edição número 1695 - 17 de março de 2013

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ÁREA CENTRAL de Maceió, que já foi nobre no passado, a Avenida da Paz pode retomar sua valorização imobiliária com investimentos públicos e da iniciativa privada POÇOS E AÇUDES secos no Alto Sertão não terão seus níveis de água restabelecidos se a previsão do Inpi for confirmada SANDRO LIMA ADAILSON CALHEIROS ADAILSON CALHEIROS DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 17 DE MARÇO DE 2013 Nº 1695 R$ 3,00 EXEMPLAR DO ASSINANTE tribunahoje.com TRIBUNA INDEPENDENTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas 00:38 0.6 06:51 1.8 13:06 0.6 19:17 1.7 Mínima 22º Máxima 32º Marés TEMPO SOMENTE OITO PREFEITURAS DE ALAGOAS NÃO TÊM DIVIDA COM A UNIÃO PÁGINA 4 Deputados estaduais deixam de recolher contribuição partidária Parlamentares ouvidos pela reportagem da Tribuna Independente admitiram que não contribuem financeiramente com seus partidos. Alguns deles chegam a desconhecer o compromisso. A única exceção é o deputado Dudu Hollanda (PSD). Estatutos de partidos políticos estabelecem cotas financeiras de contribuição para seus filiados, porém em alguns deles o repasse só é feito por quem detém mandato legislativo. O percentual de contribuição chega a ser de 10% sobre a remuneração bruta. PÁGINA 5 ORLA DA AVENIDA DA PAZ PODE SE TORNAR A NOVA PONTA VERDE Os novos empreendimen- tos e os recém-inaugu- rados na Avenida da Paz mostram um interesse especial do setor da cons- -trução civil pela região. Investidores afirmam que a área tem potencial para ser uma nova Ponta Verde. PÁGINA 9 PREVISÃO DE CHUVA ATÉ MAIO NO NORDESTE É ABAIXO DA MÉDIA A previsão de chuvas para os próximos meses no Nor- deste, segundo o Inpe, não é animadora para quem espera há mais de um ano pelo fim da estiagem. A probabilidade de precipi- tações abaixo da média é de 40% até o final de maio. PÁGINA 10 SÓ VITÓRIA POR DOIS GOLS DE DIFERENÇA DÁ TÍTULO AO ASA Campinense e ASA deci- dem, na tarde deste domin- go, em Campina Grande (PB), o título da Copa do Nordeste, que garante ao campeão vaga na Copa Sul-Americana. O time ara- piraquense precisa vencer por dois gols de diferença. PÁGINA 16 ENTREVISTA Conquistas da categoria devem ser preservadas, diz Pedro Ivens O presidente da Associação dos Magistrados de Alagoas (Alma- gis), juiz Pedro Ivens, reconhece que a Lei Orgânica da Magis- tratura precisa ser atualizada, mas defende que as mudanças preservem as conquistas e prer- rogativas da categoria. PÁGINA 2 POUPANÇA: 0,4134% DÓLAR COMERCIAL R$ 1,98 R$ 1,98 DOLAR PARALELO R$ 2,04 R$ 2,11 OURO: R$ 101,60 FINANÇAS JUCÁ DEFENDE APERFEIÇOAMENTO NA ESCOLHA DE MINISTROS DO STF PÁGINA 3 MULHERES E MAIS JOVENS MUDAM PERFIL DE TAXISTA EM MACEIÓ PÁGINA 11 PESQUISA AFIRMA QUE CASAIS QUE ENGORDAM JUNTOS SÃO MAIS FELIZES PÁGINA 12 DESENVOLVE TEM PROPOSTA PARA IMPORTAÇÃO DE MENOS ALIMENTOS PÁGINA 13

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Page 1: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

ÁREA CENTRAL de Maceió, que já foi nobre no passado, a Avenida da Paz pode retomar sua valorização imobiliária com investimentos públicos e da iniciativa privada

POÇOS E AÇUDES secos no Alto Sertão não terão seus níveis de água restabelecidos se a previsão do Inpi for confirmada

SANDRO LIMA

ADAILSON CALHEIROS

ADAILSON CALHEIROS

DOMINGO

MACEIÓ - ALAGOAS 17 DE MARÇO DE 2013

Nº 1695

R$ 3,00

EXEMPLAR DOASSINANTE

tribunahoje.com

TRIBUNAINDEPENDENTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

00:38 0.6 06:51 1.8 13:06 0.6 19:17 1.7

Mínima

22ºMáxima

32º

Marés

TEMPO

SOMENTE OITO PREFEITURAS DE ALAGOAS NÃO TÊM DIVIDA COM A UNIÃOPÁGINA 4

Deputados estaduais deixam derecolher contribuição partidária

Parlamentares ouvidos pela reportagem da Tribuna Independente admitiram que não contribuem financeiramente com seus partidos. Alguns deles chegam a desconhecer o compromisso. A única exceção é o deputado Dudu Hollanda (PSD). Estatutos de partidos políticos estabelecem cotas financeiras de contribuição para seus filiados, porém em alguns deles o repasse só é feito por quem detém mandato

legislativo. O percentual de contribuição chega a ser de 10% sobre a remuneração bruta. PÁGINA 5

ORLA DA AVENIDA DA PAZ PODE SE TORNAR A NOVA PONTA VERDEOs novos empreendimen-tos e os recém-inaugu-rados na Avenida da Paz mostram um interesse especial do setor da cons--trução civil pela região. Investidores afirmam que a área tem potencial para ser uma nova Ponta Verde.

PÁGINA 9

PREVISÃO DE CHUVA ATÉ MAIO NO NORDESTE É ABAIXO DA MÉDIAA previsão de chuvas para os próximos meses no Nor-deste, segundo o Inpe, não é animadora para quem espera há mais de um ano pelo fim da estiagem. A probabilidade de precipi-tações abaixo da média é de 40% até o final de maio.PÁGINA 10

SÓ VITÓRIA POR DOIS GOLS DE DIFERENÇA DÁ TÍTULO AO ASACampinense e ASA deci-dem, na tarde deste domin-go, em Campina Grande (PB), o título da Copa do Nordeste, que garante ao campeão vaga na Copa Sul-Americana. O time ara-piraquense precisa vencer por dois gols de diferença.PÁGINA 16

ENTREVISTA

Conquistas da categoria devem ser preservadas, diz Pedro IvensO presidente da Associação dos Magistrados de Alagoas (Alma-gis), juiz Pedro Ivens, reconhece que a Lei Orgânica da Magis-tratura precisa ser atualizada, mas defende que as mudanças preservem as conquistas e prer-rogativas da categoria.

PÁGINA 2

POUPANÇA: 0,4134%

DÓLAR COMERCIALR$ 1,98 R$ 1,98

DOLAR PARALELOR$ 2,04 R$ 2,11

OURO:R$ 101,60

FINANÇAS JUCÁ DEFENDE APERFEIÇOAMENTO NA ESCOLHA DE MINISTROS DO STFPÁGINA 3

MULHERES E MAIS JOVENS MUDAM PERFIL DE TAXISTA EM MACEIÓPÁGINA 11

PESQUISA AFIRMA QUE CASAIS QUE ENGORDAM JUNTOS SÃO MAIS FELIZESPÁGINA 12

DESENVOLVE TEM PROPOSTA PARA IMPORTAÇÃO DE MENOS ALIMENTOSPÁGINA 13

Page 2: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013POLÍTICA2

Mudanças na Loman preocupamPresidente da Almagis, Pedro Ivens, pede cautela ao rotularem conquistas e prerrogativas como ‘regalias’

SANDRO LIMA/ARQUIVO

Presidente Pedro Ivens deixa claro que situação do magistrado alagoano é de sobrecarga de trabalho

EDITORIA DE POLÍTICACOM REDAÇÃO

As férias de 60 dias anuais para juízes e procuradores –

privilégio concedido as duas categorias durante a ditadura militar – podem estar perto do fim. Cresce dentro das cúpulas do Judiciário e do Executivo um movimento para pôr fim ao mais longo período de descanso remunerado de servidores públicos.

O presidente do Su-premo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbo-sa, em fevereiro, decidiu criar uma comissão especial para revisar e mandar para o Congresso Nacional projeto de lei sobre o assunto, um dos principais pontos da re-visão da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman).

Quem sai em defesa das conquistas da magis-tratura foi o presidente da Associação dos Magis-trados Alagoanos (Alma-gis), juiz Pedro Ivens. Ele reconhece que a Loman precisa ser atualizada, porém preservando con-quistas e prerrogativas dos togados.

Tribuna Independen-te - Qual a opinião do senhor em relação à nova Loman (Lei Orgânica da Magistra-tura Nacional) e à possibi-lidade de perda de alguns “privilégios”?

Pedro Ivens - Num pri-meiro momento, é importan-te frisar que os magistrados possuem prerrogativas e ga-rantias previstas na Lei Or-gânica da Magistratura Na-cional [Loman], assim como acontece em outras profis-sões que são regidas por es-tatutos e planos de carreira. Não podemos comparar be-nefícios amparados em leis com privilégios e regalias. A Loman é anterior à Cons-tituição de 1988 e à criação do CNJ, em 2004 e, por isso, muitos pontos precisam ser atualizados. Acredito que a nova Loman, ou Estatuto da Magistratura, melhor objeti-vará o papel dos membros do Judiciário, suas garantias e prerrogativas. No entanto, a preocupação que vem geran-do debates entre membros da classe é de que, em vota-ção no Congresso Nacional, alguns direitos, conquista-dos com muita luta pela ca-tegoria, sejam suprimidos em razão do momento políti-co que envolve suposta crise entre o Poder Judiciário e os demais Poderes da Repúbli-ca.

T.I. - O que isso pode con-tribuir ou prejudicar a ma-gistratura?

Pedro Ivens - Como afir-mei, a Loman/Estatuto da Magistratura trará ainda mais clareza ao papel do magistrado. Defendemos um regramento que estabe-leça, de forma objetiva, os deveres, direitos e garan-tias da categoria, devendo ainda especificar pontos como a carga processual de cada magistrado, o número de juízes por habitante, di-

mensão das férias, condições de trabalho, dentre outros detalhes que preservem a atuação do magistrado. Im-portante ainda ressaltar que garantias e prerrogativas, aliadas a uma remuneração compatível com a alta res-ponsabilidade do cargo, são formas de atrair e motivar profissionais qualificados a passar por uma seleção ex-tremamente rígida, que é o concurso público de provas e de títulos para ingresso na carreira da magistratura. Em recente artigo publicado pelo colega Sérgio Ricardo [presidente da Amages – As-sociação dos Magistrados do Espírito Santo], sob o título: Direitos dos Magistrados: técnica de compensação pe-las limitações do cargo, cuja leitura eu recomendo, ficam demonstrados, de forma bastante clara, que alguns direitos hoje tratados como privilégios, são conquistas que realçam a importân-cia do cargo de magistrado, diante das vedações legais e das aflições constantes da carreira. Garantias e prerro-gativas, muito longe de se-rem privilégios, servem para assegurar à sociedade que seus magistrados estejam resguardados de influências externas na proteção do es-tado democrático de direito.

T.I. - E a conduta do ma-gistrado alagoano, é exem-plar? Existem muitos juízes punidos com aposentadoria compulsória, por exemplo?

Pedro Ivens - Não, ab-solutamente. O número pre-ciso somente seria possível apresentar mediante uma pesquisa nos arquivos do Tribuna de Justiça/AL, mas posso afirmar que os casos de aposentadoria compulsória, como forma de punição, che-gam a um percentual despre-zível em relação à atuação da magistratura alagoana em todos os tempos.

T.I. - A regra que permi-te a advogados e promotores de Justiça chegar ao cargo de desembargador de tri-bunais estaduais ou federal está prestes a mudar. Com a justificativa de tornar a disputa mais democrática, projeto de lei pode determi-nar eleição direta, universal e secreta dos representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público ao posto.

Pedro Ivens - Quanto ao projeto de Lei citado, numa leitura rápida, constata-se que ele visa democratizar a formação da lista sêxtupla dos candidatos aos cargos de desembargador, pelo Quinto Constitucional, das classes do Ministério Público e OAB, permanecendo a escolha da lista tríplice pelo Tribunal respectivo, e escolha final pelo chefe do Executivo. Na prática, não sei em outros Estados, mas isso já vem sendo aplicado em Alagoas pela OAB local. Na escolha da última vaga do quinto no TJ/AL, pertencente à clas-

PMDB antecipa palanques

A campanha de 2014 começou. Enquanto os holofotes estão sobre Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos, o vice-presi-dente Michel Temer, presidente licenciado do PMDB, e o senador

Valdir Raupp (RO), que o representa, começam a percorrer as capitais e cidades-polo de cada estado semana que vem. O objetivo é fortalecer potenciais candidatos aos governos e iniciar tratativas para coalizões. A meta é fechar ao menos 20 pré-candidaturas a governo do estado.

PalanqueO senador Raupp emenda, sobre o projeto PMDB 2014: ‘E a ordem é composição onde houver cabeça da chapa’.

Radar ligadoEduardo Campos (PSB) faz pesquisa diária. E coloca olheiros para verificar in loco as ações dos secretários no Recife e entorno. As orelhas fervem nas reuniões.

Recado geralDo deputado Givaldo Carimbão, que conversou com Renan Calheiros: ‘objetivo é votar agora projetos importantes para os governadores’. É que ano que vem nada vai andar.

Ralo amazônicoA Controladoria Geral da União encontrou problemas de desvio de verba para Educação e Saúde em todos os 30 municípios do Amazonas fiscalizados, após sorteio, nos últimos anos. No Brasil, o percentual de cidades encrencadas é, em média, de 80%. A CGU deve fechar o cerco na região. Ou em breve a Polícia Federal..

Forno... Se o prefeito de BH não entrar mesmo no páreo para o governo de Mi-nas, Eduardo Campos terá problemas de encontrar candidato. Cotada, Maria Elvira Salles, do PSB Mulher, sofre restrições na cúpula nacional por ser recém-chegada ao partido.

... mineiroOutro nome soprado pelos socialistas é bem vindo. Trata-se do deputa-do Julio Delgado, que disputou a presidência da Câmara. Mas egresso de Juiz de Fora, seu nome não tem penetração no eleitorado de Belo Horizonte.

Uma eternidadeO Senado vai aprovar na terça substitutivo que cria regras transitórias para repasse do FPE, válidas até 2017. Ou seja, tempo suficiente para Estados brigarem mais.

GuerraSobre a desoneração da cesta, o líder da Minoria, Nilson Leitão (PSDB--MT), chama Dilma de “mesquinha por ser apropriar de ideias da oposi-ção”. O PT se cala.

Palestrante O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), vai ao Espírito Santo na Quarta, palestrar sobre o Código Florestal. O público será formado por prefeitos e secretários. Será ciceroneado pelo deputa-do Camilo Cola (PMDB-ES).

Diretas da OABCumprindo promessa de campanha, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado, criou a Comissão Especial de Revisão do Sistema Eleitoral da Ordem. A ideia é implantar eleição direta para a presidência do Conselho Federal.

Boletim ruralEnquanto a Monsanto trava briga judicial para cobrar pelo uso de sementes transgênicas, produtores gaúchos apostam no grão agrocoló-gico, sem uso de agrotóxicos. E vão colher 14,5 mil toneladas de arroz orgânico.

Tribuna & palanqueEmbora negue interesse no governo, o senador Pedro Taques (PDT--MT) tem reforçado as críticas às políticas locais do Mato Gross. “Pobre estado rico”, que tem 29 milhões de cabeças de gado, mas, segundo ele, fracas ações na Educação.

Por enquantoSobre uma pré-candidatura, Taques diz que todo dia alguém o lança. “É muito cedo para falar em candidatura. Estou preocupado com o meu mandato”, esquiva-se.

TRFsTem dedo do ministro Joaquim Barbosa e de governadores do Sul a aprovação no Congresso dos novos TRFs.

Ponto FinalO Papa já treina português para falar na Jornada Mundial da Juventude no Rio.

se dos advogados, a lista sêxtupla foi eleita por voto secreto dos advogados ala-goanos, dentre os candidatos inscritos que preenchiam os requisitos para concorrer ao cargo. Essa experiência ado-tada pela OAB/AL me pare-ceu exitosa.

T.I. - Como é a situação do magistrado alagoano hoje?

Pedro Ivens - Hoje, a ca-rência de servidores e de ma-gistrados tem causado uma dificuldade muito grande na prestação jurisdicional no 1o grau. Temos um déficit de, no mínimo, 50% de servido-res, principalmente nas co-marcas do interior, e ainda, aproximadamente, 19 cargos vagos na magistratura, além dos juízes que estão afas-tados de sua jurisdição por estarem exercendo funções no Tribunal de Justiça (au-xiliares da presidência, Cor-regedoria e Funjuris), bem como no meu caso que, por permissivo legal, me afastei para assumir a direção da Almagis. Tem ainda os que estão de férias, de licença médica, licenciados para a realização de mestrado ou doutorado, sem contar com alguns afastamentos disci-plinares. Isso tem gerado um enorme entrave no exercício da magistratura em Alago-as, pois há colegas que che-gam a responder por duas ou três comarcas/varas ao mes-mo tempo, o que, obviamen-te, gera uma sobrecarga.

Com MArcos Seabra e Vinicius Tavareswww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

TRIBUNAINDEPENDENTE

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

[Corpo reduzido de tra-balho] Isso tem gerado um enorme entrave no exer-cício da magistratura em Alagoas, pois há colegas que chegam a responder por duas ou três comarcas/varas ao mesmo tempo, o que, obviamente, gera uma sobrecarga”

Hoje, a carência de servi-dores e de magistrados tem causado uma dificul-dade muito grande na prestação jurisdicional no 1o grau. Temos um déficit de, no mínimo, 50% de servidores, principalmente nas comarcas do interior”

[Aposentadoria com-pulsória] Os casos de aposentadoria com-pulsória, como forma de punição, chegam a um percentual desprezível em relação à atuação da magistratura alagoana em todos os tempos”

Defendemos um regramento que estabeleça, de forma objetiva, os deveres, direitos e garantias da categoria, devendo ainda especificar pontos como a carga processual de cada magistrado, o número de juízes por habitante, dimensão das férias, condições de trabalho, dentre outros detalhes que preservem a atuação do magistrado”

PEDRO IVENSPRESIDENTE DA ALMAGIS

Page 3: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

Sobre a proposta de al-terar a forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Associação dos Magistrados Alagoanos (Almagis), juiz Pedro Ivens, foi procurado pela Tribuna para apresentar sua avalia-ção.

“Como não consegui fa-zer uma leitura da íntegra da proposta, que me parece ainda vai ser protocolada no Congresso Nacional, não tenho como emitir uma opi-nião mais profunda a respei-to, porém entendo bastan-te razoável a pretensão da OAB”, pontuou.

