manual de editoração 2005

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Normas de editoração de partituras publicadas pela ABM.

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Page 1: Manual De Editoração 2005

ACADEMIA BRASILEIRA DE MÚSICAPrograma de Editoração deObras Sinfônicas e Camerísticas

MANUAL DEEDITORAÇÃO2005

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PROGRAMA DE EDITORAÇÃO DEOBRAS SINFÔNICAS E CAMERÍSTICAS

Visando a uma padronização de procedimentos notacionais,em geral, e a uma diagramação básica para partituras e par-tes do repertório sinfônico e camerístico, apresentamos aseguir algumas sugestões que devem ser consideradas pe-los editoradores do Banco. Lembramos, contudo, que asmesmas devem ser avaliadas com bom senso nos contextosde suas ocorrências, tendo em vista a consecução de umtrabalho que apresente como resultado tanto o apuro estéti-co quanto a leitura objetiva.O software de editoração adotado pela coordenação doBanco é o “Finale” (MakeMusic), versão 2005 ou mais re-cente, a cujos comandos serão feitas algumas referênciasneste manual.

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FORMATAÇÃO

FormatoAdmite-se o uso de papel A4 (21,0 X 29,7 cm), B4 (25,7 X 36,4 cm) ou A3(29,7 X 42,0 cm). Entretanto, sempre que possível dar-se-á preferência ao for-mato A3 horizontal, contendo duas páginas editoradas em A4 vertical facea-das, tanto para partituras quanto para partes individuais. Isso possibilitará a en-cadernação com grampo em canoa, em vez de lombada, favorecendo o manu-seio e a finalidade do material.

A4B4

A3

Percentual de reduçãoQuando se emprega o formato A4, o percentual máximo de redução aceitávelpara partituras é de aproximadamente 60%. Caso haja necessidade de superaro limite de 50% de redução (45%, 40% e assim por diante), recomenda-se oemprego do formato B4 ou mesmo do A3. Na editoração de partes instrumen-tais/ vocais individuais deve ser aplicado um percentual de redução entre 95%e 90%, editoradas invariavelmente em formato A4.

Programação de percentualO percentual de redução aplicado às páginas de partituras e partes individuaisdeve ser atribuído, exclusivamente, na caixa de diálogo aberta com um cliqueno canto superior esquerdo da página, ou seja, com o redimensionamento inte-gral da página. Isso evita reduções parciais como a que afeta somente os sis-temas, por exemplo. Além disso, a fim de evitar resultados indesejados quepassem despercebidos recomenda-se manter habilitado o comando UpdatePage Layout.

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DIAGRAMAÇÃO

Página inicialA página inicial de partituras de música orquestral (material para execução enão para simples publicação) deve ser par (página esquerda); a página finaldeve, sempre que possível, ser ímpar (página direita). A partitura deve come-çar na página 4 ou 6, conforme o número de páginas precedentes a ser defini-do pela coordenação do Banco, adequando-se ao conteúdo e à paginação fi-nal da edição, que deverá incluir folha de rosto, ficha catalográfica, expedienteda Academia, dados da edição, dados biográficos, informações sobre a obra,etc.A página inicial de partituras de música de câmara deve ser ímpar (página di-reita); a página final deve, sempre que possível, ser igualmente ímpar. A parti-tura deve começar na página 3 ou 5, conforme o número de páginas preceden-tes a ser definido pela coordenação do Banco.A página inicial das partes individuais, tanto do repertório sinfônico quanto docamerístico, deve ser uma página esquerda (página 2, invariavelmente), a fimde facilitar a leitura inicial da obra e reduzir o número de viradas de página.

RodapéAs páginas pares, exceto a inicial de partituras de orquestra, têm no rodapé onúmero de página à esquerda com posicionamento Botton, Right (H:0 e V:0) ePosition From Page Margin; as páginas ímpares, exceto a inicial de partiturasde música de câmara, têm no rodapé o número de página à direita com posici-onamento Botton, Right (H:0 e V:0) e Position From Page Margin. A mesmaconfiguração deve ser aplicada à editoração das partes individuais.Todas as páginas que contiverem texto musical, tanto de partituras como departes individuais, devem conter também no rodapé a inscrição “2005 Acade-mia Brasileira de Música”, com a seguinte configuração de edição: Bottom,Center (H:0 e V:0) e Position From Page Margin.

