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3 Janeiro/abril - 2015 Editorial Para sermos espíritas, precisamos co- nhecer os verdadeiros objetivos da Doutrina. Entre eles, o mais importante é a “transforma- ção moral do ser humano”. Quase tudo será em vão, se esse objetivo não for alcançado. O Espiritismo poderá substituir as religiões, mas se não converter a sociedade às Leis de Deus terá fracassado, como fracassaram as crenças substituídas. O modelo das práticas doutrinárias precisa ser imediatamente repensado, antes que se dê o congelamento de hábitos perniciosos que já reduzem perigosamente a beleza e a pureza dos princípios trazidos pelos benfeitores. Fracos espiritualmente em suas convicções, muitos reprodu- zem ações típicas de uma sociedade viciada e competitiva que está levando o Planeta ao caos. Na crepitante fogueira das vaidades, alguns oradores se subs- tituem na tribuna com reluzentes ternos e gravatas importados para apresentarem shows ensaiados, cujo único fim é a promoção de si próprios. Outros, em triste espetáculo de falta de humildade, não aprofundam questões, não estudam, falam improvisadamente usan- do a aparência dos simples. Também não têm compromisso com os sagrados ideais do Espiritismo. O que dizer das noites de autógrafos de obras de qualidade inferior e autores desconhecidos, a que muitos, cegos de espírito, acorrem, prestigiando o exibicionismo incontrolável de seus promo- tores? Dirigentes, ensombreados pelo orgulho, tornam-se proprie- tários das casas que dirigem. Não consultam ninguém, desconhecem comezinhos conceitos de convivência cristã e infestam de parentes e amigos os principais cargos e conselhos para não perderem as elei- ções. Usam mal os recursos da instituição e fazem de tudo para que pessoas equilibradas busquem outras casas, para dominarem sem re- sistência. Inequivocamente, há expressivo número de espíritas lúcidos e cristianizados que precisam, sem medo, falar, escrever e documentar esses fatos para amplo trabalho de desmascaramento como afirma São Luís em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Cap. X, item 21: “Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas.” Deus ou Mamon ?

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3 Janeiro/abril - 2015

Editorial

Para sermos espíritas, precisamos co-nhecer os verdadeiros objetivos da Doutrina. Entre eles, o mais importante é a “transforma-ção moral do ser humano”. Quase tudo será em vão, se esse objetivo não for alcançado. O Espiritismo poderá substituir as religiões, mas

se não converter a sociedade às Leis de Deus terá fracassado, como fracassaram as crenças substituídas.

O modelo das práticas doutrinárias precisa ser imediatamente repensado, antes que se dê o congelamento de hábitos perniciosos que já reduzem perigosamente a beleza e a pureza dos princípios trazidos pelos benfeitores.

Fracos espiritualmente em suas convicções, muitos reprodu-zem ações típicas de uma sociedade viciada e competitiva que está levando o Planeta ao caos.

Na crepitante fogueira das vaidades, alguns oradores se subs-tituem na tribuna com reluzentes ternos e gravatas importados para apresentarem shows ensaiados, cujo único fim é a promoção de si próprios. Outros, em triste espetáculo de falta de humildade, não aprofundam questões, não estudam, falam improvisadamente usan-do a aparência dos simples. Também não têm compromisso com os sagrados ideais do Espiritismo.

O que dizer das noites de autógrafos de obras de qualidade inferior e autores desconhecidos, a que muitos, cegos de espírito, acorrem, prestigiando o exibicionismo incontrolável de seus promo-tores?

Dirigentes, ensombreados pelo orgulho, tornam-se proprie-tários das casas que dirigem. Não consultam ninguém, desconhecem comezinhos conceitos de convivência cristã e infestam de parentes e amigos os principais cargos e conselhos para não perderem as elei-ções. Usam mal os recursos da instituição e fazem de tudo para que pessoas equilibradas busquem outras casas, para dominarem sem re-sistência.

Inequivocamente, há expressivo número de espíritas lúcidos e cristianizados que precisam, sem medo, falar, escrever e documentar esses fatos para amplo trabalho de desmascaramento como afirma São Luís em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Cap. X, item 21:

“Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisiae a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia

um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas.”

Deus ou Mamon?

4 Janeiro/abril - 2015

Muitos religiosos, historiadores, pensadores de todos os tempos defi -nem a personalidade de Jesus como a de um homem por vezes inseguro, irônico, amasiado com Maria Madalena, com problemas de relacionamento com Sua mãe, que viveu dilemas e crises como qualquer um de nós.

Jesus nasceu pobre, no seio de um obscuro povo ignorado e escravi-zado. Elegeu pessoas sem infl uência política ou posses materiais para o seu apostolado. Seus seguidores foram perseguidos por séculos, vítimas dos circos romanos, das torturas, das guerras, das invasões bárbaras. Seu legado, a Verdade, sofreu distorções motivadas por interesses institucio-nais mesquinhos e traduções imperfeitas da Bíblia, a despeito de tudo e de todos, Ele permanece vivo e cada vez mais presente em nossas mentes.

Temos em Jesus Cristo um verdadeiro prodígio. A História é ainda in-cipiente e silenciosa. Mesmo assim, é a personagem mais estudada e bio-grafada em todas as épocas. Jesus não nasceu, não morreu, não viveu como um mero homem.

Sejamos então objetivos e racionais! Em “O Livro dos Espíritos”, q. 100 (escala espírita), temos que os espíritos puros são os que atingiram o grau supremo da perfeição; q. 113, está dito que os espíritos puros não passam por provas ou expiações e não estão sujeitos à reencarnação; q. 170 afi rma que o espírito alcança a condição de pureza depois da sua última encar-nação; na clássica q. 625, Jesus foi o Enviado de Deus para nos servir de guia e modelo.

Na monumental obra “O Consolador”, de Emmanuel, temos nas ques-tões 12, 23, 39, 76 referências sobre a responsabilidade do Cristo e de Seus prepostos na criação e gestão da Terra. Destacamos a q. 85, “Jesus foi o Divino Escultor da obra geológica do Planeta”.

Em “A Gênese”, Allan Kardec, cap. XV, afi rma que Jesus como espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da corporal. Emmanuel, em “A caminho da Luz”, cap. I, registra que Jesus é Membro Divino de uma “Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos”, responsáveis pela criação e administração do Sistema Solar. André Luiz, em “Evolução em dois Mundos”, cap. III, fala que alcançamos a idade da razão e, portanto, a condição de homem há mais ou menos 200 mil anos, em consonância com as teses científi cas. No cap. VI, temos que o princípio inteligente levou, desde os vírus e as bactérias, mais ou menos 15 milhões de séculos (1,5 bilhão de anos) para chegar à condição de ser pensante em fase primitiva.