A ideia, de acordo com Ivens, “sucintamente, é de se retirar a indicação, que hoje é prerrogativa somente da Presidência da Repúbli-ca, com aprovação do Sena-do, para que listas tríplices sejam encaminhadas à Pre-sidência para a escolha, se-guindo-se para a aprovação do Senado. Creio ser salutar a ideia, que repito, não tive a oportunidade de fazer uma leitura da proposta, pois a apresentação de listas trí-plices me parece ser mais democrática, no que pode trazer bons frutos”, disse o magistrado.

A reportagem quis que o

presidente da Almagis então explanasse sobre a situação da magistratura local, para se inserir num futuro pa-tamar de mudança da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman).

Ivens salienta que “no mês de janeiro deste ano, por exemplo, em razão da alteração na resolução que trata das substituições, que está sendo aperfeiçoada, teve colega que chegou a responder por seis varas ao mesmo tempo”.

O presidente da Almagis lembra que “as demandas aumentam em progressão geométrica, principalmente com o avanço tecnológico (in-ternet, processos virtuais) e na mesma medida surgem metas e suas cobranças. Ou seja, essa relação entre de-mandas/metas/cobranças e número de magistrados/ser-vidores é imensamente des-proporcional. Ainda assim, conforme relatório de ativi-dades do Judiciário relativo ao ano de 2011, apresentado à sociedade pelo CNJ no fim do ano passado, a magistra-tura alagoana manteve sua produtividade dentro da mé-dia nacional e isso é fruto do compromisso, da presteza, do preparo técnico dos nos-sos juízes”, explicou. (EP)

EDITORIA DE POLÍTICACOM REDAÇÃO

A Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) quer alterar a forma

de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Fed-eral (STF). Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) foi formulada pela entidade e prevê a formação de lista tríplice com os no-mes dos indicados, para a escolha pela Presidência da República. Essas lis-tas seriam feitas a partir de indicações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do Conselho Federal da OAB. Pela regra atual, um ministro é escolhido pelo presidente da República.

Conforme salientou o chefe do Ministério Públi-co Estadual, Sérgio Jucá, o modelo atual é eficiente, porém, segundo ele, vai de-pender muito do descortínio da Presdência da República. “Tivemos recentemente a nomeação de um excelente ministro, o Teori Zavascki, porém, anteriormente, quem foi nomeado foi um advogado de um partido [Dias Toffolli]. Isso assusta”, disse o procu-rador geral de Justiça alago-ano.

Seguindo seu pensamen-to Jucá amplia sua explica-ção dizendo que, por exem-plo, haja um apelo interno dos Tribunais - por força política - querer nomear José Dirceu - condenado por cor-rupção - ministro do STF. Hipoteticamente é possível! “Vai ser nomeado, sem pro-blema. Ele é bacharel em Di-reito e o Senado vai aprovar. Nada contra Dirceu, mas já o imaginaram no STF, e nada impede. Os requisitos consti-tucionais não impedem essa possibilidade”, fundamen-tou.

APERFEIÇOARO que se deve aperfeiçoar é

esse modelo de eleição, enten-de Sérgio Jucá. “O Direito é dinâmico. Hoje tudo depende do arbítrio de uma pessoa, ló-gico, que tem o Congresso Na-cional ainda tem a arguição feita pelos parlamentares”, comentou. Questionado se o Executivo deveria sair deste processo de escolha, o procu-rador-geral de Justiça refuta.

“Devemos lutar por um sistema que permita um bom aparelhamento dos poderes, pois além dos requisitos for-mais, há os requisitos sub-jetivos. Não podemos eleger alguém que tenha transgredi-do a lei, por exemplo. Por isso que o modelo deve ser aper-feiçoado”, frisou.

SANDRO LIMA

DIVULGAÇÃO

Jucá argumentou a possibilidade de eleição de ‘indesejáveis’ na Corte

Almagis elogia proposta, mas lembra situação dos juízes em Alagoas

MUDANÇA

Pedro Ivens entende como salutar a proposta

STF: OAB quer alterar escolha de ministrosExecutivo não teria mais interferência nas listas encaminhadas pelos segmentos

ELEIÇÃO STFOAB/AL não se pronunciou sobre PECPor três semanas, a seccio-nal alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) foi procurada para falar sobre a proposta de alteração da escolha dos ministros do STF. Entretanto, não tivemos resposta. Perguntas foram enviadas por email, mas até o fechamento desta edição, as respostas do presidente da OAB/AL, Thiago Bomfim, não foram encaminhadas. Ligações telefônicas também foram feitas, mas elas não foram completa-das. A Tribuna está a disposição para expor seu posicionamento.

UTOPIASistema atual tem que mudarConforme fundamentou o procurador-geral de Justiça, Sér-gio Jucá, o sistema hoje permite a eleição de um chefe de quadrilha. “Temos que aperfeiçoar o mode-lo. Somos profissionais do Direito e o nosso objetivo é de moder-nizar o sistema jurídico”. Talvez, de acordo com ele, seja uma utopia almejar isso, mas que seja próximo da perfeição. “Temos que fornecer homens probos e retos para cargos em Tribunais”. Ele não é a favor da exclusão do Executivo do processo de esco-lha dos ministros do STF.

Questão de interpretação

De Eliane Cantanhede, na “Folha de São Paulo”: “Todos os gover-nos se sentem injustiçados e nenhum aceita crítica. Nos do PT, é pior ainda: quem não é parceiro vira adversário, quando não

inimigo. Cá pra nós, nem o papa Bento 16 escapou. Dito isso, Mercadan-te (Educação) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social) têm alguma razão quando reclamam do ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países. Mas não toda. Têm razão ao dizer que o Pnud, da ONU, usa dados defasados, não capta a rápida inclusão no Brasil e acaba sendo ‘injusto’. Em vez de desmentir, o Pnud admite que utiliza dados antigos --por uma questão de ‘isonomia’ com os outros países. Mas os ministros não têm razão quando ignoram que, se o Brasil evolui na área social, os demais também progridem, e muito. Nos Bric, houve enormes avanços nas últimas décadas. Na América do Sul, idem. O Brasil não é uma ilha, nem tem vitórias e méritos sozinho. O aumento da classe média, por exemplo, é mundial, apesar do oba-oba interno... Pelos resultados divulgados ontem o Brasil evolui positivamente desde 1980, cresceu 23,7% desde 1990 e está no bloco de países com IDH alto. Ainda assim, continua em 85º lugar entre 187 países --atrás, aqui na região, de Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela e Peru. (Não bastassem Maradona, Messi, os Prêmios Nobel e agora o papa Francisco...) Vamos convir. Além de ficar atrás de todos esses cinco sul-americanos no IDH, ficou também no índice de crescimento do PIB de 2012. E isso, apesar do legítimo esperneio, não deve ser pura coincidência, certo?”

GentilezaDeclaração de Dilma Rousseff na visita a Alagoas: “É fundamental, quando a gente dirige um país do tamanho do Brasil, que a gente faça parcerias. Daí a importância da parceria que nós estabelecemos com o governador, com os parlamentares, o nosso senador Fernando Collor, o senador Renan Calheiros, o senador Benedito de Lira.”

GrandezaReconhecidamente, Téo Vilela tem recebido apoio incondicional de Dilma Rousseff, como recebia de Lula. É isso que tem possibilitado a execução de obras e ações. O governador tem citado, em discursos e entrevistas, que os recursos investidos, em sua quase totalidade, são da União e que o Estado participa com uma parcela mínima.

ImprensadoAlexandre Toledo, que deixou a secretaria da Saúde para ser deputado federal, sempre foi um das figuras de expressão do PSDB, chegando a presidir o diretório regional do partido. Com a opção pela Câmara, perdeu os cargos no governo e ficou isolado, politicamente. E não tem, ao que parece, vocação para passar para a oposição.

EspaçoO PSB tem poucos filiados no exercício de mandato em Alagoas, mas está bem contemplado na estrutura do governo. A ex-prefeita Kátia Born é secretária da Mulher e dos Direitos Humanos, o ex-deputado Alberto Sexta feira ocupa a secretaria do Trabalho e o deputado federal Givaldo Carimbão indicou o secretário a Paz.

CobrançaAtravés das redes sociais, o procurador de estado e advogado Márcio Guedes anda cobrando da direção da OAB/AL a realização da eleição para a vaga no Tribunal Regional do Trabalho, pelo quinto constitucio-nal. A diretoria da entidade mudou a comissão que tratava do processo eleitoral e não há previsão para o dia da eleição.

TacarunaRepercutiu muito, em Pernambuco, a indicação da alagoana Beatriz Ivo, diretora de jornalismo da TV Jornal, para o prêmio Tacaruna Mulher, insti-tuído pelo Shopping Tacaruna. Beatriz, filha do também jornalista José Aldo Ivo, foi contemplada na categoria Comunicação. A premiação foi no Dia Internacional da Mulher, oito de março.

ReconhecimentoO site catarinense www.colunaonline.com.br, um dos mais acessados dentre os que tratam de turismo no Brasil, destacou, esta semana, exe-cutivos de hotéis que melhor se relacionam com os clientes. Dentre os oito há dois de Alagoas: Ricardo Almeida, do Salinas Resort Maragogi, e Ana Nóbili, do Jatiúca Resort Maceió.

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* O cantor Vander Lee é o personagem enfocado hoje no programa “Aplauso”,que vai ao ar na Educativa FM, das 10 horas ao meio-dia, e na Difusora AM, das 18 às 20 horas. Com produção de Givaldo Kléber e apresentação de Elias Ferreira.

* A banda alagoana Mô Fio, especializada em forró, festeja hoje 12 anos de criação, com show no Maikai Choparia, às 20 horas. Participação de vários outros grupos musicais, como Affarra e Rafael & Gabriel. Informa-ções: 3305-4400.

* Hoje, às 11 horas, na cidade de Traipu, acontece o lançamento de “Mi-croprojetos do São Francisco”, livro escrito por Luana Teixeira e ilustrado por Cris K. O livro, voltado ao público infantil, será distribuído em escolas públicas, gratuitamente.

* Hoje é o último dia da presença do projeto Cine Sesi Cultural na cidade de Arapiraca. Às 18h30m, em frente ao Ginásio Municipal, serão exibidos três filmes. O projeto tem 10 anos e se propõe a levar filmes a cidades onde não há cinemas.

* O espetáculo infantil “Tchuplin– O Mistério para Salvar o Ponto Azul” volta a ser apresentado hoje, às 17 horas, no Centro Cultural do Sesi, na Pajuçara. A temporada vai até o final de maio, com exibições aos sábados e domingos. Informações: 9973-9923.

* De amanhã age 5ª feira, dia 21, acontece o curso “Planejamento e Gerenciamento de Incubadoras”, voltado a instituições que desejam implantar incubadora de empresas. Das 8 às 18 horas, na Casa da Indústria Napoleão Barbosa, sede da FIEA.

* A TV Gazeta vai transmitir, ao vivo, às 16 horas de hoje, a difícil mis-são do ASA, que tem de vencer o Campinense, em Campina Grande, para ganhar a Copa do Nordeste. Às 17 horas, no Trapichão, acontece o primeiro clássico CRB x CSA do ano.

O Eduardo Campos faz campanha eleitoral com o dinheiro da Dilma. A Dilma paga e ele vira líder nacional.”CARLOS ZARATTINIDeputado federal (PT-SP) e relator da Lei dos Royal-ties, sobre a proposta, defendida ostensivamente pelo governador de Pernambuco, pela qual os estados não produtores de petróleo receberiam uma antecipação de receita

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

Page 4: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

Municípios se preparam para receber recursosBurocracia excessiva é que dificulta a captação de verbas federais

AMAApoio Institucional ajuda municípos O Apoio Institucional foi criado na gestão do então prefeito Lu-ciano Barbosa (PMDB), quando presidente da AMA, para ajudar os municípios na captação dos recursos federais. Na gestão do prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão (PTB), o programa está mais participati-vo. Os GMCs são capacitados para a elaboração e execução de projetos em diversas áreas. Segundo a coordenadora do programa, Helena Virgínia, percebe-se um avanço do pro-grama, do início até agora.

DE OLHOEmendas são pleiteadas por gestores De olho nas emendas parlamen-tares, prefeitos estão trabalhan-do para tentar tirar os municí-pios do Cauc, como é o caso do prefeito Marcius Beltrão (PDT). Quando assumiu o Executivo em janeiro deste ano, encontrou nove restrições, das quais já conseguiu se livrar de duas. “Es-tamos trabalhando para resolver a situação até o final deste mês, para pleitear as emendas”, ex-plicou Március Beltrão. “Com as restrições no Cauc, nem assina contrato”, concluiu.

Mecanismo de pressão

A utilização de abaixoassinado via on-line começou a ganhar força no país com a Lei da Ficha Limpa. Foram quase dois milhões de assinaturas que acabaram convertendo em lei um anseio popular.

E a classe política ainda não sabe exatamente como lidar com este mecanismo de pressão. Agora, mais de um milhão e 600 mil pessoas colocaram o nome contrários à permanência do senador Renan Calhei-ros (PMDB-AL) na presidência do Senado. Quase 500 mil já assinaram outra petição para destituir o pastor Marco Feliciano (PSAC-SC) da presidência da Comissão de Direitos Humanos. Este fenômeno virtual desperta a desconfiança de setores da sociedade que temem que os abaixoassinados enfraqueçam as formas tradicionais de protesto, como intervenções urbanas ou marchas de protesto. Por outro lado cientistas políticos consideram que a internet consolidou um novo espaço público para o debate e a formação de opinião e deverá provocar uma transfor-mação na forma de se fazer política. Nesse embalo, duas das maiores ONGs de abaixoassinados se instalaram no Brasil. A Avaaz ONG internacional de ativismo político on-line tem 20 milhões de seguidores, sendo três milhões no país. Já a Change.org tem um contingente de 23 milhões de seguidores com 400 mil brasileiros, e ambas hospedam várias petições on-line. Agora existe uma movimentação no Congresso para que seja criada uma PEC para incorporar as petições on-line ao processo legislativo. Ela será batizada de Medida de Urgência Popular e poderá dar a sustentabilidade constitucional a este mecanismo de pressão via internet.

Repressão ao narcotráficoOferecer melhores condições de trabalho e de estrutura para que o combate ao narcotráfico tenha maior efetividade. Esse o objetivo de criação da Coordenadoria de Repressão ao Narcotráfico que vai ser criada pela Delegacia Geral da Polícia Civil. A coordenação deve ficar a cargo do delegado da Polícia Civil Jobson Cabral, que atualmente está à frente da Delegacia de Combate aos Entor-

pecentes. Com a Coordenadoria será possível intensificar o combate ao tráfico com a troca de informações entre os diversos setores da Defesa Social, bem como aumentar o policiamento em áreas onde a crimina-lidade tem maior incidência em função da venda de drogas. Tambem deverá ser criada a Coordenadoria de Homicídios.

“Curtir” te entregaUm estudo da Universidade de Cambridge concluiu que o uso do “curtir” nos conteúdos da rede social revela informações que muitos dos usuá-rios gostariam de manter em segredo, como uso de drogas, orientação sexual ou tendência política. A pesquisa analisou o comportamento de 56.466 membros do Facebook nos EUA e descobriu que, com ajuda de programas de computador, é possível deduzir com alta taxa de êxito características sensíveis da vida dos usuários. Foi possível descobrir em 88% dos casos a orientação sexual dos indivíduos, em 95% da raça, e a religião e a posição política com 88% de acerto.

“Curtir” te entrega 2O Facebook lançou seu botão “Curtir” em 2009, e o símbolo do polegar em riste logo proliferou por toda Web. No ano passado a rede social in-formou que quase 2,7 bilhões de itens são “curtidos” todos os dias. Mas o que não passa de uma brincadeira divertida e um meio de expressão entre os internautas representa um rico mostruário de dados prontos para ser explorados por diversas empresas sempre interessadas no comportamento dos consumidores. Com softwares de alta tecnologia esses comportamentos facilmente são detectados e aproveitados. E você “curtiu” essa informação?

Comissão cariocaCinco meses após ter sido aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, somente esta semana é que foi criada a Comissão da Verdade naquele estado. A princípio serão investigados os 164 casos de mortos e desaparecidos no Estado do Rio durante a ditadura militar, mas até mesmo este número precisa de confirmação, como explicou o presidente da Comissão, advogado Wadih Damous. Ele citou que casos emblemáticos tambem serão devidamente investigados como a bomba que explodiu na sede da OAB em 1980 e o caso Riocentro de 1981.

Consórcio do SulSeguindo a sugestão de que unidos os municípios ficam mais fortes e as despesas diminuem, onze municípios da região Sul do estado resolveram formar um consórcio. A união segue orientação do Governo federal para que as cidades possam buscar financiamentos e linhas de crédito que individualmente os municípios não estariam habilitados a pleitear, especialmente na área de saneamento básico, aterro sanitário, máquinas e equipamentos. A união foi batizada de Consórcio Intermuni-cipal do Sul do Estado de Alagoas – Conisul.

Consórcio do Sul 2O grupo de onze cidades formalizará a união firmando um protocolo de intenções como determina a Lei de Consórcios Públicos. Depois o protocolo será ratificado pelo Legislativo de cada município participante e a partir daí o Consórcio será instalado oficialmente e poderá iniciar o processo de operacionalização. Fazem parte do Conisul os seguintes municípios: Jequiá da Praia, Coruripe, Feliz Deserto, Penedo, Porto Real do Colégio, Junqueiro, Teotonio Vilela, Campo Alegre, Igreja Nova, São Brás e Piaçabuçu. O consórcio representa uma população de 280 mil habitantes.

• O Ministério da Educação realiza nesta segunda feira a Primeira We-bconferência de acompanhamento da frequência escolar dos alunos da rede pública inseridos no Bolsa Família.

• A ação tem por objetivo auxiliar diretores escolares que devem enviar a frequência dos alunos beneficiados pelo programa do governo federal. Para participar os diretores devem acessar, a partir das 15h o link: por-tal.mec.gov.br/secadi/transmissão.

• A Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos realiza nesta segunda, às 9h30, no Museu da Imagem e do Som (Misa), a Segunda Mostra de Cinema sobre Tráfico de Pessoas.

• Na oportunidade, será exibido o documentário “Cinderela, Lobos e um Príncipe Encantado”, que tem como meta difundir a temática, aprofun-dar a discussão e principalmente alertar as pessoas sobre o tráfico de pessoas.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

DIVULGAÇÃO

Recursos escapam por alta burocracia exigida por órgãos federais para liberar verbas

RESTRIÇÕES

Apenas oito municípios do Estado estão “limpos” no Cauc

MARECHAL DEODORO

Prefeito luta para impedir retorno à ‘Serasa dos municípios’

Para captar recursos federais, além de ter bons gerentes municipais de Con-vênio (GMC), as prefeituras precisam estar bem longe da lista do Cadastro Único de Convênio (Cauc), mas a situação dos municípios ala-goanos é bem complicada, apenas oito, dos 102, estão fora do Cauc.

De acordo com um le-vantamento realizado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em fe-vereiro deste ano, apenas Arapiraca, Branquinha, Delmiro Gouveia, Marechal

Deodoro, Ouro Branco, Pa-ripueira, Quebrangulo e Vi-çosa estão “limpos” e aptos para receber os recursos fe-derais.