CabeçalhoAs páginas pares (esquerdas) que contiverem texto musical, exceto a inicial departituras de orquestra, devem apresentar no cabeçalho o título da obra centra-lizado; as páginas ímpares (direitas) que contiverem texto musical, exceto a ini-cial de partituras de música de câmara, devem apresentar no cabeçalho onome do compositor da obra, também centralizado. Em todos os casos o con-teúdo do cabeçalho deve ser posicionado com a seguinte configuração: Top,Center (H:0 e V:0) e Position From Page Margin.A página inicial de partituras e partes individuais deve conter no cabeçalho (po-sicionamentos sugeridos configurados com Position from Page Margin):

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ManchaA mancha das páginas (sua parte impressa) deve ser aproveitada homogenea-mente, empregando-se para isso um percentual de redução adequado. Após apágina inicial de partituras (página do título), deve-se aplicar um percentual deredução de 1% a 3% menor, aproximadamente, excetuando-se as páginascom subtítulos, como no caso de páginas iniciais de movimentos intermediári-os da obra, em virtude de possuírem maior quantidade de informações de ca-beçalho. (Por exemplo, a página do título está com 80% de percentual de redu-ção e a página 5 (2ª página de uma partitura de orquestra) poderá receber umpercentual de 82%.)Deve-se observar as seguintes medidas para margens e recuos:

PartituraPáginas pares:

Superior: (-)1,5 cmInferior: 1,5 cmEsquerda: 1,5 cmDireita: (-)2,5 cm

Páginas ímpares:Superior: (-)1,5 cmInferior: 1,5 cmEsquerda: 2,5 cmDireita: (-)1,5 cm

Posicionamento do sistema inicial:Superior: aproximadamente (-)5,0(dependendo do cabeçalho)Inferior: (-)1,5 cmEsquerda: 3,0 cm(dependendo da nomenclatura dos instrumentos)Direita: 0 cm

Partes individuaisPáginas pares:

Superior: (-)1,27 cmInferior: 1,27 cmEsquerda: 1,0 cmDireita: -(1),5434 cm

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Center, Top (H:0 e V:0,4)Center, Top (H:0 e V:-0,1)

Center, Top (H:0 e V:-1,8)

Left, Top (H:0 e V:-2,5) Right, Top (H:0 e V:-2,5)

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Páginas ímpares:Superior: (-)1,27 cmInferior: 1,27 cmEsquerda: 1,5434 cmDireita: 1,0 cm

Número de pautasNa diagramação das partes instrumentais/ vocais individuais o número de pen-tagramas por página não deve exceder a dez. Deve-se atentar para o conteúdodos trechos finais de páginas ímpares (direitas), a fim de possibilitar confortonas viradas de página. Ou seja, sugere-se que, em geral, se reservem os tre-chos de interrupção na execução (pausas com durações consideráveis) paraesses finais de página. Não havendo outra solução, é preferível até mesmo re-duzir drasticamente o número de pentagramas em uma determinada páginapara não prejudicar a boa funcionalidade do texto e permitir uma virada de pá-gina confortável para o executante.

Espaçamento entre pautasO espaçamento entre pentagramas não deve ser inferior à altura dos mesmos,e o espaçamento entre os subsistemas (naipes) deve ser superior ao espaça-mento entre pentagramas de um mesmo subsistema.

Otimização de sistemasDeve-se fazer uso dos comandos de otimização de sistemas (ocultação depentagramas “em branco” nos sistemas), de forma particularizada, ou seja,caso a caso, sempre que houver um número muito reduzido de partes concor-rentes por um longo trecho da obra. Essa operação tem o propósito de possibi-litar a diagramação de mais de um sistema numa mesma página, reduzindo onúmero de viradas de página. Contudo, para se evitarem os espaçamentosverticais excessivos, resultantes de otimizações ineficazes – que não revertemem economia de espaço –, sempre que a otimização dos sistemas de um de-terminado trecho da obra não puder alcançar seu objetivo, deve-se manterinalterados os sistemas em questão.

