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SINDICATO DAS SEGURADORAS DE SÃO PAULO ANO 9 | NÚMERO 56 | SET/OUT 2015 BOAS NOVAS E UMA NOTA TRISTE Essa edição traz informações importantes para o setor segurador, em meio ao clima negativo que se abate sobre a economia. Na abertura, temos o case das transfor- mações na Funenseg. O novo posiciona- mento poderá ser um fator indutor de uma produtiva parceria com o SindsegSP que deverá atender a uma demanda do setor: cursos para trainees. Também temos a experiência de Nil- ton Molina, presidente do Conselho de Administração da Aegon Mongeral e uma referência em Previdência Social e mercados de seguros de Vida e Pre- vidência. Homenageado recentemente pelo SindsegSP pela sua contribuição ao mercado, Molina fala, em entrevista na página 2, das conquistas e dos de- safios do futuro. Temos ainda uma matéria sobre o po- tencial de seguros para as PMEs, mos- trando que há espaços significativos para crescimento. É com pesar, no entanto, que registra- mos o falecimento de Casimiro Blanco Gomez. No texto desta página, presto uma homenagem a este grande compa- nheiro e ícone do nosso setor. Boa Leitura! Mauro Batista Presidente EDITORIAL NOTÍCIAS SINDSEGSP 1 CASIMIRO GOMEZ FUNENSEG PROMOVE REVOLUÇÃO NA SUA FORMA DE ATUAR PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DO SETOR CONTINUA NA PAG. 4 R eagindo à expansão da indús- tria seguradora e à maior com- plexidade dos negócios decor- rentes deste crescimento, a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) está passando por transformações pro- fundas, com reflexos importantes na sua forma de atuar e na diversifica- ção de seu portfólio de cursos e trei- namentos. Aos poucos, a Funenseg vai deixando para trás a imagem de É com muito pesar que registramos a perda do grande companheiro, Casimiro Blanco Gomez. Profundo conhecedor da operação de seguros, Casimiro foi um grande segurador, e a maior prova disso foi a sua contribuição para o desenvolvimen- to da Porto Seguro, hoje, sem dúvida, uma das maiores seguradoras do nosso país. Mas sua contribuição não ficou restrita somente à Porto, Casimiro se engajou de for - ma brilhante nas demandas institucionais da nossa indústria, tendo participado de diversos conselhos, comitês e comissões institucionais do nosso sistema federativo. Sua contribuição na formação e desenvolvimento da seguradora líder DPVAT foi de notória importância, emprestando a ela todo o seu seguro conhecimento, po- sicionando-se de maneira firme diante de tantos desafios. Em sua passagem pelo SindsegSP, como diretor, vice-presidente e presidente, deixou aqui a sua marca de homem inteligente, contributivo e combativo na defesa dos nossos interesses. Com saudades seu nome será sempre lembrado. Afirmo que tive o privilégio de atuar com ele, tanto aqui no sindicato, como também em outras frentes do nosso mercado. Mauro Batista formadora apenas de profissionais para atuação na corretagem de se- guros, o que foi seu carro-chefe du- rante décadas, para transformar-se em um centro de excelência na for- mação de profissionais de todos os níveis, com interface com instituições internacionais e com um pé também na pesquisa. “Temos um mercado com novas neces- sidades, novas demandas, novas áreas geográficas solicitando treinamento. A escola tem dado uma resposta vigorosa a isso”, afirma o diretor de Ensino Supe- rior da Funenseg, Mario Pinto. CAPACITAÇÃO

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Page 1: EDITORIAL CASIMIRO GOMEZ · ANTÔNIO PENTEADO MENDONÇA ARTIGO O setor de seguros passou, nos últimos 20 anos, por transfor-mações profundas, sendo a mais visível delas o crescimento

SINDICATO DAS SEGURADORAS DE SÃO PAULO

ANO 9 | N Ú M E R O 5 6 | SET/OUT 2015

BOAS NOVASE UMA NOTA TRISTEEssa edição traz informações importantes para o setor segurador, em meio ao clima negativo que se abate sobre a economia. Na abertura, temos o case das transfor-mações na Funenseg. O novo posiciona-mento poderá ser um fator indutor de uma produtiva parceria com o SindsegSP que deverá atender a uma demanda do setor: cursos para trainees. Também temos a experiência de Nil-ton Molina, presidente do Conselho de Administração da Aegon Mongeral e uma referência em Previdência Social e mercados de seguros de Vida e Pre-vidência. Homenageado recentemente pelo SindsegSP pela sua contribuição ao mercado, Molina fala, em entrevista na página 2, das conquistas e dos de-safios do futuro.Temos ainda uma matéria sobre o po-tencial de seguros para as PMEs, mos-trando que há espaços significativos para crescimento.É com pesar, no entanto, que registra-mos o falecimento de Casimiro Blanco Gomez. No texto desta página, presto uma homenagem a este grande compa-nheiro e ícone do nosso setor.Boa Leitura!