Estar com alguma res-trinção no Cauc impede que os municípios recebam ver-bas federais, exceto recursos do PAC. Prefeitos alagoanos trabalham para tirar seus municípios do Cauc que tem 13 itens, que na maioria dos casos, foi uma herança dei-xada pela gestão anterior.

O prefeito da Barra de São Miguel, José Medeiros Nicolau (PP), o Zezeco, já

conseguiu diminuir para duas as pendências no Cauc. “Já entramos com ações ju-diciais para tentar resolver essas pendências. Espera-mos que em 20 dias consiga-mos tirar a Barra do Cauc”, declarou.

Rodrigo Valença (PMDB), prefeito de São José da Laje, disse que das oito pendên-cias, já conseguiu resolver duas. Ele também entrou na Justiça para tentar saná--las, que se referem à falta de documentos, que não fo-ram apresentados por seu antecessor. (A.T.)

Livre do Cauc e com uma boa equipe de traba-lho, Marechal Deodoro tem sido agraciada com vários programas, os quais vem contribuindo para o desen-volvimento do município. O prefeito Cristiano Matheus (PMDB) diz que luta para que o município não tenha novamente restrições.

“Faço de tudo para não deixar o município entrar no Cauc, mas não é fácil”, reve-lou o prefeito, acrescentan-do que até hoje, Marechal Deodoro paga R$ 400 mil de débitos passados, para não

entrar no Cauc.Cristiano Matheus con-

tou que quando assumiu a prefeitura no seu primeiro mandato tinham nove restri-ções, e que levou mais de um ano para tirar o município da ‘Serasa dos municípios’.

Com mais de R$ 30 mi-lhões em projetos prontos para serem executados, Ma-rechal Deodoro é hoje, uma das cidades livres de impedi-mentos para receber verbas da União. “A gente sai na frente porque muitos muni-cípios do Brasil não têm pro-jetos prontos”, declarou.

Quando era deputado federal, Cristiano Matheus perdeu recurso de emendas que foram destinadas a vá-rios municípios, dentre eles Marechal Deodoro por cau-sa das pendências junto ao Cauc.

“Perdi 90% das emendas que destinei a Marechal De-odoro porque o município es-tava no Cauc, foi um esforço em vão, pois o dinheiro vol-tou”, contou o prefeito, refe-rindo-se ao período de três meses que ficou na Câmara Federal antes de assumir a prefeitura. (A.T.)

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

Com a arrecadação pequena, os municí-pios alagoanos depen-

dem dos recursos federais para se desenvolver. Mas será que as prefeituras es-tão preparadas para buscar esses recursos? A coordena-dora de Apoio Institucional da Associação dos Municí-pios Alagoanos (AMA), Helena Virgínia Moreira, disse que “sim, mas a buro-cracia excessiva atrapalha”.

De acordo com ela, as pre-feituras estão preocupadas em capacitar seus gerentes municipais de Convênios (GMC), que são os articula-dores da execução dos proje-tos enviados aos ministérios com o intuito de buscar ver-bas para o desenvolvimento da cidade.

Helena Virgínia contou que a burocracia exigida pe-los ministérios têm aumen-tado consideravelmente. “Antes os municípios capta-vam mais recursos federais, mas de cinco anos para cá, a situação começa a ficar mais complicada”, explicou a coor-denadora de Apoio Institu-cional.

Para ela, os recursos que os municípios têm perdido hoje, se devem mais à buro-cracia execessiva o não de-senvolvimento dos projetos, como acontecia antes. “Hoje a perda de recurso têm sido mínima”, afirmou Helena Virgínia.

Segundo ela, os GMCs es-tão se preparando cada vez mais para buscar os recursos federais que desenvolvam os seus municípios. “A arreca-dação dos municípios é tão pequena que mal dá para manter a máquina públi-ca”, relatou a coordenadora, acrescentando que os muni-cípios alagoanos só crescem se forem atás de recursos fe-derais.

Helena contou que nos municípios de pequeno porte, apenas um gerente bom é o suficiente. Além de ser uma pessoa de grande confiança do prefeito, o gerente muni-cipal de Convênio deve ser articulador e conhecer bem informática, por exemplo.

O Apoio Institucional é uma iniciativa da AMA para dar suportes aos municípios, capacitando os gerentes mu-nicipais e todos os técnicos que participam na elabora-ção e execussão dos projetos e convênio com órgãos fede-rais. A adesão do municípios é grande.

“Nas reuniões, há troca de informações e o trabalho está sendo muito bom. Hoje, há uma interação maior en-tre os municípios”, destacou helena Virgínia.

Recursos para a Educa-ção é o foco da capacitação que será realizada na próxi-ma semana.

Page 5: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

Deputados negam ‘dízimo partidário’Reportagem perguntou sobre contribuição financeira por filiados comuns e parlamentares não souberam explicar

ERIK MAIAREPÓRTER

Entre as formas de cap-tação de recursos dos partidos estão o Fundo

Especial de Assistência Fi-nanceira aos Partidos Políti-cos, o Fundo Partidário, e a contribuição par-tidária feita pelos filiados.

Na Assembleia Legisla-tiva do Estado (ALE), con-tribuição partidária não é um assunto de domínio dos parlamentares. Muitos nem sabem informar se em seus respectivos partidos a con-tribuição é exigida, outros colaboram com a manuten-ção mensal, mas alegam que não é obrigatório, e há ainda aqueles que não sabem se é necessário que o militante, ou seja, aquele que se engaja nas lutas, contribua.

O deputado Joãozinho Pereira (PSDB) disse des-conhecer a contribuição em nível estadual mas acredita que isso aconteça nacional-mente. “Em nível nacional eu acredito que exista, mas em nível estadual, não. Mi-litante contribuir com par-tido? Acho que se isso acon-tecer é uma coisa opcional, mas não uma coisa exigida. Em muitos partidos existem mesmo. Acredito que o mili-

tante pode contribuir se qui-ser. Eu mesmo nunca contri-bui com meu partido”, disse.

Para Jeferson Morais, no Democratas acontece como em todos os partidos. Com isso o parlamentar quis di-zer que todos os filiados, com mandato, fazem uma contri-buição mensal. A reporta-gem da Tribuna Indepen-dente perguntou a Morais se há contribuição por parte dos partidários “comuns”, aqueles não ocupam cargos eletivos, e ele afirmou não saber como funciona tal con-tribuição, e alegou que só po-deria responder por ele.

Já a deputada Flávia Cavalcante (PMDB) infor-mou desconhecer as regras de contribuição no próprio partido, e disse que apenas o senador Renan Calheiros, presidente do diretório es-tadual e Cícero Cavalcante, presidente do diretório mu-nicipal a qual ela faz parte, poderiam falar sobre o as-sunto.

Isnaldo Bulhões (PDT) disse que desconhecia no estatuto a obrigatoriedade de contribuição pelos de-mais filiados. Dúvida essa que só foi sanada após a consulta do estatuto no site do partido, por meio do smartphone.

ARQUIVO

Joãozinho desconhece contribuição e não paga manutenção mensal

OPÇÃO OU OBRIGAÇÃO

Dudu Hollanda é o único que contribuiEstatutos dos partidos,

em sua grande maioria dis-ponibilizados nos sites, tem regras sobre a contribuição partidária. Em alguns é uma obrigação do partidário, em outros é uma opção.

O artigo 141, do estatuto do PSDB, disponibilizado em seu site, diz que os recursos financeiros do partido serão oriundos de contribuições dos filiados, membros dos órgãos partidários e titula-res de mandatos eletivos ou de funções na administra-

ção pública. Além disso, é preconizado pelo partido as doações de pessoas físicas e jurídicas, observados os limi-tes máximos e as demais dis-posições da lei; recursos do fundo partidário, na forma da lei; rendimentos dos ser-viços decorrentes de ativida-des partidárias; rendimentos de eventos organizados para obtenção de fundos; outras contribuições, doações ou re-cursos não vedados em lei.

Já no PDT, o artigo 74 do estatuto, diz que as con-

tribuições são “obrigatórias aos membros do Diretório Nacional, Estaduais e Muni-cipais”, no valor determinado pelos diretórios. Quanto aos parlamentares e ocupantes de cargos em comissão nos respectivos gabinetes e nos órgãos diretores do Poder Legislativo, na proporção de 10% dos respectivos subsí-dios e remunerações brutas, superiores a quinze salários mínimos e 5% nos de menor valor, com a exclusão das contribuições previdenciá-

rias e do Imposto de Renda. Ainda segundo o estatuto

do PDT, os titulares de man-dato executivo e dos ocupan-tes de cargos de confiança nos Poderes Executivos de-vem contribuir.

Um dos poucos a falar de valores foi Dudu Hollan-da (PSD). Ele disse que seu diretório estadual R$ 23 mil do nacional. “Nós que temos mandato, contribuímos com 5% do nosso salário. Mas em nosso partido só colabora quem tem mandato”. (E.M.)

Meia transparênciaA ‘boa’ vontade expressa do vereador Chico (Hollanda) Filho em

divulgar parte da folha de pagamento da Casa de Mário Guimarães por meio do Diário Oficial do Município de Maceió causou alvoroço – ou melhor – rebuliço. Entretanto, Chico Filho apenas se reportou aos salários dos vereadores e dos servidores efetivos, daí o questionamen-to: por que os comissionados ficaram de fora da divulgação? O que se tem a esconder já que existiu a ‘boa vontade’ na divulgação? Será que foi um erro do departamento de Recursos Humanos ou o presidente seguiu orientação de sua assessoria jurídica em não divulgar também os comissionados? Percebe-se que na relação divulgada muitos sequer dão expediente, seriam os chamados ‘marajás’ ou ‘fantasmas’ os quais o vereador Kelman Vieira teria se reportado em discurso na tribuna do parlamento-mirim. Nomes famosos, ou como se diz no interior: ‘gente grande’ com seus altos salários, vivendo de sombra e água fresca. Enquanto isso na sala de justiça...

Três anosAqui reportamo-nos ao sucesso do apresentador Elias Ferreira, coman-dante do programa “Educativa em revista”, que completou três anos de sucesso na radiofonia alagoana.

PadrinhoSem mandato e à procura de espaço, o ex-deputado João Caldas (PEN) tem abraçado a causa para ajudar a fundar novas siglas, destaque para o Partido da Solidariedade e o PDN. No mesmo barco estão alguns prefeitos, e deputados estaduais insatisfeitos com suas representações partidárias. Segundo JC a debandada será igual a um tsunami.

PessoalmenteO vice-governador Thomaz Nonô recebeu uma carta de próprio punho do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. No documento o ministro de Dilma se reporta a Nonô como ‘querido e dileto amigo’. Quem não se agradou foi a tropa do PT, que mais uma vez se viu sem prestígio no Governo Federal.

GolpeCorre nos bastidores, e o fato vai ganhando novas dimensões, eis que um grupo de vereadores de Maceió ensaia um possível impeachment do presidente Chico (Hollanda) Filho. Na última reunião os insatisfeitos somavam doze parlamentares.

Frio Senador Biu de Lira (PP) sonha com a candidatura ao Governo de Alagoas, sabe ele que essa poderá ser uma oportunidade única, devido o avançar da idade. Entretanto para consolidar seu nome, Biu precisará seguir um dos caminhos: buscar o apoio de Teotonio ou romper com o Palácio República dos Palmares. Há quem diga com toda certeza que o segundo caminho é o mais certo, e acontecerá no início de 2014.

Tirando o focoSeguindo os conselhos de seus assessores, o governador Teotonio Vile-la (PSDB) vai tentar desnortear a polarização que foi iniciada tendo ele e o senador Fernando Collor (PTB). Como ainda tem mais de um ano para campanha eleitoral, e evitar o desgaste se faz necessário diante de todo projeto construído, Teotonio vai informar que não disputará o Senado Federal, concluindo seu mandato.

PesquisaCircula nos gabinetes da Casa de Tavares Bastos algumas pesquisas direcionadas para 2014. Os nomes mais jovens despontam como os mais lembrados na espontaneidade do eleitor, e os resultados passam a ter uma conotação de novas mexidas no xadrez.

Descentralização Será inaugurada amanhã (18), uma unidade de atendimento inicial da Defensoria Pública no JÁ do Shopping Pátio Maceió. No local, haverá inicialmente uma equipe de atendimento composta por um defensor público, dois estagiários um assessor; que atenderão a população de segunda a sexta-feira, de 13h às 17h.

PúblicoO público-alvo do atendimento será a população hipossuficiente do bair-ro Benedito Bentes que necessite entrar com alguma ação envolvendo direito de família, além de retificação de registro, justificação de óbito e expedição de alvarás, dentre outros.

CotidianoLININHO NOVAIS - [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 6: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

Opinião

FILIADO AO

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PRESIDENTEAntonio Pereira Filho

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OLÍVIA DE CÁSSIA

RUI MARTINS

JOÃO LYRA

Jornalista

Jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura. Colabora com o Expresso, de Lisboa, Correio do Brasil e agência BrPress

Deputado federal pelo PSD de Alagoas

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Inserção no mercadoOs ministérios do Trabalho e Em-

prego (MTE), e do Desenvolvimen-to Social e Combate à Fome firma-

ram parceria para facilitar a inserção no mercado de trabalho do público do Plano Brasil Sem Miséria.

A parceria é vista como uma grande oportunidade de integração do MTE com o Brasil Sem Miséria. O desafio é resga-tar a população de baixa renda que saiu da miséria e inserir no mercado de traba-lho, oferecendo oportunidade de emprego por meio do Sistema Nacional de Empre-go (Sine).

A ação permitirá a inclusão da popu-lação mais pobre no mercado formal de trabalho, em especial os beneficiários do Programa Bolsa Família e os inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico). A inscrição se dará por meio do Sistema MTE Mais Emprego. Para-lelamente, as agências do Sine estarão captando vagas junto a empregadores para cruzamento do perfil dos trabalha-

dores, objetivando o encaminhamento destes trabalhadores para entrevistas de emprego e colocação no mercado de tra-balho.

O Termo de Cooperação firmado prevê a descentralização de crédito do MDS para o MTE, na ordem R$ 20 milhões que serão aplicados na revitalização físi-ca e estrutural de atendimento nas uni-dades do Sine.

A intermediação de mão-de-obra é rea-lizada pelo Sistema Nacional de Empre-go (Sine), sob coordenação e supervisão do MTE e tem como uma de suas finali-dades auxiliar os trabalhadores na busca do emprego, promovendo ações de orien-tação e recolocação profissional.

A rede do Sine é composta por 1.620 unidades, financiada com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).. A expectativa é que, com o fim da miséria o governo federal possa ter uma boa economia financeira com o fim dos programas sociais.

Tem horas que é preferível a gente calar diante de certas si-tuações que se fazem presentes no nosso cotidiano. Mas chega aquele instante em que a gen-te explode e não suporta mais aquele aperto no peito.Nessas horas não conseguimos evitar aquela tristeza profunda e não há como deter as lágrimas que jorram por dentro e por fora, como se fossem uma tempestade a nos arrastar do nosso equilí-brio, no meu caso já um tanto quanto imperfeito.

E me pergunto nessas horas: como definir esse sentimento de saudade e solidão se não sei exatamente se é saudade de quê, ou solidão diante de uma multi-dão? Eu sei que têm pessoas me olhando de fora, me achando um pouco louca, mas quem é normal hoje em dia?Não sei o motivo específico, a razão de tudo isso, a não ser definir como o somató-riode todos os acontecimentos de antes e de agora que vão se acu-mulando dentro da gente e que quando chegam num ponto, o nosso interior não suporta mais e se rebela.

É quando se dá aquele rompi-mento de alguma coisa nas nos-sas entranhas, uma ‘hecatombe nuclear’ que nos arrasta até a gente arrebentar de vez, para ressurgir das cinzas,tal qual a fênix, aquele pássaro da mito-logia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das cinzas.É assim que às vezes eu me sinto. O certo é que a so-ciedade moderna tem afastando as pessoas do convívio familiar, aquele contato direto que vai afastando a gente dos outros, aos poucos, sem explicação.

Os pais e os filhos hoje em dia quase que não se reúnem mais em torno de uma grande mesa para conversar, trocar infor-mações e experiências como se fazia no passado. Eu tenho sau-dade disso, vivi muito isso lá em casa, quando éramos crianças e adolescentes, em União dos Pal-mares. Gosto de conversar, de fazer amizades, de falar da vida, de contar minhas histórias, que às vezes podem parecer coisa de louca, de ouvir as histórias de vida dos outros, apesar de tam-

bém gostar da minha solidão in-terior para que eu possa refletir sobre o mundo e escrever sobre ele, sem ser interrompida.

Às vezes é como se eu estivesse atravessando um deserto, viven-do dos meus próprios rascunhos. Tento combinar a impetuosida-de da juventude com a experiên-cia de agora. Encanto-me com o frescor da juventude que já não atenho mais e dela procuro tirar ensinamentos.Muitas das vezes uma música me transporta para outros tempos, outras ‘galáxias’ do nosso pensamento distante. A música e a leitura têm esse poder de fazer com que a gente faça grandes viagens no tempo.

Às vezes em uma leitura de um autor estrangeiro me iden-tifico com uma cena ou com um diálogo que tenho a certeza que já escutei ou vivi, aquela sensa-ção de déjà vi, aquela expressão francesa que significa ‘já vi esse filme antes’.E nessas horas eu me ponho a pensar nas coin-cidências da vida e nas voltas que o mundo vai dando. Eu não tenho definição para isso: o que será?

Remonta aos anos 50 do século passado a concessão indiscrimina-da de incentivos fiscais pelos esta-dos, com a finalidade de atrair in-vestimentos privados para os seus territórios. Nessa época, vigorava o Imposto sobre Vendas e Con-signações (IVC) que, a partir de 1965, deu lugar ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM), alterado para Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com a promulgação da Constituição de 1988 (art. 155).

A exacerbação dessa prática (a concessão indiscriminada de incentivos) ganhou o nome de “guerra fiscal”, ainda hoje intensa-mente adotada pelos Estados que, segundo alguns, coloca em risco até os próprios princípios da uni-dade federativa. Isso porque, como em qualquer guerra da vida real, ganham sempre os estados mais ricos, mais organizados e mais poderosos politicamente, aprofun-dando as desigualdades regionais.Dessa forma, a “guerra fiscal” mostra-se extremamente prejudi-cial aos Estados mais pobres, cuja capacidade para contrabalançar o poder dos mais fortes, é pratica-mente nula.

Além disso, os estados e municí-pios menos desenvolvidos têm que lutar contra outros fatores que influenciam as empresas em sua escolha pelo local mais vantajoso à sua instalação como, por exemplo, a proximidade dos mercados de

consumo, melhor malha de trans-portes e mão de obra qualificada. Não se pode deixar de assinalar que o deferimento de incentivos fiscais indiscriminados correspon-de à renúncia de vultosas receitas, o que afasta os Estados mais po-bres da disputa.