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CONFIGURAÇÃO DE SISTEMAS

Elementos de agrupaçãoEm partituras que envolvem diversos naipes instrumentais/ vocais uma barrasimples à esquerda une todo o conjunto, e colchetes posicionados à esquerdadessa barra unem os pentagramas correspondentes a um mesmo naipe (sub-sistema). Sugere-se para o primeiro colchete a configuração H:(-)0,168 cm (emGroup Attributes).Um colchete adicional, posicionado à esquerda do primeiro, deve ainda unirpentagramas referentes a partes de instrumentos da mesma família. Sugere-separa este segundo colchete a configuração H:(-)0,35 cm (em Group Attributes).Os pentagramas referentes a piano, harpa, celesta, órgão e similares (semprerepresentados em pentagramas duplos, mesmo que um dos pentagramas dopar não seja utilizado), diferentemente, recebem, à esquerda da barra simples,uma chave; e pentagramas correspondentes a partes solistas não recebemnem colchetes, nem chaves.

Nomenclatura instrumentalOs nomes dos instrumentos e as respectivas abreviaturas devem figurar emlíngua portuguesa. Nos casos em que o compositor fizer questão de que este-jam em outro idioma, deve-se incluir nas páginas que precedem a partiturauma tabela de tradução, com a listagem completa dos instrumentos emprega-dos na obra, nos dois idiomas.A denominação dos instrumentos – sobretudo, os de sopro –, posicionada àesquerda da barra do sistema (e dos prováveis colchetes e chaves), deve seracompanhada de indicação numérica dos instrumentos componentes da parte.Por exemplo: Flautas 1-2, Trombone 3, etc.

Posicionamento verticalO posicionamento vertical básico da instrumentação no repertório orquestral,de cima a baixo, salvo exceções, é:

Flautas (Fl., Ftm., Fl.G., Fl.B.)Flautim acima e demais flautas abaixo do instrumento tipo

Oboés (Ob., Ci.)Corne-inglês abaixo

Clarinetes B (Cl, Cl.B., Req.)

Requinta E acima e demais clarinetes abaixo do instrumento tipo

Saxofone Alto E

(Sx.S., Sx.A., Sx.T.,Sx.B.)S. Soprano B

acima e demais saxofones abaixo do instrumento tipo

Fagotes (Fg., Cfg.)Contrafagote abaixo do instrumento tipo

Trompas F (Tp.)Trompetes B

/C (Tpt., Tpt.P., Fh., Ctm.)

Piccolo B acima e Flugelhorn B

e Cornetim B

abaixo do instr. tipo

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Page 8: Manual De Editoração 2005

Trombones (Tbn., Tbn.A., Tbn.B.)Trombone alto acima e Trombone baixo abaixo do instrumento tipo

Bombardino (Bdn.)Saxhorne Alto E

e Saxhorne Barítono B

acima do instrumento tipo

(Sh.A., Sh.B.)Tuba (Tb.)

Tímpanos (Tmp.)Teclados

Glockenspiel (Glk.)Xilofone (Xil.)Vibrafone (Vib.)Marimba (Mrb.)

Percussão I, II, etc. (Per.I., Per.II, etc.)

Celesta (Cel.)Harpa (Hp.)Violão (Vio.)

(e demais cordas dedilhadas)Órgão (Órg.)Piano (Pn.)Vozes solistas e demais solistas

Soprano (S.)Mezzo-soprano (Ms.)Contralto C.)Tenor (T.)Barítono (Bt.)Baixo (B.)

Coro

CordasViolinos I (Vl.I)Violinos II (Vl.II)Violas (Va.)Violoncelos (Vc.)Contrabaixos (Cb.)

