhora estatstica significativa no grupo experimental, mostrando diminuio da dor e

    aumento da flexibilidade aps aplicao da tcnica. No estudo citado acima, a melhora

    significativa da dor corrobora com esta pesquisa enquanto que, a melhora da flexibilidade

    diverge com os resultados obtidos neste estudo.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    41/54

    41

    A terapia manual, afirma Aure, Hoel e Vasseljen 30, mostrou significante melhora

    quando em comparao com teraputicas de exerccios ativos em quadros de pacientes com

    lombalgia crnica.

    Um estudo randomizado envolvendo 20 indivduos com dor lombo-plvica, sendo os

    mesmos divididos em dois grupos, demonstrou uma diferena estatstica significante. O grupo

    controle, que recebeu tratamento placebo, sofreu um aumento com relao EVA enquanto

    que o grupo experimental, que se submeteu ao tratamento de TEM, obteve diminuio

    significativa da mesma, efetivando assim a tcnica aplicada 31. A pesquisa acima mostra a

    eficcia do tratamento de liberao muscular, melhorando estatisticamente o quadro lgico

    dos pacientes concordando assim com o presente estudo.

    Estudos realizados afirmam que os msculos iliopsoas e glteo mximo possuemfuno estabilizadora da regio lombar 32, 33. Atividades que envolvem contraes do msculo

    iliopsoas promovem foras de compresso e de cisalhamento principalmente sobre a regio

    lombar, que pioram ainda mais o quadro de indivduos com dores na coluna vertebral 34.

    Durianova examinou 30 pacientes com espasmo do msculo liopsoas e os mesmos relataram

    dor na regio dos ombros, nas articulaes sacroilacas e, principalmente na regio lombar,

    vindo de encontro e corroborando presente pesquisa realizada 35.

    Segundo Chaitow6

    , as tcnicas de energia muscular so eficazes em quadros em que ador e o espasmo muscular prevalecem, podendo no precisamente promover ganhos

    significativos de mobilidade. Esta citao iguala-se ao presente estudo, observando que a dor

    estatisticamente reduziu enquanto que a flexibilidade no apresentou melhoras significativas.

    Aps anlise literria, a maioria dos estudos apresentados e discutidos nessa pesquisa

    corroboraram com o presente estudo realizado.

    Boa parte dos estudos encontrados e apresentados nessa pesquisa buscaram, de certa

    forma, analisar alteraes individuais dos msculos da regio lombar. Contudo, este estudoprocurou mostrar a importncia de uma anlise mais ampla da musculatura envolvente.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    42/54

    425 CONSIDERAES FINAIS

    Este estudo abordou um tratamento proposto para indivduos com hrnia de disco,

    analisando os mesmos principalmente no que diz respeito varivel dor, visto que, a mesma

    vem a ser o fator mais limitante desta patologia.

    Este trabalho, seguindo a metodologia proposta, constatou que a liberao muscular

    proporciona estatisticamente reduo e alvio do quadro lgico. Ao contrrio da dor, a

    flexibilidade ao teste estatstico no pode comprovar melhora.

    Diante da dificuldade de obteno de amostras para esse estudo, sugerem-se novas

    pesquisas com maior nmero de amostras que venham a comprovar estatisticamente obenefcio da tcnica de liberao muscular com relao flexibilidade em pacientes com

    hrnia de disco.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    43/54

    43

    REFERNCIAS

    1 Salter RB. Distrbios e leses do sistema musculoesqueltico. 3ed. Rio de Janeiro: MEDSI;

    2001.

    2 Kapandji AI. Fisiologia articular: esquemas comentados de mecnica humana. 5ed. SoPaulo: Panamericana; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

    3 Tribastone F. Tratado de exerccios corretivos aplicados reeducao motora postural. SoPaulo: Manole; 2001.

    4 Dagostin V. Princpios do mtodo RPG associado a mobilizao neural no tratamento depacientes do sexo masculino com hrnia discal lombar. [trabalho de concluso de curso]Tubaro: Universidade do Sul de Santa Catarina, curso de Fisioterapia; 2007.

    5 Alter, MJ. Cincia da flexibilidade. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.

    6 Chaitow L, Liebenson C. Tcnicas de energia muscular. So Paulo: Manole, 2001.

    7 Appel F. Coluna vertebral: conhecimentos bsicos. Porto Alegre: AGE; 2002.

    8 Quintanilha A. Coluna vertebral: segredos e mistrios da dor. 2ed. Porto Alegre: AGE;2002.

    9 Whiting WC, Zernicke RF. Biomecnica da leso musculoesqueltica. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2001.

