edição nº 73

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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 - N° 73 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | DE 13 A 19 DE SETEMBRO DE 2011 | NAS BANCAS - RS 1,00 Indicadores* Câmbio* MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) (*) FECHAMENTO: 12 DE SETEMBRO DE 2011 Brasil é alvo de investidores estrangeiros que aplicam no mercado marítimo Fenômeno favorece safra Comércio forte no Estado Recursos para a Baixada A DEPUTADA estadual Claise Maria Zito (PSDB) con- seguiu, através de emenda parlamentar aprovada na últi- ma semana na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a inclusão da Baixada Fluminense em um pro- grama de investimentos do governo do Estado no valor total de R$ 100 milhões. O recurso será contratado pela Caixa Econômica Federal. PÁGINA 2 A ESTABILIDADE eco- nômica e política associa- da aos projetos do pré-sal e ao aumento dos preços das commodities transfor- maram o Brasil em alvo de interesse de investidores estrangeiros que aplicam no mercado marítimo no mundo. O assunto é tema da 1ª Conferência Mare Fórum na América do Sul, que ocorre no Rio de Ja- neiro, com a participação de 200 empresários eu- ropeus, asiáticos e norte- americanos. Segundo a Câmara de Comércio e In- dústria Brasil-China (CCI- BC), o mercado brasileiro é um dos mais atraentes do mundo, segundo os inves- tidores. PÁGINA 3 JOSÉ CRUZ-ABR Banco de Imagens Banco de Imagens Pais Parlamento busca mais recursos para a saúde Atualidade CVT em Caxias une ensino medio e profissionalizante Internacional Obama tem plano para criação de mais empregos www.jornalcapital.jor.br Brasil dá sinais mais claros de desaceleração, diz OCDE Projeção de crescimento: nova queda PÁGINA 3 Governo pretende rever lei comercial Superávit comercial chega a US$ 21,2 bilhões Renúncia fiscal para banda larga deve chegar a R$ 4 bi Fim de sigilo bancário e fiscal para políticos O GOVERNO brasileiro pretende revisar a legis- lação da defesa comercial para blindar a indústria na- cional contra o comércio desleal. A mudança visa a atualizar e a modernizar o Decreto 1.602/95 que re- gulamenta as normas que determinam os procedi- mentos administrativos so- bre a aplicação de medidas antidumping no comércio internacional. a legislação, que tem mais de 15 anos, não atende à atual posi- ção brasileira de economia emergente, que tem sido alvo de empresas de todo o mundo, inclusive com con- corrência desleal. PÁGINA 6 A BALANÇA comercial da primeira quinzena de setembro apresentou superávit de US$ 1,319 bilhão e média diária de US$ 219 milhões. Foram expor- tados US$ 6,832 bilhões, o que corresponde a uma média diária de US$ 1,138 bilhão. PÁGINA 5 PÁGINA 2 PÁGINA 4 SEGUNDO O 12º bole- tim da Conab sobre a safra atual, o clima é o principal fator para o bom desem- penho. “As chuvas, apesar de terem atrasado no Cen- tro-Oeste e terem ocorrido SINAL VERDE para a econo- mia do Rio de Janeiro: o cres- cimento do comércio varejista, da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Merca- dorias e Serviços (ICMS) e da indústria, motivaram a recu- peração econômica do estado no primeiro semestre. É o que mostra o Ceperj, que reve- la a criação de 88 mil postos de trabalho, principalmen- te nos setores de Serviços e Construção Civil. PÁGINA 4 abaixo da média em al- guns meses na Região Sul, aconteceram na época e na medida certas para o bom desenvolvimento das cul- turas de verão”, revelou o documento. PÁGINA 2 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,717 1,719 2,44 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,650 1,830 2,80 (U$) (U$) % Coroa Dina marca 5,446 5,441 0,16 Dólar Austrália 1,035 1,035 1,18 Dólar Canadá 0,995 0,992 0,47 Euro 1,367 1,367 0,10 Franco Suíça 0,880 0,880 0,40 Iene Japão 77,190 77,250 0,54 Libra Esterlina Inglaterra 1,585 1,586 0,16 Peso Chile 475,900 476,200 1,30 Peso Colômbia 1.805,00 1.817,00 1,23 Peso Livre Argentina 4,200 4,250 0,00 Peso MÉXICO 12,855 12,859 1,23 Peso Uruguai 19,100 19,400 0,26 Índice Valor Variação % Ibovespa 55.685,47 0,17 IBX 18.668,56 0,17 Dow Jones 11.061,12 0,63 Nasdaq 2.495,09 1,10 Merval 2.688,06 2,37 Poupança 13/09 0,627 Poupança p/ 1 Mês 12/09 0,616 TR 12/09 0,110 Juros Selic meta ao ano 12,00 Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88 CAPITAL 073 13a19set2011.indd 1 12/9/2011 22:26:43

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Jornal Capital - Edição nº 73

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www.jornalcapital.jor.br | ano 3 - n° 73 | Capital EMpRESa JoRnalÍStiCa ltDa | DE 13 a 19 DE SEtEMBRo DE 2011 | NAS BANCAS - rS 1,00

Indi

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Câmbio*

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AS

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SA)

(*) Fechamento: 12 de SetemBRo de 2011

Brasil é alvo de investidores estrangeiros que aplicam no mercado marítimo

Fenômeno favorece safraComércio forte no Estado

Recursos para a Baixada A DEPUTADA estadual Claise Maria Zito (PSDB) con-seguiu, através de emenda parlamentar aprovada na últi-ma semana na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a inclusão da Baixada Fluminense em um pro-grama de investimentos do governo do Estado no valor total de R$ 100 milhões. O recurso será contratado pela Caixa Econômica Federal. PÁGINA 2

A ESTABILIDADE eco-nômica e política associa-da aos projetos do pré-sal e ao aumento dos preços das commodities transfor-maram o Brasil em alvo de interesse de investidores estrangeiros que aplicam no mercado marítimo no mundo. O assunto é tema da 1ª Conferência Mare Fórum na América do Sul, que ocorre no Rio de Ja-neiro, com a participação de 200 empresários eu-ropeus, asiáticos e norte-americanos. Segundo a Câmara de Comércio e In-dústria Brasil-China (CCI-BC), o mercado brasileiro é um dos mais atraentes do mundo, segundo os inves-tidores. PÁGINA 3

JOSÉ CRUZ-ABR

Banco de Imagens

Banco de Imagens

Pais

Parlamento busca mais recursos para a saúde

Atualidade

CVT em Caxias une ensino medio e profissionalizante

Internacional

Obama tem plano para criação de mais empregos

www.jornalcapital.jor.br

Brasil dá sinais mais claros de desaceleração, diz OCDE

Projeção de crescimento:nova queda

PÁGINA 3

Governo pretende rever lei comercial

Superávit comercial chega a US$ 21,2 bilhões

Renúncia fiscal para banda larga deve chegar a R$ 4 bi

Fim de sigilo bancário e fiscal para políticos

O GOVERNO brasileiro pretende revisar a legis-lação da defesa comercial para blindar a indústria na-cional contra o comércio desleal. A mudança visa a atualizar e a modernizar o Decreto 1.602/95 que re-gulamenta as normas que determinam os procedi-mentos administrativos so-bre a aplicação de medidas antidumping no comércio internacional. a legislação, que tem mais de 15 anos, não atende à atual posi-ção brasileira de economia emergente, que tem sido alvo de empresas de todo o mundo, inclusive com con-corrência desleal.