Diante da ilegalidade de que se revestem essas práticas, o gover-no federal resolveu agir, encami-nhando ao Congresso Nacional a Medida Provisória nº 599, que visa àunificação, em 5%, das alíquotas nas operações interestaduais rela-tivas ao ICMS.Em sua Exposição de Motivos, o ministro da Fazen-da acentua que a redução das alí-quotas interestaduais se afigura imprescindível, em face do cenário de “guerra fiscal” instaurado entre os Estados da Federação, os quais têm buscado atrair investimentos, mediante a concessão de benefí-cios fiscais irregulares, em maté-ria de ICMS, sem a anuência do CONFAZ.

Há muitos anos, expressivas correntes de economistas susten-tam a necessidade de uma severa intervenção do governo nessa ma-téria, a fim de impedir o que classi-ficam de um jogo de soma negativa entre os entes federativos: “é todo mundo sozinho baixando sua arre-cadação, beneficiando as empresas atraídas por essa política suicida”. Para sanar esse procedimento pre-datório das finanças estaduais (e até mesmo de muitos municípios),

a MP cuida igualmente de insti-tuir o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), com vistas a esta-belecer uma fonte de financiamen-to para a execução de programas, projetos e ações de investimento e desenvolvimento produtivo, “com potencial efeito multiplicador so-bre a região e consequente dinami-zação de sua atividade produtiva”. Essa medida visa a fortalecer a estrutura federativa, por meio de um novo modelo para o ICMS e o desenvolvimento regional.

O FDR compensará as perdas de arrecadação, por ventura, re-gistradas, devendoconstituir-se com o aporte de recursos totais da ordem de 222 bilhões de reais, distribuídos ao longo de 20 anos, por meio de empréstimos da União ao Fundo. Os estados e o Distrito Federal possuirão participações nos recursos, que serão utilizados para financiar projetos de investi-mentos e desenvolvimento. O FDR é, pois, o instrumento legal para a substituição dos atuais mecanis-mos usados pelos Estados para “atrair investimento”, tendo o ICMS como meio e moeda de troca de uma prática irregular, preda-tória e absolutamente inaceitável para os dias atuais.

A unificação das alíquotas do ICMS em 4% é para muitos o ca-minho para extinguir de vez a “guerra fiscal” entre os estados, uma corrida louca que, há muitos anos, perdeu a sua razão de ser.

Jorge Mario Bergoglio, argen-tino, filho de emigrante italiano, foi rapidamente escolhido pelos 115 cardeais como o sucessor de Bento XVI. E impressionou pela simplicidade e pela maneira não convencional com que se dirigiu aos fiéis, postados diante da Basí-lica de Roma.

Ao escolher o nome de Fran-cisco, estabeleceu uma ligação com Francisco de Assis, sacerdo-te católico, no século XIII, conhe-cido pela sua identificação com os pobres, Bergoglio confirmou o seu lado mais visível – o de um cardeal próximo do povo, que vive como as pessoas comuns num apartamento, usando o transporte coletivo para se locomover. Con-tam ainda que, nos encontros dos cardeais em Roma, Bergoglio pre-feria sempre ir se sentar nos últi-mos lugares, sem querer se impor nas primeiras fileiras.

Nisso, nessa vontade de iden-tificação com os fiéis pobres, co-mentou um jornalista da televisão francesa, lembra a figura de Hel-der Câmara. Em termos doutriná-rios, ninguém deve dele esperar aberturas ou pronunciamentos diferentes de João Paulo II ou de Bento XVI, no que se refere à ho-mossexualidade, à participação das mulheres no sacerdócio da Igreja, na questão dos anticoncep-cionais ou do aborto.

Nem poderia ser diferente, pois os 115 cardeais eleitores, nome-ados pelos dois Papas, citados, faziam parte da corrente conser-vadora da Igreja. Mas é sempre bom lembrar para que seu sorriso

afável e seu jeito de avô bondoso não crie ilusões. Em termos dog-máticos, tudo continuará como está, embora isso não seja, ao que nos parece, uma boa opção católi-ca para este mundo presente, pois reforça a impressão de uma Igreja ultrapassada e fora da realidade atual.

Enfim, existe um outro aspecto, ainda pouco falado mas já lembra-do nos noticiários sobre a eleição do novo Papa – a da posição do cardeal Jorge Bergoglio durante os anos da ditadura argentina. Embora a Argentina continue sendo um país quase totalmente católico, houve uma grande parte dos fiéis, que ainda se consideram católicos mas não praticantes, de-cepcionados com a posição católica sob os ditadores militares.

Os militares torturaram e de-pois mataram cerca de 40 mil pes-soas, a pretexto de fazerem uma limpeza ideológica na Argentina, sem que a Igreja católica tomasse uma posição clara contra esses as-sassinatos, muito ao contrário.

E entre os que adotaram uma posição discreta, para alguns assi-milada a uma cumplicidade, esta-va o cardeal Jorge Bergoglio, hoje o Papa dos humildes, Francisco I, que logo será conhecido como Papa Chico.

Existe um episódio, envolvendo dois padres jesuítas como Ber-goglio, que agiam nas favelas e bairros pobres argentinos, como adeptos que eram da Teologia da Libertação. Orlando Dorio e Fran-cisco Jalic, seus nomes, foram sequestrados pelos esquadrões

da morte dos militares, duran-te meses. Chocado pelos meses e tortura e prisão, Jalic, depois de libertado, foi viver num mosteiro alemão sem manter mais contato com o mundo exterior.

Orlando Dório, que tinha ido vi-ver no Uruguai, acusou Bergoglio de ter permitido que fosse preso e de não lhe ter dado proteção.

Outro episódio envolveu a famí-lia De la Cuadra, ativa defensora dos direitos humanos, que, em 1977, teve cinco de seus membros sequestrados, só um deles tendo reaparecido. Ora, procurado para usar de sua influência, Bergoglio se negou a ajudar a família e a localizar uma criança nascida de uma das mulheres, presa em final de gravidez e assassinada na pri-são. O bebê foi entregue a uma fa-mília importante, única coisa que se soube.

Até que ponto o cardeal Bergo-glio foi responsável nesses três episódios ? Cerca de quarenta livros de denúncias foram escri-tos na Argentina sobre o envolvi-mento da Igreja Católica com os ditadores militares e sobre esses três episódios envolvendo o carde-al Bergoglio. O próprio Bergoglio escreveu um livro negando essas suspeitas sobre ele levantadas.

Bergoglio é hoje Papa, represen-tante divino no mundo ocidental, e nas suas conversas com Deus terá provavelmente oportunidade de esclarecer seu comportamen-to, pois dizem que Deus tudo vê e memoriza e que tudo que de mal é feito, mais dia menos dia, será revelado. Amem.

Sem definição...

Um basta à guerra fiscal

O passado do Papa argentino

TRIBUNAINDEPENDENTE

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7 TRIBUNAINDEPENDENTE PUBLICIDADEMACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013

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8 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO 17 DE MARÇO DE 2013PUBLICIDADE

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CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013

Avenida da Paz é a próxima Ponta VerdeConstruções em andamento na orla dessa região demonstram interesse do setor imobiliário, que cresce gradativamente

Obras essenciais trariam mais recursos para as regiões

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

A região da Avenida da Paz, que abrange o bairro de Jaraguá e

Centro, começou a mudar seu cenário de alguns meses para cá, e pouco a pouco vai sendo ocupada por empresários do ramo da construção civil que têm interesse em continuar investindo na área, hoje considerada como a segun-da Ponta Verde de Maceió.

Em cerca de um quilôme-tro da região, percorrido pela reportagem da Tribuna In-dependente, foi possível identificar quatro grandes empreendimentos na orla da Praia da Avenida, entre salas comerciais e imóveis residenciais. Um deles, o VC Beira Mar, anuncia que já está com 85% dos aparta-mentos vendidos.

Para o corretor de imó-veis Dennedy Costa, a ten-dência é haver uma superva-lorização da região, e quem

tiver interesse em conseguir algum terreno ou imóvel no local daqui a alguns anos não vai encontrar. “A Praia da Avenida é bem semelhan-te à situação da área nobre de hoje, como a Ponta Verde, Pajuçara, Jatiúca. Antes dos prédios, ninguém tinha inte-resse em morar ou investir no comércio por lá porque não era atrativo. Atualmen-te não se tem mais para onde crescer na região. Vai acontecer a mesma coisa na Avenida e com a parte alta de Maceió, por exemplo”, opinou.

Mais três empreendimen-tos de construtoras distintas estão confirmados na área: o Grand Vue – empresarial com quatro pavimentos, da Contrato Engenharia; o Ter-ra Brasilis – com uma torre composta por 17 pavimentos, da Marroquim Engenharia - e o Via Residence, da Pro-dução Engenharia, pelo pro-grama Minha Casa, Minha Vida.

Um dos empreendimenos anunciados para a região e outro recém-inaugurado mostram potencial da Avenida, que carece ainda de estrutura

AJUDA MÚTUA

Construção civil cobra ações do poder público antes de investir

O representante da Câ-mara Brasileira da Indús-tria da Construção Civil (CBIC) em Alagoas, Marcos Holanda, ressaltou a impor-tância de ações administra-tivas do poder público para que cinco ou seis negócios extremamente importan-tes para a construção civil de Alagoas mudem ainda mais o seu cenário: a urba-nização da orla do Litoral Norte de Maceió, a solução para o trânsito da Fernan-des Lima, a revitalização da orla da Lagoa Mundaú, a urbanização do Vale do Reginaldo e o combate às favelas.

“O importante para o de-senvolvimento é criar meca-nismo que possibilite inves-timentos do poder privado. O empresário precisa de um ambiente favorável, esgoto,

água, vias, segurança. Uma infraestrutura que permita fazer o investimento, criar um colchão para o empre-sário, como no Pólo de Ma-rechal, que foi dado oportu-nidade. Daqui a dez anos, o Brasil estará no ranking da quarta economia do mundo. Um prognóstico futuro inte-ressante. Vem ai a Copa do Mundo, as Olimpíadas de 2016, estruturação de por-tos e aeroportos”, pontuou Marcos Holanda.

Para ele, com os inves-timentos públicos necessá-rios, a orla da Avenida da Paz pode sim ser um grande bairro onde se concentrem grandes empreendimentos residenciais e empresarias. “A Avenida já tem uma his-tória muito bonita e é preci-so ser resgatada em termos de urbanização, revitaliza-

ção e infratestrutura. Do ponto de vista ambiental, o que pode ser melhorado para atrair ainda mais in-vestidores é a limpeza da praia. Creio que o turista que vem de um cruzeiro, que desce no Porto de Ma-ceió e se depara com uma favela e uma língua negra de um canal de esgoto não vai levar boas lembranças do local”, avaliou.

E acrescenta: “Imagine se resolvessem o problema do Vale do Reginaldo e Sal-gadinho. A praia da Aveni-da é linda, mas com os pro-blemas que ela tem como é que se vai vender para os investidores? O saneamen-to básico deve ser 100%, sobretudo na parte baixa de Maceió. Para ter uma praia limpa é preciso que se faça mais”. (A.P.O.)

ADAILSON CALHEIROS

ADAILSON CALHEIROS

ADAILSON CALHEIROS

Poucas cidades têm a beleza de uma lagoa como a Mundaú, porém, margeada por favelas, ela perde valor

Problemas como a poluição do Salgadinho precisam ser resolvidos

ESPECULAÇÃO

Retirada de favelas da praia e lagoa trariam valorização

EMPRESÁRIOS

Infraestrutura é determinante para atraí-los

Marcos Holanda, repre-sentante da Câmara Brasilei-ra da Indústria da Constru-ção Civil (CBIC) em Alagoas, lembrou que a prefeitura de Maceió está construindo mais de três mil casas para que a população de baixa renda saia das favelas criadas na capital alagoana. Ele ressalta que esse tipo de ação pode resul-tar na valorização dos locais anteriormente favelizados. “Estes imóveis estão surgindo e são fundamentais para con-ter estas áreas de habitação irregular. Invadem mangue-zais, morros, e quando chove vem outro problema para a cidade que são as invasões em áreas de risco. Os órgãos públicos precisam combater os grandes bolsões que são as favelas”, destacou.

Para Holanda, o Vale do Reginaldo se tornou um pro-

blema social, de modo que todos almejam uma solução para o local. “Ali seria a gran-de obra para o futuro, que não está muito longe de ocorrer, embora demande tempo.”

LAGOA“A respeito da favela da

orla lagunar, é uma área ex-celente – são poucas as cida-des que tem uma área mara-vilhosa daquela, só que tem de desocupar e ocupar, e, so-bretudo, que exista fiscaliza-ção e uma cobrança de todos, com respeito e consciência da sua cidade”, cobrou.

Segundo ele, tanto a Via Lagunar como o eixo viário do Vale do Reginaldo perpas-sam pela questão de obras habitacionais para solucio-nar a favelização na cidade e a urbanização para alavan-car a economia de Maceió. (A.P.O.)

De acordo com Paulo No-gueira, vice-presidente do Sin-dicato das Indústrias da Cons-trução de Alagoas (Sinduscon/AL), as construtoras estão procurando locais bem centra-lizados em Maceió, porém onde tenha infraestrutura. A despo-luição do Riacho Salgadinho iria valorizar ainda mais a orla da Avenida da Paz, segundo ele, que lembra que a cidade de Ma-ceió crescia para aquele lado, mas a poluição do Salgadinho afastou os empreendedores.

Nogueira aponta que embo-ra a região da Praia da Avenida não seja nobre, é possível que se torne área de classe média pela sua localização. Ele explica que o plano estratégico elaborado em 2000 já previa a região como sendo de classe média.

Já em outras áreas ricas em beleza natural, porém sem infraestrutura mínima, como a orla lagunar, ele não aposta.

“Não aconteceu a revitali-zação da orla lagunar, ainda continua a ocupação ilegal, não há uma valorização, os empre-sários não têm interesse por-que não tem infraestrutura. No Litoral Norte não tem sanea-mento e é um agravante, falta a duplicação pelos congestiona-mentos nos finais de semana. Como pode ser visto, na Aveni-da Márcio Canuto já tem mui-tos empreendimentos e o Esta-do tem de oferecer vias largas, saneamento, entre outros para o território evoluir ainda mais. Lá na orla lagunar era para ser nobre, mas há os impedimentos pela poluição da lagoa. Favelas no entorno, entre outros proble-mas, freiam os empreendedores do ramo da construção civil”, detalhou o sindicalista.

E finalizou dando o exem-plo do Maranhão, onde em um bairro quase esquecido, o governador investiu e valori-zou significativamente o local. “Tem de dar vida própria para seus bairros, como a Caixa Econômica, por exemplo, que já foi inaugurada no Benedito Bentes. Evita que as pesso-as desçam e cresça o fluxo de trânsito”.

Urbanização do Vale do Reginaldo é demanda sem data para acontecerUma das obras mais cobradas pelo setor da construção civil para a valori-zação da Praia da Avenida é o Projeto Integrado de Urbanização do Vale do Reginaldo, que contribuirá com a despoluição do Riacho Salgadinho. A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) informou por meio de sua as-sessoria de comunicação que uma reunião foi realizada no início deste ano para tratar da retomada do projeto, viabilizado conjuntamente pelos gover-nos federal, estadual e municipal. Na reunião foram discutidos, entre muitos pontos, as novas ações do Vale do Reginaldo, porém nada ficou definido, formalizando assim uma nova reunião ainda sem data para acontecer.

Cidades

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THALES PANTALEÃO ESPECIAL PARA A TRIBUNACOM EDITORIA DE CIDADES

Dados publicados em fevereiro pelo Ins-tituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) alertam que o trimestre que inicia em março e ter-mina em maio deste ano indica provável ocorrência de chuvas abaixo da faixa normal. A probabilidade dessa previsão se confir-mar no período é de 40% para quase toda a região Nordeste. Contudo, a pre-visão também trabalha com a probabilidade de 35% de ocorrência de chu-vas na categoria normal e 25% de probabilidade na categoria acima da normal.

Ainda segundo o Inpe, o fenômeno El Niño apre-senta atualmente ca-racterísticas próximas à neutralidade, porém, sua interferência no Oceano Atlântico tropical gera uma condição desfavorável para o regime de chuva da re-gião Nordeste do Brasil, principalmente o setor nor-te desta região.

PRODUÇÃOO Estado de Alagoas é

o maior produtor nacional de laranja lima e vem so-frendo bastante o efeito da

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE

Índice de chuvas deve continuar baixoPrevisão do INPE é que há 40% de probabilidade de chover abaixo da média durante este trimestre em toda a região

O município de Santa-na do Mundaú concentra a maior área cultivada com laranja lima em Alagoas, responsável por 90% da pro-dução estadual. Contudo, a súbita falta de chuvas tem preocupado o setor, pois a escassez hídrica vivenciada desde o final de 2011 tem comprometido o desenvolvi-mento das plantas e as futu-ras safras.

Ainda é cedo para estimar a queda na produtividade este ano, mas os produtores especulam que a produção será menor do que nos anos anteriores.

Os agricultores e especia-listas esperam que a partir deste mês de março as pre-cipitações sejam mais inten-sas e frequentes. Conforme dados da série histórica de chuvas de Santana do Mun-daú, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (Inpe), os meses de abril, maio, junho e julho são os mais chuvosos com uma média mensal de 196 mm. Em contrapartida, nos meses de agosto a feve-reiro a média mensal é de 63 mm.

CORTESIA

ADAILSON CALHEIROS

ADAILSON CALHEIROS

Produção de laranja, no Vale do Mundaú, é um dos setores agrícolas afetados com estiagem prolongada

Em Santana do Ipanema, Rio Ipanema seco é reflexo das condições climáticas que afetam o município

Compra de alimento para animais também faz parte da proposta

CONTINUAÇÃO DA ESTIAGEM

Produtores de laranja temem o futuro

BENEFÍCIO PARA AGRICULTORES

MP 587 está perto de ser aprovada A Comissão Mista do

Congresso Nacional desti-nada a analisar a Medida Provisória 587/2012 con-cluiu os trabalhos na se-mana passada com a apro-vação do relatório sobre a proposta. A MP autoriza o pagamento de valor adicio-nal ao benefício Garantia--Safra e amplia o Auxílio Emergencial Financeiro para os agricultores que so-frem com os efeitos da seca que afeta diversas regiões do Brasil, em especial aos municípios situados na área da Sudene.

A nova medida aprovada autoriza que a União pague para cada família até R$ 560, em quatro parcelas, adicionais ao limite legal de R$ 700, relativo ao Benefí-cio Garantia-Safra. Além

disso, a MP 587 amplia em até R$ 320, por família, o Auxílio Emergencial Finan-ceiro, atualmente limitado a R$ 400.

Outro ponto importan-te, articulado pelo senador José Pimentel (PT/CE) com o relator da matéria, depu-tado Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE), são os artigos que autorizam a Co-nab a comprar, a preço de mercado, milho em grãos para a venda direta a pe-quenos criadores de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos. O projeto eleva de 300 mil toneladas para 550 mil toneladas a quantidade de milho a ser adquirida.