    10 Watkins J. Estrutura e funo do sistema musculoesqueltico. Porto Alegre: Artmed, 2001.

    11 Gross J, Fetto J, Rosen E. Exame musculoesqueltico. Porto Alegre: Artmed; 2000.

    12 Neumann DA. Cinesiologia do aparelho musculoesqueltico: fundamentos para areabilitao fsica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

    13 Hamill J, Knutzen K. Bases biomecnicas do movimento humano. So Paulo: Manole,1999.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    44/54

    44

    14 Miranda E. Bases de anatomia e cinesiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.

    15 Hall SJ. Biomecnica bsica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

    16 Cailliet R. Distrbios da coluna lombar: um enigma mdico. Porto Alegre: Artmed, 2004.

    17 Grava ALS, Ferrari LF, Parada CA, Defino HLA. Modelo experimental para o estudo dahrnia do disco intervertebral. Rev. bras. ortop. [peridico na Internet]. 2008 Abr [citado2009 Nov 06] ; 43(4): 116-125. Disponvel em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162008000300003&lng=pt. doi: 10.1590/S0102-36162008000300003. (06/11/2009)

    18 Snider RK. Tratamento das doenas do sistema musculoesqueltico. So Paulo: Manole,2000.

    19 Negrelli WF. Hrnia discal: procedimentos de tratamento. Acta ortop. bras. [peridico naInternet]. 2001 Dez [citado 2009 Nov 06] ; 9(4): 39-45. Disponvel em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522001000400005&lng=pt. doi: 10.1590/S1413-78522001000400005.

    20 Hall CE, Brody LT. Exerccio teraputico: na busca da funo. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2001.

    21 Serra Gabriel MR, Daz Petit J, Sande Carril ML. Fisoterapia em traumatologia, ortopediae reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.

    22 Ricard F. Tratamento osteoptico das lombalgias e citicas: lombalgias, lumbagos,

    radiculalgias de tipo citica e cruralgia. Rio de Janeiro: Atlntica, 2001.

    23 Salvador D, El Daher Neto P, Ferrari FP. Fisioter. pesqui. [Internet] 2005 Dez [citado 2009Nov 13]; 12[2]: 20-7. Aplicao de tcnica de energia muscular em coletores de lixo comlombalgia mecnica aguda Disponvel em:http://www.crefito3.org.br/revista/usp/05_05_08/pdf/20_27_coletores.pdf

    24 Travell J, Simons, DG. Dor e disfuno miofascial: manual dos pontos-gatilho : membrosinferiores. Porto Alegre: Artmed, 2006.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    45/54

    4525 Leonel V, Motta AM. Cincia e pesquisa: livro didtico. 2. ed. rev. e atual. Palhoa:UnisulVirtual, 2007.

    26 Thomas E, Silman A, Papageorgiou A, Macfarlane G, Croft P. Association BetweenMeasures of Spinal Mobility and Low Back Pain: An Analysis of New Attenders in PrimaryCare. Spine, Philadelphia, v.23, n.3, p.343-347, 1998.

    27 Calonego CA, Rebelatto JR. Comparao entre a aplicao do mtodo Maitland e daterapia convencional no tratamento de lombalgia aguda.Revista Brasileira deFisioterapia,So Carlos v.6, n.2, p.97-104. 2002.

    28 Miguel JP. Direo Geral da Sade. Circular Normativa n09/DGCG. 2003. A dor como 5

    sinal vital. Registro sistemtico da intensidade da dor. Disponvel em:. Acesso em: 22 out. 2010.

    29 Wilson E, Payton O, Donegan-Shoaf L, Dec K. Muscle energy technique in patients withacute low back pain: a pilot clinical trial.J Orthop Sports Phys Ther. [peridico na Internet]2003 Sep [citado 2010 out 21];33(9):502-12. Disponvel em:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14524509.

    30 Aure OF, Hoel NJ, Vasseljen O. Manual therapy and exercise therapy in patients withchronic low back pain: A randomized, controlled trial with 1- year follow-up. Spine,Philadelphia, v.28, n.6, p.525-531. 2003.

    31 Selkow NM, Grindstaff TL, Cross KM, Pugh K, Hertel J, Saliba S. Short-Term Effect ofMuscle Energy Technique on Pain in Individuals with Non-Specific Lumbopelvic Pain: APilot Study. J Man Manip Ther. 2009;17(1):E14-E18. Disponvel em:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2704351/?tool=pubmed.