Mauro BatistaPresidente

EDITORIAL

NOTÍCIAS SINDSEGSP 1

CASIMIRO GOMEZ

FUNENSEG PROMOVE REVOLUÇÃO NA SUA FORMADE ATUAR PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DO SETOR

CONTINUA NA PAG. 4

Reagindo à expansão da indús-tria seguradora e à maior com-plexidade dos negócios decor-

rentes deste crescimento, a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) está passando por transformações pro-fundas, com reflexos importantes na sua forma de atuar e na diversifica-ção de seu portfólio de cursos e trei-namentos. Aos poucos, a Funenseg vai deixando para trás a imagem de

É com muito pesar que registramos a perda do grande companheiro, Casimiro Blanco Gomez. Profundo conhecedor da operação de seguros, Casimiro foi um

grande segurador, e a maior prova disso foi a sua contribuição para o desenvolvimen-to da Porto Seguro, hoje, sem dúvida, uma das maiores seguradoras do nosso país.Mas sua contribuição não ficou restrita somente à Porto, Casimiro se engajou de for-ma brilhante nas demandas institucionais da nossa indústria, tendo participado de diversos conselhos, comitês e comissões institucionais do nosso sistema federativo. Sua contribuição na formação e desenvolvimento da seguradora líder DPVAT foi de notória importância, emprestando a ela todo o seu seguro conhecimento, po-sicionando-se de maneira firme diante de tantos desafios. Em sua passagem pelo SindsegSP, como diretor, vice-presidente e presidente, deixou aqui a sua marca de homem inteligente, contributivo e combativo na defesa dos nossos interesses. Com saudades seu nome será sempre lembrado. Afirmo que tive o privilégio de atuar com ele, tanto aqui no sindicato, como também em outras frentes do nosso mercado.

Mauro Batista

formadora apenas de profissionais para atuação na corretagem de se-guros, o que foi seu carro-chefe du-rante décadas, para transformar-se em um centro de excelência na for-mação de profissionais de todos os níveis, com interface com instituições internacionais e com um pé também na pesquisa. “Temos um mercado com novas neces-sidades, novas demandas, novas áreas

geográficas solicitando treinamento. A escola tem dado uma resposta vigorosa a isso”, afirma o diretor de Ensino Supe-rior da Funenseg, Mario Pinto.

CAPACITAÇÃO

Page 2: EDITORIAL CASIMIRO GOMEZ · ANTÔNIO PENTEADO MENDONÇA ARTIGO O setor de seguros passou, nos últimos 20 anos, por transfor-mações profundas, sendo a mais visível delas o crescimento

NOTÍCIAS SINDSEGSP

NILTON MOLINAPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA MONGERAL AEGON

ENTREVISTA

Referência quando o tema é Previdência Social e merca-dos de seguros de Vida e

Previdência, o presidente do Con-selho de Administração da Aegon Mongeral, Nilton Molina, tem acu-mulado reconhecimentos e home-nagens. A sua reconhecida experi-ência - o que inclui participações em estudos importantes relacio-nados com reformas do sistema de previdência – o levou a tomar assento no Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), órgão que cuida da regulação do regime de previdência complemen-tar operado pelas entidades fecha-das. Missão que Molina assumiu concentrando os seus esforços em regras que, pela sua inflexibilidade e anacronismo, impedem um cresci-mento maior dos fundos patrocina-dos por empresas. Graças ao con-junto de realizações acumuladas em mais de 50 anos dedicados ao segmento segurador, Molina tam-bém recebeu, no início de agosto deste ano, justa homenagem do SindsegSP. Na entrevista a seguir, Molina fala das grandes transfor-mações do passado recente da in-dústria seguradora e dos desafios que o futuro impõe ao segmento: Notícias SindsegSP: Vivemos sob um cenário de crise eco-nômica e política. Como a con-juntura está impactando o mer-cado de previdência e vida? Nilton Molina: O mercado de se-guros gerais, tudo junto e mistura-

