vem conhecer belém, vem!

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QUEM NUNCA JUNTOU UMA MANGA PELAS RUAS DE BELÉM, JÁ VIU ALGUÉM FAZENDO ISSO! ISSO É BELÉM! BELÉM TEM GOSTO DE AÇAÍ, DE TACACÁ, DE MANIÇOBA, DE PATO NO TUCUPI... BELÉM TEM GOSTO, TEM CHEIRO, TEM BELEZA, TEM HISTÓRIA! E FOI A PARTIR DO CONTATO COM A HISTÓRIA DE BELÉM RUMO AOS 400 ANOS, QUE SURGIU A IDEIA DE COLETAR E PUBLICAR AS ATIVIDADES REALIZADAS PELOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL COMANDANTE KLAUTAU, LOCALIZADA EM BELÉM, NO ESTADO DO PARÁ, DURANTE AS AULAS NA SALA DE INFORMÁTICA EDUCATIVA - SIE - , A FIM DE MOSTRAR AO MUNDO UM POUCO DE NOSSA HISTÓRIA. VEM CONHECER BELÉM, VEM!

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Page 1: Vem conhecer Belém, vem!

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Page 2: Vem conhecer Belém, vem!
Page 3: Vem conhecer Belém, vem!

Sala de Informática Educativa – SIE

Professora: Socorro Cordeiro

Turmas: CI 2º ano, CII 1º e 2º anos,

EJA: 1ª e 2ª Totalidades

3º e 4º turnos

Belém – Pará

2015

Page 4: Vem conhecer Belém, vem!

Dedico este trabalho a todos os alunos da Escola Municipal de

Educação Infantil e Ensino Fundamental Comandante Klautau do CI

2º ano, CII 1º e 2º anos e EJA, 1ª e 2ª Totalidades, do 3º e 4º

turnos, pela dedicação e empenho em debruçarem-se, não obstante

as inúmeras dificuldades, para realização de pesquisas, leituras e

estudo, com o objetivo de conhecer um pouco mais sobre a cidade de

Belém.

Page 5: Vem conhecer Belém, vem!

Agradeço a Deus a oportunidade de estar colaborando com os

educandos da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino

Fundamental Comandante Klautau na construção do conhecimento e

aos colegas que contribuíram para a realização destas atividades.

Page 6: Vem conhecer Belém, vem!

“Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem

mudar o mundo.”

Malala Yousafzai

Page 7: Vem conhecer Belém, vem!

PREFÁCIO

Terra de infinitas riquezas naturais e diversidades

culturais. É no Pará que podemos encontrar maravilhosos atrativos

capazes de arrancar paixões e orgulho de vivermos sob o lume

encantador da estrela do norte, sempre cintilante e altiva em nossa

bandeira nacional.

Nascida à beira da bela baia do Guajará e tendo como

postal principal a farta e irradiante Feira do Ver-o-Peso, Belém, a

cidade morena e capital paraense. Traduz o velho hábito acolhedor e

marcante, que nasce do jeito hospitaleiro de seu povo e que parece

flui no reflorir de suas mangueiras ou ao cair da pontual chuva da

tarde, que quase sempre prenuncia uma noite suave e estrelada.

Seus seculares monumentos, palácios, igrejas e outras

antigas construções, suas praças arborizadas e floridas, o majestoso

mercado de São Braz, o convidativo Polo Joalheiro, o verdejante e

saudável Bosque Rodrigues Alves que com o Museu Emílio Goeldi e

suas flora e fauna maravilhosas, são os dois verdadeiros pulmões

dessa metrópole que traz nas características próprias dos casarões e

estreitas ruas do bairro da cidade velha, as recordações de um tempo

onde Belém começou, tendo como berço principal o Forte do Castelo.

E o que dizer da incomparável culinária paraense que vai

desde os pratos que têm como base o camarão e os peixes típicos da

região, passando pelo tradicional pato no tucupi, o tacacá, o vatapá,

a maniçoba e demais pratos que misturados a ingredientes próprios

como o cheiro verde, a pimenta e até mesmo a costumeira farinha,

dão aquele toque e sabor especiais que agradam a tantos paladares

de quem vem de fora ou mesmo aos daqui.

Ainda se falando de alimentos, não podemos deixar de

lembrar os deliciosos frutos que esta terra dá, tais como manga,

graviola, cupuaçu, taperebá, pupunha, murici, bacuri e tantos outros

que podem ser encontrados nas feiras dos bairros da cidade, além de

Page 8: Vem conhecer Belém, vem!

poderem dar gosto a apetitosos sovertes; com destaque maior para o

açaí que puro ou misturado com farinha d’água ou de tapioca, natural

ou gelado, vira um doce vício diário a saciar a vontade de muitos.

Neste Estado de reluzentes talentos e costumes, as

danças e ritmos folclóricos despontam como expressões significativas

da alegria peculiar aos paraenses. Carimbó, Siriá, a marujada, são

alguns desses dons artísticos regionais que envolvem, divertem e

atraem os apreciadores e turistas, não só na capital como em cidades

do interior.

Situado no rincão amazônico e formado por tantas

belezas naturais, onde costumes, contos e lendas ornamentam as

histórias populares, como as do Boto e da Matinta Pereira, é no Pará

que podemos encontrar uma vasta literatura que retrata esse jeito

paraense de ser, com suas crendices, hábitos interioranos e

vocabulário próprio, que dão o tom apropriado a essa gente querida

que adora um bate papo, pai d’égua, chamar alguém de mano ou

mana, ou exclamar simplesmente um “égua”, que pode ser,

dependendo da entonação, de contentamento ou de reclamação.

Todas essas maravilhas e outras coisas mais que

encontramos no Pará é um verdadeiro aprendizado cultural que deve

ser sempre alimentado e desenvolvido junto às crianças, seja nas

escolas e nas comunidades, além de precisar de um destaque maior

por parte da mídia em geral, proporcionando assim uma riqueza de

saberes amazônicos que marcam esse Estado do Norte, que deve ser

cada vez mais valorizado e olhado pelo restante do país, por tudo que

é e significa na historia de formação da nossa pátria.

Fernancy Nery Ribeiro

Diretor

Page 9: Vem conhecer Belém, vem!

SUMÁRIO

Apresentação................................................................10

Pontos turísticos............................................................11

Culinária.......................................................................24

Frutas regionais.............................................................43

Danças regionais............................................................52

A língua que a gente fala.................................................59

Lendas amazônicas.........................................................68

Belém em versos e quadra ..............................................80

Declarando nosso amor por Belém ...................................86

Bibliografia....................................................................95

Page 10: Vem conhecer Belém, vem!

APRESENTAÇÃO

A região onde atualmente encontra-se a cidade de Belém, já foi

uma grande floresta que transformou-se em vilarejo, vila e hoje,

nesta grande cidade, a capital do estado do Pará, conhecida como

Cidade das mangueiras, Metrópole da Amazônia.

Francisco Caldeira Castelo Branco, em 12 de janeiro de 1616,

fundou o Forte do Presépio, tendo início a cidade de Belém, que

inicialmente chamou-se de Feliz Lusitânia, posteriormente Santa

Maria de Belém do Grão Pará e por fim, Belém.

Belém do Pará, cidade das mangueiras, cidade hospitaleira, é

rica em cores, cheiros e sabores que podem ser percebidos pelas

ruas, nas esquinas, nos pratos típicos, nas mangas que caem pelas

ruas, nos túneis de mangueiras, no sol escaldante, na chuva da

tarde, no folclore, no sorvete de furtas regionais, no açaí saboroso...

Este trabalho é fruto de leitura, pesquisas e estudos realizados

pelos alunos durante as aulas na sala de informática educativa, SIE,

sobre os seguintes aspectos da cidade de Belém:

Pontos turísticos

Culinária

Frutas regionais

Danças regionais

Vocabulário paraense

Lendas amazônicas

Venha fazer um passeio conosco, alunos da Escola Municipal

Comandante Klautau, por esta bela cidade e conhecê-la um

pouquinho mais.

Vem conhecer Belém, vem!

Page 11: Vem conhecer Belém, vem!

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“Ponto turístico é um lugar de interesse que os turistas visitam

geralmente por seu valor cultural, sua importância histórica, sua

beleza natural ou artificial, sua originalidade, ou para divertir-se.”

Percorrendo as ruas de Belém nos deparamos com belos

lugares que contam um pouco de nossa história.

Confira!