A Medida Provisória 587 segue para votação nos ple-nários da Câmara dos Depu-tados e no Senado Federal.

estiagem, que já dura mais de um ano. A região do Vale do Mundaú forma o parque citrícola, composto pelos municípios de Branquinha, Ibateguara, São José da Laje, União dos Palmares e Santana do Mundaú. Esta

É esperado algo em torno de 119 mm de chuva para o mês de março, contribuindo para a redução dos drásticos

região demonstra claros sinais de redução da pro-dução de laranja, morte de plantas e morte de mudas, causando grandes prejuí-zos aos produtores e à eco-nomia de Alagoas.

Outros setores da agri-

efeitos da seca nessa região. Entretanto, vale resaltar que o Nordeste passa por um período anormal de chu-

cultura e pecuária do Es-tado, como a produção de feijão, de leite e até o tra-dicional setor canavieiro, também acumulam prejuí-zos e estão dependendo da atuação do poder público para manter a atividade.

vas, podendo ter comporta-mento totalmente diferente dos dados da séria história de precipitação.

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CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013

Mulheres e jovens mudam perfil do taxistaEm Maceió, representação desses profissionais ainda é pequena, porém cresce ano a ano, junto com a qualificaçãoJEANN MARQUESCOLABORADOR

Em Maceió, a profis-são de taxista ainda é liderada por ho-

mens, numa faixa etária entre 40 e 60 anos, e sem curso superior. Mas o per-fil dessa profissão vem mu-dando, com o crescimento do número de mulheres e também de jovens, am-bos os sexos, nesta área do mercado de trabalho.

Segundo a Superinten-dência Municipal de Trans-portes e Trânsito de Maceió (SMTT), em 2009, foram cadastradas 382 mulheres como taxistas, de um total de 5.082 profissionais que entraram para a categoria em Maceió naquele ano. Ou seja, elas representaram 7,51% dos novos taxistas da capital alagoana. Com o passar dos anos, a repre-sentação feminina aumen-

tou e, em 2013, elas já são 1.815 no total ou 8,5% da categoria com mais de 21 mil profissionais.

O número de jovens que ingressaram como taxistas nos últimos quatro anos, ou seja, mulheres e homens entre 18 e 25 anos de idade, também cresceu na capital, e ainda com mais força. O total de taxistas jovens ca-dastrados em 2009 foi de apenas 26, mas no ano se-guinte o número já subiu para 63. Em 2013, eles já são 281, porém represen-tando apenas 1,3% da cate-goria.

Esse novo perfil encon-trado nos táxis se diferen-cia da grande maioria pelo grau de escolaridade. Mui-tos cursam ou já concluíram algum curso superior, falam outros idiomas e fazem uso maior de novas tecnologias como GPS, mapas via inter-net e o smartphone. Mulheres representam quase 9% dos taxistas de Maceió, enquanto jovens ainda são quase 2%, porém com crescimento bem elevado

Germana Firmino ganhou credibilidade entre os clientes e hoje não precisa sair para procurar corrida

Wagner dos Santos tem apenas 20 anos e é taxista desde os 18

Taxistas mais antigos e clientes tradicionais ainda são barreiras

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

EM BUSCA DE QUALIFICAÇÃO

Formada em turismo, ela já se prepara para a Copa

A taxista Germana Fir-mino Silva, 42 anos, é uma das pioneiras da mudança de perfil dos taxistas. Ela está há 21 anos nessa pro-fissão e procura enriquecer seus conhecimentos com cursos de aprimoramento e concluiu faculdade de turis-mo, com o objetivo de fazer a diferença nessa profissão. Atualmente, ela faz um curso virtual para receber os turistas durante a Copa de 2014.

Sobre a escolha da profis-são, ela conta que decidiu se tornar taxista após a morte do pai, que era fazen-deiro. De uma família de 18 irmãos, ela é a única que se-guiu a profissão. “Precisava trabalhar para me susten-

tar, pois a herança deixada pelo meu pai não iria durar muito. Um amigo meu era taxista e, como eu sabia dirigir, tive a ideia de com-prar um carro e uma praça com a herança de meu pai”, conta.

Germana Silva diz que hoje, pela credibilidade que ganhou, espera o cliente li-gar para começar seu expe-diente de trabalho.

“Graças a Deus, hoje, te-nho o privilégio de não ter de procurar corrida. Con-quistei uma clientela fiel que me liga e assim vai sur-gindo uma corrida atrás da outra. Não preciso disputar meu espaço com ninguém, seja homem ou mulher”, conta ela.

ALÉM DA RENTABILIDADE

Flexibilidade de horário atrai os jovens e estudantes para o setor

CLIENTELA

Idade e sexo desses profissionais ainda são alvo de preconceito

O alto retorno financeiro é um dos principais motivos que atraem para a profissão taxista. “Em um mês, dá para tirar de quatro a seis salários mínimos. Todo dia, eu tenho dinheiro na mão”, revela Wagner dos Santos, 20, taxista há dois anos. Ele escolheu a profissão por in-fluência do pai taxista e para ajudar a família no sustento da casa.

Outro motivo para atrair tantas pessoas para a profis-são é a flexibilidade do horá-rio de trabalho. O profissio-nal é que define sua própria

jornada. Wagner dos Santos trabalha durante o dia e es-tuda à noite. Ele faz o curso de Ciências Contábeis.

SÃO PAULOSegundo matéria publica-

da pela Folha de S.Paulo em fevereiro deste ano, as mu-lheres também são minoria por lá, de acordo com o De-partamento de Transportes Públicos do município, mas a entrada delas nesse mer-cado cresceu 162% nos úl-timos cinco anos - chegou a 5.408 condutoras, ou 7% do total de taxistas ativos em São Paulo.

Motoristas com menos de 40 anos são 31,2%, segundo dados de 2012 do Observató-rio do Turismo, da SPTuris (empresa de turismo na ci-dade).

Para Ricardo Auriemma, presidente da Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo, a popularização do GPS facilitou a entrada dos mais jovens. “Antes, a pessoa tinha de ter conheci-mento maior de ruas. Hoje, com os mapas na internet, o smartphone e o GPS, ficou muito mais fácil”.

Esse novo perfil de ta-xistas - mulheres e jovens - também enfrenta situa-ções de preconceitos e as-sédios, em maior grau as mulheres. Germana Silva diz que já foi assediada por um passageiro. “Durante a corrida, ele colocou a mão na minha coxa e já ia em direção as minhas partes íntimas. Por sorte, naque-le momento, um colega de profissão ia passando pelo meu caminho, dei um si-nal que precisava de ajuda e ele me ajudou a tirar o passageiro do meu carro”,

conta ela, que depois dis-so, evita pegar passageiros desconhecidos de madruga-da.

No início da profissão, ela sofreu preconceito por par-te dos colegas homens. “En-travam na minha frente para pegar os clientes. Não me respeitavam por eu ser mulher”, desabafa.

Já Wagner dos Santos re-vela que, por conta de sua idade, enfrentou, muitas vezes, situações de descon-fiança dos passageiros que não acreditavam que ele tinha licença para dirigir

até o momento em que ele mostrou a carteira de habi-litação. “Uma vez, o esposo de uma passageira pergun-tou se eu era maior de ida-de. Respondi que sim e fiz a corrida para a esposa dele. Algum tempo depois, rece-bi uma ligação da empresa de táxi que eu estava asso-ciado e soube que ele havia ligado para lá, dizendo que eu teria dito ser menor de idade”, relata ele.

Para tentar se proteger da violência, Wagner diz que à noite prefere pegar clientes mulheres e idosos.

CAPITAL

Nas empresas, ainda falta o ‘toque feminino’

Mesmo com o crescimen-to do número de mulheres como taxistas, elas ainda são minoria nesta profissão. Atualmente, elas represen-tavam apenas 8,5% do total de profissionais do táxi.

A reportagem da Tribu-na Independente conta-tou quatro grandes empre-sas de táxi de Maceió (Real Táxi, Coopertáxi, Chame Táxi e Pontual Táxi), para saber se haviam taxistas do sexo feminino associadas a essas empresas.

Apenas na Coopertáxi e Pontual Táxi, há uma taxis-ta mulher em cada uma.

Para Edenilton Selisdoro, diretor administrativo da Pontual Táxi, localizada no bairro da Serraria, a razão para o número de mulhe-res nessa atividade não ser maior é “o fato de que em Alagoas não há mais con-cessão de registro de táxi”. “E há uma proibição de transferência da placa do carro do titular para outra pessoa, em caso de morte”, explica ele.

A Superintendência Mu-nicipal de Transportes e Trânsito de Maceió (SMTT) informou que, atualmente, há 21.163 taxistas cadas-trados somente na capital.

Segundo Ubiraci Cor-reia, presidente do Sindica-to dos Taxistas de Alagoas (Sintaxi/AL), o motivo do crescimento do total de ta-xistas mulheres e jovens se deve ao fato de o permissio-nário, pessoa que detém a concessão de táxi, ter o di-reito de colocar mais duas pessoas como seu motorista auxiliar. Na maioria dos casos, são filhos, esposa ou algum outro parente do per-missionário.

SÓ PARA ELASUm fato curioso aconte-

ceu na cidade de Nova Délhi, na Índia, demonstrando que as mulheres estão conquis-tando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e como taxistas também. Nes-sa mesma cidade, que ficou conhecida pela morte de uma estudante de fisioterapia, es-tuprada e agredida por um grupo de homens dentro de um ônibus, caso que chocou o mundo todo, um grupo de oito mulheres abriu uma empresa de táxi oferecendo serviço ex-clusivamente para mulheres.

Uma atitude ousada, em um país onde a mulher é sub-jugada, por não ter os mes-mos direitos que os homens, e a profissão de taxista é li-derada por eles.

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MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013CIDADES12 TRIBUNAINDEPENDENTE

Casais que engordam juntos são felizesPesquisa de universidade mostra que casais que se dizem felizes ganham peso a cada ano que passam juntos

Começou a namorar e engordou? Fique tran-quilo, é um bom sinal.

Segundo pesquisa da Univer-sidade Southern Methodist, em relacionamentos felizes, os casais costumam engordar.

Os pesquisadores conver-saram com 169 casais recém--casados sobre felicidade conjugal. E também apro-veitaram para pesar cada voluntário. Nos quatro anos seguintes, a cada seis meses, eles repetiam o ritual: pesa-vam os participantes e per-guntavam sobre a vida do ca-sal. Cada vez que se diziam felizes, os casais apareciam mais gordinhos – em média,

o índice de massa corporal deles aumentava 0.12 a cada seis meses.

É que eles costumam fa-zer mais refeições juntos. Segundo a pesquisa, quan-do casais jantam e almoçam juntos, os dois costumam co-mer mais. Além disso, quem considera pedir um divórcio tende a se preocupar mais com o peso. Por motivos ób-vios, já que pensam na soltei-rice, melhor dar um trato no visual.

Portanto, amigos, não se preocupem tanto assim com a balança. Ela só mostra como vocês formam um casal feliz.

Urbanização do Francês

Do secretário de comu-nicação de

Marechal Deodoro, jornalista Carlos Roberts, recebemos a informação de que “a empresa que venceu a licita-ção para a reurba-nização do Francês começou a obra na quarta-feira, 13, Já na última quinta-feira, dia 14, o prefeito Cristiano Matheus esteve vistoriando o início dos trabalhos.

Geografia é com o IBGE!

Governo Médici. O exército não dava trégua àqueles que tinha na conta de comunistas e, por conseguinte, subversivos. Ai de quem fosse! Naqueles tempos de chumbo, Brasília mandou à Alagoas, na maior

moita, um certo coronel Cardoso, cuja fama era a de “implacável caçador de comunistas”. Ele podia até ser bom no metiê, mas de geografia não manjava bulhufas. Cardoso baixou em Maceió cheio de precauções, para não ser descoberto. Obedecendo a um plano estratégico bolado pelo finado SNI, hospedou-se no Parque Hotel, localizado na praça D. Pedro II, pegado com a Biblioteca Pública e bem pertinho da Assembléia Legislativa. Em frente, a Catedral Metropoli-tana. Não é preciso dizer que a missão de Cardoso era secretissima. Temia, o oficial, que até no órgão onde servia pudesse haver algum comunista infiltrado, e aí sua missão poderia ir pro beleléu. Cardoso não confiava nem na própria sombra. Acontece que o repórter Zito Cabral, que era um profissional muito bem informado, além de competentíssimo, descobriu a presença do coronel por estas bandas e o seu respectivo “esconderijo”. Viu aí a grande oportunidade para um furo jornalístico nacional. Precisava cair em campo. O que ele fez, então? Ligou para o dono do hotel: - Boa tarde, seu Euclydes! Aqui é o Zito Cabral, do Jornal de Alagoas... - Como vai, Zito? - respondeu o hoteleiro. Zito prosseguiu: - Seu Euclydes gostaria de falar com o oficial do exército que está hospedado aí no seu hotel, é possível? Seguríssimo, ele deu uma de inocente: - Pra lhe ser sincero, Zito, o único oficial do exército que eu conheço é um dos meus filhos, que por sinal está servindo na Amazônia... E cortou o papo. Cabral não se deu por vencido. Ele era ousado e persistente. Aquele furo não haveria de perder, de jeito nenhum! Na maior cara de pau foi ao hotel e lá, não se sabe como, conseguiu saber o número do apartamento que o oficial ocupava. De volta à redação do jornal, ligou para o militar. Quem atendeu foi um tenente ajudante-de-ordens. Zito sapecou: - Aqui é o repórter Zito Cabral. Quero falar com o coronel Cardoso! O tenente ficou embasbacado: - Como o senhor ficou sabendo que o coronel está hospedado neste hotel? Malandro, Cabral deu uma de misterioso: - Informe confidencial, tenente! Diga ao seu superior que eu gostaria de marcar uma entrevista com ele... - Um momento que eu vou consultá-lo. O tenente fez a consulta, e deu o retorno, muito seco: - Senhor jornalista, o coronel irá recebê-lo amanhã de manhã. Passar bem! No outro dia, bem cedinho, Zito Cabral estava no pé da conversa. Sem mais delongas, deu início entrevista: - Qual o motivo de sua visita a Alagoas, coronel? Cardoso tergiversou, desprezando a pergunta do jornalista. Não foi prático e nem objetivo: - É muito difícil combater o comunismo aqui em Alagoas, meu caro! - Como assim, coronel? - A gente cerca esses subversivos em Palmeira dos Indios e o que acontece? - Sim... E o que acontece, coronel? - Eles fogem pela fronteira do Rio Grande do Norte! - Mas coronel, Alagoas não faz fronteira com o Rio Grande do Norte! O militar encerrou o papo: - Problema de geografia não é comigo. É com o IBGE!Entregou o carro e a mulher O malandro Sabino Lourenço chegou pro amigo Aldinalvo Inácio e deu o toque: - Bicho, preciso que você me quebre um galho... - Qualé? - Me empreste o seu carro.Tenho um negócio urgentíssimo pra resolver. Depois você vai ficar por dentro. E o Aldinalvo: - Tá legal. Mas vê se não demora muito, porque ainda tenho que pegar a minha esposa no emprego... - Pode deixar que eu apanho! - Você faz isso pra mim, meu? Brigadão, viu? - Ora, é o maior prazer! Sabino pegou a mulher do amigo e sumiu com ela, pra lugar incerto e não sabido... com carro e tudo! Hoje está fazendo cinco anos.

Não era muda! Pegaram o desocupado Sindulfo Vieira no maior flagra, fazendo sexo com uma mulher morta, num canavial perto de Novo Lino. O cara esta puxando o maior fogo. Dia seguinte, botaram na frente do delegado Antônio Rosalvo Cardoso, o indefectível Mamão, que, antes de autuá-lo pela prática de necrofilia, deu-lhe o maior esbregue: - Tanta mulher dando sopa no mundo, e você acha logo de fazer safadeza com uma falecida, seu pilantra! E o Sindulfo, perplexo: - Que falecida, doutor? Tô por fora! - Se faça de engraçadinho não, cretino! Comigo você se lasca! Você foi flagrado trepando com uma defunta! - Eeeeuuu, doutor? Deus me livre! - Você mesmo, seu degenerado! Aquela pobre mulher com quem você estava transando estava morta! - Pelamordedeus, doutor... E aquela pecinha que tava comigo ontem à noite, nas canas, era mesmo... Defunta? - Não me venha dizer que não sabia, seu canalha! A infeliz já estava até fedendo! - Ah, doutor, eu juro que não sabia, pode crer! Eu pensei que ela era muda. Bem logo vi... - Viu o quê? - Eu tinha entrado nas canas pra fazer uma precisão, e encontrei ela deitada no chão. Aí, comecei a alisá-la e como ela não reclamou, eu - zip! - comecei a traçá-la numa boa! Biritado do jeito que eu tava, e seco por uma nega, não deu nem pra notar que ela tava morta!

AÍLTON VILLANOVA [email protected]

Recursos federaisO secretário também infor-mou que “a obra está orçada em R$ 17 milhões e será custeada pelo governo fede-ral. A prefeitura entrará com a contrapartida de R$ 2 mi-lhões que serão pagos com o dinheiro do IPTU do contri-buinte. Além da reurbaniza-ção do Francês, o convênio também prevê recapeamento asfáltico em algumas ruas da Massagueira”.

AceleradoSandra Moreira, moradora do Francês passava pelo local no momento da visita. Ela disse que uma obra de tamanha importância e impacto econô-mico na vida dos comerciantes e demais empreendedores que vivem do turismo na região, mostra que o ritmo de trabalho do prefeito em sua segunda gestão continuará acelerado. “Mostra que ele não vai desa-nimar no segundo mandato”, diz.

ConquistaO prefeito Cristiano Matheus lembra que a verba é uma conquis-ta conjunta com o senador Renan Calheiros e o deputado federal Renan Filho. “E também uma reivindicação justa em que irá beneficiar não só a população local, mas também os banhistas que visitam nossa praia e auxiliará para que os turistas levem uma imagem melhor do nosso principal cartão postal”, considera Cristiano.

Combate às drogasA adoção de políticas públicas e estratégias de combate às drogas serão debatidas em seminário que será realizado, nesta segunda-feira (18), no auditório do Centro de Refe-rência Integrado de Assistên-cia em Saúde de Arapiraca (CRIA).O evento é uma iniciativa da prefeitura de Arapiraca, por meio das secretarias munici-pais de Governo, Assistência Social, Saúde, Educação, Polí-ticas Públicas Para as Mulhe-res, de Cultura e Turismo.

SeminárioAno passado foi realizado o primeiro seminário, que contou com a presença do professor universitário e especialista de renome internacional Elisaldo Carlini, entre outras personalidades do município.De acordo com a secretária de Governo, Cícera Pinheiro, as atividades começam a partir das 14h, com apresen-tação da síntese do trabalho do primeiro seminário e con-solidação da Rede Municipal de Combate às Drogas.

ResultadosCom base no modelo de Gover-nança Corporativa, alinhada aos eixos estratégicos da gestão mu-nicipal, também nesta segunda--feira (18), no Centro de Refe-rência Integrado de Assistência em Saúde de Arapiraca (CRIA), será realizado o seminário de apresentação do plano de ações dos primeiros meses de gestão da prefeita Célia Rocha (PTB).