Sistema inicialNo sistema inicial da partitura deve constar a instrumentação integral emprega-da na obra ou no movimento (caso a obra constitua-se de mais de um movi-mento). A denominação dos instrumentos nesse sistema deve ser “por exten-so”, nos sistemas seguintes, abreviada. Adverte-se que essas observações de-vem ser também verificadas para todo sistema inicial de movimentos ou partesdas obras.

Naipe de percussãoOs instrumentos agrupados nas partes de percussão (I, II, etc.) devem ter suasdenominações discriminadas uma a uma no sistema inicial. A cada reaparição

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de um instrumento em sua parte correspondente, durante a obra, deve o mes-mo ser designado por extenso.Após a página inicial da partitura abreviam-se as partes referentes à percussãocom “Perc. I”, “Perc. II”, etc. Todavia, quando o compositor reservar uma pautaexclusiva para um determinado instrumento de percussão, a abreviatura deveser empregada normalmente. Seguem algumas abreviaturas de instrumentosde percussão mais comumente usados nessa situação:

Blocos chineses/ Temple-blocks (Tpb.)Blocos de madeira (Bls.)Bombo (Bmb.)Caixa (Cx.)Campanas (Cmp.)Pratos de choque (Pts.)Prato suspenso (Pt.S.)Tom-tons (Tom.)Tam-tam (Tam.)Triângulo (Trg.)

Configuração camerísticaNo repertório camerístico com piano este é sempre posicionado na parte inferi-or do sistema. Na música para quinteto de metais ou formações afins os trom-petes figuram acima das trompas. Na música para quinteto de sopros a partede trompa é posicionada entre a de clarinete e a de fagote. No caso de forma-ções camerísticas mistas, toma-se a configuração do sistema orquestral comoreferência para a composição do sistema em questão.

Instrumentos múltiplosQuando a instrumentação contém grupos de três instrumentos iguais (trêstrompetes, por exemplo) escrevem-se os dois primeiros em um pentagrama eo terceiro, em outro; salvo casos em que o naipe em questão apresenta escritaessencialmente homorrítmica e são escritos em um mesmo pentagrama.

Extração de partesQuando da extração de partes, deve-se considerar que as partes dos instru-mentos de sopros devem ser sempre individuais e as de percussão devemagrupar o conteúdo correspondente a um mesmo instrumentista. Isto é, mes-mo que as trompas 1 e 2 figurem num mesmo pentagrama na partitura, o edi-torador deverá preparar partes individuais específicas, uma contendo somentea parte de Trompa 1 e outra contendo a parte de Trompa 2. De outro modo, naextração de partes de percussão deve-se editorar, agrupado em pequenos sis-temas, todo o conteúdo correspondente à execução de um mesmo instrumen-tista.

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TIPOLOGIA

FontesRecomenda-se verificar o seguinte quadro de fontes (conjuntos tipográficos) naeditoração de partituras e partes individuais:

-a2, 1., 2., etc TNR – 12/13 – R(13 para partes)

-ano de composição TNR – 12/18 – R-agógica (indicações) TNR – 14/20 – R

(18 para partes)-autor (texto poético) TNR – 14/20 – I-caracteres musicais básicos Maestro – 24 – R-casa 1., 2. etc. TNR – 12 – R-compositor TNR – 14/20 – R-copyright TNR – 14 – I

(12 para partes)-dedicatória GarnetBroad – 12/14 – I-dinâmica (f, mp, etc.) Maestro – 24 – R-dinâmica (cresc., dim., etc.) TNR – 13 – I-div., unis., solo, pizz., etc. TNR – 13 – I-duração X’ e X’’ TNR – 18 – I

(16 para partes)-instrumento (nome compl. e abrev.) TNR – 14 – R

(20 para partes)-letra da música TNR – 14/16 – R

(14 para partes)-metrônomo (indicação metronômica) TNR – 18 – R-numeração de compasso TNR – 14/22 – N

(10 para partes)-numeração de página TNR – 14/20 – R

(14 para partes)-pausa de contagem (número) Maestro – 24 – R-quiálteras (número) TNR – 12/14 – I

(10 para partes)-seção (marcas) TNR – 14/22 – N

(10 para partes)-subtítulo GarnetBroad – 16/24 – N - M

(20 para partes)-título GarnetBroad – 24/36 – N - M

(30 para partes)

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NOTAÇÃO

RepetiçõesOs trechos indicados no original com sinais de repetição deverão ser editora-dos “por extenso” – portanto, com a realização das repetições.

