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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA - CESSÃO DE MÃO DE OBRA E EMPREITADA 1

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA - CESSÃO DE MÃO DE OBRA E EMPREITADA 2

S U M Á R I O

1 INTRODUÇÃO_______________________________________________________________ 3 2 PESSOAS FÍSICAS___________________________________________________________ 5

2.1 Regras de retenção, desconto e recolhimento por parte da empresa: _______________ 5 2.1.1 Contribuintes Individuais ________________________________________________ 5 2.1.2 Demais Pessoas Físicas ________________________________________________ 5

2.2 Salário de Contribuição ___________________________________________________ 5 2.3 Responsabilidade empresa no recolhimento de contribuintes______________________ 8 2.4 Obrigação da entidade beneficente em reter INSS ______________________________ 9 2.5 Extinção antecipada da Escala de salários-base _______________________________ 9 2.6 Retenção do transportador autônomo – Pessoa Física__________________________ 10 2.7 Limite de Contribuição para o INSS_________________________________________ 10

2.7.1 Limite mínimo do Salário de Contribuição__________________________________ 10 2.7.2 Limite máximo do Salário de Contribuição _________________________________ 11 2.7.3 Valor mínimo para recolhimento _________________________________________ 11

2.8 Atividades concomitantes ________________________________________________ 11 2.8.1 GFIP ______________________________________________________________ 12

2.9 Contribuição Adicional do Contribuinte Individual Filiado a Cooperativa_____________ 13 2.9.1 A Aposentadoria Especial ______________________________________________ 13 2.9.2 A Contribuição Adicional _______________________________________________ 13 2.9.3 A Contribuição Adicional do Cooperado ___________________________________ 14 2.9.4 Obrigações da Empresa Contratante _____________________________________ 14

3 PESSOAS JURÍDICAS _______________________________________________________ 15 3.1 Retenção de 11% da empresas prestadoras de serviços ________________________ 15

3.1.1 Atividades sujeitas à retenção na cessão de mão-de-obra ou empreitada _________ 15 3.1.2 Atividades sujeitas à retenção na cessão de mão-de-obra _____________________ 16 3.1.3 Retenção de empresa de transporte na cessão de mão-de-obra ________________ 17 3.1.4 Empresa de treinamento e ensino________________________________________ 18 3.1.5 Empresas optantes pelo SIMPLES _______________________________________ 18

3.2 Dispensa da retenção ___________________________________________________ 19 3.2.1 Não se aplica o instituto da retenção: _____________________________________ 19

3.3 Critérios para o recolhimento do valor retido __________________________________ 19 3.4 Conceitos de Empresas tomadoras e prestadoras de serviços____________________ 20

3.4.1 Cessão de mão-de-obra _______________________________________________ 20 3.4.2 Empreitada _________________________________________________________ 21 3.4.3 Empresa Contratante ou Tomadora de Serviços ____________________________ 21 3.4.4 Empresa Prestadora de Serviços ________________________________________ 21

3.5 Entidades Beneficentes – critérios para retenção ______________________________ 21 3.6 Subcontratação – Critérios para recolhimento_________________________________ 21 3.7 Construção Civil – Empreiteiras e Sub-empreiteiras ____________________________ 22 3.8 Retenção na Prestação de Serviços em condições Especiais ____________________ 23

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA - CESSÃO DE MÃO DE OBRA E EMPREITADA 3

1 INTRODUÇÃO

A Constituição Federal, em seu Título VIII estabeleceu o Sistema de Seguridade Social, que engloba as ações governamentais nas áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social. O Parágrafo Único do Art. 194 nos dá uma dimensão do funcionamento deste Sistema:

Art. 194, Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento;

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

O artigo seguinte fala do financiamento do sistema, e prevê diversas questões relacionadas às contribuições:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA - CESSÃO DE MÃO DE OBRA E EMPREITADA 4

§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social às entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e fará jus aos benefícios nos termos da lei.

§ 9° As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra.

§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.

§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento.

Por fim, o Artigo 201 tratam especificamente da Previdência Social:

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observado critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.

...................

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

É fundamental que conheçamos os princípios constitucionais antes de analisarmos as informações referentes à Previdência Social constante em outras leis, decretos, portarias, medidas provisórias ou qualquer outro diploma, pois estes são fundamentais e estão acima de todas as demais normas.