ProgramaçãoA programação será aberta pela manhã com a síntese das oficinas realizadas nos dias 18 e 19 de janeiro; ponto de controle do plano de ações prioritárias, com diagnóstico dos primeiros meses da gestão e fixação de metas e resultados para cada secretaria municipal de governo

Desarmamento 1A informação está no site 7 Segundos: Depois de percorrer diver-sos bairros de Maceió desde novembro do ano passado, quando foi lançado, o Ônibus do Desarmamento chega a Arapiraca na próxima segunda-feira (18), no primeiro ato resultado da parceria entre Secretaria de Estado de Promoção da Paz (Sepaz) e pre-feitura de Arapiraca para expandir as ações de cultura de paz e prevenção da violência no município. O posto de coleta itinerante ficará na cidade por três semanas, estacionado na Praça Manoel André, no Centro, por trás da anti-ga igreja matriz da cidade, das 8h às 17h.

Desarmamento 2A aproximação entre Sepaz e município foi tema de várias reuniões durante esta semana, a primeira delas na segunda--feira (11), quando o secretário da Paz Jardel Aderico e a prefeita Célia Rocha discutiram a importância das ações de cultura de paz e prevenção social da violência na segunda maior cidade do estado.

... “Estamos adotando várias ações nas áreas da saúde, educa-ção, trânsito, entre outros setores, para melhorarmos cada vez mais a qualidade de vida das pessoas e, sobretudo, assegurar os seus direitos mais elementares”, disse a prefeita, destacando as ações de cultura de paz para o fortalecimento e garantia da segurança da população.

... Jardel Aderico destacou a importância da interiorização das ações da secretaria.

“A Sepaz busca fazer uma prevenção social da violência, educando crianças já na cultura de paz e com o acolhimento de dependentes químicos, afastando-os do ambiente de tráfi-co e violência. A ida do Ônibus do Desarmamento a Arapiraca também infere nisso, pois arma de fogo não é um instrumento de segurança. Elas são um perigo dentro de casa, causando tragédias por motivos banais.”

Motivo para os quilos a mais é que casais jantam e almoçam juntos

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CidadesemFocoROBERTO BAIA

Page 13: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

Agricultoras de Taboquinha, em Arapiraca, produzem ainda bolos e pães de macaxeira com fécula processada

A Associação de Mulheres Produtoras de Broas e Outros Produtos Alimen-

tícios da Agricultura Familiar (Asprobroas), da comunidade Taboquinha, município de Ara-piraca, se destacou mais uma vez. Na última quarta-feira (13), elas receberam o prêmio “Mu-lheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável”, em Brasília. A associação foi criada com apoio do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Susten-tável de Alagoas (Emater).

As agricultoras alagoanas ficaram entre as trinta experi-ências inovadoras e sustentáveis de grupos produtivos na premia-ção, oferecida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

Acompanhada pelos exten-sionistas da gerência regional Agreste da Emater, as 24 asso-ciadas passaram por diversas

oficinas, desde a importância do associativismo, criação de um es-tatuto, até a fabricação e mani-pulação correta de bolos e outros produtos.

De acordo com a extensionis-ta rural da Emater, Valdenice dos Santos, o trabalho na comu-nidade começou há dois anos, com orientação em associativis-mo e suporte as atividades em geral.

“Há cerca de um ano, após diversas oficinas, formalizamos a associação e elas só cresceram. Antes essas mulheres trabalha-vam somente na roça e hoje con-seguem ter seu próprio dinhei-ro”, contou a extensionista.

Atualmente o grupo se de-dica ao processamento de broas (fécula/amido), bolos e pães de macaxeira e doce caseiro, além do trabalho na agricultura, das tarefas domésticas, das reuniões da associação e participação em

eventos na comunidade e fora dela.

“Quase todas elas acessam as políticas públicas e programas, tais como Aquisição de Alimen-tos e Alimentação Escolar, para comercializar seus produtos. Só em janeiro e fevereiro de 2013, elas produziram 6.986,27 kg. de broa, bolo e doce”, afirmou Val-denice dos Santos.

Na oportunidade, o grupo destacou como um dos principais desafios a construção de uma co-zinha comunitária com equipa-mento adequado e um carro para transportar seus produtos, já que o processamento dos produtos é manual e o local improvisado para produzir. O concurso teve a participação de grupos produ-tivos formais e informais de todo o país. Foram 517 trabalhos da agricultura familiar, assentadas pela reforma agrária, quilombo-las, indígenas, entre outros.

DIVULGAÇÃO

Broas são carro chefe da associação de mulheres premiadas por praticar agricultura e manejo sustentável

Vestidos têm um toque de region alidade apreciado por turistas

SEMINÁRIO

Maiores especialistas em vendas

Vender é, sem dúvida, uma das atividades mais importantes para a sustentação das empre-sas. Treinamentos sobre vendas são indispensáveis para que os empreendedores possam se dar bem nesta área. Para dar supor-te ao empresário que deseja o sucesso nos negócios, no dia 28 de março, a KLA Treinamentos traz para Maceió o 1º Seminário “Como se tornar um campeão de vendas”.

Empresários, diretores, ge-rentes, supervisores, líderes de vendas e vendedores em geral estão convidados a participar do evento. Temas relevantes da área serão abordados como: moti-vação, estímulo de equipe, gestão de vendas, concorrência, diferen-cial de mercado e estratégias em geral.

Para tanto, a KLA Treina-mentos traz os maiores especia-listas em vendas do país, reco-nhecidos internacionalmente. Os consultores Augusto Lucena, Marcelo Ortega, Carlos Hilsdorf e João Kepler irão tratar de as-suntos como o sucesso nas ven-das, o valor do vendedor, as es-tratégias de fidelização e o perfil do novo consumidor digital, rea-lizando uma verdadeira imersão em vendas. O evento será reali-zado das 15h às 22h, no Radisson Hotel Maceió, localizado no bair-ro de Pajuçara.

TRADIÇÃO

Estilista baiana cria vestidos com fitas do Bonfim

Uma lembrança tradicio-nal de Salvador (BA), a fita do Senhor do Bonfim virou artigo de moda nas mãos da estilista baiana Nea Santta-na, 27. Ela faz vestidos, cal-çados e acessórios utilizando as famosas fitas coloridas.

A empreendedora apren-deu a costurar aos 12 anos com a mãe, que a levava frequentemente à igreja. Ao ver os turistas amarrarem as fitas do Senhor do Bonfim no pulso e fazerem pedidos, Santtana começou a pensar como unir esta tradição com o trabalho que sabia fazer.

“Queria trazer para o tu-rista um pouco da cultura baiana, mostrar que além de amarrar as fitinhas no pul-so, também é possível vesti--las”, afirma.

As peças criadas pela es-tilista podem ser encontra-das em duas lojas revende-doras de seus produtos e no próprio ateliê. Os vestidos são feitos sob medida. Em média, chegam a usar mais de 200 fitas e os mais sofisti-cados custam até R$ 700.

Durante a Lavagem do Bonfim, festa popular re-ligiosa que ocorre todos os anos em janeiro, as vendas da empreendedora aumen-tam 80% por conta dos tu-ristas que visitam a capital baiana.

“É uma das celebrações mais conhecidas do Estado porque há uma mistura de públicos [principalmente adeptos do catolicismo e do candomblé]. A fita do Se-nhor do Bonfim, junto com o berimbau, são os itens mais conhecidos da Bahia”, decla-ra Santtana.

Destino religiosoA estilista baiana per-

cebeu uma oportunidade de negócio em um mercado ainda pouco explorado no Brasil: o turismo religioso. Segundo o Ministério do Tu-rismo, em 2011 (os dados de 2012 não foram consolida-dos), 3,8 milhões de viagens domésticas tiveram como principal motivo a religião.

Os destinos mais procu-rados do turismo religiosos no país são: o Santuário de

Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP); Círio de Nazaré, em Belém (PA); as romarias de Juazeiro do Norte (CE) e Nova Trento (SC); as cidades barrocas mineiras de Ouro Preto, Congonhas e Mariana; e Salvador (BA).

De acordo com o diretor do Departamento de Estu-dos e Pesquisas do Ministé-rio do Turismo, José Fran-cisco Salles Lopes, o turismo religioso gera oportunidades de negócio principalmente para restaurantes, bares, albergues, taxistas, lojas de artesanato e souvenires.

Para lucrar com a pre-sença maior de turistas e fiéis, Lopes diz que é preciso conhecer a história da cida-de e das comemorações reli-giosas para tentar criar pro-dutos ou serviços diferentes.

“Cada festa tem suas características. No geral, a grande massa de público para este tipo de turismo não é de alta renda, por isso os preços devem ser acessí-veis”, afirma.

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE

Produtoras de broas recebem prêmio em Brasília

Planejamento simplificado prevê ação de parceiros na produção alagoanaDentro da proposta feita pela Desenvolve, está incluso um planejamento e cronograma das ações sugeridas para cada órgão envolvido que, segundo discutido em reunião, terão apenas que direcionar suas atividades já em curso para o projeto. De início ficou definido que a Desenvolve será a responsável pela elaboração dos estudos, a publicação das informações, a criação de um crédito sob medida e a elaboração de um projeto-piloto de acesso ao mercado. O Sebrae será o responsável pela capacitação, consultorias e gestão dos negócios. A Emater e a Seagri serão as responsáveis pelo auxílio e assistência técnica e acesso e distribuição de sementes e grãos.

EconomiaAlternativa à importação de alimentosProposta da Desenvolve é fruto de um diagnóstico feito pelo Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento

A Desenvolve – Agência de Fomento de Alago-as apresentou proposta

para fortalecer a produção de alimentos no Estado e reduzir o número de produtos impor-tados de outras unidades da federação. A alternativa pro-posta é fruto de um diagnósti-co realizado junto ao Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas (Ideral) e será aprimorada com formação de um grupo de trabalho.

O grupo de formado irá contar, além da Desenvolve e do Ideral, com a participação das secretarias de Estado do Planejamento e do Desenvol-vimento Econômico (Seplan-de) e da Agricultura (Seagri), da Central de Abastecimento (Ceasa), do Instituto de Inova-ção para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) e do Sebrae Alagoas.

Segundo o diretor de De-senvolvimento e Projetos da Desenvolve, Fábio Leão, a formação de um grupo de trabalho é fundamental, pois une forças em prol do desen-volvimento da produção local. “Começar um trabalho com ações isoladas não iria levar o projeto para frente, por isso estamos sugerindo a formação deste grupo para que as ati-vidades sejam executadas em

conjunto”, enfatizou.Durante o primeiro encon-

tro do grupo, o diretor da De-senvolve apresentou as ações da Desenvolve, que foram elaboradas visando a orga-nização da produção e da de-manda, e que podem servir de modelo para este novo projeto. Dentre elas, estão as ações do Programa de Fortalecimento da Agricultura Periurbana, no Litoral Norte, e o Projeto de Apoio às Feiras Livres de Maceió.

Para o superintendente de Fortalecimento da Agri-cultura Familiar da Seagri, Luciano Barros, o importante é “unificar projetos e ideias em comum objetivando a sis-tematização do projeto com atividades em andamento, acelerando o processo de for-talecimento da produção”.

PRODUÇÃO E DEMANDAO diagnóstico, elaborado

pela Desenvolve com dados fornecidos pelo Ideral, apre-senta as estatísticas de co-mercialização de alimentos e produtos na Ceasa. Dentro do estudo, pode ser analisada a quantidade da produção local, a importação vinda de outros estados, bem como a demanda e variedade do mercado.

Os dados apontam que dentro da média total de sete mil toneladas de frutas comer

cializadas no Ceasa, apenas 20% é produzida dentro do es-tado e o restante vem de esta-dos vizinhos, principalmente de Pernambuco.

De acordo com o técnico do Ideral, Artur César Nogueira, as frutas que são advindas da importação de outros estados são acerola, pêra, melancia e morango. “Cerca de mais de 95% dessas frutas que são co-mercializadas na Ceasa são produzidas em outros esta-dos”, destacou.

Já as hortaliças folhosas, como acelga, repolho e couve flor, que são comercializadas em Alagoas, são produzidas, de acordo com o estudo, em outro estado, porém, as de produção local são em maior quantidade, como alface, espi-nafre e salsa.

Para o diretor-presidente do Ideral, Helenildo Ribeiro Neto, este diagnóstico ela-borado pela Desenvolve vai servir como um guia que vai dar um norte para as ações do grupo de trabalho. “A Ceasa pode ser considerada o final da linha de comercialização, então as ações devem ser vol-tadas, principalmente, para a organização do começo da produção e do escoamento dos produtos. Este trabalho elabo-rado pela Desenvolve vai auxi-liar exatamente nisso”, disse. Frutas, verduras e legumes comercializados em Alagoas são produzidos em outros estados, em sua maioria

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013 ECONOMIA 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 14: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

Agricultoras de Taboquinha, em Arapiraca, produzem ainda bolos e pães de macaxeira com fécula processada

A Associação de Mulheres Produtoras de Broas e Outros Produtos Alimen-

tícios da Agricultura Familiar (Asprobroas), da comunidade Taboquinha, município de Ara-piraca, se destacou mais uma vez. Na última quarta-feira (13), elas receberam o prêmio “Mu-lheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável”, em Brasília. A associação foi criada com apoio do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Susten-tável de Alagoas (Emater).

As agricultoras alagoanas ficaram entre as trinta experi-ências inovadoras e sustentáveis de grupos produtivos na premia-ção, oferecida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

Acompanhada pelos exten-sionistas da gerência regional Agreste da Emater, as 24 asso-ciadas passaram por diversas

oficinas, desde a importância do associativismo, criação de um es-tatuto, até a fabricação e mani-pulação correta de bolos e outros produtos.

De acordo com a extensionis-ta rural da Emater, Valdenice dos Santos, o trabalho na comu-nidade começou há dois anos, com orientação em associativis-mo e suporte as atividades em geral.

“Há cerca de um ano, após diversas oficinas, formalizamos a associação e elas só cresceram. Antes essas mulheres trabalha-vam somente na roça e hoje con-seguem ter seu próprio dinhei-ro”, contou a extensionista.

Atualmente o grupo se de-dica ao processamento de broas (fécula/amido), bolos e pães de macaxeira e doce caseiro, além do trabalho na agricultura, das tarefas domésticas, das reuniões da associação e participação em

eventos na comunidade e fora dela.

“Quase todas elas acessam as políticas públicas e programas, tais como Aquisição de Alimen-tos e Alimentação Escolar, para comercializar seus produtos. Só em janeiro e fevereiro de 2013, elas produziram 6.986,27 kg. de broa, bolo e doce”, afirmou Val-denice dos Santos.

Na oportunidade, o grupo destacou como um dos principais desafios a construção de uma co-zinha comunitária com equipa-mento adequado e um carro para transportar seus produtos, já que o processamento dos produtos é manual e o local improvisado para produzir. O concurso teve a participação de grupos produ-tivos formais e informais de todo o país. Foram 517 trabalhos da agricultura familiar, assentadas pela reforma agrária, quilombo-las, indígenas, entre outros.

DIVULGAÇÃO

Broas são carro chefe da associação de mulheres premiadas por praticar agricultura e manejo sustentável

Vestidos têm um toque de region alidade apreciado por turistas

SEMINÁRIO

Maiores especialistas em vendas

Vender é, sem dúvida, uma das atividades mais importantes para a sustentação das empre-sas. Treinamentos sobre vendas são indispensáveis para que os empreendedores possam se dar bem nesta área. Para dar supor-te ao empresário que deseja o sucesso nos negócios, no dia 28 de março, a KLA Treinamentos traz para Maceió o 1º Seminário “Como se tornar um campeão de vendas”.

Empresários, diretores, ge-rentes, supervisores, líderes de vendas e vendedores em geral estão convidados a participar do evento. Temas relevantes da área serão abordados como: moti-vação, estímulo de equipe, gestão de vendas, concorrência, diferen-cial de mercado e estratégias em geral.

Para tanto, a KLA Treina-mentos traz os maiores especia-listas em vendas do país, reco-nhecidos internacionalmente. Os consultores Augusto Lucena, Marcelo Ortega, Carlos Hilsdorf e João Kepler irão tratar de as-suntos como o sucesso nas ven-das, o valor do vendedor, as es-tratégias de fidelização e o perfil do novo consumidor digital, rea-lizando uma verdadeira imersão em vendas. O evento será reali-zado das 15h às 22h, no Radisson Hotel Maceió, localizado no bair-ro de Pajuçara.

TRADIÇÃO

Estilista baiana cria vestidos com fitas do Bonfim

Uma lembrança tradicio-nal de Salvador (BA), a fita do Senhor do Bonfim virou artigo de moda nas mãos da estilista baiana Nea Santta-na, 27. Ela faz vestidos, cal-çados e acessórios utilizando as famosas fitas coloridas.

A empreendedora apren-deu a costurar aos 12 anos com a mãe, que a levava frequentemente à igreja. Ao ver os turistas amarrarem as fitas do Senhor do Bonfim no pulso e fazerem pedidos, Santtana começou a pensar como unir esta tradição com o trabalho que sabia fazer.

“Queria trazer para o tu-rista um pouco da cultura baiana, mostrar que além de amarrar as fitinhas no pul-so, também é possível vesti--las”, afirma.

As peças criadas pela es-tilista podem ser encontra-das em duas lojas revende-doras de seus produtos e no próprio ateliê. Os vestidos são feitos sob medida. Em média, chegam a usar mais de 200 fitas e os mais sofisti-cados custam até R$ 700.

Durante a Lavagem do Bonfim, festa popular re-ligiosa que ocorre todos os anos em janeiro, as vendas da empreendedora aumen-tam 80% por conta dos tu-ristas que visitam a capital baiana.

“É uma das celebrações mais conhecidas do Estado porque há uma mistura de públicos [principalmente adeptos do catolicismo e do candomblé]. A fita do Se-nhor do Bonfim, junto com o berimbau, são os itens mais conhecidos da Bahia”, decla-ra Santtana.

Destino religiosoA estilista baiana per-

cebeu uma oportunidade de negócio em um mercado ainda pouco explorado no Brasil: o turismo religioso. Segundo o Ministério do Tu-rismo, em 2011 (os dados de 2012 não foram consolida-dos), 3,8 milhões de viagens domésticas tiveram como principal motivo a religião.

Os destinos mais procu-rados do turismo religiosos no país são: o Santuário de

Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP); Círio de Nazaré, em Belém (PA); as romarias de Juazeiro do Norte (CE) e Nova Trento (SC); as cidades barrocas mineiras de Ouro Preto, Congonhas e Mariana; e Salvador (BA).

De acordo com o diretor do Departamento de Estu-dos e Pesquisas do Ministé-rio do Turismo, José Fran-cisco Salles Lopes, o turismo religioso gera oportunidades de negócio principalmente para restaurantes, bares, albergues, taxistas, lojas de artesanato e souvenires.

