educação matemática crítica e a proposta de atividades de leitura
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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA E A PROPOSTA DEATIVIDADES DE LEITURA: uma abordagem interdisciplinar entre
língua portuguesa e matemática na sala de aula.
Renata Marques de Otero¹, Arthur de Araújo Filgueiras1. [email protected]
Resumo
O desenvolvimento de atividades interdisciplinares no eixo língua portuguesa e matemática,com foco na atividade de leitura, é uma rica oportunidade de proporcionar aos estudantes ocontato com duas disciplinas, numa abordagem simultânea e envolvendo temas socialmenterelevantes, sob uma abordagem crítica. Nessas condições, o presente artigo tem por objetivorefletir sobre a possibilidade e a necessidade de propostas de atividades interdisciplinares quecontemplem a leitura em contextos significativos e em conexão com uma matemática que sesitua para além dos componentes curriculares. Para tanto, serão apresentadas a abordagem doensino da matemática sob a perspectiva da educação crítica e outra sobre o ensino de leituranuma visão sociointeracionista, a partir de uma revisão bibliográfica. Com essafundamentação teórica, é proposta uma atividade de leitura como modelo a ser desenvolvidoem encontros de formação de professores.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Matemática Crítica. Leitura sociointeracionista.
Abstract
The development of interdisciplinary activities in the Portuguese language and mathematicsaxis focusing on the reading activity is a rich opportunity to give students contact with twosubjects in a simultaneous approach and involving socially relevant themes in a critical
approach. Under these conditions, the present article aims to reflect on the possibility and theneed for proposals for interdisciplinary activities that include reading activity in meaningfulcontexts and in connection with a mathematics that lies beyond the curriculum components.To do so, It will be presented the math teaching approach from the perspective of criticaleducation and another about teaching reading in a sociointeractionist vision from a literaturereview. With this theoretical basis, it is proposed a reading activity as a model to bedeveloped in teachers training meetings.
Keywords: Interdisciplinary. Critical Mathematics. Sociointeractionist reading.
Introdução
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O trabalho de atividades de leitura em concomitância com conteúdos matemáticos é
propiciado através de uma proposta interdisciplinar. Observa-se que, na atual conjuntura do
ensino, muito se discute a respeito de novas possibilidades de se construir a aprendizagem, de
levar o aluno a compreender determinados conteúdos de forma crítica, sistematizada e de
modo a reconhecê-los em seu cotidiano.
Tal perspectiva encontra entraves não somente na fragmentação dos conteúdos, como também
na dissociação entres os diversos campos de conhecimento, como língua portuguesa e
matemática. Observa-se, no entanto, quão prejudicial é o estudo fragmentado das disciplinas,
levando à desvinculação dos conteúdos curriculares do cotidiano dos alunos e,
consequentemente, dificultando o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula.
A abordagem de atividades de leitura em sala de aula é uma rica oportunidade de promover a
interdisciplinaridade entre língua portuguesa e matemática e possibilitar aos estudantes sua
vivência em contextos significativos de aprendizagem. É a oportunidade do professor de
língua portuguesa avaliar em seus alunos habilidades outras que apenas o uso corrente de
regras gramaticais, como também ao professor de matemática de favorecer o espírito crítico e
argumentativo de seus alunos no trato com temas recorrentes nas esferas econômicas,
políticas e sociais, e sua contextualização com os conteúdos matemáticos no momento de sua
abordagem, como propõe a Educação Matemática Crítica.
Aliando a concepção de leitura na proposta sociointeracionista à abordagem da matemática
sob a visão da educação crítica, professores de ambas as disciplinas podem propor / elaborar
atividades de leitura em conjunto, visando tanto a objetivos linguísticos, como aconhecimentos matemáticos. Esse tipo de atividade faz-se fundamental, por promover o
exercício da cidadania e da criticidade, através da inclusão dos estudantes em discussões
acerca de temas atualmente recorrentes na sociedade. Além disso, no próprio cotidiano, eles
precisam lidar com problemas apresentados nos mais variados contextos em que aparecem
dados matemáticos em meio a textos argumentativos, sendo-lhe necessário mobilizar
conhecimentos linguísticos e matemáticos simultaneamente.
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A Educação Matemática Crítica, como sua própria nomenclatura sugere, é voltada para a
criticidade e para o exercício da produção de questionamentos em torno da matemática, a fim
de que seu ensino, como afirma Skovsmose (2001 / 2007), venha exercer uma função
significativa dentro dos contextos sociais e contribua para o fortalecimento da democracia.
O trabalho com a Educação Matemática Crítica tem como um dos seus fundamentos o uso do
diálogo durante a realização das atividades. É o momento em que a sala de aula torna-se um
espaço de discussão e de questionamentos envolvendo a vivência e a cultura social.