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2 PESSOAS FÍSICAS

2.1 Regras de retenção, desconto e recolhimento por parte da empresa:

Conforme o Art. 92 da IN MPS/SRP 3/2005, A empresa é responsável pelos recolhimentos:

2.1.1 Contribuintes Individuais

A empresa é responsável pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário de contribuição, e pelo recolhimento da contribuição do segurado contribuinte individual que lhe presta serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2003.

A empresa também é responsável pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento da contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado especial incidente sobre a comercialização da produção, quando adquirir ou comercializar o produto rural recebido em consignação, independentemente dessas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com o intermediário pessoa física.

2.1.2 Demais Pessoas Físicas

A empresa é responsável pela arrecadação, mediante desconto na remuneração paga, devida ou creditada, e pelo recolhimento da contribuição dos segurados: empregado e trabalhador avulso a seu serviço.

2.2 Salário de Contribuição

Conforme o Art. 28 da Lei 8.212/1991 e o Art. 214 do Decreto 3.048/1999, entende-se por salário-de-contribuição:

I. Para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

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II. Para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração, e observados também os limites mínimo e máximo do Salário de Contribuição;

III. Para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado os limites mínimo e máximo do Salário de Contribuição.

IV. Para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado os limites mínimo e máximo do Salário de Contribuição.

V. Para o dirigente sindical na qualidade de empregado: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas.

VI. Para o dirigente sindical na qualidade de trabalhador avulso: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical.

O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição.

Integram o Salário de Contribuição:

a) O décimo-terceiro salário (gratificação natalina), exceto para o cálculo de benefício.

b) Pelo seu valor total, o total das diárias pagas, quando excedente a cinqüenta por cento da remuneração mensal.

c) A remuneração adicional de férias de que trata o inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal.

Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

a) Os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, exceto o salário-maternidade;

b) As ajudas de custo e o adicional mensal recebido pelo aeronauta;

c) A parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

d) As importâncias recebidas a título de férias indenizadas e o respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT;

e) As importâncias:

1. Indenização compensatória de quarenta por cento do montante depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, como proteção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa;

2. Relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo FGTS;

3. Recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;

4. Indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato;

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5. Recebidas a título de incentivo à demissão;

6. Recebidas a título de aviso prévio indenizado;

7. Recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;

8. Ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei;

9. Recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;

10. Recebidas a título de licença-prêmio indenizada;

11. Indenização por dispensa sem justa causa no período de trinta dias que antecede a correção salarial;

12. A parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;

13. A ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado;

14. As diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal;

15. A importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977;

16. A participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica;

17. O abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Público-PASEP;

18. Os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;

19. A importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;

20. As parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira;

21. O valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes;

22. O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa;

23. O valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;

24. O ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;

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25. O valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo;

26. A importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade;

27. Os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;

28. O valor da multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho;

29. O reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas;

30. O reembolso babá, limitado ao menor salário-de-contribuição mensal e condicionado à comprovação do registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social da empregada; do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição previdenciária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança;

31. O valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a prêmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes.

A IN MPS/SRP 3/2005 prevê uma outra situação de Salário-de-Contribuição não prevista na legislação:

“Art. 69, § 5º No caso do síndico ou do administrador eleito para exercer atividade de administração condominial, estar isento de pagamento da taxa de condomínio, o valor da referida taxa integra a sua remuneração (...)”.

2.3 Responsabilidade empresa no recolhimento de contribuintes

A Lei 8.212/1991 e o Decreto 3.048/1999 determinam que a empresa é obrigada a arrecadar e recolher as contribuições dos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração.

Decreto 3.048, Art. 26, § 4º Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado, do trabalhador avulso e, relativamente ao contribuinte individual, a partir da competência abril de 2003, as contribuições dele descontadas pela empresa na forma do art. 216.

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2.4 Obrigação da entidade beneficente em reter INSS

O Decreto 3048/99, em seu artigo 216, parágrafo 26, determina que a alíquota de contribuição a ser descontada pela entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais da remuneração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário-de-contribuição, é de vinte por cento.

Assim, estas entidades têm a mesma obrigação de reter e recolher o INSS devido pelos segurados que lhes prestarem serviços.

