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1 jan/jun - 2007 EDITORIAL Desde dezembro de 2006, circula em nosso Mo- vimento a “Mensagem aos Espíritas” elaborada pelo Con- selho Federativo Nacional e distribuída pela Federação Espírita Brasileira. O texto é uma síntese preciosa dos reais objeti- vos da Codificação, firmados na luminosa agenda de compromissos trazidos pelos benfeitores em nome de Jesus. O item 3.3 ressalta em importância, quando solicita que “mantenhamos o Espiritismo com a pureza doutrinária própria do Cristianismo nascente, sem incor- porar à sua prática qualquer forma de ritual de sacramento ou de idolatria, incom- patível com os seus princípios. É lícito, justo e conveniente orarmos em benefício de alguém que nasce, de um casal que assume compromissos matrimoniais ou de alguém que retorna à vida espiritual. Não é lícito, todavia, sacramentarmos esses gestos, chamando-os de ‘batizado espírita’, ‘casamento espírita’ ou ‘funeral espíri- ta’, mesmo quando se apresentem sob aparente legalidade. As instituições que se classificam como espíritas têm o dever decorrente de pautar a sua prática dentro dos princípios contidos nas obras básicas de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita, e têm o direito constitucional de preservar a sua autonomia e liberdade de ação na execução desses princípios. O Espiritismo não tem sacerdo- tes, e nas atividades verdadeiramente espíritas a ninguém é dado o direito de con- sagrar atos ou fazer concessões, seja em nome de Deus, de Jesus, dos espíritos superiores ou da própria Doutrina Espírita”. Trazer novamente à tona o conceito de pureza doutrinária é, acima de tudo, um ato lúcido de fé, quando tantos, enceguecidos pela ignorância e pela vaidade, agem de modo próprio, sem o respeito que devem à consoladora Revelação orga- nizada por Allan Kardec. Fidelidade à pureza doutrinária quer dizer gratidão, responsabilidade, estu- do sistematizado, disciplina, trabalho, conquista de sentimentos... nos níveis pro- postos pelos mensageiros do Cristo, sem qualquer conotação com o fanatismo, que tudo proíbe, ou com a falsa tolerância, que leva à aceitação indiscriminada de absurdos. Ser puro doutrinariamente, não é apenas pregar com austeridade os princí- pios que nos abençoam, mas também viver consoante as determinações evangé- licas. A pureza doutrinária sem exemplificação estabelece focos de perturbação, de complicados contornos e de difícil superação. Mensagem aos Espíritas

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1jan/jun - 2007

EDITORIAL

Desde dezembro de 2006, circula em nosso Mo-vimento a “Mensagem aos Espíritas” elaborada pelo Con-selho Federativo Nacional e distribuída pela FederaçãoEspírita Brasileira.

O texto é uma síntese preciosa dos reais objeti-vos da Codificação, firmados na luminosa agenda de compromissos trazidos pelosbenfeitores em nome de Jesus.

O item 3.3 ressalta em importância, quando solicita que “mantenhamos oEspiritismo com a pureza doutrinária própria do Cristianismo nascente, sem incor-porar à sua prática qualquer forma de ritual de sacramento ou de idolatria, incom-patível com os seus princípios. É lícito, justo e conveniente orarmos em benefíciode alguém que nasce, de um casal que assume compromissos matrimoniais ou dealguém que retorna à vida espiritual. Não é lícito, todavia, sacramentarmos essesgestos, chamando-os de ‘batizado espírita’, ‘casamento espírita’ ou ‘funeral espíri-ta’, mesmo quando se apresentem sob aparente legalidade. As instituições que seclassificam como espíritas têm o dever decorrente de pautar a sua prática dentrodos princípios contidos nas obras básicas de Allan Kardec, que constituem aCodificação Espírita, e têm o direito constitucional de preservar a sua autonomia eliberdade de ação na execução desses princípios. O Espiritismo não tem sacerdo-tes, e nas atividades verdadeiramente espíritas a ninguém é dado o direito de con-sagrar atos ou fazer concessões, seja em nome de Deus, de Jesus, dos espíritossuperiores ou da própria Doutrina Espírita”.

Trazer novamente à tona o conceito de pureza doutrinária é, acima de tudo,um ato lúcido de fé, quando tantos, enceguecidos pela ignorância e pela vaidade,agem de modo próprio, sem o respeito que devem à consoladora Revelação orga-nizada por Allan Kardec.

Fidelidade à pureza doutrinária quer dizer gratidão, responsabilidade, estu-do sistematizado, disciplina, trabalho, conquista de sentimentos... nos níveis pro-postos pelos mensageiros do Cristo, sem qualquer conotação com o fanatismo,que tudo proíbe, ou com a falsa tolerância, que leva à aceitação indiscriminada deabsurdos.

Ser puro doutrinariamente, não é apenas pregar com austeridade os princí-pios que nos abençoam, mas também viver consoante as determinações evangé-licas.

A pureza doutrinária sem exemplificação estabelece focos de perturbação,de complicados contornos e de difícil superação.

Mensagem aos Espíritas

2 jan/jun - 2007

Um dos nossos assinantes deJoinville, Haute-Marne, escreveu-nos o que se segue:

“Sabendo da boa acolhidaque é reservada a todos os docu-mentos que têm qualquer relaçãocom a Doutrina Espírita, apresso-me em vos dar conhecimento deuma passagem da biografia deFranklin tirada de Mosaïque de1839, pág. 237. Ela prova, maisuma vez, que em todas as épocashomens superiores tiveram a in-tuição das verdades espíritas. Acrença desse grande homem na re-encarnação e na progressão daalma se revela toda inteira nas li-nhas seguintes, que formam o epi-táfio que ele próprio escreveu.Está assim concebido: ‘Aqui re-pousa, entregue aos vermes, ocorpo de Benjamin Franklin, im-pressor, como a capa de um ve-lho livro cujas folhas foram ar-rancadas, e cujo título edouração, apagados. Mas poristo a obra não ficará perdida,pois reaparecerá, como ele acre-ditava, em nova e melhor edição,revista e corrigida pelo autor’.

