edite estrela - newsletter nº 8

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N.º8 y Outubro de 2008 Edite Estrela Deputada Socialista ao Parlamento Europeu BREVES Relatório sobre luta contra a obesidade na UE. Debate sobre o ODM 5: “Melhorar a Saúde Materna”. Plano de Acção Europeu Ambiente e Saúde” 2004-2010. Debate sobre a protecção do solo. Alterações climáticas: recomendações para a futura política integrada da UE. Edite Estrela defende medidas de luta contra a obesidade na UE O Parlamento Europeu (PE) aprovou, na segunda ses- são plenária de Setembro, o relatório Alessandro Foglietta sobre o Livro Branco sobre problemas de saú- de ligados à nutrição, ao excesso de peso e à obesida- de. O PE propõe várias recomendações para lutar con- tra a obesidade na UE, que contam com o apoio da Deputada Edite Estrela: proibição de venda nas escolas de alimentos e bebidas de baixo valor nutricional (alimentos com elevado teor de açúcar, gordura ou sal); distribuição de fruta nas escolas; IVA inferior a 5% para frutas e legumes; restrições à publicidade de alimentos não saudáveis, entre outras No debate do relatório sobre o combate à obesidade, Edite Estrela chamou a atenção para o facto de “a obe- sidade se estar a transformar numa verdadeira epide- mia mundial”, referindo que na Europa “mais de 50% dos adultos apresentam excesso de peso ou obesidade e 22 milhões de crianças sofrem de excesso de peso”. Perante estes números alarmantes, a Deputada subli- nhou que “o combate à obesidade deve ser uma priori- dade política da UE”, destacando medidas como a pro- moção de estilos de vida saudáveis (actividade física regular e alimentação saudável), a informação do con- sumidor, a restrição da publicidade televisiva referente a alimentos não saudáveis, e a adequada rotulagem dos alimentos. Edite Estrela destacou a urgência de contrariar o aumento da prevalência de obesidade na infância, defendendo que “as acções de combate à obesidade devem ser concertadas e envolver as esco- las, as famílias e os operadores do sector produtivo, sanitário e social”, e que “os pais têm um papel funda- mental na educação nutricional da família na medida em que têm, em grande parte das famílias, intervenção directa na escolha dos alimentos”. A Deputada denun- ciou ainda alguns comportamentos afirmando que muitos pais nem sequer têm consciência do mal que fazem aos filhos deixando que estes passem o seu tem- po livre em frente à televisão ou do computador, comen- do o que não devem, sem qualquer tipo de acompanha- mento ou controlo”. Perante esta epidemia crescente, Edite Estrela afirma que “é preciso agir e depressa”. 1 - http://editeestrela.blogs.sapo.pt - Debate sobre o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio n.º 5: “Melhorar a Saúde Materna” No debate sobre o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) n.º 5, “Melhorar a Saúde Materna”, que decorreu na primeira sessão plenária de Setembro do PE, Edite Estrela referiu que “todos os anos, nos paí- ses em desenvol- vimento, milhares e milhares de mulheres morrem por falta de infor- mação e por falta de acesso à saú- de sexual e repro- dutiva” e exortou a Comissão Euro- peia (CE) e o Con- selho a avança- rem com “medidas adequadas para tornar a saúde sexual e reprodutiva uma prioridade”. “As estatísticas não são apenas núme- ros, são tragédias familiares, são crianças que ficam Acompanhe toda a actividade parlamentar da Deputada Edite Estrela, em: www.europarl.europa.eu/members/public/geoSearch/view.do?country=PT&partNumber=1&language=PT&id=28310 órfãs, são pessoas que morrem e que podiam ser sal- vas”, acrescentou. Perante os números apresentados pela CE que evidenciam as desigualdades existentes entre homens e mulheres, a Deputada socialis- ta defendeu a neces- sidade de a UE tomar medidas con- cretas: “É preciso planos de acção, ajudas financeiras e avaliação dos resul- tados. Mais acção e menos declarações, portanto”. Edite Estrela sublinhou que “o acesso à saúde sexual e reprodutiva é um direito de todas as mulheres de todos os continentes”, e referiu que sem direito à saúde não há igualdade de género”. “O acesso à saúde sexual e reprodutiva é um direito de todas as mulheres de todos os continentes. Sem direito à saúde não há igualdade de género”.