A IN MPS/SRP 3/2005, por sua vez, prevê, em seu artigo 175, que a entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção, quando for contratante de serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, está obrigada a efetuar a retenção sobre o valor da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e ao recolhimento da importância retida em nome da empresa contratada.

2.5 Extinção antecipada da Escala de salários-base

Até 1999 os segurados Contribuinte Individual recolhiam suas contribuições previdenciárias calculando-as com base em uma tabela de Salários-de-Contribuição. Esta tabela era composta por 10 faixas de Salários-Base, e previa um tempo mínimo de recolhimento em cada faixa, antes que o segurado pudesse progredir para a faixa seguinte.

A Lei 9.876/1999 trouxe o fim gradativo desta tabela, determinando a substituição destes Salários-Base pela remuneração efetivamente auferida pelo serviço prestado a uma ou mais empresas, ou ainda a pessoas físicas. A Lei determinava que, a cada ano, uma faixa de salários seria extinta, e a faixa seguinte se tornaria a nova classe inicial. Desta forma, em 10 anos teríamos a extinção da referida tabela.

Assim, o contribuinte individual que se inscreveu na previdência até a data de 28/11/1999, submeter-se-á à tal escala de Salários-Base; o contribuinte que se inscreveu após esta data, não mais se submete à tal escala, e sim terá suas contribuições calculadas com base no valor dos serviços efetivamente prestados. A Lei determinava, ainda, que com a extinção total da tabela – aguardada então para o ano de 2009, todos os contribuintes individuais deveriam recolher suas contribuições com base no valor dos serviços efetivamente prestados.

Entretanto, a Lei 10.666, de 08/05/2003, determinou:

Art. 9º Fica extinta a escala transitória de salário-base, utilizada para fins de enquadramento e fixação do salário-de-contribuição dos contribuintes individual e facultativo filiados ao Regime Geral de Previdência Social, estabelecida pela Lei no 9.876, de 26 de novembro de 1999.

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Portanto, a partir da edição desta Lei, a contribuição de todos os contribuintes individuais passou a ser calculada sobre o valor efetivo da prestação de serviços.

2.6 Retenção do transportador autônomo – Pessoa Física

A remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou ao auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a 20% do rendimento bruto. Até 04/07/2001 este percentual era de 11,71% para os serviços de transporte e de 12% para os serviços de operação de máquinas.

A empresa é responsável pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário de contribuição e pelo recolhimento da contribuição ao SEST e ao SENAT, devida pelo segurado contribuinte individual transportador autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista) que lhe presta serviços. O § 10 do Art. 139 da IN MPS/SRP 3/2005 determina:

“§ 10. A contribuição referida no § 9º, para cujo cálculo não se observará o limite máximo do salário de contribuição (...)”.

Ou seja, para esta contribuição não há teto.

2.7 Limite de Contribuição para o INSS

2.7.1 Limite mínimo do Salário de Contribuição

O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde:

− Para os segurados contribuinte individual e facultativo, ao salário mínimo;

− Para os segurados empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso, ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês.

− Para os segurados empregado doméstico, ao piso estadual conforme definido na Lei Complementar nº 103, de 2000, ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomados nos seus valores mensal, diário ou horário, conforme o ajustado, e o tempo de trabalho efetivo durante o mês.

− O limite mínimo do salário-de-contribuição do menor aprendiz corresponde à sua remuneração mínima definida em lei.

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2.7.2 Limite máximo do Salário de Contribuição

O valor do limite máximo do salário-de-contribuição será publicado mediante portaria do Ministério da Previdência e Assistência Social, sempre que ocorrer alteração do valor dos benefícios.

2.7.3 Valor mínimo para recolhimento

É vedado o recolhimento, em documento de arrecadação, de valor inferior ao mínimo estabelecido pela SRP em ato normativo. Atualmente, este valor é de R$ 29,00 (vinte e nove reais).

Se o valor a recolher na competência for inferior ao valor mínimo estabelecido pela SRP para recolhimento em documento de arrecadação, este deverá ser adicionado ao devido na competência seguinte e assim sucessivamente, até atingir o valor mínimo permitido para recolhimento, observado o seguinte:

1. Ficam sujeitos aos acréscimos legais, os valores não recolhidos a partir da competência em que for alcançado o valor mínimo;

2. O valor acumulado deverá ser recolhido em documento de arrecadação com código de recolhimento da mesma natureza;

3. Não havendo, na competência em que foi atingido o valor mínimo, outro recolhimento sob o mesmo código de pagamento, o valor acumulado poderá ser adicionado a recolhimento a ser efetuado em documento de arrecadação com código de pagamento diverso.