Percentuais de redução especiaisQuando houver inclusão da redução de piano, esta receberá percentual de re-dução de 75%. Quando houver oppure, este também receberá percentual deredução de 75%.

Armadura de claveQuando houver “armadura de clave”, todas as partes receberão a indicação damesma (consideradas as respectivas transposições), exceto tímpanos e, evi-dentemente, a percussão de altura indeterminada.

PercussãoPara o instrumental de percussão de altura indeterminada deve-se empregar aclave pertinente e, preferencialmente, o monograma – ou uma pauta com o nú-mero mais adequado de linhas.

Sinalizações especiaisSempre que houver mudança de instrumento numa mesma parte – relativa-mente freqüente nos sopros e bastante comum na percussão –, a indicação donome do novo instrumento deve receber uma moldura retangular (enclosurerectangle). A fonte correspondente deve ser igual àquela utilizada para nomearos pentagramas. As marcas de seções devem ser indicadas com molduras cir-culares (enclosure elipse).

TransposiçãoAs partes extraídas de uma partitura escrita pelo compositor em “altura de con-certo” (não transposta) deverão ser editoradas com a devida transposição.Caso a instrumentação original da obra contenha instrumentos transpositoresem desuso (com afinações inexistentes na atualidade), o editorador deverásubstituí-los por seus similares atuais, ajustando sua notação tanto na partituraquanto na parte individual. Cumpre advertir que na atualidade os únicos instru-mentos invariavelmente escritos com transposição são os clarinetes (B

, A ou

E), os saxofones (E

ou B

) e as trompas (F).

O bemol e o sustenido das indicações dos instrumentos transpositores não po-dem ser indicados com caracteres comuns, como o “b” minúsculo ou o “#”, esim com os caracteres adequados das fontes especializadas.

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Partes individuaisTodas as partes individuais devem ser editoradas separadamente, ou seja,Flauta 1 separada de Flauta 2, e assim por diante.

CoroO sistema relativo ao coro não pode ser otimizado (figurar com pentagramasomitidos).

Andamento e caráterAs indicações de andamento e caráter (tanto as iniciais quanto suas alteraçõesno decorrer da obra) figuram apenas acima do primeiro pentagrama do siste-ma; no caso de música para orquestra, figuram acima do primeiro pentagramae acima do naipe de cordas.

Agógica e dinâmicaAs indicações de agógica e dinâmica são, entretanto, individuais, assinaladasabaixo de cada uma das partes componentes do sistema, salvo quando o pen-tagrama pertencer a uma parte vocal, que receberá essa sinalização, de modogeral, acima do pentagrama.

Discriminação de partesQuando dois instrumentos são escritos num mesmo pentagrama e apenas umdeles é designado para executar um dado trecho musical, assinala-se, acimado pentagrama, o algarismo arábico a ele correspondente, seguido de ponto:“1.” ou “2.”. Quando os dois executam conjuntamente o trecho, a indicaçãodeve ser “a2”. Tal procedimento é dispensado em caso de notação de vozessimultâneas (cabeças de notas com dupla haste). No caso do naipe de cordas,a divisão de uma mesma parte em duas ou mais partes é indicada pela abrevi-ação “div.” (divisi) e o retorno à situação inicial, com “unis.” (unisono) – sempreposicionadas acima do pentagrama.