do – saúde, previdência, automóvel -, vai apresentar, pela primeira vez em 20 anos, crescimento compará-vel com a variação da inflação. Por-tanto, deveremos ter neste ano um crescimento real perto de zero. NS: O senhor foi nomeado mem-bro do Conselho Nacional de Pre-vidência Complementar (CNPC), que cuida da regulação do regime de previdência complementar ope-rado pelas entidades fechadas de previdência complementar. Quais serão as suas contribuições para o conselho? Quais temas merecerão, prioritariamente, a sua atenção?Nilton Molina: Fomento, esse é o tema principal. Os fundos de pen-são fechados não crescem em ter-mos reais, de fato, nos últimos 20 anos. O grande desafio dos fundos patrocinados por empresas é contar com maior flexibilidade das normas que os regem. Sem a flexibilidade, não voltarão a crescer.NS: Que fatores têm contribuído para essa falta de flexibilidade?Nilton Molina: São normas que olham para o passado, para um modelo de empregabilidade que não existe mais. É o modelo japo-nês, que nem no Japão existe mais, abrangendo do berço ao túmulo. Um jovem de 30 anos não sonha fi-car em uma empresa mais 30 anos. Ele sonhava antes. Não sonha mais. Para o fomento do sistema, as no-vas regras têm de pensar empresa privada, e não empresas do gover-no, e pensar considerando a cabe-ça dos jovens.NS: O senhor recebeu uma home-nagem do SindsegSP como reco-nhecimento pelas suas contribui-ções à indústria seguradora em cerca de 50 anos de trajetória pro-fissional. Quais foram as principais conquistas da indústria seguradora

neste período, considerando iniciati-vas que tenham recebido sua contri-buição?Nilton Molina: A homenagem foi um obséquio, um favor, uma coisa delicada e não merecida. Nesses 50 anos, muita coisa mudou. Em termos de mercado de seguros, nesses 50 anos as mudanças formidáveis foram: 1) estabilidade da moeda; 2) cresci-mento dos seguros de saúde; 3) mais recentemente, o fim do monopólio do IRB; e 4) lançamento dos planos de acumulação nas carteiras da pre-vidência. O conjunto dessas conquis-tas fez com que o mercado saltasse de 1% do PIB para 5% do PIB. Não em 50 anos, mas, sim, nos últimos 20 anos.NS: Quais são os principais desafios para a indústria do seguro brasileira nos próximos anos?Nilton Molina: Os desafios que vejo são: distribuição, distribuição e dis-tribuição. Ou seja, vendas. Vou dar um exemplo. Primeiro, há uma enor-me concentração de distribuição, no Brasil, em balcões – bancos, farmá-cias, lojas de varejo, internet e call centers. Definitivamente, não se faz nesses lugares uma venda consultiva, que é a venda com alguém conver-sando com o cliente, entendendo as suas necessidades. Mas, hoje, esse conjunto de alternativas de distribui-ção é responsável por 70% do merca-do. Tirando os balcões, você tem so-mente como instrumento o corretor de seguros. Portanto, o mercado face to face, com um vendedor e um clien-te, responde somente por 30% do mercado. O mercado de balcão não vai crescer mais do que já é. Pelo contrário, a história mais recente mostra que a in-fluência dos balcões na distribuição vai reduzir. Esse mercado precisa, portanto, de mais gente vendendo. O nome do jogo do futuro é distribuição.

Nilton Molina

DISTRIBUIÇÃO É O NOME DOJOGO DO FUTURO DO SEGURO

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SEGURO PME

REPORTAGEM

As seguradoras vêm constatan-do, cada vez mais, que o mer-cado das pequenas e médias