PÁGINA 6

A BALANÇA comercial da primeira quinzena de setembro apresentou superávit de US$ 1,319 bilhão e média diária de US$ 219 milhões. Foram expor-tados US$ 6,832 bilhões, o que corresponde a uma média diária de US$ 1,138 bilhão. PÁGINA 5

PÁGINA 2

PÁGINA 4

SEGUNDO O 12º bole-tim da Conab sobre a safra atual, o clima é o principal fator para o bom desem-penho. “As chuvas, apesar de terem atrasado no Cen-tro-Oeste e terem ocorrido

SINAL VERDE para a econo-mia do Rio de Janeiro: o cres-cimento do comércio varejista, da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Merca-dorias e Serviços (ICMS) e da indústria, motivaram a recu-peração econômica do estado no primeiro semestre. É o que mostra o Ceperj, que reve-la a criação de 88 mil postos de trabalho, principalmen-te nos setores de Serviços e Construção Civil. PÁGINA 4

abaixo da média em al-guns meses na Região Sul, aconteceram na época e na medida certas para o bom desenvolvimento das cul-turas de verão”, revelou o documento. PÁGINA 2

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,717 1,719 2,44

Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00

Dólar Turismo 1,650 1,830 2,80

(U$) (U$) %

Coroa Dina marca 5,446 5,441 0,16

Dólar Austrália 1,035 1,035 1,18

Dólar Canadá 0,995 0,992 0,47

Euro 1,367 1,367 0,10

Franco Suíça 0,880 0,880 0,40

Iene Japão 77,190 77,250 0,54

Libra Esterlina Inglaterra 1,585 1,586 0,16

Peso Chile 475,900 476,200 1,30

Peso Colômbia 1.805,00 1.817,00 1,23

Peso Livre Argentina 4,200 4,250 0,00

Peso México 12,855 12,859 1,23

Peso Uruguai 19,100 19,400 0,26

Índice Valor Variação %

Ibovespa 55.685,47 0,17

IBX 18.668,56 0,17

Dow Jones 11.061,12 0,63

Nasdaq 2.495,09 1,10

Merval 2.688,06 2,37

Poupança 13/09 0,627

Poupança p/ 1 Mês 12/09 0,616

TR 12/09 0,110

Juros Selic meta ao ano 12,00

Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00

Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Page 2: Edição Nº 73

2 CAPITAL 13 a 19 de Setembro de 2011

Capital Empresa Jornalística Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha, Luiz Linhares, Moreira franco, Priscilla Ricarte,

Roberto Daiub, Rodrigo de Castro, e Thais H. Linhares

filiado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

Na internet: www.jornalcapital.jor.br

aLBeRto maRQUeS

Ponto de Observação

moReiRa FRanco é ministro chefe da Secretaria de assuntos estratégicos da Presidência da República

Colunado Moreira

O governo petista e a farra dos importadosUMA JOVEM caxiense está circulando pela ci-dade com um carro ze-rinho, seu mais recente sonho de consumo. Foi um presente do seu pai que lhe custou a baga-tela de R$ 35.000,00. Com o valor disponí-vel, ela saíra em campo nos últimos dias, visi-tando todos os feirões do Grande Rio e, desa-nimada, descobrira que com toda essa dinhei-rama, o máximo que conseguiria compara seria um desvalorizado e bem rodado modelo 2010 do carro dos seus sonhos: completo de tudo, isto é, ar, direção, vidros e travas elétricas e outros acessórios que fazem a alegria das con-cessionárias.

Não mais que de re-pente, a jovem desco-briu uma loja de veícu-los importados, onde, pelos mesmos R$ 35 mil, teria um modelo 2012, com tudo a que havia sonhado, inclusi-ve garantia de três anos. Ela não pensou duas vezes e fechou o negó-cio. Só aí que ela se deu

conta de que havia uma fila de espera e que o carro só seria entregue num pra-zo de 90 dias. Ela estava quase desistindo da com-pra quando o atencioso vendedor explicou que, se ela pudesse ir a São Pau-lo, ela receberia as cha-ves do carro na hora. Ela não titubeou e, pegando um avião da ponte aérea, aqueles que não fornecem nem barrinhas de cereais, partiu em busca do seu so-nhado carro. Com as cha-ves nas mãos, ela só teve o trabalho de passar no pos-to de abastecimento mais próximo, encher o tanque (35 litros) de gasolina, ao preço de R$ 2,50 e botar o pé no acelerador. Feliz da vida, ela chegou em casa e conseguiu despertar a inveja de suas amigas por ter um caro Zero e lindo de morrer, como ela mes-ma afirma.

Por mera coincidência, as montadoras estão com os pátios engarrafados e decidiram dar férias co-letivas aos empregados mais sortudos, pois mui-tos perderão o emprego. Só uma fábrica demitiu 200 empregados diante da

queda das vendas das últi-mas semanas. Aí acendeu a luz amarela no painel do Ministério da Fazenda: as demissões na indústria automobilística tem um efeito cascata sobre outros ramos industriais, como siderurgia (aço), petroquí-mica (plástico), autope-ças, revendedoras, além da queda do consumo de combustíveis, que afetam também á Petrobrás.

Até aqui, o chamado empresariado nacional não se preocupava com a supervalorização do real, pois achava engraçado ver as filas nas portas das lojas de R$ 1,99, que comercializam produ-tos importados da “Chi-na”, o que inclui Taiwan, Coréia do Sul, Vietnã, Indonésia e até o Para-guai, entreposto famoso pela triangulação entre mercados. Ocorre que a ofensiva chinesa para ganhar mercados impor-tantes está deslocando desse mesmo mercado empresas como as side-rúrgicas nacionais, pois a Terra de Mao, impor-tando barato o minério de ferro do Brasil, ofe-

rece aço (para fabricar navios e plataformas submarinas) a preços mais baixos que as si-derúrgicas nacionais. Até a construção civil está na mira dos “neo comunistas” chineses, pois o uso de aço re-duz o custo e o prazo da construção tanto de edifícios residenciais e comerciais, quanto de galpões para pro-dução e armazenagem de inúmeros produtos.