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Edite Estrela - Newsletter Nº 8

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Page 1: Edite Estrela - Newsletter Nº 8

N . º 8 O u t u b r o d e 2 0 0 8

Edite Estrela Deputada Socialista ao Parlamento Europeu

BREVES

Relatório sobre luta contra a obesidade na UE.

Debate sobre o ODM 5: “Melhorar a Saúde Materna”.

Plano de Acção Europeu Ambiente e Saúde” 2004-2010.

Debate sobre a protecção do solo.

Alterações climáticas: recomendações para a futura política integrada da UE.

Edite Estrela defende medidas de luta contra a obesidade na UE

O Parlamento Europeu (PE) aprovou, na segunda ses-são plenária de Setembro, o relatório Alessandro Foglietta sobre o Livro Branco sobre problemas de saú-de ligados à nutrição, ao excesso de peso e à obesida-de. O PE propõe várias recomendações para lutar con-tra a obesidade na UE, que contam com o apoio da Deputada Edite Estrela: proibição de venda nas escolas de alimentos e bebidas de baixo valor nutricional (alimentos com elevado teor de açúcar, gordura ou sal); distribuição de fruta nas escolas; IVA inferior a 5% para frutas e legumes; restrições à publicidade de alimentos não saudáveis, entre outras No debate do relatório sobre o combate à obesidade, Edite Estrela chamou a atenção para o facto de “a obe-sidade se estar a transformar numa verdadeira epide-mia mundial”, referindo que na Europa “mais de 50% dos adultos apresentam excesso de peso ou obesidade e 22 milhões de crianças sofrem de excesso de peso”. Perante estes números alarmantes, a Deputada subli-nhou que “o combate à obesidade deve ser uma priori-dade política da UE”, destacando medidas como a pro-moção de estilos de vida saudáveis (actividade física regular e alimentação saudável), a informação do con-sumidor, a restrição da publicidade televisiva referente a alimentos não saudáveis, e a adequada rotulagem dos alimentos. Edite Estrela destacou a urgência de contrariar o aumento da prevalência de obesidade na infância, defendendo que “as acções de combate à obesidade devem ser concertadas e envolver as esco-

las, as famílias e os operadores do sector produtivo, sanitário e social”, e que “os pais têm um papel funda-mental na educação nutricional da família na medida em que têm, em grande parte das famílias, intervenção directa na escolha dos alimentos”. A Deputada denun-ciou ainda alguns comportamentos afirmando que “muitos pais nem sequer têm consciência do mal que fazem aos filhos deixando que estes passem o seu tem-po livre em frente à televisão ou do computador, comen-do o que não devem, sem qualquer tipo de acompanha-mento ou controlo”. Perante esta epidemia crescente, Edite Estrela afirma que “é preciso agir e depressa”.

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- h t t p : / / e d i t e e s t r e l a . b l o g s . s a p o . p t -

Debate sobre o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio n.º 5: “Melhorar a Saúde Materna”

No debate sobre o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) n.º 5, “Melhorar a Saúde Materna”, que decorreu na primeira sessão plenária de Setembro do PE, Edite Estrela referiu que “todos os anos, nos paí-ses em desenvol-vimento, milhares e milhares de mulheres morrem por falta de infor-mação e por falta de acesso à saú-de sexual e repro-dutiva” e exortou a Comissão Euro-peia (CE) e o Con-selho a avança-rem com “medidas adequadas para tornar a saúde sexual e reprodutiva uma prioridade”. “As estatísticas não são apenas núme-ros, são tragédias familiares, são crianças que ficam

Acompanhe toda a actividade parlamentar da Deputada Edite Estrela, em: www.europarl.europa.eu/members/public/geoSearch/view.do?country=PT&partNumber=1&language=PT&id=28310

órfãs, são pessoas que morrem e que podiam ser sal-vas”, acrescentou. Perante os números apresentados pela CE que evidenciam as desigualdades existentes

entre homens e mulheres, a Deputada socialis-ta defendeu a neces-

sidade de a UE tomar medidas con-cretas: “É preciso planos de acção, ajudas financeiras e avaliação dos resul-tados. Mais acção e menos declarações, portanto”. Edite Estrela sublinhou que “o acesso à saúde sexual e reprodutiva é um direito de todas as

mulheres de todos os continentes”, e referiu que “sem direito à saúde não há igualdade de género”.

“O acesso à saúde sexual e reprodutiva

é um direito de todas as mulheres

de todos os continentes. Sem

direito à saúde não há igualdade de

género”.