O valor devido decorrente de recolhimento efetuado a menor, cujo principal acrescido de juros e de multa de mora não atingir ao mínimo estabelecido, será adicionado ao valor devido na próxima competência.

2.8 Atividades concomitantes

Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.

A apuração da contribuição descontada do segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que presta serviços remunerados a mais de uma empresa será efetuada da seguinte forma:

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I. Tratando-se apenas de serviços prestados como segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso:

a) Quando a remuneração global for igual ou inferior ao limite máximo do salário de contribuição, a contribuição incidirá sobre o total da remuneração recebida em cada fonte pagadora, sendo a alíquota determinada de acordo com a faixa salarial correspondente ao somatório de todas as remunerações recebidas no mês;

b) Quando a remuneração global for superior ao limite máximo do salário de contribuição, o segurado poderá eleger qual a fonte pagadora que primeiro efetuará o desconto, cabendo às que se sucederem efetuar o desconto sobre a parcela do salário de contribuição complementar até o limite máximo do salário de contribuição, observada a alíquota determinada de acordo com a faixa salarial correspondente à soma de todas as remunerações recebidas no mês;

II. Tratando-se de serviços prestados exclusivamente na condição de contribuinte individual:

a) Caso a soma das remunerações recebidas não ultrapasse o limite máximo do salário de contribuição, cada empresa aplicará, isoladamente, a alíquota de contribuição de 20% (entidades beneficentes isentas das contribuições sociais) ou de 11% para as demais empresas;

b) Se ultrapassado o limite máximo do salário de contribuição, a empresa onde isto ocorrer efetuará o desconto da contribuição sobre o valor correspondente à diferença entre o limite e o total das remunerações sobre as quais já foram efetuados os descontos.

III. Tratando-se de atividades concomitantes nas condições de segurado contribuinte individual e segurado empregado, empregado doméstico, ou trabalhador avulso:

a) À soma das remunerações como segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso aplica-se o disposto no item I, acima;

b) Às demais remunerações decorrentes da atividade de contribuinte individual aplicam-se os procedimentos definidos no item II, até o valor correspondente à diferença entre o limite máximo do salário de contribuição e o valor obtido na letra “a” deste item. Nesta situação, se primeiro for efetuado o desconto da contribuição como segurado contribuinte individual, para fins de observância do limite máximo do salário de contribuição, o fato deverá ser comunicado à empresa em que estiver prestando serviços como segurado empregado ou trabalhador avulso, ou ao empregador doméstico, no caso de segurado empregado doméstico.

2.8.1 GFIP Cada fonte pagadora de segurado empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual e

empregado doméstico, quando for o caso, deverá informar na GFIP a existência de múltiplos vínculos ou múltiplas fontes pagadoras, adotando os procedimentos previstos no Manual da GFIP.

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2.9 Contribuição Adicional do Contribuinte Individual Filiado a Cooperativa

2.9.1 A Aposentadoria Especial

A aposentadoria especial é o benefício devido ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

2.9.2 A Contribuição Adicional

A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial, e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso:

1. Um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado leve;

2. Dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado médio; ou,

3. Três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho seja considerado grave.

As alíquotas constantes do caput serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição.

Este acréscimo incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

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2.9.3 A Contribuição Adicional do Cooperado

A Lei 10.666/2003 estendeu a contribuição aos Contribuintes Individuais filiados a Cooperativas (cooperados):

Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

Será devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção.

2.9.4 Obrigações da Empresa Contratante

A empresa é obrigada a manter laudo técnico de condições ambientais de trabalho, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. O laudo técnico deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos atos normativos expedidos pelo INSS.

A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à multa prevista no art. 283 do Decreto 3.048/1999 (atualmente, R$ 1.195,13).

A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho.

A cooperativa de trabalho emitirá o PPP com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitido pela empresa contratante, por seu intermédio, de cooperados para a prestação de serviços que os sujeitem a condições ambientais de trabalho que prejudiquem a saúde ou a integridade física, quando o serviço for prestado em estabelecimento da contratante. A mesma regra vale para a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra.