Complexo Feliz Lusitânia

Feliz Lusitânia, denominação usada por colonizadores

portugueses para o núcleo inicial do município de Belém (Estado

do Pará), atualmente sendo um complexo turístico o qual reforça as

origens ibéricas e o exotismo dos habitantes primitivos, situado no

centro histórico e região mais antiga do município de Belém do Pará,

o bairro da Cidade Velha. O complexo Feliz Lusitânia abriga as

seguintes construções: Forte do Presépio, Casa das 11 janelas,

Catedral Metropolitana, Igreja de Santo Alexandre, Praça Frei

Caetano Brandão.

PONTOS TURÍSTICOS

DE BELÉM P

Page 12: Vem conhecer Belém, vem!

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Forte do Castelo

Popularmente conhecido como Forte do Presépio, localiza-se

sobre a baía do Guajará, dominando a entrada do porto e navegação

que costeia a ilha das Onças.

É um dos mais procurados pontos turisticos da cidade, por sua

localização privilegiada e seu sentido histórico, integrando o complexo

arquitetônico e religioso da Cidade Velha, o Complexo Feliz Lusitânia.

Casa das Onze janelas

Page 13: Vem conhecer Belém, vem!

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Foi construída no século XVII como residência de Domingos da

Costa Bacelar, um rico senhor do engenho. Em 1768 a casa foi

adquirida pelo governo para abrigar o hospital Real e funcionou até

1870, passando depois a ter funções militares. Em 2001, o governo

do Estado do Pará assinou um convênio com o exército brasileiro,

alienando os terrenos da Casa das Onze Janelas e do Forte do

Presépio em favor do turismo de Belém.

Catedral Metropolitana

É a sede da Arquidiocese de Belém e parte integrante do

complexo histórico e religioso da cidade velha, o complexo Feliz

Lusitânia. A primeira igreja de Belém foi construída dentro do Forte

do Presépio, dedicada a Nossa Srª das Graças. Anos depois foi

transferida para o atual largo da Sé.

Page 14: Vem conhecer Belém, vem!

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Igreja e Colégio de Santo Alexandre

Foram a sede dos padres da Companhia de Jesus, os jesuitas,

na cidade de Belém, na época do Brasil Colonia. Atualmente abriga o

Museu de Arte Sacra do Pará.

Praça Dom Frei Caetano Brandão

Page 15: Vem conhecer Belém, vem!

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É um importante marco histórico da cidade, pois se encontra no

local de fundação de Belém do Pará e sua denominação é uma

homenagem ao 4° bispo da cidade: Frei Caetano Brandão, mas foi

chamada de largo da Sé, em outros tempos.

Ver-o-Peso

Ponto turístico e cultural da cidade. É considerada a maior feira

ao ar livre da América Latina. Abastece a cidade com variados tipos

de gêneros alimentícios e ervas medicinais do interior paraense,

fornecidos principalmente por via fluvial. Foi candidato a uma das 7

maravilhas do Brasil. Construído em 1625. Seu nome faz jus às

chamadas casas do Ver-o-Peso, projetadas no Brasil em 1614, para

conferir o peso exato das mercadorias e cobrar os respectivos

impostos para a coroa portuguesa.

Page 16: Vem conhecer Belém, vem!

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Estação das Docas

É um dos espaços que mais refletem a região amazônica.

Inaugurada em 13 de maio de 2000. Referencia nacional, agrega

gastronomia, cultura, moda e eventos. Possui lojas de roupas e

acessórios, perfumarias, artigos para presentes, etc.

Page 17: Vem conhecer Belém, vem!

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Complexo do Ver-o-Rio

É um pedaço da orla

do rio resgatada depois de

anos de ocupação

inadequada e devolve o

caráter ribeirinho de Belém

e o direito da população

viver com o rio.

Praça Siqueira Campos

Cartão postal da cidade de Belém é mais conhecida como

Praça do Relógio, por abrigar enorme relógio em seu centro. O

relógio mede 12 metros de altura, doado pelo intendente Antonio

Faciola. Consiste de quatro luminárias em um relógio central

importado da Inglaterra à época de sua construção

Page 18: Vem conhecer Belém, vem!

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Parque Mangal das Garças

O parque Mangal das Garças, “Mangal das Garças”, criado

nas margens do Rio Guamá, no centro histórico da capital, um dos

principais pontos turisticos de Belém, abriga um orquidário com mais

de 150 plantas. Não é só rica a biodiversidade do Mangal das Garças

que comete a ele o título de um dos pontos mais bonitos da cidade. A

paisagem do espaço ganha ainda mais graça e beleza com a presença

de obras de arte espalhadas por toda a sua extensão.

Praça da República

No inicio era o Largo da Campina, um terreno descampado que

ficava entre o bairro da Campina e a estrada que levava à ermida de

Nossa Senhora de Nazaré. Posteriormente foi construído um

armazém para se guardar pólvora. O espaço era usado para sepultar,

em cova rasa, escravos e pobres. Em homenagem ao imperador, lhe

deram o nome de Pedro II, mas continuava sendo um grande terreno

descampado.

Page 19: Vem conhecer Belém, vem!

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Em 1850 plantaram algumas árvores, mas de forma

desordenada. Com a inauguração do Teatro da Paz, em 1878, houve

uma urbanização modesta. Seu nome definitivo veio com a troca de

regime: Praça da República

Teatro da Paz

Page 20: Vem conhecer Belém, vem!

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Originalmente chamava-se Theatro Nossa Senhora da Paz, sua

nomenclatura foi modificada a pedido do Bispo da época, dom

Macedo Costa. Foi construído com dinheiro advindo do Ciclo da

Borracha e batizado de Teatro da Paz em alusão ao fim da guerra do

Paraguai, em 1870. Destacam-se, na decoração, materiais e objetos

trazidos da Europa.

Mercado de São Brás

É uma construção histórica

localizada na cidade de Belém, distante

do centro histórico. Foi erguido no

período de 1º de maio de 1910 a 21 de

maio de 1911, durante a época áurea

do Ciclo da Borracha Amazônica. Foi

construído em função da grande

movimentação comercial gerada pela

ferrovia Belém/Bragança e para

ampliar o abastecimento da cidade,

que até então ficava concentrado

apenas no mercado do Ver-o-Peso.

Basílica Nosa Senhora de Nazaré

Foi erguida em 1852 no mesmo lugar onde foi achada a

imagem da Santa pelo caboclo Plácido, às margens do igarapé

Murucutu. Durante o Círio, no 2º domingo de outubro, a imagem da

santa sai em transladação do Colégio Gentil até a Catedral e no dia

seguinte sai da Catedral e segue em procissão até a Basílica

Santuário.

Page 21: Vem conhecer Belém, vem!

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Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves

Uma área de preservação ambiental brasielira. Inaugurado em

1883, abriga mais de 80 mil espécies de flora e fauna e recebe, em

média, 20 mil visitantes por mês. Ganhou status de Jardim Botânico

em julho de 2002.

Page 22: Vem conhecer Belém, vem!

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Museu Emílio Goeldi

O Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi está

situado no centro urbano de Belém, com uma área de 5,2 hectares.

Foi fundado em 1895, sendo o mais antigo do Brasil no seu gênero.

Além de abrigar uma significativa mostra da fauna e flora

amazônicas, o Parque concentra as atividades educativas do Museu

Goeldi, tal como um laboratório para aulas práticas. Recebe

anualmente cerca de 200 mil visitantes. Reconhecido mundialmente

como uma das mais importantes instituições de investigação cientifica

sobre a Amazônia brasileira.

(Pesquisa realizada pelos alunos do CII 2º ano – 3º turno - sala 3)

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CULINÁRIA PARAENSE

A culinária paraense tem como sua maior influência na cultura

indígena e um pouco da portuguesa e africana.

Os ingredientes básicos são oriundos da exuberante natureza

da Amazônia, como camarão, caranguejo, marisco, peixe, aves, caça,

pato, todos temperados com folhas (maniva, coentro, chicória),

pimenta de cheiro e ervas, cozidos em panela de barro ou assados

em moquéns e embebidos de tucupi. Servidos em cuias, em casulos

de folhas de banana, em recipientes de barro e até toscas urupemas

dando um sabor agradabilíssimo aos pratos do Pará.

Chibé

Chibé ou Jacuba é um prato típico da culinária amazônica. É

uma bebida com um gosto levemente ácido. É feito misturando

farinha de mandioca e água. Os grãos de farinha incham (tufam),

resultando em uma textura semelhante a fubá (porém mais líquido

igual a mingau). Pode ser acompanhado de sal, pimenta ou outros

temperos salgados à gosto.

Page 24: Vem conhecer Belém, vem!

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Pato no tucupi

Ingredientes

3 kg de pato

6 litros de tucupi

6 maços de jambu

1 maço de alfavaca

1 maço de chicória do

norte

7 cabeças de alho

21 unidades de pimenta

de cheiro

Quanto baste de sal

5 unidades de limão

1/4 litro de vinho branco

Modo de fazer

Prepare o pato e lave em água corrente.