Consequentemente, tem-se o estabelecimento da democracia e um ensino rico, interessante e
valorativo da matemática (MIRANDA et al, 2012).
Em contraste com esse ensino valorativo, tem-se uma abordagem tradicional da matemática
em sala de aula, voltada para um trabalho mecanicista de resolução de exercícios, desprovido
de qualquer questionamento para sua resolução. Conforme Skovsmose (2014, p.17), nesse
tipo de abordagem tradicional:
Toda informação contida no enunciado deve ser recebida como algofechado, exato e suficiente. Ou, mais especificamente, as informações doexercício são compreendidas como necessárias e suficientes para resolvê-lo.Dada essa informação, é possível (e legítimo em aulas de matemática)calcular a solução correta. Os alunos não precisam buscar mais informações.[...] Um exercício define um micromundo em que todas as medidas sãoexatas, e os dados fornecidos são necessários e suficientes para a obtençãoda única e absoluta resposta certa.
No contexto apresentado por esse autor, as atividades já vêm prontas e acabadas, não havendo
espaço para questionar os dados apresentados nos enunciados, tomados como verdades
definitivas – preços de objetos numa loja, relações entre o custo de produção de mercadorias e
o seu valor final de venda, dentre outros.
Divergindo da abordagem tradicional anteriormente descrita, e na tentativa de trabalhar a
criticidade na vivência de atividades matemáticas, propõem-se tais atividades em conexão
com as de leitura sob a visão sociointeracionista que, por sua vez, perfaz-se numa ótima
oportunidade para o trabalho da matemática sob a perspectiva da Educação Crítica.
Uma concepção crítica da matemática é apresentada com base na ideia de
matemática em ação e nas consequências do emprego da matemática na
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sociedade moderna, seja nas questões econômicas, administrativas, seja natecnologia e todos os tipos de atividades humanas. A matemática em açãocontribui significativamente para conformar nosso mundo-vida(SKOVSMOSE, 2014, p,12).
Ainda segundo esse autor, trata-se de uma visão de educação matemática indefinida, uma vez
que não é voltada para metodologias e conteúdos programáticos específicos e considera ainda
suas múltiplas possibilidades de ocorrência e de atendimento a propósitos nos campos social,
político e econômico (Op.cit., p.12). Consequentemente, o fenômeno educacional é tomado
como um processo aberto, não finalizado e voltado a práticas sociais significativas. Os
professores, por sua vez, terão a oportunidade de explorar sua criatividade, ao propor suas
próprias aulas, em detrimento ao uso daquelas prontas com base quase que exclusiva nos
livros didáticos.
Como se pode perceber, essa abordagem da Matemática Crítica vem ao encontro da
concepção sociointeracionista da língua, que, aplicada às aulas de leitura, proporciona uma
aprendizagem contextualizada e interativa, conforme explica Koch (1995, p. 9):
A [...] concepção sociointeracionista [...] é aquela que encara a linguagemcomo atividade, como forma de ação, ação interindividual finalisticamenteorientada, como lugar de interação que possibilita aos membros de umasociedade a prática dos mais diversos tipos de atos.
Esta concepção é a então adotada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e enfatiza
que o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa devem fundamentar-se em propostas
interativas de língua/linguagem, destacando a natureza social e interativa da linguagem, em
que o ensino de língua não seja deslocado do uso social desta, considerando:
a) o aluno como produtor de textos, refletindo assim a sua história social ecultural; (...) c) a nomenclatura gramatical e a história da literaturadirecionadas para um segundo plano e a análise linguística trabalhada emfunção da leitura e da produção de textos (BRASIL, 2000 apud SILVA,2014, p.6).
Percebe-se, também, a preocupação em contextualizar as atividades com a língua, a partir de
usos reais dos usuários, pois cada aluno é protagonista de seus atos de fala e de escrita, é
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consciente de seu papel e seus objetivos. Ele é sujeito de uma sociedade globalizada em que
há novas formas de interagir, dinâmicas e complexas. Leva-se ainda em consideração, o
leitor-aluno e os conhecimentos que este traz consigo a partir das suas experiências de vida.
Entretanto, a partir do momento em que o professor passa a levar em consideração os
conhecimentos dos seus alunos, enquanto leitores, ele deverá abandonar a ideia de que apenas
existe um sentido para um texto e entender que os conhecimentos podem ser – e normalmente
são – diferentes de um leitor para outro, o que “implica aceitar uma pluralidade de leituras e
de sentidos em relação a um mesmo texto.” (KOCH; ELIAS, 2012, p.21).