Epitáfio de Benjamin Franklin

Texto publicado por Allan Kardec na “Revista Espírita” em agosto de 1865

Um dos principais cidadãos,de que mais se honram os Esta-dos Unidos, era, pois, reencar-nacionista. Não só acreditava emseu renascimento na Terra, criaaqui voltar melhorado por seu tra-balho pessoal. É exatamente o quediz o Espiritismo. Se se recolhes-sem todos os testemunhosesparsos em milhares de escritosem favor desta Doutrina, reconhe-cer-se-ia quanto ela teve raízes empensadores de todas as épocas, ea gente se admiraria menos da fa-cilidade com que é hoje acolhida,porque pode dizer-se que ela jazlatente na consciência do maiornúmero. Esses pensamentos, se-meados aqui e ali, eram as cente-lhas precursoras do fogo que de-via brilhar mais tarde e mostrar aoshomens o seu destino.”

Retrato de Benjamin Franklin

REENCARNAÇÃOCrença na

3jan/jun - 2007

No filme sobre Gandhi,Há uma cena marcante,Que Richard AttenboroughRegistrou de forma brilhante.

Após um longo jejum,Estando muito debilitado,Descansando em seu enxergão,Por um hindu foi procurado.

Que se apresentou chorando,Dizendo o inferno merecerE que por isso mesmoEle desejava morrer.

E, assim, perguntou-lhe,Gandhi por sua vez:- Por que fala desse modo?O que você fez?

O homem, muito desesperado,A Mahatma Gandhi confessouQue uma criança muçulmana,Covardemente, ele matou...

Gandhi, em sua sabedoria,Perguntou-lhe a razãoPor que havia mortoAquela criança, então.

O homem respondeu-lhe,No seu choro, entrecortado,Que, também, ao seu filho,Eles haviam assassinado.

Gandhi disse àquele homem,Com doçura paternal,Que havia uma saídaDaquele inferno pessoal.

Orientou ao sofrido hindu,Com compreensão sobre-humana,Que o mesmo adotasseUma criança muçulmana.

E que lhe desse carinho,Dignidade e muita atenção,E que, também, a educasseDe acordo com a religião,

Que era contrária à sua,E só a partir daquele momentoAquele homem ficaria livreDesse seu imenso tormento.

Mahatma Gandhi e o hindu arrependido

4 jan/jun - 2007

Pensamentos doutrinários VIBezerra de Menezes

Da série publicada no jornal O PAIZ,no Rio de Janeiro, a partir de 1886.

Retrato pintado de Bezerra de Menezes

A civilização é um bem hu-mano, diante do qual os objetostomam cores variadas e variáveis.

Não se vê todos os dias quei-mar-se, em nome da civilização, oque foi, no mesmo nome, exalta-do?

E quantas vezes o que se quei-ma é a verdade, que brilhou um ins-tante aos olhos dos que a condena-ram?

Galileu não foi a verdade con-denada?

A civilização pode ser repre-sentada por um homem que pro-cura brilhantes em vastíssimo ter-reno, não dispondo para se guiar se-não da luz duma lanterna.

Muitas vezes recolhe, comavidez, cascalhos que lhe pesam aosombros, até que em dia claro mos-tram o que realmente são.

Outras tantas, ela toma nasmãos a pedra preciosa e atira-a fora,julgando-a um vil seixo.

O que é a luz do nosso saberpara darmos-lhe o valor de umcriterium?

Assim, pois, de ser antiga anoção da lei das reencarnações denosso espírito, para se purificar,

para se aperfeiçoar, para progredir,não é a razão para ser desprezada.

Deus criou o elemento primi-tivo dos seres, e pôs nele, virtual-mente, latentes, todas as potências,que a evolução dos mesmos seresreclama, e que irão desabrochandoem cada uma de suas novas fases,como grelos que a árvore contém,e que rebentam no tempo próprio.

Também não é razão para serrepelida aquela sublime lei por ter amoderna civilização desconhecidoseu valor.

5jan/jun - 2007

Por esse caminho não dariaum passo a humanidade no mun-do material, como no moral, tudo,tudo preexiste à nossa descoberta.

O Espiritismo, portanto, er-guendo do pó dos séculos o princí-pio que a antiguidade entreviu, fa-zendo desse princípio a pedra fun-damental do seu edifício científico,pedra que lavrou em mil faces; o

Espiritismo assim fazendo, faz da-quele princípio o que Jesus fez dacaridade: obra nova de matéria ve-lha, e obra que não mais perecerá,porque é feita na hora do tempo,em que Deus há determinado.

Tudo no Universo tem seudia, e o que vem antes do dia, pere-ce, e o que vem no dia, viverá in eter-no.

“Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil”

“Sendo assim, a esse pedaço de terra, a que chamais

Brasil, foi dada também a Revelação da Revelação,

firmando os vossos Espíritos, antes de encarnarem,

compromissos de que ainda não vos desobrigastes.

E perdoai que o diga: tendes mesmo retardado o

cumprimento deles e de graves deveres, levados por

sentimentos que não convém agora perscrutar.”

Trecho do livro “A Prece segundo o Evangelho”, FEB, 1944.

6 jan/jun - 2007

Ingrid com seucarrinho, amigo

silencioso e inseparável.

Ingrid Christian Bezer-ra, residente na cidade-saté-lite de Ceilândia, localizadano Distrito Federal, fez daadversidade um exemplo defé e superação.