Hoje, quando você compra um aparelho telefônico sem fio ba-ratinho, baratinho, pode ver na etique-ta que ele é “Made in China”. O mesmo fe-nômeno se repete com brinquedos, bicicletas e outros produtos de grande consumo no País. Hoje, o verdadei-ro “negócio da china” é montar uma empresa importadora e traba-lhar com produtos com preços competitivos e baixa qualidade feitos na Ásia. O lucro é ape-nas do importador, que acaba gerando novos empregos... na China

Quem trabalha é quem tem razãoVENCER na vida é uma tarefa que dependerá sempre do esforço, do talento e do mérito de cada um. No en-tanto, um ambiente que valoriza esses quesitos e, ao mesmo tempo, abre espaço para cooperação de todos tende a tornar esse caminho mais justo, mais humano e, também, mais produtivo. Muitas empresas brasileiras já começaram a entender que é possível dar um salto nessa direção e valorizar o seu principal ativo: os seus funcionários. O processo de adesão dos empresários ainda é menos rápido do que o desejável, mas à medida que esse processo se consolidar, será possível romper um ciclo de alta rotatividade dos empregos ocupados.Nesse atual cenário de migração constante de empresa em empresa o trabalhador obtém uma carteira de tra-balho cheia de registros, mas ganha pouca experiência profissional e ainda menos oportunidades de crescer. Há anos que o governo vem atuando para modificar esse quadro, investindo em qualificação para trabalha-dores desempregados e jovens. Temos de criar meca-nismos para apoiar aquele que trabalha, estimulando a sua qualificação. Tais medidas serão benéficas tanto para o trabalhador quanto para a empresa, pois vão re-sultar no aumento da produtividade. Neste sentido, na Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), se elabora um conjunto de medidas para pre-servar os ganhos da nova classe média brasileira, que hoje representa mais da metade da população brasilei-ra. Uma das alternativas em estudo que poderá fazer parte do conjunto dessas políticas governamentais será justamente a criação de uma espécie de “bolsa do tra-balhador”, que poderá estar vinculado a estímulos para que empresas e trabalhadores invistam na capacitação e qualificação profissional.Esse instrumento poderá beneficiar os que têm car-teira profissional assinada, e ganham até dois salários mínimos. O mais importante é que, além de assegurar oportunidade de mais ascensão social, de mais renda e mais estabilidade econômica, tais iniciativas poderão mudar o próprio mercado de trabalho, tornando-o mais produtivo, mais justo e mais humano.

Claise Maria Zito inclui Baixadaem investimentos do Estado

A DEPUTADA estadual Claise Maria Zito (PSDB) conseguiu, através de emenda parlamentar apro-vada na última semana na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a inclusão da Baixada Flu-minense em um programa de investimentos do gover-no do Estado no valor total de R$ 100 milhões. A pro-posta original enviada pelo governador Sérgio Cabral aos deputados para votação única solicitava a contra-tação do empréstimo para investimentos na região do Complexo do Alemão. O recurso, a ser contratado com a Caixa Econômica Fe-deral, será destinado a obras de contenção e proteção de

encostas, drenagem, recupe-ração ambiental e demolição de edificações localizadas em áreas de riscos.

De acordo com o gover-nador, as obras têm como função aumentar a segu-rança da população na co-

munidade. Com a emenda proposta pela deputada, parte dos recursos serão es-tendidos para diversos mu-nicípios da Baixada Flumi-nense, em especial ás áreas da região onde a popula-ção também convive com

o problema de enchentes. “Na Baixada Fluminen-se existem muitos locais onde o alto índice de chu-vas ocasiona sempre inun-dações, deslizamentos de encostas e desmoronamen-to de algumas habitações. Por isso, achei necessária e pertinente a inclusão da re-gião neste plano de inves-timentos do governo, como forma de corrigir a exclu-são da Baixada Fluminense das ações do governo no que diz respeito à preven-ção de enchentes e aciden-tes causados pelas chuvas. Não podemos esperar que nos aconteça uma tragédia como a da região serrana para tomarmos providên-cias”, defendeu Claise.

Divulgação

Encontro do PDT-Caxias reúne pré-candidatos

VÁRIOS pré-candidatos a vereador em Duque de Ca-xias participaram de uma reunião na noite do último dia 8, na antiga e suntuo-sa mansão que pertenceu ao ex-prefeito Hydekel de Freitas Lima, no bairro 25 de Agosto. O encontro foi conduzido pelo também pré-candidato à Prefeitura, o vereador Dalmar Lirio de Almeida, o Mazinho.

O encontro, segundo os participantes, serviu para “alimentar os laços entre os

pré-candidatos e o partido”. Mais de 100 pessoas parti-ciparam, onde discutiram vários assuntos de interes-se local, além de sugestões para o “plano de governo”. “O PDT está pronto para a mudança, pronto para fazer mais história, pronto para fazer de Duque de Caxias uma cidade melhor para se viver. O PDT está se tornan-do ainda mais forte com as novas filiações feitas pelos pré-candidatos e por mim”, declarou Mazinho.

Renúncia fiscal para banda larga deve chegar a R$ 4 biO MINISTRO das Co-municações, Paulo Ber-nardo, confirmou esta semana que o governo projeta uma renúncia fiscal de R$ 4 bilhões entre 2012 e 2016 como incentivo a implanta-ção de redes de banda larga. Segundo ele, o

texto final da medida que cria o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) acabou de ser defi-nido. A expectativa é, com as reduções de impostos, aumentar em R$ 20 bilhões os investimentos em redes de alta velocidade.

As obras para instala-ção, expansão e moderni-zação das redes terão de-soneração do Programa de Integração Social (PIS), do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Con-tribuição de Financiamento da Seguridade Social (Co-

fins), para itens de produ-ção nacional. Os equipa-mentos para implantação dessas redes também se beneficiarão dessas redu-ções, informou o ministro ao participar da Future-com, evento do setor de comunicações na capital paulista.

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Page 3: Edição Nº 73

3CAPITAL13 a 19 de Setembro de 2011

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta: [email protected] [email protected]

Estrangeiros de olho nomercado marítimo brasileiro

A ESTABILIDADE eco-nômica e política asso-ciada aos projetos do pré-sal e ao aumento dos preços das commodities transformaram o Brasil em alvo de interesse de investidores estrangeiros que aplicam no merca-do marítimo no mundo. O assunto é tema da 1ª Conferência Mare Fó-rum na América do Sul, que ocorre nesta terça-feira (13) no Rio de Ja-neiro. Os organizadores se preparam para receber de 150 a 200 empresá-rios europeus, asiáticos e norte-americanos. O diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Kevin Tang, disse em en-trevista à Agência Brasil que o mercado brasileiro é um dos mais atraentes do mundo, segundo os investidores. Os empre-sários buscam mercados sólidos que não estejam sob o impacto da cri-se econômica mundial, como os Estados Unidos e alguns países europeus, entre eles Grécia, Itália e Espanha.

- Os investidores que-rem saber quais são as

oportunidades oferecidas pelo Brasil, associadas às tendências mundiais - dis-se Tang. “Os investidores estão dispostos a diversifi-car, e o Brasil oferece o que eles esperam: estabilidade e potencial”. As discussões se concentrarão nas opor-tunidades de negócios no Brasil, envolvendo toda a cadeia produtiva de trans-porte marítimo - constru-ção naval, mineração e al-ternativas diversificadas de energia. Representantes do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio Exterior e da Secretaria

de Portos foram convida-dos para os debates.

Como exemplo de inves-timentos, Tang ressaltou que um dos corredores de navegação que mais cresce no mundo, em todos os ti-pos de carga - granel seco ou líquido, contêineres e tankers - é o que liga o Bra-sil à China. Segundo ele, o crescimento do volume de negócios saltou de US$ 2,3 bilhões, em 2000, para R$ 56 bilhões em 2010.

