editoração

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1 EDITORAÇÃO Definição da ABNT, NBR 12256 (1992, p. 1): Preparação de originais para publicação, segundo critérios específicos”. Definição de Medeiros (2002, p. 403): Processo de edição de um livro, que consiste em preparar o texto, adequando- o à gramática, às normas da ABNT, às convenções editoriais da empresa, à escolha de fontes e tamanho, à indicação de abertura de páginas, recuos [...]”. AUTOR Definições legais: (Art. 11 da Lei nº 9.610/1998): “Pessoa física criadora de obra artística, literária ou científica”. (Art. 5º da Lei nº 10.753/2003): “ a pessoa física criadora de livros”. Definição da ABNT, NBR 6023 (2002, p. 2): “autor(es): Pessoa(s) física(s) responsável(éis) pela criação do conteúdo intelectual ou artística ou documento”. “autor(es) entidade(s): Instituição(ções), organização(ções), empresa(s), comitê(s), comissão(ções), evento(s), entre outros, responsável(éis) por publicações em que não se distingue autoria pessoal.” Definição de Medeiros (2002, p. 382): “Pessoa física ou jurídica que concebe e realiza uma obra, destinada a ser publicada. Escritor, compositor, inventor [...]”. EDITOR Definições legais: (Art. 5º da Lei nº 9.610/1998): “editor - a pessoa física ou jurídica a qual se atribui o direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de divulgá-la, nos limites previstos no contrato de edição ”. (Art. 5º da Lei nº 10.753/2003): “a pessoa física ou jurídica que adquire o direito de reprodução de livros, dando a eles tratamento adequado à leitura”. Definições da ABNT, NBR 6023 (2002, p. 2): “[...] responsável intelectual ou científico que atua na reunião de artigos para uma revista, jornal etc., ou que coordena e organiza a preparação de coletâneas”. Definição de Medeiros (2002, p. 389): “quem trabalha com edição de um livro, que seleciona uma obra, avalia-a, faz sugestões sobre o conteúdo, contrata-a e manda imprimir [...]”. EDITORA

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Material didático da turma de Biblioteconomia 2007 da Universidade Federal do Pará (UFPA)

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    EDITORAO Definio da ABNT, NBR 12256 (1992, p. 1): Preparao de originais para publicao, segundo critrios especficos. Definio de Medeiros (2002, p. 403): Processo de edio de um livro, que consiste em preparar o texto, adequando-o gramtica, s normas da ABNT, s convenes editoriais da empresa, escolha de fontes e tamanho, indicao de abertura de pginas, recuos [...]. AUTOR Definies legais: (Art. 11 da Lei n 9.610/1998): Pessoa fsica criadora de obra artstica, literria ou cientfica. (Art. 5 da Lei n 10.753/2003): a pessoa fsica criadora de livros. Definio da ABNT, NBR 6023 (2002, p. 2): autor(es): Pessoa(s) fsica(s) responsvel(is) pela criao do contedo intelectual ou artstica ou documento. autor(es) entidade(s): Instituio(es), organizao(es), empresa(s), comit(s), comisso(es), evento(s), entre outros, responsvel(is) por publicaes em que no se distingue autoria pessoal. Definio de Medeiros (2002, p. 382): Pessoa fsica ou jurdica que concebe e realiza uma obra, destinada a ser publicada. Escritor, compositor, inventor [...]. EDITOR Definies legais: (Art. 5 da Lei n 9.610/1998): editor - a pessoa fsica ou jurdica a qual se atribui o direito exclusivo de reproduo da obra e o dever de divulg-la, nos limites previstos no contrato de edio . (Art. 5 da Lei n 10.753/2003): a pessoa fsica ou jurdica que adquire o direito de reproduo de livros, dando a eles tratamento adequado leitura. Definies da ABNT, NBR 6023 (2002, p. 2): [...] responsvel intelectual ou cientfico que atua na reunio de artigos para uma revista, jornal etc., ou que coordena e organiza a preparao de coletneas. Definio de Medeiros (2002, p. 389): quem trabalha com edio de um livro, que seleciona uma obra, avalia-a, faz sugestes sobre o contedo, contrata-a e manda imprimir [...]. EDITORA