Filha de pai alcoólatra,alimentava-se com sobras dafeira-livre que sua mãe cata-va nas cestas de lixo. Resol-veu ir à luta pela sobre-vivência digna. Foi ser“carrinheira”, catadora delixo reciclável, ao lado de suagenitora.

Ganhando cerca de R$400,00 mensais, casou-se naesperança de construir umlar feliz, como conta em suahistória publicada na revistaSOU + EU. Por desejar es-

tudar, passou a apanhar domarido. Cansada de sofrer, pe-diu divórcio, resolveu caminharsozinha, trabalhando por diasmelhores. Fez vestibular e con-cluiu o curso de letras, em2005. Agora é professora de in-glês para 600 alunos. Tem salá-rio fixo e família unida. Incan-sável, está cursando mestradoem pedagogia. Sente-se feliz,por ajudar a mãe e os irmãos.Casou-se novamente com umex-gari que, seguindo seuexemplo de luta, transformou-se em empresário de materialreciclável. Seu maior sonho foirealizado: uma pequenina, masagradável casa, com paredes nacor laranja, de sua preferência.

Um exemplode fé e

superação

7jan/jun - 2007

Indiscutivelmente, a palavra é um dos principais meios de propaga-ção do Espiritismo, considerando a grande massa que acorre às consola-ções do esclarecimento espírita, na intimidade de nossas casas de orações.

No entanto, nem sempre os tribunos da nova fé têm compreendido aexata significação de tão sublime apostolado.

Uns, inspirados, talvez, em discursadores de banquetes e conclavespolíticos, vão aos ambientes mais humildes com roupas caríssimas e jóiasvistosas, apontadas na última moda, reeditando o farisaísmo tão combatidopor Jesus. Quebrando, assim, invigilantes, a simplicidade indispensável atão importante cometimento doutrinário.

Outros, vão às raias do desrespeito e surgem à guisa de pregadoresda liberdade, contando piadas e proferindo palestras sem nexo, sem rumo,sem nada.

Existem, ainda, aqueles que, mais preocupados consigo mesmos, comgestos estudados, encenações, gritos, transfiguram-se para provocar a ad-miração da platéia, como forma de arrancar elogios ao final da exposição,esquecidos de que a verdadeira tarefa do orador espírita é a de esclarecer enão extasiar, amparar e não iludir, conscientizar e não criar séquitos ou fãs-clubes de pessoas que se deixam fanatizar pela “mise en scène” inaceitáveldos que se servem da tribuna para servirem-se.

André Luiz, em quase todas as suas obras, ao referir-se aos mentoresdo plano espiritual que pregam nos núcleos de orientação mais próximos dacrosta terrestre, exalta a real imagem dos convocados ao “Ide e pregai”, aosalientar: “sem luxo de gesticulação”, “falou com naturalidade”, “assomou atribuna com simplicidade”, “sem afetação dirigiu-se aos presentes” etc..

No livro “Conduta Espírita”, capítulo 14, André Luiz nos concita fugirde trejeitos e a controlar as emoções.

Ser humilde, não somente na aparência, é preparar-se para estenderas obrigações que nos cabem nesse mundo para o outro que nos aguarda.Caso contrário, a vida nos imporá o dissabor de, após tanto falar, ter querecomeçar ouvindo, nos braços da decepção, fugindo daqueles que se nutri-ram de nossas fantasias.

A Doutrina Espírita, desde sua origem, prescinde de fórmulas, masexige bom senso para medirmos as necessidades daqueles a quem deve-mos orientar.

Só isso a Doutrina exige: BOM SENSO.

Publicado há 27 anos

Artigo publicado na REVISTA O ESPÍRITA, número VIII, 1980.

ORATÓRIA ESPÍRITA

8 jan/jun - 2007

Lançado recente-mente no Brasil, o livro OMONGE E O EXECUTIVOjá vendeu cerca de 2 mi-lhões de exemplares. Éum dos maiores suces-sos editoriais dos últimostempos.

Seu autor, JamesHunter, tem 50 anos deidade. Nasceu nos EUA,no estado de Detroit, e éum especialista em valo-res humanos, dos maisconhecidos no mundo.

Propagador de idéi-as revolucionárias, nocampo das relações hu-manas, exalta a figura deJesus Cristo em suas ati-vidades.

Desfaz dogmasigreijeiros, conceitos irra-cionais e sentimentoscontrovertidos a respeito

O MONGE E OEXECUTIVO

James C. Hunter, formado em serviçosocial, considerado um dos melhores con-sultores em assuntos empresariais, nocampo trabalhista.

de Jesus, utilizando-sede frases lapidares, taiscomo:

“O maior líder de to-dos os tempos foi JesusCristo.”

“Se liderança é in-fluência, ninguém fezisso melhor que Jesus.”

“Líder não é o quemanda agir, é o que ins-pira a ação.”

“O verdadeiro líder éo que serve aos subordi-nados.”

UMA HISTÓRIA SOBRE A ESSÊNCIADA LIDERANÇA

9jan/jun - 2007

Pergunta 1:

Vianna de CarvalhorespondeATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITAMédium: Divaldo Pereira Franco

Ecologia

Tanto o homem primitivo como o civilizado, em determina-das circunstâncias, destroem a natureza na ânsia de sobreviver.Como fazer para que o homem possa, o mais breve possível, conci-liar suas necessidades de sobrevivência e conforto com a preserva-ção da natureza?

À medida que o ser evolui constata que essa viagem não pode sersolitária, nem destruidora. A utilização do conhecimento tecnológico quevem ameaçando a vida, também, quando aplicada corretamente, pode re-compor o ambiente e refazer a natureza, condições essas indispensáveispara que a vida orgânica tenha prosseguimento e, para tanto, já se iniciamos movimentos ecológicos procurando restabelecer o equilíbrio momenta-neamente perturbado, trabalhando pela harmonia do domicílio terrestre.