O Rio de Janeiro foi es-colhido como sede da con-ferência por ser polo de pe-tróleo, mineração e também

logística, segundo Tang. Ele lembrou que a região tem quatro novos esta-leiros em construção. Já houve 60 edições dessa conferência em nove paí-ses, mas é a primeira vez que ocorre na América do Sul. As discussões ante-riores ocorreram nos Es-tados Unidos, na Itália, In-donésia, China, Turquia, Holanda, França, Grécia e Bélgica. Atualmente o mercado de transporte marítimo reúne, entre seus principais investidores, chineses, indonésios, japo-neses, gregos e italianos.

700 milhões de toneladas de mercadorias por ano nos portosA COSTA brasileira tem 8,5 mil quilômetros nave-gáveis e um setor portuá-rio que movimenta apro-ximadamente 700 milhões de toneladas de merca-dorias por ano, dos quais mais de 90% na área de exportações. O objetivo é investir cerca de R$ 740 milhões em melhorias vi-

sando à Copa do Mundo de 2014, segundo a Secretaria de Portos. No total, no Bra-sil, são 37 portos públicos, entre marítimos e fluviais, além de 42 terminais de uso privativo e três complexos portuários que operam sob concessão à iniciativa pri-vada. Em julho, o ministro Leônidas Cristino, da Se-

cretaria de Portos, avisou que até o fim de 2013 serão construídos sete novos ter-minais.

Os desafios do governo se concentram na constru-ção de um novo porto em Manaus e em ampliar os investimentos em Fortaleza, no Ceará; Natal (Rio Grande do Norte); Salvador (Bahia);

Rio de Janeiro; em Santos (São Paulo) e Recife (Per-nambuco). No Brasil, 18 portos públicos são admi-nistrados diretamente pela Companhia Docas - socie-dades de economia mista que têm como acionista majoritário o governo fe-deral, com vínculo à Se-cretaria de Portos.

LUÍZA VALENTE SCHWARTSKOPF, 29 anos, estu-dante de Ciências Sociais em Araras (SP) - Achei lou-vável a iniciativa de lançar o Brasil sem Miséria, mas não entendi como se dará a Busca Ativa. A senhora pode explicar?Presidenta Dilma - Luíza, há uma frase que resume bem a ideia da Busca Ativa: “Agora não são os pobres que vão atrás do Estado, é o Estado que vai aonde os po-bres estão”. Ainda há um grande número de pessoas e famílias no Brasil que deveriam ser atendidas, mas que ainda não têm acesso às políticas públicas. São as que estão em situação muito precária ou que moram em re-giões isoladas e não têm conhecimento de todos os seus direitos. A Busca Ativa significa que a União, em parce-ria com estados e municípios, está assumindo a respon-sabilidade de buscar estas pessoas. Nos municípios, as secretarias de Assistência Social, gestoras do Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (Ca-dÚnico), são responsáveis por coordenar e articular essa busca. Para apoiar, o Ministério do Desenvolvi-mento Social colocará à disposição dos municípios ma-pas de pobreza detalhados, feitos com base nos dados do Censo de 2010. Os agentes das prefeituras poderão visualizar as áreas de maior concentração de famílias com renda mensal de no máximo R$ 70,00 por pessoa e identificar a população a ser atendida. Conforme o perfil destas famílias, podemos incluí-las no Bolsa Fa-mília, no Benefício de Prestação Continuada ou, ainda, garantir o acesso a benefícios da Previdência Social. Além de assegurar renda, vamos identificar quais as carências destas famílias, para dar também acesso a assistência social, educação, saúde, energia elétrica, água e esgoto, além de oferecer oportunidades de qua-lificação profissional e de trabalho.

PEDRO MACEDO DE AGUIAR, 69 anos, engenheiro em Governador Valadares (MG) - Podemos acreditar que a BR-381 será duplicada no seu governo?Presidenta Dilma – Estamos trabalhando para iniciar as obras em 2012 e concluir em 2015. A BR-381 estava incluída no processo de concessão de rodovias federais, mas nós reavaliamos e entendemos que o mais indicado será realizar a duplicação como obra pública. Por isto, incluímos a duplicação da rodovia, entre Belo Horizon-te e Governador Valadares, no PAC. Esta é uma obra extensa, Pedro, cujas intervenções foram divididas em 8 lotes, nos quais haverá ações de duplicação e adequa-ção da capacidade em 303 km. Há também outros 2 lo-tes, que somam 38,6 km, relativos à construção de uma variante em Santa Bárbara. A numeração tem início em Governador Valadares (lote 1) e término em Belo Hori-zonte (lote 8). Os projetos que embasarão as obras na rodovia estão em andamento e espera-se que os proje-tos executivos sejam concluídos entre outubro (lotes 7 e 8) e fevereiro de 2012. O Ministério dos Transportes está trabalhando para que os dois trechos da saída de Belo Horizonte, que são os mais críticos, entrem em li-citação até o final do ano. Todos os lotes estarão em obras até meados de 2012.

ERNO WALTER SCHMIDT, 55 anos, agricultor em Navegantes (SC) - Como a questão da febre aftosa é tratada pelo governo federal? Já tivemos inúmeros casos de produtores que perderam todo o seu reba-nho. Presidenta Dilma - Nossa situação em relação ao as-sunto é confortável, Erno, mas não podemos afrou-xar o controle, pois trata-se de uma doença altamente contagiosa e que causa severas perdas econômicas. O governo federal dispõe do Programa Nacional de Er-radicação e Prevenção da Febre Aftosa, que visa à im-plantação progressiva de zonas livres de febre aftosa, com e sem vacinação, reconhecidas internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal. A implan-tação dessas zonas livres começou em 1998, no seu es-tado, Santa Catarina, e no Rio Grande do Sul. Hoje, temos o território de Santa Catarina com status de livre de febre aftosa sem vacinação e todo o território de 15 estados e parte de outros 2 estados livres da doença com vacinação. As zonas livres representam 60% do território nacional e concentram 90% do rebanho bo-vino e de búfalos e 94% do rebanho suídeo (porcos e javalis). O governo federal tem priorizado as regiões Norte e Nordeste para ampliar a zona livre de febre af-tosa com vacinação. Estamos também fortalecendo os mecanismos de prevenção da doença, de forma a per-mitir o avanço da zona livre de febre aftosa sem vaci-nação. E temos apoiado outros países da América do Sul em seus programas de erradicação da doença, para reduzir as ameaças de recontaminação de nossas zonas livres através das fronteiras.

Projeção do crescimento tem sexta queda seguidaA PROJEÇÃO de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano caiu pela sexta semana seguida. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos

os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,67% para 3,56%. Para 2012, a expecta-tiva foi reduzida pela terceira semana consecutiva, ao pas-sar de 3,84% para 3,80%. As informações constam do

boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base nas projeções dos analistas para os principais indicadores da economia. A estimativa para o crescimento da produção

industrial, este ano, passou de 2,63% para 2,60%. Para 2012, continua em 4,30%. A projeção para a relação en-tre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 39,20% para 39,15%.