Em um recipiente prepare o "vinha d’alho" com o suco dos

limões, 03 cabeças de alho socadas, o vinagre de vinho branco, 01

pimenta de cheiro, sal e água. Tempere o pato no "vinha d’alho" e

deixe descansar de um dia para o outro na geladeira.

Asse os patos em forno médio por aproximadamente 90

minutos.

Em uma panela coloque para ferver o tucupi com 03 pimentas

de cheiro, 02 cabeças de alho, alfavaca, chicória e sal.

Após os patos esfriarem, cortá-los em pedaços.

Em uma panela coloque 02 litros do tucupi já temperado e

ferva os patos em pedaços, até ficarem bem macios. Para preparar o

jambu, separe as folhas com os talos mais tenros. Lave em água

Page 25: Vem conhecer Belém, vem!

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corrente. Em panela com água fervente e sal escaldar levemente o

jambu. Escorra e reserve.

Em um refratário colocar os pedaços de pato e cobrí-los com o

jambu e o restante do tucupi que não foi usado para amaciar os

patos.

O molho de pimenta de cheiro: as pimentas que restarem

devem ser amassadas com sal a gosto e 01 dente de alho socado,

completa com um pouco de tucupi quente.

O pato no tucupi é servido com arroz branco, farinha d’agua de

mandioca e molho de pimenta.

)

Maniçoba

Ingredientes

4 kg de maniva (cozida por 10 dias)

1/2 kg de charque

1/2 kg de toucinho

500 g de bucho de boi

500 g de costela

Page 26: Vem conhecer Belém, vem!

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300 g de bacon defumado

300 g de linguiça defumada

300 g de carne de porco

2 cebolas

4 dentes de alho

Pimenta-do-reino a gosto

Sal a gosto

4 folhas de louro

1 maço de cheiro verde

Modo de preparo

Em uma panela bem grande coloque a maniva pré-cozida e

acrescente os demais ingredientes: o charque, o bucho, o toucinho

(já escaldado) e depois acrescente o restante da receita e os

temperos (a cebola bem picadinha, o alho bem amassado, as folhas

de louro e a pimenta-do-reino) o cheiro verde deve ser colocado

quando estiver quase pronto. Deixe cozinhar bastante e acrescente

água de vez em quando. Cozinhar durante dois dias.

A maniçoba é servida com arroz branco.

Caruru

Ingredientes

100 quiabos

1 xícara de castanha de caju

100 g de amendoim torrado e

moído sem casca

2 xícaras de camarões

defumados, descascados e moídos

2 cebolas grande

2 xícaras de azeite de dendê

Page 27: Vem conhecer Belém, vem!

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3 limões

2 colheres de sopa de sal

4 xícaras de água quente

Pimenta

Gengibre e alho

Modo de fazer

Lavar os quiabos, enxugando bem para não formar baba

quando picado. Coloque os camarões secos e moídos, a cebola

ralada, alho, sal, castanha e amendoim para refogar no azeite de

dendê. Ponha os quiabos picados, a água e as colheres de sopa de

limão para cortar a baba. Adicione ainda alguns camarões secos,

inteiros e grandes. Cozinhe tudo até ficar pastoso. Quando os caroços

dos quiabos estiverem bem rosados, retire do fogo.

Tacacá

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Ingredientes:

2 litros de tucupi

4 dentes de alho

1 colher (chá) de sal

4 pimentas de cheiro

2 maços de jambu

1/2 kg de camarão salgado (seco)

1/2 xícara (chá) de goma de mandioca

Pimenta de cheiro

Modo de fazer

Coloque em uma panela o tucupi, tempere com alho, sal e

pimenta. Leve ao fogo e deixe levantar a fervura. A seguir baixe o

fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por 30 minutos.

Cozinhe o jambu em água quente, deixe cozinhar até os talos

ficarem macios, retire e escorra. Reserve.

Retire a cabeça do camarão e deixe de molho em uma vasilha

com água para retirar o sal.

Ferva 4 xícaras (chá) de água com sal a gosto, dissolva a goma

em uma vasilha com água fria. Acrescente ao poucos na água

fervendo, até ficar um mingau grosso, ou, ao ponto de sua

preferência.

Sirva em uma cuia nesta sequência: duas colheres de sopa de

tucupi, uma concha de goma, uma concha de tucupi, algumas folhas

de jambu e 5 camarões, sal e pimenta a gosto.

Vatapá

Ingredientes

1 kg de camarão salgado

1 garrafa pequena de leite de coco

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Cerca de 6 xícaras de trigo

1 garrafa pequena de azeite de dendê

Tomate, cebola, alho, pimenta a gosto

Cheiro verde

Modo de fazer

Descasque o camarão e guarde as cabeças e as cascas, depois

bata no liquidificador com um pouco de água (somete as cabeças e as

cascas). Em uma panela grande coloque o que foi batido no

liquidificador e coado, misture o trigo e mexa bem para não

empelotar. Leve ao fogo mexendo o tempo todo. Quando engrossar

coloque os camarões refogados e continue mexendo.

Coloque o leite de coco e o dendê, sempre mexendo.

Deixe engrossar bem.

Desligue o fogo e sirva com arroz branco.

Como refogar o camarão:

Coloque um fio de azeite na panela, a cebola, o tomate, o alho

e a pimenta e bastante cheiro verde, o camarão com um pouco de

dendê. Mexa até refogar e reserve.

Page 30: Vem conhecer Belém, vem!

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Pirarucu na casaca

Ingredientes

1 kg de pirarucu salgado.

1 lata pequena de azeite.

2 tomates picados, sem pele e sem sementes.

2 cebolas picadas.

Cheiro verde.

Pimenta de cheiro.

1 pacote de batata palha.

Banana da terra frita.

Farinha de mandioca.

Modo de fazer

Deixe o pirarucu de molho de véspera, frite em pedaços e

depois desfie.

Prepare uma salada com a cebola, o tomate, o cheiro-verde e a

pimenta, juntando o azeite e

sal a gosto.

Faça uma farofa com

um pouco de manteiga e a

farinha de mandioca e

reserve

Montagem:

Em um recipiente

adequado coloque toda a

farofa no fundo, depois todo

o refogado do peixe, depois

as bananas fritas e por

último a batata palha. Na hora de servir colocar por 10 minutos em

forno quente

Page 31: Vem conhecer Belém, vem!

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Açaí

Presente na mesa dos paraenses do café da manhã ao jantar,

hoje é forte representante da economia local, servido com farinha de

mandioca ou farinha de tapioca na cuia de açaí. Também utilizado no

almoço como prato principal, acompanhado de peixe, camarão ou

charque fritos. É encontrado em duas colorações: o açaí roxo e o açaí

branco, cuja polpa fornece um suco de cor creme claro.

Do açaizeiro ainda é produzido o palmito de açaí, extraído da

base da copa, bastante utilizado na culinária regional, em pratos

finos.

Arroz paraense

Ingredientes

500 gramas de arroz

300 gramas de camarão dessalgado

3 maços de jambu

500 ml de tucupi

Page 32: Vem conhecer Belém, vem!

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1/2cebola bem picada

Alho e azeite

Chicória e cheiro verde a gosto

Água de camarão

Modo de fazer

Dessalgue o camarão por 40 minutos em água fria trocando

duas vezes a água. Ferva as cascas e a cabeça do camarão.

Reserve a água fervida.

Se o camarão já estiver descascado, ferva o camarão

dessalgado.

Em uma panela, frite a cebola e o alho em azeite até dourar.

Junte o camarão escorrido, a chicória bem picada, o cheiro

verde e o jambu escolhido e lavado.

Frite um pouco mais até o jambu murchar um pouco

Acrescente o arroz.

Deixe dourar um pouco os grãos, acrescente o tucupi e o

restante de água para o cozimento (mais 500 ml de água).

O arroz deve ficar em ponto de risoto.

Page 33: Vem conhecer Belém, vem!

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Bolo de macaxeira

Ingredientes

5 a 6 macaxeiras médias cruas, cortadas em pedaços

2 xícaras de açúcar

3 colheres de sopa de manteiga

200 ml de leite de coco

1 xícara de leite

2 colheres de leite

2 colheres de sopa de trigo

3 ovos

50 gramas de coco ralado

Modo de fazer

Bata a macaxeira junto com o leite de coco e o leite de vaca no

liquidificador e reserve.

Bata também no liquidificador o açúcar, o trigo, a manteiga e

os ovos, misture com a macaxeira triturada. Acrescente o coco ralado

e mexa bem (reserve 1 colher de sopa de coco ralado para salpicar

Page 34: Vem conhecer Belém, vem!