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3 PESSOAS JURÍDICAS

3.1 Retenção de 11% da empresas prestadoras de serviços

A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a importância retida até o dia 10 (dez) do mês subseqüente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura em nome da empresa cedente da mão-de-obra.

O valor retido, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, será compensado pelo respectivo estabelecimento da empresa cedente da mão-de-obra, quando do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos segurados a seu serviço. Na impossibilidade de haver compensação integral na forma do parágrafo anterior, o saldo remanescente será objeto de restituição.

3.1.1 Atividades sujeitas à retenção na cessão de mão-de-obra ou empreitada

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Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada os serviços de:

I. Limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, lavagem, enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;

II. Vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais;

III. Construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou passeios, a colocação de grades ou de instrumentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas;

IV. Natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castração, marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal;

V. Digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados ou de similares;

VI. Preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou a facilitar o processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a leitura ótica.

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Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de monitoramento eletrônico não estão sujeitos à retenção.

3.1.2 Atividades sujeitas à retenção na cessão de mão-de-obra

Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra os serviços de:

I. Acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das últimas partes ou dos componentes de produtos, para o fim de colocá-los em condição de uso;

II. Embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando à preservação ou à conservação de suas características para transporte ou guarda;

III. Acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de colocação ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a exemplo de sua colocação em palets, empilhamento, amarração, dentre outros;

IV. Cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa contratante, ainda que executados periodicamente;

V. Coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o transporte, a separação, o tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de equipamentos tipo containers ou caçambas estacionárias;

VI. Copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de qualquer produto alimentício;

VII. Hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada, paciente em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;

VIII. Corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção ou a conexão do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de telecomunicações;

IX. Distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de revistas ou de amostras, dentre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a vários contratantes;

X. Treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas;

XI. Entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar ao destinatário documentos diversos tais como, conta de água, conta de energia elétrica, conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares;

XII. Ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço;

XIII. Leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das informações aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (radar), o consumo de água, de gás ou de energia elétrica;

XIV. Manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando indispensáveis ao seu funcionamento regular e permanente e desde que mantida equipe à disposição da contratante;

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XV. Montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fim a que se destina;

XVI. Operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a sua movimentação ou funcionamento, envolvendo serviços do tipo manobra de veículo, operação de guindaste, painel eletro-eletrônico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;

XVII. Operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a manutenção, a conservação, a limpeza ou o aparelhamento de terminal de passageiros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia, de via pública, e que envolvam serviços prestados diretamente aos usuários;

XVIII. Operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo;

XIX. Portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordenamento ou ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribuição de encomendas ou de documentos;

XX. Recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à contagem, à conferência, à seleção ou ao remanejamento de materiais;

XXI. Promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colocar em evidência as qualidades de produtos ou a realização de shows, de feiras, de convenções, de rodeios, de festas ou de jogos;

XXII. Secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de rotinas administrativas;

XXIII. Saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado físico, mental ou emocional desses pacientes;

XXIV. Telefonia ou de telemarketing, que envolvam a operação de centrais ou de aparelhos telefônicos ou de tele-atendimento.

De acordo com a IN MPS/SRP 3/2005, a relação de serviços acima é exaustiva; porém, a pormenorização das tarefas compreendidas em cada um dos serviços é exemplificativa.

3.1.3 Retenção de empresa de transporte na cessão de mão-de-obra

Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra os serviços de operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo.

Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a trinta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os serviços de transporte passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada.

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Na atividade de transporte de cargas e de passageiros, para o cálculo da contribuição social previdenciária de quinze por cento devida pela empresa tomadora de serviços de cooperados intermediados por cooperativa de trabalho, desde que os veículos e as respectivas despesas com combustível e manutenção corram por conta da cooperativa, a base de cálculo não será inferior a vinte por cento do valor bruto pago pelos serviços.

3.1.4 Empresa de treinamento e ensino

Art. 146. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra os serviços de treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas.

A contratante fica dispensada de efetuar a retenção e a contratada de registrar o destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino definidos no item X do capítulo 3.1.2 (acima), desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais.