Felizmente, já são muitos aqueles que respeitam e compreendem afinalidade essencial da vida, que é amar a tudo e a todos.

Por isso mesmo, o conforto e a sobrevivência tomarão outros rumosgraças aos avanços da ciência e da moderna tecnologia.

Atualmente muito se condena os malefícios, para a Terra, doefeito estufa e da destruição da camada de ozônio. Deveremos terpreocupações com isso?

Certamente devemos preocupar-nos com os danos que o nosso ego-ísmo vem ocasionando à mãe Terra, pelo despautério e desrespeito às leisda ecologia estabelecidas por Deus e refletidas no equilíbrio da natureza.

A toda agressão corresponde uma reação equivalente, e o mau usoque os homens têm feito dos recursos naturais, o desrespeito pela vida emtodas as suas expressões tem gerado conseqüências desastrosas que, senão forem corrigidas e evitadas novas investidas malsãs, poderão transfor-mar-se em fenômeno de dor e de sombra para eles próprios.

A vida é o que dela fazemos. Da maneira como agirmos em relaçãoà Terra, esta nos responderá de maneira adequada.

Pergunta 2:

10 jan/jun - 2007

Concentrar significa deixar-se absorver por um as-sunto ou matéria...

Nas reuniões mediúnicas, a concentração exercepapel fundamental que poucos compreendem e muito me-nos praticam.

Segundo Joanna de Ângelis: “...a concentração constitui meio eficaz para seabrirem as portas que facultam o trânsito dos desencarnados, no incessanteintercâmbio que demonstra a sobrevivência e expressa a validade das aquisiçõesmorais e intransferíveis”.

Compreendemos, assim, com a benfeitora espiritual, que o intercâmbio mediúnicode alto nível não dispensa certos requisitos técnicos e morais.

No livro “Diversidade dos Carismas”, volume II, capítulo V, Hermínio C. Mirandaexplica: “...concentração, no fundo, não consiste - propriamente - em ‘esvaziar’ a mente,deixando de pensar, mas em redirecionar o pensamento, de forma a desobstruir ocanal condutor a fim de cedê-lo livre e desembaraçado ao comunicante”.

Aproveitemos a expressão: canal condutor.Imaginemos um rio com seus diversos afluentes: a navegação através de suas

águas será mais fácil se o leito estiver desobstruído de pedras, cachoeiras e detritos.Os integrantes da reunião mediúnica são os “afluentes” que desaguam suas

energias no canal condutor utilizado pelos espíritos para a “navegação” da mensa-gem. Se esses “afluentes” jogam substâncias deletérias na corrente energética, issoirá causar danos e interferências na comunicação.

Aí entra a importância da concentração: cada integrante deverá “higienizar”suas energias, uniformizando-as, a fim de oferecer “leito” propício ao escoamento damensagem.

Mister se faz que os pensamentos convirjam para um só ponto. O que aconte-cerá ao canal condutor se cada integrante da reunião jogar “n” pensamentos na cor-rente?

Concentrar: absorver-se em um só tema. Se todos só pensarem em Jesus, aíestará surgindo um límpido canal para o intercâmbio abençoado.

Aconselha Emmanuel: “...Vem a um lugar à parte, no país de ti mesmo, a fim derepousar um pouco. Esquece as fronteiras sociais, os controles domésticos, asincompreensões dos parentes, os assuntos difíceis, os problemas inquietantes, asidéias inferiores. Retira-te dos lugares comuns a que ainda te prendes.

Concentra-te, por alguns minutos, em companhia do Cristo, no barco de teuspensamentos mais puros, sobre o mar das preocupações cotidianas...

Ele te lavará a mente eivada de aflições; balsamizará tuas úlceras; dar-te-ásalutares alvitres.

Basta que cales e Sua voz falará no sublime silêncio...Oferece-Lhe um coração valoroso na fé e na realização, e Seus braços divinos

farão o resto. Regressarás, então, aos círculos de luta, revigorado, forte e feliz.Teu coração com Ele, a fim de agires, com êxito, no vale do serviço; Ele contigo,

para escalares, sem cansaço, a montanha da luz”.

ConcentraçãoRogério Coelho - MG

“Quando orares, entra noteu quarto, fecha a porta eora a teu Pai em segredo; eteu Pai, que vê num lugaroculto, recompensar-te-á.”Jesus (Mt., 6:6)

11jan/jun - 2007

Presença de Emmanuel/Chico XavierFé sem caridade é lâmpada sem reservatório de força.Caridade sem fé representa a usina sem lâmpada.Quem confia em Deus e não ajuda aos semelhantes, recolhe-se

na contemplação improdutiva, à maneira de peça valiosa, mumificadaem museu brilhante.

Quem pretende ajudar ao próximo, sem confiança em Deus, con-dena-se à secura, perdendo o contato com o suprimento da energiadivina.

A fé constitui nosso patrimônio íntimo de bênçãos.A caridade é o canal que espalha, enriquecendo-nos o caminho.Uma nos confere visão; a outra nos intensifica o crescimento es-

piritual para a eternidade.Sem a primeira, caminharíamos nas sombras.Sem a segunda, permaneceríamos relegados ao poço escuro do

nosso egoísmo destruidor.Jesus foi o protótipo da fé, quando afirmou: EU E MEU PAI SO-

MOS UM.E o nosso Divino Mestre foi ainda o paradigma da caridade quan-

do nos ensinou: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI.Desse modo, se somos efetivamente os aprendizes do Evange-

lho Redivivo, unamos o ideal superior e a ação edificante, em nossossentimentos e atos de cada dia, e busquemos fundir numa só luz reno-vadora a fé e a caridade, em nossos corações.