Para lucrar com a pre-sença maior de turistas e fiéis, Lopes diz que é preciso conhecer a história da cida-de e das comemorações reli-giosas para tentar criar pro-dutos ou serviços diferentes.

“Cada festa tem suas características. No geral, a grande massa de público para este tipo de turismo não é de alta renda, por isso os preços devem ser acessí-veis”, afirma.

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE

Produtoras de broas recebem prêmio em Brasília

Page 15: Edição número 1695 - 17 de março de 2013
Page 16: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013ESPORTES16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesCharles Hebert tem a missão de apitar o maior clássico do futebol de AlagoasCharles Hebert Cavalcante Ferreira e Mário Sérgio da Silva Bancilon foram para o sorteio de quem comandará o clássico CSA x CRB, hoje, às 17h, no Estádio Rei Pelé, pela 3ª rodada do hexagonal do Campe-onato Alagoano. E Charles Hebert foi o sorteado. Ele será assistido por Pedro Jorge Santos e Carlos Jorge da Silva Titara. O 4o árbitro será Denis Ribeiro Serafim. “Estou muito tranquilo e tenho a confiança da comissão estadual. Já comandei outros clássico e espero que os atletas procurem jogar futebol. O mérito do árbitro é passar despercebido e esse será meu foco”, destacou Charles.

Rivalidade e tradição: CSA encara o CRBClássico das multidões chega a sua 489ª edição e os times estão motivados para buscar os três pontos no hexagonal

Alvinegro precisa reverter placar de 2x1 sofrido em Arapiraca e todos estão muito confiantes em uma virada histórica

CSA e CRB protago-nizaram 488 partidas na história quase cen-

tenária de confrontos entre os dois maiores clubes alago-anos. Foram 184 vitórias do CRB, 149 vitórias do CSA e 151 empates. O Galo mar-cou 612 gols e o Azulão 610. Neste domingos os rivais se encontram pelo hexagonal do Campeonato Alagoano, às 17h, no estádio Rei Pelé.

Ambos vivem uma fase de tranquilidade dentro de campo. A vitória vale a liderança da fase e os dois treinadores sabem da im-portância da partida. “Es-tamos trabalhando duran-te toda semana pensando neste jogo. É uma situação particular que envolve emo-ção, tradição e rivalidade. Um detalhe vai decidir”, disse Beto Almeida do CSA. “Queremos os três pontos e não podemos entrar na pi-lha de torcedor. Dentro de campo são eles que resol-vem. Vamos com tudo nesse clássico”, revelou Ademir Fonseca do CRB.

O primeiro clássico foi disputado em 1916, no Cam-po da Praça Jonas Montene-gro, hoje Praça Centenário, em Maceió. Nesse confron-

to, o CSA venceu por 1 a 0, gol de Aristides. O segundo confronto entre CSA e CRB só veio acontecer dois anos depois, e novamente com uma vitória azulina, desta vez, por 2 a 0.

A maior vitória do clás-sico alagoano pertence ao CRB. A partida do dia 1o de outubro de 1939 ficou co-nhecida como o “jogo da So-fia”, quando o CRB venceu o rival por 6 a 0 na decisão do Campeonato Alagoano. Diz a história que o jogador Arlindo (um dos destaques do CRB na partida) era adepto do jogo do bicho e criava uma cabra chamada Sofia. De vez em quando, ele cantava uma uma modi-nha com todos os bichos do jogo, e ao chegar na cabra, ele dava uma paradinha e relembrava o jogo. Arlindo (2), Duda Bocão (2), Rama-lho e Cláudio Régis foram os aturoes dos gols da par-tida.

Silva “Cão”, ponta, ar-tilheiro dos Campeona-tos Alagoanos de 1968 (11 gols), 1972 (21 gols) e 1977 (16 gols) pelo CRB, mas que também jogou no CSA. Fez 62 gols na história do maior confronto do estado. Marcos Antonio já vestiu a camisa do CSA, mas hoje é regatianoKel voltou ao CSA após passagem ano passado e está motivado

DECISÃO

ASA tenta superar o Campinense na final do NordestãoAlagoas se veste de pre-

to e branco neste domingo para torcer pelo ASA na final da Copa do Nordes-te. A partida acontece no Estádio Amigão, em Cam-pina Grande, às 16h. Para o segundo jogo decisivo, o sistema defensivo alvine-gro estará desfalcado do zagueiro Tiago Garça, que está suspenso pelo 3o car-tão amarelo. Quem volta ao time é o meia Thallysson, que cumpriu suspensão na primeira partida realizada em Arapiraca.

Para reverter o placar, o ASA se apega no bom re-trospecto fora de casa. Em cinco jogos fora de Arapi-raca, a equipe venceu três partidas e perdeu duas.

O ASA precisa vencer o Campinense por dois gols de diferença ou marcar pelo menos três gols. Em caso de vitória por 2 a 1, o título será definido nas penalida-des. A equipe considerada titular deve formar com

Gilson, Osmar, Fabiano, Edson Veneno e Chiquinho Baiano; Cal, Jorginho, Di-dira e Thalysson; Wander-son e Léo Gamalho.

CAMPINENSEApós boa vitória, por 2 a

1, fora de casa, na primeira partida da decisão o Cam-pinense promete dar as cartas na segunda partida em Campina Grande. Po-dendo perder por até 1 a 0, o Rubro-Negro entrará em campo neste domingo, Às 16h, sem pensar na vanta-gem.

Apesar da confiança, o clima no Campinense é de respeito ao rival, já que o ASA provou que pode ser perigoso jogando fora de casa. Tanto nas quartas-de--final, como na semifinal, o ASA precisou decidir fora de casa depois de um resul-tado ruim no Coaracy da Mata. Nas oportunidades, o time de Arapiraca empatou sob seus domínios e venceu depois fora de casa

ASCOM CRBASCOM CSA

G1

CSA CRBFlávio, Leandrinho, Cleberson, AdalbertoRogerinho; Robson Lima, Elyeser, Marielson e Kel(Alex Lima); EveraldoDiego Clementino.técnico - Beto Almeida

Galatto; Paulo Sérgio, Marcus Vinícius,Tiago GasparettoJoão Victor; Audálio, Johnnattan,Marco AntonioJairo; DenílsonSchwenck.Técnico - Ademir Fonseca

No primeiro jogo em Arapiraca, o ASA perdeu de 2x1 e agora tenta fazer história e reverter o placar na casa do adversário

Page 17: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

DIVERSÃO&ARTE 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Eles são talentos natos, can-tores e musicistas, vivem da música, respiram sons, ouvem de tudo e exploram a cultura.

Criativos, transitam entre o forró e o sertanejo raiz, a MPB, o rock, o coun-try, a música latina e a ideologia do “roça ‘in’ roll”. O adjetivo, que pode ser superlativo mas coerente, já que estamos falando do mercado alagoano, vai para a banda Môfio!, que, hoje, completa 12 anos de estrada. Para cel-ebrar a data, um show será realizado na casa de eventos Maikai, na Jatiú-ca, e trará participações especiais de vários artistas locais.

Quando foi criada, lá atrás, ainda em 2001, a banda surgiu para home-nagear o forró autêntico, tradicional-mente conhecido como ‘pé-de-serra’. A intenção dos músicos deu certo e, até hoje, eles fazem o público manter vivo, na cabeça, o ritmo mais conhe-cido pelos nordestinos. E a intenção continua sendo a de louvar sempre o que o forró tem de melhor. A principal inspiração? Luiz Gonzaga, claro! “Até os mais novos já sabem quem foi o ‘rei do baião’. Sabemos que muitas pesso-as não o viram com vida, mas, sabem

SERVIÇOShow

Com um estilo que preferem chamar “roça ‘in’ roll”,

banda Môfio completa 12 anos de carreira e

comemora data em show, hoje, com artistas convidados

Taylor Swift deixou de lado os recalques de antigos relaciona-mentos e se jogou em uma nova baladinha para gravar seu novo clipe. A cantora divulgou em seu canal oficial de vídeos a produção final da música “22”. Na letra da canção, que é bem alegre, a loirinha chega a dizer: “Vai ficar tudo bem, vamos continuar dançando como se tivéssemos 22 anos”.Os últimos hits de Taylor, referentes ao álbum “RED”, foram “We Are Never Ever Getting Back Together” e “I Knew You Were Trouble”, ambos sobre supostos ex-namorados.

Parece que os filhos de Gretchen realmente puxaram a veia artística da mãe. Depois de Thammy Miranda, que está no elenco de “Salve Jorge”, chegou a hora do filho da rainha do rebolado, Gabriel Miranda, se lançar como cantor. Com apenas 15 anos, Gabriel regravou o hit “Conga la Conga”, grande sucesso da mãe, e disse que sonha com a carreira de cantor. “Já nasci com o dom (risos)”, afirmou ele à coluna “Retratos da Vida”, do jornal “Extra”. música”, explicou o rapaz, que também toca violão, guitarra, bateria e piano.

Filho de Gretchen regrava Conga La Conga e diz querer seguir os passos da mãe

Sem fossa, Taylor Swift lança clipe de música 22

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013

Show: Môfio! e convidadosLocal: Maikai MaceióQuando: hoje, a partir das 20h.

COM FÔLEGO

PARA MAIS

do legado que ele deixou. O velho Lula é um mito para o cancioneiro do Nordeste e, apesar de não estar mais entre nós há 24 anos, parece renascer toda vez que alguém no mundo ensaia alguns de seus acordes em uma sanfo-na”, afirmou Flávio Bernardes, empre-sário e vocalista da Môfio.

“O velho Lua foi o responsável por mostrar ao restante do País o valor do povo nordestino. Foi ele o primeiro músico a cantar o Nordeste, a seca, as

dificuldades vividas pelo povo do Se-miárido, e, claro, as belezas e peculia-ridades da nossa região. Certamente a música brasileira, em especial, a do Nordeste, não seria a mesma sem ele”, completou Flavinho, como é chamado carinhosamente pelos amigos e cole-gas de profissão.

E as influências da Môfio também vêm de outros grandes nomes do forró raiz. “Somos todos apaixonados pelo rit-mo ‘pé-de-serra’ e, exatamente por isso,

criamos um repertório que nos permite levar ao público poesias traduzidas em forma de canção. Tem sido assim desde o dia em que fundamos o grupo e o nos-so desejo é que possamos nos manter sempre firme nesse mesmo caminho”, contou Felipe Rezende, zabumbeiro da banda.

Dominguinhos, Flávio José, Acioly Neto, Dorgival Dantas, Santana, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim e Jacinto Silva são alguns dos nomes que têm músicas garantidas nos shows da Môfio!

“Quando subimos ao palco, é como se um ritual estivesse começando. As letras passam a ser cantadas e tocadas com a alma, à medida que o acordeom chora, o triângulo chiguinlinga e a za-bumba bate os sons que parecem vir do coração. Entendo que a Môfio conseguiu se manter no cenário alagoano exata-mente porque fazemos música dessa forma”, declarou Tarcízio Viturino, o sanfoneiro.

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DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTE

Vander Lee no DeodoroO cantor e compositor Vander Lee se apresenta em Maceió, no dia 21 de março. O show acontece no palco do Teatro Deodoro a partir das 21 horas. Como bom mineiro, começou sua carreira em bares locais em meados da década de 1980, em 1987 já fazia shows com seu próprio repertório. Suas canções variam desde o romântico, passando pelo samba até a balada e rock mineiro. Em suas letras, fala de acontecimentos da vida cotidiana, e sempre com um lado romântico, fala de amor. Já gravou com grandes nome da MPB, como Zeca Baleiro, Elza Soares, Rita Ribeiro, Leila Pinheiro e Nando Reis. Compôs a música “Estrela” que foi gravada pela cantora Maria Bethânia. Teve ainda a canção “Onde Deus possa me ouvir” gravada por Gal Costa. Pontos de vendas: Cia. das Havaianas e no Teatro Deodoro. Mais informações: (82) 3235.4280 e 9979.5959

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Capital A banda Capital Inicial faz show, no dia 19 de abril, às 22h, na casa de espetáculos Mu-sique. A produção ainda não divulgou valores de ingressos, nem locais de venda. Mais o telefone de informação é 3327-8700.

MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013

Stand-up ComedyUm dos melhores stand-up Comedy em atuação no Brasil, o comediante Paulinho Serra irá apresentar-se, no próximo dia 30, seu show “Em pedaços”. A apresentação acontecerá no Teatro Gustavo Leite e con-tará com a partici-pação dos come-diantes alagoanos Ed Gama e Felipe Ruggeri. Ingressos: R$ 60 (inteira) R$ 30 (meia). Mais infor-mações: 3032-5210 ou 9601-2828.

Maria GadúA nova data do show da cantora Maria Gadú é 5 de abril, ainda na Musi-que. Ela faz o lançamento do show : “Mais uma página”. Simplesmente imperdível para todos os amantes da boa música. Ingressos - 1º lote: Pista - R$ 40 (meia entrada), mezanino - R$ 60 (meia entrada), cadeira indivi-dual (Frontstage) - R$ 80 e mesa (frontstage): para quatro pessoas - R$ 700 e para seis pessoas - R$ 1.000. Vendas ingressos individuais (pista, mezanino, cadeira): Forum (Ponta Verde), Chilli Beans (Maceió Shopping), Folia Brasil (Gbarbosa Stella Maris) e Viva Alagoas (Maceió Shopping). Mais informações: 82.3327.8700 // 82.9306.9306 e Reservas de Mesa: 82.9653.6653

Raimundos mais clássicos Os Raimundos estão rodando o Brasil com o show Clássicos do Vinil, “Lavô tá novo”. No show eles vão cantar músicas do Ultraje, da própria banda, com clássicos do Roda Viva. Um show imperdível. Maceió fará parte dessa gran-de turnê, dia 23 de março de 2013, na Vox Room. Preço: R$ 35 Pista, R$ 60 Fronts Stage e R$ 80 camarote open bar. Mais informações: (82) 3032-0088.

Milton Milton Nascimento vai se apresentar em Maceió, no dia 6 de abril, às 21h, no Teatro Gustavo Leite. Legítimo representante do Clube da Esquina, Mil-ton apresenta seu show “Uma Travessia”. Os ingressos começaram a ser vendidos, no estande Sue Chamusca - Maceió Shopping - Térreo. Os valores são os seguin-tes: Plateia A R$ 250 e R$ 125 (meia), Plateia B R$ 200 e R$ 100 (meia), Plateia C R$ 150 e R$ 75 (meia) e mezanino R$ 120 e R$ 60 (meia).

Duas FacesA casa de shows Musique vai ser o palco da turnê “Duas Faces”, que comemora os 40 anos de carreira da cantora Alcione. No dia 27 de abril, é a vez de Alagoas receber seu espetáculo, que já passou por lugares como Salvador, Recife, Belo Horizonte, São Luís, São Paulo, Mossoró e Natal. O show é fruto do projeto registrado em dois CDs/DVDs que foram lançados, oficialmen-te, durante a turnê. A cantora comemora da maneira que mais

gosta: cantando para os fãs numa turnê nacional, que teve início no dia 15 de outubro e não tem data para terminar. Ingres-sos: R$ 100 (mezanino) / R$ 40 (pista) / R$ 960 (mesa para seis pessoas). Pontos de venda: Casa das Tintas (Farol e Ponta Verde). Vendas de mesas: Colcci (Maceió Shopping). Vendas on-line: www.gaproducocoes.com. Realização: GA Produções. Mais informações: (82) 3032-5210 ou 9601-2828.

Cinema marginal Acontecerá, no próximo dia 22, a I Mostra Alagoana de cinema de garagem. O evento acontecerá no museu da Imagem e do Som (Misa), que fica em Jara-guá, e está marcado para começar ás 19h. Durante boa parte da noite serão projetados filmes feitos de maneira artesanal, por cineastas amadores. Quem desejar se inscrever poderá obter informações de como fazê-lo no email: [email protected] ou pelos telefones: 9102-4009 ou 8736-2810.

Tchuplin A Companhia Nêga Fulô apre-senta hoje, às 17h, no Teatro do Sesi, a montagem teatral ‘Tchuplin: o mistério para salvar o ponto azul’. Destinado ao público infantil, o espetáculo tem direção de René Guerra e traz no elenco os experientes atores

Régis de Souza, Diva Gonçalves, Alderir Souza e Daniel Dabasi. A peça fica em cartaz até o dia 24 de março, sempre aos sábados e domin-gos, às 17h. Para mais informa-ções, o contato é o 9973-9923 e o 3336-2898.

Page 19: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

DIVERSÃO&ARTE 3 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013

HORÓSCOPO

TV TUDO Bate-rebate

NA ALEMANHA

Seleção de escritores que representará Brasil tem estilos variados

É um dos momentos mais difíceis da or-ganização dos países

convidados de honra da Feira do Livro de Frank-furt, costuma dizer Juer-gen Boos, o presidente do maior evento editorial do mundo. A seleção de autores levados pelo governo para representar o país na feira sempre dá margem a críticas -afinal, é o time cuja obra, na teoria, o país chancela como representa-tivo de sua produção.

Nesta semana, o comitê organizador da participa-ção brasileira divulgou, em evento na Alemanha, os 70 escritores que viaja-rão a convite do Ministério da Cultura para a Feira de Frankfurt, em outubro.

É uma seleção ampla, que inclui best-sellers (Paulo Coelho, Mauricio de Sousa), imortais (João Ubaldo Ribeiro, Ana Maria Machado), poetas celebrados pela crítica e com leitores restritos (Francisco Alvim, Alice Ruiz), historiadores (José Murilo de Carvalho, Lilia Schwarcz) e a nova gera-ção (Daniel Galera, Michel Laub), entre outros (veja nesta página a lista com-pleta).

É perceptível a inten-ção de selecionar autores de todo o país, de ambos os sexos e de estilos variados,

embora, no geral, a cara do Brasil em Frankfurt seja a de um ficcionista homem de mais de 50 anos e morador do eixo Rio-São Paulo --reflexo, é possível dizer, da concentração do mercado nacional na região.

Houve discordâncias, é claro, de autores que ficaram de fora, como João Silvério Trevisan, Marce-lo Mirisola e João Paulo Cuenca -embora este últi-mo tenha elogiado a lista.

“A lista é muito boa e estou feliz com o trabalho da FBN; meus dois roman-ces publicados na Alema-nha estão lá graças a bolsa de tradução. Só estranho a curadoria ter ignorado um autor com dois romances em alemão. Mas sei como é complicado fazer uma lista”, diz Cuenca.

“Tinha praticamente certeza de que não seria escolhido.

Não faço parte da lista de autores privilegiados brasileiros”, afirma Trevi-san, que já foi traduzido para a Alemanha, Espa-nha e Inglaterra, um dos critérios para a seleção do comitê. “Esse tipo de lista privilegia quem está na mídia, quem é da Companhia das Letras, dos grupos universitários. Faz muito tempo que o valor da obra não significa nada.”