    32 Gibbons SGT. Integrating the psoas major and deep sacral guteus maximus muscles intothe lumbar cylinder model. Proceedings of: The Spine: World Congress on ManualTherapy. [peridico da Internet] Oct. 2005 [citado 2010 out. 25] Disponvel em:http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=33&ved=0CJcCEBYwIA&url=http%3A%2F%2Frugby.compusult.net%2Fc%2Fdocument_library%2Fget_file%3FfolderId%3D5%26name%3DDLFE-35.pdf&ei=hZ3ATKu2F8St8AaC0pWcBg&usg=AFQjCNEHnKFyxs3sXLLlGFzxW8LaNkfnQQ&sig2=g65IxkEFPsj6IqKSHFw_BQ

    33 Yoshio M, Murakami G, Sato T, Sato S e Noriyasu S. The function of the psoas major

    muscle: passive kinetics and morphological studies using donated cadavers. Journal ofOrthopaedic Science. [peridico da Internet] Out. 2005. [citado 2010 out. 25]7(2): 199-207.Disponvel em: http://www.springerlink.com/content/uaguy7bv92q1f387/

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    46/54

    4634 Juker D, McGill S, Kropf P e Steffen T. Quantitative intramuscular myoelectric activity oflumbar portions of psoas and the abdominal wall during a wide variety of tasks. Medicine &Science in Sports & Exercise. [peridico na Internet] Fev. 1998. [citado 2010 out 25]30:301-10. Disponvel em: http://journals.lww.com/acsm-

    msse/Abstract/1998/02000/Quantitative_intramuscular_myoelectric_activity_of.20.aspx

    35 Durianova J: Psoas spasm in the clinical picture of low back pain, In: lewit K, et al., eds.Rehabilitacia, Proceedings of the IVth Congress Prague: International Federation of ManualMedicine, 1975.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    47/54

    47

    ANEXOS

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    48/54

    48

    ANEXO A Ficha de Avaliao

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    49/54

    49

    FICHA DE AVALIAO DO ESTGIO SUPERVISIONADO EM ORTOPEDIA,

    REUMATOLOGIA E TRAUMATOLOGIA CLNICA ESCOLA DA UNISUL

    Professor: Ralph F. Rosas

    Nome:

    _________________________________________________________________________________

    Data de

    Nascimento:_____________________Idade:________Sexo:________Raa:___________________

    Encaminhamento

    Mdico:________________________________________Profisso:_________________________

    Diagnstico

    Mdico:_________________________________________________________________________

    QP.:______________________________________________________________________________

    H.M.A.:___________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________________

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    50/54

    50

    sem dor dor insuportvel

    Goniometria:Articulao Movimento Esquerdo Direito

    AVAL REAVAL AVAL REAVAL

    Testes Especiais:Teste Resultado

    AVAL REAVAL

    Exames Complementares:Exame/Data Resultados

    Disfunes identificadas:

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    DIAGNSTICO CINTICO-FUNCIONAL: _____________________________________________

    Objetivo do tto:

    _________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    51/54

    51

    Plano de tratamento:

    _________________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    _________________________________

    Nome do aluno

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    52/54

    52

    ANEXO B Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    53/54

    53Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

    UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA UNISULCOMISSO TICA EM PESQUISA CEP UNISUL

    TERMO DE CONSETIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TCLE

    TTULO DO PROJETO:EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTESCOM HRNIA DE DISCO.

    OBJETIVOS E FINALIDADES DO PROJETO:Analisar o efeito da liberao muscular na dor lombar empacientes com hrnia de disco.

    RESPONSVEIS PELO PROJETO:

    Jasom Pamato 0XX(48) 99154435 / e-mail: [email protected] Loureno 0XX(48) 96093525 / e-mail: [email protected]

    Prof orientador: Ralph Fernando Rosas - e-mail: [email protected]

    ESCLARECIMENTOS AO VOLUNTRIO:

    Os voluntrios sero submetidos primeiramente a uma avaliao fisioteraputica. Os voluntrios que aceitarem participar deste estudo no sero submetidos a nenhum procedimento

    invasivo, doloroso ou que a exponha a qualquer tipo de risco biolgico. O perodo de participao ser de maro a novembro de 2010. Os voluntrios ficaro assegurados quanto ao direito de recusar a responder ou participar da

    avaliao fisioteraputica, sem dar maiores explicaes justificativas a pesquisadora. Os voluntrios no devero receber nenhum valor em direito e nem dever ter qualquer despesa

    para participar do estudo, sendo este carter totalmente gratuito.

    CONSENTIMENTO DA PARTICIPAO DA PESSOA COMO SUJEITO

    Eu,_____________________________________________________________________,RG:____________________ CPF:______________________,abaixo assinado, concordo em participar do estudo:Efeito da liberaomuscular na dor lombar em pacientes com hrnia de disco.,ambos gnero, faixa etria entre 25 e 55 anos, comosujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo (s) pesquisador (es)______________________________________________________________ sobre a pesquisa, os procedimentosnela envolvidos, assim como os possveis riscos e benefcios decorrentes de minha participao. Foi-megarantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ouinterrupo de meu acompanhamento/ assistncia/tratamento.

    Local e data: _______________________________________________________________

    Nome e Assinatura do sujeito ou responsvel:___________________________________________.

  • 8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia

    54/54

    54

    IDENTIFICAO DOS PESQUISADORES

    ___________________________________________Jasom Pamato

    _______________________________________________Priscila Loureno

    ____________________________________________Ralph Fernando Rosas (Prof orientador)

    Tubaro, ___ de ________________ de 2009.