FÉ E CARIDADE

12 jan/jun - 2007

Verificação deconhecimentos doutrinários

Baseada na literatura espírita consagrada por Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de Menezes,Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis,

Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.

Conselho Editorial

1. Do ponto de vista moral, Kardec dividiu os reinos da natureza da seguinte forma:

Animal e hominal.Mineral, animal e hominal.Mineral, vegetal e animal.Mineral, vegetal, animal e hominal.

2. Quem escreveu os Atos dos Apóstolos foi:

João. Lucas. Pedro. Paulo.

3. Paulo, o apóstolo, foi degolado ao pregar o Cristianismo na cidade de:

Jerusalém. Roma. Atenas. Damasco.

4. Qual o mais importante centro de força?

EsplênicoCoronárioCerebralCardíaco

5. A “Casa do Caminho” fundada pelos apóstolos após a morte do Cristo,para pregação do Evangelho e prática da verdadeira assistência social estavalocalizada em:

Belém. Nazaré. Cafarnaum. Jerusalém.

6. Em que ano Kardec observou pela primeira vez o fenômeno das mesas girantes?

1857 1856 1855 1854

Assinale a opção correta e confira o resultado na página 22:

Templo Parthenon

13jan/jun - 2007

7. O “Reformador”, mensário editado pela FEB, ininterruptamente há 124 anos,teve como fundador:

Bezerra de Menezes.Augusto Elias da Silva.Bittencourt Sampaio.Marechal Ewerton Quadros.

8. O duplo etérico é:

o mesmo que perispírito.a aura.um corpo formado de forças neuro-psíquicas.uma forma pensamento.

9. O 1.º livro psicografado por Chico Xavier, editado pela FEB em 1932, foi:

“Nosso Lar”.“Parnaso de Além-Túmulo”.“A Caminho da Luz”.“Há Dois Mil Anos”.

10. Numa importante cidade européia, na data de 9 de outubro de 1861, às 10he 30min., foram queimados em praça pública 300 livros editados por AllanKardec. O fato ficou conhecido mundialmente como o:

Auto de fé de Madrid.Auto de fé de Paris.Auto de fé de Barcelona.Auto de fé de Bordéus.

11. Jesus era chamado de “filho de Davi” porque:

José, pai de Jesus, descendia de Davi.Davi, fora o 1.º rei de Israel.Davi o profetizou nos “Salmos”.Davi nascera em Belém.

12. Jesus ao censurar os fariseus, pretendia condenar o sentimento inferior da:

maldade. omissão. usura. hipocrisia.

Arco do Triunfo em Paris

14 jan/jun - 2007

A história do mundo na visão espírita registra inúmeros casos de civi-lizações que tiveram incumbências específicas no desenvolvimento do pla-neta e falharam. A mesma história mostra como essas sociedades foram subs-tituídas sem perdas irreparáveis ao planejamento divino, bem como apresen-ta as graves conseqüências que atormentaram e ainda atormentam esses po-vos endividados perante a lei. Um dos maiores exemplos é o Império Roma-

no, que com suas águias orgulhosas tevea oportunidade de edificar uma só naçãosobre o orbe terrestre e fracassou. De ma-neira descuidada deixou que a violênciae a tirania encontrassem abrigo sob suasasas. Da orgulhosa cidade dos Cézares,hoje permanecem as ruínas.

A questão, no entanto, é que nes-sa lógica contundente se encontra o Bra-sil e nós outros que constituímos a naçãoque pretende ser a Pátria do Evangelho.

O povo brasileiro traz virtudes inconfundíveis e qualidades gloriosas: é paci-fista, resignado, solidário, caridoso, ecumênico e livre de preconceitos, po-rém, se a maioria continuar a deslizar para o campo da irresponsabilidademoral e sexual, da desonestidade, do comodismo, do orgulho desmedido, doegoísmo dissimulado, fatalmente, enquanto nação, seremos substituídos poroutra que possa auferir os resultados esperados, pois o planejamento espiri-tual do orbe, sob o comando do Cristo, está traçado em suas linhas mestrase não será comprometido.

Precisamos nos concentrar em conquistas mais nobres que o futebol eo carnaval. Urge discutirmos e meditarmos em cima de valores essenciaispara a transformação individual e coletiva. Que nossas lágrimas sejam cau-sadas pela luta contra a pobreza, corrupção, escravidão, desigualdade soci-al, pelo combate a incúria e desonestidade de políticos e gestores, e nãomotivadas pela competitividade materialista ou qualquer outra razão torpe.Buscar a cidadania plena e a ética em todos os setores da atuação humana elutar com idealismo pela justiça social, fazem-se necessários.

É responsabilidade de todo cristão, mormente dos espíritas, o com-promisso de exercer o bem. Na transformação íntima, sacrificiosa eexemplificada, atingiremos o coletivo. Só assim nos tornaremos mensagei-ros dos valores consubstanciados pela Doutrina Espírita, transformando efe-tivamente o Brasil na Pátria do Evangelho. Dessa forma atenderemos aochamamento de Ismael, governador dos desígnios de nosso País, e ao convi-te do Divino Mestre Jesus.

Brasil, Pátria do Evangelho?

15jan/jun - 2007

Frases que merecem(Extraídas da obra “Entre a Terra e o Céu”, de autoria de

André Luiz e psicografia de Chico Xavier.)

MEDITAÇÃOMEDITAÇÃO

“A amizade pura é a verdadeira ga-rantia da ventura conjugal. Sem osalicerces da comunhão fraterna e dorespeito mútuo, o casamento cedo setransforma em pesada algema de for-çados do cárcere social.”