A idade do Planeta, pelas datações radiométricas de meteoritos é de aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Assim, muito antes do surgimento da Terra Jesus já se encontrava puro. Matematicamente fi ca a certeza de que, apesar de toda a evolução que galgamos, como seres do reino hominal, es-tamos mais próximos em termos evolutivos dos seres unicelulares do que

Muitos religiosos, historiadores, pensadores de todos os tempos defi -

Espíritas!Não reduzam Jesus à nossa pequenez

5 Janeiro/abril - 2015

“Pode o clero atribuir ao demônio a influência que fazia Estevão falar de modo a rechaçar os da sinagoga? Os Atos dizem que esta influência era a de

um espírito; logo espíritos de Deus podem comunicar-se conosco.”

“A justiça de Deus não é a justiça dos homens. O homem define-a pelas rela-ções de sua vida atual e de seu estado presente; Deus, porém, define-a pelas relações de nossas existências sucessivas e pela universidade de nossas vidas.”

“As penas que nos afligem são o castigo, quase sempre, de um pecado de que a alma se faz culpada em uma anterior existência.”

“O Espiritismo é o desenvolvimento da doutrina de Orígenes.”

“Só um cego, da pior cegueira, não reconhecerá que a doutrina de Orígenes é a verdade, porque exalta o Criador, e que a de Roma é a mentira, quere-

mos dizer, o erro, porque rebaixa o Criador.”

Frases de Bezerra de MenezesDa série publicada no Jornal “O Paiz”, no Rio de Janeiro, a partir de 1886.

deste Espírito puro e angelical. A leitura temporal é de impressionar. Jesus era puro bilhões de anos antes de existirmos, e mais, levaremos bilhões de anos para alcançarmos a pureza.

Portanto, defender que Jesus reencarnou em Sua passagem pela Terra, que passou por pro-vas, ou foi vacilante em alguns momentos é ab-solutamente improcedente e irracional sob a ótica da Doutrina. Tal visão denota o interesse inferior de aproximar o Cristo da condição humana justi-ficando o nosso orgulho. Reflitamos nas asserti-vas postas, caso aceitemos um Jesus incompleto ou imperfeito, estaremos desconsiderando Kardec e inúmeros espíritos nobres, bem como boa parte da literatura espírita. Estudemos a fim de ampliarmos o entendimento em torno Daquele que foi a personificação do amor de Deus. Só o estudo e a reflexão, sob a orientação nobre dos pos-tulados espíritas, irão dilatar em nós a compreensão a respeito do mais extraordinário e superior espírito de que temos notícia.

Fiquemos com Léon Denis, na obra “Cristianismo e Espiritismo”, cap. II, “A grande figura de Jesus ultrapassa todas as concepções do pensa-mento. (...) Todas as perfeições nela se fundem, com uma harmonia tão perfeita que se nos afigura o ideal realizado”.1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

4 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a

glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João - capítulo 1

6 Janeiro/abril - 2015

Estava Jesus caminhando,Quando Ele viu, subitamente,Um homem cego de nascençaAparecer na sua frente.

E os discípulos perguntaramAo amado Jesus, diretamente:- Mestre, quem foi que pecou,Este ou seus pais, tão-somente,

Para que nascesse cego?E o Divino Mestre JesusAos seus discípulos falou:- Nem este homem pecou,

Nem os seus progenitores,Mas foi para que, exatamente, Se manifestasse neleAs obras de Deus, presentemente.

É necessário que façamos as obrasDaquele que me enviou,Enquanto é dia; a noite vem,Quando ninguém pode trabalhar, também.

Enquanto estou no mundo,Sou a Luz do mundo.Dito isso, o Meigo Nazareno,Mostrando-se muito sereno,

Cuspiu na terra e a sua salivaCom o barro ele misturouFazendo uma porção de lodoQue, no mesmo instante, aplicou

Aos olhos daquele cego,E de imediato foi dizendo:- Vai, lava-te no tanque de Siloé.Ele foi, lavou-se, e voltou vendo.

Então, os vizinhos que dantesO haviam, de vista, conhecidoComo um cego e mendigoPerguntavam não muito convencidos:

- Mas é este o que estavaPedindo esmolas assentado?Alguns diziam: - É eleOutros: - Não é o mesmo coitado,

- Mas se parece com eleFalavam como se estivessem certos.- Sou eu. Disse o ex-cego. - Então, como teus olhos foram abertos?

- Um tal de Jesus fez lodo,Untou-me os olhos e foi dizendo:“Vai ao tanque de Siloé, e lava-te.”- Então fui, lavei-me e estou vendo.

Disseram-lhe, contudo:- Onde está ele agora?Respondeu: - Não sei.Disse o ex-cego naquela hora.

A cura de um cego de nascençaJoão, 9: 1-12

7 Janeiro/abril - 2015

ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITAMédium: Divaldo Pereira Franco

Pergunta:

ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA

Vianna de Carvalhoresponde

Como se analisa o atual confl ito de religiões no País e no mundo? E a busca da religiosidade e o crescimento do misticismo nestas últimas décadas?

A predominância do egoísmo no caráter do homem responde por qualquer tipo de confl ito, especialmente no de religiões, em que a pai-xão dominante no ser pretende impor a sua forma de crença, mesmo que não seja real no seu íntimo. Por outro lado, a insegurança pessoal, psicologicamente conduz o indivíduo à ditadura da fé, de forma a sen-tir-se cercado de adeptos que pensam como ele, assim considerando-se apoiado. Esse, como outro confl ito de qualquer natureza no grupo social, é resultado do primarismo que prevalece no ser humano em trânsito de estágio de evolução.

A criatura humana, feita à imagem e semelhança de Deus, isto é, com os recursos que são inerentes à Divindade, de cujo amor procede, não consegue romper esses liames que lhe estruturam a vida e, por isso mesmo, passadas as crises existenciais de comportamento, sempre retorna ao convívio com o Pensamento Cósmico, nele haurindo forças e coragem para prosseguir na luta de elevação. Eis porque, ultrapassado o período de rebeldia, de materialismo, os indivíduos, frustrados pelas conquistas da inteligência, que lhe não atenderam totalmente as ânsias do sentimento, estão retornando à religiosidade, à busca mística, no seu sentido mais nobre e transcendental – tentando o encontro e o auto-descobrimento.