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RodRiGo de caStRo é jornalista e pós-graduado em marketing e comunicação empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (mG)

Bastidoresda ALERJ

Semana movimentada e decisiva

Pilaresdo PoderLUiZ LinhaReS (cientista político e jornalista) e thaiS h. LinhaReS (jornalista)

BOA IDÉIANão é a cachaça 51 e sim a nova moeda de R$ 2 Reais, sugerida pelo deputado federal Vitor Paulo (PRB-RJ), ao Ministro da Fazenda Guido Mantega e ao Presidente do Banco Central, que, segundo o parlamentar fluminense chega ao mercado no momento em que o país tem a melhor e maior renda.NOTA 10 - O deputado federal Washington Reis (PMDB-RJ) solicitou que a Lei 10.848, de 15 de março de 2004, fosse alterada no sentido de vetar a contratação de energia elétrica gerada em termoelétricas que utilizem carvão ve-getal como combustível em suas caldeiras. Para o deputado carioca, é um absurdo ver que ainda existe várias empresas que utilizam este tipo de combustivel em suas atividades.FERIADÃO - O deputado federal Sterpan Nercessian (PPS-RJ), enviou projeto a Mesa Diretora instituindo a terça-feira de carnaval como feriado nacional, seguindo os principios base da Lei nº 662, de 6 de abril de 1949, ja sendo feriado nacional várias outras datas, como 1º de janeiro, 7 de setembro e 15 de novembro.Romário x Drogas - O deputado federal Romário (PSB-RJ), marcou um gol de placa, ao solicitar a Presidência da República que efetue dentro do seu orçamento, várias campanhas contra as drogas em todo o país. Romário, que se tornou um ídolo nacional defendendo a camisa da Seleção Brasileira em várias copas do mundo, sabe a im-portância de uma campanha como essa, afirma seu amigo e deputado federal Acelino Popó.CAPITAL DOS COSMÉTICOS - Nelson Bornier, exer-cendo o seu quinto mandato como deputado federal pelo PMDB-RJ, pediu a Mesa Diretora da Câmara que inclua Nova Iguaçu na relação das cidades consideradas como a “ Capital dos Cosméticos” , devido ao alto número de empresas que produzem produtos de beleza. Para o depu-tado fluminense, Nova Iguaçu hoje se destaca no cenário nacional, pelo fato de ter várias empresas que trabalham pela beleza da mulher.

Comércio alavanca economia doEstado em 2011, revela o Ceperj

Sinal verde para a economia do Rio de Ja-neiro: o crescimento do comércio varejista (9%), da arrecadação do Im-posto Sobre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS), em 7,5%, e da indústria (2,1%) mo-tivaram a recuperação econômica do estado no primeiro semestre. É o que mostra o Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense da Funda-ção Centro Estadual de Pesquisas, Estatísticas e Formação de Servidores do Rio de Janeiro (Ce-perj), que revela a cria-ção de 88 mil postos de trabalho, principalmente nos setores de Serviços e Construção Civil.

O comércio varejista

apresentou resultado po-sitivo na comparação com o mesmo período de 2010, com variação de 9% no vo-lume de vendas, consoli-dando o aumento do poder de consumo das famílias, tanto no Rio de Janeiro quanto no restante do país. Os destaques são os setores de móveis e eletrodomés-ticos (21,6%), vestuário (11,3%) e veículos (8,3%).

A receita do ICMS de junho de 2011, com um total de R$ 2.117 milhões, elevou o crescimento real do primeiro semestre des-te ano para 7,5%, na com-paração com o mesmo período de 2010. O saldo de junho foi ainda melhor quando comparado com o do mesmo mês do ano an-terior, com acréscimo de

12,8%.A indústria total flu-

minense teve expansão de 2,2%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma das fontes do documento. Dos 13 setores pesquisados, oito apontam acréscimo da produção. Os seguimentos que apresen-tam maiores impactos posi-tivos são borracha (15,7%) e veículos automotores (15,1%), seguidos por pro-dutos químicos (12%) e re-fino de petróleo e produção de álcool (8,4%).

Segundo o diretor do Centro de Estatísticas, Es-tudos e Pesquisas (Ceep/Ceperj), Epitácio Brunet, o objetivo do boletim mensal é acompanhar a economia do estado e fornecer sub-

sídios aos gestores pú-blicos para a tomada de decisões. ”Os dados po-dem servir de base, por exemplo, para a criação de leis de redução e in-centivo fiscal em seto-res que recebem menos investimentos, atraindo novos empreendimen-tos, já que o relatório é público, e acessado não só por órgãos do gover-no e pesquisadores de universidades brasilei-ros, mas por empresá-rios e investidores inter-nacionais. Tanto que já estamos trabalhando em conjunto com a Secreta-ria de Relações Interna-cionais do governo para a publicação do relatório também em inglês e es-panhol”, adianta Brunet.

POR CONTA da votação do projeto que permite or-ganizações sociais sem fins lucrativos passarem a gerir unidades de saúde em todo o estado do Rio, a semana começará movimentada na Alerj. O projeto é tão polêmico que alcançou um recorde na história da Assembleia: 308 emendas propostas.

Somente hoje, haverá quatro reuniões extraordi-nárias de comissões para darem parecer sobre estas emendas. A mais importante delas, a da Comissão de Saúde deve transformar a sala 311 em um verdadeiro barril de pólvora, já que estarão frente a frente os mais ferrenhos defensores de Sérgio Cabral e os opo-sitores ao governador que mais barulho fazem nesta Casa Legislativa.

PT desceu do muro

A decisão do diretório do PT de apoiar o proje-to está diretamente ligada a palavra dada por Sérgio Cabral de apoiar o partido nas eleições para prefeito do ano que vem. Pelo menos quatro deputados do PT são cotados para serem cabeças de chapa nas disputas pelo estado. A outra parte da promessa foi a garantia do governo estadual de aprovar emendas propostas pelo PT, além de garantir os cargos nas três comissões que partido preside na Alerj: Segurança, Cultura e Direito das Mulheres.

A posição do PT foi definida em tensa e acalorada reunião que durou cinco horas e teve como porta-voz do governador o Secretário de Ambiente, Carlos Minc. Ele liderou a turma que venceu por 34 a 20 o Sindicato dos trabalhadores da Saúde, que é contrá-rio ao projeto.

OAB quer fim de sigilo fiscal para políticos

NO QUE depender da Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB), nenhum político terá a prerroga-tiva de ter seus dados fis-cais e bancários mantidos em sigilo enquanto ocupar cargo eletivo. A ideia foi apresentada segunda-feira (12) pelo presidente da en-tidade, Ophir Cavalcante, que pretende transformar a proposta em projeto de lei. De acordo com o Ophir, os dados devem permanecer abertos enquanto durarem os mandatos eletivos.

- A ideia é dotar a socie-dade de um meio eficaz de controle da situação finan-ceira, fiscal e patrimonial daqueles que, exercendo funções públicas de cará-ter político, devem ter sua vida pessoal e política re-vestida da necessária trans-parência - disse o presiden-te da OAB, durante evento em Alagoas.