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    Definio legal: (Art. 5 da Lei n 9.610/1998): produtor - a pessoa fsica ou jurdica que toma a iniciativa e tem a responsabilidade econmica da primeira fixao do fonograma ou da obra audiovisual, qualquer que seja a natureza do suporte utilizado. Definies da ABNT, NBR 6023 (2002, p. 2): Casa publicadora, pessoa(s) ou instituio responsvel pela produo editorial. Conforme o suporte documental, outras denominaes so utilizadas: produtora (para imagens em movimento), gravadora (para registros sonoros), entre outras. Definio de Medeiros (2002, p. 389): empresa que imprime e comercializa obras literrias, cientficas, de artes, livros didticos. Instituio responsvel pela produo editorial. EDITORADOR Definio de Medeiros (2002, p. 389): Profissional de editorao que realiza trabalho de normalizao textual, adequando-o a regras internas (convenes e estilo da empresa) e externas (ABNT, gramtica) editora para public-lo, e cuida de outros elementos do processo de edio, como escolha da fonte, tamanho, aberturas capitulares, recuos, ttulos correntes. EDITORIAL Definio de Medeiros (2002, p. 389): Nas empresas publicadoras, departamento que se ocupa da seleo de obras para publicao, contratao de autores, normalizao textual. Tambm designa texto que, nos peridicos, veicula a opinio do editor. Exemplo: Revista Cincia da Informao http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/view/95/87

    PUBLICAO Definio legal: (Art. 5 da Lei n 9.601/1998): [...] oferecimento de obra literria, artstica ou cientfica ao conhecimento do pblico, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo. LIVRO Definio legal: (Art. 2 da Lei n 10.753/2003):

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    publicao de textos escritos em fichas ou folhas, no peridica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato e acabamento. De acordo com essa Lei, so equiparados ao livro: I - fascculos, publicaes de qualquer natureza que representem parte de livro; II - materiais avulsos relacionados com livro, impressos em papel ou em material similar; III - roteiros de leitura para controle e estudo de literatura ou de obras didticas; IV - lbuns para colorir, pintar, recortar ou armar; V - Atlas geogrficos, histricos, anatmicos, mapas e cartogramas [...] [...] VI - textos derivados de livro ou originais, produzidos por editores, mediante contrato de edio celebrado com o autor, com a utilizao de qualquer suporte; VII - livros em meio digital, magntico e tico, para uso exclusivo de pessoas com deficincia visual; VIII - livros impressos no Sistema Braille [...] Definies da ABNT, NBR 6029 (2006, p. 3): Publicao no peridica que contm acima de 49 pginas, excludas as capas, e que objeto de Nmero Internacional Normalizado para Livro (ISBN). Obs.1: o que possuir at 49 pginas considera-se folheto. Obs.2: folhetos tambm podem receber ISBN. PUBLICAO PERIDICA OU SERIADA Definies da ABNT, NBR 6023 (2002, p. 2): Publicao em qualquer tipo de suporte, editada em unidades fsicas sucessivas, com designaes numricas e/ou cronolgicas e destinada a ser continuada indefinidamente. So objeto de Nmero Internacional Normalizado para Publicaes Seriadas (ISSN). Definio de Medeiros (2002, p. 400): Publicao em qualquer tipo de suporte, editada em unidades fsicas sucessivas, sob um mesmo ttulo, a intervalos regulares ou irregulares, por tempo indeterminado. As publicaes peridicas ou seriadas incluem jornais, revistas, boletins. SRIE/COLEO Definies da ABNT, NBR 6029 (2006, p. 4): Conjunto de itens, sobre um tema especfico ou no, com autores e ttulos prprios, reunidos sob um ttulo comum. Exemplo: MARTINS, Maria Helena. O que Leitura. LAPLANTINE, Franois; TRINDADE, Liana. O que imaginrio. BAKOS, Margaret. O que so hieroglifos EDIO, REEDIO E REIMPRESSO EDIO