Resposta:

Tema: Religião à luz do Espiritismo

8 Janeiro/abril - 2015

Meus filhos,Que Jesus nos abençoe.A sociedade terrena vive, na atu-

alidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algo-zes de ontem o pesado ônus da afli-ção que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, con-fundindo-se com os transtornos psico-patológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.

Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.

Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hedion-dez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da cruel-dade, da dissolução dos costumes, da perda da ética e da decadência das conquistas da civilização e da cultura.

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no Planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitorieda-de do corpo, com o propósito de con-vocar as mentes e os corações para o

ser espiritual que todos somos.Fala-se sobre a tragédia do coti-

diano com razão.As ameaças de natureza sísmica,

a cada momento, tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do Planeta. O crime campeia à solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastar-damento do caráter, às licenças mo-rais e à agressividade.

Sucede, meus filhos, que as re-giões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali fica-ram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a beneficio próprio e do Planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapida-rão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos acon-teceu no passado.

Por outro lado, os nobres promo-tores do progresso de todos os tem-pos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquis-tas, não só da inteligência e da tecno-logia de ponta, mas também dos valo-res morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão embos-cam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.

Aos médiuns cabe a grande ta-refa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe

Mensagem de Bezerra de Menezes recebida por Divaldo Franco,no dia 13 de novembro de 2010, em Los Angeles - EUA.

8 Janeiro/abril - 2015

9 Janeiro/abril - 2015

a honrosa tarefa de ser, cada um de-les, psicoterapeutas de desencarna-dos, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com irmãos em agonia, também têm as suas dores di-minuídas, o seu fardo de provas ame-nizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os im-pedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a né-voa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.

As vossas existências não acon-teceram ao acaso, foram programa-das.

Antes de mergulhardes na nebli-na carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmas-tes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.

O Espiritismo é Je-sus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantan-do a sinfonia gloriosa da solidariedade.

Dai-vos as mãos!Que as diferenças

opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem-se secundários diante das metas a alcançar.

Sabemos das vossas dores, por-que também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da ma-téria empana o discernimento e, mui-tas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais aten-

tos: tendes compromissos com Jesus. Não é a primeira vez que vos compro-meteste enganando-se. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a gló-ria da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.

Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.

Reconhecemos que na luta coti-diana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, es-vai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço. Mas se permanecerdes fi-éis, orando com as antenas direciona-das ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.

Tenhamos coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhado-res da última hora, e o nosso será o

salário igual ao do jornalei-ro do primeiro momento.

Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a pala-vra gentil dos amigos que

velam por todos nós.Confiando em nosso Senhor Je-

sus Cristo, que nos delegou a hon-ra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso Divino Benfeitor, que a to-dos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

São os votos do servidor humíli-mo e paternal de sempre.

Bezerra de Menezes

9 Janeiro/abril - 2015

10 Janeiro/abril - 2015

Livro “Encontro marcado”, Emmanuel/Chico Xavier, FEB.

Toda perturbação no lar, frustran-do-lhe a viagem no tempo, tem causa específica. Qual acontece ao comboio, quando estaca indebitamente ou des-carrila, é imperioso angariar a proteção devida para que o carro doméstico prossiga adiante.

No transporte caseiro, aparente-mente ancorado na estação do cotidia-no (e dizemos aparentemente, porque a máquina familiar está em movimento e transformação incessantes), quase todos os acidentes se verificam pela evidência de falhas diminutas que, em se repetindo indefinidamente, estabe-lecem, por fim, o desastre espetacular.

Essas falhas, no entanto, nascem do comportamento dos mais interessa-dos na sustentação do veículo ou, pro-priamente, do marido e da mulher, cha-mados pela ação da vida a regenerar o passado ou a construir o fu-turo pelas possibilidades da reencarnação no presente, falhas essas que se manifes-tam de pequeno desequilí-brio, até que se desencadeie o desequilíbrio maior.

Nesse sentido, vemos cônjuges que transfiguram conforto em pletora de luxo e dinheiro, desfazendo o ma-trimônio em facilidades loucas, como se afoga uma planta por excesso de adubo, e observamos aqueles outros que o sufocam por abuso de sovinice; notamos os que arrasam a união con-jugal em festas sociais permanentes e assinalamos os que a destroem por demasia de solidão; encontramos os campeões da teimosia que acabam

Ante o divórcioPresença de Emmanuel /Chico Xavier

com a paz em família, manejando ati-tudes do contra sistemático, diante de tudo e de todos, e identificamos os que a exterminam pelo silêncio culposo, à frente do mal; surpreendemos os faná-ticos da limpeza, principalmente muitas de nossas irmãs, as mulheres, quando se fazem mártires de vassoura e ence-radeira, dispostas a arruinar o acordo geral em razão de leve cisco nos mó-veis, e somos defrontados pelos que primam no vício de enlamear a casa, desprezando a higiene.

Equilíbrio e respeito mútuo são as bases do trabalho de quantos se pro-põem garantir a felicidade conjugal, de vez que, repitamos, o lar é semelhante ao comboio em que filhos, parentes, tutores e afeiçoados são passageiros.

Alguém perguntará como situare-mos o divórcio nestas comparações.

Divorciar, a nosso ver, é deixar a locomotiva e seus anexos. Quem responde pela iniciativa da separação decerto que larga todo esse instrumental de serviço à própria sorte e cada consci-ência é responsável por si. Não ignoramos que o trem caseiro corre nos trilhos da existência terrestre, com

autorização e administração das Leis Orgânicas da Providência Divina e, sendo assim, o divórcio, expressando desistência ou abandono de compro-misso, é decisão lastimável, conquanto às vezes necessária, com raízes na responsabilidade do esposo ou da es-posa que, a rigor, no caso, exercem as funções de chefe e maquinista.

11 Janeiro/abril - 2015

Ante a enxurrada de práticas religiosas mercenárias que invadem o Planeta, cabe-nos lembrar que Jesus foi claro, contundente, não deixando sombra de dúvida quanto à questão.

Foi por essa razão que os evan-gelistas Mateus (capítulos 10 e 23), Lucas (capítulos 20) e Marcos (capí-tulo 12) fizeram questão de tratar de tão importante assunto.