A proposta faz parte de campanha contra a corrup-ção lançada recentemente pela entidade, que inclui um site onde é possível mo-nitorar o andamento de ca-sos de corrupção na Justiça brasileira. O site Observa-tório da Corrupção permi-te que o cidadão denuncie a demora no julgamento de casos de corrupção e acompanhe o andamento de sua reclamação.

Agência Brasil

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DUQUE DE CAXIAS será palcoda 8ª Expo Estágios Carreiras e Em-pregos da Unigranrio, que será aberta nesta ter-ça (13) e prosseguirá nos dias 14 e 15. Reunindo 32 empresas e institui-ções, a Feira, que já se consagrou como um dos mais importantes even-tos de oportunidades da Baixada Fluminense, oferece aos participantes oportunidades de está-gios, palestras e oficinas voltados para o mercado de trabalho. A 8ª Expo conta com a parceria da Prefeitura de Duque de Caxias, que vai estar com um estande reunindo as secretarias de Trabalho, Emprego e Renda, Edu-cação e a Fundação para o Desenvolvimento Tec-nológico.

A 8ª Expo Estágios, Carreiras e Empregos acontece das 10h às 20h na Unigranrio - Campus I (av. Professor José de Souza Herdy nº 1160, bairro 25 de Agosto). A entrada é gratuita e para participar das pa-lestras de qualificação, os interessados podem se inscrever através do site www.unigranrio.br/expo2011.

Roberto daiub alexandre é médico cardiologista concursado da Prefeitura de duque de caxias, médico-chefe do centro de terapia intensivado hospital de clínicas de teresópolis(Unifeso) e médico plantonista da emergênciado hospital das clínicas mario Lioni, em duque de caxias

Saúde

Acidente Vascular CerebralO acidente vascular cerebral (AVC), ou acidente

vascular encefálico (AVE), vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.

É uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movi-mentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Pode ainda evoluir com dor de cabeça, tonteira,torpor,sonolência e coma.

Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas graves ou morte, sendo a rápida chegada no hospital importante para a possibilidade de sobre-vivência. No Brasil, a principal causa de morte são as doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares, principalmente em camadas sociais mais pobres e entre os mais idosos. É o pro-blema neurológico mais comum em algumas partes do mundo gerando um dos mais elevados custos médicos, tanto para a saúde pública quanto para a saúde privada.

Dentre os principais fatores de risco para AVC estão: fatores genéticos para doença cardiovascular,idade,sedentarismo,hipertensão arterial (pressão alta),tabagismo diabetes,colesterol elevado, acidente isquêmico tran-sitório (AIT) prévio, e arritmias cardíacas.

Superávit comercialchega a US$ 21,2 bilhões

A BALANÇA comercial da primeira quinzena de setembro apresentou supe-rávit de US$ 1,319 bilhão e média diária de US$ 219 milhões. Foram exporta-dos US$ 6,832 bilhões, o que corresponde a uma média diária de US$ 1,138 bilhão; e importados US$ 5,513 bilhões (média diá-ria de US$ 918 milhões). No acumulado do ano (174

dias úteis), o saldo comer-cial está positivo em US$ 21,279 bilhões, com média diária de US$ 122 milhões. O resultado é 78,6% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulga-dos segunda-feira (12) pelo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC).

Na primeira semana do

mês, foram registrados US$ 2,114 bilhões (média diária de US$ 1,057 bilhão) em exportações. Já as impor-tações representaram US$ 1,798 bilhão (média diária de US$ 899 milhões). O superávit foi de US$ 316 milhões (média de US$ 158 milhões). De acordo com o ministério, na se-gunda semana, o superávit foi de US$ 1 bilhão (média

de US$ 250 milhões). As exportações somaram US$ 4,718 bilhões e as impor-tações, US$ 3,715 bilhões. No acumulado do ano, as exportações chegaram a US$ 173,546 bilhões - um crescimento de 31,7%. Nas importações, o aumento foi de 27% - as compras inter-nacionais alcançaram US$ 152,267 bilhões no período analisado.

Unigranrio abre Expo Estágios e Empregos

Segundo a Conab, La Niña favorece safra recorde de grãos

A COMPANHIA Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção na-cional de grãos (arroz, fei-jão, soja, milho, entre ou-tros) deve chegar a 162,9 milhões de toneladas no ciclo 2010/2011, um re-sultado recorde. Com isso, o volume produzido deve ser 9,2%, ou 13,7 milhões de toneladas, superior ao do período 2009/2010. Conforme o 12º boletim da Conab sobre a safra atual, o clima é o principal fator para o bom desem-penho. “As chuvas, apesar de terem atrasado no Cen-tro-Oeste e terem ocorrido abaixo da média em al-guns meses na Região Sul, aconteceram na época e na medida certas para o bom desenvolvimento das cul-turas de verão”.

O comportamento do

clima é associado pela Conab ao fenômeno La Niña, que se caracteriza pelo esfriamento anormal nas águas superficiais da parte tropical do Oceano Pacífico e propiciou no território brasileiro um re-gime de chuvas favorável à lavoura. “O clima foi excelente para todos esta-dos, com problemas pon-tuais”, avalia o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Carlos Bestetti.

De acordo com o geren-te, o bom desempenho da lavoura “garante o abaste-cimento de alimentos no país”. Para ele, a inovação no cultivo, com o uso de biotecnologia (por exem-plo, sementes mais resis-tentes a pragas) e o melhor aproveitamento do sistema de plantio, foi o segundo

fator de aumento da safra. “A produção é cada vez mais técnica, inclusive no Nordeste”, destacou.

Na opinião de Bestetti, a alta no preço das com-modities poderá estimular no futuro a manutenção do crescimento agríco-la, desde que o câmbio se torne mais favorável às exportações. O geren-te também espera que o desempenho das lavouras continue a melhorar com o uso maior de técnicas para corrigir problemas de solo e a renovação de plantio da cana-de-açúcar. A área cultivada no Brasil totaliza 49,9 milhões de hectares (somando-se as áreas de replantio). Cerca de 80% dessas áreas são forma-das pelos estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste.

Demanda do consumidor por crédito aumenta 8% em agosto

O número de pessoas que procuraram crédito em agosto aumentou 8% na comparação com julho, de acordo com Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Em relação a agosto do ano passado, a procura aumentou 14%. No acumulado do ano, a

alta chega a 13,1%, ante o mesmo período de 2010. O maior aumento da procura por crédito foi verificado entre os consumidores ganham até R$ 500 por mês (12,4%). A segunda maior alta foi verificada entre os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais (9%).

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AtualidadeCaxias ganha CVT que une

ensino médio ao profissionalizante8º Festival de Teatro vai até dia 24

A FUNDAÇÃO de Apoio à Escola Téc-nica do Rio de Janeiro (FAETEC) inaugurou em Duque de Caxias, segunda-feira (12), um Centro Vocacional Tecnológico (CVT) no bairro de Santa Cruz da Serra. A unidade foi inaugurada pelo gover-nador Sérgio Cabral, que falou sobre a im-portância da instalação no município de uma unidade de ensino pro-fissionalizante deste tipo. “Cada vez mais indústrias estão se ins-talando em Duque de Caxias. São empresas no polo industrial e no polo gás-químico que precisam de profissio-nais qualificados, como os que nós formaremos neste CVT, com cursos

voltados para necessidades destas empresas”, afirmou.