Para comprovação dos requisitos acima, a contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que o serviço foi prestado por sócio da empresa, no exercício de profissão regulamentada, ou, se for o caso, profissional da área de treinamento e ensino, e sem o concurso de empregados ou contribuintes individuais ou consignará o fato na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

3.1.5 Empresas optantes pelo SIMPLES A empresa optante pelo SIMPLES, que prestar serviços mediante cessão de mão-de-obra

ou empreitada, está sujeita à retenção sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitido. Esta disposição não se aplica no período de 1º de janeiro de 2000 a 31 de agosto de 2002.

A empresa optante pelo SIMPLES, quando for contratante de serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, está obrigada a efetuar a retenção sobre o valor da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e ao recolhimento da importância retida em nome da empresa contratada.

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3.2 Dispensa da retenção

A contratante fica dispensada de efetuar a retenção e a contratada de registrar o destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando:

I. O valor correspondente a onze por cento dos serviços contidos em cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo estabelecido pela SRP para recolhimento em documento de arrecadação;

II. A contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário de contribuição, cumulativamente. Neste caso, a contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que não possui empregados e o seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário de contribuição;

III. A contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino definidos no capítulo 3.1.4, acima, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes individuais. São serviços profissionais regulamentados pela legislação federal, dentre outros, os prestados por administradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda, agrônomos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de laboratório, bibliotecários, biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas domésticos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos, geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros rurais, leiloeiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários, químicos, radialistas, secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos em radiologia e tecnólogos.

3.2.1 Não se aplica o instituto da retenção: I. À contratação de serviços prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de sindicato

da categoria ou de OGMO;

II. À empreitada total, aplicando-se, nesse caso, o instituto da solidariedade;

III. À contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de contribuições sociais;

IV. Ao contribuinte individual equiparado à empresa, à pessoa física, à missão diplomática e à repartição consular de carreira estrangeira;

V. À contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10 de junho de 2003, data da publicação no Diário Oficial da União do Decreto nº 4.729, de 2003; e,

VI. À empreitada realizada nas dependências da contratada.

3.3 Critérios para o recolhimento do valor retido

A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia dez do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços,

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prorrogando-se este prazo para o primeiro dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário neste dia, informando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do estabelecimento da empresa contratada e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta, seguida da denominação social da empresa contratante.

Quando por um mesmo estabelecimento da contratada forem emitidas mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços para um mesmo estabelecimento da contratante, na mesma competência, sobre as quais houve retenção, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos valores retidos, em nome da contratada, num único documento de arrecadação.

A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias retidas configura, em tese, crime contra a Previdência Social previsto no art. 168-A do Código Penal, introduzido pela Lei nº 9.983, de 2000, ensejando a emissão de Representação Fiscal para Fins Penais - RFFP, na forma do art. 616.

A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação, por competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos os segurados envolvidos na prestação de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, compensando os valores retidos com as contribuições devidas à Previdência Social pelo estabelecimento.

3.4 Conceitos de Empresas tomadoras e prestadoras de serviços

3.4.1 Cessão de mão-de-obra

Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.

Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.

Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Por colocação à disposição da empresa contratante entende-se a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.

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3.4.2 Empreitada Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço,

por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.

3.4.3 Empresa Contratante ou Tomadora de Serviços

Empresa Contratante, ou Tomadora de Serviços é aquela que contrata os serviços de outra empresa, seja através de cessão de mão-de-obra ou de empreitada.

3.4.4 Empresa Prestadora de Serviços

É a empresa contratada por outra empresa, mediante empreitada ou cessão de mão-de-obra, para prestar serviços àquela.

3.5 Entidades Beneficentes – critérios para retenção

A entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção, quando for contratante de serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, está obrigada a efetuar a retenção sobre o valor da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e ao recolhimento da importância retida em nome da empresa contratada.

Quando a entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção for contratada para prestar serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, não se aplicará o instituto da retenção.

3.6 Subcontratação – Critérios para recolhimento

Caso haja subcontratação, poderão ser deduzidos do valor da retenção a ser efetuada pela contratante os valores retidos da subcontratada e comprovadamente recolhidos pela contratada, desde que todos os documentos envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço.

Para tanto, a contratada deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços as retenções da seguinte forma:

I. Retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a onze por cento do valor bruto dos serviços;

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II. Dedução de valores retidos de subcontratadas: informar o valor total correspondente aos valores retidos e recolhidos relativos aos serviços subcontratados;

III. Valor retido para a Previdência Social: informar o valor correspondente à diferença entre a retenção e a dedução efetuada, que indicará o valor a ser efetivamente retido pela contratante.