Allan Kardec, alcançando a se-riedade da questão, colocou em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo XXVI, clareando mais ainda a questão. “Preces pagas”, “Merca-dores expulsos do templo” e “Me-diunidade gratuita” tratam de cobranças inaceitáveis, de mercantilização da fé, de simonia etc. Nós não temos o direito de cobrar por aquilo que não nos pertence. Até o que nos pertence, em nome de Cristo, deveríamos dar de graça, quando nos sobra.

A postura do Senhor Jesus, à época, condenando esses procedimen-tos, deve ser referência para todos os tempos.

Quem acredita numa fé que cobra? Ao cobrar-se alguma coisa, es-tamos dando um exemplo pavoroso de ganância e desrespeito às Leis de Deus, que nos pede o esforço gratuito de quem verdadeiramente ama. Pessoas conscientes jamais acreditarão em alguém que cobra pelo que não é seu. Nada justifica a cobrança. A alegação de que falta tempo para o exer-cício de uma profissão é de um vazio total, por falta de lógica. A espirituali-dade superior jamais pede dedicação integral no cumprimento da atividade religiosa, portanto, reduza a atividade, adequando-a ao tempo disponível.

Essa é a orientação constante dos benfeitores espirituais!É pobre, sem recursos? Estude para melhorar no emprego ou arru-

mar outro que remunere melhor. O problema é inteiramente nosso. Sem mediunidade, faríamos o mesmo. Lutaríamos por melhorar.

A cobrança denuncia a ignorância doutrinária e, certamente, a pre-sença de entidades malfeitoras que desejam a ruína do médium, exploran-do suas fraquezas no campo de suas necessidades materiais.

Quem assim procede deveria ler a obra “Os Mensageiros”, André Luiz/Chico Xavier, e refletir nas experiências de Joel, Belarmino, Vicente, Otávio e Monteiro. São impressionantes os sofrimentos deles após a morte e a expectativa extremamente dolorosa de encarnações de abandono e carência material. Devolverão no trabalho árduo o que receberam deso-nestamente.

Gratuidadedos serviços

religiosos

Gratuidadedos serviços

religiosos

12 Janeiro/abril - 2015

Os benefícios gerados pelas Leis do Ventre-Livre (1871) e dos Sexagenários (1885) não foram suficientes para aplacar o drama dos negros em nosso País. Doenças, espancamentos, abandono social, humilhações de todos os gêneros, impostos aos escravos, enxovalhavam a história do Brasil.

Em 1887, a nação vive uma grave crise institucional. Cerca de 720.000 escravos espalhados pelas fazendas e cidades, em condições sub-humanas, emocionam o povo e as autoridades. Um decreto do marechal Deodoro da Fonseca, nesse mesmo ano, proíbe o exército de perseguir os fugitivos, Antônio Bento organiza o grupo dos caifases, unindo em torno da bandeira da libertação: advogados, estudantes, jornalistas, negociantes, que colaboram na fuga desses indigitados seres.

A espiritualidade superior, atenta aos graves perigos que poderiam levar a uma guerra civil, toma providências. O próprio Jesus, consoante afirmação de Humberto de Campos em “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evan-gelho”, cap. XXVI, convoca Ismael para a grande decisão: “Ismael, o sonho de liberdade de todos os cativos deverá concretizar-se agora, sem perda de tempo. Prepararás todos os corações a fim de que as nuvens sanguinolentas não manchem o solo abençoado da região do Cruzeiro”.

Por inspiração desse notável benfeitor, governador dos destinos espiri-tuais de nossa nação, o ministro João Alfredo, apesar de conservador, pro-move a votação da lei que poria término definitivamente à escravatura. A 13 de maio de 1888, a princesa Isabel a sanciona. À época, o Brasil possuía 13.500.000 habitantes que vibraram com o acontecimento, mas os fazendei-ros, prejudicados em seus interesses econômicos, engrossam a fileira do Par-tido Republicano que acabara de derrubar a monarquia, com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.

Como se pode observar, dois fatos marcantes e positivos enriqueceram a política brasileira, nascidos de um grande problema.

A princesa Isabel teve os pés beijados por José do Patrocínio, que se arras-tou no meio da multidão de joelhos. Do alto dos prédios, flores eram jogadas sobre a carruagem da princesa. Por intervenção dos espíritos, conseguia-se no Brasil libertar os escravos em paz, sem a destruição de vidas, enquanto que nos Estados Unidos da América milhões de criaturas se mataram ou feriram para atingir o mesmo objetivo. Tratamento diferenciado? Não. Lei do mérito.

Sabemos, no entanto, que a evolução dos costumes é lenta. A libertação foi o bem maior, mas ficaram os preconceitos que ainda limitam a ação de nossos irmãos negros.

A nós espíritas cabe a obrigação de lutarmos pacificamente para que o racismo se apague para sempre da convivência social e possamos converter nosso Brasil na verdadeira Pátria do Evangelho.

Escravidãoe preconceito

13 Janeiro/abril - 2015

Na literatura espírita, até 2010, nada encontramos com a chancela de Francisco de Assis. Recentemente, no livro “Transição Planetária”, autoria de Manoel Philomeno, psicografia de Divaldo Franco, é que surge um registro desse nobre espírito. Está no capítulo “Conquistando o tempo malbaratado”, item 13, que entre belas palavras registrou:

“Mestre sublime Jesus: Fazei que entendamos a Vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às Vossas mãos fortes para conduzir-nos; permiti que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não conforme os nossos desejos; lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância; abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar do Vosso santo nome para servir-nos; envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós; dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação; ajudai-nos na compreensão dos nossos labores, amparando-nos em nossas dificul-dades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular (...).

Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.”

Jesus foi batizado por João Batista no Rio Jordão, mas não batizou nin-guém. Allan Kardec foi batizado na paróquia de Saint-Denis-de-la-Croix-Rous-se de Lyon; mas, também não batizou ninguém. Não incentivaram o batismo, demonstrando sua inutilidade.

Não há nenhum documento que prove que Allan Kardec tenha sido mé-dico ou maçom. Extremamente culto, estudou aspectos da medicina. Lúcido, respeitava as ideias de justiça e fraternidade defendidas pela Maçonaria.