“A enfermidade longa é uma bençãodesconhecida entre os homens,constitui precioso curso preparatórioda alma para a grande libertação.”

“Sem aquela atitude de perdão, re-comendada pelo Cristo, seremosviajores perdidos no cipoal das tre-vas de nós mesmos.”

“Amor e ódio não se improvisam.Resultam de nossas construçõesespirituais nos milênios.”

“Auxiliemos as igrejas antigas, emvez de acusá-las. Todos somos filhosdo Pai Celestial e onde houver o mí-nimo gérmen de Cristianismo aí sur-girão recursos de recuperação dohomem e da coletividade para o Cris-to, Nosso Senhor.”

“Por enquanto, não há paraíso per-feito para quem volta da Terra, tantoquanto não existe purgatório integralpara quem regressa ao humano sor-vedouro! O amor é a força divina, ali-mentando-nos em todos os setoresda vida e o nosso melhor patrimônioé o nosso trabalho com que nos com-pete ajudar-nos, mutuamente.”

“A evolução, a competência, o apri-moramento e a sublimação resultamdo trabalho incessante. Quanto maisse nos avulta o conhecimento, maisnos sentimos distanciados do repou-so. A inércia opera a coagulação denossas forças mentais, nos planosmais baixos da vida.”

“A carne, de certo modo, em muitascircunstâncias não é apenas um vasodivino para o crescimento de nossaspotencialidades, mas também umaespécie de carvão milagroso absor-vendo-nos os tóxicos e resíduos desombra que trazemos no corpo subs-tancial.”

“A dor é o grande e abençoado re-médio. Reeduca-nos a atividademental, reestruturando as peças denossa instrumentação e polindo osfulcros anímicos de que se vale anossa inteligência para desenolver-se na jornada para a vida eterna.”

“O lar não é apenas o domicílio doscorpos... É o ninho das almas, emcujo doce aconchego desenvolvemosas asas que nos transportarão aoscumes da glória eterna.”

16 jan/jun - 2007

MENINA PRODÍGIO E SEU AMOR POR DEUS“Eu oro e espero por uma resposta através de pinturas, palavras ou idéias...”

Akiane Kramarik é uma linda menina norte-americana de 12 anos. Apesarda pouca idade vem chamando a atenção da mídia pela grande qualidade desuas pinturas, poesias e desenhos. Em função da fama, seus quadros sãocomercializadas por milhares de dólares e parte daarrecadação é revertida em doações a instituiçõesde caridade. Akiane, que possui inteligência incomum,é poliglota, fala russo, lituano, inglês e também secomunica via linguagem de sinais. Afirma que suatécnica e inspiração vêm do alto por meio de sonhose visões.

Aos 4 anos vivenciou uma experiência espiri-tual que mudou radicalmente sua vida e de sua famí-lia, até então materialista e atéia. Na oportunidade,começou a desenhar, tempos depois, aos 6 anos, já pintava com acurada habi-lidade e aos 7 escrevia belas poesias que raramente precisavam de correçõesgramaticais ou ortográficas. Além de pintar e escrever, gosta de arte, xadrez,piano, leitura e de ajudar ao próximo.

Akiane levanta praticamente todos os dias às 4 da madrugada para orar eposteriormente pintar. Ela mesma descreve sua rotina: “Todas as manhãs etodas as noites, converso com Deus. É como se fosse uma voz na minha mente

conversando comigo”. Sem dúvida o caso de Akiane, a menina

prodígio, como é reconhecida pela mídia in-ternacional, mormente a americana, reflete aincontestável verdade em torno da reencar-nação, que é um dos princípios básicos da

Doutrina Espírita, fortaleza inex-pugnável e fiel sustentáculo paraas nossas dúvidas e fraquezas.Nós, adeptos do Espiritismo, tor-cemos para que mais este exem-plo, disponibilizado aos homenspela providência divina, sirva decisma, de meditação para a ur-gente valoração das coisas es-pirituais.

“Meu maior desejo é que todos amem a Deus e uns aos outros.”

Desenho da suaavó feito aos 5

anosPintura de Jesus feita aos9 anos

Tigre pintado aos 8 anos

Fotografia recente de Akiane

17jan/jun - 2007

Pergunta:

O ESPÍRITA respondeTribuna LIVRE

Resposta:Sabemos, por incontáveis pá-

ginas doutrinárias, que bilhões de es-píritos inferiores e degradados estãotendo sua última chance reencar-natória no orbe terrestre. Agora, é aoportunidade final de ficarem no pla-neta, desde que abandonem seus ví-cios e tendências criminosas. É ahora do “sim, sim ou não, não”.

Pelo volume de compromis-sos negativos que assumiram, comos erros conscientes no passado,pouco podemos esperar, sem seruma fatalidade. Alguns aceitam abênção do arrependimento e se abra-çam ao bem, mas uma quantidadeexpressiva insiste na revolta e na in-diferença, reincidindo nas quedas. Éo caso de muitos desses indigitadosirmãos nossos.

A sociedade, por meio das re-ligiões existentes, deveria educá-lospara Deus. No entanto, as preocu-pações com o proselitismo, com aconstrução de templos, com osshows, com os petitórios para con-tribuição financeira... cada vez mais

A imprensa mundial noticioua morte de 25 estudantes franceses,vitimados pela prática das “viagensalucinatórias”, deixando a humani-dade assombrada. A Doutrina Espí-rita explica tão dantesco fato? O quesão essas “viagens alucinatórias”?

se afastam dos verdadeiros objetivosdo Evangelho.

São “cegos conduzindo ce-gos” e o preço a pagar é elevado, naforma de dores e conflitos assusta-dores, como vemos diariamente.