A contratada, juntamente com a sua nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, deverá encaminhar à contratante cópia:

I. Das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços das subcontratadas com o destaque da retenção;

II. Dos comprovantes de arrecadação dos valores retidos das subcontratadas;

III. Das GFIP, elaboradas pelas subcontratadas, onde conste no campo “CNPJ/CEI do tomador/obra”, o CNPJ da contratada ou a matrícula CEI da obra e, no campo “Denominação social do tomador/obra”, a denominação social da empresa contratada.

3.7 Construção Civil – Empreiteiras e Sub-empreiteiras

Na construção civil, se sujeita à retenção:

I. A prestação de serviços mediante contrato de empreitada parcial;

II. A prestação de serviços mediante contrato de subempreitada;

III. A prestação de serviços tais como os discriminados no Anexo XIII da IN MPS/SRP 3/2005:

IV. A reforma de pequeno valor, conforme definida no inciso V do art. 413.

Não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de:

I. Administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras;

II. Assessoria ou consultoria técnicas;

III. Controle de qualidade de materiais;

IV. Fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou preparada;

V. Jateamento ou hidrojateamento;

VI. Perfuração de poço artesiano;

VII. Elaboração de projeto da construção civil;

VIII. Ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de carga, ensaios de resistência, amostragens, testes laboratório de solos ou outros serviços afins);

IX. Serviços de topografia;

X. Instalação de antena coletiva;

XI. Instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão;

XII. Instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil;

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XIII. Instalação de estruturas e esquadrias metálicas, de equipamento ou de material, quando for emitida apenas a nota fiscal de venda mercantil;

XIV. Locação de caçamba;

XV. Locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios sem fornecimento de mão-de-obra;

XVI. Fundações especiais.

Quando na prestação dos serviços relacionados nos itens XII e XIII acima, houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra utilizada na instalação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo da retenção.

Caso haja, para a mesma obra, contratação de serviço não sujeito à retenção e, simultaneamente, o fornecimento de mão-de-obra para execução de outro serviço sujeito à retenção, aplicar-se-á a retenção apenas a este serviço, desde que os valores estejam discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços. Não havendo discriminação na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, aplicar-se-á a retenção a todos os serviços contratados.

3.8 Retenção na Prestação de Serviços em condições Especiais

Quando a atividade dos segurados na empresa contratante for exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde ou integridade física destes, de forma a possibilitar a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de trabalho, o percentual da retenção aplicado sobre o valor dos serviços prestados por estes segurados, a partir 1º de abril de 2003, deve ser acrescido de quatro, três ou dois pontos percentuais, respectivamente, perfazendo o total de quinze, quatorze ou treze pontos percentuais. Para tanto, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específica para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou discriminar o valor desses na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.

Caso haja previsão contratual de utilização de trabalhadores na execução de atividades na forma acima, e a nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços não tenha sido emitida separada ou discriminadamente, a base de cálculo para incidência do acréscimo de retenção será proporcional ao número de trabalhadores envolvidos nas atividades exercidas em condições especiais, se houver a possibilidade de identificação dos trabalhadores envolvidos e dos não envolvidos nessas atividades. Neste caso, não havendo possibilidade de identificação do número de trabalhadores envolvidos e não envolvidos com as atividades exercidas em condições especiais, o acréscimo da retenção incidirá sobre o valor total dos serviços contido na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, no percentual correspondente à atividade especial.

Quando a empresa contratante desenvolver atividades em condições especiais e não houver previsão contratual da utilização ou não dos trabalhadores contratados nessas atividades, incidirá, sobre o valor total dos serviços contido na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, o percentual adicional de retenção correspondente às atividades em condições especiais desenvolvidas pela empresa ou, não sendo possível identificar as atividades, o percentual mínimo de dois por cento.

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As empresas contratada e contratante, no que se refere às obrigações relacionadas aos agentes nocivos a que os trabalhadores estiverem expostos, devem observar as disposições legais que tratam dos riscos ocupacionais no ambiente de trabalho. A contratada deve elaborar o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP dos trabalhadores expostos a agentes nocivos com base, dentre outras informações, nas demonstrações ambientais da contratante ou do local da efetiva prestação de serviços.