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Você tende a se tornar mais instável e com problemas em manter o foco em alguma coisa. É importante evitar a tomada de decisões neste período tão vulnerável. Relaxe as tensões para retomar o ritmo. No amor, as energias da Lua aumentam sua percepção sobre as dificuldades do relacionamento afetivo. Empenhe-se em manter o romance em plena harmonia. Evite se desequilibrar ao menor sinal de crise.TOURO – (20/4 a 20/5) – Procure não estacionar seus pensamentos e sentimentos no passado para não enfatizar demais as questões do dia a dia. Esteja na presença das pes-soas que lhe são queridas.GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – A che-gada da Lua no seu setor de crise ameniza suas inquietações. Procure desfrutar de bons momentos na presença das pessoas queridas e abstrair a mente das dificuldades do dia a dia. No amor, empenhe-se em manter o romance constantemente renovado e com a paixão aflorada. Tenha atenção com as necessi-dades do relacionamento. Evite os desentendimentos e as discussões.CÂNCER – (22/6 a 22/7) – Não faça tempestade em copo d’água diante das menores indisposições. Destine tempo para o descanso e para momentos de descontração com os amigos.No amor, Enfrente as situações difíceis do romance com tranquilidade e paciência. Conduza a relação com otimismo e dedicação.LEÃO – (23/7 a 22/8) – No dia de hoje procure não envolver-se em conflitos e desentendimentos com a pessoa amada. Dedique tempo e atenção ao bem-estar da vida amorosa. Encare o relacionamento com mais sinceridade e responsa-bilidade.VIRGEM – (23/8 a 22/9) – Procure manter a confiança e direcio-nar seus sentimentos para a área sexual, que necessita de uma reno-vação. Tenha cuidado com atitudes autoritárias. No amor, aprenda a lidar melhor com as divergências afetivas entre você e seu amor. Cuide do relacionamento amoroso sem receios para poder aprovei-tar tudo de bom que ele tem a lhe oferecer.

LIBRA – (23/9 a 22/10) – A tensão entre a Lua e seu signo lhe causa estresse e instabilidade, que au-mentam sua comoção. Procure pro-gramas que aliviem suas tensões e lhe façam relaxar. Os amigos podem ser ótimo aliados nesta fase.ESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Desestabilidade emocional em questões relacionadas às suas as-sociações no ambiente profissional. Procure não exagerar diante das divergências. Encare-as de forma positiva, aproveitando a habilidade de cada um para uma atividade específica. No amor, a passagem dos astros evidencia a necessidade de vivenciar situações novas e inusitadas na relação amorosa. Não permita que as situações difíceis do dia a dia lhe tirem do sério. Dedique tempo a quem você ama!SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – A passagem da Lua lhe sugere equilí-brio emocional diante das situações complicadas, ainda que as deman-das cotidianas lhe esgotem. Tenha consideração com o seu amor e com seu romance.CAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – A necessidade de satisfazer suas per-spectivas emocionais pode acarretar em conflitos no relacionamento com os amigos. Mantenha o equilíbrio para não prejudicar a convivência com os familiares. No amor, dia propício para abandonar todo sen-timento de inquietação e fazer com que sua vida afetiva seja mais ativa e animada. Evite situações conflitantes com seu amor. Valorize o relacionamento e a pessoa que ama.AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Aproveite o dia de hoje para mini-mizar as divergências entre você e a pessoa amada. Entregue-se ao romance e evite situações compli-cadas. Aproxime-se mais do seu amor e leve a vida amorosa com tranquili-dade.PEIXES – (19/2 a 20/3) -Procure manter suas finanças em equilíbrio e evite os gastos em excesso. No amor, Bom momento para interagir mais no seu ambiente social e evitar o isolamento. Evite desentendi-mentos e procure demonstrar seus sentimentos com sinceridade.

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“hairstylist”

Nem, eminglês

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Status daWWF(sigla)

(?) Chapéu,craque

brasileiroda sinuca

País afri-cano cujacapital éLuanda

Sílaba de“lesma”

Agências reguladoras dos setoresde telecomunicações e energia

elétricaMudançade direção

Produtosutilizados em frituras

Hastes vendidas emlojas de artigos para

costura(?) PaulaAraújo, jornalista

IdealizadoQue se po-de tornar

sem efeito

VerbalRepórternovato(bras.)

No diacorrenteO dente

perfurador

Cozinheno forno

(?) de Clu-bes, com-

petição de futebolorganizada pela Fifa

Praça detaba

(bras.)

Astrid (?), apresenta-dora de

“Chegadase Partidas”

Extensa;comprida

(?)-Qaeda,guerrilha

Rede, eminglês

Avó (fam.)

Compa-nheira de Adão (Bíb.)

A S S E

2/al. 3/net — nor — ong — rui. 4/foca — hoje. 5/ocara. 9/imaginado.

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

O problema da obsessão

Pelos milhões de reais de investimentos, em estúdios no Rio, equipamentos e contratações nesses últimos anos, a Record já deveria ocupar tranquilamente

a vice-liderança de audiência. Por tudo que se gastou, o segundo lugar teria que ser uma obrigação. Mas essa tranquilidade parece estar muito longe de se tornar realidade.Os seus principais executivos, portanto, ainda não podem se dar ao luxo de colocar a cabeça no traves-seiro e simplesmente relaxar. Longe disso. O SBT permanece como pedra no sapato, mesmo sem grandes investimentos. Bem à distância, um executivo da Globo, chamado a se manifestar, dá o seu diagnóstico. Diz que o problema da Record é a forma. O todo. De acordo com esse profissional, que pede para não ser identificado, a Record não tra-balha para ser grande. Trabalha para tentar der-rubar a líder, tentando copiar seu modelo nos mais diferentes setores. Uma obsessão. E aí se verificam os vários equívocos, entre eles a última Olimpíada que, em termos de audiência, decepcionou bastante e, como resultado de tudo, provoca cortes de pes-soal até hoje.

A empresa XYZ, de Nizan Guanaes, nos próximos dias irá se reunir com os atores de “Carrossel” para discutir o valor de contrato de cada um e outros detalhes do espetáculo musical que deve estrear ainda este ano. O show será apresentado apenas em locais que tenham estrutura para receber grande público. (Jean Paulo Cam-pos, Cirilo em “Carrossel” - SBT)

· Durante toda a semana foram realizadas diversas reuniões sobre as mudanças no “Caldei-rão do Huck”.· Vale lembrar que a equipe do programa agora conta com o reforço do diretor Hélio Vargas.· Narcisa Tamborindeguy viajou. A sua conversa com a Record vai demorar um pouco.· A escolha do novo repórter do “CQC” também não será agora.· O nome do escolhido, depois de devidamente aprovado pelas instâncias superiores, será anunciado dentro de três semanas.· Gabriela Spanic, a “Usurpadora”, desde quinta-feira no Brasil, parti-cipa hoje do “Domingo Legal”.· A chuva atrapalhou demais, mas a equipe de “Sangue Bom” cumpriu praticamente todo roteiro de gravações em São Paulo.· Esta nova novela das 7, na Glo-bo, tem a sua estreia confirmada para abril.· Tonny Belloto é um dos con-vidados do “Metrópolis”, neste domingo, às 20h30, na Cultura.· Está confirmada no Viva a estreia da série “As Noivas de Copacabana”, dia 21.· O elenco, além do Miguel Fa-labella, tem Christiane Torloni, Patrícia Pillar, Tássia Camargo, Ana Beatriz Nogueira e Reginal-do Faria, entre outros.

Previsão A direção da Bandeirantes trabalha com a data de 9 de abril, uma terça-feira, para a estreia do reality “Quem quer casar com meu filho?”, com apresentação de Adriane Galisteu. O programa irá ao ar, do primeiro ao último episódio, inteira-mente gravado.

Vai mudar de novoEm função do lançamento de “Quem quer casar com meu filho?”, a Bandeirantes vai ter que escolher um outro dia para a exibição de “The Walking Dead”. Alguma suges-tão? Lembrando que o programa, sucesso da televisão americana, começou a ser exibido pela emisso-ra às quartas-feiras, e foi parar nas terças, devido ao futebol.

Tem uma explicação “Amor à vida”, substituta de “Salve Jorge”, terá um hospital entre os seus principais cenários, em que médicos e enfermeiros lutam diaria-mente pela vida de seus pacientes.Daí o título, agora definitivo, que se justifica inteiramente.

Alta temperaturaVez por outra, os jovens e apaixona-dos médicos de “Amor à vida”, fora do expediente irão se atracar dentro de elevadores, além de outros locais. Uma coisa meio “Grey’s Ana-tomy”, que muita gente conhece.

Muita cobrança -1Pressão existe em todo lugar. Mas, em alguns programas de TV realiza-dos em São Paulo, o negócio está ultrapassando o limite do aceitável.É impressionante como algumas pessoas têm dificuldades em convi-ver com o próximo.

Muita cobrança - 2 Seria interessante, por exemplo, que alguém com melhor cabeça na Rede TV! se dignasse a dar uma espiadinha no que acontece nos interiores do “Sábado Total”. O ambiente está horroroso. Já saíram duas produtoras, dois es-tagiários, e mais recentemente um repórter se deslocou para o “Feira do Riso”. Complicado isso, porque, no ar, tudo parece uma maravilha.

Preocupação com issoO carioca Fernando Gabeira tem adotado um sotaque menos carre-gado à frente do “Capital Natural”, programa que fala sobre sustentabi-lidade no Bandnews TV. O objetivo do controle é um maior

alcance da mensagem ali transmi-tida. Na própria produtora, responsável pelo programa, há uma fonoau-dióloga especialista em atuação audiovisual.

O sucesso deles“Sertanejos milionários” é o tema de uma das próximas séries do “Jornal da Band”. Já está em produção. O cotidiano das princi-pais duplas, como Zezé e Luciano, Bruno e Marrone, Victor e Leo, além dos que atacam sozinhos, será acompanhado pelos repórte-res e câmeras do jornal.

Um craque“Flor do Caribe”, do Walther Negrão, está no ar desde a última segunda-feira, mos-trando muita coisa boa.Entre elas, mais um grande trabalho do ator Sérgio Mamberti.

C’est finiOs direitos de transmissão do campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, que será realizado em Barcelona, na Espanha, entre 19 de julho e 4 de agosto, no sistema aberto, pertencem à Record. Resta saber, porém, se a emis-sora vai exibir ou repassar para a Record News. A segunda alternativa parece ser a mais viável. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau

Page 20: Edição número 1695 - 17 de março de 2013

DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 17 DE MARÇO DE 2013

Manoel e Márcia Marques, um casal adjetivo, embarcam hoje para belíssima viagem cujo roteiro passa por Portugal, Turquia e Dubai. Boa viagem, amigos!

Gal Brandão e sua petit, em momento de mãe para filha. Amor incondicional e estilo dividido desde o berço. Beijo nas duas!

Silvio Mascarenhas e Gabriela Cabus formam um casal top em nossa sociedade que sempre merecerá o nosso carinho especial. Aplausos para Gabriela Cabus pela profissional que é quando falamos em cabelos e maquiagem

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

Todas as correspondências, como convites para esta coluna, e para Elenilson Gomes, deverão ser enviadas para Av. Sandoval Arroxelas, 840,

Edf. Calliate Ap. 204 PV. CEP: 57035-230

INGREDIENTES1 leite condensado 3 colheres (sopa) de chocolate em pó Leite q.b 250g de chocolate meio amargo 125g de creme de leite 50g de manteiga Bolas de sorvete de creme Chocolate granulado a gosto

Afogado de brigadeiro

Beterraba

O suco de beterraba pode ser a nova arma para combater a hipertensão. De acordo com estudo da Baker Heart and Diabetes

Institute in Melbourne, na Austrália, um copo diário com 500 ml da bebida é capaz de diminuir significativamente a pressão arterial cerca de seis horas após sua ingestão. Para os pesquisadores, o amplo consumo do suco de beterraba poderia evitar 10% das mortes por doenças cardiovasculares. Segundo a pesquisa, quanto maior é a pressão de quem ingere o suco, maior será a queda percebida após a ingestão da bebida. Para os cientistas, as características benéficas do suco estão relacionadas à concentração de nitratos presentes na beterraba, cerca de 20 vezes mais elevada quando comparada a outros vegetais. O mecanismo de ação tem relação com as bactérias presentes na boca e no intestino, capazes de converter o nitrato presente na beterraba em óxido nítrico, substância que relaxa e dilata os vasos sanguíneos, permitindo que o sangue flua com mais facilidade.

Sabores

Uma variedade de sabores todos os dias... Aproveite a vida com

qualidade! Essa é a proposta que as empresárias Elaine, Eliane e Zilma Tenório trazem todos os dias com as delícias do Alecrim. O restaurante, um dos mais bacanas na região da Ponta Verde, é referência quando o assunto é qualidade, serviço e ambiente. Um luxo!

DiorFoi na Semana de Moda de

Paris que a Dior apresentou sua coleção surrealista de tirar o fôlego. O casaco de lã vermelho, as saias lápis e os vestidos geométricos foram as peças que marcaram o desfile. Mas e a cereja do bolo? As bolsas com desenhos de sapatos, lindamente bordadas, que entram imediatamente para a lista de desejos.

ArtsórioInspirada na exuberância e na

dramaticidade do estilo barroco, a Artsório - marca alagoana de acessórios femininos feitos à base da renda renascença - criou sua nova coleção para receber o Outono-Inverno 2013. Intitulada “Sacra”, a coleção faz uma viagem aos séculos XVI e XVII para trazer as principais características do estilo barroco. O cenário escolhido para ser fotografado o editorial “Sacra” foi a igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, no município de Marechal Deodoro. A coleção Outono/Inverno está na vitrine desde sexta, nas lojas do Farol e Ponta Verde. Luxo total.

Divulgação

A Secretaria de Estado do Turismo, Secretaria Municipal de Promoção do Turismo de Maceió e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis se

uniram para divulgar as belezas de Alagoas. De 20 a 23 de março, diversas ações de promoção serão realizadas em Aracaju, no Hotel Celi. Road shows, rodadas de negócios e workshops serão destinados a cerca de 80 agentes de viagens e operadores. Alagoas está promovendo as campanhas ‘Alagoas: As praias da Copa’ e ‘Maceió: Capital do Réveillon’, emplacadas no ano anterior pela Setur-AL.

Andréa e Moacira Cunha apresentando mais um modelo da nova coleção Outono/Inverno 2013 da conhecida griffe Daslu para a Maison Casa Moa, na Ponta Verde. Poder!

Mô Fio!

A banda alagoana Mô Fio! completa

12 anos de estrada no próximo domingo, dia 17. Para celebrar a data, um show será realizado na casa de eventos Maikai, na Jatiúca, e trará participações especiais de vários artistas locais.

19 na Plátano’s

Edênia Diniz, responsável pelo

sucesso da Plátano’s, nos comunicando que na próxima terça, dia 19, a conhecida loja estará apresentando a nova coleção de bijuterias finas e exclusivas e semijóias na consagrada Plátano’s, localizada na Galeria Marques da Silva, na Ponta Verde. Edênia irá receber as convidadas a partis das 10h. As nossas amigas poderão conferir as belíssimas peças da nova coleção Outono/Inverno.

Sunça

A empresária Sunça dos

Anjos, leia-se Sunça Moda Ferminina e Sunça Presentes, nos comunicando que retorna ao nosso convívio depois de ter garimpado peças lindas para as suas lojas. Bem vinda, amiga! Vale a pena conferir as peças que a super empresária trouxe para a

Para as fashionistas descoladas: a parceria de sucesso entre a Kenzo e

a Vans ganhou um novo capítulo a tempo do Verão 2013 no Hemisfério Norte. As marcas acabam de divulgar a mais nova coleção, desta vez com os modelos de tênis Vans Authentic e Slip-On: eles receberam as mesmas animal prints estilizadas (inspiradas na Tailândia) do desfile by Humberto Leon e Carol Lim. A linha desembarca em lojas selecionadas e no e-commerce da Kenzo, assim como algumas butiques Opening Ceremony e Lane Crawford no próximo dia 1o de abril.

Fetiche

Que mulher não sonha arrasar em cima dos saltos. Pensando

nisso, a empresária Adryelle Oliveira trouxe para a sua Spatifilus os modelos mais desejados da próxima estação. São lindos sapatos e sandálias que seguem as tendências de todas as passarelas internacionais. Não deixe de conferir as novidades na loja que fica no 2o piso do Maceió Shopping.

YSL

A Yves Saint-Laurent resolveu retornar à Rive Gauche, região de Paris na margem

esquerda do Sena, onde a marca surgiu na década de 1960. O endereço escolhido foi o Hôtel de Sénecterre, no número 24 da rue de l’Université. Projetado pelo arquiteto Thomas Gobert em 1688, o prédio histórico irá receber o ateliê de prêt-à-porter da grife a partir de outubro. Porém, parte da criação da YSL continuará localizada em Los Angeles, onde o diretor criativo da marca, Hedi Slimane, mora. Tradicionalmente conhecida por concentrar boêmios, artistas e intelectuais, a região da Rive Gauche serviu de fonte de inspiração para Yves

Saint Laurent no passado. O estilista, que morreu em 2008, batizou a sua coleção de 1966 com o nome da região.

Mais valiosa

Sem surpresas, a Apple lidera a nova lista da revista “Forbes”

com as marcas mais valiosas do mundo. Segundo a publicação, a maça da fabricante do iPhone tem um valor de mercado de US$ 87,1 bilhões, quase US$ 33 bilhões a mais do que o valor estimado para a segunda colocada na lista, a Microsoft, que vale US$ 54,7 bilhões. Completam o Top 10 a Coca-Cola (US$ 50,2 bilhões), IBM (US$ 48,5 bilhões), Google (US$ 37,6 bilhões), Intel (US$ 32,3 bilhões), McDonald’s (US$ 37,4 bilhões), General Electric (US$ 33,7 bilhões), BMW (US$ 26,3 bilhões) e Cisco (US$ 26,3 bilhões). Os outros destaques são a Louis Vuitton (US$ 24,5 bilhões) na 17ª posição e a Budweiser (US$ 18,6 bilhões), que pertence aos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Hermann Telles e Carlos Alberto, da Veiga Sicupira, na 23ª posição.

“Tornar simples o complicado é fácil.

Tornar o complicado simples, isto é criatividade”

g

Parceria

MODO DE PREPARO PARA O BRIGADEIRO Leve o leite condensado, o chocolate em pó e um pouco de leite para uma panela. Cozinhe em fogo brando, mexendo sempre, até alcançar o ponto de brigadeiro mole (antes do ponto de enrolar, como uma musse mais resistente). Reserve. PARA O GANACHE Pique 250 g de chocolate meio amargo e reserve. Leve ao fogo o creme de leite e ao ferver jogue o

chocolate picado. Acrescente a manteiga após o chocolate dissolver. Misture bem, deixe cozinhar até o ganache ficar um creme bem lisinho. Retire do fogo e deixe esfriar. PARA A MONTAGEM Numa taça transparente coloque duas colheres de sopa do brigadeiro. Sobre ele uma bola de sorvete e por cima a calda de ganache a gosto. Enfeite com chocolate granulado e um morango.

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