empresas (PMEs) proporciona grandes oportunidades. Na visão de quatro companhias que apostam neste seg-mento – Liberty Seguros, Bradesco Seguros, Grupo BB e Mapfre e Porto Seguro -, esse mercado oferece um grande potencial, que vem sendo per-seguido principalmente com a oferta de apólices customizadas, mais afei-tas ao porte dos clientes em potencial deste segmento. Na visão dessas empresas, esse poten-cial pode ser constatado em pesquisa realizada no ano passado pesa RSA Seguros que mostra que aproximada-mente 70% das PMEs não têm qual-quer tipo de seguro – o que, segundo a seguradora, coloca em risco o futuro de suas operações. A pesquisa apon-ta que uma maior adesão aos seguros poderia representar uma redução da impactante taxa de insolvência das empresas deste segmento: em 2010, 22% das PMEs com até dois anos de vida encerraram suas atividades.“Este é um segmento em forte ex-pansão”, destaca o vice-presidente de Seguros Corporativos da Liberty Seguros, Paulo Umeki. Ele ampara-se em dados: em 2009, o número de Em-presas de Pequeno Porte era 660 mil; em 2012, as empresas classificadas como tal totalizaram 945 mil. Houve, portanto, uma elevação de 43,1% no universo de empresas-alvo dos segu-ros PME, superando a taxa de cresci-mento das Médias e Grandes Empre-sas (MGE), que foi de 31,2%. Além disso, traços culturais que mar-cam o empreendedorismo no país mostram que a aposta nesse seg-mento é adequada. “Mais de 43% dos brasileiros com idade entre 18 e 64 anos desejam se tornar empreen-dedores”, “Nossas expectativas são

bastantes otimistas porque acredi-tamos no potencial que existe neste segmento. Para que continuemos a crescer, mantemos os diferenciais que nossos produtos oferecem sempre disponíveis e atualizados para que nossos corretores de seguro cada vez mais ofereçam essas soluções aos clientes”, diz o superintendente de Auto/RE da Bradesco Seguros, Clau-dio Cabral de Assunção. Nem mesmo o momento difícil que atravessa a economia brasileira reduz o otimismo. “A percepção sobre a im-portância do seguro ganha ainda mais relevância em momentos de retração, de forma que o empresário tende a buscar soluções que auxiliem na sus-tentabilidade da sua operação”, na opinião de Marcos Figueiredo, geren-te executivo de Produtos Tradicionais do Grupo BB e Mapfre.Entre os desafios para desbravar esse segmento está o trabalho de conven-cimento dos micro e médios empre-sários sobre a importância dos segu-ros.“Na abordagem aos potenciais clien-

tes deste segmento, a oferta de apóli-ces adequadas à diferentes demandas e portes parece ser a tônica. “Um dos pontos importantes aos quais estamos atentos é a adaptação do seguro em vir-tude do ramo de atuação e do tamanho da empresa. Entendemos que a apólice deve oferecer coberturas que apoiam a empresa durante imprevistos e que se-jam modulares ao seu tamanho”, afirma Marcos Figueiredo. A Liberty Seguros destaca que os resul-tados das vendas estão dentro do espe-rado. “O seguro de vida para pequenas e médias empresas cresceu 10% ao lon-go dos últimos anos. Somente no pri-meiro semestre desse ano, o aumento foi em torno de 4%”, diz Umeki.A Porto Seguro informa que os se-guros customizados para PMEs es-tão crescendo uma média de 15% ao ano, enquanto os demais seguros empresariais têm se mantido com crescimento na casa de 12%. “Esse segmento já representa 20% da nos-sa carteira”, afirma o superintenden-te da área de Ramos Elementares da Porto Seguro, Jarbas Medeiros.

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, GRANDE POTENCIAL PARA AS SEGURADORAS

NOTÍCIAS SINDSEGSP 3

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EXPEDIENTE

NOTÍCIAS SINDSEGSP4

ANTÔNIO PENTEADO MENDONÇA

ARTIGO

O setor de seguros passou, nos últimos 20 anos, por transfor-mações profundas, sendo a

mais visível delas o crescimento impres-sionante de sua participação no Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, o setor representa mais de 6% do PIB, contra menos de 1% em 1994. Esta transformação impactou a mão de obra, hoje bem maior e mais bem-treina-da do que era na época do Plano Real. Durante muitos anos o setor de seguros era dos menos procurados por quem queria ingressar no mercado de trabalho. Antes dele vinham indústria, bancos, co-mércio e vários outros serviços. Em razão disso, praticamente não havia cursos profissionalizantes ou programas de treinamento voltados para a ativida-de. A exceção eram os cursos ministra-dos pela Escola Nacional de Seguros (Funenseg), que, em São Paulo, era representada pela Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro.