Numeração de compassosNa partitura, a numeração de compassos figura no início de cada sistema (ex-ceto no sistema inicial). A numeração de compassos nas partes individuais éassinalada no início de cada pentagrama (exceto no primeiro), além de sertambém registrada no compasso imediatamente posterior às indicações de“pausa múltipla”, para melhor orientação do executante.A programação básica do software é: a)Enclosure Rectangle; b)habilitar ShowEnclosure on every number; c)Height e Width: 0,212; d)Options: EnforceMinimum Width; e)habilitar Show measure number at start of staff system; f)Position: Left, H:-1 e V:0,423 (para partituras), H:0,1 e V:0,45 (para partes).

Indicações literaisA ferramenta Text Tool só deve ser utilizada para inserção de conteúdos decabeçalhos e rodapés tais como: títulos, subtítulos, copyright e números de pá-gina, isto é, apenas “blocos de texto” vinculados às páginas. Para indicações

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de dinâmica, agógica, caráter e marcas de seção deve-se utilizar a ferramentaExpression Tool. Nesse caso, o editorador deve programar cuidadosamente aStaff List.

Pausas de contagemO desmembramento das pausas de contagem deve ocorrer sempre que for ne-cessário mostrar indicações de agógica e outras incluídas no trecho abrangidopela pausa. Nesse caso, o editorador deve acionar o comando break a multi-measure rest.Fermatas alteram a continuidade e a regularidade do pulso. Isso exige quepausas de contagem sejam “quebradas” para que o executante acompanhecom mais segurança o fluxo da obra. Como a ferramenta Expression Tool ofe-rece o recurso de conferir a qualquer sinal o atributo de quebra automática depausas de contagem, recomenda-se o uso desta ferramenta sempre que se in-serirem fermatas no texto. Para tanto, faz-se necessária a inclusão do sinal defermata na lista de caracteres da Expression Tool.

PausasPausas de compasso serão sempre indicadas como pausas de semibreve sim-ples (exceto em compassos 4/2). Não serão pontuadas, em geral, as pausascom valor superior a um tempo. Compassos quaternários devem ser tratadoscomo derivados de binários (como quinários, derivados da combinação de bi-nário e ternário, e assim por diante), e, desse modo, a configuração das pau-sas neles ocorrentes (não são admitidas “pausas sincopadas” com valor supe-rior a um tempo).

LigadurasEm condições normais, ligam cabeças de notas (e não hastes), sem, contudo,tocá-las; devem apresentar curvatura simétrica e suave. No caso de “ligadurasde prolongação” (rítmicas), a direção da curva deve ser oposta a das hastesdas notas ligadas (no caso de semibreves, mantém-se, da mesma forma, a re-ferência da posição da nota em relação à linha central).Caso as hastes das notas ligadas tenham direções diferentes será tambémconsiderada a referência da linha central. Quando as ligaduras conectam doisgrupos de figuras unidas por barras, com hastes na mesma direção, têm suacurvatura para o lado oposto ao das hastes, desconsiderando-se a posição dascabeças de nota em relação à linha central.

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No caso de “ligaduras de articulação” (expressão), tomam a direção oposta adas hastes das figuras envolvidas. Semibreves assim ligadas serão tratadascomo se tivessem hastes (referência da linha central). Quando as hastes dasfiguras componentes do segmento ligado têm direções diversas, a ligaduradeve sempre ser escrita acima das figuras.Quando notas ligadas por “ligaduras de prolongação” iniciam ou concluem seg-mentos ligados por “ligaduras de articulação”, estas devem englobar ambas asnotas “ritmicamente” ligadas. Se a “ligadura de articulação” interfere com ou-tros elementos da notação, abaixo do pentagrama, deve ser escrita indiscrimi-nadamente sobre as figuras.

ArticulaçãoEm condições normais, sinais de articulação devem ser escritos acima ou abai-xo da cabeça da nota (e não de hastes). Quando são aplicados em conjunçãocom “ligaduras de articulação” são abrangidos pela ligadura (ao contrário doque ocorre com “ligaduras de prolongação”). Se escritos dentro do pentagra-ma, o posicionamento dos sinais de articulação deve evitar a superposiçãocom linhas.Quando há outros elementos de notação (como indicações de dinâmica, tex-tos) escritos abaixo do pentagrama a sinalização da articulação deve ser posi-cionada, preferencialmente, acima das figuras.