Assim, na concepção socionteracionista da língua, a leitura passa a ser uma atividade de (co)
produção de sentidos, que começa no acesso, pelo leitor, ao seu conhecimento prévio ou ao
seu repertório sociocultural, a fim de compreender o que está sendo lido, e continua com o
preenchimento de lacunas a partir do confronto com o próprio texto, com o professor e/ou
com os seus colegas de sala.
Em função desse processo, é importante que uma aula de leitura esteja organizada em três
fases: a pré-leitura, ou preparação para a leitura; a leitura propriamente dita; e a pós-leitura, ou
avaliação da leitura.
Leffa (1996, p.36) apud Hila (2009, p.23) diz que a fase da pré-leitura “consiste em uma série
de atividades incentivadas e acionadas, no intuito de acionar os esquemas mentais que a
criança tem sobre o que será lido”. Solé (1998) recomenda algumas estratégias a serem
aplicadas nessa fase, como o estabelecimento de previsões sobre o texto, com base em
algumas pistas, como o título e as imagens, e transformando a leitura em algo deles. A autora
propõe ainda promover as perguntas dos alunos sobre o texto, pois “alguém que assume aresponsabilidade em seu processo de aprendizagem é alguém que não se limita a responder às
perguntas feitas, mas que também pode interrogar e se autointerrogar.” (SOLÉ, 1998, p.110).
A partir das perguntas, o professor pode inferir qual é a situação dos alunos perante o texto e
fazer ajustes na maneira como irá intervir na aula.
Se a compreensão de um texto começa antes mesmo de sua leitura, é durante a leitura em si
que se dá a maior parte da atividade compreensiva. Solé (1998) apresenta estratégias que
podem ser utilizadas na escola, nas tarefas de leitura compartilhada e na leitura individual,
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com vistas a formar um leitor cada vez mais autônomo e consciente do seu processo de
compreensão.
A leitura compartilhada consiste na alternância da responsabilidade, entre professor e alunos,
de organizar a leitura e envolver os demais nesse processo, em torno de quatro “estratégias
fundamentais para uma leitura eficaz” (Op. Cit., p. 118): ler, resumir, solicitar
esclarecimentos e prever. Outro tipo de leitura é a independente, em que “o próprio leitor
impõe seu ritmo e ‘trata’ o texto para seus fins”. (Op. Cit., p.121).
Na fase de pós-leitura, essa autora destaca algumas estratégias que podem ser aplicadas para
que a compreensão continue acontecendo. São elas: identificação da ideia principal,
elaboração de resumo e formulação e resposta de perguntas.
No caso da formulação de perguntas e as respostas, Solé (1998) defende que se deve ensinar
os alunos a elaborarem perguntas e a respondê-las, como parte de uma processo ativo de
leitura.
Esse processo ativo de leitura pode ser enriquecido com a simultânea abordagem de uma
matemática crítica, contextual, significativa e que oportuniza o contato dos estudantes com
experiências da realidade. Tal abordagem precisa ser resgatada em sala de aula, visto sua ação
de potencializar “o estudo das demais disciplinas” (MIRANDA et al, 2012, p.13) e permitir
que os estudantes “tenham uma visão ampliada da contribuição da matemática na vida”
(op.cit., p.13).
É importante que a elaboração de atividades, nesse contexto crítico, prime pela escolha de
exemplos significativos aos alunos. A esse respeito Skovsmose (2014, p.60), faz algumas
ressalvas sobre esse processo de escolha:
[...] vale a pena frisar que o que os alunos consideram como significativo éfruto de como eles relacionam as coisas. [...] A experiência da significaçãodepende de os alunos trazerem suas intencionalidades para as atividades deaprendizagem. Investigar e explorar são atos conscientes, eles nãoacontecem como atividades forçadas. Eles não se realizam enquanto osalunos efetivamente não fizerem as investigações e as explorações e, paraisso, pressupõe-se que a intencionalidade dos alunos faça parte do processoinvestigativo.
Na tentativa de os alunos trazerem suas intencionalidades às atividades, sugerimos o trabalho
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com jornais a partir da escolha de notícias sobre situações da vida real. O que constitui, como
afirma Skovsmose (2014, p.56), um meio de aprendizagem que exige do professor a obtenção
de informações acerca de tais situações para a formulação dos exercícios. Trazemos, assim, a
partir da seleção de uma notícia (Figura 01) veiculada no jornal Folha de Pernambuco, no
caderno “Brasil”, de 14 de junho de 2015 (reproduzida – em recorte – a seguir), um modelo
de atividade de leitura que pode ser utilizado tanto nas aulas como em avaliações dentro uma
proposta interdisciplinar língua portuguesa e matemática. A sugestão é que a atividade de
leitura seja aplicada a uma turma do 7º ano do ensino fundamental, abordando o gênero
textual “notícia” em língua portuguesa e o conteúdo Regra de Três Simples em matemática.