O peixe era o sinal secreto dos primeiros cristãos, que se formava na areia graças a apenas 2 curvas, côncava e convexa, dese-nhadas como senha, ante os riscos das per-seguições. Curiosamente, peixe, em grego, escreve-se ICTHYS, que forma a frase “lesus Chistos Theou Yós” que, em português significa “Jesus Cristo Filho de Deus”.

Amélie-Gabrielle Boudet nasceu em Paris em 23 de novembro de 1795. Casou-se com Allan Kardec em 1832. Era dócil e possuía inteligência privile-giada. Era 9 anos mais velha que o Codificador.

Curiosidades doutrinárias

14 Janeiro/abril - 2015

DoutrináriosBaseada na literatura espírita consagrada por Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de

Menezes, Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis, Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.

Assinale a opção correta e confirao resultado na página 24:

1. Qual o nome do soldado (serviçal do Sinédrio) cuja orelha foi cortada por Pedro?

Longino Josué Malco Levi

2. Na obra “Transição Planetária” (imagem), abordam-se operações de socorro a vítimas de que fenômeno natural de grande repercussão?

Terremoto Furacão Tsunami Enchentes 3. Qual era a profissão do apóstolo Mateus?

Médico Coletor de impostos Pescador Centurião

4. Qual destas personagens não constitui protagonista dos romances de Emmanuel?

Alcíone Públio Lêntulus Nestório Calderaro

Verificação de Conhecimentos

15 Janeiro/abril - 2015

5. Em que momento inicia Jesus sua atividade pública, na exteriorização de ener-gias sublimes em notável demonstração de efeitos físicos?

Na multiplicação dos peixes e pães Em Caná na Galileia, na transformação da água em vinho No fenômeno de cura da mulher hemorroíssa Na cura do paralítico

6. Qual foi, em 1864, o primeiro nome de “O Evangelho segundo o Espiritismo”?

O Evangelho Espírita A Interpretação Espírita do Evangelho O Evangelho do Espiritismo Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo

7. Foi divulgador do cristianismo e o responsável pela reversão da cegueira de Saulo de Tarso?

Bartolomeu Bartimeu Ananias Timóteo

8. No livro “Sexo e obsessão”, o autor Manoel Philomeno de Miranda (foto) relata as tristes con-dições da próxima encarnação do Marquês de Sade. Em quais condições ele expiará seus débitos?

Doença mental e úlcera Paraplegia e cegueira Câncer, mudez e cegueira Idiotia, paralisia e deformidade facial

9. Quais são as obras básicas da Doutrina que André Luiz, na obra “Desobses-são”, recomenda para a leitura no ambiente simples das reuniões mediúnicas?

“O Evangelho segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Médiuns” “O Livro dos Médiuns” e “O Evangelho segundo o Espiritismo” “O Evangelho segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos” “O Livro dos Médiuns” e “O Livro dos Espíritos”

16 Janeiro/abril - 2015

As regiões espirituais de sofrimentoUmbral, inferno, tártaro, purgató-

rio, geena são expressões que iden-tificam zonas de retenção espiritual após a morte, que objetivam desper-tar a alma, recondicionando-a para a reencarnação ou para a ascensão às esferas imediatas.

Desde os tempos mais remotos, hebreus, egípcios, gregos e roma-nos admitiam a vida eter-na, a alegria e a dor como aspectos da justiça Divina e educavam os filhos na crença de um julgamento celeste para o espírito hu-mano, a partir do decesso carnal.

Indulgências, confis-sões, extrema-unção são artifícios do religiosismo dogmático que induzem à falsa idéia do perdão e da fuga dessas plagas de grandes martírios para en-trar num céu de prazeres comprados.

A literatura mundial está repleta de descrições apavorantes, que ten-tam despertar a consciência humana para as responsabilidades da vida.

Dante Alighieri, notável escritor italiano, em plena Idade Média, lan-çou a imortal obra “A Divina Comé-dia”. Conduzido por seu guia espiri-tual Virgílio, Dante visita as regiões infernais, cheias de lugares sombrios, com penhascos, rios e furnas lama-centas, repletas de príncipes, políti-cos e pecadores de todos os níveis.

No início do século XX, surge na Inglaterra, um outro livro que abor-da o mesmo tema, agora em versão menos poética e mais descritiva das zonas purgatórias. Trata-se de “A Vida

além do Véu”, do reverendo da Igreja Anglicana George Vale Owen, sob o patrocínio de lorde Northcliffe, dono de uma rede de jornais londrinos. As-triel, homem sério que, quando em vida, fora diretor de uma escola na

cidade de Warwick no séc. XVIII, descreve com deta-lhes os planos das trevas, os núcleos de transição e as metrópoles organiza-das. Tudo com impressio-nante clareza.

Ivone do Amaral Pe-reira materializa a primeira obra brasileira que descre-ve as faixas em que se situ-am homens e mulheres que se suicidaram, mostrando

as formas existentes nessas regiões de pavor indescritível. “Memórias de um Suicida” é um dos clássicos da li-teratura espírita.

Anos depois, Chico Xavier traz as contundentes revelações sobre a existência de cidades organizadas no plano espiritual e mostra como se relacionam as entidades desencar-nadas e como envolvem suas ações sobre os seres encarnados. “Nosso Lar” é sucesso de venda há mais de 70 anos.

Poucas obras são tão ricas e tão belas em seus textos como “Nosso Lar”. São revelações gradativas que espiritualizam a cultura terrena e cha-mam a atenção para a imortalidade da alma e seus compromissos com as Leis de Deus, como bem evidenciou Jesus, ao falar das muitas moradas da casa de Nosso Pai, materiais e es-pirituais.

16 Janeiro/abril - 2015

17 Janeiro/abril - 2015

Gustav Jung (foto) é considerado um dos mais eminentes cidadãos su-íços do século XX. É tido como o principal discípulo de Freud e, pela maio-ria de seus pares, o sucessor inconteste do grande mestre da Psicanálise.

Por questões doutrinárias, no campo da Psicologia, discordou de Freud e fundou a chamada Psicologia Analítica, revolucionando os conceitos até então admitidos que faziam do sexo a raiz de todas as neuroses.

Jung, cristão e humanista, acreditava na fé religiosa como terapia dos problemas mentais, deslocando as causas da área biológica para o universo da alma.

Criou os chamados “arquétipos”, que são os modelos psicológicos ideais para explicação de um fato ligado à vida interior.