Representando o pre-feito José Camilo Zito, a deputada federal Andreia Zito elogiou a empreitada. “Como parlamentar e mo-radora da cidade, sinto-me orgulhosa por essa iniciati-va financiada pelos gover-nos federal e estadual. Será ótimo para nossos jovens que estão batalhando pelo primeiro emprego. E vai se unir as atividades que a Prefeitura já está desenvol-vendo no município para qualificar nossos jovens, como os cursos gratuitos da Fundec (Fundação para o Desenvolvimento Tecno-lógico e Políticas Sociais), a universidade pública que está sendo construída aqui mesmo em Santa Cruz da Serra e aos projetos da Se-cretaria Municipal de Tra-

balho”, comentou An-dreia.

O CVT de San-ta Cruz da Serra foi construído no terre-no do CIEP Estadual 320 - Ercília Antônia da Silva, na esquina da Estrada do Boitatá com a Rodovia Washington Luiz. Seus cursos são voltados para a área de automação indus-trial e informática. De início serão oferecidas um total de 346 vagas para cursos de instala-ção e manutenção de sistemas hidráulicos e pneumáticos, informá-tica inicial, bombeiro hidráulico, eletricista industrial e predial. As inscrições só poderão ser feitas pela internet (www.faetec.rj.gov.br) até o dia 25 de setembro.

SCS/Marino Azevedo

O governador Sérgio Cabral, acompanhado de outras autoridades, inaugura a unidade

APRESENTAÇÕES de dança do ventre, de mú-sica e de uma peça tea-tral marcaram a abertura oficial do 8º Festival Na-cional de Teatro de Du-que de Caxias, na noite de sexta-feira (dia 9), no Teatro Municipal Raul Cortez, no Centro Cul-tural Oscar Niemeyer. O evento, organizado pelo Centro de Pesquisas Te-atrais (CPT) em parceria com a Secretaria de Cul-tura e Turismo, vai se es-tender até o dia 24, pas-sando por aquele palco 35 espetáculos - adulto e infantil - selecionados entre mais de 100 traba-lhos inscritos. Todos os espetáculos têm entrada franca e, para garantir lugar, o espectador deve retirar a senha uma hora antes do início do espe-táculo. O encerramento será na noite do dia 25, quando haverá a premia-ção aos vencedores. A abertura oficial contou com a presença do vice prefeito Jorge Amoreli, do Secretário de Cultu-ra e Turismo Gutemberg

Cardoso e do Subsecretário João Carlos Barreto.

A parte artística do evento foi aberta pela dan-çarina Vanessa Bonfim, que apresentou “A dança da Espada”. Foi um mo-mento especial, mostrando movimentos e sinuosidade da dança praticada origi-nalmente em regiões do Oriente Médio e da Ásia Meridional e hoje propa-gada em todo o mundo. Em seguida, se apresen-tou o cantor e compositor caxiense Felipe Moreti.

Encerrando a apre-sentação, a Cia Tea-tral da Antiga Capital Federal encenou o es-petáculo “A Ferrovia que Cortava a Cida-de”, texto e direção de Reynaldo Barreto Lis-boa, tendo no elenco Aline Garcia e Márcia Aicram.

Toda a programa-ção do Festival está disponível nos sites www.cptdc.org.br e www.traulcortez.com.br.

PMDC/Paulo Martins

A dançarina Vanessa Bonfim foi um dos destaques da abertura

Revisão de lei comercialO GOVERNO brasi-leiro pretende revisar a legislação da defesa comercial para blin-dar a indústria nacio-nal contra o comércio desleal. A mudança visa a atualizar e a modernizar o Decreto 1.602/95 que regula-menta as normas que determinam os proce-dimentos administra-tivos sobre a aplicação de medidas antidum-ping no comércio in-ternacional. De acor-do com a secretária de Comércio Exte-rior do Ministério do

Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, a legislação, que tem mais de 15 anos, não atende à atual posição brasileira de economia emergente, que tem sido alvo de empresas de todo o mundo, inclusive com concorrência desleal.

- Quanto mais o Brasil adota antidumping, mais se multiplicam as formas que os importadores no Brasil e os exportadores no exterior encontram para burlar o di-reito adotado. Tem triangu-lação, falsa declaração de origem, são diferentes meca-nismos. Não adianta só ter o

olho para antidumping, temos que estar de olho em práticas criativas e ilegais que visam a contornar o direito ado-tado - disse Tatiana.

Segundo ela, a re-visão da legislação está focada em quatro pilares: experiência acumulada no Brasil nos últimos anos, pro-cedimentos adotados por outros países, de-cisões da Organização Mundial do Comércio (OMC) a respeito dos processos de investi-gação e sugestões do setor privado.

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País

Internacional

Parlamento busca maisrecursos para a saúde

EM BUSCA de uma solução para a crise financeira que afe-ta a saúde pública no Brasil, a Câmara dos Deputados convocou para o dia 20 uma comissão geral. To-dos os deputados vão receber o ministro da Saúde, Alexandre Pa-dilha, e outros espe-cialistas da área para discutir as melhores opções para resolver o problema do finan-ciamento público do setor. O debate deve-rá prosseguir no dia seguinte, quando o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e os líderes partidá-rios se reunirão com

governadores para definir propostas sobre o assunto que possam virar projetos de lei.

Com a votação do úl-timo destaque do projeto de lei que regulamenta a Emenda 29 na Câmara, marcada para o dia 28, o Congresso tem discutido alternativas para criar re-cursos que possam ser des-tinados à saúde. A emen-da, que já está valendo, estabelece que a União, os estados e municípios são obrigados a aplicar um percentual mínimo anual de suas receitas na área.

Para conseguir mais di-nheiro para custear a saú-de, diversas propostas têm sido discutidas no Con-gresso Nacional. A primei-

ra delas foi a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), que já foi aprovada mas ficou sem definição de alíquota. O último destaque, que será votado no fim deste mês, retira do projeto a base de cálculo para a cobrança da contribuição. Com isso, já se considera que o novo imposto será inócuo.

Diante disso, parlamen-tares têm defendido cada vez mais a ideia de aprovar um projeto de regulamen-tação da exploração de jo-gos, como acontece com bingos e cassinos, para utilizar a arrecadação do governo no financiamen-to à saúde. Atualmente, já tramita na Câmara um pro-jeto que regulamenta os

jogos, mas ele não pre-vê a destinação dos re-cursos para nenhum se-tor específico. Por isso, precisaria ser alterado. Outra ideia é aumentar a cobrança do Segu-ro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat) para carros de luxo. O valor recolhido a mais seria destinado à saúde. Na mesma linha, tem to-mado corpo a proposta de sobretaxar a venda de bebidas alcoólicas e cigarros.

Há ainda a sugestão de utilizar parte dos re-cursos do pré-sal para o financiamento da saúde.