As chamadas “viagensalucinatórias” são provocadas pelafalta de sangue e oxigênio no cére-bro, levando a um estado temporá-rio de leveza e euforia, que libera fan-tasias nesse rápido transe, numa es-pécie de embriaguez. Quando esca-pam da morte, ficam lesionados. Osque desencarnam, penetram os um-brais da vida espiritual como suici-das, acumulando dores e carmas.

O problema é de todos. Na In-glaterra, estudantes espancam, às ve-zes até a morte, outros estudantes efilmam com seus celulares, para as-sistirem mais tarde, rindo e bebendoalcoólicos. A imprensa mundial no-ticiou, como também fez a BBC deLondres.

Em nosso País, há um clamorpela redução da idade penal de 18para 16 anos, motivado pelos crimeshediondos praticados por jovens.

É o “sinal de Jonas” (Mt.,12:39 e Lc., 11:29) proposto por Je-sus às “gerações perversas e adúlte-ras” (livro de Jonas 1:17). O “sinalde Jonas” é o símbolo de aflições etormentos indescritíveis.

“A cada um segundo suasobras” vale para toda a coletividadehumana.

18 jan/jun - 2007

Paradoxalmente, num mundo asfixiado por paixões gros-seiras e materialismo selvagem, nunca foi tão perceptível a bus-ca pelo imponderável, pela temática espiritualista, explicada àluz da razão pela Doutrina Espírita. Destacamos que, sem ne-nhuma excessão, o exagero nos roteiros e, por vezes, a inade-quada exploração dos temas, bem comoa busca desenfreada pelo retorno finan-ceiro, geram distorções e sensacionalis-mos, que invariavelmente fogem às pre-missas esclarecedoras do Espiritismo.

No coração financeiro da socieda-de humana, os Estados Unidos da Amé-rica do Norte, as televisões disputam mi-lhões de telespectadores, empolgadoscom a curiosidade em torno dos fenô-menos paranormais ou parapsicológicos.

Diversos canais de grande popula-ridade estão apresentando filmes,documentários, reportagens, novelas e seriados abordando as-suntos ditos sobrenaturais.

No canal SONY a série Ghost Whisperer apresenta espíri-tos sofredores, agarrados a bens materiais provocando dramasdolorosos. A série está calcada nas experiências vivenciadas pelomédium internacionalmente conhecido James Van Praagh, quese notabilizou por ajudar a polícia americana no desvendamentode graves delitos. Esse mesmo canal estreou recentemente ou-tra série intitulada Médium.

Mídia televisivainternacional explora

temas espíritas

Cartaz do seriado GhostWhisperer

19jan/jun - 2007

Outro canal de TV, o AXN,motivado pela busca de audiên-cia, pôs no ar 4 novas séries: TheCollectors, The Dead Zone,Kingdom Hospital e Night Stalker.Tratam respectivamente de: umex-monge que presta serviçospara seres diabólicos, experiên-cias de quase-morte (EQM), umhospital aterrorizado por gritos e seres vindos do além e, a últi-ma, um jornalista que resolve apurar ataques e mortesinexplicáveis produzidos por espíritos obsessores.

A UNIVERSAL tem como concorrentes Psychic Detectives ePsych, que têm por pano de fundo habilidades mentais coloca-das à disposição da polícia para a resolução dos mais diversoscrimes. A WARNER, reconhecendo o grande filão na exploraçãode assuntos místicos e transcendentais, respondeu comSupernatural, uma série de enorme sucesso que apresenta mons-tros e criaturas apavorantes.

O extraordinário interesse do público internacional, aquiobservado, é um importante avanço para o despertamento e

quebra de paradigmasmaterialistas que, infeliz-mente, ainda norteiamos passos da maioria es-magadora da sociedademundial.

Dead Zone tem como enredo a EQM

Cartaz do seriado“Supernatural”

20 jan/jun - 2007

A única participação visível deEmmanuel, mentor de Chico Xavier,nas obras da Codificação é a mensa-gem “O egoísmo”, contida em “OEvangelho segundo o Espiritismo”(cap. XI – item 11).

Kardec dividiu a vida do Cris-to em cinco partes: 1.º - os atos co-muns da vida do Cristo, 2.º - os mi-lagres, 3.º - as predições, 4.º - as pa-lavras que foram tomadas pela Igre-ja para fundamentar os seus dogmase o 5.º (e mais impressionante) o seuensino moral (“O Evangelho segun-do o Espiritismo” - Introdução).

No início, os seguidores doCristo eram chamados de “viajores”,“peregrinos”, “caminheiros”... Foinuma reunião pública da Igreja deAntioquia que o médico e evangelistaLucas sugeriu o título de “cristão”.O apóstolo Paulo, que estava pre-sente, sentiu a sinceridade e o fer-vor daquele jovem doutor. Os doisse abraçaram com lágrimas nosolhos e ficaram amigos para sempre(“Paulo e Estevão” – cap. 4).

Os pães ázimos, que dãonome à festa que os judeus realizampara lembrar a saída do Egito, nãopossuem fermento. A fuga do norteda África para a Terra de Canaã, ouda Promissão, foi feita às pressas, nãodando tempo para a espera da fer-

“O Evangelho segundo o Espiritismo”

Curiosidadesdoutrinárias

mentação. Daí o nome Páscoa, quequer dizer “festa da primavera dospastores nômades”. Os nômadeseram hebreus que viviam permanen-temente fugindo das dificuldades naera pré-mosaica.

A páscoa católica tem sentidodiferente da páscoa judaica. Os ca-tólicos fazem a páscoa no primeirodomingo depois da lua cheia doequinócio (determinado ponto daórbita da Terra que faz a noite coma mesma duração do dia). Objetivacomemorar a ressurreição de JesusCristo.