Todos os estudiosos da obra de Jung são unânimes em afirmar que o sobrenatural preocupava o famoso pesquisador da psique humana. No livro Memories, Dreams, Reflections, ele trata abertamente da vida após a morte. Depois de conhecer e conviver por determinado tempo com a mé-dium espírita chamada apenas por Miss S. W., viu-se encorajado a tratar de aspectos da filosofia espiritualista e do ocultismo.

Jung confessou publicamente alguns acontecimentos mediúnicos que ocorreram com ele, como a visão em sonho que o avisava que seu médico iria morrer. Ao procurá-lo para tratar da saúde, soube da sua desencarnação em 4 de abril de 1944. Outras visões são narradas em seus escritos.

De hábito modesto, o estudioso do espírito, de renome internacional, respeitadíssimo nos meios universitários, nos últimos anos de vida, reco-lheu-se à sua modesta vivenda na bucólica região de Bollingen, à margem do lago da cidade de Zurique, na culta e pacífica Suíça. Ali, com seu insepa-rável cachimbo, rachava lenha para ele mesmo cozinhar, bombeando água de poço num cenário quase medieval. Buscava conectar a natureza ao seu

mundo interior, à cata de preciosa intuição. Nes-se ambiente desprovido de qualquer luxo, com extrema simplicidade, ficava atento às imagens que lhe brotavam na mente para melhor organi-zar seus trabalhos e pesquisas.

Desprovido de ranço científico e de vaida-des tão comuns aos homens célebres, não hesi-tava em recorrer ao estudo dos astros, à alqui-mia, à mitologia, desde que contribuíssem para a elucidação dos desafios do comportamento hu-mano. Formou-se em Medicina na Universidade de Basel, na Suíça, diplomando-se em Zurique em 1902. Morreu aos 86 anos.

CARL GUSTAV JUNG- Visões mediúnicas e crença na vida após a morte -

18 Janeiro/abril - 2015

Extraídas da obra “Crônicas de Além-Túmulo”, autor Humberto de Campos,psicografia de Chico Xavier, editora FEB.

“Um frio terrível de desespero e desgraça sopra entre os homens, que se esqueceram da meditação e da prece.”

“A moral cristã teria fatalmente de evolver para a simplificação suprema da vida, se os religiosos não a tivessem asfixiado no cárcere estreito de suas cogi-tações político-sociais.”

“As pátrias andam esquecidas de que a existência depende de trocas incessantes. Os maiores desequi-líbrios financeiros e econômicos são infligidos às nações, no seu egoís-mo coletivo.”

“Frente a frente ao pulso inflexível da morte, toda a ciência do mundo é de uma insignificância irremediável.”

“Se a vida pode cerrar os nossos olhos e restringir a acuidade das nos-sas percepções, a morte vem descerrar-nos um mundo novo, a fim de que possamos entrever as verdades mais profundas do plano espiritual.”

“Cada indivíduo conserva, no Além, a posição evolutiva que o caracteri-zava na Terra.”

“O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores. De-pois da minha morte trágica, submergi-me em séculos de sofrimento expiatório de minha falta.” Judas Iscariotes

“Quanto ao Divino Mestre, infinita é a sua misericórdia e não é só para comigo, porque, se recebi trinta moedas vendendo-o aos seus algozes, há muitos séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo, a grosso e a retalho, por todos os preços, em todos os padrões do ouro amoedado.” Judas Iscariotes

meditaçãoFrases que merecem

19 Janeiro/abril - 2015

Pode-se desenvolver a mediuni-dade em criança? Existe possibilidade de uma criança desencarnada comu-nicar-se em reunião de desobsessão?

Há crianças que despertam cedo sua mediunidade e precisam ser educadas, acompanhadas, até que possam cuidar de si próprias. Isto, quando a mediunidade na criança está patente.

Mas, há dirigentes desprepara-dos e pais afoitos que insistem em de-senvolver mediunidade em crianças, quando não há sintomas claros, ge-rando sérios riscos. Só se desenvolve aquilo que existe. Como desenvolver o inexistente? Acabarão por levar es-sas crianças a uma obsessão de lon-go curso. Responderão por isso.

O atendimento de uma criança desencarnada, em reunião mediúnica de qualquer natureza, pode ser, das duas uma, ou é animismo puro de médium ainda não convenientemente educado ou é mistificação promovida por espírito inferior, para consumir o precioso tempo de um trabalho dessa natureza e impedir as incorporações de entidades verdadeiramente neces-sitadas, que ele, o obsessor, deseja manter em desequilíbrio.

Crianças desencarnadas e so-fredoras, de qualquer tipo de mal, são atendidas nos planos imediatos da espiritualidade superior. Senão, veja-mos: se ela está perturbada, que nível de compreensão ela tem, em ambien-

Tribuna Livre O ESPÍRITA responde

te hostil e desconhecido, debaixo de vibrações grosseiras de outras enti-dades perniciosas, para entender o que lhe vai ser dito? Sequer estamos levando em conta as tremendas difi-culdades para o processo de incorpo-ração e filtragem pelo médium. Seria muito mais prejudicial que útil. Imagine um médium falando com um sotaque de uma menina ou de um menino? Te-ria algo de humor indesejável, senão ridículo para os presentes.

No caso de mal físico, pior ain-da. Os benfeitores possuem recursos ilimitados em suas esferas de ação, sem que haja o imperativo de colocá-las em clima de perturbação, repleto de espíritos sofredores.

Podemos obter esclarecimentos preciosos na obra “Entre a Terra e o Céu”, de André Luiz/Chico Xavier, no caso do menino Júlio que foi suicida numa encarnação anterior e desen-carnou afogado numa praia do Rio de Janeiro. Perturbado e ferido, está sob os cuidados de Blandina, no “Lar da Bênção”, e sendo acompanhado por sua mãezinha, também desencarna-da. Suicídio e afogamento! Existiriam males maiores que justifiquem tal ati-tude, de passividade para um espírito em fase infantil?

A Doutrina Espírita pede estudo constante, avaliações permanentes, críticas construtivas, conselhos frater-nos, para não cairmos em tentação e em erros que violentam o bom senso exigido pela Codificação.

19 Janeiro/abril - 2015

20 Janeiro/abril - 2015

O jogo e a Casa EspíritaA doença do jogo compulsivo atinge

mais de 10% da população mundial. Mark Griffi ths, psicólogo britânico, professor da Nottingham Trent University, assegura que o hábito de jogar e apostar, se levado ao extremo, é tão viciante quanto qualquer droga. Pesquisas sobre jogadores crôni-cos garantem que tais viciados padecem pelo menos um efeito colateral quando sofrem por ocasião de abstinência, como insônia, cefaleias, bulimia, fraqueza físi-ca, disritmias cardíacas, consternações musculares, difi culdades de respiração e calafrios.