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em cima do bolo antes de ir ao forno) Leve para assar em forno

médio, por aproximadamente 45 minutos.

Bolinho de piracuí

Ingredientes

1 kg de batata

250 gramas de farinha de peixe (piracuí) sem espinhas

2 ovos

1 maço de cebolinha picada

1 maço de salsa picada

1 maço de coentro picado

Pimenta de cheiro a gosto, picadas

Manteiga (para enrolar os bolinhos e para não grudar nas

mãos)

Azeite de oliva a gosto

Óleo para fritar

Modo de fazer

Cozinhe as batatas,

descasque-as e amasse com um

garfo até ficar com a

consistência de um purê.

Misture todos os

ingredientes na massa (inclusive

os ovos com clara e gema para

dar liga). Depois de misturar a

massa, passe manteiga nas

mãos e modele os bolinhos,

conforme sua criatividade.

Page 35: Vem conhecer Belém, vem!

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Em uma frigideira funda, coloque o óleo e deixe - o esquentar

bem. Adicione de 5 a 10 bolinhos para serem fritos, virando com

cuidado, apenas uma vez.

Pupunha recheada com cupuaçu

Ingredientes

30 pupunhas

Sal a gosto

500 g de doce de cupuaçu

100 g de castanha do pará triturada

60 forminhas de papel

60 tapetinhos para forrar as forminhas

Modo de fazer

Cozinhe as pupunhas com um pouco de sal

Deixe esfriar, descasque-as e corte-as ao meio

Recheie cada banda com uma colher o doce de cupuaçu

Cubra com castanha

Arrume-as nas forminhas forradas com o tapetinho

Page 36: Vem conhecer Belém, vem!

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Creme de cupuaçu

Ingredientes

2 latas de leite

condensado

2 latas de creme de leite

1 kg de polpa de cupuaçu

Modo de Fazer

Bata no liquidificador

todos os ingredientes, até ficar

uma mistura homogênea.

Experimente, se desejar

mais doce, acrescente mais 1 lata de leite condensado.

Deixar gelar bem.

Pudim de tapioca

Ingredientes

½ xícara de tapioca

granulada

½ l de leite

½ garrafa pequena

de leite de coco

1 pacote de 50 g de

coco ralado

1 lata de leite

condensado

3 ovos

Page 37: Vem conhecer Belém, vem!

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Modo de fazer

Levar ao fogo o leite e a tapioca, fazer um mingau e deixar

esfriar por completo.

Acrescentar o leite condensado e o coco ralado.

Bater os ovos no liquidificador com o leite de coco e misturar

com o restante dos ingredientes. Caramelizar a forma e assar em

banho-maria por aproximadamente 40 minutos.

Creme de bacuri

Ingredientes

1 , ½ de polpa de cupuaçu

1 lata de leite condensado

1 lata de creme de leite

1 copo (americano) de leite

Modo de fazer

Coloque tudo no liquidificador e bata bem.

Se preferir coloque um pouco de açúcar.

Coloque em uma vasilha e leve ao freezer para gelar.

Page 38: Vem conhecer Belém, vem!

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Pudim de açaí

Ingredientes

400 g de leite

400 g de leite condensado

400 g de açaí grosso

2 colheres de sopa de

amido de milho

6 ovos

300 g de açúcar

Farinha de tapioca para

decorar

Modo de fazer

Coloque o leite

condensado, o creme de leite, o

açaí, os ovos e o amido de milho no liquidificador. Derreta todo o

açúcar até virar um caramelo, mexendo para não grudar no fundo da

panela. Caramelize a forma. Adicione a mistura de açaí.

Leve ao forno pré-aquecido para assar em temperatura média

por 30 minutos. Deixe na geladeira por seis horas. Desenforme e

saboreie.

Tapioquinha

Ingredientes

½ kg de tapioca

Sal

Manteiga

Leite de coco

Açúcar

Coco fresco ralado

Page 39: Vem conhecer Belém, vem!

39

Modo de fazer

Peneire a tapioca e coloque um pouco de sal. Aqueça a

frigideira em fogo baixo.

Coloque uma camada fina de tapioca peneirada até cobrir o

fundo da frigideira. Quando as bordas começarem a soltar, vire o lado

e deixe mais um pouco no fogo. Retire da frigideira e sirva. Passe

manteiga e enrole ou molhe com leite de coco com açúcar ou recheie

com coco ralado e feche.

Creme de muruci (ou murici)

Ingredientes

500 ml de suco de muruci

2 latas de leite condensado

2 latas de creme de leite

Suco de 1 ou 2 limões

Page 40: Vem conhecer Belém, vem!

40

Modo de fazer

Colocar o suco de muruci no liquidificador e adicionar o creme

de leite e o leite condensado;

Bater e adicionar o suco de limão até o creme ganhar

consistência;

Levar ao freezer por 3 horas.

Torta de castanha-do-pará

Ingredientes

Massa

2 xícaras (chá) de farinha de trigo

3 colheres (sopa) de açúcar

1 pitada de sal

2 ovos

3 colheres (sopa) de manteiga

2 colheres (chá) de fermento químico em pó

Recheio

2 latas de leite condensado

2 gemas

Page 41: Vem conhecer Belém, vem!

41

1 xícara (chá) de leite

200 g de castanha-do-pará moída

1 colher (sopa) de amido de milho

Modo de fazer

Massa:

Coloque todos os ingredientes em uma tigela e misture com as

pontas dos dedos até formar uma massa lisa e homogênea. Abra com

um rolo de massa sobre superfície enfarinhada e forre o fundo e as

laterais de uma forma de aro removível (25 cm de diâmetro). Asse

em forno médio-alto (200ºC) até dourar por igual.

Recheio:

Leve todos os ingredientes ao fogo baixo, mexendo sempre, até

desprender das bordas da panela. Despeje o recheio morno sobre o

fundo de torta já assado. Sirva a torta gelada.

(Pesquisa realizada pelos alunos do CII 2º ano – 3º turno – sala 1)

Page 42: Vem conhecer Belém, vem!

42

São encontradas generosamente nos alagadiços dos rios, furos

e igarapés ou nos altos das terras firmes. Com mais de uma centena

de espécies comestíveis, são as frutas regionais as responsáveis

direto pelo indefinível, requintado e, muitas vezes, exótico sabor das

deliciosas sobremesas que enriquecem a mesa paraense.

Belém nos presenteia com uma variedade de frutas regionais o

ano todo. Confira e saboreie!

AÇAÍ

O açaí, também chamado de uaçaí, açaí branco, açaizeiro,

juçara, palmiteiro, palmito, piná... é uma palmeira que produz um

fruto babáceo de cor roxa muito utilizado na confecção de refrescos.

“Açaí” e “Uaçaí” são oriundos do tupi yasa, “fruta que chora”

numa alusão ao sumo desprendido pelo seu fruto. O açaí é um

alimento muito importante na alimentação dos paraenses.

FRUTAS REGIONAIS

Page 43: Vem conhecer Belém, vem!

43

ARAÇÁ

A Eugenia stipitata, conhecida popularmente como araçá-boi, é

uma planta pertencente à família Myrtaceae, originária da região

amazônica, adaptável ao clima tropical úmido. A planta é um arbusto

de até 3 metros de altura.

Seus frutos pesam de 30 a 300 g, com casca de cor amarelo

ouro bastante fina, com 4 a 10 sementes. A polpa é bastante ácida e

é utilizada para confecção de suco, sorvetes e geleias.

BURITI

Page 44: Vem conhecer Belém, vem!

44

O termo buriti é a designação comum das plantas dos gêneros

Mauritia, Mauritiella, Trithrinax e Astrocaryum, da família das

areacáceas.

Seu fruto, além de rico em vitaminas A, B e C, ainda fornece

cálcio, ferro e proteínas. Consumido tradicionalmente ao natural, o

fruto do buriti também pode ser transformado em doces, sucos,

picolé, licor, vinho, sobremesas e em ração de animais etc.

PUPUNHA

Bactris gasipaes Kunth, conhecida pelos nomes comuns de

pupunha, pupunheira e pupunha verde-amarela, é uma planta da

família Arecaceae (antiga Palmae). Pode crescer até 20 m e é

originária das florestas tropicais do continente americano. É muito

conhecida e consumida pelas populações nativas da América Central

até a floresta Amazônica, sendo há séculos utilizada na sua

alimentação.

Page 45: Vem conhecer Belém, vem!

45

BACABA

A bacaba, bacaba-açu ou bacaba verdadeira (Oenocarpus bacaba) é

uma palmeira nativa da Amazônia. Possui como habitat a mata virgem alta

de terra firme. Pode atingir até 20 metros de altura.

