educação previdenciária tem que ser 360º

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EDUCAÇÃO PREVIDENCIÁRIA TEM QUE SER 360 GRAUS Por Eliane Miraglia NOVEMBRO DE 2009 Construir uma imagem de futuro associada às escolhas feitas no presente é o desafio para todos os profissionais que já estiverem ou a se envolver com os desafios da educação previdenciária. Porque, hoje e durante algum tempo, a educação previdenciária irá consumir recursos e esforços até que sua percepção ocupe espaço no imaginário das pessoas e, principalmente, se naturalize e manifeste em cada atitude, em cada escolha. Educação previdenciária será, então, percebida como um ativo intangível que agrega valor à vida, em seu sentido mais amplo. Das áreas de comunicação e marketing, vem a técnica chamada de 360º. O principal objetivo é fazer com que o consumidor tenha acesso às informações sobre a marca e a seu produto preferido, independentemente de quaisquer circunstâncias. O cliente deve ser e estar permanentemente encantado e convencido de suas escolhas serem as que melhor lhe proporcionem benefícios, com as quais ele se identifique e traduzam sua personalidade. Todos os recursos e públicos deverão ser mobilizados para estimular mentes e sensibilizar corações. Porque o imaginário se relaciona tanto com a razão quanto com a emoção. E as escolhas, principalmente com a última. Educação previdenciária será feita, então, com a colaboração multidisciplinar, que combinará técnicas, apelos, interpretações que consigam encontrar as melhores soluções para elaborar um conteúdo acessível, atraente, interessante, conquistador. Por isso, é preciso ir além da austeridade das regras técnicas e dos protocolos legais, que tratam principalmente dos atributos de um plano previdenciário. A essa base, deverão ser somadas contribuições dos campos da antropologia, filosofia, sociologia, psicologia, pedagogia, comunicação, marketing e tantas outras áreas do conhecimento que possa transformar o conceito de futuro feito no presente em convite permanente à experiência e à prática. Ativo para sempre Em agosto, o Ibope realizou a pesquisa e publicou o relatório Conectmídia hábitos de consumo de mídia na era da convergência (www.ibope.com/conectmidia). Em linhas, os resultados destacam: 1. a autonomia e o domínio crescentes do consumidor em relação aos meios e formas de se comunicar; 2. o consumo simultâneo de mídias; 3. a atenção à qualidade da informação; 4. a sensação crescente de falta de tempo; 5. a conexão das pessoas, independentemente da tecnologia; 6. a relevância do conteúdo. Por isso, os planos plurianuais de educação previdenciária entre outras estratégias poderão aproveitar a oportunidade para criar estratégias específicas que desenvolvam a aliança e o estreitamento de relações com os multiplicadores espontâneos de conteúdo. Porque eles são formadores de opinião e geradores de influência e, segundo o Conectmídia, sempre se destacam por disseminarem conteúdos, reportarem novidades e trocarem informações relevantes.

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Artigo sobre os recursos de comunicação integrada apropriados para a difusão da cultura e da Educação Previdenciária

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EDUCAÇÃO PREVIDENCIÁRIA TEM QUE SER 360 GRAUS Por Eliane Miraglia • NOVEMBRO DE 2009

Construir uma imagem de futuro associada às escolhas feitas no presente é o desafio para todos os profissionais que já estiverem ou a se envolver com os desafios da educação previdenciária. Porque, hoje e durante algum tempo, a educação previdenciária irá consumir recursos e esforços até que sua percepção ocupe espaço no imaginário das pessoas e, principalmente, se naturalize e manifeste em cada atitude, em cada escolha. Educação previdenciária será, então, percebida como um ativo intangível que agrega valor à vida, em seu sentido mais amplo. Das áreas de comunicação e marketing, vem a técnica chamada de 360º. O principal objetivo é fazer com que o consumidor tenha acesso às informações sobre a marca e a seu produto preferido, independentemente de quaisquer circunstâncias. O cliente deve ser e estar permanentemente encantado e convencido de suas escolhas serem as que melhor lhe proporcionem benefícios, com as quais ele se identifique e traduzam sua personalidade. Todos os recursos e públicos deverão ser mobilizados para estimular mentes e sensibilizar corações. Porque o imaginário se relaciona tanto com a razão quanto com a emoção. E as escolhas, principalmente com a última. Educação previdenciária será feita, então, com a colaboração multidisciplinar, que combinará técnicas, apelos, interpretações que consigam encontrar as melhores soluções para elaborar um conteúdo acessível, atraente, interessante, conquistador. Por isso, é preciso ir além da austeridade das regras técnicas e dos protocolos legais, que tratam principalmente dos atributos de um plano previdenciário. A essa base, deverão ser somadas contribuições dos campos da antropologia, filosofia, sociologia, psicologia, pedagogia, comunicação, marketing e tantas outras áreas do conhecimento que possa transformar o conceito de futuro feito no presente em convite permanente à experiência e à prática. Ativo para sempre Em agosto, o Ibope realizou a pesquisa e publicou o relatório Conectmídia – hábitos de consumo de mídia na era da convergência (www.ibope.com/conectmidia). Em linhas, os resultados destacam: 1. a autonomia e o domínio crescentes do consumidor em relação aos meios e formas de se

comunicar; 2. o consumo simultâneo de mídias; 3. a atenção à qualidade da informação; 4. a sensação crescente de falta de tempo; 5. a conexão das pessoas, independentemente da tecnologia; 6. a relevância do conteúdo.

Por isso, os planos plurianuais de educação previdenciária – entre outras estratégias – poderão aproveitar a oportunidade para criar estratégias específicas que desenvolvam a aliança e o estreitamento de relações com os multiplicadores espontâneos de conteúdo. Porque eles são formadores de opinião e geradores de influência e, segundo o Conectmídia, sempre se destacam por disseminarem conteúdos, reportarem novidades e trocarem informações relevantes.

Outro aspecto importante é que essa troca simbólica não necessita de tecnologia porque todos estão conectados a pessoas, marcas, valores e aspirações. Dessa forma são estabelecidas projeções, rejeições, identidades. Por isso, o conteúdo é o grande protagonista desse processo comunicativo, sem depender necessariamente de plataformas nas quais esteja exposto. Em educação previdenciária, então, o desafio está no tratamento que será dado ao conteúdo para que ele possa ser compartilhado e absorvido pelo imaginário de todos os públicos de interesse que o tornarão matéria de interação, relacionamento e práticas permanentes. Formar uma cultura de planejamento de vida que combine administração financeira, segurança e bem-estar tem, em uma instância imediata, um caráter de sustentabilidade individual. Mas a atitude deve ser também percebida, por uma perspectiva mais ampla e sistêmica, que coloca em destaque seu inegável caráter social e, portanto, pavimento de caminhos para a inclusão social de cidadãos ainda à margem de todo o sistema financeiro. Afinal, ações concretas devem garantir escala para cidadania e qualidade de vida para que elas sejam legitimadas como conquistas e aposentem definitivamente o status de privilégio. Eliane Miraglia - mestre em Ciências da Comunicação, especialista em Gestão de Processos Comunicacionais e consultora de comunicação. Com Marisa Santoro Bravi, escreveu A importância dos valores para a construção de novos paradigmas sociais, disponível para leitura em http://biblioteca.abrapp.org.br/default.html