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PE debate Plano de Acção Europeu “Ambiente e Saúde” 2004-2010 “A relação entre

mau ambiente e riscos para a saúde é hoje uma evidência”.

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“A relação entre mau ambiente e riscos para a saúde é hoje uma evidência”, afirmou Edi-te Estrela no debate do Plano de Acção Europeu “Ambiente e Saúde” 2004-2010, que decorreu a 4 de Setembro, na sessão plenária do PE em Bruxelas. A Deputada alertou para os riscos que as alterações climáticas comportam para a saúde pública, salientando o facto de que “há um elevado número de patologias associadas a factores ambientais e às alterações climáticas, como, por exemplo, doenças respiratórias, alérgi-cas e cancerígenas”. Acrescentou ainda que “estudos revelam que secas e inundações matam mais pessoas do que qualquer outra catástrofe natural”. “É preciso tomar medidas para acautelar futuros males”, defendeu Edite Estrela, con-siderando que “há cada vez mais pessoas doentes em consequência da poluição do ar nas grandes cidades e no interior dos edifí-cios, da poluição da água, da contaminação dos terrenos agrícolas pelos produtos fitos-sanitários, da falta de tratamento das águas residuais e dos resíduos urbanos”.

“Há um elevado número de patolo-gias associadas a factores ambientais e às alterações cli-máticas, como, por exemplo, doenças respiratórias, alérgi-cas e cancerígenas”

No debate sobre a protecção do solo, decorrido na primeira sessão plenária de Setembro do PE, em Bruxelas, Edite Estrela salientou que "o solo é um recur-so não renovável, que está relacionado com aspectos delicados e muito exigen-tes, tais como as catástrofes naturais, a produção agrícola, o ordenamento do território, a conservação da natureza". No que se refere à questão da flexibilidade da directiva, a euro-deputada considera que "nem sempre uma moldura legal muito rígida é a melhor forma para se alcançarem os objectivos, tendo em conta as diferentes realidades". Edite Estrela concluiu defen-dendo a necessidade de a UE dispor de uma directiva para a protecção do solo, afirmando que "esta directiva é importante e é necessária para manter o equilíbrio dos ecossistemas".

Edite Estrela defende Directiva para a protecção do solo

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A Comissão Temporária para as Alterações Climáticas do PE (CLIM) debateu esta semana o Relatório "2050: O futuro começa hoje - recomendações para a futura políti-ca integrada da UE sobre as alterações climáticas". Na qualidade de membro da Comissão CLIM, Edite Estrela referiu que “é importante sensibilizar os cidadãos para a gravidade e urgência do flagelo das alterações climáticas” e defendeu também que “é necessário que o Fundo de Solidariedade possa prestar auxílio a vítimas de catástro-fes naturais derivadas das alterações climáticas”. A Depu-tada disse ainda que a UE deverá adaptar as suas res-postas, considerando que “a política ambiental da União deve ter em conta que há anos atípicos, em que as emis-sões de CO2 ou o número de catástrofes naturais ficam acima ou abaixo da média”.

Alterações climáticas: recomendações para a

futura política da UE

Projecto ambiental de alunos portugueses premiado em Bruxelas

Edite Estrela esteve presente na cerimónia de entrega dos prémios do concurso escolar “A Energia é o nosso futuro”, promovido pela associação PlasticsEurope. A Escola Secundária da Lagoa (Açores), representada por três alunos e uma Profes-sora, esteve entre as 6 equipas vencedoras da edição deste ano, e foi premiada pela apresentação do Projecto “Carros velhos, o que fazer?”, em que propõem uma solução sustentável para transformar carros velhos em componentes reutilizá-veis. Na qualidade Membro das Comissões ENVI e CLIM do PE, a Deputada Edite Estrela felicitou os alunos e Professora pelo excelente trabalho, afirmando que “esta iniciativa é um bom exemplo de sensibilização dos cidadãos europeus, parti-cularmente dos jovens, para as questões do ambiente que a todos nos afectam”. O projecto português pode ser consultado em www.futurenergia.org.

“É importante sensibilizar os cidadãos para a gravidade e urgência do flagelo das alterações climáticas”.