O fruto é arredondado, de casca roxa e polpa branco-amarelada, rica

em um óleo, de cor amarelo-clara, usado na cozinha. A polpa do fruto é

utilizada no preparo do “vinho de bacaba” um líquido de cor parda, servido

gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha d água. É menos popular

que o açaí. Usada para fazer sorvetes.

CUPUAÇU

Page 46: Vem conhecer Belém, vem!

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Cupuaçu é o fruto de uma

árvore originária da Amazônia

(Theobroma grdiflorum, família

Sterculiaceae), parente próximo do

cacaueiro. A árvore é conhecida

como cupuaçuzeiro, cupuaçueiro

ou cupu, é uma fruta

extremamente saborosa típica da

região norte brasileira. É muito

usada na culinária doce, azeda e

agridoce pelos nativos da

Amazônia.

TUCUMÃ

O tucumã é fruto de uma palmeira amazônica, de polpa

grudenta e fibrosa, segundo chaves (1947) é riquíssima em vitamina

A, tendo a vitamina 90 vezes mais que o abacate e 3 vezes superior a

da cenoura, possuindo também alto teor de vitamina B (tiamina) e

alto teor de vitaminas C, rivalizando com os cítricos.

Page 47: Vem conhecer Belém, vem!

47

MURUCI

O murici (Byrsonima crassifolia), também conhecido

como muruci, murici-da-praia ou murici-do-brejo, é uma árvore da

família Malpighiaceae, ordem Malpighiales, nativa do norte e nordeste

do Brasil.

Árvore frequente nas regiões de terrenos úmidos, próximos a

rios e lagoas. Existem outras espécies de murici, inclusive arbustos, e

a característica de todas elas é o fruto pequeno e comestível, de

sabor ácido.

PIQUIÁ

O Pequi (Pyqui em Tupi-

Guarani, pele, qui: ou seja, pele,

qui: espinhos), também chamado de

Piqui, Piquiá ou Pequiá; Caryocar

brasiliens. Dele é extraído um azeite

denominado azeite de pequi. Seus

frutos são também consumidos

Page 48: Vem conhecer Belém, vem!

48

cozidos, puros ou juntamente com arroz e frango. Seu caroço é

dotado de muitos espinhos e há necessidade de muito cuidado ao

roer o fruto. No Pará, o pequizeiro produz flores durante a estação da

seca, de agosto até outubro, e frutos de fevereiro até abril. As folhas

caem no início da floração e, às vezes, também durante a

frutificação.

TAPEREBÁ

O cajá é o fruto da cajazeira (Spondias mombin). É também

chamada de ambaló, ambaró, cajá-mirim, cajazinha, tapereba,

taperebá, taperibá ou tapiriba. Os frutos suculentos, amarelos,

azedos e aromáticos da cajazeira são muito apreciados para refrescos

e licores.

UXI

O Uxi (endopleura uchi) é uma árvore

alta da família das humiriáceas, nativa da

Amazônia. De tronco reto e liso, casca

cinzenta, de madeira de boa qualidade, folhas

denteadas e drupas comestíveis, com

sementes oleaginosas.

Page 49: Vem conhecer Belém, vem!

49

BACURI

Bacuri é uma das frutas mais populares da região norte e dos

estados vizinhos. Este fruto é utilizado na fabricação de doces,

sorvetes, polpa e seu látex tem uso medicinal. Tem polpa branca de

sabor intenso e aroma agradável.

GRAVIOLA

A graviola (Annona muricata) é uma planta originária das

Antilhas, onde se encontra em estado silvestre.

A graviola é uma árvore de pequeno porte e encontrada em

quase todas as florestas tropicais, com folhas verdes brilhantes e

flores amareladas, grandes e isoladas, que nascem no tronco e nos

ramos. Os frutos tem forma ovaladas, casca verde-pálida, são

grandes, chegando a pesar entre 750 gramas a 8 quilogramas e

dando o ano todo.

Page 50: Vem conhecer Belém, vem!

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CASTANHA-DO-PARÁ

É um fruto com alto teor calórico e proteico, além disso, contem

o elemento selênio que combate os radicais livres e muitos estudos o

recomendam para a prevenção do câncer.

Nativa das Guianas, Venezuela, Brasil. Ocorre em árvores

espalhadas pelas grandes florestas às margens dos rios. É muito

utilizada na culinária paraense.

(Pesquisa realizada pelos alunos do CII 2º ano – 3º turno – sala 6)

Page 51: Vem conhecer Belém, vem!

51

DANÇAS REGIONAIS

Cores, som, alegria, gingado e molejo estão presentes nas

danças regionais do Pará, de Belém!

CARIMBÓ

Carimbó é uma dança de roda do litoral do Pará, no Brasil. O

nome também se aplica ao tambor utilizado nesse estilo de dança. O

carimbó é considerado um gênero de dança de origem indígena,

porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras,

miscigenou-se, recebendo outras influências, principalmente negra.

Page 52: Vem conhecer Belém, vem!

52

LUNDUM MARAJOARA

O "Lundu" é uma dança de origem africana trazida para o Brasil

pelos escravos. A sensualidade dos movimentos já levou a Corte e o

Vaticano a proibirem a dança no século passado. No Brasil o "Lundu",

assim como o "Maxixe" foi proibido em todo Brasil por causa das

deturpações sofridas em nosso país. Mas, mesmo às escondidas, o

"Lundu" foi ressurgindo, mais comportado.

MARUJADA

Trata-se de um auto dramatizado onde predomina o canto

sobre a dança. Há uma origem comum entre a Marujada de Bragança

e a Irmandade de São Benedito. Quando os senhores brancos

atenderam ao pedido de seus escravos para a organização de uma

Irmandade, foi realizada a primeira festa em louvor a São Benedito.

Page 53: Vem conhecer Belém, vem!

53

Em sinal de reconhecimento, os negros foram dançar de casa em

casa para agradecer a seus benfeitores.

A Marujada é constituída quase exclusivamente por mulheres,

cabendo a estas a direção e a organização. Os homens são tocadores

ou simplesmente acompanhantes. Não há número limitado de

marujas, nem tão poucos há papéis a desempenhar. Nem uma só

palavra é articulada, falada ou cantada como auto ou como

argumentação. Não há dramatização de qualquer feito marítimo. A

Marujada de Bragança é estritamente caracterizada pela dança, cujo

motivo musical único é o retumbão.

Page 54: Vem conhecer Belém, vem!

54

SIRIÁ

O siriá é uma dança brasileira originária do município de

Cametá, localizado no estado do Pará. É considerada uma expressão

de amor, de sedução e de gratidão para os índios e para os escravos

africanos ante um acontecimento. Para eles é algo sobrenatural e

milagroso. O seu nome derivou-se de siri, influenciado pelo sotaque

dos caboclos e escravos da região. Os elementos são os mesmos

utilizados na dança do carimbó, porém com maiores e mais variadas

evoluções. O Siriá é um pássaro amazônico.

XOTE BRAGANTIN0

Dança de raiz europeia, foi trazida para o Pará pelos

portugueses, que a cultivavam assiduamente em todas as reuniões

festivas. De longe os escravos assistiam os movimentos e guardavam

na memória. Em 1798 quando em Bragança os escravos fundaram a

irmandade de São Benedito, a Marujada e o Xote foram

reaproveitados pelos escravos, tornando-se a mais representativa

dança da região.

Page 55: Vem conhecer Belém, vem!

55

SAMBA DO CACETE

O Samba do Cacete surgiu no município de Cametá. Esta dança

foi criada para mostrar a sensualidade da região, o nome se origina

devido ao instrumento que é usado para dar ritmo e marcação à

música, os cacetes, que são dois pedaços de pau que são batidos no

Curimbó, como forma de dar cadência ao ritmo.

RETUMBÃO

A festividade em devoção a São Benedito, em Bragança, deu

origem à Marujada, e com ela a mais conhecida e importante dança

folclórica da Marujada, o Retumbão. O Retumbão pode ser

considerado a dança favorita dos integrantes da Marujada de

Bragança.

A dança recebeu o nome de Retumbão devido ao entusiasmo

dos próprios portugueses que, ao ouvirem de longe o ritmo e a linha

melódica, diziam que tudo “retumbava”, elogiando a execução. A

orquestra da dança do Retumbão é composta de tambores grandes e

pequenos pandeiros, cuíca (onça), rabeca, viola, cavaquinho e

violino. Não há canto no Retumbão.

Page 56: Vem conhecer Belém, vem!

56

CHULA MARAJOARA

Uma dança cultural no ritual afro brasileiro. No Pará é cultivada

principalmente nas regiões onde se instalaram os negros escravos,

com mais frequência em Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, por

isso também a denominação de Chula Marajoara. É apresentada

Page 57: Vem conhecer Belém, vem!