A rigor, todos e quaisquer vícios são, invariavelmente, danosos ao crescimento espiritual do ser humano. Infelizmente, tornou-se “modismo” o hábito da jogatina. Em realidade, para os pesquisadores, os vícios se alargam a partir de uma combina-ção biológica e genética de uma pessoa, além do ambiente sociocultural em que ela cresce, e sua compleição psicológica, como traços de personalidade, atitudes, experiências, crenças e a própria ativida-de. Para alguns descrentes, o comporta-mento exagerado por si só não signifi ca que alguém seja viciado. A diferença fun-damental entre o exagero de entusiasmo e o vício é que os entusiastas saudáveis adicionam alegria de viver às atividades, ainda que desprovidas dos objetos de de-sejo.

Não afi rmaremos jamais que o vício, mormente o que propomos analisar, seja um problema de criminalidade, mas como um problema de desequilíbrio íntimo, dian-te das Leis da vida. E isto não apenas no terreno em que o vício é mais claramente examinado. Sobre a temática, Chico Xa-vier disse: “(...) se falamos demasiada-

mente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero. Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo tam-bém as possibilidades do nosso corpo nos servir1”. Quando ponderamos a palavra vício, podemos também citar os corrompi-dos pelo álcool, cigarro, dinheiro, drogas e sexo. Sobre esses últimos tópicos, Chico Xavier instrui: “(...) do sexo herdamos nos-sa mãe, nosso pai, lar, irmãos, a bênção da família. Tudo isto recebemos através do sexo. No entanto, quando falamos em vício, lembramo-nos do fogo do sexo e a droga. Mas droga é outro problema para nossos irmãos que se enfraqueceram diante da vida, que procuram uma fuga. Não são criminosos; são criaturas carentes de mais proteção, de mais amor. Porque se os nossos companheiros enveredaram pelo caminho da droga, eles procuraram esquecer algo. E esse algo são eles mes-mos. Então, precisávamos, talvez, refor-mular nossas concepções sobre o vício2”.

Paulo de Tarso confessou: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas a iniquidade que habita em mim3”. Sob o ponto de vista espírita, o vício de jogar pode se tornar um grave entrave moral para o viciado que se diz adepto do Espiritismo, colocando sob suspeita a sua credibilidade.

Não é recomendável uma Casa Espí-rita angariar recursos oriundos de jogos, pois isso provocará um ambiente desfavo-rável para a tranquilidade e harmonia dos frequentadores. As instituições espíritas voltadas a essa prática hospedam inevita-velmente irmãos do além despreparados para os serviços de socorro espiritual que a casa pode oferecer. Ainda que procure-

20 Janeiro/abril - 2015

21 Janeiro/abril - 2015

mos amenizar os argumentos, em realida-de, o vício açoita as bases da consciência cristã e desarmoniza a estrutura psicológi-ca. Alguns confrades são afeitos aos jogos de azar, porém é importante recordá-los de que o hábito persistente de jogar os enlaçará invariavelmente nas urdiduras da obsessão. Tais irmãos poderão ficar encarcerados nas garras insaciáveis do parasitismo ou do vampirismo, e vidas que poderiam ser nobres, dignas, proveitosas, tornam-se vazias, estimulantes de sujei-ção calamitosa, cujas defecções morais muitas vezes atingem famílias inteiras.

No Brasil, há 60 anos, desde o Gover-no Eurico Gaspar Dutra, os jogos de azar são proibidos. Explorá-los é contravenção penal. Todavia, o Governo tem estimula-do o jogo. Evoca-se para tal concessão a sena, a megasena, a quina etc. Lembre-mos que nem tudo que é legal é moral.

Quaisquer tipos de jogos nas Casas Espíritas contrariam os princípios cristãos, pelos efeitos nefastos que provocam aos seus praticantes. Não há como compac-tuar com tais práticas, que estimulam o ânimo dos dirigentes das instituições a promoverem rifas, bingos e sorteios, numa inquietante justificativa de que as finalida-des são “justas”. Todavia, ainda que para “fins beneficentes”, não se justificam os meios comprometedores, consoante ad-moesta André Luiz, em “Conduta Espírita”, cap. 18, publicada pela FEB.

Os dirigentes espíritas devem observar as advertências dos benfeitores quanto aos malefícios que os jogos causam aos que a eles se afinizam e se entregam. Cremos ser de bom alvitre a consignação, nos dispositivos estatutários e regimentos internos da casa espírita, o termo “fica vedado”, pois não faltará quem irá pro-por a divisão da Doutrina em Espiritismo conservador e Espiritismo liberal, tal qual vem acontecendo – sabemos – com outras

religiões, que a cada dia perdem adeptos.Obviamente, se alguém quiser entrar

numa casa de bingo ou lotérica e tentar a “sorte”, o problema é pessoal, isso é claro, mas se quiser arrastar essa mazela para a atividade espírita, a questão muda de figura. A partir daí, alguém precisa alçar a questão em benefício dos postulados kardecianos. A despeito de quaisquer pre-textos, uma instituição espírita não deve permitir, em suas instalações, rifas e jogos de azar.

Para se angariar recursos, visando edificações materiais, a experiência tem mostrado que podemos pegar a charrua do esforço maior e promovermos os tra-dicionais almoços fraternos, exibições de fitas cinematográficas, bazares, festivais da tortas e de sorvetes etc. Se alguém se dispuser a doar para a instituição um bem de expressivo valor (terreno, casa, carro ou joia), a fim de ser revertido em recursos para obras assistenciais, esforcemo-nos por comercializá-lo a preço de mercado, sem rifar, lembrando sempre o que a sa-bedoria popular proclama: “O pouco com Deus, é muito!”.

Jorge Hessen - DF

Referências:1“O Espírita Mineiro”, número 179. Publicado no livro “Chico Xavier – Mandato de amor”, de 1993, União Espírita Mineira – MG2idem3Epístola aos Romanos, 19-20.

21 Janeiro/abril - 2015

22 Janeiro/abril - 2015

Prática espíritaToda a prática espírita séria é gratuita,

como orienta o principio moral do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

A prática espírita é realizada com simpli-cidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adora-do em sua Magnitude.