EspaçamentoUm bom espaçamento deve oferecer ao leitor as condições necessárias para oreconhecimento visual das diferentes durações envolvidas. Isso não requer aadoção de proporções matematicamente exatas, em que compassos têm omesmo comprimento e figuras são rigorosamente distribuídas, segundo suaduração proporcional. Tudo o que se requer é uma “impressão” de proporção,e que não deve sequer prejudicar a boa visão das notas de menor duração.

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Page 15: Manual De Editoração 2005

AcidentesAcidentes de precaução não deverão ser indicados com parênteses. Acidentessimples que sucederem acidentes dobrados não deverão ser indicados combi-nados com “acidentes de cancelamento”.

SíncopesA notação de síncopes não deverá obscurecer a métrica.

QuiálterasA indicação de divisão quialtérica em grupos de figuras inteiramente unidas porbarras dispensa qualquer outro elemento gráfico (tais como ligaduras ou col-chetes) além do algarismo indicador. Caso haja pausas combinadas com figu-ras de som (tanto no início quanto no final da figuração) um colchete abrangen-do todo o grupo será adicionado, e o algarismo ocupará o centro do colchete.Outra solução para essa situação é o uso de barras estendidas.Quando as pausas ocupam posição interna na figuração quialtérica, dispensa-se o colchete. No caso de figuras que não podem ser unidas por barras (semi-breves, mínimas e semínimas) escreve-se o colchete agrupador acima ou abai-xo das hastes; se estas possuírem direções diversas na figuração em questão,o colchete será sempre escrito acima das figuras. Quando a indicação dequiálteras interfere com outros elementos notacionais, poderá ser deslocadapara melhor acomodá-los. O número indicador de quiálteras deverá figurar pró-ximo às barras das figuras e/ou aos colchetes de agrupamento.

Academia Brasileira de Música – Manual de Editoração 2005 15

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Recomenda-se o seguinte procedimento para a configuração de quiálteras:a)Default placement: selecionar Stem/Beam Side e marcar EnhancedTuplets e Avoid Staff;b)Default appearance definition: selecionar number, bracket e marcarBreak Slur or Bracket e Bracket Unbeamed Notes Only;c)Default Position Definition: assinalar em Tuplet V:0,21167, e para asdemais caixas de textos deixar “0”; marcar Center number using duration,Ignore horizontal number offset e Match length of hooks;d)Left e Right Hooks: 0,10583.

PolifoniaQuando duas vozes são escritas num único pentagrama:

a)é necessária apenas uma indicação de andamento (acima do pentagra-ma), e todas as mudanças de andamento são indicadas, da mesma for-ma, acima do pentagrama;b)se as vozes compartilham a mesma dinâmica, a sinalização deve serescrita abaixo do pentagrama;c)a voz inferior deve ser escrita com hastes para baixo, e a superior, comhastes para cima; em caso de homorritmia regular as duas vozes podemcompartilhar uma mesma haste;d)as “ligaduras de articulação” para a voz inferior são escritas com curva-tura para baixo; para a voz superior, com curvatura para cima;e)“ligaduras de articulação” entre duas notas ou entre grupos unidos porbarras são escritas próximas às cabeças de notas;f)as “ligaduras de articulação” aplicadas a figurações agrupadas por bar-ras ou aplicadas a mais de duas figuras quaisquer são escritas acima ouabaixo das hastes;g)“ligaduras de prolongação” são escritas sempre próximas das cabeçasde notas, com curvatura para cima, na voz superior, e para baixo, na infe-rior.

Quando duas vozes são escritas num único pentagrama observa-se tambémque:

a)toda sinalização de articulação é escrita na extremidade das hastes;b)as pausas são indicadas rigorosamente, a fim de evitar confusão na lei-tura das partes (eventualmente, são escritas fora do pentagrama);c)pausas de compasso são escritas no centro do compasso, as demais,em suas posições métricas normais;d)pausas comuns às duas vozes são escritas em sua posição normal ecom um único sinal;e)quando um intervalo harmônico de segunda ocorre entre as duas vo-zes, as hastes das duas figuras são alinhadas.