57

durante todo o ano, principalmente nas épocas de festejos como na

quadra junina e comemoração a São Benedito e N. Srª do Rosário. É

uma dança exclusivamente feminina.

VAQUEIRO DO MARAJÓ

Dança dos Vaqueiros do Marajó, foi criada, a princípio, para

uma coreografia do professor Adelermo Mattos, utilizando uma

música das vaquejadas do Rio Grande do Sul, através de observações

dos movimentos corporais dos vaqueiros, na tentativa de laçar o boi.

A presença das mulheres é excluída dessa dança. Não há

coreografia definida. O que a carcteriza são os sons produzidos pelos

tamancos de madeira usados pelos dançarinos e os movimentos com

o laço, como se fosse laçar um boi.

(Pesquisa realizada pelos alunos do CII 2º ano – 3º turno – sala 2)

Page 58: Vem conhecer Belém, vem!

58

A LÍNGUA QUE A GENTE FALA

Na cidade das mangueiras é comum ouvirmos as expressões:

Égua! Pai d´égua, murrinha, mana, maninha... e por aí vai! É a

língua que se fala por aqui, denominado de dicionário “papa xibé”!

No dicionário ”papa xibé” são usadas, na maioria das vezes,

palavras da língua portuguesa que já existem, mas adquirem outro

significado.

Ao estudarmos nosso modo de falar foi possível perceber o

quanto ele está presente em nosso dia a dia.

Eis algumas palavras da “língua” que a gente fala!

Agasalhar: guardar, proteger.

Alembrar: lembrar.

Apresentado: atrevido, enxerido.

Arredar: afastar.

Arreparar: reparar, observar, tomar conta.

Arremedar: imitar.

Assanhado: bagunçado, mal arrumado, não penteado.

Avacalhado: Desajeitado, mal arrumado, bagunçado.

Avoado: distraído, aquele que anda com a cabeça no ar.

Axí: interjeição depreciativa; significa desdém, nojo, repulsa

Azucrinar: exasperar, apoquentar, irritar, enfurecer,

aborrecer.

...

Page 59: Vem conhecer Belém, vem!

59

Bafo: mau hálito.

Baldear: vomitar.

Baque: pancada, machucado.

Beiju: bolo feito de massa de mandioca ou de tapioca.

Bença: benção.

Benjamin: adaptador de tomadas.

Bichinho: forma de tratamento que traduz afeto e carinho.

Bocada: mordida.

Boia: comida.

Bora logo: vamos embora.

Boró: dinheiro trocado.

Bombom: balinha.

Breguesso: coisa sem maior valor.

Buiado: Endinheirado.

...

Caba: espécie de inseto (vespa)

Cagoeta: fofoqueiro, aquele que não sabe guardar segredo,

dedo-duro.

Calombo: inchaço, tumefação, elevação na pele.

Candinha: faladora, fofoqueira.

Cangote ou Cogote: pescoço.

Caninga: má sorte, azar.

Carambela: cambalhota.

Carapanã: pernilongo, mosquito.

Page 60: Vem conhecer Belém, vem!

60

Casco: canoa pequena, feita de uma só peça de tronco cavado,

sendo que o tripulante ou canoeiro senta na popa.

Catinga ou Inhaca: fedor, mau-cheiro, odor forte e

desagradável, normalmente proveniente das axilas de quem não

toma banho.

Causo: caso, fato, anedota.

Cemitério ou jogo de cemitério: queimada

Charque: carne seca, jabá.

Cisma: desconfiança, inquietação, preocupação.

Cocorote ou coque: Um leve soco com a falange dos dedos na

cabeça; o mesmo que cascudo.

Cuíra: inquieto, traquino, curiosidade, desejo, inquietação,

gastura, impaciência.

...

Danação: diabrura, travessura de criança.

Disque: o mesmo que “diz que” ou “dizem que”.

Derrubar: cagoetar, entregar, dedurar.

Despombalecido: estado de moleza e cansaço, fraqueza,

enfermidade.

...

Égua: expressão de admiração, insatisfação, raiva, alegria,

espanto, tristeza etc.

Embrabecer: enfurecer-se, ficar brabo, aborrecido.

Encafifar: encabular-se, envergonhar-se, intrigar-se.

Encarnar: Zoar ou tirar sarro com outra pessoa.

Empiriquitada: faceira, moça bem arrumada.

Page 61: Vem conhecer Belém, vem!

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Eras de ti: diz-se para alguém quando se está chateado.

Esbandalhar ou escangalhar: quebrar, destruir.

Espiar: olhar, ver.

...

Facada: algo muito caro.

Farinhar: Fazer ou vender farinha.

Feridento: cheio de feridas.

Forquilha: vara aforquilhada para impulsionar a canoa.

Frito: estar em dificuldade, ferrado.

...

Gambiarra: coisa mal feita, improvisada.

Gastura: mal-estar, angústia.

Gito ou Gitito: pequeno, miúdo.

Gororoba: comida mal feita ou de má qualidade.

Guariba: tosse forte e violenta, às vezes sufocante.

...

Igaçaba: pote de barro, de boca larga, servindo para depósito

de água e de farinha.

Igarité: embarcação grande, de madeira, impulsionada a remo

ou motor.

Ilharga: ao lado, próximo.

Page 62: Vem conhecer Belém, vem!

62

Inhambu ou Nambu: designação comum às aves

tinamiformes da família dos Tinamídeos, parecem com galinhas.

...

Jararaca: cobra venenosa, porém mansa; pessoa de gênio

forte.

Jerimum ou Jurumum: abóbora; fruto da aboboreira.

Jia: tipo de anfíbio pequeno e de pele fria.

Joça: porcaria; coisa sem valor; interjeição exclamativa de

aborrecimento.

Jururu: triste, melancólico, quieto, adoentado, abatido.

...

Lá no canto: Lá na esquina.

Leso: idiota, maluco, doido.

Lerdeza: patetice, lentidão, malemolência.

Levou o farelo: se deu mal.

Lorota: mentira, conversa fiada.

...

Macaxeira: o mesmo que aipim. Não é venenosa como a

mandioca.

Macaca: mesmo que brincadeira de amarelinha.

Maciota: sem esforço, na tranquilidade.

Page 63: Vem conhecer Belém, vem!

63

Maldar: fazer mal juízo, pensar mal de alguém.

Malinar: irritar, travessuras, judiar, fazer maldade com

alguém.

Mandioca: Planta leitosa, com tubérculos em amido. Algumas

espécies são venenosas e servem para fazer farinha de mesa.

Manemolência: moleza, indisposição, fraqueza.

Maninho: colega, amigo, companheiro.

Marimbondo: inseto dotado de ferrão da espécie menóptero. É

um tipo de caba, vespa.

Maruim: inseto de picada dolorosa.

Matuto: desconfiado, acaboclado, acanhado, tímido; aquele

que vive no mato.

Mijada: chamada de atenção.

Mucuim: inseto cuja picada provoca forte coceira.

Molongó: adoentado, fraco, abatido.

Mordido: estressado; puto; com raiva.

Moroçoca ou Muriçoca: mosquito de picada dolorida.

Mundiar: encantar, atrair, seduzir.

Mufino: adoentado, enfraquecido, mole, abatido, cansado, sem

ânimo, triste.

Murrinha: quebreira, preguiça, tédio, indisposição, moleza.

...

Ovada: mulher grávida, estado de gestação.

Ouriçada: diz-se da menina assanhada ou fogosa, que está no

auge da puberdade.

...

Page 64: Vem conhecer Belém, vem!

64

Pai-d’égua: algo excelente, ótimo, muito bom.

Panela: dente acariado, estragado.

Panema: infeliz, azarado, sem sorte na caça, na pesca e na

vida.

Papa-chibé: paraense autêntico; aquele que se alimenta de

chibé (água e farinha).

Papeira: o mesmo que caxumba ou parotidite. Doença causada

pela inflamação das glândulas parótidas.

Pareceiro: parceiro; qualquer um.

Paresque: parece que.

Parideira: mulher que tem muitos filho.

Passamento: mal estar ou tontura que pode levar a pessoa ao

desmaio.

Pão careca: nome dado ao pão francês de massa grossa.

Pavulagem: faceirice, convencimento, metidez, frescura,

pedante, pretencioso.

Pegar o beco: ir embora.

Peraí: espere.

Pequena: menina, moça, namorada, mulher. Termo muito

usado na cidade de Cametá.

Pira: sarna, ferida. Brincadeira de criança, tipo pira-alta, pira

esconde.

Pissica: má sorte; desejar o azar do outro; torcer contra.

Potoca: mentira, conversa fiada, papo furado.

Prenha: grávida.

...