Apreensões de mercadorias batem recorde no semestre

A APREENSÃO de mercadorias pela Recei-ta Federal bateu recorde no primeiro semestre de 2011. Segundo números divulgados dia 8, o valor das mercadorias confis-cadas por irregularidades na importação totalizou R$ 828,89 milhões nos seis primeiros meses do ano, alta de 23,29% em relação ao mesmo perí-odo de 2010. Desse to-tal, R$ 657,18 milhões correspondem a merca-dorias retidas nas alfân-degas, com crescimento de 24,5% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. O valor apreendido em operações de fiscalização somou R$ 165,4 milhões, aumento de 16,2%. O montante de multas aplicadas nessas operações passou de R$ 35,5 milhões para R$ 55,7 milhões, alta de 56,6%.

Em relação aos ti-pos de mercadorias, as apreensões de muni-ções mais do que quin-tuplicaram, passando de 2,9 mil unidades para 16,4 mil unidades. Em termos percentu-ais, o crescimento foi de 455,18%. O segun-do maior crescimento ocorreu com as apre-ensões de medicamen-tos, que aumentaram 382,92%, de R$ 2,38 milhões para R$ 11,48 milhões. Em tercei-ro lugar, ficaram bol-sas e acessórios, cujas apreensões subiram 237,02%, de R$ 10,2 milhões para R$ 34,38 milhões. O único tipo de produto a registrar queda foram os eletro-eletrônicos, cujo valor apreendido caiu de R$ 73,53 milhões para R$ 47,31 milhões.

Rússia suspende restriçõesa carne brasileira

A EMBAIXADA do Bra-sil na Rússia comunicou ao Ministério da Agricul-tura que foram suspensas as restrições para a im-portação de carne de cin-co frigoríficos brasileiros. Segundo a embaixada, o serviço federal de fiscali-zação sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) pu-blicou em sua página na internet a revogação das restrições para a impor-tação da carne brasileira de um frigorífico de Goi-ás, um de São Paulo, um de Minas Gerais e dois de Mato Grosso do Sul. Também foi liberado pe-los russos o comércio com uma indústria produtora de ração para cães e gatos que fica em Minas Gerais.

Apesar do aviso da embaixada brasileira, o Ministério da Agri-cultura informou que até a manhã de sexta-feira (9) não recebeu comunicado oficial das autoridades russas. Se-gundo a assessoria do ministério, uma nota deverá ser divulgada assim que as autorida-des brasileiras forem comunicadas pelas russas. No mês pas-sado, a Rússia incluiu mais três frigoríficos, um de carne bovina e dois de aves, na lista de unidades brasileiras embargadas após de-tectar bactérias acima do nível permitido em três lotes exportados.

Obama pede que Congresso aprove planoO PRESIDENTE dos Estados Unidos, Ba-rack Obama, pediu ao Congresso, na segun-da-feira (12), em dis-curso na Casa Branca, que aprove a lei para criação de empregos apresentada por ele na última quinta-fei-ra. “Na quinta, eu fa-lei ao Congresso que mandaria o projeto de lei. Aqui está. Esta é uma lei que colocará as pessoas de volta ao trabalho, que vai aju-dar nossa economia num momento de crise nacional. E é a lei que o Congresso precisa aprovar. Sem jogos, sem políticas, sem atraso. Estou mandan-do ao Congresso hoje.

E eles precisam aprovar imediatamente”, afirmou o presidente.

Obama insistiu que o “jogo político” não deve impedir a aprovação do projeto de lei. “A próxima eleição será em 14 meses. O povo não pode esperar 14 meses para que o Con-gresso aja. Não são jogos

que estamos jogando aqui. As pessoas estão sem em-prego”, afirmou. “Temos um mundo de incertezas na economia. Algumas coisas podem estar além do nosso controle, mas isso é algo que podemos controlar. Se aprovamos ou não essa lei, isso está em nossas mãos. É um pouco de incerteza

que podemos evitar”.O presidente pediu

ainda aos norte-ameri-canos que pressionem os membros do Con-gresso a favor do plano para criação de empre-gos. “Se você concorda comigo, vou precisar que todo mundo, ga-ranta que sua voz será ouvida. Não há motivo para que essa lei não seja aprovada. Ela é bi-partidária. Vai aumentar significativamente nos-so PIB. Peguem o tele-fone, mandem e-mail, escrevam no céu, ou podem apenas escrever uma carta, mas façam chegar a mensagem ao Congresso. Vamos colo-car esse país de volta ao trabalho”, afirmou.

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Indústria eletroeletrônica cresce 11%O FATURAMENTO da indústria eletroeletrônica cresceu 11% no primei-ro semestre deste ano em comparação ao mesmo pe-ríodo do ano passado. Os dados foram divulgados dia 8 pela Associação Bra-sileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O maior crescimento por área foi observado em teleco-municações, que cresceu

21% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2010, seguida por equipamentos industriais, com crescimento de 18%, automação indus-trial, com aumento de 15% e informática, com acréscimo de 12%.

Segundo a associação, o crescimento nas áreas de tele-comunicações e de informá-tica se deve, principalmente,

ao aumento no consumo. As vendas de computadores de uso pessoal aumentaram 17% no primeiro semestre deste ano em relação a 2010, enquanto a venda de celula-res, na mesma comparação, cresceu cerca de 25%. Ou-tro fator que contribuiu para o aumento do faturamento da indústria eletroeletrônica, segundo a associação, foram os investimentos em infraes-

trutura de energia elétrica e telecomunicações.

As exportações, de acordo com a Abinee, con-tinuam perdendo participa-ção nos negócios do setor. Em dólares, as exportações de produtos elétricos e ele-trônicos cresceram 2% nos primeiros seis meses deste ano, passando de US$ 3,6 bilhões para US$ 3,7 bi-lhões.

IBGE faz projeção de novo recorde para safra 2011

A SAFRA nacional de ce-reais, leguminosas e ole-aginosas deve atingir 159 milhões de toneladas. O resultado da oitava estima-tiva, divulgada dia 8 pelo Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), supera em 6,3% a safra re-corde de 2010, que totalizou 149,6 milhões de toneladas. Além disso, é 0,1% maior do que a prevista em julho. De acordo com dados do Levantamento Sistemáti-co da Produção Agrícola, a área a ser colhida em 2011, de 48,8 milhões de hecta-res, apresenta acréscimo de 4,9% em relação à de 2010. As três principais culturas, que somadas representam 90,6% da produção, devem registrar aumentos na área colhida. No caso do arroz,

o acréscimo é 1,6%; para o milho, o IBGE estima 4% de elevação; e para a soja, 3,3%.

No que se refere à pro-dução, o arroz e a soja mos-tram acréscimos de 18,9% e 9,3%, enquanto o milho, re-dução de 0,7%. Entre as re-giões, a Sul lidera o volume de produção, com 66,3 mi-lhões de toneladas. Em se-guida, aparecem a Centro-Oeste, com 55,8 milhões de toneladas; a Sudeste, com 17,2 milhões de tone-ladas; a Nordeste, com 15,3 milhões de toneladas; e a Norte, com 4,4 milhões de toneladas. Na comparação com 2010, há incremento em todas as regiões: Norte (9,2%), Nordeste (30,1%), Sudeste (1,0%), Sul (3,3%) e Centro-Oeste (6,2%).

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