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    Definies da ABNT, NBR 6029 (2006, p. 2): Todos os elementos produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem mesma edio de uma publicao todas as suas impresses, reimpresses, tiragens etc., produzidas diretamente ou por outros mtodos, sem modificaes, independente do perodo decorrido desde a primeira publicao. PRIMEIRA EDIO: Primeira publicao de um original (ABNT,2006, p. 2). REEDIO Definies da ABNT, NBR 6029 (2006, p. 2): Edio diferente da anterior, seja por modificaes feitas no contedo, na forma de apresentao do livro ou folheto (edio revista, ampliada, atualizada etc.) ou seja por mudana de editor. Cada reedio recebe um nmero de ordem sequencial: 2, 3 etc.. Obs.: A primeira edio no numerada . 1 REIMPRESSO Definies da ABNT, NBR 6029 (2006, p. 2): Nova impresso de um livro ou folheto, sem modificaes no contedo ou na forma de apresentao (exceto correes de erros de composio ou impresso), no consistindo nova edio. TIRAGEM Definies da ABNT, NBR 6029 (2006, p. 4): Total de exemplares impressos a cada edio ou reimpresso da publicao. Ex: Tiragem (impresso) de 1000 exemplares. FATORES PARA PUBLICAO DE UM LIVRO De acordo com Medeiros (2020, p. 20), so trs os fatores para a publicao de um livro por uma editora: Capacidade de absoro do mercado; Capacidade de investimento da editora; Capacidade de trabalho do autor. FUNES DO EDITOR No trabalho editorial, funo do autor segundo Medeiros (2002, p. 24): -Contatar autores; -Elaborar contratos de edio; -Elaborar relatrios de atividade editorial; -Avaliar a aprovao dos originais e avaliar as provas da capas da publicaes; -Supervisionar a equipe que participa do trabalho editorial; -Analisar a rentabilidade da publicao para a editora; -Planejar a produo do livro; -Analisar material promocional;

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    -Controlar o fluxo de reproduo dos originais; -Analisar e aprovar a planilha de custo; -Elaborar relatrios de departamento para encaminhar diretoria. O trabalho do editor de texto envolve sempre que necessrio o contato como autor, a fim de resolver dvidas ou de discutir a resoluo de um problema. Aps a reviso textual, o editor de texto encaminha o material revisado para aprovao ou rejeio das propostas. O trabalho do editor de texto orientado em benefcio da obra do autor, procurando contribuir na apresentao e no contedo do original. FUNES DO NORMALIZADOR DE TEXTO Medeiros (2002, p. 26) identifica as seguintes funes do normalizador de texto: -Digitao do texto; -Preparo dos elementos pr-textuais e ps-textuais; -Normalizao dos originais (espaos entre linhas; citaes; abreviaturas; recuos; referncias; topnimos e antropnimos; ttulos da sees; uso de itlico, bold e VERSAL; notas de rodap; uso de nmeros etc.); -Realizao das correes ortogrficas e gramaticais nos originais (concordncia, regncia, colocao pronominal, pontuao etc.); -Organizao dos elementos estruturantes do original: -Falsa folha de rosto = Olho -Folha de rosto = frontispcio: anverso e verso; -Dedicatria; -Agradecimentos; -Apgrafe; -Lista de ilustraes; -Lista de tabelas; -Lista de abreviaturas ou siglas; -Sumrio; -Prefcio = apresentao;

    -Introduo; -Captulos; -Consideraes finais; -Posfcio; -Referncias; -Glossrio; -Apndice; -Anexo; -ndice; -Colofo.

    -Normalizao da numerao das pginas, figuras, grficos, notas etc.; -Redao dos elementos da capa, quarta-capa, lombada; -Elaborao dos ndices (onomstico e/ou remissivo); -Elaborao de relatrios de dvidas para autor, tradutor ou revisor-tcnico. FUNES DO REVISOR DE PROVAS Finalizado o trabalho de normalizao, uma verso impressa (prova) enviada ao revisor, que para Medeiros (2002, p. 26) desempenha as seguintes funes: -verificar os espaos entrelinhas, as fontes, as sees, as ilustraes; -Indicar erros ortogrficos e gramaticais; -A reviso feita com a utilizao de sinais convencionais, indicados na margem direita do texto, normalizados pela NBR 6025/2002.