Page 65: Vem conhecer Belém, vem!

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Quebranto: mal-olhado.

Quem-te-dera: ser lendário que costuma encantar homens e

usá-los como montaria a noite inteira.

Ralhar: chamar atenção , brigar ou chamar para conversar.

Refastelar: descansar, distrair-se.

Reinar: malinar, irritar, provocar.

Remendo: conserto ou costura de uma roupa.

Riba: acima de, em cima de.

...

Saído: esperto, saliente, enxerido, intrometido.

Sagica: rijo, duro.

Sapecar: jogar fora, atirar para longe.

Sarará: mestiço, arruivado; pequeno caranguejo.

Sassariqueira: assanhada, alegre.

Sereno: brisa fria após a chuva.

Seboso: sujo, porcalhão, sem higiene.

Selado: certo, confirmado, sacramentado.

...

Tabefe: tapa estalado; bofete.

Teba: grande, forte, avantajado.

Page 66: Vem conhecer Belém, vem!

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Topada: tropeço, pancada no pé.

Toró: chuva muito forte.

Travessa: tiara; arco usado para enfeitar os cabelos.

Tuíra: sujo, ressequido (pelo sol e pela lama).

...

Ubá: embarcação indígena sem quilha e sem banco, construída

de um só lenho, escavado a fogo ou de uma casca inteiriça de árvore

cujas extremidades são amarradas com cipó.

Urupema: espécie de peneira de fibra vegetal usada na

culinária.

...

Visagem: espírito, alma penada, assombração.

Visgo: rastro.

Vixi: Espanto.

Voadeira: lancha, embarcação aquática veloz movida a motor.

Xarão: tabuleiro de alumínio; fôrma de alumínio retangular.

Zinho: pequeno, inferior.

(Pesquisa realizada pelos alunos do CII - 2º ano – 3º turno – sala 5)

Page 67: Vem conhecer Belém, vem!

67

LENDAS AMAZÔNICAS

A região amazônica sempre foi povoada por mitos e seres

mágicos. As lendas amazônicas sempre foram contadas em rodas de

conversa ou à beira de um rio.

Os alunos fizeram pesquisa de algumas lendas amazônicas e

releitura através de desenhos.

LENDA DO AÇAÍ

Antes de existir a cidade de Belém do Pará, na Amazônia, uma

tribo muito numerosa ocupava aquela região. Os alimentos eram

escassos e a vida tornava-

se cada dia mais difícil com

a necessidade de alimentar

todos os índios da tribo. Foi

aí que o cacique da tribo,

chamado Itaki tomou uma

decisão muito cruel. Ele

resolveu que a partir

daquele dia todas as

crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento de

índios da sua tribo.

Um dia, no entanto, a filha do cacique, que tinha o nome de

IAÇÃ, deu a luz uma linda menina, que também teve de ser

sacrificada. IAÇÃ ficou desesperada e todas as noites chorava de

saudade de sua filhinha.

Durante vários dias, a

filha do cacique não saiu de

sua tenda. Em oração, pediu

a Tupã que mostrasse ao seu

pai outra maneira de ajudar

Page 68: Vem conhecer Belém, vem!

68

seu povo, sem ter que sacrificar as pobres crianças. Depois disso,

numa noite de lua, IAÇÃ ouviu um choro de criança. Aproximou-se da

porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta

palmeira. Ficou espantada com a visão, mas logo depois, lançou-se

em direção à filha, abraçando-a. Misteriosamente a menina

desapareceu.

IAÇÃ ficou inconsolável e chorou muito até desfalecer. No dia

seguinte, seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira.

No rosto de IAÇÃ havia um sorriso de felicidade e seus olhos negros

fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos

escuros.

O cacique Itaki então mandou que apanhassem os frutos em

alguidar de madeira, os quais

amassaram e obtiveram um

vinho avermelhado que foi

batizado de AÇAÍ, em

homenagem a filha IAÇÃ.

Com o açaí, o cacique

alimentou seu povo e, a partir

deste dia, suspendeu sua

ordem de sacrificar as crianças.

LENDA DA MANDIOCA

De acordo com a lenda,

uma índia tupi deu a luz a uma

indiazinha e a chamou de Mani.

A menina era linda e

tinha a pele bem branca. Vivia

feliz brincando pela tribo. Toda

tribo amava muito Mani, pois

Page 69: Vem conhecer Belém, vem!

69

ela sempre transmitia muita felicidade por onde passava. Porém, um

dia Mani ficou doente e toda tribo ficou preocupada e triste. O pajé foi

chamado e fez vários rituais de cura e rezas para salvar a querida

indiazinha, mas nada adiantou e a menina morreu.

Os pais de Mani resolveram enterrar o corpo da menina dentro

da própria oca, pois esta era a tradição e o costume cultural do povo

indígena tupi. Os pais regaram o local, onde a menina tinha sido

enterrada, com água e muitas

lágrimas.

Depois de alguns dias da

morte de Mani, nasceu dentro

da oca uma planta cuja raiz

era marrom por fora e bem

branquinha por dentro (da cor

de Mani). Em homenagem a filha, a mãe deu o nome de Maniva à

planta. Os índios passaram a usar a raiz da nova planta para fazer

farinha e uma bebida (cauim). Ela ganhou o nome de mandioca, ou

seja, uma junção de Mani (nome da indiazinha morta) e oca

(habitação indígena).

LENDA DO MAPINGUARI

O Mapinguari é uma

Lenda derivada de algumas

Lendas dos índios da Região

Amazônica. Os caboclos

contam que dentro da

floresta vive o Mapinguari,

um gigante peludo com um

olho na testa e a boca no

umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma

Page 70: Vem conhecer Belém, vem!

70

armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual

ao couro de jacaré.

Segundo esta Lenda, alguns índios ao atingirem uma idade

mais avançada evoluiriam e transformariam-se em Mapinguari e

passariam a habitar o interior das florestas passando a viver apenas

no seu interior e sozinhos. Há também quem diga que seus pés têm o

formato de uma mão de pilão. O Mapinguari emite uns gritos

semelhantes ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele

logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A

criatura é selvagem e não teme nem caçador, porque é capaz de

dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Os ribeirinhos

amazônicos contam muitas histórias de grandes combates entre o

Mapinguari e valentes caçadores.

O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que

conseguem sobreviver, muitas vezes ficam aleijados ou com terríveis

marcas no corpo para o resto de suas vidas. Há quem diga que o

Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para

dormir. Quando anda pela mata, vai gritando, quebrando galhos e

derrubando árvores, deixando um rastro de destruição. Outros

contam que ele só aparece nos dias santos ou feriados. Dizem que

ele só foge quando vê um Bicho-preguiça.

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A LENDA DO UIRAPURU

Havia na floresta duas índias que eram amigas inseparáveis,

uma se chamava Moema a outra Jussara. Um dia a tribo fez uma

festa para o novo chefe, Peri.

Moema e Jussara ficaram muito

impressionadas com o rapaz.

Apaixonadas, amavam em

segredo, falavam da paixão que

sentiam sem dizer uma à outra

o nome do rapaz.

Um dia descobriram que estavam apaixonadas pela mesma

pessoa. A amizade entre elas era tão grande que resolveram superar

o ciúme, o medo e decidiram que ele é quem escolheria uma das

duas.

A Aldeia começou perceber o que acontecia com as meninas, o

Xamã conversou com elas e resolveu contar ao chefe o que se

passava.

Peri ficou surpreso com o amor das índias e respondeu ao Xamã

que gostava de ambas. O Xamã lhe perguntou o que pretendia fazer.

“Vou decidir na Floresta, aquela que acertar em pleno voo o

pássaro que eu escolher, será a rainha do meu coração.”

No dia seguinte, foram para a floresta. Peri escolheu um

pássaro branco, as índias dispararam suas flechas. O pássaro caiu no

solo com uma flecha no peito.

As flechas foram marcadas, a

vencedora foi Jussara que se

casou com Peri. Moema então

se sentiu desamparada, não

tinha sua amiga, nem seu

Page 72: Vem conhecer Belém, vem!

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amor. Muito infeliz, foi

para floresta chorar.

Tupã compadecido

dela transformou-a num

pássaro que não

chamava muito atenção.

Ela escolheu voar para o

norte da Amazônia,

vivendo longe da

felicidade da amiga. Tupã mais uma vez compadecido do sofrimento

de Moema, deu-lhe um canto maravilhoso e disse: “De agora em

diante você será Uirapuru – o pássaro que não é pássaro- seu canto

vai espantar a sua tristeza e a do mundo. Seu canto é tão belo que

todos os pássaros se calam para ouvi-lo cantar”.