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EDIÇÃO: Gabinete da Deputada Edite Estrela no Parlamento Europeu ENDEREÇO: Parlamento Europeu, Rue Wiertz 60, ASP 15G102, B-1047 Bruxelas, Bélgica TELEFONE: 003222837515 / 47515 FAX: 003222849515 E-MAIL: [email protected] http://editeestrela.blogs.sapo.pt

Edite Estrela integrou o painel de ora-dores do Seminário “Inverno demográ-fico: o problema. Que respostas?”, iniciativa organizada pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), que teve lugar no dia 27 de Setembro, na Assembleia da Repúbli-ca, em Lisboa. A Deputada considera que as alterações demográficas consti-tuem um dos principais desafios que se colocam à UE, que “tem que ser ataca-do com medidas eficazes e urgentes”. “O cenário tende a agravar-se e as

previsões são preocupantes”, afirmou Edite Estrela, referindo que “entre 2008 e 2050 a população da UE25 irá diminuir de 456 milhões para 450 milhões” e “até 2050 prevê-se uma perda de 20,8 milhões de pessoas em idade activa”. A Deputada sublinhou ainda a baixa taxa de fecundidade na UE actualmente de 1,47, o que é insuficiente para preve-nir a diminuição da população e apontou algumas das causas para a baixa taxa de fecundidade na UE,“acesso tardio ou instável ao emprego; habitações onerosas; tardia idade em que os pais têm o primeiro filho; falta de incentivos fiscais; licenças parentais insuficientes; inexistência de estruturas de acolhimento de crianças e outros dependen-tes; diferença salarial entre homens e mulheres; dificuldade de conciliação entre a vida familiar e a vida profissional”.

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Agenda

16/10/08: Apresentação do prjecto PESCE-Cessação Tabágica (Parlamento Europeu, em Bruxelas, das 9:30-12:00).

24/10/08: Lançamento do livro “50 Histórias de quem foi cri-ança” (Livraria Byblos, em Lis-boa, pelas 18:00)

A Casa da Europa do Ribatejo, em Santa-rém, promoveu no dia 26 de Setembro o Seminário “A Língua Portuguesa - Um Patri-mónio Comum. Que Futuro num Mundo Globalizado?”, que contou com a participa-ção de Edite Estrela como oradora convida-da. No debate que decorreu no âmbito da edi-ção 2008 das Jornadas Europeias do Patri-mónio e que assinalou ainda o Ano Interna-cional das Línguas, Edite Estrela fez refe-rência à luta que tem vindo a travar no PE para a afirmação da língua portuguesa como uma das línguas falantes da institui-ção europeia, recordando que o Português é a quinta língua mais falada em todo o

Mundo, depois do Inglês, do Russo, do Hindu e do Espanhol. “A diversidade linguística valoriza a democracia e é um valor central da construção europeia. O Português é uma das famílias do Mundo, sendo falada por mais de 200 milhões de pessoas”, afirmou. Em relação à introdução do Português como língua falante, por exemplo, nas Nações Unidas, a Eurodeputada consi-dera que é necessário mais investimen-to, referindo que “o Russo e o Chinês são línguas faladas na ONU porque estes países pagam para isso. Tem de haver investimento para que as línguas sejam valorizadas”.

Edite Estrela debate futuro da Língua Portuguesa na Casa da Europa

Seminário “Inverno demográfico: o problema. Que respostas?”

Universidade de Verão do PS - 2008

Edite Estrela participou como Docente na Uni-versidade de Verão do Partido Socialista de 2008, uma iniciativa aberta à sociedade que decorreu a 6 de Setembro, na Escola Profissio-nal Agrícola D. Diniz, em Odivelas. Na sua exposição, a Eurodeputada falou sobre o projecto europeu, os direitos e deveres dos cidadãos europeus, do funcionamento das instituições europeias, e ainda das novas políti-cas da UE.

Lobby feminino lança “Campanha 50/50”

Edite Estrela apoia Campanha 50/50, lançada em Setembro pelo Lobby Europeu de Mulheres (LEM). Esta Campanha, que conta também com o apoio formal do Partido Socialista Euro-peu (PSE), surge no âmbito das eleições euro-peias de 2009, e apela a uma maior presença das mulheres nos cargos europeus de topo. Para o LEM, as eleições do próximo ano cons-tituem uma oportunidade para contrariar o fac-to de, desde há 50 anos, nenhuma mulher ter ocupado um cargo de topo na estrutura da construção comunitária. A Deputada Edite Estrela defende que a participação equilibrada de mulheres e homens nos cargos políticos de liderança é fundamental para a alcançar a igualdade de género e, em ultima análise, para a consolidação da democracia. Para apoiar esta iniciativa poderá juntar o seu nome em www.5050democracy.eu.