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Quando há cruzamento entre as vozes a haste da nota mais aguda deve serescrita do lado esquerdo; nesse caso as cabeças de notas não devem se to-car. Quando ambas as vozes possuem notas de mesmo valor, ocorrentesnuma mesma posição métrica, podem compartilhar cabeças de notas (hastedupla); isso somente não ocorrerá no caso de semibreves.Notas pretas não pontuadas podem compartilhar a mesma cabeça de nota,mesmo possuindo valores diferentes. Cabeças de notas separadas devem serusadas quando mínimas são combinadas com mínimas pontuadas; nessecaso, a nota pontuada deverá ser posicionada à direita. A coincidência de notabranca com preta requer, obrigatoriamente, duas cabeças de notas.Se não houver notas pontuadas, as hastes devem ser alinhadas; caso contrá-rio, a nota pontuada deve figurar sempre à direita (caso sejam as duas pontua-das, vale o procedimento anterior e as hastes devem ser escritas o mais próxi-mo possível).

CantoNa notação de música vocal:

a)as indicações de andamento, expressão e caráter são posicionadas aci-ma do pentagrama;b)as indicações de dinâmica são igualmente posicionadas acima do pen-tagrama, e podem ocasionalmente avançar para o seu interior;c)sílabas cantadas com mais de uma nota são seguidas por uma linha deextensão e as notas em questão são ligadas;d)as elisões – emissões conjuntas de fonemas vogais pertencentes a sí-labas contíguas (como as que ocorrem nos dois compassos iniciais do ex-emplo abaixo) – são indicadas como sílabas fundidas, com ou sem sinali-zação de pequenas ligaduras inferiores;e)a separação de sílabas é indicada por hífen;

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f)todos os sinais de articulação são indicados acima do pentagrama;g)a pontuação do texto verbal é sempre escrita antes da linha de exten-são (caso esta houver);h)diferente da notação tradicional, serão aplicados os procedimentos queorientam a notação de música instrumental, portanto, a figurações rece-berão “barras de união”, ao invés da notação por figuras destacadas.

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Material e custos

Cálculo de orçamentoA partir do original, apresentado pela ABM, calcula-se o orçamento de editora-ção multiplicando-se o número de compassos pelo número de pautas em cadasistema. Serão excluídas do cálculo todas as pautas de um dado sistema quenão contiverem qualquer conteúdo em todo o sistema em questão. Excluem-se, portanto, as pautas que só contenham pausas default. O número total decompassos deverá ser multiplicado pelo valor unitário proposto pela ABM e de-verá ser encaminhado à coordenação do Banco.

Exemplo de cálculo:Número de compassos da peça: 40 (distribuídos em 6 sistemas)1ª página:

sistema 1: 8 compassos e 16 pentagramas = 128 compassos2ª página:

sistema 2: 6 compassos e 7 pautas = 42 compassossistema 3: 5 compassos e 9 pautas = 45 compassos

3ª página:sistema 4: 8 compassos e 9 pautas = 72 compassossistema 5: 4 compassos e 10 pautas = 40 compassos

4ª página:sistema 6: 7 compassos e 16 pautas = 112 compassos

Total de compassos editorados: 439

Os compassos extras, resultantes da substituição dos sinais de repetição poruma escrita “por extenso” não podem ser incluídos no cálculo do orçamento.Cumpre ainda esclarecer que serão calculados somente os compassos da par-titura, porque o trabalho de extração de partes já está incluso no valor total doorçamento.

Trabalho finalA versão final do trabalho deverá ser entregue em CD, contendo arquivo eletrô-nico principal da partitura (arquivo único) e partes (um arquivo para cada parteindividual), além de eventuais arquivos vinculados (como fontes especiais, grá-ficos, etc.)

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