LENDA DA COBRA GRANDE

A Cobra grande é uma lenda amazônica que fala de uma

imensa cobra, também chamada Boiuna, que cresce de forma

desmensurada e ameaçadora, abandonando a floresta e passando a

habitar a parte profunda dos rios. Ao rastejar pela terra firme, os

sulcos que deixa se transformam nos igarapés.

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Conta a lenda que a cobra-grande pode se transformar em

embarcações ou outros seres. Aparece em numerosos contos

indígenas. Um deles

conta que em certa tribo

indígena da Amazônia,

uma índia, grávida da

Boiuna, deu à luz a duas

crianças gêmeas. Uma

delas, má, atacava os

barcos, naufragando-os.

Esta história

tornou-se célebre no

poema Cobra Norato, de Raul Bopp, sendo encenado inclusive, em

teatros de vários países. A verdadeira cobra grande.

A sucuriju ou sucuri é a temida anaconda da Amazônia: seu

comprimento pode atingir mais de 10 metros. Mata suas presas

apertando-as até a morte.

Celebrizada nos filmes de terror, é temida pela população

ribeirinha, pois habita as áreas inundáveis e é dotada de grande

força, sendo capaz de neutralizar qualquer tentativa de defesa da

vítima.

LENDA DO BOTO

Durante as festas juninas, a população ribeirinha da região

amazônica celebra

estas festas dançando

quadrilha, soltando

fogos de artifício,

fazendo fogueiras e

degustando alimentos

típicos da região.

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Reza a lenda que é quando o boto-cor-de-rosa sai do rio

transformando-se em um jovem elegante e belo, beberrão e bom

dançarino, muito bem vestido trajando roupas, chapéu e calçados

brancos. O chapéu é utilizado para ocultar (já que a transformação

não é completa) um grande orifício no alto da cabeça, feito para o

boto respirar. É graças a este fato que, durante as festividades de

junho, quando aparece um rapaz usando chapéu, as pessoas lhe

pedem para que ele o retire no intuito de se certificarem de que não

é o boto que ali está.

A tradição amazônica diz que o boto carrega uma espada presa

ao seu cinto, mas que, no fim da madrugada, quando é chegada a

hora de ele voltar ao leito do rio, é possível observar que todos seus

acessórios são, na verdade,

outros habitantes do rio. A

espada é um poraquê (peixe-

elétrico), o chapéu é uma

arraia e, finalmente, o cinto e

os sapatos são outros dois

diferentes tipos de peixes.

Este desconhecido e

atraente rapaz conquista com

facilidade a mais bela e desacompanhada jovem que cruzar seu

caminho e, em seguida, dança com ela a noite toda, a seduz, a guia

até o fundo do rio, onde, por vezes a engravida e a abandona. Por

isso, as jovens eram alertadas por mulheres mais velhas para terem

cuidado com os galanteios de homens muito bonitos durante as

festas, tudo pra evitar ser seduzida pelo infalível boto e a

possibilidade de tornar-se, por exemplo, uma mãe solteira e, assim,

virar motivo de fofocas ou zombarias. O boto ou Uauiara, também

é conhecido por ser uma espécie de protetor das mulheres, cujas

embarcações naufragam. Muitas pessoas dizem que, em tais

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situações, o boto aparece

empurrando as mulheres

para as margens do rio, a

fim de evitar que elas se

afoguem, as intenções

disso até hoje não são

muito conhecidas...

Assim sendo, na

região norte do Brasil,

quando as pessoas desejam justificar a geração de um filho fora do

casamento, ou um filho do qual não se conhece o pai, é comum ouvir

que a criança é filha do boto.

LENDA DO CURUPIRA

O Curupira gosta de

sentar na sombra das

mangueiras para comer os

frutos. Lá fica entretido ao

deliciar cada manga. Mas se

percebe que é observado, logo

sai correndo, e numa velocidade

tão grande que a visão humana

não consegue acompanhar.

Page 76: Vem conhecer Belém, vem!

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"Não adianta correr atrás de um Curupira", dizem os caboclo

"porque não há quem o alcance".

A função do curupira é proteger as árvores, plantas e animais

das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e

pessoas que destroem as matas de forma predatória.

Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons

e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusóras

e assustadoras para espantar os "inimigos das florestas".

A LENDA DA MATINTA PEREIRA

De acordo com a lenda,

uma forma de não ser

perturbado pela Matinta seria

oferecendo a ela, no dia

seguinte, algum tipo de

alimento e tabaco (fumo).

Desta forma ela deixaria de

assustar as pessoas da casa,

parando de assoviar. Caso

contrário, ficaria assoviando

todas as noites nas proximidades da casa.

Em algumas regiões do Norte do Brasil, a Matinta aparece com

um pássaro escuro que a

ajuda a assustar as

pessoas, assoviando de

forma assustadora e

levando azar por onde

passa. Em outras versões

da lenda, ela possui a

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capacidade de se transformar em um pássaro.

Diz ainda a lenda que, a única forma de aprisionar a Matinta é

executando alguns rituais: enterrar no chão (local onde passa a

Matinta), à meia-noite, uma tesoura aberta com um terço e uma

chave. Quando a Matinta passar

por cima ficará presa.

A Matinta Pereira,

também chamada de Matinta

Perera, é mais uma lenda do

rico e interessante folclore da

região amazônica brasileira. Foi

possivelmente criado há muitos

anos atrás e é passado de

geração para geração até os

dias de hoje.

LENDA DO GUARANÁ

No meio da floresta Amazônica, viviam os índios Maués e entre

eles um casal jovem muito feliz e amado pela tribo. Porém, a

felicidade do casal era abalada pela tristeza de não terem filhos.

Aconselhados pelo pajé,

resolveram buscar ajuda de

Tupã e pediram-lhe então, a

graça de poder terem um

filho. Meses depois, a índia

deu a luz a um menino.

O pequeno índio crescia

saudável e feliz. Era muito

querido por todos, pois era

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muito bondoso, criativo, prestativo e cheio de alegria. O curumim era

a verdadeira sensação da tribo e sua família muito admirada.

A fama do curumim se espalhou pela floresta e chegou ao

conhecimento de Jurupari, um espírito do mal. Jurupari cheio de

inveja passou a acompanhar o pequeno índio. Como podia ficar

invisível, ninguém o via.

Certo dia, o curumim saiu sozinho para colher frutos na

floresta. Jurupari aproveitou-se da ocasião e transformou-se numa

serpente venenosa que picou o menino. O pequeno índio morreu

quase instantaneamente. O veneno da serpente era muito poderoso

para o seu frágil corpinho de criança. Preocupados com a demora do

curumim, vários índios da aldeia partiram para a floresta para

procura-lo.

Quando encontraram o menino todos lamentaram o ocorrido.

Neste momento, raios e trovões caiam do céu. Os índios diziam ser o

lamento de Tupã. A tristeza pairou sobre a aldeia. A mãe do curumim

morto recebeu uma mensagem de Tupã dizendo que deviam plantar

os olhos da criança. Os índios obedeceram ao pedido da mãe e

plantaram os olhos do curumim. Algum tempo depois no lugar em

que haviam sido enterrados os olhos da criança, brotava uma linda

plantinha, o Guaraná, com fruto vermelho e que por dentro pareciam

os olhos do menino.

(Pesquisa e desenhos realizados pelos alunos do CII - 2º ano – 3º turno – sala 4)

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BELÉM EM VERSOS E QUADRAS

Os pontos turísticos de Belém inspiraram os alunos da EJA, 2ª

Totalidade, que embalados pela poesia, criaram quadras poéticas e

um poema “pai d égua”!

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(Atividade realizada pelos alunos da EJA – 2ª Tot. 4º turno)

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Usando Uma linguagem bem paraense, os alunos da EJA, 1ª

Totalidade, soltaram a imaginação, pegaram um “casco” e partiram

rumo a construção do conhecimento.

“Espiem” o texto coletivo da turma:

(Atividade realizada pelos alunos da EJA, 1ª Tot. 4º turno.)

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DECLARANDO NOSSO AMOR POR BELÉM

Para declararem o amor que sentem por Belém de 400 anos,

por estarem fazendo parte da história desta cidade, os alunos criaram

expressões de amor! Deram asas à imaginação!

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(Atividades realizadas por alunos do CI e CII 1º e 2º anos - 3º turno)

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BIBLIOGRAFIA

PAIVA, Renata

História: Pará. São Paulo: Ática, 2004.

http://www.portalamazonia.com.br

http://folcloredopara.blogspot.com.br

https://www.google.com.br

http://dancas-tipicas.info/regiao-norte.html

https://artepapaxibe.wordpress.com

http://www.istoeamazonia.com.br/

http://lendasamazonicas2009.blogspot.com.br/

https://www.youtube.com