O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, hós-tias, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

A Doutrina Espírita não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-los a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

A mediunidade, que permite a comunicação dos espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.

Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraterni-zação e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, in-dependentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cul-tural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza” (cap.17 - Sede perfeitos, item 3 - O Evangelho segundo o Espiritismo).

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”“Fé inabalável só é a que pode encarar frente a frente a razão,

em todas as épocas da Humanidade.”

23 Janeiro/abril - 2015

Animais têm consciência e comportamentos intencionais

Declaração de Cambridge sobre a Consciência em Animais Humanos e Não Humanos, escrita por Philip Low, proclamada no Reino Unido, no dia 7/7/2012 e assinada pelos participantes da conferência na presença de Stephen Hawking, registra: “A ausência de um neocórtex não parece impedir que um organismo experimente estados afetivos. Evidências con-vergentes indicam que animais não humanos têm os substratos neuroa-natômicos, neuroquímicos e neurofisiológicos de estados de consciência juntamente como a capacidade de exibir comportamentos intencionais. Consequentemente, o peso das evidências indica que os humanos não são os únicos a possuir os substratos neurológicos que geram a consciência. Animais não humanos, incluindo todos os mamíferos e as aves, e muitas outras criaturas, incluindo polvos, também possuem esses substratos neu-rológicos”. (www.ihu.unisinos.br/noticias/511936-declaracao-de-cambridge-sobre-a-consciencia-em-animais-humanos-e-nao-humanos)

Na questão 585, de “O Livro dos Espíritos”, afirma-se que os animais dispõem de uma “espécie de inteligência instintiva, limitada, e a consciên-cia de sua existência e de suas individualidades”, cuja inteligência tem a mesma gênese do espírito humano, no elemento inteligente universal (Q. 606). Ou seja, a inteligência e a consciência se desenvolvem em estados mais limitados e fragmentários no reino animal, até o despertamento em um futuro longínquo na condição hominal em que, a partir de então, como espírito propriamente dito e não apenas como princípio inteligente, pensará e agirá por sua livre vontade (Q. 607).

A Doutrina ofereceu essas revelações há 158 anos e permanecem fir-mes como verdade, pois se reafirmam com a marcha da ciência.

A relação mente-cérebro

Em artigo com resumo do prefácio e conclusão do livro “Explorando a relação mente-cérebro: reflexões e diretrizes”, o autor, Dr. Alexander Mo-reira, discorre sobre caminhos científicos com novas abordagens para o esclarecimento das relações cérebro e mente, além das visões dualistas materialismo/espiritualismo, sob a hipótese que são entes distintos e a ci-ência deve buscar meios de encontrar respostas válidas.

“O avanço no entendimento da mente e sua relação com o cérebro

Notícias comentadas1

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tem sido prejudicado por equívocos filosóficos e metodológicos. A relação mente-corpo ainda é um problema em aberto, não havendo evidências conclusivas de que a mente seja apenas um produto da atividade cerebral. Na exploração da mente, deve-se evitar a aceitação ou rejei-ção prematura de teorias, buscando não ape-nas evidências confirmatórias, mas também as falseadoras de uma teoria.

Deve-se ampliar e diversificar a base em-pírica, buscando especialmente experiências humanas não usuais, tais como as chamadas experiências anômalas ou espirituais. (...) Para explicar a mente e suas múltiplas mani-festações, é essencial haver abertura e rigor para criar, desenvolver e testar alternativas te-óricas. Candidatos a paradigma de base tanto materialista quanto não materialista devem ter oportunidade de ser apre-sentados, aprimorados e testados.”

Tudo denota que a ciência contemporânea começa a se despojar dos ranços positivistas/materialistas e busca novas abordagens para a com-preensão da mente como fonte de fenômenos que estão além daqueles produzidos meramente pelas atividades cerebrais. O caminho ainda é ár-duo, mas os desafios estão aceitos e as pesquisas em andamento.

Em “O Livro dos Espíritos”, questão 257, temos: “(...) Ora, não sendo o perispírito, realmente, mais do que simples agente de transmissão, pois que no espírito é que está a consciência, (...)”, afirmando que a consciên-cia está no espírito, afastando a possibilidade dela estar sediada no cére-bro ou no perispírito, embora sejam meios de sua manifestação.

- Respostas -Verificação de conhecimentos doutrinários págs. 14 e 15.

Q.1 - Malco / Q.2 - Tsunami / Q.3 - Coletor de impostos / Q.4 - Calderaro / Q.5 - Em Caná na Galileia, na transformação da água em vinho / Q.6 - Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo / Q.7 - Ananias / Q.8 - Idiotia, paralisia e deformidade facial / Q.9 - “O Evangelho segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”

Alexander Moreira, Doutor em psiquiatria pela USP

25 Janeiro/abril - 2015

Querido(a) irmão(ã),

A Revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978, jamais deixou de circular em seus 36 anos de existência.

Sempre com dificuldades, levou para todo o Brasil a mensagem consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e a beleza propos-tas por nossos benfeitores sob a égide de Jesus Cristo.

Cabe colocar que muitas casas espíritas carentes, mormente no interior, onde há enorme falta de material de divulgação, estão recebendo gratuitamente O ESPÍ-RITA. Por esta razão, solicitamos à sua nobre consciên-cia, que contribua com os valores sugeridos (R$ 20,00 - 1 ano de assinatura e R$ 35,00 - 2 anos de assinatura), ou mediante colaboração espontânea acima deste valor, para que possamos custear as três edições anuais da re-vista (abril/agosto/dezembro), as postagens dos exem-plares que serão remetidos em seu nome e a distribui-ção gratuita para centenas de instituições espíritas.

Ao enviar sua parcela de contribuição, você viabi-lizará a continuação deste trabalho e apoiará os edito-res, que lutam com denodo para manterem erguida a bandeira da Nova Fé, e que arcam com grande parte dos custos desta produção, sem nada receberem pelos serviços prestados.

Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada, en-tendendo que a luta pela vitória do bem é da responsa-bilidade de todos.

Co n t r i b u a c o m a d i v u l ga ç ã o d a D o u t r i n a E s p í r i t a .A s s i n a t u r a p e l o s i t e : w w w. o e s p i r i t a . c o m . b r

o u p r e e n c h a o f o r m u l á r i o n o ve r s o.

Carta ao atual e futuroAssinante Mantenedor

26 Janeiro/abril - 2015