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    ESTILO EDITORIAL E REDACIONAL 1) ESTILO EDITORIAL: O estilo editorial corresponde ao conjunto das caractersticas que identificam as publicaes de uma editora. Assim, o autor deve procurar escrever a publicao seguindo esse estilo, facilitando os processos posteriores produo do livro. Tecnicamente, o estilo editorial envolve a definio de uma srie de padres a serem aplicados na publicao, tais como: -Uso de fontes maisculas e minsculas; -Padres de pontuao; -Abreviaturas; -Notas de rodap; -Recursos de destaque (bold, itlico, aspas, VERSAL); -Formas de tratamento; -Pessoa gramatical; -Uso de smbolos; -Unidades de peso e medida; -Numerao; -Datas; -Siglas; -Referncias; -Citaes. a) Pessoa gramatical: Uso da terceira pessoa (neutra): Suponha-se... Veja-se... Entende-se... Percebe-se... Obs.: uso do verbo na primeira pessoa (EU) no recomendvel num texto tcnico-cientfico, pois denota autoritarismo, arrogncia e outras impresses negativas sobre o autor. Ou (para interpelar o leitor): Use o imperativo na 3 pessoa: Suponha... Entenda... Perceba... Use a terceira pessoa do plural: Suponhamos... Entendamos... Percebamos... b) Uso de fontes maisculas: Letras maisculas so utilizadas em nomes substantivos prprios, tal como nas situaes abaixo: Dignidades, altos cargos e postos: Marechal Castelo Branco Papa Joo Paulo II

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    Presidente Lula Altos cargos da administrao pblica: Corregedor-Geral da Unio Vice-Diretor da Escola Superior da Magistratura Secretrio de Estado Prefeito Governador Vice-Presidente Nomes de rgos e de entidades pblicas ou privadas: Universidade Federal do Par Companhia Vale do Rio Doce Sindicato dos Bibliotecrios do Estado do Par Escola Estadual de Ensino Fundamental e Mdio Deodoro de Mendona Nomes prprios: Augusto de Oliveira Sobrinho Silva Ttulos de peridicos (boletins, jornais, revistas), livros e outras produes artsticas: O Liberal Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentao Isto Pginas da vida (novela) Central do Brasil (filme) O primo Baslio (romance) Memrias pstumas de Brs Cubas (romance) O beijo (escultura de Rodin) Adjetivos, pronomes e expresses de tratamento: D., Sr., V., Sa., V. Exa. Nomes de cincias e disciplinas: Administrao Editorao Biblioteconomia Lngua Portuguesa Psicologia Filosofia Designaes eras e perodos histricos: Idade Mdia Pr-histria Antiguidade Idade Moderna Acidentes geogrficos: Ilha de Maraj

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    Arquiplado do Marj Mar Negro Pico da Bandeira Pennsula Ibrica Deserto do Saara Nomes de fatos histricos: Cabanagem Segunda Guerra Mundial Revoluo Industrial Renascimento Inconfidncia Mineira Guerra do Iraque Legislao: Lei n 2.459 Decreto-lei n 35 Portaria n 122 Medida Provisria n 1.790 Instruo Normativa n 590 Decreto n 233 A palavra estado, quando usada para referir-se aos estados da federao ou a instituio: ...o Estado do Par ...os Estados brasileiros ...o Estado brasileiro Estados-membros Expresses de destaque da Economia: Primeiro Mundo Segundo Mundo Terceiro Setor Primeiro Setor c) Destaques: us-los de forma criteriosa, padronizada e sem excessos. -bold (negrito): visualmente aplica-se melhor a ttulos; -Caixa alta: obedecer NBR 6024: 2003, Numerao Progressiva das Sees de um Documento (ver item 3.7); -Itlico: usado para ressaltar estrangeirismos e nomes cientficos: Ex: survey Homo Spiens Hevea Brasiliensis Obs: usar itlico tambm em termos significantes: Ex: o uso da palavra informao para cidadania aplica-se... Para consultar nomes cientficos de animais e plantas: -Scientific Name Net Site simples, em ingls, sem recurso de pesquisa http://www.scientificname.net/ -Sistema Integrado de Informao Taxonmica Possui campo para pesquisas http://www.itis.gov/