São Luiz (Rei Luís IX), que co-laborou com a Codificação Espírita,construiu a Sorbone e obrasassistenciais, como o asilo para ce-gos. Empreendeu a 8.ª e última Cru-zada em 1291, morrendo de pesteem Cartago.

21jan/jun - 2007

Notícia comentadaLei de Biossegurança

Na primeira audiência pública realizada pelo Supremo Tribunal Federal,no dia 20/4/2007, sobre a inconstitucionalidade da Lei de Biossegurança (ADI3510), foram chamados cientistas ligados a duas correntes, uma a favor e ou-tra contra alguns dispositivos do projeto de lei. Elizabeth Kipman Cerqueira,médica ginecologista e coordenadora do Centro de Bioética do Hospital SãoFrancisco de Jacareí (SP), enfatizou que a vida começa com a fecundação;prossegue nos próximos 60 dias, na fase embrionária; e até o nascimento, sedesenvolve na fase fetal. Entre a fecundação e o nascimento diversos estágiosse apresentam, mas nenhum deles desloca o fundamental: a vida se inicia nafecundação e se nada conspirar contra, segue seu curso até o nascimento deum ser humano. A especialista em biologia molecular Lílian Piñero Eça afirmouque duas a três horas após a fecundação, o embrião humano já se comunicacom sua mãe. Ela estuda sinais de células de embriões no útero (por meio demoléculas marcadas), “pelo menos 100 neurotransmissores são emitidos pelo

embrião para as 75 trilhões de células existentes nocorpo da gestante, que começa a sofrer mudançashormonais”. Essa é a forma de o embrião “falar” parao corpo da mãe se preparar para a gravidez. “A mãeapresenta uma série de manifestações para ficar emrepouso para receber o futuro bebê, como ficar comsono, por exemplo”, afirma a pesquisadora.

Esse entendimento guarda conformidade como ensino dos Espíritos nas questões 344 e 345 de “OLivro dos Espíritos”:

- “Q. 344. Em que momento a alma se une aocorpo?

A união começa na concepção, mas só é com-pleta por ocasião do nascimento. Desde o instanteda concepção, o Espírito designado para habitar certo

corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertandoaté ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta,anuncia que ele se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

Lilian Piñero Eça, pesquisa-dora em biologia molecular,integrante do Instituto dePesquisa com Células-Tronco - IPCTRON.

22 jan/jun - 2007

RespostasVerificação de conhecimentos doutrinários

páginas 12 e 13

Notícia comentada (continuação)

- “Q. 345. É definitiva a união do Espírito com o corpo desde o momentoda concepção? Durante esta primeira fase, poderia o Espírito renunciar a ha-bitar o corpo que lhe está destinado?

É definitiva a união, no sentido de que outro Espírito não poderia subs-tituir o que está designado para aquele corpo. Mas, como os laços que aocorpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem rom-per-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu.Em tal caso, porém, a criança não vinga.”

Nas apresentações ao Supremo Tribunal Federal, os cientistasgravitaram em torno de 3 vertentes: biológica, filosófica e jurídica. Todas perti-nentes, esclarecedoras, norteadoras sobre o fenômeno da vida biológica; to-das apresentando janelas de conhecimento que ampliam a compreensão so-bre o início da vida material mas, paradoxalmente, ESQUECERAM DO VER-DADEIRO AUTOR, do Dispensador da vida espiritual e da vida orgânica, ma-ravilhosa doação amorosa de Deus para nós, espíritos em aprendizado, quehabitamos os corpos no processo misericordioso da reencarnação. Que osjulgadores que decidirão sobre a Lei de Biossegurança possam receber a ins-piração dos elevados propósitos do Pai Celeste sobre a vida na Terra.

(Matéria veiculada ao vivo pela TV Justiça, Rádio Justiça e reproduzida por váriosmeios de comunicação).

Q.1 -Mineral, vegetal, animal e hominal.Q.2 -Lucas.Q.3 -Roma.

Q.4 -Coronário(através dele o espírito comanda os demais centros)Q.5 -Jerusalém.

Q.6 -1855Q.7 -Augusto Elias da Silva.

Q.8 -um corpo formado de forças neuro-psíquicas.Q.9 -“Parnaso de Além-Túmulo”.Q.10 -Auto de fé de Barcelona.

Q. 11 - José, pai de Jesus, descendia de David.Q. 12 - hipocrisia.

23jan/jun - 2007

Carta ao atual e futuroASSINANTE MANTENEDOR

Contribua com a divulgaçãoda Doutrina Espírita.

Preencha o formulário no verso.

A revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978,jamais deixou de circular em seus 28 anos de existência.

Sempre com muito sacrifício, levou para todo o Brasil amensagem consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e abeleza propostas por nossos benfeitores sob a égide do Cristo.

Cabe colocar, que grande número de casas espíritas carentes,mormente no interior, onde há enorme falta de material dedivulgação, está recebendo gratuitamente O ESPÍRITA. Por estarazão, solicitamos à sua nobre consciência, que contribuaanualmente com um valor sugerido de R$ 10,00 (dez reais), oumediante colaboração espontânea acima deste valor, para quepossamos custear as duas edições da revista (junho/dezembro),as postagens dos exemplares que serão remetidos em seu nome ea distribuição gratuita para diversas instituições espíritas.

Ao enviar sua parcela de contribuição, você estaráviabilizando a continuação deste trabalho e apoiando os redatores,que lutam com denodo para manterem erguida a bandeira daNova Fé, e que arcam com os custos desta produção, sem nadareceber pelos serviços prestados.

Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada, entendendoque a luta pela vitória do bem é da responsabilidade de todos.

Querido(a) irmão(ã),

24 jan/jun - 2007