Figura 01: Notícia intitulada “População brasileira despeja esgoto de forma irregular”, usada na p roposta de
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atividade.Fonte: http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaodigital/arq/2015/06/0014.html
Para a fase de preparação de leitura, propõe-se uma atividade de sondagem sobre o tema da
aula, composta da seguinte sequência: a) Perguntar aos (às) alunos(as) se eles(as) conhecem o
gênero “notícia”. b) Independente da resposta positiva ou negativa à pergunta 1, pedir que
eles(as) tentem explicar do que se trata e anotar no quadro as respostas dadas, sem emitir
opinião. c) Informar que eles(as) terão acesso a um exemplo real desse gênero e que, ao final
da aula, serão retomadas as respostas anotadas no quadro. d) Distribuir o texto. e) Pedir que
eles façam previsões sobre o conteúdo do texto, com base nas imagens e títulos.
Para a fase de leitura em si: a) Pedir que os(as) alunos(as) leiam o texto individual e
silenciosamente, a fim de se apropriarem com mais atenção do conteúdo apresentado. b)
Dividir a turma em pequenos grupos e solicitar que debatam e respondam às seguintes
questões propostas:
1) Após a leitura da notícia, qual o assunto principal tratado? Que parte(s) do texto lhe
permitiu(ram) chegar a essa conclusão?
2) Que dados secundários são fornecidos pelo texto? Onde é possível encontrá-los?
3) A notícia apresenta algumas razões que levam as pessoas a não fazerem a
regularização do seu esgoto doméstico. Para o caso de apenas uma pessoa vir a fazer
essa regularização, o que isso representaria em termos de redução de impactos
ambientais quanto à quantidade, em litros, de esgoto despejado irregularmente num
período de seis meses?
4)
Com base nos dados apresentados na notícia, qual seria, em litros, o volume de uma piscina olímpica? Em quanto tempo uma pessoa conseguiria despejar seu esgoto com
o volume equivalente à capacidade dessa piscina? Com base nesses resultados, que
reflexões podemos fazer acerca de nosso papel enquanto cidadãos em prol da
preservação do meio ambiente?
5) Leia os trechos a seguir, extraídos da notícia: “As pessoas pagam por um celular
caro, mas não querem pagar para que seu esgoto seja coletado e tratado.” / “No
caso da cidade de São Paulo, por exemplo, um imóvel que não paga pelo esgoto
veria sua conta dobrar caso decidisse se regularizar.” Que semelhanças e
http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaodigital/arq/2015/06/0014.htmlhttp://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaodigital/arq/2015/06/0014.html
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diferenças podem ser encontradas entre os dois trechos, em termos de forma,
conteúdo, escolha lexical e posicionamento adotado pelo autor?6) Com base no texto lido e nas respostas às questões anteriores, como você
caracterizaria uma notícia?
Para a fase de pós-leitura, sugere-se: 1) proceder à correção das respostas
coletivamente, solicitando a participação dos(as) estudantes. 2) Retomar as anotações feitas
no quadro, confrontando o que eles(as) sabiam intuitivamente com aquilo que ficou
apreendido após terem trabalhado formalmente o gênero notícia em sala de aula. 3) solicitar
que eles elaborem um resumo da notícia e formulem perguntas a serem aplicadas a outros
grupos, a respeito do conteúdo tratado na notícia.
Metodologia
A construção do artigo teve por base uma pesquisa bibliográfica, buscando trazer uma
reflexão teórica sobre as noções de interdisciplinaridade, educação matemática crítica e aabordagem de atividades de leitura sob o foco sociointeracionista. A partir da reflexão teórica,
primou-se pela proposta de uma atividade de leitura a fim de exemplificar o objetivo proposto
na presente pesquisa. Para a elaboração da atividade, foi ainda utilizada uma notícia publicada
em um jornal de grande circulação no estado de Pernambuco em sua edição digital,
disponibilizada na internet.
Considerações Finais
Contribuir para a formação cidadã dos estudantes é deveras um desafio instigador e que
encontra na abordagem crítica da Educação Matemática, em consonância com aulas de leitura
na perspectiva sociointeracionista, um ambiente extremamente favorável às vivências reais,
críticas e reflexivas. Nessas condições, e tendo em vista a proposta apresentada, espera-se que
o presente trabalho norteie atividades de formação de professores de matemática e de língua
portuguesa, visando a uma aplicação efetiva dessa temática em sala de aula na educação
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básica, trazendo, como consequência, benefícios aos atores envolvidos – docentes e
estudantes – e à escola brasileira, de modo geral.
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