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    d) Unidades de peso e medida: o uso dessas unidades deve seguir o padro internacional, sem utilizar ponto e sem utilizar s. Assim, tem-se: 120 m2 120m2 40 cm e no 40cm 80 kg 80km Obs: Quando pesos e medidas no estiverem acompanhadas de seus respectivos smbolos, devem ser escritas por extenso, como nos exemplos: preciso medir a igreja em metros quadrados. E no: preciso medir a igreja em m2. e) Citaes: seguir o que recomenda a BNR10520: 2002, Citaes em documentos; f) Datas: seguir o que recomenda a NBR 5892: 1989, Norma para datar (ver norma); g) Algarismos romanos: so aplicados nas seguintes situaes: -Sculos: sculo XXI, sculo XV, sculo III a.C.; -Ttulos religiosos e de realeza: Papa Pio XII, D. Pedro II, Frederico III; -Edies de eventos: XX Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentao; I Seminrio de Iniciao Cientfica; IV Conferncia Nacional sobre Direitos Autorais. h) Nmeros ordinais: De um a dez: so escritos por extenso. Ex: Alunos do segundo semestre de 2010. Na primeira semana de maro comearam as aulas. Do 11 nmero em diante: grafados em forma de nmero. Ex: Em dezembro ser pago o 13 salrio. 2) ESTILO REDACIONAL: O texto produzido para um livro tcnico-cientfico deve seguir a um estilo direto, sendo portanto muito diferente do estilo de um texto literrio, o qual permite o mais abertura e criatividade ao autor. Exemplo: A poluio est aumentando nos rios, est aumentando nos lagos e est aumentando nas florestas. A poluio est aumentando nos rios, nos lagos e nas florestas. Fonte do exemplo: SILVA, Joo Batista Corra da. A dissertao clara e organizada. Belm: EDUFPA, 2007, p. 25. 3) SIGLAS E ABREVIATURAS Sigla: representao de um nome por meio das iniciais. Ex: UFPA - IBAMA - CNPq Abreviatura: representao reduzida de um nome ou de palavra. Ex: adv. (adjetivo) - Ph.D. [Philosophiae doctor] Fonte de consulta para abreviaturas: dicionrios.

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    REGRAS DE APRESENTAO PARA SIGLAS I As siglas no levam ponto. Ex: BNDS - DOU - OAB - INSS II Siglas com at 3 letras so escritas em maisculo. Ex: MEC - MAB - FAE III Quando uma instituio mencionada pela primeira vez em um texto o nome deve ser escrito por extenso, seguido da sigla entre parnteses. Ex: Museu Paraense Emlio Goeldi (MPEG) IV Siglas e abreviaturas no pluralizadas, todavia, se necessrio, no utilizar apstrofo. Ex: CD-ROMs, DVDs, Ufirs. V Siglas compostas apensa por consoantes so escritas em caixa alta. Ex: CNPJ VI Siglas com quatro letras ou mais formam palavras, sendo compostas com consoantes e vogais, grafa-se apenas a primeira letra em maisculo. Ex: Bradesco - Petrobras - Telebras - Embratel VII Siglas com letras maisculas em sua origem para se diferenciar de outras devem ser respeitadas. Ex: CNPq - CFSd VIII Siglas estrangeiras devem ser grafadas da seguinte forma: a) quando possuem traduo aceita para o portugus: Ex: International Labour Organization (ILO) use Organizao Internacional do Trabalho (OIT) b) quando a forma original no possui traduo usual para o portugus: Ex: International Standard Book Number (ISBN) e no Nmero Internacional Padronizado para Livro (NIPL) IX No elevar letras. Ex: Dr. - use Dra. Sr. - use Sra. Prof. - use Profa. X Palavras abreviadas devem terminar em consoante. Quando houver encontro consonantal, a abreviao feita a partir da ltima consoante. Ex: masc. - sing. XI Formas de tratamento aditem plural. Ex: Profs. - V. Exas. XII No lugar de etc., prefira usar e outros, entre outros. XIII Os nomes dos estados so abreviados com duas letras. Ex: PA - MA - SP - RJ XIV Quando a sigla de um estado vier aps o nome de uma cidade, ele deve ser registrada entre parntese. Ex: Belm (PA) - Vassouras (RJ) - Fortaleza (CE) XV Para Sociedade Annima, preferir a abreviatura S.A.. 4 O CONTRADO DE EDIO O contrato de edio um documento firmado entre o autor e a editora, envolvendo compromissos, responsabilidades de cada uma das partes