Notícias Sindsegsp é uma publicação do Sindicato das Empresas de Seguros, Resseguros e Capitalização do Estado de São Paulo.Presidente: Mauro Batista Diretor Executivo: Fernando Simões Produção: Néctar Comunicação Corporativa Jornalista responsável: Eugênio Melloni (MTb 19.590) Redação e edição: Eugênio Melloni Fotos: Divulgação

Comparar os cursos daquela época com os programas de treinamento atuais é o mesmo que colocar lado a lado um Fus-quinha e uma Ferrari. Não há comparação possível. E a mudança de patamar é uma das razões que fazem com que as segu-radoras tenham melhorado muito seu de-sempenho.Se no início da década de 1980 o único curso que dava uma ideia geral da ativida-de era o voltado para a formação de cor-retores de seguros, nos dias de hoje existe uma ampla variedade de programas de treinamento, com as mais diversas abor-dagens, sobre os mais variados assuntos.A principal provedora de programas para formação de mão-de-obra para o setor ainda é a Funenseg. É uma entidade do mercado que desde o seu início foi pensa-da para assumir o treinamento e a qualifi-cação dos profissionais de todos os seto-res da atividade.Alguns anos atrás, a Funenseg foi moder-nizada e profissionalizada, o que lhe per-

mitiu atender às necessidades de atividades em franco desenvolvimento e carentes de mão de obra qualificada.Do curso de corretores de seguros aos MBAs de hoje, o caminho foi longo, mas os resulta-dos alcançados superaram as expectativas. O menu de cursos e programas de forma-ção de mão de obra da Funenseg abrange praticamente todos os campos profissionais necessários para o setor segurador. Seu foco não são apenas as seguradoras, mas todas as atividades direta e indiretamente envolvi-das profissionalmente com o setor de segu-ros. Se agora é hora de cautela porque a crise que assola o país, como não poderia deixar de ser, vai afetar o setor, é preciso se ter claro que o Brasil é maior do que ela e que, em algum momento nos próximos anos, a eco-nomia irá se recuperar. Quando isso aconte-cer, o setor de seguros terá um crescimento muito rápido e, mais do que nunca, será uma ótima oportunidade para quem quiser progredir profissionalmente.

A ALMA DO NEGÓCIO

As mudanças abrangem desde a refor-ma física de instalações, passando pela definição de um novo organograma e a contratação de uma equipe multidis-ciplinar, com a atração de profissionais de outros segmentos da economia, para posicionar a escola de forma mais ajustadas as novas demandas da indús-tria seguradora.Um dos principais eixos das transfor-mações é a ampliação da atuação da Funenseg no ensino superior. Neste segmento, novos cursos e novas áreas geográficas estão sendo contempla-dos, abrangendo novas formatações de cursos já tradicionais, como os MBAs, informa Pinto. Entre as conquis-tas recentes Pinto destaca a aprovação, pelo Ministério da Educação e Cultura, da graduação tecnológica para a admi-nistração. ‘Será possível, com isso, for-mar profissionais com o título de gra-

duado em administração de empresas em dois anos. Em 2016 sairá a primeira turma”, afirma o diretor da escola.Trainees - Com essa nova filosofia, a Funenseg, juntamente com o Sindse-gSP e associados, está estruturando um curso para a formação de traine-es interessados em desenvolver suas carreiras profissionais no segmento de seguros. O objetivo da iniciativa é atender a uma grande demanda do mercado, principalmente das médias e pequenas seguradoras.“A formação de trainees tem um cus-to elevado, pois são recrutados vários jovens profissionais, que recebem trei-namentos desenhados pelas empresas, e são aproveitados apenas dois ou três deles”, explica Celso Paiva, diretor da Alfa Seguradora e também membro da diretoria do SindsegSP. Como temos a Funenseg, uma escola estruturada para

a formação de mão de obra para o mer-cado, consideramos a possibilidade de realizarmos o treinamento por meio dela, acrescenta Paiva.O diretor-executivo do SindsegSP, Fernando Simões, explica que a ideia é estruturar um curso de um ano de duração, considerando que um terço deste período seria despendido em salas de aula e os dois terços restantes nas empresas patrocinadoras. “Consi-deramos também a possibilidade de criarmos dois núcleos de alunos: um deles constituído por estudantes da própria escola, oriundos da gradua-ção; e o outro, de alunos selecionados em outras escolas ou indicados pelas seguradoras”, acrescentou Simões. Ele destacou que os colaboradores das se-guradoras que estiverem se formando em cursos universitários também terão oportunidades.

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