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    envolvidas. Segundo Medeiros (2002), as editoras brasileiras costumam pagar entre 6 e 10% de direitos autorais sobre o preo de capa (preo do livro na livraria) aos autores. O repasse dos valores correspondentes aos direitos autorais so feitos de forma varivel para cada editora: a cada trs meses, a cada seis meses ou at mesmo anuais. Exemplo de contrato http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/207/CONTRATO_DE_EDICAO_-_OBRA International Standard Book Number ou ISBN 1 LEI N 10,753, DE 30 DE OUTUBRO DE 2003. No Art. 6 declara obrigatria a adoo do Nmero Internacional Padronizado, bem como a ficha catalogrfica. O mesmo artigo determina que o ISBN dever constar na quarta capa do livro impresso. 1.1 O ISBN O International Standard Book Number (ISBN) um sistema numrico internacional, padronizado, de origem inglesa, que se destina a identificar o ttulo e a edio de um livro, de um software ou de livro eletrnico. No ano de 1972 o ISBN foi adotado como norma internacional pela ISSO, por ocasio da realizao de uma reunio realizada em Berlim em 1967. Atual um identificador internacional de livros reconhecido em mas de 160 pases. A funo do ISBN reside no controle da produo, distribuio, da anlise de vendas, bem como do armazenamento de dados bibliogrficos para o comrcio internacional de livros, servindo tambm para a gesto em bibliotecas. 1.2 A ESTRUTURA DO ISBN Prefixo EAN Identificador de editor ISBN 978-85-333-0400-5 Digito de verificao Identificador de grupo, pas Identificador de ttulo ou rea idiomtica O atual ISBN em vigor composto por 13 dgitos. O ISBN de 10 dgitos, em vigor desde os anos de 1960, foi alterado em 2007 em funo do aparecimento das publicaes eletrnicas e das novas diretivas do EAN Internacional. Essa mudana ocorreu com a introduo para seguir o padro do cdigo de barras EAN-13. 1.3 O RGO RESPONSVEL PELO ISBN NO BRASIL A solicitao de ISNB deve ser realizada Agncia Brasileira de ISBN, sediada na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Ver: http://www.bn.br/portal/?nu_pagina=26

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    Elaborao de ndice - NBR 6034: 2004 1 Definies O ndice uma relao de termos (nomes de pessoas, locais, datas, conceitos, coisas etc.) ordenadas de acordo com critrios pr-determinados, elaborado com o propsito de orientar o leitor a uma informao localizada em uma determinada pgina de um documento. O ndices so organizados por entradas, formadas por um cabealho e a identificao da pgina de ocorrncia desse cabealho. Os subcabealhos so termos que complementam um cabealho. NDICE: lista ordenada de palavras, frases ou nome de autores que remetem informaes especficas dentro de um documento, elaborado conforme a NBR 6034/2004. Ex: NDICE GERAL A Aa, 23, 44, 56, 128 Amazonas, - estado do, 37, 19 - guerreiras, 219 B Brasil, 12, 18, 33, 38, 40, 55, 72, 83, 97, 112, 119, 138, 217 - histria do, 45, 66, 83 Belm, 12, 24, 33, 41, 63, 77, 82, 95, 118, 122, 217 C Capanema, 17, 37, 88 O cabealho deve ser entendido como qualquer palavra ou smbolo que determina uma entrada em um ndice. Os cabealhos podem ser simples ou compostos, onde: a) Cabealhos simples: so expressos por uma e somente uma palavra ou smbolo. Ex: Brasil; b) Cabealhos compostos: so expressos por mais de uma palavra ou smbolo, sendo que pelo menos a primeira tem significado prprio e independente. Ex: Dor de cabea Famlia azul (Porcelana chinesa) As remissivas so indicaes que remetem a um cabealho ou a um subcabealho atravs do uso das expresses ver e ver tambm, onde: A remissiva ver elimina um cabealho e remete o leitor ao cabealho adotado no documento. Ex:Grande Rede Mundial de Computadores ver Internet. A remissiva ver tambm remete a cabealhos correlatos, ampliando as opes de consulta do leitor. Ex: Frias ver tambm Licena As remissivas so indicaes que remetem a um cabealho ou a um subcabealho atravs do uso das expresses ver e ver tambm, onde:

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    A remissiva ver elimina um cabealho e remete o leitor ao cabealho adotado no documento. Ex: Grande Rede Mundial de Computadores ver Internet. A remissiva ver tambm remete a cabealhos correlatos, ampliando as opes de consulta do leitor. Ex: Frias ver tambm Licena 2 A classificao dos ndices Os ndices so classificados em: Assunto: remete aos assuntos identificados no documento. Autores: remete aos nomes dos autores citados no documento. Nomes geogrficos (topnimos): remete aos nomes de lugares identificados no documento. Sistemtico: remete a um tpico dentro de um determinado contexto. Quanto ao enfoque os ndices so classificados em ESPECIAIS ou GERAIS. So ndices especiais os de: Assunto: remete aos assuntos identificados no documento. Autores: remete aos nomes dos autores citados no documento. Nomes geogrficos (topnimos): remete aos nomes de lugares identificados no documento. Citaes: remetem s citaes em um documento. Quanto ao arranjo, os ndices podem ser organizados por: Ordem alfabtica (A-Z ); Ordem cronolgica (datas, ano, sculo); Ordem sistemtica (com o emprego de determinados arranjosmais complexos. Ex: classificao, tpicos); Ordem numrica (por nmeros); Ordem alfanumrica (combinando letras do alfabeto e nmeros). 3 Localizao So posicionados no final da publicao. 4 Orientaes gerais Para elaborar um ndice, o bibliotecrio deve ler todo o documento. As citaes, as notas explicativas e de referncia, os apndices e os anexos tambm devem ser levados em considerao na elaborao do ndice. O ndice deve receber um ttulo que expresse seu contedo (ndice geral, ndice onomstico, ndice cronolgico etc.). As entradas devem ser apresentadas em linhas separadas, com recuo dos subcabealhos da esquerda para a direita. Ex: Referncias de material iconogrfico 18, 19 de monografias no todo 7-11 de partes de monografia, 12, 24 Quando um as divises de um subcabealho seguirem em outra coluna ou em outra pgina, o cabealho ou subcabealho deve ser repetido com a palavra continuao ao lado, entre parnteses ou itlico.

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    Brasil geografia do 17, 33 geologia do 42, 43, 47 histria do 57, 59, 62 industrializao do 95 populao do 37 revoltas no 122, 138 sade no 145, 188, 228 Deve-se evitar iniciar as entradas com preposies e artigos. Ex: Ao invs de entrar: A economia 134, 174 Entrar sem o artigo: Economia 134, 174 Quando necessrio, o cabealho deve ser complementado por uma expresso modificadora que esclarea o sentido do termo ao leitor. Ex:Pedro II, Imperador do Brasil 32, 55, 67 Pedro II (Estao de metr) 83, 87, 89 Rio de Janeiro (Estado) 12, 25, 27 Rio de Janeiro (Cidade) 28-34, 45, 73 Quando um cabealho apresentar referncias muito numerosas, recomenda-se organiz-los em subcabealhos prprios. Ex: Ao invs de entrar com Indstria alimentcia em um cabealho prprio, melhor registrar o termo sob o cabealho alimentos, para o qual j h vrias referncias no documento. Veja: Alimentos conservao de 12, 33, 36 desperdcio de 37 exportao de 54, 58 importao de 223, 225, 226, 229 indstria de 3, 67 setor de 63 Controlar as remissivas observando as seguintes recomendaes:

    termo sinnimo para termo escolhido. Ex Aviao ver Aeronutica

    termo popular para termo cientfico ou tcnico. Ex: Sarna ver Escabiose

    termo antiquado para termo de uso atual. Ex: Disco voador ver Objeto Voador No Identificado

    sigla para nome completo da entidade. Ex: ONU ver Organizao das Naes Unidas No caso de palavras compostas, a entrada deveser feita pela palavras significativa, fazendo referncia para as palavras passveis de serem procuradas pelo leitor. Ex: Elaborao de ndice ver ndice, elaborao de Para ndice onomstico, a entrada dever ser feita pelo sobrenome.

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    Ex: Prado Jnior, Caio 13, 23-25, 34 Para obras dividas em volumes e com um nico ndice, deve-se indicar a parte e a pgina correspondente. Ex: IdadeMdia v. 2, 36, 37, 49; v. 3, 81, 123-126, 129 Para referncias constantes em notas explicativas, pode-se indicar a chamada numrica sobrescrita na pgina correspondente. Ex: Biblioteca(s), 37, 49, 133-136, 185 - escolar, 562 - especializadas, 73, 7735 - universitrias, 28, 85